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  • Prtica do uso do flash iluminao artificialFonte:Busselle, Michael. Tudo sobre fotografia. So Paulo, Thomson/Pioneira, 1 Edio, 1979.http://pt.wikipedia.org/wiki/Flash_(fotografia)

  • Histria do flash fotogrfico

    Flash um instrumento utilizado emfotografiaque disparaluzem simultneo com a abertura doobturador. Usado em situaes de pouca luz ou mesmo com bastante luz, aosolpor exemplo, para preenchimento de sombras muito fortes evitando o contraste exagerado, o chamado "fill flash

    Nos primeiros flash eram utilizadaslmpadassimilares as incandescentes de hoje, com a diferena que seufilamentoera bem fino e muito longo que ao receber uma descarga eltrica se queimava. Ou seja, para cada foto era utilizada uma lmpada. Observe em filmes anteriores a1950em que fotgrafos aps a foto retiravam a lmpada (normalmente de baioneta) para colocar uma nova providenciada em seu bolso do palet cena comum dos fotgrafos de jornais!

    O flash eletrnico surgiu por volta de1949. Tinha o tamanho de uma mala, pesava quase 8 quilogramas e utilizava 5.000 volts de energia, por isso eram usados com cautela. Num perodo de mais ou menos 10 anos do seu surgimento usaram bobinas de ignio, acumuladores (baterias) para motocicletas e vlvulas eletrnicas (tubos).

  • Neste perodo conseguiram produzir tubos que funcionavam com 300 ou 500volts. Incio dosanos 50, comearam a aparecer tubos (lmpadas) em "U" ou circulares o que melhorou muito a eficincia. Em1950surgiu o "Sevoblitz" o primeiro flash com o refletor includo. Ao surgirem as baterias de nquel-cdmio comearam a fabricar os primeiros "flash de bolso", o que reduziu em muito as dimenses, aliado ao aperfeioamento dos refletores.Os flashs se tornaram to populares que as prprias cmeras, principalmente as amadoras, j os tem incorporados, alimentados por uma ou duas pilhas AA ou AAA, comuns, alcalinas ou recarregveis.

    Mais recentemente, com o surgimento ao consumo das cmeras digitais (segunda metade da dcada de 1990), os flash sempre esto incorporados. Nas cmeras profissionais opo os flashsTTLs, inteligentes que "conversam" com a cmera ajustando seus disparos de acordo com os dados de abertura, velocidade,ISO, distncia e outros. Tudo isso a velocidade de processamento de um chips. Chegam a disparar mais de uma vez em uma nica foto, primeiro para calcular a luminosidade, um possvel segundo disparo (quando programado) para evitar o "olho vermelho" (quando a pupila do fotografado se "ajusta" a luminosidade) e o segundo ou terceiro disparo para iluminar a cena com vistas a imagem pretendida. Mesmo pequenos flashs TTLs, possuem um "poder" de iluminao de 15 ou mais metros, enquanto os flashs incorporados raramente ultrapassam a iluminao de 4 metros.

  • Flashes no estdio fotogrfico

    Comum tambm, em uso profissional, so as "tochas", so flashs mais fortes isolados da cmera e disparados por sinais derdiosoufotoclulas(hoje quase no usadas). comum tambm em eventos, comocasamentos, e onde exigido mais iluminao, os profissionais utilizarem de dois ou mais flashs, conduzidos por auxiliares (pessoas) e disparados simultaneamente pelo rdio que incorporado na cmera e envia o sinal para esses flashs.

    A capacidade de um flash medida pelo chamadonmero guia, ou em inglsguide number, resultado do produto entre a distncia entre aobjetivae o assunto fotografado, e a abertura necessria para correta exposio com o flash operando em sua potncia plena.Por exemplo, se um flash em sua potncia total permite fotografar um objeto a 10m com abertura 4.0, teremos: nmero guia = 4.0 10 = 40

    Similarmente, o nmero guia pode ser calculado em ps, ao invs de metros.Ao se aplicarem filtros ou modificadores de luz (ex.: gels, sombrinhas, colmias, softboxes) o nmero guia da iluminao ser diferente do apresentado pelo flash original (sem modificaes).

  • Numa cmera fotogrfica,sincronismo de flash definido como o disparo deflash fotogrficoem coincidncia com o momento em que se expe ofilme fotogrficoou osensor de imagem luz. Em cmeras mecnicas, o mecanismo de sincronizao um contato eltrico conjugado aoobturador. Emcmeras eletrnicas digitais, o flash no disparado diretamente pelo contato eltrico, mas por um circuito temporizador programvel acionado pelo contato.Atualmente, a maioria das cmeras eletrnicas digitais possui um flash eletrnico incorporado ao corpo da cmera sendo que somente cmeras de uso profissional ou semi-profissional ainda possuem contatos para sincronizao de flashes externos.

    Cmeras projetadas para usar lmpadas flash geralmente tinham um ou mais dos sincronismos M (rapidez mdia), F (mais rpida), ou FP (focal plane), sendo a sincronizao M a que foi mais largamente utilizada. Neste modo a sincronizao procurava tirar o mximo proveito da luz do flash fazendo coincidir o mximo de brilho do flash com a mxima abertura doobturadorcentral, o que era obtido com velocidades por volta de 1/60s. O modo M procurava tirar o mximo proveito da luminosidade da lmpada flash fixando a velocidade ideal para isso.

  • Para usar qualquer tipo de flash, seja porttil, acoplado cmera, de estdio e outros, temos que primeiramente observar a sua velocidade de sincronismo. Este sincronismo refere-se ao intervalo de tempo entre a abertura do obturador e o disparo do flash. Ambos devem acontecer exatamente no mesmo momento. Para isto, necessitamos de uma velocidade especfica que dispare o flash no exato momento em que o obturador esteja totalmente aberto para atingir o pico mximo de luz.

    Se o manual de sua cmera informar que o sincronismo do flash est regulado para 1/60, e se voc acidentalmente utilizar uma velocidade mais rpida como 1/125 ou ainda 1/250, a foto sair gravada somente em parte, pois a velocidade estar fora do pico, e a cortina do obturador estar cobrindo parte do filme durante a exposio.As cmeras manuais mais modernas permitem sincronismo do flash at 1/250.

    Os modelos High Tech, permitem at 1/800 ou mesmo 1/1000, dependendo de programas especficos. Entretanto, o que importa realmente saber que a velocidade de sincronismo a velocidade mxima permitida a operar com flash eletrnico. Esta velocidade, na maioria das vezes, registra apenas a luz emitida pelo mesmo.

  • NMERO GUIA FLASH MANUAL

    Cada tipo ou modelo de flash tem uma potncia, um poder de iluminao. Esta medida o nmero guia, indicado no manual do seu flash, para filmes de ISO 100.Em outras palavras, a luz que parte do seu flash se espalha e chega at o assunto com maior ou menor intensidade. Portanto, toda vez em que a distncia se altera, necessrio alterar o diafragma para uma correta exposio.

    Cada flash tem um nmero guia, uma potncia diferente. Para facilitar o manuseio, cada tipo ou modelo vem com seu respectivo nmero guia impresso em seu manual. Ou, com uma tabela de Distancia x Abertura, impressa no prprio corpo ou no visor de cristal liquido do flash. Observe-a com cuidado para conseguir a exposio correta.Esta tabela para uso do flash nas funes MANUAL (M), AUTOMTICO (A) ou ainda em TTL. Operar o flash em manual significa dizer que estamos utilizando sua potncia mxima, seu nmero guia.

    Para calcular a abertura adequada, a ser utilizada a partir do n. guia, caso seu flash no apresente esta tabela impressa muito simples:Nmero Guia (80) ISO 100 = Abertura do Diafragma = f/ 8.Distancia em Metros (10 m)A tcnica do Nmero Guia utilizada em flashes profissionais que no trazem impressa em suas respectivas cabeas, a tabela de Distncia x Abertura. Desta forma, consulta-se em seu manual o respectivo NG para cada sensibilidade de filme.

  • FLASH MODO AUTOMTICO

    Entretanto, a maioria dos flashes disponveis no mercado operam tambm em funo AUTOMTICO (A). Estes modelos possuem um tiristor, um sensor eletrnico que mede a tenso da luz, ou a intensidade do relmpago a ser emitida de acordo com a distncia entre o flash e o assunto a ser fotografado. Na mesma tabela junto ao flash voc encontra, para cada sensibilidade de filme, o diafragma a ser usado em funo Automtico.

    Estas indicaes geralmente se apresentam em cores diferentes, em funo das distancias que os assuntos se encontram. Cuidado: cada funo de Automtico indica uma abertura fixa, e o respectivo raio de ao, as distncias mnimas e mximas que o sensor pode alcanar! Mesmo nos flashes mais avanados tipo High Tech. Compreenda que o modo Automtico refere-se unicamente ao desempenho do flash, no havendo nenhuma mediao de exposio por parte da cmera.

  • FLASH MODO TTL

    TTL significa Through The Lens Metering, ou seja, leitura atravs da objetiva. Esta a leitura fotomtrica padro das cmeras monoreflex atuais. A luz passa pela objetiva e chega no plano do filme, onde ser medida por um sensor que medir a luz refletida da prpria superfcie do filme. Parece meio complicado, mas a inteno do fabricante tentar captar o sinal de luz com a maior fidelidade possvel.

    Quando operamos o flash em TTL, o tiristor que comanda sua funo automtica desligado e a intensidade da luz do flash est subordinada leitura do fotmetro. Desta forma, o sensor fotoeltrico aps ter analisado a luz no plano do filme da cena a ser fotografada, vai enviar ao flash (a ele conectado, via sapata ou cabo TTL), a quantidade de luz necessria para uma exposio normal.Apesar de teoricamente ser muito prtico, j que o fotmetro detecta a quantidade de luz exata que falta para obter uma exposio normal, e comanda o flash para suprir essa iluminao complementar, este modo s possvel nas cmeras tipo High Tech, em virtude dos contatos perifricos.

    Assim, o sistema TTL, est conectado com o fotmetro. Este mede a quantidade de luz disponvel, l a distancia pelo sistema Auto Focus, e informa ao flash qual a quantidade de luz necessria para complementar exposio, naquele plano, previamente focalizado. Os modelos High Tech ainda contam com programas de sub ou super exposio para melhor controle dos efeitos desejados.Por outro lado, o sistema TTL na maioria dos flashes inteligentes atuam como luz auxiliar. podendo subexpor ou super-expor o assunto. Quando isto ocorrer, recomenda-se utilizar a escola de compensao.

  • Flash Frontal

    O uso mais convencional do flash eletrnico o do flash direto, acoplado sapata da cmera, e apontado frontalmente para o tema. Por outro lado, esta posio normalmente produz sombras indesejveis, brilho excessivo na pele, e basicamente uma luz dura, clareando o assunto alm do ponto desejado e ausncia de meios tons. Entretanto h vrios meios de controlar este efeito de artificialidade produzido pelo Flash:

    1. Eliminao de Sombras:Afaste o assunto a ser fotografado mais ou menos 1.5 m do fundo, para que a sombra projetada pelo Flash no fique marcada atrs do corpo da pessoa. Essa simples providncia vai melhorar suas fotos.Caso tenha um fio ou cabo de extenso, procure ilumin-lo lateralmente, ou por cima, para que a sombra no incida diretamente no fundo. Use um rebatedor branco de cartolina, isopor ou papel alumnio para minimizar sombras do rosto e no fundo.Se o espao no permitir que voc proceda dessas maneiras, procure fotografar o assunto com fundo escuro, o qual absorver a maior parte das sombras projetadas pela luz do flash.

  • Flash Frontal

  • 2. Flash Rebatido:muitos profissionais dirigem o facho de luz do flash para o teto, parede, muito dura. Seus resultados so: luz difusa, homognea e sombras suaves que no aparecem no fundo. Pode ser utilizado tanto em modo manual, automtico ou TTL.Uma das formas recomendadas de utilizao do flash a de rebat-lo contra uma superfcie branca, no intuito de distribuir e difundir sua luz, simulando a luz natural interior.

    3. Flash Auxiliar(Flash de menor tamanho localizado logo abaixo do flash principal). Com a difuso da tcnica do flash rebatido, surgiu um outro tipo de problema: Quando o ngulo de incidncia da luz rebatida muito grande (muito parecido com a luz do sol prximo ao meio-dia), aparecem as clssicas sombras nos olhos, debaixo do nariz e do queixo. Para resolver esse problema, os fabricantes desenvolveram o flash auxiliar. um pequeno flash que fica em posio fixa frontal, e que sempre fornece uma iluminao complementar ao flash principal para somente iluminar as regies sombreadas pelo mesmo.

    4. Luz Mista, ou Flash de Preenchimento. possvel combinar a luz do flash com a luz natural como tcnica corretiva. Este recurso tem um princpio muito simples: preencher o vazio (de luz) nas sombras. Para tanto, a intensidade de luz do flash deve estar equalizada com a fotometria da luz ambiente. Pode tambm ser empregado para criar efeitos de raios de sol, cenas de contra luz, como entardecer ou otimizar brilhos, em dias nublados ou ainda para corrigir o balano de cores em ambientes com luz artificial.

  • Flash Rebatido