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ANEXO A: DADOS CADASTRAIS DA INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELO PROJETO

Nome do Projeto Projeto de Pagamento por Serviços Ambientais na Serra do Brigadeiro

Nome do Programa Projeto Proteção da Mata Atlântica II (AFCoF II)

Nome da instituição Responsável pelo Projeto Associação Amigos de Iracambi

Endereço completo da instituição Responsável (inclusive o CEP) Caixa Postal 01, Rosário da Limeira - MG, CEP: 36878-000.

Telefones (32) 3723 1297, (31) 3956 0454

Fax (32) 3723 1297

E-mail [email protected]

Endereço para correspondência (se não coincidir com o endereço acima)

Natureza jurídica OSCIP

Data do Registro Jurídico 08/12/05

CNPJ 03.412.130/0001-20

Representante(s) legal(is) da Responsável pelo Projeto (nome e cargo)

Robin Le Breton, Assessor Técnico

Coordenador do Projeto Elisa de Jesus Garcia

Telefone; email; fax e endereço do coordenador do projeto

(31) 8492 3069; [email protected]. Marechal Castelo Branco, 1331. Apt 203.Bairro Santo Antônio. Viçosa, MG. 36.570-000.

Ordenador de despesas (responsável pela gestão financeira) Contabilidade Santa Mônica Ltda

Telefone; email; fax e endereço (do ordenador de despesas) R Barão de Monte Alto 701, 36880 Muriaé MG; (32) 3721 1501

Valor do projeto solicitado R$ 423.180,00

Total de contrapartidas R$ 105.800,00.

Dados bancários (banco, agência, no. da conta e nome da conta do projeto)

Banco Bradesco, agência Muriaé, MG. A conta do projeto somente poderá ser aberta apos aprovação da proposta.

Parcerias institucionais para este projeto (mencionar nome, endereço, telefone, fax e áreas de atuação principais)

Instituições propostas para o projeto caso foi aceita: Instituto Estadual de Florestas; Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Estrada Araponga-Fevedouro Km 15, 36594-000 Araponga MG, tel 32 3721 7491, atuando com conservação de biodiversidade; Depto de Eng Florestal, Universidade Federal de Viçosa, 36570-000, Viçosa, MG, tel: (31) 3899 1191 atuando com seqüestro de carbono, Empresa Estadual de Pesquisas Agropecuárias, Vila Gianetti, 36570-000 Viçosa MG, tel 31 3891 2646, atuando com pesquisas; municípios de Rosário da Limeira, Muriáe, Miradouro, Fervedouro, Divino, Sericita, Pedra Bonita, Araponga e Ervália, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e outras

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Projeto de Pagamento por Serviços Ambientais na Serra do Brigadeiro

PARTE A

1. Identificação Instituição Proponente contendo:

Nome: Associação Amigos de IracambiEndereço: Caixa Postal 01, Rosário da Limeira – MG, CEP: 36878-000CNPJ: 03.412.130/0001-20Inscrição Estadual: isentoTelefone: (32) 3723 1297 e (31) 3956 0454Email: [email protected]: Robin Le BretonCPF: 583.188.284-53Cargo do responsável: Assessor técnico

2. Nome e qualificação do responsável pela coordenação dos trabalhos:Elisa de Jesus Garcia. Anterior Secretária Executiva do Território da Serra do Brigadeiro, graduada da Universidade Federal de Viçosa.

3. Local ou região de atuação da entidade proponente (parceria, consórcio):Território de Desenvolvimento Sustentável da Serra do Brigadeiro - Zona da Mata - Minas Gerais.

4. Experiência de trabalho da instituição proponente com ações similiares às propostas em atendimento à Chamada (devem ser anexadas publicações, recortes de jornal ou outros materiais que comprovem a experiência).

A Associação Amigos de Iracambi foi criada em 1999 com o intuito de apoiar à conservação da Mata Atlântica na região da Serra do Brigadeiro na Zona da Mata mineira. Iracambi iniciou um programa de educação ambiental no município de Rosário da Limeira quando ainda não existia no currículo da educação do Estado e divulgou tecnologias de conservação do meio ambiente aos produtores rurais locais

Iracambi teve um papel fundamental na criação de um conselho municipal de meio ambiente e outro de desenvolvimento rural sustentável de Rosário da Limeira. Foi Iracambi que deu impulso ao município de criar um Código Municipal de Meio Ambiente. Em políticas públicas, Iracambi tem atuado com

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bastante desempenho e está representado no Conselho Estadual de Políticas do Meio Ambiente (COPAM), no Conselho Administrativo do Instituto Estadual de Florestas, no Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, no Conselho Administrativo do Circuito Turístico Serra do Brigadeiro, no Conselho Gestor de Áreas de Proteção Ambiental de Rosário da Limeira e de Muriaé, além de outros conselhos locais e municipais.

Até 2008, Iracambi trabalhou com um programa de estimular o desenvolvimento de plantas medicinais nativas com objetivo de usar os recursos naturais em propriedades rurais da região para gerar renda e, assim, incentivar os proprietários de melhor conservar esses recursos. O projeto teve o apoio de uma doação de EU $65.000 da Fundação Manfred Hermsen, de Alemanha.

Entre 2004 e 2009, Iracambi recebeu doações de EU $25.000 da organizaçao internacional Companheiros das Américas, em apoio das atividades de educação ambiental que Iracambi executava junto com escolas municipais e estaduais da região. O programa foi suspenso quando as escolas resolveram concentrar as atividades mais em áreas urbanas.

A partir de 2007, a Associação vem executando o projeto Capacitação Comunitária na Serra do Brigadeiro com recursos de uma doação da Fundação Inter-Americana de EU$ 290.000. Um componente desse projeto dedica-se ao fortalecimento das áreas de Proteção Ambiental (APAs) do entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Na execução do projeto, Iracambi trouxe, pela primeira vez na região, a técnica do Diagnóstico Rrural Participativo (DRP), que ela vem aplicando com muito êxito. Também, fortaleceu o Sistema de Informações Geográficas (SIG), já existente, no qual estão mapeados os detalhes geográficas das APAs. O alcance do projeto atual e limitado aos 05 municípios afetados pelo mineração de bauxita e, assim, não vai chegar a levar todas as APAs ao nível máximo de qualidade.

Desde 2009, Iracambi atua em parceria com a entidade CEPEC (Centro de Pesquisas e Promoção Cultural) de Araponga - MG, e apoio do Ministério do Turismo, visando o desenvolvimento do turismo de base comunitária em 30 pequenas propriedades rurais e estruturas de apoio localizadas no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro.

Finalmente, em setembro de 2010, o projeto de Iracambi, para a criação de uma rede de conservação de terras privadas no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, foi uma das seis propostas escolhidas nacionalmente para o apoio da Fundação SOS Mata Atlântica, em consórcio com a Conservação Internacional Brasil e a The Nature Conservancy, no âmbito do Programa de Fortalecimento Institucional e de Incentivo a Criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural na Mata Atlântica. O projeto está atualmente em execução.

O Centro de Pesquisas Iracambi vem estudando vários assuntos relacionados ao meio ambiente e aos serviços ambientais. A relação dos estudos está anexado. Os estudos, em formato digital, se encontram no CD

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acompanhando essa proposta. Nos arquivos digitais, acompanhando a proposta, também, se encontram as matérias publicadas, bem como uma relação fotográfica de nossas atividades.

5.Qualificação profissional da equipe envolvida nos trabalhos, anexando os currículos no caso de profissionais que atuarão no Projeto ou termos de referência, detalhando a qualificação exigida para a contratação dos profissionais.

Currículo do Responsável pelo projeto (Robin Le Breton) em anexo, bem como o da Coordenadora do Projeto, Elisa Garcia.

O termo de referência para os demais técnicos do projeto encontram em formato digital no CD anexado.

6.Comprovação do comprometimento/anuência do(s) órgão(s) público(s) com as atividades e estudos propostos (quando for o caso). Anexado cartas de apoio de: - Universidade Federal de Viçosa - Instituto Estadual de Florestas - Prefeitura Municipal de Rosário da Limeira

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PARTE B

1. Antecedentes e justificativa da proposição

A Mata Atlântica é uma das regiões com a maior taxa de biodiversidade no mundo. Também abriga quase 70% da população do Brasil (Conservation International 2007) e gera 80% do PIB do país. Essas pressões fizeram com que a cobertura florestal fosse reduzida a menos de 8% do tamanho original, ameaçando os fragmentos remanescentes (Ministério do Meio Ambiente 1999, citado em Morellato & Haddad 2000). Este ecossistema se estende por quatorze estados na costa leste brasileira, abrigando uma das mais altas taxas de endemismo do planeta (e.g., Myers 1988). Grande parte das espécies ameaçadas do Brasil são endêmicas na Mata Atlântica. Devido à sua alta biodiversidade, grande número de endemismos e a alta taxa de destruição, foi designada pela UNESCO, em 1992, como Reserva da Biosfera Internacional.

Toda a área do projeto se encontra dentro da área de influência da Serra do Brigadeiro, bioma onde predomina a fisionomia vegetal de Floresta Estacional Decidual e reconhecido como um da mais alta prioridade para conservação em Minas Gerais, de acordo com o Atlas de Biodiversidade. A Serra do Brigadeiro é o maior maciço rochoso de cadeias montanhosas do estado de Minas Gerais.

O decreto original estabelecendo o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB) baseou-se na a cota dos 1.000 metros com limite inferior do Parque. A área original teria sido por volta de 30 mil hectares. Entretanto, em virtude do fato de que essa base incluiria grande número de agricultores familiares com pequenas propriedades, o Instituto Estadual de Florestas reformulou os limites da unidade de conservação e ela foi homologada no ano de 1996 com uma área total de 13.400 hectares. Com a regularização dos limites, esta UC atualmente ocupa uma área de aproximadamente 15 mil hectares.

O desmatamento na zona de amortecimento do PESB resultou em degradação ambiental severa incluindo a perda de fertilidade do solo, erosão e desabamentos de terra, índice aumentado de incêndios florestais, deterioração de recursos hídricos e ameaça a extinção de espécies em larga escala. A pressão da agricultura, agravada pelos aumentos em custos de insumos, faz com que os produtores super-explorem suas terras, ou desmatam ainda mais para que possam sobreviver, agravando o problema.

Nas áreas descritas nessa proposta, a atividade de destaque é a agricultura familiar. Todavia, o modelo insustentável predominante leva a sérias dificuldades sociais, econômicas e ambientais. Famílias de produtores que continuam a empregar práticas exploradoras não podem mais sobreviver, sendo forçadas a migrar para as cidades – que não possuem a capacidade a absorvê-los. Para agravar este cenário, a agricultura familiar na Serra do Brigadeiro enfrenta um desafio junto ao processo já iniciado de mineração da bauxita, ou seja, um delicado conflito entre as prioridades no uso dos

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recursos naturais na região. Apesar de a mineração ser uma atividade presente na zona de amortecimento do PESB, curiosamente esta área é caracterizado como zona de proteção especial de acordo com o Zoneamento Ecológico Econômico de Minas Gerais.

A atividade principal dos produtores rurais da região é a cafeicultura, seguida em segunda lugar pela bovinocultura. Por motivos da sua baixa produtividade e rentabilidade, ambas atividades tenham contribuído bastante à degradação ambiental, incluindo com um impacto negativo nos recursos hídricos.

Na medida que os preços de café foram diminuindo, o preço dos insumos para a produção foram subindo e as linhas de crédito subsidiado foram ficando escassas, se tornava cada vez mais difícil manter suas rendas, e os agricultores foram obrigados a usar métodos culturais cada vez mais destrutivos ao meio ambiente.

A perda de solo pela erosão de lavouras desprotegidas provavelmente supera 50 toneladas por hectare ao ano, acabando todo acumulado nos córregos e também invadindo lavouras e pastos até às margens de muitos córregos, resultando no esgotamento de nascentes e assoreamento de rios. Ao mesmo tempo, embora proibido desde muitos anos, o desmatamento incentivado pela necessidade econômica dos pequenos proprietários rurais tem reduzido muito o tamanho dos fragmentos florestais e, assim, a capacidade da cobertura vegetal de captar águas pluviais.

Entretanto, vemos o grande interesse da população em geral, nas questões ambientais dado a importância da conservação da mata remanescente para a essencial preservação da água. A região da Serra do Brigadeiro esta inserida nas bacia hidrográficas dos Rio Paraíba do Sul e Rio Doce, cursos hídricos extremamente importantes para abastecimento humano na região Sudeste do país.

O projeto seria o primeiro passo para uma mobilização de toda comunidade na conscientização e preservação dos recursos hídricos nos sentidos de captação, desperdício e reuso das águas.

Mudanças climáticas trazem outras ameaças. Além de eventos meteorológicos extremos – chuvas mais fortes, secas mais prolongadas – que prejudicam um ambiente já estressado, o aumento na temperatura mediana de 2° graus Celsius reduzirá o potencial, por exemplo, das plantas de café de frutificar, enfraquecendo a maior atividade econômica das famílias rurais dessa região.

Uma reportagem recente (Setembo de 2010) do Ministério do Meio Ambiente relata que Dados da Organização das Nações Unidas constatam que mais da metade da população mundial está nas cidades e já é responsável pelo consumo de 70% de todos os recursos que o homem retira da natureza. Até 2050, com a estimativa de que a população do planeta supere 9,2 bilhões, a Terra terá 6 bilhões de habitantes, quase 90% da população atual, vivendo

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no espaço urbano. Diante desses números, governos estaduais, prefeituras e comunidades precisam reconhecer o valor do capital natural (água, solo, biodiversidade). Os formuladores de políticas públicas têm razões de sobra para tentar encontrar, o mais rápido possível, soluções de combate à degradação dos ecossistemas e minimização da perda da biodiversidade.

O desafio para a conservação seria desenvolver mecanismos apropriados para ajudar as famílias rurais a restaurarem seu ambiente para que possam prover o meio de vida sustentável para suas famílias e para as gerações vindouras. Enquanto o novo modelo de produção agrícola não for capaz de sustentar a agricultura familiar como fornecedores principais de alimentos para as cidades - função cada vez mais assumida pela agricultura comercial - um papel novo surgirá para os produtores como fornecedores de serviços ambientais às populações urbanas.

A região de abrangência deste projeto proposto está diretamente relacionada com áreas de recarga hídrica de suma importância para o abastecimento de água e produção de energia elétrica para aproximadamente 150 mil pessoas.Além do Parque Estadual, existem outras Unidades de Conservação na área do projeto: o Parque Municipal do Pico de Itajuru de 200 há em Muriaé, as Áreas de Proteção Ambiental da Serra das Aranhas e da Babilônia no Município de Rosário da Limeira, a APA do Pico de Itajuru, no Município de Muriaé, também as Áreas de Proteção Ambiental nos municípios de Ervália, Araponga, Sericita, Pedra Bonita, Fervedouro, Divino e a Reserva Particular de Patrimônio Natural de Iracambi com 70 ha. O Município de Miradoro está no processo de constituição de mais uma APA municipal, sob orientação de Iracambi.

Os nove municípios que constituem a zona tampão ao redor do Parque Estadual, e cujas economias e estruturas sociais são semelhantes, integram o Território Rural da Serra do Brigadeiro, criado no âmbito do programa do Ministério de Desenvolvimento Agrário em busca de políticas de desenvolvimento ecologicamente sustentável para a região. O plano de desenvolvimento rural sustentável do Território da Serra do Brigadeiro, dentre os seus cincos eixos temáticos, tem como prioridade o eixo “preservação do meio ambiente”. Iracambi considera que este eixo, é uma oportunidade para que o Território tenha foco na temática dos Pagamentos por Serviços Ambientais.

Iracambi entende que o desenvolvimento deste projeto proposto irá fortalecer iniciativas em prol da valorização dos diversos serviços ambientais já presentes no dia a dia da população residente ao longo da Serra do Brigadeiro, como por exemplo o Programa Merenda Escolar, que adquiri no mínimo 30% de produtos orgânicos dos agricultores, o Programa Bolsa Verde que premia proprietários rurais por recuperar ou manter áreas de cobertura vegetal nativas, o Projeto de Turismo de Base Comunitária que orienta os agricultores a conservarem ou restaurarem as belezas cênicas naturais e socioculturais presentes em suas propriedades, como também o Projeto de RPPNs que sensibiliza, mobiliza e orienta os proprietários rurais a enquadrarem parcelas de sua propriedade em áreas protegidas e a

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receberem recursos do ICMS Ecológico. O projeto de lei que tramita no congresso sobre a Política Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais será um mecanismo essencial para legitimar iniciativas citadas acima como também dando maiores subsídios para que o projeto proposto por Iracambi tenha sustentabilidade em curto prazo.

Iracambi possui credibilidade suficiente para desenvolver e expandir uma proposta de projeto piloto como esta, pois há vários anos a OSCIP vem participando ativamente em conselhos representativos, tais como o Conselho de Política Ambiental do Estado de Minas Gerais, o Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e o Grupo Gestor do Território Rural da Serra do Brigadeiro. Também, ela é suplente no Conselho Administrativo do Instituto Estadual de Florestas, membro da Rede das ONGs da Mata Atlântica e do Fórum das ONGs Mineiras. Além disso, desde 2007, a OSCIP executa um projeto de capacitação comunitária em 05 dos 09 municípios do Território, apoiado pela Fundação Interamericana (IAF), gerando resultados como a realização do I Seminário de Pagamento por Serviços Ambientais do Território da Serra do Brigadeiro, envolvendo aproximadamente 100 pessoas entre representantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente (IEF/PROMATA, IGAM), da Universidade Federal de Viçosa, das prefeituras municipais, dos agricultores, dos estudantes e de ONGs parceiras, como o CTA-ZM.

2. Objetivo(s). 2.1 Objetivo Geral

Estruturar a base, com a competência técnica, as ferramentas necessárias e credibilidade, para planejar, negociar e implantar um programa territorial de pagamento por serviços ambientais na Serra do Brigadeiro.

2.2 Objetivos Específicos

2.2.1 Implantar uma administração eficiente para o programa PSA;

2.2.2 Identificar os parceiros identificados e consolidar o acordo consensual entre eles

2.2.3 Informar os parceiros e capacitar os participantes 2.2.4 Definir a base técnica do programa; confirmá-la por estudos e apontar estudos futuros

3. Cartografia com o polígono(s)

No Google Earth:

http://www.iracambi.com/earth/portuguese.html

A página: http://www.iracambi.com/earth/Pkml/APAs_território.kmz

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mostra a área de intervenção do projeto proposta, incluindo o Territòrio da Serra do Brigadeiro, o Parque Estadual e as Áreas de Proteção Ambiental.

Na pagina http://www.iracambi.com/earth/Pkml/ encontra-se a lista das demais imagens disponíveis no Google Earth.

4. Atividades a serem realizadas

Considerações Gerais

Não é um segredo que a inspiração para este projeto vem em grande parte do projeto "Conservador de Água" que opera no município de Extrema, MG. Lá, o conceito do projeto foi planejado e desenvolvido durante dez anos antes de o projeto começar a fazer os pagamentos aos agricultores. Durante esse período de dez anos, a gestão do projeto, os acordos operacionais e as modalidades de financiamento foram criados, bem como a base técnica para medir os seus resultados e monitorá-los.

O conceito do projeto, aqui apresentado, é a fase de planejamento de um Programa de PSA que, futuramente, passará a ser a linha principal de desenvolvimento rural sustentável no Território Serra do Brigadeiro. Embora o horizonte do presente projeto esteja de curto prazo (de 17 meses), considera-se na premissa de que ele será seguido em fases subseqüentes.

Para atingir a massa crítica necessária para fazer um projeto desta natureza, ele requer a interação de um grande número de parceiros. Embora as parcerias sejam desejáveis para garantir a demanda para um projeto, elas são plantas delicadas que precisam de carinho. Muitas vezes, projetos não conseguem costurar as parcerias necessárias porque não houve recursos suficientes para esta atividade. Em um projeto como o da Serra do Brigadeiro, o arranjo organizacional é ainda mais complicado pelo fato de que o projeto vai atuar em nove municípios, cada um com suas próprias agendas políticas e com os seus horizontes limitados pelo prazo de seus mandatos.

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4.1 Administração do Projeto

Essencial a uma entidade colaborativa com parcerias multiplas, como o próprio território, é a construção de confiança mútua entre os parceiros. Podem-se destacar dois fatores importantes: a apropriação do programa e a transparência. Um gerenciamento colegiado promove estes conceitos, tendo, porém, o custo de um sistema de gestão menos eficiente. Para isso, o projeto precisa de uma administração forte e credível, com um mandato firme, para ser ágil na negociação de parcerias. Deve ser reconhecido, por todos os parceiros, que um projeto complexo dessa natureza exige um investimento adequado na estrutura de gestão.

O projeto precisa de um bom trabalho de coordenação em tempo integral e pessoal de apoio, também em tempo integral. Visto que a base conceitual de pagamento por serviços ambientais visa provocar mudanças técnicas apreciáveis, o projeto precisa de um técnico adequadamente formado para os serviços ambientais de água e biodiversidade, para administrar o conteúdo técnico do projeto. Outros técnicos trabalharão em contato direto com os agricultores através de visitas técnicas e reuniões.

A gestão do projeto deve ser apoiada por uma assessoria jurídica para elaborar acordos de cooperação e para construir um mecanismo apropriado para a execução do projeto. Desde que o Território, da maneira que ele se encontra estruturado hoje, não tem personalidade jurídica, ele não pode realizar atos jurídicos em seu próprio nome. O projeto precisa ter a capacidade de fazer isso. Isso exigirá uma forma diferente de acordo, como um consórcio ou associação, para quem a gestão será contratada e por quem bens e serviços podem ser adquiridos. Este organismo também pode determinar a instância de supervisão do projeto, continuando, se for adequado, a experiência do Território, com o seu Conselho e seu Grupo Gestor.

A fim de assegurar a continuidade do Programa de PSA, cuja primeira fase compreende a implantação das atividades aqui previstas , o projeto precisa tomar medidas na busca de garantir que os fundos estarão disponíveis para a continuação. O projeto inclui, portanto, a contratação de um profissional para captação de recursos para a fase subseqüente. Isso envolverá a busca de patrocínio, alistando parceiros comerciais e apresentando propostas de financiamento quando as oportunidades surgirem. Ao mesmo tempo, o programa PSA precisa buscar patrocínio de empresas interessadas em compensações ambientais, reduzindo as suas “pegadas de carbono” apoiando atividades de restauração florestal. Esta é uma outra forma de atender à demanda para seqüestro de carbono, sem ter o ônus de enfrentar o mercado de crédito do carbono. O profissional responsável pela captação de fundos também assumirá a responsabilidade dessa tarefa.

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Os resultados esperados dessa atividade são: - um contrato social assinado e registrado, definindo a organização que vai orientar o projeto; - o regimento interno da organização aprovado por ela;- o plano de financiamento da segunda fase do Programa PSA elaborado e as propostas para os financiadores encaminhadas; - parceiros e patrocinadores identificados para apoiar ao programa PSA

4.2 Criando Parcerias

O acordo de parceria incluirá, necessariamente, parceiros em locais mais distantes, sendo assim a gestão do projeto deve ter um orçamento adequado que permita a realização de visitas a estes locais, bem como, obviamente, disposição adequada, para viagens em todo Território. Finalmente, considerando que o projeto é um pioneiro em introduzir novos conceitos em projetos de desenvolvimento, é essencial que tenha um intercâmbio com iniciativas similares em outras partes do país, bem como a possibilidade de divulgar seus próprios resultados.

Os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais deverão ser um dos principais parceiros no projeto, uma vez que são os principais representantes das populações rurais. Também participarão os governos municipais, os comitês de bacias e seus fundos para o investimento em gestão de bacias, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas, as empresas estaduais e municipais de distribuição de água, o Instituto Estadual de Florestas, a Empresa Mineira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), a Empresa Estadual de Pesquisas Agropecuárias (EPAMIG) e a Universidade Federal de Viçosa.

Neste momento, o mercado de créditos de carbono ainda não oferece oportunidades para um programa como esse. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, na base do Protocolo de Quioto, continua fora do alcance de projetos locais e o mercado voluntário ainda está definindo critérios para poder atender a tais programas. Mesmo assim, deveremos nos preparar para o momento em que o mercado voluntário venha a funcionar, e por isso, se mantém os contatos já realizados com potenciais parceiros futuros. Nesse intuito, o projeto tem como intuito atualizar o contato anterior com a Fundação Plan Vivo para fins de preencher os demais requisitos a serem incluídos no regime da Fundação de certificação. Ao mesmo tempo, o projeto utilizará esse certificado na negociação da venda de carbono para compradores que serão definitivamente identificados durante a execução do projeto.

É preciso ficar claro que o projeto pretende desenvolver parcerias de longo prazo que serão fundamentais para o Programa de PSA. Não é uma questão de simplesmente arranjar entendimento de curto prazo que não irão sustentar o Programa de PSA.

Os resultados esperados dessa atividade são: - convênios de parceira assinados entre os parceiros do projeto, definindo o papel de cada;

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- acordos de princípios para a venda de créditos de carbono e para a certificação de qualidade;

4.3 Capacitar Parceiros

Para um projeto desta natureza, com múltiplos parceiros e um grande número de beneficiários, é absolutamente essencial que os participantes entendam o significado das ações. É também essencial o conceito de transparência para garantir a participação social nas ações e para construir um entendimento comum dos princípios do projeto - o que se pretende fazer, por que e como ele funciona.

Três níveis de capacitação são necessários. Um é para os gestores do Território: Prefeitos, Câmaras de Vereadores e outros líderes civis. Esta capacitação deve centrar-se nos conceitos, fundamentos, a relação do projeto com o contexto político-social, e sua base legal. Uma capacitação será suficiente para alcançar todos os intervenientes. Uma segunda parte será direcionada a equipe técnica do projeto e as organizações parceiras. Esta incidirá sobre os aspectos técnicos do projeto – quais as atividades que serão financiadas pelo projeto, quais serão os agricultores elegíveis e para quais benefícios, como o monitoramento será realizado, etc. O número de pessoas a ser alcançado por esta capacitação será maior e terá a necessidade de ser realizada em várias instâncias.

A terceira etapa de capacitação será para as comunidades e agricultores participantes. Aqui, o foco estará sobre a aplicação do projeto, o que os agricultores podem esperar para receber do projeto e o que eles terão que fazer a fim de serem elegíveis para os benefícios. Esta capacitação deve ser realizada nas comunidades rurais localizadas no entorno do PESB.

Um trabalho concomitante para divulgação das ações do Programa e do conceito de PSA será feito em colaboração com as escolas locais. Será necessária a publicação de folhetos informativos a serem distribuídos através das agências que têm um alcance nas comunidades rurais. Estes incluem a agência estadual de extensão rural, os bancos cooperativos, o sindicato dos trabalhadores rurais e os departamentos municipais de agricultura e meio ambiente.

Os resultados esperados dessa atividade são:- ao nível dos tomadores de decisões, um núcleo criado de pessoas com entendimento dos princípios do programa PSA;- ao nível dos técnicos dos órgãos parceiros, criado um conhecimento da maneira que funciona o programa PSA; - ao nível comunitário, um entendimento do o que é o programa, quais os possíveis benefícios dele, e quais as atividades apoiadas pelo programa;- ao nível estudantil, o reconhecimento do termo “pagamento por serviços ambientais”;

4.4 Estudos e levantamentos

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A experiência do projeto em Extrema mostra claramente a necessidade de um bom planejamento. O assunto é complexo e os atores diversos. Iracambi vem pensando na idéia de um projeto PSA há vários anos e já realizou uma série de estudos preliminares, relatados na lista em anexo.

Como base para a construção de um consenso entre todos os participantes do projeto, tem que haver compreensão geral do conceito de serviços ambientais e de quem deve pagar por eles. Para muitas pessoas na Serra do Brigadeiro, o conceito é novo: é uma crença comum de que a água, por exemplo, é um bem livre para que ninguém devesse ter que pagar. Se isso é realmente a opinião de consenso (mesmo que contradiz a lei federal), não será possível construir um sistema de PSA, que inclui o pagamento de água. É preciso, também, compreender claramente a diferença entre os pagamentos por serviços e os investimentos na melhoria dos serviços. Dessa maneira é preciso construir uma decisão política no sentido de determinar quem é responsável para cada um destas medidas.

Para todas as ações, o projeto vai precisar de um completo banco de dados geográficos. Uma parte deste já existe no Sistema de Informações Geográficas de Iracambi e algumas lacunas no acervo de imagens serão preenchidas em breve com a aquisição de imagens adicionais com recursos próprios de Iracambi. O objetivo principal deste será identificar áreas prioritárias para conservação. Para completar o sistema, o projeto terá de adquirir as imagens de satélite das áreas do Território Rural da Serra do Brigadeiro que ainda faltam e realizar os correspondentes levantamentos de campo.

Será necessário montar um acervo de mapas de todas as propriedades, mostrando, em uma, as Áreas de Reserva Legal (RL) já averbadas e as Áreas de Proteção Permanente (APPs). Este último não apresenta um obstáculo sério uma vez que a Universidade Federal de Viçosa já desenvolveu um software que determina automaticamente a APPs das curvas de nível. O projeto de construção da rede de conservação de terras privadas na Serra do Brigadeiro, atualmente sendo executado por Iracambi, com o apoio da SOS Mata Atlântica, CI-Brasil e TNC vai aprofundar ainda mais o conhecimento da região, bem como aumentar as áreas elegíveis, pelo projeto de Lei federal, para benefícios do programa federal.

4.4.1 Água

Iracambi já realizou um estudo piloto sobre a disposição de pagar, mas o estudo deverá ser atualizado e uma análise econômica dos níveis de pagamento aos produtores de água precisa ser feito. A proposta de lei federal, também, introduz algumas alterações no cenário previsto pelo Iracambi no momento em que realizou seu estudo. A relação entre a conservação da floresta - ou, mais corretamente, a conservação de fragmentos florestais – e a produção de água precisam ser estabelecidas nas condições da região. Para efeitos de um lançamento rápido do projeto, um estudo documental de pesquisas feitas em outros lugares provavelmente irá

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dar respostas suficientes para permitir uma estimativa dos valores sobre os quais a base da taxa de pagamento poderia ser estabelecida.

4.4.2 Carbono

Como já foi comentado acima, não vemos, neste momento, oportunidades para a venda de créditos de carbono, mas estamos conscientes da necessidade de nos preparar para o momento em que o mercado começar a funcionar em nosso favor. A Universidade Federal de Viçosa já realizou alguns estudos sobre o seqüestro de carbono na região que poderiam ser relacionados especificamente ao mercado de crédito de carbono. A mesma informação será parte essencial do estudo que o projeto irá realizar, de modo a definir a linha de base contra a qual os resultados das ações do projeto serão avaliados em termos de seqüestro de carbono.

Iracambi não têm a capacidade de realizar um programa de monitoramento de GEE, mas está disposta a ser um parceiro nesse programa. No Centro de Pesquisas Iracambi, já foram iniciados estudos sobre o crescimento da floresta e, também, o acompanhamento da saúde do ecossistema pelo uso de indicadores biológicos. Consideramos esses estudos uma contribuição a qualquer futuro programa relacionado com o controlo das emissões de GEE.

Biodiversidade

Não é necessário realizar mais estudos específicos sobre a biodiversidade para fins de execução do projeto. A importância relativa dos recursos biológicos do Estado de Minas Gerais foi avaliada pelo Atlas de 1998, revisto em 2005. Lá, constata-se que a Serra do Brigadeiro é uma região de extrema importância biológica para o Estado. Vai ser necessária uma avaliação do valor econômico da biodiversidade: não está incluída na presente proposta para não duplicar a iniciativa de outra entidade, parceira no Território Rural da Serra do Brigadeiro.

Os resultados esperados dessa atividade são: - um mapeamento e levantamento dos recursos hídricos do Território; - para a finalidade de calcular os custos e benefícios do programa PSA, obter uma estimativa da quantidade de água contribuída pelos nascentes na Serra do Brigadeiro para a bacia do Rio Paraíba do Sul e o Rio Doce; - definir a linha de base para a avaliação do futuro impacto do projeto. - uma indicação da aceitação, pela população de consumidores de água, de um acréscimo à taxa atual cobrada pela empresa fornecedora de água na cidade de Muriáe, maior centro populacional da região da Serra do Brigadeiro. - uma base técnica para calcular a quantidade promédia de carbono capturável em um hectare de mata típica da região do Serra do Brigadeiro - um plano do esquema de monitoramento a ser implantado durante o projeto

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5. Cronograma de Execução

SERRA DO BRIGADEIRO - PROJETO PSACRONOGRAMAMÊS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

1. ADMINcontratar gerente Xcontratar técnicos X Xcontratar assessor jurídico Xpropor convênios X X Xpropor contrato social Território X Xnegociar com parceiros X X X X X X Xseminário X relatório meio-termo X relatório final X X 2. CRIAR PARCERIASReuniões Prefeituras municipais X X X X X X X X X X X X X X X Xreunir com ANA X Xreunir com IGAM X Xreunir UFV X X X X Xreunir IEF X X X Xreunir EMATER X X X X Xreunir Bacias X X X X Xreuniões conselhos APAs Xretomar contato com Vivo X X  3. CAPACITAÇÃOContratar consultor XPreparar matérias XCapacitação lideranças XCapacitação técnicos X XCapacitação comunidades X X X X X X X X X X X X X X 4. ESTUDOScapacitar estagários XGerenciar SIG X X X X X X X X X X X X X X X X Xlevantamentos X X X Xadquirir imagens Xpesquisa com UFV X X X XEstudos captura de carbono X X XEst contrib mata cons água X X XDisponibilidade p pagar X X X  

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6. Orçamento e memória de cálculos

Em fomato digital, na planilha de Excel

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ANEXO I

Termo de Referência do Técnico em Seqüestro de Carbono

Currículo do Assessor Principal

Currículo da Coordenadora do Projeto

Termo de Referência do Técnico em Produtor de Água

Termo de Referência do Coordenador do Projeto

Termo de Referência do Responsável para Sustentabilidade Financeira

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ANEXO II-1 Currículo Resumido

ROBIN LE BRETON

Fazenda Iracambi, Caixa Postal No 1, Rosário da Limeira, 36878-000, MG

Tel/Fax: 032 3723 1297 email: [email protected]

www.iracambi.com

Formação profissional: Mestrado de Gerenciamento Ambiental da Wye College, Universidade de Londres, Mestrado em Economia Rural da Universidade Estadual de Iowa, nos EUA, e Mestrado em Direito da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Idiomas: inglês, português, espanhol e francês. Nacionalidade: brasileira

Nascido no Quênia, Robin trabalhou como economista rural do Banco Mundial em quatro continentes e mudou-se para o Brasil ao convite do governo brasileiro para trabalhar na SUDENE. Trabalhou como consultor em América Central e América do Sul, África Oriental, Central e os paises da região Sul junto com a PNUD, GEF, FAO e IFAD.

Decidiu radicar-se no Brasil, naturalizou, montou a fazenda com o intuito de desenvolver um trabalho sustentável numa área de florestas fragmentadas, e fundou o Centro de Conservação e Pesquisas Iracambi e a ONG Iracambi, agora OSCIP. O trabalho enfoca quatro áreas principais: Manejo Sustentável de Terras (Projeto da Fundação Inter Americana,

Projeto SIG) Geração de Rendas Sustentáveis (Pagamento para Serviços Ambientais,

Sistemas AgroFlorestais) Educação, Capacitação e Pesquisas Biológicas e Sociológicas Restauração das florestas (Corredores Florestais, Plantio de Árvores

Nativas)

Em termos de liderança Robin vem desempenhando um papel importante no município de Rosário de Limeira, Minas Gerais. Ajudou na criação do conselho municipal de desenvolvimento rural sustentável, trabalhando na conscientização coletiva das comunidades e estimulando novas maneiras de reflexão sobre as prioridades e necessidades das famílias que praticam agricultura de subsistência em uma área isolada e montanhosa na Mata Atlântica. Fundou a ONG em 1999, com intuito de trabalhar com as comunidades para tornar a conservação da floresta mais atrativa que sua destruição. Entre as novidades introduzidas pela ONG se destacam:

1. primeiro programa de educação ambiental da região, 2. primeiro programa SIG (Sistema de Informação Geográfica) que

fornece dados geográficos para os programas de desenvolvimento municipal,

3. apoio fundamental à criação e desenvolvimento de duas APAs (Áreas de Proteção Ambiental) em áreas criticas para conservação,

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4. primeiro seminário sobre pagamento para serviços ambientais, 5. primeiro programa de diagnostico participativo rural....

Esse trabalho todo foi desenvolvido no contexto de um município emancipado em 1996, totalmente privado, na época, de recursos humanos e financeiros, com uma só pessoa com terceiro grau completo (além do Robin e esposa.)

O projeto principal da ONG (financiado pela Fundação Inter Americana) enfoca conservação, capacitação e geração de rendas sustentáveis em cinco dos nove municípios do Território de Desenvolvimento Rural da Serra do Brigadeiro, consolidando e expandindo o processo de capacitação e aumento de auto confiança construído ao decorrer dos últimos dez anos. Conhecido na área de avaliação de impactos ambientais, sociais e econômicos, principalmente em projetos de infra-estrutura, extração de recursos naturais e mudanças de uso de terra, o trabalho de Robin virou referência, também, na questão de mineração de bauxita na área de conservação da Serra do Brigadeiro, sendo que Iracambi se tornou um dos membros chave na Comissão dos Atingidos pela Mineração. Robin é também conselheiro do COPAM (Conselho de Política Ambiental do Estado – conselho que avalia e acompanha os processos de licenciamento ambiental), além de ser Vice Presidente do Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro. Ele tem uma gama de experiência muito grande, trabalhando, por um lado, nas políticas públicas em vários paises, e por outro lado com pé no chão conciliando as demandas de desenvolvimento e conservação de recursos naturais.

Além de ser cidadão honorário do município (honra compartilhada com o Vice Presidente da República, José Alencar, Robin é conselheiro do Instituto Estadual de Florestas: IEF Conselho de Política do Meio Ambiente: COPAM Parque Estadual da Serra do Brigadeiro Território de Desenvolvimento Rural da Serra do Brigadeiro

O currículo completo se encontra no sistema Lattes.

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ANEXO II-2CURRICULUM VITAEElisa de Jesus Garcia

DADOS PESSOAIS

Nome: Elisa de Jesus GarciaNascimento: 20/05/1985Estado civil: SolteiraCPF: 071.401.046-46 RG: MG 13.502.673 CNH: B

Endereço Residencial: Avenida Marechal Castelo Branco, 1331. Apartamento 203.Bairro Santo Antônio. Viçosa – MG. CEP: 36.570-000.Telefone: (31) 84923069 e (32) 84026618Email: [email protected]

IDIOMAS

Inglês Intermediário (Curso em andamento)Espanhol básicoFrancês básico (Curso em andamento)

INFORMÁTICA

Domínio sobre o sistema operacional Windows e conhecimento sobre o sistema LinuxDomínio sobre o Pacote Office (MS Word, MS Excel, MS PowerPoint)Domínio da Internet (Navegadores Explorer. Mozilla Firefox, Chrome)

FORMAÇÃO ACADÊMICA

Graduação em História (Licenciatura e Bacharelado)Início em 2003. Término Agosto de 2008.Universidade Federal de Viçosa, UFV, Minas Gerais, Brasil.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

2010 - Associação Amigos de Iracambi (OSCIP) – Consultora para Captação de Recursos-Projeto Rede de Conservação de Terras Privadas no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (MG), financiado pela SOS Mata Atlântica. 6 meses.

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Funções: Acompanhamento e Análise de Editais; Elaboração de Projetos; Inserir e acompanhar informações no Sistema de Convênios - SICONV, do Ministério de Planejamento e Gestão.

2007 a 2010 - Ministério do Desenvolvimento Agrário - Articuladora Territorial/Assessora Técnica do Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais, no Território da Serra do Brigadeiro. Dedicação Exclusiva. 42 meses.Funções: Oferecer o apoio técnico e administrativo às ações territoriais, dando suporte permanente ao funcionamento das instâncias e às entidades executoras na elaboração dos Planos de Trabalho e no encaminhamento da documentação junto aos órgãos competentes; Coordenar e encaminhar o processo de negociação de programas, projetos e ações orientados para o desenvolvimento sustentável do território; Articular e apoiar os arranjos institucionais que, no âmbito do território, serão responsáveis pela elaboração, implantação e operação dos projetos específicos; Fazer a interlocução do Grupo Gestor com os Poderes Públicos Federal, Estadual, Locais e com os Movimentos Sociais; Mobilizar, envolver e apoiar os Atores Sociais do território para garantir a gestão social dos recursos; Organizar eventos de interesses do Território; Redigir e encaminhar documentos; Organizar os arquivos com a documentação do território; Manter o Grupo Gestor informado da implementação do programa nos municípios; Organizar a gestão financeira e a prestação de contas dos recursos destinados ao funcionamento da Secretaria Executiva; Ter sistematizada e organizada a documentação do Grupo Gestor e do Território; Organizar, mobilizar e sistematizar as reuniões do Grupo Gestor, do Colegiado, das Comissões de Monitoramento e análise de projetos; Encaminhar ao MDA as denúncias referentes à gestão e mau uso dos recursos nos municípios do Território.

2005 a 2006 - Centro de Estudos, Integração, Formação e Assessoria Rural da Zona da Mata Mineira (CEIFAR) - Assessora Técnica nas áreas de Políticas Públicas, Organização Produtiva, Segurança Alimentar e Desenvolvimento Territorial. 6 meses.Funções: Elaboração de projetos; organização de eventos com gestores públicos e atores sociais; elaboração e sistematização de relatório e documentos; articulação entre municípios e políticas públicas nas áreas de competência.

ESTÁGIOS

Atuação como estagiária no Departamento de Artes e Humanidades da Universidade Federal de Viçosa, junto à secretaria da coordenação do Curso de História. Início: Outubro de 2003. Término: Outubro de 2006. Carga horária: 10 horas semanais.

Atuação como estagiária-formadora no Programa de Extensão Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da UFV. Início: Março de 2006. Término: Março de 2007. Carga Horária: 15 horas semanais.

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Atuação como estagiária na 76ª Semana do Fazendeiro nas atividades de

Aplicação de Questionário, Tabulação Primária e Complementar junto à

Comissão de Avaliação. 17 a 22 de julho de 2005. Carga Horária: 120 horas.

CURSOS

Curso de Elaboração de Projetos e SICONV - Módulo II. (Carga horária: 20 horas). Belo Horizonte. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Curso de Elaboração de Projetos - Módulo I. (Carga horária: 20 horas). Belo Horizonte. Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Metodologia de Pesquisa e Gestão de Projetos. (Carga Horária: 12 horas). CEE – Universidade Federal de Viçosa.

Constituição de Cooperativas Populares. (Carga Horária: 8 horas). ITCP. CEE – Universidade Federal de Viçosa.

Agricultura Familiar, Agentes de Desenvolvimento Social e Projeto Político. (Carga Horária: 15 horas). CEE - UFV.

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ANEXO III

Relação de Estudos relevantes já realizados no Centro de Pesquisas Iracambi

Market Creation for Watershed Services Provided by Atlantic Rainforest, – Tamar Bourne, Iracambi, 2004

Proteção de cabeceiras na Mata Atlântica / Rio Paraíba do Sul – desenvolvendo zonas prioritárias – Karen Franz. Iracambi, 2005

Value of Water in the Fumaça River and Preto River – Iracambi, Alejandro Olivera, 2004

Land Cover Classification and Forest Patch Distribution at Iracambi, Brazil, - Ott, University North Carolina, 2003

As Plantas Medicinais da Floresta Atlântica: Oportunidades e Desafios, – Amaral et al, V Congresso Bras Agro Ecol, 2006

Compre! Venda! Comercialização de Carbono como Desenvolvimento Inteligente – Delay, Iracambi, 2007

Biodiversity and Agribusiness: making soap from medicinal plants – Beauchemin, Amaral – CBD, Geneva, 2007

Prácticas da Transformação da Paisagem – Silveira, USP, 2008

Zoneamento Agroecológico Participativo na APA da Serra das Aranhas – Amaral, VI Congresso Bras Agro Ecol, 2009

Caracterização e Análise do Potencial Produtor de Água - Hilal, UFOP, 2009


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