Caracterização do Bairro
O bairro da Ribeira fica localizado na Região Administrativa Leste da cidade do Natal no Rio
Grande do Norte. Se trata de uma região histórica sendo povoada a partir do século XVIII,
bairro muito importante para o desenvolvimento econômico da cidade onde teve grande
desenvolvimento demográico no século XIX. Devido ao porto que possui que representou a
primeira forma de acesso e comunicação à
cidade do Natal e também por onde
escoava vários produtos comercializados
na época. Posteriormente implatada a
ferrovia com sede no entorno da Praça
Augusto Severo que agregou muita vida ao
bairro, que já era movimentado devido ao
porto e ainda mais com o constante
transporte de mercadorias e passageiros,
crescendo também as atividades
hoteleiras. Esses aspectos mostraram a
importância do bairro como centralidade
comercial e porta de entrada da Capital
Potiguar.
Banhado pelo Rio Potengi que marca a divisão entre as zonas norte e sul de Natal. Ele
tem sua nascente localizada no município de Cerro Corá e sua foz no município de Natal, onde
desemboca no Oceano Atlântico. Atualmente já não serve tanto como antes para o consumo.
Em suas margens se vê claramente a transformação produzida pela falta de sensibilidade do
homem, que deposita o lixo produzido.
Hoje em dia o bairro com área de 94,39ha possui população residente de 2222
habitantes com uma taxa de crescimento estimada em 0,47 com densidade demográfica de
hab/ha. A atividade empresarial predominante é o comercio com 41,61%, seguido dos serviços
34,36% e por último a indústria com 24,03%. O bairro apresenta 50,44% de seus imóveis
residenciais, 47,64% não residenciais e 1,92% terrenos baldios.
Projeção da população
De acordo com dados dos últimos CENSOS realizados pelo IBGE obtivemos os seguinte
dados para a população residente no bairro:
Ano 1991 1996 2000 2007 2010 2012
Habitantes 1826 1839 2110 1966 2222 2231
A população de 2012 foi feita uma estimativa pelo anuário da cidade do Natal 2013. A
população veio aumento desde 1991 tendo uma queda do ano 2000 a 2007 logo voltando a
crescer. Para o projeto do sistema de abastecimento devemos estimar o crescimento de
acordo com nosso horizonte de projeto, no caso de 25 anos. Para a projeção é necessario
utilizar a população com mesmo espaço de tempo, no caso 10 anos, 1991, 2000 e 2010.
Ano População (ha)
1991 1826
2000 2110
2010 2222
Podemos utilizar vários métodos para a estimativa da população, porém cada um
apresenta uma particularidade, por isso devemos verificar todos e analisar qual deles melhor
representara.
Método da projeção aritmética: crescimento populacional segundo uma taxa constante.
Aplicando uma taxa de crescimento
onde consideramos
E inserindo na equação de projeção
Método da projeção geométrica: crescimento populacional em função da população existente
a cada instante. Aplicando uma taxa de crescimento
onde consideramos
E inserindo na equação de projeção
Método da curva Logistica: crescimento populacional segue uma relação matemática, que
estabelece uma curva em forma de S. A população tende assintoticamente a um valor de
saturação. A partir dos coeficientes:
E inserindo na equação de projeção
Taxa de decrescente de crescimento: premissa de que, na medida em que a cidade cresce, a
taxa de crescimento torna-se menor. Utilizando o mesmo coeficiente Ps do crescimento
logistico junto com
E inserindo na equação de projeção
A partir dos gráficos visualizamos o comportamento de cada projeção
GRÁFICO COM TODAS AS PROJEÇÕES
Analisando as projeções podemos verificar que as projeções aritmética e geométrica
apresentam crescimento muito grande o que possivelmente não representara a população,
logo sendo um custo desnecessário para a cidade, com isso escolhemos considerar a curva do
método de projeção logística que melhor representa o crescimento da população. De acordo
com a Projeção Logística e com o horizonte de projeto é estimado para o ano de 2039 uma
população de 2277 habitantes, que será utilizada nos cálculos deste projeto. (Dados das
projeções no Anexo A).
Período de funcionamento
O período de funcionamento do sistema
1800
1900
2000
2100
2200
2300
2400
2500
2600
2700
2800
2900
3000
1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040
Aritmética
Geométrica
Logistica
Decrescente
Coeficiente do dia de maior consumo
O coeficiente do dia de maior consumo (k1) consiste na razão entre o maior consumo diário
verificado em um ano e o consumo médio diário no mesmo ano, considerando-se as mesmas
ligações. De acordo com ABT
Sistema de captação
Análise da água
Foram coletadas amostras do manancial que ira abastecer o sistema e realizado
análises como recomendado em normal. As análises foram:
PH = 7,96
Turbidez = 78,1
Cor aparente 482 x 2 = 964 UH (unidade Hazen)
Obs.: O resultado foi multiplicado por 2 devido a diluição realizada na amostra pois não foi
possível medir no equipamento sem diluição.
Análise de DQO
Jar test - No jar test foram realizados com 3 diferentes dosagens de floculador para cada 500
ml de amostra, 1,0 ml, 1,5 ml e 2,0 ml. Após os procedimentos foi realizado análise de turbidez
nas três amostras.
Dosagem (ml) Turbidez (NUT)
1,0 3,66
1,5 2,93
2,0 2,34
Analisando o recomendo para turbidez a dosagem de 1ml já atende o recomendado por
normal.
Sólido Totais
Peso da capsula = 51,2541 g
Amostra = 50 ml
Peso final = 51,2719 g
mg sólidos totais/L = (P2-P1)mg*1000 / volume da amostra (ml)
Para o uso de desarenador o livro diz que tem que
ser maior que 1 g/L os sólidos verificar o valor se esta correto de 0,356
Dados de consumo
Analisando a projeção da população do bairro da Ribeira o sistema será dimensionado
para uma população de 2277 habitantes, considerando um consumo de 200 L/hab.dia. Além
do consumo da população devemos acrescentar vazões para a produção da água e outro
grande consumidor que seja relevante considerar. Importante que o projeto seja econômico
no uso da água, com isso espera-se que o próprio sistema consuma apenas 3% para sua
operação. O bairro possui um porto de grande importância e grande consumo com a
necessidade de uma vazão de 30 L/s. Este sistema será projetado para captação contínua
funcionando 24 horas por dia.
O consumo de água não se da de forma constante durante todo o dia e nem durante
todos os dias do ano, para que não haja falta ou produção demasiada utilizamos fatores para
ponderar as vazões de consumo. Para o dia de maior consumo (K1) consideramos o valor 1,2 e
para a hora de maior consumo (K2) é 1,5.
Vazões
Cada parte do sistema de abastecimento requer uma vazão específica, logo
apresentamos as vazões de cada trecho:
Trecho Vazão (L/s)
Captação 37,4
Adução 36,3
Distribuição 39,4
Diâmetro de captação
Com uma vazão de 37,4 L/s para serem captados durante 24 horas verificamos a
necessidade de uma tubulação de 200 mm. Será utilizada tubos de ferro fundido com
revestimento interno de argamassa de cimento. A tubulação de captação tem o comprimento
de 8 me apresenta uma perda de carga de 0,2 m. (Sendo considerado a caixa de tomada acho
que não há necessidade desta parte já que a caixa de tomada fica no lugar do crivo e demais
partes.)
Tubulação de tomada
Verificando as condições do manancial do rio Barros Kenio ele apresenta regime de
escoamento torrencial, com isso há a possibilidade de que uma tubulação de tomada apenas
apresente instabilidade pela possível ocorrência de colisão com sólidos pesados, transportados
pelo curso de água em épocas de fortes chuvas, logo adotamos uma caixa de tomada que será
instalada na margem do curso de água. A base da caixa será instalada 0,4 m acima do leito do
rio garantindo nível mínimo da lâmina d’água com 0,3 m e altura máxima da lâmina de 1,2 m
da base da caixa.
Caixa de tomada
Para a retenção de possíveis materiais flutuantes será necessário a implantação de grade na
caixa de tomada.
Grade – Adotamos grade grosseira de limpeza manual, sendo realizada com 14 barras de seção
circular em aço carbono e pintura anticorrosiva, espessura de 3/8” (0,95 cm), espaçadas de 10
cm e inclinação horizontal de 70°.
A área de abertura da grade na seção de passagem referente ao nível mínimo de água
(0,382 m2) é atendido e garante uma velocidade (9,8 cm/s) menor que 10 cm/s como
recomendado pela NBR 12.213. A para altura da grade consideramos uma folga de 0,2
m acima do nível máximo de água.
Dimensões úteis – As dimensões da caixa foram fixadas em função do tamanho da grade, da
topografia do terreno onde será instalada e do diâmetro da tubulação (200 mm). Sabendo que
o ponto mais alto do terreno fica a 0,25 m acima do nível d’água máximo e deixando uma folga
da altura do terreno consideramos 1,70 m de altura, comprimento frontal 1,5 m e largura
lateral de 1,0 m. Como esquema abaixo:
A largura lateral foi obtida em função da altura de acordo com a tabela abaixo
Altura (m) Largura mín. (m)
< 1,0 0,60
1,00 – 2,00 0,90
2,00 - 4,00 1,20
> 4,00 2,00
Para uma melhor folga na necessidade de limpeza consideramos 1 m para largura lateral.
Perda de carga – Considerando a grade com 50% de obstrução e sendo a barra circular
(β=1,79) encontramos perda de carga de 0,098 mm para a grade.
Desarenador
Esse dispositivo assegura um escoamento a baixa velocidade, com o que as
partículas de areia decantam-se no fundo e são posteriormente removidas. Têm, geralmente,
formato retangular e são dispostos transversalmente aos cursos de água.
Segundo a NBR 12.123 (ABNT,1992) é recomendado as seguinte condições de projeto do
desarenador:
Os desarenadores devem ser dimensionados para sedimentação de partículas com
0,021 m/s.
A velocidade de escoamento horizontal (Vh) deve ser menor que ou igual 0,30 m/s.
O comprimento do desarenador obtido no cálculo teórico deve ser multiplicado por
um coeficiente de segurança de, no mínimo, 1,5.
O desarenador com remoção do processo manual deve ter: 1 –depósito capaz de
acumular o mínimo equivalente a 10% do volume do desarenador; 2 – largura mínima
que facilite a construção e a limpeza do desarenador.
Durante o procedimento dos cálculos o valor da largura útil do desarenador foi de 1,20 m e o
comprimento de 1,485m. Para minimizar curto- circuito no escoamento da água dentro do
desarenador de escoamento horizontal é necessário fazer a relação ente o comprimento e a
largura do desarenador (C/b), para obter o valor menor que 3. No nosso caso o valor ficou
abaixo do esperado (insatisfatório), portanto adotou-se a favor da segurança para houver
remoção de areia, incluindo grãos com diâmetros um pouco menores do que o prescrito pela
norma.
Adutora
Para encarregar do transporte de água entre unidades do sistema de abastecimento que
precedem a rede de distribuição utilizaremos as adutoras.
Adotamos o comprimento da tubulação de 5000 m, Desnível total de 9 m que
possibilite as condições apropriadas de bombeamento e de adução por recalque, tubulação de
ferro fundido por ser um material resistente e dúctil, tempo de funcionamento de 24 horas.
Para obtenção de um diâmetro mais econômico devemos verificar os seguintes fatores: Ter menor custo, ter durabilidade, resistir a ação de choques, permitir o menor numero de juntas e facilitar a operação e a manutenção.
No projeto a implantação se resulta na escolha do diâmetro de 300 mm por apresentar o
menor valor e mais vantajoso no ponto de vista financeiro.
Poço de Descarte
O poço de descarte admite dimensões pequenas, portanto consideramos as dimensões a
seguir:
X=2m ; Y=2m ; h= 3m ; Diâmetro de descartes 150 mm ; CD= 0,61
Calculamos o tempo de descarte
gD
C
hAt
d
desc
22
22
O tempo de descarte encontrado, na verdade, refere-se ao poço. Entretanto, no momento
em que se fecham os registros para liberar o esgotamento de água que está na tubulação
de adução, existe lá um volume que deverá ser descartado, passando antes pelo poço,
até atingir o rio. Por isso, o efeito de haver vários poços, haja vista que o volume detido
na tubulação é certamente maior que a capacidade do poço. Então, o tempo total de
descarte é:
Volume do poço:
hyxVpoço
Volume da tubulação:
LD
Vtub
2
2
Tempo de descida:
poço
tubdescdesctotal
V
Vtt
.
O tempo máximo admitido é de 6 h, no nosso projeto se resultou em 2,374h. Então tá
Ok!
Estação de Tratamento de Água (ETA)
ETA - Estação de Tratamento de Água, é a parte do sistema de abastecimento de água
onde ocorre o tratamento da água captada na natureza visando a potabilização para
posterior distribuição à população.
Unidade de Mistura Rápida (Calha Parshall)
Calha Parshall é um dispositivo de medição de vazão na forma de um canal aberto com
dimensões padronizadas. A água é forçada por uma garganta estreita, sendo que o nível
da água a montante da garganta é o indicativo da vazão a ser medida. De acordo com a
vazão de captação, Qc, a qual chega até a ETA, escolheu-se a dimensão W ("garganta")
da calha Parshall apropriada a partir da tabela abaixo. Assim, abaixo são mostrados as
dimensões da calha, em milímetros.
Faltando
A medição de vazão será feita através da leitura da lâmina, através de medidor ultra-sônico
(montagem flexível, segura e custo benefício).
Abaixo na tabela os valores para N e K são usados para o cálculo da Lâmina D’água na seção
da medição.
Faltando
Depois foram calculados a Largura da Seção de Medição, velocidade da seção de
Medição e Energia Hidráulica Disponível na seção através dos dados obtidos na tabela
de dimensões do medidor Parshall.
Segue abaixo as fórmulas na sequencia:
nQkH 0
WWDD )(3
20
00
0DH
Qv
cap
NHg
vE 0
2
0
02
Legenda:
NDW ,, = dimensões da calha parshall;
g = aceleração da gravidade;
k e n = obtidos da tabela a seguir;
Unidade de Floculação Mecânica:
A finalidade da floculação é aumentar as oportunidades de contato entre as impurezas
das aguas e os flocos formados. O processo consiste em fazer passar a mistura atraves
de uma sequencia de tanques providos de agitadores ou por um trajeto sinuoso ao longo
de tanques munidos de chicanas.
Abaixo segue as considerações para o dimensionamento da Floculação:
2 linhas de floculação com 3 câmaras em série: nl=2 e nc=3
Gradiente de velocidade de floculação: GVmin=10 s-1
e GVMax=70 s-1
tempo de floculação de 30 a 40 min (floculador mecanizado):
tf = 30 min
seção da câmara quadrada em planta;
profundidade útil entre 3.5 e 4.5: Pf = 4 m
comprimento máximo da câmara igual a 7,5 m;
distância do rotor ao fundo da câmara: h rot = 0,80 m.
Com os dados acima foi possível calcular o tempo de Detenção Hidráulica de uma
câmara, o volume da câmara e dimensões da câmara.
Segue as formulas na sequencia:
TDH (tempo de detenção Hidráulico)
td
tf
nc
Volume da Câmara:
Qf
Qcap
n1
Dimensões da câmara:
Af Lf2
Diâmetro do rotor:
Adotando o diâmetro de 0,75 m verificamos hf (altura da câmara), Lf (largura do rotor), Pf
(distância do rotor ao fundo):
1,19,0 D
hrot
6,60,2 D
Lf
Verificando os dimensionamentos todos os valores estão Ok!
Depois calculamos as Potências (Máximas e Mínimas) do Rotor com os dados a seguir:
Gmax= 70 s-1 ; Gmin = 10 S-1
Pmax GVmax2
Vf
Pmin GVmin2
Vf
Unidade de Decantação
A decantação é uma das técnicas mais antigas e simples de clarificação da água e resulta da
ação da força de gravidade sobre impurezas, facilitando a sedimentação delas no fundo da
unidade, e resultado na clarificação do sobrenadante.
Dados do projeto:
Vf Ceil Qf td 60 1
Lf CeilVf
Pf
0.1
1.002103
Ns
m2
6,60,2 D
Pf
Número de decantadores aplicado foram de quatro (ndec=4) – o mínimo permitido é
dois (ndec=2).
Taxa de aplicação superficial : dm
mTAS
²
³30 ( Permitido entre 20 e 40)
Altura Útil : H= 4 m
Primeiro calculamos a Área em planta para uma unidade (1unidade) de decantador. Obtendo o
resultado da Área , podemos calcular a Geometria do decantador ( Largura e comprimento).
Fórmulas:
Temos : 52 L
C; adotando: 4
L
C → C =4.L
Depois verificamos o Escoamento Horizontal :
Tá Ok!
Em sequencia é calculado a comporta de Descarga do Lodo, com o tempo de descarte de 2
horas .
H = 4 metros
Encontrando o Adp é possível achar a área da comporta
Calhas de Coleta da Água Decantada:
Antes dos cálculos foram feitas as seguintes considerações:
Vazão Máxima por metro linear de vertedor:
As calhas não devem ocupar uma faixa de 20% a 30% do comprimento do decantador;
Considerar a seção transversal das calhas retangular com:
Recomenda-se uma folga de cerca de 10 cm na altura da calha, em relação ao valor
calculado;
Comprimento Total do Vertedor:
Comprimento das Calhas:
= 25%.C
Altura das Calhas:
Adotando a largura da calha B=1
15,1
1
3,1
B
qh c
Número de calhas:
Tempo de detenção Hidráulica:
Unidade de Filtração
A filtração é um processo físico em que a água atravessa uma camada de material
filtrante, normalmente areia, combinada ou não com seixo e carvão, com objetivo de
reter as partículas em suspensão que não sofreram decantação. Existem dois tipos de
processo: filtro lento e filtro rápido. O processo lento é mais rígido em termos de
projeto, com poucas alternativas. O rápido, entretanto, apresenta diversas alternativas
para os projetistas poderem dimensionar, gerando um grande leque de opções de
eficiência.
Iremos considerar filtros rápidos descendentes com floculação.
Primeiramente foi construído uma área necessária para construção dos Filtros.
Adotando-se uma taxa de :
Filtros:
Para os filtros adotamos:
Velocidade ascencional de água:
;
Largura das calhas de coleta de água de lavagem igual a 0,50 m e espaçamento;
máximo entre as calhas de 2,5 m;
Folga, no máximo, de 0,10 m na altura das calhas;
Número mínimo de filtros = 2;
Número adotado:
Calhas de coleta de lavagem:
0,8.B.H
Mas,
Assim,
Tanque de Cloração:
O tratamento físico-químico é necessário para eliminar microorganismos, remover impurezas,
controlar os parâmetros de cor, cheiro e gosto, garantindo a qualidade da água distribuída à
população.
A pré-cloração é o primeiro passo desse processo e ocorre logo na chegada da água, antes da
calha parshall. O cloro gasoso é adicionado para melhorar as condições bacteriológicas da água
e diminuir a proliferação de lodo formado nas fases seguintes.
Através da vazão de captação, o tempo de contato mínimo (30 minutos) em relação ao tanque
da altura do tanque, encontramos a Área do tanque de cloração.
Legenda:
Taxa de desinfecção da Água:
De acordo com a portaria MS 518/2004 (Brasil), a concentração mínima de cloro na saída da
ETA deve ser superior a 0,5mg de Cl2/L, a concentração máxima deve ser inferior a 2,0mg
Cl2/L. Na rede de distribuição de água, em qualquer ponto, a concentração deve ser superior a
0,2mg de Cl2/L. A eficiencia de desinfecção depende da quantidade de cloro dissolvido na água
que permanece ativo em todo tempo de contato.
O flúor também é aplicado no processo, sob a forma do composto ácido fluossilícico (líquido).
É usual a concentração de 1,0mg/L, tendo por limite máximo 1,5 mg/L, segundo a OMS. A
importância sanitária do flúor está associada à prevenção de cáries. Valores muito baixos
(menores que 0,6 mg/L) podem facilitar a ocorrência de cárie dentária, enquanto que valores
muito alto (acima de 1,5 mg/L) podem provocar a fluorose dentária, isto é, o escurecimento dos
dentes.
Estação Elevatória
As unidade de reservação são tradicionalmente concebidas e operadas enfocando como
objetivos principais (1) a regularização entre as vazões de adução e de distribuição, (2)
o condicionamento das pressões na rede de distribuição, bem como, quando necessário,
(3) a reserva para combate a incêndios e outras situações emergenciais.
Escolha do local de instalação deve-se considerar:
Custo e facilidade de desapropriação do terreno.
Disponibilidade de energia elétrica.
Topografia da área.
Facilidades de acesso.
Estabilidade contra erosão.
Trajeto mais curto da tubulação de recalque.
Segurança contra assoreamento.
Diametros Adotados
Diâmetro de recalque:
A fórmula de Bresse tem se mostrado de grande utilidade prática. O coeficiente K tem sido
objeto de vários estudos, se tem utilizado valores que varia de 0,8 a 1,40. O valor de K depende
de variáveis tais como: custo médio do conjunto elevatório, inclusive despesas de operação e
manutenção, custo médio da tubulação, inclusive despesas de transporte, assentamento e
conservação, peso específico do fluído, rendimento global do conjunto elevatório, etc.
Abaixo segue a fórmula de Bresse:
Legenda:
= diâmetro da adutora de recalque, em m;
= Vazão aduzida em m3/s;
K = fator da fórmula de Bresse. Adotamos K= 1,2.
Diâmetro de sucção:
Adotar para a tubulação de sucção o diâmetro comercial imediatamente superior ao
da tubulação de recalque.
Ds = Diâmetro de sucção.
Perda de Carga
Sempre que um fluido se desloca no interior de uma tubulação ocorre atrito deste fluido com as
paredes internas desta tubulação, ocorre também uma turbulência do fluido com ele mesmo,
este fenômeno faz com que a pressão que existe no interior da tubulação vá diminuindo
gradativamente à medida com que o fluido se desloque.
Velocidade na sucção e recalque:
Da mecânica dos fluidos sabemos que quanto maior a velocidade de um fluido dentro de uma
tubulação maior será a perda de carga deste fluido. Desta forma podemos concluir que para
diminuirmos a perda de carga basta diminuirmos a velocidade do fluido.
Segue a fórmula para o cálculo da velocidade de sucção:
;
Velocidade de recalque:
De forma semelhante a velocidade de sucção, considerando agora a Área de recalque.
;
Desníveis:
O desnível da sucção é dado pela diferença de cota entre a Estação de Tratamento de
Água (ETA) e a bomba, já o desnível de recalque é a diferença de cota entre o
reservatório e a bomba.
Perda de Carga na sucção:
Os comprimentos equivalentes é obtidos de acordo com o tipo de canalização. este comprimento
podemos definir como o comprimento real da instalação, as curvas, válvulas e demais
singularidades existentes no sistema também representam uma grande parcela da perda de
carga.
Segue os dados para a perda de carga de sucção:
Tubulação C = 130 (ferro fundido – revestido internamente por argamassa de cimento)
Singularidades:
1 válvula de pé com crivo:
1 redução/ luva excêntrica:
Tubulação: +
Cálculo da perda de carga de sucção:
sLvD
Q
Chs
s
adu _64,10
87,4
85,1
85.1
Legenda:
C = 130 para tubo de ferro fundido revestido com argamassa de cimento;
L = total entre o comprimento equivalente da sucção e a tubulação de sucção;
sucD = diâmetro da tubulação de sucção;
Perda de carga no Recalque:
Singularidades:
1 registro de gaveta
1 válvula de retenção (horizontal)
3 joelhos de 90° (raio longo)
1 ampliação concêntrica
1 saída de canalização
tubulação
Leq1 2.1 m
Leq2 24 m
Leq3 6.1 m
Leq4 2.7 m
Leq5 9.0 m
Lr 25 m
Cálculo da perda de carga de recalque:
rLvD
Q
Chr
s
adu _64,10
87,4
85,1
85.1
Altura Manométrica:
rsg HHH
Considerando:
recsuctot hhh
Então a altura manométrica fica da seguinte forma:
Potência da Bomba
Calcular a potência da bomba por meio da equação:
= rendimento do conjunto motor-bomba;
;
Qadu = vazão da aduzida;
Hm=Altura Manométrica;
Considerando um rendimento da bomba igual a 62%, conforme disponível junto ao
fornecedor, temos:
=62%
Admitindo-se um fator de segurança de 10% para o projeto de elevação, obtém-se:
Com base na vazão de projeto de adução (am m^3/h) e na potência requerida, recorrendo-se ao
catálogo 2011-B da Schneider Motobombas, escolheu-se o modelo: ME-32200 C154, de 20
CV, com 2 estágios, indicado para casos de transporte de água a longa distância e abastecimento
de água. Entretanto, como nossa vazão de projeto Q.adu = 00000 e o modelo de bomba
escolhido tem capacidade para vazões, para altura manométrica ate 40 mca ( lembrando que a
nossa é de 0000 mca), de Q=52,5 m3/h, optamos por adotar uma associação de bombas em
paralelo. Sabemos da hidráulica que a associação em paralelo de bombas soma as curvas das
bombas correspondentes, provocando um aumento da capacidade total do sistema de recalque
em relação vazão que pode ser recalcada. Assim, em nosso caso, escolhemos 4 bombas iguais
(do modelo referido), o que implica fazer apenas uma vez a verificação quanto a cavitação, haja
vista que as bombas são idênticas.
Verificação Quanto à cavitação:
Esse fenômeno que ocorre em um líquido quando a velocidade de escoamento é tão elevada
que a pressão cai abaixo da pressão de vapor, o que provoca vaporização e o consequente
aparecimento de bolhas no interior do fluxo.
A cavitacao pode ocorrer em vertedores de barragens, valvulas, orificios, reducoes bruscas,
curvas e bombas.
Os efeitos mais diretos sao:
Barulho e vibracao.
Danificacao do rotor e da carcaca na regiao de colapso das bolhas.
Falha estrutural, fadiga e problemas nos acoplamentos e ancoragens.
Alteracao das curvas caracteristicas das bombas.
Segue a fórmula fornecida pelo fabricante/Manual
Resumo Potencia (CV) Alt manométrica (mca) Vazão (m3/h)
Projeto 16 12.275 198
Modelo escolhido 20 60 4 x 52,2 = 210