Olh
a d
e N
ovo
beto
ren
zo
Olha o que há pra ver,A calçada borbulha onde se deita a chuva.
Com sua rota que
desrespeita a avenida engasgada de carros,Com sua falta de
licença ao trânsito das pessoas que se curvam...
encurtam
Fazendo desabrochar os guarda-
chuvas.Esticando os toldos,
Lavando os telhados,Deixando
mais ruidosas as
salas do aeroporto fechado.
Minha idéia, essa
pequena...Gigantesca
que assombra a vizinhança da minha cabeça
Com sua branca
sombra.
Deixo-a minha,
enquanto olha pela janela dos
meus olhos...
Essa que não vê graça ao
adorno “marquetad
o” e caro
Mas que é só carinho ao simples,Que hoje jaz desapercebido desses
apressados.
Olha o que há pra se
ver,A moça ondula
desafortunada de graça,
Pois escolheu o
salto divorciado do pé que exibem as páginas,
Pois se fez a senhora de ferro, de aço, de
mármore... e nada de
carne.
O moço, coitado... já nem sabe se
é rosa sincera ou brilhante gelado
Minha idéia, essa
pequena...Sabe que a feiúra anda
se esnobando pela cidade
Mas a beleza é amiga antiga
E deixa o meu queixo
mole quando vem
me dizer boa tarde.
izisold
i@h
otm
ail.c
om