PROJETO EMAUS
PARÓQUIA MISSIONÁRIA DE SANTA BERTILA
“Lançai as vossas redes para pescar!” Lc 5,4!”
• Esta ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo a São Pedro, que depois da pesca milagrosa transformou-se em: “Doravante serás pescador de homens” Lc 5,10, foi fielmente observada por João Paulo II.
• Em 1983, no Haiti, na presença dos Bispos do CELAM, o Papa João Paulo II apela e convoca todo batizado para uma grande pescaria, como aquela de Lc 5, a qual denominou Nova Evangelização.
• As conclusões da Conferência Episcopal de Santo Domingo delinearam ponto a ponto todos os aspectos e características deste apelo do Papa para Uma Nova Evangelização.
Origem
• SD 24 – Falar em Nova Evangelização é reconhecer que existiu uma antiga ou primeira, contudo não significa que a anterior tenha sido inválida. Não significa um novo Evangelho diferente do primeiro, e também não quer dizer re-evangelizar.
• A Nova Evangelização surge como resposta aos problemas apresentados pela realidade de nosso continente no qual se dá um divórcio entre Fé e vida. É uma chamado a conversão, um novo Pentecostes.
• "A Nova Evangelização há de ser promovida por uma Igreja orante e pelo Espírito Santo." (João Paulo II, em 1986, "ad Limina Apostolorum ").
• 14. A Igreja sabe-o bem, ela tem consciência viva de que a palavra do Salvador, "Eu devo anunciar a Boa Nova do reino de Deus",se lhe aplica com toda a verdade. " (Paulo VI ' Evangelii Nuntiandi 14).
Justificando
Explicação do Papa João Paulo II de como deve ser esta Nova Evangelização
• Nova no seu ardor: O melhor evangelizador é o santo, aquele que, no Espírito Santo, conformou a sua vida à de Jesus Cristo, o primeiro evangelizador. Por isso tem o mesmo ardor de Cristo (SD 28).
• Nova em seus métodos: Metodologia atual, eficaz, criativa, pedagógica, sob a ação do Espírito Santo (SD 29).
• Nova em sua expressão: Uma linguagem próxima das novas realidades culturais de hoje; inculturação.
Diretrizes
• Depois da IV Conferência Geral, em Santo Domingo, muitas coisas mudaram na sociedade. A igreja que participa dos gozos e esperanças, das penas e alegrias de seus filhos, quer caminhar ao seu lado neste período de tantos desafios para infundir-lhes sempre esperança e consolo.
• A V Conferência Geral, em Aparecida, celebra a continuidade das anteriores. Com o mesmo espírito que as animou, os pastores querem dar agora um novo impulso à evangelização, a fim de que estes povos continuem crescendo e amadurecendo em sua fé, para ser luz do mundo e testemunhas de Jesus Cristo com a própria vida.
• O PROGRAMA: Missão Continental de Evangelização. A missão tem caráter global, desdobrando-se em Continental, Nacional – COMINI -, Regional – COMIRE - , Diocesana - COMIDI, Paroquial -COMIPA e Grupos de Animação Missionária.
• XVI Plano da Ação Evangelizadora 2009/2011 da Arquidiocese de Curitiba.
Resultados
Paróquia missionária
Uma conversão radical de mentalidade
• As paróquias são células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e a comunhão eclesial. São chamadas a ser casas e escolas de comunhão (170).
• Todos os membros da comunidade paroquial são responsáveis pela evangelização dos homens e mulheres em cada ambiente (171).
• A renovação das paróquias no início do terceiro milênio exige a reformulação de suas estruturas (172).
Renovação das paróquias
• A partir da paróquia, é necessário anunciar o que Jesus Cristo “fez e ensinou” (At 1,1) enquanto esteve entre nós (172).
• A Palavra acolhida é salvífica e reveladora do mistério de Deus e de sua vontade (172).
• Toda paróquia é chamada a ser o espaço onde se recebe e se acolhe a Palavra (172).
• Sua própria renovação exige que se deixe iluminar de novo e sempre pela Palavra viva e eficaz (172).
• E assim se torna fonte dinâmica do discipulado missionário (172).
Paróquias discípulas
• A V Conferência Geral é uma oportunidade para que todas as nossas paróquias se tornem missionárias (173).
• A renovação missionária das paróquias se impõe porque a realidade está exigindo de nós imaginação e criatividade para chegar às multidões (173).
• É urgente a criação de novas estruturas pastorais (173).
• Os melhores esforços das paróquias neste início do terceiro milênio devem estar na convocação e na formação de leigos missionários (174).
Paróquias missionárias
• Se Jesus veio para que todos tenhamos vida em abundância, a paróquia tem a maravilhosa ocasião de responder às grandes necessidades de nossos povos (176).
• Para isso, tem que seguir o caminho de Jesus e chegar a ser a boa samaritana como Ele (176).
• Cada paróquia deve chegar a concretizar em sinais solidários seu compromisso social nos diversos meios em que se move, com toda “a imaginação da caridade” (176).
• Não pode ser alheia aos grandes sofrimentos que a maioria de nossa gente vive (176).
Paróquias samaritanas
• A paróquia não nasceu missionária: consolidou-se como instituição religiosa a partir do século V.
• A paróquia não tinha como prioridade o anúncio do Evangelho.
• Ao longo dos séculos, a paróquia tornou-se lugar de prestação de serviços.
• Não há qualquer perspectiva de falar de “paróquia missionária” se pegarmos a paróquia como estrutura - instituição.
• Se imaginarmos a Igreja como mistério, corpo místico, povo de Deus, comunidade de pessoas que têm coração, então ...
É possível essa renovação?
• João Paulo II afirma na Redemptoris Missio– “A ação evangelizadora da comunidade
cristã, primeiramente no próprio território, e depois, mais além, como participação na missão univer-sal, é o sinal mais claro da maturidade da fé.
– Impõe-se uma conversão radical da mentalidade para nos tornarmos missionários - e isto vale tanto para os indivíduos como para as comunidades.
– O senhor chama-nos constantemente a sairmos de nós mesmos, a partilhar com os outros os bens que temos, começando pelo mais precioso, que é a fé” (RM 49).
Conversão radicalde mentalidade
Que tipo de Igreja?
Uma Igreja “do padre” pode ser missionária?
• O padre ocupa o lugar principal porque é ele que faz quase tudo sozinho. É ele que vai atrás de tudo do que as pessoas precisam.
• Faz tudo com grande cuidado, espírito missionário de serviço e generosidade.
• O povo está feliz. Se ele faltar ou se ele não encabeçar as coisas, na paróquia se faz pouco ou nada, porque a paróquia é do padre.
• Perguntamo-nos: o que acontece àqueles que não freqüentam a Igreja? Àqueles que não têm o padre como referência?
Se a Igreja for do padre ...
• Os membros do Conselho são co-responsáveis com o padre no serviço pastoral da paróquia.
• Isto significa um avanço muito importante. Mas não basta numa paróquia constituir o Conselho Pastoral; precisa dar a devida importância às atividades tipicamente “pastorais” e “missionárias”.
• Colocando em relação o primeiro e o segundo desenho, percebemos que o rosto e o modelo da comunidade eclesial não são muito diferentes: talvez 20 – 30 pessoas agora trabalham mais ou menos juntas com o padre, mas a maioria dos fieis fica de fora.
Se a Igreja for do CPP ...
Uma Igreja que desperta ...
• Rompe o silêncio e começa a falar.
• O povos aprende a tomar parte ativa da vida da Igreja; quer tomar consciência de como a comunidade eclesial caminha.
• Nem sempre isso corresponde com um engajamento.
• Contudo, a paróquia aos poucos sai da toca do “pau mandado”, e o povo se torna protagonista, se “rebela”, expressa sua subjetividade, no desejo de ser ouvido e acolhido ...
• Se essa etapa não for bem trabalhada, pode-se regressar ao primeiro cartaz.
Uma Igreja desperta quando ...
Uma Igreja dinâmica
• É atenta às várias necessidades das pessoas, dentro e fora, e procura ajudar a todos de todas as maneiras possíveis.
• Muito fiéis tomam parte da vida da Igreja e o fazem não tanto para ajudar o padre, mas porque são cientes da vocação e da missão que receberam como cristãos no batismo.
• Esses cristãos entenderam que eles são a Igreja e que a missão da Igreja é a missão deles.
• Neste modelo de Igreja, o aspecto organizativo é o que mais tem importância: as pessoas consideram-se “executivas”.
Uma Igreja é dinâmica quando ...
Uma Igreja missionáriacomunhão de comunidades
• É formada de comunidades.
• A base das pequenas comunidade é a Palavra.
• As comunidades são unidas entre elas por um vínculo profundo de comunhão. Através do CPP são unidas à comunidade maior.
• Na celebração eucarística dominical os fieis da comunidade se reúnem como “corpo de Cristo”.
• Os cristãos são cientes de sua responsabilidade de anunciar o Evangelho também fora da comunidade eclesial. Por isso procuram influenciar a realidade econômica, política, social com espírito cristão.
Uma Igreja é missionária quando ...
• “A renovação da paróquia exige atitudes novas dos párocos e dos sacerdotes que estão a serviço dela” (DA 201).
• “Requer-se que todos os leigos se sintam co-responsáveis na formação dos discípulos e na missão” (DA 202).
• “Requer imaginação para encontrar resposta aos muitos e sempre mutáveis desafios que a realidade coloca, exigindo novos serviços e ministérios” (DA 202).
• “Requer organismos que superem qualquer tipo de burocracia” (DA 203).
Exigências
• Somente uma comunidade organizada desta forma pode ser verdadeiramente uma comunidade missionária.
• Não é só vivendo a fraternidade que a paróquia se torna missionária: é principalmente assumindo os desafios do mundo no qual ela vive, em sua dimensão contextual e universal.
• Ao mesmo tempo, a comunidade é missionária pela dinâmica em que vive e pela extensão de sua ação que é chamada a abraçar o mundo inteiro.
Conclusão