UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Curso de Fisioterapia
KAROLINY SILVA NAGATA
SAMARA DE MATOS MARQUES
O EFEITO DA BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL EM
LINFEDEMA PÓS-MASTECTOMIA:
RELATO DE DOIS CASOS
Bragança Paulista- SP
2015
KAROLINY SILVA NAGATA - 001201100599
SAMARA DE MATOS MARQUES - 001201101117
O EFEITO DA BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL EM
LINFEDEMA PÓS-MASTECTOMIA:
RELATO DE DOIS CASOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao curso de Fisioterapia, da Universidade São
Francisco como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em
Fisioterapia.
Orientadora Temática: Prof.ª M.ª Nathalia
Aiello Montoro
Orientadora Metodológica: Prof.a M
a Grazielle
Aurelina Fraga de Souza
Coorientadora: Ft. Esp. Tania Tonezzer
Bragança Paulista - SP
2015
KAROLINY SILVA NAGATA
SAMARA DE MATOS MARQUES
O EFEITO DA BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL EM
LINFEDEMA PÓS- MASTECTOMIA:
RELATO DE DOIS CASOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao curso de Fisioterapia, da Universidade São
Francisco como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em
Fisioterapia.
Data de aprovação: ___/___/2015
Banca Examinadora:
Prof.ª Mª Nathalia Aiello (Orientadora Temática)
Universidade São Francisco
Prof.ª Mª Grazielle Aurelina Fraga de Souza (Orientadora Metodológica)
Universidade São Francisco
________________________________________________________________________
Psicóloga Clínica Esp. em Psico-oncologia Maria Cristina Valle Aschenbach (Examinadora
Convidada)
Associação Bragantina de Combate ao Câncer (ABCC).
Dedicamos esse trabalho as nossas
mães Patrícia Silva (em memória) e Maria
José de Matos Marques, pela paciência e
serenidade, pelas palavras de motivação,
encorajamento e carinho por nós. Aos
nossos Professores por todo o
ensinamento e dedicação em especial à
nossa orientadora Nathália Aiello
Montoro. Aos nossos Familiares e amigos
o nosso muito obrigado.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 1
2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 6
2.1 Objetivos Gerais............................................................................................................... 6
2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................... 6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 7
ARTIGO CIENTÍFICO...........................................................................................................9
ANEXOS .......................................................................................................................... 278
1
1 INTRODUÇÃO
O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo sendo o mais comum
entre as mulheres, correspondendo a 22% de novos casos a cada ano. Esta patologia pode ser
definida como uma doença degenerativa resultante do acúmulo de lesões de material genético
das células, que induz o processo de crescimento, reprodução e dispersão anormal de células
metastáticas. De forma simplificada, consiste em um tumor maligno, originado por uma
hiperplasia desordenada de células que invadem tecidos sadios à sua volta.1,2
Portanto, as
células cancerosas apresentam capacidade de invadir o tecido normal e de disseminar para
locais distantes.3
A população de mulheres que cursam com câncer de mama está predisposta a adquirir
o linfedema. Em todo o mundo, cerca de 140 milhões de pessoas são portadoras de
linfedema, sendo 20 milhões no pós-operatório de câncer de mama, representando 98% dos
linfedemas de membros superiores. No Brasil, em estudo realizado pelo Instituto Nacional do
Câncer com 384 mulheres no pós-operatório de câncer de mama, a prevalência do linfedema
foi de 20,8%.3 O linfedema de membro superior secundário ao câncer de mama exibe
incidência entre 20 a 49% após mastectomia, 4 a 28% pós tumorectomia com dissecção axilar
e 34% após cirurgia combinada à radioterapia. 3
Os fatores associados ao risco de desenvolvimento do linfedema incluem dissecção
axilar, obesidade, idade avançada, radioterapia, agressividade cirúrgica, infecção e
preexistência de insuficiência do sistema linfático. A realização de diagnóstico precoce do
linfedema é essencial para escolha terapêutica adequada e para o sucesso na condução do
tratamento.3 Quanto mais precoce o diagnóstico do linfedema, melhores são as condições de
tratamento e maior a sobrevida das mulheres acometidas.2
Para a maioria dos casos, o diagnóstico do linfedema pode ser determinado por
história clinica e exame físico. Sintomas como sensação de peso, aperto do membro, aumento
do volume e alteração de sensibilidade podem ser reportados, sendo, por conseguinte,
sintomas indicadores precoces do desenvolvimento do linfedema. Ao exame físico é possível
observar aumento do volume do membro homolateral a cirurgia e alteração da consistência do
membro na palpação, dependendo da maior ou menor presença de tecido fibroesclerótico. É
comum também haver alterações na pele, como o aspecto casca de laranja, endurecida e/ou
2
brilhante. Em casos é possível observar limitação na amplitude de movimento das articulações
do ombro, cotovelo e punho.3
O linfedema é classificado como uma patologia crônica, complexa, que se manifesta
pelo aumento de volume de uma determinada região do corpo, causado por distúrbio da
circulação linfática.3 Tendo o início insidioso em vários períodos após a abordagem axilar e
com progressão para condição visível e de comprometimento grave do membro, podendo
variar de leve e pouco evidente no estágio inicial, a grave em estágios avançados.4
O sistema linfático é uma via de transporte composto por vasos linfáticos e órgãos
linfoides. Os vasos linfáticos carreiam fluidos e proteína plasmática que tenham extravasado
para o espaço intersticial dos tecidos de volta para o sistema cardiovascular, enquanto os
órgãos linfoides - que incluem medula óssea, timo, linfonodos, baço e tonsila - têm função de
produzir, manter e distribuir os linfócitos. Os sistemas linfático e vascular sanguíneo
trabalham de forma interdependente, tendo como principal função manter o balanço tecidual
normal pelo retorno do fluido intersticial para o sistema cardiovascular. O sistema linfático
tem ainda importante papel na resposta imunológica imune, carreando antígenos e anticorpos
do interstício para as células B e T nos linfonodos.3
Quando o sistema linfático é incapaz de manter a homeostasia tecidual, ocorre o
acumulo de fluido rico em proteínas no espaço intersticial do tecido subcutâneo, conduzindo a
aumento da pressão oncótica. Em situações de rotura e bloqueio do sistema linfático há
elevação da pressão hidrostática dentro dos capilares linfáticos íntegros. Estas condições
contribuem para o desencadeamento do linfedema.3
A etiologia e a fisiopatogenia do linfedema parecem ser multifatoriais e não
entendidas completamente, visto que outros fatores também contribuem para o seu
desenvolvimento. Esta patologia pode se desenvolver em qualquer tecido em que haja
desequilíbrio entre o nível de filtração por capilares e drenagem linfática.
A presença de
comunicações linfovenosas funcionantes em mulheres tratadas por câncer de mama pode
contribuir para prevenção de linfedema. O edema persistente e a estase de fluido rico em
proteínas, que eventualmente conduz à fibrose, combinados ao déficit de resposta
imunológica em extremidades desprovidas de linfonodos, criam excelente meio para
ocorrência de quadros infecciosos, como celulite e linfagite. O quadro inflamatório crônico
desencadeia fibrose e conduz alterações em tamanho, formato e função da extremidade
afetada.3
3
Para a avaliação do linfedema, a perimetria é o meio mais utilizado na prática clínica
para quantificá-lo. A técnica inclui a medição padronizada de vários pontos da circunferência
do membro com uma fita métrica flexível, graduada em centímetros, sendo este um método
simples e barato. As diferenças acima de dois centímetros na comparação entre os membros
(afetado e não afetado) são consideradas clinicamente significativas para o diagnóstico do
linfedema. Porém, o padrão ouro para diagnóstico preconizado na literatura, consiste no
método de deslocamento de água. Para esta forma de avaliação, o membro acometido deve ser
submerso em um cilindro com água, graduado em mililitros (ml), para que seja obtido o nível
de deslocamento do líquido, repetindo o mesmo procedimento com o braço contralateral. A
diferença maior ou igual à 200 ml entre os membros caracteriza clinicamente o linfedema.
Exames de imagem, como a linfocintilografia, também podem ser utilizados para estabelecer
o diagnóstico.3
Segundo o consenso do XVIII Congresso Internacional de Linfologia (2009), o
linfedema pode ser classificado em quatro estágios, apresentados a seguir:
Estágio 0 Condição latente, subclínica
Edema não é evidente apesar do transporte linfático estar prejudicado, podendo
estar presente meses ou anos antes do edema se tornar evidente.
Estágio 1 Representa um acúmulo de fluido relativamente rico em proteína (em
comparação com o conteúdo venoso, por exemplo) que desaparece com a
elevação do membro
O aumento na proliferação celular também pode ser observado.
Estágio 2 A elevação do membro não reduz o edema e a depressão do tecido pode ou não
estar presente, dependendo da existência de fibrose.
Estágio 3 Inclui elefantíase linfostática, na qual a depressão está ausente e alterações
cutâneas, como acantose, deposição de gordura e verrugas, podem se
desenvolver.
Há também a classificação do linfedema segundo o grau de intensidade.3, sendo
apresentada em fases no quadro a seguir:
4
Fase 1 Linfedema espontaneamente reversível.
Pequeno aumento de linfa intersticial e certa êxtase nos vasos linfáticos, que
regride com facilidade apenas com estímulo da circulação linfática.
Fase 2 Espontaneamente irreversível
Para regredir são necessárias atitudes terapêuticas mais intensivas.
Caracteriza-se por apresentar fibrose do fluido intersticial em certos pontos da
região afetada, com consequente elevação da consistência da pele.
Fase 3 Linfedema mais grave.
Em geral com grande volume da região afetada, apresenta grau elevado de
fibrose linfostática com grave estagnação da linfa nos vasos e capilares, a pele
exibe alterações importantes, tornando-se ressecada, friável, com coloração
escura e aspecto casca de laranja.
Neste estágio, a pele torna-se vulnerável às infecções como erisipelas ou
linfagites e a região atingida pelo linfedema apresenta-se deformada.
Fase 4 Linfedema mais grave.
Apresenta todas as alterações da fase anterior com gravidade ainda maior.
Há total falência e distensão dos vasos linfáticos conduzindo à insuficiência
valvular e ao consequente refluxo linfático, gerando acúmulo de linfa
intersticial e extravasamento deste para a pele, através de fístulas linfáticas e
linfocistos.
Segundo a Sociedade Americana de Câncer e o consenso da Sociedade Internacional
de Linfologia a Fisioterapia Complexa Descongestiva (FCD) é o principal tratamento para
linfedema. Este programa inclui drenagem linfática manual, bandagens compressivas,
cuidados com a pele, exercícios terapêuticos combinados e treinamento dos pacientes para
autoaplicação das técnicas.3 Sabemos no entanto, que na prática clínica as bandagens
compressivas apresentam-se para algumas mulheres como fator limitante à adequação ao
método, uma vez que o uso de ataduras elásticas dificulta ou impede a realização de
atividades de vida diária (AVDs). Além disso, devido ao volume que agregam ao membro
geram insatisfação estética e desconforto durante seu uso.
Outra técnica que vem sendo reconhecida e utilizada pelos fisioterapeutas é a
Bandagem Elástica Funcional (BEF). A pressão ocasionada pela BEF atua como canais que
direcionam o exsudato para o ducto linfático mais próximo. A fita é aplicada com a base
5
próxima ao nódulo linfático a ser dirigido o exsudato, sendo aplicada com um padrão de 0-
15% de tensão.4
O mecanismo de ação dessas bandagens é o de limitar o compartimento
semelhante ao que ocorre com as estruturas ósseo-aponeuróticas que limitam a distensão da
musculatura. Nesse caso, é colocado um novo compartimento limitante e que envolve o
tecido subcutâneo. O mecanismo de bombeamento necessita da contração muscular, então
para que a técnica apresente os benefícios de forma satisfatória, é necessário que ocorra
movimentação livre das articulações.5
Existem varias possibilidades de aplicação da BEF para o linfedema. Uma delas
consiste na aplicação da base e âncora, ambas de aproximadamente 3 cm, sem tensionamento
e caso isto ocorra, deverá ser o mínimo possível. A técnica deverá ser aplicada de proximal
para distal, contra a direção do fluido linfático. São utilizadas tiras finas recortadas da fita
original, aplicadas na técnica em “leque”, podendo as tiras serem sobrepostas, ou aplicadas no
sentido do segmento do membro a ser tratado.6
A técnica da BEF tem a propriedade de melhorar o fluxo linfático por produzir
diferentes pressões na pele, favorecendo o bombeamento para as regiões com menos pressão.
Apresenta a vantagem de permanecer na pele por vários dias e promove maior conforto
quando o membro está em repouso, o que pode aumentar a aderência das pacientes à
terapêutica.7 Desta forma, a BEF pode contribuir no tratamento para o controle e/ou redução
do linfedema de membros superiores, podendo ser de grande valia como instrumento
fisioterapêutico.
6
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais
Avaliar o efeito da BEF para o controle e/ou redução do linfedema de membro superior
em mulheres submetidas à cirurgia de mastectomia com linfadenectomia.
2.2 Objetivos Específicos
Avaliar voluntárias através de instrumentos de coleta de dados sociodemográfico,
dados clínicos e avaliação do linfedema desenvolvido para o estudo, antes e após a
intervenção da BEF.
Comparar resultados, através de instrumento de avaliação constando: dados clínicos,
sociodemogáficos e avaliação física específica para linfedema, contemplando
goniometria, perimetria, Escala Visual Analógica (EVA) para avaliação da dor.
Verificar a eficácia da técnica de BEF, bem como o grau de satisfação obtido pelas
voluntárias.
Avaliar através de Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG) a capacidade
funcional das voluntárias.
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Leal NFBS, Dias LAR, Carrara HHA, Ferreira CHJ. Linfedema pós – câncer de mama:
comparação de duas técnicas fisioterapêuticas – estudo piloto Fisioterapia em Movimento,
Curitiba, 2011; v.24, n.4, p.647-654, out./dez.
2. Ribeiro RL, Costa RL, Sandoval RA. Conduta Fisioterapêutica no Linfedema pós
mastectomia por câncer de mama – Montes Belos: Revista Eletrônica Faculdade Montes
Belos , 2011.
3. Marques AA, Silva MPP, Amaral MTP. Tratado de fisioterapia em saúde da mulher – São
Paulo. Roca, ed. 1º, cap.12, 2011.
4. Kase K, Wallis J, Kase T. Clinical Therapeutic Applications of the Kinesio Taping®.
Copyright©,2003; by Kenzo Kase. All rights reserved.”Kinesio”and “Kinesio Taping” are
registered trademarks ® of Ken Ikai Co. Ltd.,Tokyo,Japan.
5. Sijmonsma J. Manual de Taping Neuromuscular, 2014; 1º Ed. Enschéde.
6. Tsai, HJ, Hung HC, Yang JL, Huang CS, Tsauo JY. Could Kinesio tape replace the
bandage in decongestive lymphatic therapy for breast-cancer-related lymphedema? A pilot
study. Support Care Cancer 2009; 17:1353–1360.
7. Smykla A, Walewicz K, Trybulski R, Halski T, Kucharzewski M, Kucio C, Mikusek W,
Klakla K, Taradaj J. Effect of Kinesiology Taping onBreast Cancer- Related Lymphedema: A
Randomized Single-Blind Controlled Pilot Study. Hindawi Publishing Corporation BioMed
Research International Volume 2013; Article ID 767106, 7 pages.
8. Cendron SW, Paiva LL, Darski C, Colla C. Fisioterapia Complexa Descongestiva
Associada a Terapias de Compressão no Tratamento do Linfedema Secundário ao Câncer de
Mama: uma Revisão Sistemática. Revista Brasileira de Cancerologia 2015; 61(1): 49-58.
8
ARTIGO CIENTÍFICO
O EFEITO DA BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL EM LINFEDEMA PÓS-
MASTECTOMIA: RELATO DE DOIS CASOS.
THE EFFECT OF FUNCTIONAL ELASTIC BANDAGE IN LYMPHEDEMA POST-
MASTECTOMY: TWO CASES REPORT.
EL EFECTO DE VENDA ELÁSTICA FUNCIONAL EN POSTE LINFEDEMA
MASTECTOMIA: DOS CASOS INFORME.
Karoliny Silva Nagata1, Samara de Matos Marques
1, Nathalia Aiello Montoro
2, Tania
Tonezzer3, Grazielle Aurelina Fraga de Souza
4
1 Discente do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco. E-mail: k-
[email protected]/[email protected]
2 Fisioterapeuta Ms.ª em Tocoginecologia pela Unicamp, Docente do Curso de Fisioterapia
da Universidade São Francisco. E-mail: [email protected]
3 Fisioterapeuta Esp. em Fisioterapia Oncológica pela Universidade de São Paulo - USP,
formação profissional e experiência clínica na área de Oncologia. E-mail:
4 Fisioterapeuta Ms.
a em Biologia Funcional e Molecular pelo Instituto de Biologia da
Unicamp, Esp. Em Fisioterapia aplicada à Neurologia Infantil pela Unicamp, docente do
curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco. E-mail: [email protected]
9
Resumo
Introdução: O câncer de mama é a segunda neoplasia mais frequente no mundo, sendo a
mais comum entre as mulheres. O linfedema de membros superiores (MMSS) é uma
complicação frequente no pós-operatório de câncer de mama. Objetivo: Avaliar o efeito da
bandagem elástica funcional (BEF) para o controle e/ou redução do linfedema de membro
superior em mulheres pós-mastectomia e linfadenectomia. Metodologia: Relato de dois casos
com diagnóstico de linfedema em MMSS. Nas 16 sessões do tratamento, as duas voluntárias
(A e B) foram atendidas com intervalos de 3 a 5 dias. O tratamento foi composto por:
drenagem linfática manual; bandagem elástica funcional; exercícios cinesiológicos;
orientações e cuidados com a pele. Resultados: Foi observado para a voluntária A importante
redução de linfedema e para voluntária B leve diminuição de linfedema e melhora da
amplitude de movimento (ADM). Para ambas foi observada diminuição de dor e sensação de
peso no membro afetado, melhora no aspecto da coloração da pele e diminuição da parestesia,
sendo a aceitação à técnica classificada como ótima pelas mesmas. Conclusão: A intervenção
com o uso de BEF possibilitou a melhora – segundo escala ECOG – das funcionalidades e das
atividades de vida diária, gerando relatos de aceitação e satisfação frente à abordagem da
técnica, ao aspecto estético do membro acometido e aos resultados gerais do tratamento.
Palavras chaves: linfedema, mastectomia, fisioterapia, bandagens compressivas, fita atlética.
Abstract
Introduction: Breast cancer is the second most common type in the world being the most
common among women, accounting for 22% of new cases each year. Worldwide, about 140
million people are suffering from lymphedema, 20 million in breast cancer after surgery,
representing 98% of Upper Limb lymphedema. Objective: To evaluate the effect of
functional elastic bandage to control and / or reduce the upper limb lymphedema in women
10
undergoing mastectomy surgery with lymphadenectomy. Methodology: This is a report of
two cases of women diagnosed with secondary lymphedema, and the proposed treatment
consists of manual lymphatic drainage, functional elastic bandage, kinesiology exercises,
guidelines and skin care. They were held 16 treatment sessions at intervals of 3 to 5 days.
Results: It was observed for the patient A a good degree of lymphedema reduction, and for
the patient B a slight decrease of lymphedema and ADM improvement. For both was
observed a decrease in pain and heaviness in the affected limb, improvement in the
appearance of skin coloration and decreased paresthesia, the technique acceptance was
classified as good for them Conclusion: Intervention with the use of FEB enabled
improvement in the Functions, according to ECOG scale, generating reports of acceptance
and satisfaction opposite the technical approach, the aesthetic appearance of the affected limb
and general treatment outcomes.
Keywords: Lymphedema, Mastectomy, Physical Therapy Specialty, Compression Bandages,
Athletic Tape.
Resumen
Introducción: Cáncer de pecho es el segundo cáncer más común en todo el mundo, el más
común entre las mujeres. El linfedema de los miembros superiores es una complicación
frecuente en el cáncer de mama postoperatorio. Objetivo: Evaluar el efecto de venda elástica
funcional (BEF) para controlar y / o reducción del linfedema de las extremidades superiores
después de la mastectomía y linfadenectomía mujeres. Metodología: presentación de dos
casos de mujeres con diagnóstico de linfedema secundario y el tratamiento propuesto consiste
en el drenaje linfático manual, BEF, ejercicios de kinesiología, directrices y cuidado de la
piel. Ellos se llevaron a cabo 16 sesiones de tratamiento a intervalos de 3 a 5 días.
Resultados: Se observó para el paciente Un buen grado de reducción del linfedema y
11
paciente B ligera disminución linfedema y la mejora de ADM. Por tanto se observó
disminución en el dolor y pesadez en el miembro afectado, la mejora de la apariencia de
coloración de la piel y disminución de la parestesia. La aceptación de la técnica fue
clasificado como bueno para ellos. Conclusión: La intervención con uso de BEF activar una
funcionalidad mejorada, según la escala ECOG, generando informe aceptación y satisfacción
frente al enfoque técnico, el aspecto estético de la extremidad afectada y los resultados
generales de tratamiento.
Palabras claves: Linfedema, Mastectomía, Fisioterapia, Vendajes de Compresión, Cinta
Atlética.
INTRODUÇÃO
O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo sendo o mais comum
entre as mulheres, correspondendo a 22% de novos casos a cada ano 1,2
. Em todo o mundo,
cerca de 140 milhões de pessoas são portadoras de linfedema, destas 20 milhões ocorrem no
pós-operatório de câncer de mama, representando 98% dos linfedemas de membros superiores
(MMSS), classificados como linfedemas secundários. Em um estudo realizado pelo Instituto
Nacional do Câncer no ano de 2011 com 384 mulheres no pós-operatório de câncer de mama,
a prevalência do linfedema foi de 20,8%.3
O linfedema de membro superior secundário ao
câncer de mama exibe incidência entre 20 a 49% após mastectomia, 4 a 28% pós
tumorectomia com dissecção axilar e 34% após cirurgia combinada à radioterapia.3
Os fatores associados ao risco de desenvolvimento do linfedema incluem dissecção
axilar, obesidade, idade avançada, radioterapia, agressividade cirúrgica, infecção e
preexistência de insuficiência do sistema linfático2. A realização de diagnóstico precoce do
linfedema é essencial para escolha terapêutica adequada e para o sucesso na condução do
12
tratamento.3 Quanto mais precoce o diagnóstico do linfedema, melhores são as condições de
tratamento e maior a sobrevida das mulheres acometidas.2
Para a maioria dos casos, o diagnóstico do linfedema pode ser determinado por
história clinica e exame físico. Sintomas como sensação de peso, aperto do membro, aumento
do volume e alteração de sensibilidade podem ser reportados, sendo, por conseguinte,
sintomas indicadores precoces do desenvolvimento do linfedema. Ao exame físico é possível
observar aumento do volume do membro homolateral a cirurgia e alteração da consistência do
membro na palpação, dependendo da maior ou menor presença de tecido fibroesclerótico. É
comum também haver alterações na pele, como o aspecto casca de laranja, endurecida e/ou
brilhante. Em alguns casos é possível observar limitação na amplitude de movimento (ADM)
das articulações do ombro, cotovelo e punho.3
O linfedema é classificado como uma patologia crônica, complexa, que se manifesta
pelo aumento de volume de uma determinada região do corpo, causado por distúrbio da
circulação linfática3. Tendo o início insidioso em vários períodos após a abordagem axilar e
com progressão para condição visível e de comprometimento grave do membro, podendo
variar de leve e pouco evidente no estágio inicial, a grave em estágios avançados.4
A etiologia e a fisiopatogenia do linfedema parecem ser multifatoriais e não
entendidas completamente. Esta patologia pode se desenvolver em qualquer tecido em que
haja desequilíbrio entre o nível de filtração por capilares e drenagem linfática. A presença de
comunicações linfovenosas funcionantes em mulheres tratadas por câncer de mama pode
contribuir para prevenção de linfedema. O edema persistente e a estase de fluido rico em
proteínas, que eventualmente conduz à fibrose, combinados ao déficit de resposta
imunológica em extremidades desprovidas de linfonodos, criam excelente meio para
ocorrência de quadros infecciosos, como celulite e linfagite. O quadro inflamatório crônico
13
desencadeia fibrose e conduz alterações em tamanho, formato e função da extremidade
afetada.3
Segundo a Sociedade Americana de Câncer e o consenso da Sociedade Internacional
de Linfologia a Fisioterapia Complexa Descongestiva (FDC) é o principal tratamento para
linfedema. Este programa inclui drenagem linfática manual, bandagens compressivas,
cuidados com a pele, exercícios terapêuticos combinados e treinamento dos pacientes para
autoaplicação das técnicas.3 Sabemos no entanto, que na prática clínica as bandagens
compressivas apresentam-se para algumas mulheres como fator limitante à adequação ao
método, uma vez que o uso de ataduras elásticas dificulta ou impede a realização de
atividades de vida diária (AVDs). Além disso, devido ao volume que agregam ao membro
geram insatisfação estética e desconforto durante seu uso.
Outra técnica que vem sendo reconhecida e utilizada pelos fisioterapeutas é a
Bandagem Elástica Funcional (BEF). A pressão ocasionada pela fita da BEF atua como canais
que direcionam o exsudato para o ducto linfático mais próximo. A fita é aplicada com a base
próxima ao nódulo linfático a ser dirigido o exsudato, sendo aplicada com um padrão de 0-
15% de tensão. O mecanismo de ação dessas bandagens é o de limitar o compartimento
semelhante ao que ocorre com as estruturas ósseo-aponeuróticas que limitam a distensão da
musculatura. Nesse caso, é colocado um novo compartimento limitante e que envolve o tecido
subcutâneo. O mecanismo de bombeamento necessita da contração muscular, então para que a
técnica apresente os benefícios de forma satisfatória, é necessário que ocorra movimentação
livre das articulações.4 Desta forma, a BEF pode representar uma alternativa complementar ao
tratamento convencional, visto que promove funcionalidade e melhor aspecto estético. O
objetivo desse estudo foi portanto, avaliar o efeito da BEF para o controle e/ou redução do
linfedema de membro superior em mulheres submetidas à cirurgia de mastectomia com
linfadenectomia.
14
MÉTODO
Trata-se de um estudo de dois casos, realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da
Universidade São Francisco (CEF-USF) e Associação Bragantina de Combate ao Câncer
(ABCC) no período de novembro de 2014 a janeiro de 2015. A pesquisa foi aprovada pelo
Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade São Francisco, número de parecer 853.355. As
voluntárias foram recrutadas, sendo apresentado o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) para a solicitação de autorização para a coleta de dados da pesquisa e
participação das mesmas, sendo sanadas possíveis dúvidas, bem como a concessão de livre
interrupção da pesquisa em qualquer fase do tratamento.
Os dados foram coletados por um instrumento de avaliação elaborado pelas
pesquisadoras onde constava nome da voluntária, idade, tipo de câncer, tipo de cirurgia
realizada, tratamentos complementares, patologias prévias e uso de medicação controlada. O
exame físico foi composto por inspeção e palpação dos membros, medida da ADM de ombro,
mensurado através de um goniômetro7 e perimetria de MMSS. A perimetria foi realizada com
uma fita métrica, sendo demarcados três pontos de cinco em cinco centímetros, acima e
abaixo da fossa cubital na região do cotovelo, região de punho e metacarpofalangiana.
Também foi utilizado o Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG)6 para avaliação da
capacidade funcional das voluntárias e a Escala Visual Analógica da Dor (EVA)8 para
mensuração da dor.
Participaram deste estudo duas voluntárias, denominadas voluntária A e voluntária B
ambas do sexo feminino, de 82 e 52 anos respectivamente. Submetidas à mastectomia radical
unilateral e linfadenectomia diagnosticadas com grau 2 de linfedema no membro superior
(MS) afetado. As voluntárias preencheram em total acordo o TCLE.
15
Apresentaram como principal sequela pós-cirúrgica o linfedema, diagnosticado
clinicamente, sendo encaminhadas para tratamento fisioterapêutico. O protocolo de
tratamento utilizado consistiu em: drenagem linfática manual, aplicação da BEF, exercícios
cinesiológicos, orientações sobre cuidados com a pele e nas AVDs. Foram realizados 16
atendimentos, sendo estes intercalados de três a cinco dias, com duração de 50 minutos a
sessão, no período de dois meses.
No primeiro atendimento foi realizada a coleta de dados clínicos, sociodemográficos,
avaliação física, aplicação da EVA e ECOG. Além disso, foram fornecidas informações
acerca dos cuidados com a pele e nas AVDs. Desde a primeira sessão, e em todas as seguintes
foi realizado: 1- Drenagem linfática manual 2- Aplicação da BEF da marca Kinesiology N3s
Tape® (citação sem voto promocional da marca), sendo no MS acometido, utilizando de 0 a
15% de tensão na fita, com técnica em “leque”, tendo a base direcionada ao MS contralateral.
3- Exercícios cinesioterapêuticos incluindo exercício ativo-livre e/ou assistido de abdução e
flexão de ombro à 90º para preservar a articulação do ombro; exercícios metabólicos de
extremidades a fim de melhorar circulação venosa e linfática; treino sensório-motor com o
MS em flexão de ombro à 90º; extensão de cotovelo e extensão do punho realizando
movimentos circulatórios sobre parede lisa; exercícios pendulares de Codman para MMSS.
Na última sessão foi realizada a reavaliação do linfedema através da aplicação do instrumento
de coleta de dados clínicos, avaliação física, aplicação da EVA e ECOG, além de coletar o
nível de satisfação das voluntárias com a aplicação da técnica após intervenção.
DESCRIÇÃO DOS CASOS
Voluntária A, 82 anos, aposentada, relatou ter notado presença de nódulo em mama
esquerda no ano de 2004, que progrediu de tamanho acompanhado de fortes dores em peito e
16
limitação da ADM. A voluntária relata não ter procurado auxílio médico por medo, deduzindo
se tratar de cardiopatia. Dois anos depois, orientada pelo Pastor de sua igreja, procurou auxílio
médico e após exames, realizou mastectomia radical modificada com linfadenectomia. A
mesma relatou que desde o pós-operatório apresentava fortes algias em MS, com presença de
neuralgia em nervo intercostobraquial e tendinose em região de deltóide, no entanto sem
exames de imagem que confirmassem a lesão.
Iniciou o tratamento com a fisioterapia na CEF-USF três meses após a cirurgia,
período em que foi diagnosticado linfedema, sendo realizado tratamento seguindo o protocolo
de FCD convencional. No entanto, a voluntária relatou que não se adaptou à técnica de
enfaixamento compressivo tendo abandonado a intervenção. Na avaliação para este estudo a
voluntária apresentava fortes dores em MS, com limitação plausível de ADM, sem
possibilidade para exercícios cinesiológicos ativos. Foram obtidos da voluntária A os
seguintes dados:
Avaliação física INICIAL: Avaliação física FINAL:
ECOG 1 ECOG 0
EVA 8 EVA 5
Goniometria de MSE
68º para flexão de ombro,
60º para abdução do ombro e
8º de adução horizontal de ombro.
Goniometria de MSE
75º para flexão de ombro,
90º para abdução do ombro e
12º de adução horizontal de ombro.
Tabela 1: Avaliação inicial e final relacionada ao ECOG, EVA e goniometria do membro
afetado da voluntária A.
17
Na inspeção, a voluntária apresentava queimadura em MS esquerdo em fase
inflamatória consequente intervenção dermatológica estética (retirada de verruga), além de
alterações cutâneas como rubor, aumento da temperatura local e edema geral. À palpação
apresentou aumento de consistência do membro e sinal de cacifo positivo. Relatou também
sintoma de parestesia e sensação de peso/tensão no membro afetado.
Ao final das aplicações a mesma encontrava-se satisfeita com a técnica, com ausência
de parestesia, ausência de dor referente ao linfedema, diminuição de sensação de peso/tensão
no ombro, ausência de aumento de temperatura local e importante diminuição da perimetria
em MS acometido (gráfico 1 / figura 1), com melhora da mobilidade, ganho na qualidade de
vida e nas AVD’s.
Voluntária B, 52 anos, doméstica, relatou que ao realizar autoexame localizou um
“caroço” na mama direita, procurou ajuda médica, e após realização de vários exames foi
diagnosticada com câncer do tipo carcinoma ductal invasivo. Realizou cirurgia radical de
mama direita com linfadenectomia no ano de 2013, seguida de quimioterapia adjuvante,
progredindo com linfedema do MS homolateral. Foi encaminhada à fisioterapia, porém foi
admitida no estudo antes de se submeter a qualquer intervenção fisioterapêutica. Foram
obtidos da voluntária B os seguintes dados:
Avaliação física INICIAL: Avaliação física FINAL:
ECOG 0 ECOG 0
EVA 9 EVA 6
18
Goniometria de MSD
160º para flexão de ombro,
110º para abdução do ombro e
12º de adução horizontal de ombro.
Goniometria de MSD
175º para flexão de ombro,
160º para abdução do ombro e
20º de adução horizontal de ombro.
Tabela 2: Avaliação inicial e final relacionada ao ECOG, EVA e goniometria do membro
afetado da voluntária B.
Na primeira avaliação a voluntária não apresentou alterações na inspeção, exceto o
edema geral. Na palpação foi observado aumento de consistência e sinal de cacifo positivo no
membro acometido. Relatou também dor, parestesia e sensação de peso/tensão no membro
afetado
Ao final dos atendimentos, na reavaliação, voluntária encontrava-se satisfeita com o
protocolo de tratamento realizado, apresentando ausência de parestesia, ausência de dor
referente ao linfedema, diminuição de sensação de peso/tensão no ombro e leve diminuição de
perimetria em MS acometido (gráfico 2 / figura 2), com melhora da ADM, promovendo
ganho na qualidade de vida e na funcionalidade.
As figuras 1 e 2 referem-se à primeira e última aplicação do protocolo de tratamento
utilizado nesse estudo. Podendo ser observada a redução da circunferência dos membros tanto
da voluntária A quanto da voluntária B, o que comprova visualmente a eficácia do método.
Como explicado, a BEF foi aplicada de modo a facilitar a drenagem diminuindo o acúmulo de
líquido no membro acometido. Visualmente nota-se que não houve prejuízo à pele das
voluntárias, e que a aplicação da técnica ocasionou melhora na estética do MS acometido,
indicando a biocompatibilidade do material utilizado.
19
Figura 1: voluntária A Figura 2: voluntária B
Os gráficos 1 e 2 referem-se à perimetria do MS afetado de cada voluntária na primeira
e última aplicação da BEF e variação observada.
20
DISCUSSÃO
A FCD é utilizada para o tratamento de linfedema, sendo reconhecida como principal
intervenção nestes casos. Por outro lado, sabemos que há dificuldade na aceitação e adesão ao
tratamento destas mulheres principalmente na abordagem por enfaixamento compressivo. Por
isto, no presente estudo apresentamos como proposta a substituição desta técnica pela BEF,
atualmente muito utilizada na fisioterapia. Outros autores também apresentaram esta proposta
com grupos comparativos, avaliando a redução do volume do membro afetado. No estudo de
Tsai et al9, foram comparados os efeitos do Enfaixamento Compressivo Funcional (ECF) e
FCD, substituindo o enfaixamento pela técnica de BEF (denominado pelos autores como K-
tape®) ambos associados a Compressão Pneumática Intermitente (CPI). O estudo avaliou e
tratou 41 participantes com linfedema de MS pós-mastectomia por quatro semanas e verificou
que houve redução no volume do membro afetado em ambos os grupos, sem diferença
estatisticamente significativa, sendo a K-tape® melhor aceita pelas participantes por gerar
mais conforto entre as voluntárias. No presente estudo foi observado tanto o controle quanto a
diminuição do linfedema das voluntárias pós mastectomizadas com linfadenectomia através
da técnica da BEF e também foi constatada a aceitação por partes das voluntárias em relação à
técnica abordada. Devemos considerar que o tempo de intervenção do estudo citado foi
reduzido quando comparado ao presente estudo, o que pode ter favorecido a resposta na
redução do linfedema para as voluntárias estudadas.
Pop et al10
publicou um estudo, dividindo dois grupos, um grupo de estudo e um
grupo controle durante 21 dias de tratamento, sendo a BEF aplicada três vezes a cada sete
dias. Foram avaliadas e tratadas 44 mulheres, onde no grupo de estudo realizaram a elevação
do MS edemaciado por 20 minutos e logo em seguida a aplicação da BEF, e no grupo
21
controle foi realizada somente a aplicação da BEF. Concluíram então que para a redução do
linfedema, houve maior eficácia na associação da técnica de BEF e elevação do membro
acometido. Além disso, a BEF exerceu uma influência sobre a melhoria da mobilidade das
articulações dos MMSS e na força de preensão. O uso isolado da BEF ainda é pouco estudado
e, reconhecendo a importância de outras intervenções, consideramos a técnica como um
importante recurso complementar e que provavelmente sozinho não teria ação representativa.
Desta forma no presente estudo foi feita associação da BEF com outros recursos
fisioterapêuticos que compõe a FCD, sendo esta a melhor forma de tratamento reconhecida
atualmente para estes casos. Sabe-se que o mecanismo de bombeamento linfático necessita da
contração muscular, por isso, para que as voluntárias tenham os benefícios desse mecanismo é
necessário que estejam em movimento, confirmando a importância da intervenção com
exercícios cinesioterapêuticos para estas mulheres, pois, caso contrário, a BEF não exerceria
sua função por completo.
Smykla et al11
realizaram um estudo randomizado com 69 indivíduos, onde os
participantes foram aleatoriamente atribuídos a três grupos: grupo KT, KT-Quasi e Grupo de
Terapia de Compressão Multicamadas (MCT). Os indivíduos de todos os grupos receberam
um tratamento de rotina, incluindo cuidados com a pele, 45 minutos terapia de compressão
pneumática, 1 hora de drenagem linfática manual, e aplicação da K-Tape® ou de bandagens
de curto estiramento em múltiplas camadas. Os grupos de fita K-Tape® e grupos K-Tape
Quasi também receberam terapia padrão. Cada grupo foi tratado três vezes por semana, faixas
elásticas ou K-Tape® foram aplicados as segundas, quartas e sextas-feiras para o período de
intervenção em quatro semanas. Os autores concluíram nesse estudo que houve diminuição
significativa do edema nos voluntários submetidos ao tratamento de K-Tape® aplicada em
múltiplas camadas (MCT) quando comparado aos outros grupos.
22
Em um outro artigo de Godoy et al12
, os autores avaliaram e trataram 30 voluntárias
por um período de dois meses, sendo 25 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, 25
voluntários portadores de linfedema de membros inferiores e cinco de MS, cujo diagnóstico
foi clínico por exame linfocintilográfico. Todos os voluntários foram submetidos à drenagem
linfática manual seguidos pela BEF, citada nesse trabalho como bandagem co-adesiva de
baixa elasticidade de cinco centímetros de largura (Co-flex®). Foram utilizadas 650
bandagens em 445 procedimentos, com aplicação de uma a quatro camadas em cada sessão.
Os membros com bandagens foram inspecionados diariamente e as trocas foram realizadas
sempre que as mesmas estivessem folgadas ou danificadas. Avaliou-se em todos os
voluntários a tolerabilidade e a durabilidade quanto ao número de camadas e as principais
queixas. Quanto à tolerabilidade, a BEF foi bem aceitas em 27 voluntários, sendo que três não
as toleraram. Em relação ao número de camadas, os autores observaram que a aplicação sendo
realizado em uma camada ou mais, leva a perda da eficácia em um intervalo menor de tempo,
tendo sua durabilidade entre dois e três dias. Em relação ao tempo de permanência de cada
bandagem houve variação de um a 15 dias, apresentando média de cinco dias. Concluíram
portanto que as bandagens co-adesivas de baixa elasticidade são bem toleradas em uma região
cujo clima predominante é de alta temperatura, porém devem ter o acompanhamento
adequado. O maior número de camadas confere maior resistência, porém reduz a
extensibilidade aproximando-as das bandagens não elásticas.
Nosso estudo teve como intuito nas aplicações da BEF, direcionar o exsudato para o
ducto linfático íntegro mais próximo. Para isso, foi realizada a aplicação da base próxima ao
nódulo linfático a ser dirigido o exsudato, com tensão de 0-15% sendo esta a tensão padrão da
fita, de modo que a sua aplicação foi realizada respeitando o fluxo do sistema linfático. Após
analise dos estudos, refletimos sobre a necessidade da padronização das técnicas de aplicação
de modo a possibilitar a comparação entre estudos futuros.
23
Godoy et al13
, publicaram um estudo em que seis indivíduos, quatro do sexo
feminino e dois de sexo masculino foram avaliados e tratados, todos com acometimento entre
grau II e III de linfedema de membros inferiores e um com elefantíase. Todos os voluntários
foram submetidos à drenagem linfática manual associada a bandagem de baixa elasticidade e
a BEF, denominada no estudo como bandagem autoadesiva. As bandagens foram utilizadas
em sessões intercaladas e realizadas entre três a sete dias, após conseguir as mesmas medidas
de circunferências em ambos os membros de quatro voluntárias e o tratamento foi mantido
por mais de um mês. Após este período as bandagens foram retiradas e não se observou mais
ganho de medidas em um curto período de tempo (um mês), entretanto poderiam vir a
apresentar edema caso não mantivessem o tratamento. Os autores concluíram então que a
associação da bandagem com elasticidade limitada com a drenagem linfática manual foi mais
eficiente em reduzir a circunferência de membros inferiores com linfedema quando
comparado à drenagem linfática manual isolada. Se tratando de uma patologia crônica,
ressaltamos a importância de avaliar portadores de linfedema em longo prazo após
interrupção da intervenção. Devemos considerar que terapias com o uso de bomba
pneumática, por exemplo, necessitam do uso continuo de braçadeira ou meia compressiva em
razão do risco de recorrência14
. Por isso a importância de orientar as voluntárias quanto à auto
massagem e realização de exercícios domiciliares, bem como cuidados com a pele.
Em uma revisão bibliográfica de Cendron et al15
quanto aos tratamentos eficazes
para o linfedema em MMSS, os autores observaram que todos os estudos encontrados
apresentavam resultados positivos com a utilização da terapia por compressão externa, na
redução do volume de linfedema, sendo o Enfaixamento Compressivo Fisioterapêutico (ECF),
a K-Tape® e a compressão pneumática, associados à FCD, considerados eficazes na redução
do linfedema de MS. A FCD atualmente é o tratamento preconizado pela Sociedade
Internacional de Linfologia para essa disfunção. O ECF não só mantém como incrementa a
24
absorção linfática e, em conjunto com a cinesioterapia, estimula o funcionamento linfático.
Porém, apesar desta técnica se mostrar eficaz, os estudos analisados não comprovam que a
sua utilização altera a resposta ao tratamento quando comparado a outras técnicas. Já a K-
Tape® tem a propriedade de melhorar o fluxo linfático por produzir diferentes pressões na
pele, favorecendo o bombeamento para as regiões com menos pressão e por sua vantagem de
permanecer na pele por dias; além de promover maior conforto quando o membro está em
repouso, podendo aumentar a aderência das voluntárias à terapêutica. Não houve evidência de
lesão ou de resultados insatisfatórios nos estudo que realizaram a intervenção por tempo
maior do que o indicado na literatura. Desta forma, os estudos analisados nessa revisão
sistemática demonstraram que o ECF, a CPI e a K-Tape®, amplamente utilizados na prática
clínica, se mostraram eficientes na redução do linfedema de MS em mulheres
mastectomizadas; porém, quando as técnicas são comparadas entre si, não é possível afirmar
qual delas se mostra mais eficaz na redução do linfedema.
Portanto o presente estudo confirma os resultados anteriormente citados, podendo
observar a diferença nas variáveis avaliadas ao utilizar a técnica da BEF, gerando o controle e
a diminuição do linfedema do MS afetado, aumentando a mobilidade e favorecendo a melhor
aceitação da técnica.
CONCLUSÃO
Dessa forma pode-se concluir pelo presente estudo, que a BEF pode contribuir com
benefícios no tratamento do linfedema de MMSS, tanto no controle quanto na redução do
linfedema em mulheres submetidas à cirurgia de mastectomia com linfadenectomia. Porém a
escassez de estudos sobre o tema, não nos dá a plena certeza de que a técnica possa substituir
a FCD, podendo então ser recomendada como um tratamento alternativo e/ou complementar,
25
de modo que novas pesquisas com um número maior de voluntários deverão ser realizadas a
fim de justificar e comprovar a eficácia do tratamento com a BEF.
CONTRIBUIÇÕES
Karoliny Silva Nagata e Samara de Matos Marques, autoras do artigo como
requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia e responsáveis pela
concepção do projeto. Realizaram a coleta, análise e interpretação dos dados e redação final.
Nathália Aiello Montoro orientadora, Tânia Tonezzer coorientadora do trabalho de
conclusão de curso participaram da construção da redação e Grazielle Aurelina Fraga de
Souza participou como orientadora metodológica do trabalho.
Declaração de Conflito de Interesses: Nada a Declarar.
REFERÊNCIAS
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comparação de duas técnicas fisioterapêuticas. Fisioterapia em Movimento 2011; 24(4): 647-
654.
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mastectomia por câncer de mama – Montes Belos: Revista Eletrônica Faculdade Montes
Belos; 2011.
3. Marques AA, Silva MPP, Amaral MTP. Tratado de fisioterapia em saúde da mulher. São
Paulo; 2011. Roca, 2a ed., cap.12.
26
4. Kase K, Wallis J, Kase T. Clinical therapeutic applications of the Kinesio Taping®.
Copyright©. Tokyo,Japan ; 2003. by Kenzo Kase. All rights reserved.”Kinesio”and “Kinesio
Taping” are registered trademarks ® of Ken Ikai Co. Ltd..
5. Sijmonsma J. Manual de taping neuromuscular. Enschéde; 2014.
6. Conduta do INCA. Cuidados Paliativos Oncológicos - Controle de Sintomas, Revista
Brasileira de Cancerologia, 2002, 48(2): 191-21.
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8. Martinez JE, Grassi DC, Marques LG. Análise da aplicabilidade de três instrumentos de
avaliação de dor em distintas unidades de atendimento: ambulatório, enfermaria e urgência.
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study. Support Care Cancer; 2009. 17:1353–1360.
10. Pop TB, Monika-Tymczak B, Hałas I, Banaś J. The influence of Kinesiology Taping on
the reduction of lymphedema among women after mastectomy – preliminary study.
Contemorany Oncology. [unknown place]; 2014. 18 (2): 124–129.
11. Smykla A, Walewicz K, Trybulski R, Halski T, Kucharzewski M, Kucio C, Mikusek W,
Klakla K, Taradaj J. Effect of Kinesiology Taping on breast cancer- related lymphedema: a
randomized single-blind controlled pilot study. Hindawi Publishing Corporation BioMed
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tratamento do linfedema. Revista Angiologia Cirurgia Vascular 2003; 12 (3)87-89. [local
desconhecido]; julho/setembro.
27
13. Godoy JMP, Braile DM, Godoy MFG. Drenagem linfática e bandagem auto-adesiva em
paciente com linfedema de membros inferiores. Revista Angiologia Cirurgia Vascular,
16:207-211. [local desconhecido]; 2000.
14.Golshan M, Smith B. Prevention and management of arm lymphedema in the patient with
breast cancer.J. Support Oncol.2006;(4):381-386.
15. Cendron SW, Paiva LL, Darski C, Colla C. Fisioterapia complexa descongestiva
associada a terapias de compressão no tratamento do linfedema secundário ao câncer de
mama: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Cancerologia. 2015; 61(1): 49-58.
28
ANEXOS
Instrumento de avaliação / reavaliação de linfedema
Nome:
Data de Nascimento:
Data da avaliação/reavaliação:
1-Restrições ao arco do movimento
( )sim ( )não ( )não informado
Se sim , qual movimento:
( )flexão ( )extensão ( )abdução ( )adução ( )rot. interna
( )rot. externa
Goniometria (ADM)
Flexão_____ extensão______ abdução_____ adução_____ rot. interna_____ rot.
externa_____
2 – Escápula Alada
( ) sim ( )não ( )não informado
Se sim , qual grau:____________
3-Parestesia no membro com linfedema
( )sim ( )não ( )não informado
4- Dor
( )sim ( )não ( )não informado
5 – Sensação de peso no membro/ Tensão no membro
( )sim ( )não ( )não informado
6- Aumento da temperatura local
( )sim ( )não ( )não informado
29
7 – Alterações cutâneas
( )sim ( )não ( )não informado
Se sim , qual ?_________________
8- Quando iniciou-se o Linfedema
9- Grau do Linfedema_______
10-Cirtometria D( ) E( )
1___cm 2____cm 3____cm 4___cm 5____cm 6____cm
11- Enfaixamento
Permaneceu com o mesmo , pelo período mínimo de 3 dias? Sim( ) Não ( )
Se não , por quanto tempo?________
12 – Bandagem Elástica Funcional
Permaneceu com o mesmo, pelo período mínimo de 3 dias? Sim ( ) Não ( )
Se não , por quanto tempo?________
Qual seu nível de satisfação a respeito da técnica?(somente no momento da reavaliação)
Bom( ) Mediano( ) Ruim( ) Muito ruim( ) Não respondeu ( )
30
INSTRUÇÕES PARA AUTORES: REVISTA BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA
INFORMAÇÕES GERAIS
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finalidade divulgar trabalhos relacionados a todas as áreas da Cancerologia. São aceitos para
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31
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publicação apenas os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de
identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos
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Conflitos de interesses devem ser reconhecidos e mencionados pelos autores. Entre essas
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também consideradas fontes de conflito os auxílios recebidos, as relações de subordinação no
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Revista. A “Carta de Submissão” individual e assinada por cada um dos autores (modelo
disponível em http://www.inca.gov.br/rbc) deve também ser enviada nesta oportunidade.
Processo de avaliação dos manuscritos
32
A publicação dos trabalhos dependerá da observância das normas da RBC e da decisão do seu
Conselho Editorial.
O processo de avaliação inicia-se com o editor científico que avalia se o artigo recebido traz
contribuições para a área da Cancerologia e se é de interesse para os leitores. Avalia também
se o original está elaborado de acordo com as instruções recomendadas pela Revista. Os
manuscritos considerados pertinentes, mas, em desacordo com essas instruções, serão
devolvidos aos autores para as adaptações necessárias, antes da avaliação pelo Conselho
Editorial.
O manuscrito aceito é encaminhado para análise e emissão de parecer dos membros do
Conselho Editorial e/ou Conselho Ad Hoc, ambos formados por profissionais de notório saber
nas diversas áreas da Oncologia. Nesse processo, o sigilo e o anonimato serão adotados para
autor(es) e pareceristas. A análise dos pareceristas é realizada com base no formulário
“Parecer do Conselho Editorial” disponível nas instruções para publicação na RBC em
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Após emissão do parecer, o manuscrito é enviado ao editor científico que toma ciência dos
pareceres emitidos e os analisa em relação ao cumprimento das normas de publicação da
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processo sobre o qual tem plena autoridade de decisão. O parecer é então enviado para os
autores por e-mail.
Após avaliação os manuscritos, poderão ser classificados em: manuscrito aprovado sem
restrições, que será encaminhado ao revisor técnico para revisão e posterior publicação;
manuscrito aprovado com restrição, que será encaminhado ao(s) autor(es) com as solicitações
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quarenta e cinco (45) dias, será considerado que os autores não têm mais interesse na
publicação; manuscrito não aprovado, nesse caso o autor receberá notificação de recusa por e-
mail.
O manuscrito aprovado será publicado de acordo com o fluxo e o cronograma editorial da
Revista.
Categoria dos manuscritos
São considerados para publicação os seguintes tipos de manuscritos:
33
• Artigos Originais – são artigos nos quais são informados os resultados obtidos em pesquisas
de natureza empírica ou experimental original cujos resultados possam ser replicados e/ou
generalizados. Também são considerados originais as pesquisas de metodologia qualitativa,
de conteúdo histórico e as formulações discursivas de efeito teorizante. Como estrutura deve
apresentar: introdução, método, resultados, discussão e conclusão. O máximo de laudas é
20, incluindo figuras, tabelas, gráfico, etc. que não devem ultrapassar 5.
• Revisão da Literatura – trata-se de revisão sistematizada e atualizada da literatura sobre um
tema específico e que deve dar ao leitor uma cobertura geral de um assunto. Não serão aceitas
revisões narrativas. Devem ser descritos os tipos de revisão (integrativa, sistemática,
metanálise), os métodos e procedimentos adotados para a realização do trabalho. A
interpretação e conclusão dos autores devem estar presentes. Como estrutura deve apresentar:
introdução, método, resultados, discussão e conclusão. O máximo de laudas é 20, incluindo
figuras, tabelas, gráfico, etc. que não devem ultrapassar 5.
• Relato de Casos/ Série de Casos - é a descrição detalhada e análise crítica de um ou mais
casos, típicos ou atípicos, baseado em revisão bibliográfica ampla e atual sobre o tema. O
autor deve apresentar um problema em seus múltiplos aspectos, sua relevância. O máximo de
laudas é 15, incluindo figuras, tabelas, gráfico etc. que não devem ultrapassar 4.
• Artigo de Opinião – trata-se de opinião qualificada sobre tema específico em oncologia. Não
necessita de resumo. O máximo de laudas é 10, incluindo tabelas, gráfico, etc. que não devem
ultrapassar 2.
• Resenha – resenha crítica de livro relacionado ao campo temático da Cancerologia,
publicado no último ano. O máximo é de 4 laudas .
• Resumos de dissertações, teses, de trabalhos que mereçam destaque ou apresentados em
eventos de oncologia nos últimos 12 meses, contados da data de envio do resumo - trata-se da
informação sob a forma sucinta de realizado. Portanto, deve conter a natureza e os propósitos
da pesquisa e um comentário sobre a metodologia, resultados e conclusões mais importantes.
Seu objetivo é a transmissão aos pesquisadores de maneira rápida e fácil da natureza do
trabalho, suas características básicas de realização e alcance científico afirmado. Devem
conter no mínimo 150 até 250 palavras e seguir as normas da Revista quanto à estruturação, à
forma e ao conteúdo, inclusive no que se refere aos descritores.
• Cartas ao Editor – podem estar relacionadas à matéria editorial ou não, mas devem conter
informações relevantes ao leitor. No caso de críticas a trabalhos publicados em fascículo
anterior da Revista, a carta é enviada aos autores para que sua resposta possa ser publicada
34
simultaneamente. As cartas podem ser resumidas pela editoria, mas serão mantidos os pontos
principais. O máximo é de 4 laudas.
Preparo do manuscrito
O original deve ser escrito na terceira pessoa do singular com o verbo na voz ativa
(ABNT.NBR-6028, 2003, p.2).
O processador de textos utilizado deve ser o Microsoft Word 6.0 ou 7.0, fonte Times New
Roman tamanho 12, margens de 30mm em ambos os lados, espaço duplo em todas as seções,
tamanho do papel A4 (210 x 297mm) e páginas numeradas.
Para permitir maior clareza na exposição do assunto e localização direta de cada item, divide-
se o texto em partes lógicas, ordenadas por assuntos considerados afins.
Exemplo:
INTRODUÇÃO (SEÇÃO PRIMÁRIA)
MATERIAL E MÉTODO (SEÇÃO PRIMÁRIA)
Coleta de dados (Seção secundária)
Variáveis (Seção terciária)
Na apresentação dos títulos das seções, deve-se dar destaque gradativo ao tipo e corpo das
letras, observando que todas as seções primárias devem estar escritas da mesma maneira,
assim como todas as secundárias e assim por diante. O texto de cada seção de um documento
pode incluir uma série de alíneas, que devem ser caracterizadas pelas letras minúsculas do
alfabeto (a, b, c,...) seguidas de parênteses e que precedam imediatamente à primeira palavra
de seu texto.
Exemplo:
a) escrever um artigo científico.
b) ilustrar o texto.
Principais orientações sobre cada seção
1. Página de título ou folha de rosto
Deve conter: a) título do artigo com até 100 caracteres, exceto títulos de resumos de tese,
dissertação e de trabalhos apresentados, alternando letras maiúsculas e minúsculas, em
português, inglês e espanhol; b) título abreviado com até 40 caracteres; c) nome(s) por
extenso do(s) autor(es). A designação de autoria deve ser baseada nas deliberações do ICMJE,
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que considera autor aquele que contribui substancialmente na concepção ou no planejamento
do estudo; na obtenção, na análise e/ou interpretação dos dados; assim como na redação e/ou
revisão crítica e aprovação final da versão publicada. Em estudos institucionais (de autoria
coletiva) e estudos multicêntricos, os responsáveis devem ter seus nomes especificados e
todos considerados autores devem cumprir os critérios acima mencionados; d) indicar para
cada autor, em nota de rodapé, a categoria profissional, o mais alto grau acadêmico, o(s)
nome(s) do(s) departamento(s) e instituição(ões) a que o trabalho deverá ser atribuído,
endereço eletrônico, cidade, estado e país; e) nome, endereço e telefone do autor responsável
pela correspondência sobre o manuscrito; f ) descrição da contribuição individual de cada
autor no manuscrito (ex: .... trabalhou na concepção e na redação final e ...... na pesquisa e na
metodologia); g) agradecimentos: os demais colaboradores, que não se enquadram nos
critérios de autoria acima descritos, devem ter seus nomes referidos nesse item especificando
o tipo de colaboração. Os autores são responsáveis pela obtenção de autorização escrita das
pessoas nomeadas nos agradecimentos, já que se pode inferir que as mesmas concordam com
o teor do trabalho; h) declaração de conflito de interesses (escrever “nada a declarar” ou
revelar quaisquer conflitos); i) para trabalhos subvencionados, identificar o patrocinador e
número de processo (se houver).
2. Resumo e descritores (palavras-chave)
Todos os artigos deverão conter resumos estruturados em português, inglês e espanhol,
acompanhados dos descritores nos respectivos idiomas. A terminologia para os descritores
deve ser denominada no artigo como a seguir: palavras-chave, key words e palabras clave.
Cada resumo deverá conter no mínimo 150 palavras e no máximo 250, introdução,
objetivo(s), metodologia, resultados, conclusão e vir acompanhado de no mínimo três e no
máximo seis descritores. Os descritores são palavras fundamentais que auxiliam na indexação
dos artigos em bases de dados nacionais e internacionais. Para determinar os descritores,
deve-se consultar a lista de “Descritores em Ciências da Saúde” (DECS-LILACS -
http://decs.bvs.br) elaborada pela Bireme.
No resumo, não devem ser feitas citações de referências, nem se deve incluir abreviaturas,
bem como quadros,tabelas ou figuras.
No caso de resumos de trabalhos apresentados em eventos de oncologia ou que mereçam
destaque e que foram aceitos para publicação na RBC, caberá aos autores proceder à
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adequação às normas da Revista antes de encaminhá-los, sendo de sua inteira
responsabilidade a precisão e correção da linguagem.
3. Introdução
Deve ser objetiva com definição clara do problema estudado destacando sua importância e as
lacunas do conhecimento; a revisão de literatura deve ser estritamente pertinente ao assunto
tratado no estudo, de modo a
proporcionar os antecedentes para a compreensão do conhecimento atual sobre o tema e
evidenciar a importância do novo estudo. Deve conter o(s) objetivo(s) do estudo.
4. Métodos
Deve indicar de forma objetiva o tipo de estudo (prospectivo, retrospectivo; ensaio clínico ou
experimental; se a distribuição dos casos foi aleatória ou não; qualitativo etc.), os métodos
empregados, a população estudada (descrever claramente a seleção dos indivíduos dos
estudos observacionais ou experimentais - pacientes ou animais de laboratório, incluindo
controles, bem como dos estudos qualitativos), a fonte de dados e os critérios de seleção ou
grupo experimental, inclusive dos controles. Identificar os equipamentos e reagentes
empregados. Descrever também os métodos estatísticos empregados e as comparações para as
quais cada teste foi empregado.
Os relatos de ensaios clínicos devem apresentar informação de todos os elementos principais
do estudo, incluindo o protocolo (população estudada, intervenções ou exposições, resultados
- e a lógica da análise estatística), atributos das intervenções (métodos de aleatorização,
indicação dos grupos de tratamento) e os métodos de mascaramento.
Os autores que enviarem artigos de revisão deverão apresentar os procedimentos adotados
para localizar, selecionar, obter, classificar e sintetizar as informações além de definir os
critérios de inclusão e exclusão dos estudos selecionados
para a revisão.
Quando forem relatados experimentos com seres humanos, indicar se os procedimentos
seguidos estiveram de acordo com os padrões éticos do Comitê de Pesquisa em Seres
Humanos Institucional, com a Declaração de Helsinky (última versão de 2000) e com a
resolução 196/96 (Res. CNS 196/96). Não usar os nomes dos pacientes, iniciais ou números
de registro, especialmente no material ilustrativo. No caso de experimentos envolvendo
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animais, indicar se foram seguidas as normas das Instituições, dos Conselhos Nacionais de
Pesquisa ou de alguma lei nacional sobre uso e cuidado com animais de laboratório.
Dessa seção, também faz parte a menção do documento, indicando o número de protocolo, do
CEP da Instituição a que se vinculam os autores e que aprovou o estudo realizado.
5. Resultados
Apresentar os resultados relevantes para o objetivo do trabalho e que serão discutidos. Devem
ser descritos somente os resultados encontrados, sem incluir interpretações ou comparações.
Apresentar os resultados, tabelas e ilustrações em sequência lógica, atentando para que o texto
complemente e não repita o que está descrito em tabelas e ilustrações. Restringir tabelas e
ilustrações àquelas necessárias para explicar o argumento do artigo e para sustentá-lo. Usar
gráficos como uma alternativa às tabelas com muitas entradas; não duplicar os dados em
gráficos e tabelas. Evitar uso de termos técnicos de estatística, tais como: “random” (que
implica uma fonte de aleatorização), “normal”, “significante”, “correlação” e “amostra” de
forma não técnica. Definir os termos estatísticos, abreviações e símbolos. Nos relatos de
casos, as seções “métodos” e “resultados” são substituídas pela descrição do caso.
6. Discussão
Deve conter a interpretação dos autores, comparar os resultados com a literatura, relacionar as
observações a outros estudos relevantes, apontar as limitações do estudo, enfatizar os aspectos
novos e importantes do estudo e as conclusões derivadas, incluindo sugestões para pesquisas
futuras.
A discussão pode ser redigida junto com os resultados se for de preferência do autor. Não
repetir em detalhe dados ou outros materiais colocados nas seções de “introdução” ou
“resultados”.
7. Conclusão
Deve ser fundamentada nos resultados encontrados e vinculada aos objetivos do estudo.
Afirmações não qualificadas e conclusões não apoiadas por completo pelos dados não devem
constar dessa seção. Evitar fazer alusão a estudos que não tenham sido concluídos.
Estabelecer novas hipóteses, quando estiverem justificadas claramente como tais.
Recomendações, quando apropriadas, poderão ser incluídas.
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8. Referências
Devem ser numeradas no texto por números arábicos, em sobrescrito (ex: A extensão da
sobrevivência, entre outros), de forma consecutiva, de acordo com a ordem que são
mencionadas pela primeira vez no texto e sem menção aos autores. A mesma regra aplica-se
às tabelas e legendas. No caso de citação sequencial, separar os números por traço (ex: 1-2);
quando intercalados, use vírgula (ex.: 1,3,7).
As referências não podem ultrapassar o número de 25, salvo as revisões de literatura, nas
quais serão aceitas até 35. Não devem ser incluídas referências no resumo. Deve-se constar
apenas referências relevantes e que realmente foram utilizadas no estudo.
As referências devem ser verificadas nos documentos originais. Quando se tratar de citação de
uma referência citada por outro autor deverá ser utilizado o termo “apud”.
A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores.
As orientações abaixo objetivam trazer para os autores exemplos de referências apresentadas
em seus trabalhos informando sobre a padronização das mesmas. Estão baseadas nas Normas
para Manuscritos Submetidos a Revistas Biomédicas: escrever e editar para Publicações
Biomédicas, estilo Vancouver, formuladas pelo ICMJE. Serão apresentadas as ocorrências
mais comuns de referências por tipos de material referenciado. Algumas observações listadas
abaixo são fruto de ocorrências em artigos de periódicos submetidos à publicação.
Para a padronização dos títulos dos periódicos nas referências é utilizado como guia o
LocatorPlus1, fonte de consulta da National Library of Medicine, que disponibiliza, na opção
Journal Title, o título e/ou a abreviatura utilizada. Em algumas fontes, o título já vem
padronizado (PubMed, Lilacs e Medline). Caso não seja utilizada a forma padrão dê
preferência, informá-lo por extenso evitando utilizar uma abreviatura não padronizada que
dificulte sua identificação.
Para a indicação de autoria, incluem-se os nomes na ordem em que aparecem na publicação
até seis autores, iniciando-se pelo sobrenome seguido de todas as iniciais dos pré-nomes
separando cada autor por vírgula (1). No caso da publicação apresentar mais de seis autores,
são citados os seis primeiros; utiliza-se vírgula seguida da expressão et al. (2). Quando o
sobrenome do autor incluir grau de parentesco – Filho, Sobrinho, Júnior, Neto - este deve ser
subsequente ao último sobrenome: João dos Santos de Almeida Filho - Almeida Filho JS,
José Rodrigues Junior - Rodrigues Junior J. Para padronização de títulos de trabalhos,
utilizam-se letras minúsculas em todo o período, com exceção da primeira palavra que
começa, sempre, com letra maiúscula. Fogem à regra nomes próprios: nomes de pessoas,
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nomes de ciências ou disciplinas, instituições de ensino, países, cidades ou afins, e nomes de
estabelecimentos públicos ou particulares.
EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS EM PERIÓDICOS
1. Artigo com até seis autores
Kakuda JT, Stuntz M, Trivedi V, Klein SR, Vargas HI. Objective assessment of axillary
morbidity in breast cancer treatment. Am Surg 1999; 65: 995-8. obs.: usar 995-8, não usar
995-998.
2. Artigo com mais de seis autores
Zheng H, Takahashi H, Murai Y, Cui Z, Nomoto K, Miwa S, et al. Pathobiological
characteristics of intestinal and diffuse-type gastric carcinoma in Japan: an immunostaining
study on the tissue microarray. J Clin Pathol
2007 Mar;60(3):273-7.
3. Artigo cujo autor é uma Instituição
Utilizar o nome da Instituição indicando entre parênteses o país quando for uma Instituição
pública (a) no caso de uma Instituição particular utiliza-se somente o nome da Instituição.
Observar a hierarquia (b) à qual a Instituição está subordinada para sua perfeita identificação
(não utilizar direto: Secretaria de Atenção à Saúde. De onde?).
4. Artigo com autoria de múltiplas organizações
Incluem-se todas. (a) Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Encontro Internacional sobre
Rastreamento de Câncer de Mama. Revista brasileira de cancerologia 2009 abr.-jun.; 2 (55):
99-113. (b) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB Brasil 2003: condições
de saúde bucal da população brasileira 2002-2003: resultados principais. Brasília, 2004b.
[acesso em abr 2004]. Disponível em:
<http://www.cfo.org.br/download/pdf/relatorio_sb_brasil_2003.pdf>
5. Autor com indicação de parentesco em seu nome
Mattes RD, Curram Jr WJ, Alavi J, Powlis W, Whittington R. Clinical implications of learned
food aversions in patients with cancer treated with chemotherapy or radiation therapy. Cancer
1992; 70 (1): 192-200.
40
6. Artigo sem indicação de autoria
Pelvic floor exercise can reduce stress incontinence. Health News 2005 Apr;11(4):11.
7. Artigo com indicação de seu tipo (revisão, abstract, editorial)
Facchini Luiz Augusto. ABRASCO 30 anos: ciência, educação e prática com compromisso
social. [Editorial] Cad Saúde Pública [periódico na Internet]. 2010 Jan [citado 2010 Ago 23] ;
26(1): 4-4. Disponível em: <http://
www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2010000100001&lng=pt.
doi: 10.1590/S0102- 311X2010000100001>.
8. Artigo publicado num suplemento de periódico
Nascimento AF, Galvanese ATC . Avaliação da estrutura dos centros de atenção psicossocial
do município de São Paulo, SP. Rev Saude Publica 2009; 43 suppl.1: 8-15.
9. Artigo publicado na parte de um número
Fukuzawa M, Oguchi S, Saida T. Kaposi's varicelliform eruption of an elderly patient with
multiple myeloma. J Am Acad Dermatol. 2000 May;42(5 Pt 2):921-2.
10. Artigo publicado sem indicação de volume ou número do fascículo
Schwartz-Cassell T. Feeding assistants: based on logic or way off base? Contemp Longterm
Care. 2005 Jan:26-8.
11. Artigo publicado com paginação indicada em algarismos romanos
Nagpal S. An orphan meets family members in skin. J Invest Dermatol. 2003;120(2):viii-x.
12. Artigo contendo retratação ou errata publicadas, a referência deve conter a indicação
da publicação das mesmas
Mokdad AH, Marks JS, Stroup DF, Gerberding JL. Correction: actual causes of death in the
United States, 2000. JAMA. 2005 Jan 19;293(3):293-4. Erratum for: JAMA. 2004 Mar
10;291(10):1238-45.
13. Artigo com publicação eletrônica anterior à versão impressa
Bicalho PG, Hallal PC, Gazzinelli A, Knuth AG, Velásquez-Meléndez G. Atividade física e
fatores associados em adultos de área rural em Minas Gerais, Brasil. Rev Saude Publica
[acesso 2010 Ago 23]. Disponível em:<http://
41
www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010005000023&lng=pt>
Publicado 2010. Epub 30-Jul-2010. doi: 10.1590/S0034-89102010005000023.
14. Artigo provido de DOI
Caldeira AP, Fagundes GC, Aguiar GN de. Intervenção educacional em equipes do Programa
de Saúde da Família para promoção da amamentação. Rev Saúde Pública 2008;42(6):1027-
1233. doi: 10.1590/S0034-89102008005000057.
15. Artigo no prelo
Barroso T, Mendes A, Barbosa A. Analysis of the alcohol consumption phenomenon among
adolescents: study carried out with adolescents in intermediate public education. Rev Latino-
am Enfermagem. In press 2009.
EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS EM LIVROS E OUTRAS MONOGRAFIAS
16. Livro
Hoppenfeld S. Propedêutica ortopédica: coluna e extremidades. Rio de Janeiro: Atheneu;
1993. 294 p.
17. Livro com indicação de editor, organizador, coordenador
Bader MK, Littlejohns LR, editors. AANN core curriculum for neuroscience nursing. 4th. ed.
St. Louis (MO): Saunders; c2004. 1038 p.
18. Livro editado por uma Instituição
World Cancer Research Fund (USA). Food, nutrition, physical activity and prevention of
cancer: A global perspective. Washington (DC): American Institute for Cancer Research;
2007.
19. Quando o autor do capítulo é o autor do livro, referência de capítulo de livro
Ferreira SA. Nervos proximais do membro superior. In: ____. Lesões nervosas periféricas
diagnóstico e tratamento. São Paulo: Santos; 2001. p. 35-48.
20. Livro sem indicação de autoria
HIV/AIDs resources: a nationwide directory. 10th ed. Longmont (CO): Guides for Living;
c2004. 792 p.
21. Anais de conferências
42
Harnden P, Joffe JK, Jones WG, editors. Germ cell tumours V. Proceedings of the 5th Germ
Cell Tumour Conference; 2001 Sep 13-15; Leeds, UK. New York: Springer; 2002.
22. Trabalho apresentado em conferências
Christensen S, Oppacher F. An analysis of Koza's computational effort statistic for genetic
programming. In: Foster JA, Lutton E, Miller J, Ryan C, Tettamanzi AG, editors. Genetic
programming. EuroGP 2002: Proceedings of the 5th European Conference on Genetic
Programming; 2002 Apr 3-5; Kinsdale, Ireland. Berlin: Springer; 2002. p. 182-91.
23. Legislação
Dispõe sobre a Regulamentação do Exercício da Enfermagem. Lei No. 7.498, 25 de junho de
1986. Diário Oficial da União. Seção I, fls. 9.273-9.275 (Jun 26, 1986). 1986.
24. Teses e dissertações
Verde SMML. Impacto do tratamento quimioterápico no estado nutricional e no
comportamento alimentar de pacientes com neoplasia mamária e suas consequências na
qualidade de vida [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2007.
9. Tabelas
As tabelas deverão constar em folhas separadas. Não enviar as tabelas em forma de imagem,
de forma a permitir sua edição. Numerar as tabelas em ordem consecutiva de acordo com a
primeira citação no texto e dar um título curto a cada uma. Definir para cada coluna um
cabeçalho abreviado ou curto. Colocar as explicações em rodapés, não no cabeçalho.
Explicar, em notas de rodapé, todas as abreviações não padronizadas usadas em cada tabela.
Para notas de rodapé, utilizar numeração romana. Identificar medidas estatísticas de
variações, tais como: desvio-padrão e erro-padrão. Não usar linhas internas, horizontais ou
verticais. Constatar que cada tabela esteja citada no texto por sua numeração e não por citação
como: tabela a seguir, tabela abaixo. Se forem usados dados de outra fonte, publicada ou não,
obter autorização e agradecer por extenso. O uso de tabelas grandes ou em excesso, em
relação ao texto, pode produzir dificuldade na forma de apresentação das páginas.
10. Ilustrações
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Enviar o número requerido de ilustrações ou “figuras”. Não são aceitáveis desenhos à mão
livre ou legendas datilografadas. As fotos devem ser digitalizadas, em branco e preto,
usualmente de 12 x 17cm, não maiores do que 20 x 25 cm, filmes de raios X ou outros
materiais. As letras, os números e símbolos devem ser claros e de tamanho suficiente, de tal
forma que, quando reduzidas para a publicação, ainda sejam legíveis. Colocar os títulos e
explicações abaixo das legendas e não nas próprias ilustrações. Se forem usadas fotografias de
pessoas, os sujeitos não devem ser identificáveis ou suas fotografias devem estar
acompanhadas por consentimento escrito para publicação. As figuras devem ser numeradas de
acordo com a ordem em que foram citadas no texto. Se uma figura já foi publicada, agradecer
à fonte original e enviar a autorização escrita do detentor dos direitos autorais para reproduzir
o material. A autorização é requerida, seja do autor ou da companhia editora, com exceção de
documentos de domínio público.
A RBC é uma publicação em preto e branco e por isso todas as ilustrações serão reproduzidas
em preto e branco.
As ilustrações devem ser fornecidas da seguinte forma:
• Arquivo digital em formato .TIFF, .JPG, .EPS, com resolução mínima de:
300 dpi para fotografias comuns
600 dpi para fotografias que contenham linhas finas, setas, legendas etc.
1.200 dpi para desenhos e gráficos
11. Nomenclatura
Devem ser observadas rigidamente as regras de nomenclatura biomédica, assim como
abreviaturas e convenções adotadas em disciplinas especializadas. Os originais em língua
portuguesa deverão estar em conformidade com o Acordo Ortográfico datado de 1º de Janeiro
de 2009.
Resumo dos requisitos técnicos para a apresentação de manuscritos
Antes de enviar o manuscrito por e-mail, para [email protected], confira se as “Instruções para
Autores” disponível em www.inca.gov.br/rbc foram seguidas e verifique o atendimento dos
itens listados a seguir:
• Submeter o arquivo integral do manuscrito em Microsoft Word 6.0 ou 7.0.
• Usar espaço duplo em todas as partes do documento.
• Começar cada seção ou componente em uma nova página.
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• Revisar a sequência: página-título/folha de rosto – título em português, inglês e espanhol;
título abreviado; autoria; resumo e palavras-chave, abstract e key words, resumen e palabras
clave; agradecimentos; declaração de conflito de interesse; declaração de subvenção; texto;
referências; tabelas, quadros, figuras com legendas (cada uma em páginas separadas).
• De três a seis palavras-chave e respectivas key words e palabras clave.
• Referências: numeradas, em sobrescrito, na ordem de aparecimento no texto, corretamente
digitadas, e não ultrapassando o número de 25. Verificar se todos os trabalhos citados estão na
lista de Referências e se todos os listados estão citados no texto.
• Apresentar ilustrações, fotos ou desenhos separados, sem montar (20 x 25 cm máximo).
• Incluir carta de submissão disponível nas “Instruções para Autores”. Caso o manuscrito
tenha mais que um autor, cada um deles deverá preencher e assinar a carta e o autor
responsável pela submissão deve enviar a mesma digitalizada em formato .JPG junto com o
arquivo do manuscrito para [email protected].
• Incluir permissão para reproduzir material previamente publicado ou para usar ilustrações
que possam identificar indivíduos.
• Incluir autorização escrita das pessoas nomeadas nos agradecimentos, quando aplicável.
• Incluir documento comprovando a aprovação do trabalho por CEP ou TCLE, quando
aplicável.
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Parecer de aprovação do CEP
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