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Ano VIII - N.º 72 | Setembro/Outubro 2010 | DIRECTORA: Dina Trigo de Mira | Maputo - Moçambique

ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE - CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA

Páginas 3 a 5 e centrais

EDITORIAL

Mais um ano lectivo tem início e a nossa Esco-

la está empenhada em promover, cada vez

mais, acções que contribuam para elevar o nível

de qualidade de formação dos nossos alunos.

Para tal, contamos com o envolvimento de alu-

nos, professores, funcionários e encarregados de

educação, a quem cabem diferentes responsabi-

lidades na promoção de um processo de ensino

e aprendizagem que vise a excelência.

É importante a presença continuada dos

encarregados de educação na vida escolar dos

seus educandos, decorrente da responsabilidade

que lhes cabe na sua educação. Os alunos, como

aprendentes empenhados no seu percurso esco-

lar, devem pautar as suas atitudes e comporta-

mentos por princípios e valores como o respeito,

a disciplina, a responsabilidade, a colaboração e

a partilha. Os professores devem desempenhar

o papel de orientadores, mantendo com os alu-

nos uma relação de proximidade afectiva e pres-

tando-lhes a atenção necessária para o progres-

so das suas aprendizagens. Os funcionários, por

seu turno, têm o dever de garantir a limpeza e

higiene dos espaços, bem como apoiar as activi-

dades quotidianas da Escola.

Estejam todos certos, especialmente os que

chegam pela primeira vez à nossa Escola, que

tudo faremos para garantir o vosso bem-estar,

não esquecendo que alcançar as nossas metas

depende da aceitação plena das regras da Esco-

la, bem como do empenho e entrega de cada

um de nós enquanto parceiros da missão educa-

tiva comum.

Desejamos a toda a comunidade escolar um

excelente ano lectivo e que se materializem os

objectivos do Projecto Educativo da EPM-CELP.

DINA TRIGO DE MIRA

PÁTIO DAS LARANJEIRAS

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FORMAÇÃO | Cooperação com Moçambique inaugura modelo de for-mação de formadores; directores de turma aperfeiçoam competên-cias de elaboração de projectos curriculares; alunos aprendem escri-ta dramática e assistentes operacionais fortalecem espírito de equipa

CINEMA | Dockanema revisitou a EPM-CELP e Diana Manhiça teste-munha sua experiência como realizadora

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EFEMÉRIDES | Dia Mundial da Música, Dia Mundial da Alimentação,Centenário da República Portuguesa e, em Moçambique, o Dia daPaz e da Reconciliação Nacional e o Dia das Forças Armadas deLibertação Nacional foram efeméridos assinaladas na EPM-CELP

LEITURA | A Biblioteca Escolar José Craveirinha assinalou o Dia daBiblioteca Escolar e o Mês Internacional das Bibliotecas Escolarescom actividades de rua e visitas guiadas

DESPORTO | Torneio de Judo Inter-Escolas 2010, organizado pelaEPM-CELP, atraiu uma centena de atletas de Maputo

ENTREVISTA | A Directora da EPM-CELP, Dina Trigo de Mira, projecta oano escolar 2010/2011, apontando caminhos e objectivos estratégi-cos

SAÚDE E AMBIENTE | Marcha do Coração da EPM-CELP reuniu pais,filhos e professores. Alunos do “Secundário” informaram-se sobre osefeitos dos fumos da Mozal

OFERTA EDUCATIVA | As ofertas educativas de complemento e extra-curriculares da EPM-CELP para 2010/2011

INFRA-ESTRUTURAS | EPM-CELP melhora segurança e conforto dealguns equipamentos

TEXTO | As propostas críticas da habitual rubrica “Palavra EmpurraPalavra”

“PSICOLOGANDO” | Construir o optimismo e afastar a depressão

ACTIVIDADES | Alunos do 2.º Ciclo visitam a Mozarte e finalistas ofere-ceram às crianças uma festa de fantasia

HALLOWEEN | A festa da fantasia e do terror oferecida pelos alunosdos primeiro e segundo ciclos do ensino básico da EPM-CELP

2010/2011 | As actividades de início do novo ano escolar

Para ler nesta edição

PÁTIO DAS LARANJEIRAS | Revista mensal da EPM-CELP | Ano VIII - N.º 72 | Edição Set/Out 2010Directora Dina Trigo de Mira | Editor António Faria Lopes | Editor-Executivo Fulgêncio Samo |Redacção António Faria Lopes, Teresa Noronha e Fulgêncio Samo | Colaboradores redactoriaisnesta edição Alexandra Melo, Judite Santos, Sara Teixeira, Nuno Domingues, Ana Paula Relvas,Sandra Panascais, Ana Catarina Carvalho e Isabel Cardoso | Grafismo e Pré-Impressão AntónioFaria Lopes, Fulgêncio Samo, Bárbara Marques e Luís Cardoso (1.ª página) | Fotografia FilipeMabjaia, Firmino Mahumane e Ilton Ngoca | Revisão Graça Pinto | Impressão e Produção Cen-tro de Formação e Difusão da Língua Portuguesa/Centro de Recursos Educativos da EPM-CELP| Distribuição Fulgêncio Samo (Coordenador)PROPRIEDADE Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa,Av.ª do Palmar, 562 - Caixa Postal 2940 - Maputo - Moçambique. Telefone + 258 21 481 300 - Fax+258 21 481 343

Sítio oficial na Internet: www.epmcelp.edu.mz | E-mail: [email protected]

Excelência nas práticase propósitos

EPM-CELP

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Abracemos 2010/11

É imparável a marcha do tempo, mas ele tem o condão de renovar expectativas e entusiasmos. O arranque doano lectivo 2010/2011 na EPM-CELP fez jus ao tempo e, teimosamente, provocou a festa do recomeço para unse a do princípio de nova etapa para outros, apesar de alguns transtornos provocados pelos incidentes violentosregistados em 1 e 2 de Setembro, em Maputo. Numa escola integrada, como a nossa, os encontros e reencon-tros desdobram-se em emoções sem fim, que podem ir do riso à lágrima incontidos, misturando alegrias emedos entre crianças, graúdos e até adultos. São alunos, professores, pais e funcionários que abraçam os desa-fios do novo ano escolar, com promessas de os vencer com atitudes e comportamentos propostos no ProjectoEducativo da EPM-CELP.

Oprimeiro dia de aulas é sempre parti-cularmente significativo para as crian-

ças do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo. A des-coberta dos novos saberes e experiênciassociais faz-se sentir mais intensamenteentre os pequenotes, que, entusiasmados,revelam comportamentos contagiantes.

O acompanhamento das crianças doPré-Escolar é, naturalmente, mais próxi-mo, procurando garantir a segurança eestabilidade emocionais, tarefa para a qualos educadores contam com o auxílio dospais e encarregados de educação. Tam-bém no 1.º Ciclo a agitação e corropio pró-prios de um dia diferente emprestam aoespaço escolar a animação característi-cas dos grandes momentos, quase mági-cos, que perdurarão na memória do tempo.

Mesmo sendo mais um, que se repeteno tempo, o início do ano lectivo de2010/2011 renovou expectativas.

EPM-CELP

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Cooperação estimula a competênciaINÍCIO DO ANO ESCOLAR

Confraternização

Diálogo e trabalho colaborativos apresentam-se como meio fundamental para o reforço das competências dosprofessores na relação pedagógica com os alunos. Esta foi uma das tónicas da mensagem dirigida pela Direc-ção da EPM-CELP na recepção oferecida aos professores no início do novo ano escolar. A relação pedagógicade grande proximidade individual aos alunos foi também objecto de uma mensagem de significado especial paraa prossecução das finalidades e metas do Projecto Educativo da EPM-CELP. E porque a união de propósitos eesforços também se faz pelo convívio, a sessão de boas vindas encerrou com um almoço de confraternização,que contribuiu para o reforço dos laços humanos e sociais necessários entre os professores para a tarefacomum da educação.

Foi em ambiente de descon-

tracção, com música e ale-

gria, que os professores da

EPM-CELP reafirmaram a

intenção de fazer cada vez

melhor, transformando as limi-

tações em forças para imple-

mentar métodos que vão ao

encontro dos desafios da

actualidade. É um imperativo

profissional numa sociedade

em contínua mudança, que

exige projectos educativos

transformadores e motivadores

para alunos e professores.

EPM-CELP

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Pais e encarregados de educaçãoreforçaram ligação à EPM-CELP

INÍCIO DO ANO ESCOLAR

Os encontros da Direcção, directoresde turma e professores da EPM-CELP

com os pais e encarregados de educaçãovoltaram a repetir-se no início do presenteano lectivo. Independentemente da agen-da, são reuniões que encerram, em simesmo, um grande valor educativo pelopapel natural que cabe à Escola e aos paisna educação e formação dos jovens.

A relação entre as famílias e a EPM--CELP saiu reforçada com a eleição,naqueles encontros, dos representantesdos pais e encarregados de educação emcada uma das turmas, os quais serãoporta-vozes das preocupações e suges-tões das famílias relativamente à educa-ção dos seus educandos.

Estes encontros, que têm lugar no iní-cio de cada período e ano escolar, visamestabelecer uma ligação, que se pretendeestreita, entre os pais e a Escola, de modoa tornar mais eficaz a dinâmica do ensinoe da aprendizagem, permitindo resolvereventuais problemas e melhorar a eficá-cia da formação dos nossos alunos.

Luísa Quaresma, coordenadora dos 2.º e 3.º ciclos, Paula Fernandes, presidente da APEE, Dina Trigo de Mira

e Miguel Costa, respectivamente directora e subdirector da EPM-CELP, na coordenação dos trabalhos

A Direcção, directores de turma e pro-fessores da EPM-CELP auscultaram ospais e encarregados de educação quantoàs suas preocupações e dúvidas, bemcomo registaram as suas sugestões paraa melhoria da vida escolar. Debateramainda os processos e métodos considera-dos mais adequados para uma interven-

ção pedagógica conjunta capaz de tornarmais frutoso o esforço da educação e for-mação dos nossos alunos.

Estas iniciativas têm vindo a confirmara permanente necessidade de realizaçãoregular e periódica das mesmas, tendo emconta os novos contextos culturais que exi-gem actualização de procedimentos.

FORMAÇÃO

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Cerca de 70 formadores de professo-res pertencentes a institutos moçam-

bicanos participaram no seminário “Pro-jecto de Formação EPM-CELP/Institutosde Formação de Professores de Moçam-bique”, que inaugura o novo modelo decooperação entre a EPM-CELP e o Minis-tério da Educação moçambicano, dese-nhado no ano passado.

O encontro, realizado em Outubro,visou inventariar as condições e necessi-dades de formação dos formadores dosinstitutos moçambicanos de formação deprofessores, tendo em vista o desenvolvi-mento de um modelo metodológico a utili-zar no futuro, bem como aprofundar a cola-boração entre a EPM-CELP e as referidasentidades moçambicanas, no que ao sec-tor do ensino primário diz respeito. Assim,os participantes organizaram-se empequenos grupos, de acordo com as dife-rentes áreas disciplinares, e procederamao diagnóstico dos principais constrangi-mentos que se registam nas respectivasáreas de actuação.

As conclusões do seminário foramapresentadas em sessão plenária e serãosubmetidas, futuramente, aos trabalhos

de uma oficina de formação, na qual serãoelaborados os planos analíticos para osprogramas de formação nas diversasáreas disciplinares.

O seminário “Projecto de FormaçãoEPM-CELP/Institutos de Formação deProfessores de Moçambique” foi o primei-ro encontro da parceria entre a EPM-CELP

FORMAÇÃO DE FORMADORES

Cooperação adopta novo modelo

e a plataforma dos institutos moçambica-nos de formação de professores, que inau-gura um novo modelo de cooperação, naárea da Educação, entre a nossa institui-ção e o Ministério da Educação de Moçam-bique, na sequência do memorando deentendimento estabelecido, no ano pas-sado, entre ambas as partes.

Os directores de turma dos segundo eterceiros ciclos de escolaridade da

EPM-CELP participaram numa acção deformação sobre construção e análise deplanos curriculares de turma, promovidapelo Centro de Formação e Difusão da

Língua Portuguesa, entre 18 e 22 de Outu-bro, e dinamizada pela formadora FátimaGuimarães.

A iniciativa visou promover a reflexãocrítica e o aperfeiçoamento de algunsaspectos ligados à construção e análise

DIRECTORES DE TURMA

dos projectos curriculares de turma, comvista ao incremento da articulação curricu-lar nas aprendizagens dos conteúdos, àadaptação das estratégias de implemen-tação e desenvolvimento aos contextosconcretos de cada turma e, ainda, à ava-liação da sua eficácia e operacionalidade.Para o efeito procedeu-se à análise dosplanos curriculares elaborados em anoslectivos anteriores e à sua articulação comos documentos orientadores da EPM-CELP, como via de construção dos planoscurriculares das turmas do presente anolectivo, identificando dificuldades e aspec-tos conflituantes.

A gestão das reuniões dos conselhosde turma foi, igualmente, tema discutido eanalisado na acção de formação, de modoa reforçar as respectivas competênciasdos directores de turma.

Aperfeiçoar projectos curriculares de turma

FORMAÇÃO

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Com o objectivo de incentivar o gostopela escrita, promover o contacto com

os mestres da arte e desenvolver compe-tências dos alunos, do 12.º ano, dos cur-sos científico-humanísticos no domínio dotexto dramático, realizou-se, entre 20 e 23de Outubro, na EPM-CELP , a Oficina deEscrita Dramática, dinamizada pelo escri-tor Carlos Alberto Machado. Este drama-turgo português, docente universitário,conta com vasta obra publicada no domí-nio da escrita para teatro e teve váriaspeças suas encenadas por companhiasportuguesas de teatro.

O eixo condutor da acção de formaçãoassentou no conceito de aprender “meten-do a mão na massa», isto é, pegando na

“Trabalhar em Equipa e Promover aCoesão” foi a acção de formação

destinada aos assistentes operacionais daEPM-CELP e dinamizada por Paula Tomásem 30 de Setembro e 1 de Outubro.

A iniciativa, promovida pelo Centro deFormação e Difusão da Língua Portugue-sa, pretendeu desenvolver as competên-cias necessárias para o trabalho em equi-pa, criando cumplicidades e coesão entreos seus membros.

Os conteúdos da acção de formaçãocentraram-se em três eixos: o fortaleci-mento do espírito de equipa, a promoção

ESCRITA DRAMÁTICA

Recriar dramas com criatividade

da coesão, a compatibilidade e a cumpli-cidade entre os seus membros e a mobili-zação da equipa para trabalhar com objec-tivos comuns, partilhando valores e umavisão de conjunto e melhorando a articu-lação e a comunicação entre todos.

Os 40 formandos, divididos em doisgrupos, realizaram uma reflexão conjuntasobre as práticas de trabalho, as relaçõesinterpessoais e a própria instituição comoequipa, cujos membros, todos indispensá-veis, devem saber gerir os conflitos, adap-tando-se aos diferentes perfis das pes-soas com quem trabalham.

O balanço do trabalho foi positivo,reforçando-se a ideia da necessidade deconferir maior espaço para a participaçãodos envolvidos nos processos e decisõesde trabalho, dentro de normas pré-estabe-lecidas, sendo importante, por isso, a exis-tência de reuniões de trabalho onde sereflicta sobre os resultados e a organiza-ção do trabalho.

ASSISTENTES OPERACIONAIS

Aprender a trabalhar como equipa

caneta, na matéria prima da escrita e naimaginação para construir um texto “avárias mãos”. Ao mesmo tempo, introdu-ziu-se noções elementares sobre algunsconceitos, identificou-se elementos dotexto teatral e referiu-se teorias e figurasda história do teatro.

Carlos Alberto Machado, 56 anos,licenciado em Antropologia e mestre emSociologia da Comunicação, descreveuaos alunos o seu percurso como drama-turgo, fornecendo alguns exemplos deabordagem da escrita de textos teatrais.Aplicou, igualmente, vários exercícios deescrita, trabalhando, a título de exemplo,sobre textos de imprensa, relativos aosacontecimentos violentos registados nas

cidades de Maputo e Matola, nos passa-dos dias 1 e 2 de Setembro.

Da actividade desenvolvida na Oficinade Escrita Dramática resultou um esboçode um texto teatral, de criação colectiva,que fica disponível para ser trabalhadopelos alunos com o auxílio directo dos res-pectivos docentes e de Carlos AlbertoMachado, embora à distância.

O balanço final, realizado em conjuntopelo formador e alunos, foi muito positivo,acreditando ambos que os conhecimen-tos adquiridos constituem estímulo para acontinuidade dos estudos em áreas simi-lares, bem como um enriquecimento indi-vidual que contribuirá para uma aborda-gem mais ampla de diferentes textos.

DATAS COMEMORATIVAS

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DIA MUNDIAL DA MÚSICA

Ainauguração da edição 2010/2011 doEncontros com a Arte foi um momen-

to alto da comemoração do Dia Mundialda Música, assinalado em 1 de Outubro.

A primeira sessão do novo ano lectivodo evento que ganha implantação cres-cente na comunidade educativa contoucom a participação da Banda da EPM-CELP, recentemente constituída, que ani-mou o tempo nobre do programa de come-morações do Dia Mundial da Música.Manuel Pimpão (guitarra), Tiago Galrito(guitarra) e Francisco (bateria) foram oselementos da formação que marcarampresença no habitual espaço do Encon-tros com a Arte, fazendo esquecer a ausên-cia dos restantes membros do grupo. A

“Encontroscom a Arte”

inauguroutemporada

2010/11actuação da Banda da EPM-CELP empol-gou o elevado número de assistentes,entre alunos e pais e encarregados deeducação. Ocasião, ainda, para mais umaintervenção musical da já conhecida etalentosa voz de Pedro Pinto.

No mesmo dia, o intervalo grande damanhã escolar teve animação especial.No campo polidesportivo exterior, o “DJ”Guilherme Silva, aluno do oitavo ano doensino básico, divertiu muita gente queafluiu ao local, não para jogar, mas paradançar aos ritmos juvenis de hip-hop ehouse, entre outros.

O Dia Mundial da Música foi tambémassinalado pela exposição de instrumen-tos musicais e de biografias e obras de

BANDA DA EPM-CELP

EXPOSIÇÃO

Visitas à exposição animadas pelos professores Pedro Pinto Marisa Galrito

Tiago Galrito e Manuel Pimpão nas guitarras Francisco, na bateria

VOZES

compositores clássicos, montada no átriocentral da EPM-CELP. A ela acorreram,de forma particularmente entusiástica, ospequenitos do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo.As típicas “romarias” das crianças foramvisíveis durante a permanência da exposi-ção, que durou uma semana.

Muito informativa e ilustrada, o certa-me ofereceu oportunidades de aprendiza-gem e até de alguma animação aos alu-nos visitantes de todos os ciclos de ensi-no, facilitadas pelas explicações dos pro-fessores do Grupo Disciplinar de Educa-ção Musical, organizador das comemora-ções do Dia Mundial da Música, que, destaforma, procurou promover o gosto e a edu-cação pela música.

DATAS COMEMORATIVAS

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Alunos dos segun-do e terceiro

ciclos do ensino bási-co foram para a cozi-nha e prepararamrefeições saudáveis,que eles própriose x p e r i m e n t a r a mdepois para comemo-rarem o Dia Mundialda Alimentação, mun-dialmente assinaladoem 16 de Outubro.Uma iniciativa doGrupo Disciplinar de Ciências Naturais quevisou promover a prática de uma alimen-tação saudável.

De 18 a 22 de Outubro, as turmas A eB do 6.º ano tomaram pequeno-almoçospreparados com alimentos naturalmentesaudáveis, em ambiente de confraterniza-ção, enquanto as turmas C e D, do mesmo

O“Food, Inc” é um filme-documen-tário, projectado no Auditório Car-

los Paredes, que deu a conhecer aosalunos do 9.º ano da EPM-CELP osprocessosde produ-ção dosalimentosque, dia-riamente,são colo-cados nasmesas dem i l h õ e sde pes-soas.

A pelí-cula forne-ce infor-m a ç õ e ssobre o modo como os animais sãocriados em cativeiro e, posteriormente,abatidos para consumo da carne e deri-vados, aborda o uso excessivo de hor-monas e antibióticos, bem como focali-za a atenção noutros aspectos de umaindústria alimentar que produz alimen-tos cada vez mais distantes da sua pró-pria natureza.

O “Food, Inc” revela, ainda, osimpactos da mesma indústria na saúdepública, como o aumento da incidênciada obesidade, da diabetes e da conta-minação por bactérias Escherichia coli.

Sopas e filme promoveram saúdeDIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

Concurso de sopas distinguiucenouras e “elegância”

ano, realizaram, nasemana anterior, umconcurso de sopas,orientado pelasdocentes Ana Bestei-ro, Fátima Amorim eSara Teixeira.

O concurso desopas foi especial-mente concorrido econtou com o apoiodos pais e encarrega-dos de educação.Deliciosas foram as

sopas produzidas por este esforço comumque, no final, revelou os respectivos“segredos” das receitas. O júri, constituídopelas professoras Luísa Quaresma eJanaína Melo e, ainda, pela funcionáriaAna Nogueira, elegeu a sopa de cenouracomo a vencedora do 6.º C e a sopa “ele-gante” no 6.º D.

DOCUMENTÁRIO

“Food, Inc” revelouperigos da indústriaalimentar dos EUA

Salada de frutas e pequenas palestras

Os petizes do Pré-Escolar e do 1.º Ciclo saborearam suculentas saladas de frutas e, para

saberem mais, assistiram a palestras sobre alimentação variada e equilibrada.

A cozinha do refeitório da EPM-CELP foi o espaço didáctico para os alunos confeccionaremsopas, sujeitas posteriormente a concurso, para comemorar o Dia Mundial da Alimenta-ção, assinalado em 16 de Outubro. No Auditório Carlos Paredes projectou-se um filme-documentário sobre o processamento dos alimentos que nos chegam à boca. Duas ini-ciativas integradas no plano de actividades do Grupo Disciplinar de Ciências Naturais,que se prolongou por duas semanas, visando a consciencialização dos alunos para a pro-blemática da nutrição e da alimentação saudável.

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HISTÓRIA

Centenário da Repúblicaune Portugal e MoçambiqueOs valores associados às comemorações do Centenário da República de Portugal, ocorridas em Outubro último,inspiraram o programa de celebrações de efemérides na EPM-CELP, permitindo uma visão mais integradora dospercursos históricos de Portugal e de Moçambique. Assim, o assinalamento do Centenário da República coexis-tiu com o 18.º aniversário da Paz em Moçambique, o 36.º do Acordo de Lusaca e o 46.º do início da luta armadaque conduziu à libertação do povo moçambicano do regime colonial.

Em Setembro Moçambique comemorao início e o fim da luta armada contra

o domínio exercido pelo regime colonialportuguês. No dia 25 celebra o Dia dasForças Armadas de Libertação Nacionalque, em 1964, começaram a guerra e nodia 7 festeja a assinatura do Acordo deLusaca, que pôs fim àquele litígio, 10 anosdepois de ter principiado.

EM SETEMBRO

Moçambique comemorouo início e o fim da guerra

A direcção do ataque que deu início àluta armada é atribuída a Alberto Chipan-de, numa ofensiva ao posto administrativode Chai, em Cabo Delgado. A guerra ter-minou em 1974 com a assinatura dos Acor-dos de Lusaca entre o Estado português ea Frelimo, que abriram caminho à inde-pendência de Moçambique, ocorrida em25 de Junho de 1975.

Direitos Humanos estabeleceramponte entre Centenário e Dia da Paz

Os Direitos Humanosreferenciaram, na

EPM-CELP, o cruzamen-to das comemorações doCentenário da RepúblicaPortuguesa com as doDia da Paz e Reconcilia-ção Nacional, em 4 deOutubro, que assinala em Moçambique oaniversário da assinatura do Acordo Geralde Paz, obtido em 1992.

Assim, ao mesmo tempo que estevepatente a exposição de imagens e dadosbiográficos de todos os presidentes dos100 anos da República Portuguesa, alu-nos do 6.º ano do ensino básico visitavam

os colegas de todas asturmas do 5.º ao 12.ºanos para lhes leremmensagens promotorasdos Direitos Humanosque, de forma íntima,estão associados aosfactos históricos evoca-

dos pelas datas de 4 e 5 de Outubro, fes-tejadas, respectivamente, em Moçambi-que e Portugal.

O Centenário da República ficou tam-bém assinalado pela distribuição, nassalas de aula e gabinetes de trabalho, decalendários com as principais figuras daRepública Portuguesa.

EM OUTUBRO

EFEMÉRIDES

Com a queda da monarquia caíram tam­bém os símbolos do regime, como o

hino nacional e a bandeira, recordadosaqui para conhecimento histórico.

I - Ó Pátria, Ó Rei, Ó Povo,

Ama a tua Religião,

Observa e guarda sempre

Divinal Constituição.

II – Ó com quanto desafogo

Na comum agitação

Dá vigor às almas todas

Divinal Constituição.

III - Venturosos nós seremos

Em perfeita união

Tendo sempre em vista todos

Divinal Constituição.

IV - A verdade não se ofusca,

O Rei não se engana, não,

Proclamemos Portugueses

Divinal Constituição.

CoroViva, viva, viva ó Rei

Viva a Santa Religião

Vivam Lusos

valorosos

A feliz Constituição

A feliz Constituição.

MONARQUIA PORTUGUESA

República destronousímbolos reais

CINEMA

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Dockanema revisitou a EPM-CELP5.ª EDIÇÃO

À semelhança de anos anteriores, a EPM-CELP acolheu algumas exibi-ções do 5.º Festival do Filme Documentário, o conhecido Dockanema, quedecorreu em Maputo, entre 10 e 19 de Setembro. Às exibições seguiram-se debates e palestras participados pelos alunos do ensino secundário.Diana Manhiça, desenhadora gráfica da EPM-CELP, participou no Docka-nema com “A Ponte”, um documentário da sua autoria.

Cinco exibições diárias, no Auditório Carlos Paredes, marca-ram a presença do 5.º Festival do Filme-Documentário “Do-

ckanema” na EPM-CELP, durante uma semana. Na audiênciaestiveram, sobretudo, alunos dos 11.º e 12.º anos.

As exibições foram seguidas de debates em torno das temá-ticas das obras cinematográficas seleccionadas, animados pelosdirectores de cada uma das turmas envolvidas. Lara Sousa, anti-ga aluna da EPM-CELP, a frequentar o ensino superior, foi o ele-mento de ligação entre a organização do Dockanema e a nossaEscola, acompanhando e garantindo a disponibilização dos fil-

mes conforme o acordado entre as duas partes, bem como par-ticipando nas tertúlias que ocorreram após as exibições. A EPM--CELP constituiu-se, mais uma vez, como entidade apoiante domaior festival de cinema de Moçambique.

Registo, ainda, para a participação de Diana Manhiça, dese-nhadora gráfica da EPM-CELP, no 5.º Dockanema como realiza-dora do filme “A Ponte”, exibido no anfiteatro da UniversidadeEduardo Mondlane e na sala do Scala, documentando a históriado barco “Bagamayo” e da própria travessia marítima Maputo--Catembe.

Debates revelamaos alunosa linguagemdo cinema

Lobolo – O Preço da Noiva ((Moçambique, de

Irene Noogard)

A Cidade dos Mortos (Portugal, Espanha e Egip-

to, de Sérgio Tréfaut);

À Procura de Pancho (África do Sul, de Christo-

pher Bisset)

Salani (Moçambique, de Isabel Noronha e Vivan

Altman)

Ka Tembe — lugarpoético queescolhi para viver

“Ofilme-documentário «A Ponte» foi a minha primeira experiência como reali-

zadora. Um momento marcante e o culminar de um longo trabalho de pes-

quisa sobre a história e a identidade da Ka Tembe e dos seus habitantes, lugar poéti-

co que escolhi para viver. Como qualquer realizador e produtor nacional, iniciante na

carreira, deparei-me com dificuldades na obtenção de fundos, resultando na demora

da conclusão do filme. A agenda da própria embarcação «Bagamoyo» e da respectiva

empresa proprietária, a fase de reabilitação do ferryboat, que excedeu seis meses o

tempo inicialmente previsto, e as falhas do equipamento informático fizeram com

que o filme só fosse concluído ao fim de dois anos. Foi muito tempo…”

“A PONTE”

Diana Manhiça nas-ceu em Lisboa em 27

de Junho de 1975, ano daIndependência deMoçambique. EstudouArtes Gráficas na Escola António Arroio e for-mou-se em Escultura na Faculdade de Belas--Artes da Universidade de Lisboa. Foi mestran-da em Multimeios, na UNICAMP (Brasil). Orga-nizou e participou em várias exposições de artesplásticas em Lisboa e em Maputo, entre 1995 e2000. Leccionou Educação Visual e Tecnológi-ca na EPM-CELP entre 2002 e 2005 e come-çou a trabalhar no cinema, como montadora,em 2005, na Promarte. Foi fundadora do cine-clube Komba Kanema e é co-coordenadora doKUGOMA – Fórum de Cinema de Curta-metra-gem. Fundou a empresa ZOOM - ProduçãoGráfica e Vídeo, em 2008.

Perfil

FILMES EXIBIDOS NA EPM-CELP

ENTREVISTA

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Investimos numaaprendizagem

de sucesso e dequalidade

Como vê o retorno às actividades lecti-vas no início de mais um ano escolar?Ao longo de cada ano lectivo existem mui-tos momentos importantes, mas destacoo arranque de cada um, que é sempre umnovo início, que traz novos desafios e nosfaz sentir mais tensos. Apesar de ser umaexperiência recorrente, apresenta semprepropósitos inovadores e novas questões,que vão emergindo tanto na organizaçãocomo no que foi desenhado para o ano. Olançamento de um ano lectivo levanta sem-pre muitas preocupações, uma vez queum início tranquilo é meio caminho paraque tudo corra bem no resto do ano.

Que balanço faz do nível do cumpri-mento dos objectivos traçados para oano lectivo que terminou?Os objectivos foram definidos de acordocom as metas traçadas no Projecto Edu-cativo (PE), que é um documento abertoe, portanto, propenso a mudanças. Con-forme vão surgindo oportunidades quepossam enriquecê-lo, ajustamos as activi-dades de acordo com as linhas mestras ea filosofia que estão nele contidas. Ainda

não fizemos um balanço rigoroso, porqueo ciclo do actual Projecto Educativo termi-na em 2011. O Conselho Pedagógico jáiniciou o processo de avaliação, mas sóserá possível perceber se foram ou nãoatingidas as metas no final do período parao qual foi delineado. Neste momento, omais importante é verificarmos, de acordocom o ponto de partida do PE, se as estra-tégias adoptadas e as actividades realiza-das provocaram alguma evolução ao níveldo processo de ensino e aprendizagemdos nossos alunos, bem como no envolvi-mento e empenho dos professores. Nofinal de cada ano lectivo faz-se a avalia-ção do trabalho desenvolvido aos váriosníveis, para se perceber, exactamente,como caminhar no ano seguinte, de acor-do com os objectivos e prioridades traça-dos para o ano lectivo.

Quais os principais desafios para o anolectivo 2010/2011?Constituem objectivos prioritários o alar-gamento e aprofundamento dos grandespropósitos fundacionais da EPM-CELP,com incidência especial em alguns pon-

tos. A promoção de uma Escola de exce-lência, assente numa educação intercultu-ral, no respeito pela diversidade atravésda partilha de experiências e saberes, con-tinuando a privilegiar o investimento numaaprendizagem de sucesso e de qualida-de, na formação contínua dos docentes enão docentes e nos bons e modernosrecursos educativos que a EPM-CELP dis-põe. A cooperação com o Ministério daEducação de Moçambique, prosseguindona colaboração com as instituições doensino moçambicano, quer para a forma-ção de formadores dos institutos de for-mação de professores, iniciada neste anolectivo, quer para a capacitação dos seusdocentes, processo iniciado em 2003. Apromoção e difusão da língua e culturaportuguesas, o reforço da criação de biblio-tecas em mais escolas moçambicanas e aformação dos respectivos responsáveis,em articulação com a Rede das Bibliote-cas Escolares de Portugal, e a circulaçãodas “malas de leitura” por aquelas esco-las, bem como, finalmente, a intensifica-ção da divulgação das publicações daEPM-CELP.

Na hora de iniciar mais um ano lectivo, Dina Trigo de Mira, directora da EPM-CELP, chama a atenção para as ati-tudes e comportamentos que a realidade, em constante mudança, exige dos indivíduos e instituições. Reafirmaos propósitos fundacionais da Escola Portuguesa de Moçambique, vocacionada para a promoção e valorizaçãode um ensino capaz de contribuir decisivamente para a construção de uma cidadania tão responsável quantotolerante e aberta à diferença cultural.

ENTREVISTA CONDUZIDA POR FULGÊNCIO SAMO

DINA TRIGO DE MIRA, directora da EPM-CELP

ENTREVISTA

Set/Out 2010 | PL | 13

Quais as principais dificuldades da mis-são educativa da EPM-CELP?A colocação e o recrutamento de profes-sores que permitam a estabilização docorpo docente são, de facto, um problemade difícil resolução, com algumas reper-cussões inevitáveis no processo educati-vo. A formação contínua dos professoresé, também, uma área sensível que nosmerece especial atenção, pois da capaci-tação permanente dos docentes depende,em grande medida, o sucesso das apren-dizagens dos nossos alunos e, por conse-guinte, da nossa missão educativa. No quetoca aos alunos, todos os não-portugue-ses passam por um processo normal deadaptação ao currículo português, o qualnão levanta grandes problemas. Quantoaos recursos físicos, o grande desafio é aconstrução de um refeitório adequado àsnecessidades, o que será feito mal existadisponibilidade financeira por parte doMinistério de Educação de Portugal. Con-sideramos, porém, que a nossa escola tembons recursos físicos e está à vista detodos a nossa preocupação constante emmelhorá-los. Recentemente, construímoso edifício para o Pré-Escolar e a cobertu-ra para o campo de jogos, o que constitui,neste último caso, um grande benefíciopara todos os alunos, permitindo a reali-zação das actividades físicas e desporti-vas a qualquer hora do dia.

Como avalia o relacionamento da EPM--CELP com a comunidade envolvente,no que se refere às responsabilidadesdecorrentes do programa de coopera-ção e de promoção da língua e culturaportuguesas?Uma das grandes preocupações da EPM--CELP é manter-se aberta à comunidade.Estamos em Moçambique, país de acolhi-mento, e deste facto decorre a responsa-bilidade de colaborar na área da divulga-ção e promoção da língua portuguesa. Pri-vilegiamos a área da formação de docen-tes moçambicanos, bem como a das publi-cações, com o intuito de divulgar os escri-tores de língua e expressão portuguesas.Assim, já iniciámos a publicação, em par-ceria com uma organização não governa-mental espanhola, de textos escritos emlíngua portuguesa. O “Pátio das Sombras”,de Mia Couto e ilustração de Malangata-na, é a primeira obra daquela colecção,intitulada “Contos e histórias de Moçambi-que”, que já foi distribuída, gratuitamente,por dezenas de escolas de Maputo, ondeestá a ser utilizada nas aulas da disciplinade Português. Para além disto, o Centrode Formação e Difusão da Língua Portu-guesa da EPM-CELP promove o ensinoda língua portuguesa para estrangeiros.Posso referir, também, a Colecção Acá-

cia, que já vai na sexta publicação, comlivros de vários géneros literários e paratodas as idades. Também o livro “Percur-sos e Olhares”, que foi partilhado com oMuseu Nacional de Arte de Maputo, nãoesquecendo o trabalho realizado pelanossa Biblioteca Escolar José Craveirinhacom as feiras do livro, a recolha e circula-ção de livros, os momentos de contar his-tórias, as tertúlias e várias outras activida-des de promoção do livro e da leitura. Igual-mente as abordagens de algumas pes-

soas interessadas na aprendizagem dalíngua fazem reconhecer a importância eutilidade do ensino de português paraestrangeiros. Por outro lado, as activida-des desenvolvidas na Área de Projecto,do 12.º ano, estão tendencialmente orien-tadas para o exterior, constituindo oportu-nidades de alargamento da intervençãoda EPM-CELP na comunidade envolven-te. São os próprios alunos que interagemcom instituições moçambicanas, desen-volvendo acções de solidariedade. Éimportante que os alunos saiam da “redo-ma” onde vivem e adquiram uma percep-ção mais ampla do Mundo e se tornemmais sensíveis à realidade circundante.

A cooperação da EPM-CELP com as ins-tituições moçambicanas é valorizada? O nosso maior parceiro é o Ministério daEducação de Moçambique, através da suaDirecção Geral do Ensino, onde a nossaintervenção é muito bem aceite. Em con-junto temos delineado planos na área daformação de professores, os quais conhe-cem e reconhecem o valor do nosso tra-balho. Também as instituições não gover-namentais, que intervêm nos bairros resi-denciais, transmitem-nos o grande apreço

pela actividade que desenvolvemos emconjunto. Tanto o Senhor Embaixador dePortugal como a Senhora Cônsul Geral dePortugal em Maputo reconhecem e têmvalorizado, sistematicamente, nos seusdiscursos, o papel meritório da EPM-CELPcomo parceiro institucional na cooperaçãocom Moçambique. Na realidade, a partici-pação da nossa Escola em muitos even-tos culturais tem-se tornado significativa.Quando solicitada, dentro das nossas pos-sibilidades prestamos apoio às activida-

des que se enquadram no âmbito da nossamissão e no quadro dos nossos objecti-vos, colocando ao serviço de iniciativasculturais os recursos que dispomos. É umaintervenção que fortalece e estreita os nos-sos laços com a comunidade na qual nosinserimos. Isto tudo para além da nossaactividade principal que é responder àsnecessidades educativas da comunidadeportuguesa residente em Moçambique.

Qual o relacionamento da EPM-CELPcom outras instituições estrangeirastambém vocacionadas para o ensino?Um dos nossos desafios é o estabeleci-mento de parcerias, que já aconteceramno âmbito da disciplina de Inglês, com avisita dos alunos da Escola Americana àEPM-CELP, permitindo a interacção entrealunos e professores. O mesmo ocorreuao nível da disciplina de Francês com aEscola Francesa. Com a Escola Italianatambém já se realizaram algumas activi-dades relacionadas com a música. Dirigi-do aos professores, já patrocinámos umencontro, promovido pelos leitorados deitaliano e espanhol da Universidade Eduar-do Mondlaneno âmbito do Quadro Comum

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ENTREVISTA

14 | PL | Set/Out 2010

»»»»»Europeu de Referência para as Línguas,um instrumento que, apesar de ser do Con-selho da Europa, poderá vir a ser utilizadono continente africano. São iniciativasimportantes para o estabelecimento de pla-taformas de troca de experiências enri-quecedoras, que gostaríamos de ver rea-lizadas com mais frequência. Queremosdebater com outras escolas vários assun-tos relacionadas com as aprendizagensdos alunos e a experiência de ensino decada uma das instituições. As diversasescolas ainda vivem um pouco centradasno seu próprio universo de actuação, peloque temos todos de fazer um esforço parainteragir mais, para o enriquecimentomútuo. Do ponto de vista dos órgãos degestão, por exemplo, não existem interac-ções sistemáticas, resumindo-se a con-tactos pontuais associados a algum assun-to comum que urge resolver, como foiaquando da construção da estrada queuniu as diversas escolas.

O encerramento do Escola Verney teveimplicações na procura de que a EPM--CELP é alvo?Soubemos, com relativa antecedência,que o Colégio Verney ía fechar. De ime-diato nos organizámos de forma a deixarespaço para a integração dos alunos oriun-dos daquele estabelecimento de ensino.Existem, todavia, limites legais que, natu-ralmente, não podem ser ultrapassados,pelo que foi difícil colocar todos os alunos,uma vez que as turmas ficariam superlo-tadas. Por outro lado, temos de, obrigato-riamente, contar com os alunos que vêmtransferidos de Portugal. São várias ascontingências que condicionam o proces-so de admissão à EPM-CELP. Mas con-seguimos, com alguma “ginástica”, abrirmais duas turmas, contando com as qua-tro professoras, vindas precisamente daEscola Verney.

Como tem sido a gestão da comunida-de educativa da EPM-CELP que integradiversas sensibilidades?A gestão da EPM-CELP implica assumirposições institucionais e tomadas de deci-sões que nem sempre agradam a todos.A nossa actuação não pode perder de vistaa nossa missão, que é a formação inte-gral dos nossos alunos, que são a nossareferência primeira e última, enquantoestabelecimento de ensino. De qualquerforma, temos sempre o cuidado de ir aoencontro das preocupações e sensibilida-des, nomeadamente dos alunos, dos pro-fessores e dos pais e encarregados deeducação, desenvolvendo um diálogo per-manente, aos vários níveis, na procura dosmelhores caminhos e soluções para as

questões e problemas que se vão colo-cando no nosso quotidiano.

Sentiu, inicialmente, algum receio emassumir o cargo de Directora? Comofoi o processo de adaptação às novasexigências e responsabilidades?Quando se assume um novo cargo ou umatarefa relativamente nova ficamos umpouco reticentes perante o desconhecido.Já estive na liderança de escolas públicasportuguesas, contudo foram experiênciasdiferentes da actual. Uma instituição comas características da EPM-CELP apresen-ta-se como um desafio muito grande eexige de nós um elevado grau de respon-sabilidade, por um lado por se encontrarna diáspora e, por outro, por se agrega-rem outras vertentes do âmbito da coope-ração entre países, para além da compo-nente do ensino e aprendizagem. O nossodesejo é que a EPM-CELP seja o espelhode Portugal em Moçambique, ou seja, seconstitua como uma instituição de quali-dade, apesar de sentirmos algumas difi-culdades inerentes ao distanciamento doscentros decisórios. No processo de transi-ção da Direcção anterior para a actual, tivea sorte de ser acompanhada por pessoasque tinham antes colaborado comigo,fazendo com que a minha adaptação aonovo cargo decorresse tranquilamente.Por isso, nunca me senti sozinha e vejoeste cargo como um trabalho de equipa.

A visita do primeiro-ministro de Portu-gal, José Sócrates, foi um dos momen-tos mais significativos da vida da EPM-CELP em 2009/2010. Que impacto pro-vocou?Da visita resultou a divulgação e revalori-zação da imagem e actividade da EPM-CELP, aberta à comunidade portuguesa elocal. Um dos efeitos notórios foi o esta-

belecimento de um protocolo entreMoçambique e Portugal, que revitaliza oprojecto em desenvolvimento no âmbitoda Rede de Bibliotecas Escolares, pas-sando a ser implementado de forma maisalargada e eficaz. A EPM-CELP funcionacomo pólo de dinamização, promovendoacções de formação para os professoresmoçambicanos beneficiários do projecto.Em suma, o protocolo define as responsa-bilidades das partes signatárias do projec-to, assumido por ambos os governos.

Quais as perspectivas mais longínquasda EPM-CELP como instituição educa-tiva implantada em Moçambique?As perspectivas dependem de Portugal,que exerce uma tutela tripartida entre osministérios da Educação, dos NegóciosEstrangeiros e das Finanças. Acredito, noentanto, que continuará a ser uma institui-ção de educação e ensino, bem como depromoção e difusão da língua e culturaportuguesas. Por outro lado, tambémdepende de Moçambique, já que a EPM-CELP foi criada ao abrigo de um acordode cooperação entre os dois países. Anossa Escola está, permanentemente,atenta à realidade e procura, de forma sis-temática, ser sensível às necessidades domeio envolvente, procurando contribuirpara as soluções dos problemas. A popu-lação escolar da EPM-CELP tem vindo acrescer anualmente, integrando alunos demúltiplas proveniências e nacionalidades.Continuam as solicitações e pedidos deingresso de alunos provenientes de esco-las moçambicanas, denotando um cres-cente reconhecimento da qualidade da ins-tituição. Temos um pouco do mundo cádentro. Sabemos estar com os outros ecom todos, tendo cada um a sua cultura.Este cruzamento de culturas enriquece onosso património cultural.

Dina Trigo de MiraDirectora da EPM-CELP

PERFIL

Naturalidade: Luanda (Angola)

Idade: 59 anos

Habilitações Literárias: Licenciada em Geologiapela Faculdade de Ciências de Lisboa.

Habilitação Profissional: Professora do quadro de nomeação definitiva

Tempo de Serviço: 32 anos. Directora da EPM-CELP desde 16 de Janeiro de2008

LEITURA

Set/Out 2010 | PL | 15

“ABiblioteca Escolar sai à rua e oslivros dão as mãos” foi o tema da

actividade ao ar livre realizada em 25 e 26de Outubro, com o objectivo de incentivaro gosto pelo livro e leitura e promover umamaior aproximação dos alunos à Bibliote-ca Escolar José Craveirinha (BEJC) daEPM-CELP, organizadora do evento.

No Dia da Biblioteca Escolar, assinala-do em 25 de Outubro, participaram nasactividades de rua os alunos dos segundoe terceiro ciclos do ensino básico, bemcomo do ensino secundário, aos quais sejuntaram os transeuntes, principalmentecrianças, que, ocasionalmente, passavampelas imediações da EPM-CELP.

As histórias orais, muitas extraídas delivros da BEJC, foram as vedetas no espa-ço montado no parque de estacionamen-to. Os contos tradicionais moçambicanosforam contados pelo professor Armindo,da Escola Primária Completa da PolanaCaniço “A”, convidada a participar na acti-vidade, e pelo funcionário da BEJC daEPM-CELP Paulo Mulhanga, cabendo àprofessora Estela Pinheiro, do Departa-mento de Línguas, contar uma história tra-dicional francesa na respectiva língua.Finalmente, a professora Tânia Silva, tam-bém do Departamento de Línguas e dina-

Divulgar o seu acervo bibliográfico, osrecursos multimédia e os serviços foi

o objectivo do programa de visitas guia-das que a Biblioteca Escolar José Cravei-rinha (BEJC) lançou no início do presenteano lectivo aos alunos da EPM-CELP eque durou duas semanas.

Orientados pela equipa de docentesda BJEC, Ana Paula Relvas, Sandra Mace-do e Ana Catarina Carvalho, os alunos dosde todas as turmas do 5.º ano 12.º anostiveram a oportunidade de conhecermelhor todas as funcionalidades daqueleespaço didáctico, tendo sido estimuladospara a diversidade das fontes da pesquisabibliográfica, bem como para a leiturarecreativa nos espaços da BEJC adequa-dos para o efeito.

mizadora do grupo Maningue Teatro, inter-pretou um conto tradicional português.

A animação musical esteve a cargodos alunos do 5.º D e do oitavo ano, sob abatuta das professoras Leandra Reis eCláudia Costa, do Departamento deExpressões.

No Auditório Carlos Paredes, no diaseguinte, ouviram-se novas histórias maisuma vez pelas vozes de Tânia Silva e dePaulo Mulhanga, mas, desta vez, para osouvidos dos alunos do Pré-Escolar e do1.º Ciclo. Também os alunos do “secundá-

rio” Jéssica Capela e Miguel Vieira, do 11.ºA1, viraram contadores de histórias e rela-taram uma em língua inglesa. A par des-tas pequenas dramatizações actuaram osalunos do 6.º D, orientados pela professo-ra Cláudia Costa, com canções e músicaspara os mais pequenitos.

O Dia da Biblioteca Escolar, integradonas comemorações do Mês Internacionaldas Bibliotecas Escolares, assinalado emOutubro, foi seleccionado pela Rede deBibliotecas Escolares de Portugal, da qualfaz parte a BEJC.

Livros na rua, histórias no arBIBLIOTECA ESCOLAR

VISITAS GUIADAS

BEJC desafia alunos a descobrirem novos recursos

DESPORTO

16 | PL | Set/Out 2010

JUDO

Maputo caiu em peso na EPM-CELP

Lançado em 11 de Outubro, o Clube Fit-ness é uma actividade extracurricular

disponibilizada pelo Grupo Disciplinar deEducação Física e aberta à vasta comuni-dade educativa da EPM-CELP.

Sob a orientação de Luís Gonçalves,professor com formação específica para o“fitness”, a iniciativa constitui mais umaoferta que potencia hábitos saudáveis devida através da prática regular do despor-to. Ginástica aeróbica, ginástica localiza-da, ginástica geral e GAP (Glúteos, Abdo-minais e Pernas) são as ofertas actuaisdo Clube Fitness.

A ginástica aeróbica é uma actividadecoreografada, divertida e energética, rea-lizada ao som de música entusiasmante,enquanto a ginástica localizada é ritmada

OTorneio Inter-Escolas 2010 de judouniu uma centena de atletas prove-

nientes de nove estabelecimentos de ensi-no da cidade de Maputo. Marcaram pre-sença, em 23 de Outubro, judocas do Colé-gio Nyamunda, Sanana School, EscolaAmericana, Escola Francesa, EscolinhaMuana, Clube de Judo da EDM, Clube de

e visa o desenvolvimento harmonioso detodos os grupos musculares. O principalobjectivo do GAP é aumentar a resistên-cia e a tonificação muscular dos glúteos(G), dos abdominais (A) e das pernas (P).Finalmente, a ginástica geral destina-se acrianças (com mais de nove anos) e ado-lescentes que desejem desenvolver com-petências nas áreas de ginástica de solo,trampolim e acrobática.

A aeróbica, sendo a disciplina por exce-lência do movimento fitness, atrai prati-cantes que procuram melhorar a resistên-cia cardiovascular, diminuir a percentagemda massa gorda, definir a massa muscu-lar, melhorar a auto-estima, libertar aansiedade e fruir de um bom ambiente desociabilização.

Judo Kodokan e Clube Naval, para alémdos atletas da EPM-CELP, promotora dainiciativa, através do Grupo Disciplinar deEducação Física.

Para além de avaliar o desempenhodos praticantes de judo das escolas e clu-bes que mais atenção dedicam à modali-dade em Maputo, a competição visou tam-

bém promover e potenciar a prática dojudo, especialmente entre a populaçãomais jovem, propiciando momentos dediversão e convívio entre os atletas e esti-mulando estilos de vida saudáveis.

Sérgio Zibane, professor responsávelpelo judo na EPM-CELP, considera que oevento foi um sucesso e superou as expec-tativas de adesão dos atletas, escolas eclubes. Tratou-se da primeira competiçãoda EPM-CELP com participação externade atletas.

Atletas e responsáveis das escolas eclubes participantes manifestaram grandesatisfação pela participação no TorneioInter-Escolas 2010, dirigindo elogios àorganização e à própria EPM-CELP. A acti-vidade constituiu, assim, um elemento dereforço da motivação pela prática do judobem como da valorização do intercâmbiodesportivo entre as escolas.

A organização deste evento tambémrepresenta o resultado das constantesinteracções entre os professores de judoda cidade de Maputo que, juntos, vão deli-neando estratégias comuns de dinamiza-ção de actividades escolares.

Registo final para o facto de todos osjudocas da EPM-CELP terem sido meda-lhados no Torneio Inter-Escolas 2010.

CLUBE FITNESS

EPM-CELP alargou oferta de actividade à comunidade

SAÚDE E AMBIENTE

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Eram cerca das oito horas da manhãquando começaram a chegar os pri-

meiros participantes para a “Marcha doCoração”. À medida que iamchegando, os participantesforam presenteados com umcoração nas suas t-shirts. Umainiciativa dos alunos e educa-dores do Pré-Escolar, junta-mente com o Grupo Discipli-nar de Educação Física, da

Alunos do ensino secundário da EPM-CELP debateram com a organização

moçambicana não-governamental JustiçaAmbiental, em 15 de Outubro, os efeitosda actividade da Mozal no meio ambiente,alargando, assim, o espaço de discussãoque já fora criado no âmbito da disciplinade Biologia e Geologia.

Tendo presente os eventuais perigosinerentes à actividade da empresa Mozal,de processamento de alumínio, autoriza-da a permanecer seis meses sem filtrosnas chaminés, criou-se um espaço de dis-cussão nas aulas de Biologia e Geologia,tendo os alunos recolhido notícias perti-nentes para obtenção de informação sobreo assunto. O material recolhido foi levadoa debate alargado, no Auditório Carlos

Paredes, com a presença das turmas 10.ºA1 e 11.º A1 e da organização JustiçaAmbiental (JA), que tentou responder àsinquietações dos alunos.

O encontro abordou os efeitos ambien-tais da empresa Mozal, entre outras exis-tentes na Matola, nomeadamente os que,a curto e longo prazo, se reflectirão nasaúde pública, bem como analisou a legis-lação ambiental nacional e internacionalsobre o ambiente e os vários constrangi-mentos que impedem a sua aplicação.

Os alunos participaram entusiastica-mente no debate, reconhecendo o papelque lhes cabe na construção da socieda-de, enquanto cidadãos activos e desper-tos para as questões ambientais.

ANA CATARINA

EPM-CELP, para comemorar o Dia Mun-dial do Coração, em 26 de Setembro.

A Marcha do Coração contou com aparticipação de muitas criançase respectivas famílias. Antes dapartida, realizada nas instala-ções da EPM-CELP, os partici-pantes cumpriram exercícios deaquecimento, dinamizados porprofessores de Educação Físi-ca. O percurso da marcha foi

Marcha do Coração

Alunos e professores uniram-seaos pais na marcha pela saúde

acessível a todas as crianças, quedemonstraram sempre boa disposição aolongo do percurso.

A marcha beneficiou de escolta poli-cial permanente, garantindo-se, assim, asnecessárias condições de segurança aosparticipantes. Por sua vez, um encarrega-do de educação de um aluno do Pré-Esco-lar teve a amabilidade de oferecer à orga-nização garrafas de água, elemento indis-pensável a qualquer marchador.

Este evento teve como intuito sensibi-lizar a comunidade e a população, emespecial as crianças, para a importânciada adopção de um estilo de vida mais acti-vo e saudável no combate ao sedentaris-mo e aos factores de risco que lhe sãoadjacentes. Nesta medida, o objectivo foialcançado e as expectativas foram supe-radas, pois as crianças conseguiram mobi-lizar as suas famílias para este evento,alertando-as para os cuidados necessá-rios para o bom funcionamento do nossoórgão vital, o coração, que é o motor davida humana e animal.

SANDRA PANASCAISEducadora do Pré-Escolar

Alunos do “Secundário” analisaramefeitos ambientais da Mozal

AMBIENTE

A palestra foi interessante eesclarecedora ocorrendo numadinâmica com sentido de humor.Os convidados da JA foram presta-tivos e simpáticos, pois tentaramesclarecer-nos de tudo que se passacom a questão dos filtros, parti-lhando os documentos sociais con-nosco. Cada aluno pode construira sua ideia, tornar-se crítico e acti-vo, no sentido mudar a situaçãoactual do nosso país. Este é um temaque nos interessa, pois afecta-nosdirectamente.

Mafalda Vasconcelos (11.ºA1)

TESTEMUNHO

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Oferta educativa de 2010/2011O ano lectivo 2010/2011 abriu com uma oferta educativa mais diversificada. A ampliação do quadro dasactividades de complemento e extra-curricular proporcionam aos alunos e demais utentes oportunidadesde aprendizagens integradas e associadas à promoção de estilos saudáveis de vida.

ESCALÃO PROFESSOR HORÁRIO

Sub-10 Ricardo Malcata3.ª F - 13H004-ª F - 13H30

Sub-12 Paulo Ferreira 3.ª F - 13H30

Sub-14 João Figueiredo3.ª F - 17H455.ª F - 17H45

Sub-16 Ricardo Malcata2.ª F - 18H304.ª F - 18H30

Sub-18 (Masc) Paulo Ferreira3.ª F - 17H455.ª F - 18H45

Sub-18 (Fem) Ricardo Malcata2.ª F - 17H454.ª F - 17H45

1.º, 2.º e 3.º Ciclos Anabela Ferreira2.ª F - 16H153.ª F - 08H405.ª F - 16H15

1.º Ciclo Margarida Abrantes2.ª F - 14H254.ª F - 15H10

Sub-12 (Masc)

Sub-12 (Fem)

Luís GonçalvesOrlando Pateguana

Sérgio Zibane

4.ª F - 13H305.ª F - 13H30

2.ª F - 15H103.ª F - 13H30

Misto Ricardo Malcata 2.ª F - 13H00

Misto Sérgio Zibane2.ª F - 16H004.ª F - 16H00

INSTRUMENTO PROFESSOR DESTINATÁRIOS HORÁRIO

Piano Assumane Saíde Todas as idades

Consultar na Secretaria

Violino Luís Santana Todas as idades

Guitarra Clássica Amável Pinto A partir dos 7 anos

Flauta Transversal Cláudia Costa A partir dos 9 anos

Bateria Jorge Quadros A partir dos 9 anos

Saxofone Timóteo Cuche 2.º/3.º ciclos e secundárioProfessores e Funcionários

Conjunto de Sopros Timóteo Cuche 2.º/3.º Ciclos e SecundárioProfessores e Funcionários 5.ª F - 14H25 às 15H55

Coro Leandra Reis 2.º Ciclo 2.ª F - 15H30 às17H00

TuninhaIsaac MaússeZubaida Ismael

1.º Ciclo 2.ª F - 15H30 às 17H00

Atletismo

Ginástica

Basquetebol

Voleibol

Judo

Futebol

Desporto Escolar

EPM-CELP

Música

EPM-CELP

Set/Out 2010 | PL | 19

Conforto e segurança reforçadosINFRA-ESTRUTURAS

A EPM-CELP procedeu, no início do novo ano lectivo, a algumas melhorias das infra-estruturas, que conferemmais conforto, funcionalidade e segurança às rotinas escolares dos nossos alunos. Pilares de protecção do pas-seio que ladeia a fachada lateral do campus da escola, renovação e conservação das piscinas, instalação de trin-cos eletrónicos em salas específicas e edificação de um banco que serve o campo exterior de jogos foram asobras realizadas.

CAMPO DE JOGOS

No campo de jogos, recentementemelhorado com uma cobertura, foi

instalada uma bancada corrida ao longode uma das suas faixas laterais. For-mando duas linhas sinuosas, a banca-da, para além de permitir o repousocómodos dos espectadores, reforçama demarcação dos espaços de circula-ção, de assento e da zona de jogos. Aolongo da bancada também foram insta-lados caixotes de lixo que facilitaram amanutenção da limpeza do local.

TRINCOS ELECTRÓNICOS

Asegurança interna e a protecçãodos equipamentos da EPM-

CELP foram melhoradas com a ins-talação de 10 sistemas de controlode acesso às salas consideradasprioritárias neste aspecto. Duas salasde informática, dois laborátórios deMatemática, o Centro de RecurosEducativos e o sector de SistemasInformáticos e Redes foram os locaisseleccionados. A instalação destessistemas de segurança permite, anível central, o controlo e registoautomáticos dos acessos.

As piscinas da EPM-CELP beneficia-ram de obras de conservação que

implicaram a substituição do revesti-mento dos tanques, assim como amudança das suas águas. Os trabalhosefectuados permitiram igualmente amelhoria do revestimento do espaçocircundante das piscinas, com a substi-tuição do pavimento cerâmico e o enchi-mento das juntas entre as lajes.Tam-bém foram renovados os equipamentosdelimitadores das pistas para provas denatação, bem como recolocadas asescadas e reparadas as valetas dobordo da partida da piscina maior.

PISCINAS

PILARES

Na fachada lateral da EPM-CELP, entreos portões 1 e 2, foram construídos

78 pilares de betão que isolam o passeioda área de estacionamento de veículos.Desta forma, aumentou-se a segurançados alunos e demais utentes da institui-ção, que estão mais resguardados com adelimitação entre a zona de estacionamen-to e a área de circulação pedestre. Adicio-nalmente, foram construídos quatro caixo-tes fixos de lixo em cada uma das entra-das dos portões acima referidos, facilitan-do a recolha dos resíduos sólidos.

Necronomicon2de H.P. Lovecraft

Ne c r o -nomi-

con é umlivro quereúne osmelhorescontos deH.P.Love-craft, génioda literatu-ra “estra-nha” e deterror, quec o m p e t ecom escri-tores comoEdgar A.Poe eS t e p h e nKing no domínio da criação de mundos ecriaturas inimagináveis.

De conto em conto, Lovecraft insere-nos em situações típicas dos nossos pio-res pesadelos, envolve-nos no enredo deacção rápida e misteriosa, deixando-nossufocados, agonizados e aterrorrizados,perdidos dentro do seu universo fictíciocomplexo, onde tudo está interligado eonde tudo tem o seu propósito.

Admito, envergonhadamente, que talcomo muitos leitores dos livros de H.P.Lovecraft, cheguei a acreditar que o livro(fictício), escrito pelo “mad arab AbdulAlhazred” e definido como o livro que guar-da os mais terríveis segredos destemundo, era, na realidade, um livro real eprocurei-o em livrarias, onde me foi dito,por várias vezes, que não era o único afazer o pedido, só me apercebendo domeu erro quando finalmente me lembreido Google.

Resumidamente, Lovecraft é um géniodo terror e Necronomicon a sua obra-prima. Não o aconselho aos de coraçãofraco e aos de sono difícil pois a terrívelmagia da escrita lovecraftiana transcendeas páginas do livro, invadindo a nossamente.

ARTUR CAPÃO12.º ANO

TEXTO

20 | PL | Set/Out 2010

p a l av r a p a l av r aempurra...porque há sempre lugar para mais uma palavra!EDIÇÃO Teresa Noronha

Observatório da LínguaPortuguesa fundou sítio oficial

OObservatório da Língua Portuguesa (OLP),uma associação sem fins lucrativos constituí-

da em 2008, dispõe, desde 17 de Novembro pas-sado, um sítio oficial na Internet. Uma «ode à lín-gua portuguesa» foi como a Sapo.pt relatou a ini-ciativa, apresentada com a promessa de olhar parao Português «como nunca ninguém o viu».

Eugénio Anacoreta Correia, presidente do Con-selho de Administração do OLP, garantiu que o sítiooficial na Internet (http://observatorio-lp.sapo.pt/pt)constitui o “início de um novo ciclo” para a manu-tenção e desenvolvimento da língua portuguesa,atendendo aos conteúdos, ferramentas e funciona-lidades da plataforma. Entre as ofertas contam-senotícias, o novo acordo ortográfico, ferramenta paradissipar dúvidas sobre a utilização da língua, opi-nião, dados estatísticos, bem como cursos de for-mação à distância. Promove, ainda, um programade voluntariado para a leitura, por via de um acor-do assinado com o Ministério da Educação.

A língua portuguesa é hoje falada por cerca de250 milhões de pessoas em todo o Mundo e temganho relevância, nas últimas décadas, em paísesda América Latina e da África de influência france-sa, bem como na China, Índia e Japão. É a sextalíngua mais falada no Mundo e a terceira europeiade maior implantação à escala planetária.

O OLP pretende, para além de se constituircomo um agente cultural com vocação pública, con-tribuir para a divulgação da língua portuguesa noMundo, o estabelecimento de parcerias visando aafirmação, defesa e promoção do Português e paraa formulação de políticas e decisões que concor-ram relevantemente para a sua afirmação como lín-gua estratégica de comunicação internacional.

LITERATURA AUTOR INTERNET

Mário Vargas Llosa ou a escritacomo um “striptease” invertido

No seu delicio-

so livro Cartas

a Um Jovem Nove-

lista, de 1997, que

não foi traduzido

para português,

confidencia o Pré-

mio Nobel de 2010

que o mecanismo

que leva o escritor

à escrita «é um strip-tease invertido» e

explica: «O novelis-

ta executa a opera-

ção no sentido inverso. Na elaboração da nove-

la, vai vestindo a realidade, dissimulando sob

espessos e coloridos trapos forjados pela sua

imaginação, aquela nudez inicial, ponto de par-

tida do espectáculo». Ou seja, o escritor parte

sempre do real para o injectar de fantasia.

Um striptease invertido: é o caso do roman-

ce autobiográfico onde é narrada a sua rela-

ção com Julia Urquidi, irmã da mulher de seu

tio materno, mulher 12 anos mais velha que

ele e com quem Mário Vargas Llosa fugiria aos

18 anos para casar, tendo sido durante dez

anos o verdadeiro sustentáculo da sua forma-

ção como escritor.

O livro chama-se A tia Júlia e o Escreve-

dor (D. Quixote) e é um dos seus melhores

romances, aliás já adaptado para cinema, e onde

Peter Falk protagonizava de forma impagável a

personagem de Pedro Camacho, um escritor

de rádio-novelas absolutamente delirante e

que acaba por ter uma influência decisiva no

curso das decisões do jovem Llosa, o Varguitas

ou Marito do romance, um prematuro Direc-

tor de Informação da Rádio Panamericana, que

sonha ser escritor e ir para Paris. É um magní-

fico “romance de passagem” e um relato que

se lê como um livro de aventuras.

Mário Vargas LLosa pertence, indubitavel-

mente, a uma grande geração de escritores

latino-americanos de que Garcia Marquez e

José Luís Borges fazem parte, que honram o

Prémio Nobel da Literatura.

TERESA NORONHACentro de Formação e de Difusão da Língua

Portuguesa

Set/Out 2010 | PL | 21

“PSICOLOGANDO”

Um pouco latino, um pouco português,somos um povo com tendência para

dramatizar e viver a vida com lágrimas edor… A vida é vista, em primeiro lugar,numa perspectiva cinzenta, derrotista. Anossa garrafa está sempre “meio-vazia”;na também hipótese do “meio-cheia”, atendência é olhar para ela como se já esti-vesse a chegar ao fim, acabada!

Sofremos, antecipadamente, o perío-do de seca e depois de tanto sofrermos ador “masoquisticamente” construída, se,eventualmente, chega um real momentode dor, dizemos com muita grandeza e vai-dade no nosso poder de premonição: “Eunão dizia!!! Eu sabia que isto me ia acon-tecer!!!”. E lá vamos nós, tristes-contentespela caminhada da vida que, insistimos,seja sofrida! Quanto mais dor, mais senti-do parece ter a nossa vida! Primamos pelopessimismo!

Esta postura vai-nos minando, des-truindo e tirando a habilidade para enfren-tar o dia-a-dia, parecendo ser necessárioe urgente saber lidar com as frustrações.E nós, adultos, agentes da educação, pre-cisamos aprendê-lo por três razões fun-damentais: em primeiro lugar porquetemos o direito de ser felizes; em segundoporque somos responsáveis pela nossaconstrução individual; e, em terceiro, por-que temos a responsabilidade de orientarcrianças e adolescentes (filhos e alunos)na integração na sociedade, cuja qualida-de lhes vamos cobrar mais tarde.

Aumenta o número de casos dedepressão na infância e na adolescência.Cada vez mais ouvimos crianças e ado-lescentes mostrarem o vazio em que viveme a insatisfação pela vida. Nas escolas,aumenta o número de alunos com desin-teresse pela vida escolar, pelas activida-des diárias, verbalizando sentimentos detristeza, vazio e aborrecimento. Sentimen-tos de culpa e auto-desvalorização, bemcomo alterações da concentração, memó-ria e raciocínio, importantes no processoensino-aprendizagem, surgem na sequên-cia da depressão das crianças e adoles-centes. De acordo com a OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), a depressão,hoje, já atinge cerca de 15 por cento dapopulação mundial e será a segunda doen-ça mais devastadora até 2020 (já estamosem 2010!). Nos EUA, por exemplo, o sui-cídio entre os adolescentes é a segundacausa de morte.

Este quadro, assustadoramente real,

obriga os adultos a perspectivarem a vidade um modo diferente. É necessário apren-der a fazer uma construção positiva davida, pegar no que existe de bom em cadaum, acreditar nos valores que nós e osoutros possuímos e atirarmo-nos para umaluta que deverá ser vitoriosa! No livro “Edu-car para o Optimismo”, de Helena Marujo,Luís Neto e Fátima Perloiro, os autorespropõem o “Credo do Educador Optimis-ta”, escrito por Christian D. Larson, em1912, como linha orientadora para a adop-ção de uma postura positiva na relaçãocom as crianças e adolescentes, o que,na escola, se traduz na relação professor-aluno. Algumas das propostas vão direc-tamente para pais e professores: “Ser tãoforte que nada poderá perturbar a sua pazde espírito. Fazer com que os alunos, filhos

e colegas sintam que têm algo de espe-cial. Olhar para os lados mais bonitos dascoisas e fazer o seu optimismo vir ao decima. Ter uma disposição alegre e ofere-cer um sorriso aos seres humanos comquem se cruzar. Dar tanto tempo para semelhorar a si próprio que não tem tempopara criticar os outros. Lutar com energiapara que os seus educandos estejam, hojee sempre, apaixonados pela vida.”.

As nossas crianças e adolescentesprecisam de educadores saudáveis quesaibam constituir-se como modelos. Nós,adultos, devemos impormo-nos de formaa valermos a pena como referenciais dassuas vidas!

ALEXANDRA MELOPsicóloga do Serviço de Psicologia e Orientação

REFLEXÃO

Construir o optimismo com coragem

REGISTOS

22 | PL | Set/Out 2010

VISITA DE ESTUDO

Alunos descobriramartes mil na Mozarte

Alunos do 6.º ano do ensino básico daEPM-CELP visitaram, entre 22 e 24

de Setembro, as oficinas da Mozarte (Coo-perativa Juvenil de Artesanato). A visita,realizada no contexto da disciplina de Edu-cação Visual e Tecnológica (EVT), visoucomplementar as actividades lectivas ofe-recidas aos alunos com as experiênciasde contacto real com os espaços artísti-cos da cidade.

Divididas em dois grupos, as quatroturmas do 6.º ano observaram ao vivo osprocessos criativos utilizados pelos arte-sãos na produção de objectos de arte. NaMozarte, os discentes conheceram, inloco, os instrumentos utilizados nas dife-rentes áreas de produção artesanal, taiscomo a tecelagem, a costura, a recicla-

gem do papel, a olaria, a serralharia e amanufactura de objectos em couro, incluin-do o fabrico de bolas de futebol e de bas-quetebol.

Para além da observação dos mate-riais, equipamentos e técnicas de execu-ção de objectos artesanais, os alunos tive-ram ainda oportunidade de interagir direc-tamente com os artesãos, quer “metendoa mão na massa”, quer questionando-ossobre as técnicas artísticas.

No final da visita, a Mozarte presen-teou o entusiasmo revelado pelos alunos,oferecendo-lhes lembranças produzidasno local.

SARA TEIXEIRAGrupo Disciplinar de EVT

AVALIAÇÃO

Projectos curriculares

de turma marcaram

reuniões intercalares

Diagnosticar o ocorrido nos primeirosdois meses de aulas do corrente ano

lectivo foi o objectivo das reuniões inter-calares de avaliação dos ensinos básico esecundário da EPM-CELP, iniciadas naúltima semana de Outubro com termo pre-visto para os primeiros dias de Novembro.

As reuniões intercalares de avaliaçãodo trabalho desenvolvido por cada umadas turmas daqueles níveis de ensino sãoprática corrente na EPM-CELP, como tam-bém, aliás, no próprio sistema educativoportuguês. Têm o objectivo primordial deaferir a quantidade e qualidade do cami-nho percorrido desde o início do ano lecti-vo, tomando como referência, por conse-guinte, o diagnóstico realizado pelos con-selhos de professores no arranque da pri-meira etapa, em Setembro, bem como o

t r a b a l h oent re tan toe f e c t u a d oem cadaturma.

Face àexperiênciavivida nosdois primei-ros mesesde aulas,foram ajus-tadas, nas

reuniões intercalares, estratégias e priori-dades pedagógicas com vista a supera-ção das dificuldades individuais e colecti-vas identificadas no período inicial do anolectivo. Foram, igualmente, definidas asnecessidades e correspondentes modali-dades de articulação curricular entre asdiferentes disciplinas e áreas disciplinaresque compõem os planos de estudo dosensinos básico e seundário.

Necessidade particularmente sentidano ensino básico foi abordar, de formamais consistente e consequente, os pro-jectos curriculares de turma, considera-dos catalizadores do ensino e das apren-dizagens escolares. Para tanto, as reu-niões intercalares contaram com os efei-tos da acção de formação sobre análise econstrução de projectos curriculares deturma, então em curso na EPM-CELP, cor-respondendo às necessidades de forma-ção contínua dos directores de turma.

REGISTOS

Set/Out 2010 | PL | 23

Durou quase todo o dia a Festa das Crianças, realizada nasinstalações da EPM-CELP, em 16 de Outubro. Brincadeirasdos mais variados tipos fizeram a agenda da festa que osalunos finalistas ofereceram aos colegas mais novos. A casado terror, pinturas faciais, campeonato de play-station3, mini-discoteca, singstar, gincanas, tereres e cinema foram as acti-vidades que atraíram muitas famílias à festa, cuja receitaserá utilizada na organização do tradicional Baile de Finalis-tas 2010/2011.

DIVERTIMENTO

Finalistas criativosofereceramfesta às crianças

Eis algumas espécies de monstros da casa do terror, interpretados por alunos finalistas

COMEMORAÇÃO

24 | PL | Set/Out 2010

“Nem me falta na vida honesto estudo/Com longa experiência misturado” - Luís de Camões

Halloween espalha fantasia e terrorTerror e fantasia marcaram a criativida-

de demonstrada pelos alunos dos pri-meiro e segundo ciclos do ensino básico,em 28 e 29 de Novembro. Os miúdosassombraram quase todos os espaçosda EPM-CELP, disfarçados com fatos echapéus fantasmagóricos, por eles pró-prios elaborados.

As crianças do 1.º Ciclo, com a ajudados pais, usaram fantasias assustadorase partiram em grande para o desfile ater-rorizante, que teve lugar no AuditórioCarlos Paredes. Ao longo dos corredorese alas da EPM-CELP, os petizes diverti-ram-se, entoando canções e não perden-do a oportunidade para aplicar o tradicio-nal “doçura ou travessura”. E não perde-ram a sessão de guloseima e doces. Osalunos do 2.º Ciclo, por sua vez, partici-param, de forma criativa, num concursode chapéus, cuja exposição embelezou oátrio de entrada principal da nossa Esco-la. Ao cumprir esta actividade, previstano seu plano de actividades, o GrupoDisciplinar de Inglês valorizou, junto dosalunos, a comemoração da efeméride,promovendo a aproximação à culturanorte-americana no contexto da lecciona-ção da língua inglesa. Um agradecimentoa todos aqueles que colaboraram eassistiram a este evento.

ISABEL CARDOSO

Grupo Disciplinar de Inglês

OHalloween é uma festa, assinaladaem 31 de Outubro, véspera do dia

de Todos os Santos, que se observa emgrande parte dos ainda chamados paí-ses ocidentais, sendo mais representati-va, porém, nos EUA.

As origens desta comemoração temmais de 2500 anos. Surgiu entre o povocelta, crente que, no último dia do Verão(31 de Outubro), os espíritos saíam doscemitérios para tomar posse dos corpos

dos vivos. Para assustar estes fantasmas,os celtas colocavam nas casas objectosassustadores, como, por exemplo, cavei-ras, ossos decorados, abóboras enfeita-das, entre outros objectos.

Por ser uma festa pagã foi condenadana Europa durante a Idade Média, ondepassou a ser chamada de Dia das Bruxas.Aqueles que comemoravam esta dataeram perseguidos e condenados à foguei-ra pela Inquisição.

Com o objectivo de diminuir asinfluências pagãs na Europa Medieval, aIgreja cristianizou a festa, criando o Diade Finados (1 de Novembro).

Por estar relacionada, na sua origem,à morte, o Halloween resgata elementose figuras assustadoras. São símboloscomuns desta festa: fantasmas, bruxas,mortos vivos, caveiras, monstros, gatosnegros e até personagens como o CondeDrácula e o Frankenstein.

DISFARCES — vencedores

CHAPÉUS — vencedores

ORIGEM

Lenda que mistura bruxas, espíritos e finados

Esquerda Harry Porter (Marco Fonse-ca, 5.º B)Direita Cobra e Aranha (AlexandraMalho, 6.º C)

Witch Princess A Múmia Espantalho Noiva

Zara Albasini (1.º B) Tiago Melo (3.º A) Afonso Bragança (2.º C) Margarida (4.º B)