20 de setembro de 2016
O que deve mudar no mercado de meios de
pagamentos com a Circular 3.765 do Banco Central
Conteúdo
Panorama do mercado
Regulação e autorregulação
Circular 3.765 do Banco Central e principais impactos
Perspectivas para os agentes do setor Credenciadores
Emissores
Bandeiras
Varejistas
Usuários do cartão
Reguladores
2
Conteúdo
Panorama do mercado
Regulação e autorregulação
Circular 3.765 do Banco Central e principais impactos
Perspectivas para os agentes do setor Credenciadores
Emissores
Bandeiras
Varejistas
Usuários do cartão
Reguladores
3
Principais números do setor no Brasil
Fonte: Bacen 4
Mais de 185 milhões de cartões ativos
86 MM cartões de crédito
99 MM cartões de débito
4,5 milhões de POS
623 mil PDV
Faturamento anual de mais de R$ 1 trilhão
Mais de 12 bilhões de transações por ano
Crise leva à queda das vendas parceladas no cartãopela primeira vez na história
Faturamento em R$ bilhões de 2015
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 5
167 191 224 259 296345 386 390
175196
227257
280
302320 327
7788
105
119
129
137
141 140
55
64
80
93
102
108
111 106
36
43
55
61
69
82
86 80
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Débito Crédito 1 parc. 2 e 3 parc. 4 a 6 parc. 7 ou + parc.
1.043 1.043
+1,0%
+2,2%
-0,7%
-3,8%
-6,7%
Faturamento cartões
Crise leva à queda das vendas parceladas no cartãopela primeira vez na história
Conservadorismo dos consumidores
Forte queda das vendas de bens duráveis e semiduráveis
Redução de despesas por parte dos lojistas
Maior seletividade dos bancos na concessão de empréstimos
Crescimento do faturamento real dos cartões de débito e das vendas em 1 parcela no cartão de crédito
Desempenho relativamente superior dos setores que comercializam bens de primeira necessidade
Migração para meios eletrônicos de pagamento
6
Queda da participação das vendas parceladas
Participação no faturamento
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 7
32,7% 32,8% 32,4% 32,8% 33,8% 35,4% 37,0% 37,3%
34,3% 33,6% 32,8% 32,6% 32,0% 31,0% 30,7% 31,3%
15,0% 15,2% 15,2% 15,1% 14,7% 14,1% 13,5% 13,4%
10,9% 11,0% 11,6% 11,8% 11,6% 11,1% 10,6% 10,2%
7,0% 7,3% 8,0% 7,7% 7,9% 8,4% 8,3% 7,7%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Débito Crédito 1 parc. 2 e 3 parc. 4 a 6 parc. 7 ou + parc.
Tendência de queda do tíquete médio das vendas nodébito por causa da migração de meios de pagto.
Tíquete médio em R$ de 2015
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 8
78 78 76 74 72 70 69 60
86 87 86 84 78 75 73 71
216 228 228 223 210205 205 205
493524 518 516
495 485 489 489
907
1023991
955 931 920 930 935
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Débito Crédito 1 parc. 2 e 3 parc. 4 a 6 parc. 7 ou + parc.
Cresce a aceitação de cartões
Número de POS/PDV por mil habitantes
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 9
16,817,8 17,9 18,3
21,122,1
24,8 25,2
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
6,2%0,7% 1,9%
15,6%4,8%
12,1%1,7%
Elevada disparidade regional associada àdesigualdade de renda
Número de POS/PDV por mil habitantes em 2015 (eixo Y)
Renda domiciliar per capita (eixo X)
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 10
y = 0,0292x - 7,5731
R² = 0,8862
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
SP
RSRJ
SCPR
ES
MT
MSMG
GO
RR
RO
AP
BA
ACPE
CEAL
MA PA
PI
AMPB
RN
Continua crescendo a participação dos cartões noconsumo das famílias
Participação dos cartões de crédito e débito no consumo das famílias
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 11
5,8% 6,2% 6,8% 7,4% 8,1% 8,9% 9,8% 10,4%
6,1%6,4%
6,9%7,4%
7,6%7,8%
8,1%8,7%
2,7%2,9%
3,2%3,4%
3,5%3,6%
3,6%3,7%
1,9%2,1%
2,4%2,7%
2,8%2,8%
2,8%2,8%
1,2%1,4%
1,7%
1,7%1,9%
2,1%2,2%
2,1%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Débito Crédito 1 parc. 2 e 3 parc. 4 a 6 parc. 7 ou + parc.
26,6%27,9%
25,2%23,8%
22,6%21,0%
18,9%17,6%
Continua crescendo a participação dos cartões noconsumo das famílias
Participação dos cartões de crédito, débito e private labelno consumo das famílias (R$ de 2015)
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 12
15%
45%
24%
4%
5%
8%
14%
39%
32%
4%
2%8%
20152010
Evolução dos principais meios de pagamento no BrasilParticipação no consumo privado - %
Consumoprivado – R$ bi 3.290 3.742 Consumo privado 2,6%
Dinheiro 0,0%
Cartão 8,8%
Pré-pago 4,3%
Cheque -14,4%
Outros 4,0%
CAGR 2010-2015 (real)
Dinheiro 0,0%
Cartão Crédito 7,7%
Cartão Débito 12,0%
CAGR 2010-2015 (real)
Cartões Pré-pago Cheque OutrosDinheiro Não monetário
E deve superar os 50% nos próximos 20 anos
Participação dos cartões de crédito, débito e private labelno consumo das famílias
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 13
Evolução do Consumo Privado e a participação dos principais meios de pagamento no Brasil - R$ bi de 2015
1.188 1.188 1.224 1.268 1.325 1.396 2.001
2.747
3.534 3.742 3.598 3.623 3.668 3.759 3.871
4.637
5.554
6.654
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2025 2030 2035
Não monetário Dinheiro Cartão/Mobile Pré-pago Cheque Outros
15% 17%
53%
6%
0,3%9%
15%
39%
32%
4%
2% 8%
Potencial de crescimento do mercado + regulação
14
Vendas via
cartões
Consequência
Gastos com taxas de
administração de cartões
Novos processos de negociação junto
às credenciadoras e subadquirentes
Com ganhos para todos os lados
CredenciadorasVarejistas
Aumento do volume transacionado
Espaço para oferta de novos
serviços agregados
Relacionamento mais próximo dos
varejistas
Aumento das vendas
Aumento da segurança
Redução de taxas
Subadquirentes
Espaço para oferta no mundo
físico, principalmente em segmentos
e regiões pouco explorados pelas
credenciadoras
Aumento do volume transacionado
Conteúdo
Panorama do mercado
Regulação e autorregulação
Circular 3.765 do Banco Central e principais impactos
Perspectivas para os agentes do setor Credenciadores
Emissores
Bandeiras
Varejistas
Usuários do cartão
Reguladores
15
Principais players envolvidos no mercado de cartões
16
ProcessadorasBandeiras Credenciadoras
Bancos Reguladores
Varejistas (físico e online)
Outrosprestadoresde serviços
Mercadode Cartões
Administradoras regionaisAdministradoras regionais e suas
próprias redes
Diversas processadoras
pequenas
Diversos bancos menores
Subadquirentesonline
Gateways
Subadquirentesmundo físico
Regulação e autorregulação
O ideal é uma atuação complementar
A economia tende a se beneficiar com o casamento do melhor do Estado com o melhor do mercado
Mercado
• É quem tem a relação final com os consumidores, que devem ser os maiores beneficiários dos aspectos regulatórios
• Sistema de preços gera os incentivos corretos
• Experiência recente – que NÃO se aplica ao setor de cartões, no qual intervenção regulatório vem se dando de forma estudada e cautelosa –mostra que excesso de intervenção do Estado pode ter efeitos desastrosos
Governo
• Deve agir para evitar abuso de poder de mercado decorrente de economias de escala e eventuais barreiras à entrada, sempre levando em consideração a complexidade do setor e mantendo os incentivos à inovação
• Pode agir como catalisador e mediador, com força e independência para direcionar as ações cabíveis no nível macro e caso a caso
• Nem sempre mercado consegue encontrar soluções para corrigir falhas
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Direcionadores da atuação do BACEN
Compartilhamento na infraestrutura
Maximização das economias de escala
Neutralidade em relação à prestação de serviço de infraestrutura
Competição na oferta do produto aos usuários finais
Maximização das economias de escopo e diferenciação de produto
Inovação e diversidade de modelos de negócio
Segurança jurídica para novos atores
Interoperabilidade
Proteção ao usuário final
Liberdade de escolha, segurança, tratamento não discriminatório, privacidade de dados pessoais, transparência e acesso a informações
Inclusão financeira
18
Histórico
19
Jul/2010 Início da abertura de mercado de credenciamento, com o fim da exclusividade de bandeiras
Queda da taxa de desconto média
Taxa de desconto média
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 20
1,59% 1,59% 1,58% 1,57% 1,58% 1,57% 1,56% 1,54%
2,94% 2,95% 2,90%2,78% 2,77% 2,76% 2,77% 2,77%
2,50% 2,50% 2,47%2,38% 2,37%
2,34% 2,32% 2,31%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Débito Crédito Débito + Crédito
Despesas dos EC’s com taxas de cartões registramprimeira queda real da história
Despesas com taxas de desconto em R$ bilhões de 2015
Fonte: Bacen, IBGE e Boanerges & Cia. 21
2,6 3,0 3,5 4,1 4,7 5,4 6,0 6,0
10,111,5
13,614,7
16,117,4
18,2 18,1
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Débito Crédito
24,2 24,1
-0,4%
-0,6%
-0,6%
Entrada de novos credenciadores
Quantidade de estabelecimentos ativos por credenciador –crédito (mil)
Fonte: Bacen e Boanerges & Cia. 22
1.169
946
161222
1.890
1.370
324
9238 16 15
Cielo Rede Santander Banrisul Elavon Banestes Bancoob Bankpar Hipercard
2009 2015
Credenciadores de rede aberta já estabelecidos
23
Rede aberta Bancos (sócios/destaque) Processadoras
Própria +
Própria
Banco Pan
Própria
Crescimento da bandeira Elo
Quantidade de cartões ativos por arranjo de pagamento
Fonte: Bacen e Boanerges & Cia. 24
40,1%
39,9%
17,9%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
1T08
3T08
1T09
3T09
1T10
3T10
1T11
3T11
1T12
3T12
1T13
3T13
1T14
3T14
1T15
3T15
Quantidade de Cartões de Débito Ativos por Arranjo de Pagamento
Visa MasterCard Elo
43,0%
46,1%
2,6%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
1T08
3T08
1T09
3T09
1T10
3T10
1T11
3T11
1T12
3T12
1T13
3T13
1T14
3T14
1T15
3T15
Quantidade de Cartões de Crédito Ativos por Arranjo de Pagamento
Visa MasterCardHipercard AmexElo Diners
A participação da Visa e da MC é
a menor da história (80%)
Crescimento da bandeira Elo
Quantidade de transações por arranjo de pagamento
Fonte: Bacen e Boanerges & Cia. 25
43,0%
41,7%
13,5%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
1T08
3T08
1T09
3T09
1T10
3T10
1T11
3T11
1T12
3T12
1T13
3T13
1T14
3T14
1T15
3T15
Quantidade de Transações de Débito por Arranjo de Pagamento
Visa MasterCard Elo
46,8%
44,5%
1,3%0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
1T08
3T08
1T09
3T09
1T10
3T10
1T11
3T11
1T12
3T12
1T13
3T13
1T14
3T14
1T15
3T15
Quantidade de Transações de Crédito por Arranjo de Pagamento
Visa MasterCardHipercard AmexElo Diners
A participação da Visa e da MC é
a menor da história (84,7%)
Conteúdo
Panorama do mercado
Regulação e autorregulação
Circular 3.765 do Banco Central e principais impactos
Perspectivas para os agentes do setor Credenciadores
Emissores
Bandeiras
Varejistas
Usuários do cartão
Reguladores
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Circular 3.765
Só poderão permanecer fechados os arranjos de pagamento que movimentem menos de R$ 20 bilhões por ano
Estimular competição, sem desestimular inovação (fintechs)
Liquidação entre banco e lojista deverá ser centralizada em uma empresa neutra, que pode ser uma bandeira de cartão (como Visa ou MasterCard), ou uma câmara de compensação, com CIP ou mesmo BMF&Bovespa
Melhor aproveitamento das economias de escala (reduzir número de transações e, com isso, aumentar eficiência)
Estimular competição (antecipação de recebíveis, “fumaça” e domicílio bancário)
Gerenciamento de risco centralizado em ente neutro, que poderá ser o instituidor do arranjo ou uma câmara de liquidação
27
Valor Econômico, 25/09/2015
Mercado já vinha buscando se adaptar à norma
Maior concorrência
Fim da exclusividade, que representava diferencial competitivo para as duas maiores credenciadoras
28
Exame.com, 31/03/2015
Época Negócios, 19/05/2015
Valor Econômico, 01/09/2015
Entretanto...
Apesar da relação de exclusividade das bandeiras de crédito e débito ter se encerrado em julho/2015 por pressão dos órgãos reguladores, a resposta do setor, liderada pelas duas grandes credenciadoras (Cielo e Rede), tem sido trabalhar na viabilização operacional, preservando o modelo de negócio o mais próximo possível do atual
O que torna possível a abertura da aceitação destas bandeiras na teoria, mas ainda muito complicada na prática, pelas altas exigências tecnológicas, grande tempo de espera para implantação e dificuldade nos acordos comerciais entre as credenciadoras
Com isto, ainda se observam os casos de aceitação preferencial de bandeiras...
• Em cartões de crédito
– Elo e Amex, dentro do mundo Cielo
– Hiper, dentro do mundo Rede
• Em cartões de débito
– Elo, com a Cielo
Enfraquecendo o poder de negociação das credenciadoras desafiantes
29
Taxa de Desconto Média (%)Principais Credenciadoras
Fonte: Bacen e Boanerges & Cia. 30
2,432,51
3,18
2,50
1,93
2,412,55
2,28
2,45
1,85
Cielo Rede Santander Banrisul Elavon
Cartões de Crédito - Parcela Única
4T14 4T15
1,64
1,43
2,04
1,52
1,09
1,60
1,38
1,54 1,58
1,12
Cielo Rede Santander Banrisul Elavon
Cartões de Débito
4T14 4T15
Concorrência deve se acirrar
31
Concorrência entre os
credenciadores deve se
acirrar
Pouco espaço para redução
nas taxasDisputas devem ocorrer na
“cauda longa” do mercado, isto é,
pequenos e médios varejistas,
onde as taxas e margens são
maiores
Outras mudanças
esperadas...
Melhoria na qualidade dos serviços atuais
Oferta de novos serviços
Que aumentem as vendas
Que tragam novas receitas
Expectativa que, entre 2016 e 2017, ocorra na
prática o fim da exclusividade de bandeiras
que ainda resta
Fortalecendo assim os players menores
Conteúdo
Panorama do mercado
Regulação e autorregulação
Circular 3.765 do Banco Central e principais impactos
Perspectivas para os agentes do setor Credenciadores
Emissores
Bandeiras
Varejistas
Usuários do cartão
Reguladores
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Perspectivas para os agentes do setor
Credenciadoras
Maior concorrência no credenciamento e na antecipação de recebíveis
• Crescimento dos “novos” players (credenciadoras menores)
– Subadquirentes
• Pressão dos varejistas
Pressão para redução de preços e aprimoramento dos serviços
Grande ênfase na gestão de custos
• Ganhos de escala
• Produtividade
• Revisão de processos
• Maior automação
Busca de diferenciação baseada em serviços
• Recarga de celular
• Informações analíticas
• Softwares de gestão
33
Época Negócios, 19/05/2015
Esquema da Indústria de Cartões para o mundofísico com subadquirentes
34
Bandeiras
Emissores Credenciadoras
Estabelecimentos
ComerciaisPortadores de Cartão
Aceitação
Base de Portadores
de cartão
Valor da Transação (-) Taxa de Intercâmbio
(Mercado: ~1,68% Crédito e 0,83% Débito)
Dados da
Transação
Fatura
do
Cartão
Bens e Serviços
Pagamento com
Cartões de
Crédito e Débito
$ Valor
Da Transação
$ Valor da Transação (-)
Administração Estabelecimento
(Mercado: ~ 3% a 5% Crédito e 2% a
3% Débito)
Subadquirentes
Principais conceitos definidos pela regulação
Papel do subadquirente não está previsto na regulação
Visão do BACEN é de que esta atividade está embaixo das credenciadoras e, portanto, é responsabilidade das mesmas
• Pode mudar esta visão conforme a evolução desta atividade e principalmente caso isto acarrete riscos para o mercado
• Nossa visão é de que isto não deve ocorrer a médio prazo
– BACEN deve focar nos próximos anos na análise e liberação dos diversos pedidos recebidos até novembro/2014 de empresas para se enquadrarem como Arranjos de Pagamento e Instituições de Pagamento
35
Instituição de Pagamento
CredenciadorEmissor de moeda
eletrônicaEmissor pós-pago
Subadquirente mundo
físico
Subadquirente mundo
online
Fora da
regulação
Subadquirentes (e-commerce)
Valor agregado aportado pelos subadquirentes no e-commerce já é reconhecido pelo mercado
Para as lojas de e-commerce
• Assumem o risco sobre o pagamento recebido, que, em vendas não presenciais, é sempre do vendedor, garantindo que o lojista vai receber
• Proveem ferramentas acessórias importantes
– Gestão, antifraude, arquitetura completa de loja virtual
• Facilitam o acesso operacional às credenciadoras
– Facilitando muito o processo de credenciamento
• Agregam outros meios de pagamento na solução
– Boleto, débito em conta, outras bandeiras de cartões, etc
Para as credenciadoras
• Trazem milhares de vendedores para o mundo do cartão e viabilizam a entrada de milhares de vendedores no mundo online
– Que, sozinhos, não conseguiriam ou teriam muita dificuldade em se conectar diretamente às credenciadoras
• Oferecem tecnologias complementares às das credenciadoras
– Principalmente ferramentas antifraude
• Ocupam um espaço que não é foco para as credenciadoras
36
Subadquirentes (mundo físico)
Grandes credenciadores não veem valor agregado nas atividades dos subadquirentes no mundo físico
Consideram que elas próprias possuem
• Logística melhor, com suporte das agências bancárias
• Serviços melhores, fruto dos vários anos de experiência
• Garantias e segurança, totalmente de acordo com as obrigatoriedades que o segmento exige
• Preço melhor, já que consegue praticar menores taxas, tanto de administração quanto de antecipação
Um dos grandes conflitos entre subadquirentes e grandes credenciadoras está na trava de domicílio bancário
Ambos querem explorar antecipação de recebíveis e credenciadoras tentam proteger esta atividade, seja para si ou para o banco no qual está o domicílio
Lojistas utilizam subadquirentes para quebrar esta trava e abrir outra linha de crédito, o que contradiz o contrato original com a credenciadora
37
Subadquirentes (mundo físico)
Antecipação de recebíveis é outro aspecto crítico, em conjunto com a trava de domicílio bancário
Grandes credenciadoras desestimulam essa ação por parte dos subadqs.
• Travando volumes que podem ser antecipados em contrato
– P.ex.: Até no máximo 50% do valor transacionado
• Elevando a taxa de antecipação para que se torne inviável
• Porém, deixando aberta a possibilidade de funding próprio
Veem risco de desintermediação dos subadquirentes, desviando valores que deveriam passar no SCG (Sistema de Controle de Garantias)
• Instituído pela CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos), o SCG centraliza as informações de domicílio bancário dos lojistas
– Para informar para qual banco o fluxo financeiro de operações de cartões de titularidade de um determinado estabelecimento comercial deve ser direcionado
– Possibilita o controle dos fluxos de recebimentos futuros correspondentes às operações efetuadas com cartões no estabelecimento comercial, utilizadas como garantias na obtenção de crédito
38
Subadquirentes (mundo físico)
Outro conflito está no compartilhamento de informações do estabelecimento credenciado do subadquirente para a credenciadora
Credenciadoras afirmam que, assim, podem avaliar o risco individual de cada estabelecimento e, no caso de irregularidades, pedir o descredenciamento especificamente no que for necessário
• Caso contrário, teria que descredenciar o subadquirente por causa de uns poucos casos
Para os subadquirentes, compartilhar informações no nível exigido possibilita que a credenciadora atue diretamente nos melhores clientes
• O que ocorre na prática
39
Subadquirentes (mundo físico)
Credenciadoras menores tendem a ser mais flexíveis
Suas restrições geram maior necessidade de parcerias para ampliar o potencial de captura de transações
• Canais de distribuição mais restritos (não contam com a força de grandes bancos)
• Menores escalas
• Maior custo
• Taxas menos competitivas
• Sem a força da marca no mercado brasileiro
Para estes credenciadores, a capilaridade que os subadquirentespodem agregar tem valor enorme
Exigências costumam ser menores nas garantias
• Principalmente financeiras
• Compartilhamento de informações está presente sempre
Mesmo assim, só abrem espaço para subadquirentes em regiões onde possuem menor representatividade
• Discurso é de que não precisam de um parceiro que queira apenas usar a licença que o credenciador possui, e sim alguém que possa fazer diferença no negócio atual
40
Perspectivas para os agentes do setor
Varejistas
Momento é propício para a negociação de taxas e serviços com fim de exclusividades
Maior poder de barganha com as credenciadoras e os bancos domicílio
• Negociações mais acirradas
• Possível formação de alianças
Oportunidade de reduzir custos
• Taxas de desconto
• Aluguel de POS
• Antecipação de recebíveis
Provável ampliação e melhoria da qualidade dos serviços recebidos das credenciadoras
41
Queda da taxa de desconto líquida
Relação entre Tarifa de Intercâmbio e Taxa de Desconto (%)
Fonte: Bacen e Boanerges & Cia. 42
59,30
53,71
40,00
45,00
50,00
55,00
60,00
65,00
1T08
2T08
3T08
4T08
1T09
2T09
3T09
4T09
1T10
2T10
3T10
4T10
1T11
2T11
3T11
4T11
1T12
2T12
3T12
4T12
1T13
2T13
3T13
4T13
1T14
2T14
3T14
4T14
1T15
2T15
3T15
4T15
Crédito Débito
Perspectivas para os agentes do setor
Bandeiras
Desafio de assumir papel de maior destaque
• Centralização da liquidação entre banco e lojistas
• Centralização do gerenciamento de risco
Continuidade de crescimento das “novas” bandeiras decorrente de expansão da aceitação
• Busca de novos emissores
Maior pressão na arbitragem da divisão de receitas e custos entre emissores e credenciadores. Ex: taxa de intercâmbio
Maiores investimentos em marketing e relacionamento
• Maior competição e incentivos para emissão
Private Label puros ainda fora da regulação do BACEN
Bandeiras regionais podem ou não estar sujeitos à regulação, dependendo dos volumes envolvidos
43
Quantidade de transações por cartão ativo - 4T15
Fonte: Bacen e Boanerges & Cia. 44
18,9 19,5
16,7
19,0
8,8
13,6
Crédito Débito
Visa Mastercard Elo
Perspectivas para os agentes do setor
Emissores
Diminuição do peso relativo na interligação entre os 2 lados do negócio (emissor e credenciador)
• Os maiores emissores são também acionistas das maiores credenciadoras
Maior concorrência na antecipação de recebíveis, “fumaça” e domicílio bancário (adquirentes, subadquirentes? e emissores)
45
Perspectivas para os agentes do setor
Usuários do cartão
Mais acesso com a provável ampliação da rede de aceitação ao longo do tempo
Mais serviços disponíveis no ponto de venda
Possível melhoria das condições financeiras de pagamento, repassadas pelos lojistas
Mais consciente dos seus direitos e exigente em relação à qualidade do serviço
Mais disputado e alvo de um leque ampliado de ofertas
• Desafio: melhorar a capacidade de decidir
Continuidade da incorporação de camadas atualmente sub ou desbancarizadas através de abordagens de inclusão financeira
46
Perspectivas para os agentes do setor
Banco Central
Vem mantendo postura aberta com o mercado e buscando entender as suas necessidades e dificuldades
Ao mesmo tempo, procura proteger as empresas menores e estimular a competição no mercado
47
DESAFIOS
Garantir o crescimento do setor de maneira saudável e sustentável
Equilibrar várias dualidades
Abordagem Regulação mais intervencionista
Liberdade de mercado
Mercado de dois lados
Varejistas
Consumidores
Agentes Emissores
Credenciadores