Pressupostos
2
Constituição Federal de 1988 e Leis 8.080 e 8.142 de 1990
Saúde como um Direito de Todos e um Dever do Estado
Art. 200: Sistema Único de Saúde é o ordenador da formação de recursos humanos em saúde
MP 621 de 07 de julho de 2013: cria o Programa Mais Médicos
Lei 12.871 de 22 de outubro de 2013: capítulos da Formação Médica no Brasil e Projeto Mais Médicos para o Brasil
Evidências da necessidade de mais médicos para o Brasil
3
Conjuntura de regulação incipiente do Estado brasileiro com base constitucional regulatória.
Contexto do mercado de trabalho na medicina: pleno emprego, postos não preenchidos, melhor remuneração e proteção social (IPEA, 2013).
Número de médicos por habitante abaixo da média da OCDE, do que países vizinhos e países com sistemas universais de saúde
Expansão dos serviços públicos de saúde
Proporção de médicos em outros paísesBrasil em 2013: 1,8 médicos a cada 1.000 hab
4
6.1
4.8
4.1 4.0 3.9 3.8 3.8 3.8 3.7 3.63.5 3.5
3.3 3.3 3.3 3.3 3.33.3
3.23.0 3.0 2.9 2.8 2.8 2.7 2.6
2.5 2.5 2.42.2 2.2 2.2
2.0
1.7 1.6
0
1
2
3
4
5
6
7
2011 2000Per 1 000 population
Fonte: OCDE 2013
22 estados estavam abaixo da média nacional – 1,8/mil habitantes
5 estados tinham menos de 1 médico por mil habitantes: • Acre• Amapá• Maranhão• Pará• Piauí
Menor que 1/milEntre 1/mil e 1,8/milAcima de 1,8/mil
Fonte: CFM e IBGE – 2012
Distribuição muito desigual
5
Gráfico 1 – Evolução das admissões por primeiro emprego, do salário real* de médicos no mercado formal e de egressos de medicina no ano anterior – Brasil, 1998/99 – 2009/10.
Fonte: EPSM a partir do Censo da Educação Superior do INEP/MEC e da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE). *Calculado a partir da remuneração média
anual de médicos no mercado formal, deflacionado a preços constantes de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em relação ao primeiro ano da série.
EVOLUÇÃO DAS ADMISSÕES POR PRIMEIRO EMPREGO, DO SALÁRIO REAL* DE MÉDICOS NO MERCADO FORMAL E DE EGRESSOS DE MEDICINA NO ANO ANTERIOR – BRASIL, 1998/99 – 2009/10
Fonte: EPSM a partir do Censo da Educação Superior do INEP/MEC e da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/TEM). *Calculado a partir da remuneração média anual de médicos no mercado formal, deflacionado a preços constantes no índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em relação ao primeiro ano da série.
Em 10 anos, o número de novos empregos para médicos ultrapassou em 53 mil o de profissionais formadosAs escolas médicas formam apenas 64% da necessidade do mercado de trabalho
Postos de Trabalho Médicos formados -
20,000
40,000
60,000
80,000
100,000
120,000
140,000
160,000
146,00
0
93,000
Comparação Postos de trabalho/Médicos Formados
Mercado com demanda maior que formação
7
Impacto da escassez de médico no sistema de saúde
8
Índice de escassez de médicos em Atenção Primária à Saúde (APS)*
Proporção de domicílios com renda per capita abaixo da linha da pobreza (R$ 137)
Fonte: Estação de Pesquisa de Sinais de Mercado (EPSM/NESCON/FM/UFMG).* Considera o número de médicos equivalente a 40 horas nas especialidades de clínica médica, saúde da família e pediatria.
AustriaDenmark
IrelandNetherlands
GreeceCzech Republic
IcelandPortugalMexico
AustraliaGermany
United KingdomFinland
HungaryNorway
ItalyOECD33BelgiumSlovenia
SwitzerlandEstonia
SpainPoland
SwedenSlovak Republic
BrasilKorea
New ZealandCanadaTurkey
United StatesChile
FranceJapanIsrael
0 5 10 15 20 25
19.916.8
16.114.5
14.313.913.8
12.212.112.1
11.811.711.511.511.5
11.010.6
10.210.0
9.49.3
9.08.78.68.5
8.28.08.0
7.46.9
6.66.26.06.0
4.9
Per 100 000 population
O Brasil tem uma taxa de egressos por 100.000 habitantes menor que a média dos países da OCDE
Fonte: OCDE e Censo da educação superior (INEP/MEC) e IBGE - 2012
11,5 mil novas vagas de graduação até 2017
12, 4 mil novas vagas de Residência até 2017 e 16,5 mil até 2018
Atingindo a meta de
médicos por mil habitantes
2,7
Brasil sairá de 374 mil para
600 mil médicos até 2026
Metas
Ampliação e Melhoria da Infraestrutura
Formação para o SUS Provimento Emergencial
Ampliação da Oferta na Graduação e Residência
Médica
Mudança no Eixo dos Locais de Formação
Reorientação da Formação
Editais de Chamadas Nacional e
Internacional
Cooperação internacional
Mais Médicos para o Brasil
Eixos
11
Resultados do Programa
18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Indígenas
72,8% dos municípios brasileiros atendidos
63 milhões de brasileiros beneficiados
Em 2015, maior participação dos médicos brasileiros
Mais assistência para a população
CRM/Brasil2014 20151.846 5.274
médicos médicos
Interc. Individual2014 20151.187 1.537
médicos médicos
Interc. Cooperação
2014/201511.429 médicos
62,6%8,4%28,9%
2015: participação de médicos brasileiros
15.747 médicos com registro no Brasil (CRM) inscritos no edital de janeiro
100% das 4.139 vagas ocupadas por médicos brasileiros
Edital em vigência para reposição de 327 vagas: 5.414 médicos brasileiros inscritos (16 médicos/vaga)
Perfis Prioritários20% ou mais da população em situação de extrema pobreza
CapitalG100
IDHM baixo / muito baixoMédio Alto Uruguai
Municípios com população quilombolaRegião Metropolitana
SemiáridoVale do Jequitinhonha
MucuriVale do RibeiraSaúde Indígena
Assentamento Rural
Mais de 75% dos médicos estão em
municípios com indicadores
gerais de alta vulnerabilidade social
Mais Médicos para o interior e periferias do Brasil
16
Percentual baixíssimo de desistentes
PERFIL PERCENTUAL DE DESISTENTES ENTRE O TOTAL DO PERFIL
CRM Brasil12,9% do total
Intercambistas Individuais (Brasileiros e Estrangeiros)
2,4% do total
Cooperação OPAS0,6% do total
TOTAL GERAL4,4% do total
Resultados do Programa Mais Médicos
Programa já tem efeitos importantes:• na expansão da Cobertura de Atenção Básica e Saúde da
Família• na ampliação do acesso, da oferta de ações de saúde • na melhoria da saúde da população: melhoria de indicadores
de saúde e redução de internações sensíveis • na satisfação e aprovação dos usuários, médicos e gestores
Resultados do Programa Mais Médicos
Programa já tem efeitos importantes:• na expansão da Cobertura de Atenção Básica e Saúde da
Família• na ampliação do acesso, da oferta de ações de saúde • na melhoria da saúde da população: melhoria de indicadores
de saúde e redução de internações sensíveis • na satisfação e aprovação dos usuários, médicos e gestores
Atenção Básica
Mais Médicos
Pesquisa da Rede Observatório Programa Mais Médico com mais de 10 Universidades
Relatório TCU, a partir da avaliação da chegada dos médicos em 1.837 municípios, traduz alguns dos
impactos já sentidos pela população:
Mais Médicos e Equidade
20% POBREZA DEMAIS LOCALIDADES REGIÃO METROPOLITANA
G100 CAPITAL0.00
0.02
0.04
0.06
0.08
0.10
0.12
0.14
0.160.14
0.07 0.06 0.06
0.03
Médicos do Programa Mais Médicos/mil hab. - Perfil do Município
Fonte: Rede Observatório do Programa Mais médicos
Municípios com escassez de médicos em Atenção Primária segundo graus de escassez antes e depois do Programa Mais
Médicos para o Brasil
Traços Baixa Moderada Alta
419
524
238
19
148
266
139
4
2013 2014
Fonte: EPSM/UFMG
Aumento de Consultas
Com o Mais Médicos, o número de consultas médicas na Estratégia de Saúde
da Família cresceu 29%
Nos municípios participantes, crescimento foi de 33%
Nos municípios sem Mais Médicos, foi menos da metade: 15%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Municípios sem MMBrasilMunicípios com MM
15%
29%
33%
Fonte: Rede Observatório do Programa Mais Médicos
Jan/2013 a jan/2015
Avaliação do Programa - Impactos
• Aumento de atendimento de situações de urgência na atenção básica e realização de procedimentos como sutura de feridas e exérese de unha
• Melhoria no acesso e acompanhamento de programas como pré-natal, saúde da criança, saúde mental e atenção a doenças crônicas
+ Atenção Básica = menos internações
• Os municípios com médico do Mais Médicos apresentaram
uma redução de 4% das internações (dez/2013 a dez/2014)
• Nos municípios com cobertura do Mais Médicos maior que 36% da
população, a redução no mesmo período chegou a 8,9%• Em 2015, mais de 91 mil pacientes não precisarão ser
internados em todo o país, liberando os leitos para os que mais necessitamFonte: Rede Observatório do Programa Mais Médicos
Avaliação do Programa - Usuários
• Em pesquisa (UFMG/IPESPE) realizada com 14 mil usuários em 699 municípios:
• 95% dos usuários estavam muito satisfeitos com a atuação do médico
• Apenas 3% tiveram dificuldade ou muita dificuldade de se comunicar com o médico
• 85% afirmaram que a qualidade do atendimento melhorou
• 87% que o médico é mais atencioso
• 82% que é melhor e ou muito melhor a resolução dos seus problemas de saúde durante a consulta
Avaliação do Programa - Gestores
• A pesquisa (UFMG/IPESPE) entrevistou também 227 gestores, cada um de um município diferente que recebeu o Mais Médicos
• Antes do programa davam nota média de 6,6 à atenção à saúde da população e agora dão 8,7
• Os principais fatores relacionados a esse aumento são: • Ter sempre médicos nas UBS e cumprindo a carga horária• Ampliação do acesso e aumento da oferta de consultas• Melhoria da qualidade do atendimento• Proximidade e bom relacionamento entre o médico e o paciente
Avaliação do Programa - Médicos
• Por fim, a pesquisa (UFMG/IPESPE) entrevistou ainda 391 médicos de todas as nacionalidades
• 100% disseram que foram bem recebidos pela comunidade
• 98% indicariam o Programa a um amigo
• De zero a dez a nota que deram à relação com a equipe de saúde foi 9,6
• A que deram à supervisão do programa foi 9,0
• E a que deram ao programa como um todo foi 9,1
1 –OBJETIVOS GERAIS
2 –PERFIL DOS MÉDICOS COOPERADOS
E DA COMUNIDADE ASSITIDA
3 –COMUNICAÇÃO
4 –ATENDIMENTO E CONDUTA 5 –AVALIAÇÃO
Pesquisa UFMG e IPESPE
A maioria dos médicos são cooperados, estão acima dos 30 anos, com grande experiência profissional, especialmente na atenção básica.
DE CADA GÊNERO50%78% ACIMA DOS 30 ANOS
63% MAIS DE 10 ANOS DE FORMADO50% MAIS DE 10 ANOS DE EXPERIÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA
98% POSSUEM ESPECIALIZAÇÃO
Perfil dos Médicos
84
13
2
1
P18. Durante a última consulta, o (a) sr (a) :P19 (PARA QUEM RESPONDEU 2, 3 OU 4 NA P18)Por que o(a) Sr.(a) teve dificuldade para se comunicar com o(a) médico(a)?
(%)
Espontânea - Resposta única - Principais menções
Não teve dificuldade de se comunicar com o médico
Teve pouca dificuldade de se comunicar com o médico
Teve dificuldade de se comunicar com o médico
Teve muita dificuldade de se comunicar com o médico
Base: Apenas para quem respondeu que teve dificuldade em se comunicar com o médico na P18
Por que teve dificuldade de se comunicar com o médico?
Motivos %
Por causa do idioma 87
Ele não deixa a gente falar 1
NS / NR 12
Comunicação da Comunidade Assistida
Grau de dificuldade de comunicaçãoAssistidos
P22./P2 De forma geral que nota de 0 a 10, em que 0 significa péssimo e 10 significa ótimo, o(a) Sr(a) daria ao Programa Mais Médicos?
Nota
COMUNIDADESASSISTIDAS
COMUNIDADESNÃO ASSISTIDAS
(%) (%) acumulado (%) (%)
acumulado
Zero 0 0 3 0
Um 0 0 1 0
Dois 0 0 1 2
Três 0 0 2 4
Quatro 0 0 3 7
Cinco 3 4 10 18
Seis 2 6 6 25
Sete 5 11 10 37
Oito 16 28 18 57
Nove 16 44 13 71
Dez 55 100 25 100
MÉDIA 9,0 7,5Mais da metade dos usuários deram nota máxima ao Programa. 75% da população das comunidades não assistidas deram nota superior/igual a 7.
Avaliação do Programa
Primeira fase da pesquisa:
Comunidade Assistida n= 4.000
Comunidade Não Assistida (grupo controle)
n= 1.000
Avaliação do Programa
Primeira Fase
Qualidade do atendimento
Duração da consulta
Esclarecimento sobre o seu problema de saúde
Acompanhamento do paciente pelo mesmo médicos
Comunidade
Comunidadesnão assistidas
Comunidadesassistidas
Avaliação Expectativa
Muito Melhor / Melhor7
1
8
6Muito Melhor / Melhor6
5
8
4Muito Melhor / Melhor6
2
8
3Muito Melhor / Melhor6
3
8
0
Avaliação do Programa
Segunda fase da pesquisa
• O médico trata os pacientes com respeito (90%); atenciosidade (89%); com cuidado (87%); passa confiança no atendimento (86%); tira dúvidas de forma clara dos pacientes (83%) e preocupa-se com sua melhora (82%).
• Principais atributos positivos mencionados: aumento do nº de consultas; médicos mais atenciosos e educados, e a presença de um médico todos os dias.
• 9,0 foi nota média dada ao programa pela comunidade. Mais de 50% da população atribui nota 10,0 ao MM.
Comunidade
Avaliação do Programa
Segunda fase da pesquisa
• A média da nota dada à assistência à saúde antes do programa e depois do programa subiu de 6,3 para 8,4 (↑33%)
• Alta satisfação com o médico (95%) e aumenta com nº de vezes em que foi atendido.
• 88% da população consegue atendimento com o médico e 80% consegue atendimento às pequenas urgências na UBS.
• Para a maioria, o programa está melhor do que o esperado (75%)
Comunidade
Segunda fase da pesquisa
• As principais menção positivas ao programa: ampliação de oferta de médicos e presença efetiva do profissional; maior disponibilização do atendimento e redução de filas; efetivo cumprimento da carga horária e melhoria na qualidade do atendimento.
• A nota média atribuída a assistência à saúde antes do programa foi 6,6, enquanto após o Mais Médicos foi 8,7 (↑24%).
• 97% dos gestores avaliam que o PMM melhorou o serviço de saúde• 96% está satisfeito com o programa.
Avaliação do Programa
Gestores
Segunda fase da pesquisa
• Destaques: Melhorou a facilidade de marcar atendimento com o médico (84%); a variedade de procedimentos realizados pelo médico (81%); o acompanhamento do paciente pelo mesmo médico (79%) e a qualidade do atendimento (71%).
• Resolução do problema de saúde do paciente durante a consulta do paciente melhorou para 71% dos gestores e 81% da comunidade.
• Bom relacionamento com o médico para 97%.
Gestores
Avaliação do Programa
Ampliação e Melhoria da Infraestrutura
Formação para o SUS Provimento Emergencial
Ampliação da Oferta na Graduação e Residência
Médica
Mudança no Eixo dos Locais de Formação
Reorientação da Formação
Editais de Chamadas Nacional e Internacional
Cooperação internacional
Mais Médicos para o BrasilDimensões
11
Estrutura das Unidades Básicas de Saúde
91% dos municípios receberam recursos do MS para reformar, ampliar e/ou construir novas UBS
Dentre as 38 mil UBS avaliadas pelo PMAQ*, 71% passaram ou estão passando por obras
77% das obras são cofinanciadas pelo Governo Federal por meio do Mais Médicos
13 mil UBS conectadas com banda largaSem Requalifica (475)
Com Requalifica (5095)
* Programa Nacional de Melhoria Acesso e da Qualidade da Atenção Básica
Formação para o SUS
Ampliação da Oferta na Graduação e Residência Médica
Mudança no Eixo dos Locais de Formação Reorientação da Formação
Ampliação e Melhoria da Infraestrutura
Provimento Emergencial
Editais de Chamadas Nacional e Internacional
Cooperação internacional
Mais Médicos para o BrasilEixos
40
Egressos dos cursos de Medicina
MGFC – ano 11. Genética 2. Medicina do Trabalho3. Medicina do Trafego 4. Medicina Esportiva5. Medicina Física e
Reabilitação6. Medicina Legal7. Medicina Nuclear8. Patologia9. Radioterapia
Clínica Médica
Cirurgia Geral
GO
Pediatria
Psiquiatria
Med. Prev e Social
Outros Programas
Dez/2018
MGFC – ano 2
Fluxo da passagem dos Egressos da Graduação de Medicina para a Residência Médica (Lei 12.871/13)
Livro – 2 anos do programa
Programa mais médicos: 2 anos de mais saúde para os brasileiros
Desafios para efetivar a atenção à saúde integral e equânime no Brasil
Eixos e inovações do programa Mais Médicos A implantação do Mais Médicos em cada uma de
suas dimensões Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/agosto/03/livro-maismedicos-2015.pdf