Colégio Estadual “D. Pedro I” – Ensino Fundamental e Médio
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Desenvolvido pelos profissionais da educação do ano letivo de 2011 do “Colégio Estadual Dom Pedro I – Ensino Fundamental e Médio”.
Diretor: Renato Evaristo dos Santos
Santo Inácio - PR 2011
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EQUIPE DE ENSINO DO COLÉGIO ESTADUAL DOM PEDRO I Ano Letivo de 2011
D i r e t o r
Renato Evaristo dos Santos
E q u i p e P e d a g ó g i c a
Luzia Aparecida Dadona Lima Rosalina Bega
C o r p o D o c e n t e
Adriana Violato Ana Paula Laureano Ferreira
Aranilde da Silva Carlos Tadayuki Higioka Edmar Alencar Júnior
Elaine Adriana da Silva Ely Constantino
Helena Gracite do Amaral Ionas Raimundo dos Santos
Maria Ap. Crespo Maria Ap. Ferreira Cardoso Maria Sirlei do Nascimento
Marinês José Bragatto Marrafão Miriam Comossato Cerqueira Rosimeire Donizete Cardoso
Santo Bento Soleide Porangaba Nistche
Wandercléia de O. L. Carrion
F u n c i o n á r i o s
Kátia Cristina Vendrames Gloor Maria Luzinete Vieira
Wilza Cristina Ferreira Salbego Maria Jandira Robeiro Mateus
Maria Lucinéia de Araújo Baboni Domitila Ribeiro Rodrigues
Renilda Belarmino dos Santos
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1
SUMÁRIO
1 - APRESENTAÇÃO 09
2 - INTRODUÇÃO 10
3 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 12
3.1 - Histórico do Estabelecimento de Ensino 12
3.2 - Caracterização da Comunidade Escolar 13
3.3 - Perfil dos Alunos e da Comunidade 15
4 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS 18
4.1 - Conselho Escolar 18
4.2 - Conselho de Classe 19
4.3 - APMF 20
4.4 - Grêmio Estudantil 21
5 - ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR 21
6 - ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 23
6.1 - Regime Escolar 24
6.2 - Do Processo de Classificação 24
6.3 - Do Processo de Reclassificação 25
6.4 - Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino 27
6.5 - Princípios Norteadores da Educação 27
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2
6.6 - Filosofia da Escola 31
6.7 - Princípios Didáticos-Pedagógicos 31
6.8 - Objetivos do Ensino Médio Regular 36
6.9 - Metodologia do Ensino Médio Regular 36
6.10 - Objetivos e Metodologia da EJA 37
6.10.1 – Avaliação da EJA 40
6.10.2 - Níveis de Ensino 42
6.10.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II 42
6.10.2.2 - Ensino Médio 42
6.11 - Formação Continuada 42
6.12 - Inclusão 44
6.13 - Programa Viva Escola 45
6.14 - Calendário Escolar 46
6.15 - Regimento Escolar 46
6.16 - Matriz Curricular 48
6.16.1 – Ensino Médio Regular 49
6.16.2 – Ensino Fundamental – Fase II - EJA 50
6.16.3 – Ensino Médio - EJA 51
7 - PLANO DE AÇÃO 2011 52
8 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 60
8.1 - P.P.C. de Arte 62
8.1.1 - Apresentação da Disciplina 62
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 3
8.1.2 - Objetivos Gerais 63
8.1.3 - Conteúdos 64
8.1.3.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 64
6.1.3.2 - Ensino Médio Regular e EJA 67
8.1.4 - Metodologia 72
8.1.5 - Avaliação 72
8.1.6 - Referências 73
8.1 - P.P.C. de Biologia 74
8.2.1 - Apresentação da Disciplina 74
8.2.2 - Objetivos Gerais 78
8.2.3 - Conteúdos 78
8.2.4 - Metodologia 82
8.2.5 - Avaliação 85
8.2.6 - Referências 88
8.3 - P.P.C. de Educação Física 89
8.3.1 - Apresentação da Disciplina 89
8.3.2 - Metodologia 90
8.3.3 - Conteúdos 94
8.3.4 - Avaliação 106
8.3.5 - Referências 107
8.4 - P.P.C. de Filosofia 111
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 4
8.2.1 - Apresentação da Disciplina 111
8.2.2 - Objetivos Gerais 113
8.2.3 - Conteúdos do Ensino Médio – Regular e EJA 113
8.2.4 - Metodologia 115
8.2.5 - Avaliação 116
8.2.6 - Referências 117
8.5 - P.P.C. de Física 118
8.5.1 - Apresentação da Disciplina 118
8.5.2 - Objetivos Gerais 121
8.5.3 - Conteúdos do Ensino Médio – Regular e EJA 123
8.5.4 - Metodologia 124
8.5.5 - Avaliação 129
8.5.6 - Referências 131
8.6 - P.P.C. de História 132
8.6.1 - Apresentação da Disciplina 132
8.6.2 - Conteúdos 133
8.6.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 133
8.6.2.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 143
8.6.3 - Metodologia 144
8.6.4 - Avaliação 144
8.6.5 - Referências 145
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 5
8.7 - P.P.C. de Língua Portuguesa 147
8.7.1 - Apresentação da Disciplina 147
8.7.2 - Objetivos Gerais 148
8.7.2.1 - Objetivos Específicos 148
8.7.3 - Conteúdos 149
8.7.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 149
8.7.2.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 152
8.7.4 - Metodologia 156
8.7.5 - Avaliação 158
8.7.6 - Referências 159
8.8 - P.P.C. de Matemática 161
8.8.1 - Apresentação da Disciplina 161
8.8.2 - Conteúdos 162
8.8.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 162
8.8.2.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 165
8.8.3 - Metodologia 167
8.8.4 - Avaliação 169
8.8.5 - Referências 170
8.9 - P.P.C. de Química 172
8.9.1 - Apresentação da Disciplina 172
8.9.2 - Metodologia 174
8.9.3 - Objetivos Gerais 175
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 6
8.9.4 - Conteúdos do Ensino Médio – Regular e EJA 176
8.9.5 - Avaliação 180
8.9.6 - Referências 181
8.10 - P.P.C. de Sociologia 182
8.10.1 - Apresentação da Disciplina 182
8.10.2 - Objetivos Gerais 183
8.10.3 - Conteúdos do Ensino Médio – Regular e EJA 183
8.10.4 - Metodologia 186
8.10.5 - Avaliação 187
8.10.6 - Referências 188
8.11 - P.P.C. de Geografia 189
8.11.1 - Apresentação da Disciplina 189
8.11.2 - Objetivos Gerais 191
8.11.3 - Conteúdos 192
8.11.3.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 192
8.11.3.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 195
8.11.4 - Metodologia 200
8.11.5 - Avaliação 202
8.11.6 - Referências 204
8.12 - P.P.C. de Ciências 205
8.12.1 - Apresentação da Disciplina 205
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 7
8.12.2 - Objetivos Gerais 205
8.12.3 - Conteúdos – Ens. Fundamental – Fase II - EJA 206
8.12.4 - Metodologia 208
8.12.5 - Avaliação 210
8.12.6 - Referências 212
8.13 - P.P.C. de Língua Estrangeira Moderna - Inglês 213
8.13.1 - Apresentação da Disciplina 213
8.13.2 - Objetivos Gerais 213
8.13.3 - Conteúdos 214
8.13.3.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 214
8.13.3.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 217
8.13.4 - Metodologia 227
8.13.5 - Avaliação 228
8.13.6 - Referências 229
8.14 - P.P.C. de Língua Estrangeira Moderna - Espanhol 230
8.14.1 - Apresentação da Disciplina 230
8.14.2 - Objetivos Gerais 231
8.14.2.1 - Objetivos Específicos 231
8.14.3 - Conteúdos 232
8.14.4 - Metodologia 245
8.14.5 - Avaliação 246
8.14.6 - Referências 247
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 8
8.15 - P.P.C. de Ensino Religioso 249
8.15.1 - Apresentação da Disciplina 249
8.15.2 - Objetivos Gerais 250
8.15.3 - Conteúdos 250
8.15.4 - Metodologia 251
8.15.5 - Avaliação 252
8.15.6 - Referências 252
9 - ANEXOS 253
9.1 - Gráficos de Pesquisa 253
9.2 - Regimento Escolar 265
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 9
1 - APRESENTAÇÃO
Atendendo ao que estabelece a Lei de Diretrizes e Bases Lei no 9.394/96 em
seus artigos. 12, Inciso I, 13 e 14, o Colégio Estadual D. Pedro I, trabalhou na
elaboração e atualização do seu Projeto Político Pedagógico, tomando como ponto
de partida a consciência de que este documento se constitui na construção coletiva
da identidade da escola pública de qualidade que pressupõe um projeto de
sociedade, de educação, de cultura e de cidadania, fundamentado na democracia e
na justiça social.
É a própria organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em
suas especificidades, níveis e modalidades, no nosso caso o ensino fundamental e
médio, que supõe a reflexão e discussão crítica sobre os problemas da sociedade e
da educação, para encontrar as possibilidades de intervenção na realidade; busca a
transformação da realidade social, econômica, política; exige e articula a
participação de todos os sujeitos do processo educativo: professores, agentes
educacionais, pais, alunos e outros, para retratar uma visão global da realidade e
dos compromissos coletivos; alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto
processo de construção contínua: nunca é pronto e acabado; fundamenta as
transformações internas da organização escolar e explicita suas relações com as
transformações mais amplas (econômica, social, política, educacional e cultural).
Diante do exposto, o documento ora apresentado, se caracteriza como fruto
de um trabalho coletivo de revisão bibliográfica, teórica e metodológica dos
elementos que constituem o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual D.
Pedro I. Tal revisão se fez necessária tendo em vista as mudanças estruturais e
pedagógicas ocorridas nesta unidade de ensino, bem como as mudanças na
legislação que regulamentam o funcionamento de uma escola pública paranaense.
Para o trabalho de revisão e reescrita deste documento foram realizados
grupos de estudos com os diversos atores que compõem o coletivo escolar
(professores, agentes educacionais I e II, assembleia de pais, assembleia de alunos)
todos coordenados pela Direção e organizados pela Equipe Pedagógica. Outra
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 10
atividade realizada tendo em vista a reformulação deste documento foi o
levantamento o perfil do alunado que frequenta este estabelecimento de ensino,
através da aplicação de questionário previamente elaborado pelos professores,
equipe pedagógica e Direção. Tal questionário foi aplicado tanto aos alunos do
Ensino Médio Regular quanto aos alunos da modalidade EJA (Educação de Jovens
e Adultos) e os dados coletados bem como a análise dos mesmos fazem parte deste
documento e serviram de base para a elaboração do Marco Operacional onde
constam as propostas de ação elaboradas para atender as necessidades dos alunos
e consequentemente da escola pública que se propõe a ofertar um ensino de
qualidade e excelência.
Para este trabalho, foram levadas em consideração também as Leis
10.639/03 e 11.645/08 que tratam do trabalho pedagógico de resgate e valorização
da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena. Atendendo à legislação,
também consta deste documento as determinações contidas na Instrução Nº
011/2009 que trata da oferta de Língua Espanhola por meio do CELEM (Centro
Estadual de Língua Estrangeira Moderna) e também as determinações contidas na
Resolução Nº 3683/2008 que institui a o Programa Viva a Escola na Educação
Básica da Rede Estadual de Ensino. Finalmente, contam deste documento os
pressupostos filosóficos, teóricos e metodológicos das Diretrizes da Educação de
Jovens e Adultos.
2 - INTRODUÇÃO
Ao longo de sua história, educação é chamada a formar um ideal de sujeito
que atenda às necessidades da sociedade. Tanto que várias reformas educacionais
ocorreram tendo em vista a atender às necessidades sociais, políticas e
econômicas, inclusive o próprio modelo capitalista, também usufruiu e usufrui escola
para os seus propósitos, quando exige a qualificação e formação da mão de obra
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 11
necessária à consecução do Projeto de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico.
Neste momento histórico de revisão e reelaboração de um projeto
pedagógico, os educadores foram chamados a refletir sobre a concepção de
homem, mundo e sociedade e, também sobre os princípios que norteiam a prática
educativa tomando como base para esta reflexão do conhecimento científico,
tecnológico, a onda de globalização e o neoliberalismo que tanto priorizou o
individualismo, a competição, o consumismo e ao acúmulo de riquezas. Tais
elementos contribuíram para que os educadores percebessem a necessidade de
enfrentar as contradições e os conflitos presentes na sua prática docente, já que há
disparidade entre aquilo que a escola deveria ser e o que ela está sendo e diante
dos fatos, optar por uma proposta entenda a educação como “o ato de produzir,
direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é
produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 2005).
Para atingir o que acima se coloca, a escola deve trabalhar com todos os
produtos culturais: os instrumentos, a linguagem, as produções científicas e a
organização da vida social, levando os alunos a reconhecerem o ser humano como
produtor da cultura e esta como resultado do seu trabalho na transformação da
natureza, na atribuição de significados às suas realizações e na criação do seu
próprio mundo. Sabendo das contradições inerentes à escola pública por oferecer às
camadas mais carentes da sociedade uma escola que pretende pública, laica,
gratuita, obrigatória, universal de qualidade e dever do Estado, sem, no entanto,
levar em consideração as desigualdades sociais, os intelectuais da escola devem,
no sentido de reverter e atuar nestas contradições, optar por um método que parta
da prática social, onde professor e aluno se encontram igualmente inseridos
ocupando, porém, posições distintas, condição para que travem uma relação
fecunda na compreensão e encaminhamento de solução dos problemas postos pela
prática social, dispondo de instrumentos teóricos e práticos, para a compreensão e
atuação transformadora da realidade percebida na prática social inicial.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 12
3 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Nome do Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual D. Pedro I – Ensino
Fundamental e Médio
Endereço: Avenida Luiz Antônio Agostinho Nº 700 - Centro – Santo Inácio - PR
Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação
Núcleo Regional: Maringá
Estado do Paraná
3.1 - Histórico do Estabelecimento de Ensino
O Colégio Estadual D. Pedro I – Ensino Médio está localizado numa área de
7.051,00 m², do quarteirão que fica entre as ruas: Sebastião Américo Seleguim, Rua
Izaltina das Neves Martins, Rua Arnor Marques Pinheiro, de fronte à Avenida Luiz
Antônio Agostinho, 700, sendo mantido pelo Governo do Estado do Paraná.
Foi criado e denominado pelo Decreto nº 4.106 de 15 de fevereiro de 1967,
com Portaria de funcionamento nº 1.602 de 15 de fevereiro de 1967, com a
denominação de: ESCOLA NORMAL DE GRAU COLEGIAL D. PEDRO I.
Pelo Parecer do Conselho Estadual de Educação nº 099/78, foi aprovada a
antecipação da Implantação da Lei 5692/71, a partir de 1978.
Pelo Decreto nº 2.671/80 e Diário Oficial nº 844 de 23 de julho de 1980, foi
denominado: COLÉGIO D. PEDRO I – ENSINO DE 2º GRAU.
Pela Resolução 778 de 17 de março de 1982 e Diário Oficial nº 1.260 de 30
de março de 1982, foi reconhecido os cursos de Contabilidade e Magistério e pela
Resolução nº 4.514/02 publicada no Diário Oficial de 14 de novembro de 2002, foi
reconhecido o curso de Ensino Médio.
Atualmente, com a implantação da Educação de Jovens e Adultos, em
01/09/09 e após a publicação da Resolução Nº 900 de 10 de março de 2010,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 13
estabelecimento passou a ser denominado COLÉGIO ESTADUAL D. PEDRO I –
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Os nomes dados ao estabelecimento em:
1967 – ESCOLA NORMAL DE GRAU COLEGIAL D. PEDRO I;
1968 – ESCOLA NORMAL COLEGIAL D. PEDRO I;
1980 – COLÉGIO D. PEDRO I – ENSINO DE 2º GRAU;
1983 – COLÉGIO ESTADUAL D. PEDRO I – ENSINO DE 2º GRAU;
1997 – COLÉGIO ESTADUAL D. PEDRO I – ENSINO MÉDIO;
2010 – COLÉGIO ESTADUAL D. PEDRO I – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO.
3.2 - Caracterização da Comunidade Escolar
Cada unidade de ensino possui características próprias que a identificam e a
tornam um todo heterogêneo, porém que possui elementos que o identificam como
componentes e agentes de um espaço que é ao mesmo tempo físico, social e
cultural. Estes componentes constituem o coletivo escolar que mesmo
desempenhando funções distintas, têm o mesmo objetivo, qual seja atuar num
espaço educativo e contribuir para que a escola cumpra com sua função social.
Deste coletivo fazem parte os professores que são na maioria do Quadro
Próprio do Magistério, efetivos em suas disciplinas, todos possuem Pós Graduação
em Nível de Especialização nas áreas relacionadas à sua disciplina de concurso ou
de formação inicial, trabalhando em outras unidades escolares dentro e fora do
município de Santo Inácio.
O Corpo Docente está incumbido de participar ativamente da elaboração,
reflexão e execução da Proposta Pedagógica, zelando pela aprendizagem dos
alunos, estabelecendo estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento, ministrando os dias letivos e horas aulas, participando integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 14
não deixando de lado, sua colaboração com atividades de articulação da escola com
as famílias da comunidade. Também fazem parte das funções dos professores
participarem dos momentos de discussão e reelaboração do PPP, assim como das
reuniões pedagógicas e principalmente dos Conselhos de Classe. É no Conselho de
Classe que o professor discute encaminhamentos e estratégias metodológicas que
melhor contribuirão para a aprendizagem dos alunos.
A Equipe Pedagógica tem como princípio lutar por uma escola democrática e
criativa, atuando em consonância com a comunidade escolar, resolvendo com ela os
conflitos e problemas emergentes na unidade de trabalho. Estimula e amplia
discussão de problemas educacionais do Corpo Docente, agindo com justiça nas
transgressões de discentes e docentes, pois a justiça é a expressão maior da
Equipe Pedagógica.
Para tanto, a equipe atua tendo por base além do arcabouço teórico inerente
à sua formação, a legislação que regulamenta o exercício de sua função numa
escola pública. Legislação esta que se expressa de forma clara e objetiva no
Regimento escolar que define a atuação da Equipe Pedagógica da seguinte forma:
Art. 31 - A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas
no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a
política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
Diante do exposto, conclui-se que a Equipe Pedagógica é a expressão maior
do intelectual orgânico da escola, pois, tem sob sua responsabilidade a função de
articular todo o trabalho desenvolvido na escola, primando sempre para que os filhos
da classe trabalhadora se apropriem de forma global dos conhecimentos
socialmente produzidos pela humanidade ao longo de sua história, contribuindo para
que tais alunos possam compreender as contradições do sistema social e
econômico em que estão inseridos e finalmente se compreenderem enquanto
sujeitos fundamentais na luta pela transformação dos mecanismos de exclusão e
exploração a que são submetidos os menos favorecidos.
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3.3 - Perfil dos alunos e da comunidade
Para levantar o perfil do corpo discente e da comunidade escolar, realizou-se
uma pesquisa de campo com os alunos. Esta pesquisa consistiu em questionário
que buscava levantar elementos significativos para identificarmos quem é e como
são nossos alunos, bem como a comunidade onde a escola está inserida. Os dados
coletados seguem anexados neste documento (anexo I).
De posse dos dados, foi possível perceber que, embora vivendo em um
município pequeno, a maioria dos alunos têm condições de moradia razoável, pois
81% moram em casa própria ao passo que 15% moram em casa alugada e os
outros 4% residem em casas cedidas.
As famílias destes alunos, são compostas em sua maioria por 5 pessoas e
embora prevaleça à família tradicional, é possível perceber o surgimento de
diferentes tipos de famílias, constituídas somente por pais e filhos, mães e filhos ou
até mesmo avós e netos. Estes dados nos permitem perceber que a escola deve
estar aberta a todos os tipos de relações sociais, pois estas relações interferem
diretamente na vida dos alunos ajudando a construir a identidade de cada um deles.
Como o colégio atende o Ensino Fundamental e Médio, sendo e Ensino
Fundamental ofertado apernas na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos)
a faixa etária dos alunos varia dos 14 até 62 anos e deste total, 50% conciliam os
estudos com o trabalho remunerado, o que faz da educação uma possibilidade de
melhorar sua qualificação e sua colocação no mercado de trabalho.
Em um município onde até pouco tempo atrás as atividades econômicas
predominantes eram a agricultura e a pecuária, a maioria da população vivia desta
fonte de renda, porém a partir de 2008, com a implantação de uma Usina de Açúcar
e Álcool, a indústria passou a ser uma nova fonte de renda para a comunidade, este
fato fez com que mais gente procurasse a escolarização e atendendo a esta
demanda e a esta necessidade da comunidade, o Colégio implantou a modalidade
EJA, atendendo um total de 120 alunos. Esta mudança no cenário econômico do
município faz com que renda familiar oscilasse entre um e quatro salários mínimos,
porém 40% das famílias entrevistadas vivem com uma renda de até dois salários
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mínimos. A vinda desta empresa e a expectativa da vinda de outras, tem
impulsionado a solicitação por parte da comunidade para a oferta de cursos técnicos
e profissionalizantes, demanda que ainda não conseguimos atender por conta dos
entraves burocráticos de nossa mantenedora.
A pesquisa sobre escolaridade dos pais nos revelou que 5% dos pais e mães
ainda são analfabetos, mesmo com as campanhas de alfabetização realizadas pelos
poderes públicos e também revelou que há uma disparidade entre pais e mães.
Entre os pais 5% são analfabetos, 27% estudaram até a 4ª Série do Ensino
Fundamental, 26% concluíram o Ensino Fundamental Séries Finais, 34% concluíram
o Ensino Médio e apenas 8% dos pais cursaram o Ensino Superior. Já entre as
mães, 6% são analfabetas, 19% estudaram até a 4ª Série do Ensino Fundamental,
20% concluíram o Ensino Fundamental Séries Finais, 40% cursaram o Ensino Médio
e apenas 15% cursaram o Ensino superior. Esta realidade nos mostra que 56% dos
pais entrevistados não concluíram o Ensino Médio e que ainda a minoria não
conseguiu cursar o Ensino Superior.
Já a inclusão digital de nossos alunos foi observada em nossas pesquisas ao
levantarmos que 63% dos alunos possuem computador em casa e 90% de nossos
alunos têm acesso à internet. Destes 90%, 15% têm acesso à internet apenas na
escola no laboratório de informática do Paraná Digital. Este dado é muito importante,
pois mostra que a maioria dos alunos tem acesso a esta tecnologia para auxiliá-los
nos trabalhos de pesquisa e de produção de conhecimento. Vale ressaltar que este
acesso não ocorre somente em período de aulas, mas também em contra turno
quando aluno retorna a escola para realizar suas pesquisas e produções.
Outro dado importante que coletamos foi à crença na educação como
redentora da sociedade, pois, 100% dos alunos entrevistados acreditam que a
educação, que os estudos podem melhorar suas vidas e este fato é reforçado
quando 91% afirmam gostar de estudar e afirmam também que frequentam a escola
porque é importante para o futuro. Vale destacar que o futuro está relacionado ao
mercado de trabalho, à melhoria na renda familiar.
Neste levantamento de dados, procuramos conhecer acesso dos alunos a
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 17
outras fontes de informações além da internet, perguntando sobre a leitura de
periódicos como jornais e revistas e observamos que 60% dos alunos leem algum
periódico. Já a leitura de livros por ano, o índice ficou entre (voltar depois).
Quanto ao tempo dedicado a estudos complementares, podemos afirmar que
21% dos alunos não estudam em casa, não dedicam parte de seu tempo livre para
rever os conteúdos estudados em sala, este dado nos mostra um desafio a ser
enfrentado, pois, somente às quatro horas de estudos na escola não são suficientes
para que os alunos se apropriem de todos os elementos que compõe o conteúdo
que estão estudando e desde o início deste ano, este trabalho tem sido realizado
com o acompanhamento da equipe pedagógica. O número de 36% de alunos que
dedicam uma hora por dia para estudos complementares demonstra a eficácia do
acompanhamento realizado pela equipe pedagógica junto aos alunos,
principalmente com aqueles aprovados em Conselho de Classe. 43% dos
entrevistados dedicam até duas horas de seu tempo livre para estudos
complementares e isto tem resultado numa melhora nas notas destes alunos.
Como atendemos aos alunos do Ensino Médio, perguntamos sobre as
possibilidades e pretensões quanto à continuidade dos estudos em nível Superior.
Foi possível observar que 90% dos alunos têm pretensões de continuar seus
estudos, porém, 55% ainda precisam se preparar financeiramente para enfrentar
este desafio trabalhando para arcar com seus estudos.
Outro dado relevante que identificamos neste levantamento é que atendemos
76% de alunos que residem na zona urbana e 24% que residem no campo. Mesmo
sabendo desta diferença, temos que pensar ações para atender as necessidades
dos dois grupos de alunos com relação a horários, ao acesso do transporte escolar e
aos mecanismos tecnológicos.
Dos alunos atendidos por este estabelecimento de ensino, 23% são
beneficiados com o Programa Bolsa Família e estes alunos têm sua frequência
monitorada e acompanhada pela equipe administrativa constantemente.
Analisando os dados coletados de forma geral podemos concluir que os
alunos matriculados neste estabelecimento de ensino, são em sua maioria, filhos da
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classe trabalhadora que além de lutar por sua sobrevivência, luta para concluir seus
estudos e para tanto enfrenta desafios e dificuldades. Como escola pública que
somos devemos oportunizar momentos, estratégias e conhecimentos que
contribuam para que estes alunos consigam sua emancipação econômica, cultural e
social. Para tanto o tempo e o espaço escolar deve ser planejado e organizado para
atender a estas necessidades. Outro fator que a escola deve levar em consideração
é o fato estabelecer uma relação de diálogo e reciprocidade com a comunidade na
qual a escola se insere afim de que o conhecimento aprendido e discutido na escola
seja acessível a toda a comunidade.
4 – INSTÂNCIAS COLEGIADAS
4.1 - Conselho Escolar
4.2 De acordo com SOUZA etal, 2005, “o Conselho escolar é a instituição
que cotidianamente coordena a gestão escolar, (...) é o órgão responsável pelo
estudo, pelo debate e deliberação, acompanhamento, controle e avaliação das
principais ações do dia-a-dia da escola tanto no campo pedagógico, como
administrativo e financeiro”, portanto, deve ser uma ferramenta na construção da
participação democrática, pois, se caracteriza como uma maneira prática de garantir
a participação de todos os segmentos escolares, nos destinos, decisões de nossos
problemas, abrindo as portas da escola para a comunidade, que ao sugerir medidas,
soluções e decisões, estará sempre compreendendo, construindo e praticando a
democracia na unidade.
Diante do fato de o Conselho Escolar, em anos anteriores, ter enfrentado
dificuldades de articulação e significação do mesmo, a direção, juntamente com a
equipe pedagógica, realizou um trabalho de resgate e discussão sobre sua função e
importância no contexto de uma gestão democrática, visando transformá-lo num
verdadeiro órgão auxiliar da unidade. Este trabalho contribuiu para que seus
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membros compreendessem quão necessários é a existência deste órgão, bem como
a atuação consciente de seus componentes.
E em virtude disso, atualmente, podemos afirmar que nosso Conselho
Escolar, tem sido a base fundamental para a mobilização dos pais, professores e
alunos nas ações a serem implantadas por uma prática participativa que se inicia por
deliberações simples e que, em muitos casos, auxiliam sobremaneira a
administração da escola: estabelecimento de horários de entrada e saída de alunos,
obrigatoriedade ou não de uniformes, (se obrigatório, que soluções se darão para as
famílias carentes, impossibilitadas de adquiri-los), necessidade ou não, de
contribuições à APMF, entre outras que, eventualmente sejam relevantes no
contexto escolar, na aplicação de verbas, etc...
Assim procedendo, nosso Conselho Escolar estará contribuindo para
interiorizar na consciência de todos os membros da comunidade, suas respectivas
responsabilidades, mormente a dos pais, quanto à formação de hábitos saudáveis
nos jovens cada vez mais carentes de valores, formando a ideia de respeito e
valorização, frente à sociedade que se pretende transformada pelos nossos alunos
no futuro.
4.2 – Conselho de Classe
O Conselho de Classe tem como objetivo questionar e refletir sobre as
situações que levam os alunos ao fracasso nas várias formas de avaliações. É um
momento muito importante no processo de avaliação, onde a escola leva os
profissionais da educação a refletirem sobre suas práticas docentes em sala de aula
e sobre seus critérios de avaliar.
O aluno que não obtiver na prática uma aprendizagem que o leve a atingir a
média 6,0 (seis vírgula zero), exigida pelo sistema de ensino, passará pelo Conselho
de Classe para que seja analisado pelos professores o porquê do fracasso nas
atividades em que foi avaliado.
Na escola o conselho de classe é a única instância coletiva que acontece no
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final de cada bimestre após as avaliações de recuperação a qual dá ao aluno uma
nova oportunidade para recuperar os conhecimentos não atingidos.
A esta instância coletiva, a escola dá abertura aos representantes de turmas
para participarem do processo com objetivo de ser o elo de comunicação entre o
Conselho e os alunos, a respeito das diversas situações discutidas.
As situações problemas levantadas pelo Conselho são levadas pela Equipe
Pedagógica aos alunos e se necessário aos pais, tentando assim eliminar a
repetência e a evasão, valorizando o perfil de cada aluno.
Faz parte do Conselho de Classe: o Diretor, os Professores Pedagogos, os
Professores que atuam em salas de aula, Professor conselheiro de turma e aluno
representante de turma.
De acordo com o que foi exposto acima, o Conselho de classe é um órgão de
cunho pedagógico e, portanto, tem a função de propor estratégias metodológicas
para atender às necessidades educacionais dos alunos com dificuldades de
aprendizagem. Entre as ações propostas pelo e analisadas pelo Conselho de
Classe, destaca-se o acompanhamento sistemático dos aprovados pelo órgão de um
ano para outro, o trabalho com Cronograma de Estudos individuais ou coletivos que
são realizados pelos alunos em casa ou no próprio estabelecimento em contra turno.
Este trabalho é monitorado pela equipe pedagógica e apoiado pelos
professores através da sugestão e acompanhamento das atividades, além da
utilização dos cadernos Eureka. Pra que o trabalho produza bons resultados, os pais
são informados da situação e aconselhados a acompanhar o desenvolvimento do
mesmo. Este trabalho começou a ser realizado em 2009 e por ter contribuído na
aprendizagem dos alunos continua sendo realizado todos os anos.
4.3 - A.P.M.F. (Associação de Pais, Mestres e Funcionários).
É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, elementos
fundamentais para que se dê a Gestão Democrática.
São atribuições da A.P.M.F.:
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Acompanhar o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico,
podendo sugerir alterações, tem liberdade para estimular a criação e o
desenvolvimento de atividades envolvendo a comunidade escolar;
Promover palestras envolvendo Pais, alunos, Professores, funcionários
e comunidade.
Além dessas atribuições, a A.P.M.F. tem outras, as quais estão
registradas no Regimento Escolar, que segue:
Art. 20 - A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF ou similar,
pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e
Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,
racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e
conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.
Parágrafo Único – A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e
homologado em Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.
4.4 – Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do
estabelecimento, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos
dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus membros.
Ele é regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral,
convocada especificamente para esse fim.
5 - ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR
O colégio foi construído em quatro blocos: Bloco 1-Prédio escolar onde está
construída em alvenaria, a ala 1 com quatro salas de aula medindo 47,00 m2 cada,
mais duas salas medindo 57,00 m2, totalizando seis salas de aula. Neste mesmo
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bloco, estão construídos dois banheiros para os alunos (masculino e feminino),
medindo 15,00 m2 cada, entre os quais, há um espaço aberto, de circulação para as
classes, medindo 54,00 m2 e uma área coberta para a ligação entre as classes e
parte anterior da escola com 172,00 m2. Na ala 2 estão construídas as salas: dos
professores com 30,00m2, do computados com 11,00m2, da Secretaria com 15,00m2,
da Direção com 12,50m2, da Equipe Pedagógica com 12,50 m2, 2 banheiros
(masculino e feminino), com 3,00m2 cada, da cozinha com 15,00m2, hall com
4,00m2, onde funciona o bebedouro. Entre a ala 1 e 2 foi construído, em 1995, o
almoxarifado com 10,00m2.
Entre estas salas, há um corredor de circulação, com 12,00m2, e o hall de entrada
com 7,00m2.
No bloco 2, há uma sala de aula, onde funcionava a sala ambiente de
Técnicas
Comerciais, atualmente funcionando a biblioteca.
No bloco 3, há uma casa para o vigia da escola, construída em alvenaria,
medindo 72,00m2.
No bloco 4, há uma quadra polivalente, coberta, medindo 468,00m2.
No bloco 5, área livre calçada para recreação e prática de Educação Física
com 1500,00m2.
No bloco 6, foi construído, numa área de 280,00m2, um estacionamento
calçado e cercado para veículos do pessoal do corpo docente e administrativo da
escola.
Com assinatura do convênio do PROEM, com a APMF, se obteve verba para
a construção de 2 salas: a 1ª sala, destinada à TV Vídeo, medindo 75,60m2 e a 2ª
sala, destinada à Biblioteca, medindo 57,75 m2. Hoje neste bloco encontra-se 2
salas de aula medindo 56 m2 cada uma e uma biblioteca medindo 36 m2.
Atualmente, contamos 2 funcionárias para os serviços de limpeza e
manutenção do espaço escolar que atendem na medida do possível às novas
demandas surgidas no estabelecimento com a implantação da EJA, do CELEM e do
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projeto Viva a Escola. O trabalho administrativo é realizado por três funcionárias,
sendo uma secretária e duas auxiliares, que se revezam no atendimento à
biblioteca, pois, o colégio não conta com bibliotecária em seu quadro de
funcionários.
A partir de 2009, com a implantação da EJA, o número de alunos passou de
160 para 300, e a faixa etária deles varia dos 15 anos, aproximadamente até os 60.
Esta diversidade e diferença entre os grupos de alunos têm sido muito significativas,
pois possibilita uma interação e uma troca de experiências e expectativas de vida
que faz ambos os grupos cresçam e aprendam tanto sobre os conteúdos estudados
como sobre a vida em sociedade e as contradições nela existentes.
A Biblioteca ocupa um espaço de 57,75 m², onde Professores, alunos e até
mesmo, pessoas da comunidade aproveitam esse espaço para fazerem uso do
acervo bibliográfico o qual não é muito rico em fontes diversificadas para pesquisas,
mas atende as necessidades da comunidade escolar.
A nossa biblioteca recebeu recentemente 100 unidades de DVD ESCOLA,
enviadas pelo Ministério da Educação, afim de que as aulas sejam motivadas e
interessantes para os alunos. Ela está à disposição da comunidade escolar no
período de funcionamento da escola, ou seja, das 8:00 às 12:00 horas e das 19:00
às 23:00 horas.
Os docentes contam com uma míni biblioteca localizada na sala dos
professores para leitura e reflexão durante a hora atividade.
6 – ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual D. Pedro I, oferece à comunidade o curso de Ensino
Médio em dois turnos: matutino e noturno, funcionando com 7 turmas: 4 turmas no
período matutino das 07h40min às 12h05min horas e 3 turmas no período noturno
das 18h55min às 23h10min horas com aulas de 50 minutos em níveis de 1ª, 2ª e 3ª
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séries e na EJA.
A partir do ano de 2009, passou a ofertar o Ensino Fundamental Fase II e
Médio na Modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), atendendo a 130 alunos
distribuídos em quatro salas de aula que ofertam todas as disciplinas da base
nacional comum.
A partir de 2010, passou a ofertar também o CELEM, em contra turno, que
atende 60 alunos e o Programa Viva a Escola, no período noturno, atendendo cerca
de 30 alunos.
Para garantir a aprendizagem e o contato com o conhecimento de diversas
formas, a equipe diretiva possibilita aos alunos, acesso aos laboratórios de Química
e Física, bem como o acesso ao laboratório de informática. Além de disponibilizar o
acervo da Biblioteca escolar para consultas, pesquisas ou leituras afins. No pátio do
colégio existe um pequeno palco que é utilizado pelos alunos do projeto de teatro do
programa Viva a Escola e também procura cumprir o que estabelece a lei nº
11.788/08 que trata do estágio não obrigatório.
6.1 - Regime Escolar
O colégio adota o sistema anual, sendo que as avaliações ocorrem
bimestralmente e de forma paralela. Além das avaliações e das recuperações, para
atender a legislação vigente, este estabelecimento de ensino também trabalha com
os processos de classificação, reclassificação, promoção e progressão parcial,
conforme consta do Regimento Escolar, que segue:
6.2 - Do Processo de Classificação
Art. 75 - A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento
que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios
formais ou informais, podendo ser realizada:
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I.por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou
fase anterior, na própria escola;
II.por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou
do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III.independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau
de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
Art. 76 - A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
I.organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola
para efetivar o processo;
II.proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III.comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,
para obter o respectivo consentimento;
IV.arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V.registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
6.3 - Do Processo de Reclassificação
Art. 77 - A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino
avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do
ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminha-lo à etapa
de estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento,
independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.
Art. 78 - Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na
série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa
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iniciar o processo de reclassificação.
Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis poderão
solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à
escola aprová-lo ou não.
Art. 79 - A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao
aluno e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado,
a fim de obter o devido consentimento.
Art. 80 - A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada
pela equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme
orientações emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que
comprovem a necessidade da reclassificação.
Art. 81 - Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas
reuniões, anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos
realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
Art. 82 - O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe
pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
Art. 83 - O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e
integrará a Pasta Individual do aluno.
Art. 84 - O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à
SEED.
Art. 85 - A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente
cursada.
Art. 90 A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o
aluno, não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado,
poderá cursá-las subsequente e concomitantemente às séries seguintes.
§ 1º - Este estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula
com Progressão Parcial.
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§ 2º - As transferências recebidas de alunos com dependência em até três
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de
estudos.
6.4 - Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino
O desafio histórico que urgentemente se coloca é construir cotidiana e
coletivamente, no interior da sociedade, dentro e fora dos muros escolares, às
possibilidades concretas que nortearão a escola pública, popular, realmente
democrática e de qualidade. Afinal, a sociedade exige mudanças no sistema de
ensino, mudanças que são frutos de estudos e reflexões tanto sobre a prática
pedagógica quanto sobre as concepções e políticas publicas que fundamentam
estas práticas.
Estas mudanças levam o coletivo escolar pensar uma educação que
contribua para a melhoria na qualidade de vida, porém, são ações desenvolvidas
que levarão certo tempo para alcançar resultados visíveis. O processo de mudança
tanto de prática quanto de projeto educacional é dinâmico e exige esforço coletivo e
comprometimento; não se resume, portanto, a elaboração de um documento escrito
por um grupo de pessoas para que se cumpra uma formalidade.
Portanto é necessário um contínuo investimento na formação continuada e na
capacitação tanto do corpo docente quanto das instâncias colegiadas para que todos
compreendam que trabalhar e optar pela escola pública significa enfrentar o desafio
de mudança e de transformação, tanto na forma como a escola organiza seu
processo e trabalho pedagógico, como na gestão que é exercida pelos interessados,
o que implica o repensar da estrutura de poder da escola.
Não é tarefa fácil conseguir a adesão de toda comunidade escolar nesta luta
por mudança, porque muitos deixaram de acreditar que as coisas podem ser
diferentes. A Escola tem que pensar o que pretende do ponto de vista político e
pedagógico para alunos que são filhos da classe trabalhadora.
Há um alvo por ser atingido pela escola: a produção e a socialização do
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conhecimento, das ciências, das letras, das artes, da política e da tecnologia, para
que o aluno possa compreender a realidade socioeconômica, política e cultural,
tornando-se capaz de participar do processo de construção da sociedade. Porém,
para que a escola seja local de inovação, investigação e se torne autônoma é
fundamental a participação de todos os colegiados para se conseguir transformar o
processo já existente da própria escola.
Neste sentido, existe a necessidade de politizar as instâncias colegiadas para
que elas percebam a necessidade e a importância da participação de todos no
processo de democratização da escola pública.
O desempenho dos alunos no ENEM 2009 com relação a 2008 tem
melhorado depois que os alunos começaram a ser conscientizados sobre a
importância da participação neste evento nacional e, além disso, a equipe diretiva
passou a organizar simulados com os participantes para que se familiarizem com o
formato das provas. Esta estratégia adotada o ano passado foi positiva e, portanto,
será repetida novamente.
A relação professor tem sido reconstruída com a implantação dos pré e pós-
conselho de classes, mesmo com uma resistência inicial por parte dos professores
estes momentos serviram para que a dinâmica da sala de aula pudesse ser vista e
analisada por todos os envolvidos no processo e ao longo destes dois últimos anos
percebe-se uma mudança de postura tanto de alunos quanto de professores que
procuram rever suas práticas pedagógicas e suas estratégias metodológicas para
atender às considerações apresentadas pelos alunos ao mesmo tempo percebe-se
nos alunos, comprometimento um pouco maior em relação aos estudos a aos
acordos firmados com os professores e com a equipe pedagógica.
Ainda com relação à aprendizagem, a equipe pedagógica adotou a partir do
ano passado a estratégia de acompanhar o rendimento escolar dos alunos
aprovados em Conselho de Classe, bem como daqueles que ficaram com notas
abaixo da média logo no primeiro bimestre. Os alunos são acompanhados e
orientados pelas pedagogas a realizarem um cronograma de estudos com uma hora
de duração para cada disciplina. Estas horas de estudo são controladas pela entrega
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das atividades realizadas e anotação na ficha do conselho de classe do aluno. Este
trabalho tem contribuído para a melhora do rendimento dos alunos e, portanto faz
parte do plano de ação do colégio e da equipe pedagógica.
A dinâmica de um estabelecimento de ensino precisa ser constantemente
repensada no sentido de atender às reais necessidades educacionais dos alunos,
para tanto, é necessário um olhar constate para os acontecimentos que parecem
rotineiros, mas que dizem muito sobre o andamento do colégio. Dentro destas
rotinas, destaca-se a relação professor-aluno, a relação aluno-comunidade e a
relação comunidade-escola. A equipe diretiva e pedagógica procura atentar para
estes aspectos e com base nos dados observados propor estratégias para reverter
às situações que não contribuem para a formação plena do aluno.
6.5 - Princípios Norteadores da Educação
A Lei Federal Nº. 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
estabelece que a Educação, dever da família do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o mundo do trabalho. Para atender às determinações da LDB,
cada unidade de ensino, cada escola deve coletivamente pensar, analisar sua
realidade e construir um projeto que contribua para a formação deste cidadão. Para
tanto devem ser tomados como elementos desta análise todos os condicionantes
que constituem a realidade na qual a escola está inserida, bem como estabelecer
em que tipo de sociedade esta cidadania será construída ou conquistada.
Neste sentido, o coletivo que constitui o Colégio D. Pedro I concluiu que
pretende atuar na formação de sujeitos conhecedores de todos os condicionantes de
todas as contradições inerentes à sociedade capitalista da qual são frutos e na qual
devem atuar de forma autônoma e consciente. Para tanto este aluno deve ser
tomado na sua totalidade, como um indivíduo pertencente a um determinado grupo
social, mas que tem direito a usufruir todos os bens culturais, sociais e econômicos
que são fruto da relação do ser humano com a natureza através do uso das
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tecnologias.
A Educação Escolar é um processo sistemático de socialização do saber
historicamente construído, a partir da perspectiva da formação humana e da
cidadania, inseridas na realidade social com suas contradições econômicas, sociais
e políticas.
Neste sentido, o conhecimento é entendido em todas as dimensões:
científica, filosófica, artística, cultural e histórica, que ao adentrar a escola se tornam
saber escolar ou conteúdo. O conteúdo por sua vez deve ser abordado de forma
interdisciplinar numa dinâmica que permita ao aluno se apropriar dos mesmos de
forma significativa e eficiente, envolvendo-o intelectual e afetivamente na elaboração
e reelaboração ativa do conhecimento sistematizado, para tanto é preciso que os
conteúdos sejam ensinados dentro de uma totalidade.
Pois a categoria da totalidade permite ao coletivo escolar compreender o
homem e, portanto, os alunos, como seres sociais, em que tudo que há de humano
neles provém de sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade.
Compreendendo o aluno como ser social e concreto e condicionado por aspectos
culturais, políticos e econômicos, a escola conseguirá contribuir para a formação de
sujeitos conscientes de suas condições de vida e, portanto, preparados para
transformar estas condições por meio de intervenções e de mobilizações no seio da
sociedade capitalista. Diante do exposto, conclui-se que o objetivo deste
estabelecimento de ensino é formar um agente transformador de sua própria
realidade por meio da participação e da atuação consciente e do trabalho
provocando mudanças nas estruturas sociais.
O coletivo deste estabelecimento de ensino, portanto, se propõe formar um
ser humano preparado para atuar num mundo globalizado, excludente e
extremamente individualista e, diante desta realidade, ser capaz de iniciar um
processo de luta política e coletiva, fazendo escolhas e provocando mudanças nas
estruturas sociais que precisam mudar para melhorar a qualidade de vida da
população.
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6.6 - Filosofia da escola
O estabelecimento fez uma opção teórico-metodológica depor trabalhar com o
conhecimento historicamente produzido e acumulado pela humanidade. Esta é uma
opção política, pois, tendo em vista que a escola pública atende aos filhos da classe
trabalhadora, ele, os filhos da classe trabalhadora, têm o direito de se apropriar de
forma plena de todo conhecimento produzido e acumulado pela humanidade ao
longo de sua história. Este é um direito básico, assegurado ao aluno pela sua
própria condição de ser humano.
Neste sentido, o aluno da escola pública terá condições de compreender os
mecanismos inerentes à sociedade em que vive e nela poderá atuar como sujeito
conhecer dos condicionantes que o levaram a se situar neste contexto.
6.7 - Princípios didáticos - pedagógicos
Para que o PPP aconteça de fato, é necessário que o coletivo escolar se
debruce sobre a definição dos conteúdos, uma vez que é por meio deles que os
alunos desenvolvem as capacidades que lhe permitem reconstruir os bens culturais,
sociais e econômicos e deles usufruir.
Os conteúdos e o tratamento que a eles deve ser dado assumem papel
central, uma vez que é por meio deles que os propósitos da escola se realizam.
A organização dos conteúdos se dá tomando como base os conteúdos
estruturantes e básicos elencados nas Diretrizes Curriculares de cada disciplina,
tendo em vista, a opção teórico metodológica de se trabalhar com o conhecimento
historicamente produzido que, didaticamente foi sistematizado na forma de
conteúdos escolares.
Após a organização dos conteúdos, o corpo docente deve partir para o
estabelecimento de estratégias metodológicas e intervenções pedagógicas que
possibilitem ao aluno se apropriarem do conteúdo trabalhado, para tanto, mais uma
vez será necessário recorrer às Diretrizes Curriculares de cada disciplina para que
abordagem do conteúdo não se dê de forma fragmentada e estanque. Caberá ao
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professor levar o aluno a estabelecer relações entre os conteúdos estudados e entre
todas as formas de sistematização do conhecimento, ou seja, trabalhar os
conteúdos específicos de sua disciplina e estabelecer relação deste com os das
demais disciplinas.
Para tanto, professor desenvolverá seu trabalho como mediador da
aprendizagem do aluno, para tanto sua postura deverá ser a do sujeito mais
experiente com relação ao conhecimento que instigará que levará o aluno por meio
da reflexão e da investigação a se apropriar do conhecimento. Este trabalho requer
do professor consciência de que ele é o elemento chave da aprendizagem do aluno,
pois, conforme Gasparin:
“Ao assumir o papel de mediador pedagógico, o professor torna-se
provocador, contraditor, facilitador, orientador. Torna-se também unificador do
conhecimento cotidiano e científico de seus alunos, assumindo sua
responsabilidade social na construção / reconstrução do conhecimento
científico das novas gerações em função da transformação da realidade”.
(2003, p.113)
Este estabelecimento de ensino, como já foi dito anteriormente, adota e
defende a pedagogia histórico - cultural como norteadora de seu trabalho
pedagógico, tendo em vista que esta opção é a que melhor atende às necessidades
dos alunos oriundos da classe trabalhadora, que na maioria das vezes só tem a
escola como local para apropriação do universo histórico, cultural, científico,
filosófico e estético que a humanidade construiu ao longo de sua história.
Quanto à organização curricular, após encontros de leituras e estudos, os
conteúdos são selecionados e organizados de tal forma que ao final do Ensino
Médio, o educando demonstre domínio de princípios científicos, tecnológicos e
culturais necessários e fundamentais à sua emancipação enquanto sujeito atuante
na sociedade capitalista, conhecimento das formas contemporâneas de linguagem e
domínio dos conhecimentos de Filosofia necessários ao exercício da cidadania,
tendo em vista que o estabelecimento atende às modalidades EJA (Educação de
Jovens e Adultos) e Regular.
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A Proposta Pedagógica Curricular de cada disciplina é construída tomando
por base os pressupostos teóricos construídos coletivamente pelos educadores
paranaenses nos últimos anos e que estão elencados nas Diretrizes Curriculares
Estaduais. Conhecendo o teor deste documento, o educador deve atuar em sala de
aula, zelando pela aprendizagem dos alunos, estabelecendo estratégias de
recuperação para os de menor rendimento, ministrando os dias letivos e horas-
aulas, participando integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à
avaliação e ao desenvolvimento profissional, não deixando de lado, sua
colaboração com atividades de articulação da escola com as famílias da
comunidade.
Na mediação das situações de conflito, em primeiro lugar damos
relevância do diálogo e compreensão, para evitar preconceitos e impessoalidade,
buscando construir as bases de uma gestão democrática, chamando toda a
comunidade, representa nas Instâncias colegiadas para o debate e para a busca de
soluções para os problemas enfrentados no cotidiano da escola. Para isso,
contamos com professores e dirigentes que agem como seres informados, capazes
de compreender as reações dos alunos. Como um dos aspectos mais problemáticos
de nossa escola é a indisciplina, foi pedido aos professores o conhecimento de uma
literatura pertinente, o que os auxiliará no relacionamento com os alunos. Nossa
forma de desenvolver ações pedagógicas e avaliação será fundamentalmente em
sala de aula, tais como: conteúdos trabalhados de forma qualitativa, predominando
sobre os quantitativos, com estratégias diferenciadas, tais como debates,
seminários, exposições, resultando em um trabalho interdisciplinar, centrado em
leitura, interpretação e produção.
Neste sentido, a aprendizagem é um processo puramente exterior, paralelo
em certa medida ao processo de desenvolvimento dos indivíduos, ela segue sempre
o desenvolvimento e é considerada como desenvolvimento. Ela começa muito antes
do indivíduo ir para a escola, mas na escola, ela passa a ser sistematizada e
organizada de forma que aluno possa desenvolver suas funções psicológicas
superiores para se tornar capaz de se apropriar de forma plena dos conhecimentos
que lhes serão ensinados.
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Para Vygotsky, o desenvolvimento humano é muito mais do que a simples e
pura formação de conexões reflexas ou associativas, é sinônimo de aprendizagem.
A aprendizagem é uma condição necessária para o desenvolvimento
qualitativo global do indivíduo. Para ela acontecer depende do nível de
desenvolvimento proximal considerando o conjunto de atividades que o indivíduo é
capaz de realizar com a ajuda, colaboração e orientação de outras pessoas.
Para um acompanhamento e reorganização do processo ensino-
aprendizagem, será feito dois tipos de avaliação: a primeira é a avaliação
investigativa ou diagnóstica, (feita no início do ano) que instrumentalizará o professor
para pôr em prática seu plano de trabalho docente de forma adequada às
características de seus alunos, momento esse, que o professor vai se informar sobre
o que o aluno já sabe sobre determinado conteúdo para, a partir daí, estruturar sua
programação, definindo conteúdos e o nível de profundidade em que devem ser
abordados.
A avaliação não se restringirá ao julgamento sobre sucessos ou fracassos
do aluno, mas será compreendida como um conjunto de atuações com a função de
alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Deverá ser contínua e
sistemática por meio da interpretação qualitativa do conhecimento apropriado pelo
aluno, além de subsidiar o professor com elementos para uma reflexão contínua
sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada
de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados
para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.
Para o aluno, será o instrumento de tomada de consciência de suas
conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento
para tarefa de aprender. Para a escola, possibilitará definir prioridades e localizar
quais aspectos das ações educacionais demandarão maior apoio: tudo isso nos
possibilitará fazer ajustes constantes, num mecanismo de regulação do processo de
ensino e aprendizagem que contribui efetivamente para que a tarefa educativa tenha
mais sucesso.
Tanto na Educação de Jovens e Adultos quanto no Ensino Médio, o aluno
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será avaliado, no sentido de observar se adquiriu conhecimentos no domínio das
linguagens (científica, histórica, artística, etc...); Compreensão dos fenômenos
naturais, processos históricos e geográficos, manifestações artísticas e produção
tecnológica; capacidade para selecionar, equacionar, interpretar datas, raciocinar
dados e informações representadas de diferentes formas para interpretar situações-
problemas com vistas a uma tomada de decisão; organizar informações e
conhecimentos disponíveis para construção concreta de argumentações
consistentes.
Ao aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente, será oportunizada
retomada e revisão dos conteúdos e recuperação de estudos para que os aspectos
ainda na aprendidos possam ser compreendidos tornando sua aprendizagem e seu
desenvolvimento contínuo. Neste processo, o aluno com aproveitamento insuficiente
dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos. Desta
forma, a recuperação de estudos ocorrerá ao longo de cada bimestre,
simultaneamente às atividades previstas para o período que deverão ser registradas
diariamente no Livro Registro de Classe, a fim de serem asseguradas as
regularidades e autenticidade da vida escolar do aluno. O professor deverá utilizar
diferentes recursos metodológicos em diferentes momentos, objetivando sanar as
dificuldades apresentadas pelos alunos que deverão ser respeitados em sua
diversidade considerando não apenas as capacidades intelectuais e os
conhecimentos de que eles dispõem, mas também seus interesses e motivações,
respeitando-os nas duas diversidades.
Desta forma, a escola estará se comprometendo com o direito de todos
realizarem as aprendizagens fundamentais para o seu desenvolvimento e
socialização, sem de maneira alguma, perder a sua identidade e a sua missão,
buscando dar atendimento individualizado conforme a dificuldade de cada um e
envolvendo os alunos com bom desempenho em atividades de monitoramento.
A recuperação de estudos é de direito dos alunos, independente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos.
Para dar conta do acima exposto, a avaliação será: diagnóstica, contínua,
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cumulativa e processual através de atividades individuais, em grupos, testes
escritos, situações-problemas, relatórios de experimentos, questões objetivas e
subjetivas, utilizando procedimentos que assegurem o acompanhamento do
desenvolvimento do aluno.
A promoção será o resultado do aproveitamento escolar do aluno. Será
considerado aprovado o aluno que apresentar: frequência igual ou superior a 75%
da carga horária do período letivo e rendimento igual ou superior a 6.0. Será
considerado reprovado o aluno que apresentar: frequência igual ou superior a 75%
do total da carga horária do período letivo e rendimento inferior a 6,0; frequência
inferior a 75% do total da carga horária do período letivo com qualquer rendimento.
6.8 – Objetivos do Ensino Médio
De acordo com a Lei nº 9394/96, artigo 35 o Ensino Médio, etapa final da
Educação Básica, com duração mínima de três anos tem como objetivos:
I – Consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos nos
Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos.
II – Preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando como
pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico.
III – Compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
6.9 – Metodologia do Ensino Médio
De acordo com a Lei nº 9394/96, artigo 36, parágrafo 1º, os conteúdos, as
metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final
do Ensino Médio o educando demonstre:
I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção
moderna;
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II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III – domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao
exercício da cidadania.
Para atender o que propõe a lei, o estabelecimento pretende trabalhar com
uma metodologia dialógica, que leve os alunos a compreenderem que podem
desvelar e interpretar as relações de poder que permeiam as práticas sociais e
buscar outras significações que lhes permitam ser emancipados e autônomos em
relação aos determinantes e condicionantes sociais e econômicos que moldam as
relações humanas na sociedade capitalista.
Diante disso, a metodologia de nossa Proposta Pedagógica, se baseia nos
princípios de que as atividades propostas deverão ser executadas com o objetivo de
fazer com que o aluno leia, compreenda, interprete, produza textos, saiba utilizar os
conceitos, conheça, construa e reconstrua os significados continuamente para
participar dos embates e das lutas que produzirão a transformação da sociedade.
6.10 – Objetivos e Metodologia da Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Historicamente, a educação formal e não formal dos diferentes grupos sociais
de trabalhadores tem buscado habilitá-los técnica, social e ideologicamente para o
trabalho, tratando a função social da educação de forma controlada para responder
às necessidades de produção. A fim de superar esta relação direta da educação com
a demanda de trabalho, torna-se fundamental compreender o sentido desse
processo na vida dos educandos que não tiveram acesso ou continuidade da
escolarização na denominada idade própria.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional que
atende a educandos trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso
com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os
educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e
compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual.
O papel fundamental da construção curricular para a formação dos educandos
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desta modalidade de ensino é fornecer subsídios para que se afirmem como sujeitos
ativos, críticos, criativos e democráticos. Tendo em vista esta função, a educação
deve voltar-se a uma formação na qual os educandos possam: aprender
permanentemente; refletir de modo crítico; agir com responsabilidade individual e
coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária;
acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos
construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir do uso
metodologicamente adequado de conhecimentos científico-tecnológico e sócio
histórico (KUENZER, 2000, p. 40).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN n. 9394/96), em
seu artigo 37, prescreve que „‟a Educação de Jovens e Adultos será destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental
e Médio na idade própria‟‟. É característica dessa Modalidade de Ensino a
diversidade do perfil dos educandos, com relação à idade, ao nível de escolarização
em que se encontram, à situação socioeconômica e cultural, às ocupações e a
motivação pela qual procuram a escola.
O universo da EJA contempla diferentes culturas que devem ser priorizadas
na construção das diretrizes educacionais. Conforme Soares (1986), o educando
passa a ser visto como sujeito sócio-histórico-cultural, com conhecimentos e
experiências acumuladas. Cada sujeito possui um tempo próprio de formação,
apropriando-se de saberem locais e universais, a partir de uma perspectiva de
ressignificação da concepção de mundo e de si mesmo. Tendo em vista a
diversidade desses educandos, com situações socialmente diferenciadas, é preciso
que a Educação de Jovens e Adultos proporcione seu atendimento por meio de
outras formas de socialização dos conhecimentos e culturas.
Considerando-se o diálogo entre as diversas culturas e saberes, é necessário
retirar esta modalidade de ensino de uma estrutura rígida pré-estabelecida, ou
adequá-la a estruturas de ensino já existentes, levando-se em conta suas
especificidades. Tais conquistas serão viáveis e fortalecidas, a partir destas
Diretrizes, com políticas públicas e recursos próprios para manter e melhorar a
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qualidade do ensino nas escolas.
Desta forma, a Lei n. 9394/96 incorpora uma concepção mais ampla e abre
outras perspectivas para a Educação de Jovens e Adultos, desenvolvida na
pluralidade de vivências humanas. Conforme aponta o artigo 1.o da Lei vigente: A
educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento
mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e de
cultura. Portanto, passa a se reconhecer como sujeito do processo e a confirmar
saberes adquiridos para além da educação escolar, na própria vida. Trata-se de uma
consistente comprovação de que esta modalidade de ensino pode permitir a
construção e a apropriação de conhecimentos para o mundo do trabalho e o
exercício da cidadania, de modo que o educando ressignifique suas experiências
socioculturais.
O trabalho é o processo social pelo qual o homem se modifica, altera o que é
necessário e desenvolve novas ideias. Dessa forma, por meio do pensamento
crítico, o educando pode desmitificar a divisão social e técnica do trabalho, como,
por exemplo, entre trabalho manual e intelectual, conceitos opressores estabelecidos
pelos modelos de organização do sistema produtivo.
A compreensão das contradições inerentes ao processo da divisão social do
trabalho possibilitará ao educando da EJA melhor entendimento de sua relação com
o mundo do trabalho e demais relações sociais.
A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade
de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva.
A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma que
ele assimile conhecimentos como recursos de transformação de sua realidade.
A Educação de Jovens e Adultos tem um papel fundamental na socialização
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dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e à
afirmação de sua identidade cultural.
Com relação às perspectivas dos educandos e seus projetos de vida, a EJA poderá
colaborar para que eles ampliem seus conhecimentos de forma crítica, viabilizando a
reflexão pela busca dos direitos de melhoria de sua qualidade de vida. Além disso,
contribuirá para que compreendam as dicotomias e complexidades do mundo do
trabalho contemporâneo, no contexto mais amplo possível.
A emancipação humana será decorrência da construção dessa autonomia
obtida pela educação escolar. O exercício de uma cidadania democrática pelos
educandos da EJA será o reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório,
com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça.
6.10.2 – Avaliação da EJA
Na educação de jovens e adultos, o processo avaliativo deve ser fundamental
deve contribuir para que os anos de exclusão já sofridos pelos alunos anteriormente
não prejudique a conclusão plena de seus estudos, neste sentido, é preciso que a
avaliação esteja atrelada a metodologias específicas para atender às necessidades
dos alunos da EJA, sendo usadas como meio de estimular o trabalho intelectual e a
aprendizagem dos alunos e que ao mesmo tempo, propicie à escola questionar seu
papel e comprometer-se com a construção e socialização de um conhecimento
emancipatório.
Partindo desse pressuposto, após repensar os instrumentos e critérios de
avaliação, o coletivo escolar decidiu que a avaliação proposta para a EJA deve
atender aos princípios da avaliação qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a
avaliação da aprendizagem clara e consciente, é entendê-la como processo
contínuo e sistemático de obter informações, de perceber progressos e de orientar
os alunos para a superação das suas dificuldades. Reforçando este pensamento
Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994, p. 44) diz que:
O professor que quer superar o problema da avaliação precisa a partir de uma
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autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta e
autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da
avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo); alterar a postura
diante dos resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto aos alunos,
aos colegas educadores e aos pais.
Atualmente a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço para uma
nova visão que procura ser mais processual, abrangente e qualitativa. Não deve ser
um processo exclusivamente técnico que avalia a práxis pedagógica, mas que
pretende atender a necessidade dos educandos considerando seu perfil e a função
social da EJA, com o reconhecimento de suas experiências e a valorização de sua
história de vida. Isso se torna essencial para que o educador reconheça as
potencialidades dos educandos e os ajude a desenvolver suas habilidades para que
os mesmos atinjam o conhecimento na busca de oportunidades de inserção no
mundo do trabalho e na sociedade.
A avaliação deverá, portanto compreender formas tais como: a linguagem
corporal, a escrita, a oral, por meio através de provas teóricas, de trabalhos, de
seminários e do uso de fichas, por exemplo, proporcionando um amplo
conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e objetivos que se
quer alcançar. Devemos levar em consideração que educando idosos, ou com
menos habilidades, os com necessidades especiais e o grau de desenvolvimento
que possuem, bem como as suas experiências anteriores.
Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhecem às diferenças,
a avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os educandos. Nesse
sentido, sugere-se o acompanhamento contínuo do desenvolvimento progressivo do
aluno, respeitando suas individualidades. Desse modo a avaliação não pode ser um
mecanismo apenas para classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da
práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores
para o seu replanejamento. Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja
coerente e representativa é fundamental que a relação entre os componentes
curriculares se apóie em um diálogo constante.
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É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal de
movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um autoconhecimento e uma análise
possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os objetivos propostos.
6.10.2 – Níveis de Ensino da EJA
6.10.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II
Ao ofertar os estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo
de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e
ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
6.10.2.2 - Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua
oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de
07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de
Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
6.11 – Formação Continuada
a) - Concepções:
É um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma
vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na
titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas
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também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional
dos professores articulados com a escola e seus projetos.
É uma atualização teórico-metodológica para melhorar a qualidade do
trabalho do professor em sala de aula, visando à melhoria do processo
ensino-aprendizagem.
Devido ao constante movimento social, cultural, econômico político e
científico, os profissionais da educação devem estar em constante
processo de formação, a fim de melhor instrumentar o trabalho
pedagógico para efetiva aprendizagem de todos dos alunos.
A formação continuada dos profissionais da escola, não deve limitar-se
aos conteúdos curriculares, mas se estender à discussão da escola
como um todo e suas relações com a sociedade.
b) - Objetivos:
Proporcionar a toda a comunidade escolar, o aperfeiçoamento e
atualização necessários para o bom desempenho de cada participante
do processo ensino-aprendizagem, nas suas diferentes funções.
Oportunizar espaços de capacitação, reflexão, discussão e
redirecionamento do trabalho pedagógico visando à melhoria do
processo ensino-aprendizagem.
Inovar e sugerir atividades que envolvam profissionais, funcionários e
comunidade escolar, proporcionando formação e conhecimento.
Ações a serem desenvolvidas Responsável Cronograma
* Encontros e discussões com a
comunidade escolar para levantamento
de necessidade da escola.
* Equipe
Pedagógica
* Início do
semestre.
* Organização de palestras de formação * Equipe * Semestral
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política e cidadania para toda a
comunidade escolar.
Pedagógica
* Encontros bimestrais com os pais para
abordar assuntos detectados de
interesse deles.
* Equipe Pedag. e
convidados
* Bimestral
* Grupos de estudo para as instâncias
colegiadas (APMF, Conselho Escolar,
Grêmio Estudantil, Conselho de Classe).
* Direção
* Equipe
Pedagógica
* Semestral
* Grupos de estudo com os funcionários * Direção
* Equipe
Pedagógica
* Semestral.
* Encontro com as famílias para ajudá-las
a compreenderem as mudanças que
ocorrem com os filhos.
* Palestras * Semestral
6.12 - Inclusão
Em meados dos anos 60, a EDUCAÇÃO ESPECIAL passou a integrar a
organização da Secretaria de Estado da Educação como parte da estrutura e
funcionamento do sistema de ensino.
A meta da inclusão é não deixar ninguém fora do sistema escolar, que deve
adaptar-se às necessidades de cada aluno.
À medida que as práticas educacionais do passado vão dando espaço e
oportunidade à unificação das modalidades de educação regular e especial, em um
único sistema de ensino a uma educação mais ampla, em que todos os alunos
começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação
regular.
A inclusão de todos os alunos está contemplada nos princípios das ações da
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SEED, debatidos pelos profissionais da educação no processo de construção das
diretrizes curriculares.
A escola é um espaço social da educação, tendo como papel de mediadora
para o desenvolvimento do aluno. Tendo consciência do “direito à educação”, cabe à
escola compreender o espaço dialógico no qual favoreça a solidariedade humana e
o reconhecimento das diferenças individuais.
Deve-se ter claro que a inclusão escolar nessa nova concepção em que se
respeitam as diferenças individuais, não se trata apenas de alunos com deficiência,
mas também daqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem por motivo de
condições econômicas, culturais e sociais causando exclusão e fracasso escolar.
Compreender os alunos com necessidades especiais e sua aprendizagem,
incide entendê-la a partir do seu próprio marco de referência.
A escola tem como fim desenvolver as capacidades acadêmicas, cognitivas,
efetivo-emocionais e sociais que potencializem o desenvolvimento pessoal de todos
os educandos.
6.13 – Programa Viva Escola
O programa Viva a Escola é uma atividade funciona neste estabelecimento de
ensino com o Projeto Luz – Câmera – Interação que se propõe a discutir a Literatura
brasileira por meio de peças teatrais. Tal projeto tem apresentado como resultados
excelentes debates sobre cultura, história, juventude e violência. É neste espaço que
os alunos interagem, discutem suas realidades, suas aspirações e suas formas de
“ler” o mundo com base nas obras discutidas e adaptadas para apresentação.
Este programa possibilita que a escola se torne um espaço de conhecimento
para além dos conteúdos estudados, se torna um espaço de mobilização dos alunos
em prol de uma educação emancipadora que lhes permita desvendar outros
universos além da sala de aula, porém, no mesmo espaço físico onde a
aprendizagem formal se processa. Por isso, este programa foi avaliado pelos alunos
como algo que contribui para seus aprendizados e que, portanto, deve continuar
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fazendo parte do cotidiano deste estabelecimento de ensino.
6.14 – Calendário Escolar
A elaboração do calendário escolar da nossa Escola é organizada em
atendimento à INSTRUÇÃO 09/2010- SUED/SEED, recebida do Núcleo Regional de
Educação. Essa elaboração é feita pela Direção e Professores Pedagogos da escola
no qual consta:
início e término do ano letivo (assegurando 200 dias letivos);
dias destinados a reuniões e conselhos de classe;
dias para encontros pedagógicos;
dias para formação continuada;
férias do professor (60 dias anuais, assegurando 30 dias consecutivos);
feriados oficiais;
recessos;
As alterações do calendário escolar determinadas por motivos relevantes
serão comunicadas ao Núcleo Regional de Educação, em tempo hábil para as
devidas providências. Para consultar o calendário do estabelecimento de ensino do
corrente ano basta acessar o site da escola www.siydompedro.seed.pr.gov.br.
6.15 – Regimento Escolar
Toda escola está inserida em uma totalidade social que se constitui
historicamente com formas de organização, valores, normas e regras. Por se tratar
de uma instituição que tem como função social a apropriação do conhecimento de
forma a tornar possível a compreensão da realidade e a atuação consciente sobre
ela pelos cidadãos que a compõem, é que se faz necessária a construção de um
Regimento Escolar.
O Regimento Escolar é um instrumento fundamental para a organização
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 47
pedagógica e administrativa na escola. Nele evidenciam-se o compromisso dos
profissionais que vivenciam a realidade e as peculiaridades da rede pública estadual
de ensino e de cada instituição escolar, colaborando para o êxito do trabalho escolar,
com o compromisso de oferecer uma educação que valorize a permanência e a
efetivação da aprendizagem do aluno.
Toda organização deve possuir um conjunto de normas e regras que regulem
a sua atividade traduzida em um documento que esteja disponível para a consulta
de toda a comunidade escolar.
O Regimento Escolar, estrutura, define, regula e normatiza as ações do
coletivo escolar. A escola tem no Regimento Escolar, a sua expressão política,
pedagógica, administrativa e disciplinar que regula no seu âmbito a concepção de
educação, os princípios constitucionais, a legislação educacional e as normas
específicas estabelecidas pelo Sistema de Ensino do nosso Estado.
A construção do Regimento Escolar propicia o aperfeiçoamento da qualidade
da educação, ao definir a responsabilidade de cada um dos segmentos que
compõem a instituição escolar, e ao buscar garantir o cumprimento de direitos e
deveres da comunidade escolar.
O Regimento Escolar deve assegurar a gestão democrática da escola,
possibilitar a qualidade do ensino, fortalecer a autonomia pedagógica, valorizar a
comunidade escolar através dos colegiados e, efetivamente fazer cumprir as ações
educativas estabelecidas no Projeto Político Pedagógico da escola.
Se o Projeto Político Pedagógico é a expressão real da vontade e
necessidade local de cada estabelecimento de ensino, é o Regimento Escolar que
estrutura as definições, que se configuram como tomadas de posições políticas,
teóricas e ideológicas pelo coletivo da comunidade escolar.
Hoje a Lei nº 9394/96 também evidencia a importância do Regimento Escolar.
No Paraná, o Conselho Estadual de Educação normatizou a elaboração do
Regimento nos estabelecimentos de ensino de primeiro e segundo graus, pela
Deliberação nº 27/72 no Parecer nº 124/74.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 48
Essas normas estão organizadas segundo a LDBEN Nº 9394/96 do Sistema
Estadual de Ensino distribuindo o Regimento em títulos, capítulos, seções, artigos e
parágrafos, conforme disposição técnico-legislativo.
6.16 – Matriz Curricular
A Matriz Curricular é composta pela de Base Nacional Comum e pela Parte
Diversificada. A Parte Diversificada é composta pela Língua Estrangeira Moderna –
Inglês com duas aulas semanais por turma no 2º e no 3º ano e da pela Língua
Estrangeira Moderna – Espanhol, disciplina de matrícula facultativa ofertada no
CELEM, ministrada em turno contrário.
Compõem a Base Nacional Comum: Arte, Biologia, Educação Física,
Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química e
Sociologia.
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6.16.1 – Matriz Curricular do Ensino Médio Regular
NRE: Maringá MUNICÍPIO: Santo Inácio
ESTABELECIMENTO: 00011 – Pedro I, C E Dom – E Médio
ENDEREÇO: Av. Luiz Antônio Agostinho, 700 – Santo Inácio - PR
ENT MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 0009 – Ensino Médio
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 - Simultânea
TURNO: Manhã e Noite
MÓDULO: 40 semanas
DISCIPLINAS
SÉRIE
1º 2º 3º
B A S E
N A C I O N A L
C O MUM
Arte
Biologia
Educação Física
Filosofia
Física
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Química
Sociologia
2
2
2
2
2
2
3
3
3
2
2
2
2
2
2
2
2
-
4
3
2
2
2
2
2
2
2
-
3
3
3
2
2
Subtotal 25 23 23
PARTE DIVERSIFICADA
L.E.M. - Espanhol * 4 4 4
L.E.M. - Inglês - 2 2
Subtotal 4 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29
Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.
* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 50
6.16.2 – Matriz Curricular da EJA - Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual D. Pedro I – EM
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Santo Inácio NRE: Maringá
DISCIPLINAS Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 280 336
ARTES 94 112
LEM - INGLÊS 213 256
EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112
MATEMÁTICA 280 336
CIÊNCIAS NATURAIS 213 256
HISTÓRIA 213 256
GEOGRAFIA 213 256
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1922/1932 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 51
6.16.2 – Matriz Curricular da EJA - Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual D. Pedro I – EM
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Santo Inácio . NRE: Maringá
DISCIPLINAS Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORT. E
LITERATURA 174 208
LEM – INGLÊS 106 128
ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64
SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128
FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128
HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
TOTAL 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 52
7 - PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA – 2011
Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que se
pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir
plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos. O plano é a “apresentação
sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar”, é um
guia e tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática e, portanto, não
pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes
momentos do processo de planejar.
a) - Concepções:
A gestão democrática tem dimensão interna e externa. A primeira está ligada
à função social da escola, à sua vocação democrática no sentido de divulgar o
conhecimento produzido e socializá-lo; a segunda refere-se à forma de organização
interna da escola, contemplando os processos administrativos, a participação da
comunidade escolar nos projetos pedagógicos, políticos e administrativos, ou seja, a
forma como é administrada a escola.
Realizar uma gestão democrática implica respeitar o contexto real de toda
comunidade escolar, compartilhando responsabilidades de todos. O envolvimento da
família e comunidade é fundamental nesse trabalho.
Para que a escola exerça a sua função social dentro do processo político
pedagógico é necessário envolver todos os segmentos da comunidade escolar para
que tenham participação nas decisões das ações desenvolvidas onde cada uma
exerça o seu papel com perfeito entrosamento entre escola, família e sociedade.
Gestão democrática da educação é aquela que se preocupa igualmente com
o investimento e o custo, que tem sempre presente a necessidade de investir nos
aspectos que afetam o cotidiano, a rotina do trabalho escolar.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 53
b) - Objetivos:
1– Propiciar o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, que são
indispensáveis para a formação humana;
2– Fazer com que os alunos se envolvam no processo educacional aprendendo e
adquirindo o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia;
3– Permitir a participação de todos os envolvidos no processo educacional e que
ocorra a inclusão social e a socialização do saber;
4– Investir para que a escola seja um lugar privilegiado para todos os segmentos
contribuindo para a democratização da sociedade e para o exercício da democracia
participativa.
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Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis
Grêmio Estudantil
- Falta programa de trabalho;
-Falta interação entre Grêmio e demais alunos;
-Falta de motivação para participar do Grêmio.
- Instrumentalização dos alunos através de
discussão de material fornecido pelo NRE;
- Estimular a realização de Assembleia
para discutir temáticas referentes ao
Grêmio;
Apoiar o Processo eleitoral da nova chapa.
- De 08/02/11 a 31/02/11. Direção, Equipe
Pedagógica e
Professores
Conselheiros.
Conselho de Classe
-Objetividade nas discussões;
- Discussões sobre Intervenções Pedagógicas;
- Ausência das práticas dos Pré e Pós
Conselhos de Classe junto aos alunos.
- Fundamentar as discussões sobre o C.C;
- Efetivar a prática dos Pré e Pós
Conselhos;
- Resgatar a prática da Reunião de pais.
- Pré-Conselhos:
De 02/05 a 06/05; De 27/06 a
01/07; De 03/10 a 07/10; De
05/12 a 09/12.
- Conselhos de Classe
11/05; 06/07; 13/10; 16/12.
- Pós Conselhos:
De16/05 a 20/05; De 25/07 a
29/07; De 17/10 a 21/10.
- Reunião de Pais:
20/05; 05/08; 28/10.
-Alunos, Direção,
Equipe Pedagógica,
Professores
Conselheiros,
- Direção, Equipe
Pedagógica,
Professores;
- Pais, Direção, Equipe
Pedagógica,
professores.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 55
Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis
P.P.P.
- Acrescentar no documento a construção
coletiva referente aos seguintes
assuntos;
- Acompanhamento de Estágio;
- Inclusão;
- Desafios Educacionais
Contemporâneos;
- Modalidade EJA;
- História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena;
- Aumento da oferta das disciplinas de
Filosofia e Sociologia.
-Levantamento de material bibliográfico;
-Estudos dos textos durante as horas atividades;
-Reconstrução do texto do PPP.
- Durante os meses de
Fevereiro a Abril.
- Direção, Equipe Pedagógica,
Professores.
P.P.C.
- Necessidade de reorganizar os
conteúdos de acordo com a nova versão
das DCEs.
- Estudo da Nova versão das DCEs durante a
Hora Atividade.
Durante todo o ano
letivo
- Professores e Equipe
Pedagógica.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 56
Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis
Avaliação Escolar
-Necessidade de tornar o processo de
avaliação claro aos alunos;
- Necessidade de os pais acompanharem
o processo de avaliação
-Comunicar os critérios e instrumentos de
avaliação aos alunos;
-Comunicar os critérios e instrumentos de
avaliação aos pais;
- Organizar encontros e reuniões com os pais
para discutir avaliação.
-Durante todo o ano;
- Após os Pós-
Conselhos.
- Direção, Equipe Pedagógica,
Professores.
Recuperação de
Estudos
-Necessidade de diversificar os meios
utilizados para recuperação da
aprendizagem dos alunos.
- Trabalho com aluno monitor;
- Professores organizarão banco de atividades
para recuperação de estudos com
acompanhamento da pedagoga.
- Ao longo do ano
letivo.
- Equipe pedagógica e
professores.
Enfrentamento
à Evasão Escolar
- Grande número de alunos que evadem
do Colégio no Segundo Semestre.
- Acompanhamento das faltas destes alunos,
buscando investigar os motivos das mesmas;
- Intensificar o trabalho com a ficha FICA;
- Ao longo de todo o
ano letivo
- Professores, Equipe
pedagógica e Direção.
Grupo de Estudos
- Envolver todos os profissionais no
processo de formação.
- Incentivar a participação dos profissionais neste
processo de formação;
- Realizar as ações determinadas pela SEED
para realização do mesmo;
- Acompanhar o desenvolvimento das atividades.
- Durante o período de
organização e
realização do processo
de formação.
- Direção, Equipe Pedagógica,
Agentes Educacionais II.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 57
Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis
Reunião Pedagógica
- Desenvolvimento do trabalho em
parceria com a UEM sobre o resgate da
cultura e da história do município;
-Necessidade de discutir temáticas
relacionadas à realidade do Colégio;
-Levantamento de material bibliográfico para os
encontros;
-Estudo e discussão do material levantado;
- Elaboração coletiva de trabalho em parceria
com a UEM;
- Discussão sobre as estratégias metodológicas
utilizadas pelo corpo docente.
- Nas seguintes datas:
01/04;
20/06;
29/09.
- Direção, Equipe Pedagógica
e Professores.
Biblioteca
-Necessidade de estimular o uso
contínuo da biblioteca;
- Organizar o atendimento aos alunos;
- Estimular a utilização da biblioteca pelos alunos
da EJA;
- Durante todo o ano
letivo
- Direção, Equipe Pedagógica,
Agentes Educacionais II e
Professores.
Livro Didático
Público
- Necessidade de conscientizar os alunos
sobre os cuidados com o Livro Didático.
- Incentivar o encapamento dos livros;
- Solicitar assinatura de Termo de
Responsabilidade por parte dos alunos.
- No período de 08/02
a 28/02.
- Direção, Equipe Ped.,
Agentes Educacionais II e
Professores.
TV Multimídia
-Necessidade de estimular o uso da
mesma por todos os professores;
- Capacitação dos professores;
- Sanar as dúvidas dos professores com relação
ao uso da TV durante a Hora Atividade;
- Organizar a participação dos professores nas
capacitações organizadas pelo NRE.
- Durante o ano letivo;
- Quando agendada
pelo NRE.
- Direção, Equipe Pedagógica
e Agentes Educacionais.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 58
Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis
Laboratório de
Informática
- Necessidade de estimular o uso do
laboratório por todos os professores;
- Capacitação dos professores;
- Estimular o acesso dos Professores;
- Estimular o acesso dos alunos.
- Organizar o horário de acesso de acordo com a
hora atividade do professor;
- Agendar a utilização pelos alunos
acompanhados pelos professores de acordo com
a necessidade e a realidade de cada disciplina ou
conforme solicitação do professor.
- Durante as horas
atividades dos professores
ao longo do ano letivo.
- Direção e Equipe
Pedagógica.
Semana Cultural
- Necessidade de organizar atividades
pedagógicas que contemplem a
diversidade cultural da comunidade
escolar.
- Elaborar em parceria com os professores e
Grêmio Estudantil um projeto multidisciplinar que
envolva atividades esportivas, culturais e
científicas;
- Desenvolver este projeto apresentando-o à
comunidade.
- De 01/04 a 30/06.
- De 01/07 a 0/07.
- Direção, Equipe
Pedagógica, Professores,
Grêmio Estudantil, Agentes
Educacionais I e II e
demais alunos.
Reposição de Aulas
- Necessidade de organizar um
cronograma de Complementação de
Carga Horária;
- Necessidade de organizar a reposição
de aulas.
- Organização de Cronograma de
Complementação de Carga Horária;
- Levantamento mensal das aulas pendentes;
-Montagem do cronograma de reposição;
- Apresentação do cronograma ao professor que
tiver aula pendente.
- As reposições serão
realizadas aos sábados
sempre na última semana
de cada Bimestre.
- Direção, Equipe
Pedagógica, Professores.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 59
Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis
PSS
-Necessidade de estes professores
conhecerem o Plano de ação do Colégio
para adequarem seu trabalho no sentido
de atender às necessidades dos alunos.
- Apresentar a estes profissionais, o Plano
de Ação do Colégio, o Regimento Escolar e
o Regulamento Interno para que todos
trabalhem na mesma linha;
- Acompanhar e auxiliar na elaboração do
Plano de Trabalho Docente destes
Profissionais
- No período de 08/02 a 28/02. - Equipe Pedagógica.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 60
8 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Planejamento Curricular é o “processo de tomada de decisões sobre a
dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar
do aluno”. Portanto, essa modalidade de planejar, constitui um instrumento que
orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das
experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através de
diversos componentes curriculares.
As diretrizes de cada uma das disciplinas apresentam os fundamentos
teórico-metodológicos, a partir dos quais se definem os rumos da disciplina, seja no
que se refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos
metodológicos e avaliativos, seja na orientação para a seleção dos conteúdos e de
referencial bibliográfico.
O conjunto proposto pela dimensão histórica da disciplina, os fundamentos
teórico-metodológicos, os conteúdos estruturantes, o encaminhamento
metodológico, a avaliação e a bibliografia constitui o que chamamos Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica.
A efetiva implementação das diretrizes, na rede pública estadual, depende de
uma série de variáveis, dentre as quais se destacam a continuidade do processo de
formação continuada, da produção de material didático-pedagógico de apoio, e da
participação dos professores como autores.
Os saberes escolares, em sua constituição, vão sendo profundamente
marcados pelas relações de professores e alunos estabelecem com o conhecimento,
a partir de múltiplas possibilidades de interesses, de ênfases, de modo de
transmissão, de complexidade das análises e de articulações dos conteúdos com a
prática social. Tais saberes expressam-se no currículo real da escola, constituído no
desenvolvimento de aprendizagens previstas nas propostas de seus educadores e
que também influi aprendizagens de um conjunto mais implícito ou oculto de normas,
valores e práticas, que estão impregnadas na cultura da escola.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 61
O corpo discente do Colégio Estadual D. Pedro I é composto por alunos, na
sua maioria de classe média/baixa, oriundos em parte da zona rural. As famílias
lutam com dificuldades pela sobrevivência e para manter seus filhos na escola.
Diante dessa realidade, a escola tem como objetivo, contribuir para com que
os alunos se apropriem de conteúdos sociais que marcam cada momento histórico,
cuja aprendizagem e compreensão são consideradas essenciais para que possam
exercer seus direitos e deveres na sociedade.
Sendo que a escola é um espaço é importante que ela assuma a valorização
da cultura do seu próprio grupo social, propiciando ao saber dos conhecimentos
socialmente relevantes da cultura brasileira, nacional, regional e do patrimônio
universal da humanidade.
Tendo metas a executar, cada professor elaborou sua proposta curricular
obedecendo às Diretrizes Curriculares da Educação Básica (Anexo III).
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 62
8.1 – P.P.C. DE ARTE
8.1.1 – Apresentação da disciplina
O Ensino de arte formal, institucionalizado, no Brasil é considerado a partir do
descobrimento pelos europeus, várias influências culturais foram incorporadas por
nós, configurando a diversidade brasileira na singularidade regional do nosso país.
Os primeiros registros estão nos trabalhos de catequização dos indígenas,
nas famosas reduções jesuítas, com ensinamento de arte e ofícios, através da
retórica literatura, música, teatro, dança, pintura, esculturas, e artes manuais.
Após esse período podemos citar a Reforma Pombalina, a Missão Francesa,
o estilo barroco, o neoclassicismo e academismo que contribuíram para o fazer
artístico dentro do processo educacional, segundo padrões europeus. Nesse período
o ensino de arte tendia a ser centrado nas técnicas e artes manuais ou atividades
sem vinculo com as propostas curriculares das escolas.
Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com o fim dos colégios
seminários e suas transformações em estabelecimentos públicos como o Colégio
Pedro II, no Rio de Janeiro, ou exclusivamente eclesiásticos, como o Colégio
Caraça, em Minas Gerais. Nos estabelecimentos públicos houve um processo de
dicotomitização do ensino de Arte: Belas Artes e música para a formação estética e o
de artes manuais e industriais.
No Paraná, foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), HOJE Colégio Estadual do
Paraná, que seguia o currículo do Colégio Pedro II, e a Escola Normal (1876), atual
Instituto de Educação, para a formação do magistério.
Um marco importante para a Arte Brasileira e os movimentos nacionalistas foi
à semana de arte moderna de 1922, que direcionou os trabalhos para pesquisas e
produção de obras a partir das raízes nacionais. Nesse contexto o ensino de arte
teve enfoque na expressividade, espontaneidade e criatividade, sem interferência da
profissão na pedagogia da escola nova.
O ensino de música tornou-se obrigatório nas escolas, com a nomeação do
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 63
Compositor Heitor Villa Lobos com superintendente de educação musical e artística,
após um grande trabalho de resgate do folclore brasileiro focando a importância do
nacionalismo. Esse trabalho permaneceu nas escolas com algumas modificações
até meados da década de 1970,quando o ensino de música foi reduzido ao estudo
da teoria musical e, novamente, à execução de hinos ou outras canções cívicas.
No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o
ensino da arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e,
entre eles, artistas, vieram novas ideias e experiências culturais diversas, como a
aplicação da Arte aos meio produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o
desenvolvimento da sociedade. As características da nova sociedade em formação e
a necessária valorização da realidade local estimularam movimentos a favor de a
arte se tornar disciplina escolar.
Podemos perceber que a arte está presente em todos os seres
independentes de raça, clero, nível social e cultural. A arte é uma educação de toda
a sociedade, a qual sempre tem desejo de se comunicar. Essa comunicação pode
ser através da música, teatro, dança, artes visuais e literatura.
Contudo, há sempre de ressaltar que a cultura é algo contínuo, graças ao
desenvolvimento pelo qual participamos e também dos observadores e
consumidores.
8.1.2 - Objetivos Gerais
Proporcionar a compreensão inseparável da dinâmica sensível de quem
aprende e reaprende com experiências que permitam transformar o
vivido.
Desenvolver a expressividade de sentimentos e processo criativo, ideias
e informações que envolvem um conhecimento histórico contextualizado.
Produzir uma nova maneira de ver e sentir o mundo, compreendendo os
elementos estéticos e artísticos presentes, bem como sua importância
enquanto linguagem.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 64
Possibilitar a valorização da diversidade, construção das identidades e o
trabalho com a interculturalidade.
Utilizar o espaço bidimensional e tridimensional para expressar-se.
Ouvir, cantar e analisar obras de música vocal e instrumental de diferentes épocas e
estilos, relacionando-as com outras manifestações artísticas.
8.1.3 - Conteúdos
8.1.3.1 - Ensino Fundamental - EJA
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica, cromática Improvisação Gêneros: folclore, indígena, popular e étnico Técnica: vocal, instrumental e mista Improvisação Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnica: vocal, instrumental e mista
Greco-Romana Oriental Africana Arte Pré-História Arte Indígena Arte egípcia Música popular e étnica Indústria cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock Barroca Música Engajada Música popular brasileira Música Contemporânea Hip Hop, Rock
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 65
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, Escultura, Arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia... Proporção Bidimensional Técnica: Pintura, modelagem Gênero: Paisagem, natureza morta. Semelhanças Tridimensional Contrastes Ritmo Visual Figura e fundo Perspectiva Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual. Gênero: retrato
Greco-Romana Oriental Africana Arte Pré-História Arte Indígena Arte egípcia Arte popular Brasileira e paranaense Impressionismo Indústria cultural Renascimento Arte Bizantina Barroco Rococó Pop Arte Realismo Vanguardas Muralismo Hip Hop Arte no século XX
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões Corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto,
Greco-Romana Oriental
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 66
improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e circo
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Movimento corporal Tempo Espaço
Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: improvisação Gênero: circular
Greco-Romana Pré-história Africana Popular Indígena
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 67
8.1.3.2 - Ensino Médio – Regular e EJA
1º Ano
Conteúdo Estruturante: Elementos
Formais
Conteúdos Básicos:
Artes Visuais
-Ponto
-Linha
-Textura
-Superfície
-Volume
-Luz
-Cor.
Música
-Altura
-duração
-Timbre
-Intensidade
-Densidade
Teatro:
-Personagens
-Expressões corporais, vocais,
gestuais e faciais
-Ação
-Espaço
Dança
-Movimento corporal
-Tempo
-Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
Artes Visuais
-Figurativa
-Bidimensional
-Tridimensional
-Técnicas de Pintura
-Escultura
-Desenho
Música
-Ritmo
-Melodia
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 68
- Harmonia
Teatro
-Técnicas, jogos teatrais,
mímica
-Encenação e leituras
dramáticas
Dança
-Movimentos articulares – lento,
rápido e moderado
-Deslocamento
-Improvisação
Conteúdo Estruturante: Movimentos
e Períodos
Conteúdos Básicos:
Artes Visuais
-Arte na Pré-história
-Arte no Brasil
-Arte no Egito
Música
-Música na Pré-história
- Teatro
-Pré- história
Dança
-Pré-história.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 69
2º Ano
Conteúdo Estruturante: Elementos
Formais
Conteúdos Básicos
Artes Visuais:
Ponto
-Linha
-Textura
-Superfície
-Volume
-Luz
-Cor.
Música:
-Altura
-Duração
-Timbre
-Intensidade
-Densidade
Teatro
-Técnicas, jogos teatrais,
mímica
-Encenação e leituras
dramáticas
-Gênero tragédia
-Sonoplastia
-Figurino
-Iluminação
-Direção
-Produção
Dança
-movimentos articulares – lento,
rápido e moderado
-Deslocamento
-Improvisação
Conteúdo Estruturante: Movimentos
e Períodos
Conteúdos Básicos
Artes Visuais
-O Barroco
-O Barroco no Brasil
-Arte popular brasileira
Música
-Música Barroca
Teatro
-Teatro popular
Dança
-Dança popular
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 70
3º Ano:
Conteúdo Estruturante: Elementos
Formais
Conteúdos Básicos
Artes Visuais
-Ponto
-Linha
-Textura
-Superfície
-Volume
-Luz
-Cor
Música
-Altura
-Duração
-Timbre
-Intensidade
-Densidade
Teatro
- Personagens
-Expressões corporais, vocais,
gestuais e faciais
-Ação
-Espaço
Dança
-Movimento corporal
-Tempo
-Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos
Artes Visuais
-Figurativa
-Bidimensional
-Tridimensional
-Técnicas de Pintura
-Escultura
-Desenho
-Modelagem
-Instalação
Música
-Ritmo
-Melodia
-Harmonia
-Gênero Popular
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 71
Teatro
- Técnicas, jogos teatrais,
mímica
-Encenação e leituras
dramáticas
-Gênero tragédia
-Sonoplastia
-Figurino
-Iluminação
-Direção
-Produção
-Roteiro
Dança
-Movimentos articulares – lento,
rápido e moderado
-Deslocamento
-Improvisação
-Salto, giro, Coreografia
Conteúdo Estruturante: Movimentos
e Períodos:
Conteúdos Básicos
Artes Visuais
-Arte Popular
-Arte Paranaense
-Redução Jesuítica de Santo
Inácio
Música
-Música Popular brasileira
-Música Indígena
Teatro
-Reduções Jesuíticas de Santo
Inácio
Dança
-Dança Indígena
-Dança Popular
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 72
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Arte não é
trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a
serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à
necessidade e o perfil do aluno.
8.1.4 - Metodologia
Como objetivo e trabalho é o conhecimento, devemos contemplar na
metodologia do ensino da arte três momentos da organização pedagógica: O sentir
e perceber, que são as formas de apropriação, o trabalho artístico, que é a prática
criativa, e conhecimento que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir / perceber
um trabalho artístico sistematizado.
Sentir e perceber são possibilitar aos alunos os acessos às obras artísticas de
música, teatro, dança e artes visuais para que os mesmos possam familiarizar-se
com as diferentes formas de produção das artes.
Possibilitar o acesso e medir essa apreciação e apropriação como o
conhecimento sobre a arte, transcendendo as aparências aprendendo, através da
arte da totalidade, da realidade humano social.
Trabalhar os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações
artísticas que produzem significado de vida, tanto na produção quanto na fruição.
A prática artística (processo de criação) é expressão privilegiada e momento
do exercício da imaginação e criação.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.1.5 - Avaliação
A avaliação deve apontar para a busca, valorizando desenvolvimento do
educando, por isso é diagnóstica e não voltada para a seleção, sendo inclusiva,
democrática e construtiva, não a chagada definitiva, mas sim travessia permanente
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 73
em busca do melhor.
Dentro da arte, a avaliação deve ser um instrumento flexível, diversificado e
adequado à exploração da prática significativa em todas as linguagens.
Dentro dos conteúdos trabalhados, a avaliação poderá ser feita por meio de
imagens, dramatizações, dança, composições musicais articuladas pelos alunos.
Observando o aluno constrói uma resposta pessoal com base nos conteúdos
estudados, que apresente coerência e correspondência.
A avaliação pode ser também realizada durante a própria aprendizagem,
identificando como o aluno interage com os conteúdos e ao término de um conjunto
de atividades para analisar como a aprendizagem ocorreu.
A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de mediador a
apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas
para o aluno, discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da própria
produção. Assim, verificar-se o pensamento estético e leva-se em conta a
sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.1.6 - Referências
CALÁBRIA, Carla Pula B. e MARTINS, R. V. Arte brasileira – Arte Ocidental Editora FTD.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – ARTE – Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 74
8.2 – P.P.C. DE BIOLOGIA
8.2.1 – Apresentação da disciplina
A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA. Ao
longo da historiada humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre esse
fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,
buscaram-se na história da CIÊNCIA os contextos históricos nos quais pressões
religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no
modo como o homem passou a compreender a natureza.
O homem apesar de seu desenvolvimento cultural, não deixa de ser uma
espécie biológica que compartilha da mesma morada com os demais seres vivos e
possui características semelhantes necessitando, portanto, de formas de
sobrevivência. É muito importante que o educando perceba e compreenda toda
riqueza desta relação criando um movimento positivo de conservação nos ambientes
naturais e preservando desta forma a diversidade e a integridade do patrimônio
genético.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno vida e suas implicações para o ensino,
buscaram-se na história da ciência os contextos históricos nos quais pressões
religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram mudanças conceituais
no modo como o homem passou a compreender a natureza.
Ao longo da história da humanidade, várias foram as explicações para o
surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram
e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração
filosófica ou religiosa.
Na busca de compreender a construção das concepções sobre o fenômeno
VIDA, quatro linhas de pesquisas se destacaram historicamente:
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 75
Pensamento biológico descritivo
Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-teológica
medieval, os conceitos sobre o ser humano passaram para o primeiro plano,
iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais. Esse
movimento da ciência compreendeu, assim, o processo de superação de ideais
antigas e emergência de novos modelos.
Nesse período surgiram novos conhecimentos biológicos, como por exemplo,
a classificação dos seres vivos numa escala hierárquica envolvendo diferentes
categorias e denominações: gênero, família, espécie, ordem. Entretanto, muitos
naturalistas se mantiveram sob a influência do paradigma aristotélico. O sistema
descritivo possibilitou a organização da Biologia pela comparação das espécies
coletadas em diferentes locais. Tal tendência refletiu a atitude contemplativa e
interessada em retratar a beleza natural, com a exploração empírica da natureza
pautada pelo método da observação e descrição, o que caracterizaria o pensamento
biológico descritivo.
Sob a concepção descritiva, a vida era conceituada como “expressão da
natureza idealizada pelo sujeito racional” (RUSS, 1994, p. 360-363).
Pensamento biológico mecanicista
Em meio a mudanças no mundo filosófico, o médico Willian Harvey (1578-
1657), que, segundo Descartes, possuía “[...] uma visão de mundo baseada em uma
filosofia mecanicista” publica a obra De Modus Cordis, em 1628, propondo um novo
modelo referente à circulação do sangue, resultante de experiências com o corpo
humano. Este modelo, não o método, foi acolhido por Descartes1 (1596- 1650)
como uma das bases mais consistentes do que viria a se constituir como
pensamento biológico mecanicista (DELIZOICOV, 2006, p. 282).
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento
de instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. Para
entender o funcionamento da VIDA, a Biologia fracionou os organismos vivos em
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 76
partes cada vez mais especializadas e menores, com o propósito de compreender
as relações de causa e efeito no funcionamento de cada uma delas.
Pensamento biológico evolutivo
A ideia de mundo estático, que não admitia a evolução biológica, cada vez
mais foi confrontada.
No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA foi
questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos
sobre a mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentados
principalmente por Erasmus Darwin (1731-1802), médico, poeta e naturalista e por
Jean-Baptiste de Monet, conhecido por Lamarck (1744-1829).
Lamarck, adepto da teoria da geração espontânea, estabeleceu o conceito de
sistema evolutivo em constante mudança; isto é, para ele, formas de vida inferiores
surgem continuamente a partir da matéria inanimada e progride inevitavelmente em
direção a uma maior complexidade, progressão esta, controlada pelo ambiente.
Ao se afirmar que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram origem
evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção natural
sobre a ação individual, criou-se a base para a teoria da evolução das espécies,
assentada no ponto de intersecção entre o pensamento científico e filosófico. A ideia
de propor generalizações teóricas sobre os seres vivos e sugerir evidências
científicas, não mais teológicas, permitiu pensar também na mobilidade social do ser
humano.
Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção
natural ou favorecidas na luta pela vida, Darwin valeu-se de evidências evolutivas,
as quais foram consideradas provas e suporte de suas concepções: “o registro dos
fósseis, a distribuição geográfica das espécies, anatomia e embriologia comparadas
e a modificação de organismos domesticados” (FUTUYMA, 1993, p.06).
Darwin analisou as evidências evolutivas aplicando o que hoje conhecido
como método hipotético-dedutivo.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 77
O pensamento biológico da manipulação genética
Os estudos do geneticista Thomas Hunt Morgan (1866-1945) contribuíram
para que a genética se desenvolvesse como ciência e, aliada aos movimentos
políticos e tecnológicos decorrentes das grandes guerras, promoveu uma
ressignificação do darwinismo e deu força ao processo de unificação das ciências
biológicas. Nesse contexto histórico e social, a Biologia começou a ser vista como
utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em
outras áreas.
O pensamento científico passou, então, a utilizar diferentes formas de abordar
a realidade objetiva, a considerar que essas formas coexistem e que essa
coexistência indica a necessidade de rever o método científico como instrumento
que confere às ciências físicas e naturais o status de cientificidade.
Nesse contexto, a complexidade dos problemas estudados pela Biologia
exigiu modificações do método. Mayr (1998) afirma que a necessidade de
entendimento de sistemas biológicos tão complexos como os fisiológicos, implicou a
necessidade de separar seus componentes, o que por um lado, favoreceu a análise
de tais sistemas e, por outro, exigiu a combinação de diferentes abordagens para a
compreensão da natureza como um todo.
A Biologia, então, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma delas é
a biologia molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos interesses biológicos
na atualidade.
Tais avanços, sobretudo os relativos à bioquímica, à biofísica e à própria
biologia molecular, permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e
interferiram no pensamento biológico evolutivo. Por exemplo, ao conhecer a
estrutura e a função dos cromossomos foi possível desenvolver técnicas que
permitiram intervir na estrutura do material genético e, assim, compreender,
manipular e modificar a estrutura físico-química dos seres vivos e as consequentes
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 78
alterações biológicas.
Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e põem
em discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno VIDA.
Essas controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se constitua
como base para o desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação
genética.
8.2.2 – Objetivo Geral
A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA. Ao
longo da historiada humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre esse
fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.
8.2.3 – CONTEÚDOS – Ensino Médio - Regular e EJA
Conteúdo Estruturante - ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
Conteúdos Básicos
CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS: CRITÉRIOS TAXONÔMICOS E
FILOGENÉTICOS.
SISTEMAS BIOLÓGICOS: ANATOMIA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA.
Conteúdo Específico
INTRODUÇÃO E DIVISÃO DA BIOLOGIA.
MÉTODOS CIENTÍFICOS.
ORIGEM DA VIDA E DO UNIVERSO (BIG-BANG, FIXISMO, ABIOGÊNESE E
BIOGÊNESE).
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 79
DAS ORIGENS ATÉ O DIAS DE HOJE.
REGRAS DE NOMENCLATURA.
CLASSIFICAÇÃO, ASPECTOS GERAIS E EVOLUTIVOS DOS SERES
VIVOS.
ESTUDO DOS VÍRUS, REINO MONERA, REINO PROTISTA E REINO
FUNGI.
REINO PLANTAE.
REINO ANIMÁLIA I (ANIMAIS VERTEBRADOS)
PEIXES
ANFÍBIOS
RÉPTEIS
AVES
MAMÍFEROS
REINO ANIMÁLIA II (ANIMAIS INVERTEBRADOS)
FILO PORÍFERA
FILO CNIDÁRIA
FILO PLATYHELMINTOS
FILO NEMATODA
FILO MOLUSCA
FILO ANNELIDA
FILO ARTHOPODA
FILO ECHINODERMATA
Conteúdo Estruturante - MECANISMOS BIOLÓGICOS
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 80
Conteúdos Básicos
MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO.
MECANISMOS CELULARES BIOFÍSICOS E BIOQUÍMICOS.
TEORIAS EVOLUTIVAS.
TRANSMISSÃODAS CARACTERISTICAS HEREDITÁRIAS,
Conteúdos Específicos
COMPOSIÇÃO QUÍMICADAS CELULAS.
INTRODUÇÃO À CITOLOGIA.
CITOPLASMA E SEUS COMPONENTES.
O NÚCLEO E A SÍNTESE PROTÉICA.
DIVISÃO CELULAR.
REPRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO.
HISTOLOGIA.
ANATOMIA E FISIOLÓGIA HUMANA
SUSTENTAÇÃO, DIGESTÃO E RESPIRAÇÃO.
CIRCULAÇÃO, MECANISMOS DE DEFESA E EXCREÇÃO.
COORDENAÇÃO E REGULAÇÃO
Conteúdo Estruturante - BIODIVERSIDADE
Conteúdo Básico
DINÂMINCA DOS ECOSSSITEMAS: RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 81
E INTERDEPENDÊNCIA COM O AMBIENTE.
Conteúdo Específico
ECOLOGIA: INTRODUÇÃO, FLUXO DE ENERGIA E CICLO DA MATÉRIA.
DESEQUILÍBRIOS ECOLÓGICOS: AGENTES CAUSADORES, EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E AÇÃO DO HOMEM NA NATUREZA.
ASPECTOS GLOBAIS DA SAÚDE.
BIOTECNOLOGIA.
QUEBRA DO EQUILIBRIO AMBIENTAL.
Conteúdo Estruturante - MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Conteúdo Básico
ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
Conteúdo Específico
VISÃO HISTÓRICA DA GENÉTICA.
PRIMEIRA LEI DE MENDEL E PROBABBILIDADES.
HEREDOGRAMA.
SEGUNDA LEI DE MENDEL E HERANÇAS DOS GRUPOS SANGUÍNEOS.
PLEITROPIA, INTERAÇÃO GÊNICA E HERANÇA QUANTITATIVA.
HERANÇALIGADA AO SEXO.
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS.
EVOLUÇÃO – TEORIAS E EVIDÊNCIAS.
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EVOLUÇÃO HUMANA.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Biologia não é
trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a serem
trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à necessidade e o
perfil do aluno.
8.2.4 - Metodologia
A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências
e transformações da sociedade, aos valores e ideologias e às necessidades
materiais do Homem.
Em meio a estas necessidades humanas, a ciência visa encontrar explicações
sobre os fatos. A crítica atenta às explicações sobre estes pode demarcar momentos
de conflito entre as explicações e outras que se fortalecem a partir de filiações
conceituais diversas.
Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida como
processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988).
O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais
do ser humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico. De
fato, o ser humano sofre a influência das exigências do meio social e das
ingerências econômicas dele decorrentes, ao mesmo tempo em que nelas interfere.
A busca por entender os fenômenos naturais e a explicação racional da
natureza levou o ser humano a propor concepções de mundo e interpretações que
influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria humanidade.
A ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos contextos
sociais, políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos históricos. Em
outros termos, se a incorporação da ciência aos meios de produção promoveu
intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que a ciência
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 83
somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do cientista,
mas cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da ciência em resposta
às necessidades da sociedade.
Refletir a partir de tal perspectiva significa pensar criticamente o ensino de
Biologia, as abordagens do processo e o vínculo pedagógico em consonância com
as práticas sociais para romper com o relativismo cultural, a pedagogia das
competências e com a supremacia das práticas sociais hegemônicas, implícitas
numa prática pedagógica que reduz a diversidade, enfatizam resultados, omitindo o
processo histórico de produção do conhecimento.
No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de Biologia
contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que
ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em sua
complexidade de relações, ou seja:
• na organização dos seres vivos;
• no funcionamento dos mecanismos biológicos;
• no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade
genética, hereditariedade e relações ecológicas;
• na análise da manipulação genética.
Como consequência da retomada do objeto de estudo dessa disciplina,
sobretudo ao considerar que ensinar Biologia incorpora a ideia de ensinar sobre a
ciência e a partir dela, o desenvolvimento da metodologia de ensino sofre influência
de reflexões produzidas pela filosofia da ciência e pelo contexto histórico, político,
social e cultural do desenvolvimento.
Como instrumento de transformação dos mecanismos de reprodução social, a
aula experimental torna-se um espaço de organização, discussão e reflexão a partir
de modelos que reproduzem o real.
Neste espaço, por mais simples que seja a experiência, ela se torna rica ao
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 84
revelar as contradições entre o pensamento do aluno, o limite de validade das
hipóteses levantadas e o conhecimento científico.
Por exemplo, ao tratar os processos biológicos, a experimentação pode
contribuir para o estudo da biodiversidade a partir de um conceito mais amplo. Neste
caso, a Biologia abrange um universo conceitual que se fundamenta na concepção
evolutiva e entende os seres vivos além do contexto da classificação e do
funcionamento de suas estruturas orgânicas. Estes conhecimentos biológicos
envolvem as relações ecológicas, as transformações evolutivas e a variabilidade
genética, e podem ser estudados a partir de modelos que procuram interpretar o
real, nas aulas experimentais.
O pensamento evolutivo permite a compreensão do mundo mutável e revela
uma concepção de ciência que não pode ser considerada verdade absoluta e, no
ensino de Biologia, passa a ser um processo de busca por explicações e de
construção de modelos interpretativos assumindo seu caráter humano determinado
pelo tempo histórico.
A metodologia de ensino da Biologia, nessa concepção, envolve o conjunto de
processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de
organismo no meio, na relação ser humano e natureza e nas relações sociais,
políticas, econômicas e culturais.
Nesse contexto, as aulas experimentais podem significar uma crítica ao
ensino com ênfase exclusiva na divulgação dos resultados do processo de produção
do conhecimento científico, e apontar soluções que permitam a construção racional
do conhecimento científico em sala de aula, sem dissociar as implicações deste
conhecimento para o ser humano.
Cabe ressaltar que a aula assim concebida deve introduzir momentos de
reflexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a experimentação
como possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas
das teóricas. As aulas práticas passam a fazer parte de um processo de ensino
pensado e estruturado pelo professor, repensando-se inclusive, o local onde possam
acontecer, não ficando restritas ao espaço de laboratório.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 85
As aulas, desta forma, não são apenas experimentais ou apenas teóricas,
mas pensadas de modo a assegurar a relação interativa entre o professor e o aluno,
ambos tendo espaço para expor suas explicações, refletir a respeito das implicações
de seus pressupostos e revê-los à luz das evidências científicas.
Assim, a experimentação deve ter como finalidade o uso de um método que
privilegie a construção do conhecimento, em caráter de superação à condição de
memorização direta, comportamentalista. Parte-se do pressuposto que a adoção de
uma prática pedagógica fundamentada nas teorias críticas deve assegurar ao
professor e ao aluno a participação ativa no processo pedagógico.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.2.5 – Avaliação
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de
mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de ideias e modificar
comportamentos docentes de “senso comum” muito persistente (CARVALHO & GIL-
PÉREZ, 2001).
As concepções reducionistas e simplistas do processo avaliativo requerem
análise e questionamento. De acordo com Carvalho & Gil-Pérez (2001), ainda estão
no “senso comum” do ambiente escolar as seguintes noções:
• é fácil avaliar os conhecimentos científicos, devido a sua precisão e
objetividade;
• o fracasso é inevitável, pois a Biologia tem conhecimentos difíceis, que não
estão ao alcance de todos. Ao se aprovar demais, a disciplina é uma “brincadeira”;
então, convém ser “exigente” desde o início;
• tal fracasso, por vezes muito elevado, pode ser atribuído a fatores
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extraescolares, como capacidade intelectual e ambiente familiar;
• a prova deve ser discriminatória e produzir uma distribuição de notas em
escala descendente;
• a função essencial da avaliação é verificar a capacidade e o aproveitamento
do aluno, destinando-o à promoção e seleção classificatória de cunho autoritário.
A superação deste senso comum implica em estudos, pesquisas e análises
de resultados que permitam a elaboração de programas de formação continuada
para os professores envolvidos no processo ensino-aprendizagem, a fim de
possibilitar a elaboração de uma concepção de avaliação adequada à realidade
escolar da qual participa.
Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória, pautada em
critérios que visam medir o aproveitamento, identifica-se erros, dificuldades de
aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações levantadas e os
professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o aluno a resolver suas
dificuldades ou a avançar no seu conhecimento” (HOOFMANN, 2003, p. 121).
Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e
Hoffmann, considera-se a necessidade de envolvimento dos professores na análise
crítica da própria avaliação. Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que os
professores se envolvam numa análise crítica que considere a avaliação em Biologia
um instrumento de aprendizagem que forneça um feedback adequado para
promover o avanço dos alunos. Ao considerar o professor corresponsável pelos
resultados que os alunos obtiverem o foco da pergunta muda de “quem merece uma
valorização positiva e quem não“ para ”que auxílio precisa cada aluno para continuar
avançando e alcançar os resultados desejados”. Além disso, incentivar a reflexão,
por parte do professor, sobre sua própria prática.
Ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma
abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em
que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção.
Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 87
aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos
impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e
dúvidas dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de
mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno.
A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e
investigação visando à melhoria da qualidade do ensino.
Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.
Pressupõe- se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento
dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a
verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a
avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos”.
Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do
processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que
professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de
superarem os obstáculos existentes.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação será:
DIAGNÓSTICA: Resgatando o conhecimento prévio do aluno;
PROCESSUAL: Tomando como critério o acompanhamento sistemático da
participação do aluno em todos os momentos do processo de ensino/aprendizagem;
INTEGRADORA: Se dará através da utilização dos seguintes instrumentos:
trabalhos em grupo, trabalhos individuais de pesquisa, apresentação de Seminários,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 88
participação em debates regrados e realização de provas formais com questões
objetivas ou dissertativas.
O processo de recuperação se dará pela retomada dos conteúdos por meio
de revisões das atividades avaliativas e através da aplicação de outros instrumentos
avaliativos que serão descritos no Plano de Trabalho Docente.
8.2.6 - Referências
PARANÁ- DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – BIOLOGIA – Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.
LAURENCE, J. BIOLOGIA. São Paulo: Editora Nova Geração, 2005. LOPES, S. Biologia – volume único/ Sônia Lopes, Sérgio Rosso. -1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
OLIVEIRA, E.C. De Introdução a Biologia Vegetal. São Paulo, Edusp, 2003.
SILVA, JÚNIOR, C. da, Biologia – volume 3 – 3ª série – 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 89
8.3 - P.P.C. DE EDUCAÇÃO FÍSICA
8.3.1 – Apresentação da disciplina
Nos últimos vinte anos o ensino da Educação Física tem se afirmado de
forma gradativa numa perspectiva cultural e a partir disto, essa disciplina se propõe
como área de estudo da cultura humana, ou seja, que analisa atuando sobre o
conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, práticas estas criadas pelo
homem ao longo de sua história, indo além da aprendizagem de movimentos, a
aprendizagem para e sobre o movimento.
A disciplina de Educação Física no Ensino Médio é muito importante na
medida em que possibilita aos educandos uma ampliação da visão sobre a cultura
corporal de movimento, e, assim, viabiliza a autonomia para o desenvolvimento de
uma prática pessoal e a capacidade para interferir na comunidade , seja na
manutenção ou na construção de espaços de participação em atividades culturais,
como jogos, esportes ginásticas e danças, com finalidade de lazer, saúde,
socialização, expressão de sentimentos, afetos e emoções.
Busca-se aplicar uma Educação Física junto aos adolescentes, jovens e
adultos que compõem o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, que
contextualizada na sociedade capitalista seja alicerçada numa proposta “crítico-
superadora” baseada nos pressupostos da pedagogia histórico-crítica que estipula
como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de conteúdos como: o
esporte, a ginástica, os jogos e brincadeiras, as lutas e a dança; tendo como suporte
a ideia de seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado
historicamente, a cerca do movimento humano, transformando o mesmo em saber
escolar, garantindo o acesso às variadas formas de conhecimentos produzidos pela
humanidade oportunizando aos alunos, estabelecerem nexos com a realidade,
elevando-os a um grau de conhecimento sintético. Alicerçada também numa
proposta “crítico-emancipatória” onde o movimento humano em sua expressão é
considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem, pois está presente
em todas as vivências e relações expressivas que constituem o ser no mundo. Este
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 90
processo dialógico é necessário para entender o desenvolvimento e
aperfeiçoamento do corpo na historia e formação da sociedade brasileira,
resgatando a ação pedagógica da Educação Física e seu compromisso social,
consolidando um novo entendimento em relação ao movimento humano, como
expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem
se relacionar com o mundo, valorizando ainda, a produção histórica e cultural dos
povos, relativa à ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e às atividades que
correspondem às características regionais (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização, e tem avançado
para preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o entendimento
do corpo em muito de sua complexidade, permitindo uma abordagem biológica,
antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais
justamente por sua constituição interdisciplinar. Faz-se entender que esta área do
conhecimento é parte integrante de uma totalidade composta por interações que se
estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais
emancipatórias em que estão inseridos os alunos de Ensino Médio e EJA
(COLETIVO DE AUTORES, 1992).
8.3.2 – Metodologia
Analisando a enorme riqueza das manifestações corporais, produzidas
socialmente pelos diferentes grupos humanos, criticando o trabalho pedagógico, os
objetivos e a avaliação, o trato com o conhecimento, os espaços e tempos escolares
da Educação Física, refletindo as necessidades atuais de aprendizagem pelos
alunos, na superação de contradições, entendendo a Cultura Corporal em sua
complexidade, a Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e esta
articulada ao projeto político pedagógico da escola possuindo seu objeto de estudo e
ensino próprio, interdisciplinarmente compromissado com a Práxis, que da teoria a
pratica e da pratica à teoria possui significados e sentidos lúdicos, estéticos,
artísticos, místicos, antagonistas, refletindo também todo o processo histórico das
práticas corporais do ser humano construído em milhares de anos. “É partindo
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 91
dessa posição que apontamos a Cultura Corporal como objeto de estudo e ensino
da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a formação histórica do
ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais decorrentes. A ação
pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas
e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela
expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes.
Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação simbólica
de realidades vividas pelo homem” (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Para integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e
contextualizada, utilizamos elementos articuladores que podem transformar o Ensino
da Educação Física na escola, respondendo aos desafios propostos, são eles:
• Cultura Corporal e Corpo: esse elemento articulador tem como pressuposto
a reflexão crítica sobre as diferentes visões constituídas ao longo da história da
humanidade em relação ao corpo que favoreceram a dicotomia corpo-mente e sua
repercussão no interior das aulas de Educação Física, nas práticas corporais, além
que as discussões que envolvem o corpo devem atrelar-se a todas as manifestações
e práticas corporais que emergem nos Conteúdos Estruturantes.
• Cultura Corporal e Ludicidade: apresenta-se como uma possibilidade de
reflexão e vivência das práticas corporais em todos os Conteúdos Estruturantes,
assim, o lúdico se apresenta como parte integrante do ser humano e se constitui nas
interações sociais, sejam elas na infância, na idade adulta ou na velhice. Essa
problemática precisa ser discutida e vivenciada pelos alunos, para que a ludicidade
não seja vivida através de práticas violentas, como em algumas brincadeiras que
ocorrem no interior da escola.
• Cultura Corporal e Saúde: esse elemento articulados permite entender a
saúde como construção que supõe uma dimensão histórico-social; cuidados com a
saúde não podem ser atribuídos tão somente a uma responsabilidade do sujeito,
mas sim, compreendidos no contexto das relações sociais, por meio de práticas e
análises críticas dos discursos a ela relativos.
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• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho: concentra as relações sociais de
produção/assalariamento vigentes na sociedade, em geral, e na Educação Física.
Com isso, o professor debaterá com seus alunos as consequências da
profissionalização e o assalariamento, vinculados às diferentes práticas corporais. O
professor proporá atividades que alertem os alunos para os reais sentidos da prática
calistênica ou laboral.
• Cultura Corporal e Desportivização: impulsionado pela supervalorização do
esporte na atual sociedade, onde a objetividade é predominante no esporte de
rendimento e, portanto, priorizada em detrimento da criatividade, o professor
discutirá com seus alunos as contradições presentes nesse processo de
esportivização das práticas corporais, visto que no ensino de Educação Física é
preciso compreender o processo pelo qual uma prática corporal é institucionalizada
internacionalmente com regras próprias e uma estrutura competitiva e comercial em
que condições seus conteúdos tornaram-se esporte institucionalizado e quais os
impactos desta transformação.
• Cultura Corporal – Técnica e Tática: as técnicas e táticas compõem os
elementos que constituem e identificam o legado cultural das diferentes práticas
corporais, para pensar os diferentes conteúdos da Educação Física, fruto do rigor
científico e do desejo humano em criar estratégias e métodos mais eficientes para
educar e padronizar gestos das diversas práticas corporais.
• Cultura Corporal e Lazer: tem, entre outros, o objetivo de promover
experiências significativas no tempo e no espaço, de modo que o lazer se torne um
dos elementos articuladores do trabalho pedagógico. A educação pelo lazer,
desenvolvido no tempo/espaço fora das obrigações escolares, é considerada um
veículo de educação que pode potencializar o desenvolvimento pessoal e social dos
indivíduos. Sob esse viés, trabalhar a questão do lazer nas aulas de Educação
Física pode possibilitar aos alunos, uma apropriação crítica e criativa de seu tempo,
por meio da interiorização do conhecimento.
• Cultura Corporal e Diversidade: uma abordagem que privilegie o
reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais, convívio e
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 93
respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização
humana, para que o outro seja considerado. Não esquecendo que também é preciso
valorizar as experiências corporais do campo e dos povos indígenas.
• Cultura Corporal e Mídia: deve propiciar a discussão das práticas corporais
transformadas em espetáculo e, como objeto de consumo, diariamente exibido nos
meios de comunicação para promover e divulgar produtos além do modo que
possibilite ao aluno discussão preconceito e a exclusão; a ética que permeia os
esportes de alto nível, entre outros aspectos que são ditados pela mídia além da
reflexão sobre a supervalorização de modismo, estética, beleza, saúde, consumo.
A Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se
tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade
corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
A Educação Física ainda com a função de conscientização e prática viva a
aceitação das “diferenças”, sejam elas dos portadores de necessidades especiais ou
ainda de inclusão social por grupos de risco, introduzindo meios e alternativas
metodológicas que garantam ao indivíduo o atendimento e o respeito pelas suas
características, formas estilos de aprendizagem.
A Educação Física com a função de garantir o respeito e a valorização de
todos os grupos étnicos, sociais e suas origens amparados plenamente em suas
riquezas culturais (como por exemplo, a capoeira e toda a relação com a cultura
afro/descendente).
Garantir por meio das infinitas formas de tecnologias a aprendizagem, com a
aceitação de fatos novos, estímulos e a reação diante de situações adversas; com o
professor intervindo ao final de cada aula oportunizando aos alunos a criação de
variações nas atividades além de permitir aos mesmos uma avaliação de todo o
processo.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada também a metodologia
descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
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8.3.3 – Conteúdos Ensino Médio – Regular e EJA
Os Conteúdos Estruturantes foram definidos como os conhecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de
estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender
seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas
relações sociais. Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação
Básica devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um
dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao
conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo de
ensino/aprendizagem são eles:
• Esporte: o ensino do esporte nas aulas de Educação Física deve sim
contemplar o aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades
esportivas, mas não se limitar a isso. É importante que o professor organize, em seu
plano de trabalho docente, estratégias que possibilitem a análise crítica das
inúmeras modalidades esportivas e do fenômeno esportivo que, sem dúvida, é algo
bastante presente na sociedade atual.
• Jogos e brincadeiras: Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de
relevância para o desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de
representação do real através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos
pais e, por outro, à escola fomentar e criar as condições apropriadas para as
brincadeiras e jogos. Não obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-
los como tal, pois os jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades
que ampliam a percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem a
curiosidade, o interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes
atividades.
• Ginástica: entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de
reconhecer as possibilidades de seu corpo. Por meio da ginástica, o professor
organizará a aula de maneira que os alunos se movimentem, descubram e
reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo. Com efeito, trata-se de um
processo pedagógico que propicia a.
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interação, o conhecimento, a partilha de experiências e contribui para ampliar as
possibilidades de significação e representação do movimento.
• Lutas: se constituem das mais variadas formas de conhecimento da cultura
humana, historicamente produzidas e repletas de simbologias. Ao abordar esse
conteúdo, devem-se valorizar conhecimentos que permitam identificar valores
culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são praticadas. Além
dos jogos de oposição, para se trabalharem com o conteúdo de lutas, os professores
proporá pesquisas, seminários, visitas às academias para os alunos conhecerem as
diferentes manifestações corporais que fazem parte desse Conteúdo Estruturante.
• Dança: responsável por apresentar as possibilidades de superação dos
limites e das diferenças corporais. A dança é a manifestação da cultura corporal
responsável por tratar o corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais,
criativas e técnicas que se concretizam em diferentes práticas, como nas danças
típicas (nacionais e regionais), danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas
entre outras. Pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a
expressão corporal, a cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de
fundamental importância para refletirmos criticamente sobre a realidade que nos
cerca, contrapondo-se ao senso comum.
Conteúdos básicos da Educação Física (conhecimentos fundamentais e
necessários para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino
Médio e EJA).
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ENSINO MÉDIO E EJA
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Esporte
Coletivos
Individuais
Radicais
Recorte histórico delimitando tempos e
espaços.
Analisar a possível relação entre o Esporte
de rendimento X qualidade de vida.
Análise dos diferentes esportes no contexto
social e econômico.
Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
Organização de campeonatos, torneios,
elaboração de Súmulas e montagem de
tabelas, de acordo com os sistemas
diferenciados de disputa (eliminatória
simples, dupla, entre outros).
Análise de jogos esportivos e confecção de
Organizar e vivenciar atividades
Desportivas, trabalhando com
construção de tabelas,
arbitragens, súmulas e as
diferentes noções de
preenchimento.
Apropriação acerca das
diferenças entre esporte da
escola, o esporte de rendimento
e a relação entre esporte e lazer.
Compreender a função social do
esporte.
Reconhecer a influência da
mídia, da ciência e da indústria
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Esporte
Coletivos
Individuais
Radicais
Coletivos
Scalt.
Provocar uma reflexão acerca do
conhecimento popular X conhecimento
científico sobre o fenômeno Esporte.
Discutir e analisar o Esporte nos seus
diferenciados aspectos:
• enquanto meio de Lazer.
• sua função social.
• sua relação com a mídia.
• relação com a ciência.
• doping e recursos ergogênicos e
esporte alto rendimento.
• nutrição, saúde e prática esportiva.
Analisar a apropriação do Esporte pela
Indústria Cultural.
cultural no esporte.
Compreender as questões sobre
o doping, recursos ergogênicos
utilizados e questões
relacionadas à nutrição.
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Esporte
Individuais
Radicais
Jogos e
brincadeiras
Jogos e
brincadeiras
Jogos de
Tabuleiro
Jogos
dramáticos
Jogos
cooperativos
Analisar a apropriação dos Jogos pela
Indústria Cultural.
Organização de eventos.
Analisar os jogos e brincadeiras e suas
possibilidades de fruição nos espaços e
tempos de lazer.
Recorte histórico delimitando tempo e
espaço.
Reconhecer a apropriação dos
jogos pela indústria cultural,
buscando alternativas de
superação.
Organizar atividades e dinâmicas
de grupos que possibilitem
aproximação e considerem
individualidades
Possibilitar o estudo sobre a Dança
relacionada à expressão corporal e a
Conhecer os diferentes passos,
posturas, conduções, formas de
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 99
Dança
Dança
Danças
folclóricas
Danças de salão
Danças de rua
diversidade de culturas.
Analisar e vivenciar atividades que
representem a diversidade da dança e seus
diferenciados ritmos.
Compreender a dança como mais uma
possibilidade de dramatização e
expressão corporal.
Estimular a interpretação e criação
coreográfica.
Provocar a reflexão acerca da apropriação
da Dança pela Indústria Cultural.
Organização de Festival de Dança.
deslocamento, entre outros.
Reconhecer e aprofundar as
diferentes formas de ritmos e
expressões culturais, por meio da
dança.
Discutir e argumentar sobre
apropriação das danças pela
indústria cultural.
Criação e apresentação de
coreografias
Ginástica
Analisar a função social da ginástica.
Apresentar e vivenciar os fundamentos da
ginástica.
Pesquisar a interferência da Ginástica no
Organizar eventos de ginástica,
na qual sejam apresentadas as
diferentes criações coreográficas
ou sequência de movimentos
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 100
Ginástica
Ginástica
artística /
olímpica
Ginástica
artística /
olímpica
Ginástica de
Academia
mundo do trabalho (ex. laboral).
Estudar a relação entre a Ginástica X
sedentarismo e qualidade de vida.
Por meio de pesquisas, debates e vivências
práticas, estudar a relação da ginástica
com: tecido muscular, resistência muscular,
diferença entre resistência e força; tipos de
força; fontes energéticas, frequência
cardíaca, fonte metabólica, gasto
energético, composição corporal, desvios
posturais, LER, DORT, compreensão
cultural acerca do corpo, apropriação da
Ginástica pela Indústria Cultural entre
outros.
Analisar os diferentes métodos de avaliação
e estilos de testes físicos, assim como a
sistematização e planejamento de treinos.
ginásticos elaborados pelos
alunos.
Aprofundar e compreender as
questões biológicas,
ergonômicas e fisiológicas que
envolvem a ginástica.
Compreender a função social da
ginástica.
Discutir sobre a influência da
mídia, da ciência e da indústria
cultural na ginástica.
Compreender e aprofundar a
relação entre a ginástica e
trabalho.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 101
Ginástica
Ginástica geral
Organização de festival de ginástica.
Lutas
Lutas com
Aproximação
Lutas que
mantêm à
distancia
Lutas com
Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico,
filosofia, características das diferentes artes
marciais, técnicas, táticas/
estratégias, apropriação da Luta pela
Indústria Cultural, entre outros.
Analisar e discutir a diferença entre Lutas x
Artes Marciais.
Estudar o histórico da capoeira, a diferença
de classificação e estilos da capoeira
enquanto jogo/luta/dança, musicalização e
ritmo, ginga, confecção de instrumentos,
movimentação, roda
etc.
Conhecer os aspectos históricos,
filosóficos e as características
das diferentes manifestações das
lutas.
Compreender a diferença entre
lutas e artes marciais, assim
como a apropriação das lutas
pela indústria cultural.
Apropriar-se dos conhecimentos
acerca da capoeira como:
diferenciação da mesma
enquanto jogo/dança/luta, seus
instrumentos musicais e
movimentos básicos.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 102
Lutas
instrumento
mediador
Capoeira
Conhecer os diferentes ritmos,
golpes, posturas, conduções,
formas de deslocamento, entre
outros.
Organizar um festival de
demonstração, no qual os alunos
apresentem os diferentes tipos
de golpes
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEUDO
BÁSICO
CONTEÚDO
ESPECÍFICO
Coletivos
futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão;
futevôlei; rugby; beisebol.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 103
ESPORTE
Individuais
atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton;
hipismo.
Radicais
skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.
JOGOS E
BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras
populares
amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop;
bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau
ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus;
queimada; policia e ladrão.
Brincadeiras e cantigas de
roda
gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no
gato; ciranda cirandinha; escravos de Jó; lenço atrás; dança da
cadeira.
Jogos de tabuleiro dama; trilha; resta um; xadrez.
Jogos dramáticos improvisação; imitação; mímica
futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 104
Jogos cooperativos livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.
DANÇA
Danças folclóricas
fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo;
samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá;
ciranda; carimbó
Danças de salão
valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero;
salsa; swing; tango.
Danças de rua break; funk; house; locking, popping; ragga.
Danças criativas
elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência);
qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão
corporal.
Danças circulares contemporâneas; folclóricas; sagradas
Ginástica artística /
olímpica
solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; Paralelas
assimétricas.
Ginástica rítmica corda; arco; bola; maças; fita.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 105
GINÁSTICA
Ginástica de academia alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core
board; pular corda; pilates.
Ginástica circense malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim
Ginástica geral jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela,
rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
LUTAS
Lutas de aproximação judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô.
Lutas que mantêm a
distância
karatê; boxe; muay thai; taekwondo.
Lutas com instrumento
mediador
esgrima; kendô.
Capoeira angola; regional.
Também é importante lembrar que na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Educação Física é
trabalhada por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada
visando à necessidade e o perfil do aluno.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 106
Ressaltamos ainda todos os aspectos do Bem-Estar, do sentir-se belo e
valorização de vida, conscientizando dos riscos que os distúrbios alimentares podem
trazer ao adolescente e seus tratamentos. Além de múltiplos temas de prevenção e
manutenção da Saúde Física, Social e individual.
8.3.4 - Avaliação
Pensar formas de avaliar que sejam coerentes com os objetivos inicialmente
definidos. É a partir desse referencial teórico e das discussões até então
desenvolvidas nas Diretrizes que são indicados critérios, ferramentas e estratégias
que reflitam a avaliação no contexto escolar. O objetivo é favorecer maior coerência
entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de
ensino e aprendizagem.
Durante momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se
de outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates,
júri-simulado, (re) criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo
pedagógico, entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões
aos demais colegas.
A organização e a realização de festivais e jogos escolares, as provas e os trabalhos
escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas de Educação Física, desde
que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e classificar os alunos em
melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva, também, como
referência para redimensionar sua ação pedagógica.
Deve, sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias
didático-metodológicas, compreendendo esse processo como algo contínuo,
permanente e cumulativo. garantido a não exclusão, isto é, a avaliação deve estar a
serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das
ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo.
Apresentar uma avaliação vinculada ao projeto político-pedagógico da escola,
de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo docente, além de
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 107
estar coerente com a realidade e nível de aprendizagem que cada série exige, por
intermédio de um processo contínuo, permanente e cumulativo. (DIRETRIZES
CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – PR, 2008)
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.3.5 - Referências
ACORDI, Leandro de Oliveira; SILVA, Bruno Emmanuel Santana da; FALCÃO, José
Luiz Cirqueira. As Práticas Corporais e seu Processo de Re-signficação:
apresentado os subprojetos de pesquisa. In: Ana Márcia Silva; Iara Regina
Damiani. (Org.).
Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação Física. 1
ed., v. 01, Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005, p. 30-41.
BARRETO, Débora. Dança...: ensino, sentidos e significados na escola. Campinas:
Autores Associados, 2004.
BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:
Summus, 1984.
BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister,
1992.
BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas:
Papirus, 2003.
CANTARINO FILHO, Mário. A Educação Física no Estado Novo: História e
Doutrina. 214f. Dissertação (Mestrado en Educação) – Faculdade de
Educação da Universidade de Brasília, Brasília: UnB, 1982.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: história que não se conta.
4ed. Campinas: Papirus, 1994.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 108
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
CORDEIRO Jr., Orozimbo. Proposta teórico-metodológica do ensino do judô
escolar a partir dos princípios da pedagogia crítico-superadora: uma
construção possível. Goiás: UFG, 1999. Memórias de Licenciatura.
DAOLIO, Jocimar. Educação física brasileira: autores e atores da década de 80.
97f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação da
Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997.
ESCOBAR, Micheli Ortega. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física.
In: Revista Motrivivência, n. 08, Florianópolis: Ijuí, 1995, p. 91-100.
FALCÃO, José Luiz C. Capoeira. In: KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física 1.
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FIAMONCINI, Luciana.; SARAIVA, Maria do Carmo. Dança na escola a criação e a
co-educação em pauta. In: KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física 1. 3.
ed. Ijuí: Unijuí, 2003. p. 95-120.
FRATTI, Rodrigo Graboski. Currículo básico para a escola pública do Paraná: busca
de uma perspectiva crítica de ensino na educação física. In: Congresso
Brasileiro de Ciências do Esporte, XII, 2001, Caxambu, MG. Sociedade,
ciência e ética: desafios para a educação física/ciências do esporte. Anais...
Caxambu, MG: DN
GEBARA, Ademir. História do Esporte: Novas Abordagens. In: PRONI, Marcelo
Weishaupt; LUCENA, Ricardo de Figueiredo. (Org.). Esporte História e
Sociedade. 1 ed., v. 01, Campinas: Autores Associados, 2002, p. 05-29.
GOELLNER, Silvana Vilodre. O método francês e militarização da Educação Física
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HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 109
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MACHADO, Maria Cristina Gomes. O projeto de Rui Barbosa: O papel da educação
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MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3 ed.
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MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.
MENDES, Diego de Sousa. Formação continuada de professores de Educação
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NAVARRO. Rodrigo Tramutolo. Os caminhos da Educação Física no Paraná: do
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OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. A Revista Brasileira de Educação Física e
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PALLAFOX, Gabriel Humberto Muñhos; TERRA, Dinah Vasconcellos. Introdução à
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 110
PINTO, Inami Custódio. Folclore: aspectos gerais. Ibpex: Curitiba, 2005.
PISTRAK, Moisei. Fundamentos da escola do trabalho. São Paulo: Expressão
popular, 2000.
RODRIGUES, Anegleyce Teodoro. Gênese e sentidos dos parâmetros
curricularesnacionais e seus desdobramentos para a Educação Física
escolar brasileira. 156f. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de
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SARAIVA, Maria do Carmo et. al. Dança e seus elementos constituintes: uma
experiência contemporânea In: Ana Márcia Silva; Iara Regina Damiani. (Org.).
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SHARDAKOV, Mikhail Nikolaevich. Desarrollo del pensamiento en el escolar. La
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SILVA, Ana Márcia. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um
novo arquétipo da felicidade. Campinas, São Paulo: Autores Associados:
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SOARES, Carmen Lúcia. Educação Física escolar: conhecimento e especificidade.
In: Revista Paulista de Educação Física, supl. 2, São Paulo, 1996, p. 06-12.
VAZ, Alexandre Fernandez; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda.
Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir
do resgate das brincadeiras açorianas. In: Revista de Educação Física, v.
13, n. 01, Maringá: UEM, 2002, p. 71-77.
VAZ, Alexandre Fernandez; SAYÃO, Deborah Thomé; PINTO, Fábio Machado
(Org.). Treinar o corpo, dominar a natureza: notas para uma análise do
esporte com base no treinamento corporal. In: Cadernos CEDES, n. 48, ago.
1999, p. 89-108.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 111
8.4 – P.P.C. DE FILOSOFIA
8.4.1 – Apresentação da Disciplina
De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Filosofia, o contexto
histórico em que a disciplina de Filosofia e o seu ensino surgiu remonta à
antiguidade, aos embates entre o pensamento de Platão e as ideias dos sofistas, em
seguida, pode-se destacar a Filosofia da Idade Média, que foi revitalizada para
justificar ou referendar a filosofia cristã e era ensinada com o objetivo de formar o
homem submisso ao poder divino. Já na Idade Moderna, pode se perceber a busca
da autonomia da razão e da constituição da individualidade do ser humano,
resultado da preocupação com a historicidade e a sociabilidade do ser humano.
Para cada uma destas formas de se entender a filosofia, existiu uma
metodologia própria que atendia às necessidades de formação daqueles sujeitos
históricos.
No Brasil, vivemos primeiramente o período medieval tendo em vista o
trabalho de evangelização realizado pelos Jesuítas. No inicio do período
republicano, era disciplina obrigatória, porém não contribuía para a formação d
consciência crítica dos sujeitos.
Segundo as DCEs, p.215:
A LDB N. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e,
com a Lei n. 5.692/71, durante a ditadura militar, a filosofia desaparecia
dos currículos escolares de 2ºGrau, sobretudo por não servir aos
interesses políticos econômicos e ideológicos do período.
Porém, com o processo de redemocratização do país e com o embate teórico
realizado em várias frentes educacionais, em 1996, com a aprovação da nova LDB,
fica determinado que ao concluir o Ensino Médio , om estudante deveria dominar
saberes das áreas de Filosofia e Sociologia , caracterizando um breve avanço
quanto ao tratamento dado a estas disciplinas.
Caminhando um pouco mais na história, em 2006, o Paraná publicou a Lei n.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 112
15.228, tornando obrigatória a oferta, na Matriz Curricular, as disciplinas de Filosofia
e de Sociologia.
Atualmente vivemos um processo de reconhecimento da importâncias da
disciplina de Filosofia para a formação dos estudantes brasileiros, isto se comprova
pela aprovação da Lei Federal n. 11.684 que torna seu ensino obrigatório. Diante
deste fato, e, com base nos pressupostos teóricos que embasam as Diretrizes
Curriculares de Filosofia, o estabelecimento de ensino produziu sua proposta
pedagógica curricular para o trabalho com a Filosofia.
O pensamento filosófico faz parte dos bens culturais que a humanidade
produziu ao longo de sua história, portanto, deve fazer parte do currículo da escola
pública que tem como função social o trabalho com o conhecimento em todos os
seus aspectos: científicos, históricos, culturais, artísticos e filosóficos, e, neste
sentido, a filosofia pode viabilizar a interface com outras disciplinas para a
compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da
arte, oportunizando a construção de um saber que opere por questionamentos,
conceitos e categorias e que busque articular o espaço temporal e sócio – histórico
em que se dá o pensamento e a história humana.
A atividade de filosofar deve ser uma constante em sala de aula, para que os
alunos possam exercitar a capacidade da razão e elaborarem seus próprios
conceitos à luz do pensamento filosófico e não mais do senso comum,
desenvolvendo assim, seu próprio contexto histórico em que a disciplina de Filosofia
e o seu ensino surgiu remonta à antiguidade, aos embates entre o pensamento de
Platão e as ideias dos sofistas , em seguida, pode-se destacar a Filosofia da Idade
Média
O pensamento paralelo ao desenvolvimento do pensamento, a filosofia
contribui também para o desenvolvimento da leitura, da escrita e da oralidade, uma
vez que o aluno é instigado a ler, refletir, argumentar e registrar seus pensamentos,
os conceitos que elaborar.
Para tanto, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva
de fazer com que os estudantes pensem os problemas com significado histórico e
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 113
social e analisem os textos filosóficos, que lhes fornecem subsídios para que
pesquisem, façam relações e criem conceitos que contribuam a sua compreensão
do mundo e das relações sociais em que estamos todos inseridos.
Neste sentido, o papel do professor consiste em pensar de maneira filosófica
para construir espaço de problematização compartilhados com os estudantes, a fim
de articular os problemas da vida atual com as respostas e formulações da história
da filosofia e com a criação de conceitos.
Esta proposta de trabalho com o pensamento filosófico, organizado na forma
de conteúdos estruturantes, contribui para o desenvolvimento da analise e da
consciência crítica, favorecendo a formação de sujeitos capazes de analisar a
realidade em que vivem e nela atuarem de forma autônoma e digna.
8.4.2 - Objetivo Geral
Oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do
mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações para que
possam se tornar cidadãos críticos e participativos dos contextos sociais.
8.4.3 – Conteúdos do Ensino Médio - Regular e EJA
1ª Série:
Conteúdo Estruturante: Mito e Filosofia
Conteúdos Básicos:
-Saber Mítico;
- Saber Filosófico;
- Relação Mito e Filosofia;
- Atualidade e Mito;
- O que é Filosofia.
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Conteúdo Estruturante: Teoria do Conhecimento
Conteúdos Básicos:
- Possibilidade do Conhecimento;
-As formas do Conhecimento;
-O Problema da Verdade;
-A questão do Método;
-Conhecimento e Lógica;
2ª Série:
Conteúdo Estruturante: Ética
Conteúdos básicos:
-Ética e Moral;
-Pluralidade ética;
-Ética e Violência;
- Razão, desejo e vontade;
- Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
Conteúdo Estruturante: Filosofia Política
- Relações entre comunidade e poder;
-Liberdade e igualdade política;
-Política e ideologia;
- Esfera pública e privada;
- Cidadania formal e/ou participativa.
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3ª Série:
Conteúdo Estruturante: Filosofia e Ciência
Conteúdos Básicos:
-Concepção de Ciência;
-A questão do Método científico;
- Contribuições e limites da Ciência;
-Ciência e Ideologia;
- Ciência e Ética.
Conteúdo Estruturante: Estética
Conteúdos Básicos:
- Natureza da Arte;
-Filosofia da Arte;
-Categorias Estéticas - feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.
-Estética e Sociedade
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Filosofia não é
trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a
serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à
necessidade e o perfil do aluno.
8.4.4 – Metodologia
O trabalho realizado em sala de aula consistirá em assegurar aos estudantes
a experiência daquilo que é específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de
conceitos. Isto se dará através da proposição de situações problemas ou
problematizações, leituras e análises de textos, músicas e filmes, organização de
debates, pesquisas e sistematizações.
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O trabalho com a disciplina de filosofia passa por quatro momentos:
Mobilização do conhecimento, problematização, investigação e criação de conceitos.
A mobilização do conhecimento se dará com atividades para instigar ou motivar os
alunos a estabelecerem relações entre o cotidiano e o conteúdo filosófico estudado.
Para tanto podem ser usados recursos como músicas, filmes, manchetes de jornais
etc. A problematização ocorre quando são levantadas questões e identificados os
problemas referentes ao conteúdo estudado.
A partir dos problemas levantados, passa-se para o momento de investigação
que se dá com o levantamento de hipóteses, sempre usando o texto filosófico com
base. Ao final desse processo, o estudante estará pronto para elaborar um texto no
qual terá condições de discutir, comparar e socializar ideias e conceitos. Neste
sentido é necessário que o ensino de filosofia seja permeado por atividades
investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico
dando-lhe caráter dinâmico e participativo.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma
metodologia específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia
da EJA”.
8.4.5 - Avaliação
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto
é, com a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo
ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino
de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou
do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a
examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.
No processo avaliativo, será levada em conta a atividade com os conceitos, a
capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses
subjacentes aos temas discutidos, levando-se em consideração os seguintes
pressupostos:
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- qual discurso tinha antes;
- qual conceito trabalhou;
- qual discurso tem após;
- qual conceito trabalhou.
Para dar conta de considerar todos estes aspectos, serão adotados para cada
conteúdo discutido, os seguintes instrumentos: atividades de produção de texto,
debates, seminários e análises de cenas de filmes, letras de música e poemas que
suscitem discussão sobre os conteúdos discutidos.
Neste caso, os critérios considerados no processo avaliativo serão os
seguintes:
- capacidade de elaborar respostas aos problemas suscitados e investigados;
- capacidade de formular suas respostas quando toma posições e, de forma
escrita ou oral, seja na argumentação, seja na criação de conceitos.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.4.6 - Referências
CHAUÍ, Marilena. Filosofia: Novo Ensino Médio. Editora: ática, 1ª Ed. 2002.
Volume Único.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – FÍSICA – Governo do
Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica,
2008.
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8.5 – P.P.C. DE FÍSICA
8.5.1 – Apresentação da disciplina
A física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua complexidade.
Dessa forma entende-se que a física deve educar para cidadania contribuindo para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção
cientifica ao longo da historia e compreender a necessidade desta dimensão do
conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o
cerca.
A Física é uma ciência básica, pois os conceitos de que ela trata, tais como o
movimento, as forças, a energia, a matéria, o calor, o som, a luz, a eletricidade, os
átomos etc., passaram a ser indispensáveis para a melhor compreensão tanto de
qualquer outra ciência, quanto das técnicas que elas foram se originando.
A Física está presente em quase todos os momentos de nossa vida. A origem
da palavra física está no termo grego physiké, que significa “natureza”, então: física
é a ciência que estuda a natureza.
A Física surgiu, com a preocupação de nos levar ao conhecimento dos
fenômenos naturais.
Os fenômenos nela estudados estão presentes a todo o momento, em todos
os lugares, no cotidiano das pessoas, na Terra, em outras galáxias, enfim, em todo o
universo.
Novos fenômenos naturais que vão sendo descobertos e, também, os
conhecimentos referentes a um novo mundo que vem sendo criado pelo homem
ampliam cada vez mais o campo da física, tornando nossas vidas profundamente
envolvidas por ela.
A nova ciência, que vem a partir de Newton e seus sucessores, carrega a
ideia de que o Universo se comporta com uma regularidade mecânica, conhecida
como mecanismo, e esta alicerçada em dois pilares: a matemática, como linguagem
para expressar leis, ideias e elaborar modelos para descrever os fenômenos físicos
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e a experimentação, como forma de questionar a natureza, de comprovar ou
confirmar ideias, de testar novos modelos.
A Física busca mostrar aos alunos como é construído o conhecimento, a
compreensão da natureza do conhecimento, as relações dos conteúdos
estruturantes (Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo), de acordo com o
cotidiano do aluno, numa perspectiva de transformar as concepções espontâneas
em conhecimentos escolares, por isso, a Física não deve ser imposta como algo
pronto (acabado), mas sim mostrar ao aluno a importância de conhecer melhor, de
forma a desenvolver um cidadão capaz de compreender e interagir com a realidade.
Como ciência a Física procura contribuir para a formação de uma cultura
científica efetiva que permita ao aluno a interpretação dos fatos, fenômenos naturais,
situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como parte da
própria natureza em transformação e de uma compreensão dinâmica do universo.
A Física contribui para a formação dos aspectos de sua história e relações
com o contexto cultural, social, político e econômico.
Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, devem
educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do
conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não neutralidade da
produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com
aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.
O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes,
propostos nestas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e
dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro
didático como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de
Física à memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente
matematizados e tomados como verdades absolutas, como coisas reais.
Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma
equação matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é
uma construção humana com significado histórico e social.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 120
A proposta de currículo de física para o Ensino Médio deve considerar que a
educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes
para uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua sociedade.
Esse rompimento tem que começar em relação ao real imediato.
Os conteúdos específicos relativos a Movimento, Termodinâmica e
Eletromagnetismo podem ser aprofundados e contextualizados em relações
interdisciplinares sob uma abordagem que contemple os avanços e as perspectivas
da Física nos últimos anos, o que contribui para a apresentação de uma ciência em
construção.
Os conteúdos estruturantes podem apresentar, eventualmente, uma relação
de interdependência, o que faz com que, em alguns momentos, o trabalho
pedagógico com um determinado conteúdo básico ou específico, envolva
referenciais teóricos de mais de um estruturante. Por exemplo, a luz, considerada a
sua dualidade e o fenômeno em estudo, pode ter um tratamento de partícula, objeto
de estudo do movimento, e um tratamento ondulatório, objeto de estudo constituído
no eletromagnetismo. No entanto, a luz, dada a sua natureza eletromagnética, deve
ser entendida conceitualmente como objeto (conteúdo) de estudo do
eletromagnetismo.
Outras vezes, um conteúdo básico ou específico é objeto de estudo dos três
conteúdos estruturantes. É o caso do princípio da conservação da energia que,
embora desenvolvido na termodinâmica, está presente também no estudo de
movimento e de eletromagnetismo.
A proposta pedagógica curricular deve ser composta de conteúdos básicos,
derivados dos três estruturantes, de forma a garantir uma cultura científica o mais
abrangente possível, do ponto de vista da Física.
Abordar o conceito de força, as ideias de matéria e espaço, evitando-se o
risco de reduzi-lo à mera discussão matemática.
Considerar aos conceitos de momentum e impulso que estes são formados
por essas entidades – espaço, tempo e massa.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 121
Ainda no contexto do estudo do Movimento, é importante a abordagem da
gravitação universal.
No campo da termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a partir das
Leis da termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor
(entendido como energia em trânsito) e as primeiras formulações da conservação de
energia.
A apresentação da luz como uma onda eletromagnética e o estudo das suas
equações que levam às quatro leis do eletromagnetismo clássico.
O Estudo do eletromagnetismo possibilita compreender carga elétrica, o que
pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas, ao
estudo de campo elétrico e magnético. A variação da quantidade de carga no tempo
leva à ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz campo
magnético, o que leva às equações de Maxwell.
O eletromagnetismo enseja, ainda, tratar conteúdos relacionados a circuitos
elétricos e eletrônicos, responsáveis pela presença da eletricidade e dos aparelhos
eletroeletrônicos no cotidiano, com a presença da eletricidade em nossas casas.
Esses temas ainda são objetos de estudo em muitas pesquisas, sejam relativas à
tecnologia incorporada aos sistemas produtivos ou aos novos materiais e técnicas.
Ao serem abordados na escola, é preciso considerar, também, seu papel nas
mudanças econômicas e sociais da sociedade contemporânea, bem como o fato de
não serem acessíveis para todos.
8.5.2 - Objetivos Gerais
Construir um ensino de física centrado em conteúdos e metodologias capazes
de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a
perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. É preciso
ver o ensino da física “com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos
debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos científicos” (MENEZES,
2005).
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 122
A Física, tanto quanto as outras disciplinas, devem educar para cidadania e
isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o
Universo de fenômenos e a não neutralidade da produção desse conhecimento, mas
seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e
culturais.
Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva que permita ao
aluno a interpretação dos fatos, fenômenos naturais, situando e dimensionando a
interação do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em
transformação.
Promover a articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão
dinâmica do universo.
Reconhecer a Física enquanto construção humana, e aspectos de sua
história e relações com o contexto cultural, social, político e econômico.
Expressar-se corretamente utilizando a linguagem Física adequada e
elementos de sua representação simbólica.
Relacionar grandezas, quantificar, compreender e utilizar leis e teorias
Físicas.
Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar,
sistematizar. Identificar regularidades. Observar, estimar ordens de grandeza,
compreender o conceito de medir, fazer hipóteses, testar;
Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do saber
cientifico;
Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de
expressão da cultura humana;
Conhecer fontes de informação e formas de obter informações relevantes,
sabendo interpretar notícias científicas. Compreender manuais de utilização;
Elaborar síntese ou relatórios estruturados dos temas físicos trabalhados.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 123
8.5.3 – Conteúdos do Ensino Médio - Regular e EJA
1ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante: MOVIMENTO
Conteúdos Básicos:
Mecânica - Energia e o Princípio da Conservação da energia
Gravitação
2ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante: TERMODINÂMICA
Conteúdos Básicos:
Leis da Termodinâmica:
Lei zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Conteúdo Estruturante: ELETROMAGNETISMO
Conteúdos Básicos:
Óptica - Natureza da luz e suas propriedades.
3ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante: ELETROMAGNETISMO
Conteúdos Básicos:
Ondulatória e Telecomunicação
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 124
Eletricidade e Magnetismo - Carga, corrente elétrica, campo e ondas
eletromagnéticas, Força eletromagnética, Equações de Maxwell: Lei de Gauss
para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei
de Faraday).
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Física não é
trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a
serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à
necessidade e o perfil do aluno.
8.5.4 - Metodologia
Espera-se que o ensino de Física, na escola média, contribua para a
formação de uma cultura científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação
dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação
do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação.
Para tanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um
processo histórico, objeto de contínua transformação e associado com as outras
formas de expressão e produção humanas. É necessário também que essa cultura
em física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos,
técnicos ou tecnológicos, do cotidiano doméstico, social e profissional.
O Aprendizado da Física promove a articulação de toda uma visão de mundo,
de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que nosso entorno
material imediato, capaz, portanto de transcender nossos limites temporais e
espaciais.
Sendo o ensino médio um momento particular do desenvolvimento cognitivo
dos jovens, o aprendizado de Física tem características específicas que podem
favorecer uma construção rica em abstrações e generalizações, tanto de sentido
prático como conceitual. Levando em conta o momento de transformações em que
vivemos, promover a autonomia para aprender deve ser preocupação central, já que
o saber de futuras profissões pode ainda estar em gestação, devendo buscar-se
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 125
competências que possibilitem a independência de ação e aprendizagem futura.
A Física tem uma maneira própria de lidar com o mundo, que se expressa não
só através da forma como representa, descreve e escreve o real, mas, sobretudo na
busca de regularidades, na conceituação e quantificação das grandezas, na
investigação dos fenômenos, no tipo de síntese que promove. Aprender essa
maneira de lidar com o mundo envolve competências e habilidades específicas
relacionadas à compreensão e investigação em Física.
Uma parte significativa dessa forma de proceder traduz-se em habilidades
relacionadas à investigação. Como ponto de partida, trata-se de identificar questões
e problemas a serem resolvidos, estimular a observação, classificação e
organização dos fatos e fenômenos a nossa volta segundo os aspectos físicos e
funcionais relevantes. Isso inclui, por exemplo, identificar diferentes imagens óticas,
desde fotografias a imagens de vídeo, classificando-as segundo as formas de
produzi-las, reconhecer diferentes aparelhos elétricos e classificá-los segundo sua
função, identificar movimentos presentes no dia-a-dia segundo suas características,
diferentes materiais segundo suas propriedades térmicas, elétricas, óticas ou
mecânicas. Mais adiante, classificar diferentes formas de energia presentes no uso
cotidiano, como em aquecedores, meios de transporte, refrigeradores, televisores,
eletrodomésticos, observando suas transformações, buscando regularidades nos
processos envolvidos nessas transformações.
Uma maneira de aproximar o estudante com o mundo, ou seja, estimular a
observação e fazer com que ele estabelece um relacionamento com os fatos que
ocorrem ao seu redor é a realização de visitas em estabelecimentos científicos,
universitários, industriais, de proteção ambiental, de cultura e social. Onde, assim
através da visualização de novos ambientes, novas tecnologias, novos sistemas
produtivos, enfim aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais, promova um
crescimento do estudante como cidadão com princípios históricos e sociais.
Nas aulas de Física, tradicionalmente, tem-se utilizado de logarítimos
matemáticos e, às vezes, da experimentação. No entanto, é possível ir além com as
leituras em Física. Trazer a leitura de textos e obras elaborados por cientistas com
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 126
veia literária, auxilia a formação do leitor crítico, por meio da História da evolução
das ideias e conceitos da Física presentes nestas obras. Deste modo o uso
adequado de alguns episódios históricos permite perceber o processo social
(coletivo) e gradativo de construção do conhecimento formando uma visão real
natureza da ciência, seus procedimentos e suas limitações – o que contribui para a
formação de um espírito crítico e para a desmistificação do conhecimento científico,
sem, no entanto negar o seu valor.
Na Física a abordagem e tema não são aspectos independentes. Será
necessário, em cada caso, verificar quais temas promovem melhor o
desenvolvimento dos conteúdos estruturantes.
No tratamento da Mecânica, existem espaços adequados para promover
conhecimentos a partir de um sentido prático e vivencial macroscópico, dispensando
modelagens mais abstratas do mundo microscópico. Isso significa investigar a
relação entre forças, energia e movimentos, a partir de situações práticas,
discutindo-se tanto a quantidade de movimento quanto as causas de variação e
conservação do próprio movimento.
É na Mecânica onde mais claramente é explicitada a existência de princípios
gerais, expressos nas leis e conceitos fundamentais que dão sustentação para a
teoria de Conservação, tanto da quantidade de movimento, quanto da energia,
instrumentos conceituais indispensáveis para o desenvolvimento de toda a Física.
A possibilidade de um efetivo aprendizado de cosmologia depende do
desenvolvimento da teoria da Gravitação, desde seu contexto histórico, até as mais
recentes descobertas, assim como de noções sobre a constituição elementar da
matéria e energia estelar. Essas e outras necessárias atualizações dos conteúdos
apontam para uma ênfase a física contemporânea (Moderna) ao longo de todo o
curso, em cada tópico, como um desdobramento de outros conhecimentos, e não
necessariamente como um tópico a mais no fim do curso.
A Termodinâmica, por sua vez, ao investigar fenômenos que envolvam o
calor, troca de calor e de transformação da energia térmica em mecânica, abre
espaço para uma construção ampliada do conceito de energia. Nessa direção, a
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 127
discussão das máquinas térmicas e dos processos cíclicos, a partir de máquinas e
ciclos gerais, permite a compreensão da conservação de energia em um âmbito
mais abrangente, ao mesmo tempo em que ilustra importante lei restritiva, que limita
processos de transformação de energia, estabelecendo sua irreversibilidade.
Também a discussão de fontes e formas de transformação/produção de
energia pode ser a oportunidade para compreender como o domínio dessas
transformações está associada à trajetória histórica humana e quais os problemas
com que hoje se depara a humanidade a esse respeito.
O Eletromagnetismo e a Óptica, além de fornecer elementos para uma
leitura do mundo da informação e da comunicação, poderiam, numa conceituação
ampla, envolvendo a codificação e o transporte da energia, ser o espaço adequado
para a introdução e discussão de modelos microscópicos.
Em abordagens dessa natureza, o início do aprendizado dos fenômenos
elétricos deveria já tratar de sua presença predominante em correntes elétricas e
não a partir de tratamentos abstratos de distribuições de carga, campo e potencial
eletrostáticos. Modelos de conceituação elétrica para condutores e isolantes
poderiam ser desenvolvidos e caberia reconhecer a natureza eletromagnética dos
fenômenos desde cedo, para não restringir a atenção apenas aos sistemas
resistivos, o que tradicionalmente corresponde a deixar de estudar motores e
geradores. Além dos aspectos eletromecânicos, poder-se-ia estender a discussão de
forma a tratar também elementos da eletrônica das telecomunicações e da
informação, abrindo espaço para a compreensão do rádio, da televisão e dos
computadores.
A Física expressa relações entre grandezas através de fórmulas, cujo
significado pode também ser apresentado em gráficos. Utiliza medidas e dados,
desenvolvendo uma maneira própria de lidar com os mesmos, através de tabelas,
gráficos ou relações matemáticas. Assim, para dominar a linguagem da Física é
necessário ser capaz de ler e traduzir uma forma de expressão em outra, discursiva,
através de um gráfico ou de uma expressão matemática, aprendendo a escolher a
linguagem mais adequada a cada caso.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 128
Lidar com o arsenal de informações atualmente disponíveis depende de
habilidades para obter, sistematizar, produzir e mesmo difundir informações,
aprendendo a acompanhar o ritmo de transformação do mundo em que vivemos.
Isso inclui ser um leitor crítico e atendo das notícias científicas divulgadas de
diferentes formas: vídeo, programas de televisão, sites da internet ou notícias de
jornais.
Assim, o aprendizado de física deve estimular os jovens a acompanhar as
notícias científicas, orientando-os para a identificação sobre o assunto que está
sendo tratado e promovendo meios para a interpretação de seus significados.
Notícias como uma missão espacial, uma possível colisão de um asteroide com a
Terra, um novo método para extrair água do subsolo, uma nova técnica de
diagnóstico médico envolvendo princípios físicos, o desenvolvimento da
comunicação via satélite, a telefonia celular, são alguns exemplos de informações
presentes nos jornais e programas de televisão que deveriam também ser tratadas
em sala de aula.
Assim, é importante que a prática pedagógica no ensino da disciplina de
Física seja um instrumento compartilhado entre o professor e estudantes, e que leve
último estes à:
Construção do conhecimento pelo próprio aluno, através do diálogo entre
aluno, professor e ciência.
Relatos da História da Ciência.
Resolução de Exemplos, de Problemas e outros exercícios, explicitando as
especificidades das etapas que conduzem aos objetivos pretendidos.
Participação de elementos vivenciais, do mundo conhecido dos alunos, onde
predomina o diálogo, permitindo explicitar as relações do mundo com a
Física.
Utilizar os meios de informação contemporâneos que estiverem disponíveis
na realidade do aluno, tais como notícias de jornal, livros de ficção científica,
literatura, programas de televisão, vídeos, etc., como instrumentos didáticos,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 129
incentivando diferentes leituras e ou análise crítica.
Utilização de gráficos e tabelas.
Levantamento de situações problemas.
Realização de pesquisas e experiências simples em laboratório e na própria
sala de aula visando construção e ampliação dos conceitos, abrangendo a
vivência do aluno.
Estimular visitas a exposições, usinas hidrelétricas, fábricas que permitam ao
aluno construir uma percepção significativa da realidade em que vive.
Realização de projetos coletivos através de turmas de alunos, em torno de
diversos temas.
Utilização de diferentes formas de expressão promovendo a discussão de
ideias, tais como: elaboração de textos ou jornais.
Utilização da Informática, como fonte de dados , de conhecimento e de
informações.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.5.5 – Avaliação
No processo educativo, a avaliação deve - se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez
que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também
permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,
numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 130
o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e
mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas
e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003).
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por
objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito
do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.
Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de
sociedade com que se trabalha e indicam que sujeitos se quer formar para a
sociedade que se quer construir.
Uma vez que os conteúdos de aprendizagem da Física abrangem os
domínios dos conceitos, das capacidades e das atitudes, é objeto da avaliação o
progresso do aluno em todos estes domínios.
A avaliação se dará levando em consideração o objetivo e o conteúdo
apresentado, podendo ser utilizado para isso os seguintes procedimentos:
Conhecimento e compreensão dos conceitos, através de testes resolução de
problemas, capacidade de utilizar a linguagem dos conceitos de física para
comunicar ideias, interpretando textos, realizando relatórios, desenvolvimento
de habilidades de pensamento crítico, realização de tarefas e cooperação no
trabalho em grupo, através da observação de fenômenos naturais e
realizando experiências.
A avaliação deve ser utilizada como instrumento para intervir no processo de
aprendizagem dos estudantes, visando seu crescimento. Deverá ser contínua e
diagnóstica.
A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,
então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele
aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 131
decorrência da recuperação de conteúdo, para aqueles alunos que no decorrer do
programa de avaliação, teve uma efetiva participação, e não atingiram o
desempenho esperado pelo professor. Cabe tomar o devido cuidado para não
favorecer aqueles alunos que se intencionalmente se ausentaram no
desenvolvimento dos processos de aprendizagem.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.5.6 - Referências
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – FÍSICA – Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.
ANJOS, I. G. dos – Livro didático – Física Coleção Horizontes – Editora IBEP, 2002.
BONJORNO, R. A.;BONJORNO, J. R.; BONJORNO, V.; RAMOS, C. M. Livro didático – Física Completa – 2ª edição – Editora FTD, 2001.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96.
MÁXIMO, A; ALVARENGA, B. Livro didático - Física volume único para o ensino médio – 1ª edição (2ª impressão) – Editora Scipione, 2004.
PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio – Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED, 1994.
SCIPIONE EDUCAÇÃO – Assessoria Pedagógica, 2003.
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8.6 – P.P.C. DE HISTÓRIA
8.6.1 - Apresentação da disciplina
A História procura refletir e analisar as relações sociais da humanidade nas
temporalidades, bem como interpreta a substância da sociedade, entendida como as
relações entre os homens nos seus grupos sociais, portadores da objetividade
social, vislumbrando a construção de uma sociedade nova, ou a transmissão da
estrutura social consolidada. Neste aspecto, a disciplina de História deve ser
considerada fundamental, para que a juventude, e o aluno em particular, possam
desenvolver a capacidade crítica e o espírito solidário no seu relacionamento
coletivo, visando à transformação, para o aprimoramento do bem comum.
A História enquanto ciência que é, deve manter uma interação permanente
com as outras ciências para fundamentar e propiciar uma compreensão atualizada
do processo evolutivo da humanidade. Além disso, através da interdisciplinaridade
propicia o reconhecimento e a compreensão fática, da ligação indissolúvel e
necessária que há entre o passado e o presente nas mais variadas formas do
conhecimento. Enquanto disciplina da grade curricular, proporciona uma ampliação
da capacidade do debate em temas contemporâneos, e serve como base para a
reflexão sempre objetivando a busca de soluções para os problemas atuais, sem, no
entanto, se desvincular da experiência acumulada pelas sociedades do passado.
Essa disciplina, além de aprofundar os temas do ensino fundamental,
redimensiona os aspectos da sociedade e a ação humana na construção das
relações de poder, de trabalho e culturais que levam à evolução do homem,
enquanto agentes ativos do processo de transformação, pois ele é a único que
pensa, que interage com a natureza, modificando-a e com isso descobre em
unidade com a sociedade historicamente determinada a forma de produção e
evolução da sua vida, seja no campo material ou no espiritual. Esta interação do
passado com o presente desenvolve a consciência histórica levando em conta a
diversidade cultural dos homens, sem, no entanto abandonar o rigor do
conhecimento histórico.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 133
Hoje, é fundamental rever os paradigmas que sustentam uma visão racional
que glorifica o tecnológico. Essa visão, que remonta ao século XIX não solucionou
antigos problemas, gerados pela complexidade da sociedade industrial e urbana,
que desigualou a sociedade, acentuando os preconceitos, não contribuindo para a
melhoria da convivência entre os homens, pelo contrário, exacerbou-se os espíritos
nacionalistas e o neo colonialismo, mergulhando o mundo numa fase de grandes
rivalidades das mais variadas formas: econômicas, políticas, étnicas, sociais,
religiosas, e fundamentalmente na valorização exagerada do homem que tem, o
consumismo, em contraposição ao homem que é, desprezando-se absolutamente o
caráter, a ética e a decência.
Formação da identidade e da alteridade; Ideologia e poder: formação do
Estado na Antiguidade e Época Moderna; Cidadania: da Antiguidade à atualidade;
Poder e Religião: religiosidade e controle; Formas de dominação: colonialismos e
poder totalitário; Movimentos Contestatórios: no Brasil e na América; Historia do
Brasil: colonização, formação do Estado, mundo do trabalho – mão de obra
indígena, escravidão e trabalho livre, governos totalitários, formação do pensamento
brasileiro; História da América: sociedades nativas, formação da latinidade, blocos
econômicos e políticos; História da África: reinos africanos – organização político-
administrativo, manifestações culturais, relação com o mundo; Historia do Paraná:
ocupação e organização do espaço territorial, movimentos migratórios e economia –
do ouro às culturas de extensivas.
8.6.2 - Conteúdos
8.6.2.1 – Ensino Fundamental – Fase II - EJA
Conteúdo Estruturante
Relações do Trabalho Relações de Poder
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 134
Relações Culturais
Conteúdo Específico
Introdução aos estudos históricos
- O trabalho do historiador
- O tempo a História
As origens do ser humano
- A evolução do ser humano
- A vida no paleolítico
- O Neolítico e a revolução agrícola
- A idade dos metais
- O surgimento das cidades
O povoamento da América
- O ser humano chega à América
- Como viviam os primeiros americanos
- O ser humano chega ao Brasil
- Como viviam os habitantes do Brasil
- A arte da cerâmica e as moradias
Civilizações fluviais: Mesopotâmia e Egito
- Mesopotâmia: o berço da civilização
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 135
- Os grandes impérios
- O Egito e o Rio Nilo
- Como vivia a maior parte da população do Egito
- A religião e a escrita
China e Índia
- China da formação à era Chang
- O cotidiano
- A dinastia Han
- A civilização indiana
-A Índia do período védico
Fenícios e hebreus
- Um povo de navegantes
- Os hebreus e a terra prometida
- Um rei para Israel
- A vida em Israel
A civilização grega
- A formação da civilização grega
- A política na Grécia
- A vida cotidiana na Grécia antiga
- A filosofia, a religião, e a arte grega
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 136
A civilização romana
- A formação de Roma
- A República romana
- As guerras de conquista
- A sociedade e a cultura
A crise do Império Romano
- Século III-um século de crises
- A ruralizarão da Europa
- A divisão do Império romano
- O império romano do Oriente
A cultura Africana
A formação da Europa Feudal
- Saem os romanos entram os germânicos
- O império Franco e a Idade Média
- O império carolíngio e a Igreja católica
- A formação do feudalismo
- A sociedade feudalismo
- A economia feudal e sua transformação
- A cultura e a ciência
O mundo além da Europa
- Os árabes e a Arábia
- O nascimento do islamismo
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 137
- A consolidação do islamismo
- A sociedade muçulmana
- A África dos grandes reinos
- A África das sociedades tribais
- China, o império da prosperidade
Mudanças na Europa
- O crescimento do comércio e das cidades
- A saúde pública
- A peste negra e as revoltas camponesas
- A formação das monarquias nacionais
- O saber e as artes
Mudanças na arte e na religião
- A Europa na Baixa Idade Média
- O Renascimento
- O humanismo
- A reforma protestante
- A contra reforma
O encontro entre dois mundos
- Europa: comércio, riqueza e poder
- Europa: nobre e mercantil
- A expansão marítima portuguesa e espanhola
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 138
- América: terra de grandes civilizações
- A civilização asteca
- A civilização inca
- A conquista espanhola
A exploração dos impérios coloniais
- A colonização espanhola na América
- As atividades econômicas na colônia
- O império ultramarino português
- A colonização portuguesa na América
- A administração da América portuguesa
O Nordeste colonial
- A economia açucareira
- A vida nos engenhos
- Escravidão captura, resistência e luta
- Trocas e conflitos
A expansão colonial
- A união Ibérica e a invasão holandesa
- O fim da união ibérica
- A conquista do sertão
- As missões jesuíticas
- Crise e rebeliões na colônia
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 139
A Inglaterra absolutista e as treze colônias
- O absolutismo inglês
- As revoluções inglesas
- A vida cotidiana absolutista
- A colonização da América do Norte
A época do ouro no Brasil
- A descoberta e a exploração do ouro
- Portugal e o ouro brasileiro
- O crescimento do mercado interno e a vida urbana
- A vida cotidiana nas cidades mineiras
Revolução industrial
- A revolução industrial
- A revolução industrial começou na Inglaterra
- Do artesanato à maquinofatura
- As cidades industriais e a vida operária
- As lutas operárias e os sindicatos
Revoluções na América e na Europa
- A era da ilustração
- A independência dos E U A
- A França antes da Revolução
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 140
- A revolução francesa
A era de Napoleão
- Napoleão no poder
- México livre
A independência do Brasil e o Primeiro Reinado
- A crise do antigo sistema colonial
- Brasil sede do reino português
- A independência do Brasil
- O primeiro reinado
Revoluções agitam a Europa
- A Europa das revoluções
- As unificações da Itália
- A guerra de Secessão
Brasil da regência ao segundo reinado
- O período regencial
- O segundo reinado
- A expansão cafeeira no Brasil
- A abolição do tráfico negreiro
- Os imigrantes
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 141
A cultura africana
A era do imperialismo
- Segunda revolução industrial
- As novas tecnologias
- A era dos impérios
- Surgimento da sociedade de massa
- A cultura erudita e a cultura de massa
A república chega ao Brasil
- A questão escravista no Brasil
- A Proclamação da República
- A República: dos militares às oligarquias
- A Guerra de Canudos
- A industrialização e o crescimento das cidades
- O movimento operário
- Reformas e revoltas no Brasil
A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa
- Antes da guerra
- A guerra e seus resultados
- A Rússia dos czares
-A revolução socialista na Rússia
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 142
A crise do capitalismo
A Segunda Guerra Mundial
- A eclosão da guerra
- O avanço do Eixo e dos Aliados
A Era Vargas
- A Revolução de 1930 e o governo provisório
- O governo constitucional
- O Estado Novo
- A era do rádio
O mundo bipolar
- A Guerra fria
- A indústria e a cultura
- O bem estar social
- Revoluções na Ásia
- Revolução e ditadura na América Latina
Democracia e ditadura no Brasil
- O BR depois de 1945
- Os anos dourados
- O governo de João Goulart e o golpe de 1964
- O fim das liberdades democráticas
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 143
- Repressão e abertura
- O governo de Sarney
A nova ordem mundial
- O fim da União Soviética
- O socialismo no leste europeu
- A nova ordem mundial
- A globalização e seus efeitos
- O planeta pede socorro
- O Brasil na nova ordem mundial
- O Brasil contemporâneo
A cultura africana
8.6.2.2 – Ensino Médio – Regular e EJA
Conteúdos Estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações Culturais
Conteúdos Básicos
Trabalho Escravo, servil, Assalariado e o Trabalho Livre;
Urbanização e industrialização;
O Estado e as relações de poder;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 144
Os sujeitos, as revoltas e as guerras;
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;
Cultura e religiosidade.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de História é
trabalhada por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a serem trabalhado
serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à necessidade e o perfil
do aluno da EJA.
8.6.3 - Metodologia
Os conteúdos estruturantes serão abordados através de temas selecionados,
observando as seguintes dimensões: a focalização do objeto – acontecimento,
processo, sujeito; a delimitação do tempo, ou seja, qual o período a ser tratado; a
definição do espaço que está inserido o objeto. A metodologia proposta partirá
sempre de uma problematização e após a definição, o conteúdo estruturante será
selecionado e daí os conteúdos específicos.
A temática será abordada utilizando os recursos da narração, ou seja, a aula
dialógica, onde professor e aluno ordenam os fatos históricos, a descrição,
argumentação e a problematização, deixando disponível todos os documentos
possíveis: filmes, músicas, imagens, gravuras, charges, livros, jornais, histórias em
quadrinhos, fotos, pinturas, sempre dentro do contexto histórico em que foram
produzidos, permitindo ao aluno um trânsito entre o passado e o presente, dentro de
uma perspectiva crítica em relação ao material didático.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.6.4 - Avaliação
A avaliação considera como pontos fundamentais: a apropriação dos
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 145
conceitos históricos, a assimilação dos conteúdos estruturantes – Poder, Trabalho e
Cultura, perpassados pelos conceitos de Tempo e Espaço - e dos conteúdos
específicos. Por isso, deverá ser feita ao longo do processo de pesquisa,
investigação e conhecimento. As atividades utilizadas para atingir os objetivos serão:
Produção de textos narrativos de História
Interpretação de textos em equipe e individualmente
Testes de múltipla escolha
Pesquisa
Pesquisas bibliográficas
Apresentação de seminários
Análise de documentos
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.6.5 - Referências
HOBSBAWN, E. Era dos Extremos. São Paulo: Cia. Das Letras, 1995
______. A Era do Capital. São Paulo: Paz e Terra, 1996
______. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Temi, 1977.
CARDOSO, C. F., VAINFAS, R. (org.) Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997
FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1970.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 146
PRADO JUNIOR, C. Historia Econômica do Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1976
CARDOSO, C.F.S. Uma Introdução à História. São Paulo : Brasiliense, 1982
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – HISTÓRIA- Governo do Paraná - Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Conselho Nacional de Educação e as diretrizes Curriculares para o ensino das relações étnicos - raciais para o ensino de História e cultura afro – brasileira e africana
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 147
8.7 – P.P.C. DE LÍNGUA PORTUGUESA
8.7.1 – Apresentação da disciplina
A sociedade em que vivemos hoje é consequência da Revolução Industrial,
crescimento e expansão dos meios de comunicação, que trouxe à escola a
democratização e junto, falantes de todas as partes. Isso propiciou um grande
aumento no número de alunos e em sua maioria oriundo da classe trabalhadora,
mas poucos profissionais com qualificação foram contratados, surgindo por isso
um isolamento entre as partes que definem o estudo da língua portuguesa
(oralidade, leitura e escrita) .Este isolamento aconteceu pelo mau uso do livro
didático que sempre priorizou o ensino da gramática de forma separada, aplicando-
se exercícios repetitivos e cansativos.
Vindo a globalização, chegaram à necessidade de se ter cidadãos que além
de escrever bem, tivessem consciência do que escreviam. Que conhecessem a
identidade da língua materna, nos seus pontos principais (oralidade, leitura e
escrita), principais características, neste novo conceito de mundo, que interage a
uma velocidade compreendida somente por quem articula todos os pontos da língua.
O ponto chave para a obtenção dede resultados significativos dentro e fora da
sala de aula é a articulação. A língua é o objeto do ensino da Língua Portuguesa. Os
textos não podem ser analisados de forma isolada, mas de forma dinâmica e
contextual. Ele deve ser claro para que o aluno possa refletir, empregar e
desenvolver de forma argumentativa a situação proposta.
Para se conseguir os resultados necessários é necessário trabalhar os três
eixos da Língua Portuguesa:
Oralidade
Leva o educando, a várias condições de uso da língua, ele aprende a adequá-
las a cada contexto, descobrindo as intenções escondidas nos discursos do dia e
posicionando-se diante deles.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 148
Escrita
Capacidade de desenvolver o uso da língua escrita em diversas situações
discursivas que se realiza por meio de práticas sociais, considerando-se por
interlocutores os seus objetivos, os assuntos tratados, os gêneros textuais e o
contexto de produção e leitura. Fazer reflexão sobre os textos produzidos, lidos ou
ouvidos, mostrando os elementos gramaticais empregados na organização de cada
tipo de texto.
Leitura
Através do contato com textos literários, aprimorar a capacidade do
pensamento crítico e a sensibilidade estética, propiciando através da leitura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com
as práticas de oralidade e escrita.
Os conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa estão divididos em
conteúdos estruturantes que são os de grande dimensão que identificam e
organizam o saber escolar e a partir deste ramificam-se os conteúdos específicos
que serão trabalhados. Sendo então , o conteúdo estruturante da Língua Portuguesa
que assume a concepção de linguagem como prática efetiva nas várias instâncias
sociais.
8.7.2 - Objetivo Geral
Formar alunos proficientes no uso da língua na oralidade, na leitura e na
escrita, saberes linguísticos necessários para a sua participação social efetiva,
garantindo-lhes o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.
8.7.2.1 - Objetivos Específicos
1- Empregar a linguagem oral e os seus recursos, em situação de
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 149
comunicação diversa, considerando a variação linguística, o grau de formalidade, o
contexto, o interlocutor e a intenção para alcançar diferentes finalidades.
2- Desenvolver nos alunos a capacidade de interpretar e compreender textos
( verbais / não verbais ) e utilizar as diferentes estratégias na leitura para formar
alunos-leitores fluentes e competentes que constroem significados a partir dos
elementos discursivos, considerando os objetivos desses, o conhecimento sobre o
assunto, sobre o autor, a sua bagagem linguística, sua história de vida ( dimensão
social, cultural, econômica ) e que compreenda também o subentendido que
atravessa a dimensão do simbólico, do implícito.
3- Formar alunos escritores/produtores competentes de textos coesos,
coerentes, de gêneros diversos, aqueles de circulação social, compreendendo as
condições de produção ( de quem, quem, por que, o quê, como, onde, quando )por
meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção
4- Compreender a natureza da língua como código/sistema de escrita e o
funcionamento da linguagem ;
5- Aprimorar a capacidade de compreender e praticar reflexões sobre os usos
das convenções da língua formal (gramática, léxico, morfologia, sintaxe) e sua
organização para ampliar as possibilidades de seu uso.
6- Valerem-se dos textos literários para formar alunos que superem
ininterruptamente os seus horizontes de expectativas
7- Atualizar o sentido desses;
8- Compreender o contexto histórico, social ideológico, linguístico, literário da
sua produção;
8.7.3 – Conteúdos
8.7.3.1 – Ensino Fundamental – Fase II – EJA
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 150
Conteúdo Estruturante e Básico
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
LEITURA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Vozes sociais presentes no texto; Repetição proposital de palavras; Léxico; Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem.
Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; - expressões que denotam ironia e humor no texto.
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros discursivos;
Linguagem verbal e não-verbal;
Sociabilização das ideias dos alunos sobre o
texto;
Unidade temática, elementos lógico-discursivos, tese, organização de parágrafo.
Leitura e informação sobre as diferentes vozes
do texto;
Compreensão das partículas conectivas;
Relacionar o sentido das palavras e enunciados;
Reflexão do uso de palavras e/ou expressões
no sentido conotativo e denotativo.
ESCRITA
Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre
as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito,etc.
Reflexão sobre os elementos discursivos textuais;
Produção Textual aplicando as diferentes vozes presentes no discurso.
Pontuação e seus efeitos de sentido na
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 151
Classe das palavras
Sintaxe
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação das palavras;
Acentuação Gráfica Ortografia; Vícios de linguagem; Semântica:
- operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia.
construção do texto;
Substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção, artigo, numeral, pronome, advérbios e interjeição na construção do texto;
Sujeito, predicado, adjunto adnominal, adjunto
adverbial, complemento nominal, aposto e vocativo;
Concordância verbal e nominal na construção
do texto; Regência verbal e nominal na construção do
texto. Prefixo, sufixo, radical, derivação e composição
Proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas, hiatos e
ditongos orais abertos;
A palavra e seus diversos sentidos.
ORALIDADE
IV.Conteúdo temático; V.Finalidade; VI.Aceitabilidade do texto; VII.Informatividade; VIII.Papel do locutor e interlocutor; IX.Elementos extralinguísticos:
entonação, expressões faciais, corporal, gestual, pausas...;
X.Adequação do discurso ao gênero; XI.Turnos da fala; XII.Variação linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, conectivos;
XIII.Semântica; XIV.Adequação da fala ao contexto (
uso de conectivos, gírias, repetições etc.);
XV.Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e escrito.
Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
Reflexões sobre os argumentos utilizados nas
exposições orais;
Utilização do discurso de acordo com diferentes situações do cotidiano;
Marca linguística típica da oralidade em seu
uso formal e informal;
Respeitar e adequar as diferentes variações linguísticas do educando para que haja compreensão e reconhecimento do gênero;
Contexto social de uso do gênero oral;
Análise, contraposição, discussão de
argumentos apresentados no texto ou pelos colegas nos gêneros orais trabalhados;
Organização e sequência da fala de modo que
as informações não se percam.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 152
8.7.3.1 – Ensino Médio – Regular e EJA
Conteúdos Estruturantes e Básicos
1ª Série:
Leitura
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Aceitabilidade do texto;
Escrita
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade.
Oralidade
Interlocutor;
Finalidade do texto;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 153
Intencionalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação,
Literatura
Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.
Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.
Dramaturgia e interpretação oral;
2ª Série:
Leitura - Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Escrita - Temporalidade
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 154
Referência Textual
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão Referencial;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica:
operadores argumentativos;
modalizadores;
figuras de linguagem;
Oralidade
expressões faciais, corporal e gestual, pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala
Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.);
Literatura
Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.
Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 155
Dramaturgia e interpretação oral;
3ª Série
Leitura
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica:
operadores argumentativos;
modalizadores;
figuras de linguagem;
sentido conotativo e denotativo.
Escrita
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão, negrito, etc.
Vícios de Linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
Oralidade
Diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito.
Literatura
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 156
Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.
Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.
Dramaturgia e interpretação oral;
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Língua
Portuguesa não é trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os
conteúdos a serem trabalhados serão os mesmos, porém de forma sintetizada
visando à necessidade e o perfil do aluno.
8.7.4 - Metodologia
O educador de Língua Portuguesa precisa proporcionar ao seu educando a
aquisição de conhecimentos e a superação do senso comum em relação às práticas:
oralidade, leitura e escrita. Com isso, os mesmos desenvolverão sua opinião,
conseguindo intervir na prática social.
A prática oral tem que ser desenvolvida, porque a fala é a prática discursiva
usada pela maioria das pessoas. Portanto a prática oral precisa oferecer condições
ao educando de falar fluentemente em situações formais, adequando a linguagem
de acordo com as circunstâncias aproveitando os vários discursos expressivos da
língua.
No Ensino Fundamental, o professor deverá utilizar várias possibilidades para
desenvolver a oralidade do aluno; como apresentação de temas variados,
depoimentos sobre situações significativas, debates, recados, elogios, contação de
histórias, declamação de poemas e outros. O professor deve desenvolver essas
atividades com o objetivo de ser cumprido e não somente para levar o aluno a falar.
Há ainda outros recursos para analisar a linguagem oral dos alunos, tais como:
programas de televisão, jornais, propagandas, novelas, seriados; porém é
necessário ao utilizar desses recursos, o professor selecionar os conteúdos
abordados.
O exercício da escrita liga a interação social e os gêneros discursivos que
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 157
são construções coletivas, portanto a escrita é uma forma de interação social. O
educando necessita compreender a organização do texto escrito e tudo o que faz
parte dele, por exemplo: organização, unidade temática, coerência, coesão,
intenção, interlocutor, etc. Para ter maior significação para o aluno, os textos
trabalhados precisam ter uma função social determinada. Entre muitos gêneros, cita-
se alguns: bilhete, cartas, cartaz, notícia, aviso, relatório, receitas, poesias, e-mail,
etc.
Há três etapas necessárias na prática escrita: planejamento pelo professor e
aluno, do que será produzido; escrita da primeira versão sobre a proposta
apresentada e revisão, reestruturação e reescrita, visando à intenção que se teve
ao produzi-lo.
Na prática da leitura, o aluno tem papel ativo e é responsável pela
reconstrução do sentido do texto. Ler é familiarizar-se com vários e diferentes textos
produzidos em diferentes âmbitos sociais, como jornalístico, jurídico, artístico,
literário, publicitário, etc. Pela prática da leitura, o aluno desenvolverá uma atitude
crítica que o levará a compreender o sujeito presente no texto. O educador em sala
de aula precisa levar o educando a refletir sobre vários itens: tema, conteúdo
veiculado, finalidade, vozes presentes no discurso e o papel social representado por
elas. Por meio da leitura orientada pelo professor, o aluno construirá um sentido para
tudo o que lê, e deixa de somente decodificar os códigos para fazer uma leitura
compreensiva.
A leitura está inteiramente ligada à vida social, sendo dinâmica em uma
constante transformação.
O professor ao desenvolver com o aluno a análise linguística que é uma
prática didática complementar à oralidade, leitura e escrita, na qual o aluno irá
estudar os fenômenos gramaticais inseridos nos textos.
A partir desta, o educando refletirá sobre os fenômenos linguísticos e seus
efeitos de sentido nos textos. De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa ( SEED 2008) , algumas propostas de análise linguística que o professor
pode trabalhar em sala de aula são: marcas linguísticas nos diferentes gêneros
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 158
textuais; o uso de expressões que revelam a posição do falante em relação ao que
diz.
Enfim, cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que auxiliem os
alunos na reflexão sobre seu próprio texto.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.7.5 - Avaliação
No processo educacional, a avaliação deve se fazer presente, tanto como
meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto instrumento de
investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora uma vez
que o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, permitindo que
haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação possibilitará o trabalho com o novo,
numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar
o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e
mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas
e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003).
A avaliação será realizada através da observação diária utilizando
instrumentos variados que serão selecionados de acordo com o conteúdo e objetivo
de cada aula.
Destaca-se assim, como serão avaliadas práticas discursivas:
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto
aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate,
numa troca informal de ideias, numa entrevista, num relato de história,
as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser
considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 159
verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a
clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o
seu desembaraço, a argumentação que apresenta ao defender seus
pontos de vista.
O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais
com os quais convive, como: discursos políticos, programas televisivos e de
suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado
esperado.
Leitura: será avaliada levando-se em consideração as estratégias que
os estudantes empregaram em seu decorrer, a compreensão do texto
lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é
demais lembrar que a avaliação deve considerar as diferenças de
leituras do mundo e o repertório de experiências dos alunos. O
professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras
atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir
do texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do
texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado
dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus
aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno deve
se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de
seu próprio.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.7.6 - Referências
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 160
BAGNO, M. Preconceito Linguístico. S. Paulo : Loyola,1999
BAKHTIN, Mikhail (In Voloshinov, V.N) Marxismo e Filosofia da Linguagem. In DCE- Língua Portuguesa, versão 2008.
GNERRE, M. Linguagem, escrita e Poder S.Paulo: Martins Fontes, 1999
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – LÍNGUA PORTUGUESA – Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 161
8.8 – P.P.C. DE MATEMÁTICA
8.8.1 – Apresentação da disciplina
A crescente velocidade das mudanças tecnológicas e o consequente
surgimento de novas exigências no mundo de trabalho têm levado professores ou
profissionais da educação a redimensionar os conteúdos de matemática do ensino
médio, reestruturando suas formas de apresentação.
Esta reestruturação permite desenvolver os conteúdos ensinados com o
aprofundamento adequado, usando uma linguagem clara e direta, facilitando o
planejamento do professor de matemática e dando condições ao aluno de organizar
melhor seus estudos com ênfase ao entendimento dos conceitos apresentados aos
conhecimentos adquiridos no seu dia-dia.
A matemática do ensino médio tem um valor formativo que ajuda a estruturar
o pensamento racional dedutivo, porém, também desempenha um papel
instrumental, pois é ferramenta que serve para a resolução de problemas da vida
cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as atividades humanas.
Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribuem para a
formação do futuro cidadão que se engajará no mundo trabalho, das relações
sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber
contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, argumentar logicamente,
conhecer formas geométricas e organizar, analisar e interpretar criticamente as
informações, além de deduzir, estabelecer relações desvelar causas e defender suas
ideias.
A matemática é uma das ferramentas para fazer a leitura do mundo de modo
criativo e crítico, assim o aluno-cidadão poderá intervir na sociedade e transformá-
la, já que é um bem cultural construído nas relações sociais.
Vivemos na sociedade da informação globalizada e é fundamental que se
desenvolva nos alunos do Ensino Médio a capacidade de:
Comunicar-se em varias linguagens;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 162
Investigar, resolver e elaborar problemas;
Tomar decisões, fazer conjecturas, hipóteses e inferências;
Criar estratégias e procedimentos;
Adquirir e aperfeiçoar conhecimentos e valores;
Trabalhar solidária e cooperativamente;
Estar sempre aprendendo.
Compreender e emitir juízos próprios de forma analítica e crítica,
posicionando-se com argumentação clara e consciente;
Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na
busca de soluções para problemas propostos;
Identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto
respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles;
Produzir textos analíticos, fazendo uso da linguagem matemática;
A construção do conhecimento matemático envolve valores humanos, tem
relação com a tecnologia, com toda vida social, a cultural e a interação social na
produção coletiva. O aprendizado matemático é projetado como um processo que
orienta e valoriza a interdisciplinaridade, a contextualização, a formação de pessoas
capazes de exercitar a cidadania.
8.8.2 – Conteúdos
8.8.2.1 –Ensino Fundamental – Fase II - EJA
Conteúdo Estruturante: Números e Álgebra
Conteúdo Básico:
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 163
Sistemas de numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números fracionários;
Números decimais
Números Inteiros;
Números Racionais e Irracionais;
Equação e Inequação do 1º grau
Equação de 2º Grau
Razão e proporção;
Regra de três simples e composta
Monômios e Polinômios
Produtos Notáveis
Números Reais
Propriedades dos Radicais
Conteúdo Estruturante: Grandezas e Medidas
Conteúdo Básico:
Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de Temperatura
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 164
Medidas de tempo
Medidas de ângulos
Sistema monetário
Relações métricas e Trigonometria no triângulo retângulo
Conteúdo Estruturante: Geometrias
Conteúdo Básico:
Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria não euclidiana
Geometria Analítica
Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação
Conteúdo Básico:
Pesquisa Estatística
Média Aritmética
Juros simples
Gráfico e informação
População e amostra
Noções de análise combinatória
Noções de probabilidade
Estatística
Juros compostos
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8.8.2.2 –Ensino Médio - Regular e EJA
1ª Série
GRANDEZAS E MEDIDAS
Trigonometria
Números reais;
Equações e Inequações;
Equações exponenciais;
Equações logarítmica e Modular.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de Grandezas Vetoriais;
Medidas de informáticas;
Medidas de Energia;
FUNÇÕES
Função a fim;
Função quadrática;
Função exponencial;
Função logarítmica;
Progressão aritmética;
Progressão geométrica;
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TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO.
Matemática Financeira
2ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRAS
Trigonometria;
Matriz
Determinantes
Sistema linear
FUNÇÕES
Função Trigonométrica.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO.
Análise combinatória;
Binômio de Newton;
Probabilidade.
Estatísticas.
3ª Série
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
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Geometria Analítica;
Noções básicas de Geometria não-euclidiana.
NÚMEROS E ÁLGEBRAS
Noções de números complexos
Polinômios
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Matemática financeira
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Matemática não
é trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a
serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à
necessidade e o perfil do aluno.
8.8.3 - Metodologia
É consensual a ideia de que não existe um caminho que possa ser
identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular,
da Matemática. No entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de
aula é fundamental para que o professor construa sua prática. Dentre elas
destacamos a Resolução de Problemas, a Modelagem Matemática, o uso de Mídias
Tecnológicas, a Etnomatemática e a História da Matemática. Uma tendência não é
mais importante que a outra, tampouco devem ser abordadas isoladamente, uma
vez que se completam.
O mundo esta em constante mudança dado a grande e rápido
desenvolvimento da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc.
são assuntos do dia-a-dia, e todos eles tem ligação estreitas com a Matemática.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 168
Para acompanhar essa rápida mudança foi necessário estudar e pesquisar como
deveria ser o Ensino de Matemática no Ensino Médio. Nas ultimas décadas, muitos
pesquisadores da psicologia cognitiva se dedicaram a estudar e pesquisar como os
alunos aprendem como aplicam o que aprendem para resolver situações problema,
como constroem conceitos, qual é a maturidade cognitiva necessária para se
apropriar com significado, de determinado conceito, como a interação com o meio
social desenvolve a aprendizagem, dentre muitos outros assuntos.
Os avanços já conquistados pela Educação Matemática indicam que, para
que o aluno aprenda com significado é fundamental:
Trabalhar as ideias, os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da
simbologia, antes da linguagem matemática;
Que aluno aprenda com compreensão;
Estimular o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione ideias,
descubra e tenha autonomia de pensamento;
Trabalhar a matemática por meio de situações-problema própria da
vivencia do aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar e
decidir-se pela melhor solução;
Que o conteúdo trabalhado com o aluno seja significativo, que ele sinta
que é importante saber aquilo para a sua vida em sociedade ou que lhe
será útil para entender o mundo em que vive;
Valorizar a experiência acumulada pelo aluno fora da escola;
Estimular o aluno a fazer cálculos mental, estimativa e
arredondamento, obtendo resultados aproximados;
Compreender a aprendizagem da Matemática como um processo ativo;
Permitir o uso adequado das calculadoras e computadores;
Utilizar a História da matemática como excelente recurso didático;
Utilizar jogos;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 169
Enfatizar igualmente os Conteúdos Estruturantes - Números, Funções,
Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometria, Contagem, Estatística e
Probabilidade.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.8.4 - Avaliação
A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre
como esta se relacionando o processo Ensino-Aprendizagem como um todo, ela
deve ser formativa, na medida em que cabe á avaliação subsidiar o trabalho
pedagógico redirecionando o processo Ensino-Aprendizagem para sanar
dificuldades, aperfeiçoando constantemente, deve acontecer ao longo do processo
do ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram
espaço para a interpretação e discussão, que consideram a relação do aluno.
No processo avaliativo, o professor deve fazer uso da observação sistemática
para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas
para que possa expressar seu conhecimento.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas, tais como:
comunicar-se matematicamente, compreendendo por meio de leitura, o
problema matemático;
elaborar plano que possibilite a solução de problema;
encontrar meios diversos para resolução de problema matemático,
realizando um retrospecto para encontrar a resolução de um problema;
Dessa forma o aluno deve ser estimulado a partir de situações-problemas,
pesquisando conhecimento que possam auxiliar na solução mesmo diante das
dificuldades. Sendo assim, a avaliação torna-se um instrumento para repensar e
reformular métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino para que
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 170
realmente o aluno aprenda.
Instrumento de avaliação:
Prova escrita, em grupo ou individualmente;
Trabalho em grupo ou individual sobre a aplicação da matemática;
Seminário e debates;
Analise de gráficos e tabelas;
Relatórios;
Tipos de problemas com diferentes características envolvendo
conteúdos estudados.
Recuperação de Estudos
A recuperação de estudos assumirá várias formas, como:
Continuada, que será realizada no decorrer do bimestre, com o
professor em sala de aula colocando o aluno em situações de
aprendizagem.
A recuperação de conteúdos não assimilados será feita paralelamente às
avaliações ou provas da seguinte forma:
retomada de conteúdos;
revisão de provas;
Análise do desempenho nas atividades desenvolvidas e outros
instrumentos que se fizerem necessários.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 171
8.8.5 - Referências
- BARRETO FILHO, Benigno & Xavier as Silva, Cláudio, Matemática aula por aula-1.
Ed.- São Paulo: FTD, 2003.
- BIANCHINE, EDWALDO & Paccola, Erval, Curso de Matemática -1 ed. – São
Paulo: Moderna, 1997.
- DANTE, Luiz Roberto, Matemática-1. Ed. São Paulo: Ática. 2004.
- GIOVANI, José Ruy & Bonjorno, José Roberto, Matemática Fundamental - São
Paulo: FTD, 1994.
- GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.
Orientações Curriculares. DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO. Semana
pedagógica. Fevereiro de 2008.
- KÀTIA & ROKU, Matemática para o ensino médio-1. Ed. - São Paulo: Saraiva 1998.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 172
8.9 – P.P.C. DE QUÍMICA
8.9.1 – Apresentação da disciplina
Atualmente, vivenciamos um processo de grandes mudanças nos hábitos da
sociedade. Um dos fatores responsáveis por esse processo é, sem dúvida, o rápido
desenvolvimento científico e tecnológico que marcou o século passado. Vivemos
hoje em um mundo notadamente influenciado pela ciência e pela tecnologia. Como
afirmam Santos e Mortimer (2002), as sociedades modernas passaram a confiar na
ciência e na tecnologia como se confia em uma divindade. A lógica do
comportamento humano passou a ser a lógica da eficiência tecnológica e suas
razões passaram a ser as da ciência (BAZZO, 1998). Com isso, cresceram de forma
ilimitada a confiança na ciência e na tecnologia como as principais causas do
progresso social.
A visão sobre a supervalorização da ciência repercute no seu ensino, na
ênfase dada ao método científico, principalmente a partir do final dos anos 50,
quando passa a exercer grande influência no ensino de ciências. Um exemplo sobre
a consequência desse cientificismo, pode ser dado através de Bazzo (2003), quando
discute a simples equação que representa o chamado “modelo linear de
desenvolvimento: + ciência = + tecnologia = + riqueza = + bem-estar social”.
No entanto, em meados do século XX, sobretudo no período posterior ao da
Segunda Guerra Mundial, começaram a surgir discussões evidenciando que a
ciência e a tecnologia, além de não estarem conduzindo linear e automaticamente
ao desenvolvimento do bem-estar social, estavam colocando em risco a humanidade
como um todo (AULER e BAZZO, 2001). O vertiginoso desenvolvimento da ciência e
da tecnologia que gera um potencial extraordinário para transformar a natureza e
satisfazer muitas necessidades humanas, também produz uma crescente
deterioração ambiental, originando novos riscos e perigos para a humanidade.
Assim, a sociedade moderna requer muitos conhecimentos e habilidades dos
nossos alunos. E é nesse momento que o conhecimento de Química revela sua
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 173
grande importância, pois vivemos em uma sociedade tecnológica que exige de seus
cidadãos, atitudes e posicionamentos para um modelo de desenvolvimento que
garanta a existência das gerações futuras.
Dentro dessa perspectiva histórica está a disciplina de Química. Como ela se
situa? Como e o que ensinar para que a Química potencialize nossos alunos para o
conhecimento científico e a formação da cidadania?
A Química trata de todas as substâncias que constituem o meio em que
vivemos. Trata também das modificações sofridas por essas substâncias –
modificações que fazem a diferença entre um planeta frio e sem vida e outro onde
há vida e crescimento. A Química nos ajuda a entender e a tirar benefício da
maravilhosa natureza.
A Química constitui parte importante do que chamamos de Ciência. Como
todas as fases de nossa vida diária são afetadas pelos frutos da atividade científica,
todos nós precisamos saber o que é a atividade científica, o que ela pode fazer e
como funciona. O estudo da Química nos ajudará a compreender essas coisas.
A Química está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos –
alimentação, vestuário, saúde, moradia, transporte, etc. – e todo mundo deve
compreender isso. Algumas vezes, os meios de comunicação tratam a Química de
modo preconceituoso, passando a impressão que essa ciência é responsável pela
poluição e por muitas catástrofes que acontecem. Quando um indivíduo não tem
conhecimento de Química, ainda que mínimo, fica muito difícil posicionar-se sobre
essas demandas que acontecem em sua vida cotidiana e consequentemente fica
difícil exercer a sua cidadania. Ter noções básicas de Química, instrumentaliza o
cidadão para que ele possa exigir os benefícios da aplicação do conhecimento
químico para toda a sociedade. Os conhecimentos acerca dessa disciplina, vão
possibilitar ao cidadão se posicionar frente a inúmeros problemas da vida moderna,
como poluição, recursos energéticos, recursos minerais, uso de matérias-primas,
fabricação e uso de inseticidas, pesticidas, agrotóxicos, fabricação de explosivos
fabricação e uso de medicamentos, e muitos outros. Além disso, aprender sobre os
diversos materiais e substâncias, suas ocorrências, seus métodos de obtenção e
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suas aplicações, permite ao indivíduo se situar sobre o desenvolvimento social e
econômico do homem ao longo de sua caminhada. Tudo isso demonstra a
importância do aprendizado de Química.
Dessa forma, as novas propostas para a Educação no Brasil e em particular no
Paraná através das Diretrizes Curriculares apresentam grande ênfase na formação
de cidadãos críticos que sejam capazes de compreender a cidadania como
participação social e política, assim como reconhecer os seus deveres e direitos
nesta sociedade que valoriza cada vez mais o conhecimento científico e tecnológico.
Concordamos com Bazzo et al. (2003, p. 144) quando ele afirma que: “A democracia
pressupõe que os cidadãos, e não só seus representantes políticos, tenham a
capacidade de entender alternativas e, com tal base, expressar opiniões e, em cada
caso, tomar decisões bem fundamentadas”.
Por outro lado, saber como se processa o conhecimento químico pode dotar as
pessoas de um pensamento crítico mais elaborado. Estudando Química, o indivíduo
vai passar a compreender a formulação de hipóteses, a generalização de fatos por
uma lei, a construção de métodos científicos, etc. Como a Química utiliza muitos
modelos abstratos para relacionar o mundo macroscópico com o microscópico
universo atômico-molecular, ela é de grande valia também para ao desenvolvimento
do raciocínio do estudante em qualquer área do conhecimento.
Concluímos, portanto, que o saber químico torna-se um instrumento de
formação humana que amplia os horizontes culturais dos alunos, os meios destes
interpretarem o mundo e a realidade na qual estão inseridos.
8.9.2 - Metodologia
A descrição de processos era a principal característica do ensino de Química
até meados do século XX. Já a partir da segunda metade do século, o ensino
começou a mudar. Os avanços tecnológicos exigiram uma profunda alteração dos
conteúdos e dos métodos no ensino de Química e, atualmente, a sociedade
moderna requer muitas habilidades e conhecimentos de nossos alunos que vão
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além da simples memorização de fórmulas, regras, nomes, etc.
Consoante com tais constatações, a abordagem no ensino da química será
norteada pela construção/reconstrução de significado dos conceitos científicos,
vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais,
objetivando formar um aluno que, além de se apropriar do conhecimento químico,
também seja capaz de refletir criticamente sobre a construção e o uso desses
conhecimentos. Assim, a Química será apresentada como uma ciência com seus
conceitos, métodos e linguagem própria e com sua construção histórica, relacionada
ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade. A
introdução dos conteúdos será pautada pela valorização do conhecimento prévio
dos alunos, incluindo aí as concepções alternativas, a partir das quais será
elaborado um conceito científico.
Coerente com este encaminhamento metodológico, as aulas contarão com a
explicação/exposição do professor, oportunizando o debate e os questionamentos, a
partir dos quais os alunos serão levados a trocar suas concepções prévias por
conhecimentos científicos a respeito do conteúdo trabalhado.
Visando as aplicações de conhecimentos da química para a compreensão de
situações do cotidiano e contextualização dos processos e fenômenos químicos, os
conteúdos serão complementados por textos, realizações de pesquisas, palestras e
seminários, que permitirão aos alunos outras leituras críticas do mundo no qual
estão inseridos.
A experimentação será utilizada, sempre que necessária e possível, para
problematizar e/ou complementar o conteúdo trabalhado.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.9.3 – Objetivos Gerais
-Analisar e resolver problemas relativos a conhecimentos de química;
-Aplicar os conhecimentos da química para a compreensão e
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 176
contextualização dos processos e fenômenos químicos;
-Interpretar linguagens, dados, símbolos, códigos, nomenclaturas e
representações próprias à área de Química;
-Construir uma visão crítica da realidade, a ciência e das relações entre a
ciência e a sociedade;
-Compreender as manifestações da química nos vários aspectos da vida
atual para melhor utilizá-la na melhoria da qualidade de vida;
-Desenvolver a capacidade de investigação crítica frente aos problemas
oriundos do desenvolvimento desta ciência.
8.9.4 – Conteúdos do Ensino Médio - Regular e EJA
1ª SÉRIE
1. Composições e transformações dos sistemas materiais
1.1. Matéria, Massa e Energia
1.2. Substâncias simples e compostas
1.3. Misturas homogêneas e heterogêneas
1.4. Métodos de separação
1.5. Fenômenos físicos e químicos
2. Notação e Nomenclatura Química
2.1. Notação e nomenclatura dos elementos
2.2. Átomos, Moléculas e Íons
2.3. Número de Massa e Número Atômico
2.4. Isótopos, isóbaros, isótonos e isoeletrônicos
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3. Estrutura Atômica
3.1. Distribuição eletrônica
3.2. Modelos atômicos (Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr...)
3.2. Configuração eletrônica nos níveis e subníveis do átomo
4. Tabela Periódica
4.1. Grupos e Períodos
4.2. Classificação dos elementos
5. Ligações Químicas
5.1. Ligação iônica
5.2. Ligações covalente normal e dativa
5.3. Ligação metálica
5.4. Propriedades dos compostos iônicos, moleculares e metálicos
5.5. Geometria molecular e polaridade das moléculas
6. Número de Oxidação
7. Funções Inorgânicas
7.1. Eletrólitos e não eletrólitos
7.2. Ácidos e bases segundo Arrhenius
7.3. Sais
7.4. Óxidos
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2.ª SÉRIE
1. Cálculo Estequiométrico
1.1.Massa atômica e Massa molecular
1.2.Quantidade de matéria
1.3. Mol e Número de Avogadro
1.4. Volume molar
2. Soluções
2.1. Classificações das soluções
2.2. Concentração das soluções
2.3. Diluição e mistura de soluções
2.4.Titulação de neutralização
3. Termoquímica
3.1. Reações exotérmicas e endotérmicas
3.2. Equações termoquímicas
3.3. Estado padrão
3.4. Lei de Hess
3.5. Calculo da variação de entalpia por energia padrão de formação e energia de
ligação
4. Cinética Química
4.1. Velocidade de uma reação
4.2. Energia de ativação
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4.3. Teoria das colisões
4.4. Fatores que influenciam a velocidade das reações
4.5. Catalisadores
5. Equilíbrio Químico
5.1. Equilíbrio em sistemas homogêneos
5.2. Equilíbrio em soluções aquosas (pH e pOH)
5.3. Equilíbrio em sistemas heterogêneos (Ks)
6. Eletroquímica
6.1. Pilhas
6.2. Eletrólise
3ª SÉRIE
1. Introdução à Química Orgânica
1.1. Doutrina Estrutural de Kekulé e Couper
1.2. Cadeias carbônicas
1.3. Fórmulas estruturais e moleculares
2. Hidrocarbonetos
2.1.Classificação e nomenclatura
3. Funções Oxigenadas
3.1. Álcoois
3.2. Fenóis
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 180
3.3. Éteres
3.4. Aldeídos
3.5. Cetonas
3.6. Ácidos carboxílicos e seus derivados
Funções Nitrogenadas
4.1. Aminas
4.2. Amidas
5. Isomeria
5.1. Isomeria plana
5.2. Isomeria geométrica e óptica
6. Polímeros
6.1. Classificação
Principais polímeros e suas aplicações
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Química não é
trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a
serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à
necessidade e o perfil do aluno.
8.9.5 - Avaliação
Utilizando como critério principal que a avaliação em química deve privilegiar
a formação de conceitos científicos, como também oferecer subsídios para a ação
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 181
do professor no processo de ensino-aprendizagem, ela será promovida de forma
processual, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade.
Desse modo, as avaliações serão feitas por meio de provas escritas,
contemplando também outras formas de expressão dos alunos, tais como: leitura e
interpretação de textos, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas práticas,
apresentação de seminários, produção de textos, etc. Esses instrumentos serão
selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivos de ensino.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.9.6 - Referências
AULER, D.; BAZZO, W.A. Reflexões para a implementação do movimento CTS no
contexto educacional brasileiro. Ciência e Educação. São Paulo: Escrituras,
v.7, p.2-13, 2001.
BAZZO, W.A. Ciência, tecnologia e sociedade: e o contexto da educação
tecnológica. Florianópolis: EDUFSC, 1998.
BAZZO, W.A. et al. Introdução aos estudos CTS: O que é Ciência, Tecnologia e
Sociedade? Cadernos de Ibero-América, Editora OEI, 2003.
BELTRAN, N.O.; CISCATO, C. A. M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.
CHASSOT, A. A ciências através dos tempos. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.
FELTRE, R. Química, 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2000.
MALDANER. O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química:
Professor/Pesquisador. 2ª Ed. Unijui, 2003. p. 120.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Médio. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná. Química. Curitiba: SEED/DEM, 2010.
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8.10 – P.P.C. DE SOCIOLOGIA
8.10.1 – Apresentação da disciplina
Diante do avanço dos problemas, das contradições impostas pelo capitalismo
neoliberal que tem um caráter predatório sobre as sociedades humanas e sobre o
meio ambiente, torna-se fundamental formar sujeitos capazes de construir uma
crítica fundamentada e também proposta de transformação a partir da ação coletiva.
A sociologia, por ser uma ciência que coloca o aluno em condições de
entender a sociedade na qual vive, tem que superar a função clássica de ler e
interpretara sociedade. Para que as pessoas compreendam o mundo em que vive
que ele veja o mundo e tenha recursos mentais para elaboração de uma crítica onde
leve a respostas para a dinâmica que envolve a vida cotidiana.
Para colocar em prática esse objetivo, a disciplina de sociologia destacará as
teorias clássicas e suas concepções de sociedade. Interagindo com outras
disciplinas da área de ciências humanas, bem como, essas grandes teorias.
O Ensino de Sociologia será desenvolvido na perspectiva da formação de um
código de leitura do mundo capaz de despertar nos alunos uma postura crítica e
reflexiva sobre o funcionamento das sociedades humanas em seus múltiplos
contextos de vida e interação. Através do ensino da sociologia a nossa proposta é
procurar debater com os alunos os problemas que interessam e afetam o conjunto
das sociedades atuais na busca permanente de caminhos que apontam para o
desenvolvimento e efetivação da cidadania plena do ser humana. Para isso serão
mobilizados conteúdos inerentes ao pensamento social que permitam ao educando
conhecer/reconhecer mecanismos de produção social, quanto às práticas e saberes
que emergem no meio social em que vive e oferecer alternativas aos processos de
dominação e exclusão que predominam nas sociedades contemporâneas.
A nossa perspectiva também é que por meio da sociologia o educando
consiga estabelecer relações entre suas atitudes pessoais e o que acontece na
sociedade de seu tempo procurando perceber de que modo à organização social
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 183
influencia suas possibilidades de ação no meio em que vive. A intenção é de que o
ensino de sociologia possa abrir espaço para que os educandos possam interpretar,
compreender e atuar em sociedade ao questionar o significado de todas as relações
sociais nas dimensões : Histórica, Política e Cultural da organização social e o
caráter social do conhecimento humano.
8.10.2 - Objetivo Geral
O objetivo da sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade
através da compreensão das formas, pelas quais os seres humanos se relacionam
em grupos, com a natureza e como essas relações interferem no seu cotidiano e na
coletividade, ou seja, como essas relações se desdobram no indivíduo e nas
comunidades das quais ele participa.
8.10.3 – Conteúdos do Ensino Médio - Regular e EJA
1ª Série
Conteúdo Estruturante: O Surgimento da Sociologia e as Teorias
Sociológicas
Conteúdos Básicos:
O surgimento da Sociologia;
As teorias Sociológicas na compreensão do presente;
A produção sociológica brasileira
Conteúdo Estruturante: O processo de socialização e as Instituições
Sociais.
Conteúdos Básicos:
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Instituições Familiares;
Instituições Escolares;
Instituições Religiosas;
Instituições de Reinserção.
Conteúdo Estruturante: Trabalho, produção e classes sociais.
Conteúdos Básicos:
O conceito de trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades Sociais: estamentos, castas e classes sociais;
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Trabalho no Brasil;
Relações de Trabalho.
2ª Série
Conteúdo Estruturante: O surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.
Conteúdos Básicos:
A formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social.
Conteúdo Estruturante: Poder, Política e Ideologia.
Conteúdos Básicos:
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
As teorias Sociológicas clássicas e os diversos conceitos:
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De poder,
De ideologia
De dominação e legitimidade.
Desenvolvimento da Sociologia no Brasil;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
As expressões de Violência nas sociedades contemporâneas.
Conteúdo Estruturante: Direitos, Cidadania e movimentos Sociais
Conteúdos Básicos:
Conceitos de Cidadania;
Direitos civis, políticos e sócias;
Direitos humanos;
Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais no Brasil;
Questões ambientais e movimentos ambientais;
Questão das ONGs.
3ª Série
Conteúdo Estruturante: O surgimento da Sociologia e as Teorias
sociológicas
Conteúdos Básicos: Formação e consolidação da sociedade capitalista e o
desenvolvimento do pensamento social.
Conteúdo Estruturante: Cultura e Indústria Cultural
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Conteúdos Básicos:
Os conceitos de cultura e as escolas antropológicas;
Antropologia brasileira;
Diversidade e diferença cultural;
Relativismo, etnocentrismo, alteridade;
Culturas Indígenas;
Roteiro para pesquisa de campo;
Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização;
Minorias, preconceito, hierarquia e desigualdades;
Questões de Gênero e a construção social da cor, identidades e
movimentos sociais, dominação, hegemonia e contramovimentos;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo, Indústria Cultural no Brasil.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Sociologia não é
trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a
serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à
necessidade e o perfil do aluno.
8.10.4 – Metodologia
O ensino de sociologia colocará o aluno como sujeito de seu aprendizado
através debates, leituras, pesquisas de campo, análises de vídeo de modo a
provocá-los a relacionar as teorias com seu cotidiano e rever conceitos e
conhecimentos e a construir e reconstruir coletivamente os saberes.
Dois encaminhamentos metodológicos são fundamentais para dar razões à
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 187
reflexão frente aos problemas e as tradições da sociedade:
1) Pesquisa de campo: definição do tema do interesse, elaboração de
roteiro, levantamento de dados coletados, confecção de tabelas, gráficos e
interpretação.
2) Recursos audiovisuais, como filmes, documentários, fotografias,
músicas, como fontes para dar suporte ao trabalho de interpretação reflexiva
sobre o tema proposto.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.10.5 - Avaliação
A avaliação do ensino de sociologia será de forma transparente e coletiva. A
capacidade de articular teoria com a prática de argumentação no texto oral e na
escrita, a forma de olhar e ler o mundo, atitude criativa e autônoma basta rever
conceitos e evitar o senso comum. Portanto as formas de avaliação nessa disciplina
perpassará a produção de textos e a capacidade de auto avaliação sobre os
conteúdos propostos e as atividades realizadas,
A avaliação no ensino de sociologia, aqui proposta, pauta-se numa concepção
formativa e continuada com diagnóstico constante para identificação de
aprendizagens que forem satisfatoriamente efetuadas, e também as que
apresentarem dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado no
sentido de reformulação da prática docente através das informações colhidas.
Como instrumentos de avaliação serão utilizados os seguintes critérios:
A)- A apreensão dos conceitos básicos, articulados com a prática social;
B)- A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;
C)- A clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas;
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D)- A mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.
Os registros sobre o aproveitamento do aluno serão feitos com base:
1- Na capacidade de reflexões críticas em debates que acompanham textos
ou filmes;
2- Participação nas pesquisas que forem propostas;
3- Produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria
e prática;
4-Capacidade de expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo;
5-Participação em todas as atividades propostas.
A recuperação de estudos se dará através da revisão constante de conteúdos
e conceitos, revisão de instrumentos de avaliação e devolutiva das atividades aos
alunos.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.10.6 - Referências
DIRETRIZEZ CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – SOCIOLOGIA – Governo
do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação
Básica.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de, Introdução à sociologia, série brasil, volume único,
25a edição, Editora ática, São Paulo, SP, 2004.
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8.11 – P.P.C. DE GEOGRAFIA
8.11.1 - Apresentação da Disciplina
Geografia é uma Ciência que se ocupa da análise crítica da formação das
diversas configurações espaciais e distingue-se das demais Ciências na medida em
que se preocupa com localizações, estruturas espaciais e dos processos espaciais.
Neste sentido, a Geografia deve ter como ponto de partida a produção e
organização do espaço. A área de abrangência do espaço geográfico é a superfície
terrestre. Isso quer dizer, englobar todo e qualquer espaço em que as condições
naturais possibilitem a organização da vida em sociedade.
Percebe-se então que a Geografia envolve a natureza e sociedade, o espaço
natural e o espaço social.
O espaço geográfico é um espaço mutável e diferenciado, é um espaço
construído, produto das relações que os homens estabelecem entre si e com o meio,
dentro do processo do trabalho.
A Geografia procura desenvolver no aluno a capacidade de observar, analisar,
interpretar e pensar criticamente a realidade, tendo em vista a sua transformação.
Essa realidade é uma totalidade que envolve Sociedade e Natureza, cabe à
Geografia levar a compreender o espaço produzido pela Sociedade em que vivemos
hoje, suas desigualdades e contradições, as relações de produção que nela se
desenvolvem e a apropriação que essa sociedade faz da natureza.
Para entender esse espaço produzido é necessário entender as relações
entre os homens, pois dependemos da forma como eles se organizam para a
produção e distribuição dos bens materiais, os espaços que produzem vão
adquirindo determinadas formas que materializam essa organização social.
Nesse sentido, a Geografia explica como as sociedades produzem o espaço
conforme seus interesses em determinados momentos históricos e que esse
processo implica numa transformação contínua.
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Como são produzidos por sociedades desiguais os espaços também são
desiguais: campo, cidade, regiões metropolitanas, cidades médias, cidades
pequenas, etc.
Essa base territorial que as sociedades vão transformando e construindo
historicamente também se diferencia dos elementos de desigualdade distribuídos.
Essa territorialidade implica na localização, na orientação e na representação
da totalidade do espaço.
Essas habilidades também são apropriadas de forma diferenciada em
sociedades com organizações sociais próprias.
Essa organização social, na qual se coloca o seu grau de desenvolvimento
tecnológico leva à apropriação dos recursos, sejam materiais ou seja no âmbito do
conhecimento. Essa apropriação leva a maior ou menor interferência na natureza.
Essas habilidades - localização, orientação, representação - também se
tornam importantes na medida em que elas se colocam como instrumentos de
conhecimento para a apropriação da natureza. As sociedades ao se apropriarem da
natureza precisam medi-la, controlá-la e dominá-la.
A apropriação da natureza se dá pelo processo do trabalho, que é um ato
social, portanto, dado que é um trabalho social que se estabelece a relação
sociedade natureza, é fundamental o entendimento da sociedade para entender a
natureza, já que a sociedade tem se apropriado historicamente da natureza.
Por sua vez a natureza envolve os diversos aspectos da realidade física em
si, o entendimento do seu processo de formação é importante para a fundamentação
científica que permitirá um posicionamento crítico frente aos processos de
apropriação da natureza que tem levado à degradação.
É nesses termos que a Geografia hoje se coloca, é nesses termos que seu
ensino adquire dimensão fundamental no currículo: um ensino que busque junto aos
alunos uma postura crítica diante da realidade, comprometido com o homem e
sociedade, não como homem abstrato, mas como homem concreto, com a
sociedade tal qual ela se apresenta, dividida em classes com conflitos e
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 191
contradições e que particularmente contribua para a sua formação.
A Geografia apresenta uma série de objetivos, dentre os quais podemos
destacar:
1.1 - Formar alunos cidadãos, a partir de condições intencionalmente
elaboradas durante o curso. Por alunos cidadãos entendemos o sujeito que:
a) Concebe o conhecimento como resultado da produção
coletiva do saber;
b) Valoriza seu trabalho enquanto contribui para a elaboração
do saber coletivo;
c) Participa criticamente como ser social, assumindo
responsabilidade nos diferentes papéis vividos no processo ensino
aprendizagem.
1.2 - Capacitar o aluno cidadão para a construção dos seguintes
conceitos:
a) sociedade;
b) natureza;
c) espaço;
d) transformação-cidadania.
8.11.2 – Objetivos Gerais
- Realizar a leitura das construções humanas como um documento importante
que as sociedades em diferentes momentos imprimam sobre uma base natural.
- Compreender as transformações no conceito de região que recorrem por
meio da história e geografia.
- Compreender a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da
geografia para além da economia.
- Compreender o significado do conceito de paisagem como síntese de
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 192
múltiplas determinações da natureza, das relações sociais, da cultura, da economia
e da política.
- Conhecer o espaço geográfico por meio de várias escalas, transitando da
escala local para a mundial e vice versa.
- Ser capaz de buscar o trabalho interdisciplinar e a formação de um coletivo,
para aprofundar a compreensão de uma realidade.
- Compreender a natureza e a sociedade como conceitos fundantes da
conceituação do espaço geográfico.
- Compreender as transformações que ocorrem nas relações de trabalho em
função da incorporação das novas tecnologias.
- Compreender as relações entre a preservação ou a degradação da natureza
em função do desconhecimento de sua dinâmica e a integração de seus elementos
biofísicos
8.11.2 – Conteúdos
8.11.2.1. – Ensino Fundamental – Fase II - EJA
Conteúdos Estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos
Formação e transformação das paisagens das paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
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A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A Transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.
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A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
O comércio mundial e as implicações sócioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
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8.11.2.2 – Ensino Médio - Regular e EJA
Conteúdos Estruturantes
Dimensão Econômica de Produção do / no Espaço
Geopolítica
Dinâmica cultural demográfica
Dinâmica Socioambiental
1ª SÉRIE/ANO
Objetivos:
- Conhecer o processo histórico de formação do território brasileiro,
focalizando as atividades econômicas introduzidas, século a século, em nosso país.
- Analisar o desempenho do Estado como um ator preponderante na gestão
do território nacional.
- Compreender a dinâmica demográfica brasileira e as origens étnicas da
nossa população.
- Examinar o papel dos processos de industrialização, modernização do
campo e de urbanização na organização e reorganização do espaço geográfico
brasileiro.
- Explicar como o modelo de desenvolvimento econômico capitalista gera
desigualdades socioeconômicas em âmbito local, regional e nacional.
GEOGRAFIA DO BRASIL
1. As bases físicas do Brasil
1.1 Estrutura geológica e as formas do relevo (classificação do relevo).
1.2 Circulação atmosférica e os climas do Brasil.
1.3 As bacias hidrográficas.
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1.4 Os biomas.
1.5 Os domínios morfoclimáticos.
2. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
2.1 Recursos naturais – tipos, formas de ocorrência e aplicações.
2.2 Impactos ambientais decorrentes da exploração e do uso dos recursos
naturais.
3. Industrialização e organização do espaço
3.1 Indústria e industrialização no Brasil.
3.2 Distribuição espacial das indústrias.
3.3 Matriz energética.
4. A dinâmica do espaço rural
4.1 Colonização e estrutura fundiária.
4.2 Relações de trabalho no campo.
4.3 Reforma agrária e conflitos rurais.
4.4 Transformações tecnológicas no campo.
4.5 Sistemas de produção.
4.6 Cooperativas e agroindústrias.
4.7 Fronteiras agrícolas.
4.8 Impactos ambientais no espaço rural.
5. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
5.1 Urbanização brasileira.
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5.2 Hierarquia das cidades e rede urbana.
5.3 Êxodo rural.
5.4 Problemas socioambientais urbanos .
6. O espaço em rede
6.1 Produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial
brasileira.
6.2 A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
7. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos
7.1 Composição étnica da população.
7.2 Dinâmica populacional: taxas de natalidade, mortalidade geral e infantil,
densidade demográfica, pirâmides etárias, população econômica ativa e inativa,
IDH.
7.3 Os movimentos migratórios e suas motivações.
8. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
9. Regionalização do Brasil
9.1 Critérios adotados de regionalização.
9.2 As divisões regionais.
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Objetivos:
- Conhecer os principais fatos históricos e geopolíticos que determinaram a
atual configuração do espaço geográfico mundial.
- Compreender e discutir, basicamente, duas fases: a antiga ordem bipolar do
pós-guerra e a recente ordem multipolar.
- Abordar os diferentes critérios de regionalização dos países do mundo,
destacando a divisão entre o mundo desenvolvido e mundo subdesenvolvido.
- Interpretar os principais acontecimentos no processo de globalização, o
desenvolvimento tecnológico e a problemática ambiental nas últimas décadas.
- Explicar como a fragmentação do processo produtivo das empresas,
viabilizada pelas novas tecnologias, deu origem a uma nova divisão internacional do
trabalho e intensificou os fluxos de mercadorias, pessoas, informações e capitais.
- Conhecer como o consumo ditado pelos padrões capitalistas atinge o meio
ambiente e as diferentes sociedades em todo o mundo.
GEOGRAFIA GERAL
1. A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no
espaço da produção
1.1 Revolução industrial.
1.2 Revolução tecnocientífica e informacional.
2. O espaço em rede
2.1 Produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
2.2 Circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
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3. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios
3.1 Geopolítica da globalização.
4. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente
4.1 Megacidades.
4.2 Cidades globais.
4.3 A formação das cidades.
4.4 Os tecnopólos.
5. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos
5.1 Teorias demográficas.
5.2 Dinâmica da população mundial – indicadores estatísticos.
5.3 Os movimentos migratórios e suas motivações.
6. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
7. O comércio e as implicações socioespaciais
8. As diversas regionalizações do espaço geográfico
8.1 A regionalização mundial: Norte-Sul, DIT (divisão internacional do
trabalho).
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 200
9. As implicações socioespaciais do processo de mundialização
9.1 Desigualdades socioeconômicas.
10. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado
10.1 Blocos econômicos.
10.2 Globalização e mundialização.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Geografia não é
trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a
serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à
necessidade e o perfil do aluno.
8.11.4 - Metodologia
O conhecimento geográfico abre ao jovem a possibilidade de pesar o homem
por inteiro em sua dimensão humana e social, aberto ao imprevisto, aberto ao novo
com força e poder para resistir e intervir na realidade na qual é participante.
Para a Geografia de hoje o espaço se constitui em uma produção social, é
uma construção das sociedades humanas, modelando à sua imagem esta matéria-
prima, a superfície terrestre, na qual as sociedades dão um sentido e nela imprimem
suas ideias, seus sonhos, seus valores. O espaço geográfico além de ser projeção e
expressão da sociedade é também um instrumento graças ao qual a sociedade se
constrói.
É preciso considerar que o espaço geográfico tem historicidade, ele é o
espelho das sociedades humanas que o construíram, tanto as sociedades indígenas
como as sociedades industriais projetam no espaço o desenho de suas instituições.
A última revolução vivida pelo mundo, a da acessibilidade às informações com
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 201
o uso dos satélites e da internet, mudou as relações de tempo e espaço, mudou as
relações de trabalho, mas ainda está longe de resolver a questão do processo de
reprodução social ou de exclusão social de milhões de pessoas que não são
cidadãos ou são cidadãos de segunda classe.
As imagens de satélites cada vez mais acessíveis servem hoje a inúmeros
profissionais, sendo instrumento de desenvolvimento, de decisão, de avaliação
econômica, de controle e de observação militar. O cidadão precisa ter acesso aos
instrumentos e conhecê-los bem para que possa estar informado sobre as suas
possibilidades e seus limites.
A internacionalização da economia e da informação até agora não contribuiu
para minimizar a pobreza e a exclusão social.
As classificações convencionais sobre as regiões do mundo (primeiro,
segundo e terceiro mundo) ou ainda mundo desenvolvido e mundo subdesenvolvido,
países subdesenvolvidos industrializados, países subdesenvolvidos não
industrializados, não são suficientes para explicar as novas e dinâmicas mudanças
que explicam regionalizações ainda transitórias.
A dinâmica das mudanças mostra certos sinais, os quais permitem realizar
uma prospecção mais ainda indefinida.
A Geografia, assim como as demais ciências humanas e sociais, tem na
escola o compromisso de contribuir para formar o homem inteiro, discurso lido em
muitos momentos, mas muito difícil de realizar na prática do espaço social
denominado escola. O professor precisa deter um conhecimento aprofundado,
especializado em determinada disciplina, para desenvolver um trabalho não
compartimentado que ajudará os seus alunos a caminhar no sentido da
humanização do homem, ou seja, na consideração da necessidade de que esse
homem precisa realizar-se em muitas dimensões.
Para a Geografia, mas não só para essa disciplina, outra importante fonte de
informação são as pessoas. As entrevistas feitas com pessoas que se relacionam
com certo espaço ou com fenômenos especiais fornecem subsídios que os ajudam a
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 202
entender o significado de acontecimentos e de ações sobre o espaço através das
representações sociais que passam através de seu discurso.
Analisar com os alunos do ensino médio essas falas e descobrir a gênese das
representações que exprimem é auxiliá-los a desvendar o seu espaço, a conhecer
os agentes sociais responsáveis por sua construção e saber que ele, aluno, também
é responsável pela sua construção.
O encaminhamento metodológico dar-se-á se por aula expositiva apoiada em
textos, levantamentos de questões, debates, seminários, visita de campo, leitura de
textos orientada e dirigida em grupos ou individual.
Uso do livro didático como apoio nas atividades de classe e extraclasse.
Pesquisas direcionadas em sites educativos na internet, artigos de jornais,
revistas.
Atividades direcionadas a leitura e reflexão, oportunizando a socialização das
ideias dos alunos sobre os textos.
Sugere-se com recurso e enriquecimento das aulas pesquisas em sites
educacionais como: Portal dia-a-dia da educação, vídeos direcionados aos
conteúdos específicos, uso da TV Paulo Freire, Domínio Público etc.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.11.5 - Avaliação
Este tópico apresenta dois aspectos importantes, relativos ao momento e ao
conteúdo da avaliação.
Se entendermos que o papel da escola é a educação de todos os alunos e
não uma seleção dos “melhores”, a avaliação deve ser um processo contínuo, não
só o momento de culminância do processo de aprendizagem. E, acima de tudo, não
se trata apenas de avaliar o desenvolvimento do aluno, mas a própria relação
ensino-aprendizagem. A avaliação deve ser capaz de indicar as alterações
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 203
necessárias para tornar mais eficaz o trabalho do professor.
Quanto ao conteúdo, os critérios de avaliação devem contemplar tanto a
operacionalização de conceitos, como procedimentos, valores e atitudes. Ou seja,
além do desenvolvimento de capacidades de conhecer, aplicar e comparar os
conceitos de Geografia é importante avaliar os procedimentos para o estudo da
Geografia e as atitudes e valores pelos alunos. Em geral tais atitudes e valores estão
relacionados com uma postura crítica diante da realidade, o discernimento quanto às
ações adequadas para preservação do patrimônio sociocultural e adoção de valores
éticos nas relações sociais e com a natureza.
Para que possa esperar os resultados obtidos por cada aluno em seus vários
aspectos, é importante que a avaliação seja feita com instrumentos variados tais
como trabalhos escritos, relatórios, provas, confecções de mapas, pesquisas com
apresentação oral, individual ou em grupo, etc.
A observação constante permite ao professor verificar o grau de
comprometimento de cada aluno com tarefas propostas, sua participação ativa, não
para comparar os alunos entre si e atribuir valor, mas para verificar a evolução
individual. Instrumentos como a auto avaliação, individual ou em grupo, e a
avaliação recíproca são importantes porque favorecem a observação crítica e a
reflexão de cada aluno sobre seu próprio envolvimento no trabalho.
As avaliações por testes e trabalhos, por serem mais pontuais, devem ser
resultados integrados a outras formas de avaliação.
A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, cumulativa e processual, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
As avaliações dar-se-ão de forma de testes orais e escritos, avaliação em
participação de seminários, debates aluno/aluno, apresentação e discussão das
pesquisas dos temas abordados trabalhados em grupos, questões para avaliar o
aprendizado, participação em painéis, integrados e relatórios escritos.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 204
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.11.6 - Referências
Proposta Pedagógica Curricular.
Regimento escolar.
Diretrizes Curriculares de Geografia
Projeto Político Pedagógico.
Livro Didático Público
Livros didáticos
www.diaadiaeducação.pr.gov.br (Domínio Público, projeto folhas)
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 205
8.12 – P.P.C DE CIÊNCIAS
8.12.1 – Apresentação da disciplina
A Ciência no ensino Fundamental contribui para a construção do
conhecimento científico e a compreensão do mundo, e deve ser apresentada
observando os conteúdos e articulando os conhecimentos físicos, químicos e
biológicos, e entendendo que o conhecimento científico tecnológico é resultado do
trabalho e das descobertas de muitas gerações.
A influência crescente dos avanços científicos e das novas tecnologias no
modo de vida atual tem demonstrado cada vez mais a importância de um
conhecimento organizado e da formação de um pensamento crítico.
Aos poucos compreenderá melhor o mundo em que vivemos.
No decorrer do estudo, o aluno terá oportunidade de tomar contato com várias
descobertas científicas e entender como se chegou até ela, e saber interpretar os
fenômenos observados na natureza.
Passará a agir e pensar cada vez mais nos acontecimentos do seu dia-a-
dia, sabendo empregar conceitos científicos básicos, estimulando à análise, a
reflexão, a argumentação nos textos organizados, com estrutura clara e linguagem
acessível.
Não se contempla o passado, mas um futuro com visões diferentes ao se
aprender ciência e ensinar ciência, considerando a evolução do pensamento e a
partir dele construir a ciência.
É fundamental que o aluno em seus estudos tenha uma base escolar sólida,
para o pleno desenvolvimento individual e social.
8.12.2 – Objetivos Gerais
Adquirir alguns conteúdos científicos fundamentais, compatíveis com a sua
faixa etária e a desenvolver vocabulário adequado;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 206
Desenvolver uma postura ativa e critica em revelação aos dados e as
informações, evitando aceitação de forma passiva e incondicional;
Compreender a natureza como todo dinâmico, sendo o ser humano parte
integrada e agente de transformações do mundo em que vive em relação essencial
com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilibro e vida;
Saber combinar leituras observações, experimentação, registro etc. para
coleta organização, comunicação e discussão e de informação;
Enfim, necessitar estabelecer relação entre o mundo natural construído pelo
homem e seu cotidiano, sendo orientado nas tomadas de decisões enquanto
agentes transformadores do ambiente em que vive.
8.12.3 – Conteúdos do Ensino Fundamental – Fase II - EJA
Conteúdo Estruturante: Astronomia
Conteúdos Básicos:
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
Origem e evolução do Universo
Gravitação universal
Conteúdo Estruturante: Matéria
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 207
Conteúdos Básicos:
Constituição da matéria
Propriedades da matéria
Conteúdo Estruturante: Sistemas Biológicos
Conteúdos Básicos:
Níveis de Organização
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Conteúdo Estruturante: Energia
Conteúdos Básicos:
Formas de Energia
Transmissão de energia
Conversão de energia
Conteúdo Estruturante: Biodiversidade
Conteúdos Básicos:
Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
Interações ecológicas
Origem da vida
Organização dos seres vivos
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 208
Sistemática
8.12.4 - Metodologia
O ensino das ciências está sempre buscando explicações dos fenômenos
naturais: físicos químicos, biológicos, geológicos, dentre outros.
Os conteúdos da disciplina serão abordados de forma consistente, critica,
histórica considerando as relações entre a ciência, à tecnologia e a sociedade.
Como conhecimento científico renova – se a cada dia, o aluno deve
acompanhar o que acontece no mundo acessível a ele, através dos meios de
comunicações que diariamente trazem novidades mostrando suas pesquisas em
revistas, jornais, artigos, livros, vídeos, filmes, etc.
A disciplina de ciências se constitui num conjunto de conhecimentos
científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza
e suas interferências no mundo, desde que os conteúdos específicos
propiciarão condições para que os sujeitos do processo educativo discutam,
analise, argumentem e avancem nas modificações intelectuais e qualitativas,
considerando a coerência entre a teoria e a forma.
A observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação, projetos
individuais e em grupo, debates etc. são possibilidades de encaminhamentos
metodológicos, além de outras que estimulem os educandos aos trabalhos
coletivos tais como: música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos
didáticos, dramatização, historias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e
férias, usando os vários recursos pedagógicos que a escola lhe oferece. Um
ponto importante a ser considerado na produção do conhecimento científico diz
respeito ao caminho percorrido pelos pesquisadores para formular “descrições,
interpretações, leis, teorias, modelos, etc.”. Não existe nos dias atuais uma única
ciência que possa assegurar o estudo da realidade em todas as suas
dimensões, usando a fragmentação na produção do conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 209
Ao abordar conteúdos específicos deve contribuir para a formação de
conceitos científicos no processo ensino-aprendizagem da disciplina e de seu
objeto de estudo, levando em consideração que, para tal formação conceitual,
há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos alunos em sua
zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende. Os conceitos
científicos e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas se
fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o
ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os
conceitos científicos.
O tratamento dos conteúdos específicos devem considerar as relações
entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos a pratica social, o mundo
natural, o mundo construído pelo ser humano no seu cotidiano.
Ao fazer uso de problematizações, contextualizações,
interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas em grupo, observações,
atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros,
como instrumentos metodológicos, o professor recebe um grande auxilio na sua
prática pedagógica fazendo com o aluno cresça em seus conhecimentos
científicos, compreendendo o mundo que resulta da investigação da Natureza.
Ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e
qualquer investigação científica da Natureza, no ensino de ciências se faz
necessário ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os
conteúdos escolares de modo que o aluno supere os obstáculos conceituais
junto a sua vivência diariamente.
A partir dessa metodologia a disciplina de ciências, poderá resgatar sua
função principal: o estudo dos fenômenos naturais por meio dos conteúdos
específicos, de forma crítica e histórica, no qual os avanços dos alunos em
relação ao seu conhecimento se determinarão com a articulação e os conteúdos
trabalhados.
No processo ensino-aprendizagem, podemos articular melhor com o uso
de:
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 210
Recursos pedagógico-tecnológicos que enriquecem a prática
docente, tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica,
figuras, revistas em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa,
globo, televisor, computador, entre outros.
De recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais,
mapas de relações, diagramas V gráficos, tabelas.
De alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras,
museus, laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates.
A metodologia da Educação de Jovens e Adultos específica para a
modalidade também está descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da
EJA”.
8.12.5 - Avaliação
A avaliação ocorrera de modo mais continuo possível permitindo uma
verificação do progresso do aluno. No processo da avaliação será adotado alguns
critérios avaliativos, visando os conteúdos trabalhados, o encaminhamento
metodológico o planejamento e a coerência entre eles.
Os critérios de avaliação serão ligados ao propósito principal do processo de
ensino e de aprendizagem a aquisição dos conteúdos específicos e a ampliação de
seu referencial de análise criticam da realidade, por meio de abordagem social.
O conteúdo especifico ensinado passa a ter significado real para o aluno em
uma avaliação quando interage com ideias relevantes existentes na estrutura
cognitiva do aluno.
Erros é parte intrínseca do processo aprendizagem. É através dos erros que
norteamos as alterações rumo às intervenções pedagógicas constantes tornando o
processo de aprendizagem efetivo.
Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados o aluno poderá expressar
seus avanços na aprendizagem, à medida que interpretam produzem, discutem,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 211
relacionam, refletem, analisam, justificam, posicionam e argumentam, defendendo o
próprio ponto de vista.
A avaliação deve ser um processo mais contínuo possível concedendo aos
alunos como históricos no seu processo de ensino aprendizagem, pois pode
propiciar um momento de interação e construção de significados para que o aluno
aprenda, e permitirá ao professor tirar conclusões sobre o grau em que as condições
de ensino criadas por ele e pela escola propiciaram a aprendizagem. O essencial é
que a avaliação considere as diferentes maneiras de expressão; oral, escrita,
pictórica etc. Assim fazendo, estará privilegiando um aluno que escreve bem em
detrimento de outro que se comunica com clareza de forma oral ou de outro que
desenha melhor do que escreve.
A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do aluno,
construindo no seu cotidiano, nas atividades experimentais, ou partir de diferentes
estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos.
No estudo dos conteúdos da ciência é necessário diversificar e selecionar
instrumentos, diversificando recursos e estratégias a fim de investigar a
aprendizagem dos conceitos que envolvam:
origem e evolução do universo;
constituição e propriedades da matéria;
sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;
conservação e transformação de energia;
diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que
vivem, bem como os processos evolutivos.
Avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem do aluno, para que
ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto de
estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa.
O professor poderá interpretar e analisar as informações obtidas na avaliação,
considerando as concepções de ciências, tecnológicas, sociedade, educação, aluno,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 212
processo de ensino e de aprendizagem, escola e do currículo de ciências, com base
em uma auto avaliação, que orientará suas intervenções coerentes com os objetivos
propostos para o ensino de ciências.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.12.6 - Referências
DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL- 2008
MORENO CARLOS JEAM. COLEÇÃO VITÓRIA REGIA.
CESAR- SEZAR- BEDAQUE- ENTENDENDO A NATUREZA.
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8.13 – P.P.C. DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
8.13.1 – Apresentação da disciplina
O ensino e a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês, como um
meio de construir sentidos, desempenha um importante papel como um dos saberes
essenciais, pois permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade
reconhecidamente diversa e complexa e os insere como participantes ativos, não
limitados as suas comunidades locais, mais capazes de se relacionar com outras
comunidades e outros conhecimentos.
O trabalho com língua estrangeira em sala e aula parte do entendimento do
papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso
à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e a construir significados. (DCEs 2008).
O conteúdo estruturante baseia-se na concepção bakhtiniana que concebe a
língua como discurso enquanto prática social que se constrói no processo de
interação e em função de um outro. E é no espaço discursivo criado na relação entre
o eu e o outro, que os sujeitos se constituem socialmente.
É no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e
ao que somos. Daí a língua estrangeira apresentar-se como espaço para ampliar o
contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos
de construção da realidade.
8.13.2 - Objetivo Geral
Formar alunos proficientes no uso da língua na oralidade, na leitura e na
escrita, saberes linguísticos necessários para a sua participação social efetiva,
garantindo-lhes o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.
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8.13.3 - Conteúdos
8.13.3.1 – Ensino Fundamental –Fase II - EJA
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.
Caberá ao professor à seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de
circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de
Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade de cada turma.
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
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• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
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• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia.
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8.13.2.2 – Ensino Médio - Regular e EJA
1ª Série
Conteúdo estruturante: discurso como prática social
*Gêneros
Discursivos
Elementos Composicionais Abordagem teórico-metodológica
Cartaz
Piada
Vídeo-clip
Letra de
música
Poema
- Conteúdo temático;
- Informatividade;
- Linguagem não-verbal;
-Intencionalidade;
-Léxico;
-Ortografia;
-Pronúncia;
-Funções das classes
gramaticais
no texto;
LEITURA
-Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
-Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
-Formule questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto;
-Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
-Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
- relacione o tema com o contexto atual;
-Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
-Encaminhe discussões e reflexões sobre; tema, intenções, intertextualidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 218
Tira
Classificados
Total:
-Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito).
-Turnos de fala;
-Discurso direto e indireto;
-Elementos semânticos;
-Aspectos culturais;
-Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos,
etc.;
-Adequação do discurso ao
gênero;
-Vozes sociais presentes no
-Proporcione análises para estabelecer a referência textual e conduza leituras
para a compreensão das partículas conectivas;
-Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido contativo e denotativo, bem como de expressões que
denotam ironia e humor;
-Relacione o tema com o contexto atual e oportunize a socialização das ideias dos
alunos sobre o texto;
-Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes
gêneros;
ESCRITA
-Acompanhe e encaminhe a reescrita textual; revisão dos argumentos/das ideias,
dos elementos que compõe o gênero; Instigue o uso de palavras e/ou expressões
no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia
e humor.
-Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;
-conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturas e
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 219
texto;
-Variação linguística;
-Contexto de produção;
-Recursos estilísticos.
normativos.
-Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido e denotativo e estimule
produções em diferentes gêneros;
-Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema do interlocutor, intenções,
intertextualidade, informatividade, temporalidade e ideologia;
-Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
ORALIDADE
-Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
-Prepare apresentações que explorem s marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
-Explore os recursos extralinguísticos como: entonação, expressões facial,
corporal e gestual.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 220
2ª Série
Conteúdo estruturante: discurso como prática social
*além dos gêneros discursivos citados no 1º ano, somam-se
*Gêneros
discursivos
Elementos
Composicionais
Abordagem teórico-metodológica
Folder e/ou Panífero
Propaganda
Charge
Biografia
-Conteúdo temático;
-Informatividade;
-Intencionalidade;
-Léxico;
-Ortografia;
LEITURA
-Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
-considere os conhecimentos prévios dos alunos;
-Formule questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto;
-Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
-Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
-Relacione o tema com o contexto atual;
-Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
-Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 221
Entrevista oral e
escrita
Escultura
Filme
Sinopse de filme
-Pronúncia;
-Funções das classes
gramaticais no texto;
-Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
-Turnos de fala;
-Discurso direto e indireto;
temporalidade, vozes sociais e ideologia;
-Proporcione análises para estabelecer a referência textual e conduza leituras
para a compreensão das partículas conectivas;
-Instigue o entendimento /reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões
que denotam ironia e humor;
-Relacione o tema com o contexto atual e oportunize a socialização das ideias
dos alunos sobre o texto;
- Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
ESCRITA
-Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das
ideias dos elementos que compõe o gênero; Instigue o uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 222
Total: -Elementos semânticos;
-Aspectos culturais;
-Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc.;
-Adequação do discurso
ao gênero;
-Vozes sociais presentes
no texto;
-Variação linguística;
Contexto de produção;
-Recursos estilísticos;
denotam ironia e humor.
-Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
-Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
-Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo
e estimule produções em diferentes gêneros;
-Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor,
intenções, intertextualidade, informatividade, temporalidade e ideologia;
-Proporcione o uso adequado e palavras e expressões para estabelecer
referência textual;
ORALIDADE
-Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
-Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
-Explore os recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 223
corporal e gestual, pausas e outros.
3ª Série
Conteúdo estruturante: discurso como prática social
*além dos gêneros discursivos citados no 1º e 2º anos, somam-se:
*Gêneros
discursivos
Elementos Composicionais Abordagem teórico-metodológica
Manchete
-Conteúdo temático;
-propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
-Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
-Formule questionamentos que possibilitem interferências sobre o
texto;
- Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 224
Notícias
Carta ao leitor
Carta de reclamação
- Informatividade;
-Linguagem não-verbal;
-Intencionalidade;
época;
-Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e
outros;
-Relacione o tema com o contexto atual;
-Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
-Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,
intertextualidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
- Proporcione análises para estabelecer a referência textual e conduza
leituras para a compreensão das partículas conectivas;
-Instigue o entendimento/reflexão as diferenças ocorridas do uso de
palavras e/u expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como
de expressões que denotam ironia e humor;
-Relacione o tema com o contexto atual e oportunize a socialização
das ideias dos alunos sobre o texto;
-Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 225
Anúncio de emprego
Instruções
Texto Argumentativo
Total:
- Léxico;
-Ortografia;
-Pronúncia;
-Funções das classes gramaticais
no texto;
-Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
ESCRITA
-Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos
argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero; Instigue
o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor.
-Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
-Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
-Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo e estimule produções em diferentes gêneros;
-Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do
interlocutor, intenções, intertextualidade, informatividade,
temporalidade e ideologia;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 226
-turnos de fala;
-Discurso direto e indireto;
-Elementos semânticos;
-Aspectos culturais;
-Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos, etc.;
-Adequação do discurso ao gênero;
-Vozes sociais presentes no texto;
-Variação linguística;
-Contexto de produção;
-Recursos estilísticos.
-Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para
estabelecer a referência textual;
ORALIDADE
-Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
-Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
-Explore os recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões
facial, corporal e gestual, pausas e outros.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Inglês não é trabalhada por ano e sim por carga horária.
Mesmo assim os conteúdos a serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à necessidade e o
perfil do aluno.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 227
8.13.4 - Metodologia
A prática pedagógica em sala e aula deve partir de um texto significativo
verbal e/ou não verbal. Considerando a concepção discursiva contemplada nas
Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna, a língua será tratada de
forma dinâmica, e o conteúdo estruturante da disciplina, o discurso, se efetivará nas
práticas da leitura, da escrita e da oralidade. Ao contrário de uma concepção de
linguagem que centraliza o ensino da gramática tradicional, o discurso tem como
foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos). Segundo Bakhtin (1988) toda
enunciação envolve a presença de pelo menos duas vozes, a voz do eu e a do
outro.
Os gêneros textuais devem ser abordados em atividades diversificadas que
permitam o reconhecimento de seus elementos composicionais, bem como sua
esfera de circulação. Neste estudo textual também serão explorados a
intertextualidade, a inferência, a intencionalidade, a análise linguística, assim como
todos os outros conteúdos citados na tabela de conteúdos básicos.
O professor deverá possibilitar o conhecimento dos valores culturais e
estratégias que permitam o desenvolvimento das práticas discursivas, utilizando
recursos tais como: aparelho de som, DVDs (filmes, vestibulandos, aulas digitais,
clipes musicais, etc.) TV pendrive, computadores para pesquisa, livro didático e
outros recursos que possam surgir ao longo das aulas. Cabe ainda ao professor,
criar condições para que o aluno seja um leitor crítico, reaja aos textos com os quais
se depara e assuma uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos
apresentados. É importante direcionar as atividades de produção textual definindo
em seu encaminhamento qual o objetivo na produção e para quem se escreve em
situações reais em uso.
No Ensino Médio por blocos, há necessidade de um novo encaminhamento
metodológico, pois não houve alteração ao tempo destinado à disciplina, porém a
nova distribuição da carga horária, incluindo as aulas geminadas, exigiu do professor
diferentes estratégias, objetividade na conclusão dos conteúdos e clareza em seu
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 228
plano de trabalho docente. Os trabalhos de pesquisa devem acontecer em sala de
aula, aproveitando o tempo que esse modelo de ensino propicia.
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia
específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.
8.13.5 - Avaliação
A avaliação de aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está vinculada
aos fundamentos teóricos explicitados nas suas Diretrizes Curriculares e na LDB nº
9394/96 (DCEs 2008 p.69). O processo avaliativo deve fornecer a aprendizagem
bem sucedida. Para tal, é importante a organização do ambiente pedagógico e a
escolha do material a ser utilizado, a organização do plano de trabalho docente é a
seleção dos conteúdos. A avaliação não visa apenas uma simples verificação de
conhecimentos linguístico-discursivos, mais a construção de significados na
interação com os textos e produções textuais. O aluno deve participar e
compreender a organização do trabalho docente para que o professor consiga
realizar as atividades em sala, retomando, complementando e recuperando
conteúdos que trarão resultados avaliativos.
A avaliação deve ser uma investigação do processo de ensino e
aprendizagem em sua complexidade. O sujeito que aprende deve ser visto como
ativo neste processo e também deve participar da avaliação. A auto avaliação deve
ser introduzida no processo acompanhando a dinâmica da avaliação. É importante
definir critérios de avaliação para cada conteúdo, instrumento avaliativo e
encaminhamentos metodológicos adotados.
Na leitura de um texto, o principal critério avaliativo é que o aluno expresse
suas ideias oralmente com clareza, demonstrando ter atingido o objetivo proposto,
ou seja, ter realizado uma leitura crítica do texto. Espera-se que o aluno demonstre
que compreendeu o tema, as informações implícitas e explícitas, a intencionalidade,
a finalidade e a intertextualidade do texto. Isso será o foco da análise do professor
naquela atividade realizada pelo aluno.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 229
Os critérios avaliativos de uma produção textual, não se prendem apenas às
partes linguísticas do texto, mas ao discurso e a textualidade. Deve se observar se
há no texto produzido pelo aluno elementos que percorrem todo o desenvolvimento,
conferindo-lhe unidade; se no plano linguístico os elementos são retomados
convenientemente pelos recursos linguísticos adequados; se os elementos
semânticos fazem sentido no texto; se não há contradição no texto; se as ideias
estão articuladas umas com as outras. Vale ressaltar que a análise linguística é
avaliada dentro da produção textual.
A avaliação enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como
apropriação do saber, como um processo de ação-reflexão-ação, que se passa na
sala de aula por meio da interação professor/aluno na relação ensino aprendizagem.
Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso
desenvolvido e identificar dificuldades. Na recuperação de estudos caberá ao
professor replanejar e propor outros encaminhamentos que busquem superar os
problemas identificados, com novas avaliações recuperativas dentro do conteúdo
estudado, podendo as mesmas ser diferentes das primeiras, contemplando outras
formas metodológicas de avaliar.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.13.6 - Referências
Esteban,M.T.(org) Escola,Currículo e Avaliação. São Paulo:Cortez,2008.
PARANÁ , Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para Educação Básuica,Curitiba,2008.
Silva,J.F.;Hoffmann,J.;Esteban, M.T.Práticas Avaliativas e Aprendizagens Significativas. 4 . ed. Porto Alegre; Mediação,2008.
Val,M.G.C.Redação e textualidade.São Paulo : Martins Fontes,1991.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 230
8.14 – P.P.C. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
8.14.1 – Apresentação da Disciplina
O Espanhol é hoje um idioma de fundamental importância no mundo
globalizado. Cada vez mais pessoas estudam e falam espanhol em todo o mundo.
O Brasil está cercado de países que falam o idioma espanhol, e por isso
estamos em constante contato com esta língua e cultura.
O espanhol tornou-se um dos principais veículos de comunicação nos meios
diplomáticos, no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo, nos
encontros de líderes políticos mundiais, nos congressos sobre ciência, tecnologia
entre outros. Por isso é de suma importância conhecer a língua espanhola para não
se sentir isolado no mundo globalizado de hoje.
Dominar a língua espanhola abre portas para o mercado de trabalho, podendo
ser um importante diferencial para uma boa colocação, pois neste mundo da
informação, a falta do segundo ou terceiro idioma pode eliminar chances de
colocação no mercado. As empresas cada vez mais exigentes procuram
profissionais qualificados. O domínio de uma língua estrangeira que antes era
“desejável” hoje passou a se tornar um “pré-requisito”, para profissionais de nível
superior, médio e técnico, em todas as áreas.
Com o advento do Mercosul, aprender espanhol deixou de ser um luxo para
se tornar praticamente uma emergência.
O Brasil hoje comercializa muitos produtos e serviços com outros países
latinos como Bolívia, Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru, México, Venezuela, Chile,
todos falantes de espanhol, e a tendência futura é o crescimento do comércio livre
entre os países Sul-americanos, isso sem mencionar a Espanha que é o segundo
maior investidor de capital privado no Brasil. Vale lembrar também que o espanhol é
uma das línguas mais faladas no mundo. Além do Mercosul, que já é uma realidade,
temos ao longo de nossa fronteira um enorme mercado, tanto do ponto de vista
comercial como cultural.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 231
A posição que a língua espanhola ocupa no mundo de hoje é de tal
importância que quem decidir ignorá-la poderá correr o risco de perder muitas
oportunidades de cunho comercial, econômico, cultural, acadêmico ou pessoal.
8.14.2 – Objetivos Gerais
Aprender uma nova língua não significa apenas conhecer um novo código
linguístico, mas sim confrontar-nos com outro recorte da realidade, pois entramos
em contato com uma nova forma de organizar o pensamento, de articular o parelho
fonador, e temos a oportunidade de conhecer diferentes culturas e ideologias. E é
nesse contato que acabamos encontrando espaços para repensar e questionar o
funcionamento de nossa língua materna e de nossa cultura.
Com base nesse pensamento, o curso CELEM pretende apresentar a língua
estrangeira e seu funcionamento de uma maneira diversificada e criativa, o aluno
será motivado não apenas a comunicar-se em espanhol, mas também a descobrir o
que há de semelhante e de diferente entre sua língua materna e esse novo idioma, a
estabelecer inferências e refletir criticamente sobre características de cada uma
dessas línguas, a aproximar-se de culturas hispano falantes, a conhecer mais sobre
sua própria cultura, valorizando-a e questionando-a, ajudando a melhorar a
capacidade de reflexão e decorrente engrandecimento intelectual, visando à
ampliação de horizontes, imprescindível para a formação crítica do aluno. Enfim,
verá no aprendizado de uma língua estrangeira a possibilidade de conhecer mais o
outro e a si mesmo.
8.14.2.1 – Objetivos Específicos
Esse curso prima levar o aluno a comunicar-se de maneira satisfatória em
situações que não exijam conhecimentos profundos sobre a língua. Nossos alunos
devem receber um bom domínio de conhecimentos sociolinguísticos, discursivos e
estratégicos, elementos básicos de nossa meta de trabalho.
Um dos objetivos da disciplina da Língua Estrangeira
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 232
Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam o
uso da língua que estão aprendendo em situações significativas,
relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera
prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da
inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente
diversa e complexa através do comprometimento mútuo (DCE
2009, p57).
O ensino de LEM se justifica com prioridade, pelo objetivo de possibilitar que
o aluno:
- Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- Torne-se crítico e transformador através do estudo de textos que
permitam explorar as práticas de leitura, e que incentivem a pesquisa e a
reflexão;
- Vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação
que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e
coletivas;
- Compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
- Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem
como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
8.14.3 - Conteúdos
O conteúdo estruturante da Língua Estrangeira Moderna é o discurso como
prática social, a partir de diferentes gêneros discursivos manifestados nas práticas
sociais de leitura, escrita e oralidade, permeados pela análise linguística. A palavra
discurso inicialmente significa curso, passar por, isso indica que a postura frente aos
conceitos fixos, imutáveis, deve ser diferenciada.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 233
“A linguagem, não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a
ser”. A língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, mas algo em que eles
“ingressam numa corrente móvel de comunicação verbal”. Ao contrário de uma
concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática tradicional, o discurso
tem como foco o trabalho com os enunciados orais e escritos (DCE 2009 p 62).
Promover-se-á também o conhecimento dos temas sociais contemporâneos e
da cultura afro-brasileira e da cultura hispânica.
Esfera social de circulação e seus gêneros textuais
Para trabalhar as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística no
CELEM, serão adotados como conteúdo básico os seguintes gêneros discursivos:
CONTEÚDOS BÁSICOS – P1
Esfera social de circulação e seus gêneros textuais
Para trabalhar as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística no
CELEM, serão adotados como conteúdo básico os seguintes gêneros
discursivos:
ESFERA COTIDIANA DE CIRCULAÇÃO
Bilhete
Carta Pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
Convite
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Letra de música
Receita culinária
ESFERA PUBLICITÁRIA DE CIRCULAÇÃO
Anúncio **
Comercial para radio *
Folder
Paródia
Placa
Publicidade Comercial
Slogan
ESFERA LITERÁRIA DE CIRCULAÇÃO
Conto
Crônica
Fábula
História em quadrinhos
Poema
ESFERA JORNALÍSTICA DE CIRCULAÇAO
Anúncio classificados
Cartum
Charge
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 235
Entrevista **
Horóscopo
Reportagem **
Sinopse de filme
ESFERA ARTÍSTICA DE CIRCULAÇÃO
Autobiografia
Biografia
ESFERA ESCOLAR DE CIRCULAÇÃO
Cartaz
Diálogo **
Exposição oral *
Mapa
Resumo
ESFERA MIDIÁTICA DE CIRCULAÇÃO
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal *
Telenovela *
Videoclipe *
ESFERA PRODUÇÃO DE CIRCULAÇÃO
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Bula
Embalagem
Placa
Regra de Jogo
Rótulo
*Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
**Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de
uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 237
Fatores de textualidade centradas no texto:
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições, recursos
semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como
conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedade estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor; conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência. Função das classes gramaticais no
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 238
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito);
Partículas conectivas básicas do texto;
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
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Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação
das palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explícitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal;
COTEÚDOS BÁSICOS – P2
ESFERA COTIDIANA DE CIRCULAÇÃO
Comunicado
Curriculum vitae
Exposição oral*
Ficha de inscrição
Lista de compras
Piada**
Telefonema*
ESFERA PUBLICITÁRIA DE CIRCULAÇÃO
Anúncio**
Comercial para televisão*
Folder
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 240
Inscrições em muro
Propaganda**
Publicidade
Institucional
Slogan
ESFERA PRODUÇÃO DE CIRCULAÇÃO
Instrução de montagem
Instrução de uso
Manual técnico
Regulamento
ESFERA JORNALÍSTICA DE CIRCULAÇÃO
Artigo de opinião
Boletim do tempo**
Carta do leitor
Entrevista**
Notícia**
Obituário reportagem**
ESFERA JURÍDICA DE CIRCULAÇÃO
Boletim de ocorrência
Contrato
Lei
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Ofício
Procuração
Requerimento
ESFERA ESCOLAR DE CIRCULAÇÃO
Aula em vídeo*
Ata de reunião
Exposição oral
Palestra*
Resenha
Texto de opinião
ESFERA LITERÁRIA DE CIRCULAÇÃO
Contação de história*
Conto
Peça de teatro*
Romance
Sarau de poema*
ESFERA MIDIÁTICA DE CIRCULAÇÃO
Aula visual
Conversação chat
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (sms)
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Videoclipe*
* embora apresentados oralmente dependam da escrita para existir.
** gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de
uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições, recursos
semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como
conectivos, gírias, expressões, repetições);
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 243
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedade estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor; conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência. Função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito);
Partículas conectivas básicas do texto;
Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas,
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 244
sublinhadas, números, substantivos próprios;
Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais
recorrentes no título, subtítulo, legenda e textos.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referencia textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 245
Léxico: Emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação
das palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explícitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal;
.História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
8.14.4 - Metodologia
As aulas serão ministradas na língua meta, ou seja, o espanhol, desde que o
aluno compreenda com aproveitamento a mensagem. As explicações se
desenvolverão na LM (língua materna) bem como as discussões que resultarão na
criação de textos, a fim de que o aproveitamento seja o melhor possível. Os alunos
desde o começo estarão ouvindo o espanhol e contrapondo ao professor e com seus
companheiros, partindo sempre do Conteúdo Estruturante que é o Discurso como
prática social, trabalhando as questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e
discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O
embasamento das aulas de Língua Estrangeira Moderna sempre será o texto, verbal
e não-verbal, como unidade de linguagem em uso:
[...] o texto não é a forma prioritária de se usar a língua. É a
única forma. A forma necessária. Não tem outro. A gramática é
constitutiva do texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem.
Tudo o que nos deve interessar no estudo da língua culmina com a
exploração das atividades discursivas. Antunes (2007, p. 130)
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 246
Serão abordados vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de
informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos
coesivos, a coerência, sendo que a gramática será explorada sempre
contextualizada.
Os textos explorados nem sempre serão de forma escrita, pois os recursos
áudio visuais, como a tv pen drive são uma forma inteligente e eficaz, haja vista que
existem alunos que absorvem mais as informações de forma visual, outros, através
da audição e todos devem ser contemplados.
Serão criadas estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade
da língua através da prática discursiva, organizando as falas e se constituindo
historicamente a partir de novas situações de interação juntando o conhecimento
adquirido com a mensagem textual apropriando-se para a construção da
argumentação.
8.14.5 - Avaliação
A avaliação é o instrumento através do qual o professor não só avalia o potencial
e a qualidade de absorção de conhecimentos pelo aluno, como também serve de ponto
para a tomada de decisões de como continuar o trabalho, pois através dela se é
possível analisar até que ponto suas explanações estão dando bons resultados.
A avaliação será qualitativa, já que a meta é a aquisição de conhecimentos por
parte do aluno, porém para fins de anotações ela é quantitativa, pois o professor fará as
transformações dos trabalhos apresentados em números, porque esta é a forma a qual
ainda estamos atrelados.
A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-
sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de
ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do
educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento (DCEs 2009 p 69-70).
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 247
A avaliação não deve limitar-se a nota obtida através de uma bateria de
perguntas e respostas escritas, ela vai além, ela deve ser composta por vários itens,
por exemplo:
Verificação do domínio das estruturas da língua estrangeira através da
expressão oral e escrita;
Avaliação subjetiva com exercícios estruturais;
Valorizar e avaliar a aprendizagem escrita, oral, incluso as extraclasses;
Utilizar os resultados como forma informativa de como prosseguir os
trabalhos.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos
em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (…) os
alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% (setenta e
cinco por cento) do total de horas letivas e a média anual igual ou superior
a 6,0 (seis vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano
lesivo. SUED SEED, 2009
A forma avaliativa de recuperação não será aplicada somente com o intuito de
que o aluno consiga notas suficientes para atingir o mínimo necessário para sua
aprovação, será feita de maneira a contemplar-lhe o direito de rever a matéria na qual
ele encontrou dificuldades.
8.14.6 - Referências
ALVES, Adda-Nari M. ¡Vale! Español para brasileños. São Paulo: Editora Moderna,
1998.
ANGELES PALOMINO, Maria. Dual: pretextos para hablar. Madrid: Edelsa, 1998.
BECHER, Idel. Manual de español: Gramática. São Paulo: Nobel, 80ª ed., 1997.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 248
BOM, Matte Francisco. Gramática Comunicativa del Español. De la lengua a la
idea. España: Edelsa, 1999
----Gramática Comunicativa del Español. De la idea a la lengua. España: Edelsa,
1999
DOMÍNGUEZ, Pablo; BAZO, Plácido & HERRERA, Juana. Actividades
comunicativas. Madrid: Edelsa, 1991.
LEFFA, Vilson J. A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: Educat,
2006.
________________ O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão.
Pelotas: EDUCAT, 2006.
MEURER, J. L. O trabalho de leitura crítica: recompondo representações,
relações e identidades sociais. Florianópolis: UFSC, 2000. p.155-171.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEM). Curitiba, 2008. 22p. Disponível em:
<http://diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELEM.p
df> Acesso em 23 de março de 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação.
Resolução n. 3904-2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).
Curitiba, 2008 01p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Livro
Didático Público. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol e Inglês. 2. ed. Curitiba:
SEED-PR, 2006.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 249
8.15 – P.P.C. de Ensino Religioso
8.15.1 – Apresentação da disciplina
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a
necessária superação das tradicionais aulas de religião e a inserção de conteúdos
que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos,das suas
paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e
econômicas de que são impregnadas.
A disciplina de Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do ser
humano, como pessoa e cidadão, vedada qualquer forma de doutrinação ou
proselitismo. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como
conteúdos nas salas de aula, proporcionando ao aluno o respeito à diversidade
cultural e religiosa.
A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica,
adequada ao universo escolar.
Ao adotar esta abordagem em relação aos conteúdos, o professor
estabelecerá uma relação pedagógica com os conhecimentos que compõem o
universo sagrado das manifestações religiosas, como construção histórico-social,
agregando-se ao patrimônio cultural da humanidade. Não estará, portanto, propondo
que se faça juízo desta ou daquela prática religiosa. Esta também é uma das formas
de respeito ao direito à liberdade de consciência e à opção religiosa do educando.
As análises se darão por meio do tratamento dos conteúdos, destacando-s os
aspectos científicos do universo das diferentes culturas nas quais se firmam o
sagrado e suas expressões coletivas, baseado na aula dialogada, isto é, a partir da
experiência religiosa de cada aluno e de seus conhecimentos prévios para em
seguida apresentar o conteúdo a ser trabalhado.
Frequentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por
uma visão de senso comum empírica, sincrética, no qual quase tudo aparece como
natural. O professor deve posicionar-se de forma clara objetiva e critica quanto ao
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 250
conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão
aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade
sócio-cultural.
O Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas,
para garantir o direito constitucional de liberdade de crença e de expressão e por
consequência o direito à liberdade individual e política.
8.15.2 – Objetivos Gerais
Mesmo sendo de matrícula facultativa na EJA, o Ensino Religioso subsidiará
os educandos na compreensão e na forma como a sociedade sofre interferências
das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do Sagrado, uma vez
que estes compõem o universo cultural humano, fazendo parte do modelo de
organização de diferentes sociedades.
O Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas,
para garantir o direito constitucional de liberdade de crença e de expressão e por
consequência o direito à liberdade individual e política que deve propiciar a
compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do Sagrado, com
vistas à interpretação dos seus múltiplos significados.
8.15.3 – Conteúdos do Ensino Fundamental – Fase
Conteúdos Estruturantes
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 251
Conteúdos Básicos
Organizações Religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
8.15.4 - Metodologia
Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso,
mais do planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em
sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse
trabalho, pois uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a
novos métodos de investigação, análise e ensino.
Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e
dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem
desse conhecimento em sua prática social cotidiana. Num segundo momento
didático propõe-se a problematização do conteúdo. É o momento da mobilização do
aluno para a construção do conhecimento.
No entanto, é preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção
religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos
valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da
diversidade sociocultural.
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8.15.5 - Avaliação
Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de ensino religioso, faz-
se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, um vez que
este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria da
disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos. Ou seja, o Ensino
Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro
de notas ou conceitos na demonstração escolar, isso se justifica pelo caráter
facultativo da matrícula na disciplina.
Cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitem
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe,
tendo como parâmetro os conteúdos e os objetivos.
Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de
Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.
8.15.6 - Referências
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – Superintendência da
Educação, Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o ensino fundamental,
versão preliminar, julho: 2008.
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ANEXOS
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9.1 - ANEXO I – GRÁFICOS DE PESQUISAS
Condições de MoradiaPrópria
82%Própria
79%
Própria
81%
Alugada
16%Alugada
14%
Alugada
15%Outros
2%
Outros
7%Outros
4%
Manhã Noite Total
Própria
Alugada
Outros
Você mora com quem?
71%
64%69%
10%16%
12%
3% 2% 2%8%
2%6%
9%
16%11%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Manhã Noite Total
Pai e Mãe
Somente com a mãe
Somente com o pai
Com os avós
Outros
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Qde de pessoas na moradia
4%
9%6%
18%
33%
24%
50%
22%
40%
21%24%
22%
7%11%
9%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Manhã Noite Total
duas
três
quatro
cinco
mais de cinco
Alunos que trabalham
Sim; 43%
Sim; 67%
Sim; 50%
Não; 57%
Não; 33%
Não; 50%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Manhã Noite Total
Sim
Não
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 256
Ramo de trabalho do pai:
22% 20%
13%
0%
9%
1%
16%20%
51%
10%
2% 2% 5% 2% 0%
27%32%
16%
10%
1%
7%2%
11%
22%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Agr
icultura
/Pec
uária
Indú
stria
Em
pres
ário/C
omerc./V
end
as
Diaris
ta
Aut
ônom
o
Des
empr
egad
o
Ser
vido
r Público
Outro
s
Manhã
Noite
Total
Ramo de trabalho da mãe:
9%
15%
11%
6% 5% 6%
15%
2%
11%13%
15% 13%
8%5%
7%5%
15%
8%
21%
10%
17%
23%
34%
27%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Manhã Noite Total
Agricultura/Pecuária
Indústria
Empresária/Comerc./Vendas
Diarista
Autônomo
Desempregada
Servidora Pública
Outros
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Renda Familiar:
8%
2%6%
38%
44%40%
35%39%
36%
19%
15%18%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Manhã Noite Total
até 1 salário
1 a 2 salários
2 a 4 salários
mais de 4 salários
Nível de escolaridade do pai
4%7%
5%
29%
24%
27%
23%
31%
26%
37%
29%
34%
8%10% 8%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Manhã Noite Total
analfabeto
1ª a 4ª série
5ª a 8ª série
Ensino Médio
Ensino Superior
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 258
Nível de escolaridade da mãe:
6% 5% 6%
14%
31%
19%17%
26%
20%
47%
26%
40%
16%13%
15%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Manhã Noite Total
analfabeta
1ª a 4ª série
5ª a 8ª série
Ensino Médio
Ensino Superior
Alunos que possuem computador:
Sim; 64%Sim; 60%
Sim; 63%
Não; 36%Não; 40%
Não; 37%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Manhã Noite Total
Sim
Não
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Alunos que tem acesso internet:
Sim; 90%
Sim; 76%
Sim; 85%
Não; 10%
Não; 24%
Não; 15%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Manhã Noite Total
Sim
Não
Principal local de acesso a internet:
52%
41%
48%
18%
8%
15%
30%
51%
37%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Manhã Noite Total
Casa
na escola
outro lugar
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Alunos que acreditam que os estudos podem melhorar as
vidas das pessoas:
Sim; 100% Sim; 100% Sim; 100%
Não; 0% Não; 0% Não; 0%0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Manhã Noite Total
Sim
Não
Alunos que gostam de estudar:
Sim; 92% Sim; 89% Sim; 91%
Não; 8% Não; 11% Não; 9%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Manhã Noite Total
Sim
Não
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 261
Porque você frequenta a escola?
7% 7% 7%2% 2% 2%
90% 91% 90%
0% 0% 0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Manhã Noite Total
Porque gosta
Porque é obrigado
é importante p/ meu futuro
outros
Alunos que leêm algum tipo de periódico:
Sim; 58%
Sim; 67%
Sim; 60%
Não; 42%
Não; 33%
Não; 40%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Manhã Noite Total
Sim
Não
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Nº de livros lidos por ano:
9%
17%
32%
17%
5% 7%
12%
32%
20%17%
12%
7%
2%
10%
17% 18%
27%
16%
6% 5%
11%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
nenhum um dois três quatro cinco mais de
cinco
Manhã
Noite
Total
Nº de horas dedicados a estudos complementares:
18%
26%
21%
37%
33%36%
23%
33%
26%
22%
9%
17%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Manhã Noite Total
não estuda em casa
até 1 h
1 a 2 h
mais de 2 h
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 263
Alunos que tem pretensões de cursar uma Universidade:
Sim; 93%Sim; 84%
Sim; 90%
Não; 7%Não; 16%
Não; 10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Manhã Noite Total
Sim
Não
Alunos que tem condições financeiras de cursar uma
Universidade:
Sim; 49%
Sim; 37%
Sim; 45%Não; 51%
Não; 63%
Não; 55%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Manhã Noite Total
Sim
Não
Colégio Estadual “D. Pedro I” – Ensino Fundamental e Médio
Av. Luiz Antônio Agostinho, 700 Fone: (44) 3352-1243
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 264
% de Alunos - Urbano x Do Campo
76%
24%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Urbano Do Campo
Total
Beneficiados pelo Bolsa Família:
23% 23% 23%
77% 77% 77%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Manhã Noite Total
beneficiados
não beneficiados
Colégio Estadual “D. Pedro I” – Ensino Fundamental e Médio
Av. Luiz Antônio Agostinho, 700 Fone: (44) 3352-1243
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 265
9.2 – ANEXO II – REGIMENTO ESCOLAR