O VAREJO E A DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA EM 2010
Eugênio De ZagottisVice Presidente Comercial
Droga Raia
O VAREJO E O ATACADO DE MEDICAMENTOS EM 2005
TENDÊNCIAS PARA 2010
PERGUNTAS & RESPOSTAS
TÓPICOS PARA DISCUSSÃO
• Com 100 anos de história, a Droga Raia é a mais antiga rede de farmácias do Brasil, permanecendo desde a fundação sob controle e gestão da mesma família
• Uma das 500 maiores empresas do País, faturando em 2005 cerca de 650 milhões de reais (a empresa duplicou o faturamento em 4 anos)
• Gestão profisional, com executivos tanto da família como de mercado, e altamente focada no negócio e na execução
• Foco exclusivo em saúde e beleza, com grande enfase nas classes A e B
PERFIL DROGA RAIA
Fonte: Ranking ABRAFARMA 2004
1 DROGARIA PACHECO RJ RJ / MG
2 DROGARIA SÃO PAULO SP SP / CE
3 FARMÁCIAS PAGUE MENOS NE NE / SP / RJ / PR
4 DROGA RAIA SP SP / RJ / MG / PR
5 DROGASIL SP / MG SP / MG
6 PANVEL RS RS / SC
8 DROGAMED PR PR
7 DROGARIA ARAUJO MG MG
9 DROGÃO SP SP
10 DROGARIA IPORANGA SP SP
11 DROGARIA ONOFRE SP SP / RJ
12 DROGASMIL RJ RJ
RKRK REDEREDE 20002000 20052005
REDES SE EXPANDEM AGRESSIVAMENTE
Qualidade deAtendimento
Serviço ao ClienteTecnologia
Conceito de Loja
AgressividadeComercial
Marketing deRelacionamento
REDES ESTÃO QUALIFICANDO O MODELO DE NEGÓCIOS
Número de farmácias por região do Brasil
Fonte: IMS Health; Estudo de Distribuição
(57,5%) (15,4%) (16,4%) (6,6%) (4,1%)$
51.524 PDVs
Redes (+ de 1 loja) representam 35% do mercado
Grandes redes (ABRAFARMA)representam
20% do mercado
MERCADO FRAGMENTADO
Fonte: IMS Health – Estudo de Distribuição
Mínimo Máximo Ind. Redes Total1 134,4 60 212 272 12,5%2 78,4 134,4 138 454 592 12,5%3 46,7 78,3 366 646 1.012 12,5%4 27,2 46,7 1.001 705 1.706 12,5%5 15,8 27,2 2.342 616 2.958 12,5%6 9,4 15,8 4.496 472 4.968 12,5%7 5,0 9,4 8.611 273 8.884 12,5%8 5,0 30.787 345 31.132 12,5%
47.801 3.723 51.524 100,0%
CATEGORIA FAT TOTAL
% do mercado
Faturamento Mensal (US$ .000) Qtde. Farmácias
75% do mercado farmacêutico está nas mãos de ~11,5 mil farmácias25% do mercado farmacêutico nas mãos de ~ 40 mil farmácias
Nos segmentos 5 a 8 não se sobrevive sem informalidade: Sonegação, Similares BO e Ausência de Farmacêutico
CATEGORIZAÇÃO DAS FARMÁCIAS
Cálculo do PMC e do PF
Preço Máximo ao Consumidor 100,00R$ 100,00R$ 100,00R$ Margem Nominal 26,00% 26,00% 26,00%Preço Fábrica 74,00R$ 74,00R$ 74,00R$
Compra
Preço Fábrica 74,00R$ 74,00R$ 74,00R$ % Repasse 6,82% 6,82%% Desconto na Compra 10,00% 10,00% 10,00%Preço Compra 66,60R$ 62,06R$ 62,06R$
Venda
Preço Máximo ao Consumidor 100,00R$ 100,00R$ 100,00R$ % Desconto na Venda 10,00% 10,00% 10,00%Preço Líquido ao Consumidor 90,00R$ 90,00R$ 90,00R$
Margem de Contribuição
Preço de Venda 90,00R$ 90,00R$ 90,00R$ Preço de Compra (66,60)R$ (62,06)R$ (62,06)R$ Débito ICMS (16,20)R$ (16,20)R$ -R$ Crédito ICMS 11,99R$ 7,45R$ -R$ PIS / COFINS -R$ -R$ -R$ Margem de Contribuição 19,19R$ 19,19R$ 27,94R$
Margem Líquida 21,3% 21,3% 31,0%
COMPRA INTER SEM SONEGAÇÃO
COMPRA LOCAL
COMPRA INTER COM SONEGAÇÃO
IMPACTO DA SONEGAÇÃO VIA COMPRA INTERESTADUAL
• Ineficiências Tributárias ditam o ritmo do mercado
Mercado fragmentado e comoditizado Regimes tributários e a informalidade fazem com que gestão, escala, eficiência e estrutura de custos fiquem em segundo plano
• As redes compram do atacado em detrimento das indústrias
Maior desconto (subsídio tributário) e maior prazo de pagamento Logística eficiente e flexível permite ao varejo realizar importantes racionalizações de estoque - pedidos diários, entrega pontual e imediata
• A distribuição é muitas vezes conivente com informalidade do varejo
Venda interestadual (muitas vezes virtual) Fornecimento para atacadistas menores que vendem sem nota A indústria pouco se envolve para monitorar o atacado
PERFIL DO SETOR ATACADISTA
Tipo de Paciente
• Agudo • Crônico leve
• Crônico prevalente (asma, diabetes)
• Procedimentos (parto, cirurgia)
• Crônico raro (hemofilia, Lupus, Gaucher)
90%
9%
1%
33%
33%
33%
Usuários Custos médicos0
20
40
60
80
100%
Distribuição típica de custos médicos nacarteira de planos de saúde (% sobre total)
Fonte: Bain Healthcare Practice
Tipicamente 10% dos pacientes representam mais de 60% dos custos de saúde
A CONSTITUIÇÃO DAS PBMs
As PBMs existem para reduzir a sinistralidade dos planos de saúde via medicação. No Brasil, os pagadores não aderiram ao disease management, e as PBMs refocaram sua atuação,
priorizando cuponagem eletrônica e convênio farmácia, sem alavancar a LPM
O VAREJO E O ATACADO DE MEDICAMENTOS EM 2005
TENDÊNCIAS PARA 2010
PERGUNTAS & RESPOSTAS
TÓPICOS PARA DISCUSSÃO
Fonte: IBGE – Sintese de Indicadores Sociais 2004
8,8% 9,8% 11,1% 12,9% 15,1% 17,0%
2005 2010 2015 2020 2025 2030
0 a 14 anos
15 a 59 anos
acima de 60anos
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
136%
3,5% ao ano
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA
9,2 10,7 13,116,1
19,5 21,8
8,6
10,2
12,2
15,0
18,7
7,1
2005 2010 2015 2020 2025 2030Fonte: IBGE – Sintese de Indicadores Sociais 2004
60 a 69 anos
70 anos ou +
16,319,3
23,3
28,3
34,5
40,5
163%
4,0% ao ano
148%3,7% ao ano
•Pouco impacto de mercado até 2010 •Mudança de patamar de mercado até 2030
Germany
UKAustralia
ItalySpain
ArgentinaMexico
Brazil
Canada
France
USA
Japan
R2 = 0,8631
050
100150200250300350400450500
0 10 20 30 40 50PIB/capita – US$(000)
Source: IMS Health 2001., World Bank
Renda vs. Consumo de Medicamentos per Capita (2001)
Consumo de Medicamentos
per Capita(US$)
MERCADO SÓ SE EXPANDE COM AUMENTO DE RENDA
• 50,3% dos Domicílios do País• 20,5% do Gasto com Medicamentos
Média = 41,08
14,64 21,18
27,65 33,44
39,17
48,09 52,97
64,36
81,16
117,52
Até 2 2 a 3 3 a 5 5 a 6 6 a 8 8 a 10 10 a 15 15 a 20 20 a 30 Mais de30 SMs
Consumo de Medicamentos por Faixa de Renda em Salários Mínimos (R$/Domicílio)
Fonte: Pesquisa de Orçamento Familiar – IBGE, 2004, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – IBGE, 2003
FALTA ACESSO À POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA
Venda de Medicamentos por Tipo de Pagador (% Prescrições)
Fonte: IMS Health – 1999 US Healthcare Trends
PROGRAMAS DE ACESSO – MERCADO AMERICANO
Vendas no Varejo Farmacêutico por Tipo de Estabelecimento (US$ Bilhões)
Fonte: NACDS, Morgan Stanley
Redes
Independentes
103,5%CAGR=8,2%
12,8%CAGR=1,3%
IMPACTO NO VAREJO – MERCADO AMERICANO
68,3%CAGR=6,0%
PROMOVENDO O ACESSO AOS MEDICAMENTOS NO BRASIL
Fonte: IBGE, ABRAMGE, Análise Bain & Company* 48M considerando dupla contagem, especialmente nas classes mais altas
Mais de 20 SM
10 a 20 SM
5 a 10 SM
3 a 5 SM
Menosde 3 SM
População Vidas Cobertas Prêmios
158MM 48MM* R$25Bi
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Pop
ula
ção p
or
SM
, U
tiliza
ção
e P
rêm
ios
% s
obre
to
tal,
19
98
Penetração (%)
7
23
43
65
95
Penetração de planos de saúde por faixa de renda
Se os planos de saúde subsidiarem medicamentos, o acesso melhorará muito para a classemédia. Apenas programas públicos podem inserir os segmentos de baixa renda no mercado.
• Mercado
Estabilidade da renda e aumento ainda moderado da população idosa devem manter o crescimento “vegetativo” até 2010. Entre 2010 e 2030, o envelhecimento acelerado da população fará o mercado mudar de patamar
Eventuais programas de acesso aos medicamentos poderiam mudar o cenário de forma relevante (planos de saúde) ou dramática (governo)
• Varejo
Redes terão aumento progressivo de participação via expansão
Reforma tributária é altamente provável, e deve acelerar a consolidação
Eventuais programas de acesso poderiam consolidar definitivamente o varejo
• Atacado Reforma tributária pode, ao consolidar o varejo, diminuir o bolo do atacado
Os mais eficientes devem consolidar o mercado e mudar de patamar
Fim dos incentivos fiscais dificultará vendas do atacado para as grandes redes
Atacadistas devem executar operação logística entre indústria e varejo, garantindo às redes a manutenção dos padrões atuais de eficiência logística
O VAREJO E O ATACADO FARMACÊUTICO EM 2010