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PERSPECTIVAS DA WEB SEMÂNTICA PARA A BIBLIOTECONOMIA

Autora:

NAIRA MICHELLE ALVES PEREIRA

Graduanda do Curso de Biblioteconomia da UFC, Campus Cariri

[email protected]

Co-autoras:

JORGIVÂNIA LOPES BRITO

Graduada em Biblioteconomia pela UFC, Campus Cariri

[email protected]

PATRÍCIA MARIA DA SILVA

Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Especialista em Gestão Estratégica em Sistemas de Informação pela Universidade

Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Professora Assistente dos Cursos de Biblioteconomia e Arquivologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

[email protected]

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AGENDA:

• INTRODUÇÃO;• WEB SEMÂNTICA; - Arquitetura e Elementos da Web Semântica• OS CONHECIMENTOS DA BIBLIOTECONOMIA E SUAS TENDÊNCIAS

DE EVOLUÇÃO PARA A WEB; SEMÃNTICA;

- Metadados

- Dublin Core• CONSIDERAÇÕES FINAIS;• REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO

Analisando esse universo da Web Semântica, procura-se através de uma pesquisa exploratória com abordagem bibliográfica analisar os avanços obtidos pela comunidade científica das técnicas tradicionais da Biblioteconomia como indexação e catalogação, mostrando suas tendências de evolução para essa nova geração da Web.

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INTRODUÇÃO

Percebe-se, portanto, que “apesar das tecnologias de informação e comunicação modificarem a concepção de organização, tratamento e acesso às informações, a essência do tratamento da informação vem de métodos tradicionais já estabelecidos na área da Biblioteconomia” (ALVES, 2005, p. 111).

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WEB SEMÂNTICA

“A busca de soluções para este problema está na proposta de Berners-Lee,o criador da web, para uma nova geração da web, denominada Web Semântica” (ROCHA, 2004, p. 117) que se desenvolve para que as informações possam ser compreendidas por máquinas, na forma de agentes computacionais que são capazes de operar eficientemente sobre as informações incorporando semântica a elas. (PINHEIRO, 2009).

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WEB SEMÂNTICA

Seu idealizador, Berners-Lee, aponta que “A Web Semântica não é uma Web separada, mas uma extensão da Web atual na qual as informações apresentam significados bem definidos e permite que computadores e pessoas possam trabalhar em cooperação” (BERNERS-LEE, HENDLER, LASSILA, 2001 apud ALVES, 2005, p. 27).

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Web 2.0 Web SemânticaOrigem Evolução natural da Web Proposta de Berners-Lee para

revolucionar aWeb.

Implantação Muito alta Escassa

Coordenação Não existe W3C

Foco Pessoas Máquinas

Primeiras menções

2003 1999

Expressão Linguagem livre, expressado mediante folksonomias, palavras-chave denominadas tags, com problemas de sinonímia e polissemia.

Linguagem controlada, mediante linguagem de expressão de ontologias, sistema de organização do conhecimento e vocabuláriosde metadados.

AlgumasCaracterísticas

- Descrição de recursos para melhorarsua distribuição gratuita- Arquitetura de colaboração- Usabilidade alta- Um recurso é mais útil quanto mais uso tem

- Utilização de uma linguagem padronizada com sintaxe uniforme e semântica nãoambígua.- Interoperabilidade: troca de informação entre qualquer repositório.- Usabilidade escassa.

Fonte: Morato, J. et al. (2008 apud CARVALHO, 2009, p. 131).

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ARQUITETURA E ELEMENTOS DA WEB SEMÂNTICA

camada esquema, responsável por estruturar os dados e definir seu significado para que possa elaborar raciocínio lógico;

camada ontológica, objetiva definir padrões e relações entre os dados. E; camada lógica, composta por um conjunto de regras de inferência para que

os agentes possam utilizá-las com o objetivo de relacionar e processar informações.

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OS CONHECIMENTOS DA BIBLIOTECONOMIA E SUAS TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO PARA A WEB SEMÂNTICA

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Conhecimentos daBiblioteconomia

Necessários na Web Semântica

Evolução para Estágio

Representação descrita de documentos

(objetos)

descrição de documentos (objetos)

- catalogação – formato e padrão MARC e

AACR

- metadado – Dublin Core ENCODEA –

(EAD)

Computer Interchange of Museum

Information

(CIMI) ...

SIM MARC no XML, DUBLINCORE + XML + RDF Schema

Soluções encontrad

as

Representação temática de documentos

(objetos)

Linguagem

- Vocabulário específicos (descritores,

palavras-chave)

- Sistemas de classificação (CDD, CDV,

LC...)

SIM LINGUAGEM NATURALTESAURO “universal”; Categorias de Ranganatham? + LINGUAGEM CONTROLADA

Em pesquisa

Fonte: OLIVEIRA, Rosa Maria Vivona Bertolini. Web Semântica: Novo desafio para os profissionais da Informação.

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OS CONHECIMENTOS DA BIBLIOTECONOMIA E SUAS TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO PARA A WEB SEMÃNTICA

Dentre esses destaca-se o Dublin Core por já ter soluções que “é um conjunto de elementos de dados básicos para descrição e indexação de páginas Web. Definido por especialistas de diversos países, [...] sendo usado como base para vários projetos de indexação.” (CENDÓN, 2007, p. 296-297).

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METADADOS

Metadados [...] podem ser considerados como dados sobre outros dados. É o termo da era da internet para a informação que os bibliotecários, tradicionalmente, colocaram em catálogos e que se refere comumente à informação descritiva sobre recursos da Web. Um registro metadados consiste em um conjunto de atributos, ou elementos, necessários para descrever o recurso em questão.

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METADADOS

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Embora o conceito seja bastante novo, bibliotecários estão há séculos produzindo e padronizando metadados, à medida que extraem de documentos (que seriam os dados) informações de indexação e catalogação (que seriam os metadados), para oferecer aos usuários caminhos, para que estes possam buscar os documentos de que necessitarem. Na Biblioteconomia, o padrão MARC (www.loc.gov/marc) é um exemplo de esquema de metadados. Estes metadados indicam propriedades do documento, como seu autor, sua data de publicação, seu título, seu assunto, e têm como finalidade permitir a descoberta e a localização destes documentos.(MILSTEAD;FELDMAN,1999 apud ROCHA, 2004, p. 114).

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METADADOS

Portanto, “seja qual for o nome que se use, catalogação, indexação ou metadados, o conceito é familiar para profissionais de informação. Agora o mundo eletrônico finalmente o descobriu”. (MILSTEAD; FELDMAN, 1999 apud ALVES, 2005, p. 116). Pois apesar dessas tecnologias terem modificado a forma de representação da informação e seu acesso, a essência do tratamento da informação vem de métodos tradicionais já estabelecidos na Biblioteconomia. (ALVES, 2005).

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METADADOS

DIF (Directory Interchange Format – Formatos para Intercâmbio de Diretórios) – padrão para criar entradas de diretórios que descrevem um grupo de dados;

GILS (Government Information Locator Service – Serviço de Localização de Informação de Governo) usado para descrever informações governamentais;

FGDC (Federal Data Geographic Committee – Comitê Geográfico de Dados Federais) usado na descrição de dados geoespaciais;

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METADADOS

• CIMI (Consortium for the Interchange of Museum Information - Consórcio para o Intercâmbio da Informação dos Museus) que descreve informações sobre museus;

• MTD-BR (Padrão Brasileiro de Metadados de Teses e Dissertações) utilizado para descrever eletronicamente os metadados de teses e dissertações para intercâmbio entre o sistema BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações).

• E o MARC (Machine Readable Cataloging – Maquina de Catalogar dados Bibliográficos) usado para a catalogação bibliográfica, como já foi citado.

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DUBLIN CORE

“A iniciativa Dublin Core (http://dublincore.org) tem foco no ambiente web e esta sendo adotado pelo projeto Web Semântica com o objetivo de oferecer uma coleção básica de elementos de metadados (esquema básico de metadados) para serem utilizados por qualquer comunidade, independente de sua área de domínio”. (ROCHA, 2004, p. 115).

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DUBLIN CORE

O Dublin Core utiliza a linguagem XML (Extensible Markup Language – Linguagem de Marcação Extensível). Adota a sintaxe do RDF (Resource Description Framework – Recurso para Descrição de Quadros) e segundo Mey e Silveira (2009) é composto de quinze elementos.

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DUBLIN CORE

- Contribuidor; - Idioma

- Cobertura - Publicador/editora

- Criador - Relação

- Data - Direitos

- Descrição - Fonte

- Formato - Assunto

- Identificador - Título

- Tipo

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DUBLIN CORE

Através da adoção desse padrão de metadados, a interoperabilidade acontece mais facilmente no ambiente Web. o DC é [...] apenas um modelo básico para a organização dos recursos informacionais em ambiente digital. [...] trata-se de uma base, pois a necessidade de fazer um tratamento adequado de outros tipos de informações pode requerer a inclusão de outros campos de informação. (CARVALHO, 2009, p. 88).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, pode-se concluir que a representação do conhecimento na Web Semântica é uma técnica ainda em construção e a biblioteconomia, visando o aproveitamento de processos de armazenamento, organização e recuperação da informação, está em perfeita sintonia com os estudos da área da Web Semântica na medida em que ambos objetivam aperfeiçoar a recuperação da informação para os usuários na rede.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim sendo, tentou-se mostrar que as atividades desenvolvidas pelos bibliotecários como catalogar, indexar, recuperar e disseminar a informação são de fundamental importância para o desenvolvimento de metadados e da Web semântica, pois poderão vir a abordarem aspectos lógicos, explícitos e abrangentes na prática e realidade da recuperação da informação no ambiente da Web.

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REFERÊNCIAS

ALVES, Rachel Cristina Vesú. WEB SEMÂNTICA: uma análise focada no uso de metadados. Marília, 2005. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual Paulista, 2005.

  CARVALHO, Rodrigo Aquino de. Perspectivas na Web Semântica para a Ciência da

Informação. Campinas: PUC-Campinas, 2009. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 2009.

  CENDÓN, Beatriz Valadares. A internet. In: CAMPELO, B. S.; CENDÓN, B. V.;

KREMER, J. M. (Org.). Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

DZIEKANIAK, Gisele Vasconcelos; KIRINUS, Josiane Boeira. Web Semântica. Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., Florianópolis, n. 18, 2º sem. 20004.

MEY, Eliane Serrão Alves; SILVEIRA, Naira Christofoletti. Catalogação no plural. Brasília: Brinquet de Lemos, 2009.

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NOGUEIRA, Édrio Donizeti; VIEIRA, Job Lúcio Gomes. Web Semântica: a rede inteligente. Disponível em: < www.upis.br/posgraduacao/revista.../web_semantica2009.pdf > Acesso em: 02 de jun. de 2010.

 

OLIVEIRA, Rosa Maria Vivona. Web Semântica: novos desafios para os profissionais da informação. Disponível em: < http://www.sibi.ufrj.br/snbu/snbu2002/oralpdf/124.a.pdf > Acesso em: 02 de jun. de 2010

 

PICKLER, Maria Elisa Valentim. Web Semântica: ontologias como ferramentas de representação do conhecimento. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 12, n. 1, p. 65-83, jan./abr. 2007.

 

PINHEIRO, José Maurício. Web Semântica: rede de conceitos. Cadernos UniFOA, n. 9, p. 23-27, abr. 2009.

 

RAMALHO, Rogério Aparecido Sá. Web Semântica: aspectos interdisciplinares da gestão de recursos informacionais no âmbito da Ciência da Informação. Campinas: PUC-Campinas, 2009. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 2009.

 

ROCHA, Rafael Port da. Metadados,Web Semântica, Categorização Automática: combinando esforços humanos e computacionais para a descoberta e uso dos recursos da web. Em Questão, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 109-121, jan./jun. 2004.

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

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TecnólogoOlha a máquina

Bibliotecário

(Humanista)

Olha o humano

Fontes: MODESTO, Fernando. Da Ficha “Lascada” aos Metadados. [SLIDE], 2007.

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