O papel organizador da atenção primária em saúde
no cuidado ao idoso / às condições crônicas
06/09/2016
ANS
Ana Maria Malik
Onde estamos com a saúde?
• Como sempre, campanhas eleitorais para prefeitos em SP
(pelo menos) discutem a saúde: cartão eletronico,
funcionamento de exames à noite, corujão
• Grande preocupação com gestão, com oferta e com
demanda...necessidade e financiamento não vejo
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Equidade, eficiência, escolha, orientação
O sistema de saúde é o espelho de toda a sociedade :
• Qual é a prioridade?
• Qual o indicador de sucesso?
• O que é valor?
Quem escolhe? A sociedade????
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No milênio passado e hoje - guerras
• Os antibióticos permitem « curar » as infecções que, até então, levavam à morte. Hoje, viabilizam transplantes e cirurgias
• A radiografia que torna transparente o corpo vivo e se torna um instrumento indispensável de diagnóstico. Hoje, diagnóstico por imagem, molecular, genético
• A reabilitação com Pilates (1a guerra).Hoje conhecimentos multiprofissionais assistenciais
• A segurança com Florence Nightingale (Guerra da Crimeia). Hoje, time out e...
Ainda Lavagem de mãos
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E com tudo isso, a sobrevivência se
democratiza
• Os idosos interessam:
• Novos mercados (avós, turismo, alimentação)
•Novo terreno de expansão da Medicina e do cuidado
em geral
•Os idosos atrapalham:
•Coexistência de 4 gerações
•Os muito velhos não têm função social reconhecida
Em todo lugar, em graus diferentes, se
observa• Falta de recursos e de pessoal nos hospitais
• Filas para atendimento, com frequência longas
• Desvalorização da atenção primária; desintegração do sistema.
• Tensão entre a lógica do serviço público e do privado (ambos falam em rede)
• Falta de capacidade de reação do sistema a problemas imprevistos (Zika, atendimento a SARS, etc.)
• Escândalos frequentes sobre cuidados prestados aos idosos
• Grandes disparidades geográficas e sociais de acesso aos cuidados (ainda mais quando há idosos em todo lugar)
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Primeira constatação
1. As grandes forças que orientam os diferentes sistemas de
saúde são as mesmas em todo lugar:
a) Desenvolvimento dos conhecimentos
b) Desenvolvimento das técnicas
c) Envelhecimento
d) Degradação do ambiente
e) Mundialização dos mercados financeiros
http://gvsaude.fgv.br/sites/gvsaude.fgv.br/files/repensando_o_hospital.pdf
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Segunda constatação
2- Há um grande acordo quanto a o que fazer
• Manter ou aumentar o financiamento público
• Intntegrar o cuidado
• Melhorar a qualidade
• Organizar uma atenção primária que funcione EM REDE
• Repensar a governança e a accountability
• Prontuário médico único
Mas ninguém o faz
http://gvsaude.fgv.br/sites/gvsaude.fgv.br/files/repensando_o_hospital.pdf
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Pressão sobre as
finanças públicas
Os sistemas de saúde são os mesmos em todo lugar
Desenvolvimento
dos conhecimentos
Progressos técnicos
Envelhecimento da
população
Ampliação do campo
de intervenção da
medicina: forte
demanda social para
aumentar a cobertura
dos seguros públicos
Globalização das
relações comerciais e
financeiras
Dificuldades
para o Estado
financiar o
sistema de
saúde
CRISEDeterioração do
ambiente
ENVELHECIMENTO NO SECULO XXI
-
1 - Compreender inevitabilidade do envelhecimento
2- Garantir ao idoso uma vida digna e segura
3- Apoio a comunidades e famílias ( longo prazo)
4- Investir no jovem de hoje (hábitos, educação, emprego, saúde e previdência)
5- Apoiar esforços para desenvolvimento de pesquisas (políticas públicas)
6- Incorporar a questão do envelhecimento em políticas de gênero e vice versa
(necessidades específicas de mulheres e homens idosos)
7- Incluir envelhecimento em todas as políticas e programas nacionais
8- Incluir suas necessidades nas respostas humanitárias, mitigação e
adaptação às questões climáticas , prevenção e gestão de desastres
9- Assegurar reflexão na agenda de desenvolvimento pós 2015 (metas e
indicadores)
10- Nova cultura, baseada em direitos humanos, nova mentalidade e nova
atitude social: de beneficiários da previdência a membros contribuintes ativos
da sociedade
Percepção de saúde e envelhecimento
• Diversidade
• Desigualdades
• Estereótipos
• Idade não implica em doença.
• Doença não implica em dependencia
• Aumento de custos – depende do modelo de atenção –
incorporação tecnologica – ultimo ano de vida
• 70 novos 60?
Alinhar sistemas e necessidades
• Desenvolver e garantir o acesso a serviços que
proporcionam cuidados centrados e integral para os idosos
– avaliação global, projeto terapêutico, equipe
multiprofissional, auto cuidado
• Orientar sistemas em torno da capacidade funcional –
otimizar capacidades intrínsecas
• Garantir a existência de uma forca de trabalho de saúde
sustentável e capacitada – conhecimento geriátrico
gerontológico.
Desenvolver sistemas de cuidados de longa duração
• Estabelecer as bases necessárias para um sistema de
cuidados de longa duração – sócio sanitário
• Construir e manter força de trabalho sustentável e
capacitada – conhecimento geriátrico, gerontológico,
cuidadores de idosos
• Garantir qualidade dos cuidados de longa duração –
indicadores, protocolos, padrões, vigilância sanitária,
acreditação – Serviços híbridos - ILPI/Centro dia
Modelos cuidadores e promotores• Lógica coletiva do cuidado
• Clínica ampliada e integralidade
• Usuário centrado
• Equipes ampliadas, vínculos e responsabilização
• Abordagem ampliada e compartilhada
• Promoção da saúde e intersetorialidade
• Integração e continuidade do cuidado
• Produção de redes “VIVAS”
• Redes de cuidado
Redes e modelos inovadores
• Cuidados primários ampliados
• Cuidados secundários geriátrico gerontológicos
• Cuidados hospitalares - agudos e continuados.
• Cuidados intermediários comunitários.
• Cuidados domiciliares
• Cuidados aos cuidadores
• Cuidados de longa duração – sócio sanitário.
• Cuidados de reabilitação para o auto cuidado
• Cuidados paliativos e a finitude
Mas...
• Rede integrada – conhecer sua população
• Não população IBGE – SUA população
• Quantos idosos NÃO É Que idosos
• Idosos – adolescência, senescência
• 49? 60? 65?
• Fluxos há...
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• Usa serviços diferentes?
• É tratada de forma diferente?
• Tem necessidades diferentes?
• Quem estuda isso?
• Quem gerencia isso?
POPULAÇÃO IDOSA É DIFERENTE?
Guia da carreira
E O GERONTÓLOGO?
• A Gerontologia estuda o processo de envelhecimento e o que fazer para se ter uma melhor qualidade de vida ao longo dos anos. Desta forma, a Gerontologia está cada vez mais presente na atualidade, com crescentes estudos e demanda maior diante o mercado de trabalho.
• O gerontólogo pode atuar em assistência social, promover dinâmicas em grupo, trabalhos manuais e ajudar os idosos a enfrentar os preconceitos que venham a aparecer. Também pode atender aos idosos que sofreram maus-tratos. Mas pode focar o seu trabalho em outros grupos de pessoas, como moradores de rua, imigrantes, pessoas que sofrem de problemas mentais ou que vivem abandonadas.
• Características boas e ruins de serviços para idosos: serviços de saúde ou sociais?
• http://preventsenior.com.br/v3/index.php
• QUANTO MAIS VOCÊ USA MENOS VOCÊ PRECISA
• http://vitaliabrasil.com.br/O que é um Centro-Dia?
• Um espaço de convivência preparado especialmente para receber o idoso durante todo o dia, oferecendo terapias e exercícios físicos e mentais que irão prolongar sua independência e garantir melhorias em sua qualidade de vida.
QUE TIPO DE SERVIÇO
QUANTOS & QUE TIPO SÃO
Entre 1940 e 1959 foram criadas 393 instituições para idosos:20 por ano
Entre 2000 e 2009 foram criadas 810 instituições para idosos: 90 por ano, 58% privadas
2011- Pesquisa IPEA- “Apenas 6,6% dos Asilos do País são Públicos”
• Do UOL, em São Paulo
• 13/07/2013
• Asilo não é sinônimo de crueldade, mas idoso fica melhor em casa
As ILPIs –sigla para Instituições de Longa Permanência de Idosos– são uma modalidade de serviço, assim como escolas, creches e hospitais e "há serviços bons e ruins". É preciso saber escolher.
• Existe regra geral?
A IMPRENSA EDUCA?
O que diz a lei? PRECISA?ADIANTA?
• 1988 -- Constituição Federal
• Capítulo VII – Da Família, Da Criança, Do Adolescente e Do Idoso
– Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, á profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
– Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e os
filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.
• Aqui e agora e...
• Debates Gvsaude – Tema: Perspectivas do Setor Privado da Saúde e os Planos Populares
Data: 29/09/2016
• QualiHosp 2017- 20, 21 e 22/03/2017 no CCR(com call for papers até 15/12)
• http://gvsaude.fgv.br/
A DISCUSSÃO CONTINUA