Página 1 de 174
ESTUDOS TÉCNICOS E PLANEJAMENTO PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA E
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
MUNICÍPIO DE ANGRA DOS REIS
Página 2 de 174
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO.....................................................................................5
2 INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................7
3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ........................................................9
3.1 Localização e inserção regional ............................................................9
3.2 Demografia .................................................................................. 10
3.3 Parcelamento, uso e ocupação .......................................................... 11
3.4 Áreas de interesse social .................................................................. 14
3.5 Desenvolvimento humano ................................................................. 15
3.6 Educação .................................................................................... 16
3.7 Saúde ........................................................................................ 17
3.8 Atividades e vocações econômicas ...................................................... 18
3.9 Unidades de Conservação ................................................................. 19
3.10 Áreas de preservação permanente ...................................................... 21
3.11 Disponibilidade hídrica e qualidade das águas ........................................ 21
4 DIAGNÓSTICO ..................................................................................... 32
4.1 Situação da prestação dos serviços de saneamento básico .......................... 32
4.2 Abastecimento de Água ................................................................... 32
4.2.1 Caracterização geral................................................................. 33
4.2.2 Regulação e tarifação ............................................................... 49
4.2.3 Avaliação da oferta e demanda .................................................... 54
4.2.4 Monitoramento da qualidade da água ............................................. 56
4.3 Esgotamento Sanitário .................................................................... 56
4.3.1 Caracterização geral................................................................. 56
4.3.2 Regulação e tarifação ............................................................... 66
4.3.3 Monitoramento da qualidade dos efluentes ...................................... 67
4.3.4 Lançamento de efluentes ........................................................... 67
5 OBJETIVOS E METAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS .............................. 69
5.1 Projeção Populacional e Definição de Cenários ....................................... 69
5.2 Abastecimento de Água ................................................................... 70
5.2.1 Objetivos .............................................................................. 70
5.2.2 Metas e Indicadores .................................................................. 71
5.2.3 Demanda pelos serviços ............................................................. 73
Página 3 de 174
5.3 Esgotamento sanitário ..................................................................... 80
5.3.1 Objetivos .............................................................................. 80
5.3.2 Metas e Indicadores .................................................................. 80
5.3.3 Demanda pelos serviços ............................................................. 83
6 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES .............................................................. 88
6.1 Programa de Abastecimento de Água ................................................... 88
6.1.1 Obras de ampliação e melhoria .................................................... 88
6.1.2 Obras complementares ............................................................. 135
6.1.3 Consolidação das ações e prazos ................................................. 136
6.2 Programa de Esgotamento Sanitário ................................................... 137
6.2.1 Obras de ampliação e melhoria ................................................... 137
6.2.2 Obras complementares ............................................................. 143
6.2.3 Consolidação das ações e prazos ................................................. 144
6.3 Programa de Desenvolvimento Institucional .......................................... 146
7 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS.............................................. 150
7.1 Abastecimento de água .................................................................. 152
7.2 Esgotamento Sanitário ................................................................... 155
8 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS ............................................................... 158
9 INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS ................................................... 163
9.1 Premissas de Investimentos ............................................................. 163
9.1.1 Custos paramétricos e curvas de custo .......................................... 163
9.1.2 Reinvestimento ...................................................................... 163
9.1.3 Outros custos ........................................................................ 163
9.2 Premissas de avaliação de Despesas Operacionais (Opex) .......................... 163
9.2.1 Produtos químicos .................................................................. 164
9.2.2 Energia (kW) ......................................................................... 164
9.2.3 Recursos humanos ................................................................... 164
9.2.4 Transporte de lodo .................................................................. 165
9.2.5 Manutenção das obras civis e equipamentos .................................... 165
9.2.6 Miscelâneas .......................................................................... 165
9.3 Tabelas de Capex e Opex ................................................................ 165
9.4 Fontes de Financiamento ................................................................ 169
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 171
Página 5 de 174
1 APRESENTAÇÃO
Este documento apresenta o planejamento para a universalização dos sistemas de
abastecimento de água e do esgotamento sanitário do município de Angra dos Reis.
O planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão e administração, que está
relacionada com a preparação, organização e estruturação de um determinado objetivo e
contém um projeto referencial de engenharia com os conceitos para o desenvolvimento das
ações previstas para a universalização dos serviços.
Página 7 de 174
2 INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
A Lei Federal nº 11.445/2007 instituiu a Política Nacional de Saneamento Básico, tendo
como objetivo consolidar os instrumentos de planejamento e gestão afetos ao saneamento,
com vistas a universalizar o acesso aos serviços, garantindo qualidade e suficiência no
suprimento dos mesmos, proporcionando melhores condições de vida à população, bem como
a melhoria das condições ambientais.
De acordo com essa lei, é obrigação de todas as prefeituras elaborarem seus Planos
Municipais de Saneamento Básico, tendo como prazo final de conclusão o dia 31 de dezembro
de 2019, conforme Decreto Federal nº 9.254/2017 (BRASIL, 2007; 2017). Os Planos Municipais
de Saneamento Básico se configuram em uma ferramenta de planejamento estratégico para
a futura elaboração de projetos e execução de Planos de Investimentos com vistas à
obtenção de financiamentos para os empreendimentos priorizados. São instrumentos que
definem critérios, parâmetros, metas e ações efetivas para atendimento dos objetivos
propostos, englobando medidas estruturais e não estruturais.
Página 9 de 174
3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
3.1 Localização e inserção regional
O município de Angra dos Reis está localizado na Mesorregião Sul Fluminense nas
coordenadas 23°00'25"Latitude Sul e 44°19'04"Longitude Oeste. De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município compreende uma área total de
464,76 km2 a qual está subdividida em 6 (seis) distritos: Sede-Angra dos Reis, Abraão,
Cunhambebe, Jacuecanga, Mambucaba e Praia de Araçatiba (IBGE, 2019).
O município faz divisa com 6 (seis) municípios – Bananal, Cunha, Mangaratiba, Paraty,
Rio Claro e São José do Barreiro - e está totalmente inserido na Região Hidrográfica RH-I
Baía da Ilha Grande que compõe a bacia hidrográfica do Médio Paraíba do Sul.
O município dista, aproximadamente, 154 km da capital do Rio de Janeiro, com acesso
principal pelas rodovias RJ-155, RJ-101 e BR-494. Na Figura 1 está apresentada a delimitação
e localização do município de Angra dos Reis.
Figura 1: Localização e delimitação dos Distritos do município de Angra dos Reis
Página 10 de 174
3.2 Demografia
De acordo com o último Censo do IBGE, para o ano de 2010, o município de Angra dos
Reis possuía um total de 169.511 habitantes, com densidade demográfica de 205,45
hab./km². Para o ano de 2018, a população foi estimada em 203.785 habitantes,
representando um crescimento de aproximadamente 1,20% (IBGE, 2019). Ressalta-se que do
total de habitantes, 96,33% correspondem à população urbana e 3,67% à população rural.
De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Urbano do Programa das Nações Unidas
(PNUD), Angra dos Reis apresentou entre os anos de 2000 a 2010, uma taxa média de
crescimento populacional de 3,58% e, ainda nessa década, a taxa de urbanização municipal
foi de 96,33%, acarretando um crescimento de 0,48%. Na década anterior, entre os anos de
1991 a 2000, apresentou crescimento populacional, com taxa média anual de 3,76%, 0,18%
maior quando comparada com a década seguinte. Neste período, a taxa de urbanização
representou um aumento de 4,18%, passando de 91,67% para 95,85% (PNUD, 2013).
Conforme pode ser observado na Figura 2, entre o período de 1991 a 2010, o número de
habitantes da área rural reduziu, atingindo 3,67% da população total no ano de 2010,
segundo informações disponibilizadas pelo PNUD (2013).
Figura 2: Dinâmica populacional de Angra dos Reis
Fonte: PNUD (2013)
Página 11 de 174
3.3 Parcelamento, uso e ocupação
De acordo com o Plano Diretor Municipal de Angra dos Reis, instituído pela Lei n° 1.754,
de 21 de dezembro de 2006, estão previstas diretrizes para disciplinar e racionalizar o uso e
a ocupação do território no município, proporcionando melhor qualidade do meio ambiente
urbano e rural, além de potencializar os recursos paisagísticos e ambientais destinados às
práticas e atividades turísticas.
Nesse sentido o Plano Diretor abrange todas as áreas do município, incluindo a
plataforma continental que corresponde à Angra dos Reis, regulamentando seu uso e
ocupação, de acordo com os instrumentos de planejamento e gestão que integram o referido
Plano, a saber: (i) Lei de Zoneamento; (ii) Lei do Uso e Ocupação do Solo; (iii) Lei de
Parcelamento do Solo; (iv) Código de Obras; (v) Código de Posturas; (vi) Código Ambiental;
(vii) Lei do Plano de Gerenciamento Costeiro Municipal e (viii) Lei do Sistema de
Acompanhamento da Gestão Democrática.
Destaca-se a Lei sobre o Zoneamento Municipal de Angra dos Reis (Lei nº 2.091, de 23
de janeiro de 2009) que tem por objetivo dividir o território municipal em parcelas distintas
de acordo com as características físicas, sociais e econômicas de cada área, com vistas a
garantir o adequado tratamento urbanístico e ambiental, conforme diretrizes preconizadas
pelo Plano Diretor Municipal. De acordo a Lei sobre o Zoneamento, o município fica dividido
em 03 (três) níveis) – Macrozoneamento, Zoneamento e Microzoneamento.
O Macrozoneamento define as extensões territoriais a serem protegidas, urbanizadas e
enfocadas de forma específica, em função de sua conotação geográfica, apresentando 04
(quatro) Macrozonas:
• Macrozona Rural (MRU) - áreas com características naturais são apropriadas a
atividades da agropecuária além de, em função do seu potencial paisagístico
permitir a atividade do turismo rural;
• Macrozona Urbana (MZU) - compreende as áreas utilizadas para fins urbanos;
• Macrozona da Ilha Grande (MIG) - áreas insulares emersas e imersas da Ilha
Grande e ilhas adjacentes, suas áreas de influência direta, suas vilas, florestas,
praias, manguezais e costões rochosos;
• Macrozona das Demais Ilhas (MDI) - áreas insulares emersas e imersas, suas áreas
de influência direta, suas praias, costões rochosos, florestas e manguezais por
ventura existentes, o solo, o clima e os ambientes marinhos do entorno.
O Zoneamento do município de Angra do Reis é composto de 12 (doze) Zonas, conforme
apresentado a seguir:
Página 12 de 174
• Zona Residencial (ZR) – área com característica predominantemente residencial
e subdivide-se em:
o ZR 1 - característica residencial unifamiliar;
o ZR 2 - característica residencial multifamiliar vertical;
o ZR 3 - característica residencial multifamiliar horizontal.
• Zona Comercial (ZC) – caracterizada pela presença, predominantemente, de
atividades comerciais, subdividindo-se em:
o ZC 1 - áreas destinadas à comércios varejistas de pequeno porte;
prestação de serviços por profissionais liberais;
o ZC 2 - áreas destinadas à comércios varejistas de médio porte; prestação
de serviços por profissionais liberais;
o ZC 3 - áreas destinadas à comércios varejistas de grande porte; prestação
de serviços por profissionais liberais;
o ZC 4 - áreas destinadas ao comércio varejista e atacadista de médio e
grande porte;
o ZC 5 -áreas destinadas ao comércio atacadista de grande porte, indústrias
em geral.
• Zona de Interesse Turístico (ZIT) – área, que pelo potencial turístico, deve ser
objeto de implantação de equipamentos e serviços turísticos e pode ser
classificada nos seguintes tipos:
o ZIT 1 – áreas com características ambientais e atrativos turísticos naturais
capazes de absorver grandes estruturas hoteleiras, destinada ao turismo;
o ZIT 2 – áreas relacionadas ao ambiente urbano historicamente
preservado, ou com estrutura de lazer urbano, destinada ao turismo;
o ZIT 3 – áreas relacionadas aos atrativos turísticos naturais passiveis de
utilização urbana, destinada ao turismo,
• Zona Especial de Interesse Ambiental, Turístico e de Ocupação Controlada
(ZEIATOC) - espaços territoriais insulares, onde será permitida a implantação de
infraestrutura turística com restrições de densidade e controle do uso e ocupação
do solo, de modo a manter a qualidade ambiental e dos recursos cênicos. As
ZEITOC se dividem em:
Página 13 de 174
o ZEIATOC 1 – zona com características ambientais e atrativos turísticos
naturais com enfoque unicamente residencial unifamiliar;
o ZEIATOC 2 – zona com características ambientais e atrativos turísticos
naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e
de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 10 UHs e
outros equipamentos de serviços e apoio à atividade turística;
o ZEIATOC 3 – zona com características ambientais e atrativos turísticos
naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e
de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 20 UHs e
outros equipamentos essenciais de serviços e apoio à atividade turística;
o ZEIATOC 4 – zona com características ambientais e atrativos turísticos
naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e
de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 20 UHs e
outros equipamentos de serviços e apoio à atividade turística;
o ZEIATOC 5 – zona com características ambientais e atrativos turísticos
naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e
de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 40 UHs e
outros equipamentos de serviços e apoio à atividade turística;
o ZEIATOC 6 – zona com características ambientais e atrativos turísticos
naturais com enfoque residencial unifamiliar e multifamiliar horizontal e
de turismo, com implantação de meios de hospedagem com até 60 UHs e
outros equipamentos de serviços e apoio à atividade turística.
• Zona de Interesse Ambiental de Proteção (ZIAP) – áreas caracterizadas por
possuírem atributos naturais de excepcional beleza cênica ou de importância à
manutenção dos processos ecológicos essenciais a vida em todas as suas formas;
• Zona Especial do Centro Histórico de Angra dos Reis (ZECHAR) – áreas que
abrangem o núcleo urbano central do Município, com características históricas
aliadas à concentração de comércio e serviços de maior especialização;
• Zona Rural de Desenvolvimento Especial (ZORDE) - áreas relacionadas com o
ambiente natural bucólico com característica predominantemente rural,
devendo ser objeto de atividades de agropecuária, lazer e turismo rural;
• Zona de Interesse Ambiental e de Ocupação Coletiva (ZAOC) - áreas públicas de
Proteção Ambiental que não possuem subdivisões nem podem sofrer
Página 14 de 174
parcelamento de solo, sendo destinada ao uso coletivo de recreação, lazer e
estrutura de apoio turístico;
• Zona de Interesse Ambiental e de Ocupação Coletiva do Centro (ZAOCC) – áreas
que possuem a mesma conceituação da Zona de Interesse Ambiental e de
Ocupação Coletiva, contudo sua localização encontra-se na sede urbana do
Município;
• Zonas de Utilização Especial Públicas (ZUEP) - áreas destinadas a atividades
especiais que envolvam grandes complexos industriais, atividades com risco a
saúde ou ao meio ambiente e equipamentos públicos
Cabe mencionar ainda as áreas destinadas aos povos indígenas das tribos Guarani
Nandeva e que constituem a Reserva Indígena (RI), utilizadas para suas atividades produtivas
e imprescindíveis a preservação dos recursos culturais e ambientais necessários a seu bem-
estar dessas populações.
Em relação ao Microzoneamento a denominação Área de Microzoneamento (AMIZ) é
aquela utilizada para os adensamentos urbanos ao longo do território do município,
subdividindo-se em 02 (duas) Áreas, a saber:
o No Continente – englobando as áreas do Perequê; Parque Mambucaba; Vila
Histórica de Mambucaba; Vila Residencial de Praia Brava; Frade; Grande Japuíba;
Camorim; Jacuacanga e Monsuaba;
o Na Ilha Grande – englobando as áreas Vila do Abraão; Praia Grande de Araçatiba;
Praia Vermelha e Praia do Provetá.
Por fim, as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) são áreas que se caracterizam por
assentamentos de baixa renda irregulares e consolidados ou áreas subaproveitadas e que
serão detalhadas no item 3.4 destinado às Áreas de Interesse Social.
3.4 Áreas de interesse social
Em concordância com Plano Diretor Municipal de Angra dos Reis (Lei r n° 1.754, de 21
de dezembro de 2006), as Zonas de Especial Interesse Social (ZEIS) são áreas caracterizadas
como assentamentos de baixa renda, irregulares, consolidados e/ou em áreas
subaproveitadas. A demarcação das ZEIS objetiva promover a recuperação urbanística, o
remanejamento, a regularização fundiária e a produção de habitações sociais, incluindo a
recuperação de imóveis degradados e a disponibilização de equipamentos públicos sociais
para as comunidades que residem nesses territórios.
O Plano Diretor ressalta que, em consideração as características de uso e ocupação da
área urbana, as ZEIS subdividem-se em:
Página 15 de 174
• ZEIS para Urbanização – áreas onde o Poder Públicos priorizará investimentos em
infraestrutura e equipamentos coletivos;
• ZEIS para Regularização Fundiária - áreas onde a situação fundiária não se
apresenta regularizada;
• ZEIS para Assentamento - áreas identificadas como subutilizadas e/ou vazias;
• ZEIS de Congelamento - áreas que, por estarem sendo objeto de regularização
fundiária, assentamento e urbanização, deverão ter sua ocupação controlada;
ou áreas que tenham esgotadas as suas condições de ocupação.
Ainda segundo o Plano, o estabelecimento das limitações urbanísticas específicas para
as ZEIS ocorrerá a partir da avaliação das peculiaridades de cada uma delas e logo após a
regulamentação ocorrerá através de Decreto Municipal.
Importante mencionar ainda, a Lei nº 2.092, de 23 de janeiro de 2009 que institui as
orientações para de uso e ocupação do solo que tem, dentre outros, o objetivo de
condicionar a utilização do solo aos princípios de proteção ao meio ambiente e a valorização
do patrimônio cultural à luz para diretivas do Plano Diretor. Segundo a Lei de Uso e Ocupação
do Solo, a implantação em ZEIS de projetos urbanísticos deverá considerar ainda a adequação
viária para a circulação de veículos destinados aos serviços públicos e atendimento de
emergência.
3.5 Desenvolvimento humano
No que se refere ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), conforme
informações disponibilizadas pelo PNUD (2013), o Município de Angra dos Reis apresenta
evolução em todas as componentes do IDHM: Educação, Renda e Longevidade.
Para o ano de 2010, o IDHM foi de 0,724, classificando Angra dos Reis na faixa de
Desenvolvimento Humano “Alto”. A taxa de crescimento foi de 20,86% referente ao ano
2000, quando apresentava um índice de 0,599. Considerando o período de 2000 a 2010, a
componente que mais apresentou evolução foi Educação; na sequência as componentes de
Longevidade e Renda.
De acordo com informações do PNUD (2013), o município de Angra dos Reis ocupa a
1.191ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM. Na Figura 3 é possível
observar a evolução de cada uma das componentes do IDHM entre o período de 1991 a 2010.
Página 16 de 174
Figura 3: Evolução do IDHM de Angra dos Reis-RJ
Fonte: PNUD (2013)
No tocante à renda per capita, nas últimas duas décadas o município apresentou um
crescimento de 104,50%, passando de R$ 390,55 no ano de 1991, para R$ 798,68 no ano de
2010, compreendendo uma taxa de crescimento anual no período de 3,84% (PNUD, 2013).
Ainda de acordo com os dados do PNUD (2013), o Índice Gini, que mede a desigualdade
social, demonstra que município de Angra dos Reis apresentou uma redução de 0,04% no
período de 1991 a 2010. No ano de 1991 o índice de Gini era de 0,54, passando para 0,53 no
ano de 2000 e chegando em 0,50 no último ano de informação (2010).
3.6 Educação
A escolaridade da população jovem e adulta é um importante indicador de acesso ao
conhecimento que também compõe o IDHM Educação. No ano de 2010, 52,11% dos jovens
entre 15 a 17 anos possuíam ensino fundamental completo, sendo que entre os jovens de 18
a 20 anos, a proporção de jovens com ensino médio completo era de 29,69%.
Para a população adulta, com 25 anos ou mais, no mesmo ano (2010), 6,27% eram
analfabetos, 52,65% possuíam ensino fundamental completo; 32,95% ensino médio completo
e 7,42% superior completo. Na Figura 4 está apresentada a evolução da educação da
população adulta no período de 1991 a 2010, conforme informações do PNUD (2013).
Página 17 de 174
Figura 4: Evolução da Educação da População Adulta de Angra dos Reis-RJ
Fonte: PNUD (2013)
3.7 Saúde
Doenças relacionadas à ausência de saneamento básico ocorrem devido à dificuldade de
acesso da população a serviços adequados de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo de águas pluviais.
Conforme informações contidas no Plano Municipal de Saneamento Básico de Angra dos
Reis, de 2005 a 2010, o município apresentou aumento nos óbitos registrados por doenças
infecciosas e parasitárias.
Na Figura 5 estão apresentados os percentuais de internações e mortes referentes às
doenças infecciosas e parasitárias por faixa etária, conforme disposto no Caderno de
Informações de Saúde do Rio de Janeiro.
Página 18 de 174
Figura 5: Internações e mortes por doenças infecciosas e parasitárias, de acordo com a
faixa etária
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM (2009)
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) em
Angra dos Reis, ainda de acordo com dados disponíveis do PNUD (2013), reduziu de 20,1
óbitos por mil nascidos vivos no ano de 2000 para 13,0 óbitos por mil nascidos vivos em 2010.
A esperança de vida ao nascer apresentou um aumento de 6,6 anos na última década,
passando de 69,1 anos no ano de 2000 para 75,8 em 2010.
3.8 Atividades e vocações econômicas
Conforme informações disponibilizadas pelo IBGE para o ano 2016, dentre as atividades
econômicas que compreendem o PIB do município, destaca-se: agropecuária, indústria,
serviços, administração, defesa, educação, saúde e seguridade social.
Na Figura 6 está apresentada a porcentagem de contribuição de cada atividade
econômica, sendo que o valor total do PIB equivale a R$ 9.122.561,16 (x 1000).
Página 19 de 174
Figura 6: Atividades Econômicas de Angra dos Reis
Fonte: IBGE (2016)
3.9 Unidades de Conservação
A Lei Federal n° 9985, de julho de 2000, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC) que é responsável por regulamentar os critérios, normas e
procedimentos oficiais para a gestão das Unidades de Conservação (UCs), abrangendo essas
áreas nos níveis federal, estadual e municipal.
De acordo com a lei, o SNUC estabelece a classificação das UCs, constituindo 12
categorias de espaços, de acordo com os objetivos, propriedades e características
particulares de cada área. Inicialmente, as categorias são divididas em dois grupos: Unidades
de Proteção Integral e as Unidades de Uso Sustentável. As Unidades de Proteção Integral são
responsáveis por preservar a natureza, permitindo apenas o uso indireto de seus recursos
naturais, em atividades como a pesquisa científica e o turismo ecológico. Já as Unidades de
Uso Sustentável têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso
sustentável de parcela de seus recursos naturais (BRASIL, 2000).
O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto por cinco categorias de UC,
enquanto o das Unidades de Uso Sustentável é dividido em sete categorias, como é possível
observar na Tabela 1.
Tabela 1: Classificação das UCs de acordo com o SNUC
Página 20 de 174
Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável
Estação Ecológica Área de Proteção Ambiental
Reserva Biológica Área de Relevante Interesse Ecológico
Parque Nacional Floresta Nacional
Monumento Natural Reserva Extrativista
Refúgio da Vida Silvestre Reserva de Fauna
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Fonte: BRASIL (2000)
As divisões das unidades de conservação municipais, em características específicas,
obedecem a categorização disposta na Lei Federal n° 9985, de julho de 2000. Apresenta-se
a seguir a relação das 09 (nove) Unidades de Conservação inseridas no município de Angra
dos Reis de acordo com o Painel de Unidades de Conservação Brasileiras no Ministério do
Meio Ambiente (MMA,2009):
• Parque Nacional da Serra da Bocaina, criado pelo Decreto Federal nº 68.172, de 04 de
fevereiro de 1971, e abrange também os municípios de Paraty, Areias, Cunha, São José
do Barreiro e Ubatuba;
• Parque Estadual Cunhambebe, criado pelo Decreto Estadual l nº 41.358, de 13 de junho
de 2008, e abrange também os municípios de Itaguaí, Mangaratiba e Rio Claro;
• Área de Proteção Ambiental (APA) de Tamoios, criada pelo Decreto Estadual nº 9452, de
05 de dezembro de 1982;
• Parque Estadual da Ilha Grande, criado pelo Decreto Estadual nº 15.273, de 26 de junho
de 1971;
• Estação Ecológica de Tamoios, criada pelo Decreto Federal nº 98.864, de 23 de janeiro
de 1990;
• Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, criada pelo Decreto Estadual nº4.972, de 02
de dezembro de 1911;
• Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Aventureiro, criada pelo Decreto Estadual
nº15.983, de 27 de novembro de 1990;
• Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda do Tanguá, criada pelo Decreto
Federal nº 72, de 09 de setembro de 2008;
• Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Gleba O Saquinho de Itapirapuá, criada
pela Portaria Federal, nº 03, de 20 de janeiro de 1998.
Em relação a cobertura florestal, no que que se refere aos remanescentes do bioma
Mata Atlântica, de acordo com o Estudo Socioeconômico do Município de Angra dos Reis, no
Página 21 de 174
período 2015 a 2016, a cobertura vegetal abrangia 78,27% do território municipal, o
correspondente a 61.333 hectares, não tendo sido identificada a incidência de
desmatamento nesse período (TCE-RJ,2018).
3.10 Áreas de preservação permanente
A Lei Federal nº 12.651/2012, denominada de “Novo Código Florestal” estabelece
normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de preservação permanente e áreas de
reserva legal, dentre outras premissas (BRASIL, 2012). De acordo com a referida lei, são
classificadas como APP, em zonas rurais ou urbanas, as seguintes áreas: (i) margens de cursos
d’água; (ii) áreas do entorno de nascentes, olhos d’água, lagos, lagoas e reservatórios; (iii)
áreas em altitudes superiores a 1.800 m; (iv) encostas com declividade superior a 45%; (v)
bordas de tabuleiros e chapadas; (vi) topo de morros, montes, montanhas e serras, com
altura mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25°.
No que tange às políticas municipais sobre o assunto, cabe destacar a Lei nº1.965, de
24 de junho de 2008, que instituí o Código Ambiental de Angra do Reis. De acordo com a
referida Lei, consideram-se áreas de preservação permanente as florestas e demais formas
de vegetação natural situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água; ao redor das
lagoas, lagos ou reservatórios; nas nascentes; no topo de montes; nas encostas ou parte
deles, com declividade superior a 45º e nas restingas, como fixadoras de dunas ou
estabilizadoras de mangues.
Ainda de acordo com a lei são consideradas áreas de preservação permanentes aquelas
sensíveis ecologicamente, como os estuários dos rios, os manguezais, as lajes, os parcéis e
os costões rochosos existentes na Baía da Ilha Grande, e as estruturas artificiais submersas
e que funcionam como recifes de corais. Importante mencionar que todas as áreas citadas
deverão ser identificadas e caracterizadas detalhadamente e serão delimitadas e definidas
por legislação regulamentada pelo Poder Público Municipal.
3.11 Disponibilidade hídrica e qualidade das águas
De acordo com a Resolução nº 107/2013 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos
(CERHI-RJ), o Estado do Rio de Janeiro divide-se em 9 Regiões Hidrográficas para efeito de
planejamento hidrográfico e gestão territorial cujas disponibilidades hídricas estão
apresentadas na Figura 7, por Unidade Hídrica de Planejamento (UHP). Os municípios objetos
desse planejamento estão contidos integralmente ou parcialmente nestas Regiões
Hidrográficas.
Página 22 de 174
Figura 7: Localização das UHP nas Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro
Fonte: PERH (2019)
Página 23 de 174
O município de Angra dos Reis está totalmente inserido na região hidrográfica RH-I Baía
da Ilha Grande, que abrange também, em sua totalidade, o município de Paraty; e ainda
parcialmente, o município de Mangaratiba (PERHI-RJ, 2014).
A RH-I Baía da Ilha Grande possui área de 1.758,6km² (Figura 8), representando 4,0%
das regiões hidrográficas do estado do Rio de Janeiro e as principais Bacias que a compõem
são: Bacias Contribuintes à Baía de Parati, Bacia do rio Mambucaba, Bacias Contribuintes à
Enseada de Bracuí, Bacia do Bracuí, Bacias Contribuintes à Baía da Ribeira, Bacias da Ilha
Grande, Bacia do Rio Conceição de Jacareí.
Figura 8: Localização das bacias hidrográficas no município de Angra dos Reis
Fonte: Adaptado de ANA (2019)
Em termos de cobertura vegetal, a RH-I possui 90% do seu território ocupado por
florestas. A título de comparação, no extremo oposto, a maior região hidrográfica, a RH-IX
(Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana), tem a menor cobertura florestal (10%) (PERHI-RJ, 2014).
Na Tabela 2 apresentam-se, segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERHI) do
Rio de Janeiro elaborado em 2014, o balanço hídrico de alguns cursos d’água da RH-I, de
acordo com a UHP na qual estão inseridos.
Página 24 de 174
Tabela 2: Balanço hídrico por UHP delimitada pelo PERH da RH-I
Região Hidrográfica
UHP Nome UHP Área (km²) Vazões (m³/s)
Q7,10 Q95% QMLT
RH-I
I-a Paraty 704,1 7,1 9,6 37,4
I-b Rio Mambucaba 355,6 4,3 5,4 13,9
I-c Angra dos Reis 494,5 7,2 9,7 29,1
I-d Ilha Grande 180,3 - - -
Fonte: PERH (2014)
O Decreto nº 43.226 de, 07 de outubro de 2011 institui o Comitê da Região Hidrográfica
da Baía de Ilha Grande (CBH BIG), no âmbito do Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos Hídricos. O referido Comitê é o responsável pelo planejamento do território hídrico
da Bacia e por promover ações para fomento da participação social envolvendo os diversos
setores da sociedade, bem como a gestão e aplicação do Plano de Recursos Hídricos da
Região Hidrográfica da Baía da Ilha Grande (PRH-BIG).
O PRH-BIG encontra-se em fase de revisão e a previsão de conclusão do estudo é para o
final do ano de 2020, sendo considerado um período de planejamento 20 anos. Até o
momento de elaboração do presente relatório, foram aprovados pelos órgãos competentes
12 (doze) documentos que compõem o PRH-BIG, dentre eles, cabe citar: (i) Relatório de
Análise da Base de Dados; (ii) Relatório do Uso do Solo; (iii) Nota Técnica – Definição das
UHP; (iv) Relatório de Caracterização Física e Biótica; (v) Diagnóstico das Disponibilidades
Hídricas e (vi) Relatório de Demandas Hídricas.
Ainda no âmbito do PRH-BIG em elaboração, foi emitida Nota Técnica propondo a divisão
da Bacia da Baía da Ilha Grande em Unidades Hidrológicas de Planejamento (UHP), de acordo
com as condições físicas, políticas, administrativas e instituições voltadas para a gestão
hídrica do território da RH I, respeitando os limites hidrográficos da bacia e das respectivas
sub-bacias. Na Figura 9 estão apresentadas as UHP propostas pelo PRH-BIG em sobreposição
às UHP estabelecidas pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos.
Página 25 de 174
Figura 9: Localização UHP propostas pelo PRH-BIG em elaboração
Fonte: PRH-BIG (2019)
Dessa forma, foram estabelecidas 14 (quatorze) UHP, sendo que, além do Estado do Rio
de Janeiro, 03 (três) delas estão inseridas no Estado de São Paulo, conforme detalhamento
apresentado na Tabela 3 a seguir:
Tabela 3: Caracterização geral das UHP delimitadas pelo PRH-BIG
UHP (PRH-BIG, 2019) Área da UHP (Km²)
UHP (PERH, 2014) Estado do RJ
Estado de SP
Total
I -a
Ponta da Juatinga 144,85 0,00 144,85
Rio Paraty-Mirim 120,66 0,00 126,56
Rio Perequê-Açu 200,32 0,00 175,05
Rios Pequeno e Barra Grande 121,86 0,00 141,22
Rio Taquari 114,66 0,00 114,66
I - b Rio Mambucaba 359,00 388,10 747,10
I - c
Rios Grataú e do Frade 76,26 0,00 76,26
Rio Bracuí 91,03 111,79 202,82
Rio Ariró 152,25 24,76 177,01
Página 26 de 174
UHP (PRH-BIG, 2019) Área da UHP (Km²)
UHP (PERH, 2014) Estado do RJ
Estado de SP
Total
Rio do Meio 70,79 0,00 70,79
Rio Jacuecanga 65,94 0,00 65,94
Rio Jacareí 35,72 0,00 35,72
I - d Bacias da Ilha Grande 180,00 0,00 180,19
- Ilhas 24,29 0,00 24,29
Fonte: PRH-BIG, 2019
Importante mencionar que na RH I encontram-se diversos rios e córregos importantes
que fazem com essa região apresente um elevado potencial hídrico. Na Tabela 4 encontram-
se listados os principais cursos d’água em cada uma das Unidades de Planejamento Hídrico
descritas anteriormente, bem como os municípios ou localidades inseridas em suas áreas de
abrangência.
Tabela 4: Área de abrangência e caracterização do potencial hídrico das UHP delimitadas
pelo PRH-BIG
UHP Município/ localidade Cursos d’água
Ponta da Juatinga
Trindade, Ponta Negra, Saco do Manguá, Vila Oratório, Pouso de Cajaíba, Praias do Sono, Laranjeiras, Antigos/Antiguinhos, Cajaíba, Grande, do Cruzeiro, Cachadaço e Paraty (porção Sul)
Córrego da Ponta Negra, Córrego da Jamanta, Córrego da Cachoeira Grande e o Córrego Cairuçu
Rio Paraty-Mirim
Patrimônio, Paraty-Mirim, comunidades indígenas - Guarani Araponga e Paraty- Mirim, comunidades quilombolas - Cabral e Campinho, Praias do Sossego, Paraty-Mirim e do Engenho e Paraty (porção Sul)
Paraty-Mirim e o Rio dos Meros
Rio Perequê-Açu Praia Grande, Praia do Corumbê, Pantanal e Paraty (porção intermediária)
Carrasquinho, do Sertão, da Pedra Branca, da Toca de Ouro, do Corisquinho, Perequê-Açú e Mateus Nunes
Rios Pequeno e Barra Grande
Barra Grande, Graúna e Rio Pequeno, terra indígena Tekoha Jevy (Rio Pequeno) e Paraty (porção intermediária)
Rio Pequeno, Barra Grande e Rio da Graúna
Rio Taquari Taquari, Areal do Taquari, São Roque, Vila de Taquari, Praias de Tarituba e São Gonçalo e Paraty (porção norte)
Rio Taquari, São Roque, São Gonçalo e Rio Espigão
Rio Mambucaba Paraty (porção norte) e Angra dos Reis (porção oeste)
Rio Mambucaba, Rio do Funil e recebe águas da bacia de contribuição no Estado de São Paulo.
Rios Grataú e do Frade Frade, Sertãozinho, do Frade, Porto do Frade e Angra dos Reis (porção oeste)
Rios Grataú, do Frade, Córregos do Recife, do Criminoso, Sacher e da Cachoeira Brava
Página 27 de 174
UHP Município/ localidade Cursos d’água
Rio Bracuí Santa Rita, Bracuí, Sertão do Bracuí, Gamboa, Itinga e Angra dos Reis (porção norte)
Rios Paca Grande, Bonito, Bracuí, tem parte de sua bacia de contribuição no Estado de São Paulo.
Rio Ariró
Frade, do Pontal, Nova Itanema, Floresta, Ariró, Zungu, Água Lindade, Serra D’Água e Angra dos Reis (poção intermediária)
Rios Ariró, Florestão, Floresta, Canela, Zungu, Guarda, Pedra Branca, Jurumirim, Campo Alegre, Figueira e recebe águas da bacia de contribuição do próprio Rio Ariró no Estado de São Paulo
Rio do Meio/Japuíba
Parque Belém, Japuíba, Nova Angra, Banqueta, Campo Belo, Ponta do Sapê, Retiro, Ponta da Ribeira, Tanguá e Bomfim
Rio Cabo Severino e Japuíba, Tanguá e do Meio.
Rio Jacuecanga
Monsuaba, Camorim, Camorim Pequeno, Lambicada, Vila Petrobras, Paraíso, Biscaia Ponta Leste e Jacuecanga e Angra dos Reis (poção leste)
Rios Jacuecanga, Camorim e os Córregos Coroanha, do Cocho, Vermelho e o córrego Monsuaba.
Rio Jacareí Baía de Ilha Grande (porção oriental), Angra dos Reis (porção leste) e a parte do município de Mangaratiba
Rio Jacareí
Bacias da Ilha Grande Ilha Grande Cafundó, da Fazenda, dos Nóbregas, Andorinhas ou Barra Grande e Barra Pequena
Ilhas Todas as ilhas da Baía, excetuando-se a Ilha Grande
Composta por 236 ilhas, ilhotas, lajes e parcéis,
agrupadas e denominadas
Fonte: PRH-BIG, 2019
No que se refere à disponibilidade hídrica subterrânea, na RH I existem 02 (duas) formas
de ocorrência: aquíferos porosos e os aquíferos fraturados, sendo importante destacar que
as rochas cristalinas apresentam a maior expressão em área na RH-I, ou seja, grande parte
das ocorrências de água subterrânea estão relacionadas aos aquíferos fraturados do Sistema
Aquífero Cristalino. Ainda em relação às águas subterrâneas, ressalta-se que, de acordo com
o PRH-BIG em processo de revisão, há uma defasagem de informações relativas à
caracterização quali-quantitativa das águas subterrâneas na RH I, principalmente acerca da
quantidade de poços existentes na região.
No que diz respeito à qualidade da água superficial, de acordo com informações da ANA
(HIDROWEB, 2019) existem 5 (cinco) estações fluviométricas com pontos de medição da
qualidade da água localizadas no município de Angra dos Reis, conforme a Tabela 5.
Página 28 de 174
Tabela 5: Pontos de monitoramento da água no município de Angra dos Reis
Estações Fluviométricas
Estação Código ANA Corpo Hídrico Responsabilidade Operação
Itapetinga 59372000 Rio Itapetinga ANA ANA Fazenda Santa Rita 59350000 Rio Bracuí ANA ANA Fazenda Fortaleza 59370000 Rio Mambucaba ANA CPRM
Vila Perequê 59373000 Rio Mambucaba INEA-RJ INFOPER Fazenda Fortaleza 59365900 Rio Mambucaba INEA-RJ INFOPER
Nota: ANA – Agência Nacional das Águas; CPRM – Serviço Geológico do Brasil; INEA-RJ – Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro
Fonte: HIDROWEB, 2019
No que diz respeito à qualidade da água superficial, segundo o PRH-BIG, há pontos de
monitoramento ao longo da Baía de Ilha Grande (Figura 10) sendo os mesmos operados pelo
INEA e pela ANA e, em uma análise geral da bacia, a média de todos os cursos hídricos
monitorados é de foi classificada como qualidade “Média´” das águas da área estudada.
Figura 10: Localização das Estações de Qualidade da Água do INEA e da ANA
Fonte: PRH-BIG (2019)
Página 29 de 174
Na Figura 11 verifica-se a avaliação consolidada dos Índices de Qualidade da Água (IQAs)
dos pontos onde existe monitoramento operados pelo INEA e pelo CPRM, conforme
apresentado no Diagnóstico das Disponibilidades Hídricas elaborado em maio de 2019, no
âmbito dos estudos técnicos para revisão do Plano de Recursos Hídricos da Região
Hidrográfica da Baía da Ilha Grande.
Figura 11: Avaliação consolidada da qualidade da água da RH I –Séries históricas do IQA
Fonte: PRH-BIG (2019)
Conforme os dados apresentados pelo INEA para agosto de 2019, dos 09 (nove) pontos
de monitoramento localizados em Angra dos Reis, 07 (sete) - alocados nos rios Bracuí
(BC0060), Cantagalo (CG0010), Caputera (CT0050), Do Frade/Ambrósio (FR0010), Jurumirim
(JM0030), Mabucaba (MB0080) e Rio do Meio/Japuíba (MI0010) - apresentaram IQA na
classificação “Média”, entre 50 a 70 NSF; já os pontos localizados nos rios Campo Grande
(CA0010) e Jacuecanga (JC0030) apresentaram qualidade considerada “Boa” (entre 70 e 90
NSF) (Tabela 6).
Tabela 6: Parâmetros da Qualidade da Água Superficial nos pontos de monitoramento
localizados no município de Angra dos Reis
QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL
Estação de monitoramento
Município onde está localizada
DBO (mg/L)
OD (mg/L) Coliformes
Termotolerantes (NMP/100mL)
BC0060
Angra dos Reis
< 2,0 9,4 1.700 CA0010 < 2,0 9,0 1.300 CG0010 < 2,0 8,8 23.000 CT0050 <2,0 8,8 3.300 FR0010 < 2,0 8,8 2.300 JC0030 < 2,0 9,4 1.700
Página 30 de 174
QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL
Estação de monitoramento
Município onde está localizada
DBO (mg/L)
OD (mg/L) Coliformes
Termotolerantes (NMP/100mL)
JM0030 < 2,0 8,8 4.900 MB0080 2,0 8,2 3.300 MI0010 2,0 8,6 13.000
Fonte: INEA, Dados de Qualidade (2019)
Em relação ao enquadramento, a legislação pertinente é a Resolução CONAMA 357/2005,
por exigência da Lei Federal 9.433/97, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água
e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
O enquadramento tem por objetivo estabelecer a meta de qualidade da água a ser
alcançada ou mantida ao longo do tempo. O Art. 42 da Resolução Conama determina que,
enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos, as águas doces serão consideradas
classe 2, as salinas e salobras classe 1, exceto se as condições de qualidade atuais forem
melhores, o que determinará a aplicação da classe mais rigorosa correspondente.
No que se refere ao enquadramento da Bacia em questão, verifica-se a importância de
que o tema seja abordado no plano que está em processo de revisão, tendo em vista que o
PDRH-BG elaborado em 2005, apresentou uma proposta de enquadramento, mas a mesma
não passou pelos passos subsequentes da dinâmica de aprovação deste instrumento, uma vez
que tal proposta não foi analisada e discutida no âmbito do CBH, e nem submetida à
aprovação do CERHI (Fernandes et al., 2015c apud Muylaert, 2018).
Página 32 de 174
4 DIAGNÓSTICO
4.1 Situação da prestação dos serviços de saneamento básico
No que se refere à prestação dos serviços de Abastecimento de Angra dos Reis, os
sistemas de abastecimento de água (SAA) estão sob responsabilidade da Companhia Estadual
de Águas e Esgotos (CEDAE) e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Angra dos Reis
(SAAE), enquanto os serviços de esgotamento sanitário estão sob responsabilidade do SAAE.
Dentre as atividades que são de responsabilidade dos prestadores dos serviços, estão
compreendidas para o SAA: operação e manutenção das unidades de captação, adução e
tratamento de água bruta, além de adução, reservação e distribuição de água tratada à
população. Conforme informações do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
(SNIS), para o ano de 2017, a cobertura do sistema coletivo de abastecimento de água
compreendia 94,34 % da população total, sendo o SAAE responsável por 72,93% e a CEDAE
por 21,41%.
Em relação ao esgotamento sanitário, o SAAE é responsável pela operação, manutenção
e ampliação do sistema coletivo de esgotamento sanitário (SES). Segundo dados do SNIS,
para o ano de 2017, o índice de coleta de esgoto era de 66,72%, e o índice de tratamento de
esgoto coletado era de 17,12% (SNIS, 2018).
Vale destacar que os dados do SNIS devem ser avaliados com cautela, tendo em vista
que são autodeclarados, não havendo uma fiscalização ou conferência a respeito dos mesmos
e, com isso, o preenchimento pode ocorrer de forma equivocada. Além disso, o
preenchimento do SNIS pela CEDAE retrata apenas a realidade da sua área de abrangência,
o que resulta em um déficit de informações para as demais localidades do município, não
atendidas por ela. Essa colocação é fundamentada, pois é notória a baixa participação das
Prefeituras, geralmente responsáveis pelos sistemas dessas localidades, no preenchimento
dos dados no SNIS. Dessa forma para o presente Planejamento serão adotados índices de
atendimento aferidos no diagnóstico dos sistemas existentes de abastecimento de água e
esgotamento sanitário.
No que se refere aos índices de atendimento para os serviços de abastecimento de água
e esgotamento sanitário, é preciso ressaltar que para o presente estudo este percentual de
atendimento foi determinado através da relação da população atendida em 2016 fornecida
pelo o SNIS e a população resultante urbana da projeção populacional desenvolvida para
esse estudo. Tais cálculos resultaram em índices de 89,7% para abastecimento de água na
sede e distritos para o ano 1 de planejamento. No que se refere ao esgotamento sanitário
admite-se 10% de atendimento na sede e nulo nos distritos e esgotamento sanitário.
4.2 Abastecimento de Água
Página 33 de 174
4.2.1 Caracterização geral
Conforme pode ser observado na Tabela 7, no ano de 2017, o SAA Angra dos Reis possuía
55.806 economias ativas, das quais 44,5% eram hidrometradas. Constatou-se também que
houve um incremento de 4,4% no número total de ligações no ano de 2017, se comparado
com o ano de 2013. Em relação aos volumes consumidos apresentados na Tabela 8, é
importante ressaltar que houve aumento de 6,0% no período de 2013 a 2017. Quanto aos
volumes produzidos pode-se observar um aumento significativo de 44,4% no mesmo período.
Analisando-se os dados de consumo micromedido (Tabela 9), pode se constatar que
houve redução significativa de 23,0% entre os anos de 2016 e 2017. Já em relação aos dados
de consumo faturado, constata-se uma redução de 18,0% entre os mesmos anos.
Tabela 7: Número de ligações e de economias do SAA
Ano Quantidade de Ligações Quantidade de Economias Ativas
Total (ativas + inativas)
Ativas Ativas
Micromedidas Total (ativas) Micromedidas
2013 44.393 43.255 14.399 54.873 21.652
2014 44.817 43.701 15.094 55.673 22.804
2015 45.216 42.518 15.145 55.919 18.636
2016 45.791 42.356 16.013 56.672 24.413
2017 46.360 42.292 16.793 55.806 24.825
Fonte: SNIS (2018)
Tabela 8: Volume de água produzido, consumido e faturado no SAA
Ano Volumes de Água (1.000 m³/ano)
Produzido Consumido Faturado Macromedido
2013 17.663 17.051,20 16.924,90 0
2014 20.978 16.233,25 17.576,27 0
2015 21.160 18.254,00 19.596,00 0
2016 22.016 18.104,75 17.707,56 0
2017 25.506 18.076,49 17.936,00 0
Fonte: SNIS (2018)
Página 34 de 174
Tabela 9: Volumes micromedidos e faturados pelo SAA
Ano Consumo micromedido por economia
(m³/mês/econ) Consumo de água faturado por economia
(m³/mês/econ)
2013 40,80 34,44
2014 35,26 35,36
2015 38,88 39,28
2016 42,73 30,73
2017 32,90 25,19
Fonte: SNIS (2018)
O município de Angra dos Reis conta com numerosos sistemas de captação e distribuição
de água dispersos ao longo da costa e, por esse motivo, adota a forma de administração por
regionais. O SAA de Angra dos Reis é composto por 6 (seis) regionais que atendem aos
seguintes distritos: Angra dos Reis – Sede (Regional Centro); Abraão e Praia de Araçatiba
(Regional Ilha); Cunhambebe (Regionais Frade, Japuíba e Monsuaba); Jacuecanga (Regional
Jacuecanga); Mambucaba (Regional Perequê).
O atual sistema de abastecimento de água de Angra dos Reis possui, conforme informado
no Plano Municipal de Saneamento Básico (CBHBIG, 2014), 66 (sessenta e seis) captações,
sendo de responsabilidade da CEDAE apenas as captações de Banqueta e Cabo Severino, que
reforçam o abastecimento de água do Centro de Angra dos Reis, as demais captações ficam
a cargo do SAAE. Existem outras captações que ficam sob responsabilidade de particulares,
como de condomínios e também das empresas estatais: a Eletronuclear e Petrobrás. Tais
sistemas particulares atendem a até 7,2% da população (CBHBIG, 2014).
4.2.1.1 SAA distrito Sede – Angra dos Reis – Regional Centro
A Regional Centro é operada pelo SAAE e atende ao distrito Sede e possui os subsistemas:
Sapinhatuba, Centro, Ponta do Cantador, Vila Velha e Bonfim, descritos a seguir.
a) Subistema Sapinhatuba
A captação de água é realizada em mananciais superficiais de abastecimento localizados
em três pontos distintos denominados Pedrão, Toca do Morcego e Barragem Salvador.
Ressalta-se que todas as captações são realizadas em barragem de acumulação - onde é
realizada a etapa de desinfecção por meio da adição de hipoclorito de sódio – e abastecem
a localidade de Sapinhatuba.
A captação Pedrão possui vazão de 8L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de
100 mm de diâmetro para o reservatório de 50 m3.
A captação Morcego possui vazão de 6,7L/s e a água é encaminhada por tubulação de
100 mm para dois reservatórios de 10 m3 cada.
Página 35 de 174
A captação Salvador possui vazão captada de 9,2L/s e a água é encaminhada por
tubulação de 150 mm para três reservatórios, sendo 2 (dois) de 100 m3 e 1 (um) de 50 m3.
b) Subsistema Centro
O Sistema Centro é composto por três captações por meio de barragem nos rios Bolão,
Júlia e Abel, sendo que a etapa de desinfecção realizada por adição de hipoclorito de sódio
na barragem.
A captação no rio Bolão possui vazão de 8,30L/s e a água é encaminhada por tubulação
de 150 mm para o reservatório de 15 m3 que abastece a localidade de Santo Antônio.
A captação no rio Julia possui vazão de 20 L/s e água é encaminhada por tubulação de
150 mm para duas estações elevatórias que abastecem a parte alta da localidade de Morro
da Caixa.
A captação no rio Ponta do Cantador possui vazão captada de 11,4L/s e a água é
encaminhada por tubulação de 100 mm para a rede de distribuição que abastece a localidade
do Morro Santo Antônio.
c) Subsistema Ponta do Cantador
A captação é feita em barragem de acumulação no rio Ponta do Cantador com uma vazão
de 3,2 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3
que abastece a localidade de Ponta do Cantador. A desinfecção é realizada com adição de
hipoclorito de cálcio no reservatório.
d) Subsistema Vila Velha
A captação é feita em barragem de acumulação com uma vazão de 3,80 L/s, sendo a
água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 10 m3 cada que
abastecem a localidade de Vila Velha. A desinfecção é realizada com adição de hipoclorito
de cálcio em tanque de contato.
e) Subsistema Bonfim
A captação é feita em barragem de acumulação no Rio Bonfim com vazão captada de
4,3 L/s, sendo a água encaminhada por duas tubulações de 75 mm de diâmetro para 7 (sete)
reservatórios com capacidade de 7 m3, 12 m3, 20 m3 e 4 de 10m3 que abastecem a localidade
de Bonfim. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.
Na Tabela 10 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da
Regional Centro.
Página 36 de 174
Tabela 10: Estruturas componentes do SAA de da Regional Centro que abastece o distrito
Sede – Angra dos Reis
Subsistema Local da captação
Tipo de captação Tratamento EAT Reservação
Sapinhatuba
Barragem Pedrão
Barragem de Acumulação Q = 5,85 L/s
UD 50 m3
Barragem Morcego
Barragem de Acumulação Q = 4,9 L/s
UD 10 m3
Barragem Salvador
Barragem de Acumulação Q = 6,7 L/s
UD 2x100 m3
1x100 m3
Centro
Rio Bolão Barragem de
Acumulação Q = 8,30 L/s
UD 15 m3
Rio Julia Barragem de
Acumulação R Q = 14,6 L/s
UD 2 x 20 CV
15 m3
Rio Abel Barragem de
Acumulação Q = 11,4L/s
Ponta do Cantador
Rio Ponta do Cantador
Barragem de Acumulação Q =
3,2L/s UD 10 m3
Vila Velha Barragem Vila
Velha
Barragem de Acumulação Q = 3,80
L/s UD 10 m3
Bomfim Barragem Bonfim
Barragem de Acumulação Q = 3L/s UD
7 m3, 12 m3, 3 x 10 m3 e 20 m3
Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção
4.2.1.2 SAA distrito de Abraão – Regional Ilha
A Regional Ilha é operada pelo SAAE e atende o distrito de Abraão e possui os seguintes
subsistemas: Abraão, Saco do Céu, Japariz, Bananal, Matariz, Longa, Praia vermelha,
Provetá e Aventureiro, descritos a seguir. Os subsistemas do distrito Abraão abastecem
juntos as localidades: Encrenca, Abraão, Morro do Estado, Saco do Céu, Japiruz, Guaxumã,
Praia de Bananal Praia e Matariz, região centro, sudeste e nordeste da ilha, Praia Vermelha,
Saco do Mico, Provetá, Morro do Céu e Praia do Aventureiro.
a) Subsistema Abraão
O subsistema possui 3 (três) pontos de captação, denominados Morro da Encrenca, Morro
do Cemitério e Morro do Estado, sendo que em todos a água é aduzida em barragem de
acumulação.
A captação na cachoeira da Encrenca possui vazão de 1,5L/s e a água é encaminhada
por tubulação de 75 mm para o reservatório de 80 m3 onde é realizada a desinfecção com
Página 37 de 174
adição de hipoclorito e cálcio e, antes de ser encaminhada para a rede de distribuição que
atende a localidade de Encrenca, passa ainda por uma caixa de areia.
A captação na cachoeira do Bicão possui vazão de 1,2L/s e a água é encaminhada por
tubulação de 75 mm até 3 (três) reservatórios de 10 m3 cada onde é realizada a desinfecção
com adição de hipoclorito e cálcio e, antes de ser encaminhada para a rede de distribuição
que atende a localidade de Abraão, passa ainda por uma caixa de areia.
A captação do Morro do Estado possui vazão de 1,2L/s e a água é encaminhada por
tubulação de 75 mm para o reservatório de 40 m3 onde é realizada a desinfecção com adição
de hipoclorito e cálcio e, antes de ser encaminhada para a rede de distribuição que atende
as localidades de Morro do Estado e a parte baixa de Abraão, passa ainda por uma caixa de
areia.
b) Subsistema Saco do Céu
A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Fazenda com vazão captada de
0,85 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3
que abastece a localidade Saco do Céu. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio
no reservatório.
c) Subsistema Japariz
A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Japariz com vazão de 0,5 L/s,
sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3 que
abastece as localidades de Japiruz e Guaxumã. A desinfecção é com adição de hipoclorito
de cálcio no reservatório.
d) Subsistema Bananal
A captação é feita na barragem de acumulação da Cachoeira do Bananal com uma vazão
captada de 0,5 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para três
reservatórios de 10 m3 cada que abastecem a localidade de Praia do Bananal. A desinfecção
é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.
e) Subsistema Matariz
A captação superficial ocorre por barragem de acumulação na Cachoeira de Matariz com
0,5 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3
que abastece a localidade de Praia de Matariz. A desinfecção é com adição de hipoclorito
de cálcio no reservatório.
f) Subsistema Longa
A captação é feita na barragem de acumulação da Cachoeira do Longa com vazão de 0,5
L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 10 m3 e
Página 38 de 174
5 m3, respectivamente, que abastecem as regiões centro, sudeste e nordeste da ilha. A
desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.
g) Subsistema Praia Vermelha
A captação é feita na barragem de acumulação Praia Vermelha com vazão de 0,60 L/s,
sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 10 m3 e 5 m3,
respectivamente, que abastecem as localidades de Praia Vermelha e Saco do Mico. A
desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.
h) Subsistema Provetá
O Subsistema Provetá é composto por duas captações que se dão em barragem de
acumulação: Provetá 1 - Cafundó e Provetá 2 – Morro do Céu.
A captação superficial Provetá 1 é realizada na Cachoeira do Verga com vazão de 0,50
L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm diretamente para distribuição que
abastece a localidade de Provetá. Ressalta-se que não existe tratamento por dessa água.
A captação superficial Provetá 2, por sua vez, é feita na Cachoeira do Verga com vazão
de 0,50 L/s, sendo água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3
que abastece a localidade Morro do Céu. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio
no reservatório.
i) Subsistema Aventureiro
A captação é feita na barragem de acumulação no córrego Aventureiro com vazão de
0,50 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 5 m3
que abastece a localidade Praia do Aventureiro. A desinfecção é com adição de hipoclorito
de cálcio no reservatório.
Verifica-se que a Praia do Aventureiro era abastecida por um sistema que se encontra
desativado sendo que sua captação se situa próximo à Cachoeira do Verga, possui uma
tubulação de 75 mm e não há sistema de desinfecção.
Na
Tabela 11 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da
Regional Ilha.
Página 39 de 174
Tabela 11: Estruturas Componentes do SAA –da Regional Ilha que abastece o Distrito Abraão
Subsistema Local da captação
Tipo de captação Tratamento Reservação
Abraão
Rio Camorim (Morro da Encrenca)
Barragem de Acumulação Q=1,0 L/s UD 80 m3
cacheira do Bicão (Morro do Cemitério)
Barragem de Acumulação Q = 1,0 L/s UD 10 m3
Barragem Morro do Estado
Barragem de Acumulação Q = 0,95 L/s
UD 40 m3
Saco do Céu Rio Fazenda
(Saco do Céu) Barragem de Acumulação
Q = 0,85L/s UD 10 m3
Japariz Rio Japariz Barragem de Acumulação RQ =
0,5L/s UD 10 m3
Bananal Cachoeira Bananal
Barragem de Acumulação Q = 0,5L/s
UD 3 x 10 m3
Malariz Cachoeira Matariz Barragem de Q = 0,5L/s UD 10 m3
Longa Cachoeira do Longa
Barragem de Acumulação C Q = 0,5L/s UD
5 m3 10 m3
Praia Vermelha Cachoeira da
Praia Vermelha Barragem de Acumulação Q =
0,60 L/s UD 5 m3 10 m3
Provetá
Cachoeira do Verga
(Provetá 1)
Barragem de Acumulação Q = 0,30 L/s
Cachoeira Verga (Provetá 2)
Barragem de Acumulação Q = 0,30 L/s UD 10 m3
Aventureiro Córrego do Aventureiro
Barragem de Acumulação o Q = 0,30 L/s
UD 5 m3
Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção
4.2.1.3 SAA distrito de Cunhambebe – Regional Frade
A Regional Frade é operada pelo SAAE e possui os subsistemas Frade, Gamboa do Bracuí,
Bracuí, Ariró, Itanema, Serra d’Água, descritos a seguir. Os subsistemas da Regional Frade
abastecem as localidades de Morro do Costão, Frade, Sertãozinho do Frade, Gamboa do
Bracuí, Santa Rita do Bracuí, Ariró, Itanema, Serra d’Água e Zungu.
a) Subsistema Frade
Página 40 de 174
O Subsistema Frade abrange as captações Carlos Borges (Pedreira), Tia Antônia I, Tia
Antônia II, Grataú e Sertãozinho, sendo a água aduzida por meio de barragem de acumulação
no rio Grataú.
A captação Morro da Pedreira (Carlos Borges) possui vazão de 4,88 L/s e água é
encaminhada através de uma tubulação de 100 mm para dois reservatórios de 10 m3 e 60 m3
que abastecem as localidades de Morro do Costão e Frade. A desinfecção é com adição de
hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas no reservatório.
A captação Tia Antônia I possui vazão de 3,5 L/s, sendo a água recalcada através de uma
estação elevatória com potência de 5 CV e tubulação de 100 mm para o reservatório de 50
m3 que abastece a localidade do Frade. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio
granulado e pastilhas no reservatório.
A captação Tia Antônia II possui vazão de 3,5L/s, sendo encaminhada por tubulação de
150 mm para dois reservatórios de 50 m3 cada que abastecem a localidade do Frade. A
desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas no reservatório.
As captações Grataú e Frade possuem vazão de 16L/s, sendo a água encaminhada por
tubulação de 150 mm para o reservatório de 300 m3 que abastece as localidades de Frade e
Sertãozinho do Frade. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio granulado e
pastilhas no reservatório.
b) Subsistema Gamboa do Bracuí
A captação é feita na barragem de acumulação Gamboa com vazão de 1,0L/s, sendo a
água encaminhada através de uma tubulação de 75 mm para o reservatório de 50 m3 que
abastece as localidades de Gamboa do Bracuí. A desinfecção é com adição de hipoclorito de
cálcio granulado e pastilhas no reservatório.
c) Subsistema Bracuí
O sistema Bracuí abastece as localidades de Santa Rita do Bracuí e Ariró é composto por
duas captações. A primeira captação é feita na barragem de acumulação Bracuí, denominada
de Captação Santa Rita do Bracuí, com vazão de 6,5L/s, sendo a água encaminhada através
de uma tubulação de 100 mm para o reservatório de 112 m3onde é realizada a desinfecção
com adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas.
A segunda captação é feita no rio Bracuí, através de estação elevatória com potência
de 10 CV, com vazão captada de 8,5 L/s, sendo a água bombeada para 3 (três) reservatórios
de 60 m3, 20 m3 e 20 m3, respectivamente, onde é realizada a desinfecção com adição de
hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas.
d) Subsistema Ariró
Página 41 de 174
A captação é feita na barragem de acumulação Ariró com vazão de 2,8 L/s, sendo a água
encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 5m3 que abastece a localidade
de Ariró. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas no
reservatório.
e) Subistema Itanema
A captação é feita na barragem de acumulação Itanema com vazão de 1,4 L/s, sendo a
água encaminhada por tubulação de 75 mm diretamente para rede de distribuição que
abastece a localidade de Itanema. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio
granulado e pastilhas na barragem de acumulação.
f) Subsistema Serra D’Água
A captação é feita na barragem de acumulação Serra D´água com vazão de 1,0 L/s,
sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois pequenos reservatórios de 1,0
m3 e 0,5 m3 que abastecem as localidades de Serra d´Água e Zungu. A desinfecção é com
adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas nos reservatórios.
Na Tabela 12 está apresentada a consolidação das as estruturas que compõem o SAA da
Regional Frade.
Tabela 12: Estruturas componentes do SAA de Regional Frade que abastece do distrito de
Cunhambebe
Subsistema Local da
captação Tipo da captação EAB Tratamento Reservação
Frade
Barragem Morro Pedreira (Carlos Borges)
Barragem de Acumulação Q = 4,88 L/s
UD 10 m3
60 m3
Barragem Grataú
(Tia Antônia I)
Barragem de Acumulação
Q = 3,5 L/s
Q = 3,5
L/s P = 5 CV
UD 50 m3
Tia Antônia II
Barragem de Acumulação Q = 3,5 L/s
UD 50 m3
Barragem Grataú (Grataú e
Sertãozinho)
Barragem de Acumulação
Q = 8 L/s UD 300 m3
Gamboa do Bracuí
Barragem Gamboa do
Bracuí
Barragem de Acumulação Q = 1
L/s UD 50 m3
Bracuí Barragem Bracuí Barragem de Acumulação Q = 6,5 L/s
UD 112 m3
Página 42 de 174
Subsistema Local da
captação Tipo da captação EAB Tratamento Reservação
Ariró Barragem Ariró Barragem de
Acumulação Q = 2,8 L/s
Itanema Barragem
Itanema
Barragem de Acumulação Q = 1,4 L/s
Serra D’Água Barragem Serra D’Água
Barragem de Acumulação Q = 1,0
L/s UD
0,5 m3
1,0 m3
Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção
4.2.1.1 SAA distrito de Cunhambebe – Regional Monsuaba
A Regional Monsuaba é operada pelo SAAE possui os subsistemas Caputera 1, Caputera
2, Água Santa, Monsuaba, Paraíso, Garacutaia, descritos a seguir. Os subsistemas da Regional
Monsuaba abastecem as localidades de Brasfel, Caputera, Água Santa, Morro do Castelo,
Monsuaba, Paraíso, Rua 4, Ladeira do Hugo, Vila dos Pescadores, Cantagalo 2 e Cidade Bíblia.
a) Subsistema Caputera 1
A captação é feita na barragem de acumulação Caputera com vazão de 1 L/s, sendo a
água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 135 m3que abastece a
localidade de Brasfel. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na tubulação.
b) Subsistema Caputera 2
A captação é feita na barragem de acumulação Caputera com vazão de 2,0L/s, sendo a
água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 3 m3 que abastece a
localidade de Caputera. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na tubulação.
c) Subsistema Água Santa
A captação é feita em poço profundo com vazão de 2 L/s, sendo a água encaminhada
por tubulação de 75 mm para o reservatório de 60 m3 que abastece a localidade de Água
Santa. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na tubulação. Ressalta-se que o
reservatório também é abastecido pela ETA de Jacuecanga operada que pertence à Regional
de mesmo nome e que será descrita no item 4.2.1.1.
d) Subsistema Monsuaba
O subsistema possui duas em barragem de acumulação: captações Galloway e
Paiolzinho. A captação Galloway é feita na barragem de acumulação de mesmo nome com
vazão de 13L/s e a água é encaminhada por tubulação de 150 mm para dois reservatórios de
Página 43 de 174
145 m3 e 82 m3 que abastecem as localidades de Morro do Castelo e Monsuaba. A desinfecção
é com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.
A captação Paiolzinho, por sua vez, é feita no rio Paiolzinho com vazão captada de 5L/s,
sendo a água encaminhada por tubulação de 150 mm para dois reservatórios de 20 m3 cada
que abastecem a localidade de Monsuaba. A desinfecção é com adição de hipoclorito de
cálcio nos reservatórios.
e) Subsistema Paraíso
O subsistema possui duas captações que abastecem a localidade de Paraíso, a primeira
feita por poço com vazão de 2L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm de
diâmetro diretamente para rede distribuição. Ressalta-se que não há tratamento para a água
captada por este poço.
A segunda de captação é feita no rio Paraíso com vazão captada de 1 L/s, sendo a água
encaminhada por tubulação de 75 mm diretamente para rede distribuição. A desinfecção é
realizada com adição de hipoclorito de cálcio na barragem.
f) Subsistema Garacutaia
O subsistema possui duas captações em barragem de acumulação, ambas no rio
Garacutaia: Cantagalo I e II.
A captação Cantagalo I possui vazão de 2,0 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação
de 75 mm para 6 (seis) reservatórios – 1 (um) de 10 m3, 1 (um) de 75 m3, 2 (dois) de 40 m3 e
2 (dois) de 20 m3 - que abastecem a localidades da Rua 4, Ladeira do Hugo e Vila dos
Pescadores. A desinfecção é realizada com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.
A captação Cantagalo II possui vazão de 1 L/s, sendo a água é encaminhada por
tubulação de 75 mm para o reservatório de 10 m3 que abastece as localidades de Cantagalo
2 e Cidade Bíblia. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na barragem de
acumulação.
Na Tabela 13 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da
Regional Monsuaba.
Tabela 13: Estruturas componentes do SAA da Regional Monsuaba que abastece o distrito
de Cunhambebe
Subsistema Local da captação
Tipo da captação Tratamento EAT Reservação
Caputera
Barragem Caputera I
Barragem de Acumulação Q = 1,9L/s
UD 135 m3
Barragem Caputera I
Barragem de Acumulação
UD 3 m3
Página 44 de 174
Subsistema Local da captação
Tipo da captação Tratamento EAT Reservação
Q = 0,7L/s
Água Santa Barragem Água santa
Barragem de Acumulação Q = 1,68 L/s
UD 60 m3
Monsuaba
Barragem Galloway
Barragem de Acumulação Q = 13L/s
UD 145 m3
82 m3
Barragem Paiolzinho
Barragem de Acumulação
Q = 5L/s UD 20 m3
Paraíso Barragem Paraíso
Barragem de Acumulação R. Julia Q =
2,2L/s
UD 2 x 20 CV 15 m3
Garacutaia
Barragem Cantagalo I
Barragem de Acumulação Q = 1,0L/s
UD
10 m3
2 x40 m3
3 x 20 m3
75 m3
Barragem Cantagalo I
Barragem de Acumulação Q = 1,9L/s
UD 10 m3
Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção
4.2.1.2 SAA distrito de Cunhambebe – Regional Japuíba
A Regional Japuíba é operada pelo SAAE e parcialmente pelo CEDAE e possui os
subsistemas: Japuíba, Areal, Campo Belo, Retiro, Sesc e Cabo Severino. Os subsistemas da
Regional Japuíba abastecem as localidades de Morro do Abel, Centro, Morro da Cruz, Parque
das Palmeiras, Morro da Glória, Bairro Morada do Areal, Areal, Campo Belo, Retiro,
Banqueta, Gamboa e Grande Japuíba.
a) Subsistema Japuíba
A captação é feita na barragem de acumulação Banqueta com vazão de 152 L/s, sendo
a água encaminhada por tubulação de 500 mm para o reservatório de 1.600 m3. Do
reservatório de 1.600 m3, por sua vez, a água encaminhada para uma estação elevatória,
com potência de 200 cv, e daí para outro reservatório de 200 m3 para que seja distribuída
para as localidades de Morro do Abel, Centro, Morro da Cruz, Parque das Palmeiras e Morro
da Glória. A desinfecção é realizada com adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.
b) Subsistema Areal
A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Areal com vazão de 17,8 L/s,
sendo a água encaminhada por tubulação de 150 mm para dois reservatórios de 30 m3 e 50
m3 que abastecem as localidades de Bairro Morada do Areal e Areal. A desinfecção é com
adição de hipoclorito de cálcio nos reservatórios.
c) Subsistema Retiro
Página 45 de 174
A captação é feita na barragem de acumulação no córrego Retiro com vazão de
2,13 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 30 m3
que abastece a localidade de Retiro. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio no
reservatório.
d) Subsistema SESC
Assim como no subsistema Campo Belo, a captação é feita na barragem de
acumulação Banqueta com vazão de 2,10 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de
75 mm de diâmetro para rede de distribuição que atende a localidade de Banquetá. A
desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio na tubulação.
e) Subsistema Cabo Severino
A captação também é na barragem de acumulação Banqueta com vazão de 24,8 /s,
sendo a água recalcada por uma estação elevatória com potência de 25 cv através de
tubulação de 250 mm de diâmetro para o reservatório de 1.600 m3 de capacidade do qual é
distribuída para mais 3 (três) reservatórios de 10 m3 cada e que abastecem as localidades de
Gamboa e Grande Japuíba. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio no
reservatório de 1.600 m3 de capacidade.
f) Subsistema Campo Belo
A captação é feita na barragem de acumulação Banqueta com vazão de 37,6 L/s, sendo
a água encaminhada por tubulação de 200 mm para o reservatório de 10 m3 que abastece a
localidade de Campo Belo. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio no
reservatório.
Na Tabela 14 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA
Regional Japuíba.
Tabela 14: Estruturas componentes do SAA –da Regional Japuíba que abastece o distrito de
Cunhambebe
Subsistema Local de captação
Tipo de captação EAB Tratamento Reservação
Japuiba Barragem Banqueta
Barragem de Acumulação Q = 152L/s
Q = 98,2 L/s P = 200 CV
UD 1.600 m3
200 m3
Areal Rio Areal
Barragem de Acumulação Q = 17,8L/s
UD 30 m3
50 m3
Campo Belo Barragem Banqueta
Barragem de Acumulação Q = 37,6L/s
UD 10 m3
Página 46 de 174
Subsistema Local de captação
Tipo de captação EAB Tratamento Reservação
SESC Barragem Banqueta
Barragem de Acumulação Q = 2,1L/s
UD
Cabo Severino Barragem Banqueta
Barragem de Acumulação Q = 15,8 L/s
UD 1.600 m3 3 x 10 m3
Retiro Córrego Retiro Barragem de Acumulação Q = 2,13 L/s
UD 20 m3
Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção
4.2.1.3 SAA distrito de Jacuecanga – Regional Jacuecanga
A Regional Jacuecanga é operada pelo SAAE atende ao distrito Jacuecanga e possui os
seguintes subsistemas: Camorim Pequeno, Camorim Grande, Lambicada e Praia do Machado.
Os subsistemas da Regional Jacuecanga abastecem as localidades: Camorim Pequeno, Morro
da Jaqueira, Camorim Grande, Verolme, Jacuecanga, Lambicada e Praia do Machado.
a) Subsistema Camorim Pequeno
A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Camorim Pequeno com vazão de
16,90L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 150 mm diretamente para rede de
distribuição que abastece a localidade de Camorim Pequeno. A desinfecção é com adição de
hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas na barragem de acumulação.
b) Subsistema Camorim Grande
O Subsistema Camorim Grande é dividido em três captações nomeadas de Camorim
Grande B1, B2 e B3, sendo que em todas elas a água é aduzida em barragem de acumulação
onde é realizada a desinfecção com adição de hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas. A
água proveniente dessas captações é armazenada em um sistema de reservação com
capacidade de 223m³.
A captação Camorim Grande B1 é feita no Rio Camorim Grande.com vazão de 12,8L/s e
água é encaminhada por tubulação de 150 mm diretamente para rede de distribuição que
abastece a localidade de Morro da Jaqueira.
A captação Camorim Grande B2 é feita no Rio Camorim Grande com vazão de 13,4 L/s
e a água é encaminhada por tubulação de 150 mm diretamente para rede de distribuição
que abastece a localidade de Camorim Grande.
A captação Camorima Grande B3 é feita no Rio Camorim Grande com vazão de 26,5L/s
e a água é encaminhada por tubulação de 200 mm diretamente para rede de distribuição
que abastece a localidade de Camorim Grande, área baixa.
c) Subsistema Lambicada
Página 47 de 174
O Subsistema Lambicada dispõe de duas captações tipo barragem de acumulação,
Lambicada 1 e 2, ambas captam água do Manancial do Rio Lambicada e atendem a localidade
de mesmo nome.
As captações são feitas com vazões de 12L/s em cada ponto, sendo as águas
encaminhadas para 2 (dois) reservatórios de 85 m3 cada, um em cada captação onde é
realizada a desinfecção com adição de hipoclorito de cálcio granulados e pastilhas.
d) Subsistema Praia do Machado
A captação é feita na barragem de acumulação no Rio Vitinho com vazão de 4,5 L/s,
sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o reservatório de 20 m3 que
abastece a localidade de Praia do Machado, parte Alta. A desinfecção é com adição de
hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas no reservatório.
Na Tabela 15 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da
Regional Jacuecanga.
Tabela 15: Estruturas componentes do SAA da Regional Jacuecanga que abastecem o
distrito de mesmo nome
Subsistema Local de Captação Tipo de captação Tratamento Reservação
Camorim Pequeno
Barragem de Acumulação Rio
Camorim Pequeno
Barragem de Acumulação Q = 16,9 L/s UD
Camorim Grande
Barragem de Acumulação Rio
Camorim Grande (B1)
Barragem de Acumulação Q = 12,8 L/s
UD
Camorim Grande (B2) Barragem de Acumulação Q = 13,4 L/s UD
Barragem de Acumulação Rio
Grande (B3)
Barragem de Acumulação Q = 26,5 L/s UD
Lambiscada
Barragem de Acumulação R. Lambicada (I)
Barragem de Acumulação Q = 12,8 L/s UD 85 m3
Barragem de Acumulação R. Lambicada (II)
Barragem de Acumulação Q = 13 L/s
Praia do Machado
Barragem de Acumulação Rio
Vitinho
Q = 4,5 L/s UD 20 m3
Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção
4.2.1.4 SAA distrito de Mambucaba – Regional Perequê
A Regional Perequê é operada pelo SAAE e atende ao distrito de Mambucaba e possui os
seguintes subsistemas: Itapicu – Perequê, Morro da Boa Vista, Praia Vermelha e Vila
Histórica. Os sistemas da Regional Perequê abastecem as localidades: Perequê, Mambucaba,
Morro da Boa Vista, Praia Vermelha e Vila Histórica.
Página 48 de 174
a) Subsistema Itapicu – Perequê
A captação é feita por barragem de acumulação, com o nome de Barragem de Itapicu a
qual é abastecida pelo manancial do Rio Itapicu. A vazão captada é de 85 L/s e a água é
encaminhada através de uma tubulação de 250 mm para o reservatório de 360 m³ que
abastece as localidades de Perequê e Mambucaba. A desinfecção é com adição de hipoclorito
de cálcio granulado e pastilhas, em tanque de contato antes do reservatório.
b) Subsistema Morro da Boa Vista
A captação é feita por barragem de acumulação, com o nome de Barragem Boa Vista,
sendo a vazão captada de 3,5 L/s e a água encaminhada através de uma tubulação de 75
mm para dois reservatórios de 40 m3 e 150 m3, respectivamente, que abastecem o Morro da
Boa Vista Ressalta-se que a água captada não é submetida a tratamento.
c) Subsistema Praia Vermelha
A captação é feita por barragem de acumulação, a vazão captada é de 0,6 L/s e a água
é encaminhada através de uma tubulação de 75 mm diretamente para rede de distribuição
que abastece a Praia Vermelha. A desinfecção é realizada com adição de hipoclorito de
cálcio granulado ou pastilhas na rede.
d) Sistema Vila Histórica
A captação é feita por barragem de acumulação no manancial Mambucaba com vazão
de 3,2 L/s e a é encaminhada através de uma tubulação de 75 mm para 3 (três) reservatórios
de 10 m3, cada, que abastecem a Vila Histórica. A desinfecção é realizada com adição de
hipoclorito de cálcio granulado e pastilhas em tanque de contato antes do reservatório.
Na Tabela 16 está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA da
Regional Perequê.
Tabela 16: Estruturas componentes do SAA Regional Perequê que abastece o distrito de
Mambucaba
Subsistema Local de captação
Tipo de captação Tratamento Reservação
Itapicu - Perequê Rio Itapicu Barragem de Acumulação Q
= 85 L/s UD 360 m3
Morro da Boa Vista
Barragem de Acumulação Boa
Vista
Barragem de Acumulação Q = 3,5 L/s UD
40 m3 150 m3
Praia Vermelha Barragem de
Acumulação Praia Vermelha
Barragem de Acumulação Q = 0,6 L/s
UD
Vila Histórica Manancial Mambucaba
Barragem de Acumulação a Q = 3,2 L/s
UD 3 x 10 m3
Página 49 de 174
Subsistema Local de captação
Tipo de captação Tratamento Reservação
Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção
4.2.1.5 SAA distrito Praia de Araçatiba – Regional Ilha
O distrito de Praia de Araçatiba é abastecido um sistema operado pelo SAAE e composto
por 3 (três) captações, todas realizada por meio de barragem de acumulação: Folha, Morro
do Castelo e Cotias. Este SAA não está submetido às Regionais e abastece as seguintes
localidades: Morro de Araçatiba, Viana, Morro do Castelo e Região Central, Praia da
Cachoeira, Araçatiba e Canto da Praia.
A captação Folha é feita na Cachoeira do Benedito com vazão de 0,5 L/s, sendo a água
encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 10 m3 cada que abastecem
as localidades do Morro de Araçatiba e Viana. A desinfecção é com adição de hipoclorito de
cálcio nos reservatórios.
A captação Morro do Castelo é feita na Cachoeira Longa com vazão de 0,5 L/s, sendo a
água encaminhada por tubulação de 75 mm para dois reservatórios de 40 m3 e 60 m3,
respectivamente, que abastecem as localidades do Morro de Araçatiba parte Alta, Morro do
Castelo e Região Central. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio nos
reservatórios.
A captação Cotias é feita na barragem de acumulação na Cachoeira do Benedito com
vazão captada de 0,5 L/s, sendo a água encaminhada por tubulação de 75 mm para o
reservatório de 10 m3 que abastece as localidades Praia da Cachoeira, Araçatiba e Canto da
Praia. A desinfecção é com adição de hipoclorito de cálcio no reservatório. Na Tabela 17
está apresentada a consolidação das estruturas que compõem o SAA que abastecem o distrito
de Praia de Araçatiba.
Tabela 17: Estruturas componentes do –SAA que abastece o distrito de Praia de Araçatiba
Local da captação Tipo de captação Tratamento Reservação
Cachoeira do Benedito (Folha)
Barragem de Acumulação Q = 0,5L/s UD 10 m3
Cachoeira Longa (Castelo) Barragem de Acumulação Q = 0,5L/s UD 40 m3 60 m3
Cachoeira do Benedito (Cotias) Barragem de Acumulação Q = 0,5L/s UD 10 m3
Notas: (1) Q: Vazão (2) UD: Unidade de Desinfecção
4.2.2 Regulação e tarifação
Página 50 de 174
A regulação de serviços públicos de saneamento básico, conforme estabelecido pela Lei
Federal nº 11.445/2011, poderá ser delegada pelos titulares a qualquer entidade reguladora
constituída dentro dos limites do respectivo Estado (BRASIL, 2011). O município de Angra
dos Reis não possui regulação dos serviços de abastecimento de água prestados pelo SAAE.
Os serviços prestados pela CEDAE, por sua vez, são regulados pela Agência Reguladora de
Energia e Saneamento Básico (AGENERSA), que é responsável por regulamentar e fiscalizar
a prestação dos serviços públicos de saneamento na área correspondente à concessão dos
seus serviços. A agência foi criada pela Lei Estadual n° 4.556, de 06 de junho de 2005 e
regulamentada pelo Decreto Estadual n° 45.344, de 17 de agosto de 2015, sendo que ainda
atende o que determina o Decreto Estadual nº 553, de 16 de janeiro de 1976 (CEDAE, s.d.).
Desde agosto de 2016 até agosto de 2020, as revisões tarifárias serão anuais, devendo
ser previamente submetidas à AGENERSA para aprovação. A partir de 2020, contudo, está
prevista a primeira revisão tarifária quinquenal da Concessionária.
A AGENERSA poderá recomendar ou determinar mudanças nos procedimentos, advertir
e multar a Concessionária, com o objetivo de adequar ou aperfeiçoar a prestação dos
serviços públicos à população de acordo com a norma em vigor e sua previsão. A infração às
leis, aos regulamentos ou às demais normas aplicáveis aos serviços públicos de
abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, bem assim a inobservância dos
deveres previstos na legislação, sujeitará a CEDAE às penalidades de advertência e multa,
cujo percentual aplicado pelo órgão fiscalizador não poderá exceder a 0,1% do montante da
arrecadação da concessionária nos últimos 12 (doze) meses anteriores à ocorrência da
infração.
Na Tabela 18 estão apresentados os valores tarifários vigentes, de acordo com as
categorias de usuários dos serviços prestados pela CEDAE e seguindo o princípio da
progressividade do consumo. Destaca-se que o município de Angra dos Reis se encontra na
área de abrangência referente à tarifa “B”.
Tabela 18: Valores tarifários aplicados pela CEDAE para o serviço de abastecimento de
água
Estrutura tarifária vigente
TARIFA 1 - ÁREA A
CATEGORIA FAIXA (m³/mês) MULTIPLICADOR TARIFA (R$) VALOR (R$)
DOMICILIAR (CONTA MÍNIMA) 1,00 3,97628 59,64
PÚBLICA ESTADUAL* 0-15 1,32 5,248689 78,72
>15 2,92 11,610736 601,17
Página 51 de 174
Estrutura tarifária vigente
TARIFA 1 - ÁREA B
CATEGORIA FAIXA (m³/mês) MULTIPLICADOR TARIFA (R$) VALOR (R$)
DOMICILIAR (CONTA MÍNIMA) 1,00 3,487958 52,30
PÚBLICA ESTADUAL* 0-15 1,32 4,604103 69,06
>15 2,92 10,184835 527,34
TARIFA 2 E 3 - ÁREA A
CATEGORIA FAIXA (m³/mês) MULTIPLICADOR TARIFA (R$) VALOR (R$)
DOMICILIAR
0-15 1,00 4,555225 68,32
16-30 2,2 10,021496 218,63
31-45 3,00 13,665677 423,60
46-60 6,00 27,331355 833,56
>60 8,00 36,441807 1.197,97
COMERCIAL
0-20 3,40 15,487767 309,74
21-30 5,99 27,285803 582,59
>30 6,40 29,153445 1.165,65
INDUSTRIAL
0-20 5,20 23,687174 473,74
21-30 5,46 24,871533 722,45
>30 6,39 29,107893 1.304,59
PÚBLICA 0-15 1,32 6,012898 90,18
>15 2,92 13,301259 688,72
TARIFA 2 E 3 - ÁREA B
CATEGORIA FAIXA MULTIPLICADOR TARIFA (R$) VALOR (R$)
DOMICILIAR
0-15 1,00 3,995804 59,92
16-30 2,20 8,790768 191,77
31-45 3,00 11,987412 371,57
46-60 6,00 23,974825 731,18
>60 8,00 31,966433 1.050,84
COMERCIAL
0-20 3,40 13,585733 271,70
21-30 5,99 23,934867 511,04
>30 6,40 25,573147 1.022,50
INDUSTRIAL
0-20 4,70 18,780279 375,60
21-30 4,70 18,780279 563,40
31-130 5,40 21,577343 2.721,10
>130 5,70 22,776084 2.948,86
PÚBLICA 0-15 1,32 5,274462 79,11
>15 2,92 11,667747 604,12
Os valores das contas se referem aos limites superiores das faixas sendo, nas faixas em aberto (MAIOR), equivalentes aos seguintes consumos:
Página 52 de 174
Estrutura tarifária vigente
Área A Área B
RESIDENCIAL 70M³/MÊS RESIDENCIAL 70M³/MÊS
COMERCIAL 50M³/MÊS COMERCIAL 50M³/MÊS
INDUSTRIAL 50M³/MÊS INDUSTRIAL 140M³/MÊS
PÚBLICA 60M³/MÊS PÚBLICA 60M³/MÊS Nota: (1) Tarifa diferenciada "A" e "B", conforme localidade (Decreto 23.676, de 04/11/1997); (2) * Os valores das contas se referem aos limites superiores das faixas, sendo, nas faixa sem aberto (>), equivalentes ao seguinte consumo: Público: 60m³/mês; (3)Tarifa social: Considera 1 economia e cobrança de 30 dias; Valor de conta para Unidade Predial (atendida com cobr./água e sem esgoto): R$ 18,45. A cobrança de esgoto é igual à cobrança de água.
Fonte: CEDAE (2019)
No que se refere aos serviços prestados pelo SAAE, a cobrança é realizada de acordo
com as categorias de usuários e faixa de consumo, seguindo o princípio da progressividade
do consumo. Na Tabela 19, são apresentados os valores para consumo hidrometrados e na
Tabela 20 os valores para quando não há micromedição, quando o consumo é estimado.
Tabela 19: Valores tarifários aplicados pelo SAAE para o serviço de abastecimento de água
- consumo hidrometrado
Categoria Faixas de consumo (m³) Preço por m³ (R$)
Residencial
até 10 2,1
de 11 a 15 3,01
de 16 a 20 3,19
de 21 a 30 5,48
acima de 30 8,82
Comercial
até 10 2,54
de 11 a 15 3,83
de 16 a 20 4,03
de 21 a 30 6,74
acima de 30 11,02
Industrial
até 10 3,28
de 11 a 15 4,84
de 16 a 20 5,09
de 21 a 30 8,57
acima de 30 13,91
Outros
até 10 1,98
de 11 a 15 2,74
de 16 a 20 3,01
Página 53 de 174
Categoria Faixas de consumo (m³) Preço por m³ (R$)
de 21 a 30 5,11
acima de 30 8,4
Fonte: SAAE-AR (2019)
Tabela 20: Valores tarifários aplicados pelo SAAE para o serviço de abastecimento de água
- consumo estimado, sem hidrometração
Categoria Tipo Área do Imóvel
(m²) Consumo Estimado
em (m³) Valor da Tarifa
Mensal (R$)
Residencial
1 até 40 10 21
2 de 41 a 60 15 36,05
3 de 61 a 100 20 52
4 de 101 a 150 30 106,8
5 acima de 150 50 283,2
Comercial
1
10 25,4
2 30 132,1
3 50 352,5
4 80 683,1
5 100 903,5
6 150 1.454,50
7 200 2.005,50
Industrial
1
50 446,35
2 100 1.141,85
3 200 2.532,85
4 300 3.923,85
5 400 5.314,85
Outros
1
10 19,8
2 50 267,65
3 100 687,65
4 200 1.527,65
5 300 2.367,65 Notas: (1) Tipologias Comercial, Industrial e Outros de acordo com atividade do imóvel, conforme anexo I-A, em: http://www.saaeangra.com.br/arq/anexos_servicos.pdf
Fonte: SAAE (2019)
Página 54 de 174
No que tange ao Plano Plurianual (PPA) de Angra dos Reis, foram identificados
investimentos previstos para o abastecimento de água no período de 2018 a 2021, a serem
dispendidos pela autarquia – SAAE, conforme Tabela 21.
Tabela 21: Investimentos previstos para o SAA (2018 – 2021)
Projeto 2018 2019 2020 2021 TOTAL
ENCAMPAÇÃO DA CEDAE À ESTRUTURA DO SAAE
100.000,00 10.000,00 10.000,00 100.000,00 220.000,00
AMPL. E MELHORIA DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
110.000,00 350.000,00 363.000,00 375.000,00 1.198.000,00
CONSTRUÇÃO DE RESERVATÓRIO DE ÁGUA POTÁVEL NO BAIRRO DO BRACUÍ
806.700,00 400.000,00 0,00 0,00 1.206.700,00
RESERVATÓRIO E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA - MONSUABA
8.297.800,00 8.298.000,00 0,00 0,00 16.595.800,00
RESERVATÓRIO E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA - GARATUCAIA E CANTAGALO
5.257.700,00 5.259.000,00 0,00 0,00 10.516.700,00
ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE MAMBUCABA
0,00 2.500.000,00 3.000.000,00 3.000.000,00 8.500.000,00
TOTAL 14.572.200,00 16.817.000,00 3.373.000,00 3.475.000,00 38.237.200,00
Fonte: adaptado de ANGRA DOS REIS (2018)
Foram identificadas ainda outras previsões de investimentos para saneamento no
município, mas que não diferenciam as despesas de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário, conforme apresentado na Tabela 22.
Tabela 22: Investimentos previstos para SAA e SES (2018 – 2021)
Projeto 2018 2019 2020 2021 TOTAL
CADASTRAMENTO E RECADASTRAMENTO DE ECONOMIAS
100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 400.000,00
Página 55 de 174
Projeto 2018 2019 2020 2021 TOTAL
PROJ. SANEAMENTO BACIA G CENTRO
2.639.900,00 0,00 0,00 0,00 2.639.900,00
ESGOTAMENTO SANITÁRIO E ABASTECIMENTO DE ÁGUA
0,00 300.000,00 300.000,00 300.000,00 900.000,00
MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO
716.000,00 1.993.000,00 2.363.000,00 2.468.000,00 7.540.000,00
SANEAMENTO BÁSICO 34.851.300,00 34.852.000,00 8.713.000,00 0,00 78.416.300,00
SANEAMENTO BÁSICO 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 200.000,00
TOTAL 38.357.200,00 37.295.000,00 11.526.000,00 2.918.000,00 90.096.200,00
Fonte: adaptado de ANGRA DOS REIS (2018)
4.2.3 Avaliação da oferta e demanda
De acordo com informações do Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, publicado
em 2010 pela Agência Nacional de Águas (ANA, 2010), o município de Angra dos Reis faz
parte da Região Hidrográfica do Atlântico Sudeste, especificamente na Sub-bacia
Hidrográfica da Baía da Ilha Grande que, por sua vez, apresenta significativa disponibilidade
hídrica em relação às águas superficiais, em função dos corpos hídricos existentes, dentre
eles: Rio Jacuecanga, Rio Jurumirim, Rio Zungu, Rio Ariró, Rio Canela, Rio Caracatinga, Rio
Vermelho, Rio Mambucaba, Ribeirão do Veado, Rio do Funil.
A avaliação de oferta e demanda realizada na fase de elaboração do Atlas Brasil –
Abastecimento Urbano de Água indicou que os sistemas produtores de Angra dos Reis não
atenderão satisfatoriamente à demanda de 100% da população urbana1 projetada para o ano
de 2025 (Tabela 23). Salienta-se que estes sistemas, que atendem a área urbana, são
responsáveis por apenas 45% do abastecimento de Angra dos Reis, uma vez que existem uma
série de sistemas e mananciais no município.
Tabela 23: Mananciais de abastecimento da população de Angra dos Reis
Mananciais Sistema Participação no
abastecimento do município
Situação até 2025
Barragem Banqueta Isolado – Angra dos Reis 1 35% Requer ampliação do
sistema
1 O Atlas Brasil trabalhou com a população urbana equivalente a 142.318 habitantes, conforme dados do IBGE (2007).
Página 56 de 174
Rio Cabo Severino Isolado – Angra dos Reis 2
10% Requer novo manancial
Fonte: Adaptado de ANA (2010)
Segundo o Relatório Gerencial (PERH-RJ, 2014), os sistemas de abastecimento de água
da Sede de Angra dos Reis não seriam suficientes para atender a demanda a partir de 2015,
com os mananciais utilizados, Barragem Banqueta, Rio Cabo Severino e as Captações Julia,
Bolão, Abel e Bulé. A vazão necessária para o ano de 2030 foi estimada em 487,11 L/s e uma
nova captação, de até 220 L/s, poderia ser realizada no Rio Bracuí.
No município de Angra dos Reis existem cadastrados 35 (trinta e cinco) poços profundos
que disponibilizam uma vazão efetiva de 29.428,44 m3/ano e uma vazão instalada de 65.962
m3/ano.
A oferta para o SAA Angra dos Reis se apresenta na Tabela 24.
Tabela 24: Demandas x Vazões aduzidas para o Sistema Angra dos Reis
Distritos
População atendida
atual (2018)
Demanda atual (2018) (L/s)
Manancial utilizado
Vazão aduzida
atual (L/s)
Balanço atual (L/s)
Vazão outorgável
(L/S)
Sede 49.593 166,12
Barragem Banqueta 180,00
106,88
81,57
Rio Cabo Severino 54,00 22,18
Captações Bolão 39,00
Captações Julia 0,78 Captações Abel 1,81
Abraão 2.044 5,83
Cunhambebe 83.847 244,22
Jacuecanga 25.781 75,09
Mambucaba 25.577 74,50
Praia de Araçatiba 2.687 7,82
Totais 189.529 573,60 Notas: Apenas o distrito Sede dispunha das informações necessárias sobre as vazões aduzidas.
No tocante aos pontos de outorga no município de Angra dos Reis, conforme informações
disponibilizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro, existem 9
(nove) licenças outorgadas em seu território para captação de água, sendo apenas uma para
os SAA emitida em favor do SAAE, por outro lado, não existe outorga emitida para as
captações da CEDAE. Existem ainda 3 (três) outorgas emitidas em favor da Eletronuclear e 4
outorgas para captação superficial e subterrânea de empresas e uma de pessoa física.
Página 57 de 174
4.2.4 Monitoramento da qualidade da água
Como preconizado pela Portaria de Consolidação (PRC), nº 5, de 28 de setembro de
2017, Anexo XX, para o controle da qualidade da água tratada, são realizadas as análises de
cor, turbidez, pH, cloro residual, flúor, ferro, manganês, coliformes totais, Escherichia coli
e bactérias heterotróficas. Ainda de acordo com esta legislação, também são feitas análises
de mercúrio e agrotóxicos, substâncias orgânicas e inorgânicas, desinfetantes e produtos
secundários de desinfecção e radioatividade (BRASIL, 2017).
Os relatórios com os resultados dos parâmetros de qualidade da água dos sistemas de
abastecimento de água de Angra dos Reis não foram disponibilizados pelos prestadores: SAAE
e CEDAE. No entanto, frisa-se a importância da análise e divulgação desses dados tendo em
vista a garantia da saúde pública da população abastecida pelos sistemas, o que deve ser
abordado quando da elaboração da revisão do PMSB.
4.3 Esgotamento Sanitário
4.3.1 Caracterização geral
De acordo com informações do SNIS, no ano de 2017, o índice de coleta de esgoto era
de 66,72% (SNIS, 2018). Ainda segundo os dados do SNIS, entre esses anos o número de
ligações ativas apresentou um significativo acréscimo de 285,8%, conforme apresentado na
Tabela 25. O número de economias ativas e de economias residenciais ativas, foi informado
apenas entre 2013 e 2015, quando apresentaram aumentos de 220,5% e 227,1%,
respectivamente, durante este período. A população urbana atendida por SES aumentou
297,8% no mesmo período.
Tabela 25: Evolução do atendimento pelo SES do município de Angra dos Reis, no período
de 2013 a 2017
Ano População
urbana atendida (hab.)
Ligações ativas (unid.)
Economias ativas (unid.)
Economias residenciais
ativas (unid.)
2013 22.434 5.782 6.756 6.619
2014 85.072 21.268 21.268 21.268
2015 86.606 21.651 21.651 21.651
2016 81.665 20.416 - -
2017 89.237 22.309 - -
Fonte: SNIS (2018)
As extensões da rede coletora de esgoto para o ano 1 de planejamento, em todos os
distritos, totalizam 95.128 m (Tabela 26).
Página 58 de 174
Tabela 26: Estimativa de extensão de rede coletora de esgoto para o ano 1 de
planejamento
Distrito Extensão de Rede Coletora (m)
Sede 17.847
Abraão 5.199
Cunhambebe 46.208
Jacuecanga 11.737
Mambucaba 14.137
Praia de Araçatiba 0
Total 95.128
Os SES do município são divididos em 6 (seis) regionais. A seguir são descritas as
informações de cada um dos SES identificados nos distritos, de acordo com as regionais.
4.3.1.1 SES distrito Sede – Angra dos Reis – Regional Centro
A Regional Centro abrange os bairros: Balneário, Bonfim, Centro, Colégio Naval, Marinas,
Morro Caixa D’água, Morro da Carioca, Morro da Cruz, Morro da Fortaleza, Morro da Glória I
e II, Morro do Abel, Morro do Bulé, Morro do Carmo, Morro do Perez, Morro do Santo Antônio,
Morro do Tatu, Mombaça, Monte Castelo (antigo Sapinhatuba II), Parque das Palmeiras, Praia
da Chácara, Praia do Anil, Praia do Jardim, Praia Grande, Sapinhatuba I e III, Tanguá e Vila
Velha.
A Regional Centro possui 12 (doze) estações de tratamento que totalizam vazão
aproximada de 40 L/s, destacando-se 2 (duas) ETE do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo
Ascendente (RAFA), cujas vazões de tratamento são 13,88 L/s cada. Além destas, há ainda
1 (uma) ETE do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente; 1 (uma) ETE compacta com
tratamento físico-químico (4,63 L/s) e outras 2 (duas) ETE do tipo Reator Anaeróbio
Compartimentado (RAC) seguido de Biofiltro Aerado Submerso de 0,9 L/s e 2 L/s,
respectivamente. As demais estações de tratamento (8) são do tipo tanque séptico e filtro
anaeróbio.
A localidade Bonfim possui rede coletora de esgoto que encaminha os efluentes para a
estação de tratamento tipo RAFA, com tratamento preliminar através de gradeamento
preliminar e caixa de areia. A ETE Bonfim tem capacidade para atender a 2.500 hab./dia.
A localidade Praia Grande não é atendida com rede coletora de esgoto, apenas
tratamento individual adotado em cada residência.
A localidade Sapinhatuba possui sistema de tratamento de esgoto com capacidade de
1.283 hab./dia do tipo fossa-filtro e o destino dos efluentes, após a passagem pelo sistema
de tratamento, é a rede de drenagem existente no local.
Página 59 de 174
Na localidade Monte Castelo o esgoto gerado é encaminhado para o sistema de
tratamento denominado Praia da Chácara, que é um Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente.
As redes coletoras encaminham os efluentes para a elevatória, localizada no CEA que, por
sua vez, é recalcado para a ETE Praia da Chácara.
A localidade Sapinhatuba III não tem destinação final com tratamento adequado e todo
o efluente é lançado em corpos hídricos da região, sem qualquer tipo de tratamento.
A localidade Vila Velha possui rede coletora de esgoto com tubos em PVC que direcionam
os efluentes para um sistema de gradeamento preliminar para sólidos grosseiros e
desarenador. Após tratamento preliminar, o efluente é recalcado para a estação de
tratamento do tipo RAC com quatro câmaras para biodigestão, seguidas de biofiltros com
capacidade 500 hab/dia. Todo o efluente, após passar pelo sistema de tratamento
(RAC+FBAS+DEC), é lançado na praia Vila Velha, atendendo padrões de qualidade exigidos.
Em Ponta do Cantador é formada por um condomínio particular de alto padrão e cada
residência possui um sistema de tratamento de esgoto individual, cujos sistemas de
tratamento não foram identificados (CBHBIG, 2014).
4.3.1.2 SES distritos Abraão e Praia de Araçatiba - Regional Ilha
Esta regional é formada pelas três grandes ilhas do município de Angra dos Reis - Ilha
Grande, Ilha da Gipóia e Ilha da Barra - onde existem várias localidades e aglomerados
urbanos, a saber: Abraãozinho, Araçatiba, Aventureiro, Bananal, Dois Rios, Enseada das
Estrelas, Enseada das Palmas, Enseada do Sítio Forte, Freguesia de Santana, Guaxuma, Ilha
da Barra, Ilha da Gipóia, Lopes Mendes, Matariz, Parnaioca, Ponta dos Castelhanos, Praia da
Formiga, Praia Vermelha da Ilha Grande, Provetá e Vila do Abraão.
A regional possui ao menos 5 (cinco) ETE, em operação ou não, que visam tratar os
esgotos de algumas das localidades, dentre elas: Enseada das Estrelas, Provetá, Vila do
Abraão e Praia de Araçatiba.
Possui uma estação de tratamento do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente, cuja
vazão de tratamento é 13,9 L/s.
A localidade de Enseada das Estrelas é formada pelas praias Saco do Céu e Praia de Fora,
possui rede coletora de esgoto em PVC e aguarda a licença de operação das estações
elevatórias de esgoto (EEE) e da ETE.
Na localidade de Guaxuma, formada pelas praias de Japariz, Guaxuma e Maresia, não
existe rede de esgoto implantada e os efluentes são lançados diretamente nos corpos hídricos
e galerias de drenagem.
Página 60 de 174
Na localidade de Provetá, com população total de 1.100 habitantes, existe rede coletora
de esgoto em parte da comunidade e a ETE é do tipo RAFA+FBAS+DEC em três módulos,
entretanto os efluentes domésticos da região são encaminhados aos corpos hídricos.
A Vila do Abraão possui rede coletora de esgoto, 6 (seis) EEE e 1 (uma) ETE do tipo RAFA,
com capacidade para tratar os efluentes de 7.500 hab./dia.
Conforme apresentado no PMSB (CBHBIG, 2014) a localidade de Araçatiba foi
contemplada por Convênio Estadual onde foram construídas rede coletora, estações
elevatórias de esgotos (EEE) e 1 (uma) ETE qual encontrava-se em processo de licenciamento
ambiental para entrar em operação, no momento da elaboração do referido documento.
4.3.1.3 SES distrito Cunhambebe – Regional Frade
A Regional do Frade compreende as seguintes localidades: Grataú, Usina, Aldeia
Indígena Guarani de Bracuí, Frade, Piraquara, Porto do Frade, Gamboa do Bracuí, Praia do
Recife, Ilha do Jorge, Bracuí, Ilha Comprida, Itanema, Ariró, Santa Rita do Bracurí, Serra
D’água, Sertão do Itanema, Sertão do Bracurí e Zungu.
A Regional possui 3 (três) estações de tratamento de esgotos, destacando-se a ETE do
tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente, cuja vazão de tratamento é 9,07 L/s. As demais
estações de tratamento são do tipo tanque séptico e filtro anaeróbio.
A localidade de Frade possui o maior contingente populacional do município e, apesar,
disso não possui rede coletora implantada em toda sua extensão, a parte à oeste da rodovia
BR-101 que corta a localidade tem alguns trechos de rede coletora de esgoto já instalada. O
PMSB de Angra dos Reis, elaborado em 2014, previu que a localidade do Frade seria atendida
por uma ETE, em dois módulos, que atenderia 7.500 hab./dia. A leste da rodovia, a rede
coletora de esgoto está implantada, mas não está em funcionamento e este setor apresenta
ainda 2 (duas) elevatórias. Ressalta-se que havia, ainda segundo o PMSB, um projeto de
ampliação do SES Frade o qual previa a contribuição de três sub-bacias interligadas cujos
efluentes domésticos serão transportados por 15.940 m à ETE do tipo Reator Anaeróbio de
Fluxo Ascendente, seguido de Lodos Ativados por Batelada (LAB), que seria construída para
complementar o tratamento da ETE já existente. Sobre este sistema proposto, uma quarta
elevatória seria implantada para integrar a rede já existente a este novo sistema E, quando
concluído, teria capacidade de atendimento de 17.277 hab./dia. Ainda na localidade, Porto
Frade e Ilha do Frade são constituídos por condomínios independentes, sendo o tratamento
de esgoto de responsabilidade dos moradores.
Na localidade de Piraquara não há sistema de coleta de esgoto, sendo os efluentes são
tratados em fossas sumidouro.
Página 61 de 174
Em Sertãozinho do Frade, o tratamento de esgoto é realizado em uma fossa-filtro com
capacidade de tratamento de 380 hab./dia. Após tratado, o efluente é lançado no Rio
Ambrósio.
Na localidade Grataú não existe rede coletora nem tratamento dos efluentes.
Em Gamboa do Bracuí, há uma rede de coleta de esgotos que destina os efluentes a uma
fossa filtro com capacidade de tratamento para 250 hab./dia; porém, o sistema não está em
funcionamento e, assim, o esgoto coletado pela rede é lançado diretamente no córrego
local, sem tratamento.
Em Praia do Recife, de acordo com o PMSB (CBHBIG, 2014) existe rede coletora
executada pelos moradores da localidade e o tratamento é feito por fossa sumidouro
coletiva.
Em Bracuí uma parte da localidade possui rede de coleta de esgotamento sanitário da
com 4 (quatro) estações elevatórias de esgoto (EEE) e a estação de tratamento de esgoto
(ETE) da regional, do tipo RAFA, seguido de LAB. Segundo o SAAE, este sistema tem
capacidade para atender 1.360 habitantes. Ainda na localidade, na área chamada de Itinga
a rede de esgotamento sanitário não é separada da rede de drenagem de águas pluviais e,
assim, toda a água pluvial drenada se mistura ao esgoto coletado, essa mistura escoada
diretamente para o córrego da localidade. Para solucionar os problemas de falta de coleta
e tratamento dos esgotos da localidade, existe um projeto que prevê para implantação de
24.655 metros de rede coletora, 3 (três) EEE e uma ETE com capacidade que de atender de
até 11.720 hab./dia. O Condomínio Morada do Bracuí, por sua vez, possui coleta de
esgotamento sanitário e rede de drenagem de águas pluviais.
A Localidade de Itanema possui rede de drenagem, mas esta recebe esgotamento
sanitário sem tratamento, despejando efluentes no córrego local. Há um projeto de
implantação de uma rede de coleta de esgotos sanitários, com 1.232 m de extensão, que
levará o efluente para ser tratado em uma unidade com tratamento por fossa filtro e terá
capacidade para atender 404 hab./dia.
Em Ariró o tratamento de esgoto é realizado pelos próprios moradores em suas
propriedades, não havendo rede coletora de esgotamento instalada.
Em Santa Rita do Bracuí não há rede de esgotamento sanitário separadora, e os efluentes
domésticos são lançados na rede de drenagem já existente ou mesmo a céu aberto.
Serra D’água possui uma unidade de tratamento de esgoto do tipo Tanque Imhoff + Filtro
Anaeróbio que atende 20 residências, tendo capacidade para 120 hab./dia.
Em Sertão do Itanema, Sertão do Bracuí e Zungu não existem sistemas de esgotamento
sanitário.
Página 62 de 174
Ilha Comprida possui poucos moradores e o tratamento é individual em cada residência.
4.3.1.4 SES distrito Cunhambebe - Regional Monsuaba
Sua área de abrangência envolve os seguintes bairros/localidades: Água Santa, Biscaia,
Caetés, Cantagalo, Caputeras I e II, Cidade da Bíblia, Garatucaia, Maciéis, Paraíso, Ponta
Leste, Portogalo, Terminal da Petrobrás, Vila da Petrobrás, Vila dos Pescadores e Monsuaba.
Possui 4 (quatro) estações de tratamento de esgoto que totalizam uma vazão
aproximada de 17,07 L/s. Destaca-se a ETE do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente,
seguido de Lodos Ativado por Batelada, localizada na praia de Monsuaba, cuja vazão de
tratamento é 16,26 L/s, contudo esta não se encontra em operação e deveria atender 8.500
hab./dia
Na localidade Água Santa, o sistema de esgotamento sanitário é composto por duas
fossas filtro das quais, uma é construída em fibra de vidro e a outra é construída em anéis
de concreto. A coleta do efluente se dá através de rede em PVC de 100mm, com travessias
em 150mm, atendendo, parcialmente, à população local.
Garacutaia é atendida, parcialmente, por um sistema fossa filtro.
Na Localidade de Monsuaba, apesar das ruas serem dotadas de rede coletora separadora,
os efluentes não recebem tratamento, sendo lançados diretamente em galerias pluviais.
Outra pequena parcela da população é atendida por sistemas de tratamento de esgoto tipo
fossa filtro em três unidades de tratamento que recebem os efluentes por tubulação em
PVC, descritas conforme a seguir:
• Fossa filtro 1 – com capacidade de operação para aproximadamente 308 hab/dia
e lançamento em galeria de águas pluviais;
• Fossa filtro 2 – com capacidade de operação de aproximadamente 240 hab/dia e
lançamento dos efluentes em córrego próximo à unidade de tratamento;
• Fossa filtro 3 - em conjunto com Reator UASB, com capacidade de operação para
100 hab/dia e lançamento do efluente tratado em um córrego próximo ao local.
Conforme mencionado, encontra-se implantada na localidade ainda uma unidade de
tratamento de esgoto do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente, seguido de Lodo
Ativado por Batelada, localizada na Praia de Monsuaba. Sua capacidade de operação é para
aproximadamente 8.500 hab./dia e não se encontra em operação, sendo que em idêntica
situação encontra-se a EEE, também localizada na Praia de Monsuaba, que recalcaria os
esgotos para a estação de tratamento citada.
Em Paraíso, além do tratamento realizado por fossas sumidouro individuais, existe uma
fossa coletiva que atende aos moradores da região de cota maior, sendo o esgoto tratado
lançado no corpo hídrico que deságua na Praia do Jordão.
Página 63 de 174
Na localidade Ponta Leste o tratamento dos efluentes é realizado de forma individual.
Portogalo é um condomínio independente cujo sistema de esgotamento sanitário
particular é de responsabilidade dos moradores.
No Terminal da Baia de Ilha Grande, área de propriedade privada da Petrobrás, há rede
separadora de esgoto particular a qual encaminha os efluentes domésticos a uma estação
elevatória de esgoto que, por sua vez, recalca o esgoto coletado até a estação de tratamento
de esgoto, do tipo Lagoa Facultativa de Estabilização, sendo o efluente tratado é lançado
no Rio Caputera.
Nas demais localidades não existe sistema separador público de esgotamento sanitário
implantado e os moradores utilizam fossa sumidouro individual e alguns destinam o efluente
doméstico gerado diretamente em córregos próximos.
Por fim, a Regional Monsuaba apresenta ainda alguns sistemas projetados e não
implantados, conforme descrito a seguir:
• Sistema Monsuaba: foram projetados 7.619 metros de rede, mais 743 metros de
interceptores, eliminando sistemas existente. O sistema prevê duas estações
elevatórias de esgoto bruto e uma estação de tratamento de esgoto, com dois
módulos de tratamento do tipo RAFA+LAB, para atender a 8.500 economias
totalizando cerca de 17.000 habitantes. De acordo com o projeto, ETE possuirá dois
módulos com biodigestores que servirão para o tratamento dos efluentes;
• Sistema Caputeras: o projeto é dividido em duas sub-bacias - Caputeras I e II e, e
com previsão de 2.146 m de redes a serem implantadas. Para atender à área de
projeto, seriam construídas duas ETE do tipo RAFA+LAB que atenderiam 1.400
habitantes (1.200 em Caputera I e 200 em Caputera II).
4.3.1.5 SES distrito Cunhambebe - Regional Japuíba
Os bairros/localidades que compõem a Regional Japuíba são: Aeroporto, Areal,
Banqueta, Caieira, Campo Belo, Encruzo da Enseada, Enseada, Gamboa do Belém, Japuíba,
Nova Angra, Parque Belém, Ponta da Cruz, Ponta da Ribeira, Ponta do Partido, Ponta do
Sapê, Pontal, Praia da Ribeira e Retiro.
A Regional Japuíba possui 7 (sete) estações de tratamento de esgotos que totalizam uma
vazão aproximada de 6,05 L/s e destaca-se a ETE do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo
Ascendente seguido de Biofiltro Aerado cuja vazão de tratamento é 3,5 L/s; contudo, esta
não está operando. As demais estações de tratamento são do tipo tanque séptico e filtro
anaeróbio.
O sistema Areal-Japuíba conta com 7 (sete) estações elevatórias de esgoto, das quais
três s estão situadas na margem de montante da rodovia, enquanto as outras quatro, na área
Página 64 de 174
de jusante da rodovia. A ETE da Regional de Japuíba é do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo
Ascendente que, quando atingir sua capacidade máxima de operação, atenderá cerca de
7.500 hab./dia. Na localidade de Areal existe ainda uma EEE e uma ETE do tipo fossa que
atende aos domicílios da Morada do Areal cujas unidades estão localizadas no Horto
Florestal. A capacidade de tratamento da ETE é de 440 hab./dia e esta lança o efluente
tratado no Rio Japuíba.
Em Banqueta existe uma unidade de tratamento de esgoto do tipo fossa filtro com
capacidade operacional de 240 hab./dia.
A localidade Campo Belo possui rede de coletora de esgoto do tipo PVC 100 mm e uma
unidade de tratamento do tipo fossa filtro, com capacidade operacional para 193 hab./dia.
A localidade Encruzo da Enseada não dispõe de rede coletora pública de efluentes e
utiliza o sistema de drenagem pluvial como receptor dos efluentes domésticos gerados.
Na localidade de Enseada inexiste sistema de coleta publica de efluentes domésticos
que são lançados nas redes de drenagem pluvial.
Em Gamboa do Belém também há lançamento irregular de esgoto no sistema de
drenagem pluvial.
No Bairro Parque Belém foram instaladas redes de esgotamento sanitário em parte da
localidade, sendo o efluente doméstico encaminhado às 7 (sete) unidades de tratamento do
tipo fossa filtro situadas no bairro e com capacidade de operação entre 12 a 250 hab./dia.
Existem ainda projetos para ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto
para atender às localidades de Gamboa do Belém, Japuíba, Parque do Belém, Pontal e Praia
da Ribeira.
4.3.1.6 SES distrito Jacuecanga - Regional Jacuecanga
A Regional Jacuecanga é formada pelos bairros: BNH, Camorim Grande, Camorim
Pequeno, GDV, Jacuecanga.
Na Regional existem 5 estações de tratamento de esgotos com capacidade total
aproximada de 2,8 L/s e destaca-se a ETE do tipo Reator Anaeróbio e Filtro biológico
Percolador cuja vazão de tratamento é 1,16 L/s. Nesta regional consta ainda uma ETE
composta por desarenador, decantador primário e biodigestor, porém a sua vazão não foi
informada. As demais estações de tratamento são do tipo tanque séptico e filtro anaeróbio.
A localidade Camorim Grande não possui sistema de tratamento para o efluente gerado
no bairro e todas as ligações de esgoto lançam diretamente na galeria de águas pluviais, sem
nenhum tipo de tratamento.
Página 65 de 174
Na localidade Camorim Pequeno todo o esgoto gerado é lançado de forma irregular na
galeria de águas pluviais, sem qualquer tipo de tratamento. Neste sentindo, o SAAE prevê a
ampliação da rede de esgoto e construção de uma estação de tratamento (ETE) que, após
concluída, terá a capacidade de atender a totalidade dos habitantes. O projeto consiste em
aproximadamente 3.000 metros de rede coletora, uma Estação Elevatória de Esgoto (EEE) e
uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do tipo Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente,
seguido de Lodos Ativados por Batelada - RAFA+LAB.
A localidade de Lambicada possui rede coletora de esgoto e sistema de tratamento
coletivo por fossa e filtro com capacidade de operação de 737 hab./dia. A rede coletora de
esgoto é construída com tubulação em PVC em toda sua extensão.
A localidade Morro do Moreno não possui rede coletora de esgoto.
A localidade Praia do Machado possui rede coletora de esgoto e sistema de tratamento
duplo de fossa filtro em fibra de vidro. Porém, a área de atendimento é insatisfatória, apenas
10% da população residente no local.
4.3.1.7 SES distrito de Mambucaba - Regional Perequê
Nessa regional estão presentes 9 (nove) sistemas de tratamento de efluentes nos
seguintes bairros e localidades: Morro da Boa Vista, Parque Mambucaba, Parque Perequê,
Praia Brava, Praia das Goiabas, Praia Vermelha, Sertão de Mambucaba e de Mambucaba.
As 9 (nove) estações de tratamento totalizam uma vazão aproximada de 12,20 L/s,
destacando-se 3 (três) ETE do tipo Reator Sequencial por batelada, cujas vazões de
tratamento são 3,70 L/s, 3,26 L/s e 2,12 L/s. As demais estações de tratamento são do tipo
tanque séptico e filtro anaeróbio.
Em Morro da Boa Vista a rede coletora tem três galerias que conduzem o efluente
sanitário a 3 (três) unidades de tratamento, sendo 1 (uma) do tipo Tanque Séptico com
capacidade de atendimento para cerca de 520 hab./dia e as s outras 2 (duas) do tipo com
capacidade de 348 hab./dia e 220 hab./dia. Após tratados, os efluentes são escoados para
os corpos hídricos.
Na região do Parque Mambucaba, o sistema de esgotamento sanitário é formado por 3
(três) sub-bacias que, por meio de suas redes de galerias, direcionam o efluente a 3 (três)
ETE do tipo LAB, com uma EEE cada. Estas estações de tratamento são localizadas próximas
ao Rio Mambucaba, com capacidade de tratamento para cerca de 5.000 hab./dia.
Na localidade do Parque Perequê estava em construção uma estação de tratamento de
esgoto do tipo RAFA que, quando concluída, atenderá a 7.500 hab./dia. Em Praia Vermelha
não há sistema público de coleta e tratamento de efluentes. Sertão de Mambucaba possui
tratamento dos efluentes através de fossas sumidouro individuais em suas residências. Na
Página 66 de 174
Vila Histórica de Mambucaba o tratamento de efluentes é feito por fossa sumidouro
individual. Na Tabela 27 se apresenta a relação dos sistemas de tratamento existentes no
município de Angra dos Reis e capacidade.
Tabela 27: Sistemas de tratamento existentes no Município de Angra dos Reis
DISTRITO REGIONAL VAZÃO TRATAMENTO (L/s)
SEDE CENTRO 40,0
MAMBUCABA PEREQUÊ 9,5
MAMBUCABA MORRO BOA VISTA 2,0
MAMBUCABA VILA HISTÓRICA 0,7
ABRAÃO VILA DO ABRAÃO 2,9
ABRAÃO PROVETÁ 1,7
PRAIA DE ARAÇATIBA ARAÇATIBA 6,95
JACUECANGA CAMORIM PEQUENO 0,5
JACUECANGA CAMORIM 1,5
JACUECANGA LAMBICASA 0,7
JACUECANGA PRAIA DO MACHADO 0,1
CUNHAMBEBE JAPUIBA 4,2
CUNHAMBEBE AREAL 0,5
CUNHAMBEBE CAMPO BELO 1,03
CUNHAMBEBE CABO SEVERINO 0,67
CUNHAMBEBE FRADE 3,6
CUNHAMBEBE MONSUABA 16,8
É importante frisar que em todos os distritos do município existem edificações que
possuem sistemas individuais do tipo fossa séptica como forma de tratamento e disposição
final de seus esgotos sanitários.
4.3.2 Regulação e tarifação
Não foram diagnosticados instrumentos normativos (decretos ou leis municipais) que
definem a regulação das dimensões técnica, econômica e social da prestação dos serviços
de esgotamento sanitário no município, como estabelecido no Art. 23 da Lei nº 11.445 de
2007. Isso demonstra mais uma fragilidade da administração local, que deve ser priorizada
com vistas a aprimorar a qualidade dos serviços de esgotamento sanitário oferecidos à
população.
O SAAE de Angra dos Reis não realiza cobrança tarifária pelos serviços de coleta e
tratamento de esgotos no município (CBHBIG, 2014).
Página 67 de 174
No que tange ao Plano Plurianual (PPA) de Angra dos reis, foram identificados
investimentos previstos para o sistema de esgotamento sanitário do município no período de
2018 a 2021, a serem executados pelo SAAE, conforme Tabela 28.
Tabela 28: Investimentos previstos para o SES (2018 – 2021)
Projeto 2018 2019 2020 2021 TOTAL AMPL. E MELHORIA DO SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO
122.000,00 309.000,00 130.000,00 136.000,00 697.000,00
ESGOTAMENTO SANITÁRIO MONSUABA
6.390.000,00 8.200.000,00 0,00 0,00 14.590.000,00
ESGOTAMENTO SANITÁRIO MAMBUCABA
11.522.000,00 0,00 0,00 0,00 11.522.000,00
TOTAL 18.034.000,00 8.509.000,00 130.000,00 136.000,00 26.809.000,00
Fonte: adaptado de ANGRA DOS REIS (2018)
4.3.3 Monitoramento da qualidade dos efluentes
A qualidade de uma determinada água é função das suas condições naturais e do uso e
da ocupação do solo na bacia hidrográfica. Assim, não apenas a interferência do homem,
que pode ocorrer de forma concentrada (pela geração de despejos domésticos e industriais,
por exemplo) ou dispersa (por meio da aplicação de defensivos agrícolas no solo, por
exemplo), contribui para a introdução de compostos na água. Em Angra dos Reis tal situação
torna-se ainda mais crítica pelo fato de parte do esgoto gerado no município ser lançado in
natura nos corpos d’água que cortam seu território e, apesar disso, não foram obtidas
informações se há rede de monitoramento do efluente lançado.
4.3.4 Lançamento de efluentes
No município de Angra dos Reis, o monitoramento da qualidade da água em locais à
montante e à jusante de alguns pontos de lançamento de esgotos tratados e não tratados é
realizado. Conforme mencionado no item 3.11, que trata de disponibilidade hídrica, há 9
(nove) pontos de monitoramento das águas no município de Angra dos Reis para os quais a
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e o teor de Oxigênio Dissolvido (OD) estão dentro do
limite estabelecido pela CONAMA 357/2005 e o Índice de Qualidade de Água (IQAnsf) está
enquadrado na categoria “Boa” ou “Média” de qualidade de água.
Conforme já mencionado, uma parte do esgoto coletado em Angra dos Reis não passa
por tratamento, sendo lançado in natura nos cursos d’água que cortam o município, o que
acarreta deterioração dos cursos d’água da bacia hidrográfica da Baía da Ilha Grande e
reforça a urgência da implantação de medidas para ampliação da coleta e tratamento do
esgoto sanitário.
Para atender à legislação vigente, portanto, levar em conta a Resolução nº 430 de 13 de
maio de 2011 que dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes,
Página 68 de 174
complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005 do Conselho Nacional do
Meio Ambiente-CONAMA. Sobre a referida norma, destaca-se a Seção III - Das Condições e
Padrões para Efluentes de Sistemas de Tratamento de Esgotos Sanitários – que em seu Art.
21 discorre sobre as condições e padrões específicos para o lançamento direto de efluentes
oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários e o Art. 22° que determina as
condições para o lançamento de esgotos sanitários por meio de emissários submarinos. Neste
aspecto deve-se atender também a NT-202R – 10 – “Critérios e Padrões de Lançamento de
Efluentes Líquidos”, válidos para o estado do Rio de Janeiro.
Página 70 de 174
5 OBJETIVOS E METAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
As diretrizes gerais adotadas para a elaboração dos objetivos e metas para a
universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município
de Angra dos Reis tiveram como base fundamental a Lei Federal nº. 11.445/2007, que
estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico. Além desta, a elaboração dos
objetivos e metas foi amparada nos seguintes produtos: (i) no Diagnóstico das condições do
saneamento do município; (ii) em leis, decretos, resoluções e deliberações concernentes aos
recursos hídricos e (iii) Planos setoriais em âmbito municipal, estadual e federal.
5.1 Projeção Populacional e Definição de Cenários
As projeções de crescimento populacional e demandas futuras são importantes para
auxiliar a elaboração das metas de atendimento de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, com vistas à universalização da prestação desses serviços dentro do período de
planejamento de 35 anos adotado.
As projeções populacionais foram desenvolvidas utilizando o Método dos Componentes
Demográficos para projetar as populações futuras que, por sua vez, trata-se de um modelo
sofisticado de simulação de dinâmica demográfica que considera individualmente cada um
dos componentes demográficos: fecundidade, mortalidade e saldos migratórios.
Não obstante, o modelo utilizado no presente estudo relaciona as três variáveis básicas
já citadas e as compatibiliza com os dados de população obtidos nos Censos Demográficos
realizados pelo IBGE no período de 1980 até 2010. Desta forma, tanto as populações como
as taxas de fecundidade são ajustadas pelo modelo, resultando em valores diferentes
daqueles observados nos últimos censos.
As projeções desenvolvidas pela aplicação do Método dos Componentes Demográficos
sustentam-se na continuidade das tendências observadas no passado, além de levarem em
conta tendências verificadas em outras regiões e municípios brasileiros ou mesmo de outros
países que se encontram em patamares mais avançados de desenvolvimento. Devido às suas
características, este tipo de projeção é denominado inercial.
Além da projeção inercial, foi desenvolvida uma outra projeção mantendo-se os valores
projetados de fecundidade e mortalidade, porém elevando-se os saldos migratórios, de tal
maneira que esta segunda projeção possa ser considerada o limite superior possível para a
população de estudo.
Na Tabela 29 está sintetizado o resultado da projeção populacional para o município de
Angra dos Reis, sendo apresentados os contingentes populacionais projetados e utilizados
para a determinação das demandas por serviços coletivos de abastecimento de água e
esgotamento sanitário no município.
Página 71 de 174
Tabela 29: Projeção populacional no período de planejamento
Número de habitantes
Ano
Distrito
Sede-Angra dos Reis
Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de Araçatiba
Total Área Urbana
1 50.911 2.279 99.234 29.874 30.099 3.059 215.456 5 56.092 2.416 111.446 32.842 33.451 3.248 239.495 10 60.834 2.552 120.598 35.604 35.972 3.432 258.992 15 64.443 2.664 126.197 37.778 37.517 3.574 272.173 20 66.719 2.742 128.671 39.234 38.193 3.665 279.224 25 67.746 2.787 128.736 39.995 38.191 3.709 281.164 30 67.710 2.802 127.035 40.143 37.681 3.710 279.081 35 67.002 2.793 124.667 39.857 36.981 3.684 274.984
5.2 Abastecimento de Água
5.2.1 Objetivos
Conforme preconiza a lei federal nº 11.445/2007, o objetivo geral para os serviços de
abastecimento de água é alcançar a universalização do acesso nas áreas urbana e rural e
garantir que sejam prestados com a devida qualidade a todos os usuários efetivos e
potenciais durante o período de planejamento adotado. Neste planejamento considera-se
apenas a área urbana dos municípios.
Quanto aos objetivos específicos, destacam-se:
• Garantir à população o acesso à água de forma a atender os padrões de potabilidade
vigentes, reduzir as perdas reais e aparentes dos sistemas e ofertar serviços com
qualidade e regularidade para atendimento das demandas da população durante
todo o período de planejamento;
• Fomentar a adequação das infraestruturas dos sistemas para que estejam aptos a
atender com eficiência e qualidade as populações que deles dependem;
• Adequar os serviços prestados às legislações ambientais vigentes em relação à
outorga, regularização ambiental dos empreendimentos e atendimento aos padrões
de qualidade da água;
• Viabilizar a sustentabilidade econômico-financeira do serviço de abastecimento de
água; e
• Conscientizar a população sobre sustentabilidade ambiental e uso racional da água.
Página 72 de 174
5.2.2 Metas e Indicadores
Para atingir os objetivos do Plano, foram propostas alternativas para suprir as carências
e deficiências identificadas no Diagnóstico em relação aos serviços de abastecimento de
água.
De forma geral, para os municípios que estão inseridos na área de concessão da CEDAE,
metas estão apresentadas na Tabela 30. Em relação ao município de Angra dos Reis, ressalta-
se que possui população com número de habitantes maior do que a média populacional da
área de estudo da CEDAE.
Tabela 30: Período estimado para atingir as metas de atendimento para os serviços de
abastecimento de água
Municípios
Período para atingir a meta de atendimento para serviços de
abastecimento de água
Meta maior que 70% Meta menor que 70%
Rio de Janeiro 8 anos
População maior que a média populacional da área de concessão da CEDAE
10 anos 12 anos
População menor que média populacional da área de concessão da CEDAE
12 anos 14 anos
O índice de atendimento de abastecimento de água estimado é de 89,7% da população
urbana no ano 1 de planejamento e propõe-se que a universalização de acesso aos serviços
seja atingida no ano 10.
Na Tabela 31 estão apresentadas as metas propostas para o período de planejamento.
Tabela 31: Metas de atendimento para os sistemas coletivos de abastecimento de água
Metas – Atendimento de Abastecimento de Água (ano de planejamento)
1 5 10 15 20 25 30 35
89,7% 93,8% 98,0% 99,0% 99,0% 99,0% 99,0% 99,0%
Indicadores podem ser entendidos como instrumentos de gestão essenciais para as
atividades de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Saneamento Básico,
tornando possíveis as seguintes avaliações necessárias: acompanhar o alcance de metas;
identificar avanços e necessidades de melhoria, correção de problemas e/ou readequação
do sistema; avaliar a qualidade dos serviços prestados; dentre outras. No setor do
saneamento, indicador é uma medida quantitativa da eficiência e da eficácia de uma
Página 73 de 174
entidade gestora relativamente a aspectos específicos da atividade desenvolvida ou do
comportamento dos sistemas (ALEGRE et al., 2000).
Na Tabela 32 estão apresentados os indicadores selecionados pelo PLANSAB e as
respectivas metas para a região Sudeste. Como alguns dos indicadores do PLANSAB não se
aplicam aos municípios, pois tratam de análises regionais, estes não são apresentados no
presente documento.
Tabela 32: Indicadores do PLANSAB aplicáveis para a escala municipal e os dados e metas
para abastecimento de água na região Sudeste
Indicadores 2023 2033
A1 % de domicílios urbanos e rurais abastecidos por rede de distribuição ou por poço ou nascente com canalização interna
99 100
A2 % de domicílios urbanos abastecidos por rede de distribuição ou por poço ou nascente com canalização interna
100 100
A3 % de domicílios rurais abastecidos por rede de distribuição ou por poço ou nascente com canalização interna 95 100
A5 % de economias ativas atingidas por paralisações e interrupções sistemáticas no abastecimento de água no mês
18 14
A6 % de perdas na distribuição de água 32 29
Como pode ser observado na Tabela 32 os indicadores que apresentaram maiores
evoluções no período foram o A3 e o A5, evidenciando a maior necessidade de investimentos
nas áreas rurais e nos sistemas de captação/tratamento/distribuição de água,
respectivamente.
Sugere-se alguns indicadores, conforme apresentado na Tabela 33. Esse conjunto de
indicadores foi dividido em cinco grupos: Ambientais, Saúde, Financeiros, Operacionais e de
Satisfação.
Tabela 33: Indicadores dos serviços de abastecimento de água
Indicador Como calcular Periodicidade
Ambientais Índice de atendimento à vazão outorgada (%) (Vazão captada / Vazão outorgada) x 100 Semestral
Índice de conformidade da quantidade de captações outorgadas (%)
Nº de captações outorgadas / Nº de captações outorgáveis (capta água, mas não possui outorga)
Anual
Saúde
Índice de atendimento aos padrões de potabilidade (%)
(Nº de amostras de turbidez, coliformes totais e Escherichia coli dentro do padrão de potabilidade - PRC nº 05 de 28 de setembro de 2017, Anexo XX/ Nº de amostras de turbidez, coliformes totais e Escherichia coli realizadas) x 100
Mensal
Página 74 de 174
Indicador Como calcular Periodicidade
Financeiros
Índice de sustentabilidade financeira (%)
(Arrecadação própria com o abastecimento de água / Despesa total com o abastecimento de água) x 100
Semestral
Operacionais
Índice de regularidade (%) (Economias ativas não atingidas por paralisações e interrupções sistemáticas no abastecimento de água / Nº de economias ativas totais) x 100
Mensal
Índice de capacidade de tratamento (%)
(Vazão tratada / Vazão máxima de projeto) x 100 Mensal
Satisfação Índice de reclamações na ouvidoria por serviços de abastecimento de água (Reclamações/mês)
Número de reclamações sobre os serviços de abastecimento de água na ouvidoria da CEDAE Mensal
5.2.3 Demanda pelos serviços
O SAA do município de Angra dos Reis abrange os 6 (seis) distritos, que são divididos em
7 (sete) regionais operadas pelo SAAE e pela CEDAE. Os sistemas foram analisados, visando
determinar para todos os anos do período de planejamento a demanda por produção e
reservação de água.
5.2.3.1 Metodologia de Cálculo
Para estimar a demanda por produção de água e o volume de reservação necessários
para o período de planejamento, foram utilizados os parâmetros e critérios descritos
adiante.
Cabe ressaltar que os parâmetros e critérios de cálculo utilizados no estudo de demanda
foram definidos com base nas recomendações normativas NBR 12.211 NB 587 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para estudos e projetos de Sistemas de Abastecimento
de Água (SAA).
a) Consumo per capita de água
O consumo per capita médio de água corresponde ao valor médio do consumo diário de
água por pessoa, expresso em L/hab.dia. Os dados utilizados para o cálculo das demandas,
foram realizados a partir das informações do Sistema Nacional de Informações de
Saneamento, tendo como referência o ano de 2016. No município de Angra dos Reis, foram
considerados os consumos per capita de 150 L/hab.dia e 164 L/hab.dia para o ano 1 de
planejamento, respectivamente para o distrito Sede e para os demais distritos, sendo estes
valores reduzidos de forma gradativa até o ano de 2030, quando o consumo per capita
passará a ser 150 L/hab.dia, e mantido até o último ano que compreende o período de
planejamento, conforme apresentado na Tabela 34.
Página 75 de 174
Tabela 34: Metas de redução de consumo per capita de água no período de planejamento
Período Meta de redução de consumo per capita (L/hab.dia) – Distrito Sede
Meta de redução de consumo per capita (L/hab.dia) – Demais distritos
1 150 164
2 150 162
3 150 161
4 150 159
5 150 158
6 150 156
7 150 155
8 150 153
9 150 152 10 150 150
11 a 35 150 150
b) Coeficientes do dia e hora de maior consumo
O consumo de água em uma localidade varia ao longo do dia (variações horárias), ao
longo da semana (variações diárias) e ao longo do ano (variações sazonais). Em um dia, os
horários de maior consumo geralmente ocorrem no início da manhã e no início da noite. Para
os cálculos de demanda de água, foram adotados os seguintes coeficientes de variação da
vazão média de água:
• k1 = 1,2 (coeficiente do dia de maior consumo)
• k2 = 1,5 (coeficiente da hora de maior consumo)
c) Índice de Perdas Totais na Distribuição
As perdas de água em um sistema de abastecimento correspondem aos volumes não
contabilizados, incluindo os volumes não utilizados e os volumes não faturados (Heller e
Pádua, 2010). O controle e a diminuição das perdas físicas são convertidos em diminuição
de custos de produção e distribuição, uma vez que se reduzem o consumo de energia,
produtos químicos, dentre outros. Nesse contexto, uma medida para reduzir as perdas físicas
seria a otimização das instalações existentes, aumentando a oferta dos serviços, sem a
necessidade de expansão do sistema produtor.
Para o período de planejamento, devem ser consideradas ainda as metas de perdas
propostas no Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) que prevê, para a região
Sudeste, valores de perdas de 33% em 2018, 32% em 2023 e 29% em 2033. Assim, na tentativa
de compatibilizar as propostas previstas com a realidade do município de Angra dos Reis e,
tendo em vista a melhoria da eficiência do sistema, previu-se a progressiva redução no índice
de perdas para todos os sistemas, sendo as metas previstas apresentadas na Tabela 35.
Página 76 de 174
Tabela 35: Metas de perdas na rede de distribuição para o período de planejamento
Período Meta de perdas prevista
1 30,0%
2 29,4%
3 28,9%
4 28,3%
5 27,8%
6 27,2%
7 26,7%
8 26,1%
9 25,6%
10 25,0%
11 a 35 25,0%
d) Demanda de água
O cálculo do consumo de água representa a vazão necessária para abastecer a população
e leva em consideração o consumo per capita efetivo de água e a população atendida em
cada um dos sistemas em questão (Equação 1).
� =� � ���
1.000 Equação 1
Em que,
C: Consumo de Água (m3/dia)
P: População Atendida (hab.)
qpc: Consumo per capita (L/hab.dia)
A demanda de água (D) representa a oferta de água para cada economia ativa de água
e, por conseguinte, no seu cálculo (Equação 2) leva-se em consideração a perda de água
física no sistema, onde:
� = �(1 − ��) Equação 2
Em que,
C: Consumo de água (m3/dia)
D: Demanda de água (m3/dia)
IA: Índice de Abastecimento de Água (%)
Página 77 de 174
e) Vazões de distribuição e produção de água
O cálculo de vazões produção de água e de distribuição levam em consideração as perdas
físicas na produção e distribuição de água. O Sistema Nacional de Informações de
Saneamento, refere-se às perdas totais na distribuição, indicador que considera as perdas
físicas e aparentes do sistema. Tendo como objetivo não majorar as vazões de produção e
distribuição, adotou-se como premissa que as perdas físicas correspondem a 2/3 das perdas
totais. As Equações 3, 4 e 5 foram empregadas para o cálculo das projeções de demandas
médias, máximas diárias e máximas horárias de água.
��é� =1
�1 − ����∙ �� Equação 3
��á�� = �� ∙ ��é� Equação 4
��á�� = �� ∙ ��á�� Equação 5
Em que,
Dméd: Demanda média de distribuição de água (m³/dia)
Dmáxd: Demanda máxima diária de distribuição de água (m³/dia)
Dmáxh: Demanda máxima horária de distribuição de água (m³/dia)
Ipf: Índice de perda físicas na distribuição (%)
K1: Coeficiente de máxima vazão diária (1,2)
K2: Coeficiente de máxima vazão horária (1,5)
Para o cálculo da vazão de produção de água, foi adicionado à vazão máxima diária o
percentual de perdas na produção de água (Equação 6).
�� =1
(1 − � !∙ ��á�� Equação 6
Em que,
Qp: Vazão de produção de água (m³/dia)
IPP: Índice de perdas na produção (8,0%)
f) Demanda de reservação de água
Para a determinação da demanda de reservação, foi adotado o volume equivalente à
1/3 da vazão máxima diária do período de projeto.
Página 78 de 174
5.2.3.2 Resultados da demanda
A seguir são apresentadas as disponibilidades e necessidades em relação ao serviço de
abastecimento de água no cenário adotado, traçado para o horizonte do plano (35 anos).
Conforme pode ser observado na Tabela 36 e na Tabela 37 as estruturas de produção de
água existentes na sede e no distrito de Abraão são suficientes para atender a população da
área de abrangência desses sistemas durante todo o período de planejamento. Observa-se
ainda que os distritos mais carentes são o de Cunhambebe e Praia de Araçatiba.
A análise da capacidade de atendimento das infraestruturas de reservação (Tabela 38 e
Tabela 39), em virtude do crescimento populacional ao longo do período de planejamento
evidenciou que apenas o distrito de Abraão apresentará saldo de reservação ao longo de todo
o período de planejamento. Todos os demais distritos possuem déficits de reservação desde
o primeiro ano.
Página 79 de 174
Tabela 36: Demanda de produção projetada para os sistemas coletivos abastecimento de água na Sede (Angra dos Reis), Abraão e
Cunhambebe
Ano
Sede Abraão Cunhambebe Demanda Máxima
Diária (L/s)
Produção Atual (L/s)
Saldo Produção (L/s)
Demanda Máxima
Diária (L/s)
Produção Atual (L/s)
Saldo Produção
(L/s)
Demanda Máxima Diária
(L/s)
Produção Atual (L/s)
Saldo Produção
(L/s) 1 155,9 312,8 156,9 5,4 9,0 3,5 231,6 137,4 -94,2 5 187,6 312,8 125,2 5,9 9,0 3,1 274,5 137,4 -137,2 10 216,1 312,8 96,7 6,3 9,0 2,7 301,5 137,4 -164,1 15 228,9 312,8 83,9 6,7 9,0 2,3 315,5 137,4 -178,1 20 237,0 312,8 75,8 6,9 9,0 2,1 321,7 137,4 -184,3 25 240,6 312,8 72,2 7,0 9,0 2,0 321,8 137,4 -184,5 30 240,5 312,8 72,3 7,0 9,0 1,9 317,6 137,4 -180,2 35 238,0 312,8 74,8 7,0 9,0 2,0 311,7 137,4 -174,3
Tabela 37: Demanda de produção projetada para os sistemas coletivos abastecimento de água em Jacuecanga, Mambucaba e Praia de Araçatiba
Ano
Jacuecanga Mambucaba Praia de Araçatiba Demanda
Máxima Diária (L/s)
Produção Atual (L/s)
Saldo Produção
(L/s)
Demanda Máxima Diária
(L/s)
Produção Atual (L/s)
Saldo Produção
(L/s)
Demanda Máxima Diária
(L/s)
Produção Atual (L/s)
Saldo Produção
(L/s) 1 70,4 93,3 22,9 70,4 88,8 18,4 7,3 1,8 -5,5 5 80,2 93,3 13,1 81,7 88,8 7,1 7,9 1,8 -6,2 10 87,5 93,3 5,8 88,4 88,8 0,4 8,4 1,8 -6,7 15 94,4 93,3 -1,1 93,8 88,8 -5,0 8,9 1,8 -7,2 20 98,1 93,3 -4,8 95,5 88,8 -6,7 9,2 1,8 -7,4 25 100,0 93,3 -6,7 95,5 88,8 -6,7 9,3 1,8 -7,5 30 100,4 93,3 -7,1 94,2 88,8 -5,4 9,3 1,8 -7,5 35 99,6 93,3 -6,3 92,5 88,8 -3,7 9,2 1,8 -7,5
Página 80 de 174
Tabela 38: Demanda de reservação projetada para os sistemas coletivos abastecimento de água na Sede (Angra dos Reis), Abraão e
Cunhambebe
Ano
Sede Abraão Cunhambebe
Reservação Requerida (m³)
Reservação Atual (m³)
Saldo Reservação
(m3)
Reservação Requerida
(m³)
Reservação Atual (m³)
Saldo Reservação (m3)
Reservação Requerida (m³)
Reservação Atual (m³)
Saldo Reservação (m3)
1 4.491 2.454 -2.037 156 265 109 6.670 1.509 -5.162 5 5.402 2.454 -2.948 170 265 95 7.907 1.509 -6.398 10 6.223 2.454 -3.769 181 265 84 8.683 1.509 -7.175 15 6.592 2.454 -4.138 192 265 73 9.086 1.509 -7.578 20 6.825 2.454 -4.371 197 265 68 9.264 1.509 -7.756 25 6.930 2.454 -4.476 201 265 64 9.269 1.509 -7.760 30 6.926 2.454 -4.472 202 265 63 9.147 1.509 -7.638 35 6.854 2.454 -4.400 201 265 64 8.976 1.509 -7.468
Tabela 39: Demanda de reservação projetada para os sistemas coletivos abastecimento de água em Jacuecanga, Mambucaba e Praia de
Araçatiba
Ano
Jacuecanga Mambucaba Praia de Araçatiba
Reservação Requerida (m³)
Reservação Atual (m³)
Saldo Reservação
(m3)
Reservação Requerida
(m³)
Reservação Atual (m³)
Saldo Reservação (m³)
Reservação Requerida (m³)
Reservação Atual (m³)
Saldo Reservação (m3)
1 2.029 190 -1.839 2.029 580 -1449 210 130 -80 5 2.309 190 -2.119 2.352 580 -1772 228 130 -98 10 2.519 190 -2.329 2.546 580 -1966 243 130 -113 15 2.720 190 -2.530 2.701 580 -2121 257 130 -127 20 2.825 190 -2.635 2.750 580 -2170 264 130 -134 25 2.880 190 -2.690 2.750 580 -2170 267 130 -137 30 2.890 190 -2.700 2.713 580 -2133 267 130 -137 35 2.870 190 -2.680 2.663 580 -2083 265 130 -135
Página 81 de 174
5.3 Esgotamento sanitário
5.3.1 Objetivos
Conforme preconiza a lei federal nº 11.445/2007, o objetivo geral para os serviços de
esgotamento sanitário é alcançar a universalização do acesso nas áreas urbana e rural e
garantir que sejam prestados com a devida qualidade a todos os usuários efetivos e
potenciais durante o período de planejamento adotado.
Para isso, é necessário a ampliação e melhoria da cobertura por sistemas individuais ou
coletivos de esgotamento sanitário a fim de promover a qualidade de vida e saúde da
população, bem como a redução da poluição dos cursos de água.
Quanto aos objetivos específico, destacam-se:
• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de esgotamento sanitário de forma
adequada, atendendo às demandas da população (urbana e rural) durante todo o
período de planejamento;
• Promover o controle ambiental e a preservação do meio ambiente, solo e águas
subterrâneas e superficiais;
• Reduzir e prevenir a ocorrência de doenças na população; e
• Adequar os serviços prestados às legislações ambientais vigentes em relação aos
padrões de lançamento de efluentes nos cursos de água e de qualidade da água, de
acordo com sua classe de enquadramento.
5.3.2 Metas e Indicadores
Para atingir os objetivos do Plano, foram propostas alternativas para suprir as carências
e deficiências identificadas no Diagnóstico em relação aos serviços de esgotamento sanitário.
De forma geral, para os municípios que estão inseridos na área de concessão da CEDAE,
adotaram as metas que estão apresentadas na Tabela 40. Em relação ao município de Angra
dos Reis, ressalta-se que possui população com número de habitantes maior do que a média
populacional da área de estudo da CEDAE.
Página 82 de 174
Tabela 40: Período estimado para atingir as metas de atendimento para os serviços de
esgotamento sanitário
Municípios
Período para atingir a meta de atendimento para serviços de
esgotamento sanitário
Meta maior que 70% Meta menor que 70%
Rio de Janeiro 15 anos
População maior que a média populacional da área de concessão da CEDAE 15anos 18 anos
População menor que média populacional da área de concessão da CEDAE
18 anos 20 anos
Para o ano 1 de planejamento, o índice de coleta de esgotos adotado na sede do
município de Angra dos Reis é 10% da população urbana e nulo para os distritos no ano 1 de
planejamento e propõe-se que o acesso aos serviços de esgotamento sanitário atinja 90% da
população urbana no ano 18 e que esse índice seja mantido até o fim de plano.
Na Tabela 41 estão apresentadas algumas das metas propostas para o período de
planejamento.
Tabela 41: Metas de atendimento de coleta de esgotos para o município de Angra dos Reis
Metas – Atendimento de Esgoto (ano de planejamento) - Sede
1 5 10 15 20 25 30 35
10,0% 26,8% 47,9% 68,9% 90,0% 90,0% 90,0% 90,0%
Metas – Metas – Atendimento de Esgoto (ano de planejamento) – Demais Distritos
0,0% 18,9% 42,6% 66,3% 70,8% 70,8% 70,8% 70,8%
Em relação ao tratamento do esgoto coletado, o planejamento das ações prevê uma
rápida evolução do índice de tratamento nas áreas urbanas atendidas por sistema coletivo,
para, em curto prazo, o índice de tratamento atingir 100 % do esgoto coletado.
Cabe salientar que as estações de tratamento de esgotos estão previstas para serem
implantadas com plena capacidade de tratamento, ou seja, com dimensionamento para o
horizonte final de planejamento, juntamente com toda a infraestrutura de estações
elevatórias e linhas de recalque de esgotos.
O Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB (BRASIL, 2013), analogamente ao
abastecimento de água, definiu metas a serem atendidas pelos municípios, por região do
Página 83 de 174
país, e são avaliadas através dos seguintes indicadores para os serviços de esgotamento
sanitário que se aplicam ao presente estudo, conforme apresentado na Tabela 42.
Tabela 42: Indicadores do PLANSAB aplicáveis para a escala municipal e os dados e metas
para esgotamento sanitário na região Sudeste
Indicador 2023 2033
E1 % de domicílios urbanos e rurais servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários referentes ao total de domicílios (PNAD/Censo)
92 96
E2 % de domicílios urbanos servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários referentes aos domicílios urbanos (PNAD/Censo)
95 98
E3 % de domicílios rurais servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários referentes aos domicílios rurais (PNAD/Censo)
64 93
E4 % de tratamento de esgoto coletado (PNSB) 72 90
E5 % de domicílios urbanos e rurais com renda até três salários mínimos mensais que possuem unidades hidrossanitárias (PNAD/Censo) 99 100
Como pode ser observado na Tabela 42, os indicadores que apresentaram maiores
evoluções no período são o E3 e o E4, evidenciando a maior necessidade de investimentos
nas áreas rurais e em tratamento de esgoto, respectivamente.
Sugere-se alguns indicadores, conforme apresentado na Tabela 43. Esse conjunto de
indicadores foi dividido em cinco grupos: Ambientais, Saúde, Financeiros, Operacionais e de
Satisfação.
Página 84 de 174
Tabela 43: Indicadores dos serviços de esgotamento sanitário
Indicador Como calcular Periodicidade
Ambientais Índice de atendimento aos padrões de lançamento e do curso d’água receptor (%)
(Nº de análises em conformidade com as resoluções / Nº de análises realizadas) x 100 Mensal
Saúde
Índice de atendimento aos padrões de lançamento e do curso d’água receptor (%)
(Nº de análises em conformidade com as resoluções / Nº de análises realizadas) x 100
Mensal
Financeiros
Índice de sustentabilidade financeira (%)
(Arrecadação própria com o sistema de esgotamento sanitário / Despesa total com o sistema de esgotamento sanitário) x 100
Semestral
Operacionais
Índice de extravasamento de esgoto (Nº/km.ano)
Nº de extravasamentos de esgoto registrados no ano / Extensão total da rede coletora por bairro ou regiões previamente definidas
Anual
Índice de capacidade de tratamento (%)
(Vazão tratada / Vazão máxima de projeto) x 100
Mensal
Satisfação Índice de reclamações na ouvidoria por serviços de esgotamento sanitário (Reclamações/mês)
Número de reclamações sobre os serviços de esgotamento sanitário na ouvidoria da DAE S.A.
Mensal
5.3.3 Demanda pelos serviços
O sistema de esgotamento sanitário (SES) do município de Angra dos Reis é composto
por uma série de sistemas abrangendo os 6 (seis) distritos municipais. Tais sistemas foram
analisados, visando determinar para todos os anos do período de planejamento a demanda
por coleta e tratamento de esgoto.
5.3.3.1 Metodologia de Cálculo
Para estimar a demanda por coleta e tratamento de esgoto para o período compreendido
de planejamento foram utilizados os parâmetros e critérios descritos adiante.
Os parâmetros e critérios de cálculo no estudo de demanda foram definidos com base
nas recomendações normativas NBR 12211 NB 587 da ABNT para estudos e projetos de
Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e, consequentemente, para os Sistemas de
Esgotamento Sanitário (SES), que estima as contribuições de esgoto sanitário a partir da
adoção do coeficiente de retorno em relação ao consumo de água.
Para a determinação da vazão de contribuição de esgoto deve-se somar a parcela
referente a vazão de infiltração na rede coletora de esgoto, que é função das extensões de
Página 85 de 174
rede coletora de esgoto existentes e a serem implantadas em cada uma das localidades, e
de suas condições físicas de integridade.
As premissas e parâmetro considerados foram:
• Coeficiente de retorno água/esgoto: 0,80;
• Coeficiente de infiltração: 0,2 L/s.km.
A partir das projeções de consumo total de água, pôde-se calcular, utilizando a Equação
7, as contribuições de esgoto coletado, considerando para tanto o coeficiente de retorno e
o índice de coleta de esgoto projetado para cada uma das localidades estudadas.
�" = (# � �$� �!� (1 + &'! Equação 7
Em que,
Qe: Vazão média de esgoto (m³/dia)
c: Coeficiente de retorno (0,8)
Ic: Índice de coleta de esgoto (%)
C: Consumo de água (m3/dia)
Ti: Taxa de Infiltração 2 (17,28 m³/dia.km)
Para o cálculo das projeções de vazão de tratamento de esgoto será utilizada a Equação
8, que considera o índice de tratamento de esgoto de cada localidade.
�( = �( ∙ �" Equação 8
Em que,
QT: Vazão tratada de esgoto (m³/dia)
IT: Índice de tratamento de esgoto (%)
Qe: Vazão média de esgoto (m³/dia)
5.3.3.2 Resultados da demanda
As projeções de demanda de tratamento dos SES de Angra dos Reis, apresentaram
déficits nos distritos Sede, Cunhambebe, Jacuecanga e Mambucaba, e apresentaram saldo
positivo nos distritos de Abraão e Praia de Araçatiba, conforme apresentado na Tabela 44 a
Tabela 49.
2 Conversão da contribuição linear, 0,2 L/s.km, para m³/dia.
Página 86 de 174
Tabela 44: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Sede
Ano
Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo
Média Diária (L/s)
Infiltração (L/s)
Total (L/s) Tratada
Atual (L/s) Tratamento (L/s)
1 10,0 2,0 12,1 40,0 27,9 5 33,2 6,6 39,8 40,0 0,2 10 60,0 12,0 72,0 40,0 -32,0 15 89,0 17,8 106,8 40,0 -66,8 20 142,2 23,7 165,9 40,0 -125,9 25 120,3 24,1 144,4 40,0 -104,4 30 120,2 24,0 144,3 40,0 -104,3 35 119,0 23,8 142,8 40,0 -102,8
Tabela 45: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Abraão
Ano
Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo
Média Diária (L/s)
Infiltração (L/s)
Total (L/s) Tratada
Atual (L/s) Tratamento (L/s)
1 0,0 0,0 0,0 5,0 5,0 5 0,8 0,2 0,9 5,0 4,1 10 1,6 0,3 1,9 5,0 3,1 15 2,5 0,5 3,0 5,0 2,0 20 4,1 0,7 4,8 5,0 0,2 25 3,5 0,7 4,2 5,0 0,8 30 3,5 0,7 4,2 5,0 0,8 35 3,5 0,7 4,2 5,0 0,8
Tabela 46: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Cunhambebe
Ano
Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo
Média Diária (L/s)
Infiltração (L/s)
Total (L/s) Tratada
Atual (L/s) Tratamento (L/s)
1 0,0 0,0 0,0 9,0 9,0 5 40,5 8,1 48,6 9,0 -39,6 10 83,7 16,7 100,5 9,0 -91,5 15 131,5 26,3 157,7 9,0 -148,7 20 193,0 32,2 225,2 9,0 -216,2 25 160,9 32,2 193,1 9,0 -184,1 30 158,8 31,8 190,6 9,0 -181,6 35 155,8 31,2 187,0 9,0 -178,0
Página 87 de 174
Tabela 47: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Jacuecanga
Ano
Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo
Média Diária (L/s)
Infiltração (L/s)
Total (L/s) Tratada
Atual (L/s) Tratamento (L/s)
1 0,0 0,0 0,0 2,0 2,0 5 10,7 2,1 12,9 2,0 -10,9 10 22,3 4,5 26,7 2,0 -24,7 15 35,4 7,1 42,5 2,0 -40,5 20 58,9 9,8 68,7 2,0 -66,7 25 50,0 10,0 60,0 2,0 -58,0 30 50,2 10,0 60,2 2,0 -58,2 35 49,8 10,0 59,8 2,0 -57,8
Tabela 48: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Mambucaba
Ano
Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo
Média Diária (L/s)
Infiltração (L/s)
Total (L/s) Tratada
Atual (L/s) Tratamento (L/s)
1 0,0 0,0 0,0 13,0 13,0 5 10,9 2,2 13,1 13,0 -0,1 10 22,5 4,5 27,0 13,0 -14,0 15 35,2 7,0 42,2 13,0 -29,2 20 57,3 9,5 66,8 13,0 -53,8 25 47,7 9,5 57,3 13,0 -44,3 30 47,1 9,4 56,5 13,0 -43,5 35 46,2 9,2 55,5 13,0 -42,5
Tabela 49: Demanda por tratamento – Angra dos Reis – Distrito Praia de Araçatiba
Praia de Araçatiba
Ano Contribuição Vazão Contribuição Vazão Saldo
Média Diária
(L/s) Infiltração
(L/s) Total (L/s)
Tratada Atual (L/s)
Tratamento (L/s)
1 0,0 0,0 0,0 7,0 7,0 5 1,1 0,2 1,3 7,0 5,7 10 2,1 0,4 2,6 7,0 4,4 15 3,4 0,7 4,0 7,0 3,0 20 5,5 0,9 6,4 7,0 0,6 25 4,6 0,9 5,6 7,0 1,4 30 4,6 0,9 5,6 7,0 1,4 35 4,6 0,9 5,5 7,0 1,5
Página 89 de 174
6 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
Os programas e as ações propostos para a prestação dos serviços de abastecimento de
água e esgotamento sanitário no município de Angra dos Reis visam determinar meios para
que os objetivos e metas do possam ser alcançados ao longo do horizonte de 35 anos.
As diretrizes gerais adotadas para a elaboração dos Programas, Projetos e Ações a serem
implementadas no município de Angra dos Reis tiveram como base fundamental a Lei Federal
nº. 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico.
A seguir estão apresentados os programas e ações propostos, por eixo do saneamento,
bem como os prazos previstos para execução. Para a maioria das ações, a data informada
refere-se ao prazo inicial para sua implementação.
As ações propostas irão considerar as metas de curto, médio e longo prazo, conforme
apresenta a Tabela 50.
Tabela 50: Prazos das Ações Propostas
Prazo Duração
Curto 5 anos
Médio 13 anos
Longo 17 anos
6.1 Programa de Abastecimento de Água
A universalização dos serviços de abastecimento de água se dará pela implantação e
adequação de infraestruturas de produção, reservação e distribuição de água para cada
distrito do município.
A descrição das obras é apresentada a seguir, de acordo com o sistema existente em
cada distrito, sendo subdivididas nas seguintes obras de acordo com o tipo de intervenções
propostas, a saber:
• Obras de ampliação e de melhoria do sistema existente;
• Obras complementares.
Nos diagramas apresentados, as obras de implantação estão apresentadas em vermelho,
as de melhoria em amarelo sendo as demais estruturas mantidas na composição do sistema
de abastecimento.
6.1.1 Obras de ampliação e melhoria
6.1.1.1 SAA Distrito Sede – Angra dos Reis – Regional Centro
Página 90 de 174
As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito Sede, de
forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa de universalização, estão
apresentadas seguir.
a) Subsistema Sapinhatuba
Na Figura 12 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e
as obras previstas são:
Captação Pedrão (Sapinhatuba I)
• Construção de dois reservatórios de 100 m3, cada.
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Captação Morcego (Sapinhatuba II)
• Construção de reservatórios de 200 m3;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Captação Salvador (Sapinhatuba III)
• Construção de reservatório de 15 m3;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 91 de 174
Figura 12: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro– Subsistema
Sapinhatuba
b) Subsistema Centro
Nas figuras seguintes (Figura 13 a Figura 15) estão apresentadas as intervenções no
sistema existente, e as obras previstas são:
Captação Bolão
• Construção de reservatório de 300 m3.
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Captação Júlia
• Construção de dois reservatórios de 300 m3, cada;
• Ampliação da estação elevatória em 5 L/s;
Página 92 de 174
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Captação Abel
• Construção de reservatório de 350 m3;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Figura 13: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Centro /
Captação Bolão
Página 94 de 174
Figura 15: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Centro /
Captação Abel
c) Subsistema Ponta do Cantador
Na Figura 16 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e
as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 80 m3;
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 95 de 174
Figura 16: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Ponta do
Cantador
d) Subsistema Vila Velha
Na Figura 17 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e
as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 100 m3;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 96 de 174
Figura 17: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Vila Velha
e) Subsistema Bonfim
Na Figura 18 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e
as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 50 m3;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 97 de 174
Figura 18: Diagrama simplificado do Distrito Sede – Regional Centro – Subsistema Bonfim
6.1.1.2 SAA Distrito Abraão – Regional Ilha
As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de Abraão,
de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa de universalização, estão
apresentadas seguir.
a) Sistema Abraão
Na Figura 19 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 98 de 174
Figura 19: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Abraão
b) Sistema Saco do Céu
Na Figura 20 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 15 m3;
• Instalação de uma UT para aplicação de hipoclorito de cálcio;
• Reforma dos reservatórios existentes;
Página 99 de 174
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Figura 20: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Saco do Céu
c) Sistema Japariz
Na Figura 21 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 100 de 174
Figura 21: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Japariz
d) Sistema Bananal
Na Figura 22 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 101 de 174
Figura 22: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Bananal
e) Sistema Matariz
Na Figura 23 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 10m3;
• Instalação de uma UT para aplicação de hipoclorito de cálcio;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 102 de 174
Figura 23: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Matariz
f) Sistema Longa
Na Figura 24 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 103 de 174
Figura 24: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Praia Longa
g) Sistema Praia Vermelha
Na Figura 25 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 104 de 174
Figura 25: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Praia Vermelha
h) Sistema Provetá
Na Figura 26 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Instalação de uma UT para aplicação de hipoclorito de cálcio;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 105 de 174
Figura 26: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Provetá
i) Sistema Aventureiro
Na Figura 27 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Instalação de uma UT para aplicação de hipoclorito de cálcio;
• Ampliação da captação em 0,5 L/s;
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 106 de 174
Figura 27: Diagrama simplificado do Distrito Abraão – Sistema Aventureiro
6.1.1.3 SAA Distrito de Cunhambebe – Regional Frade
As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de
Cunhambebe – Regional Frade, de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa
de universalização, estão apresentadas seguir.
a) Subsistema Frade
Captação Carlos Borges
Na Figura 28 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 70 m3;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 107 de 174
Figura 28: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema
Frade / Captação Carlos Borges
Captação Tia Antônia I
Na Figura 31 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 50 m3;
• Ampliação UT 4 L/s;
• Reforma da elevatória de água bruta;
• Reforma de reservatório existente.
Página 108 de 174
Figura 29: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema
Frade / Captação Tia Antônia I
Captação Tia Antônia II
Na Figura 32 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 100 m3;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 109 de 174
Figura 30: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema
Frade / Captação Tia Antônia II
Captação Grataú e Sertãozinho
Na Figura 31 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Ampliação da UT 5 L/s;
• Construção de reservatório de 300 m3;
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 110 de 174
Figura 31: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema
Frade / Captação Sertãozinho
b) Subsistema Gamboa do Bracuí
Na Figura 34 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 111 de 174
Figura 32: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema
Gamboa do Bracuí
c) Subsistema Bracuí
Na Figura 33 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Ampliação UT 3 L/s;
• Construção de dois reservatórios de 100 m3 e 200 m3;
• Reforma da estação elevatória de água bruta;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 112 de 174
Figura 33: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema
Bracuí
Página 113 de 174
d) Subsistema Ariró
Na Figura 36 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 70 m3
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Figura 34: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema
Ariró
e) Subsistema Itanema
Na Figura 35 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 70 m3
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 114 de 174
Figura 35: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema
Itanema
f) Subsistema Serra D’Água
Na Figura 38 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 30 m3;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 115 de 174
Figura 36: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Frade – Subsistema
Serra D´água
6.1.1.4 SAA Distrito de Cunhambebe – Regional Monsuaba
As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de
Cunhambebe – Regional Monsuaba, de forma a adequar o sistema de abastecimento a
premissa de universalização, estão apresentadas seguir.
a) Subsistema Caputera I
Na Figura 37 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 116 de 174
Figura 37: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema
Caputera I
b) Sistema Caputera II
Na Figura 38 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 25 m3;
• Reforma do reservatório existente;
• Reforma da unidade de tratamento existente.
Página 117 de 174
Figura 38: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema
Caputera II
c) Subsistema Água Santa
Na Figura 39 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Reforma do reservatório existente.
Página 118 de 174
Figura 39: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema
Água Santa
d) Subsistema Monsuaba
Na Figura 40 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de dois reservatórios de 250 e 200 m3;
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes, com ampliação UT 6 L/s.
Página 119 de 174
Figura 40: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema
Monsuaba
e) Subsistema Paraíso
Na Figura 41 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de reservação, e
as obras previstas são:
• Construção de reservatório 45 m3.
Página 120 de 174
Figura 41: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema
Paraíso
f) Subsistema Garacutaia
Na Figura 42 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Reforma dos reservatórios existentes;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 121 de 174
Figura 42: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Monsuaba – Subsistema
Garacutaia
6.1.1.5 SAAA Distrito de Cunhambebe – Regional Japuíba
As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de
Cunhambebe – Regional Japuíba, de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa
de universalização, estão apresentadas seguir.
a) Subsistema Japuíba
Na Figura 43 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de um reservatório de 500 m³ e dois de 1.000 m³;
• Reforma de estação elevatória de água;
• Reforma de reservatórios existentes;
• Reforma de unidade de tratamento existente.
Página 122 de 174
Figura 43: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Subsistema
Japuíba
b) Subsistema Areal
Na Figura 44 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 450 m³;
• Reforma de reservatórios existentes;
• Reforma de unidade de tratamento existente.
Página 123 de 174
Figura 44: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Subsistema
Areal
c) Subsistema Campo Belo
Na Figura 45 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de dois reservatórios de 550 m3, cada;
• Reforma de reservatório existente;
• Reforma de unidade de tratamento existente.
Página 124 de 174
Figura 45: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Subsistema
Campo Belo
d) Sistema Retiro
Na Figura 46 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 45 m3;
• Reforma de reservatório existente;
• Reforma de unidade de tratamento existente.
Página 125 de 174
Figura 46: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuiba – Sistema
Retiro
e) Subsistema SESC
Na Figura 47 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 100 m3;
• Reforma de unidade de tratamento existente.
Página 126 de 174
Figura 47: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Sistema SESC
f) Subsistema Cabo Severino
Na Figura 48 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de dois reservatórios de 550 m3, cada;
• Reforma de reservatório existente;
• Reforma de unidade de tratamento existente.
Página 127 de 174
Figura 48: Diagrama simplificado do Distrito Cunhambebe – Regional Japuíba – Sistema
Cabo Severino
6.1.1.6 SAA Distrito de Jucuecanga – Regional Jucuecanga
As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de
Jucuecanga – Regional Jucuecanga, de forma a adequar o sistema de abastecimento a
premissa de universalização, estão apresentadas seguir.
a) Subsistema Camorim Pequeno
Na Figura 49 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de um reservatório de 500 m³;
• Reforma de unidade de tratamento existente.
Página 128 de 174
Figura 49: Diagrama simplificado do Distrito Jacuecanga – Subsistema Camorim Pequeno
b) Subsistema Camorim Grande
Na Figura 50 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de um reservatório de 750 m³ e dois de 400 m³;
• Reforma das unidades de tratamento existentes.
Página 129 de 174
Figura 50: Diagrama simplificado do Distrito Jacuecanga – Subsistema Camorim Grande
c) Subsistema Lambicada
Na Figura 51 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de dois reservatórios de 300 m³;
• Reforma de reservatórios existentes;
• Reforma de unidades de tratamento existentes.
Página 130 de 174
Figura 51: Diagrama simplificado do Distrito Jacuecanga – Subsistema Lambicada
d) Subsistema Praia do Machado
Na Figura 52 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 150 m³;
• Reforma de reservatório existente;
• Reforma de unidades de tratamento existentes.
Página 131 de 174
Figura 52: Diagrama simplificado do Distrito Jacuecanga – Subsistema Praia do Machado
6.1.1.7 SAA Distrito de Mambucaba – Regional Perequê
As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de
Mambucaba – Regional Perequê, de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa
de universalização, estão apresentadas seguir.
a) Subsistema Itapicu - Perequê
Na Figura 53 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de dois reservatórios de 1.100 m³;
• Acréscimo de captação de em 3 L/s;
• Reforma e reabilitação na UT para incremento de hipoclorito de cálcio;
• Ampliação da Estação de Tratamento em mais 3 L/s;
• Reforma no reservatório de 360 m3.
Página 132 de 174
Figura 53: Diagrama simplificado do Distrito de Mambucaba – Regional Perequê –
Subsistema Itapicu
b) Subsistema Morro da Boa Vista
Na Figura 54 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Implantação de UT para tratamento com hipoclorito de cálcio
• Reforma de reservatórios existentes de 40 e 150 m³.
Página 133 de 174
Figura 54: Diagrama simplificado do Distrito de Mambucaba – Regional Perequê –
Subsistema Morro da Boa Vista
c) Subsistema Praia Vermelha
Na Figura 55 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório elevado de 20 m3;
• Reforma de unidade de tratamento existente de hipoclorito de cálcio.
Página 134 de 174
Figura 55: Diagrama simplificado do Distrito de Mambucaba – Regional Perequê – Sistema
Praia Vermelha
d) Subsistema Vila Histórica
Na Figura 56 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de reservatório de 65 m3;
• Reforma de três reservatórios existentes de 10 m³, cada;
• Reforma de unidade de tratamento existente.
Página 135 de 174
Figura 56: Diagrama simplificado do Distrito de Mambucaba – Regional Perequê –
Subsistema Vila Histórica
6.1.1.8 SAA Distrito de Praia de Araçatiba
As intervenções nos sistemas existentes de produção e reservação do distrito de Praia
de Araçatiba, de forma a adequar o sistema de abastecimento a premissa de universalização,
estão apresentadas seguir.
a) Sistema Praia de Araçatiba
Na Figura 57 estão apresentadas as intervenções no sistema existente de produção e
reservação, e as obras previstas são:
• Construção de Reservatório de 150 m3;
• Acréscimo de captação de 10 L/s;
• Construção de reservatório de 150 m³;
• Reforma de reservatórios existentes;
• Reforma de unidades de tratamento existentes.
Página 136 de 174
Figura 57: Diagrama simplificado do Distrito Praia de Araçatiba
6.1.2 Obras complementares
As obras complementares compreendem a instalação e/ou substituição de acessórios
para a melhoria na operação da rede de abastecimento de água do município, sendo
contempladas as seguintes intervenções: Instalação de novos hidrômetros na rede existente,
substituição de hidrômetros existentes, substituição periódica de novos hidrômetros,
substituição de rede de distribuição de água existente, construção de rede de água
incremental e execução de ligações incrementais, conforme se apresenta na Tabela 51 .
Página 137 de 174
Tabela 51: Obras Complementares para o SAA do município de Angra dos Reis
Item Sede Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de
Araçatiba Instalação de Novos Hidrômetros (unid.)
987 45 1.907 580 580 60
Substituição periódica dos hidrômetros (unid) 47.989 2.014 93.135 28.154 27.700 2.665
Substituição da rede existente (m) 2.370 275 3.510 1.390 1.395 370
Construção de rede incremental (m)
55.442 1.981 102.316 33.293 29.183 2.565
Execução de novas ligações prediais (unid) 3.281 117 6.054 1.970 1.727 152
6.1.3 Consolidação das ações e prazos
Na Tabela 52 estão apresentadas as principais intervenções que devem ser realizadas,
bem como, o prazo de execução previsto para cada uma delas.
Dentre as ações previstas para a universalização do serviço de abastecimento de água,
algumas delas serão executadas de forma gradual de acordo com o crescimento da demanda
em virtude do acréscimo populacional ao longo dos anos de planejamento. Compreendendo
essas ações pode-se citar expansão da rede de distribuição de água, implementação de ações
de combate à perda na distribuição, instalação de hidrômetros, fiscalização de perdas na
distribuição, dentre outras.
Tabela 52: Consolidação das principais ações previstas para o SAA do município de Angra
dos Reis
Prazo Tratamento EEAT Reservação
Sede
Curto - Ampliar em 5 L/s
3x100 m3
1x200m3
1x15 m3
3x300 m3
1x350m3 Reforma de reservatórios
Longo - - 1x80 m3 1x50 m3
Distrito Abraão
Curto 2 UTs Acréscimo de captação de 0,5 L/s Reforma das UTs
- 1x15 m3 1x10 m3 Reforma dos reservatórios
Distrito Cunhambebe
Curto
5 UTs - Acréscimo de captação de 24 L/s Reforma das UTs
3x70 m3 1x50 m3 3x100 m3 1x300 m3
Página 138 de 174
Prazo Tratamento EEAT Reservação
2x200 m3 1x30 m3 1x250 m3 1x25 m3 2x45 m3 1x2.000 m3 1x500 m3 1x450 m3 2x550 m3 Reforma dos reservatórios
Distrito Jacuecanga
Curto Reforma das UTs
1x1.550 m3 1x500 m3 2x300 m3 1x150 m3 Reforma dos reservatórios
Distrito Mambucaba
Curto 1 UT Reforma das UTs
2 x 1.100 m3 1 x 20 m3 1x 65 m3 Reforma dos Reservatórios
Médio Ampliação ETA em 3,0 L/s
Curto Acréscimo na captação + 10 L/s
1x 150 m3
6.2 Programa de Esgotamento Sanitário
A ampliação dos serviços de esgotamento sanitário se dará pela implantação de
infraestrutura de coleta e tratamento de esgotos para cada distrito do município. A descrição
das obras é apresentada a seguir, por distrito, e são particularizadas nas seguintes
intervenções:
• Obras de ampliação e melhoria do sistema existente;
• Obras complementares.
6.2.1 Obras de ampliação e melhoria
6.2.1.1 SES Distrito Sede – Regional Centro
Para o SES da Sede de Angra dos Reis estão previstas obras de ampliação e melhoria,
conforme segue:
• Reforma de ETE Existente, com capacidade de 40L/s;
• Construção de ETE Centro com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 84 L/s;
Página 139 de 174
• Construção de ETE Sapinhatuba com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 13 L/s;
• Construção de Unidades Individuais de tratamento na bacia 06.
Também está prevista a construção de 5 (cinco) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto
(EEB), conforme as características descritas na Tabela 53.
Tabela 53: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem
implantadas no distrito Sede
Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)
EEB-2 3+1 138 30
EEB-3ª 3+1 26 12
EEB-3B 3+1 94 27
EEB-3C 3+1 79 18
EEB-5 2+1 10 6
Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:
• DN400mm PVCDeFoFo 340m
• DN150mm PVCDeFoFo 550m
• DN300mm PVCDeFoFo 415m
• DN300mm PVCDeFoFo 275m
• DN100mm PVCPBA 400m
6.2.1.2 SES Distrito de Abraão
As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de Abraão
são as seguintes:
• Construção de ETE Provetá com processo secundário e desinfecção, para capacidade
de 2L/s;
• Construção de ETE Maratriz com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 1L/s;
• Construção de ETE Bananal com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 1L/s;
• Reforma de ETE Vila do Abraão, com capacidade de 2,9 L/s;
• Reforma de ETE Provetá, com capacidade de 1,7L/s.
Também está prevista a construção de 2(duas) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto
(EEB), conforme as características descritas na Tabela 54.
Página 140 de 174
Tabela 54: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem
implantadas no distrito de Abraão
Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)
EEB-1 1+1 3 1
EEB-2 1+1 3 1
Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:
• DN100mm PVC PBA 90m
• DN100mm PVC PBA 140m
6.2.1.3 SES Distrito de Cunhambebe
As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de
Cunhambebe são as seguintes:
• Construção de ETE Gamboa do Bracuí com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 4L/s;
• Construção de ETE Parque Belém com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 21L/s;
• Construção de ETE Praia da Ribeira com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 12L/s;
• Construção de ETE Japuíba com processo secundário e desinfecção, para capacidade
de 3L/s;
• Construção de ETE Nova Angra com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 11L/s;
• Construção de ETE Aeroporto com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 3L/s;
• Construção de ETE Campo Belo com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 9L/s;
• Construção de ETE Areal com processo secundário e desinfecção, para capacidade
de 7L/s;
• Construção de ETE Enseada com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 2L/s;
• Construção de ETE Frade com processo secundário e desinfecção, para capacidade
de 15L/s;
• Construção de ETE Santa Rita do Bracuí com processo secundário e desinfecção,
para capacidade de 19L/s;
• Construção de ETE Bracuí com processo secundário e desinfecção, para capacidade
de 57L/s;
Página 141 de 174
• Construção de ETE Água Santa com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 1L/s;
• Construção de ETE Garatucaia com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 21L/s;
• Construção de Unidades Individuais de tratamento na bacia 01;
• Reforma da ETE Monsuaba, com capacidade de 17 L/s;
• Reforma da ETE Japuíba com capacidade de 4 L/s;
• Reforma da ETE Campo Belo com capacidade de 17L/s;
• Reforma da ETE Frade com capacidade de 17 L/s.
Também está prevista a construção de 20 (vinte) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto
(EEB), conforme as características descritas na Tabela 55.
Tabela 55: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem
implantadas no distrito de Cunhambebe
Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)
EEB-2 1+1 3 3
EEB-4 1+1 3 1
EEB-5 1+1 6 2
EEB-7 1+1 11 6
EEB-9 1+1 7 4
EEB-10 1+1 9 6
EEB-16 1+1 4 1
EEB-18 2+1 20 8
EEB-21 2+1 23 8
EEB-22 2+1 19 16
EEB-23 2+1 28 10
EEB-24 1+1 10 5
EEB-25ª 3+1 29 18
EEB-25B 3+1 29 36
EEB-27 1+1 3 1
EEB-28 1+1 3 3
EEB-29 1+1 3 1
EEB-30 1+1 3 1
EEB-33 1+1 10 4
EEB-34 1+1 11 8
Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:
DN100mm PVC PBA 1.085m
DN100mm PVC PBA 275m
DN100mm PVC PBA 100m
Página 142 de 174
DN100mm PVCPBA 300m
DN100mm PVC PBA 515m
DN100mm PVC PBA 620m
DN100mm PVC PBA 200m
DN150mm PVCDeFoFo 230m
DN150mm PVCDeFoFo 100m
DN150mm PVCDeFoFo 645m
DN150mm PVCDeFoFo 150m
DN100mm PVC PBA 200m
DN150mm PVCDeFoFo 520m
DN150mm PVCDeFoFo 1.370m
DN100mm PVC PBA 50m
DN100mm PVC PBA 480m
DN100mm PVC PBA 340m
DN100mm PVCPBA 240m
DN100mm PVC PBA 170m
DN100mm PVC PBA 505m
6.2.1.4 SES Distrito de Jacuecanga
As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de
Jacuecanga são as seguintes:
• Construção de ETE Jacuecanga com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 46L/s;
• Construção de ETE Jacuecanga com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 11 L/s;
• Construção de ETE Jacuecanga com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 7L/s;
• Reforma de ETE Camorim, com capacidade de 2 L/s.
Também está prevista a construção de 9 (nove) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto
(EEB), conforme as características descritas na Tabela 56.
Página 143 de 174
Tabela 56: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem
implantadas no distrito Jacuecanga
Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)
EEB-1 1+1 9 3
EEB-2 1+1 2 3
EEB-3 2+1 13 12
EEB-4 2+1 21 6
EEB-5 1+1 4 2
EEB-6 2+1 12 8
EEB-7 3+1 33 9
EEB-8 3+1 65 18
EEB-9 3+1 78 15
Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:
DN100mm PVC PBA 450m
DN100mm PVC PBA 375m
DN150mm PVCDeFoFo 135m
DN150mm PVCDeFoFo 125m
DN100mm PVC PBA 570m
DN100mm PVCPBA 445m
DN200mm PVCDeFoFo 100m
DN250mm PVCDeFoFo 655m
DN300mm PVCDeFoFo 240m
6.2.1.5 SES Distrito de Mambucaba
As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de
Mambucaba são as seguintes:
• Construção de ETE Perequê com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 45 L/s;
• Construção de ETE Morro Boa Vista com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 1 L/s;
• Construção de ETE Vila Histórica com processo secundário e desinfecção, para
capacidade de 7 L/s;
• Construção de Unidades Individuais de tratamento nas bacias 06 e 07;
• Reforma de ETE Perequê com capacidade de 9,5L/s;
• Reforma de ETE Boa Vista com capacidade de 2,0L/s;
• Reforma de ETE Vila Histórica capacidade de 0,7L/s.
Página 144 de 174
Também está prevista a construção de 5 (cinco) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto
(EEB), conforme as características descritas na Tabela 57.
Tabela 57: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem
implantadas no distrito Mambucaba
Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)
EEB-1 1+1 10 10
EEB-2 3+1 9 91
EEB-4 1+1 5 5
EEB-5 1+1 3 3
EEB-8 1+1 6 6
Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:
DN100mm PVC PBA 775m
DN300mm PVCDeFoFo 545m
DN100mm PVC PBA 320m
DN100mm PVCPBA 120m
DN100mm PVCPBA 1.560m
6.2.1.6 SES Distrito de Praia de Araçatiba
As obras de ampliação e melhoria previstas no SES de Angra dos Reis, distrito de Praia
de Araçatiba são as seguintes:
• Reforma de ETE Araçatiba com capacidade de 6,9L/s.
Também está prevista a construção de 2 (duas) Estações Elevatórias de Esgotos Bruto
(EEB), conforme as características descritas na Tabela 58.
Tabela 58: Características principais das estações elevatórias de esgoto bruto a serem
implantadas no distrito Praia de Araçatiba
Denominação Equipamentos Vazão Total (L/s) Potência Operacional (CV)
EEB-1 1+1 5 2
EEB-2 1+1 5 2
Ademais, deverão ser implantadas linhas de recalque com as seguintes características:
DN100mm PVC PBA 440m
DN100mm PVC PBA 550m
6.2.2 Obras complementares
Em relação às obras complementares propostas para o SES, são consideradas a instalação
de rede incremental para a coleta do esgotamento sanitário do município e a execução de
Página 145 de 174
novas ligações prediais, a fim de expandir o número de ligações de esgoto existentes por
distritos.
a) Extensão da rede
Neste item é quantificada a rede incremental do SES de cada um dos distritos por
diâmetro, variando de 150 mm a 300 mm. As extensões foram definidas por localidade, em
função do arruamento existente. Na Tabela 59 estão apresentadas as extensões, totalizando
em 291.883 m de rede coletora.
Tabela 59: Quantificação da extensão de rede coletora do SES do município de Angra dos
Reis
Distrito Extensão de Rede Coletora (m)
150mm 200mm 250mm 300mm Total
Sede 29.440 1.132 971 809 32.352
Abraão 16.074 0 0 0 16.074
Cunhambebe 139.874 5.380 4.611 3.843 153.707
Jacuecanga 36.424 1.401 1.201 1.001 40.027
Mambucaba 41.740 1.605 1.376 1.147 45.869
Praia de Araçatiba 3.855 0 0 0 3.855
Total 267.407 9.518 8.159 6.799 291.883
b) Execução de novas ligações prediais incrementais
Nesse item estão quantificadas as novas ligações a serem implementadas ao longo do
período de planejamento totalizando 29.681 ligações. A taxa utilizada é de 3,34
economias/ligação. Para o município de Angra dos Reis estão previstas novas ligações de
esgoto, conforme listado abaixo:
• Sede 6.745 ligações
• Abraão 297 ligações
• Cunhambebe 13.821 ligações
• Jacuecanga 4.322 ligações
• Mambucaba 4.100 ligações
• Praia de Araçatiba 396 ligações
6.2.3 Consolidação das ações e prazos
Página 146 de 174
Na Tabela 60 está apresentado o resumo das principais obras de esgotamento sanitário
nos distritos do município de Angra dos Reis e o ano de execução das mesmas.
Considerando as ações previstas para a ampliação do serviço de esgotamento sanitário,
serão implementadas obras de caráter contínuo considerando o período de planejamento
como expansão e substituição da rede coletora existente, fiscalização da existência de
ligações cruzadas, novas ligações de esgoto, monitoramento de qualidade de efluente,
dentre outras.
Tabela 60: Consolidação das principais ações previstas para o SES do município de Angra
dos Reis
Prazo Tratamento EEB REC
Sede
Curto ETE CENTRO - 84L/s ETE SAPINHATUBA - 13L/s ETE 40 L/s - Reformar
EEB-2 - 3+1 138L/s 30cv EEB-3A - 3+1 26L/s 12cv EEB-3B - 3+1 94L/s 27cv EEB-3C - 3+1 79L/s 18cv EEB-5 - 2+1 10L/s 6cv
LR2 - 340m DN 400mm LR3A - 550m DN 150mm LR3B - 415m DN 300mm LR3C - 275m DN 300mm LR5 - 400m DN 100mm
Longo
Distrito Abraão
Curto
ETE - 2L/s ETE - 1L/s ETE - 1L/s ETE Vila do Abraão – reformar ETE Provetá - reformar
EEB-2A - 1+1 3L/s 1cv EEB-2B - 1+1 3L/s 1cv
LR2A - 90m DN 100mm LR2B - 140m DN 100mm
Distrito Cunhambebe
Curto
ETE - 4L/s ETE - 21L/s ETE - 12L/s ETE - 3L/s ETE - 11L/s ETE - 3L/s ETE - 9L/s ETE - 7L/s ETE - 2L/s ETE - 15L/s ETE - 19L/s ETE - 57L/s ETE - 1L/s ETE - 21L/s ETE Monsuaba – reformar ETE Japuíba – reformar ETE Campo Belo – reformar ETE Frade - reformar
EEB-2 - 1+1 3L/s 3cv EEB-4 - 1+1 3L/s 1 cv EEB-5 - 1+1 6L/s 2cv EEB-7 - 1+1 11L/s 6cv EEB-9 - 1+1 7L/s 4cv EEB-10 - 1+1 9L/s 6cv EEB-16 - 1+1 4L/s 1cv EEB-18 - 2+1 20L/s 8cv EEB-21 - 2+1 23L/s 8cv EEB-22 - 2+1 19L/s 16cv EEB-23 - 2+1 28L/s 10cv EEB-24 - 1+1 10L/s 5cv EEB-25A - 3+1 29L/s 18cv EEB-25B - 3+1 29L/s 36cv EEB-27 - 1+1 3 L/s 1cv EEB-28 - 1+1 3L/s 3cv EEB-29 - 1+1 3L/s 1cv EEB-30 - 1+1 3L/s 1cv EEB-33- 1+1 10L/s 4 cv EEB-34 - 1+1 11L/s 8cv
LR2 - 1085m - DN100mm LR4 - 275m - DN100mm LR5 - 100m - DN100mm LR7 - 300m - DN100mm LR9 - 515m - DN100mm LR10 - 620m - DN100mm LR16 - 200m - DN100mm LR18 - 230m - DN150mm LR21 - 100m - DN150mm LR22 - 645m - DN150mm LR23 - 150m - DN150mm LR24 - 200m - DN100mm LR25A - 520m - DN150mm LR25B - 1370m - DN150mm LR27 - 50m - DN100mm LR28 - 480m - DN100mm LR29 - 340m – DN100mm LR30 - 240m – DN100mm LR32 - 170m - DN100mm
LR33 - 505m - DN100mm
Distrito Jacuecanga
Página 147 de 174
Prazo Tratamento EEB REC
Curto
ETE - 7L/s ETE - 11L/s ETE - 46L/s ETE Camorim - reformar
EEB-1 - 1+1 9L/s 3cv EEB-2 - 1+1 2L/s 3cv EEB-3 - 2+1 13L/s 12cv EEB-4 - 2+1 21L/s 6cv EEB-5 - 1+1 4L/s 2cv EEB-6 - 2+1 12L/s 8cv EEB-7 - 3+1 33L/s 9cv EEB-8 - 3+1 65L/s 18cv EEB-9 - 3+1 78L/s 15cv
LR1 - 450m DN 100mm LR2 - 375m DN 100mm LR3 - 135m DN 150mm LR4 - 125m DN 150mm LR5 - 570m DN 100mm LR6 - 445m DN 100mm LR7 - 100m DN 200mm LR8 - 655m DN 250mm LR9 - 240m DN 300mm
Distrito Mambucaba
Curto
ETE - 45L/s ETE - 1L/s ETE - 7L/s ETE Perequê – reformar ETE Boa Vista – reformar ETE V. Histórica – reformar
EEB-1 - 1+1 10L/s 6cv EEB-2 - 3+1 91L/s 24cv EEB-4 - 1+1 5L/s 2cv EEB-5 - 1+1 3L/s 1cv EEB-8 - 1+1 6L/s 14cv
LR1 - 775m DN 100mm LR2 - 545m DN 300mm LR4 - 320m DN 100mm LR5 - 120m DN 100mm LR8 - 1560m DN 100mm
Distrito Praia de Araçatiba
Curto ETE Araçatiba - reformar EEB-1 - 1+1 5L/s 2cv EEB-2 - 1+1 5L/s 2cv
LR1 - 440m DN 100mm LR2 - 550m DN 100mm
6.3 Programa de Desenvolvimento Institucional
Apesar do presente relatório não abordar o planejamento de todos os eixos de
saneamento e se ater em detalhes dos serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, faz-se necessário mencionar algumas ações em âmbito institucional as quais devem
ser definidas durante a elaboração/revisão de cada PMSB, juntamente com diversos atores
estratégicos de cada município.
Dessa forma, cita-se os seguintes objetivos para o Programa de Desenvolvimento
Institucional:
• Integrar e constituir o arcabouço jurídico-normativo da Política Municipal de
Saneamento Básico;
• Estabelecer instrumento para o financiamento de investimentos e subsídios sociais dos
serviços de saneamento, conforme determina a Lei nº. 11.445/2007;
• Instituir a Comissão de Acompanhamento para organizar, otimizar e concentrar as
questões relativas ao saneamento;
• Definir forma de regulação e fiscalização desses serviços de saneamento;
• Direcionar o desenvolvimento e implementação de mecanismos de gestão do
saneamento e implantação de um sistema municipal de informações;
• Implementar instrumentos para o controle social dos serviços de saneamento; e
Página 148 de 174
• Incentivar a implementação de programas de educação sanitária e ambiental.
Outras ações relativas à institucionalização do saneamento básico, a saber: (i)
Constituição de uma comissão de fiscalização, acompanhamento e avaliação, responsável
por acompanhar e avaliar a implementação do PMSB; (ii) Elaboração de relatórios periódicos
de acompanhamento do PMSB; (iii) Elaboração de relatórios periódicos de análise que
apresentem cunho administrativo em relação ao progresso do PMSB;
Propõe-se ainda as seguintes ações institucionais, mais especificamente para os SAA e
SES: (i) Criação ou associação do ente regulador dos serviços de saneamento, (ii) Criação de
ente de controle social ou mecanismos para esse fim (conselho municipal), (iii) Criar
mecanismo legal para investimento de 5% da receita no sistema de água (inicialmente, 5%
serão acrescidos na tarifa); (iv) Criar instrumento legal para que em
loteamentos/condomínios onde não existem soluções de abastecimento de água, sejam
implantadas pelo SAAE (o empreendedor será o responsável pela implantação nos novos
parcelamentos com aprovação do gestor municipal) e (v) Implantar instrumento legal na lei
de saneamento que possibilite a participação de parcerias públicas privadas.
Sugere-se ações, conforme apresentado na
Tabela 61.
Tabela 61: Sugestões de ações no âmbito institucional para o município de Angra dos Reis
Ações Responsáveis
Curto Prazo
Designação dos responsáveis pela fiscalização das soluções individuais Prefeitura Municipal/SAAE
Interação, compatibilização e capacitação dos agentes envolvidos na prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário para preenchimento correto dos dados do SNIS ¹
Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA
Estabelecimento de procedimentos padrão entre os órgãos envolvidos com a prestação municipal de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário
Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA;
Divulgação de boletins informativos periódicos para a população sobre ações de saneamento executadas no município ¹
Grupo Técnico de Acompanhamento
Eventos periódicos sobre saneamento básico ¹
Grupo Técnico de Acompanhamento; Prefeitura
Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA
Capacitação em saneamento de agentes da saúde e da Secretaria Municipal de Assistência Social ¹
Prefeitura Municipal/SAAE; Grupo Técnico de
Página 149 de 174
Ações Responsáveis
Acompanhamento; CONCESSIONÁRIA
Médio Prazo
Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico de Água e Esgoto de Angra dos Reis¹
Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA
Interação, compatibilização e capacitação dos agentes envolvidos na prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário para preenchimento correto dos dados do SNIS e no módulo de disponibilização das informações ¹
Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA;
Divulgação de boletins informativos periódicos para a população sobre ações de saneamento executadas no município ¹
Grupo Técnico de Acompanhamento
Eventos periódicos sobre saneamento básico ¹
Grupo Técnico de Acompanhamento; Prefeitura/SAAE e CONCESSIONÁRIA
Capacitação em saneamento de agentes da saúde e da Secretaria Municipal de Assistência Social ¹
Prefeitura Municipal/SAAE; Grupo Técnico de Acompanhamento; CONCESSIONÁRIA;
Comunicação e Mobilização social para a divulgação e revisão PMSB ¹
Prefeitura Municipal; CONCESSIONÁRIA
Longo Prazo
Acompanhamento das atividades do Plano Municipal de Água e Esgoto pelo Grupo Técnico de Acompanhamento de acordo com a ação 2 proposta ¹
Prefeitura Municipal/SAAE; Câmara Municipal;
CONCESSIONÁRIA; Grupo Técnico de Acompanhamento
Divulgação de boletins informativos periódicos para a população sobre ações de saneamento executadas no município ¹
Grupo Técnico de Acompanhamento
Eventos periódicos sobre saneamento básico ¹
Grupo Técnico de Acompanhamento; Prefeitura
Municipal/SAAE e CONCESSIONÁRIA
Capacitação em saneamento de agentes da saúde e da Secretaria Municipal de Assistência Social ¹
Prefeitura Municipal/SAAE; Grupo Técnico de Acompanhamento; CONCESSIONÁRIA;
Comunicação e Mobilização social para a divulgação e revisão PMSB ¹
Prefeitura Municipal/SAAE; CONCESSIONÁRIA
Nota: (1) - Ações Contínuas durante o período do projeto.
Página 152 de 174
7 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS
O Plano de Contingências e Emergências é constituído de documentos normativos que
objetivam orientar garantir (i) a segurança das instalações operacionais que compõem os
sistemas coletivos de abastecimento de água e esgotamento sanitário; e (ii) a tomada de
decisão para prevenção, resposta e mitigação de eventos que possam comprometer o seu
funcionamento. A partir do Plano, portanto, será possível preparar para o enfrentamento de
uma situação atípica, através de ações que aumentem a segurança dos sistemas e reduzam
a vulnerabilidade e os riscos associados a incidentes.
O Plano deverá prever o treinamento, a organização e a orientação dos gestores e
operadores dos sistemas, tendo em vista a tomada de decisão eficiente em caso de uma
situação crítica. Assim, objetiva-se a manutenção da operação das condições normais de
funcionamento, através de respostas às variações de parâmetros operacionais ocorridas
durante o monitoramento de rotina. Em suma, as ações contidas no plano podem ser:
• Preventivas: são parte do planejamento e da gestão dos sistemas de abastecimento
de água e esgotamento sanitário durante suas operações de rotina e tem como
objetivo evitar a ocorrência de eventos indesejáveis;
• Emergenciais: devem sem tomadas durante a ocorrência de situações adversas para
minimizar os danos aos sistemas, às pessoas e ao ambiente; e
• De readequação: aplicada em período posterior à ocorrência do evento adverso para
a readequação dos sistemas. Constitui-se na avaliação das falhas ocorridas,
verificando eventuais elementos não identificados durante o período de
planejamento, os quais deverão ser incorporados ao Plano.
Na Tabela 62 está apresentado o conteúdo básico exigido para um plano de
contingências.
Página 153 de 174
Tabela 62: Conteúdo básico de um plano de contingências
Temas Conteúdo
Aspectos Gerais
1. Objetivos e abrangência do Plano de Contingências. 2. Data da última revisão. 3. Informação geral sobre os objetos a serem protegidos:
• Designação do objeto; • Entidade gestora; • Elemento(s) de contato para o desenvolvimento e manutenção do
Plano; e • Telefone, fax e endereço eletrônico do(s) elemento(s) de contato.
Planos de Emergência
1. Tipos de Ocorrência e Estados de severidade ou alerta. 2. Resposta inicial:
• Acionamento do sistema de gestão de emergências; • Procedimentos para notificações internas e externas; • Procedimentos para avaliação preliminar da situação; • Procedimentos para estabelecimento de objetivos e prioridades de
resposta aos incidentes; • Procedimentos para a implementação do plano de ação; e • Procedimentos para a mobilização de recursos.
3. Continuidade da resposta. 4. Ações de encerramento e acompanhamento.
Manuais de Procedimentos Operacionais
1. Informações sobre o objeto: • Mapas; • Esquemas de funcionamento; e • Descrição das instalações/layout.
2. Notificação: • Notificações internas; • Notificações à comunidade; e • Notificações a entidades oficiais.
3. Sistema de gestão da resposta: • Generalidades; • Planejamento; • Cadeia de comando; • Operações; • Instruções de segurança; • Plano de evacuação; • Logística; e • Finanças.
4. Documentação de incidentes. 5. Análise crítica, revisão do plano e alterações. 6. Análise de conformidade.
Estratégias de
Comunicação
1. Procedimentos para informação de incidentes.
2. Síntese das informações para os usuários.
3. Sistema de comunicação entre operadoras, entidades e usuários.
4. Elaboração de periódicos mensais e anuais.
Fonte: Adaptado de Vieira et al (2006)
Página 154 de 174
Recomenda-se que a atualização do plano de Saneamento e de Contingência sejam
realizadas no mesmo momento, não ultrapassando o prazo de 4 anos previsto na Lei nº
11.445/2007. Além disso, faz-se necessária a atualização do plano de contingências sempre
que houver alterações nos sistemas que devam ser protegidos.
No que se refere ao plano de emergências, este deve incluir ações descritivas, com um
diagrama de fluxo operacional, detalhando todos os responsáveis e suas respectivas funções
para a solução de cada situação. Devem ser estabelecidos níveis de emergência ou alerta
que classificam a gravidade da situação enfrentada pelo sistema, conforme indicado na
Tabela 63.
Tabela 63: Estados de Alerta de Emergência
Situação de atenção
Incidente, anomalia ou suspeita que, pelas suas dimensões ou confinamento, não é uma ameaça para além do local onde foi produzida.
Situação de perigo
Acidente ou situação que pode evoluir para situação de emergência se não for considerada uma ação corretiva imediata, mantendo-se, contudo, o sistema em funcionamento.
Situação de emergência
Acidente ou situação grave ou catastrófica, descontrolada ou de difícil controle, que originou ou pode originar danos pessoais, materiais ou ambientais; requer ação corretiva imediata para a recuperação do controle e minimização das suas consequências.
Fonte: VIEIRA et al (2006)
7.1 Abastecimento de água
As adversidades que podem afetar a prestação do serviço de abastecimento de água
podem estar relacionadas à operação ou às características do manancial, podendo acarretar
a falta de água parcial ou generalizada, dependendo do tipo e do local do acidente ocorrido.
Em virtude da ocorrência das situações ora mencionadas, como medida de emergência
a ser tomada, destaca-se a comunicação imediata com a Defesa Civil e a população, além
da prioridade no abastecimento de estabelecimentos como hospitais, unidades básicas de
Saúde (UBS), creches, escolas etc.
Dentre as medidas de acionamento das estruturas emergenciais de captação, de
transferência ou de transposição de vazões de água bruta, vale destacar que estas podem
ser realizadas através da utilização de reservatórios ou estruturas mantidas preventivamente
para o atendimento do abastecimento de água para situações emergenciais.
A seguir estão apresentadas as possíveis situações adversas às quais o sistema de
abastecimento de água pode estar exposto.
• Mananciais de abastecimento: um dos eventos é a ocorrência de período de estiagem,
o que diminui a disponibilidade hídrica para o atendimento da demanda. Nesses
Página 155 de 174
casos, cabe ao município controlar a captação no manancial onde a disponibilidade
está mais vulnerável. Além disso, deve se considerar acidentes que podem prejudicar
qualitativamente a disponibilidade hídrica do manancial, como contaminações
causadas por vazamento/derramamento de produtos químicos nos cursos d'água;
• Estações de tratamento de água: podem ser acometidas por problemas como (i) falha
ou pane no sistema elétrico da estação ou interrupção no fornecimento de energia
elétrica; (ii) falhas nos equipamentos eletromecânicos ou estruturais; e problemas
referentes à falta de produtos químicos que impedem o efetivo tratamento da água
bruta; e
• Redes de captação, adução e distribuição de água: no caso incidentes que afetem a
integridade e o funcionamento de unidades relacionadas à essas etapas, o
abastecimento pode ser prejudicado, necessitando que, de forma imediata e
simultânea, sejam tomadas medidas emergenciais e de reparos nas estruturas
atingidas. Vale ressaltar que deve fazer parte da rotina de operação, o
monitoramento preventivo de verificação das estruturas, identificando as possíveis
falhas e efetuando as correções necessárias.
Para o município de Angra dos Reis, o Plano Municipal de Saneamento Básico elaborado
em 2014, contemplou as ações de emergências e contingências referentes ao abastecimento
de água, determinando os procedimentos a serem adotados de acordo com a ocorrência,
conforme apresentado a seguir.
• Em caso de danificação de estruturas:
o Executar reparos das estruturas danificadas;
o Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios;
o Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com
caminhões tanque/pipa;
o Acionar a Polícia Militar para investigação do ocorrido;
o Implantar a executar serviço permanente de manutenção e monitoramento do
sistema de captação;
o Executar reparos das instalações danificadas e troca de equipamentos;
o Comunicar a prestadora (para que acione socorro e fonte alternativa de água);
o Transferir água entre setores de abastecimento; e
o Promover abastecimento das áreas atingidas com caminhões pipa/tanque.
• Em caso de ocorrência de falta de energia elétrica:
o Comunicar a prestadora dos serviços para que busque socorro e acione fonte
alternativa de água;
o Comunicar a companhia fornecedora de energia local;
Página 156 de 174
o Comunicar à prestadora de serviço para que acione socorro e busque fonte
alternativa de água;
o Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios;
o Transferir água entre setores de abastecimento.
• Em caso de ocorrência de falta de água devido a consumos atípicos:
o Comunicar a prestadora para que acione socorro e busque fonte alternativa de
água; e
o Comunicar a companhia fornecedora de energia local.
• Em caso de deficiência na qualidade da água:
o Implementar sistema de monitoramento da qualidade da água dos mananciais;
o Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios;
o Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com
caminhões tanque/pipa;
o Implementar sistema tarifário diferenciado para os períodos de estiagem
prolongada, como forma de contingenciamento do recurso hídrico; e
o Transferir água entre setores de abastecimento com o objetivo de atender
temporariamente à população atingida, pela falta de água localizada.
• Em caso de ocorrência da contaminação do SAA e de mananciais:
o Comunicar à população, instituições, autoridades e polícia local, defesa civil,
corpo de bombeiros e órgãos de controle ambiental;
o Comunicar a prestadora para que acione socorro e busque fonte alternativa de
água;
o Interromper o abastecimento de água da área atingida até que se verifique a
extensão da contaminação e que seja retomada a qualidade da água para a
captação;
o Promover o controle e o racionamento da água disponível em reservatórios não
atingidos pela contaminação;
o Utilizar a capacidade ociosa de mananciais não atingidos pela ocorrência de
contaminação;
o Implementar rodízio de abastecimento temporário das áreas atingidas com
caminhões tanque/pipa;
o Interditar/interromper as atividades que resultaram na contaminação até se
avaliar o ocorrido; e
o Detectar o local e extensão da contaminação.
Página 157 de 174
7.2 Esgotamento Sanitário
Os acidentes no sistema de esgotamento sanitário podem ocorrer em qualquer uma de
suas fases de coleta, transporte, bombeamento, tratamento e lançamento em cursos d’água.
Dentre as causas, cita-se o vazamento nas redes, inundações ou extravasamento nas
instalações, falta de energia elétrica, movimentação de terra ou deslizamentos.
Tais acidentes, além de impedir o tratamento e a destinação do efluente tratado para
o corpo receptor, podem acarretar a contaminação dos corpos d’água e do solo,
prejudicando o meio ambiente e colocando em risco a saúde pública.
A primeira medida a ser tomada é o acionamento imediato de uma equipe para
atendimento emergencial para avaliar o acidente de tomar as ações necessárias. De forma
análoga ao sistema de abastecimento de água, quando a paralisação da elevatória é
consequência de falta de energia elétrica, sistemas de geração autônoma de energia podem
solucioná-lo. Faz-se necessária, portanto, a adoção de medidas para a identificação das
estruturas e da abrangência das áreas afetadas pela ocorrência.
Em casos de contaminação, deve ser efetuado o acionamento de agentes ligados à
vigilância sanitária e para vazamentos que comprometam a qualidade da água do manancial,
faz-se necessário também o acionamento das ações de contingência e de emergência para o
sistema de abastecimento de água, a fim de garantir a qualidade da segurança da água.
Considerando que na área rural do município são utilizados sistemas individuais para o
tratamento de esgoto, é importante que haja fiscalização do monitoramento de possíveis
ocorrências de extravasamento dos tanques sépticos que possam se tornar fontes de
contaminação do solo e do lençol freático ou de corpos hídricos próximos. Faz-se necessária
a verificação do comprometimento dos mananciais utilizados para o abastecimento público
e daqueles utilizados para abastecimento individual, muito comum em áreas rurais. Nesse
caso, deve-se pensar em alternativas para garantir o abastecimento de água como, por
exemplo, a utilização de caminhões pipa.
Os problemas referentes à falta dos serviços de saneamento podem causar impactos
como a contaminação de mananciais para o abastecimento público e a exposição do efluente
para a população. Tais situações acarretam problemas referentes à disseminação de doenças
de veiculação hídrica ou relacionadas à falta de saneamento, dentre elas podemos citar,
diarreias, hepatite, febres entéricas ou tifóide, esquistossomose, leptospirose, teníases,
micoses, entre outras. As ações de emergência devem ser realizadas principalmente nos
sistemas e nos corpos hídricos, em especial no manancial utilizado para o abastecimento,
pois a sua contaminação coloca em situação de risco o abastecimento do município.
Página 158 de 174
Para o município de Angra dos Reis, o Plano Municipal de Saneamento Básico elaborado
em 2014, contemplou as ações de emergências e contingências referentes ao esgotamento
sanitário, determinando os procedimentos a serem adotados de acordo com a ocorrência,
conforme apresentado a seguir.
• Em caso de ocorrência de falta de energia elétrica e danos nos equipamentos:
o Comunicar a interrupção à companhia fornecedora de energia local;
o Adicionar gerador alternativo de energia;
o Instalar tanques de acumulação de esgoto extravasado;
o Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre os problemas com os
equipamentos e a possibilidade de ineficiência e paralisação das unidades de
tratamento;
o Instalar equipamentos reserva;
o Acionar a Polícia Militar para investigação do ocorrido;
o Comunicar a prestadora dos serviços; e
o Executar reparo das instalações danificadas com urgência.
• Em caso de ocorrência de extravasamento de movimentação de massa em travessias
canais e fundo de vale:
o Executar reparo da área danificada com urgência;
o Comunicar a prestadora dos serviços;
o Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes
o Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre o rompimento em alguma
parte do sistema de coleta de esgoto; e
o Comunicar as autoridades de trânsito sobre o rompimento da travessia.
Página 159 de 174
8. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DAS AÇÕES
PROGRAMADAS
Página 160 de 174
8 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA E
EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS
No âmbito do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), os mecanismos e
procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas
apresentam estratégias que permitam o acompanhamento e monitoramento da
implementação do PMSB, bem como a realização da sua avaliação periódica e revisão,
conforme previsto na Lei Federal nº 11.445/2007. Deve conter ainda os mecanismos de
divulgação do acompanhamento e dos resultados da execução do Plano, de representação
da sociedade e de controle social.
O desenvolvimento dos Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Sistemática deve
ser dividido nos seguintes itens:
• Estruturação jurídico institucional;
• Mecanismos de monitoramento e avaliação;
• Mecanismos de divulgação;
• Mecanismos de representação da sociedade;
• Orientações para revisão do Plano; e
• Estruturação jurídico institucional.
O estabelecimento da estruturação jurídico institucional visa à gestão adequada dos
serviços de saneamento básico, indicando as alternativas jurídico-institucionais e
relacionando-as com a situação atual do município e as ações propostas para melhoria do
saneamento básico neste aspecto. A prestação adequada dos serviços de saneamento básico
compreende as seguintes etapas:
• Planejamento;
• Execução;
• Regulação e Fiscalização;
• Monitoramento;
• Avaliação; e
• Controle Social.
Em relação à execução, o SAAE e a CEDAE são responsáveis pela gestão dos sistemas
coletivos de abastecimento de água no município. O município de Angra dos Reis não possui
ou participa de entidade reguladora. O esgotamento sanitário em todo o território municipal
é de responsabilidade do SAAE de Angra dos Reis e não foi identificado órgão fiscalizador.
Entre os instrumentos de gestão sugeridos para o acompanhamento da implementação
do Plano, destaca-se o Sistema de Informações Municipal de Saneamento Básico, o qual
Página 161 de 174
consiste em um módulo com informações sobre a prestação dos serviços de abastecimento
de água e esgotamento sanitário. Este sistema apresentará quais indicadores definidos para
o acompanhamento e a avaliação dos programas, projetos e ações propostos e para o alcance
das metas e objetivos propostos pelo Plano. A partir da análise e acompanhamento da
evolução destes indicadores é possível realizar uma avaliação do impacto das ações
propostas na melhoria da situação de cada serviço e, consequentemente, na melhoria na
qualidade de vida da população.
Com o objetivo de garantir o monitoramento eficaz do Plano, sugere-se que gestores
responsáveis pelos sistemas elaborem Relatório Periódicos de Avaliação do Plano o qual deve
abranger as seguintes informações:
• Evolução dos indicadores ao longo período de planejamento, considerando as metas
propostas;
• Análise da implementação dos programas propostos, apontando prazos, situação
(concluídas, em implantação ou atrasadas) e comentários dificuldades e
oportunidades identificadas, bem como investimentos realizados e eventualmente
necessários; e
• Análise da satisfação da população que poderá ser realizada por meio de pesquisas e
da análise das reclamações feitas através dos canais de ouvidoria, por exemplo.
Para promover a articulação, organização e sistematização de dados e informações
referentes aos projetos, obras e ações de saneamento básico deve se propor ainda a criação
de uma Comissão Permanente com representantes de Prefeitura Municipal, dos prestadores
e da Sociedade Civil. Outro mecanismo importante de divulgação do Plano é a realização de
eventos públicos de acompanhamento, onde será apresentado o relatório de avaliação anual
do plano. Desta forma, são garantidos à população o direito de tomar conhecimento da
situação e discutir possíveis adequações ou melhorias.
Conforme preconiza a Lei Federal nº 11.445/20017, o PMSB deve ser atualizado pelo
menos a cada 4 anos, de preferência em períodos coincidentes com o Plano Plurianual (PPA),
pelo órgão municipal da gestão do saneamento. Nesta revisão devem ser ajustados os
programas, projetos e ações previstos, abordando o cronograma de execução, prazos
estabelecidos, entre outros elementos, de acordo com o aferido nos relatórios de avaliação
anual, eventos públicos de acompanhamento do PMSB e outros eventos que discutam
questões relativas ao saneamento básico.
Para garantir a participação da população, deve ser elaborada uma versão preliminar da
revisão do Plano a qual deverá ser apresentada em Consulta Pública para a população. A
Consulta Pública deve ser amplamente divulgada pelos principais meios de comunicação
existentes no município, com antecedência mínima adequada, sendo imprescindível a
Página 162 de 174
participação efetiva da sociedade com intuito de contestar ou aprovar o PMSB. A partir daí,
considerando as questões abordadas na Consulta Pública, deve se elaborar a Versão Final da
Revisão do Plano. Desta forma, se concretizam os mecanismos para que a tomada de
decisões, no setor de abastecimento de água e esgotamento sanitário, seja mais democrática
e participativa.
Quanto aos recursos humanos e administrativos, é sugerido a constituição de uma
comissão de fiscalização, acompanhamento e avaliação, responsável por acompanhar e
avaliar a implementação do PMSB, monitorando a execução das ações e os resultados
alcançados, garantindo que os objetivos do plano sejam gradativamente atingidos. Tal
comissão deverá ser composta por representantes das instituições do poder público
municipal, estadual e federal relacionadas com o saneamento básico. Cabe ressaltar que a
comissão poderá contar com membros representantes de organizações da sociedade civil
(entidades do movimento social, entidades sindicais e profissionais, grupos ambientalistas,
entidades de defesa do consumidor, dentre outras).
Ainda deverão ser definidos recursos materiais, tecnológicos e econômico-financeiros,
indispensáveis para a gestão do monitoramento, fiscalização e avaliação do plano, bem como
da eficácia das ações programadas e dos resultados alcançados e das justificativas para os
resultados não alcançados:
• Utilização dos indicadores do PMSB: visando avaliar e monitorar os cenários atuais
e futuros dos eixos do saneamento no município. O uso dos indicadores permite a
verificação dos sistemas de saneamento com relação a diversos aspectos, bem como
a identificação de anormalidades e ocorrência de eventualidades no sistema,
indicando a necessidade de análise quanto à existência de falhas operacionais e
adoção de medidas gerenciais e administrativas para solucionar os problemas;
• Elaboração de relatórios periódicos de acompanhamento do PMSB: a serem
elaborados com periodicidade anual estes relatórios deverão conter o
acompanhamento de todos os indicadores, comparando sua evolução com a linha de
base e o objetivo ainda a ser alcançado; o resumo das atividades realizadas de acordo
com a programação do PMSB; os avanços da implantação do PMSB; a identificação de
eventual variação existente; e por fim as medidas corretivas adotadas ou
recomendadas. Os relatórios de acompanhamento deverão ser apresentados aos
responsáveis pelo seu acompanhamento;
• Elaboração de relatórios periódicos de análise que apresentem cunho
administrativo em relação ao progresso do PMSB: os relatórios de análise devem
ser elaborados com a periodicidade de uma vez a cada quatro anos, em conformidade
com a Lei Federal n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre as diretrizes
nacionais para o saneamento básico. O relatório deverá incluir análises referentes ao
Página 163 de 174
desempenho do PMSB, comparando os fatores de sucesso e os de insucesso; a
identificação das restrições e imprevistos que afetaram a execução do plano, suas
causas e as medidas corretivas adotadas; e os eventuais novos delineamentos de
metas e readequações operacionais. Os relatórios analíticos permitirão manter o foco
de longo prazo do PMSB ativo, permeando suas ações e objetivos para os demais
setores da administração municipal. Devido ao seu caráter estratégico, recomenda-
se que tais relatórios sejam devidamente publicados e disponibilizados à sociedade
civil, podendo motivar fóruns e debates sobre os temas específicos que se façam
pertinentes.
Por fim, considera-se que devido a atualização periódica do plano, o sistema com todos
os indicadores poderá ser reavaliado e implantado gradativamente. As informações
estratégicas sobre os serviços de saneamento básico deverão ser colocadas à disposição do
governo federal e estadual, dentro dos padrões solicitados e em articulação com o SNIS.
Além disso, cabe ressaltar que os instrumentos de gestão para monitoramento, fiscalização
e avaliação propostos no PMSB podem ser incrementados durante a aplicação dos mesmos,
para a avaliação do plano.
Página 165 de 174
9 INVESTIMENTOS E CUSTOS OPERACIONAIS
9.1 Premissas de Investimentos
Para cálculo de custos de obras e serviços de engenharia (Capex), foram adotadas as
seguintes planilhas referenciais:
• Boletim do EMOP – Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro, base
Dezembro/2018;
• SINAPI-RJ - Dez/18, excepcionalmente na falta de algum custo unitário do EMOP;
• Orçamentos referenciais da CEDAE.
Para os Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), foi utilizado o valor de 24%, valor médio
admitido pelo TCU para obras de saneamento básico.
9.1.1 Custos paramétricos e curvas de custo
Para a elaboração do Capex foram utilizadas duas metodologias: determinação de custos
paramétricos e elaboração de curvas de custo.
Os custos paramétricos foram utilizados para as seguintes obras: redes de distribuição
de água e de coleta de esgoto, ligações prediais de água e de esgoto, ligações
intradomiciliares, substituição de hidrômetros, poços profundos, adutoras e linhas de
recalque e atuação nas áreas irregulares.
Foram elaboradas curvas de custo para as seguintes obras: captação de água bruta,
estações de tratamento de água e de esgoto, estações elevatórias de água e de esgoto e
para reservatórios de água.
9.1.2 Reinvestimento
Para reinvestimento adotaram-se os seguintes percentuais em relação aos ativos da
CEDAE, sejam eles existentes ou a construir:
Equipamentos 5% ao ano
Telemetria e automação 5% ao ano
9.1.3 Outros custos
Para automação e telemetria foi considerado o custo equivalente a 5% sobre o CAPEX
de obras civis e equipamentos das obras correlatas (captações, estações de tratamento e
estações elevatórias e reservatórios) e para estudos e projetos o valor equivalente a 5% do
custo total da obra, que engloba os serviços de geotecnia e cadastramento topográfico. Para
desapropriações custo unitário do terreno foi obtido através de pesquisa via internet.
9.2 Premissas de avaliação de Despesas Operacionais (Opex)
Página 166 de 174
As despesas operacionais significativas são recursos humanos, energia elétrica, produtos
químicos e transporte de lodo, além de outras tais como manutenção da obra civil de
equipamentos e miscelâneas.
9.2.1 Produtos químicos
Foram admitidos os seguintes consumos de produtos químicos, resumidos na Tabela 64.
Tabela 64: Produtos químicos para água e esgoto
Produtos Químicos - Água
Sulfato de Alumínio 40 mg/L
Cal 20 mg/L
Cloro 3 mg/L
Polímero para lodo 5 kg/ton. lodo
Ácido fluossilícico 1 mg/L
Produtos Químicos - Esgoto
Cloro 8 mg/L
Polímero para lodo 5 kg/ton. lodo
9.2.2 Energia (kW)
As seguintes tarifas unitárias foram disponibilizadas pela CEDAE, considerando que o
custo de demanda está incluso no consumo.
BT: 0,514448 R$/kWh (classe de tarifa B3 – até 2,3 kV)
MT: 0,425795 R$/kWh (classe de tarifa A4 – 2,3 kV a 25 kV)
AT: 0,332477 R$/kWh (classe de tarifa A3 – 69 kV a 138 kV)
A definição da classe de tensão para cada instalação depende de uma série de fatores,
tais como disponibilidade de rede na área, normas da concessionária de energia elétrica,
potência instalada, dentre outros, de maneira que para determinação do custo de energia
utilizou-se o seguinte critério:
Baixa tensão até 150cv
Média tensão de 150 a 3.000cv
Alta tensão Maior que 3.000cv
9.2.3 Recursos humanos
Propõe-se para o custo de Recursos Humanos, o valor de R$118.000,00/colaborador,
com base no custo médio do operador privado no RJ atualmente
No que se refere à produtividade foi proposto 643 ligações/funcionário, com base na
produtividade das principais concessionárias do país.
Página 167 de 174
9.2.4 Transporte de lodo
O lodo gerado nos ETAs e ETEs serão transportados até o bota fora licenciado mais
próximo. A distância média considerada de transporte é de 40 (quarenta) quilômetros.
O volume de produção de lodo estimado para a estação de tratamento de água e de
esgotos são os seguintes:
• Lodo ETA: )*³
�,-� �
�...../ 0123
• Lodo ativado com leito de secagem: 95 g/hab.dia;
• Lodo ativado com centrífuga: 127 g/hab.dia
• UASB + Filtro com leito de secagem: 27 g/hab.dia;
• UASB + Filtro com centrífuga: 40 g/hab.dia
• Lagoa: 20 g/hab.dia.
O custo unitário de transporte e disposição de lodo são os seguintes:
• Custo de transporte: 3,80 R$/ton*km;
• Custo de disposição: 68,00 R$/ton. (base CEDAE)
9.2.5 Manutenção das obras civis e equipamentos
O critério utilizado foi de considerar o parâmetro de 68,50 R$/ligação.
9.2.6 Miscelâneas
Como miscelâneas consideram-se como principais custos: outorgas, locação e máquinas
equipamentos e veículos, aluguel de imóveis, custos de seguros, veiculação de publicidade
e propaganda, comunicação e transmissão de dados anúncios e editais, serviços de
laboratórios, serviços gráficos, tarifas bancárias, mobilidade (veículos), materiais
(administrativos e limpeza), outorgas, licenciamentos, etc. O critério utilizado foi de
considerar o parâmetro de 54 R$/ligação.
9.3 Tabelas de Capex e Opex
Nas Tabela 65 e
Tabela 66 estão apresentados, respectivamente, os custos de Capex e Opex dos SAA e dos
SES dos distritos de Angra dos Reis. Nas
Página 168 de 174
Tabela 67 e Nota: (1) Os valores totais são relativos ao somatório dos custos de todos os anos do
período de planejamento (35 anos).
Tabela 68 estão as estimativas de investimentos totais durante todo o período de
planejamento.
Página 169 de 174
Tabela 65: Custos de Capex e Opex dos Sistemas de Abastecimento de Angra dos Reis
Estruturas Distritos
Total Sede-Angra dos Reis
Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de
Araçatiba
SIST
EMA
DE
ABA
STEC
IMEN
TO
DE
ÁG
UA
Captação / Poço (Mil R$) 138 138 138 88 38 38 578
Elevatória (Mil R$) 2.010 0 119 0 0 0 2.129
Adutora (Mil R$) 0 117 0 0 0 0 117
ETA (Mil R$) 156 37 96 152 43 5 489
Reservatório (Mil R$) 10.792 633 6.885 3.249 3.882 136 25.577
Rede (Mil R$) 19.143 409 46.910 11.488 10.106 531 88.587
Ligação (Mil R$) 868 31 1.602 521 457 40 3.519
Hidrometração (Mil R$) 6.060 264 11.627 3.545 3.471 332 25.299
Reinvestimento (Mil R$) 9.214 101 833 392 337 26 10.903
Telemetria e Projetos (Mil R$) 2.127 63 2.835 1.011 883 33 6.952
Ambiental (Mil R$) 2.853 0 0 0 0 0 2.853
Total CAPEX (Mil R$) 53.361 1.793 71.044 20.447 19.216 1.140 167.001
Materiais de Trat. (Mil R$) 4.380 130 3.107 2.126 1.794 40 11.577
Energia (Mil R$) 56.352 433 7.378 3.239 2.840 72 70.314
Pessoal (Mil R$) 21.095 881 40.870 12.415 12.172 1.177 88.610
Manutenção (Mil R$) 6.997 292 13.555 4.118 4.037 390 29.389
Outros Custos (Mil R$) 13.815 577 26.765 8.130 7.972 771 58.030
Total OPEX (Mil R$) 102.638 2.315 91.675 30.028 28.815 2.451 257.922
Página 170 de 174
Tabela 66: Custos de Capex e Opex dos Sistemas de Esgotamento Sanitário de Angra dos Reis
Estruturas Distritos
Total Sede Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba
Praia de Araçatiba
SIST
EMA
DE
ESG
OT
AM
ENT
O S
AN
ITÁ
RIO
Rede (Mil R$) 13.929 5.751 66.179 17.233 19.749 1.379 124.220
Ligação (Mil R$) 20.981 844 42.979 13.428 12.750 1.119 92.101
EEE (Mil R$) 4.031 269 6.208 3.840 1.966 361 16.675
LR (Mil R$) 887 26 1.837 763 739 143 4.395
ETE (Mil R$) 18.940 15.117 78.669 19.252 20.208 1.128 153.314
Reinvestimento (Mil R$) 13.419 9.909 46.104 12.302 14.864 2.191 98.789
Telemetria e Projetos (Mil R$) 1.753 998 7.182 1.919 2.027 138 14.017
Ambiental (Mil R$) 2.258 916 916 916 916 916 6.838
Total CAPEX (Mil R$) 76.198 33.830 250.074 69.653 73.219 7.375 510.349
Materiais de Trat. (Mil R$) 12.996 692 13.272 5.780 6.291 722 39.753
Energia (Mil R$) 12.208 945 18.716 7.307 6.088 682 45.946
Pessoal (Mil R$) 14.955 597 27.778 8.499 8.254 797 60.880
Manutenção (Mil R$) 4.960 198 9.213 2.819 2.738 264 20.192
Outros Custos (Mil R$) 9.794 391 18.191 5.566 5.405 522 39.869
Total OPEX (Mil R$) 54.912 2.823 87.170 29.969 28.776 2.986 206.636
Página 171 de 174
Tabela 67: Estimativas de custos para implantação e operação dos SAA ao longo do período de planejamento
Ano Custo por distrito (Mil R$)
Custo total (Mil R$) Sede-Angra dos Reis
Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de
Araçatiba 5 17.879 1.081 29.456 8.569 9.218 417 66.620 10 9.972 286 19.211 4.397 4.354 272 38.492 15 11.623 117 9.404 2.553 2.167 135 25.999 20 4.783 99 5.824 1.956 1.414 108 14.184 25 3.710 83 3.037 1.390 821 85 9.126 30 2.811 69 2.107 901 630 65 6.583 35 2.583 59 2.005 681 611 58 5.997
Total 53.361 1.793 71.044 20.447 19.216 1.140 167.001
Nota: (1) Os valores totais são relativos ao somatório dos custos de todos os anos do período de planejamento (35 anos).
Tabela 68: Estimativas de custos para implantação e operação dos SES ao longo do período de planejamento
Ano Custo por distrito (Mil R$)
Custo total (Mil R$) Sede-Angra dos Reis
Abraão Cunhambebe Jacuecanga Mambucaba Praia de
Araçatiba 5 31.657 17.533 108.883 30.467 29.504 2.619 220.663 10 11.027 3.518 33.487 9.318 10.740 1.321 69.411 15 12.187 3.536 38.612 10.595 11.640 1.067 77.637 20 12.831 3.728 40.669 11.331 12.293 1.122 81.974 25 3.749 2.090 12.491 3.567 3.906 484 26.287 30 2.429 1.717 7.983 2.242 2.572 383 17.326 35 2.320 1.708 7.949 2.133 2.563 378 17.051
Total 76.198 33.830 250.074 69.653 73.219 7.375 510.349
Nota: (1) Os valores totais são relativos ao somatório dos custos de todos os anos do período de planejamento (35 anos).
Página 172 de 174
9.4 Fontes de Financiamento
Os recursos destinados ao saneamento básico provem, em sua maioria, dos recursos do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) com aportes do BNDES (Avançar Cidades) e
outras fontes de recursos, como os obtidos pela cobrança pelo uso da água. Existem também
os programas do Governo Estadual e outras fontes externas de recursos de terceiros,
representadas pelas agências multilaterais de crédito como, por exemplo, o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID). Outra possibilidade é a obtenção de recursos
privados através de parcerias, concessões e outras variáveis previstas em Lei.
Entretanto, a fonte primária de recursos para o setor se constitui nas tarifas, taxas e
preços públicos. Estas são as principais fontes de encaminhamento de recursos financeiros
para a exploração dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário que,
além de recuperar as despesas de exploração dos serviços, podem gerar um excedente que
fornece a base de sustentação para alavancar investimentos, quer sejam com recursos
próprios e/ou de terceiros.
Página 174 de 174
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGENERSA. Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de
Janeiro. Disponível em: < http://www.agenersa.rj.gov.br/ > Acessado em: agosto de 2019.
AGEVAP. Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. Plano
de Recursos Hídricos da Bacia da Região Hidrográfica Da Baía Da Ilha Grande (PRH-BIG).
PROFILL, 2018. Disponível em: <http://www.ceivap.org.br/downloads/PSR-010-R0.pdf>
Acessado em: setembro de 2019.
ANA. Agência Nacional de Águas. Outorga de direito de uso de recursos hídricos. Brasília:
SAG, 2011. Disponível em: < https://www.ana.gov.br/gestao-da-agua/outorga-e-
fiscalizacao > Acessado em: setembro de 2019.
ANGRA DOS REIS (Município). Plano Diretor Municipal de Angra dos Reis. Disponível em:
https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-angra-dos-reis-rj. Acessado em: setembro de
2019.
ANGRA DOS REIS (Município). Lei de Uso e Ocupação do Solo. Disponível em:
https://www.angra.rj.gov.br/sma-leis-urbanisticas.asp?IndexSigla=SEMAM. Acessado em:
setembro de 2019.
ANGRA DOS REIS (Município). Código Ambiental de Angra dos Reis. Disponível em:
https://www.angra.rj.gov.br/sma-leis-urbanisticas.asp?IndexSigla=SEMAM. Acessado em:
setembro de 2019.
ATLAS. Atlas Brasil de Abastecimento Urbano de Água - Agência Nacional de Águas (ANA),
2010. Dados sobre sistemas de abastecimento de água das sedes municipais. Disponível
em: < http://atlas.ana.gov.br/atlas/forms/analise/Geral.aspx?est=7 > Acessado em:
setembro de 2019.
BRASIL. Decreto n° 9.254, de 29 de dezembro de 2017. Altera o Decreto nº 7.217, de 21
de junho de 2010, que regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece
diretrizes nacionais para o saneamento básico. <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9254.htm >
Acessado em: agosto de 2019.
BRASIL. Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Brasília, DF: [s.n.], 2007.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2007/Lei/L11445.htm > Acessado em: agosto de 2019.
BRASIL. Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Brasília. Dispõe sobre a proteção
da vegetação nativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de
dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de
Página 175 de 175
setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24
de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm > Acessado
em: agosto de 2019.
BRASIL. Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001,
de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.Disponível
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm > Acessado em: agosto de
2019.
CEDAE. Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro. Disponível em: <
https://www.cedae.com.br/> Acessado em: setembro de 2019.
CBHBIG. Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica da Baía da Ilha Grande. Plano Municipal
de Saneamento Básico do município de Angra dos Reis (2014). DRZ, 2014. Disponível em:
<http://www.angra.rj.gov.br/downloads/SMA/Produto%209%20-
%20Vers%C3%A3o%20Preliminar%20do%20PMSB%20-
%20com%20minuta%20de%20lei%20(Reparado).pdf> Acessado em: setembro de 2019.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução CONAMA nº 430, de 13 de
maio de 2011. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes,
complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional
do Meio Ambiente-CONAMA. Disponível em: <
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646> Acessado em: agosto
de 2019.
CPRM – Serviço Geológico do Brasil. Cadastro elaborado pelo Projeto Rio de Janeiro da
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Cartografia Geológica Regional. Brasília,
2000. Disponível em: < http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geologia%2C-
Meio-Ambiente-e-Saude/Projeto-Rio-de-Janeiro-3498.html > Acessado em: agosto de 2019.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. IBGE, 2011. Disponível em:
< http://www.censo2010.ibge.gov.br/> Acessado em: agosto de 2019.
INEA. Instituto Estadual do Ambiente. Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERHI.
Disponível em: <
http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/GESTAODEAGUAS/RECURSOSHIDRICOS/Conselh
oestadual/index.htm > Acessado em: agosto de 2019.
INEA. Instituto Estadual do Ambiente. INEA. Instituto Estadual do Ambiente. Plano Estadual
de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro - PERHI-RJ (2014). Disponível em: <
Página 176 de 176
http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/GESTAODEAGUAS/InstrumentosdeGestodeRecH
id/PlanosdeBaciaHidrografica/index.htm#ad-image-0> Acessado em: agosto de 2019.
INEA. Instituto Estadual do Ambiente. Outorga de direito de uso de recursos hídricos.
Disponível em: < http://200.20.53.7/listalicencas/views/pages/lista.aspx/ > Acessado em:
agosto de 2019.
MMA. Ministério do Meio Ambiente. Painel Unidades de Conservação Brasileiras. Perfil Angra
dos Reis – RJ (2019). Disponível em:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMDNmZTA5Y2ItNmFkMy00Njk2LWI4YjYtZDJlNzFkO
GM5NWQ4IiwidCI6IjJiMjY2ZmE5LTNmOTMtNGJiMS05ODMwLTYzNDY3NTJmMDNlNCIsImMiOjF
9. Acessado em: setembro de 2019.
PLANSAB. Plano Nacional de Saneamento Básico. Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental. Brasília, 2013. Disponível em: <
http://www.cecol.fsp.usp.br/dcms/uploads/arquivos/1446465969_BrasilPlanoNacionalDeS
aneamentoB%C3%A1sico-2013.pdf > Acessado em: agosto de 2019.
PNUD. Atlas de Desenvolvimento Urbano do Programa das Nações Unidas. Perfil Angra dos
Reis - RJ - 2013. Disponível em: < http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_angradosreis_rj>.
Acessado em: setembro de 2019.
PPA. Plano Plurianual de Angra dos Reis – PPA (2018-2021). Disponível em: <
http://angra.rj.gov.br/downloads/bo/BO-972---CADERNO-II---PPA_de_11-12-2018.pdf>
Acessado em: setembro de 2019.
RIO DE JANEIRO (Estado). Comitê de Bacia Hidrográfica da Baía da Ilha Grande. Disponível
em: < http://agevap.org.br/baiadailhagrande/ >. Acessado em: setembro de 2019.
RIO DE JANEIRO (Estado). Avaliação do Potencial Hidrogeológico dos Aquíferos
Fluminenses. Instituto Estadual do Ambiente – INEA (2014). Disponível em: <
http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mdyy/~edisp/i
nea0062144.pdf >. Acessado em: setembro de 2019.
RIO DE JANEIRO (Estado). Plano de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica da Baía da
Ilha Grande (PRH-BIG). Comitê de Bacia Hidrográfica da Baía da Ilha Grande (2019).
Disponível em: < https://www.prhbig.com.br/> Acessado em: setembro de 2019.
RIO DE JANEIRO (Estado). Estudo Socioeconômico de Angra dos Reis. Tribunal de Contas do
Rio de Janeiro – Secretaria-Geral de Planejamento (2007).
https://www.tce.rj.gov.br/documents/10180/1092022/Estudo%20Socioeconomico%202005
%20angradosreis.pdf>Acessado em: setembro de 2019.
Página 177 de 177
RIO DE JANEIRO (Estado). Lei n.º 3239, de 02 de agosto de 1999. Política Estadual de
Recursos Hídricos do Rio de Janeiro. Disponível em: < https://gov-
rj.jusbrasil.com.br/legislacao/205541/lei-3239-99> Acessado em: agosto de 2019.
RIO DE JANEIRO (Estado). Lei Nº 4556, de 06 de Junho de 2005. Cria, estrutura, dispõe
sobre o funcionamento da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do
Rio de Janeiro - AGENERSA, e dá outras providências. Disponível em: <
http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/e30a55fa69
67fec78325701c005c6049?OpenDocument> Acessado em: agosto de 2019.
SIM. Caderno de Informações de Saúde do Rio de Janeiro – Sistema de Informação sobre
Mortalidade - SIM (DATASUS), 2009. Disponível em: <
http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/rj.htm> Acessado em: setembro de 2019.
SNIRH. Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos. Portal HidroWeb (2019).
Disponível em: < http://www.snirh.gov.br/hidroweb/publico/mapa_hidroweb.js > Acessado
em: agosto de 2019.
SNIS. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – Série Histórica. 2017.
Disponível em: <http://app.cidades.gov.br/serieHistorica/> Acessado em: agosto de 2019.