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PAPERSU VALORSUL

30 ABRIL 2015 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DA VALORSUL, SA, PARA CUMPRIMENTO DO PERSU 2020 (PAPERSU)

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Índice

1. Introdução e enquadramento histórico p.2

2. O Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos p.2

i. Caraterização geral p.2

ii. Caraterização do modelo técnico atual p.4

iii. Pontos fortes e fracos do modelo instalado p.10

3. Objetivos e metas nacionais p.11

4. Medidas e calendarização p.13

4.1. Prevenção da produção e perigosidade p.13

4.2. Aumento da preparação para reutilização, da reciclagem e da qualidade de recicláveis p.14

4.3. Redução da deposição de RU em aterro p.19

4.4. Escoamento e valorização económica dos materiais resultantes do tratamento de RU p.20

4.5. Incremento da eficácia e capacidade operacional do sistema/município p.21

4.6. Investigação e desenvolvimento p.21

5. Investimentos p.22

6. Conclusões p.23

Anexos p.24

Índice de Figuras

Figura 1. Área de Intervenção da Valorsul e unidades de tratamento de RU p.3

Figura 2. Modelo de tratamento e valorização de RU p.3

Figura 3. Identificação dos equipamentos de deposição seletiva na região do Oeste p.5

Figura 4. Características técnicas do Centro de Triagem de Lisboa p.6

Figura 5. Características técnicas do Centro de Triagem do Oeste p.7

Figura 6. Características técnicas da ETVO p.8

Figura 7. Resultados de operação 2013 e 2014 da CTRSU p.9

Figura 8. Aterros Sanitários de Mato da Cruz e do Oeste p.9

Figura 9. Diagrama compostagem de verdes p.20

Índice de Quadros

Quadro 1. Quantitativos recolhidos por região p.4

Quadro 2. Equipamentos de recolha seletiva na região do Oeste p.5

Quadro 3. Objetivos e metas PERSU 2020 para a Valorsul p.11

Quadro 4. Metas intercalares 2016-2020 p.11

Quadro 5. Evolução da taxa de esforço 2015-2020 p.12

Quadro 6. Previsão dos quantitativos de recolha seletiva trifluxo em 2020 p.16

Quadro 7. Plano de Investimentos 2015-2018 p.22

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INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO HISTÓRICO - 1

Na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 68/2010, de 15 de junho, com a redação conferida pelo Decreto-Lei nº 108/2014, de 2 de julho, é criado o sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos das regiões de Lisboa e do Oeste que constitui a sociedade VALORSUL — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A., e fixado o período de concessão até ao limite máximo de 25 anos, estabelecendo-se o período compreendido entre 2010 e 2034.

Durante esse período, a Valorsul - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A., é a empresa responsável pelo tratamento e valorização de resíduos urbanos (RU) produzidos em 19 Municípios da Grande Lisboa e da Região Oeste, a saber:

Alcobaça | Alenquer | Amadora | Arruda dos Vinhos | Azambuja | Bombarral | Cadaval | Caldas da Rainha | Lisboa | Loures | Lourinhã | Nazaré | Óbidos | Odivelas | Peniche | Rio Maior | Sobral de Monte Agraço | Torres Vedras | Vila Franca de Xira.

O Plano de Ação do Sistema Multimunicipal da VALORSUL, SA, (PAPERSU) que é apresentado no presente documento, dá cumprimento ao disposto no art.º 16.º do Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho, e toma como referência a concretização das diretrizes constantes no Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU 2020), aprovado pela Portaria n.º 187-A/2014, publicada em DR (I Série) n.º 179, de 17 de setembro de 2014.

O SISTEMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS URBANOS - 2

i. Caraterização geral A Valorsul serve 1,6 milhões de habitantes e garante o tratamento de aproximadamente 900.000 t de toneladas de RU por ano, o que representa 20% das quantidades de resíduos produzidos em Portugal Continental. Para garantir o tratamento dos resíduos urbanos produzidos na sua área de intervenção, existem diversas instalações/infraestruturas para tratamento das diferentes tipologias de RU, como se apresenta na Figura 1.

No que diz respeito à capitação de resíduos, constata-se que cada habitante da área de intervenção da Valorsul produz cerca de 1,3 kg/hab.dia, que representa 472 kg/hab.ano.

A Valorsul tem recebido na unidade de incineração, desde 2003, resíduos do sistema AMTRES, ao abrigo do Despacho n.º 16 104/2003 (2.ª série), de 29-julho. Em 2014, estas entregas representaram cerca de 16% do total de RU tratados pela Valorsul.

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ii. Caraterização do modelo técnico atual

Recolha Seletiva Com implantação em duas regiões, a Valorsul apresenta duas realidades geográficas distintas: uma região urbana, densamente povoada, com grande prevalência de comércio e serviços e com uma elevada população flutuante, e uma região com áreas mais rurais e dispersas, onde a recolha dos resíduos indiferenciados exige compactação e transferência para viaturas de maior capacidade. Paralelamente, a responsabilidade de recolha seletiva é, na região Oeste, exercida diretamente pela Valorsul enquanto que na região Lisboa, por via dos contratos de entrega e receção estabelecidos com os municípios de Amadora, Lisboa, Loures e Vila Franca de Xira, a recolha é efetuada pelos serviços destes municípios.

No Quadro 1 apresentam-se os quantitativos recolhidos pelas duas regiões, bem como a taxa de desvio de recicláveis em função do total de RU recolhidos. Através da análise do quadro, é possível concluir sobre a grande diferença de quantitativos recolhidos entre regiões, com o município de Lisboa a apresentar a maior taxa de desvio, 13,7% (dados de 2014).

Face aos resultados obtidos, constata-se que a implementação das medidas descritas no capítulo 4 deverá ter em conta a disparidade existente entre regiões, sendo de exigir um maior esforço na região Lisboa, onde há maior densidade populacional, e, dentro desta região, concentrar nos municípios que apresentem atualmente taxas de desvio mais baixas relativamente ao seu potencial, como é o caso dos municípios de Loures, Odivelas e Amadora.

Quadro 1 - Quantitativos recolhidos por região

Região de Lisboa Região Oeste

Lisboa Loures/Odivelas Amadora Vila Franca de Xira Total 14 municípios

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Vidro 12.405 11.808 2.740 2.900 1.502 1.624 1.192 1.291 4.991 5.192

Papel/Cartão 17.099 16.691 3.111 2.971 2.022 2.157 1.586 1.692 4.540 4.437

Embalagens 9.953 9.136 2.101 2.078 1.106 1.222 968 1.060 3.269 3.215

Total 39.457 37.635 7.952 7.948 4.630 5.002 3.746 4.044 12.801 12.844

Recolha RU 288.083 282.426 129.133 126.988 64.840 66.598 48.478 48.322 178.270 174.239

Taxa de desvio 13,7% 13,3% 6,2% 6,3% 7,1% 7,5% 7,7% 8,4% 7,2% 7,4%

Total recicláveis por região 2014 55.785 12.801

Total recicláveis por região 2013 54.629 12.844

Recolha seletiva na região Oeste

A Valorsul é diretamente responsável pela recolha seletiva de embalagens nos 14 municípios da região Oeste (Figura 3). Para o efeito, a empresa tem disponíveis 2.605 ecopontos para deposição seletiva (num

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total de 8.992 contentores) e uma frota de 12 viaturas de recolha e de 2 viaturas de lavagem, como se apresenta no Quadro 2.

O município de Óbidos apresenta uma rede de recolha seletiva por ilhas ecológicas, que confere maior proximidade e que serve uma população de, aproximadamente, 10.500 habitantes, e ainda duas zonas servidas por recolha porta-a-porta, que abrangem uma população de cerca de 1.100 habitantes.

Figura 3 - Identificação dos equipamentos de deposição seletiva na região do Oeste

Quadro 2 - Equipamentos de recolha seletiva na região do Oeste

Concelho Contentor Amarelo (unid)

Contentor Azul (P/C) (unid)

Contentor Verde (V) (unid)

Ecoponto (unid)

Alcobaça 344 335 383 310

Alenquer 234 233 228 220

Arruda dos Vinhos 77 74 81 67

Azambuja 124 124 145 111

Bombarral 92 87 102 82

Cadaval 102 103 107 93

Caldas da Rainha 319 307 318 290

Lourinhã 197 192 182 169

Nazaré 86 85 109 81

Óbidos 2 2 4 2

Óbidos (Ilhas ecológicas) 590 565 420 393

Peniche 209 211 235 191

Rio Maior 120 117 123 112

Sobral de Monte Agraço 59 57 58 53

Torres Vedras 464 458 528 431

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reduzir custos associados à gestão dos resíduos indiferenciados. Em 2014 foram entregues diretamente no aterro sanitário do Oeste e nas seis estações de transferência 165.098 t de resíduos indiferenciados que têm origem na sua quase totalidade nas recolhas efetuadas pelos municípios. Verificou-se um acréscimo de 2,5% no total das entregas desta tipologia de resíduos relativamente ao ano anterior.

iii. Pontos fortes e fracos do modelo instalado

Uma reflexão sobre os aspetos fortes e fracos do modelo técnico de tratamento e valorização de resíduos da Valorsul poderá sublinhar o seguinte:

Pontos Fortes

1. Sistema Multimunicipal com 20 anos de experiência na gestão de resíduos sólidos urbanos;

2. Modelo técnico desenhado com base no princípio da hierarquia de gestão dos resíduos que a política e a legislação nessa matéria devem respeitar a seguinte ordem de prioridades, relativamente às opções de prevenção e de gestão de resíduos: a) Prevenção e redução; b) Preparação para a reutilização; c) Reciclagem; d) Outros tipos de valorização; e) Eliminação;

3. Empresa económica e financeiramente equilibrada, com cobertura integral de custos, praticando tarifas que asseguram a acessibilidade económica ao serviço;

4. Existência de um leque completo de infraestruturas implantadas e geridas de acordo com as melhores técnicas disponíveis e de elevado desempenho ambiental;

5. Fontes de receitas diversificadas (tarifas, vendas de recicláveis, vendas de energia) que proporcionam o equilíbrio financeiro. A Valorsul é um sistema que apresenta bons resultados financeiros, nomeadamente no que se refere ao indicador EBITDA. Em 2014, o volume de negócios da empresa foi equivalente a 52,8 milhões de euros e o EBITDA atingiu o valor de 12,8 milhões de euros;

6. Recursos humanos qualificados;

7. Elevada capacidade de concretizar projetos de investimento.

Pontos Fracos

1. Existência de entidades distintas com a responsabilidade de recolha seletiva e indiferenciada na região Oeste que pode condicionar a otimização de meios;

2. Assimetria entre a região de Lisboa e região do Oeste no que diz respeito aos indicadores de valorização de resíduos e utilização de aterro;

3. Dificuldade de escoamento de alguns produtos designadamente agregado;

4. Elevado afastamento à meta de recolha seletiva cujo cumprimento depende fortemente de fatores exógenos (população, fatores socioeconómicos)

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OBJETIVOS E METAS NACIONAIS - 3

O PERSU 2020 é, presentemente, o instrumento de referência no setor da gestão de resíduos em Portugal Continental, que estabelece os objetivos e metas específicos por sistema de gestão de RU no período 2014 a 2020 (na prática 2015-2020), bem como as medidas que orientam a sua execução. Apresentam-se no Quadro 3 as metas de gestão de RU estabelecidas no PERSU 2020, aplicáveis à Valorsul.

Quadro 3 - Objetivos e metas PERSU 2020 para a Valorsul

Objetivos Meta Contexto

Prevenção da produção e perigosidade dos RU

2016

7,6% de redução da produção de RU em relação a 2012 (ano referência)

Nacional

2020 10% de redução da produção de RU em relação a 2012

Aumento da preparação para reutilização, reciclagem e da qualidade dos recicláveis

Retomas de recolha seletiva (kg/capita.ano) 49 Valorsul

Mínimo de preparação para reutilização e reciclagem (% de RU recicláveis)

42% Valorsul

Redução da deposição de RU em aterro

Máxima deposição de RUB em aterro (% de RUB produzidos)

10% Valorsul

Por seu lado, apresentam-se de seguida, no Quadro 4, as metas intercalares para o cumprimento de cada um dos objetivos acima, conforme definido pelo Despacho n.º 3351/2015, de 1 de abril, do Sr. Secretário de Estado do Ambiente. Estes valores são igualmente apresentados na tabela de dados do Anexo II do presente documento.

Quadro 4 - Metas intercalares 2016-2020

Metas 2016 2017 2018 2019 2020

Preparação para reutilização e reciclagem 21% 21% 22% 33% 42%

Deposição de RUB em aterro 23% 23% 23% 16% 10%

Retomas com origem em recolha seletiva (plástico, metal, P&C e vidro)

40 42 44 47 49

Sublinha-se que as metas da tabela em questão foram definidas assumindo uma redução de resíduos de -10% em 2020 em relação a 2012, tendo em conta o previsto no plano estratégico.

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Sobre o assunto, e apesar do tema ser de caráter nacional e não se encontrar particularizado por sistema, conclui-se que apenas com a utilização daquele pressuposto é possível ir ao encontro das metas definidas para a Valorsul. No caso, por exemplo, da produção de RU em 2020 ser igual à produção verificada em 2014, o valor atingido em 2020 será de 39% na preparação para reutilização e reciclagem, em detrimento do valor de 42% previsto naquele documento estratégico. Naquela situação, o esforço exigido, em termos de valorização orgânica, teria de ser ainda superior em valor absoluto.

O Quadro 5 apresenta a distribuição das taxas de esforço para o cumprimento das metas, conforme metodologia utilizada para apuramento das metas intercalares pelo Grupo de Apoio à Gestão do PERSU 2020 (GAG), que foi comunicada à Valorsul em 5-março-2015.

Quadro 5 - Evolução da taxa de esforço 2015-2020

Metas 2013-2015 2016 2017 2018 2019 2020

Retomas de recolha seletiva (kg/hab.ano) 10% 10% 10% 20% 30% 20%

Preparação para reutilização, reciclagem e qualidade dos recicláveis (%)

10% 10% 10% 20% 30% 20%

Redução da deposição de RU em aterro (%) - - - 0% 50% 50%

Relativamente à evolução da taxa de esforço, segundo os valores acima para cada meta, acrescenta-se o seguinte:

Retomas de recolha seletiva

Para o cumprimento da meta de recolha seletiva não basta realizar investimentos em meios de recolha e triagem. O grau de adesão da população será um fator crítico para o sucesso no cumprimento desta meta, para o que será fundamental acompanhar o investimento com campanhas e ações de sensibilização, identificando a melhor forma de obter essa adesão.

Neste sentido, entende-se que os resultados das campanhas e/ou ações estarão mais consolidados algum tempo após a sua realização e implementação intensiva no terreno, pelo que o pico do retorno será expectavelmente atingido nos anos 2019 e 2020.

Aumento da preparação para reutilização, da reciclagem e da qualidade dos recicláveis

À semelhança do referido para a meta anterior, considera-se que será expectável que os resultados das ações a implementar sejam visíveis nos anos 2019 e 2020, no caso desta meta em particular, também pelo encaminhamento para valorização orgânica assumir expressão com o início da operação do TMB no 3º trimestre de 2019.

Redução da deposição de RU em aterro

Para a concretização desta meta não poderá ser admitido um esforço anterior à entrada em funcionamento das novas infraestruturas de valorização. Não se perspetivando a entrada em funcionamento do TMB de

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120 kt, a implementar pela Valorsul, antes do ano 2019, o esforço para o cumprimento dessa meta ficará naturalmente concentrado nesses dois últimos anos.

MEDIDAS E CALENDARIZAÇÃO - 4

Para o cumprimento das metas ambiciosas apresentadas no capítulo anterior no ano horizonte de 2020, será necessária a realização de um conjunto de ações, ao nível de dotação de meios, de infraestruturação e de coordenação com a ação dos municípios, em particular em matéria de recolha seletiva mas também no desvio para valorização orgânica. Nesse âmbito, descrevem-se de seguida as ações e os meios relativos à execução de cada meta, bem como quem estará diretamente envolvido e dificuldades e necessidades associadas a cada medida.

4.1. Prevenção da produção e perigosidade A primeira opção da hierarquia de gestão de resíduos é encarada pela Valorsul como prioridade de comunicação dedicada à alteração de comportamentos por parte dos cidadãos. Esta prioridade nacional, que tem como objetivo reduzir em 10% a produção de resíduos em 2020 em relação ao verificado em 2012, terá como eixos de ação iniciativas que conjugam o plano técnico e de comunicação como aliados inseparáveis.

Sublinha-se, contudo, que o cumprimento desta meta extravasará a atuação de cada sistema de gestão de resíduos, pelo que se considera indispensável a existência de uma coordenação nacional que seja potenciadora das sinergias de cada organização, de forma que o contributo de cada parte interessada/responsável seja mais do que a soma das partes, mas uma estratégia nacional concertada para o mesmo objetivo – prevenção da prevenção e perigosidade.

Enquanto organização, a Valorsul definiu um conjunto de ações que considera como “alavancas” para o alcançar do objetivo em parceria com os 19 municípios da sua área de intervenção no período 2015-2020:

a. Implementação de programas de compostagem doméstica que contemplam a oferta de compostores. Pretende-se captar cerca de 4.000 novas famílias promovendo uma redução da produção estimada em ~1.000 t. Recorda-se que o programa de compostagem doméstica já desenvolvido pela Valorsul na região Oeste, desde 2007, abrange cerca 4.400 famílias;

b. Definição de parcerias e iniciativas com entidades já existentes na sociedade com trabalho meritório, no âmbito de ações de redução do desperdício alimentar, com um maior foco direcionado ao sector da restauração;

c. Promoção e ativação do programa de consultoria gratuita (já existente) Menos Lixo, Mais Futuro, que promove a implementação de um adequado plano de gestão de resíduos por parte das organizações;

d. Divulgação de campanha dedicada à receção de pequenas quantidades de resíduos perigosos (PQRP) existentes nos resíduos urbanos;

e. Promoção de parcerias e ações de comunicação dedicadas à reparação e reutilização de monos, de resíduos elétricos e electrónicos, têxteis (entre outros) que permitam aliar a componente ambiental e social;

f. Aumentar as ações desenvolvidas no âmbito da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos (novembro) e da iniciativa Vamos Limpar a Europa (maio) e promover eventos sobre o mesmo tema, garantindo que a sua organização tem a prevenção e a gestão de resíduos como preocupação e eixo de atuação.

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4.2. Aumento da preparação para reutilização, da reciclagem e da qualidade de recicláveis

Para o cumprimento das duas metas definidas no âmbito do objetivo acima, designadamente a preparação para reutilização e reciclagem e a reciclagem de resíduos de embalagem, será necessário desenvolver ações nos domínios da recolha seletiva na região Oeste e na região Lisboa, na otimização dos centros de triagem e na valorização orgânica. Dado que a valorização orgânica tem igualmente influência no cumprimento da meta da deposição de RUB em aterro, as medidas associadas a esta serão referidas nesse ponto.

4.2.1. Recolha seletiva na região Oeste

Tendo em conta as características geográficas e de ocupação do território das duas regiões, para o cumprimento da meta de retoma de 49 kg/hab.ano, assumiu-se a realização de um esforço diferenciado de recolha entre a região Lisboa e a região Oeste, cabendo à primeira um contributo maior.

Assumindo esse pressuposto, a recolha seletiva no Oeste em 2020 deverá ser de cerca de 16.300 t para se cumprir o contributo que esta região dará para a meta da retoma de recolha seletiva. Para se atingir esse quantitativo, os eixos de atuação para o incremento das quantidades serão feitos ao nível de:

1. AÇÃO 1: Reforço da rede de ecopontos para incrementar o grau de cobertura (passar de um valor de 188 habitantes/ecoponto (ano 2013) para 140 habitantes/ecoponto (ano 2020)

Considerando o objetivo de atingir, em 2020, a cobertura de 140 hab/ecoponto nas zonas servidas por ecopontos, bem como a transferência de população para as zonas servidas por ilhas ecológicas, calcularam-se os ecopontos completos (EPV – embalagens de plástico e metal, papel/cartão e vidro) a instalar por município e a quantidade destes a instalar e retirar, sendo necessários injetar no sistema, um total de 147 ecopontos completos, existindo municípios em que terá que se retirar ecopontos, dado que passarão a ser parcialmente recolhidos por ilhas ecológicas. O reforço na recolha seletiva de ecopontos irá abranger uma população de 331.185 habitantes distribuídos por 13 municípios e por uma área de 2073 km2 prevendo-se um aumento na capitação de recolha de 27 kg/hab.ano para 30,5 kg/hab.ano;

2. AÇÃO 2: Reforço de áreas cobertas por contentorização em ilhas ecológicas para garantir proximidade (cobertura de 20 habitantes/ilha ecológica em 2020)

No caso das ilhas ecológicas considerou-se que para atingir a capitação de 65,5 kg/hab/ano será necessário garantir a cobertura de 20 hab/ilha ecológica, como se verifica presentemente na zona similar já recolhida em Óbidos. Considerando também a transferência de população das zonas servidas por ecopontos, calcularam-se as ilhas ecológicas a instalar por município e a quantidade destas a instalar, o que representa um adicional de 3583 ilhas completas e a aquisição de 2 viaturas. O reforço na recolha seletiva através de ilhas ecológicas irá abranger uma população de 70.921 habitantes distribuídos por 8 municípios e por uma área de 682 km2 prevendo-se uma capitação de recolha 65,5 kg/hab.ano;

3. AÇÃO 3: Lavagem de contentores

Considera-se importante assegurar a lavagem de ecopontos e ilhas para manter uma boa qualidade de serviço aos utilizadores e promover a adesão ao mesmo.

Previsivelmente, o volume de trabalho será proporcional ao tamanho do parque de contentores instalado em 2020. Uma manutenção de contentores eficaz prolonga o tempo de vida de um contentor em vários anos, o que diminui a longo prazo os custos de investimento para reposição de

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contentorização danificada. Assim, será necessário contemplar meios para proceder às trocas de equipamentos danificados por outros funcionais, e também para proceder à sua reparação em oficina tendo sido também considerada para o efeito a aquisição de 2 viaturas de lavagem de contentores;

4. AÇÃO 4: Recolha seletiva por serviço de proximidade, preferencialmente em estabelecimentos de comércio, serviços e restauração e reforço de recolha em eventos

O objetivo desta ação é iniciar um serviço de recolha de proximidade, baseado na contratação pela Valorsul de uma prestação de serviços, suportado por uma linha telefónica e implementado nos centros urbanos, que possa ultrapassar as limitações inerentes à colocação de mais contentorização convencional, e permita captar a produção de pequenos e médios produtores de comércio, serviços e da restauração.

Paralelamente, importa renovar a frota de 14 veículos de caixa aberta (com taipais altos em rede e com peso bruto de 7,5 t), atribuídas aos municípios do Oeste, em fim de vida após oito anos de serviço, de forma a garantir e incrementar a recolha das quantidades que já são entregues pelos municípios diretamente no CTRO. Esta frota contribuirá também para apoiar as iniciativas que são desenvolvidas pela Valorsul com os serviços municipais junto da população escolar e nos eventos de menor dimensão;

5. AÇÃO 5: Criação de pontos de transferência de recicláveis nas Estações de Transferência existentes, por forma a otimizar a execução dos circuitos de recolha seletiva

O aumento de quantidades de recicláveis a recolher implica um aumento da logística associada, que se caracterizará por um sistema de recolha mais denso face ao aumento das taxas de cobertura de contentorização. Isto terá como consequência que, comparativamente ao que se passa presentemente, a distância de viagem de um circuito ganhará maior peso relativo, face à distância de recolha desse mesmo circuito.

Neste contexto, a possibilidade de descarga das viaturas de recolha seletiva nas estações de transferências, baseada na utilização de contentores em mesa, acopláveis a compactadores fixos dotados de tremonha, ganha particular importância na poupança de quilómetros percorridos e no aumento das disponibilidades da viatura e da equipa para a atividade de recolha propriamente dita.

Assim, será ponderado o cenário de requalificação e adequação de meios nas estações de transferência (eventualmente ET Óbidos e ET Nazaré) para a receção direta dos circuitos de recolha seletiva, compactação e transferência “em alta” para o CTRO.

4.2.2. Estação de Transferência de Torres Vedras A fusão do sistema multimunicipal da região de Lisboa (Norte), a Valorsul, e do sistema multimunicipal da região do Oeste, a Resioeste, em 2010, resultou num sistema muito ampliado territorialmente e em valências de tratamento. Nesse âmbito, a implementação desta estação de transferência (ET) permitirá conferir flexibilidade à gestão do tratamento e valorização dos resíduos no sistema, em particular do município que tem a maior produção de resíduos dos municípios da região Oeste.

A localização geográfica deste município permite o encaminhamento de resíduos, de forma idêntica em termos logísticos, tanto para as unidades da região Oeste como para as unidades da região Lisboa.

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Esta ET, à semelhança das que se encontram presentemente em operação, integrará uma área de ecocentro, servindo assim de apoio à recolha seletiva, nomeadamente como ponto de transferência nos moldes descritos na ação 5 descrita do ponto anterior, contribuindo também para a criação de condições que promovam o aumento de quantitativos de recolha seletiva, no âmbito da meta definida

4.2.3. Recolha seletiva na região Lisboa

A recolha seletiva trifluxo nesta região é da responsabilidade dos municípios (Amadora, Lisboa, Loures/Odivelas e Vila Franca de Xira), pelo que as medidas a executar para o cumprimento das metas do PERSU 2020 serão articuladas com eles, neste domínio em particular.

Tendo em consideração o referido no capítulo 4.2.1. Recolha seletiva no Oeste, relativamente à quantidade a recolher nessa região, na região Lisboa será necessário recolher cerca de 67.800 t em 2020 (cf. Quadro 6), por forma a ser atingido o valor de capitação definido no PERSU 2020 para a Valorsul, 49 kg/hab.ano, referido no capítulo 3 deste Plano.

Quadro 6 - Previsão dos quantitativos de recolha seletiva trifluxo em 2020

Lisboa Loures/Odivelas Amadora VF Xira Total região Lisboa

2020

Previsão TOTAL RU (t) 250.709 117.401 62.224 44.802 475.136

Recolha seletiva (t) 43.122 12.914 6.845 4.928 67.809

Do contacto com os municípios resultou um conjunto de medidas, essencialmente referentes à aquisição de viaturas de recolha, meios de deposição (contentorização diversa), e estudos e tecnologias necessárias à aplicação de um sistema PAYT.

No que se refere aos investimentos previstos nos planos de ação, constata-se que:

i) a Câmara Municipal de Lisboa prevê o alargamento da recolha seletiva porta-a-porta, a aquisição de viaturas de recolha, a introdução de novas tecnologias no sistema de gestão de remoção e a implementação de um sistema “PAYT”;

ii) os SIMAR Loures e Odivelas preveem o reforço e melhoria do sistema de deposição seletiva, indicando como investimentos o reforço na contentorização e viaturas de recolha;

iii) o Município da Amadora visa o aumento da reciclagem e da quantidade dos recicláveis, através do investimento em contentorização e viaturas de recolha. Prevê ainda a implementação da recolha seletiva porta-a-porta e a introdução de novas tecnologias no sistema de gestão de remoção e estudar a viabilidade do sistema “PAYT” numa zona piloto do concelho;

iv) o Município de Vila Franca de Xira prevê a implementação de um centro de transferência de resíduos, obra de requalificação e aquisição de caixas de receção de resíduos, o aumento da reciclagem e da quantidade dos recicláveis, considerando como investimentos a renovação e aquisição de equipamentos de deposição seletiva e aquisição de viaturas de recolha.

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A implementação do conjunto de medidas descritas é determinante para que os municípios da região de Lisboa possam alcançar uma maior eficiência na gestão dos resíduos urbanos e, dessa forma, contribuírem para o cumprimento das metas da Valorsul.

As medidas em questão serão desenvolvidas em maior detalhe por cada um dos municípios no âmbito dos respetivos Planos de Ação.

4.2.4. Estação de transferência da região de Lisboa

A Valorsul encontra-se a estudar a construção de uma Estação de Transferência para a região de Lisboa e que irá servir os municípios de Lisboa, Amadora e Odivelas, tendo por base os estudos já desenvolvidos pelo município de Lisboa e pela Valorsul.

A existência de uma Estação de Transferência na região de Lisboa, que sirva em particular os municípios de Lisboa, Amadora e Odivelas, permitirá uma maior flexibilidade na gestão da recolha, tratamento e valorização dos resíduos para todo o sistema, permitindo uma maior disponibilidade dos meios para fazer face ao cumprimento de metas do PERSU 2020.

Face à complexidade da matéria, à necessidade de articulação entre os Planos de Ação da Valorsul, da Câmara Municipal de Lisboa e dos restantes municípios envolvidos, bem como a definição final do modelo técnico, não foi possível finalizar este trabalho de modo a integrá-lo no presente Plano de Ação.

Caso seja acordado e aprovado o projeto para a construção da referida Estação de Transferência, bem como do montante de investimento que lhe vier a ser associado, será submetida toda a informação relevante sobre esta questão.

4.2.5. Otimização dos Centros de Triagem

Sendo o aumento da qualidade dos materiais retomados e valorizados uma das medidas definidas no PERSU 2020, é relevante considerar a otimização dos processos de triagem e o acerto das capacidades das instalações existentes, o qual é, inclusivamente, considerado como prioridade de financiamento na articulação do Plano com o período de programação 2014-2020.

Deste modo, considerou-se a execução das seguintes ações:

1. AÇÃO 1: Aumento da capacidade e otimização da linha de embalagens do Centro de Triagem de Lisboa (CTE)

A implementação desta ação irá permitir dar resposta às necessidades acrescidas de processamento de materiais de embalagem na instalação, pelo aumento da capacidade da linha de embalagens para 6,5 t/h, em 2 turnos de operação (evitando assim a criação do 3º turno, com as desvantagens inerentes ao nível de custos de pessoal, desgaste dos equipamentos e ruído ambiente noturno para a envolvente);

2. AÇÃO 2: Otimização da linha de planos do CTE

Este investimento tem como objetivo dotar esta parte da linha de processamento de equipamentos (de separação ótica ou outra), que permitam a separação automática do filme plástico e papel/cartão, e a separação e posterior encaminhamento para a linha dos rolantes, dos materiais desta natureza que ainda existem neste fluxo. Esta intervenção irá permitir aumentar a taxa de valorização de materiais do CTE, maximizando o envio de materiais para reciclagem.

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3. AÇÃO 3: Melhorias na linha de embalagens do Centro de Triagem do Oeste (CTO)

Esta ação vai permitir garantir a capacidade de projeto de 4t/h e aumentar a eficiência de separação de materiais, bem como garantir disponibilidade da linha para outras utilizações (por ex. apoio à componente de TM do TMB previsto para a Valorsul), em termos de turno.

4.2.6. Comunicação

No âmbito da comunicação e educação ambiental dedicada ao aumento das taxas de reciclagem e qualidade de recicláveis, a Valorsul considera, uma vez mais, indispensável uma coordenação e campanha nacional que permita potenciar o esforço que todas as partes interessadas se propõem desenvolver.

Ao nível regional, a Valorsul procurará promover uma equipa de projeto e grupos de trabalho com os municípios, outros sistemas de gestão de resíduos e entidades gestoras (de embalagens ou fluxos específicos).

Enquanto organização, a Valorsul definiu um conjunto de ações que considera como “alavancas” para o alcançar do objetivo, em parceria com os 19 municípios da sua área de intervenção no período 2015-2020:

a. Expansão do Programa Ecovalor, um programa de educação ambiental dedicado em exclusivo à comunidade escolar, que contempla ações para todos os níveis de ensino e uma relação direta com a correta deposição de embalagens produzidas em contexto escolar;

b. Implementação da ação Dia do Papel, uma campanha regular de recolha de papel e cartão (que considera a possibilidade de articulação com organizações de cariz social);

c. Expansão do programa Ecoeventos, um programa destinado à implementação e certificação de eventos sustentáveis, em que a componente de recolha seletiva é assegurada;

d. Implementação de uma campanha dedicada à produção de embalagens em feiras;

e. Implementação de um programa dedicado ao canal HORECA, especialmente vocacionado para a recolha seletiva de embalagens;

f. Implementação de um programa de recolha seletiva dedicado a instituições de cariz social (IPSS, Corporações de Bombeiros, entre outros);

g. Promoção e avaliação do programa Pega Lixo, com o objetivo de garantir a recolha seletiva com padrões de qualidade elevados em urbanizações de grande porte;

h. Implementação de sinalética uniformizada ao nível nacional em todos os contentores destinados a resíduos urbanos (de origem seletiva ou indiferenciada), de modo a permitir uma mais fácil identificação dos suportes onde estes resíduos devem ser depositados;

i. Definição de um sistema de indicadores e avaliar as ações desenvolvidas na perspetiva da melhoria contínua, com recursos internos e externos;

j. Implementação uma linha telefónica dedicada à recolha seletiva porta-a-porta nos 14 municípios do Oeste, numa campanha dedicada e exclusiva que será imputada à entidade que desenvolver esta atividade em regime de outsourcing;

k. Implementação de ações de sensibilização específicas em zonas pré-definidas da onde seja efetuada uma alteração do sistema de deposição;

l. Definição e implementação de canais de informação e feedback à população quanto ao desempenho alcançado;

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m. Expansão do Programa +Valor, um programa dedicado à recolha seletiva de matéria orgânica em grandes produtores.

4.3. Redução da deposição de RU em aterro A componente de valorização orgânica tem um peso significativo no cumprimento de duas metas do PERSU 2020: a referente ao aumento para a preparação para reutilização, para reciclagem e da qualidade dos materiais, e a referente à redução da deposição de RU em aterro.

O seu nível de investimento é igualmente muito elevado, uma vez que resulta na instalação de uma nova unidade, o que tornam as ações associadas a esta medida como determinantes no plano de investimento associado à implementação do PERSU 2020.

4.3.1. Valorização orgânica | TMB

Conforme referido na pág. 52, ponto 194, e apresentado na tabela 8 do PERSU 2020, “(…) o aumento de valorização orgânica necessário ao cumprimento das metas nacionais poderá ser conseguido (…) e através da instalação de um equipamento de tratamento mecânico e biológico na Valorsul.”.

A capacidade desta instalação é de 120 mil t/ano, tendo como pressupostos do PERSU que 54% da receção é valorização orgânica, 7% são retirados como recicláveis, sendo o restante refugo, 39% (46,800 t/ano).

O TMB destinar-se-á preferencialmente à receção de resíduos da região Oeste, uma vez que são atualmente encaminhados maioritariamente para aterro, à exceção de cerca de 25.000 t/ano encaminhadas para o TMB da Valorlis.

A tecnologia de tratamento desta unidade não está ainda definida, contudo, a mesma terá em conta os requisitos de valorização orgânica definidos no PERSU 2020.

Sem prejuízo do referido acima, prevê-se um período de 4 anos até à entrada em testes da unidade, atendendo à elaboração de estudos de avaliação de alternativas, estudo prévio, projeto, avaliação de impacte ambiental e licenciamento ambiental, contratação e obra. Estima-se, a esta data, a entrada em operação no 3º trimestre de 2019.

4.3.2. Valorização orgânica | Compostagem de resíduos verdes

A identificação, em conjunto com os municípios da região Lisboa, de um fluxo de resíduos verdes provenientes da limpeza e manutenção de jardins municipais, com potencial para ser entregue de forma separada, levanta a possibilidade destes resíduos serem tratados de forma ambientalmente mais adequada, através de compostagem dedicada.

A capacidade da instalação será de 8.000 t/ano, as quais serão entregues pelos municípios, tendo os municípios de Amadora e Lisboa vindo a demonstrar grande interesse nessa possibilidade de entrega, contribuindo no seu conjunto com 6.500 t/ano.

A área disponível para a implantação do projeto situa-se em frente à portaria da ETVO, já fora da área vedada da instalação.

A instalação de compostagem de resíduos verdes compreenderá as operações discriminadas do diagrama seguinte:

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Escoamento e valorização económica de escórias

A Valorsul produz, e pode colocar no mercado, as escórias de incineração valorizadas como agregado artificial, produto aplicável na sub-base de vias rodoviárias, o que implicou a realização de um conjunto de ensaios e a implementação de um Sistema de Controlo de Produção em Fábrica do produto Agregado, de acordo com os requisitos estabelecidos na norma harmonizada dos agregados NP EN 13242:2002+A1:2010. Este sistema foi auditado, por um organismo notificado, tendo sido emitido o respetivo Certificado de Conformidade de Controlo de Produção em Fábrica, que permite à Valorsul emitir a Declaração de Desempenho do Agregado 0/31,5 e colocar a Marcação CE no produto.

4.5. Incremento da eficácia e capacidade operacional do sistema/município De acordo com o PERSU 2020 “o papel dos sistemas de gestão de resíduos urbanos e dos municípios e a articulação entre si é assim fundamental para a operacionalização e concretização dos objetivos e medidas, assumindo particular relevo neste contexto a recolha seletiva de resíduos, que carecerá de um esforço significativo com vista ao cumprimento das metas estabelecidas e em que o papel dos municípios é essencial, designadamente no que respeita à proximidade e interface com o utilizador, sensibilização e gestão e conhecimento do território.”

Deste modo, segundo o mesmo documento, “subsistem assim vários desafios, como sejam a promoção de economias de escala e de gama, a simplificação, articulação e harmonização progressiva da informação e reporte de dados e a definição das condições de acesso aos novos programas de financiamento, pelo que o incremento da eficácia e capacidade institucional e operacional do setor contempla 33 medidas a executar durante o período de vigência do PERSU 2020. As medidas associadas a este objetivo visam dar suporte ao cumprimento das quatro metas nacionais estabelecidas no Plano.”

Face ao exposto, é intenção da Valorsul dar continuidade à partilha de sinergias com os municípios acionistas, num quadro de estreita articulação de esforços, com vista ao cumprimento dos objetivos de recolha seletiva e de concretização das medidas enunciadas no PERSU 2020 da responsabilidade do SGRU.

4.6. Investigação e desenvolvimento A Valorsul aposta na investigação e desenvolvimento, tendo participado em diversos projetos. É de realçar a participação da empresa no projeto “Valorgas – Valorisation of foodwaste to biogas”, no âmbito do 7.º Programa-Quadro da UE, que incidiu sobre o estudo de diversos esquemas de digestão anaeróbia de resíduos orgânicos provenientes de recolha seletiva, com vista à maximização da produção de biogás e utilização para aproveitamento energético e combustível. Os resultados obtidos no projeto Valorgas geraram diversas publicações de artigos em revistas científicas (mais informação sobre o projeto em http://www.valorgas.soton.ac.uk/).

Faz-se também referência à participação da Valorsul no projeto de I&D “Guia de Resíduos Urbanos – Indicadores de Desempenho Técnico, Económico e Social”, que teve como âmbito a publicação de um guia técnico para utilização por profissionais e decisores na área da deposição, recolha e transporte de resíduos urbanos. A coordenação do projeto foi da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa, e teve como parceiros a Valorsul, a Lipor, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.

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De referir ainda o projeto de investigação, em parceria com o Instituto Superior Técnico, sobre a caracterização e valorização de escórias de incineração de resíduos urbanos. O projeto visa a valorização de vidro e metais presentes nas escórias, otimizando a valorização já existente, e decorrerá no ano 2015.

Assinala-se também a participação da empresa na preparação de propostas de três projetos distintos de I&D que foram objeto de candidatura a financiamento da Fundação da Ciência e Tecnologia (FCT) no início de 2015.

No âmbito do cumprimento das metas do PERSU 2020, nomeadamente no esforço para a melhoria da eficiência e da eficácia da gestão de RU, perspetiva-se a utilização de software especificamente desenvolvido para a otimização da recolha de ecopontos, com foco prioritário nos contentores do vidro que estejam cheios, bem como para o apoio à gestão de circuitos de recolha de proximidade, associados a um serviço de atendimento telefónico.

INVESTIMENTOS - 5

Em conformidade com os capítulos anteriores, apresentam-se, de seguida, os investimentos necessários para cumprir a estratégia, na expectativa do seu financiamento pelo POSEUR, especialmente os que mais contribuem para as metas estabelecidas, como os relacionados com a valorização orgânica e multimaterial.

Não obstante o período do PERSU 2020 contemplar os anos de 2015 a 2020, existem dificuldades em estimar as necessidades de investimento em todas as infraestruturas de tratamento e valorização de RU para um período tão longo, razão pela qual o quadro seguinte apresenta apenas dados para o período 2015-2018, período coincidente com o período regulatório que se avizinha.

Quadro 7 - Plano de Investimentos 2015-2018

€ mil 2015P 2016P 2017P 2018P Total 2015-2018

Aterro 1.302 2.996 2.657 985 7.940

Biogás de Aterro 420 1.499 500 259 2.678

Tratamento Mecânico e Biológico 0 180 5.885 15.035 21.100

Triagem de Recolha Seletiva 1.044 1.652 2.817 259 5.771

Recolha Seletiva Multimaterial 936 2.449 2.880 565 6.830

Unidades de CDR 0 0 0 0 0

Estações de Transferência 210 1.178 1.184 25 2.597

Transportes 405 30 270 171 875

Tratamento biológico 626 2.609 1.137 129 4.501

Incineração 3.102 618 1.553 3.523 8.795

Outros Fluxos e Ecocentros 0 0 0 0 0

ETAL/ETAR 0 0 0 0 0

Outros Investimentos Diversos 4.291 1.145 105 58 5.599

Total investimento 12.337 14.355 18.986 21.009 66.686

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CONCLUSÕES - 6

Sendo o Plano ambicioso e com um período temporal de implementação muito curto, de apenas 6 anos, a chave do seu sucesso depende quer de fatores exógenos quer endógenos.

No que diz respeito aos fatores endógenos, realça-se a absoluta necessidade de financiamento dos investimentos, quer para a Valorsul quer para os Municípios acionistas, nos montantes identificados no capítulo 5. No caso dos investimentos de cariz municipal, os mesmos serão devidamente detalhados nos respetivos Planos de Ação a elaborar por aquelas entidades.

Como fator exógeno, é de realçar, nos domínios da recolha seletiva e da prevenção da produção dos resíduos, a componente comportamental do cidadão, que tem uma grande influência no alcance dos objetivos, dado que o retorno de ações não é imediato, sendo esta uma componente em que à atuação dos sistemas, em matéria de sensibilização ambiental, não está associado um resultado direto.

Através da análise dos valores obtidos para as metas intercalares, é possível constatar a elevada contribuição do TMB para o cumprimento das metas associadas à i) preparação para reutilização e reciclagem e ii) à deposição de RUB em aterro, sendo notória essa variação em 2019, mas principalmente em 2020, em que se considera uma capacidade operacional de 100%.

No horizonte 2015 a 2018, a Valorsul prevê a realização de cerca de 66,7 M€ de investimento de modo a assegurar a continuidade de operação do seu Sistema bem como para implementar as ações preconizadas neste Plano de Ação.

A não aprovação dos montantes de investimento identificados neste Plano, em sede de candidatura a fundos comunitários, pode condicionar o cumprimento dos objetivos atribuídos à Valorsul para 2020.

Sublinha-se igualmente que as verbas de investimento a declarar pelos municípios pertencentes ao sistema da Valorsul são, do mesmo modo, condicionantes do sucesso do cumprimento do plano tendo em conta que, por exemplo, na região de Lisbo,a a atividade de recolha seletiva multimaterial é da responsabilidade dos municípios. Deste modo, o cumprimento da meta de retoma de recolha seletiva é fortemente condicionada por esse aspeto.

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ANEXO I. CRONOGRAMA GERAL DE AÇÕES

ANEXO II. TABELA DE DADOS

ANEXO III. FLUXOGRAMA DE BALANÇO DE ENTRADAS E SAÍDAS

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ANEXO I. CRONOGRAMA GERAL DE AÇÕES Atividades Prevenção da produção e perigosidades Aumento da preparação para reutilização, da reciclagem

Designação Prevenção da produção e perigosidade Recolha Seletiva Oeste – reforço

ecopontos

Recolha Seletiva Oeste – expansão ilhas ecológicas

Recolha Seletiva Oeste – lavagem

contentores

Recolha Seletiva Oeste – recolha de proximidade por telefone,

reforço de recolha em eventos, renovação frota viaturas caixa

aberta municípios

Recolha Seletiva Oeste – criação de pontos de transferência de

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Estação de Transferência de Torres Vedras

Estação de Trasnferência da região de Lisboa

Descrição

a. Implementação de programas de compostagem doméstica.

b. Definição de parcerias e iniciativas no âmbito de ações de redução do desperdício alimentar;

c. Promoção e ativação do programa de consultoria gratuita (já existente) Menos Lixo, Mais Futuro;

d. Divulgação de campanha dedicada à receção de pequenas quantidades de resíduos perigosos existentes nos resíduos;

e. Promoção de parcerias e ações de comunicação dedicadas à reparação e reutilização de monos, de resíduos elétricos e eletrónicos, têxteis (entre outros) que permitam aliar a componente ambiental e social;

f. Aumentar as ações desenvolvidas no âmbito da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos (novembro) e da iniciativa Vamos Limpar a Europa (maio)

Aumento da cobertura de

ecopontos para 140

hab/ecoponto

Aumento da cobertura de ilhas

para 20 hab/ecoponto

Lavagem da contentorização

instalada em 2020

Serviço de recolha de proximidade, suportado por uma

linha telefónica e direcionado para os grandes centros urbanos, que possa

ultrapassar as limitações inerentes à colocação de mais

contentorização convencional, e permita abraçar a produção dos pequenos e grandes produtores

tipo comércio e restauração. Em paralelo é necessário renovar a

frota de 14 veículos de caixa aberta aribuídos aos 14 municípios

da região.

Possibilidade de descarga das viaturas de recolha seletiva nas

estações de transferências, baseada na utilização de contentores em mesa,

acopláveis a compactadores fixos dotados de tremonha

otimização da gestão de destino final que este local de transferência permitirá

às unidades do sistema

otimização da gestão de destino final que este local de

transferência permitirá às unidades do sistema

População abrangida pela acção (hab) 1.594.642 331.185 70.921 402.106 172.010 - 79.201 n.d.

Área abrangida pela acção (município/km2) 19 municípios e 3391 km2 13 municípios e

2073 km2 8 municípios e

682 km2 14 municípios e

2755 km2 14 municípios e 42 km2 - 1 município e 407 km2 n.d.

Efeitos previsíveis em termos de capitação de

recolha (kg/hab.ano) - 27, 0 -> 30,5 65,5 -> 65,5 - 3,95 -> 3,95 - - -

Efeitos previsíveis em termos de capitação de

retoma (kg/hab.ano) - - - - - - - -

Prazo/calendário da ação 4 anos - 2016 a 2019 4 anos - 2016 a 2019 4 anos - 2016 a 2019 4 anos - 2016 a 2019 4 anos - 2016 a 2019 4 anos - 2016 a 2019 2017 a 2020 (em decisão)

Atividades Aumento da preparação para reutilização, da reciclagem Redução da deposição de RU em aterro

Designação Otimização dos Centros de Triagem -

Aumento da capacidade e otimização da linha de embalagens do CTE

Otimização dos Centros de Triagem - Otimização da linha de planos do CTE

Otimização dos Centros de Triagem - Melhorias de linha de embalagens do

CTO Comunicação Valorização Orgânica - TMB Valorização Orgânica -

Compostagem de resíduos verdes

Descrição

Aumento da capacidade da linha de embalagens do CTE para 6,5 t/h de modo

a possibilitar o processamento dos materiais provenientes da RS da Área da Grande Lisboa em 2 turnos de operação

Dotar esta parte da linha de equipamentos (de separação ótica ou

outra) que permitam a separação automática do filme plástico e

papel/cartão, e a separação e posterior encaminhamento para a linha dos

rolantes, dos materiais desta natureza que ainda existem neste fluxo. Permitirá

aumentar a taxa de valorização de materiais do CTE

Objetivo de garantir a capacidade de projeto da linha de 4t/h e aumentar a eficiência de separação de materiais.

Consiste na substituição do transportador de alimentação à linha, assim como o

aumento da cabine de prétriagem. A nível da cabine de sobretriagem

preconiza-se a ampliação da mesma e a separação dos materiais afluentes por

dois transportadores facilitando a operação de escolha do material

Ações diversas, conforme ponto 4.2.6 do Plano de Ação

TMB de 120 kt a implementar na região do Oeste

Unidade de compostagem de resíduos verdes de 8 kt em terrenos anexos à

ETVO

População abrangida pela acção (hab) 1.185.408 1.185.408 403.630

Área abrangida pela acção (município/km2) 5 municípios e 623 km2 5 municípios e 623 km2 14 municípios e 2755 km2 19 municípios, 3391 km2 14 municípios e 2755 km2 5 municípios e 623 km2

Efeitos previsíveis em termos de capitação de

recolha (kg/hab.ano) 57 57 40 - - -

Efeitos previsíveis em termos de capitação de

retoma (kg/hab.ano) 52 52 CTO - - -

Prazo/calendário da ação 2017 2016 2016 4 anos - 2016 a 2019 3º trimestre de 2019 e 2020 2017

2015 | PAPERSU VALORSUL

26

ANEXO II. TABELA DE DADOS

PAPERSU VALORSUL | 2015

27

ANEXO III. FLUXOGRAMA DE ENTRADAS E SAÍDAS


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