OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: A Importância das Normas de Segurança nas Atividades Experimentais em Laboratórios de Ciências
Autor: Cleiriane Carneiro
Disciplina/Área:
Ciências
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual São Judas Tadeu - Ensino Fundamental e Médio
Município da escola:
Quinta do Sol - PR
Núcleo Regional de Educação:
Campo Mourão
Professor Orientador:
Simone Fiori
Instituição de Ensino Superior:
UEM
Relação Interdisciplinar:
Química; Física e Biologia
Resumo:
Devido ao avanço e rapidez com que surgem as inovações científicas e tecnológicas, tornar o ensino contextualizado e atraente para os alunos, tornou-se um grande desafio para os
professores. Nesse sentido, a inserção de atividades experimentais na prática docente, tem se mostrado um importante instrumento no processo de ensino-aprendizagem. Contudo, o laboratório de ciências é um lugar diferenciado de trabalho e requer cuidados especiais durante sua utilização. O presente projeto pretende abordar normas de segurança individuais e coletivas durante as atividades experimentais, o conhecimento da função e o correto manuseio dos equipamentos, no laboratório de Ciências, visando minimizar os riscos de acidentes. Serão abordados, textos relativos à segurança em laboratórios de Ensino, como suporte à prática educativa, visitas e atividades práticas no laboratório para observação e reconhecimento, permitindo aos alunos a identificação dos equipamentos, vidrarias e reagentes, suas funções e manuseio adequado. Posteriormente, serão confeccionados cartazes e/ou banners, placas de sinalização, etiquetas para os armários, com o intuito de tornar o ambiente mais organizado e seguro e, por fim, pretende-se organizar um manual que contemple as normas de segurança nos laboratórios de ciências, alguns equipamentos de laboratório e suas funções, que ficará disponível no laboratório de Ciências da escola.
Palavras-chave:
Normas de segurança; Laboratório de ciências; Atividades experimentais; Ensino de Ciências
Formato do Material Didático:
Unidade Temática
Público
Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO O Ensino de Ciências deve estar alicerçado na promoção da autonomia
dos estudantes, visando seu desenvolvimento pessoal e provendo-os de
ferramentas para o pensar e agir, de modo responsável num mundo cada vez
mais permeado pela ciência e tecnologia (WILSEK; TOSIN, 2008). Nesse sentido,
as atividades teórico-práticas realizadas em laboratório, tornam-se um
instrumento importante no processo do ensino de ciências, pois, durante tais
atividades ocorre uma melhor interação entre professor-aluno e aluno-aluno,
oportunizando a discussão coletiva, a elaboração de hipóteses e o debate sobre o
problema abordado, despertando nos alunos um pensamento reflexivo e crítico,
tornando os estudantes sujeitos da própria aprendizagem (FRANCISCO JUNIOR;
FERREIRA; HARTWIG, 2008). Como ressaltam Berezuk e Inada:
“O processo de ensino-aprendizagem dos alunos em Ciências, por meio de situações experimentais, ocorre quando, além do seu envolvimento em experiências de ensino e aprendizagem, o aluno se sente desafiado e perturbado com situações presentes no seu cotidiano e, consequentemente, instigado a buscar na literatura e com os colegas, usando-se de discussões e críticas, as possíveis soluções para o problema formulado" (BUSATO, 2001. p. 208 apud BEREZUK; INADA, 2010).
No entanto, notamos que isso não acontece com frequência, devido a
vários fatores, tais como: falta de conhecimento científico por parte dos alunos, e
algumas vezes até mesmo, por parte dos docentes que não se sentem seguros
para trabalharem juntamente com os alunos utilizando os equipamentos e
instrumentos de laboratório, já que esses ambientes requerem certas precauções
e cuidados, pois, podem ocorrer acidentes, causados geralmente pela falta de
atenção, de conhecimento das normas de segurança e de sinalização adequada
nos laboratórios.
A Unidade Didática A Importância das Normas de Segurança nas
Atividades Experimentais em Laboratórios de Ciências, propõe o
desenvolvimento de um trabalho por meio de atividades práticas, com o propósito
de tornar os conteúdos do 9º ano do Ensino Fundamental mais atrativos,
buscando proporcionar uma melhor compreensão, a partir da visualização dos
fenômenos; realizar alguns experimentos para demonstrar a função básica dos
equipamentos e vidrarias, as técnicas e os cuidados no manuseio dos mesmos,
visando durante todo o processo, a segurança no laboratório e por fim, elaborar
um manual que contenha as normas de segurança para o laboratório de Ciências
e disponibilizá-lo ao corpo docente e discente do Colégio em que será
desenvolvido o trabalho proposto, oportunizando que todos os usuários tenham
conhecimento dos devidos cuidados ao utilizar o laboratório, com a intenção de
minimizar os riscos de acidentes.
As atividades práticas são importantes no processo de ensino-
aprendizagem, pois tem a característica de instigar professores e alunos a
descobrirem novos caminhos para resolver problemas que se apresentam e
necessitam de debate, discussões, interação científica, teórica e prática em sala
de aula.
É importante ressaltar que, neste tipo de aula os alunos podem manusear
equipamentos, utilizar materiais e reagentes, muitas vezes até então
desconhecidos para eles, e presenciar fenômenos, discutindo com o professor e
com outros alunos, todas as etapas do experimento, ampliando suas ideias e
desenvolvendo, dessa forma, o conhecimento científico (REGINALDO; SHEID;
GÜLLICH, 2012), fazendo, com que a aula se torne mais atraente e desafiadora.
Todavia, Savoy (2003) salienta que, o laboratório de ciências é um local
especial de trabalho, portanto, para evitar acidentes, o laboratório deve possuir
um manual que contenha os critérios de segurança necessários e cabe ao
professor observar e cuidar para que os alunos os cumpram.
Observação, verificada também, na afirmação de Machado e Mól:
"As causas de acidentes em laboratórios podem estar relacionadas com: não conhecimento das normas de segurança, falta de clareza ou aplicação inadequada dessas normas, condutas impróprias, inexistência de supervisão e cobrança, ou ainda devido ao desrespeito consciente e intencional de procedimentos de segurança" (MACHADO; MÓL, 2008, p. 58).
Da mesma forma, o conhecimento dos aparelhos de laboratório, a função e
o cuidado no manuseio dos mesmos é de extrema importância, tanto para um
resultado eficaz dos experimentos realizados, como para evitar possíveis
acidentes, tais como: cortes devido a quebra de vidrarias, intoxicações e
queimaduras causadas por produtos químicos, entre outros. Estes produtos
devem sempre conter símbolos de identificação que seguem normas mundiais, e
estarem guardados em lugares apropriados, que visam prevenir tais acidentes
(CRUZ, 2009).
Portanto, todo usuário de um laboratório de Ciências deve estar ciente dos
riscos ao qual está exposto e, com o intuito de evitá-los, deve ser orientado que
as aulas práticas requerem cuidados especiais, adotando sempre uma atitude
atenciosa, cuidadosa e metódica, com a finalidade de assegurar a integridade das
pessoas, dos equipamentos e das instalações, conforme salienta SAVOY (2003,
p. 49 ): “A segurança é dever de cada um e prevenir acidentes é dever de todos".
Concordando com os autores acima citados, a USP-Instituto de Química,
afirma:
"É importante que o pessoal se habitue a trabalhar com segurança fazendo com que ela faça parte integrante de seu trabalho. Toda tarefa a ser executada deve ser cuidadosamente programada pois, nenhum trabalho é tão importante e urgente que não mereça ser planejado e efetuado com segurança" (USP-Instituto de Química, 2004, p. 17).
Assim, nosso objetivo nesta Unidade Didática será, oportunizar debates e
discussões entre os docentes de ciências e discentes do 9º ano do Colégio
Estadual São Judas Tadeu - Ensino Fundamental e Médio, para que ambos
tenham condições de adquirir conhecimento das normas de segurança para o
laboratório de Ciências, bem como, a identificação dos aparelhos, suas funções e
cuidados no manuseio dos mesmos, visando evitar acidentes.
A Unidade Didática foi dividida em quatro etapas, conceituados aqui como
atividades, abordando os seguintes tópicos:
1ª Etapa: Noções Básicas de Organização e Segurança em Laboratórios
Químicos.
2ª Etapa: Procedimentos Recomendados no Laboratório.
3ª Etapa: Tipos e Utilização de Materiais e Vidrarias do Laboratório.
4ª Etapa: Realização de Atividades Experimentais nos Laboratórios de Ciências.
MATERIAL DIDÁTICO:
Exposição pelo professor, com uso de slides sobre o projeto, diálogos e texto
impresso com as Noções Básicas de Organização e segurança em laboratórios
de Ciências.
Tempo: 2 aulas.
Objetivo:
Apresentar aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio
Estadual São Judas Tadeu - Ensino Fundamental e Médio, a temática do
projeto que será desenvolvido, e expor as Noções Básicas de Organização
e Segurança em Laboratórios Químicos.
Descrição da atividade:
A aula será trabalhada com o uso de slides explicando o Projeto A
Importância das Normas de Segurança nas Atividades Experimentais
em Laboratórios de Ciências.
Durante a apresentação, pretende-se dialogar com os alunos, buscando
verificar se eles possuem algum tipo de conhecimento sobre as normas de
segurança. A seguir, será trabalhado um vídeo
(https://www.youtube.com/watch?v=qS0C5R9B76U), sobre algumas dicas básicas
dos cuidados que devemos ter ao usar o Laboratório de Ciências.
Apresentar o texto (Anexo 1): "Noções básicas de organização e
segurança em laboratórios de Ciências", que servirá para o aluno refletir
sobre seus conhecimentos e analisar, em função do conhecimento prévio
obtido em aulas experimentais do 6º ao 8º ano, se o laboratório do seu
colégio funciona de acordo às normas de segurança.
Trabalho em grupo com exposição dos alunos e posterior exposição do professor
sobre as normas de segurança em laboratório de Ciências e texto impresso, para
auxiliar as atividades.
Tempo: 3 aulas.
Objetivo:
Expor aos alunos os procedimentos recomendados no laboratório de
Ciências, ou seja, as Normas básicas de segurança individuais e coletivas
aos seus usuários, a limpeza do laboratório e os procedimentos que devem
ser tomados em caso de acidente.
Descrição da atividade:
Entregar aos alunos um texto impresso (Anexo 2) com os procedimentos
recomendados no laboratório.
A seguir, dividir os alunos em 5 grupos, atribuindo para cada grupo um dos
temas abordados no texto. Posteriormente, os alunos do grupo farão uma
apresentação sobre o que entenderam com relação ao tema estudado.
Após a apresentação dos 5 grupos, o professor irá dialoigar com os alunos
e verificar se ainda restam dúvidas, buscando esclarecê-las e concluir o
tema abordado.
Visita exploratória dos alunos ao laboratório de Ciências acompanhados do
professor, para observação da organização e segurança e, resposta de um
questionário sobre o tema.
Tempo: 3 aulas.
Objetivo:
Levar os alunos ao laboratório de Ciências para que conheçam e tenham
contato com os materiais, equipamentos e vidrarias, e verifiquem se o
laboratório está de acordo às normas de segurança;
Descrição da atividade:
Os alunos serão encaminhados ao laboratório de Ciências, para que façam
observações e anotações quanto: ao seu estado físico, à disposição dos
equipamentos, vidrarias, materiais, reagentes e à sinalização, com o intuito
de verificar se estão de acordo com as normas de segurança.
Os alunos irão responder a um questionário (Anexo 3), durante a
realização da atividade de observação do laboratório de Ciências.
Exposição de um vídeo e visita ao laboratório com explicação dialogada pelo
professor, utilizando texto impresso para a identificação dos materiais de
laboratório, suas funções e manuseio.
Tempo: 3 aulas.
Objetivo:
Identificar os materiais, equipamentos e aparelhos de laboratório de
Ciências, bem como suas funções e cuidados no manuseio dos mesmos.
Descrição da atividade:
Inicialmente, será trabalhado um vídeo
(https://www.youtube.com/watch?v=8nRkbYn3yLY), sobre a função de alguns
materiais de laboratório.
O professor conduzirá os alunos ao laboratório de Ciências, onde
distribuirá um texto impresso (Anexo 4): "Tipos e utilização de materiais e
vidrarias do laboratório", que contem a figura e a função básica de cada
material.
Em seguida, com a ajuda dos alunos, será feita a localização das vidrarias
dentro do laboratório, depois dos materiais de porcelana, comparando com
as figuras do texto, e consultando sua função e como deve ser o seu
manuseio.
Depois de guardar as vidrarias e os materiais de porcelana, pretende-se
localizar os equipamentos metálicos, e os demais materiais que possam
encontrar no laboratório, onde farão o mesmo procedimento do parágrafo
anterior.
Por último, verificar os equipamentos elétricos e o seu funcionamento.
Realização de atividades experimentais no laboratório de Ciências.
Tempo: 3 aulas.
Objetivo:
Realizar alguns experimentos para demonstrar a função básica dos
aparelhos, as técnicas e os cuidados no manuseio dos mesmos, utilizando
o laboratório de Ciências como se encontra, com o intuito de verificar se os
alunos irão apresentar alguma dificuldade durante a realização da atividade
prática;
Descrição da Atividade:
Serão realizadas algumas aulas práticas para que os alunos saibam como
manipular adequadamente a balança digital, o bico de Bunsen, vidrarias e
equipamentos.
Debate e pesquisa bibliográfica sobre materiais que podem ser elaborados,
visando a organização e sinalização do laboratório de Ciências.
Tempo: 3 aulas.
Objetivo:
Realizar pesquisa bibliográfica sobre a sinalização adequada nos
laboratórios de ciências, nos rótulos dos reagentes, com o intuito de
confeccionar estes materiais para uma posterior organização do laboratório
de Ciências.
Descrição da atividade:
O professor acompanhará os alunos ao laboratório de informática para que
realizem pesquisas sobre a sinalização necessária em um laboratório de
Ciências.
Após o material pesquisado, haverá um debate para decidir quais materiais
(cartazes e/ou banners, placas de sinalização entre outros) deverão ser
confeccionados para serem colocados no laboratório de Ciências.
Confecção dos materiais necessários para a organização e sinalização do espaço
físico do laboratório de Ciências.
Tempo: 5 aulas.
Objetivo:
Propor aos alunos que confeccionem os materiais provindos da discussão
da atividade 6, com o intuito de tornar o laboratório de Ciências mais
organizado e seguro, afim de se evitar acidentes.
Descrição da atividade:
Os alunos, auxiliados pelo professor, confeccionarão os materiais
necessários, os quais são destinados à organização e sinalização, visando
a segurança no laboratório de Ciências.
Realização de atividades experimentais no laboratório de Ciências, visando ás
normas de segurança e elaboração de um relatório.
Tempo: 5 aulas.
Objetivo:
Realizar alguns experimentos para demonstrar a função básica dos
aparelhos, as técnicas e os cuidados no manuseio dos mesmos, utilizando
o laboratório de Ciências, já organizado e devidamente sinalizado, com o
intuito de verificar se os alunos vão encontrar dificuldades durante a
realização da atividade prática.
Descrição da Atividade:
Os alunos, acompanhados do professor, realizarão algumas atividades
experimentais, usando de forma correta os materiais do laboratório,
observando, sempre as normas de segurança.
Ao final das atividades, os alunos farão um relatório comparativo entre o
trabalho realizado antes e depois da organização do laboratório de
Ciências, levando em consideração às normas de segurança.
Elaboração do Manual de Normas de Segurança no Laboratório de Ciências,
por meio de pesquisas no laboratório de informática e na biblioteca.
Tempo: 5 aulas.
Objetivo:
Elaborar um manual contendo as normas de segurança para o laboratório
de Ciências e disponibilizá-lo ao corpo docente e discente do Colégio em
que será desenvolvido o trabalho proposto, oportunizando que todos os
usuários tenham conhecimento dos devidos cuidados ao utilizar o
laboratório, com a intenção de minimizar os riscos de acidentes.
Descrição da atividade:
Inicialmente, os alunos farão pesquisas bibliográficas no laboratório de
informática e na biblioteca, sobre normas de segurança em laboratórios.
Separados em grupos (cada grupo com um tema) e auxiliados pelo
professor, os alunos farão a elaboração do manual citado.
RECURSOS:
Laboratório de informática;
Laboratório de Ciências;
Sala de mídias;
Impressora;
Textos impressos;
Slides;
Papel sulfite;
Data show;
Cartolina;
Lápis de cor;
Livros;
Materiais de laboratório de Ciências;
REFERÊNCIAS ARAÚJO, S. A. de. Manual de Biossegurança. Boas Práticas nos Laboratórios de Aulas Práticas da Área Básica das Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade Potiguar. Laureate International Universities, 2009. 31 p. BEREZUK, P. A.; INADA, P., Avaliação dos laboratórios de ciências e biologia das escolas públicas e particulares de Maringá, Estado do Paraná. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences. Maringá, v. 32, n. 2, p. 207-215, 2010) CRUZ. J. B. da. Laboratórios. Técnicos em multimeios didáticos. Brasília: Universidade de Brasília (UnB), 2009. 104 p. DEL PINO, J. C.; KRÜGER, V. Segurança no laboratório. Porto Alegre: CECIRS, 1997. 125 p. FRANCISCO JUNIOR, W. E.; FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R. Experimentação Problematizadora: fundamentos teóricos e práticos para a aplicação em salas de aula de ciências. Química Nova na Escola. N. 30, p. 34-41. 2008. LENZI, E. et al. Introdução ao laboratório. In:______. Química Geral Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora S.A., 2004. p. 21-26. MACHADO, P. F. L.; MÓL, G. de S. Experimentando Química com Segurança. Química Nova na Escola. N. 27, p. 57-60. 2008. PAWLOWSKY, A. M. et al. Experimentos de Química Geral. Curitiba: Ed. da UFPR, 1994. PUCRS. Manual de segurança para laboratórios. SESMT- Serviço Especializado em Engenharia de segurança e Medicina do Trabalho. Porto Alegre: SESMT. 2013. 55 p. REGINALDO, C. C.; SHEID, N. J.; GÜLLICH, R. I. da C. O ensino de ciências e a experimentação. In: IX-ANPED: SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA REGIÃO SUL, 9. 2012, Caxias do Sul. Anais... Caxias do Sul UCS. 2012. 13 p. SAVOY, V. L. T. Noções Básicas de Organização e Segurança em Laboratórios Químicos. Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Proteção Ambiental. São Paulo, v.65, n.1/2, 2003. p. 47-49.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Instituto de Química. Manual de segurança. São Paulo, 2004. 52 p. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM). Manual de segurança para usuários de produtos químicos perigosos. Proresíduos - UEM. Maringá, 2006. 63 p. WILSEK, M. A. G.; TOSIN, J. A. P. Ensinar e aprender Ciências no ensino fundamental com atividades investigativas através da resolução de problemas. Paraná. 2008.
ANEXOS
ANEXO 1
NOÇÕES BÁSICAS DE ORGANIZAÇÃO E SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS
DE CIÊNCIAS
O laboratório deve ser visto como um local especial de trabalho, pois o
mesmo pode se tornar perigoso, caso não seja utilizado adequadamente. Devido
ao tipo de trabalho desenvolvido nos laboratórios, os riscos de acidentes a que
estão sujeitos os laboratoristas são os mais variados possíveis (SAVOY, 2003).
Os laboratórios devem possuir um manual de segurança contendo normas
gerais de segurança e técnicas laboratoriais básicas. O responsável pelo
laboratório deve transmitir e orientar os seus colaboradores quanto aos
procedimentos corretos de trabalho e as atitudes que devam tomar para evitar
possíveis acidentes. São comuns acidentes por exposições a agentes tóxicos
e/ou corrosivos tais como queimaduras, incêndios, explosões e lesões causadas
por condições inseguras de trabalho (SAVOY, 2003).
Na maioria das vezes, o laboratório é montado em local já existente
acarretando utilização inadequada dos espaços e mobiliários, disposição incorreta
das instalações e falta de equipamentos de proteção coletiva e individual. O
laboratório não deve ser um local improvisado, e sim apresentar condições ideais
para se desenvolver um trabalho dentro de padrões de segurança adequados
(SAVOY, 2003).
Os laboratoristas, estagiários e colaboradores necessitam serem
orientados sobre as regras e os procedimentos básicos que devem ser
implantados e utilizados em laboratórios visando a segurança de todos (SAVOY,
2003).
Quanto as normas de segurança, a Universidade de São Paulo-Instituto de
Química (2004, p. 16) e a Universidade Estadual de Maringá-Proresíduos (2006,
p. 21) afirmam que é interessante definir os termos mais empregados em
segurança de laboratório, tais como:
Segurança no trabalho: é o conjunto de medidas técnicas,
administrativas, educacionais, médicas e psicológicas que são empregadas para
prevenir acidentes, quer eliminando condições inseguras do ambiente, quer
instruindo ou convencendo pessoas na implantação de práticas preventivas.
Risco: é o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao entrar em
contato com um agente tóxico ou certa situação perigosa;
Toxicidade: é qualquer efeito nocivo que advém da interação de uma
substância química com o organismo;
Acidentes: são todas as ocorrências não programadas estranhas ao
andamento normal do trabalho, das quais poderão ressaltar danos físicos
e/ou funcionais e danos materiais e econômicos;
Prevenção de acidentes: é o ato de se por em prática as regras e
medidas de segurança, de maneira a se evitar a ocorrência de acidentes.
Para Del Pino e Krüger (1997, p. 9-14), Araújo (2009, p. 7) e Savoy (2003,
p. 47) uma das formas de minimizar os riscos de acidentes e maximizar os
resultados eficientes no uso dos laboratórios de ciências, é a utilização correta de
equipamentos apropriados para a proteção de pessoas que trabalham nos
mesmos, sendo eles:
EPI: Equipamento de Proteção Individual: luvas, máscaras, jalecos, óculos
de proteção, aventais, etc.;
Figura 01: Equipamentos de proteção individual
Fonte: http://www.placasonline.com.br/lojas/00005811/prod/G138a.GIF Acessado em 09/12/2014.
EPC: Equipamento de Proteção Coletiva: extintores, sinalização adequada,
chuveiros e lava-olhos, capelas, vasos de areia, etc.
Figura 02: Equipamentos de proteção coletiva
Figura 02a: Extintor de incêndio. Figura 02b: Chuveiro de laboratório.
Fonte da figura 02a: http://publicdomainvectors.org/photos/security-17.png Acessado em 09/12/2014 Fonte da figura 02b: http://img1.mlstatic.com/s_MLB_v_V_f_2843319888_062012.jpg Acessado em 09/12/2014.
Os EPIs são utilizados para a prevenção da integridade física do
laboratorista, enquanto os EPCs, são equipamentos de uso no laboratório que,
quando bem especificados para as finalidades a que se destinam, permitem
executar operações em ótimas condições de salubridade para o operador e as
demais pessoas no laboratório (SAVOY, 2003).
As substâncias químicas devem ser armazenadas em locais adequados e,
especialmente, destinados para este fim, permanecendo no laboratório apenas a
quantidade mínima a ser utilizada. (...) Os produtos químicos não devem ser
armazenados junto com as vidrarias utilizadas no laboratório (SAVOY, 2003).
Os produtos corrosivos, ácidos e bases, devem ficar em armários e
prateleiras próximos ao chão, se possível com exaustão. (...) Os rótulos dos
frascos devem ser protegidos e consultados, pois contém as informações
necessárias para a correta caracterização dos reagentes, bem como indicações
de risco, medidas de prevenção para o manuseio e instruções para o caso de
eventuais acidentes. Os símbolos ou pictogramas, são simbologias adequadas e
reconhecidas internacionalmente, os quais oferecem informações sobre os riscos
de segurança envolvidos no uso de produtos químicos, e os seus significados
devem ser de conhecimento dos usuários de laboratório de química (SAVOY,
2003).
Outra fonte de acidentes no trabalho é o transporte de frascos contendo
produtos químicos. A maneira mais correta de se transportar frascos de grandes
dimensões, ou um grande número de frascos ou vidrarias, é com o uso de
carrinhos de transporte. (...) As vidrarias de pequenas dimensões podem ser
transportadas em bandejas adequadas, tomando-se cuidado para que não
ocorram colisões (SAVOY, 2003).
(...) Devido às várias atividades desenvolvidas nos laboratórios é
interessante um breve conhecimento sobre o fogo. O fogo é formado pela união
de três elementos: calor, comburente e combustível e esta união é conhecida
como "Triângulo do Fogo" (SAVOY, 2003).
Figura 03: Triângulo do fogo.
Fonte: http://www.artsensor.pt/imagens_base/incendio/triangulo-fogo.jpg Acessado em 09/12/2014.
Os incêndios, geralmente, são subdivididos em quatro classes conforme quadro 1
abaixo:
QUADRO 1: Classe para classificação dos incêndios.
CLASSES
MATERIAIS
Classe "A":
(fogo de sólidos)
formado por materiais que queimam um superfície e
profundidade (madeira, papel, tecido etc.)
Classe "B":
(fogo de líquidos)
líquidos inflamáveis que queimam na superfície
(álcool, gasolina, querosene etc.)
Classe "C":
(fogo de gases)
equipamentos elétricos e eletrônicos energizados.
(computadores, televisores, motores etc.)
Classe "D":
(fogo de metais)
materiais que requerem agentes extintores
específicos (pó de zinco, sódio, magnésio etc.)
Fonte: Savoy, 2003.
Os métodos de extinção do fogo são: resfriamento, abafamento e
isolamento, e visam retirar um, ou mais de um, dos três componentes do triângulo
do fogo, pois, na falta de um destes componentes o fogo não existirá. Os
extintores portáteis de incêndio requerem uma ação rápida e devem ser utilizados
para pequenos focos devido a seu rápido esvaziamento (SAVOY, 2003).
Nunca manuseie produtos químicos sem conhecimento.
(...)
A SEGURANÇA DEPENDE DE CADA UM E PREVENIR ACIDENTES É
DEVER DE TODOS.
Fonte do texto na íntegra: http://www.biologico.sp.gov.br/docs/bio/v65_1_2/savoy.pdf
EXTINTORES DE INCÊNDIOS
Quando falamos em sistemas de proteção contra incêndios, a primeira
coisa que nos vem a mente são os extintores de incêndio. E com certeza é o
sistema mais utilizado e conhecido por todos, pois o uso dos extintores é
obrigatório em todos os ambientes de trabalho. Eles estão em todo o lugar por um
motivo bem especial: os extintores são usados e indicados para o combate
imediato ao incêndio. Ou seja, o principal uso do extintor é para apagar e deter o
fogo no seu estágio inicial, para pequenos focos.
Eles não são, portanto, recomendados e nem muito úteis em grandes
incêndios ou no estágio mais avançado destes.
As principais medidas de segurança para a utilização dos extintores de
incêndio, que devem ser sempre fiscalizadas e asseguradas pelos profissionais
de segurança do trabalho, são:
Os extintores devem estar de acordo com as normas da ABNT;
Devem estar posicionados em locais não obstruídos e de fácil visualização,
além de estarem bem sinalizado;
Devem possuir manutenção e inspeção regularmente;
Distribuição correta e suficiente para cada ambiente;
Extintor localizado na parede (de preferência na altura de uma pessoa de
estatura média). Se estiver em um piso, em suportes para tal;
Lacre sempre exposto, mostrando que não foi rompido;
Localidade de instalação deve ser de fácil acesso e público, para todos
trabalhadores;
Assegurar que todos saibam a localização dos extintores;
Assegurar que os funcionários saibam utilizar um extintor de incêndio;
(...)
TIPOS DE EXTINTORES
Embora eles sejam vermelhos, cilíndricos e, propositalmente, chamativos,
ao contrário do que muitos pensam, não são todos iguais, existindo uma
diversidade de tipos diferentes de extintores de incêndios. (...) Basicamente, são
divididos em 4 tipos de extintores:
Extintor de água: a água é, de longe, o agente extintor mais conhecido e usado
ao redor do mundo. Afinal, não precisa ser nenhum profissional para saber que
ela é bem eficiente para extinguir o fogo, além de estar presente em todos os
lugares.
Porém, ao contrário do que muitos pensam, ela não é usada para apagar fogo no
estado líquido, e sim na sua forma de vapor. Isso pois a água na forma gasosa
possui uma baixa temperatura, bem mais baixa que a do fogo, o que auxilia em
sua extinção, pois tira o elemento calor da reação de combustão.
Extintor de espuma: Segundo o rigor científico, espuma nada mais é que um
aglomerado de gás carbônico (CO2) e bolhas de ar. Porém, aquela sua
consistência típica é devido a um agente espumante. O objetivo do uso da
espuma é que em seu estado, ela flutua sobre alguns líquidos, ao invés de se
vaporizar como a água. Ou seja, ele cessa a combustão através do abafamento,
além de resfriar, pois a espuma possui água.
Extintor de dióxido de Carbono (CO2): O dióxido de carbono é o ar que
liberamos quando expiramos, ele é inodoro (sem cheiro), incolor (sem cor) e o
mais importante é que não reage com a corrente elétrica. É a substância que
forma o "gelo seco", aquela névoa que vemos em algumas boates, por exemplo.
Além de equipamentos elétricos, é usado em fogo ocasionado por materiais
inflamáveis e em diversos produtos químicos.
Extintor de pó químico seco: O pó químico seco, ou PQS, pode ser formado por
bicarbonato de sódio ou cloreto de potássio, que extinguem o fogo através do
abafamento.
Figura 04: Extintores de incêndio
Fonte:http://image.slidesharecdn.com/cursobasicoprevencao-101210192458phpapp02/95/treinamento-extintores-1-728.jpg?cb=1292031645. Acessado em 09/12/2014.
A seguir, a figura 5 apresenta um pequeno resumo de como se utilizar cada
tipo de extintor, de acordo com a necessidade:
Figura 5: Tabela resumida sobre o uso eficiente do extintor, considerando sua
classificação:
EXTINTOR CLASSE A CLASSE B CLASSE C CLASSE D
ÁGUA Alta Alta nunca nunca
ESPUMA Média Alta nunca nunca
CO2 Reduzida Alta alta nunca
PQS alta Alta alta só para pós
especiais
Organizada por Cleiriane Carneiro.
COMO USAR UM EXTINTOR DE INCÊNDIO
Iremos resumir os principais passos, métodos e maneiras de se utilizar um
extintor de incêndio.
Lembre-se também que os extintores são para pequenos focos de
incêndio, ainda no início e sua ação durará pouco tempo.
Procure sempre tomar os seguintes cuidados:
Sempre transporte com cautela, uma queda poderá danificá-lo;
Tire o pino ou trava de segurança antes de utilizar;
Se o fogo for devido a substâncias inflamáveis, cuidado para o jato do
extintor não espalhar a substância;
Se for um extintor do tipo espuma, tome cuidado para ela não entrar em
contato com você;
Mantenha sempre distância do fogo, do equipamento elétrico e substâncias
químicas que está em contato.
Fonte: http://www.cursosegurancadotrabalho.net/2013/09/Extintores-de-incendios.html
(Texto 100% original e todas as imagens são livre para uso e foram obtidas em http://commons.wikimedia.org) Acessado em 21/11/2014.
REFERÊNCIAS ARAÚJO, S. A. de. Manual de Biossegurança. Boas Práticas nos Laboratórios de Aulas Práticas da Área Básica das Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade Potiguar. Laureate International Universities, 2009. 31 p. DEL PINO, J. C.; KRÜGER, V. Segurança no laboratório. Porto Alegre: CECIRS, 1997. 125 p. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Instituto de Química. Manual de segurança. São Paulo, 2004. 52 p. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM). Manual de segurança para usuários de produtos químicos perigosos. Proresíduos - UEM. Maringá, 2006. 63 p. SAVOY, V. L. T. Noções Básicas de Organização e Segurança em Laboratórios Químicos. Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Proteção Ambiental. São Paulo, v.65, n.1/2, 2003. p. 47
ANEXO 02
PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS NO LABORATÓRIO
Para Araújo (2009), o manuseio de equipamentos e materiais em
laboratório sempre apresenta risco. Um laboratório é um ambiente interessante
pelas inúmeras possibilidades de conhecimento e descobertas que oferece. Para
realizar essas possibilidades, porém, obstáculos devem ser transpostos. Como o
perigo de acidentes causados por falha humana ou pela falha técnica de materiais
e equipamentos.
Sendo assim, estando em um laboratório, por mais seguro que pareça,
existe sempre uma possibilidade de risco. Entretanto, quando se trabalha com
cuidado e responsabilidade esses riscos podem ser minimizados e, alguns até
mesmo eliminados (PUCRS, 2013).
NORMAS DE SEGURANÇA
Embora não seja possível enumerar aqui todas as normas de segurança
em laboratório de Ciências, existem certos cuidados básicos, decorrentes do uso
de bom senso e de conhecimento científico, que devem ser observados. As
normas foram divididas em quatro grupos:
Às que se referem à parte física do laboratório;
Às atitudes que o técnico de laboratório, os alunos e usuários devem ter
durante o seu trabalho no laboratório;
À limpeza do laboratório e do material;
Procedimentos em caso de acidente.
O LABORATÓRIO
Para que se obtenha sucesso nas atividades experimentais e evitar que as
pessoas envolvidas fiquem expostas a riscos desnecessários, segundo CRUZ
(2009, p. 30-32), é imprescindível que se observe alguns fatores relevantes
quanto ao ambiente do laboratório, como por exemplo:
É importante que hajam janelas amplas, que propiciem iluminação natural e
boa circulação de ar, e se possível com a presença de exaustores;
A presença de extintores de incêndio em boas condições de uso é
obrigatória;
Ter fácil acesso à porta para o caso de evacuação rápida em caso de
acidentes;
Conhecer a localização do chuveiro de emergência, do lava-olhos, dos
extintores de incêndio, dos registros de gás de cada bancada e das chaves
gerais (elétricas);
Materiais perigosos devem ficar armazenados em armários fechados e
devidamente etiquetados;
O ambiente deve possuir placas de sinalização;
O ambiente deve estar sempre limpo e organizado.
ATITUDES QUE DEVEMOS TER DURANTE O NOSSO TRABALHO NO
LABORATÓRIO
Para os usuários do laboratório, Lenzi et al. (2004), Cruz (2009), UEM-
Proresíduos (2006) e PUCRS-(2013, p. 12-14) salientam que NÃO se deve:
1. Trabalhar sem avental branco, o mesmo deve estar abotoado, ser de
algodão 100% e de mangas compridas;
2. Usar adornos corporais como, brincos, pulseiras, anéis e colares, pois,
além do risco de ficarem presos a algum equipamento, também são pontos
favoráveis à retenção de micro-organismos e produtos químicos;
3. Usar lentes de contato. Os produtos químicos (vapores) podem danificá-
las, causando graves lesões nos olhos;
4. Trabalhar de chinelos ou sandálias no laboratório, os pés devem estar
sempre protegidos com calçados fechados;
5. Comer, beber ou fumar no laboratório. Isto pode contaminar reagentes,
comprometer aparelhos e provocar intoxicação;
6. Colocar bolsas, malhas, livros, etc sobre a bancada, mas apenas o caderno
de anotações, caneta e calculadora;
7. Trabalhar sozinho no laboratório, o trabalho experimental deve ser
executado somente na presença do professor responsável;
8. Receber colegas no laboratório, atenda-os no corredor;
9. Testar um produto químico pelo sabor;
10. Fazer qualquer modificação no andamento do experimento e na quantidade
de reagente a ser utilizada sem consultar, antes o seu professor.
Caso esteja usando um aparelho pela primeira vez, leia sempre o manual
antes e consulte o professor;
Na mesma linha de pensamento, destacamos dois outros autores: Araújo
(2009); Del Pino e Krüger (1997), que também ressaltam normas importantes
durante o preparo das atividades práticas:
Prepare-se para qualquer experiência, lendo as orientações antes de ir
para o laboratório;
Adquira o hábito de lavar as mãos em água corrente, várias vezes, durante
o trabalho de laboratório;
Desloque-se dentro do laboratório com cuidado e atenção;
Não deixe material acumulado na pia: em caso de acidente, por exemplo,
pode-se precisar da pia para lavar os olhos ou mãos, rapidamente;
Conheça as propriedades físicas e químicas das substâncias que vai
manipular, bem como métodos de descarte dos resíduos gerados;
Antes de usar qualquer reagente, leia cuidadosamente o rótulo do frasco
para ter certeza de que aquele é o reagente desejado;
Conserve os rótulos dos frascos, pois contém informações importantes;
Rotule imediatamente qualquer reagente ou solução preparados e as
amostras coletadas, rapidamente você não poderá mais saber o que é o
quê;
Atente para o estado de conservação dos utensílios de laboratório como,
pinças, espátulas, suportes, mufas etc;
Limpe imediatamente todo e qualquer derramamento de produto químico.
Proteja-se, se necessário, para realizar essa atividade;
Nunca torne a colocar no frasco o reagente retirado em excesso e não
utilizado. Ele pode ter sido contaminado;
Nunca utilize reagentes de identidade desconhecida ou duvidosa;
Não levar algo à boca ou inspirar produtos, a pipetagem deve ser com
dispositivo apropriado, nunca com a boca;
Evite contato de qualquer substância com a pele;
Não realizar reações químicas ou aquecer substâncias em recipientes
fechados;
Não aqueça líquidos inflamáveis em chama direta;
Nunca aqueça o tubo de ensaio apontando a sua extremidade aberta para
um colega ou para si mesmo;
Nunca deixe bicos de Bunsen acesos sem utilização;
Ao preparar soluções aquosas diluídas de um ácido, coloque o ácido
concentrado na água, nunca o contrário;
Feche todas as gavetas e portas dos armários que abrir;
Verifique, ao encerrar suas atividades, se não foram esquecidos aparelhos
ligados e reagentes ou resíduos em condições de risco;
LIMPEZA DO LABORATÓRIO E DO MATERIAL
A higiene e a ordem são elementos que concorrem decisivamente para
sensação de bem estar, de segurança e de conforto aos profissionais que atuam
em atividades de laboratório. Por falta de limpeza e ordem, inúmeros acidentes
podem ocorrer. Esses acidentes podem e devem ser evitados, reduzindo, assim
riscos e transtornos. Como o laboratório de Ciências contém vidrarias,
equipamentos, substâncias químicas e pessoas, a limpeza do mesmo deve ser
feita de forma especial (DEL PINO e KRÜGER, 1997).
Água ou outros produtos de limpeza quando derramados no chão, podem
tornar o piso escorregadio. Providenciar imediatamente a limpeza;
Deve-se evitar o uso de produtos de limpeza que deixem o piso
escorregadio;
A bancada de trabalho deve ser mantida limpa e seca, evitando, assim, que
o usuário entre em contato com uma substância tóxica ou corrosiva;
Não despejar substâncias como solventes ou reagentes
indiscriminadamente na pia. Eles poluem o ambiente e solventes
inflamáveis na tubulação de esgotos podem causar sérias explosões;
Não jogar na pia papéis, palitos de fósforo ou outros materiais que possam
causar entupimentos;
Descartar os solventes em frascos apropriados. Em caso de dúvida,
consulte o professor sobre o método adequado de descarte;
Durante a limpeza diária, deve-se ter muita atenção quanto à presença de
material perfurocortante, eles devem ser descartados em recipientes
apropriados e resistentes a perfuração, e em caso de cacos de vidros eles
devem ser embrulhados em jornal com uma etiqueta escrita “cacos de
vidro” no pacote;
Após o trabalho do laboratório, recolher o material e lavar a vidraria;
Ao se retirar do laboratório, lave sempre as mãos.
PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTE
Para evitar acidentes, ao entrar em um laboratório, ao aluno deve ser
colocada a necessidade da observância de normas e procedimentos para a sua
segurança e de seus colegas. Por isso cabe ao professor lembrar, no início de
cada atividade, as regras de segurança necessárias, além de observar o seu
cumprimento por parte dos alunos (DEL PINO e KRÜGER, 1997). Portanto, o
usuário do laboratório deve:
Comunicar qualquer acidente por menor que seja ao professor, mesmo que
não haja danos pessoais ou materiais;
Antes de lidar com cada produto químico, saiba o que fazer no caso de
contato deste com os olhos, a boca ou a pele. No caso de um acidente
deste tipo, avise o professor imediatamente e procure o tratamento
específico para cada caso;
Ao manipular produtos corrosivos, utilizar óculos de segurança e luvas de
PVC - cloreto de polivinila;
Nunca jogue vidros quebrados no lixo comum, pois podem causar cortes
no pessoal de limpeza;
Checar o estado de todos os fios e dispositivos elétricos; caso seja
necessário, solicite ao responsáveis que conserte-os ou substitua-os;
Não sobrecarregue uma única tomada com vários aparelhos elétricos,
usando, por exemplo, o "T";
Qualquer sintoma de mal estar, interrompa o trabalho, imediatamente, e
avise o seu professor, acompanhado, então, dirija-se ao socorro médico,
com a ficha do produto manuseado;
Em casos de abrasões (raspões), luxações, cortes, queimaduras por
produtos químicos, lavar a área com água corrente e falar imediatamente
com o monitor ou professor.
PRIMEIROS SOCORROS
Os primeiros socorros são os atendimentos imediatos e rápidos ao
acidentado até seu encaminhamento ao médico, em casos mais graves. Neste
sentido, primeiros socorros são procedimentos de emergência. É necessário que
sejam os mais corretos possíveis para evitar problemas futuros (DEL PINO e
KRÜGER, 1997).
No laboratório podem ocorrer, principalmente vertigens, substâncias
químicas nos olhos, queimaduras e cortes. Vamos relacionar aqui alguns
lembretes importantes para auxiliar nos procedimentos de primeiros socorros:
Ter no laboratório um cobertor, para caso de fogo e proteção de feridos;
Evitar, sempre que possível, tocar ferimentos com as mãos, peças de
roupas ou qualquer outro material contaminado;
Em caso de sinais de desmaio, sentar o indivíduo e curvar sua cabeça
entre as pernas, fazendo-o respirar profundamente;
Em caso de contato da pele com produtos químicos promover uma
lavagem abundante do local com água e se deslocar até um posto de
atendimento médico;
Em caso de hemorragias, fazer compressão do ferimento com curativos
esterilizados ou com um pano limpo, ou com o próprio jaleco e se dirigir ao
posto médico;
Em caso de queimaduras por contato ou respingos, providenciar a lavagem
da área com água fria, por um período de pelo menos 15 minutos,
encaminhando, em seguida, o acidentado ao socorro médico mais próximo.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, S. A. de. Manual de Biossegurança. Boas Práticas nos Laboratórios de Aulas Práticas da Área Básica das Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade Potiguar. Laureate International Universities, 2009. 31 p. CRUZ. J. B. da. Laboratórios. Técnicos em multimeios didáticos. Brasília: Universidade de Brasília (UnB), 2009. 104 p. DEL PINO, J. C.; KRÜGER, V. Segurança no laboratório. Porto Alegre: CECIRS, 1997. 125 p. LENZI, E. et al. Introdução ao laboratório. In:______. Química Geral Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora S.A., 2004. p. 21-26. PUCRS. Manual de segurança para laboratórios. SESMT- Serviço Especializado em Engenharia de segurança e Medicina do Trabalho. Porto Alegre: SESMT. 2013. 55 p. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM). Manual de segurança para usuários de produtos químicos perigosos. Proresíduos - UEM. Maringá, 2006. 63 p.
ANEXO 03:
QUESTIONÁRIO
Ao adentrar no Laboratório de Ciências, observe-o, verifique-o e analise-o
com bastante atenção, e responda às seguintes questões:
1) Quanto ao espaço físico, o laboratório: SIM NÃO
a) Está limpo?
b) Está organizado?
c) É bem iluminado?
d) É bem arejado?
e) Possui extintor de incêndio? Quantos? _____
f) Possui chuveiro de segurança?
g) Possui lava olhos?
h) Possui capela?
i) Possui um manual com as normas de segurança?
j) Possui placas de sinalização?
k) Possui bancadas?
l) As bancadas estão em bom estado de conservação?
m) As bancadas possuem bicos de gás? Quantos? _______
n) Possui torneiras em bom estado de conservação?
o) Possui pias em bom estado de conservação?
p) Possui exaustor?
q) Os armários estão etiquetados?
r) Possui microscópio? Quantos? ______
s) Possui os equipamentos de segurança individuais-EPIs?
2) Ao analisar respostas dadas na tabela acima, o que você pôde concluir
sobre o espaço físico do laboratório de Ciências? Na sua opinião ele precisa
de reparos? Quais?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
3) Quanto as vidrarias e demais equipamentos: SIM NÃO
a) As vidrarias estão organizadas dentro dos armários?
b) As vidrarias estão em bom estado de conservação?
c) Os equipamentos de porcelana estão em bom estado de
conservação?
d) Os equipamentos de metal estão em bom estado de
conservação?
e) Os reagentes estão separados dos demais materiais?
f) Os frascos de reagentes possuem rótulos com informações
sobre o produto?
4) Que sugestões você daria para melhorar o ambiente do laboratório, de um
modo em geral?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
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Questionário organizado por Cleiriane Carneiro.
ANEXO 04
TIPOS E UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS E VIDRARIAS DO LABORATÓRIO
A execução básica de qualquer tarefa num laboratório de Ciências e/ou
Química envolve geralmente uma variedade de equipamentos que, devem ser
empregados de modo adequado, para evitar danos pessoais e materiais.
A escolha de um determinado aparelho ou material de laboratório depende
dos objetivos, e das condições em que o experimento será executado. Entretanto,
na maioria dos casos, pode ser feita a seguinte associação entre equipamento e
finalidade.
MATERIAIS DE VIDRO
EQUIPAMENTO
FINALIDADE
Fonte*
a
Bastão de vidro: Usado na agitação e na transferência de líquidos e para facilitar o escoamento de um líquido de um frasco para outro, evitando respingos.
Fonte*
b
Béquer: Recipiente com ou sem graduação, serve para dissolver substâncias, efetuar reações e aquecer líquidos sobre tela de amianto.
Fonte*
c
Erlenmeyer: Recipiente largamente utilizado na análise titulométrica, no aquecimento de líquidos e na dissolução de substâncias. Pela sua forma cônica, é muitas vezes utilizado para conter soluções durante reações produzidas sob agitação.
Fonte*
d
Funil de separação: Vidraria largamente utilizada em extração, decantação, separação de líquidos imiscíveis e adição gradativa de líquidos reagentes durante uma reação química.
Fonte*
e
Funil simples: Empregado na transferência de líquidos e em filtrações simples, utilizando papel de filtro adequado.
Fonte*
f
Pipeta graduada: Instrumento calibrado para medida precisa e transferência de determinados volumes de líquidos a dada temperatura, são utilizadas para escoar volumes variáveis de líquidos.
Fonte*
g
Pipeta volumétrica: Instrumento calibrado para medida precisa e transferência de determinados volumes de líquidos a dada temperatura, são utilizadas para escoar volumes fixos.
Fonte*
h
Tubo de ensaio: Geralmente utilizado em reações tipo teste e em ensaios de precipitação, cristalização e solubilidade. Pode ser aquecido, com cuidado, diretamente sobre a chama do bico de gás.
Fonte*
i
Termômetro: Instrumento apropriado para medida de temperatura.
Fonte*
j
Proveta graduada: Frasco destinado a medidas de volume, com capacidade variando de 5 mL a alguns litros.
Fonte*
k
Lâmina e lamínula: Pequeno retângulo de vidro no qual deve ser colocado o material que será observado ao microscópio óptico. Pequeno quadrado de vidro que cobre e protege o material colocado sobre a lâmina.
Fonte *
l
Balão de fundo chato: Utilizado no armazenamento e no aquecimento de líquidos, bem como em reações que se processam com desprendimento de gás. Deve ser aquecido sobre tela de amianto.
Fonte*
m
Balão de fundo redondo: Muito usado em destilações, para colocação do líquido a ser destilado ou para a coleta do líquido após a condensação do vapor.
Fonte*
n
Balão de destilação: Pode apresentar-se também na forma de balão de destilação, que possui gargalo longo e é provido de saída lateral por onde passam os gases e vapores.
Fonte*
o
Balão volumétrico: Recipiente calibrado, de precisão, destinado a conter um determinado volume de líquido, a uma temperatura. É utilizado no preparo de soluções de concentração definida.
Fonte*
p
Condensador de serpentina: Proporciona maior superfície de condensação e é usado principalmente no resfriamento de vapores de líquidos de baixo ponto de ebulição.
Fonte*
q
Bureta com torneira: Equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Permite o escoamento de líquido e é utilizada em titulações. Possui uma torneira para controlar a vazão na sua parte inferior.
Fonte*
r
Dessecador: Usado no armazenamento de substâncias que devem ser mantidas sobre pressão reduzida ou em condições de umidade baixa.
Fonte*
s
Kitassato: Frasco cônico de paredes reforçadas, munido de saída lateral. É usado em filtrações sob sucção (ou pressão reduzida).
Fonte*
t
Placa de Petri:
Prancha usada para colocação de meio de cultura para micro -organismo.
Fonte*u
Vidro de relógio: Utilizado no recolhimento de sublimados, na pesagem de substâncias sólidas, em evaporações e na secagem de sólidas não-higroscópicos.
Os materiais de vidro foram organizados por Cleiriane Carneiro e todas as fontes abaixo citadas foram acessadas em 08/12/2014. Fonte*
a:https://lh5.googleusercontent.com/sGHfLLotqqk/TXogbK3mdjI/AAAAAAAAAAc/Sbsrwczw7
SU/s1600/Bastao+de+Vidro.jpg Fonte*
b: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/163beckers.jpg
Fonte*c: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/369erlen.jpg
Fonte*d: https://lh5.googleusercontent.com/-i7pgiN3Shkw/TXogdVjl4RI/AAAAAAAAAAw/-
qZXsWf1rjo/s1600/Funis+de+bromo.jpg Fonte*
e: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/487funis.jpg
Fonte*f: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/799pipeta1.jpg
Fonte*g:http://image.slidesharecdn.com/manualdetqe2014v1-140303095516-phpapp01/95/manual-
de-tqe-2014-v1-35-638.jpg?cb=1393862204 (Obs: imagem cortada)
Fonte*h: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/1033vidrari.jpg (imagem
cortada) Fonte*
i:http://www.inmet.gov.br/html/informacoes/sobre_meteorologia/instrumentos/img/tmaxmin_1
7.jpg Fonte*
j:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000003421/md.0
000038447.jpg Fonte*
k: http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/wp-content/uploads/2012/12/lamina-e-laminula.jpg
Fonte*l: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/1035vidrari.jpg
Fonte*m: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/146balred.jpg
Fonte*n: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/145baldest.jpg
Fonte*o: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/147bavolum.jpg
Fonte*p: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/286condser.jpg
Fonte*q:http://image.slidesharecdn.com/manualdetqe2014v1-140303095516-phpapp01/95/manual-
de-tqe-2014-v1-35-638.jpg?cb=1393862204 (Obs: imagem cortada) Fonte*
r: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/304dessec.jpg
Fonte*s: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/590kitazato.jpg
Fonte*t: http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/7/894placa_petri.jpg
Fonte*u: http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/7/1133vidro_relogio.jpg
MATERIAIS DE PORCELANA
EQUIPAMENTO
FINALIDADE
Fonte*a
Almofariz (ou grau) e pistilo: Destinado à pulverização e homogeneização de sólidos, bem como na maceração de amostras que devem ser preparadas para posterior extração. Podem ser feitos de porcelana, ágata, vidro ou metal.
Fonte*b
Cápsula de porcelana:
Usada na evaporação de soluções, na sublimação e secagem de sólidos, e na preparação de misturas.
Fonte*c
Funil de Büchner:
Utilizado em filtrações por sucção (ou sob pressão reduzida), devendo ser acoplado a um frasco de kitassato.
Fonte*d
Triângulo de porcelana:
Usado como suporte no aquecimento de cadinhos.
Os materiais de porcelana foram organizados por Cleiriane Carneiro e todas as fontes abaixo citadas foram acessadas em 08/12/2014. Fonte*
a: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/8_8almopisti.jpg
Fonte*b: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/196cadinho.jpg
Fonte*c: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/486funilbu.jpg
Fonte*d: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/996triporc.jpg
MATERIAIS DIVERSOS
EQUIPAMENTO
FINALIDADE
Fonte*a
Bico de Bunsen: Fonte de calor destinada ao aquecimento de materiais não inflamáveis. A chama de um bico de gás pode atingir temperatura de até 1500ºC. Existem vários tipos de bicos de gás, mas todos obedecem a um mesmo princípio de funcionamento: o gás combustível é introduzido numa haste vertical, em cuja parte inferior há uma entrada de ar para suprimento do oxigênio, o gás é queimado no extremo superior da haste. Tanto a vazão do gás quanto a entrada de ar podem ser controladas de forma conveniente.
Fonte*b
Pinça metálica:
Muito empregada para segurar objetos aquecidos, especialmente cadinhos.
Fonte*c
Tela de amianto:
Tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir uniformemente o calor durante o aquecimento de recipientes de vidro ou metal expostos à chama do bico de gás.
Fonte*d
Tripé:
Usado como suporte, principalmente de telas de amianto e triângulos de porcelana.
Fonte*e
Suporte universal: Serve para sustentar equipamentos em geral.
Fonte*f
Balança digital: Instrumento utilizado para determinação de massa.
Fonte*g
Centrífuga para tubos: Instrumento que serve para acelerar a sedimentação de sólidos suspensos em líquidos. É empregado, também, na separação de emulsões.
Fonte*h
Conta gotas: Utilizado quando se deseja adicionar a uma reação/solução apenas algumas gotas de um determinado líquido, que pode ser um indicador, ou solvente, etc.
Fonte*i
Estante para tubo de ensaio: Pode ser de metal, acrílico ou madeira.
Fonte*j
Estufa: Equipamento empregado na secagem de materiais
por aquecimento. Atinge, em geral, temperatura de
até 200ºC.
Fonte*k
Microscópio: Usado para obter imagem ampliada de micro-organismos ou estruturas microscópicas, bem como para aumentar o poder de resolução do olho humano.
Fonte*l
Mufla:
Utilizada na calcinação de substâncias. Atinge, em geral, temperaturas na faixa de 1000 a 1500ºC.
Fonte*m
Pinça de madeira:
Utilizada para segurar tubos de ensaio, geralmente durante aquecimento.
Fonte*n
Pera:
Para pipetar soluções (suga e libera o líquido).
Os demais materiais foram organizados por Cleiriane Carneiro e todas as fontes abaixo citadas foram acessadas em 08/12/2014. Fonte*
a: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/169bicodebun.jpg
Fonte*b: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/796pincadi.jpg
Fonte*c: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/937amianto.jpg
Fonte*d : http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/1000tripe.jpg
Fonte*e : http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/925supuniv.jpg
Fonte*f: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/142balanca_q520.jpg
Fonte*g: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/233cent_tub_q222t.jpg
Fonte*h: http://publicdomainvectors.org/photos/dropper.png
Fonte*i: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/1010tubos.jpg
Fonte*j: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/406estufa.jpg
Fonte*k:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/9314/imagens/microscopio.jp
g Fonte*
l:http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/465forno_mufla_q318m_q318
s.jpg Fonte*
m: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/797pinca.jpg
Fonte*n: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/775pera.jpg
O MATERIAL DE LABORATÓRIO E MANUSEIO ADEQUADO
Segundo Del Pino e Krüger (1997), os materiais de laboratório mais
utilizados nos laboratórios escolares de Ensino Fundamental e Médio
compreendem, principalmente, vidrarias, materiais de porcelana, materiais
metálicos, equipamentos elétricos e outros. Sua utilização segura requer alguns
cuidados e condições adequadas de manuseio, conforme descrito a seguir:
Vidrarias: O uso de materiais de vidro deve ser feito com cuidado, evitando-se os
que estiverem danificados. Seu uso exporá o aluno a riscos desnecessários, além
da possibilidade de ocorrerem alterações nos resultados da experiência. Toda
vidraria fora das condições de uso deve ser, o quanto antes, remetidas para
conserto. As vidrarias com danos irreparáveis devem ser descartadas e
acondicionadas em lugares especiais.
Aquecimento e resfriamento das vidrarias: Qualquer aquecimento que envolva
recipientes de vidro não deve ser feito diretamente, exceto aqueles do tipo
"Pyrex". Usa-se, no mínimo, uma tela de amianto, no caso da fonte de calor ser
uma chama de combustão. O aquecimento, deve ser feito lentamente e o mais
homogêneo possível. Aquecimentos rápidos e localizados podem causar
ebulições bruscas, resultando na projeção de substâncias sob aquecimento ou
até mesmo na quebra da vidraria utilizada. Esta ebulição brusca com quebra do
material é bastante comum no aquecimento de tubos de ensaio, devido a
pequena quantidade de material utilizado. Uma medida de precaução é manter a
boca do tubo de ensaio dirigida sempre para um local onde não haja ninguém e
procurando aquecê-lo homogênea e lentamente, agitando-o durante o
aquecimento.
Assim como no aquecimento, todo resfriamento deve ser lento, pois um
resfriamento brusco pode, também, provocar a quebra do material.
Por outro lado, é recomendável que, após o aquecimento a altas
temperaturas, o recipiente não seja colocado a esmo sobre o balcão de trabalho,
pois outro aluno, sem saber que está quente, poderá pegá-lo e sofrer
queimaduras graves (vidro quente tem a mesma aparência de vidro frio). Para
evitar isto, pode-se deixar um aviso contendo as informações junto ao frasco.
Regras básicas de manuseio: Os béqueres e frascos em geral, quando cheios,
devem ser segurados pelas laterais ou pelo fundo, nunca pela parte superior, pois
as bordas ou gargalos dos frascos podem quebrar com facilidade se utilizados
como ponto de apoio.
Recipientes onde estejam sendo realizadas reações químicas jamais
devem ser olhados diretamente na vertical, pois a reação pode ser violenta, com a
possibilidade de projeções para fora do frasco.
Durante a montagem da aparelhagem para uma experiência, onde se faça
necessária a fixação de vidraria por materiais metálicos (pinças e agarradores), é
aconselhável evitar o contato direto metal-vidro. Uma maneira de contornar este
problema é colocar um pequeno fragmento de borracha (ou material semelhante)
entre os pontos de contato. Também deve ser evitada a utilização de força
excessiva na fixação da vidraria. A não-observância destes cuidados pode levar,
facilmente, à quebra do material de vidro.
Material de porcelana: o material de porcelana diferencia-se do material de
vidro, basicamente, por suportar temperaturas mais altas. Todos os cuidados
anteriormente citados quanto ao uso e manuseio de materiais de vidro podem ser
aplicados aos materiais de porcelana.
Aparelhos elétricos: Antes de usar qualquer aparelho elétrico, deve-se ter
certeza de estar usando a voltagem adequada. Para evitar problemas é
necessário que todas as tomadas estejam identificadas com as respectivas
voltagens, 110V ou 220V.
É recomendável que os aparelhos elétricos só funcionem quando em uso.
Não deixe aparelhos elétricos ligados na ausência de pessoal de laboratório.
Certifique-se que fios, plugues, tomadas, contatos estão em perfeitas condições
de uso. Não instale os aparelhos elétricos próximo à superfícies úmidas ou de
produtos químicos inflamáveis ou corrosivos.
Uso de chama de laboratório: Não acenda o bico de Bunsen sem antes verificar
e eliminar os seguintes problemas:
Ajuste da entrada de ar na base;
Vazamento de gás;
Dobras na tubulação flexível do gás;
Ajuste inadequado entre as tubulações de gás e suas conexões.
Não acenda maçaricos, bicos de Bunsen, etc., com a válvula do gás
combustível muito aberta, use o mínimo, quando não houver chama monitora.
REFERÊNCIAS CRUZ. J. B. da. Laboratórios. Técnicos em multimeios didáticos. Brasília: Universidade de Brasília (UnB), 2009. 104 p. DEL PINO, J. C.; KRÜGER, V. Segurança no laboratório. Porto Alegre: CECIRS, 1997. 125 p. PAWLOWSKY, A. M. et al. Experimentos de Química Geral. Curitiba: Ed. da UFPR, 1994.
ANEXO 05
PROPOSTAS DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
Para cada experiência citada abaixo será elaborado um roteiro experimental, o
qual será utilizado durante as aulas com os alunos.
EXPERIÊNCIA – 01
Prática de determinação de massa e volume.
EXPERIÊNCIA – 02
Aprender a utilizar adequadamente o bico de Bunsen.
EXPERIÊNCIA – 03
Diferenciar processo físico de processo químico e demonstração da chuva ácida.
EXPERIÊNCIA – 04
Determinação de densidade de sólidos e líquidos.
EXPERIÊNCIA – 05
Caracterização do caráter ácido ou básico de substâncias utilizando indicadores.