PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco 5º semestre – 2010
PROGRAMA
Apresentação, regulamento do curso e revisão (08 e 10/02)
1. Procedimento sumário (22 e 24/02)
2. Teoria Geral da prova (01e 03/03)
3. Depoimento pessoal (08 e 10/03)
4. Confissão (15 e 17/03)
5. Prova documental (29 e 31/03)
6. Prova testemunhal (05 e 07/04)
7. Prova pericial (12 e 14/04)
8. Inspeção judicial, indícios e presunções (26 e 28/04)
9. Audiência de instrução e julgamento (10 e 12/05)
10. Sentença (17 e 19/05)
11. Coisa julgada (24 e 26/05)
12. Homologação de sentença estrangeira (07 e 09/06) AV1- 22 e 24/03 AV2- 03 e 05/05 AV3- 14 e 16/06 19/04 – Trabalho em grupo Entrega das Notas e prova substitutiva (21 e 23/06) Fechamento geral (25/06)
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
REGULAMENTO DO CURSO
1. Horário de aulas O curso será ministrado uma vez por semana no horário determinado pela Faculdade de Direito.
2. Conteúdo do curso O curso será dividido em aulas compostas de duas partes. Haverá sempre, em primeiro lugar, um seminário que terá por finalidade o exame de questões práticas versando sobre a matéria do programa. Em seguida, será ministrada aula expositiva. No horário previsto para o início da aula, os alunos já deverão estar presentes em suas respectivas salas e os trabalhos iniciarão com os seminários e será seguido da aula expositiva.
3. Aula Expositiva A professora fará exposição de um ou mais temas do programa por aula, de acordo com sua complexidade. Cada ponto do programa será, sempre que possível esgotado em uma única aula. Só excepcionalmente, a critério do professor, versará sobre uma mesma matéria mais de uma aula.
4. Seminário Os seminários serão aplicados na primeira aula do curso, juntamente com os textos que serão de leitura obrigatória. Durante esta etapa, os alunos após analisarem as questões individualmente, deverão apresentar na aula respectiva as repostas, por escrito e à mão, que serão debatidas em sala de aula com o professor e demais colegas de sala.
Não será aceito ou recebido seminário fora da aula ou dia em que for aplicado. Logo no encerramento do seminário os alunos deverão entregar ao professor assistente, impreterivelmente, sob pena de não mais poder entregar, ainda que seja no mesmo dia. O tema a ser discutido em seminário será sempre aquele objeto da aula teórica a ser ministrada no mesmo dia. Para tanto, os alunos, já de posse das questões respectivas, deverão se preparar, lendo os textos que forem indicados pelo professor. A participação em seminários é obrigatória. Eles não têm a finalidade de "ajudar na nota teórica". É uma atividade curricular regular e apartada.
5. Avaliação A avaliação do aluno será feita por meio de nota de aproveitamento prático e de aproveitamento teórico. Para tanto, serão aplicadas três avaliações no curso do semestre, sendo que a avaliação 1 englobará a matéria desde o início do semestre até a aula imediatamente anterior à avaliação. A avaliação 2 conterá a matéria discutida entre a avaliação 1 e 2. A avaliação 3 abrangerá a matéria do semestre (integral). Assim, durante o semestre o aluno já terá possibilidade de recuperar-se já que para efeito de nota final será levado em consideração a nota da avaliação 3 e a maior nota entre a avaliação 1 e 2. A nota das avaliações têm peso 7, enquanto a dos seminários tem peso 3. A nota de seminário será composta de três partes: entrega, presença e participação. A entrega dos seminários com cópia de lei ou apenas sim ou não, não será considerado para efeito de atribuição de nota. A pesquisa realizada pelo aluno será levada em consideração no momento de atribuir-se a nota. A participação também é pontuada. A avaliação dos seminários, que será individual, compor-se-á dos seguintes itens: a) presença e efetiva participação dos alunos às sessões; b) entrega dos relatórios semanais; c) grau de pesquisa para a solução das questões propostas; d) leitura dos textos indicados. Não se levará em consideração o acerto ou erro na solução das questões, mas o trabalho e esforço de pesquisa para sua compreensão e solução. Assim a composição da nota final é a seguinte AV3 + Av1 ou AV2/2 x 7 = x; nota de seminários x 3= y; total x + y = z/10 = nota final
6. Prova Substitutiva Haverá somente uma prova substitutiva no ano letivo (podendo ser tanto da AV1, AV2 e AV3), que valerá como nota teórica relativa a somente uma das avaliações. Somente a nota de aproveitamento teórico poderá ser objeto de prova substitutiva. Não haverá nota substitutiva relativamente aos seminários.
7. BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL ARRUDA ALVIM NETO, José Manuel de. Manual de Direito Processual Civil, vol. 1, 8ª edição, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais 9ª edição, 2005. ARRUDA ALVIM WAMBIER, Teresa de. Nulidades do Processo e da sentença.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004. BARBOSA MOREIRA, José Carlos. O novo Processo Civil Brasileiro, Rio de Janeiro: Forense, 2006. DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil, vol I, 5ª edição, São Paulo: Malheiros, 2005. NERY JR, Nelson. Os princípios do Processo Civil na Constituição Federal, 8ª edição, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 2004. NERY JR, Nelson e Nery, ROSA. Código de Processo Civil comentado, 9ª edição, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 2006. THEODORO JR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, vol. 1, 43ª edição, Rio de Janeiro: Editora Forense, 2006. WAMBIER, Luiz Rodrigues, TALAMINI, Eduardo e ALMEIDA, Flávio Renato Correia de. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 1, 8ª edição, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005.
8. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Alvim, Thereza. Questões prévias e limites objetivos da coisa julgada. São Paulo: RT. 1972. ARAGÃO, E. D. Moniz de. Regras de prova no Código Civil. Revista de Processo, v. 116, São Paulo, Revista dos Tribunais, 2004. BARBOSA MOREIRA, José Carlos. A nova definição de sentença. Revista Dialética de Direito Processual, v. 39. São Paulo: Dialética, 2006. BARBOSA MOREIRA, José Carlos. “Provas atípicas”. Revista de processo, vol. 76. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1994. BEDAQUE, José Roberto dos Santos. “Garantias da amplitude de produção probatória” In: TUCCI, José Rogério Cruz (coord.). Garantias constitucionais do processo civil. São Paulo. Revista dos Tribunais, 1993. CARNEIRO, Athos Gusmão. Audiência de instrução e julgamento e audiência preliminares. 9 ed. Rio de Janeiro. Forense, 2001. GIANNICO, Marici. A prova no Código Civil – Natureza Jurídica. São Paulo: Saraiva, 2005. ____ Poderes instrutórios do Juiz 3 ed. São Paulo: Malheiros. 2001. ___ A sentença mandamental – D Alemanha ao Brasil in: Temas de direito
processual ( sétima série). São Paulo: Saraiva, 2001. p. 63/69 ___ Conteúdo e efeitos da sentença: variações sobre o tema. Revista de processo, v. 40. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985. p. 7/12. ___ Sentença executiva – Revista de Processo. v. 114. São Paulo. Revista dos Tribunais, 2004. p. 147/162. LOPES, João Batista. A prova no direito processual civil. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. MAGRI, Berenice Soubhie Nogueira. Ação anulatória. Art. 486 do CPC. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
MEDEIROS, Maria Lúcia de. A revelia sob o aspecto da instrumentalidade. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003. PUOLI, José Carlos Baptista. Os poderes do juiz e as reformas do processo civil. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002. TALAMINI, Eduardo. Coisa Julgada e sua revisão. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2005.
YARSHELL. Flávio Luiz. Ação rescisória juízos rescindente e rescisório. São Paulo. Malheiros, 2005.
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário n.º 1
Procedimento Sumário
1. Mateus move ação reivindicatória em face de Jonas, pelo procedimento sumário, nos
termos do inciso I, do artigo 275, do CPC. Jonas, em sua contestação alega que domínio
da coisa cuja posse Mateus reivindica foi-lhe transmitida por terceiro, com o que pode vir
a ocorrer a evicção. Concomitantemente, Jonas apresenta denunciação da lide ao
vendedor, consoante dispõe o inciso I, art. 70, do CPC, sendo este pedido indeferido com
fundamento no inciso I, do art. 280, do CPC. Pergunta-se:
(i) Está correta a decisão do juiz, ante a obrigatoriedade de denunciação da lide
imposta pelo inciso I, artigo 70 do CPC e art. 1116 do Código Civil?
(ii) Havendo a preclusão do indeferimento da denunciação, terá ocorrido a perda dos direitos
decorrentes da evicção, como prevê o art. 1116, do CC?
2. Maria move ação de reparação de danos em face de seu vizinho Pedro, com base na
letra “c”, do inciso II, do 275. Devidamente citado, conforme determina o “caput” do 277,
do CPC, Pedro comparece à audiência e, neste ato apresenta contestação, por
intermédio de seu advogado. O juiz, verificando a necessidade de produção de prova
pericial relativamente complexa, requerida pelo réu em sua peça de defesa, converte o
procedimento da ação para ordinário. Pergunta-se:
(i) Poderia o juiz, de ofício, modificar o procedimento da ação?
(ii) Considerando que o prazo para defesa no
procedimento ordinário é de 15 dias, teriam sido infringidos os princípios do
contraditório e da ampla defesa, tendo em vista que o réu teve apenas 10 dias para
preparar sua contestação?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC
DIREITO PROCESSUAL CIVIL Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 2
Teoria Geral da Prova
1. “A” move ação contra “B” alegando ser inquilino de um imóvel de propriedade deste e
pagar a título de aluguel a quantia de R$ 430,00 por mês, protestando provar com
testemunha o contrato de locação, na medida em que não existe contrato escrito.
Pretende com esta ação que “B” execute uma reforma que se faz necessária no imóvel.
“B” se defende dizendo que não é e nunca foi proprietário deste imóvel, não podendo ser
réu nessa ação. O juiz determina que “A” prove o contrato de locação e que “B” prove não
ser proprietário do imóvel. Está correto o entendimento do Juiz, em face do que dispõe o
art. 333 do CPC?
2. “A” propôs ação de separação judicial contra sua esposa “B” , por injúria grave,
consubstanciada em adultério. Apresentou como prova única, fita contendo gravação de
conversas telefônicas de sua mulher com um amante, onde ficou clara a atitude ilícita de
“B”. Pergunta-se:
(i) Poderá o juiz dar ganho de causa a “A” com base nessa prova, em face do
artigo 332 CPC e do artigo 5º , inc. X e XII da CF?
(ii) E se a conversa ocasionalmente fôra gravada por secretária eletrônica, tendo
“A” acesso à fita ?
3. “A” contrata com “B” a prestação de determinado serviço. Foi estipulado que para toda
e qualquer discussão oriunda desse contrato, caberia sempre a “B”, o contratado, a
produção das provas, ficando “A” isento das mesmas. Com base nessa cláusula, “A”
move ação contra “B” alegando que o mesmo executou os serviços em desconformidade
com as especificações contratuais, pleiteando indenização por perdas e danos. Em face
da estipulação contratual, pode o juiz determinar que ele, “A”, prove aquilo que está
alegando, ou seja, que “B” não cumpriu devidamente o contrato ?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 3
Depoimento Pessoal
1. “A” move ação contra “B”, pleiteando indenização, por danos causados em acidente de
trânsito, requerendo, além das provas testemunhais, o depoimento pessoal de “B”. Na
audiência de instrução e julgamento, “A” pretende desistir dessas provas, com o que “B”
não concorda, pois deseja depor sobre os fatos ocorridos.
(i) Pode o Juiz, nesse caso, deixar de tomar o depoimento de “B” ?
(ii) Se “A” não tivesse requerido o depoimento, poderia “B” depor por sua própria
vontade ?
(iii) Poderia o Juiz, sem o requerimento de “A”, e contra a vontade de “B”, tomar
esse depoimento ?
2. “B” moveu ação de cobrança contra a empresa “X”, alegando um crédito no valor de R$
50.000,00. Em sua contestação, a empresa “X” confessa dever esse valor, mas alega a
prescrição, e o Juiz designa a audiência.
(i) Pode o representante da empresa “X”, ao ser ouvido em depoimento pessoal,
dizer que a empresa não deve esse valor a “B”?
(ii) Pode haver depoimento pessoal de pessoa jurídica ?
3. “A” moveu ação de investigação de paternidade contra “B”, juntando como prova uma
carta de “B” para “C”, mãe de “A”, onde reconhece a sua paternidade. Pode o Juiz julgar
procedente a ação com fundamento nessa prova, apesar de ”B”, em seu depoimento
pessoal, ter negado a paternidade?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 4
Confissão
1. A passarela que passava sobre a Av. “X” ruiu e Antônio de 15 anos, que estava
atravessando a avenida, caminhando na passarela, sofreu gravíssimas lesões.
Representado por seu pai Francisco, acionou a Prefeitura, pleiteando verba indenizatória.
Houve contestação, no sentido que a passarela estava interditada, o que, segundo o
argumentado, isentaria de culpa a Prefeitura. Na audiência, Antônio admite que havia um
pequeno aviso no sentido de que a passarela estava interditada, mas nenhuma vigilância.
Como você decidiria a questão?
2. Conceição, menor absolutamente incapaz e devidamente representada por sua mãe,
Márcia, propõe ação de alimentos em face de seu pai, Milton, sob a alegação de que
necessita de aproximadamente R$ 1.000,00 mensais para suas despesas e que o réu,
por sua vez, tem condições de arcar com referida quantia já que é comerciante autônomo
e percebe aproximadamente R$ 3.000,00. Intimado para prestar depoimento pessoal,
Milton comparece em juízo e afirma ganhar apenas R$ 800,00 mensais. Entretanto, a
autora, com a petição inicial juntara documento representado por uma carta, devidamente
assinada por Milton e endereçada a representante da menor na qual afirma que está
ganhado R$ 3.000,00 mensalmente. Pergunta-se: (i) a carta em questão pode ser
considerada como confissão? (ii) se a resposta acima for positiva, qual das confissões
tem maior valor?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 5
Prova Documental
1. Adriana move ação de cobrança em face de Thiago, alegando ter um crédito de R$
7.000,00, sem, no entanto, juntar, com a petição inicial, prova documental Requer,
apenas, a produção de prova testemunhal. No curso da ação, Adriana encontra uma carta
muito antiga que lhe fora enviada por Thiago, cujo teor comprova o empréstimo feito por
ela e este. Pode Adriana, na audiência de instrução e julgamento, apresentar esse
documento como prova? E se a carta fosse de Adriana para Thiago, poderia esse
documento servir de prova nesse processo?
2. X pretende mover uma ação de rescisão contratual contra Y, sob o fundamento de que
este teria descumprido determinada cláusula. Ocorre que X perdeu a sua via do contrato.
Pode, mesmo assim, propor a ação e requerer que o juiz determine a Y a apresentação
de sua via do contrato? Tem Y a obrigação de apresentar o documento em face das
regras do ônus da prova? E se o documento estivesse em poder de terceiro, poderia o
juiz determinar a apresentação do documento a quem não é parte no processo?
Supondo-se que Y tenha alterado a redação de determinada cláusula em sua via do
contrato, pode X requerer perícia nesse documento?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 6
Prova Testemunhal
1. “A” move ação de Separação Judicial em face de seu marido “B”, fundando seu pedido
em adultério que teria sido cometido por este último. Tendo em vista que o adultério se
consubstanciou em uma única relação extraconjugal do réu com “C”, bem como que nesta
única oportunidade apenas o filho do casal “D” teria presenciado o adultério, pergunta-se:
(i) É possível “A” utilizar-se exclusivamente do depoimento testemunhal de “D”, seu filho
menor relativamente capaz, com o propósito de demonstrar a ocorrência do adultério e,
por conseqüência, demonstrar a grave violação aos deveres matrimoniais que teria
cometido “B”? Em face de uma situação como essa, como deveria o Juiz proceder ao
examinar o pedido de “A”, para que “D” fosse ouvido como testemunha?
(ii) Sabendo-se que o patrimônio mobiliário do casal está avaliado em R$ 1.000.000,00
(um milhão de reais), a prova exclusivamente testemunhal, neste caso, encontraria óbice
no art. 401 do CPC, já que o casamento é considerado um contrato, notadamente no que
diz respeito à forma de comunicação do patrimônio do casal?
(iii) Se na hipótese dessa questão, ao invés de “D” ter presenciado o adultério, o juiz da
causa é que tivesse visto “B” e “C” saindo do motel, poderia ele testemunhar o ocorrido?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 7
Prova Pericial
1. “A” move ação de despejo contra “B” e apresenta como prova da causa de pedir
remota, o instrumento de contrato, devidamente assinado e com firma reconhecida. “B”
alega não ser inquilino de “A”, dizendo que a assinatura não é sua, protestando por
perícia grafotécnica. Deve o juiz deferir essa prova? É útil e pertinente?
2. Em ação renovatória, o juiz, que também é engenheiro, decide o quantum do valor
locatício que há de ser pago pelo locatário, dispensando os laudos do perito e do
assistente técnico. Pode fazê-lo?
3. O perito judicial entrega o laudo de avaliação de prejuízos causados em três casas
contíguas em virtude de um desastre (colisão de 2 caminhões). O juiz não aceita o laudo,
baseado no art. 433 do CPC, pois faltam só três dias para a audiência e o laudo deveria
ter sido entregue 10 dias antes dela. Terá havido preclusão?
4. Ana move ação de investigação de paternidade em face de Roberto, requerendo a
produção de prova pericial consistente na submissão do réu ao exame sangüíneo
(DNA). O juiz defere a produção da prova e, designada a data para a realização do
exame, por 3 vezes o réu não comparece, injustificadamente, impedindo o
prosseguimento do feito. Como deverá o juiz decidir a questão?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC
DIREITO PROCESSUAL CIVIL Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 8
Inspeção Judicial, Indícios e Presunções
1. “A” propõe ação contra “B” para que este último paralise a construção de um prédio que
está causando prejuízos a “A”. Isto ocorre porque, estando o prédio de “B” ainda em fase
inicial, o fincamento das estacas de seu alicerce tem provocado rachaduras nas paredes
da casa de “A”, havendo risco de desmoronamento. Pergunta-se:
(i) Tendo “A” pedido ao juiz que verifique o que está acontecendo por si mesmo,
pode este atender o pedido do autor?
(ii) E se não tivesse havido pedido de “A”, poderia o próprio juiz tomar tal
iniciativa?
(iii) Em caso positivo, como fica, o princípio de igualdade das partes?
(iv) Pode o juiz fazer-se acompanhar por um técnico?
(v) Pode “A” obrigar “B” a assistir a inspeção?
2. “C” pleiteia em juízo através de sua mãe “A”, sua representante legal, o
reconhecimento de paternidade por parte de “B”. “A” e “B” eram casados e
separaram-se em 18 de abril de 1994, nascendo “C” aos 20 de dezembro do
mesmo ano. Assim, alega “C” a presunção do art. 338, II do Código Civil. Pode “B”
produzir outras provas? Se o fizer e os resultados forem contraditórios, qual
prevalecerá?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 09
Audiência de Instrução e Julgamento
1. Numa audiência de instrução e julgamento, uma das partes pede ao seu advogado que
faça perguntas ao juiz para que esta as faça ao assistente técnico da outra parte sobre
passagens dos pareceres que não teriam ficado claras. Há algo de irregular nisso?
2. ‘A’ recebe citação em 15 de outubro de 1990, de ação que ‘B’ lhe move a respeito da
posse de determinado bem imóvel. O juiz marcou a audiência para o dia 21 de outubro de
1990 e disso ‘A’ tem ciência na data de sua citação.
(i) Pode o juiz fazê-la? Por que?
(ii) Na audiência poderia haver debates orais?
3. ‘A’, menor, representado por seu pai ‘Y’, é acionado por ‘D’. Designa-se a data da
audiência e o juiz, ao fim desta, dá ganho de causa a ‘A’, em sua sentença.
Posteriormente, ‘D’ pretende anular o processo, pois que o MP não compareceu a
audiência em que era obrigatória a sua presença, pelo fato de haver interesses de menor
em jogo (arts. 82 e 84 do CPC). A pretensão de ‘D’ deve prosperar?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 10
Sentença
1. Sérgio move ação de cobrança em face de Marcelo, pleiteando a quantia de R$
5.500,00 em razão de contrato de prestação de serviços de marcenaria. Fundamentou o
pedido alegando que, conquanto o serviço tenha sido devidamente prestado, o réu não
efetuou o pagamento na data aprazada. No decorrer da instrução, o magistrado se
convence que a quantia devida superior à pretensão de Sérgio, em face de excepcional
qualidade do serviço realizado, envolvendo a utilização de matéria prima importada e
julga procedente a ação condenando Marcelo ao pagamento de R$ 7.000,00, acrescido
de juros moratórios e correção monetária. Pergunta-se:
(i) está correta a sentença do juiz? Justifique.
(ii) como deve o Tribunal decidir, ao julgar recurso de apelação interposto por
Marcelo?
(iii) se o magistrado tivesse proferido sentença desconstitutiva, decretando a
rescisão do contrato, ao invés de proferir sentença condenatória, tal
pronunciamento judicial padeceria de algum vício? Qual?
2. Celina move ação de cobrança em face de José visando receber um crédito de R$
10.000,00 originado por contrato de mútuo que instrui a inicial. José, no prazo da resposta
oferece contestação argüindo defesa indireta de mérito, pois não obstante reconheça o
crédito reclamado, alega a sua compensação total, comprovando a existência de outro
contrato de mútuo, onde teria emprestado à autora a quantia de R$ 12.000,00,
demonstrando, também, o decurso do lapso temporal convencionado entre eles, em que
Celina tivesse efetuado a devida restituição, razão pela qual pede a improcedência da
ação. Simultaneamente, José reconvém pleiteando o pagamento dos R$ 2.000,00
restantes. O juiz indefere liminarmente a reconvenção. Pergunta-se:
(i) De que tipo de decisão se trata?
(ii) se o magistrado tivesse reconhecido liminarmente ex officio a prescrição do
direito do reconvinte, de que tipo de decisão se trataria?
(iii) nesta última hipótese, poderia o juiz fazê-lo validamente? por que?
3. Determinada modelo fotográfica é atropelada por um ônibus, enquanto trafegava
de bicicleta, rente à calçada. Sofre sérias lesões, sendo que muitas delas deixarão
conseqüências irremovíveis, marcas profundas, justamente no rosto e nas pernas.
Intenta ação contra a empresa de ônibus, pleiteando danos morais e danos
emergentes. No processo, acabaram por ser também produzidas provas sobre
certos lucros cessantes, e o juiz apreciou-os, concedendo, na sentença: dano
moral, danos emergentes e lucros cessantes. O Tribunal reformou a sentença, para
conceder, julgando a apelação, dano moral, danos emergentes e negar lucros
cessantes. Padece esse acórdão de algum vício? Justifique.
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC
DIREITO PROCESSUAL CIVIL Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 11
Coisa Julgada
1. ‘A’ move ação em face de ‘B’, pretendendo anular um contrato que ambos celebraram,
sob a argumentação de que teria sido coagido a contratar. O juiz sentencia no sentido de
que o contrato é válido, porque não teria havido coação. Meses mais tarde, ‘A’ volta a
pleitear a anulação do dito contrato, sob a alegação, desta vez, de que teria sido induzido
a erro, ao contratar. Ambas as ações foram movidas com base no artigo 147 II do Código
Civil Brasileiro. ‘B’ contesta essa segunda ação alegando: a) já haver coisa julgada
material a respeito da validade do contrato; e b) ademais disso, ‘A’ poderia ter alegado o
erro na primeira ação. Não o tendo feito, perdeu o direito de fazê-lo através de uma
segunda ação, de acordo com o artigo 474 do CPC. Comente essa técnica de defesa.
2. ‘C’ foi condenado em ação que lhe moveu ‘D’, pedindo indenização por prejuízos que
teve em decorrência de acidente de veículo. ‘C’ interpõe recurso de apelação de tal
decisão, que, no entanto, é indeferido, por ter sido interposto fora do prazo legal. Quando
se terá operado a coisa julgada?
3. Débora, separada judicialmente de Ernesto, promove em face deste ação de alimentos,
que vem a ser julgada procedente, condenando Ernesto ao pagamento de pensão
alimentícia mensal no valor de R$ 1.500,00. Decorridos dez anos do término daquele
processo, Ernesto ajuíza ação objetivando a exoneração da obrigação alimentar que lhe
foi imposta. Pode o juiz apreciar o mérito dessa segunda ação? Por que?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
Seminário nº 12
Homologação de sentença estrangeira
1. Fábio é brasileiro, se casou no consulado brasileiro com Ana Paula, também
brasileira, porém, divorciaram-se em Sidney na Austrália segundo as leis daquele país, onde
residiam na época. Agora, Fábio voltou para o Brasil e pretende se casar com Carla.
Pergunta-se:
a-) O que Fábio deve fazer para provar o seu estado civil e requerer a habilitação para
casamento no Brasil?
b-) Se Fábio tivesse de divorciado no Uruguai, o procedimento seria diferente?
Explique, fundamento a questão.
2. Paulo e Tício são brasileiros, residentes em Miami e domiciliados no Brasil e sócios de uma empresa no Estado da Flórida, onde comercializam o composto para o suco de laranja. Sua empresa obedece as normas e formalidades da Lei local. João é forte agricultor brasileiro, que exporta a laranja, assim como seus derivados. Paulo e Tício, celebraram no Estado da Flórida, contrato com João a fim de receberem a título de exportação a matéria prima para a realização da principal atividade da empresa ( suco de laranja industrializado). O contrato foi firmado segundo as leis daquele país, bem como o acerto da dívida combinado em dólar. Ocorre que, embora o contrato tenha sido firmado no Estado da Flórida, e os valores da exportação previstos em dólar, os devedores assinaram notas promissórias no Brasil, porém, encontraram-se inadimplentes com a obrigação.
Pergunta-se:
a-) Como advogado de João, qual a atitude a ser tomada para pleitear o cumprimento do contrato? b-) Qual a ação cabível? Onde deverá entrar com a referida ação? No Brasil ou na Flórida?
c-) As notas promissórias assinadas por Paulo e Tício são títulos exequíveis? Dependem da homologação da sentença?
d-) Caso a ação tramite pelo tribunal estrangeiro, para a execução da dívida, uma vez terem assinado notas promissórias no Brasil, a sentença deverá ser homologada? e-) O Tribunal competente homologará a sentença em face do contrato firmado pelas partes?
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Professora Márcia Conceição Alves Dinamarco
5º semestre – 2010
ESTUDO DIRIGIDO
Ponto n.º 1
Procedimento Sumário
1-) Existe alguma finalidade prática em dividir-se o processo de conhecimento em dois
procedimentos diversos: ordinário e sumário? Explicar.
2-) A propositura de determinada ação sob o rito ordinário, quando devidamente elencado
nas hipóteses previstas no inciso II, do art. 275, do CPC, leva invariavelmente à extinção
do processo?
3-) Existe conflito entre a norma disposta no inc. II, art. 275, do CPC e, o disposto no
inciso II, do art. 3º, da Lei 9.099/95 (Juizados Especiais)?
4-) Caso sejam propostas ações idênticas perante a Justiça Comum e o Juizado Especial,
ambas podem ser apreciadas?
5-) Pode o juiz, de ofício, converter o procedimento de sumário para ordinário? Em caso
positivo em quais casos?
6-) A ausência de apresentação do rol de testemunha, quesitos e assistente técnico, leva,
invariavelmente, a que o autor perca o direito a referidas provas? E se tiver protestado
genericamente, alterar-se-ia a resposta?
7-) O art. 277 do Código de Processo Civil, equivale ao art. 331, do mesmo diploma, só
que em relação ao rito sumário?
8-) Qual a oportunidade para o réu apresentar as defesas que entender cabíveis?
9-) É cabível reconvenção?
10-) É cabível ação declaratória incidental?
11-) É cabível alguma forma de intervenção de terceiro?
Ponto n.º 2
Teoria Geral da Prova
1-) Prova: instituto de direito material ou processual? Alguns institutos de direito material e
outros de direito processual?
2-) Estão em vigência os artigos do Código Civil sobre a prova?
3-) Qual o objeto da prova, quando ocorre o efeito da revelia?
4-) Qual o objeto da prova, quando as partes provam todos os fatos alegados, já com os
documentos da inicial e contestação?
5-) De quem é o ônus da prova da recusa (art. 896, I)?
6-) Que sucede, se não provada nem desmentida a causa de pedir?
7-) Negada a sinceridade dos motivos do autor na ação de despejo para uso próprio, de
quem é o ônus da prova?
8-) Presunção é meio de prova? É fonte?
9-) Presunção e prova indireta.
10-) A posse faz presumir a propriedade?
11-) Interpretar a Súmula 341 do STF e seu alcance.
12-) Existe presunção de solidariedade?
13-) Interpretar o artigo 332 do CPC.
14-) Poder inquisitivo do juiz em matéria de prova.
15-) Qual a natureza do ato do juiz, deferindo ou indeferindo a produção de uma prova
requerida pela parte? Que recurso cabe? Qual a tendência dos tribunais quanto ao
deferimento ou indeferimento pelo juiz a quo?
16-) A prova testemunhal é invariavelmente oral?
17-) Momentos da prova no mandado de segurança.
18-) Interpretar o artigo 131: os diversos sistemas.
19-) Que são provas tarifadas?
20-) Todos os litisconsortes prestam depoimento pessoal?
21-) Casos em que a confissão é ineficaz.
22-) Que é prova literal?
23-) Quantas testemunhas são necessárias para provar um fato?
24-) Pai da parte pode depor em ação de separação judicial?
25-) Contradita: noção, casos, procedimento.
26-) Perguntas indeferidas: procedimento.
27-) Conflito entre laudos: a atitude do juiz.
28-) Máximas da experiência e ciência privada do juiz: sua relevância em matéria de
prova.
29-) Momento em que termina a instrução no procedimento ordinário.
30-) Instrução e prova: distinções e relações.
31-) Descrição da fase instrutória do procedimento ordinário.
32-) Instrução fora da fase instrutória.
33-) Provas reais.
34-) Provas materiais.
35-) Conflito entre depoimentos de testemunhas: opções do juiz.
36-) Juiz como testemunha: sua ciência privada.
37-) As máximas de experiência do juiz.
38-) Direito à prova e julgamento antecipado do mérito.
39-) Qual a atitude correta do juiz, quando percebe que falta a prova de um fato
importante para o julgamento?
40-) Que sucede se o juiz deixa de referir, na sentença, algum elemento relevante de
prova contido nos autos?
41-) Hipótese: o juiz recebeu correspondência de autoridades militares contendo
documentos importantes para o julgamento da causa, mas com a recomendação de que
não desse conhecimento deles às partes, porque altamente secretos. Pergunta-se: como
deve proceder?
42-) Que valor probatório tem uma fita gravada por uma das partes durante conversa
telefônica dela própria com a parte contrária?
43-) Qual a diferença entre perito e assistente técnico?
44-) Como o juiz julgará a causa, se ambas as partes confessarem (naturalmente, cada
uma delas dando versão desfavorável a si própria e favorável à parte contrária)?
45-) Produção e documentação da prova no processo das pequenas causas.
46-) Ônus da prova no processo do consumidor.
47-) Qual o valor probatório do inquérito civil, na ação civil pública?
48-) Certeza, probabilidade e risco, em face das regras sobre o ônus da prova.
Ponto nº 3
Depoimento Pessoal
1-) Presta depoimento pessoal o fiador a quem foi dada ciência da ação de despejo
movida ao afiançado?
2-) É indispensável a advertência a que alude o artigo 343, § 1º?
3-) Com que antecedência deve a parte ser intimada para vir prestar depoimento?
4-) Pode o juiz, na audiência, dispensar o depoimento de uma parte, anteriormente
requerido pela outra?
5-) Admite-se a intimação das partes, para o depoimento pessoal, através de edital ou
com hora certa?
6-) Tem um litisconsorte o direito ao depoimento pessoal do outro?
7-) Determinado o comparecimento de um litisconsorte por iniciativa da parte contrária,
tem o outro litisconsorte direito a formular-lhe reperguntas?
8-) A parte domiciliada em outro foro tem o ônus de comparecer para depoimento pessoal
perante o juiz da causa ou perante o do seu domicílio?
9-) São admitidos a prestar depoimento pessoal os representantes de pessoas jurídicas
de direito público?
10-) Havendo vários litisconsortes, pode a parte contrária exigir o depoimento pessoal de
todos eles?
11-) Recusando-se peremptoriamente a comparecer e depor, pode a parte ser conduzida
coercitivamente como a testemunha (v. artigo 412)?
12-) A “pena de confesso” é imposta mediante sentença?
13-) Qual a finalidade e qual a utilidade do depoimento pessoal?
14-) Admite-se prova de contrato com valor superior ao décuplo do salário mínimo (artigo
401), exclusivamente através de depoimento pessoal?
15-) Depoimento pessoal pode suprir a falta de perícia?
Ponto nº 4
Confissão
1-) Qual a diferença entre confissão e reconhecimento jurídico do pedido?
2-) A confissão, como meio de prova, possui validade absoluta? Há alguma diferença em
termos de validade se se tratar de confissão extrajudicial e judicial? E se a mesma se der
oralmente?
3-) Qual a diferença entre confissão espontânea e provocada?
4-) Somente a parte pode confessar? Ela possui forma especial?
5-) A confissão de um litisconsorte prejudica os demais? A confissão da parte prejudica
seu assistente? E a de um dos opostos, prejudica o outro?
6-) Tratando-se de direitos indisponíveis, é cabível a confissão?
7-) Em que situações pode ser revogada a confissão?
8-) A confissão pode ser cindida pela contrária àquela que confessou para ser aproveitada
apenas naquilo que for favorável?
Ponto nº 5
Prova Documental
1-) O que se entende por documento?
2-) Um documento é sempre considerado uma prova documental?
3-) O laudo pericial é uma prova documental?
4-) Qual o momento oportuno para juntar-se aos autos os documentos?
5-) O documento público é considerado como forma de prova mais verossímil do que o
documento particular?
6-) Qual a diferença entre documento público e particular? Dar exemplos de ambos.
7-) Caso um documento tenha sido elaborado com algum vício de consentimento e seja
levado a juízo, como deve proceder a parte?
8-) E se o documento estiver adulterado ou assinatura falsa, como deve a parte proceder?
9-) Qual o prazo que a parte dispõe para argüir a falsidade documental?
10-) A falsidade documental deve ser alegada no próprio processo ou deve ensejar a
propositura de nova demanda?
11-) Os documentos apresentados em juízo devem er sempre os originais?
12-) Existe algum documento indispensável? O que acarreta a sua não apresentação?
Responder levando em conta os pressupostos de admissibilidade do julgamento de mérito
(condições da ação e pressupostos processuais).
13-) Sempre que é juntado um documento aos autos a outra parte deve ter oportunidade
de se manifestar?
14-) A juntada aos autos de sentença ou acórdão referente a outro processo caracteriza-
se como prova documental?
15-) O que é prova emprestada?
Ponto nº 6
Prova Testemunhal
1-) A prova testemunhal é admissível em qualquer processo e procedimento ,
independentemente do valor da causa?
2-) A prova testemunhal não tem tanto valor quanto os documentos, perícia e confissão?
3-) Em que situações o juiz, de regra, indefere a prova testemunhal? Isso caracteriza
cerceamento de defesa? Justificar a resposta com citações doutrinárias e
jurisprudencial.
4-) Em que momento normalmente o juiz defere a produção da prova testemunhal?
5-) Qual é o momento oportuno para as partes requerem a produção da prova
testemunhal?
6-) Pode o juiz de ofício determinar a oitiva de determinada pessoa mesmo não tendo as
partes requerido essa prova?
7-) Em que momento deve o rol de testemunha deve ser juntado aos autos?
8-) Quantas testemunhas cada parte pode ouvir?
9-) Quem são as testemunhas?
10-) Existe algum impedimento para que uma pessoa seja testemunha?
11-) Qual a diferença entre testemunha e informante?
12-) O que é contradita? Em que momento deve ocorrer?
13-) O juiz pode ouvir uma testemunha contraditada?
14-) A testemunha pode faltar com a verdade? Qual a penalidade que pode sofrer por
mentir?
15-) A testemunha tem ônus, obrigação ou dever de comparecer a juízo para prestar
depoimento? Caso não compareça este desaparece?
16-) Quem paga as custas pelo deslocamento da testemunha?
17-) Como fica o dia de trabalho da testemunha que não pode trabalhar no dia em que foi
prestar seu depoimento em juízo? Pode o empregador descontar do salário referido
dia?
18-) Caso a testemunha resida em Comarca diversa a da que tramita o processo, como
deverá ser ouvida?
19-) O texto do art. 407 do Código de Processo Civil sofreu alteração, cuja nova redação
passou a vigorar a partir de 27 de março de 2002. Como ficam os atos processuais
que deverão ser realizados após a sua entrada em vigência, mas que teve a
designação da audiência anteriormente à sua vigência?
20-) Qual a oportunidade para serem ouvidas as testemunhas?
21-) Existe alguma ordem para sua oitiva?
22-) Uma testemunha pode ouvir o depoimento da outra?
23-) Depois da testemunha prestar seu depoimento ela aguarda dentro da sala de
audiência ou pode retirar-se.
24-) Quais os princípios que norteiam a prova testemunhal?
25-) A parte pode ser testemunha?
26-) O perito pode ser testemunha?
27-) O juiz pode ser testemunha?
28-) Menor pode ser testemunha?
29-)A testemunha pode estar munida de documento ou papel para responder ao que lhe é
perguntado?
30-) A testemunha pode responder perguntas técnicas a respeito de fatos do processo?
31-) Quem pode formular pergunta para as testemunhas? E quem as faz diretamente para
estas?
32-) Caso não sejam ouvidas todas as testemunhas na mesma oportunidade, pode o juiz
adiar a oitiva das demais para outro dia subseqüente?
33-) Como devem ser tratadas as testemunhas?
34-) O que significa acareação? Quando ocorre?
Ponto nº 7
Prova Pericial
1-) Quais são as formas de que se pode revestir a produção de prova pericial?
2-) Qual o objeto da prova pericial e em que situações pode ser a mesma indeferida sem
que se configure o cerceamento do direito de defesa da parte?
3-) Os princípios previstos para as exceções de suspeição e impedimento podem ser
aplicados em relação perito judicial? E em relação aos assistentes técnicos?
4-) Pode o perito ser substituído? Em caso de resposta positiva em que situações tal se
dará?
5-) Se o magistrado formular quesitos ao Perito, pode tal ato ser interpretado como perda
da imparcialidade? E se indeferir quesitos formulados pelas partes?
6-) Se uma das partes deixar transcorrer o prazo para apresentação de quesitos, poderá,
entregue o laudo, apresentar quesitos complementares?
7-) Perito possui prazo para a entrega do laudo? Pode tal prazo ser prorrogado? Até que
limite?
8-) Quais os meios através dos quais pode ser impugnado o laudo pericial? Há prazo para
tanto? É o mesmo preclusivo? Como deverá proceder o Perito para responder eventual
impugnação de seu laudo técnico? Em que momento se dará tal resposta?
9-) Apresentado o laudo pericial, sendo o mesmo favorável a uma das partes, deve
necessariamente o magistrado decidir neste sentido? Poderá, por exemplo, adotar o
parecer de um dos assistente técnicos, ignorando o laudo?
10-) Se uma das partes demonstrar que a matéria a ser periciada não foi suficientemente
esclarecida, poderá determinar a realização de nova perícia?
Ponto nº 8
Inspeção Judicial, Indícios e Presunções
1-) Que é inspeção judicial?
2-) Quando poderá ser determinada a inspeção judicial?
3-) Perito pode participar da inspeção judicial?
4-) Qual a diferença entre prova direta e indireta?
5-) A presunção se enquadra em qual espécie de prova?
6-) Quando poderão ser utilizados os indícios e as presunções?
7-) Qual a distinção entre a presunção hominis e a presunção legal?
8-) Quais as espécies de presunção?
9-) Quais são as presunções legais? Exemplifique.
10-) Quando ocorre a prova prima facie? Quais seus efeitos?
Ponto nº 09
Audiência de Instrução e Julgamento
1-) A audiência é pública? Sempre ocorre de portas abertas?
2-) Quem deve comparecer à audiência de instrução e julgamento?
3-) É sempre necessária a realização da audiência de instrução e julgamento?
4-) Quais as providências que devem ser tomadas para que a audiência de instrução e
julgamento possa ser realizada validamente?
5-) Quais são os atos processuais que ocorrem ou podem ocorrer em uma audiência de
instrução e julgamento?
6-) As partes podem conciliar-se na Audiência de instrução e julgamento?
7-) O juiz pode tentar conciliar as partes nesta oportunidade?
8-) O que ocorre se uma das partes não comparece apesar de ter sido intimada para
tanto?
9-) O que ocorre se o advogado da parte não comparece apesar do cliente estar
presente?
10-) Quando a audiência de instrução e julgamento deve ser adiada, ou pode ser adiada?
11-) O que se entende por alegações finais? Estas podem ser realizadas oralmente e por
escrito?
12-) Quanto tempo cada parte tem para apresentar suas alegações finais orais?
quais os princípios que norteiam a Audiência de instrução e julgamento?
Ponto nº 10
Sentença
1-) Quais são os tipos possíveis de sentença?
2-) Princípio da fundamentação da sentença é absoluto?
3-) Que se entende por sentença ultra, extra e infra petita? Dê exemplos.
4-) É possível ser proferida sentença ilíqüida?
5-) Quais são seus requisitos essenciais? Em faltando qualquer deles o que acontecerá
com a sentença prolatada?
6-) Quais os efeitos da sentença proferida validamente?
7-) Proferida a sentença, pode o juiz, ex officio ou a requerimento da parte, alterá-la?
8-) O que se entende por capítulo de sentença?
9-) Quais os pronunciamentos judiciais podem ser proferidos pelo juiz após a sentença?
10-) Existe algum caso que o juiz pode retratar-se após a prolação da sentença?
11-) Como podemos saber se se trata de sentença, decisão interlocutória ou despacho?
12-) Toda sentença e só ela inicia com “Vistos, etc…”?
13-) Pode o juiz depois da Audiência de instrução e julgamento, proferir uma sentença
terminativa ou processual ou sempre tem que ser de mérito ou definitiva?
Ponto nº 11
Coisa Julgada
1-) Distinção entre preclusão, coisa julgada formal, coisa julgada material, efeito
preclusivo e trânsito em julgado.
2-) Qual desses fenômenos impede, no mesmo processo, voltar à discussão sobre a
admissibilidade da prova pericial quando não houve recurso algum contra o saneamento
do processo?
3-) A qual deles se refere o artigo 6º, § 3º, da LICC?
4-) E o artigo 5º, XXXV, da Constituição?
5-) Transita em julgado uma sentença dada em separação judicial consensual? Fica ela
abrigada pela coisa julgada formal? E a material?
6-) Que significa dizer que a coisa julgada traz consigo a cláusula rebus sic standibus?
Trata-se da coisa julgada material ou formal?
7-) Faz coisa julgada formal uma sentença dada em mandado de segurança quando o juiz
nega a liquidez e certeza do direito? Ela faz coisa julgada material(v. Lei 5.533/51, arts.
15-16)?
8-) Faz coisa julgada forma a sentença que condena a prestar alimentos? Ela pode fazer
coisa julgada material? Que tem isso a ver com a cláusula rebus sic standibus?
9-) É possível uma sentença fazer coisa julgada formal, sem fazer a coisa julgada
substancial? E o inverso?
10-) A imutabilidade caracteriza a coisa julgada formal ou a material?
11-) Passada em julgado uma sentença, há presunção de veracidade quanto aos fatos
afirmados pelo juiz?
12-) Podem estes fatos ser discutidos mais tarde? E poderão outros fatos, não discutidos
mas relevantes, ser alegados para negar o direito que o juiz afirmou?
13-) Interpretar, à luz da matéria estudada, o artigo 741, VI.
14-) Adquire a autoridade de coisa julgada formal uma sentença que declara parte
ilegítima o autor?
15-) Adquire a autoridade de coisa julgada material uma sentença que extingue o
processo em razão de uma coisa julgada material anterior (CPC 267, V)?
16-) Enumerar institutos processuais destinados a preservar a fidelidade do provimento
jurisdicional à vontade do direito material, e outros destinados a garantir a estabilidade
das relações jurídicas.
17-) A coisa julgada extingue a ação, o processo ou ambos? Explicar.
18-) Explicar, com exemplos, a distinção entre as hipóteses do artigo 469, I, e 470.
19-) Diante do artigo 469, que parte(s) da sentença fica(m) coberta(s) pela coisa julgada?
20-) Ele se refere à coisa julgada material ou formal?
21-) Justificar, invocando a doutrina, a resposta dada acima.
22-) Explicar o brocardo res inter alios judicata tertio non nocet.
23-) A coisa julgada material só impede o vencido a voltar a discutir o objeto do processo,
ou também o vencedor?
24-) Se alguém moveu ação e obteve a condenação do réu a lhe dar a indenização
pedida, pode voltar mais tarde com outra demanda, pelos mesmos fatos pedindo
importância mais elevada?
25-) Adquirente fica vinculado à coisa julgada no caso do artigo 42, quando não ingressou
no processo? E quando ingressou apenas como assistente?
26-) E o litisdenunciado, no caso do artigo 75, II?
Ponto nº 12
Homologação de sentença estrangeira
1-) O que se entende por homologação de sentença estrangeira? 2-) Em quais casos se torna necessária a homologação de sentença estrangeira?
3-) Qual o órgão competente para tal homologação? Fundamente.
4-) Qual a finalidade desta homologação?
5-) Todos os países atribuem efeito às decisões proferidas em tribunais de outros países?
6-) O que é “juízo de delibação”?
7-) Uma sentença proferida em outro país, que ofende a ordem pública e os bons costumes, será homologada no Brasil?
8-) Explique o que é decisão homologatória.
9-) Sobre a competência do STF e STJ, como ficou depois da emenda constitucional 45/2004? Atualmente as homologações obedecem ao disposto no regimento interno do STF ou STJ?
10-) Quais os requisitos para a eficácia da sentença estrangeira no Brasil?
11-) Quando se concede a homologação da sentença estrangeira, podemos dizer que trata-se de uma decisão de mérito?
12-) Qual a natureza da decisão homologatória: jurisdicional ou de jurisdição voluntária? Há lide e contraditório? Explique.
13-) Quanto a decisão que acolhe o pedido homologatório, trata-se de sentença constitutiva ou declaratória? Explique.
14-) Em tal sentença, há coisa julgada?
15-) Em caso positivo, faz coisa julgada material ou formal?
16-) O que é documento autenticado pelo cônsul?
17-) Depois de homologada a sentença estrangeira, qual o instrumento que se extrai dos autos que conclui o procedimento? Fundamente.
18-) Como é composta a carta de sentença extraída dos autos da homologação de sentença estrangeira?
19-) A sentença estrangeira, após a homologação, tem força de título executivo? Em caso positivo, trata-se de título judicial ou extrajudicial? Explique fundamentando-a.
20-) Existe prazo para requerer a eficácia da sentença estrangeira no Brasil?
21-) Comente a súmula 420 do STF: “Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem a prova do trânsito em julgado”.
22-) Existe algum precedente a respeito de homologação de sentença estrangeira para os países que compõem o MERCOSUL?