Transcript
  • UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

    INSTITUTO DE CINCIA E TECNOLOGIA

    CURSO DE BACHARELADO EM CINCIA E TECNOLOGIA

    PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE ELETRNICA EMBARCADA PARA MINI

    BAJA EQUIPE BAJA ESPINHAO UFVJM

    Orlindo Wagner Soares Pereira

    Diamantina

    2013

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

    INSTITUTO DE CINCIA E TECNOLOGIA

    PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE ELETRNICA EMBARCADA PARA MINI

    BAJA EQUIPE BAJA ESPINHAO UFVJM

    Orlindo Wagner Soares Pereira

    Orientador:

    Manoel Jos Mendes Pires

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado

    ao Curso de Bacharelado em Cincia e

    Tecnologia, como parte dos requisitos exigidos

    para a concluso do curso.

    Diamantina

    2013

  • Ficha Catalogrfica - Servio de Bibliotecas/UFVJM Bibliotecria Nathlia Machado Laponez Maia

    CRB6-3002

    P436p Pereira, Orlindo Wagner Soares. Planejamento do sistema de eletrnica embarcada para mini baja Equipe Baja Espinhao UFVJM / Orlindo Wagner Soares Pereira. Diamantina: UFVJM, 2013. 59 p. : il.

    Orientador: Prof. Dr. Manoel Jos Mendes Pires Monografia (Trabalho de Concluso do Curso de Bacharelado em Cincia e Tecnologia) - Instituto de Cincia e Tecnologia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2013.

    1. Mini baja. 2. Baja Espinhao. 3. Eletrnica embarcada. 4. Arduino. I. Pires, Manoel Jos Mendes. II. Ttulo.

    CDD 623.8504

    Elaborada com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

  • DEDICATRIA

    Dedico este trabalho a minha famlia e amigos que sempre me incentivaram a

    continuar estudando.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo a toda minha famlia e amigos prximos pelo apoio que me deram

    durante estes ltimos trs anos.

    Aos professores e tcnicos do Instituto de Cincia e Tecnologia pelo trabalho que

    fizeram e que fazem para a formao de futuros engenheiros.

    A toda Equipe Baja EspinhAo pela oportunidade de fazer parte deste projeto, a

    qual eu tenho o prazer de participar.

    Um agradecimento especial ao professor Manoel Jos Mendes Pires, por ter me

    orientado durante estes ltimos meses para o desenvolvimento deste trabalho, pela

    pacincia e por sua experincia profissional.

    Um agradecimento especial tambm professora Raquel Anna Sapunaru, pelo seu

    apoio moral e intelectual, que me fez enxergar o mundo de outra maneira e acreditar que,

    por mais difcil que as coisas sejam, o melhor sempre est por vir!

  • No olhe para o dedo. Olhe para a lua.

    Plato

  • RESUMO

    PEREIRA, O. W. S; PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE ELETRNICA

    EMBARCADA PARA MINI BAJA EQUIPE BAJA ESPINHAO UFVJM, 59p, 2013. Trabalho de Concluso de Curso. Bacharelado em Cincia e Tecnologia.

    Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Diamantina. Minas

    Gerais.

    Este trabalho apresenta e discute o primeiro projeto de eletrnica embarcada do

    veculo Mini Baja da Equipe Baja EspinhAo UFVJM. As competies SAE Brasil de

    Mini Baja renem Instituies de Ensino Superior de todo o Brasil, com o objetivo de

    promover o desenvolvimento acadmico de alunos de engenharia com interesse no setor

    automotivo. Atravs de anlises e comparaes de sensores e da plataforma de aquisio e

    gerenciamento de sinais escolhida para o Baja EspinhAo, vrios aspectos so abordados,

    desde a concepo at o funcionamento dos sistemas projetados. Visando a construo de

    um painel de instrumentos e coleta de dados, optou-se pelo uso da plataforma de

    prototipagem Arduino como central eletrnica. Essa central registra e apresenta em tempo

    real ao piloto informaes como rotao e temperatura do motor, assim como a quantidade

    de combustvel no tanque.

    Palavras chaves: Mini Baja , Baja Espinhao, Eletrnica embarcada, Arduino

  • ABSTRACT

    This work presents and discusses the first project of on board electronics of the Mini Baja

    of the EspinhAo UFVJM team. The SAE Brasil competitions of Mini Bajas involve

    universities and colleges from different parts of Brazil in order to promote de academic

    development of engineering students with interest in the automotive sector. Several aspects

    of the projected systems are discussed through analysis and comparisons of sensing probes,

    and of the chosen platform for data acquisition and management of signals. The Arduino

    prototype platform has been chosen as the electronic central seeking for the construction of

    the instruments panel and data acquisition. This central records and provide to the pilot live

    information as the rotation and temperature of the motor, as well as the amount of fuel in

    the tank.

    Keywords: Mini Baja , Baja Espinhao, Onboard electronics, Arduino

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Mini bajas ........................................................................................................ 18

    Figura 2 Logo da Equipe Espinhao Baja SAE; Integrantes da equipe participando como comissrios em Piracicaba SP ............................................................................... 19

    Figura 3 Esquema da placa Arduino UNO..................................................................... 21

    Figura 4 Modelos de plataformas de prototipagem Arduino......................................... 22

    Figura 5 Exemplos de Shilds comumente utilizados com o Arduino............................ 22

    Figura 6 Montagem de vrios Shilds.............................................................................. 23

    Figura 7 IDE do Arduino .............................................................................................. 23

    Figura 8 Cdigo bsico de programao do Arduino..................................................... 24

    Figura 9 Ciclo de desenvolvimento para a programao do Arduino............................ 24

    Figura 10 Curvas de um dispositivo ohmico esquerda, e no hmico direita. ....... 26

    Figura 11 Efeito Hall ................................................................................................... 27

    Figura 12 Sensor de temperatura LM35CZ, e sua configurao de pinagem .............. 29

    Figura 13 Sensor reedswitch e sua aplicao para a medio de velocidade ............ 29

    Figura 14 Sensor indutivo e sua aplicao para a medio de velocidade .................... 30

    Figura 15 Display LED de 7 segmentos ........................................................................ 31

    Figura 16 Display LCD 16 x 2 ..................................................................................... 31

    Figura 17 Rede de Comunicao I2C .......................................................................... 32

  • Figura 18 Dispositivos eltricos obrigatrios para os veculos mini-bajas: bateria, luz de freio e boto killswitch........................................................................................................ 34

    Figura 19 Circuitos eltricos dos itens obrigatrios dos veculos mini-bajas, esquerda o circuito da chave geral e direita o circuito da luz de freio .............................................. 34

    Figura 20 Organograma do painel de instrumentos ....................................................... 35

    Figura 21 Disposio dos itens de eletrnica embarcada do Baja EspinhAo............... 36

    Figura 22 Layout do painel, feito no software AutoCAD............................................ 36

    Figura 23 Esquema de montagem do painel de instrumentos ...................................... 38

    Figura 24 Esquema eltrico da central do painel de instrumento, feito no CAD software Eagle ................................................................................................................................ 38

    Figura 25 Layout para a produo da placa de circuito impresso do PainelShield ........ 39

    Figura 26 Imagem do sensor Hall SS41....................................................................... 40

    Figura 27 Desenho esquemtico do tanque de combustvel ....................................... 41

    Figura 28 Desenho esquemtico do circuito RTC....................................................... 42

    Figura 29 Acionamento de um display de 7 segmentos utilizando o shift register PCF8574AP usando apenas duas portas do Arduino........................................................ 43

    Figura 30 Esquema eltrico do dispositivo PCF8574 .................................................. 44

    Figura 31 Display LCD e Arduino na protonboard .................................................. 44

    Figura 32 Fluxograma do sistema eletrnico do painel de instrumentos ...................... 45

  • Figura A1 Figura 32 Fluxograma do sistema eletrnico do painel de instrumentos ................................................................................................................................... 51

  • LISTA DE TABELAS

    TABELA 1 Organizao do Regulamento da Competio Baja SAE Brasil ...................................................................................................................................

    TABELA 2 Anlise da Figura 3, significados das partes destacadas ................................................................................................................................... 21

    TABELA 3 - Componentes eletrnicos do painel de instrumentos .......................... 37

  • SUMRIO

    1. INTRODUO................................................................................................... 15

    1.1 Objetivo .......................................................................................................... 15

    1.2 Justificativa ..................................................................................................... 16

    1.3 Organizao do Trabalho ................................................................................. 16

    2. CONCEITOS E DEFINIES.......................................................................... 16

    2.1 O Projeto Baja SAE ......................................................................................... 16

    2.1.1 Os mini bajas ........................................................................................... 17

    2.2 A Equipe Baja EspinhAo UFVJM ................................................................. 18

    2.3 O Regulamento da Competio........................................................................ 19

    2.4 O Microcontrolador Arduino ........................................................................... 20

    2.4.1 O que o Arduino? ................................................................................. 20

    2.4.2 Shields do Arduino .................................................................................. 22

    2.4.3 Processo de gravao do cdigo .............................................................. 23

    2.5 Sensores e Dispositivos Eletroeletrnicos ....................................................... 25

    2.5.1 Princpios de Eletricidade e Eletromagnetismo ...................................... 25

    2.5.1.1 Lei de Ohm ................................................................................... 25

    2.5.1.2 Leis de Kirchoff ............................................................................ 26

    2.5.1.3 Lei de Faraday ............................................................................... 26

    2.5.1.4 Efeito Hall ..................................................................................... 27

    2.5.2 Sensores .................................................................................................. 27

    2.5.2.1 Potencimetro................................................................................ 28

    2.5.2.2 Sensores de Temperatura............................................................... 28

    2.5.2.3 Sensores de Velocidade e RPM..................................................... 29

    2.5.3 Mostradores (Displays) ........................................................................... 30

    2.6 Comunicao de Dispositivos .................. ....................................................... 31

    2.6.1 Comunicao Serial ................................................................................ 31

  • 2.6.2 Comunicao I2C .................................................................................... 32

    3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ........................................................ 33

    3.1 Montagem dos Itens Obrigatrios .................................................................... 33

    3.2 Montagem do Painel de Instrumentos .............................................................. 34

    3.3 Implementao do Sistema .............................................................................. 35

    3.3.1 Desenvolvimento dos layouts e circuitos eletrnicos ............................. 36

    3.3.2 Medies de velocidade e RPM ............................................................ 39

    3.3.3 Medies de temperatura e nvel de combustvel .................................. 40

    3.3.4 Relgio Digital ........................................................................................ 42

    3.3.5 Utilizao dos displays no painel projetado ............................................ 42

    3.3.6 A programao ......................................................................................... 45

    3.4 Anlise do Projeto ............................................................................................ 46

    3.5 Perspectivas Futuras ......................................................................................... 47

    4. CONCLUSO...................................................................................................... 47

    REFERNCIAS ...................................................................................................... 49

    ANEXOS................................................................................................................... 51

    Anexo A Detalhes especficos do ATMEGA328PU ............................................. 51

    Anexo B A Programao....................................................................................... 52

  • 15

    1. INTRODUO

    A indstria automobilstica responsvel por boa parte do desenvolvimento da economia.

    H uma grande quantidade de reas envolvidas na produo de um veculo, como a indstria

    eletrnica, qumica, txtil, tecnologia da informao, autopeas, automao, etc.

    Pode-se entender como eletrnica embarcada, qualquer conjunto ou sistema eletrnico

    instalado em um veculo (carro, avio, navio). (CAPELLI, 2010, p.5) Nos ltimos anos a

    eletrnica embarcada tem aumentado significativamente nos automveis. Se antes ela se aplicava

    apenas ignio e sinalizao, hoje os vrios veculos automotores j saem de fbrica com

    sistemas de injeo eletrnica, sistema de freios ABS, computador de bordo, etc. Alm disso, h

    uma forte preocupao quanto ao consumo, e exigncias quanto ao desempenho e emisso de

    poluentes.

    O mini baja tambm um veculo que possui a sua eletrnica embarcada. Uma vez que,

    por ser um veculo de competio, necessita de um sistema eletroeletrnico para alcanar o

    desempenho desejado pela equipe e seguir os requisitos das competies.

    O sistema eletroeletrnico do Baja EspinhAo composto pelos itens obrigatrios e os

    itens adicionais visando segurana e conforto ao piloto. Por outro lado a construo de um painel

    de instrumentos oferece informaes do veculo, alm de proporcionar conforto e praticidade ao

    piloto.

    Para o desenvolvimento de tais sistemas, torna-se interessante o uso da simulao,

    modelagem matemtica, informtica, processos de fabricao, custos e design do produto, que

    garante boa aceitao do produto, alm do uso de boas prticas de engenharia para o

    desenvolvimento do projeto.

    1.1 Objetivo

    Este trabalho tem como objetivo projetar um sistema de eletrnica embarcada para um

    veculo Baja SAE (Society of Automotive Engineers), visando praticidade e conforto para o

    piloto. Assim como prover a anlise das caractersticas necessrias para que o veculo tenha um

    bom desempenho nas competies realizadas pela SAE na categoria Baja off-road, nas quais as

    equipes competidoras so compostas por estudantes de graduao em Engenharia.

  • 16

    1.2 Justificativa

    O projeto de construo de um veculo envolve muitas variveis, tais como o estudo de

    projeto, anlise de materiais e tecnologias aplicadas. Assim como a aplicao dos conhecimentos

    adquiridos na academia. tambm uma forma de difuso do conhecimento. Alm disso, a

    montagem de um prottipo possibilita aos alunos tudo o que est relacionado ao projeto como,

    oportunidade de idealizao, concepo, dimensionamento, anlise, simulaes, fabricao,

    montagem, testes, alm de oferecer a oportunidade de desenvolver habilidades tcnicas,

    econmicas, sociais e interpessoais.

    1.3 Organizao do Trabalho

    Para o desenvolvimento deste trabalho optou-se pela seguinte organizao:

    Conceitos e definies: Diz respeito competio Baja SAE, a Equipe e reviso

    bibliogrfica.

    Planejamento e desenvolvimento do projeto em si, explicando a metodologia e

    tecnologias utilizadas para a implementao do sistema.

    Detalhes do projeto e Perspectivas Futuras

    Concluso

    Optou-se, tambm, por incluir alguns anexos referentes ao assunto do trabalho, como detalhes

    especficos de dispositivos e o cdigo da programao.

    2. CONCEITOS E DEFINIES

    2.1 O Projeto Baja SAE

    O projeto Baja SAE tem como objetivo estimular o aprendizado em engenharia e

    introduzir conhecimentos prticos de projeto, construo, montagem e manuteno a partir do

    desenvolvimento de um veculo off-road, denominado mini baja. Com essa iniciativa, a SAE

    estimula o desenvolvimento de novas ideias e tecnologias. (ARAJO et al, 2006, p.777)

  • 17

    O projeto Baja SAE foi criado na Universidade da Carolina do

    Sul, Estados Unidos, sob a direo do Dr. John F. Stevens, sendo que a

    primeira competio ocorreu em 1976. O ano de 1991 marcou o incio das

    atividades da SAE BRASIL, que, em 1994, lanava o Projeto Baja SAE

    BRASIL.

    No ano seguinte, em 1995, era realizada a primeira competio

    nacional, na pista Guido Caloi, bairro do Ibirapuera, cidade de So Paulo. No

    ano seguinte a competio foi transferida para o Autdromo de Interlagos, onde

    ficaria at o ano de 2002. A partir de 2003 a competio passou a ser realizada

    em Piracicaba, interior de So Paulo, no ECPA Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo.

    Desde 1997 a SAE BRASIL tambm apoia a realizao de eventos

    regionais do Baja SAE BRASIL, atravs de suas Sees Regionais. Desde ento

    dezenas de eventos foram realizados em vrios estados do pas como Rio

    Grande do Sul, So Paulo, Minas Gerais e Bahia. (Regulamento Baja SAE

    Brasil - RBSB1, 2010, p.2 )

    A SAE uma entidade fundada em 1905 nos Estados Unidos, responsvel pela criao do

    projeto, assim como pela realizao das competies. O objetivo desta instituio promover a

    difuso e o intercmbio de informaes tecnolgicas entre profissionais da iniciativa privada, das

    comunidades acadmicas e entidades pblicas. Para isso, rene mais de 90 mil associados,

    distribudos em 93 pases, atuando nas reas terrestre, naval, area e espacial e estabelecendo

    normas e procedimentos.

    2.1.1 Os mini bajas

    Os mini bajas, so veculos monopostos, e possuem chassis tubulares em ao, condizentes

    com as normas e procedimentos de segurana, alm de suspenses independentes nas quatro

    rodas, carroceria em fibra de vidro, carbono ou kevlar, e motores estacionrios de 10 HP

    padronizados para todas as equipes (Figura 1).

  • 18

    Figura 1 Mini bajas

    Fonte:

    As competies realizadas no Brasil se dividem em duas etapas anuais, sendo uma

    modalidade regional e outra nacional1. Os projetos das equipes passam por vrios testes divididos

    em trs fases distintas: provas estticas, provas dinmicas e enduro de resistncia. A colocao

    final de cada veculo calculada pela soma das notas, cada qual multiplicada pelo seu respectivo

    peso.

    Nesta Competio, as equipes devem mostrar suas habilidades de projeto,

    desenvolvimento e construo do Mini Baja, alm de pilotarem os seus prprios prottipos.

    Desde o projeto at o carro j pronto, os integrantes devem obedecer s normas estabelecidas pela

    SAE.

    Os estudantes que participam do Projeto Mini Baja obtm uma completa viso do

    desenvolvimento de um produto na indstria automobilstica, desde o conceito at a construo

    do prottipo.

    2.2 A Equipe Baja EspinhAo

    A equipe Baja EspinhAo formada pelos alunos dos cursos Bacharelado em Cincia e

    Tecnologia e Engenharia Mecnica da UFVJM. Criada em Novembro de 2011, teve o seu

    1 As trs equipes mais bem colocadas na modalidade Nacional se classificam para a competio mundial realizada

    nos Estados Unidos.

  • 19

    primeiro contato com a competio no ano de 2012 quando os membros foram cidade de

    Piracicaba - So Paulo - participar como voluntrios da competio nacional.

    Figura 2 Logo da Equipe EspinhAo Baja SAE; Integrantes da equipe participando como

    comissrios em Piracicaba-SP. foto tirada em 26/03/2012)

    A equipe conta com o apoio de diversos professores do Instituto de Cincia e Tecnologia

    alm de utilizar a estrutura da Universidade para o desenvolvimento do projeto.

    A equipe desenvolveu o projeto escrito para ser apresentado na Competio Nacional

    2013, que ocorreu nos dias 14 a 17 de maro. A equipe foi bem na apresentao, ficando bem

    colocado na competio (61 colocao em um ranking de 82 equipes participantes), mesmo sem

    ter o prottipo pronto, o que serviu de estmulo para os trabalhos da equipe.

    2.3 O Regulamento da Competio

    O regulamento da competio de mini bajas no Brasil encontrado no site da SAE Brasil.

    E o mesmo est dividido em 5 partes: RBSB 1, RBSB 3, RBSB 5, RBSB 7, RBSB 9, RBSB 11.

    A Tabela 1 descreve cada tpico do regulamento (RBSB: Regulamento Baja SAE Brasil ):

  • 20

    Tabela 1: Organizao do Regulamento da Competio Baja SAE Brasil.

    CAPTULO ASSUNTO

    RBSB 1 Definies

    RBSB 3 Competio Baja SAE BRASIL

    RBSB 5 Requisitos Gerais do Veculo

    RBSB 7 Requisitos Mnimos de Segurana

    RBSB 9 Avaliaes e Pontuao

    RBSB 11 Procedimentos da Competio

    Do ponto de vista da eletrnica embarcada no veculo, o captulo RBSB 7, itens de

    segurana e conforto agregam as informaes pertinentes aos itens eletroeletrnicos do veculo,

    tais como a luz de freio, chave geral e bateria. Todas as equipes devem seguir rigorosamente o

    regulamento, uma vez que este um dos requisitos bsicos para um bom desenvolvimento do

    prottipo.

    2.4 O microcontrolador Arduino

    2.4.1 O que o Arduino?

    O Arduino uma plataforma de prototipagem que contm o circuito integrado

    ATMEGA328PU2, pertencente categoria dos microcontroladores, ou seja, um componente

    integrado onde um nico dispositivo contm todos os circuitos necessrios para realizar um

    completo sistema digital programvel.

    Por ser open source, isto , de cdigo livre, o Arduino permite a construo e

    desenvolvimento de projetos eletrnicos sem a necessidade de um conhecimento tcnico

    aprofundado sobre o assunto. Alm disso, possui carter colaborativo uma vez que possui

    desenvolvedores em vrios pases.

    Basicamente o Arduino, recebe, gera e interpreta dados. Com base nos valores de entrada

    e sada, permite, por exemplo, o desenvolvimento de controle residencial e robtica com

    2 Circuito integrado produzido pela ATMEL. Os detalhes especficos deste componente esto no Anexo A deste

    trabalho.

  • 21

    capacidades de controle, resposta e aquisio de dados. A Figura 3 a seguir descreve a estrutura

    do hardware, cujos componentes esto listados na Tabela 2.

    Figura 3 Esquema da placa Arduino UNO.

    Fonte:

    Tabela 2: Anlise da Figura 3, significado das partes destacadas

    Componente Descrio Cor

    Digital Pins Pinos de Entrada e sada Digital Verde Claro

    Analog In Pins Pinos de Entrada e sada Analgica (0-5V) Azul Claro

    Power and Ground

    Pins Pinos de Energia Laranja e Laranja Claro

    Jack / Entrada de

    energia Suprimento Externo de energia (9 - 12VDC) Rosa

    USB Usada para gravar os programas; Comunicao

    serial entre placa e computador; Amarelo

    RX - TX Pins Pinos usados para comunicao Serial com

    dispositivos Verde Escuro

    O Arduino est disponvel em uma ampla gama de modelos para melhor adaptar-se as

    exigncias de projetos especficos, diferenciando-se pelo nmero de linhas de I/O (entrada e

    sada) e pelo contedo do dispositivo. Alguns exemplos de plataformas Arduino so apresentados

    na Figura 4.

  • 22

    Figura 4 Modelos de plataformas de prototipagem Arduino.

    Fonte:

    2.4.2 Shields do Arduino

    Os shields3 so dispositivos eletrnicos que podem ser conectados (encaixados) no

    Arduino. So extenses do Arduino que permitem interagir com tecnologias diversas com

    facilidade. As Figuras 5 e 6 trazem alguns exemplos de shields.

    Figura 5 Exemplos de Shilds comumente utilizados com o Arduino.

    Fonte:

    3 Shield em ingls significa escudo. O significado deste termo, no contexto, est no fato do mesmo se conectar ao

    arduino formando uma espcie de escudo como pode ser observado na Figura 6.

  • 23

    Figura 6 Montagem de vrios Shilds .

    Fonte:

    2.4.3 Processo de gravao do cdigo

    Para gravar um cdigo no microcontrolador preciso inicialmente fazer o download do

    software do arduino no link: . O passo seguinte fazer a

    instalao dos drivers ao conectar o dispositivo no computador.

    Realizada as etapas anteriores preciso abrir a IDE (ver Figura 7), ou seja, o ambiente de

    programao para escrever o cdigo, na linguagem especfica.

    A linguagem de programao do arduino semelhante linguagem C/C++ uma vez que

    possui estruturas comuns (como if, else, switch, case, for, etc). importante ressaltar que a

    linguagem de programao do arduino bastante especfica pois as bibliotecas utilizadas so

    diferentes.

    Figura 7 IDE do Arduino.

    Fonte:

  • 24

    Para o comando do circuito o microcontrolador utiliza duas funes bsicas, que so a

    funo void setup() e a funo void loop(), a primeira configura as portas do dispositivos para os

    modos de entrada ou sada, enquanto a segunda executa um loop (lao) infinito, ou seja com esta

    funo o programa fica executando infinitamente no dispositivo. A Figura 8 apresenta a sintaxe

    bsica de programao do Arduino enquanto a Figura 9 representa o ciclo de desenvolvimento do

    Arduino, isto o processo geral de gravao do cdigo no dispositivo.

    Figura 8 Cdigo bsico de programao do Arduino.

    (retrato de tela do computador print screen)

    Figura 9 Ciclo de Desenvolvimento para a programao do Arduino.

    Fonte:

  • 25

    2.5 Os Sensores e Dispositivos Eletroeletrnicos

    Para a escolha dos dispositivos eletrnicos importante o conhecimento do princpio de

    funcionamento dos mesmos assim como os detalhes de sua instalao, e a aferio dos

    resultados.

    2.5.1 Princpios de Eletricidade e Eletromagnetismo

    Os princpios fsicos so importantes para o desenvolvimento dos projetos de engenharia.

    Em reas como eletromagnetismo e eletrnica, alguns conceitos fundamentais tais como, a Lei

    de Ohm, a Lei de Kirchhoff e outras teorias so ferramentas indispensveis para o entendimento

    do funcionamento de dispositivos e sistemas mais complexos. Apresentamos brevemente alguns

    desses conceitos relevantes no caso desse trabalho.

    2.5.1.1 A Lei de Ohm

    A lei fundamental da eletricidade a Lei de Ohm. Ela relaciona: Tenso (V), Corrente (I)

    e Resistncia (R). Vrias de suas aplicaes so vistas diariamente, at mesmo sem conhec-la.

    Segundo HALLIDAY et al. (2010, p. 151), a lei de Ohm definida da seguinte maneira:

    A Lei de Ohm a afirmao de que a corrente que atravessa um dispositivo sempre

    diretamente proporcional diferena de potencial aplicada ao dispositivo. HALLIDAY et al.,

    2010, p. 151).

    Caso seja constante o valor da resistncia, aumentando o valor da tenso, observa-se um

    aumento proporcional do valor da corrente e vice-versa.

    Ou seja,

    V = RI

  • 26

    Um dispositivo hmico aquele que obedece a afirmao citada anteriormente, e um no

    hmico o contrrio. A Figura 10 apresenta as curvas IxV de um dispositivo hmico e um no

    hmico:

    Figura 10 Curvas de um dispositivo ohmico esquerda, e no hmico direita.

    Fonte: HALLIDAY et al., 2009, p. 151

    No caso de um dispositivo hmico, a inclinao da reta a resistncia eltrica R do

    trecho onde a diferena de potencial foi medida.

    2.5.1.2 Leis de Kirchoff

    As regras ou leis de Kirchhoff so leis bsicas para o entendimento de circuitos eltricos.

    Tambm conhecida como Lei das Malhas e Lei dos ns, elas se resumem nas seguintes

    afirmativas:

    REGRA DAS MALHAS: A soma algbrica das variaes de potencial encontradas ao

    percorrer uma malha fechada sempre zero. (HALLIDAY et al., 2010, p.176)

    REGRA DOS NS: A soma das correntes que entram em um n igual soma das

    correntes que saem do n. HALLIDAY et al., 2010, p.176)

    2.5.1.3 Lei de Faraday

    Essa lei corresponde observao de que correntes variveis em um circuito induzem

    uma corrente em um circuito prximo. A corrente varivel do circuito produz um campo

  • 27

    magntico varivel, que, por sua vez, gera uma corrente eltrica no segundo circuito.

    Similarmente, o movimento de um m em um circuito gera neste uma corrente.

    Observa-se tambm que, mantendo o campo fixo, mas variando a rea de um circuito em

    contato com o campo magntico, ou ainda a orientao do circuito relativa ao campo, uma

    corrente no circuito tambm gerada.

    Em conjunto, estas observaes indicam que a variao do fluxo magntico gera um

    campo eltrico associado a uma tenso que, na presena de cargas, gera uma corrente induzida.

    2.5.1.4 Efeito Hall

    O efeito Hall um fenmeno que ocorre quando um condutor eltrico submetido a um

    campo magntico (H) perpendicular direo da corrente eltrica (I) que o percorre, o que

    ocasiona uma diferena de potencial (e) nas laterais desse. Esse efeito significativo apenas em

    certos materiais, geralmente semicondutores de alta pureza. Na Figura 11 apresentamos um

    esquema geral da geometria envolvida.

    Figura 11 Efeito Hall.

    Fonte: (BRAGA, 2012, p.29)

    O efeito ocorre devido ao fato das cargas eltricas tenderem a desviar-se de sua trajetria

    por causa da fora de Lorentz. Desta forma cria-se um acmulo de cargas nas superfcies laterais

    do condutor produzindo uma diferena de potencial.

    2.5.2 Sensores

    Atualmente existe uma diversidade de sensores no mercado para diversas aplicaes.

    Dentro do ramo do automobilismo, alguns sensores ganham destaque, uma vez que possibilita a

  • 28

    medio de variveis como nvel de combustvel, velocidade, temperatura, etc. Vrios deles so

    baseados nas leis e princpios citados nas sees anteriores.

    2.5.2.1 Potencimetro

    O potencimetro um dispositivo que varia sua resistncia eltrica atravs de um

    acionamento mecnico. Uma outra maneira de compreender um potencimetro entend-lo

    como apenas uma resistncia varivel.

    H potencimetros de vrios modelos, de diferentes resistncias para variadas aplicaes.

    Serve como auxlio para a regulagem de circuitos eletroeletrnicos, alm de servir como sensor

    quando se trata de variao angular e linear de distncias milimtricas. Tais como a variao do

    nvel de fluido em um reservatrio ou o deslocamento linear de um suporte mecnico.

    2.5.2.2 Sensores de temperatura

    possvel encontrar no mercado uma variedade de sensores capazes de detectar a

    variao de temperatura em determinados sistemas. Os mais comuns esto relacionados com o a

    variao da tenso eltrica medida que a temperatura do ambiente analisado varia.

    Um dispositivo muito usado para medir temperatura o termopar. O termopar consiste

    em dois fios condutores de materiais diferentes unidos numa das extremidades, e que, por terem

    configuraes distintas de nveis eletrnicos, apresentam uma diferena de potencial na juno

    das extremidades. Essa diferena de potencial varia com a temperatura e pode ento ser utilizada

    para a medio da mesma. Existem vrios tipos de termopares formados com condutores de

    diferentes materiais.

    Outra maneira de medir temperatura usando circuitos integrados, fabricados

    especialmente para esta finalidade a partir de materiais semicondutores. O LM35CZ (Figura 12)

    um bom exemplo destes circuitos integrados, e oferece boa preciso para as faixas de

    temperatura entre 50 a 150 C.

    O circuito integrado LM35CZ um sensor de temperatura que oferece uma sada

    analgica obedecendo a uma linearidade entre temperatura aplicada a e voltagem de sada. Este

  • 29

    valor de converso pode ser encontrado na documentao do dispositivo (datasheet). Com base

    neste valor calcula-se a temperatura.

    Figura 12: Sensor de temperatura LM35CZ, e sua configurao de pinagem.

    Fonte: LM35CZ Datasheet

    2.5.2.3 Sensores de velocidade e RPM

    Para efetuar a medida de velocidade e rotaes por minuto, importante medir a

    frequncia com que uma roda gira. Para isso preciso, por exemplo, um sensor capaz de captar

    pulsos eltricos gerados, e ou convert-los em uma sada analgica. Para a medio de

    velocidade tambm possvel utilizar chaves magnticas reedswitch, sensores de efeito Hall ou

    um sensor indutivo.

    A chave magntica reedswitch consiste basicamente em dois contatos metlicos dentro de

    uma ampola de vidro. Estes contatos esto muito prximos e quando um im passa prximo

    deles, os mesmos encostam um no outro, fechando o circuito. A seguir a Figura 13 mostra a

    aplicao do sensor reedswitch :

    Figura 13 Sensor reedswitch e sua aplicao para a medio de velocidade.

    Fonte: (BRAGA, 2012, p.3)

  • 30

    O sensor Hall possui aplicao semelhante chave magntica reedswitch, entretanto a

    forma com que o mesmo emite o sinal eltrico diferente, como j foi explicado no item 2.5.1.4.

    Quanto ao sensor indutivo importante ressaltar que o mesmo, consiste em um

    dispositivo responsvel por obter uma corrente induzida atravs da variao do campo magntico

    na regio sensora. Um artifcio para medir velocidade atravs de um sensor indutivo explorar

    os dentes de uma roda dentada de modo que o sinal emitido pelo sensor varia com a frequncia

    com que os dentes passam prximos a ele (Figura 14):

    Figura 14 Sensor indutivo e sua aplicao para a medio de velocidade.

    Fonte: (BRAGA, 2012, p.29)

    Enfim em todos os casos apresentados, importante ressaltar que a velocidade

    calculada de acordo com a frequncia dos pulsos obtidos.

    2.5.3 Mostradores (Displays)

    Alm da coleta de informaes atravs de sensores, torna-se indispensvel a apresentao

    dos resultados obtidos. Para isso o uso de uma interface digital facilita o entendimento de vrios

    processos, como por exemplo, dados obtidos por um sensor de umidade apresentados na tela de

    um computador.

    Para pequenas instalaes e montagens, o uso de displays de LED de 7 segmentos

    muito interessante. Pois uma central de controle pode ser programada para a apresentao de

    valores numricos. Este tipo de mostrador pode ser utilizado desde relgios digitais, at nos

    painis eletrnicos de um estdio de futebol (Figura 15).

  • 31

    Figura 15 Display LED de 7 segmentos.

    O display de LCD (Liquid Crystal Display), tambm bastante comum. Sendo possvel

    encontr-lo facilmente em diversas aplicaes, como telas de TVs, computadores, relgios,

    celulares, painis de carros, etc. Um exemplo apresentado na Figura 16.

    Figura 16 Display LCD 16 x 2.

    O este tipo de display bom para a apresentao de textos curto e caracteres variados, o

    que possibilita o seu uso em vrias situaes.

    2.6 Comunicao de Dispositivos

    Para a utilizao dos dispositivos eletrnicos imprescindvel o conhecimento do modo

    de comunicao dos mesmos. Dois tipos de comunicao bsica para dispositivos eletrnicos so

    a comunicao Serial e a Comunicao I2C, que sero discutidas a seguir.

    2.6.1 Comunicao Serial

    A comunicao Serial bastante difundida nos dispositivos eletrnicos. este o tipo de

    comunicao estabelecida com a maioria dos dispositivos perifricos conectados a um

    computador, tais como impressoras, mouses, etc.

  • 32

    A comunicao serial consiste na passagem de um bit por vez atravs de dois fios de

    comunicao TX como pino de transmisso e RX como pino de recepo de dados. (SANTOS,

    2009, p.48)

    A velocidade de comunicao dada em bauds, isto , bits por segundo. Os valores de

    velocidade de comunicao mais comuns para comunicao com um computador so: 300,

    1200, 2400, 4800, 9600, 14400, 19200, 28800, 38400, 57600 e 115200 (no entanto podem

    definir-se outros valores).

    2.6.2 Comunicao I2C

    Para explorar todos os recursos de um sistema eletrnico, os engenheiros projetistas

    trabalham visando minimizar a complexidade dos circuitos. Para facilitar essa tarefa, em meados

    das dcadas de 80 e 90, a empresa de tecnologia Phillips criou o sistema de comunicao I2C.

    Este tipo de comunicao consiste basicamente na transmisso de informaes utilizando apenas

    dois fios, so eles o SDA (Serial Data Line) e o SCL (Serial Clock Line), alm dos fios de

    alimentao4.

    Os fios de comunicao SDA e SCL, possuem a caracterstica de serem bidirecionais,

    diferentemente da comunicao Serial descrita anteriormente, A figura 17 apresenta um

    diagrama de uma rede de comunicao I2C:

    Figura 17 Rede de Comunicao I2C

    Note que na Figura 17 aparecem os termos Master e Slave. Estes termos referem-se

    aos dispositivos que coordenam uma operao e outros que seguem orientaes. Dito de outra

    4 Fonte:

  • 33

    maneira, o dispositivo Master (mestre) responsvel pelo controle da comunicao alm de

    coordenar as operaes de outro dispositivo denominado Slave (escravo)5.

    importante ressaltar que todos os dispositivos conectados rede possuem um endereo,

    ou seja, uma sequncia binria que determina a sua posio. Este endereamento feito atravs

    da ligao eltrica estabelecida. Se, por exemplo, trs pinos de endereamento de um dispositivo

    esto conectados na sequncia , este dispositivo possui o endereo de rede

    , ou seja o VCC representa o bit 1 enquanto o GND representa o bit 0.

    Seja n o nmero de portas de endereamento. A quantidade mxima de dispositivos que

    podem ser conectados rede I2C dada por dispositivos.

    A vantagem deste tipo de comunicao est na praticidade que a mesma oferece para o

    desenvolvimento do sistema, que passa a ser organizado na forma de blocos, alm de favorecer a

    deteco rpida e precisa de problema no circuito e no desenvolvimento facilitado das

    bibliotecas de programao para os dispositivos de hardware projetados.

    3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

    O sistema eletroeletrnico do Baja Espinhao composto pelos itens obrigatrios e os

    itens adicionais visando segurana e conforto ao piloto. Em relao a esses ltimos pontos, a

    utilizao de um painel de instrumentos pode oferecer vrias informaes do veculo com grande

    praticidade, alm da possibilidade da equipe pontuar na competio no quesito inovao

    tecnolgica.

    3.1 Montagem dos Itens Obrigatrios

    Dentro da categoria de itens obrigatrios foram montados dois circuitos eltricos

    independentes, so eles: a instalao dos botes killswitches (chave geral) e o sistema da luz de

    freio.

    Para os botes killswitches optou-se pelo boto tipo cogumelo (Figura 18), este boto

    possui a caracterstica de ser acionado pressionando-o e aberto girando-o. So usados dois botes,

    5 Todos os dispositivos da rede podem ser Master ou Slave. Em geral. O dispositivo que inicia a transmisso

    considerado como dispositivo Master. (Fonte: http://goo.gl/YJkWc ).

  • 34

    porque um para acesso do piloto e outro para a parte externa da estrutura6. Para a luz de freio

    optou-se por uma lmpada de LED (comumente utilizada em motocicletas), visto que possui

    baixo consumo de energia. A luz de freio acionada toda vez que o pedal de freio pressionado,

    mesmo quando o carro est desligado.

    Figura 18 Dispositivos eltricos obrigatrios para os veculos mini-bajas: bateria, luz de

    freio e boto killswitch.

    Basicamente os circuitos eltricos da luz de freio e dos botes killswitch, so os

    apresentados na Figura 19 .

    Figura 19 Circuitos eltricos dos itens obrigatrios dos veculos mini-bajas, esquerda

    o circuito da chave geral e a direita o circuito da luz de freio.

    3.2 Montagem do Painel de Instrumentos

    No painel so fornecidas informaes tais como: velocidade, rotaes por minuto (RPM),

    Temperatura do leo do motor, nvel de combustvel, data/hora e distncia percorrida pelo

    veculo.

    6 O boto da parte externa permite que o juiz de prova (por motivos de segurana ou penalizao) desligue o carro a

    qualquer momento durante a competio.

  • 35

    Para a montagem do mesmo preciso calibrar os sensores e efetuar a leitura dos sinais e

    envi-los uma central que ser responsvel por efetuar a leitura, interpretao e apresentao

    dos resultados. A central eletrnica escolhida para o Baja EspinhAo foi o microcontrolador

    arduino, explicado nas sees anteriores deste trabalho. Deste modo a concepo geral do sistema

    eletrnico do mini baja como est apresentado na Figura 20.

    Figura 20 - Organograma do painel de instrumentos

    Alm disso, o painel possui um buzzer que ser responsvel por emitir um sinal sonoro

    em situaes crticas, tais como temperatura elevada do leo e baixo nvel de combustvel.

    A seguir sero apresentados os detalhes construtivos do sistema, enfatizando tpicos a

    respeito da escolha, instalao e ao dos sensores. Em seguida, como ser efetuada a leitura dos

    sinais emitidos pelos sensores, a programao do microcontrolador, confeco do painel e

    disposio dos componentes na estrutura.

    3.3 Implementao do Sistema

    Para a implementao do sistema eletrnico do baja EspinhAo, partiu-se inicialmente

    para escolha dos sensores a serem aplicados7. Em seguida definiu-se o layout do sistema, os

    7 . importante ressaltar que os sensores apresentados neste trabalho no sero necessariamente os aplicados no

    veculo.

  • 36

    circuitos eletrnicos e a programao. Para o acabamento, optou-se por desenvolver o design

    quando for definida a geometria da gaiola.

    A Figura 21, a seguir, apresenta um esboo contendo os itens obrigatrios e o painel de

    instrumentos:

    Figura 21 Disposio dos itens de eletrnica embarcada do Baja EspinhAo.

    Para este primeiro prottipo da Equipe Baja EspinhAo, as variveis de interesse a serem

    apresentadas no painel de instrumentos, so: Velocidade, RPM, temperatura do leo do motor,

    nvel de combustvel e relgio digital.

    3.3.1 Desenvolvimento dos layouts e circuitos eletrnicos

    Para a montagem do painel, preocupou-se tambm com o desenvolvimento do layout e os

    circuitos eletrnicos, visto que os mesmos auxiliam tanto no entendimento do projeto quanto no

    seu desenvolvimento. Para isso utilizou-se os softwares AutoCAD, para o desenvolvimento do

    layout e o CAD Soft Eagle para a montagem do circuito eletrnico e da placa de circuito

    impresso.

    Figura 22 Layout do painel, feito no software AutoCAD.

  • 37

    Para a montagem dos circuitos eletrnicos utilizou-se todos os dispositivos que compe o

    painel. A tabela a seguir estabelece a relao de dispositivos perifricos para o circuito eletrnico

    do painel:

    Tabela 3: Componentes eletrnicos do painel de instrumentos.

    COMPONENTE/CIRCUITO QUANTIDADE

    Arduino 1

    Display de 7 segmentos 4

    LED 14

    IC PCF8574 6

    Potencimetro 2

    Display LCD 1

    Circuito RTC 1

    Buzzer 1

    importante ressaltar que nesta tabela h apenas os itens de maior relevncia, pois no

    foram includos os resistores, capacitores e conectores, uma vez que os mesmos dependem

    exclusivamente do circuito.

    Para a montagem do painel optou-se pela montagem dos dispositivos separadamente. Ou

    seja, o painel inteiro funciona como a a ssociao de blocos, onde cada bloco representa um

    circuito para alguma finalidade. Como por exemplo os circuitos para os dispalys de 7 segmentos.

    Na Figura 23 esto descritos os blocos funcionais do painel de instrumentos. Observe que o

    painel um sistama de entrada de dados atravs dos sensores, processamento com o Arduino e

    sada com os displays.

  • 38

    Figura 23 Esquema de montagem do painel de intrumentos.

    O painel de instrumentos da equipe Baja EspinhAo funciona como um shield do

    Arduino. De modo que o mesmo composto por outros circuitos menores.

    Seguindo este raciocnio, com o software EAGLE monta-se o digrama esquemtico do

    Shield (Figura 24) e posteriormente com este mesmo esquemtico, produze-se o layout da placa

    de circuito impresso, onde os componentes sero soldados posteriormente.

    Figura 24 Esquema eltrico da central do painel de instrumento, feito no CAD software

    Eagle.

  • 39

    A Figura 24 representa o cicuito eltrico da central onde os dispositivos perifricos iro se

    conectar atravs de seus repectivos slots, (posies). Para uma melhor compreenso de como

    ser a estrutura fsica final, a Figura 25 apresenta a placa de circuito impresso8 resultante do

    esquemtico da Figura 24. Essa tcnica tambm aplicada em cada um dos dispositivos

    perifricos.

    Figura 25 Layout para a produo da placa de circuito impresso do PainelShield.

    Quanto alimentao do sistema a fonte ser uma bateria de 12 V e 7 Ah. A qual ser

    adaptado um conector tipo jack para a alimentao do Arduino e do circuito como um todo.

    Uma nota importante sobre a fonte de alimentao e os dipositivos: Os dispositivos

    projetados funcionam com a tenso de 5 V, o fato de estar usando uma bateria de 12 V no

    significa que o sistema opera 12 V. Na placa do Arduino h um dispositivo eletrnico

    denominado regulador de tenso, como o nome j diz, este dispositivo responsvel por regular

    uma tenso mais elevada para uma tenso menor com uma sada de corrente que no danifique os

    compenentes do circuito.

    3.3.2 Medies de velocidade e RPM

    Para a medio de velocidade e rotao por minuto, utiliza-se o mesmo princpio, ou seja,

    a medida da frequncia com que um eixo est girando. Para isso optou-se por um sensor de efeito

    8 At o momento a equipe no fez nenhum teste para a confeco das placas de circuito impresso. Ento, detalhes

    especficos da montagem da placa no se encontram neste trabalho.

  • 40

    Hall, devido a sua facilidade e praticidade no momento da instalao e programao, alm de ser

    vivel economicamente.

    O sensor de efeito Hall escolhido foi o modelo SS41, e sua configurao de montagem

    apresentada na Figura 26 a seguir:

    Figura 26 Imagem do sensor Hall SS41.

    Fonte: < http://labdegaragem.com/profiles/blogs/tutorial-como-utilizar-o-sensor-de-efeito-

    hall-com-arduino>

    Mas por que o sensor Hall? A resposta est na confiabilidade que o mesmo oferece devido

    a sua montagem. Uma caracterstica do sensor Hall, ou melhor, do circuito integrado (IC) de

    efeito Hall, o funcionamento como se fosse uma chave eletrnica, pois o mesmo quando na

    presena de um campo magntico, dependendo do sentido do campo, o IC Hall inverte a sua

    polaridade, e fornece estados de alta e baixa tenso (HIGH ou LOW respectivamente). O

    raciocnio aplicado para contar os pulsos baseado em dois ims utilizados para gerar o campo

    magntico ao redor do sensor de modo que os mesmo invertem a polaridade do sensor quando

    passam prximo do mesmo, com base nessa variao de estado possvel contar os pulsos

    gerados, ou seja, medir a frequncia.

    3.3.3 Medies de temperatura e nvel de combustvel

    Para as medies de temperatura e nvel de combustvel, preciso apenas a leitura de um

    sinal analgico que varia de 0 a 5 V. O microcontrolador detecta tais valores de tenses e os

    converte em valores digitais distribudos em canais de leitura de 0 1023, ou seja 1024 canais.

    Esses canais correspondem a uma sada linear de tenso, como na maioria dos casos dos sensores

    analgicos.

  • 41

    A medida do nvel de combustvel em veculos automotores feita atravs de uma boia

    resistiva, isto , um potencimetro acoplado boia imersa no tanque (Figura 27). O valor da

    resistncia varia em funo da posio angular da haste de sustentao, que est relacionada ao

    nvel de combustvel no tanque.

    Figura 27 Desenho esquemtico do tanque de combustvel.

    (ARAJO et al, 2006, p.8)

    Para medir temperatura utilizaremos circuito integrado LM35DZ9, visto que muito fcil

    a sua aplicao com o Arduino.

    O circuito integrado LM35DZ um sensor de temperatura que oferece uma sada

    analgica obedecendo a uma linearidade entre temperatura aplicada a e tenso de sada. Este

    valor de converso corresponde 10 mV/C. Deste modo com base nos valores que o arduino

    interpreta (0-1023), utiliza-se o seguinte clculo:

    Tanto para medir temperatura quanto para a medida do nvel de combustvel do veculo, so

    utilizadas as portas analgicas do Arduino. Para a medida do nvel de combustvel preciso

    conhecer a relao entre a altura do nvel e o volume, ou seja, depende exclusivamente da

    geometria do tanque que deve ser medida para a implementao do sistema.

    9 O sensor de temperatura LM35DZ da mesma famlia do sensor LM35CZ. A diferena est na faixa de

    temperatura que os mesmos operam, porm possuem mesmas configuraes de montagem no sistema.

  • 42

    3.3.4 Relgio Digital

    Com um circuito integrado tipo RTC (Real Time Clock) e o Arduino possvel montar

    um relgio digital. O circuito RTC contm o circuito integrado DS1307, este dispositivo funciona

    como um contador de pulsos providos de um cristal oscilador de 32,768 MHz, alm de ser

    alimentado externamente por uma bateria de 3V. Ou seja mesmo com o circuito RTC desligado

    da sua fonte de alimentao principal, o sistema ainda continua operando, sendo alimentado pela

    bateria de 3V.

    O Circuito RTC DS1307 conectado por meio de uma comunicao I2C, apresentada no

    item 2.6.2, e possui uma biblioteca prpria no Arduino. O circuito RTC (Figura 28) fornece os

    valores de Hora e Data atuais, e tais dados sero informados em um display LCD no painel do

    Baja EspinhAo.

    Figura 28 Desenho esquemtico do circuito RTC.

    (Esquema feito no CAD software Eagle)

    3.3.5 Utilizao dos displays no painel projetado

    O painel composto por LEDs, displays de 7 segmentos, potencimetros, Display LCD,

    alm de resistores e capacitores, montados em uma placa de fenolite10

    . O painel do baja funciona

    como um shield e a qual o Arduino encaixado nele.

    10 Fenolite uma placa feita de papelo misturado uma resina, e possui a superfcie revestida por cobre,

    que ser responsvel pelas trilhas de conduo do circuito.

  • 43

    Um problema operacional quanto ao acendimento dos LEDs, no painel, est na

    quantidade limitada de portas presentes no microcontrolador, deste modo no possvel acionar

    todos os dispositivos do painel apenas com as portas disponveis no Arduino. Uma soluo para

    este problema com a utilizao de shift registers, ou seja, expansores de portas. Em geral, estes

    expansores de portas usam apenas duas ou trs portas do microcontrolador, alm disso possvel

    fazer uma associao dos mesmos, ampliando ainda mais a quantidade de portas disponveis para

    o uso. O shift register PCF8574, usa apenas duas portas do Arduino, expandindo para oito. A

    figura 29 exemplifica a montagem do PCF8574 com o Arduino para acionar um display de 7

    segmentos.

    Figura 29 Acionamento de um display de 7 segmentos utilizando o shift register

    PCF8574AP usando apenas duas portas do Arduino11

    O PCF8574AP um circuito integrado capaz de se comunicar com o Arduino atravs do

    protocolo I2C (ou comunicao I2C). A biblioteca Wire.h uma biblioteca do arduino que

    estabelece este tipo de comunicao com os dispositivos I2C.

    Com este dispositivo possvel expandir as portas do microcontrolador. Com apenas duas

    portas do Arduino pode-se ligar oito dispositivos PCF8574AP, ou seja, como este shift register

    possui 8 pinos para entrada e sada as duas portas do Arduino foram expandidas para 64 portas, o

    que garante o acendimento de todos os LEDs presentes no painel do Baja Espinhao.

    Tais circuitos, contendo o shift registers, foram montados separadamente, e sero usados

    para o acendimento dos LEDs do painel (incluindo os displays de 7 segmentos). Destacado em

    11 Os fios vermelho e azul, na parte inferior da figura 29, correspondem aos pinos de alimentao do dispositivo.

  • 44

    amarelo na Figura 23, o circuito deste dispositivo perifrico central apresentado na Figura 30

    a seguir:

    Figura 30 Esquema eltrico do dispositivo PCF8574.

    (Esquema feito no CAD software Eagle)

    Para a apresentao dos dados referentes, data, relgio e distncia percorrida o display

    LCD uma tima opo para ser aplicada no veculo, pois possibilita a apresentao de vrios

    valores numricos e letras no visor. A Figura 31, a seguir, apresenta a montagem tpica de um

    display 16 x 2 utilizando o microcontrolador arduino.

    Figura 31: Display LCD e Arduino na protoboard. (Fritzing.org)

    Este display tambm possui a sua biblioteca especfica no Arduino. O que facilita a sua

    operao e apresentao dos resultados.

  • 45

    3.3.6 A programao

    A programao uma das etapas mais importantes para o sistema eletrnico

    desenvolvido, pois atravs da mesma que ser realizada a leitura, interpretao e apresentao

    dos dados. Alm disso, h recursos no sistema que s podem ser executados via programao,

    como o caso do gerenciamento das informaes de um dispositivo para a contagem e medio

    de uma varivel de interesse.

    Uma programao ideal aquela que aproveita de forma eficaz o funcionamento dos

    dispositivos do circuito e a velocidade com que interpreta e atualiza as informaes.

    Para uma melhor compreenso da programao, desenvolveu-se um fluxograma (Figura

    32) do funcionamento de toda a programao do Arduino no sistema eletrnico do painel de

    instrumentos da equipe Baja EspinhAo.

    Figura 32 Fluxograma do sistema eletrnico do painel de instrumentos.

  • 46

    Para um melhor entendimento e praticidade da programao, optou-se por fazer funes

    especficas visto que havia muitas etapas repetitivas no cdigo, como o acendimento dos LEDs

    dos displays de 7 segmentos.

    Devido ao tamanho e complexidade, o cdigo do algoritmo est no Anexo B deste

    trabalho.

    3.4 Anlise do Projeto

    O presente trabalho apresentou o sistema eletrnico do Baja EspinhAo e alguns detalhes

    construtivos do mesmo. importante prever algumas possveis dificuldades quando o projeto for

    implantado, ou seja, posto em prtica.

    Uma questo de extrema importncia a calibrao correta dos sensores, submetendo-os

    inicialmente a testes para melhor aferio dos resultados e tambm como treinamento para

    montagem e desmontagem dos mesmos, uma vez que na competio isso faz muita diferena.

    Alm da calibrao dos sensores, fazer o que se chama de debugagem da programao, isto ,

    correo de erros na programao, o que garante um melhor desempenho do algoritmo elaborado.

    Um problema atual est no modo de medir o nvel de combustvel, ou melhor, em como

    acoplar a boia de combustvel no tanque do Baja sem furar o tanque, visto que tal prtica

    proibida, de acordo com o regulamento da competio. Caso a equipe encontre um sensor cuja

    variao oferea uma sada analgica e garanta uma montagem segura, no haver problemas e o

    princpio de medio ser o mesmo.

    No que se refere ao acabamento e desenvolvimento das placas de circuito impresso, a

    Equipe est estudando os meios para que isso ocorra, seja por patrocnio (para as placas de

    circuito impresso) ou pelos testes com fibra de vidro, pinturas, e outros materiais de acabamento.

    Do ponto de vista econmico, o desenvolvimento do painel pela prpria equipe mais

    vivel economicamente do que comprar o sistema j pronto. Alm disso, a engenharia do projeto

    est no empenho dos alunos em desenvolver o prprio sistema.

    A lama outra questo que deve ser levada em considerao, pois o painel no pode estar

    exposto esta condio e outras intempries como um dia de chuva. Por isso o painel deve ser

    cuidadosamente vedado, para evitar problemas de funcionamento. O posicionamento dos

    sensores tambm deve ser determinado com muito cuidado.

  • 47

    3.5 Perspectivas Futuras

    Alm de buscar a soluo dos problemas pertinentes ao tanque de combustvel, outra

    ideia interessante apresentar a distncia total percorrida atravs da contagem dos pulsos do

    sensor de velocidade, e gravar os valores na memria EEPROM do Arduino. Esta medio torna-

    se vivel quando os sensores j estiverem instalados e funcionando corretamente.

    Feita a montagem, o piloto ficar bem informado do tempo de prova durante o enduro,

    podendo contribuir para um melhor desempenho na competio. Por outro lado tambm

    interessante a comunicao entre piloto e Equipe durante a competio. Para isso a Equipe

    pretende, depois da implementao deste projeto inicial, incluir o mdulo de comunicao

    EXBee, visto que ser possvel ter acesso, em tempo real s variveis do veculo, atravs da

    transmisso de dados via radiofrequncia.

    O desenvolvimento de uma interface grfica tambm muito interessante, quando se tem

    dados do veculo e deseja-se visualiz-los no computador. Para isso existem dois softwares que

    possibilitam tal feito atravs da comunicao serial do Arduino com o computador, so eles o

    Processing e o LabView. O MATLAB tambm pode ser utilizado com o Arduino e pode ser til

    para anlise de dados em testes preliminares do veculo.

    O microcontrolador Arduino possibilita a criao e desenvolvimento de vrias ideias para

    o projeto Baja EspinhAo, e depende exclusivamente do estudo e busca contnua de solues

    para o projeto.

    Sobretudo a Equipe Baja EspinhAo, visa ser uma das melhores equipes estreantes, com o

    prottipo montado, nas modalidades Regional e Nacional das competies de mini Bajas

    promovidas pela SAE Brasil e Associados.

    4. CONCLUSO

    Neste trabalho foram realizados os estudos e anlises tcnicas sobre os mais

    variados tipos de sensores e dispositivos eletroeletrnicos que podem ser aplicados no Baja

    EspinhAo com o objetivo de determinar qual seria a melhor opo para uma possvel aplicao

    em um veculo das competies da SAE na modalidade Baja off-road.

  • 48

    Uma vez que o piloto e a equipe possuam o conhecimento das variveis no veculo,

    possvel controlar o consumo de combustvel, tempo de prova e garantir um bom desempenho

    nas competies.

    Por ser o primeiro prottipo desenvolvido pela equipe, encontramos algumas dificuldades

    a respeito dos termos tcnicos empregados, exigncias do regulamento, instalao dos sensores e

    gerenciamento de custos. Por outro lado essa situao possibilita o estmulo curiosidade do

    aluno a buscar a soluo para estes problemas, contribuindo assim para um projeto ainda melhor.

    A programao um dos itens que mais requerem um estudo em todo sistema eletrnico

    do Baja EspinhAo, uma vez que a linguagem de programao utilizada pelo microcontrolador

    bastante especfica e preciso estar sempre pesquisando para um melhor entendimento da

    sintaxe e do uso das bibliotecas na programao.

    O primeiro projeto dos itens eletroeletrnicos do Baja EspinhAo foi concludo e a maior

    parte dos componentes foi testada, resultando num grande nmero de informaes que sero

    utilizadas nos projetos futuros e utilizadas na prtica no primeiro veculo da equipe.

  • 49

    REFERNCIAS

    ARDUINO. Arduino Products. 2013. Disponvel em: < arduino.cc > Acessado em: 21/01/2013.

    ARAJO, T. V. G. P.; QUEIROZ, I. B.; NETO, J. M. R. S.; VALE, L. G. M.; LIMA, A. M. N.;

    MARIBONDO, J. F. Projeto mini baja como estudo de caso para instrumentao eletrnica. In:

    XXXIV COBENGE, 9., 2006, Passo Fundo. Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Ensino

    de Engenharia Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo: UPF, 2006. Disponvel em:

    . Acesso em: 21

    jan. 2013.

    ATMEL CORPORATION. ATmega328 Datasheet. 2009. Disponvel em: .

    Acessado em: 21/01/2013.

    BAJA NACIONAL. Banco de Imagens. Piracicaba, 28 mar 2012. Disponvel em: <

    http://www.saebrasil.org.br/eventos/programas_estudantis/baja2013/imprensa/banco_de_imagens.aspx >.

    Acesso em: 26/02/2013.

    BRAGA, N. C. Todos os tipos de Sensores. Disponvel em: Acessado em: 22/02/2013.

    CAPELLI, A. Eletroeletrnica Automotiva: Injeo eletrnica, arquitetura do motor e sistemas

    embarcados. 1 ed. So Paulo: rica, 2010. p.5-19.

    FILHO, R. P. D. A.. Comunicao I2C. 14 Abr 2013. Disponvel em: < http://www.ele

    tronica.org/modules.php?name=News&file=article&sid=13> Acessado em: 16/04/2013.

    HALLIDAY, David, RESNICK, Robert, WALKER, Jearl. Fundamentos de Fsica:

    Eletromagnetismo. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. p.151-177.

  • 50

    NATIONAL SEMICONDUCTOR. LM35 Datasheet. 2000. Disponvel em: <

    http://www.ti.com/product/lm35 >. Acessado em: 22/01/2013.

    SANTOS, N. P. Arduino: Introduo e Recursos Avanados. 1 ed. Lisboa: Escola Naval, 2009,

    p. 48-51.

    PRADO, S. Protocolo I2C. Abril, 2013. Disponvel em: < http://www.embarcados.com.

    br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=83 > Acessado em: 01/04/2013.

    SAE BRASIL. Regulamento Baja SAE BRASIL. 2013. Disponvel em: < http://www.sae

    brasil.org.br/eventos/programas_estudantis/baja2013/regras.aspx > Acessado em: 22/02/2013.

  • 51

    ANEXOS

    ANEXO A - Detalhes especficos do ATMEGA328PU

    O ATMEGA328 pode ser visto externamente como um circuito integrado TTL ou CMOS

    normal, mas internamente dispe de todos os dispositivos tpicos de um sistema

    microprocessado, ou seja:

    Uma CPU (Central Processor Unit ou Unidade de Processamento Central) e sua

    finalidade interpretar as instrues de programa;

    Uma memria EEPROM (Electrically Eresable Programmable Read Only Memory ou

    Memria Programvel Somente para Leitura) na qual ir memorizar de maneira

    permanente as instrues do programa;

    Uma memria RAM (Random Access Memory ou Memria de Acesso Aleatrio)

    utilizada para memorizar as variveis utilizadas pelo programa;

    Uma srie de LINHAS de I/O (entrada e sada) para controlar dispositivos externos ou

    receber pulsos de sensores, chaves, etc. ;

    Uma srie de dispositivos auxiliares ao funcionamento, ou seja, gerador de clock, bus,

    contador, etc.

    A Figura A1 a seguir descreve a estrutura fsica do ATMEGA 328PU e da plataforma

    arduino:

    Figura A1: Diagrama de blocos de um microcontrolador ATMega328

    Fonte: Datasheet do microcontrolador ATMega328.

  • 52

    ANEXO B A programao

    A programao foi editada no ambiente de programao do Arduino, e foi dividida em

    funes, de modo que fique possvel entender o programa como um todo analisando as funes.

    Deste modo fica fcil a deteco de erros, alm de facilitar a organizao do algoritmo.

    ///// Incluso das Bibliotecas e declarao de variveis

    #include

    #include

    #include "RTClib.h"

    byte pinVEL = 6, pinRPM = 7, pinTemp = A0;

    int pinBuzz = 8, pinNivel = A1, TEMP_7SEG[2]={56,57};

    int VEL_7SEG[2]= {58,59}, pcfRot = 60, pcfNivel = 61;

    RTC_DS1307 RTC;

    LiquidCrystal lcd(12,11,5,4,3,2);

    void setup(){ /// configurando as portas e dispositivos

    Serial.begin(9600);

    pinMode(pinVEL, INPUT);

    pinMode(pinRPM, INPUT);

    Wire.begin(); /// CONFIGURA DISPOSITIVOS I2C

    lcd.begin(16,2);

    verifica_RTC();

    Display_Inicial(); /// APRESENTA MENSAGEM INICIAL

    RTC.begin(); // INICIA OBJETO RTC

    }

    void loop(){ //// Esta uma funo bsica do Arduino, e fica

    executando infinitamente

    Relogio();

    velocidade();

    ROT();

    Temperatura();

    Nivel_de_Combustivel();

    }

    //// Funes desenvolvidas para o sistema:

    void velocidade(){

    int dez=VEL_7SEG[0];

  • 53

    int unid=VEL_7SEG[1];

    unsigned long tempo_final = millis()+100;

    byte estado_anterior = digitalRead(pinVEL);

    float contador=0;

    while(tempo_final>millis()){

    byte estado_atual = digitalRead(pinVEL);

    if(estado_atual!= estado_anterior){

    contador++;

    estado_anterior = estado_atual;

    }

    }

    Imprime7SEG(dez, unid, contador);

    }

    void ROT(){

    int Rot_MAX = 4000;

    int Rot;

    int Percentual;

    unsigned long tempo_final = millis()+100; ///// janela de tempo de

    100ms

    byte estado_anterior = digitalRead(pinRPM);

    float contador=0;

    while(tempo_final>millis()){

    byte estado_atual = digitalRead(pinRPM);

    if(estado_atual!= estado_anterior){

    contador++;

    estado_anterior = estado_atual;

    }

    }

    Rot = contador*10*60; /// RPM

    Percentual = (Rot/Rot_MAX)*100;

    Shifit_Light(pcfRot, Percentual);

    }

    void Temperatura(){

    int dez=TEMP_7SEG[0];

    int unid=TEMP_7SEG[1];

    int TEMP = analogRead(pinTemp)*500/1024;

  • 54

    Imprime7SEG(dez, unid, TEMP);

    }

    void Nivel_de_Combustivel(){

    int NivelMAX = 3600; /// valor correspondeente a 3,6 Litros (1 galo)

    int Nivel = analogRead(pinNivel)* 0.12345; //// O valor 0.12345

    arbitrario este fator deve ser determindo

    // com base na geometriado tanque.

    int Percentual, Nivel_critico = 12;

    Percentual = (Nivel/NivelMAX)*100;

    Shifit_Light(pcfNivel, Percentual);

    if(Percentual

  • 55

    /// Impressao no dispaly LCD

    lcd.setCursor(0,0);

    lcd.print(relogio_data);

    lcd.setCursor(0,1);

    lcd.print(relogio_hora);

    }

    String AjustaZero(int i){

    String ret;

    if(i

  • 56

    lcd.print(":");

    delay(1000);

    lcd.print(" Orlindo");

    delay(1200);

    lcd.setCursor(3, 1);

    lcd.print(" Wagner");

    delay(3000);

    lcd.clear();

    lcd.setCursor(5, 0);

    lcd.print("Orientador");

    delay(2000);

    for (int positionCounter = 0; positionCounter < 3; positionCounter++){

    lcd.scrollDisplayLeft();

    delay(300);

    }

    delay(200);

    lcd.setCursor(3, 1);

    lcd.print("Manoel J.M.Pires");

    delay(4000);

    lcd.clear();

    }

    void Imprime7SEG(int dez, int unid, int valor){ ///// FUNES DE EXIBIO NOS

    DISPLAYS ///////////////

    int n= valor, acc;

    if(valor>=10){

    executaDisplay( dez, n/10);

    executaDisplay( unid, n%10);

    }

    else{

    Wire.beginTransmission(dez);

    Wire.write(B11111111);

    Wire.endTransmission();

    executaDisplay( unid, n%10);

    }

    }

    void executaDisplay(int i, int alg) {

    int n = alg;

    switch(n){

  • 57

    case 0:

    Wire.beginTransmission(i);

    Wire.write(B10001000);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 1:

    Wire.beginTransmission(i);

    Wire.write(B11101011);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 2:

    Wire.beginTransmission(i);

    Wire.write(B01001100);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 3:

    Wire.beginTransmission(i);

    Wire.write(B01001001);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 4:

    Wire.beginTransmission(i);

    Wire.write(B00101011);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 5:

    Wire.beginTransmission(i);

    Wire.write(B00011001);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 6:

    Wire.beginTransmission(i);

    Wire.write(B00011000);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 7:

    Wire.beginTransmission(i);

  • 58

    Wire.write(B11001011);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 8:

    Wire.beginTransmission(i);

    Wire.write(B00001000);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 9:

    Wire.beginTransmission(i);

    Wire.write(B00001011);

    Wire.endTransmission();

    break;

    }

    }

    void buzzer(){

    int freq = 4000, duracao = 500;

    tone(pinBuzz, freq, duracao); // pino, frequencia sonora (Hz) e

    durao (ms)

    }

    void Shifit_Light(int pcf, int val) { /// recebe o respectivo PCF8574 e

    outro valor 0-100

    int n = val;

    switch(n){

    case 12:

    Wire.beginTransmission(pcf);

    Wire.write(B01111111);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 25:

    Wire.beginTransmission(pcf);

    Wire.write(B00111111);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 37:

    Wire.beginTransmission(pcf);

    Wire.write(B00011111);

  • 59

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 50:

    Wire.beginTransmission(pcf);

    Wire.write(00001111);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 62:

    Wire.beginTransmission(pcf);

    Wire.write(B00000111);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 75:

    Wire.beginTransmission(pcf);

    Wire.write(B00000011);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 87:

    Wire.beginTransmission(pcf);

    Wire.write(B00000001);

    Wire.endTransmission();

    break;

    case 100:

    Wire.beginTransmission(pcf);

    Wire.write(B00000000);

    Wire.endTransmission();

    break;

    }

    }