Transcript

Lúcia HelenaMarciano Ros

Emborlevar a mohanseníase, n

As incmãos de pacalterações scausadas peperiférico e careações podemda mão.

PREVENÇÃO

As técnquando aceitautilizadas emcontribuem pdeformidadesmuscular, retreabsorção.osteomielite,conseqüência

As técnnas mãos enlubrificação dinstrumentos

EDUCAÇÃO E

A Educprevenção dparticipaçãoenvolvidas noDeve ser inicpaciente seráalgum tipo denão agraváconhecimentoatitudes para

A autodiária do pacihá presençaressecamentoqueimaduras.condutas opoevitar o seu ag

HIDRATAÇÃO

A hidrrealizadas pelseca por lesãpodem dar ori

O pactemperaturaenxugá-las e aevaporação daou hidratante(12%).

PREVENÇÃO DE INCAPACIDADES DAS MÃOS

S. Camargoemari Baccarelli

a a poliquimioterapia tenha demonstradodificações significativas no controle daão impede a ocorrência de deformidades.apacidades e deformidades encontradas nasientes com hanseníase são decorrentes dasensitivas, motoras e autonômicas. Sãolo comprometimento do sistema nervososos de reações do tipo II. Nesses casos, taisacometer o sistema ósteo-músculo articular

E TRATAMENTO

icas simples de prevenção de incapacidades,s e incorporadas pelo paciente, podem serseu domicílio diariamente. Essas técnicas

ara reduzir ou evitar o agravamento dasna presença de ressecamento de pele, atrofiaração de partes moles, retração articular eProblemas como úlceras, infecções equando não tratados, podem levar a

s graves.icas simples de prevenção de incapacidadesvolvem: educação em saúde; hidratação ea pele; exercícios; órteses; adaptações dede vida diária e de trabalho.

ORIENTAÇÃO SOBRE AUTO-CUIDADOS

ação em Saúde é um recurso importante nae incapacidade e deve contar com ados familiares e de todas as pessoasprograma de prevenção de incapacidades.7

iada no momento do diagnóstico, quando oesclarecido quanto à sua doença. Se já tiverdeformidade, será orientado no sentido de

-la. Após adquirir e praticar essess, espera-se que ele modifique seus hábitos eevitar incapacidades.

-inspeção das mãos deve fazer parte da rotinaente, que, ao examiná-las, deverá observar sede bolhas, fissuras, pontos de hiperpressão,

de pele, calosidades, edema, cicatriz eNa presença de qualquer destes achado, as

rtunas deverão ser tomadas no sentido deravamento.

E LUBRIFICAÇÃO

atação e lubrificação da pele deverão sero paciente, devido ao fato de a pele se tornaro das glânduIas sudoríparas. Mãos secasgem a fissuras e conseqüentes infecções.iente deverá colocar as mãos na água, àambiente, por 10 minutos. Logo após,plicar uma substância oleosa para impedir aágua. Essa substância poderá ser a vaselinaà base de uréia (10%) ou lactado de amônio

Npacientcuidadoevita ouulceraç

Aexercíci

EXERC

Tparéticamovimepodemaos exeresistid

-

-

-

Econtraçsua amcaso, a

Os exerlesão ezero a cforça m

Os exer

c

Upara aensinadterapeua execuA seguirealizad

1- AL

prevepreseproxidevemSão cgamevezes

82

a presença de calosidades, após a hidratação, oe deverá removê-las com uma lixa fina, tomando

para evitar ferimentos. A remoção desses calosdiminue a hiperpressão nessas áreas, prevenindo

ões.hidratação e a lubrificação devem preceder osos.

ÍCIO

em como objetivo fortalecer a musculaturada mão, manter ou recuperar a amplitude de

nto articular. Segundo BARAK et al1, os exercíciosser classificados em ativo e passivo. Em relaçãorcícios ativos, podem ser: assistidos ou não e

os.. São indicados nos seguintes casos:

Exercícios ativos: quando o paciente consegueproduzir um movimento mediante a contraçãomuscular, em sua amplitude de movimento total.

Exercícios ativos assistidos: quando o pacientenão consegue produzir um movimento por meioda contração de um músculo, em sua amplitudede movimento total. Ao produzir um movimentoparcial, necessita de ajuda para completar aamplitude de movimento.

Exercícios ativos resistidos: quando o pacienteconsegue produzir um movimento através deuma amplitude de movimento total contra umaresistência ao longo de todo o movimento.

m relação aos exercícios passivos, na ausência deão muscular, o membro é movimentado através deplitude de movimento por uma força externa; nodo terapeuta.

cícios são selecionados de acordo com o tipo deo grau de comprometimento motor, que varia de

inco.2,4,5,6 Sua indicação, de acordo com o grau deuscular, deve obedecer aos critérios do Quadro 1.

cícios são contra-indicados na presença de :

Dor — impede ou limita o movimento.

Inflamação aguda - aumenta o edema e a lesão.

Úlceras — os exercícios comprometem a suaicatrização.

ma vez definidos os exercícios mais indicadoscondição funcional do paciente, esses devem seros aos poucos, um ou dois de cada vez. 0ta deverá certificar-se de que o paciente entendeução deles, antes de orientá-lo a fazê-los em casa.r; descrevem — se os principais exercícios a serem

os:

ONGAMENTO DOS FLEXORES DOS DEDOS

Os exercícios de alongamento são indicados paranir ou reduzir retrações dos tendões flexores. Nança de retrações nas articulações interfalangeanasmais, os exercícios de alongamento descritos abaixo

ser realizados de modo suave, para evitar fissuras.ontra-indicados na presença de anquilose. Cada alon-nto deverá ser mantido por 20 segundos, repetido 3, e realizado na freqüência de 3 vezes ao dia.

Quadro 1—Condição Funcional, Graduação de força muscular, descrição e tipo de exercício

1.1-

1.2-

1.3-

1.4-

fixando as articulações metacarpofalangeanasem máxima flexão. Estender o máximo queconseguir as interfalangeanas. Se necessário,auxiliar a extensão com a outra mão.

Fig. 1. Alongamento dos tendões flexores

Proteger a superfície de uma mesa com toalhamacia, posicionar o paciente em pé, em frente àmesa. Apoiar sua mão sobre a mesa, próximo àsua borda. O antebraço estará livre do contatocom a mesa, porém no mesmo plano e ocotovelo fletido. Pedir ao paciente para apoiarsua outra mão sobre a região dorsal da mão aser tratada, para estabilizá-la sobre a mesa.Orientá-lo a estender o cotovelo, ao mesmotempo que leva o braço e o antebraço emposição perpendicular ao plano da mesa. Dessaforma , produz-se o alongamento dos flexores,o qual deve ser obtido gradualmente (fig.1).

0 antebraço deverá ser apoiado sobre a mesacom a palma da mão a ser tratada voltada paracima. Deslizar a palma da outra mão sobre amão massageada, no sentido proximal paradistal. Manter os dedos em máxima extensão.

Posicionar o paciente com a palma da mão aser tratada voltada para cima. Com a outramão, estabilizar a falange proximal do dedotratado e aplicar uma pressão na falange médiaem direção à extensão da interfalangeanaproximal.

Palma da mão para cima, apoiar o dorso dasfalanges proximais com a outra mão ou naborda lateral da mesa,

83

2 - ALONGAMENTO DO PRIMEIRO ESPAÇO DORSAL

2.1-

ATIVOS R

Osdevem serna freqüên

3.1- MÚSCNERVO UL

F

Apoiar a borda ninar da mão na mesa e, com aoutra mão, segurar o 10 metacarpo. Movimentá-lo no sentido de promover a máxima abdução

do polegar.

3 - EXERCÍCIOS ATIVOS, ATIVOS ASSISTIDOS E

ESISTIDOS

exercícios visando ao fortalecimento muscularmantidos por 6 segundos, repetidos 10 vezes,cia de 3 vezes ao dia.

ULOS INTRÍNSECOS INERVADOS PELONAR

3.1.3

3.1.1- PRIMEIRO INTERÓSSEO DORSALAtivo Assistido - Com o antebraçoapoiado sobre a mesa e a palma da mãovoltada para baixo, abrir o 2° dedo omáximo que conseguir Com a outramão, o paciente ajuda a completar o

movimento.

Ativo - Com o antebraço apoiado sobre amesa e a palma da mão voltada parabaixo, abrir o segundo dedo em suaamplitude de movimento completa.

Aa2pm(

3.1.2

Aspca

3.1.4

tivo Resistido - Na mesma posiçãocima, colocar um elástico ao redor do° e 5° dedos para fazer resistência. Oaciente deverá afastar o 2° dedo, oáximo que conseguir, do 3° dedo

fig.2).

4- MÚSCULOS IN

ig. 2. Exercício ativo resistido para primeiro interósseo

dorsal

- ABDUTOR DO 5° DEDO

tivo Assistido: Com o antebraço apoiadoobre a mesa e a palma da mão voltadaara baixo, abrir o 5° dedo o máximo queonseguir. Com a outra mão, o pacientejuda a completar o movimento.

4.1- ABDUTAtivo Asmesa ,polegaroutra m

Ativo: Cpalma dperpendamplitud84

Ativo: Com o antebraço apoiado sobre amesa e a palma da mão voltada parabaixo, abrir o 5° dedo em sua amplitudede movimento completa.

Ativo Resistido: Na mesma posição acima,colocar um elástico ao redor do 2° e 5°dedos para fazer resistência. O pacientedeverá afastar o 5° dedo o máximo queconseguir, do 4° dedo.

- LUMBRICAIS DO 4° E 5° DEDO EINTERÓSSEOS DO 2° AO 5° DEDO

Ativo Assistido: Com o antebraço apoiadosobre a mesa, palma da mão para cima,flexionar as articulaçõesmetacarpofalangeanas do 2° ao 5° dedoaté 90°, mantendo as interfalangeanasem extensão. Com o auxílio da outramão, ajudar a manter asinterfalangeanas em extensão.

Ativo: Com o antebraço apoiado sobre amesa , palma da mão para cima,flexionar as articulaçõesmetacarpofalangeanas do 2° ao 5° dedoaté 900, mantendo as interfalangeanasem extensão.

Ativo Resistido: Segurar e apertar umprendedor de roupa entre o polegar e osdemais dedos. Manter asinterfalangeanas em extensão.

- OPONENTE DO 5° DEDOAtivo Assistido: Com o antebraço apoiadosobre a mesa, palma da mão para cima,realizar a oponência do 50 dedo aopolegar Com a outra mão, manter o dedonessa posição. Manter asinterfalangeanas em extensão.

Ativo: Com o antebraço apoiado sobre amesa , palma da mão para cima, realizara oponência do 5° dedo ao polegar.Manter as interfalangeanas em extensão.

Ativo Resistido: Segurar e apertar umprendedor de roupa entre o 5° dedo e opolegar Manter as interfalangeanas emextensão.

TRÍNSECOS INERVADOS PELO NERVOMEDIANO

OR CURTO DO POLEGARsistido: Com o antebraço apoiado sobre apalma da mão para cima , elevar operpendicular à palma da mão. Com aão, manter o dedo nessa posição.

om o antebraço apoiado sobre a mesa ,a mão para cima , elevar o polegar

icular à palma da mão, em suae de movimento completa.

5 - MÚSCULOS INERVADOS PELO NERVORADIAL

Ativo Resistido: Com o antebraço apoiadosobre a mesa , palma da mão para cima ,colocar um elástico formando um oito, aoredor da falange proximal do polegar e do 2°dedo. Elevar o polegar perpendicular àpalmada mão (fig.3).

5.1- EXTENSORES DO PUNHOAtivo assistido: Com o antebraço apoiadosobre a mesa , palma da mão para baixo ededos semifletidos, estender o punho, atéonde for possível, completando o movimentocom a ajuda da outra mão.

Ativo: Com o antebraço apoiado sobre a mesa, palma da mão para baixo e dedossemifletidos, estender o punho em suaamplitude de movimento completo.

Ativo Resistido: Com o antebraço apoiadosobre a mesa , palma da mão para baixo,segurar um objeto com o máximo de peso queconseguir e levantar o punho (fig.4).

Fig. 4. Exercício ativo resistido para extensores dopunho

Fig. 3. Exercício ativo resistido para abdutor curto dopolegar

4.2- OPONENTE DO POLEGARAtivo Assistido: Com o antebraço apoiadosobre a mesa, palma da mão para cima , oporo polegar aos demais dedos. Com a outramão, manter o polegar nessa posição. Mantera interfalangeana em extensão.

Ativo: Com o antebraço apoiado sobre amesa, palma da mão para cima, opor opolegar aos demais dedos em sua amplitudede movimento completa. Manter ainterfalangeana do polegar em extensão.

Ativo Resistido: Segurar e apertar umprendedor de roupa entre o polegar e osdemais dedos. Manter a interfalangeana dopolegar em extensão.

4.3- LUMBRICAIS DO 2° E 3° DEDOSAtivo Assistido: Com o antebraço apoiadosobre a mesa, palma da mão para cima,flexionar a articulação metacarpofalangeanado 2° e 3° dedos até 90°, mantendo asinterfalangeanas em extensão. Com o auxílioda outra mão, ajudar a manter asinterfalangeanas em extensão.

Ativo: Com o antebraço apoiado sobre amesa, palma da mão para cima, flexionar aarticulação metacarpofalangeana do 2° e 3°dedos até 90°, mantendo as interfalangeanasem extensão.

Ativo Resistido: Segurar e apertar umprendedor de roupa entre o polegar e o 2° e3° dedos. Manter as interfalangeanas emextensão.

6- EXERCÍCIOS QUE CONTEMPLAM TODOS OSMÚSCULOS INTRÍNSECOS INERVADOS PELOSNERVOS ULNAR E MEDIANO

6.1- LUMBRICAIS, INTERÓSSEOS, ABDUTORCURTO E OPONENTE DO POLEGAR.

Ativo Assistido: Com o antebraço apoiadosobre a mesa , palma da mão para cima ,formar um cone com o polegar e os dedos do 2°ao 5°. Flexionar as articulaçõesmetacarpofalangeanas até 90°, opor o polegaraos demais dedos, mantendo asinterfalangeanas em extensão. Com o auxílioda outra mão, manter os dedos nessa posição.

Ativo: Com o antebraço apoiado sobre a mesa ,palma da mão para cima , formar urn conecom o polegar e os dedos do 2° ao 5°. Flexionaras articulações metacarpofalangeanas até 90°,opor o polegar aos demais dedos, mantendo asinterfalangeanas em extensão.

Ativo Resistido: 1 - Segurar um prendedor deroupa entre o polegar e o 2° dedo. Manter asinterfalangeanas em extensão, enquantoaperta o prendedor. Repetir corn cada dedo(fig.5).

85

Fig. 5. Exercício ativo resistido para lumbricais,interósseos, abdutor curto e oponente do polegar

2-Com flexão da metacarpofalangeana e extensãodas interfalangeanas, pegar com a polpa do dedoobjetos de tamanhos, formas e pesos variados.Repetir com cada dedo.

ADAPTAÇÕES

As adaptações são modificações simples realizadasem instrumentos de trabalho e de uso pessoal, parapromover ou facilitar a independência funcional. melhoraro padrão preensor e prevenir ou impedir o agravamentodas deformidades. Quando os comprometimentos motor esensitivo estão associados, dificilmente se pode dispensar ouso de adaptações MARCIANO & BACCARELLI.3

A insensibilidade das mãos e a perda da forçamuscular impedem a preensão normal e aumentam osriscos de ferimentos e deformidades. Os pacientes, nodesempenho de suas atividades, sejam elas no lar (lavar,passar, cozinhar, arrumar a casa), no trabalho (motorista,marcenaria, carpintaria, lavoura, serralheria) ou noesporte, podem sofrer ferimentos, traumatismos equeimaduras, causados pelo uso inadequado de umaferramenta. Esses acidentes podem ser observados pelainspeção diária das mãos, e evitados com o uso deadaptações.

A seguir sugerem-se algumas adaptações:Talheres adaptados de acordo com o padrão

preensor. Pode-se aumentar ou diminuir a espessura docabo com madeira, borracha, tubos plásticos, adequando-as à mão do paciente.

Luvas revestidas com espuma ou amianto paraproteger a mão do calor excessivo. Na ausência da luva,orientar o paciente a utilizar um pano grosso.

Colher de madeira com cabo longo para mexer ouretirar alimentos. 0 cabo deverá ser completamente liso esem arestas, para não causar ferimentos. Ao cozinhar, opaciente deverá ser orientado a não deixar o cabo do talherem contato com a panela, para evitar seu aquecimento.

- Alças de madeira nas tampas ou outro materialisolante.

Abotoador para manipular botões ou velcro parasubstituí-los (fig.6).

Aumentar a área de apoio da chave, fixando umsuporte de madeira ou plástico para facilitar apinça lateral, permitindo assim maiordistribuição da pressão e, conseqüentementeevitando traumas (fig.7).

- Piteiras para evitar as queimaduras interdigitais,causadas pelo uso do cigarro.

- Aumentar ou diminuir o diâmetro de cabos devassoura, enxada, foice e outras ferramentasmanuais. Os cabos devem ser bem lisos, semnenhuma aresta. Revesti-los com material macioe resistente para diminuir o atrito e evitarferimentos. Na impossibilidade de revesti-los,usar uma luva.

Fig. 6. Abotoador para manipular botões naausência da preensão fina

Fig. 7. Adaptação para facilitar pinça lateral

A inspeção diária nas mãos é sempre necessáriapara constatar se há bolhas ou outras lesões decorrentesdo uso inadequado de uma ferramenta e do manuseiodescuidado das mãos. Quando o paciente está conscientedos benefícios que as adaptações podem lhe proporcionar,ele mesmo, muitas vezes, cria adaptações, de acordo comsua necessidade.

Pacientes com mãos severamente mutiladas podemse beneficiar com o uso de adaptações, tornando-seindependentes na execução das atividades de vida diária.Na ausência de preensão, é necessário um dispositivo paraposicionar talheres, piteira, caneta e aparelho de barba(fig.8).

86

TRE

motopreecarrpreepalmdevevezmãola co

evita

Nose exnãoserdura

riscolesõeatritajusjunt

Fig. 8. Dispositivo para posicionar caneta emmão severamente mutilada

INO EM ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA

Na hanseníase, os comprometimentos sensitivo er alteram o padrão funcional e a eficiência da

nsão. Esta, quando em gancho, é utilizada paraegar Objetos pesados. Na presença de garra rígida, estansão é contra - indicada, para prevenir fissuras na facear das interfalangeanas proximais (fig.9). Os pacientesm ser orientados a utilizar as grandes articulações emdas pequenas. Por exemplo, carregar uma sacola decolocando a alça sobre o antebraço, em vez de segurá-m as mãos.

Ao se levantar da cadeira ou da cama, o paciente dever usar a região dorsal dos dedos como apoio.

casos de neurites, os movimentos repetitivos de flexãotensão de cotovelo e punho devem ser evitados paraaumentar o processo inflamatório. O paciente deveráorientado quanto à redução da sobrecarga no nervo,nte a realização das atividades.

O manuseio de escova para esfregar roupas coloca emas mãos do paciente. Freqüentemente são observadass no dorso e nas pontas dos dedos, causadas pelo

o. O paciente deverá escolher a escova que melhor sete à sua mão e adaptar a ela uma alça, que a manteráo à mão.

Fig. 9. Preensão em gancho, contra-indicada

na presença de garra rígida

ÓRTESESNa hanseníase, as órteses são indicadas para

imobilizar a mão e antebraço na posição desejada, noscasos de:

- neurites

reações hansênicas

ferimentos- infecções- retrações articulares

pós-operatório de neurólises- cirurgias reparadoras.

Em casos de neurites, as órteses devem serretiradas somente para fazer os exercícios. Assim quehouver redução da dor, os dedos devem ser mobilizadospara obter o ganho ou a manutenção dos movimentos emanter ou melhorar a força muscular. A descontinuidadedo uso fica a critério do terapeuta ou do médico.

Segundo o MINISTÉRIO DA SAÚDE5, as órtesespara neurites devem ser confeccionadas da seguinte forma:

ÓRTESE PARA NEURITE NO NERVO ULNAR

Colocar o gesso do terço proximal do braço até aprega palmar distal.

- Imobilizar: - cotovelo em 120° de extensão;

antebraço e punho em posição neutra;- dedos livres.

ÓRTESE PARA NEURITE NO NERVO MEDIANO

- Colocar o gesso na face anterior do terço proximaldo antebraço, até a prega palmar distal.

Imobilizar: - punho em posição neutra;

dedos livres.

ÓRTESE PARA NEURITE NO NERVO RADIAL

- Colocar o gesso na face anterior do terço proximaldo braço, até a prega palmar distal.

Imobilizar: - punho em dorsiflexão de 40º;

cotovelo em 100° de extensão.

ÓRTESE PARA MÃO REACIONAL

Colocar o gesso na face anterior do terço proximaldo antebraço até as pontas dos dedos (fig.10).

Imobilizar: - punho em dorsiflexão de 30°;

articulações metacarpofalangeanas em flexão;

articulações interfalangeanas em extensão;

polegar em abdução.

ÓRTESE DIGITÁLICAAs férulas digitais são utilizadas para prevenir ou

reduzir retrações e promover a cicatrização de ferimentos efissuras. As interfalangeanas devem ser imobilizadas emmáxima extensão, com o auxílio de uma tala digitalconfeccionada em gesso ou material termoplástico. Fixar atala com atadura de crepe ou velcro.

87

Fig. 10. Órtese para mão reacional

ÓRTESE ELÁSTICAAssiste a extensão das interfalangeanas do 4° e 5°

dedos na lesão ulnar, e do 2° ao 5° dedo na lesão ulnar—mediana, pelo bloqueio das metacarpofalangeanas emflexão. Este bloqueio é conseguido pela tração elástica comdedeiras fixadas em urna pulseira de couro. O uso daórtese ajuda a prevenir deformidades e auxilia a preensão.

ÓRTESE COM BARRA LUMBRICALMoldada em material termoplástico. Assiste a

extensão dás interfalangeanas, do 2° ao 5° dedo na lesãoulnar—mediano, medi-

REFERÊNCIAS

1 BARAK, T., ROSEN, E.R., SOFER, R. Conceitos Básicosde Terapia Manual Ortopédica. In: GOULD, J.A.Fisioterapia na Ortopedia e na Medicinado Esporte. SãoPaulo: Manole, 1993, p.195-210.

2LEHMAN, L.F, ORSINE, M.B.P., FUZIKAWA, P.L.,GONÇALVES, S.D. Para uma Vida Melhor: Vamos fazerexercícios. Belo Horizonte: ALM Internacional. 1997.68p.

3 MARCIANO, L.H.S.C., BACCARELLI, R. Terapiaocupacional em Cirurgia de Mão. In: DUERKSEN, Frank,VIRMOND, Marcos. Cirurgia reparadora e reabilitaçãoem Hanseníase. Bauru:Centro de Estudos Dr. ReynaldoQuagliato, Instituto Lauro de Souza Lima, 1997, p.257-265.

7 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Legislação sobre oControle da hanseníase no Brasil. Brasília. Área técnicade Dermatologia Sanitária, 2000. 47p.

ante bloqueio das metacarpofalangeanas em flexão (fig.11).Tem a mesma finalidade da órtese elástica.

COORDENAÇÃO VISOMOTORA

O déficit sensitivo compromete a coordenaçãomotora manual. A ausência do controle consciente nãopermite que o paciente execute suas atividades com amesma precisão e velocidade. Essas dificuldades podem sersuperadas ou amenizadas pelo controle visual. Para isto, opaciente deverá ser educado para substituir a percepçãotátil pela visão, durante o uso das mãos.

Fig. 11. órtese com barra lumbrical

4 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIANACIONAL DE PROGRAMAS ESPECIAIS DE SAÚDE.DIVISÃO NACIONAL DE DERMATOLOGIA SANITÁRIA.Hanseníase: Prevenção e Tratamento das IncapacidadesFísicas, Mediante Técnicas Simples. Rio de Janeiro,1977.

5 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIANACIONAL DE PROGRAMAS ESPECIAIS DE SAÚDE.DIVISÃO NACIONAL DE DERMATOLOGIA SANITÁRIA.Manual de Prevenção de Incapacidade. Brasília-DF,1997.

6 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde para a vida:Treinamento para prevenção de incapacidade emhanseníase. Brasília. Área técnica de DermatologiaSanitária. DGPE/ SPS.1998. 448p.

88


Recommended