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Universidade Federal do ABC

Bacharelado em Ciência e Tecnologia

JOÃO VICTOR DA ROCHA PASQUALETO

RODRIGO THIAGO PASSOS SILVA

CRIMINALIDADE EM SÃO PAULO: uma visão realista do último lustro

Santo André - SP

2010

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JOÃO VICTOR DA ROCHA PASQUALETO

RODRIGO THIAGO PASSOS SILVA

CRIMINALIDADE EM SÃO PAULO: uma visão realista do último lustro

Projeto final apresentado à Universidade

Federal do ABC, como parte dos requisitos

para aprovação na disciplina de Bases

Computacionais da Ciência, do

Bacharelado em Ciência e Tecnologia,

orientado pela Profa. Dra. Christiane Marie

Schweitzer.

Santo André - SP

2010

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

CASA – Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente

CP – Código Penal

DAS – Delegacia Anti-sequestro

Deic – Departamento de investigações sobre o crime organizado

ECA – Estatuto da criança e do adolescente

IC-IML – Instituto de criminalística e Instituto Médico Legal

LF – Lei Federal

NP – Não possui

OMS – Organização mundial de saúde

PM – Polícia Militar

R² - “r-quadrado” – coeficiente de determinação

SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados

SSP – Secretaria de Segurança Pública

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5

1.1 Revisão bibliográfica .......................................................................................... 5

1.2 Fonte dos dados e forma de interpretação ........................................................ 6

1.3 Conceito de segurança pública .......................................................................... 7

2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 8

3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 8

4 METODOLOGIA ...................................................................................................... 8

5 RESULTADOS ........................................................................................................ 9

5.1 Homicídios dolosos .......................................................................................... 10

5.2 Roubos ............................................................................................................. 11

5.3 Estupro ............................................................................................................. 12

5.4 Latrocínio ......................................................................................................... 13

5.5 Roubo e Furto de Veículos .............................................................................. 14

5.6 Prisões efetuadas ............................................................................................ 15

5.7 Armas apreendidas .......................................................................................... 16

5.8 Apreensões de menores .................................................................................. 16

5.9 Veículos recuperados ...................................................................................... 17

6 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 17

6.1 Análise e interpretação .................................................................................... 17

6.2 Covariâncias e correlação ................................................................................ 20

6.2.1 Homicídios, armas apreendidas e prisões efetuadas ................................ 20

6.2.2 Roubos, armas apreendidas, prisões efetuadas e apreensões ................. 21

6.2.3 Roubo e furto de veículos e recuperação de veículos ............................... 22

6.2.4 Estupros e prisões ..................................................................................... 23

6.3 Inferências ....................................................................................................... 23

6.3.1 Taxa de homicídios em 10 por 100 mil habitantes ..................................... 23

7 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 25

8 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 26

9 ANEXOS ................................................................................................................ 28

9.1 Bases de dados dos delitos ............................................................................. 28

9.2 Base de dados das atividades policiais ............................................................ 29

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho apresentará um estudo da criminalidade na cidade de São

Paulo por meio da análise de dados estatísticos.

Serão abordadas informações sobre roubos, latrocínios, estupros, homicídios

dolosos, roubos e furtos de veículos, além das prisões efetuadas, apreensões de

menores e de armas e veículos recuperados. A base de dados será dos últimos

cinco anos, do 1º trimestre de 2005 até o 4º trimestre de 2009.

1.1 Revisão bibliográfica

É de fundamental importância o para o entendimento estatístico a

conceituação de crime, genericamente, e dos crimes anteriormente referenciados.

Crime é uma transgressão da lei penal, portanto não há crime sem lei anterior

que o defina. (CP, art. 1 e Dic. Houaiss)

Furto é a subtração de coisa móvel alheia. Roubo agrega a definição de furto

adicionado a: mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou se reduzida a

possibilidade de resistência. (CP, art. 155, 157)

Latrocínio é o homicídio cometido com fim de lucro, isto é, o agente tem o

intuito de subtrair coisa alheia móvel. iii

Estupro é o constrangimento de uma mulher para conjugação carnal,

mediante violência ou grave ameaça. Após agosto de 2009, foi incluída na

conceituação legal a prática de ato libidinoso. (CP, art. 213; LF 12015/09)

Homicídio é o ato de matar alguém, é doloso quando o agente quis o

resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. (CP, art. 18I, 121)

Apreensão de menores pode ocorrer mediante flagrante ato infracional,

violência ou grave ameaça. (ECA, art. 106, 173)

Os conceitos estatísticos são igualmente fundamentais para a compreensão

deste, portanto seguem abaixo os principais.

Média aritmética , ou simplesmente, média é o resultado da soma dos

valores das observações ou dados da amostra X pela quantidade de dados n:

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Mediana é um valor localizado na posição central de modo que 50% dos

valores são menores e os demais 50% maiores.

Moda é o valor da amostra que mais se repete, ou seja, o valor com maior

frequência.

Desvio é a diferença entre um valor xi e a média . Variância é a soma dos

quadrados dos desvios, resultando um valor mínimo. A variância tem a desvantagem

de a unidade de medida ser elevada ao quadrado, não resultando num valor com

significância. Estabelece-se, portanto, o desvio padrão (S) como a raiz quadrada da

variância:

1.2 Fonte dos dados e forma de interpretação

O órgão responsável por colher as informações numéricas é a Secretaria de

Segurança Pública (SSP), que em cumprimento da lei 9 155 de 15 de maio de 1995

divulga trimestralmente os dados sobre as atividades policiais e criminais de todo o

estado de São Paulo. A SSP divulga trimestralmente dados de diversos crimes e

atuações policiais. i,ii

As estatísticas oficiais não refletem com exatidão a criminalidade de

determinada região, mas um processo social de notificação. Para os crimes

entrarem na estatística é necessário que seja detectado, notificado às autoridades

policiais e registrado boletim de ocorrência.

As informações devem ser entendidas levando-se em conta, entre outros

fatores: x

a) sazonalidade: os índices criminais estão sujeitos a variações cíclicas, por

exemplo, nas férias as pessoas saem de casa para viajar, deixando-a

desprotegida;

b) notificações: a quantidade de notificações não implica em quantidade de

crimes, cerca de um terço das ocorrências são registradas, aproximadamente;

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7

c) taxa por cem mil: relativização para permitir comparabilidade com diferentes

locais e para acompanhar a ideia de que quanto maior a população maior a

taxa criminal.

1.3 Conceito de segurança pública

Numa sociedade em que se exerce democracia plena, a segurança pública

garante a proteção dos direitos individuais e assegura o pleno exercício da

cidadania. Neste sentido, a segurança não se contrapõe à liberdade e é condição

para o seu exercício, fazendo parte de uma das inúmeras e complexas vias por onde

trafega a qualidade de vida dos cidadãos.

Quanto mais improvável a disfunção da ordem jurídica maior o sentimento de

segurança entre os cidadãos.

As forças de segurança buscam aprimorar-se a cada dia e atingir níveis que

alcancem a expectativa da sociedade como um todo, imbuídos pelo respeito e à

defesa dos direitos fundamentais do cidadão e, sob esta óptica, compete ao Estado

garantir a segurança de pessoas e bens na totalidade do território brasileiro, a

defesa dos interesses nacionais, o respeito pelas leis e a manutenção da paz e

ordem pública.

Paralelo às garantias que competem ao Estado, o conceito de segurança

pública é amplo, não se limitando à política do combate à criminalidade e nem se

restringindo à atividade policial.

A segurança pública enquanto atividade desenvolvida pelo Estado é

responsável por empreender ações de repressão e oferecer estímulos ativos para

que os cidadãos possam conviver, trabalhar, produzir e se divertir, protegendo-os

dos riscos a que estão expostos.

As instituições responsáveis por essa atividade atuam no sentido de inibir,

neutralizar ou reprimir a prática de atos socialmente reprováveis, assegurando a

proteção coletiva e, por extensão, dos bens e serviços. v

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8

2 OBJETIVOS

Realizar um estudo estatístico da criminalidade na cidade de São Paulo.

Apresentar de forma mais inteligível os dados criminais e da atividade policial.

Comparar informações dos últimos cinco anos. Estudar correlação de atividades

policiais com os índices de criminalidade e fazer estimativas. Criar familiarização

com ferramentas computacionais e estatísticas.

3 JUSTIFICATIVA

A motivação deste trabalho surgiu do interesse em demonstrar, com fácil

visualização e entendimento, a real situação dos índices de violência. Foram

escolhidos apenas dados da capital paulista por ser o maior centro populacional do

país, por ter dados mais precisos e de fácil acesso em diversas fontes. Também

porque parcela significativa do corpo discente e docente desta universidade é

morador da capital e realiza diariamente o trajeto São Paulo/Santo André, ficando

expostos ao perigo.

Certamente, é de suma importância estarem todos cientes do que mudou nos

últimos anos: se houve aumentos ou reduções no número de ocorrências. A partir

deste trabalho, os eleitores podem ter acesso às informações oficiais de forma mais

inteligível, em virtude da utilização de meios gráficos. E para todos poderem ter

consciência e poderem cobrar melhoras do poder executivo.

Este projeto visa explanar sobre os dados sem abordar profundamente para a

significância política deles, mas, apenas com o intuito de mostrar a real situação da

violência na capital do estado de São Paulo.

Espera-se êxito na demonstração gráfica e na descrição estatística conceitual

e numérica, além das estimativas futuras que serão executadas.

4 METODOLOGIA

As informações foram obtidas por meio das ocorrências registradas pelas

delegacias da Polícia Civil, dos formulários da Polícia Militar, dos dados do DAS, do

Deic e do IC-IML, respaldados pela lei 9 155 e pela resolução 160/01. vii

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9

Os dados serão apresentados em forma de tabelas e gráficos, sobretudo de

barras e linhas. Foram calculados parâmetros estatísticos de tendência central,

como média, mediana e moda, além de parâmetros de dispersão, como desvio

padrão. Foram traçadas as linhas de tendências e obtidos os coeficientes de

determinação (“r-quadrado”) e as funções que melhor representam, a fim de

determinar correlação e estimativas futuras. Algumas informações podem ser

apresentadas na relação “por 100 mil habitantes”, como forma de relativizar os

números no universo dos habitantes da cidade de São Paulo. Para este cálculo

serão utilizadas as informações da tabela 1 e da fórmula ii:

Os gráficos foram plotados e os cálculos executados com o auxílio de uma

ferramenta computacional, o software Microsoft Office Excel. O software Scilab foi

uma ferramenta também utilizada pela sua capacidade em resolver equações, das

mais simples às de elevado grau.

Tabela 1 – População absoluta da Cidade de São Paulo

Ano População absoluta em São Paulo

2005 10 766 673

2006 10 824 242

2007 10 882 121

2008 10 940 311

2009 10 998 813

2010 11 054 629

Fonte: Fundação Seade vi

5 RESULTADOS

Em todas as seções deste capítulo serão apresentadas os gráficos de barra,

as equações das linhas de tendência e algumas informações estatísticas.

A equação da curva de regressão é dada pela relação entre a variável y

dependente da variável x. x representa o trimestre da seguinte forma: 1º trimestre de

2005 corresponde a x = 1, 2º trimestre de 2005 corresponde a x = 2, , 1º trimestre

de 2006 corresponde a x = 5, e assim sucessivamente.

De modo geral, as linhas de tendência foram polinomiais de 6º grau, isso

devido ao maior número de inflexões, ou seja, maiores quantidades de mudança na

concavidade, permitindo maior “flexibilidade” da curva sobre as barras de dados.

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10

Em todos os gráficos a fonte de informações são as estatísticas trimestrais da

SSP e a plotagem dos gráficos e linhas de tendência é dos autores. Tal informação

é colocada a fim de evitar que seja repetitivamente inserida no rodapé dos gráficos.

5.1 Homicídios dolosos

Gráfico 1 – Número absoluto de homicídios dolosos

A curva que melhor define essa tendência é polinomial de grau 6. Possui R² =

0,9647 e equação

.

Os valores da amostra possuem média de 424,6 homicídios dolosos por

trimestre e desvio padrão de 131,4. É amodal e a mediana vale 381.

Gráfico 2 – Número relativo de homicídios dolosos (por 100 mil habitantes)

0100200300400500600700800900

trim

estr

e

trim

estr

e

trim

estr

e

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2005 2006 2007 2008 2009

012345678

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e

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estr

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2005 2006 2007 2008 2009

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5.2 Roubos

Gráfico 3 – Quantidade absoluta de roubos

Novamente, a curva de regressão que melhor define o comportamento da

amostra é polinomial de sexto grau, entretanto sem muita fidelidade. Seu r-quadrado

equivale a 0,5973 e a equação é

.

Os valores da amostra possuem média de 27 950,8 roubos por trimestre e

desvio padrão de 2052,7. É amodal e possui mediana 27 446.

Gráfico 4 – Quantidade relativa de roubos (por 100 mil habitantes)

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

350001

º tr

imes

tre

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2005 2006 2007 2008 2009

0

50

100

150

200

250

300

350

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2005 2006 2007 2008 2009

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5.3 Estupro

Gráfico 5 – Quantidade absoluta de estupros

Mais uma vez, a curva de regressão que melhor descreve o comportamento

da amostra é polinomial de sexto grau. Seu coeficiente de determinação equivale a

0,9243 e a equação é

.

Os valores da amostra possuem média de 299,55 estupros por trimestre e

desvio padrão de 92,2. Possui moda 262 e mediana 274.

Gráfico 6 – Quantidade relativa de estupros (por 100 mil habitantes)

0

100

200

300

400

500

600

700

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2005 2006 2007 2008 2009

0

1

2

3

4

5

6

7

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2005 2006 2007 2008 2009

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5.4 Latrocínio

Gráfico 7 – Quantidade absoluta de latrocínios

A curva que melhor explica os dados é uma regressão polinomial de grau 5.

Seu coeficiente de determinação equivale a 0,8423 e a função que descreve é:

.

Os valores da amostra possuem média de 16,85 latrocínios por trimestre e

desvio padrão de 7,118. A mediana e a moda valem 15.

Gráfico 8 – Quantidade absoluta de latrocínios (por 100 mil habitantes)

0

5

10

15

20

25

30

351

º tr

imes

tre

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2005 2006 2007 2008 2009

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

trim

estr

e

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2005 2006 2007 2008 2009

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5.5 Roubo e Furto de Veículos

Gráfico 9 – Quantidade absoluta de roubos e furtos de veículos

As curvas de regressão plotadas no gráfico 9 são polinomiais de grau 6. Os

coeficientes r-quadrado valem 0,9204, 0,7226 e 0,8388 para roubos, furtos e total,

respectivamente. Suas equações são:

A tabela 2 apresenta as médias e desvios-padrão.

Tabela 2 - Médias e desvios-padrão de roubos e furtos

Média Desvio-Padrão Moda Mediana

Roubos 9186 1213,13 NP 9040

Furtos 12042,55 1957,36 NP 11847,5

Total 21228,55 3046,76 NP 20621,5

0

5000

10000

15000

20000

25000

300001

º tr

imes

tre

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2005 2006 2007 2008 2009

Roubos

Furtos

Total

Roubos

Furtos

Total

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Gráfico 10 – Quantidade relativa de furtos e roubos (por 100 mil habitantes)

5.6 Prisões efetuadas

Gráfico 11 – Quantidade absoluta de prisões efetuadas

A curva de tendência é polinomial de sexto grau. Possui r-quadrado igual a

0,8913 e é descrita pela equação matemática:

A média de prisões efetuadas por cada período de três meses é 5757,6 e o

desvio padrão é 553,3. Possui mediana de 5667 e não existe moda.

0

50

100

150

200

250

300

trim

estr

e

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2005 2006 2007 2008 2009

Roubos por 100 mil

Furtos por 100 mil

Total por 100 mil

Roubos

Furtos

Total

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

trim

estr

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2005 2006 2007 2008 2009

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5.7 Armas apreendidas

Gráfico 12 – Quantidade absoluta de armas apreendidas

Novamente, a curva que melhor se ajustou aos dados foi a polinomial de

sexto grau. O coeficiente de regressão é 0,9288. Sua equação é:

A média de armas apreendidas por trimestre é 1889,4 com desvio padrão de

423,8. A mediana é igual a 1790 e a distribuição é amodal.

5.8 Apreensões de menores

Gráfico 13 – Quantidade absoluta de menores apreendidos

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

trim

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100

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800

trim

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2005 2006 2007 2008 2009

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17

A curva que melhor explica os dados é uma regressão polinomial de grau 6.

Seu coeficiente de determinação equivale a 0,794 e a função que descreve é:

Os valores da amostra possuem média de 560 apreensões por trimestre e

desvio padrão de 76,4.

5.9 Veículos recuperados

Gráfico 14 – Quantidade absoluta de veículos recuperados

O r-quadrado mais próximo de um neste caso foi obtido com uma curva

polinomial de grau 6. O coeficiente é 0,9266. É descrita pela função:

A média trimestral de veículos recuperados é 7754,94 e o desvio-padrão

936,12. A distribuição é modal de moda 6422 e o número central é 7655.

6 DISCUSSÃO

6.1 Análise e interpretação

O número de homicídios na capital de São Paulo apresentou uma enorme

diminuição no período estudado. Seu valor absoluto final ficou abaixo da média em

quase 100 unidades. A quantidade relativa, do ano de 2009, 11 homicídios/100

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

trim

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trim

estr

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2005 2006 2007 2008 2009

Page 18: Proj. Final - BCC

18

habitantes, é próxima do considerado aceitável pela OMS, que é de 10 mortes por

100 mil habitantes. ix

O gráfico da distribuição dos roubos é quase uma constante, o valor oscila

numa faixa de 7 937 roubos. Considerando que a maior quantidade registrada foi 31

445 e a menor 24 221, o valor da faixa de variação não é elevado. O mais

importante é que o gráfico não demonstra uma tendência clara de aumento ou

redução, mas de simples variação numa determinada faixa. Quando a comparação é

feita com os mesmos trimestres, mudando apenas o ano, nota-se claramente uma

tendência de estabilidade do número deste delito. Para essas estatísticas, roubo

inclui subtração de cargas e roubo a bancos, mas não de veículos, que são

contabilizados separadamente.

O número de estupros manteve-se, assim como o de roubos, em estabilidade.

O valor da média, 299,55, é bastante representativo até o último trimestre exclusive,

quando a quantidade de ocorrências de estupro mais que dobrou o valor da média.

Se o valor do último trimestre fosse a média da amostra, a nova média seria 281,93,

número que seria ainda mais representativo da quantidade. O elevado crescimento

da quantidade de ocorrências de estupro no último trimestre da análise é devido à

mudança da legislação, que entrou em vigor a partir de 10 de agosto de 2009. Esta

lei ampliou o conceito de estupro. Os dados do 3º quadrimestre de 2009, por já estar

em curso, não foram afetados. viii

Os casos de latrocínio parecem ser totalmente aleatórios. Houve altos índices

nas primeiras amostras, diminuindo quase que pela metade nos próximos e voltando

a aumentar a partir da segunda metade de 2008. Se os dois primeiros valores e os

seis últimos fosse iguais a média da amostra a nova média seria 13,79 e ilustraria

uma situação melhor situação de seguridade pública. A comparação por trimestres

iguais também não produz resultados ou tendências significativas, uma vez que os

valores são muito variáveis, não apresentando monotonicidade de fato, ou seja, não

são valores sempre crescentes ou sempre decrescentes, mas apresentam uma

dessas características em períodos muito restritos, impedindo uma indução.

Roubos e furtos de veículo, como sugere uma cuidadosa observação da linha

de tendência, seguem os mesmos padrões de crescimento, decrescimento e

estabilidade, pois o formato da curva é praticamente igual, sendo a de furtos

deslocada para cima em 2856,6 unidades, em média. Tal observação permite as

constantes da amostra sejam analisadas como uma única, na forma do total.

Page 19: Proj. Final - BCC

19

Convém apenas ressaltar que em todo período observado a quantidade de furtos foi

sempre maior que a de roubo. Essa diferença se justifica, provavelmente pela

diferença de penas, no primeiro caso é de um a quatro anos de reclusão e no

segundo de quatro a dez. Apesar do leve aumento no segundo e no terceiro

trimestre de 2009, possivelmente devido à sazonalidade, esses delitos vêm, de

modo geral, sofrendo queda gradual. Neste caso, os valores das médias

representam bem o que ocorre, apesar de os valores não ficarem fixos no valor

médio, eles não divergem muito dele, divergem o suficiente apenas para indicar leve

queda.

As prisões efetuadas, de modo geral, apresentam a tendência de crescerem,

apesar de algumas concavidades para cima na linha de tendência. O trimestre de

2009 apresentou uma das maiores altas na quantidade de prisões quando a

comparação se dá com o trimestre anterior. Mais uma vez, a média descreve bem a

tendência de valores, apesar de não ser linear, isso porque os números variam

dentro de uma faixa de valores muito pequena, para cima e para baixo da média. As

prisões incluem as em flagrante e as por mandato.

A quantidade de armas apreendidas decresceu, mas nos últimos trimestres,

sobretudo a partir do primeiro de 2008, vem formando tendência estável.

Considerando números deste trimestre, inclusive, adiante, a média seria 1607, ante

os 1900 com todos os números.

A apreensão de menores não apresenta comportamento unidirecional, na

maior parte do início decresce e volta a crescer a partir do quarto trimestre de 2008.

Naturalmente, há alguns valores fora dessa tendência, mas que não prejudicam o

entendimento global das apreensões. Pondo a salvo alguns valores, que são

exceções, a comparação por trimestres mantêm o mesmo parecer: primeiramente

decrescimento, depois crescimento.

As recuperações de veículos subtraídos cresceram bastante nos últimos

trimestres, especialmente a partir do segundo de 2008. No último trimestre da

amostra o valor decresceu, mas é exatamente o mesmo valor da média dos quartos

trimestres, portanto é pode-se inferir que nos últimos trimestres do ano a

recuperação de veículos é menor.

Page 20: Proj. Final - BCC

20

6.2 Covariâncias e correlação

A covariância mede a tendência e a força da relação linear entre duas

variáveis. Ela pode ser positiva, negativa ou nula com unidade de medida referente

ao produto das unidades de medida das duas variáveis, que não tem nenhum

significado prático. Para facilitar a relação entre duas variáveis e evitar a unidade de

medida da covariância, foi definido o coeficiente de correlação (r), também chamado

de coeficiente de Pearson, que possui as seguintes propriedades: o valor é limitado

entre -1 e 1 e não possui unidade. iv

Os gráficos apresentados serão de linhas para facilitar a visualização da

correlação. Ela ocorre quando as linhas “fazem o mesmo caminho”, mesmo que em

locais diferentes do gráfico, acima ou abaixo.

6.2.1 Homicídios, armas apreendidas e prisões efetuadas

Gráfico 15 – Quantidade de homicídios dolosos, armas apreendidas e prisões efetuadas

Os coeficientes de Pearson obtidos nos testes foram: 0,82 para a correlação

entre homicídios e armas apreendidas e -0,68 para correlação entre homicídios e

prisões efetuadas.

O número de homicídios dolosos efetuados acompanha de modo muito

próximo a quantidade de armas apreendidas. Provavelmente a cada homicídio

doloso as forças policiais conseguem recuperar a arma do crime, quando para a

010002000300040005000600070008000

trim

estr

e

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estr

e

2005 2006 2007 2008 2009

Homicidios

Armas apreendidas

Prisões

Page 21: Proj. Final - BCC

21

infração utiliza-se uma arma de fogo. O valor não é acompanhado pois as armas de

fogo são utilizadas em vários outros crimes, não somente o homicídio.

Entre homicídios e prisões efetuadas não há correlação muito forte, mas a

pouca que existe é negativa, ou seja, aumentam os homicídios e diminuem as

prisões, e vice-versa. Na prática o co-relacionamento deve ser ainda menor, pois a

maioria das prisões efetuadas são em flagrante e a maioria das prisões dos

homicidas não é deste modo. x

6.2.2 Roubos, armas apreendidas, prisões efetuadas e apreensões

Gráfico 16 – Quantidade de roubos, armas apreendidas, prisões efetuadas e apreensões

Os coeficientes de correlação obtidos foram: -0,014 para roubos e armas

apreendidas; 0,65 para roubos e prisões; 0,21 para roubos e apreensões.

A maior quantidade de armas de fogo apreendidas não implica em menos

roubos, é o que sugerem as estatísticas. As duas grandezas criminais não tem

correlação ou a correlação é fraquíssima.

Roubos e prisões mantém certa correlação. Quando ocorre aumento na

criminalidade, de modo geral, a atividade policial aumenta conjuntamente, efetuando

mais prisões. Além disso, roubo é a infração mais constatada em flagrante. A

correlação não é maior pois roubo não é único delito que leva o infrator à prisão.

Roubos e apreensões de menores tem baixa correlação. Roubo é um dos

delitos mais praticados por menores de idade, entretanto são minorias se

comparados com adultos. Adolescentes infratores roubam objetos de baixo valor,

normalmente, e a população registra poucos boletins de ocorrência para esse tipo

05000

100001500020000250003000035000

trim

estr

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estr

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2005 2006 2007 2008 2009

Roubos

Armas apreendidas

Prisões

Apreensões

Page 22: Proj. Final - BCC

22

de bem subtraído. E também devido às poucas Fundações CASAs instaladas no

estado impossibilita a apreensão de mais menores.

6.2.3 Roubo e furto de veículos e recuperação de veículos

Gráfico 17 – Quantidade de roubos e furtos de veículos e veículos recuperados

Obteve-se coeficientes de correlação: 0,95 para roubos e veículos

recuperados e 0,78 para furtos e veículos recuperados.

Roubos e furtos de veículos tem grande correlação com sua recuperação.

Mais uma vez, a atividade policial é influenciada pela quantidade de delitos de forma

proporcional. Os dados não mostram que todo, ou grande parcela, dos veículos

roubados sejam recuperados, mas sim que eles têm grande chance de serem

recuperados, chances maiores que dos carros furtados.

Possivelmente isso ocorra pelo fato de nos roubos, a vítima possuir mais

informações a respeito do assaltante, como a memória do rosto dele, facilitando o

trabalho policial.

02000400060008000

1000012000140001600018000

trim

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estr

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estr

e2005 2006 2007 2008 2009

Roubos

Furtos

Veículos recuperados

Page 23: Proj. Final - BCC

23

6.2.4 Estupros e prisões

Gráfico 18 – Quantidade de prisões efetuadas e estupros

Obteve-se coeficiente de Pearson igual a 0,43.

O baixo co-relacionamento entre esses dois fenômenos é devido ao fato de

que a maioria das mulheres, por uma questão social e psicológica, não registram a

ocorrência de estupro, mesmo havendo delegacias especializadas para crimes

contra a mulher. E também devido ao baixo número de casos de estupro, de fato

(não só os registrados), em comparação com os demais delitos.

6.3 Inferências

6.3.1 Taxa de homicídios em 10 por 100 mil habitantes

A referência que se possui sobre valores aceitáveis internacionalmente é

somente da dada em relação a um ano todo, portanto, foi plotado o gráfico da

quantidade de homicídios por ano, juntamente com sua linha de tendência.

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

trim

estr

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trim

estr

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estr

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estr

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trim

estr

e2005 2006 2007 2008 2009

Prisões efetuadas

Número de estupros

Page 24: Proj. Final - BCC

24

Gráfico 18 – Quantidade de homicídios, por ano

A equação da curva obtida foi: . A curva se ajustou

quase perfeitamente aos dados, pois apresentou coeficiente de regressão igual a

0,9824.

Considerando que ela representa a tendência dos dados, pode-se por meio

dela, fazer inferências sobre valores futuros, utilizando apenas a manipulação das

variáveis x e y.

Para realização da estimativa será considerada a população estimada da

capital em 2010 (Tabela 1). Utilizando este dado, conclui-se que para a capital

possuir a taxa relativa de homicídios aceitável deverá ter, em valor absoluto, no ano,

1106 homicídios. É necessário, portanto, calcular o valor de x para y = 1106.

Isso significa que entre o 5º e o 6º, contado a partir do inicio da amostra

haverá, se a tendência se confirmar, o nível aceitável de homicídios por grupo de

100 mil habitantes. Corresponde ao 2º trimestre de 2010. Entretanto, para relativizar

os dados é necessário o conhecimento da amostra toda de 2010, não se pode

afirmar que a taxa relativa chegará ao aceitável no segundo trimestre.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

2005 2006 2007 2008 2009

Page 25: Proj. Final - BCC

25

7 CONCLUSÕES

Este projeto alcançou o objetivo que propunha em transformar os dados

numéricos em dados gráficos, de fácil visualização. Êxito foi também obtido na

aplicação prática, a partir de uma amostra, dos conceitos estatísticos fundamentais e

de técnicas de estimação. A comparação dos últimos cinco anos conseguiu retratar

bem o avanço e/ou a redução da criminalidade da cidade, seguindo padrões de

comparação entre trimestres e de forma geral.

Apesar de as informações não retratarem fielmente a situação criminal da

capital de São Paulo devido às falhas que o registro estatístico apresenta, elas são

úteis para o entendimento básico dela e de suas tendências.

Os testes de correlação são fundamentais para se compreender a eficácia do

trabalho policial, apesar, como toda estatística não totalmente descritiva, apresentar

falhas.

O estudo estatístico de situações, sobretudo de políticas públicas, são

essenciais para a visualização das situações atuais, para assim, poder haver um

melhor planejamento de situações futuras. Ao observar, por exemplo, o elevado

aumento, além de um erro permitido, nos últimos anos, de um determinado crime

podem ser tomadas, pelo poder público e pelas autoridades policiais as devidas

providências.

Conclui-se, por fim, que o trabalho estatístico descritivo e inferencial é de

suma importância para diversos ramos da ciência, sejam sociais, humanas ou

exatas, e que a utilização do ferramental computacional apropriado pode transformar

esse trabalho, tornando-o mais simples, mais visual, mais rápido e mais confiável.

Page 26: Proj. Final - BCC

26

8 REFERÊNCIAS

[i] BRASIL. Lei 9155 de 15 de maio de 1995. Dispões sobre obrigatoriedade da publicação trimestral de informações que especifica. Portal JusBrasil. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/173878/lei-9155-95-sao-paulo-sp>. Acesso em: 7 ago. 2009. [ii] SSP. Estatísticas trimestrais. Disponível em: < http://www.ssp.sp.gov.br/ estatistica/ trimestrais.aspx> Acesso em: 7 ago. 2010. [iii] Dicionário jurídico – Latrocínio. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/ dicionario/exibir/736/Latrocinio>. Acesso em: 7 ago. 2010.

[iv] LAPPONI, Juan C. Estatística usando Excel. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 79-82, 109-114, 173-175. ISBN 85-352-1574-3. [v] SANTOS, Emerson C. R. Conceito de segurança pública. < http://br.monografias. com/trabalhos2/seguranca-publica/seguranca-publica.shtml>. Acesso em: 8 ago. 2010. [vi] SEADE. Sistema de projeções populacionais. Disponível em: < http://www. seade.gov.br/produtos/projpop/index.php>. Acesso em: 07 ago. 2010. [vii] SSP. Resolução nº 160 de 8 de maio de 2001. Cria o sistema estadual de coleta de estatísticas criminais. OAB SP. Disponível em: < http://www2.oabsp.org.br/asp/ clipping_jur/ClippingJurDetalhe.asp?id_noticias=10663&AnoMes=20015>. Acesso em: 7 ago. 2010. [viii] BRASIL. Lei 12015 de 7 de agosto de 2010. Altera titulo VI da Parte Especial do Decreto-Lei 2.848. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm>. Acesso em: 9 ago. 2010. [ix] Preite, Wanderley. Sexta-feira santa. Veja. Disponível em: < http://veja.abril .com.br/191207/p_114.shtml>. Acesso em: 9 ago. 2010. [x] KANH, Túlio. Estatística de criminalidade: manual de interpretação. Disponível em: <http://www.ssp.sp.gov.br/estatistica/downloads/manual.pdf>. Acesso em: 8 ago. 2010.

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27

[xi] BRASIL. Decreto-lei nº 2848 de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/del2848.htm>. Acesso em: 7 ago. 2010.

[xii] BRASIL. Lei 8069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm>. Acesso em: 7 ago. 2010 . [xiii] SP NOTÍCIAS. São Paulo: Governo de São Paulo. n. 16. Disponível em: <http:// www.saopaulo.sp.gov.br/usr/share/revistaSPnoticias/documents/revista_spnoticias_16.pdf>. Acesso em: 7 ago. 2010.

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28

9 ANEXOS

9.1 Bases de dados dos delitos

Ano Trimestre Homicidios Roubos Estupros Latrocínios Roubos de

veículos

Furto de veículos

2005

1º trimestre 761 26013 303 28 11029 14467

2º trimestre 652 29034 324 28 11480 14974

3º trimestre 521 28817 337 12 11373 15618

4º trimestre 535 27200 327 13 10236 12566

2006

1º trimestre 524 26176 312 10 9900 13977

2º trimestre 562 27255 267 15 9801 13742

3º trimestre 479 26806 262 8 9394 13553

4º trimestre 420 25676 256 12 8677 11562

2007

1º trimestre 399 26060 251 8 9132 11872

2º trimestre 378 28541 191 8 8948 12872

3º trimestre 380 27868 260 11 8887 11012

4º trimestre 381 26432 273 15 7357 8397

2008

1º trimestre 326 27624 236 15 7688 9651

2º trimestre 304 29316 262 14 7852 12157

3º trimestre 296 28476 275 22 7775 11823

4º trimestre 337 24221 262 18 8222 9449

2009

1º trimestre 2º trimestre

306 325

31254 32158

323 281

27 25

9670 9443

10554

11717

3º trimestre 278 31445 331 27 8840 11190

4º trimestre 328 28644 658 21 8016 9698

Page 29: Proj. Final - BCC

29

9.2 Base de dados das atividades policiais

Ano Trimestre

Prisões efetuadas

Armas apreendidas

Apreensões Veículos

recuperados

2005

1º trimestre

5482 2559 672 9301

2º trimestre

5479 2918 661 9473

3º trimestre

5414 2899 630 9264

4º trimestre

5132 2131 612 8493

2006

1º trimestre

5035 1876 596 8075

2º trimestre

4962 2014 564 8059

3º trimestre

5160 1904 536 7442

4º trimestre

5328 1839 522 7512

2007

1º trimestre

5783 1720 472 7534

2º trimestre

6083 1799 598 7776

3º trimestre

5687 1781 526 7441

4º trimestre

5573 1687 470 6439

2008

1º trimestre

5789 1578 502 6422

2º trimestre

6026 1503 469 6995

3º trimestre

6241 1530 485 6422

4º trimestre

5647 1549 489 6670

2009

1º trimestre

6222 1726 488 7954

2º trimestre

6582 1826 642 8472

3º trimestre

6572 1611 561 8114

4º trimestre

6955 1538 717 7241