Anônimo
C O P I E
E
R E P R O D U Z A
C O M O
Q U I S E R
Na cidade entre dunas
Uma estrela triste, deslocada, brilha
Enquanto a constelação, desbotada,
Agoniza, em guerra fratricida.
Um insano edil espalha o odor fétido
Com seu gesto vil,
De impacto voto incoerente: ontem sim, hoje não;
De cálculo impreciso sob o calor do despeito
E da fria mentira tantas vezes repetida.
E o homem sério?
Silencia e se dilui por seu homônimo.
Da constelação, antes estrela, nem um rumor triste.
O cheiro lúgubre de cinzas prenuncia ruínas.
Um grito seco na esquina faz soar a inquietude.
Os laços de companheirismo se diluem
E um partido se estilhaça.
Pequenos fragmentos cristalizados, cortantes,
Fragilizam a já enfraquecida unidade
E soterram a política.
O que há por vir?
Só a força dos atos
De quem rejeita a insensatez
e a excessiva vaidade
Dirá.
Presságio Nº 002
23/05/2012