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Page 1: PAU-BRASIL (Caesalpinia echinata Lam)

Forma biológica: perenifólia com 5 a 15 m de altura e 15 a 50 cm de DAP. Tronco: curto, tortuoso e aculeado. Ramificações: dicotômicas e irregular. Casca externa: 10mm de espessura; coloração parda-acinzentada ou pardo-rosada. Casca interna é vermelha-escura. Folhas: compostas, alternas, com 6 a 10 pares de pinas alternas, cm 10 a 20 folíolos e espinhos abaixo da ráquis. Flores: amarelo-douradas com mancha vermelha-escura no centro, Fruto: vagem capsulada pardo-avermelhada. Semente: Elíptica, lisa, chara, de contorno irregular.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Árvores da Cabruca: PAU-BRASIL (Caesalpinia echinata Lam)

DESCRIÇÃO

ASPECTOS ECOLÓGICOS E SILVICULTURAIS

Espécie climássica, em condições naturais ocupa o extrato superior (dossel) da floresta. Germinação epígena com início entre 4 e 30 dias após a semeadura. A espécie também se propaga por estaca e raízes. Apresenta desrama natural insatisfatória, necessitando de poda de condução dos galhos. Atualmente a madeira é empregada na fabricação de arco de violino. Como espécie remanescente da Mata Atlântica, está ameaçada de extinção. A região cacaueira da Bahia, possui os significativos exemplares da espécie.

O pau-brasil cultivado desde 1975 no arboreto da Estação Experimental Arnaldo Medeiros – ESARM, no sul da Bahia, com 35 anos, apresenta altura média de 10 metros e DAP de 15,8 cm. A espécie apresentou Incremento Médio Anual (IMA) em altura de 0,25 m ano-1 e e diâmetro 0,40 cm ano-1. Com uma produtividade volumétrica de 1,35 m ha-1 ano o crescimento da espécie pode ser considerado como lento e irregular.

Figura 2: Vista parcial da parcela de Pau-Brasil no arboreto do CEPEC

Figura 1: Flor (A), semente verde (B), semente madura ©, botão floral (D), casca (E) e árvore (F) de pau-brasil folha de arruda.

A B C

D E F

Autores: Viviane Maria Barazetti1, Dan Érico Lobão2, Robélio Duarte de Santana3, Heriberto Nunes Pacheco4

1 Mestranda em Produção Vegetal; UESC ; Rodovia Ilhéus-Itabuna Campus Soane Nazaré de Andrade, Km 16 - Bairro Salobrinho; [email protected]; (73) 8871-4889 2 Engenheiro Florestal – Pesquisador Ceplac/Cepec & Professor Uesc ; km 22 Rod. Ilhéus - Itabuna, Ilhéus, Bahia, Brasil 3 Técnico agropecuário, Ceplac/CEPEC; km 22 Rod. Ilhéus - Itabuna, Ilhéus, Bahia, Brasil 4 Técnico Agropecuário, Ceplac/Cepec; km 22 Rod. Ilhéus - Itabuna, Ilhéus, Bahia, Brasil

INTRODUÇÃO

O Pau-brasil teve uma participação importante na história do país, não só política como também econômica, desde a colonização até os primórdios da República. A espécie passou a ser considerada Árvore Símbolo Nacional a partir de 7/12/1978, com a Lei 6.607, com base em BUENO (2003). Devido à intensa comercialização da madeira para a extração de corante vermelho (brasilina), a região produtora da Ilha de Vera Cruz ficou conhecida como Costa do Pau-brasil e no ano de 1535, passou a se chamar oficialmente de Brasil. Essa atividade manteve-se economicamente rentável por aproximadamente 350 anos (1850-1870), quando foi progressivamente substituída por corantes sintéticos”.

O pau-brasil (Caesalpinia echinata Lamarck) pertence à família Caesalpiniaceae; tem como sinonímea: arabutã, brasilete, árvore–do-brasil, pau-de-pernambuco, ibirapitanga, ibiripitinga, imirá-piranga, muirapiranga, orabutã, pau-rosado, pau-vermelho e sapão. Na Europa é conhecida por brazil-wood e pernambuco wood. O nome do gênero Caesalpinia é uma homenagem a Andrea Caesalpinio, botânico italiano, enquanto que echinata, refere-se aos acúleos no tronco.

TAXONOMIA E NOMENCLATURA

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