Introdução
Todos os valores dos demonstrativos estão em moedas
de mesma capacidade aquisitiva
O capítulo desenvolverá aplicações práticas do processo
de análise econômico-financeira com base nas
demonstrações de uma empresa de eletroeletrônicos
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Análise das Demonstrações Contábeis
Ativo Circulante
Aplicações Financeiras
Clientes
Estoques
Depósitos Judiciais
Outros Valores a Receber
Ativo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Total
Passivo Circulante
Fornecedores
Importações em Trânsito
Empréstimos e Financiamentos
Obrigações Fiscais
Contas a Pagar
Salários e Contribuições Sociais
Dividendos Propostos
Provisões Diversas
Passivo Não Circulante
Empréstimos e Financiamentos
Obrigações Fiscais
Patrimônio Líquido
DEZ./01
($ 000)
23.256
2.903
7.284
12.048
65
956
23.648
627
518
22.503
–
46.904
25.290
8.832
4.011
4.709
3.186
1.100
627
897
1.928
4.556
1.887
2.669
17.058
DEZ/00
($ 000)
19.058
3.203
4.029
6.258
3.008
2.560
23113
63
133
22.750
167
42.171
19.628
4.713
–
4.732
6.293
1.724
732
–
1.434
3.735
308
3.427
18.808
Balanços
Patrimoniais dos exercícios findos
em dezembro de
00 e 01.
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Análise das Demonstrações Contábeis
RECEITA LÍQUIDA
Custo dos Produtos Vendidos
LUCRO BRUTO
DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS
Com vendas
Gerais e Administrativas
Honorários dos Administradores
Receitas Financeiras
Outras Despesas Operacionais
Resultado de Equivalência Patrimonial
RESULTADO OPERACIONAL
Despesas Financeiras
Ganhos/Perdas
RESULTADO DO EXERCÍCIO
DEZ./01
($ 000)
54.875)
(40.828)
14.047)
(8.134)
(5.496)
(5.780)
(85)
3.267)
(28)
(12)
5.913)
(4.109)
290)
2.094
DEZ./00
($ 000)
31.535)
(25.230)
6.305)
(7.036)
(2.881)
(4.191)
(89)
1.190)
(1.042)
(23)
(731)
(3.398)
(223)
(4.352)
Demonstração de Resultado para os exercícios findos em
dezembro de 00 e 01
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Estrutura e evolução patrimonial
ATIVO CIRCULANTE 19.058
100,0
45,2%
23.256
122,0
49,6%
REALIZÁVEL A LONGO
PRAZO
63
100,0
0,1%
627
995,2
1,3%
ATIVO FIXO
TOTAL
PASSIVO CIRCULANTE
19.628
100,0
46,5%
25,290
128,8
53,9%
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
3.735
100,0
8,9%
4.556
122,0
9,7%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
18.808
100,0
44,6%
17.058
90,7
36,4%
DEZ.-00
($000)
AH
AV
DEZ.-01
($000)
AH
AV
23.050
100,0
54,7%
23.021
99,9
49,1%
42.171
100,0
100,0%
46.904
111,2
100,0%
Análise horizontal e vertical dos Balanços Patrimoniais da empresa
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Estrutura e evolução patrimonial
Essa situação denota volume maior de recursos em giro,
visando financiar caixa, vendas a prazo e estoques
A empresa apresentou decréscimo de ativo fixo
em valores relativos, pois o montante absoluto ficou
relativamente estável
DEZ.-00 AH AV DEZ.-01 AH AV
($000) ($000)
ATIVO FIXO 23.050 100,00 54,7% 23.021 99,9 49,1%
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
DEZ.-00 AH AV DEZ.-01 AH AV
($000) ($000)
PASSIVO CIRCULANTE 19.628 100,00 46,5% 25.290 128,8 53,9%
Estrutura e evolução patrimonial
O crescimento das dívidas de CP evidencia um aperto maior
na posição de equilíbrio financeiro da empresa
O crescimento do passivo circulante foi superior ao do ativo
circulante
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
DEZ.-00 AH AV DEZ.-01 AH AV
($000) ($000)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.808 100,00 44,6% 17.058 90,7 36,4%
Comparando os resultados de X0 e X1 conclui-se uma
posição de maior endividamento
A relação patrimônio líquido/passivo total é baixa,
situando-se num nível bem inferior ao dos concorrentes
Estrutura e evolução patrimonial
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Estrutura e evolução patrimonial
Os encargos financeiros dos financiamentos apresentaram-
se bastante elevados
O forte predomínio de capital de terceiros onerou o
resultado da empresa em função das despesas financeiras
A participação de dívidas de curto prazo compromete
53,9% do total do ativo
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Estrutura de resultados
Colocar o quadro 7.5
DEZ.-00 ($ 000)
AV
DEZ.-01 ($ 000)
AV
RECEITA LÍQUIDA
Custo dos Produtos Vendidos
LUCRO BRUTO
Despesas/Receitas Operacionais
Com Vendas
Gerais e Administrativas
Honorários de Administradores
Receitas Financeiras
Outras Despesas Operacionais
Resultado Equivalência Patrimonial
RESULTADO OPERACIONAL
Despesas Financeiras
Ganhos/Perdas
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
31.535)
(25.230)
6.305)
(7.030)
(2.881)
(4.191)
(89)
1.190)
(1.042)
(23)
(731)
(3.398)
(223)
(4.352)
100,0%)
(80,0%)
20,0%)
(22,3%)
(9,1%)
(13,3%)
(0,3%)
3,8%)
(3,3%)
(0,1%)
(2,3%)
(10,8%)
(0,7%)
(13,8%)
54.875)
(40.828)
14.047)
(8.134)
(5.496)
(5.780)
(85)
3.267)
(28)
(12)
5.913)
(4.109)
290)
2.094)
100,0%)
(74,4%)
25,6%)
(14,8%)
(10,0%)
(10,5%)
(0,2%)
5,9%)
–)))
–)))
10,8%)
(7,5%)
0,5%)
3,8%)
Análise vertical das
Demons-trações de Resultados
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Estrutura de resultados
A empresa melhorou sua produtividade (custos de produção),
o que proporcionou um incremento no lucro bruto
A elevação dos valores dos encargos financeiros foi
menos que proporcional ao comportamento das vendas,
apesar do aumento do endividamento
A evolução das vendas constitui-se na principal razão
da apuração de lucros no ano de 01
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
DEZ./00
DEZ./01
Liquidez Corrente
0,97 0,92
Liquidez Seca
0,65 0,44
Liquidez Imediata
0,16 0,11
Prazo Médio de Estocagem
81,0 dias
Giro dos Estoques
4,4 vezes
Capital Circulante Líquido
($ 570)
($ 2.034)
Indicadores de liquidez e ciclo operacional
Análise de Liquidez e Equilíbrio Financeiro
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Análise de Liquidez e Equilíbrio Financeiro
A empresa vem utilizando recursos de curto prazo para
financiar parte de seus investimentos permanentes
A liquidez seca decresceu, indicando maior participação
dos estoques no capital de giro
Os indicadores revelam uma deterioração
da liquidez como reflexo de uma demanda
maior de recursos de terceiros a curto prazo
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Elaboração do Fluxo de Caixa
É elaborado com base no balanço patrimonial e na DRE
O valor líquido gerado pelo caixa reflete a variação no
saldo das aplicações financeiras registradas no balanço
O fluxo de caixa permite uma avaliação
mais dinâmica da folga financeira da empresa
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
FLUXO DE CAIXA PROVENIENTE DAS OPERAÇÕES
4.411
(+) FONTES DE RECURSOS DE CURTO PRAZO
14.068
Aumento de Fornecedores
4.119
Aumento de Importações em Trânsito
4.011
Aumento de Dividendos Propostos
897
Aumento de Provisões Diversas
494
Redução de Depósitos Judiciais
2.943
Redução de Outros Valores e Receber
1.604
(–) APLICAÇÕES DE RECURSOS DE CURTO PRAZO
12.904
Aumento de Clientes
3.255
Aumento de Estoques
5.790
Redução de Empréstimos e Financiamentos
23
Redução de Obrigações Fiscais
3.107
Redução de Contas a Pagar
624
Redução de Salários e Contribuições Sociais
105
(=) GERAÇÃO DE CAIXA A CURTO PRAZO
5.575
(+) FONTES DE RECURSOS DE LONGO PRAZO
821
Aumento do Passivo Não Circulante 821
(–) APLICAÇÕES DE RECURSOS DE LONGO PRAZO
6.696
Aumento de Realizável a Longo Prazo
565
Aumento de Ativo Fixo
2.289
Recurso para Aumento de Capital Minoritário
2.945
Dividendos Propostos
897
(=) GERAÇÃO DE CAIXA DE LONGO PRAZO
(5.875)
GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA
(300)
Elaboração do Fluxo de Caixa
Fluxo de caixa de Dez.-01 ($ 000)
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Elaboração do Fluxo de Caixa
Foram aplicados $ 12.904 em aumentos de ativos circulantes
e reduções de passivos circulantes, restando $ 5.575 de CP
Imobilizou-se $ 6.696, bastante superior à geração de $ 821,
produzindo um fluxo de caixa líquido negativo de $ 5.875
No exercício findo em dez.-01, a empresa gerou $ 4.411
provenientes das operações e $ 14.068 provenientes de
recursos de curto prazo, totalizando $ 18.479
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Análise do Endividamento
INDICADOR
DEZ.-00
DEZ.-01
Relação Capital de Terceiros/Capital Próprio
1,24
1,75
Relação Capital de Terceiros/Recursos Totais
55,4%
63,6%
Indicadores de endividamento e estrutura
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
O acentuado predomínio de recursos passivos circulantes
determinou uma redução nos indicadores de liquidez da
empresa
Observa-se um aumento do passivo em relação ao PL
Análise do Endividamento
Isso revela maior grau de dependência financeira e maior risco
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas
Algumas Conclusões
a) A liquidez da empresa não apresentou bom resultado, pois a
evolução do circulante não acompanhou a do passivo de CP
b) Houve uma elevação do endividamento, revelando maior
dependência financeira e risco
c) Os resultados operacionais tiveram bom desempenho,
tornando a empresa atrativa para investimentos
Análise das Demonstrações Contábeis – Aplicações Práticas