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SEDIL

"Queremosmantero controlodo negócio"

Fundada há quase 22 anos, a empresade desenvolvimento imobiliário resiste

ao contraciclo do mercado, e diz-secom capacidade financeira paraavançar com mais um novo projecto.

"Fazer casas para os outros, como se

fossem para nós" é o lema da Sedil,

empresa de desenvolvimento imo-biliário que, em 22 anos, construiu

15 projectos em Lisboa Criada porFilipe Antunes, empresário oriun-do de uma família da região de To-mar, com larga experiência neste

ramo, a empresa foi deixando a sua

marca nas melhores zonas da capi-tal - tendo também desenvolvido al-

guns projectos pontuais em Tomar

-, sobretudo na construção de habi-

tação.Mas orgulha-se, no entanto, de

ter no currículo alguns edifícios de

serviços, como a actual sede da Fe-

deração Portuguesa de Futebol e o

Pro-office, na António Augusto de

Aguiar.Living Vintage e Prestige Artilha-

ria Um são os projectos mais recen-tes desta empresa familiar, que é

hoje gerida por Nuno Antunes, filho

do fundador, que cresceu a acompa-nhar o pai nas suas visitas às obras.

O Prestige Artilharia Um foi fru-to da requalificação de um edifício

de escritórios com 9 andares, que foi

completamente reformulado pordentro e por fora, dando lugar a 17

fracções de habitação, com tipolo-giasTl,T3eTs.

A localização junto das Amorei-

ras e dos principais acessos a Lisboa,

e a ampla vista sobre a cidade, con-tribuíram para um processo de co-

mercialização rápido, já concluído.

Em fase de venda, a Sedil temactualmente o Living Vintage, umprojecto original sito na Av. Duquede Ávila, edificado num terrenoonde antes apenas existia uma mo-radia e um pequeno jardim.

Desse exímio espaço nasceu umedifício de 9 andares, em gaveto, queoferece as tipologias Tl, T 3e T4,e que fica completo com 6 pisos de

estacionamento.Este foi um projecto desafiante

para a empresa, uma vez que foiconstruído com as contingências da

intervenção do metropolitano nazona

Foi necessário aguardar quasedois anos até que as obras do Metro

permitissem o arranque dos traba-

lhos, e a proximidade das suas linhas

exigiu o uso de técnicas especiais de

ancoragem do edifício.

Alma feminina nos projectosTal como a maioria dos empreen-dimentos da Sedil, o Living Vinta-

ge também é da responsabilidadeda arquitecta Helena Moreira, quecolabora com a empresa há mais de

uma década. Nuno Antunes privi-legia relações fortes com todos os

profissionais com quem trabalha,

porque lhe permitem "estabelecer

laços de grande confiança e enten-dimento", fundamentais nestaárea de negócio.

"A arquitecta Helena Moreirajá sabe o que pretendemos dos pro-jectos", acrescenta Isabel Simões

Antunes, engenheira responsávelpelo acompanhamento de todas as

obras da empresa, e que veio im-primir um cunho mais feminino à

Sedil.

Alguns dos projectos são dese-nhados pela arquitecta, acompa-nhados por si e contam com a co-

laboração de uma decoradora na

selecção dos materiais."Sabemos que as mulheres têm

um papel fundamental na decisão

de compra de uma casa", assume a

responsável, explicando porqueesta alma feminina nos projectosé tão relevante.

Mas esta não é a única caracte-rística que distingue a Sedilno mercado. "Não fazemos obras-

-relâmpago", diz o seu sócio-geren-te, "gostamos de construir comtempo, porque há técnicas de cons-

trução civil que devem ser respei-tadas".

Apesar de reconhecer que a suaempresa está atenta aos novos ma-

teriais e tecnologias que se usamna sua área, Nuno Antunes salien-ta que a qualidade dos seus em-preendimentos se deve ao respei-to dos períodos de maturação queas obras exigem - "e que são cadavez menos respeitados" -, e aoacompanhamento dos trabalhos.

Estar diariamente no teatro de

operações é algo que aprendeucom o pai, quando começou a visi-tar as obras ainda de calções. O só-

cio-gerente da Sedil cresceu nomeio dos baldes de cimento e dostijolos, e nunca teve dúvidas que asua vida seria o negócio da família,sobretudo depois do pai ter funda-do esta empresa, para além da que

detinha com os irmãos - e ter cria-do a Sedil apenas com o núcleo fa-miliar mais próximo. Nuno Antu-nes gosta do mundo da construção,licenciou-se em Gestão, mas foi-se'formando' em Engenharia no ter-reno, de tal forma que conhece osseus projectos ao pormenor.

0 cliente em primeiro lugar"É importante gostarmos daquiloque estamos a fazer", explica Isa-bel Simões Antunes, "porque se es-tivermos só a levantar paredes de

tijolos e a assentar caixilharias nãovamos conseguir que o cliente se

apaixone pelas nossas casas".Os responsáveis da empresa fa-

zem questão de estar presentestambém nas vendas sempre quepossível, pois sabem que são osúnicos que têm todas as respostaspara as perguntas dos potenciaisinteressados e que isso é funda-mental para que os clientes ga-nhem confiança no produto ondevão aplicar o dinheiro.

Sabem responder desde umpormenor técnico até aos mate-riais, que são cuidadosamenteseleccionados por profissionais de

decoração - "e sempre que possí-vel, são de marcas nacionais", dizNuno Antunes. No Prestige Arti-lharia Um contaram com a colabo-

ração de Graça Viterbo, e no LivingVintage, a decoração ficou a cargode Mizé Botelho Brito.

A decoração dos andares-mo-delo é outro aspecto a que a Sedildá particular atenção, pois sabeque ver um andar já mobilado aju-da o cliente a tomar uma decisão.

A publicidade da Sedil tem sidofeita sobretudo através do passa--palavra, das recomendações dosclientes. "Temos uma relação degrande proximidade com os clien-tes", diz o seu sócio-gerente, "elestêm os nossos contactos e sabemque podem contar connosco a

qualquer altura, mesmo depois depassado os prazos de garantia dos

empreendimentos, estamos sem-pre disponíveis para ajudar".

Hoje, no entanto, perante a fal-ta de liquidez no mercado portu-guês, a Sedil tenta captar clientesem outros mercados, o que a levoua lançar algumas campanhas de

promoção em Angola, Moçambi-que, Cabo Verde, Estados Unidose Brasil. Mas sair de Portugal nãofaz parte dos planos, nem sequerde Lisboa. O seu responsávelgarante não se sentir atraídopor mercados que não domina e

que não teria capacidade de acom-panhar de perto como gosta de fa-zer em todos os seus empreendi-mentos.

É na capital que a Sedil conti-nuará a centralizar a actividade eonde tem cinco novos projectosque aguardam luz verde para ar-rancar. Um deles, a construção deum edifício de 8 pisos na Av. San-tos Dumond, está já a dar os pri-meiros passos, e deverá começar aser comercializado em 2014. Osoutros terão de esperar, pois na Se-dil mantém-se o princípio de Fili-pe Antunes de só iniciar projectosquando há capacidade financeirapara o fazer.

A entrada de novos sócios nun-ca esteve, nem está, no seu hori-zonte. "Queremos manter a di-mensão e o controle do negócio",assegura Nuno Antunes.

BI DA EMPRESANOME: Sedil - Sociedade de

Edificações, Lda

CRIAÇÃO: 1991

FUNDADOR: Filipe AntunesSÓCIOS ACTUAIS: Nuno Antunese Ana Antunes Lopes

EMPREGADOS: 7

EMPREENDIMENTOSEM LISBOA: 15

PROJECTOS EM CARTEIRA: 5

SITE: www.sedil.ptCONTACTO: [email protected] 21 712 25 00

TIMELINEOS CARTÕES-DE-VISITA DA SEDIL

1994JOSÉ ESTÊVÃO, 10R. José Estêvão, 10

8 apartamentos

1997RESIDÊNCIAS DE PALMAR. Alexandre Fleming, 5

16 apartamentos

1998EDIFÍCIO MADAME CURIEAv. Madame Curie, 11

13 apartamentos

2000EDIFÍCIO FONTE LUMINOSAR. Barão Sabrosa, 213

21 apartamentos

2001VARANDAS DE SAPADORESR. de Sapadores, 29-31

19 apartamentos

2003HERCULANOOFFICESR. Alexandre Herculano, 56-58Sede da Fed. Portuguesa de Futebc

2004

AMOREIRA RESIDENCER. Prof. João Când. de Oliveira, 11,

Lumiar - 20 apartamentos

CAMAREIRAS RESIDENCE

Quinta das Camareiras, lotes 6, 7 e

Telheiras - 57 apartamentos

2005PRO-OFFICEAv. António Augusto de Aguiar, 5

19 escritórios

2007SÁ DA BANDEIRA GARDENR. Marquês Sá da Bandeira, 10010 apartamentos

2008GALHARDAS LIFER. Joaquim Rocha Cabral, 5

27 apartamentos

PRESTIGE ARTILHARIA UMR. Artilharia Um, 10617 apartamentos

2012LIVING VINTAGEAv. Duque de Ávila/Pinheiro Chagas14 apartamentos


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