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3OUTUBRONOVEMBRODEZEMBRO2012APÁGINADAENFERMEIRA

Esta é a página essencialmente para si que gosta de ler o jornal “O Ardina”.Sinceramente desejo que os assuntos aqui focados o façam pensar,e se houver algum tema que gostaria de ler, falar ou “discutir”, estou disponível.As aulas já começarem, e além do stress normal de um novo ano escolar,há ainda outros assuntos mais importantes que estes, que é bom informado e alerta.1. Escolha de amigos; amigo verdadeiro a quem possas recorrer em caso de dificuldadesescolares, dúvidas, apoio nas matérias, etc. Mas cuidado com aqueles “que se dizem amigos” e são aqueles que levam os pacificadores para o álcool, droga,brigas e desobediência a pais e professores. Destes afasta-te.2. Casa de pais – Escola de filhos.Aqui começa a Verdadeira Escola da Vida, começamesmo antes do nosso nascimento.3. Que ambiente tenho no meu lar. O casamento foi cimentado no amor entre maridoe mulher, ou foi uma chama que rapidamente se apagou? Quais os ideais para o futuro?Ou está ele cimentado em riquezas terrenas, usando armas de egoísmo, ganâncias,inveja e vaidade?4. Um filho é a coisa mais importante da vida de um lar, duma sociedade, dum país.5.As crianças tudo captam rapidamente, não se lhes podem mentir, empurrando-as para outras pessoas desonestas, oportunistas, podres física e espiritualmente que o grande prazer é somente a destruição do ser humano, tiram-lhes tudo o que de honesto, puro, existe numa criança, através do álcool, droga e sexo.É com muito carinho, que vos desejo, jovens, um ano escolar,cheio de sucesso – o que de positivo armazenares hoje – colherás no futuro.

Sei que já nem se usa dizer, de tão calejadoque ficou… mas ainda assim insisto.O nosso processo de envelhecimento é comoo do Vinho do Porto: o bom fica melhor e mais doce e o mau azeda, estragando-se.Talvez por estar a viver uma fase da vida emque isto se tornou evidente, o que é certo é que esta metáfora aparece escancarada a meus olhos.E este olhar parece-me tanto mais importante quanto mais fala do que é a vidahumana, da imensidade e ternura que elaencerra e do trilho misterioso que nos fazavançar.Os mais velhos, que souberem Crescer,comportam um peso que só a sabedoriatransportada ao longo dos anos pode fazeracontecer. E o mais curioso é que se tratade um peso de uma leveza imensa esuave… Talvez seja este mais um dos paradoxos de que são feitas as realidadesbelas e que nos deixam a sorrir.O olhar profundo e libertador de alguém

mais velho significa uma teia urdida peloCéu Mesmo que esta pessoa mais velha não identifique quem o foi tecendo.E às vezes dou comigo, nestes encontros etoques impercebíveis aos “olhos do mundo”,a sentir-me quase próxima do Céu. Comose aquela pessoa mais velha ocupasse mais asua existência plena, e estivesse a distanciar-seda terra. Mas não da sua vida terrena, se éque me faço entender… pois encontra-semais plenamente aqui, mas mais plenamenteno que se há de vir a tornar-se. Sem dúvida,está mais assumida.Quero dizer que estas pessoas mais velhassão para mim uma evidência da eternidade.E permitam-me dizer algo também paradoxal(e quiçá, um imenso disparate) … estas pessoas mais velhas parecem estar de formaanimada e tranquila entre duas existências e,por isso, são mais completas… quer dizer, aobra de arte que são chamadas a ser, pareceestar perto da sua integração completa.Alguém quer ajudar-me nestas palavras?

Enf. Maria de Lourdes Andrade

Os nossos avós… Os mais velhos

O Poder dos Avós

O poder dos avós começa na letra do hino nacional, quando dizemos “os nossos egrégiosavós”. Esta frase, inserida num dos símbolos nacionais deveria corresponder a um sentimentointegrante da nossa identidade como povo., a admiração por aqueles que nos antecedem eque consideramos distintos, ilustres, e notáveis.A Realidade, no entanto, nem sempre é esta,e assistimos hoje ao aumento da pobreza, do abandono, da falta de assistência daqueles quesão os “avós”, e que integram o grupo etário dos “Seniores”, a que chamamos 3.ª idade.Nunca como agora os idosos constituíram um fardo para as famílias, porque estas, antes,tinham um conceito alargado que os integrava, e dessa convivência extraordinária e insubstituívelbrotava a preservação da memória, a transmissão dos valores, a aprendizagem dos saberes.Diz Bagão Félix, num artigo publicado no jornal “ Público” de 17 de Junho, que “a indigênciamoral alimenta-se da falta de memória”.Esta memória da ética,daquilo que é moralmente aceitável,do exemplo da persistência perante as dificuldades, vem do convívio dos nossos avós. Eles,que na sua maioria tem mais tempo para os netos, devem ser o nosso exemplo de liderança.Felizmente muitos dos avós hoje cuidam dos seus netos. Sintoma da crise, talvez, mas não à infantário ou pré-escolar que nos bata na generosidade que colocam no cuidar, no ensinar,na gratuidade do seu tempo. Eles estão lá para os pais e para os filhos, para desculpar e paraapontar caminhos porque viveram e assistiram a outros momentos que fazem já parte danossa história recente. Para alem disso são ainda, e em cada vez mais casos, suporteeconómico quando o trabalho falha, ou o dinheiro é curto. Por tudo isto é preciso sublinhare reforçar o poder dos avós devem ter no seio de cada família.

A estas Instituições e a todas as outras que não estão aqui mencionadas o nosso Muito Obrigado. Mas um agradecimento muito especial para o Grupo Jerónimo Martins, para o Banco Alimentar e para o Montepio

que têm sido fantásticos, fabulosos, e sempre muito generosos.

Texto: Madalena Abreu

Docente de Marketing no ISCAC

Texto: Isabel Galamba de Castro

Advogada

Avô português residente em Toronto, transmite valores ao neto Michael