CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO
Técnico de Gestão de Ambiente
PPRROOGGRRAAMMAA
Componente de Formação Técnica
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Direcção-Geral de Formação Vocacional
2005
Programa de Ordenamento do Território Cursos Profissionais
TÉCNICO DE GESTÃO DE AMBIENTE
1
Parte I
OOrrggâânniiccaa GGeerraall
Índice: PPáággiinnaa
1. Caracterização da Disciplina ……. ……. … 2
2. Visão Geral do Programa …………. …...... 2
3. Competências a Desenvolver. ………. …. 3
4. Orientações Metodológicas / Avaliação …. 3
5. Elenco Modular …….....………………........ 4
6. Bibliografia …………………. …………. …. 4
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TÉCNICO DE GESTÃO DE AMBIENTE
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1. Caracterização da Disciplina
A disciplina de Ordenamento do Território, inserida na componente técnica do curso de Técnico de
Gestão de Ambiente, resulta de uma revisão/reformulação dos módulos dos programas anteriores de
Ordenamento Biofísico, Ocupação Urbana, Desenho de Projecto, Análise da Paisagem e Espaços
Verdes.
Trata-se de uma disciplina fundamental no 1ºano do curso de Técnico de Gestão do Ambiente dado
o seu carácter estruturante, em termos do que é o ambiente e de como o Homem nele interfere.
Proporciona aos alunos a compreensão da importância da gestão do território, a qual é conseguida
através do estudo das suas características naturais vivas e não vivas, facto que lhes permite
determinar a aptidão desse mesmo território em termos de potencialidades e usos e, ainda,
desenvolver uma capacidade crítica relativamente aos usos reais através da percepção das variáveis
relativas à ocupação humana. Deve ser dada aos alunos, inclusivamente, a possibilidade de
avançarem com propostas de intervenções adequadas à aptidão dos espaços estudados.
2. Visão Geral do Programa
Esta disciplina aglutina módulos no âmbito do ordenamento biofísico e cartografia, e de Desenho de
Projecto como apoio aos primeiros e ainda novas tecnologias, como sejam, o Sistema de
Posicionamento Global (vulgo GPS) e uma introdução aos Sistemas de Informação Geográfica
(SIG). O recurso a programas informáticos de desenho assistido por computador (CAD) também
pode ser equacionado no tratamento da informação.
Assim, e ao nível de tecnologia de informação geográfica, pretende-se que (nos primeiros módulos)
os alunos desenvolvam trabalhos práticos em base de papel e, progressivamente, os vão passando
para cartografia digital e para sistemas de informação geográfica, como forma de reconhecimento da
sua importância e qualidade profissional. Especificamente, o módulo de GPS permitirá uma
compreensão da importância da georeferenciação na área ambiental, qualquer que ela seja
(ordenamento do território, águas, conservação da natureza, entre outros). Desta forma, pretende-se
que os alunos adquiram um domínio base sobre os conteúdos e ferramentas que permitem
caracterizar o território, compreender as suas potencialidades, os seus problemas, e que sejam
capazes de propor intervenções simples nos espaços estudados.
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TÉCNICO DE GESTÃO DE AMBIENTE
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3. Competências a Desenvolver Com esta disciplina pretende-se que o aluno adquira, ao longo dos diferentes módulos, as seguintes
competências:
- ser capaz de interpretar o território, a partir da identificação das suas variáveis biofísicas (naturais e
antrópicas) por forma a compreender e a avaliar as potencialidades e problemas desse território;
- desenvolver a capacidade de intervenção ao nível da participação pública nas questões fundamentais
do ordenamento do território onde vive, estuda, passa férias, ou outro (exercício da cidadania);
- reconhecer a importância da interdisciplinaridade para a abordagem das questões referentes ao
ordenamento do território e, nomeadamente, a sua relação com o ambiente e a qualidade de vida;
- ser capaz de recolher, organizar, tratar, fazer a síntese e apresentação de informação, incluindo
georeferenciamento com GPS e a sua integração a partir de aplicações comerciais de sistemas de
informação geográfica.
4. Orientações Metodológicas / Avaliação A extrema importância que esta disciplina assume ao proporcionar aos alunos uma compreensão na
abordagem do território mediante a sobreposição de diversas variáveis, provenientes de diferentes
módulos (conservação da natureza, qualidade ambiental), obriga a que a componente prática de trabalho
seja efectiva. Para que se proporcione uma melhor compreensão dos temas basilares dos vários
módulos e para que se atinjam as competências visadas no ponto anterior, aconselha-se uma
metodologia de trabalho. Este deverá assentar numa caracterização biofísica de um determinado espaço
que, mais importante que ser conhecido por todos, disponha de informação oficial e seja acessível para
efeitos de visitas de estudo.
Esta metodologia deverá ser complementada com deslocações a instituições oficiais para recolha de
informação, e outras visitas de estudo devidamente enquadradas no âmbito das matérias leccionadas.
Deve ser fomentada a discussão das diversas temáticas abordadas nas aulas teóricas, a realização de
trabalhos práticos específicos (exemplos: pontos cotados; curvas de nível; festos e talvegues, entre
outros). Da mesma forma, e sempre que possível, deverá ser implementada o acompanhamento e
desenvolvimento dos trabalhos com recurso a tecnologia informática disponível (cartas em formato
digital, desenho assistido por computador, sistemas de informação geográfica, entre outros).
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5. Elenco Modular
Número Designação
Duração de referência (horas)
1 Introdução ao Ordenamento do Território e Cartografia 24
2 Variáveis Biofísicas implicadas no Ordenamento do Território 30
3 Variáveis relacionadas com a actividade humana 30
4 Condicionantes aos Usos do Território 24
5 Intervenção sobre o Território 36
6 Aquisição de dados de GPS 24
7 Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica I 26
8 Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica II 26
6. Bibliografia Pelt, Jean-Marie; Théodore, M.; Mazoyer, M; Girardon, J. (2000), A mais bela história das plantas – As
raízes da nossa vida; Colecção Ponto de Encontro; Edições ASA.
Botelho da Costa, J. (1973), Caracterização e constituição do solo, 4ª Ed.; Fundação Calouste
Gulbenkian; Lisboa.
Direcção Geral do Ordenamento do Território, (1990), Ordenamento do Litoral, Vol. 14; Ministério do
Planeamento e da Administração do Território; Secretaria de Estado da Administração Local e do
Ordenamento do Território.
Giordan, A.; Souchon, C. (1997), Uma Educação para o Ambiente, Instituto de Inovação Educacional;
Instituto de Promoção Ambiental; Lisboa.
Dercourt, J.; Paquet, J. (1986), Geologia – Objectos e Métodos, Livraria Almedina; Coimbra.
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TÉCNICO DE GESTÃO DE AMBIENTE
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Schmidt, L. (1999), Portugal Ambiental – Casos & Causas, Celta Editora; Oeiras.
Gass, I.G.; Smith, P.J.; Wilson, R.C.L. (1984), Vamos Compreender a Terra – Compêndio de
Geociências, Livraria Almedina; Coimbra.
Vários autores, (2001), Globalização, desenvolvimento e equidade, Fundação Calouste Gulbenkian;
Publicações Dom Quixote.
Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação – Nos países afectados por seca grave
e/ou desertificação, particularmente em África, 1995.
Terceira Conferência Ministerial para a Protecção das Florestas na Europa, (1998), Declaração geral e
resoluções adoptadas, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e Pescas; Lisboa.
ICN, (1994), Convenção sobre a diversidade biológica- Textos e anexos, ICN; Lisboa.
Wackernagel, M.; Rees, W. (1998), Our Ecological Footprint – Reducing human impact on the Earth, The
New Catalyst; Bioregional Series; Canada.
Comissão Mundial Independente para os Oceanos, (1998), O Oceano, Nosso Futuro, Expo 98/Fundação
Mário Soares.
Economia Ecológica e a Governação Sustentável dos Oceanos, (1998), Editado por Robert Constanza e
Francisco Andrade.
Partidário, Mª do Rosário (1999), Introdução ao Ordenamento do Território, nº 177; Universidade Aberta.
Brochuras:
WWF, Forests: Too Good to Waste, 1986; Suíça.
WWF, The Diversity of Life, 1986; Suíça.
WW, The Wonder of Weatlands, 1986; Suíça.
WWF, Save our Seas, 1986; Suíça.
WWF, The Climate in Crisis, 1986; Suíça.
WWF, 1996, Explaining climate change – a WWF orverview of the new science, WWF.
WW,; 1994, Weatlands – Project Portfolio, WWF.
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Reserva Natural do Estuário do Tejo, 1998, Expo 98.
Cartas militares de Portugal à escala 1 / 25.00.
Atlas do Ambiente – Cartografia.
PDM’s.
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Parte II
MMóódduullooss
Índice: Página
Módulo 1 Introdução ao Ordenamento do Território e Cartografia 8
Módulo 2 Variáveis Biofísicas implicadas no Ordenamento do Território 10
Módulo 3 Variáveis relacionadas com a actividade humana 12
Módulo 4 Condicionantes ao uso do território 14
Módulo 5 Intervenção sobre o território 16
Módulo 6 Aquisição de dados do GPS 18
Módulo 7 Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica I 20
Módulo 8. Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica II 22
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MÓDULO 1
Duração de Referência: 24 horas
1. Apresentação
No sentido do aluno iniciar o estudo do território, este módulo irá abordar de forma relativamente
simples questões fundamentais para o entendimento futuro da matéria.
Salienta-se a necessidade de integrar os alunos nos conceitos básicos de ordenamento, espaço
biofísico e, por consequência, de análise cartográfica (fisiográfica), estudando e analisando os
diversos tipos de cartografia existente.
Pretende-se que esta introdução, confira aos alunos a capacidade de interpretar o território e efectuar
considerações sobre o mesmo, em termos de estrutura.
2. Objectivos de Aprendizagem
- Dominar a noção de escala e das diversas escalas presentes no ordenamento do território.
- Efectuar a análise fisiográfica do espaço.
- Compreender e identificar as diversas formas naturais do território (festos, talvegues, colinas,
depressões, entre outros).
- Compreender a noção de bacia hidrográfica como a unidade base fundamental no Ordenamento
do Território.
- Entender a noção de recurso e de limite (curva da procura e da oferta).
- Estudar e entender o paralelismo entre Crescimento e Desenvolvimento.
- Diferenciar Ordenamento de Planeamento.
- Estudar as várias fases do processo de Ordenamento (diversos instrumentos de OT).
- Iniciar o estudo de Legislação referente ao Ordenamento do Território (Lei de Bases do Ambiente,
Lei de Bases do Ordenamento do Território, entre outros).
Introdução ao Ordenamento do Território e cartografia
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Módulo 1: Introdução ao Ordenamento do Território e Cartografia
3. Âmbito dos Conteúdos
- Noção de recurso; recurso renovável e não renovável
- Crescimento vs desenvolvimento; noção de desenvolvimento sustentável
- A bacia hidrográfica como unidade base do processo de OT
- Conceitos de cartografia com exercícios práticos a realizar no decorrer das aulas, nomeadamente:
- interpretação de cartas militares e de orientação;
- esquadrias, legendas e rótulos;
- escalas;
- pontos cotados;
- curvas de nível;
- festos, Talvegues, Colinas e Depressões;
- fisiografia.
- Actividades de Orientação no recinto da escola
- Início do Trabalho de Projecto semestral ou anual (dependendo das indicações do professor) que
contemplará a caracterização biofísica de um determinado território (Freguesias, Concelhos, ou
outro)
2. Bibliografia / Outros Recursos
Cartas militares de Portugal à escala 1 / 25.000.
Atlas do Ambiente – Cartografia.
Sebentas do Prof. Cancela de Abreu – Universidade de Évora.
Sebenta desenvolvida pelo Professor no âmbito da disciplina de Ordenamento Biofísico.
PDM’s dos concelhos próximos.
Cartografia digital.
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MÓDULO 2
Duração de Referência: 30 horas
1. Apresentação
Este módulo, dando continuidade ao anterior e, após os alunos possuírem uma visão global do
território, pretende introduzir o conceito de variável biofísica, através do estudo integrado dessas
mesmas variáveis.
Para que o estudo do território seja feito de forma integrada e transversal serão abordadas, de forma
mais ou menos aprofundada, as principais variáveis ligadas aos meios inerte e biológico, implicadas
nesse estudo. São elas a Geologia, a Hidrogeologia, a Pedologia, os recursos hídricos, a capacidade
de uso do solo, a vegetação e a fauna.
Este módulo irá permitir aos alunos darem continuidade à elaboração do seu trabalho de projecto.
2. Objectivos de Aprendizagem
- Analisar e compreender o papel das variáveis biofísicas envolvidas no processo de Ordenamento
do Território.
- Compreender a inter-dependência das variáveis biofísicas e o seu papel preponderante de suporte
e condicionador da actividade humana.
- Compreender o papel e a importância de cada variável no espaço biofísico.
3. Âmbito dos Conteúdos
- As variáveis biofísicas inertes (Geologia, Hidrogeologia, Pedologia, a capacidade de uso do solo) e
relativas ao meio biológico (vegetação, flora e fauna)
- A importância da diversidade para o equilíbrio dos sistemas naturais
- Análise de solos - Actividades exteriores
- Erosão
- Visualização de cartas temáticas
Variáveis Biofísicas implicadas no Ordenamento do Território
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Módulo 2: Variáveis Biofísicas implicadas no Ordenamento do Território
- Estudo (e aplicação no trabalho de projecto) de:
- carta geológica;
- carta de solos;
- carta de capacidade de uso do solo;
- carta de vegetação dominante;
- carta de com os principais corredores de fauna e de áreas potenciais de ocorrência de
espécies faunísticas;
- carta de recursos hídricos / bacias hidrográficas.
Actividades de exploração em locais de interesse geomorfológico
4. Bibliografia / Outros Recursos
- Direccção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, (1994), Paisagem,
DGOTDU.
- Diversos autores, (2000), A mais bela história das plantas, Edições Asa.
- Ribeiro, Orlando (2004), A Arrábida – Esboço Geográfico, Fundação Oriente e CM Sesimbra.
- Myre, Mário (1983), Relatório do reconhecimento florístico e fitossociológico da Reserva Paisagística
de Almada, Colecção Parques Naturais – nº 12; ICN.
- Hodgson, J.M. (1987), Muestreo y descripción de suleos, Editorial Reverte, SA; Barcelona.
- Botelho da Costa, J. (1991), Caracterização e constituição do solo, Fundação Calouste Gulbenkian;
Lisboa.
- Magalhães, M. R. (2001), A arqutectura paisagista –morfologia e complexidade, Ed. Estampa;
Lisboa.
- Diversos autores, (1998), Los bosques ibéricos – Una interpretacción geobotánica, Colecção Geo;
Ed. Planeta; Espanha.
- Galopim de Carvalho, A.M. (1996), Geologia – morfogénese e sedimentogénese, Universidade
Aberta; Lisboa.
- Sebenta desenvolvida pelo professor no âmbito da disciplina de Ordenamento biofísico, 2004.
- Instrumentos legais de ordenamento do território (PDM, PROT, etc).
- Brochuras e folhetos de divulgação do ICN e de outras entidades.
- Legislação em vigor.
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MÓDULO 3
Duração de Referência: 30 horas
1. Apresentação
Na sequência do módulo anterior, este módulo irá dar continuidade ao estudo das variáveis biofísicas,
com especial enfâse nas ligadas à actividade do Homem (antrópicas) sobre o território. Pretende-se,
deste modo, que os alunos saibam reconhecer e interpretar diversos aspectos relacionados com estas
variáveis, nomeadamente, a sua importância socio-histórico-cultural e a interdependência das
restantes variáveis já estudadas.
Pretende-se, ainda, que os alunos assimilem o papel preponderante do Homem sobre o território e a
sua influência sobre as restantes variáveis, resultando daí o reconhecimento da
importância/necessidade do ordenamento do território.
2. Objectivos de Aprendizagem
- Entender a importância dos espaços verdes no território humanizado.
- Saber diferenciar e identificar paisagem natural vs paisagem urbana.
- Conhecer e compreender o papel dos patrimónios cultural, arquitectónico, arqueológico e
etnológico das áreas estudadas no trabalho de projecto.
- Compreender a importância da articulação entre os diferentes níveis de decisão e intervenção no
território (local / regional / nacional / ibérico / internacional).
- Compreender o fenómeno de desertificação.
- Estudar sumariamente as relações ibéricas, quanto aos tratados assinados relativamente a
questões ambientais que influenciam o território nacional.
Variáveis relacionadas com a actividade humana
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Módulo 3: Variáveis relacionadas com a actividade humana
3. Âmbito dos Conteúdos
A ocupação do território, evolução e relação com o meio natural
Valores culturais e a humanização da paisagem
Diferentes usos do solo e seus impactes
Matrizes de usos e de incompatibilidades
Noção de espaços verdes
Paisagem natural vs paisagem urbana
Interdependências entre o espaço urbano e o espaço rural
Patrimónios cultural, arquitectónico, arqueológico e etnológico
Enquadramento legal dos instrumentos de ordenamento do território
Aplicação dos conteúdos anteriores no contexto do trabalho de projecto através de levantamentos no
terreno ou de documentação
Estudo ao nível local de um espaço verde, analisando as suas diversas componentes e a sua
importância no referido local (objectivos para que foi criado; quem foi o promotor; que resultados
obtiveram com a sua construção; o que pensa a população da sua existência; o que poderia melhorar
a sua qualidade; entre outros)
4. Bibliografia / Outros Recursos
- Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação – 1995.
- Diversos autores, (1992), Desertificação – causas e consequências, Fundação Calouste Gulbenkian;
Lisboa.
- DGOT, (1991), Espaços Verdes Urbanos, Lisboa
- Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, (1994), Paisagem,
DGOTD.
- Partidário, Mª do Rosário (1999), Introdução ao Ordenamento do Território, nº 177; Universidade
Aberta.
- Legislação sobre os instrumentos de gestão territorial.
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MÓDULO 4
Duração de Referência: 24 horas
1. Apresentação
O presente módulo visa proporcionar aos alunos uma visão detalhada sobre os instrumentos de
ordenamento do território existentes e os relativos a condicionantes do uso do solo. São exemplos do
primeiros o estudo de Planos Nacionais, Planos e Políticas Sectoriais, Planos de Ordenamento do
Território (regionais, especiais e municipais), Plano de Recursos Hídricos, Planos Municipais de
Ambiente e Agenda 21 Local. São exemplo dos segundos a Reserva Ecológica e Reserva Agrícola
Nacional e a Rede Natura 2000, entre outros.
Pretende-se, deste modo, que os alunos tenham uma visão detalhada da variedade de instrumentos e
da legislação existente, de forma a cimentarem as suas bases futuras de análise e desenvolvimento
de projectos na área do ambiente e, especificamente, do Ordenamento do Território.
Assim, será possível identificar usos compatíveis com a sensibilidade do meio, identificar problemas,
bem como as potencialidades das área a estudar. Este módulo será ainda uma ferramenta na
prossecução e terminus da primeira fase do trabalho anual de projecto.
2. Objectivos de Aprendizagem
Compreensão do papel e hierarquia dos seguintes instrumentos de ordenamento do território:
- planos Nacionais;
- planos e Políticas Sectoriais;
- planos de Ordenamento do Território (regionais, especiais e municipais);
- plano de Recursos Hídricos;
- planos Municipais de Ambiente e Agenda 21 Local.
Reconhecimento da importância da Reserva Ecológica Nacional, da Reserva Agrícola Nacional e da
Rede Natura 2000.
Identificação dos principais condicionantes ao uso do solo e dos diferentes sistemas que compõem as
REN, RAN e Rede Natura 2000.
Condicionantes ao uso do território
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Módulo 4: Condicionantes ao uso de território
3. Âmbito dos Conteúdos
Enquadramento legal (complementos)
Instrumentos de Ordenamento do Território:
- Reserva Ecológica Nacional (REN);
- Reserva Agrícola Nacional (RAN);
- Rede Natura 2000;
- PMOT’s (PDM, PP, PU);
- POBH’s;
- PEOT’s (POOC, POA, POAP, entre outros).
Identificação das principais área de conflito e causas de degradação ambiental
Identificação de usos compatíveis com a sensibilidade e aptidão do meio – potencialidades do meio
Conceito de estrutura ecológica concelhia
4. Bibliografia / Outros Recursos
- Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, 1994, Paisagem,
DGOTDU.
- Partidário, Mª do Rosário (1999), Introdução ao Ordenamento do Território, nº 177; Universidade
Aberta.
- Legislação sobre os instrumentos de gestão territorial.
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MÓDULO 5
Duração de Referência: 36 horas
1. Apresentação
Este módulo baseia-se no estudo de uma área à escala 1:500 ou outra, com apresentação de
propostas para a sua valorização ambiental (ex: recuperação de uma zona degradada, criação de uma
rede de conservação da natureza, corredores verdes, entre outros).
Na fase final da disciplina, pretende-se com este módulo que os alunos apliquem os conhecimentos
adquiridos no decorrer da disciplina, estudando uma parcela de território – Estudo de Caso, a uma
escala local, apresentando propostas de valorização para a referida parcela, tendo em consideração a
sua integração no restante território.
2. Objectivos de Aprendizagem
- Aplicar os conceitos teóricos e práticos adquiridos nos módulos anteriores através da sua aplicação
num estudo de caso.
- Seleccionar e estudar uma parcela de território, à escala 1:500 (ou outra).
- Apresentar propostas de valorização para a referida parcela, integrando os conceitos dos
instrumentos de ordenamento do território estudados (caso da Agenda 21 Local).
- Identificar uma rede de espaços interligados indispensáveis para a conservação da natureza e para o
equilíbrio dos sistemas naturais.
- Reconhecer a importância de uma rede de conservação da natureza.
Intervenção sobre o território
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Módulo 5: Intervenção sobre o território
5. Âmbito dos Conteúdos
A noção de “Continuum Natural”
Conceito de estrutura ecológica concelhia
Construção de uma rede de conservação da natureza
6. Bibliografia / Outros Recursos
- Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, (1994), Paisagem,
DGOTDU.
- Partidário, Mª do Rosário (1999), Introdução ao Ordenamento do Território, nº 177; Universidade
Aberta.
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TÉCNICO DE GESTÃO DE AMBIENTE
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MÓDULO 6
Duração de Referência: 24 horas
1. Apresentação
No sentido do aluno iniciar o estudo do território, este módulo irá abordar de forma relativamente
simples questões fundamentais para o entendimento futuro da matéria.
Salienta-se a necessidade de integrar os alunos nos conceitos básicos de georeferenciação e da
tecnologia subjacente, numa perspectiva eminentemente prática e simplificada, por forma a permitir a
utilização de cartografia em papel e, posteriormente, de cartografia digital usando Sistemas de
Informação Geográfica no contexto do Ambiente e Ordenamento do Território.
2. Objectivos de Aprendizagem
- Compreender os conceitos subjacentes à tecnologia de GPS.
- Compreender os sistemas de coordenadas (WGS84 e Sistemas usados em Portugal).
- Saber georeferenciar pontos a partir dos dados do GPS.
- Identificar os pontos obtidos por GPS na carta militar série M588 (1:25 000).
- Recolher pontos ao longo de um alinhamento.
- Associar atributos aos pontos.
- Saber exportar dados para SIG – formato digital.
- Efectuar levantamentos de zonas em meio rural e urbano.
Aquisição de dados do GPS
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Módulo 6: Aquisição de dados do GPS
3. Âmbito dos Conteúdos
- Discussão de diversos temas sobre ambiente, no início das aulas, com os alunos
- Usos e aplicação do GPS. Importância no contexto do ambiente
- Sistemas de referência terrestres:
datum geodésico;
sistemas de referência associados ao GPS;
sistemas cartográficos nacionais;
posicionamento absoluto;
observação em modo estático e rápido-estático;
observação em modo cinemático;
aquisição de dados em Modo Estático;
levantamento topográfico e implantação;
levantamento de áreas;
recolha de dados para actualização cartográfica em modo cinemático.
4. Bibliografia / Outros Recursos
GPS
Manual de GPS
Manual GPS do Hardware e Software do dispositivo de GPS
Cartas militares de Portugal à escala 1 / 25.000
Atlas do Ambiente – Cartografia
Cartografia digital diversa da região
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MÓDULO 7
Duração de Referência: 26 horas
1. Apresentação
Os SIG têm uma importância e uma dinâmica crescente na área do ambiente e ordenamento do
território. São exemplo as crescentes aplicações nas áreas da conservação da natureza, recursos
hídricos, planos de ordenamento, estudos de avaliação de impacte ambiental, entre outros.
O técnico de gestão de ambiente deve ter competências para apoiar, no seio de uma equipa
coordenada por técnicos de formação de nível superior, o desenvolvimento de SIGs nas diversas
áreas mencionadas, nomeadamente no início da cadeia de produção - aquisição e preparação de
dados geográficos e alfanuméricos.
2. Objectivos de Aprendizagem
- Desenvolver competências técnicas necessárias à realização de tarefas básicas na aquisição e
tratamento de dados georeferenciados e sua integração a partir de aplicações comerciais.
- Conhecer as origens de dados na Internet, nomeadamente os disponíveis a nível do Atlas do
Ambiente, cartas das Áreas Protegidas, PDMs e outras fontes de dados como os dados alfanuméricos
disponibilizados pelo INAG na Internet.
- Reconhecer os múltiplos formatos e origens de dados e integrá-los, recorrendo a aplicações
comerciais de sistemas de informação geográfica – (ex: Arcview 3.2.TM).
- Saber importar dados do GPS de forma estática e dinâmica.
- Digitalizar e indexar os respectivos dados a partir de imagens (fotografias aéreas, ortofotos ou
satélite).
- Produzir cartas temáticas em ambiente e ordenamento.
Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica I
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Módulo 7: Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica I
3. Âmbito dos Conteúdos
Introdução e historial dos SIG
Aplicações dos SIG em Ambiente. Estudo de casos
SIG aplicado à Conservação da Natureza, Recursos Hídricos, Ordenamento do Território, Ambiente
Sonoro, Ocupação do Solo, Estudos de Impacte e Monitorização Ambiental
Revisões sobre cartografia:
georeferenciação
sistemas de coordenadas
escalas, rótulos.
Conceito de projecto em Arcview
SIGS e a Internet. Pesquisa de informação ambiental para SIG:
recursos Hídricos;
àreas protegidas;
regulamentos de PDM.
3. Bibliografia / Outros Recursos
Licenças de software (ex: Arcview)
Manual de SIG - apresentações Powerpoint. Exercícios.
Atlas do Ambiente – Cartografia;
Manual do Arcview
Cartografia digital
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MÓDULO 8
Duração de Referência: 26 horas
1. Apresentação
Este módulo vem na sequência do anterior e continua o desenvolvimento da temática dos SIG com
mais um conjunto de operações.
2. Objectivos de Aprendizagem
- Desenvolver competências técnicas necessárias à realização de tarefas básicas na aquisição e
tratamento de dados georeferenciados e sua integração a partir de aplicações comerciais.
- Conhecer as origens de dados na Internet, nomeadamente os disponíveis a nível do Atlas do
Ambiente, cartas das Áreas Protegidas, PDMs e outras fontes de dados como os dados alfanuméricos
disponibilizados pelo INAG na Internet.
- Reconhecer os múltiplos formatos e origens de dados e integrá-los, recorrendo a aplicações
comerciais de sistemas de informação geográfica – (ex: Arcview 3.2.TM)
- Saber importar dados do GPS de forma estática e dinâmica.
- Digitalizar e indexar os respectivos dados a partir de imagens (fotografias aéreas, ortofotos ou
satélite).
- Produzir cartas temáticas em ambiente e ordenamento.
Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica II
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TÉCNICO DE GESTÃO DE AMBIENTE
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Módulo 8: Introdução aos sistemas de Informação Geográfica
3. Âmbito dos Conteúdos
Formatos de ficheiros - alfanuméricos e mapas
SIG vectoriais e raster
Digitalização
Introdução de dados GPS
Arcview – tipos de “shapes” sua ligação a tabelas alfanuméricas
Componentes e consultas à geobase de dados com critérios
Importação e exportação de dados
Produção de mapas temáticos
4. Bibliografia / Outros Recursos
Licenças de software (ex: Arcview)
Manual de SIG - apresentações Powerpoint. Exercícios.
Atlas do Ambiente – Cartografia
Manual do Arcview
Cartografia digital