1
PÓS GRADUAÇÕES
FACULDADE FAIPE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
CARTA DE ACEITAÇÃO DO ORIENTADOR
PÓS GRADUAÇÃO EM PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS E PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
Manaus, _______de__________________ de 2015
A Comissão Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Faculdade de Tecnologia do Ipê-FAIPE / Bio Cursos Manaus
Eu, Prof. (a). Dr(a). Dayana Priscila Maia Mejia, regulamente credenciado(a) no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Tecnologia do Ipê-FAIPE/Bio cursos, em conformidade com o Regimento Geral da Pós-Graduação da Faculdade FAIPE e com o Regulamento dos Cursos de Pós-Graduação Bio Cursos/Manaus, informo que, após ter analisado a proposta, os motivos e o projeto de pesquisa, intitulado “(Drenagem Linfática no Pós-Operatório de Mamoplastia de Aumento)”, aceito orientar e acompanhar o candidato Dhayse Mayara da Silva Meireles na condução do projeto de pesquisa para elaboração do Artigo de Pós Graduação, visando a obtenção do título de Pós Graduação em Procedimentos Estéticos e Pré e Pós-Operatório.
Atenciosamente,
_________________________________
(Assinatura do orientador)
____________________________________
(Assinatura do candidato)
2
Universidade Facoph do Centro Oeste Pinele Henriquer Pós-Graduação em Procedimentos Estético e Pré e Pós Operatório
Dhayse Mayara da Silva Meireles
Drenagem Linfática no Pós-Operatório de Mamoplastia de Aumento
Manaus 2016
3
Universidade Facoph Faculdade do Centro Oeste Pinele Henriquer
Pós-Graduação em Procedimentos Estéticos e Pré e Pós Operatório
Dhayse Mayara da Silva Meireles
Trabalho apresentado para a Obtenção do
Título de especialista em Procedimentos
Estéticos e Pré e Pós Operatório Faculdade
FAIPE Orientadora Professora Dayana
Priscila Maia Mejia
Manaus
2016
1
Drenagem Linfática no Pós-operatório de Mamoplastia de Aumento
Dhayse Mayara da Silva Meireles¹
Dayana Priscila Maia Mejia²
Pós-Graduação em Procedimentos Estéticos e Pré e Pós Operatório – Faculdade FAIPE
Resumo
O corpo humano e formado por vários sistemas que trabalha em conjunto garantindo assim um
correto funcionamento. Quando falamos de cirurgias plásticas, existe todo um procedimento de
recuperação e bem estar do cliente um dos procedimento mais realizado é indicado e a drenagem
linfática manual na mamoplastia de aumento, os sintomas mais comum dessa cirurgia são dor,
edema, perda da sensibilidade temporária. A mamoplastia de aumente tem como objetivo
restabelecer a harmonia corporal em paciente que apresenta hipoplasia, deformidades congênitas
ou adquiridas entre outras portanto, o sistema linfático e suas funções atuam na realização da
drenagem linfática manual com finalidade de grande benefícios no pós-operatório, além de todo
os cuidados e tratamentos estéticos associados a eletroterapia. Neste trabalho vamos ressalta os
benefícios da drenagem linfática manual no pós-operatório da mamoplastia de aumento com fins
terapêutico é como prática complementa benéfica para aliviar sintomas causados por lesões que
causam edema, no pós-operatório, a drenagem linfática deve ser feita de forma lenta suave
rítmica sem causa dor ou desconforto ao paciente.
Palavras-chave: Pós-Operatório; Benefícios; Drenagem Linfática Manual
1. INTRODUÇÃO:
Atualmente o Brasil está no ranking mundial dos países que mais se realizam cirurgias
plásticas a mamoplastia de aumento é uma das cirurgias mais realizadas só perde para a
lipoaspiração pela busca da autoestima ou até mesmo pela beleza e forma perfeita do corpo em
padrões estéticos da moda faz com que aja essa grande procura, como, em todas cirurgias
mamoplastia de aumento tem seu objetivo de restabelecer harmonia corporal. Com isso a
crescente preocupação com cuidados pós-operatório, que vem apresentando resultados
positivos por meio da procura por métodos preventivos para possíveis complicações, que tem
proporcionado ao paciente um pós-operatório mais eficiente curto e positivamente, um
resultado estético mais satisfatório.
¹Pós-graduando em Procedimento Estéticos e Pré e Pós Operatório.
²Orientadora: Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestre em Bioética e direito em
saúde.
2
Por mais simples que seja a cirurgia, ela traumatiza o corpo, edemas, hematomas de
diversos níveis, desconforto e dor são algumas das queixas mais comuns com as quais os
pacientes têm de conviver durante o pós-operatório. Sendo o processo de cura total
desconfortável e, por vezes, ainda causa algumas surpresas não muito agradáveis, tais como
fibroses, dores persistes, transtornos do sono, digestão e disposição energética debilitada1.
Um dos recurso e métodos realizado no pós-operatório e a drenagem linfática manual
que está totalmente interligado ao sistema linfático, que é o sistema de drenagem do nosso
organismo com benefícios drenante na realização da drenagem com manobras lenta, suaves, e
precisas dentro das fundamentação gerais da drenagem linfática, estabelecendo assim tais
resultados que favorece a melhora do tecido é da cicatrização2.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Sistema Linfático
São diversas as teorias que tentam explicar a origem do estudo do sistema linfático ainda
que o estudo seja relativamente recente, o sistema linfático e suas funções já eram conhecidos
na antiguidade3.
Existem registros de que o Sistema linfático já era conhecido e estudado na antiga Grécia
pelo anatomista Herófilo e por Hipócrates, que chamou a linfa de sangue branco. Na Itália, no
século XVI, o professor de anatomia Gasparo Asellis estudou os vasos linfáticos de um
cachorro e, no século XVII, o pesquisador Jean Pecquet descobriu a cisterna de Pecquet, depois
denominada pela nomenclatura anatômica internacional de cisterna do quilo, denominação
utilizada nos dias atuais4. Já em 1787, Paolo Mascagni detalhou os vasos linfático superficial e
profundos. Em 1892 Winiwarther, propôs as manobras manuais ordenadas em um conjunto
sistêmico visando mobilizar a linfa nos casos de elefantías, o fisiologista e médico francês,
Aléxis Carrel em 1912 demonstrou o papel fundamental da linfa, que “elimina, defende e
repara”5.
Segundo Borges6.O sistema linfático possui vasos superficiais e profundos, os vasos
superficiais são muitos numerosos e possuem grandes quantidades de anastomoses, seus trajeto
acompanha as veias, e a drenagem é feita para os linfonodos superficiais. Já os vasos linfáticos
profundos não são tão numerosos, possuem poucas anastomoses, acompanham os vasos
sanguíneos profundos e sua drenagem se dá para os linfonodos profundos. Os vasos linfáticos
superficiais localizam-se acima da fáscia muscular e drenam os tecidos superficiais, já os
profundos estão localizados abaixo dessa fáscia e são responsáveis pela drenagem de músculos,
órgãos, vísceras e cavidade articulares. Fazem parte do sistema linfáticos os vasos linfáticos e
3
o tecidos linfoide, que está presente em órgãos como o intestino e forma outros, como os
linfonodos, o baço, o timo e as amidalas. Um dos principais componentes do sistema
imunológico é o sistema linfático que e o sistema de drenagem do nosso organismo o sistema
linfático exerce as seguintes funções: remover fluidos dos tecidos corporais, absorve ácidos
graxos e levá-los para o sistema respiratório e produzir células imunes. Para exercer estas
importante função o sistema linfático é formado por órgãos linfáticos, ductos linfáticos, tecidos
linfáticos, linfoides, capilares linfáticos, e vasos linfáticos, cada uma das partes que forma o
sistema linfático é responsável por diferentes tarefas que visam exercer a drenagem e a manter
o organismo regulado7.
Portanto, o sistema linfático é o nosso sistema de defesa, responsável pela imunidade
do nosso corpo, além de auxiliar o sistema cardiovascular na eliminação de líquidos e toxinas
que congestionam os tecidos e provocam edemas, é ainda uma via de absorção de nutrientes4.
Para Leduc e Leduc8, o sistema linfático contribuir para a drenagem do organismo em
casos de disfunção e formação de edema, a drenagem linfática manual é uma das técnicas
utilizadas para favorecer a circulação “de retorno”.
2.2 Princípios e evolução da drenagem linfática manual
A drenagem linfática manual (DLM) técnica criada intuitivamente pelo casal
dinamarquês Emil Vodder, filosofo, e sua mulher Estrid Vodder, naturopata, no final dos anos
1920, e durante muitos anos foi considerada um método alternativo ou marginal isto é não
acadêmico mas atualmente já goza de uma base cientifica bem estruturada graças aos anos de
pesquisas de médicos e professores, universitários. E hoje mundialmente reconhecida como
terapêutica complementar no alivio de várias patologias que causam edemas gozando de status
cientifico e acadêmico a partir de pesquisas que comprovam sua eficiência3.
Mais foi Leduc que introduziu a drenagem linfática no brasil em 1977 quando ministro
um curso no Rio de Janeiro com o título de “Drenagem linfática manual pelo método Vodder”.
Mais tarde Leduc retornou ao Brasil e ministrou curso com a sua técnica própria. Porem a
drenagem linfática tronou-se mais conhecida no final da década de 80 início da década de 90,
onde surgiram inúmeras escolas de Drenagem Linfática no Brasil5.
Também no Brasil no anos 1990, o médico angiologista Dr. José Maria Godoy
desenvolveu com sua esposa, Dra. Maria de Fátima Godoy, a técnica Godoy de drenagem
linfática manual que segue os princípios da técnica do Dr. Vodder4.
Mais tarde Foldi, também veio ao Brasil e apresentou a sua técnica de drenagem
linfática, que segundo Waltrauld Ritter Winter, esteticista formada em drenagem linfática pelo
próprio Emil Vodder em Wiesbaden na Alemanha no ano de 1969, tanto Leduc quanto Foldi
4
fizeram adaptações da técnica de Vodder, onde ambos empobreceram a técnica original de
vodder5.
Já nos anos em 1995 o casal Godoy & Godoy, estudando as técnicas de drenagem
linfática e buscando a reprodução cientifica em todas as fases de seus movimentos em estudos
in vitro, in vivo e clinico, tiveram dificuldade em produzi-la a partir dessa dificuldade, passaram
a desenvolver uma nova técnica baseada na fisiologia, na anatomia, na fisiopatologia e nos
conceitos da hidrodinâmica para o deslocamento dos fluidos. Por volta de 1999, Godoy &
Godoy publicaram um novo conceito nos movimentos de drenagem, utilizando roletes como
instrumento facilitador na drenagem linfática. Durante esses anos, houver uma evolução a partir
dessa nova abordagem, como a ampliação das formas de tratamento linfedema. Esse período,
foi desenvolvido o conceito de drenagem linfática global a filosofia desse novo conceito é
envolver todos os estímulos fisiológico conhecidos na drenagem linfática associada à interação
com o meio ambiente e direcionando pelas interferências fisiopatológicas9.
Segundo Vasconcelos4. A principal característica das manobras desenvolvidas por
Vodder, após anos de estudos e pesquisas era exatamente a suavidade e a leveza dos
movimentos. Sempre muito lentos, monótonos, harmônicos e rítmicos, Vodder dizia que o
punho deveria estar sempre flexível e relaxado. Os movimentos deveriam seguir uma direção
especifica e caminhar em sentido a uma região chamada de “terminus” que é o ângulo venoso,
aonde desemboca a circulação linfática. Portanto podemos afirmar que, embora existam
inúmeras técnicas e manobras diferentes para a realização da drenagem linfática manual, o
desenvolvimento da técnicas como se conhece nos dias atuais surgiu realmente com Dr. Emil
Vodder e sua esposa. A parti daí, muitos outros estudos foram realizados inúmeros dados
descobertos, várias outras técnicas surgiram e diversas manobras foram incorporadas as
primeiras manobras de Vodder.
2.3 Drenagem linfática
Drenagem e a palavra de origem inglesa e pertencente ao léxico da hidrologia: consiste
em evacuar um pântano do seu excesso de água por meio de caneletas que desemborcam em
um poço ou em um curso de água Godoy, Belczak & Godoy10. A drenagem linfática manual é
um dos métodos de terapias manual mais utilizados atualmente por profissionais de saúde e
estética. Várias técnicas foram desenvolvidas a partir da técnica original do Dr. Emil Vodder,
sendo reconhecidas e empregadas proporcionando melhores resultados em vários
procedimentos, evitando assim complicações6.
Ainda segundo Borges6. Nas cirurgias plásticas estéticas ou as reparadoras, em sua
maiorias tem grandes necessidade de drenagem linfática manual em razão da destruição de
5
vasos e nervos causados por estes procedimentos, provocando edema, dor, e diminuição da
sensibilidade cutânea gerando grande desconforto para o paciente. A drenagem linfática
manual, quando realizada no pós-operatório imediato promove uma grande melhora do
desconforto e do quadro álgico, por melhorar a congestão tecidual contribui também para o
retorno precoce da normalização da sensibilidade cutânea local. A drenagem linfática é uma
técnica de massagem especifica representada por um conjunto de manobras especificas que
seguem o trajeto do sistema linfático, visando drenar o excesso de liquido do interstício celular
restaurando o equilíbrio e a capacidade de transporte do sistema linfático. Essa técnica foi
desenvolvida em 1932 pelo dinamarquês Vodder e sua esposa, utilizando inicialmente em
pacientes com infecções de vias aéreas superiores que se encontravam com os gânglios da
região cervical edemaciados e duros11.
A verdadeira Drenagem Linfática Manual é um método todo original, bastante diferente
da massagem tradicional, possuindo manobras precisas e monótonas, com direções especificas,
velocidade lenta e pressão suave. Para realizar uma drenagem linfática manual primeiramente
se faz necessário o entendimento do sistema linfático superficial e profundo entendendo o seu
funcionamento, fica mais fácil realizar a técnica5.
2.4 Manobras da Drenagem Linfática Manual
As diversas manobras da drenagem linfática existem para que possamos adaptar ao
máximo nossas mão e dedos à superfície das diferentes partes do nosso corpo, “conduzindo” a
linfa em seu trajeto natural5. Para Guirro e Guirro12, afirmam que as manobras de drenagem
linfática manual são baseadas no trajetos dos coletores linfáticos e linfonodos, associando
basicamente três categorias de manobras: captação, reabsorção e evacuação, de maneira que o
movimento de captação é realizado diretamente sobre o segmento edemaciado, visando
aumentar a captação da linfa pelos linfocapilares. Na reabsorção, as manobras se dão nos pré-
coletores e nos coletores linfáticos, os quais transportarão a linfa captada pelos linfocapilares.
Porém, para Ribeiro13. As manobras de DLM seguem apenas dois princípios básicos: a
evacuação (remoção) e a captação (absorção). A evacuação tem como objetivo auxiliar a
remoção da linfa dos pré-coletores e coletores linfáticos e desobstruir os pontos proximais
(linfonodos regionais) criando assim a possibilidade de uma “aspiração” da linfa em direção
centrípeta o processo de captação, tem como objetivo auxiliar na absorção do liquido intersticial
excedente para dentro dos capilares linfáticos terminais e aumento do fluxo em direção aos
linfonodos regionais e finalmente em direção ao canal torácico e ao ducto torácico. Se a
desobstrução proximal não ocorre primeiramente, qualquer tentativa de melhorar a circulação
nas partes distais será ineficaz. Portanto, a DLM deve ser sempre iniciada pelas manobras que
6
facilitem a evacuação, feitas no linfonodos regionais, e só depois efetuar as manobras de
captação ao longo das vias linfáticas e nas regiões de edema.
É importante ressalta que para Lange5, as manobras são lentas e devem ser repetidas por
cinco a sete vezes no mesmo lugar a pressão deve ser suave e quanto maior o edema, mais leve
deve ser a pressão. O paciente não pode sentir dor e a pele não pode apresentar hiperemia em
decorrência das manobras o sentido da manobra depende sempre do sentido do fluxo linfático.
2.5 Mamoplastia de Aumento
A mamoplastia de aumento e uma cirurgia plástica estética tem por objetivo restabelecer
a harmonia corporal em paciente que apresentam hipomastia, deformidades congênitas ou
adquiridas, sendo a principal indicação da mesma, o volume inadequado das mamas, podendo
ser tanto de desenvolvimento quando involucional14. Os implantes de silicone gel começou a
ser utilizado em 1964, desde então diversos tipos de implantes foram desenvolvidos e o
questionamento sobre eles foram aumentando, as vias de acesso para a incisão dos implantes
mamários podem ser inframamária, periareolar e transaxilar, com o aprimoramento técnico,
novas opções de acesso cirúrgico surgiram, destacando-se a axilar, que redundou em resultados
estético mais favoráveis. Entretanto a despeito da maior indicação nos últimos anos, a incisão
axilar não é isenta de risco e atualmente são relatados questionamento quanto a interrupção da
drenagem linfática mamária, sendo realizada a drenagem reversa. Graças aos avanços
tecnológicos e estudos, as técnicas da cirurgia plástica envolvendo uma equipe multidisciplinar
incluindo tratamentos no pré e pós cirúrgico aumentou muito e com isso, a recuperação mais
rápida dos paciente15.
Para Santos16. Os fatores previsto como complicações da realização deste procedimento
são: A contratura capsular que é definida como uma cicatrização esférica, secundária com a
contração da cápsula que envolve a prótese mamária, resultando em uma mana endurecida,
distorcida e em alguns casos, dolorosa.
2.6 Técnica de Aplicação da drenagem linfática Manual é cuidados no pós de
mamoplastia de aumento
Nessa cirurgia de inclusão de prótese nas mamas visa a correção do volume mamário e
em alguns casos da ptose mamária as próteses podem ser introduzidas nas mamas por várias
vias de acesso. A introdução através do sulco inframamário, evita cicatrizes aparentes na mama,
já as incisões periareolares, deixam uma cicatriz na borda da aréola e a incisão por via axilar,
hoje está técnica é realizada com auxílio da videoendoscopia5.
O tratamento pós operatório para essa cirurgia de mamoplastia de aumento será indicado
somente após a liberação pelo médico. As mamas estarão bastante edemaciadas e doloridas e a
7
paciente / cliente deverá evitar esforço e movimentos bruscos, fazer uso do sutiã cirúrgico,
bastante reforçado para dar sustentação ás mamas, por um período de dois a três meses, a
critério médico. Após a liberação medica pode se inicia o tratamento pós-operatório com
sessões de drenagem linfática manual e deveram ser seguidas a mesma conduta e as mesmas
observações indicadas no tratamento pós-operatório das outras cirurgias. A cliente não deve ser
posicionada nos decúbitos lateral e ventral por um período de 30 a 60 dias, a critérios médicos
para evitar a deformação das mamas. Os pontos começam a ser retirados após uma semana da
cirurgia, mas para evitar o alargamento da cicatriz, deve ser mantido um curativo trançado de
esparadrapo micropore, que o cirurgião troca uma vez por semana durante dois meses, para
realizar a drenagem linfática manual o profissional deverá ter o cuidado de não tocar na cicatriz
e protege-la com uma das mãos enquanto efetua as manobras de drenagem com a outra mão,
dessa forma evita o estriamento da cicatriz. O ideal é efetuar a drenagem sem remover
completamente o sutiã principalmente nos primeiros dias, apenas abrindo-o para que não exerça
pressão sobre as vias linfáticas. A drenagem deverá ser feita nas laterais da mama, com
movimentos muitos leves e suaves, direcionando-se a linfa dos quadrantes lateral, superior e
interno para as cadeias de linfonodos axilares, infraclaviculares e paraesternais,
respectivamente se não houver incisão na região inframamária, deve-se direcionar a linfa do
quadrante inferior da mama para os linfonodos dessa região no caso de ter sido efetuada incisão
nesse local, não existe a possibilidade de encaminhar a linfa para esses linfonodos, pois o fluxo
foi interrompido, nesse caso, afetua-se a drenagem abaixo do sulco inframamário, direcionando
a linfa para os linfonodos axilares4.
Portanto a drenagem linfática manual no pré-operatório influi nos seguintes efeitos:
aumento dos fluxos linfáticos e vascular, melhora do metabolismo e da circulação dos nutrientes
aumento das fibras de colágenos e elastina, desobstrução das principais vias linfáticas, que
estarão sobrecarregadas após o ato cirúrgico. Por isso as manobras utilizadas no pré-cirúrgico
são as mesmas do pós-cirúrgico, sendo que antes do ato cirúrgico não há preocupação com o
tecido em cicatrização, e sim com a estimulação das fibras de colágeno e elastina para se ter
uma cicatrização e recuperação do tecido no pós-cirúrgico17.
Lange5, relata que a drenagem linfática manual é indispensável no pós-operatório de
cirurgias plásticas, e que se deve iniciar o mais precoce possível para ajudar na penetração do
liquido excedente nos capilares sanguíneos e linfáticos intactos da região adjacente a lesão.
Afirma ainda que a drenagem linfática faz com que a pele recupere o aspecto mais saudável e
normal, pois a técnica tem como objetivo captar o liquido intersticial e fazer com que ele volte
a circulação sanguínea através dos movimentos suaves, lentos e rítmicos que promovem a
8
desintoxicação dos tecidos e melhora da oxigenação e da nutrição celular. Dentro das
fundamentações gerais sobre a drenagem linfática manual, para a aplicação desse recurso de
maneira adequada, deve-se respeitar a anatomia e a fisiologia do sistema Linfático, além da
integridade dos tecidos superficiais por tanto a drenagem linfática manual precisa ser realizada
de forma suave, lenta e rítmicas, sem causar dor, danos ou lesões aos tecidos do paciente18.
2.7 Indicação e contra-indicações da drenagem linfática
Segundo Garcia17, os estudos dirigidos e citados até o momento de analise fisiológica e
metabólica do corpo humano das principais indicações estudadas são: tratamento no pré e pós-
cirúrgico de cirurgias plásticas e reparadoras; acne; mastectomia; gravidez; varizes e
microvarizes; linfedema; lipodistrofia ginóide; obesidade; traumatismo localizado; estresse,
rejuvenescimento facial; edema de pálpebras; retenção hídrica; rinite; sinusite. Paciente
hipertensos que não tenham diagnostico de insuficiência cardíaca e renal grave podem ser
beneficiados com a drenagem linfática quando realizada por um período prolongado de tempo.
A drenagem linfática manual não apresenta risco algum para o paciente de pós-operatório de
cirurgias plásticas, apenas se for mal aplicada concentrando muita força, rapidez excessiva, ou
direção errada19.
Como estamos falando em realizar a drenagem linfática em pacientes que realizam uma
cirurgia plástica estética as contra-indicação da drenagem linfática, como tumores malignos,
tuberculose, infecções agudas, reações alérgica agudas, edema sistêmico de origem cardíaca e
insuficiência renal e valvular ; não se enquadram aqui, pois estamos trabalhando, teoricamente
com paciente saudáveis e não com patologias, pois, supõem-se que paciente com doença pré-
existente, as quais tema a drenagem linfática como contra indicação, não poderiam realizar uma
cirurgia plástica5.
Fonte: http://www.dicasdemassagem.com.br/drenagem-linfatica-indicaçoes-e-contra-indicaçoes
Figura 1- Foto da aplicação da drenagem linfatica no pó-operatório de mamoplastia de aumento
9
3. METODOLOGIA
Para se obter um resultado com base cientifica está pesquisa caracteriza-se de uma
revisão bibliográfica, de abordagem qualitativa apresentando-se de maneira descritiva, com
bases de dados da biblioteca digital Scielo, em livros e artigos científicos autorais, Portal
Biocursos, Google acadêmico, a pesquisa foi realizada a partir de agosto/ 2015 a maio/2016
onde foram consideradas no período da pesquisa as referências de 2004 a 2015. Sobre o tema:
Drenagem Linfática Manual no Pós-operatório de Mamoplastia de Aumento, que tem como
objetivo informa a importância da drenagem e seus benefícios no pós-operatório de uma
cirurgia plástica corporal.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A drenagem linfática realizada nos primeiros dias de pós-operatório deve ser realizada
com bastante cuidado, principalmente sobre o retalho cutâneo, que encontra-se em fase de
aderência, onde os movimentos de deslizamento profundos estão contra-indicados. Observamos
na pratica quando o paciente de cirurgia plástica não são encaminhados à terapia da drenagem
linfática manual e semanas após a cirurgia encontra-se bem, “contudo” podemos observar que
os pacientes que realizam a drenagem já nos primeiros dias de pós-operatório, apresentam uma
recuperação mais rápida, com uma diminuição do quadro de algia e desconforto, o edema reduz
mais rapidamente e os quadros de fibrose são menos frequentes e intensos5.
Pode-se fazer uma analogia com a drenagem linfática manual, aonde as manobras são
suaves e superficiais, sem necessidade de comprimir os músculos, mobilizando apenas uma
corrente de líquidos que está nos tecidos mais superficiais e nos vasos linfáticos localizados
entre a pele e a aponeurose10. Sendo que a função principal da drenagem linfática manual é
estimular o sistema linfático na eliminação de líquidos e resíduos metabólicos do organismo,
ela promove a renovação da linfa favorece a reabsorção dos líquidos e o seu transporte, mais
não aumenta a filtração, ou seja, não favorece a saída do plasma de dentro do capilar sanguíneo
para os tecidos4.
Para Gusmão20, para-se realizar a drenagem linfática manual, o profissional percorre
todo o corpo (por inteiro ou área especificas) com as palmas das mãos e pontas de dedos em
toques bastante suaves, movimentando a linfa em direção aos gânglios. As toxinas são liberadas
através dos rins, esta massagem exige conhecimento e muita sensibilidade nas mãos.
É preciso que se tenha muito conhecimento da anatomia e fisiologia do sistema linfático
antes de iniciar a aplicação de uma drenagem linfática manual e muita cautela no preenchimento
10
da ficha de anamnese para não provocar prejuízo á saúde do cliente. Cabe aos profissionais
esteticistas e massoterapeutas trabalharem amparados por uma avaliação criteriosa por meio da
ficha de anamnese, orientados e devidamente autorizados pelos medico nos casos em que exista
essa necessidade4.
5. CONCLUSÃO
Através desse estudo podemos relata que a drenagem linfática manual atualmente e um
recurso de grande destaque no tratamento estético de um pós-operatório de cirurgias plástica
com uma técnica de manobras de movimentos finos, suaves superficiais, monótonos realizado
de forma centrípeta de proximal para distal em todo o corpo, sua principal função é drena os
líquidos excedentes que banham as células permitindo a livre evacuação de toxinas e dejetos
metabólicos presentes em várias parte do corpo. A sua finalidade e benefícios no pós de
mamoplastia de aumento com efeito drenante atua para uma boa recuperação e cicatrização do
tecido lesionado do paciente/cliente que foi submetido ao procedimento cirúrgico.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERNANDES, Fernando. Acupuntura Estética: e Pós-Operatório de Cirurgia Plástica. 3ª
ed. São Paulo: Ícone, 2011.
VERNER, Renatha, M. P. M. SOUZA, Alison. Drenagem linfática manual pós mamoplastia
de aumento. Paraná, 2010.
ELWING, Ary. SANCHES, Orlando. Drenagem Linfática Manual - Teoria e Prática. 1ª ed.
São Paulo: Senac, 2010.
VASCONCELOS, Maria Goreti de. Principios de Drenagem Linfatica. - 1ª ed. - São Paulo:
Érica, 2015.
LANGE, Angela Nodari. Drenagem linfática manual no Pós-operatório das Cirurgias
Plasticas. 1ª ed. Curitiba PR, Vitória Gráfica & Editora, 2012.
BORGES, Fábio dos Santos. Dermato-funcional: Modalidades Terapêuticas nas disfunções
estéticas. 2ª ed. São Paulo, Phorte, 2010.
CORTEZ, Lohaina Benson C. A. de Melo. MEJIA. Dayana, P. M. Efeitos Sistêmicos da
drenagem Linfatica. Faculdade Ávila. Amazonas, 2013.
LEDUC, Albert. Leduc, Oliver. Drenagem Linfática Teoria e Prática. 3ª ed. São Paulo:
11
Manole, 2007.
GODOY, Maria de Fátima, G; GODOY, Ana Carolina, P; GODOY, José Maria, P. Drenagem
Linfática Global: Conceito Godoy & Godoy. 1ª ed. São Paulo, Ths Editora, 2011.
GODOY, José Maria P. BELCZACK, Cleusa E. Q. & GODOY, Maria de Fátima G.
Reabilitação Linfovenosa. Rio de Janeiro: Dilivros, 2005.
ALENCAR, Tatiana. A influência da drenagem linfática manual no pós-operatório
imediato de cirurgia vascular de membros inferiores. Faculdade Ávila, 2012.
GUIRRO, Elaine C. O. & GUIRRO, Rinaldo R. J. Fisioterapia Dermato-funcional:
Fundamentos, Recursos e Patologias. 3ª ed. São Paulo: Manole, 2004.
RIBEIRO, Denise R. Drenagem Linfática Manual Corporal. 6ª ed. São Paulo, Editora Senac,
2004.
FUJISAWA, Fernanda. N. KATAOKA, Vanessa. Y. Drenagem Linfática Manual no Pós-
Operatório de Mamoplastia de Aumento. Faculdade Metropolitanas Unidas, São Paulo,
2014.
Revista da Associação Médica Brasileira. Vol. 51 n°5, São Paulo, Set/Out 2005. Implantes de
Silicone Mamários. Disponível em: <http://www.scielo.br <http://www.ramb.amb.org.br
Acesso dia 10.03.2016 as 11:30.
SANTOS, M. A. G. Prevenção e Tratamento da Contratura Capsular após a Implantação
de Prótese Mamária – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE – São Paulo, 2010.
GARCIA, Neri Maria. Passo a Passo da Drenagem Linfática Manual em Cirurgia Plástica.
2ª ed. Brasília: Senac, 2011.
TACANI, Rogério, TACANI, Pascali. Drenagem Linfática Manual Terapêutica ou
Estética: Existe Diferença? Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano III, n°17, jul/set São
Paulo, 2008.
BORGES, Fábio. S. Dermato – Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções
Estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.