COLÉGIO ESTADUAL ANCHIETA- ENSINO MÉDIO E NORMALAv. Wenceslau Brás,356 – Fone ( 44 ) 3676-1247CEP: 87.400-000 - Cruzeiro do Oeste – Paraná
Governo do Estado do ParanáSecretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
COLÉGIO ESTADUAL ANCHIETA
ENSINO MÉDIO E NORMAL
2010
APRESENTAÇÃO:
“Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que, sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura” (Thiago de Mello, 1986).
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Anchieta - Ensino Médio e
Normal, do município de Cruzeiro do Oeste (PR), baseia-se em preceitos legais. Para a
sua construção e reformulações que acontecem anualmente, destacam-se a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Nº 9394/96, que prevê no seu Art. 2º, inciso
I, que: “os estabelecimentos de ensino, respeitada as normas comuns e as dos seus
sistemas de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta
pedagógica”.
Sua (re) construção se insere no cenário das reformas educacionais que ocorrem
na educação brasileira e consequentemente na educação Paranaense que vivencia, um
rico processo de discussão acerca do Projeto Político Pedagógico por reconhecer-se o
caráter dinâmico e polêmico do mesmo cuja implementação exige comprometimento e
esforço coletivo de toda a comunidade escolar. É fruto de inúmeros encontros, debates,
discussões e reflexões para a efetivação do compromisso da escola que é a formação de
cidadãos críticos, participativos, responsáveis, criativos e comprometidos com a
transformação de sua prática social.
Os encontros iniciais para a organização deste Projeto Político Pedagógico foram
realizados com o corpo Docente e Discente, Direção, Equipe Pedagógica, Funcionários,
representantes de Órgãos Colegiados: Conselho Escolar, APMF, Líderes de Turmas, pois
nesta época o Grêmio Estudantil estava desativado; além de representantes dos
segmentos sociais como: Colônia Japonesa, 7º BPM (Batalhão de Polícia Militar), Loja
Maçônica e Rotary Club, resultando este Projeto que norteará as ações do Colégio. As
reestruturações seguintes ocorrem com a presença da comunidade escolar sempre que
necessário, uma vez que este documento é dinâmico e polêmico, como já foi assinalado.
É importante salientar, conforme explicita VEIGA:
O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. (VEIGA, 2000)
Justamente pelo compromisso que aponta, este projeto é algo em constante
processo de (re)construção, haja vista que se pretende através do mesmo a formação
contínua do cidadão, alicerçado no trabalho coletivo, no diálogo constante, no repensar
dos objetivos e metas traçadas por todos os membros da comunidade escolar, a fim de
que a Escola Pública seja de qualidade, democrática, efetivando-se o processo eletivo,
com escolha livre, direta e secreta dos diversos representantes: Direção, Conselho
Escolar, APMF e Grêmio Estudantil.
Este Projeto Político Pedagógico, além da gestão democrática, tem como eixo a
definição de uma Proposta Curricular comprometida com o conhecimento baseado em
conceitos formais, de caráter universal e científico, visando a totalidade e desvendando as
ideologias dominantes. Almeja assim, a socialização do conhecimento para todos os
alunos, criando-se condições favoráveis à aprendizagem de qualidade e a consequente
formação para a cidadania.
I - IDENTIFICAÇÃO
1 – LOCALIZAÇÃO:
O Colégio Estadual Anchieta – Ensino Médio e Normal – 00013. Mantida pelo
Estado do Paraná e administrada pelo Núcleo Regional de Educação de Umuarama, está
localizado na Avenida Wenceslau Brás, 356 – Bairro Sul Brasileira - Cruzeiro do Oeste –
Paraná – 0670 – Telefone (44) 3676 1247 – [email protected]
2 - HISTÓRICO DO COLÉGIO:
O COLÉGIO ESTADUAL ANCHIETA - ENSINO MÉDIO E NORMAL originou-se
da reorganização das antigas escolas: Escola Normal Colegial Quinze de Novembro,
Colégio Comercial Estadual de Cruzeiro do Oeste e Colégio Estadual de Cruzeiro do
Oeste, que mantinha o antigo curso Científico.
Autorizado a funcionar no ano de 1977, com o nome de Colégio Erasmo Piloto –
Ensino de 2º Grau, através do Decreto nº 2302 de 30 de abril de 1980, datado no Diário
Oficial do Estado em 03/06/80 e em 1983 recebeu a denominação de Colégio Estadual
Anchieta – Ensino de 2º Grau (Resolução 2.358/83). Mantido pelo Governo do Estado do
Paraná, sendo o seu primeiro Diretor o Senhor Hailton José Modesto D’avila, de 1978
a1983. Os demais diretores foram:
–Maria da Penha Poubel Rocha Pombo, 1984 e 1985;
–Mamoru Kurihara, 1986, 1987, 1992 a 1994;
–Durvalino Bedin 1988 e 1989;
–Paulo Cornélio de Campos;
–José Rubens Gonzaga 1995;
–Rosaria da Silva Paisana 1996 a 2000;
–Maria do Carmo Freitas Poubel 2001-2003;
–Olga Bandeira 2004-2006;
– Mamoru kurihara 2007-2008;
–Atualmente Wilson Frasão de Araújo.
ATO DE RECONHECIMENTO: Resolução 211/82 de 10/02/82.
RESOLUÇÃO nº 109/85 – Cessação da Habilitação de Auxiliar de Laboratório e
Análise Química.
RESOLUÇÃO nº 286/85 – Autorização de funcionamento do Curso de
Propedêutico.
RESOLUÇÃO nº 1964/87 – Prorrogação do funcionamento do Curso de
Propedêutico. * Alteração da denominação do Curso de Propedêutico, para Curso de 2º
Grau Educação Geral – Deliberação 04/87 – CEE.
RESOLUÇÃO nº 2677/87 – Ato de Reconhecimento do Curso de 2º Grau –
Educação Geral.
RESOLUÇÃO nº 3120/98 – Adequação na nomenclatura dos Estabelecimentos
de Ensino de Educação Básica que passaram a utilizar as denominações genéricas,
passando a denominar-se: COLÉGIO ESTADUAL ANCHIETA – ENSINO MÉDIO.
PARECER nº 580/99 – 14/12/99 – DESG – Aprovação da Proposta Curricular do
Ensino Médio.
PARECER nº 16 DE 20 / 06 / 1.995 – Aprova Regimento Escolar – 0008 –
Educação Geral - Prep. Universal.
PARECER nº 295 de 13/ 09 / 2.004 – Aprova Regimento Escolar.
RESOLUÇÃO nº 3.057/2.001 – 12/12/01 – Autorização de funcionamento do
Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino
Fundamental em nível médio, na modalidade normal. Em decorrência o Estabelecimento
passa a denominar-se: COLÉGIO ESTADUAL ANCHIETA – ENSINO MÉDIO E
NORMAL.
RESOLUÇÃO nº 3.072/02 – 21/08/2.002 – DOE - Renovação do
Reconhecimento do Curso Ensino Médio.
RESOLUÇÃO nº 1.790/03 – 13/08/03 – DOE – Reconhecimento do Curso de
Formação de Docentes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
RESOLUÇÃO nº 2.893/05 – 18/11/05 – DOE – Autorização de funcionamento do
Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos Iniciais do Ensino
Fundamental - Integrado.
RESOLUÇAO nº 2.888/05 – 18/11/05 – DOE – Autorização de funcionamento do
Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental com aproveitamento de estudos.
RESOLUÇÃO nº 4.400/07 – 24/10/07 – DOE – Reconhecimento do Curso
Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na
modalidade Normal, Nível Médio, destinado a alunos egressos do Ensino Fundamental e
do Médio, ou equivalente.
Ao longo de sua história educacional, o Colégio Estadual Anchieta ofereceu os
seguintes cursos:
- Técnico em Contabilidade (04 ANOS) - extinto em 31/12/2002
- Auxiliar de Contabilidade (03 ANOS) – Extinto em 31/12/2001
- Magistério (04 ANOS) – Extinto em 312/12/2003
3- HISTÓRICO DO PATRONO
O padre José de Anchieta que nasceu nas Ilhas Canárias, colônia de Portugal, em
1534. Anchieta viveu com a família até aos quatorze anos de idade, quando se mudou
para Coimbra, em Portugal, onde foi estudar Filosofia no Colégio das Artes. Com 17 anos
de idade ingressou na Companhia de Jesus, ordem fundada por Inácio de Loyola.
Quando o padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, solicitou ajuda
para a atividade de evangelização no Brasil, o Provincial da Ordem, Simão Rodrigues,
indicou, entre outros, José de Anchieta.
Chegado à colônia em 1553 com a Companhia de Jesus, o chamado Apóstolo do
Brasil foi o primeiro intelectual a atuar no país: em Tupi, Português, Espanhol e Latim, ele
escreveu poemas líricos, dramas, cartas sobre filologia, além de ter sido o primeiro e
maior educador religioso europeu a catequizar os índios em sua própria terra natal, o que
também lhe deu o título de Patrono dos Professores.
Anchieta era conhecido, em sua época, como abarebebe que, na língua Tupi,
significa padre santo voador. A sua disposição em caminhar levava a que percorresse,
duas vezes por mês, a trilha litorânea entre Iriritiba, e a Ilha Vitória, com pequenas
paradas para pregação e repouso.
José de Anchieta faleceu na cidade de Reritiba (atual Anchieta) na Capitania do
Espírito Santo, em 9 de junho de 1597. Graças ao seu papel ativo no primeiro século de
colonização do Brasil, José de Anchieta ganhou vários títulos, tais como: “apóstolo do
Novo Mundo”, “fundador da cidade de São Paulo”, “curador de almas e corpos”,
“carismático”, “santo”, entre outros.
Por ocasião de determinações legais, em 1983, o então Colégio Estadual Erasmo
Piloto- Ensino de 2º grau, recebeu a denominação de Colégio Estadual Anchieta- Ensino
Médio e Normal, homenagendo o educador José de Anchieta ,como Patrono.
4 - CURSOS QUE OFERTA
O Colégio Anchieta oferta Ensino Médio por Blocos de disciplinas Semestrais
implantado em 2009, organizados anualmente por dois blocos de disciplinas ofertados
concomitantemente, com duração de 03 (três) anos, atendendo aos princípios e objetivos
para esta modalidade de ensino, de acordo com a previsão legal (Constituição Federal de
1988 e Lei 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), reconhecido pela
Res. Nº 2677/87 de 30/06/87 e Parecer nº 157/87 – CEE e renovação de reconhecimento
nº 250/07.
Oferta ainda o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio na Modalidade Normal Integrado – com
duração de 04 (Quatro) anos para alunos egressos do Ensino Fundamental.
Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, em nível médio, com aproveitamento de estudos, com duração de
03 (três) anos, para alunos egressos do Ensino Médio. Ambos autorizados a funcionarem
nos termos da Resolução n. 2893/05 e n. 2888/05, de 01.11.2005; ambos em
consonância com a LDBEN – Lei 9394/96, Deliberações nº 04 e 010/99, Parecer C.E.D.
nº 15/98, e Parecer C.E.B. nº 01/99; aprovados pela Matriz Curricular 2.001, e tem por
objetivo o atendimento de futuros profissionais que atuarão na Educação Infantil e Séries
Iniciais do Ensino Fundamental, em consonância com o Título VI – dos Profissionais da
Educação, artigo 61 e 62 da Lei 9394/96.
Formação de Docente da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, em nível médio, com aproveitamento de estudos, com duração de dois
anos e meio, implantação gradativa 2010, data da emissão 19/01/2010.
CELEM – Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna (Espanhol) para
alunos do nosso colégio e comunidade escolar.
VIVA ESCOLA – Preparatório para Vestibular: 25 vagas para os alunos formandos
dos cursos Ensino Médio e Formação Docente e, 5 vagas para a comunidade escolar.
4.1- Número de turmas:
No ano de 2010 o Colégio oferta as seguintes turmas:
- 06 (seis) Turmas de Ensino Médio, no período matutino;
- 06 (seis) Turmas de Ensino Médio, no período noturno;
- 03 (três) Turmas de Curso Formação de Docentes - Integrado, período matutino
(1ª, 2ª e 4ª série).
- 02 (duas) Turmas do Curso Formação de Docentes - Integrado, período noturno
(1ª e 2ª série).
- 01 (uma) Turma do Curso Formação de Docentes com aproveitamento de
estudos para os alunos egressos do Ensino Médio, período noturno (três anos de
duração) 3ª série.
- 01 (uma) Turma do Curso Formação de Docentes com aproveitamento de
estudos para os alunos egressos do Ensino Médio, período noturno (dois anos e meio de
duração) 1ª série.
- 03 (três) turmas do CELEM ( duas vespertinas e uma noturna)
- 01 (uma) turma Viva Escola.
5- ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR:
Horário de Funcionamento:
TURNO MODALIDADES
MATUTINO: das 07h e 30 minutos às 11h e 50 minutos
Ensino Médio: 1º, 2º e 3º anoFormação Docente Integrado: 1º, 2º e 4º ano
VESPERTINO: das 13 horas às 17 horas Aulas práticas do curso Formação DocenteCELEM – 1ºe 2º ano
NOTURNO: das 19 horas às 23horas e 10 minutos
Ensino Médio semestral: 1º, 2º e 3º anoFormação Docente Integrado: 1º e 2º anoFormação Docente com Aproveitamento de Estudos anual: 3º anoFormação Docente com aproveitamento de estudos semestral CELEM: 1º anoViva Escola
6- QUADRO DEMONSTRATIVO DE PESSOAL
Para o atendimento dos seus 550 (quinhentos e cinquenta) alunos nos períodos
matutino e noturno, o Colégio dispõe de 01 (um) Diretor, com 40 (quarenta) horas
semanais, 03 Professoras Pedagogas, com 20 (vinte) horas semanais cada, 01 (uma)
Coordenadora de Curso, com 20 (vinte) horas semanais e 01 (uma) Coordenadora de
Estágio, com 20 (vinte) horas semanais, 12 (doze) Funcionários e 43 (trinta e três)
Professores, destacados na tabela abaixo:
Nome Função Escolaridade H/A
Adileia Suzi Mott Prof e Coord curso Form. Docente Pós graduação 26
Ana Carla Neves dos Santos Tecn. Administrativa (QPPE) Pós graduação 40
Berenice Xavier Fernandes Agente Educacional II Ensino Médio 20
Celina de Oliveira Sodré Agente Educacional I Ensino Médio 40
Cirlei Alves de Andrade Pinto Agente Educacional I Ensino Médio 40
Claudenisa B.do Espírito Santo Agente Educacional I Ensino Médio 40
Cláudia Pereira Fernandes Professora Matemática Pós graduação 7
Cristina Martinelli Professora Química Pós graduação 20
Edileusa Santos Professora Língua Portuguesa Pós graduação
Edina Francisca Souza Professora LEM (Inglês) Pós graduação 20
Edna Bandeira Sacoman Professora Formação Docente Pós graduação 29
Edna Danziger Professora Língua Portuguesa Pós graduação 21
Eliane Santana de Andrade Professora Formação Docente Pós graduação 22
Elisangela de Souza Bob Professora Geografia Pós graduação 21
Everson Elisiário dos Santos Professor Filosofia Pós graduação 11
Franciele Macedo de Souza Agente Educacional I Superior Inc. 40
Ivan Silvério Professor Língua Portuguesa Pós graduação 15
Iraci Barbosa Costa Agente Educacional I Ensino Médio 40
Isenilda Herrera de Moura Agente Educacional I Ens. Fund. In. 40
Ivani B. De Oliveira Professora Arte Pós graduação 10
Ivanir A. Nascimento Professora LEM Inglês Pós graduação 4
Izabel R. Dosso Professora Pós graduação 17
Joana D'arc de Jesus Agente Educacional II Ens. Sup. Inc. 40
Julymeyre C. Pedrini Pedagoga e Prof. Form. Docente Pós graduação 40
Lidia Maria Martinez Professora Arte Pós graduação 12
Lilian Buscarons Hirono Professora Arte Letras 10
Lourdes da Silva Pasqualotto Coord. Estágio e Pedagoga Pós graduação 40
Mamoru Kurihara Professora Matemática e Física Pós graduação 20
Marcia Aparecida Farias Professora Geografia Pós graduação 24
Maria Cristina Bandeira Professora Formação Docente Pós graduação 20
Maria de Lourdes Botan Professora Formação Docente Pós graduação 8
Maria do Carmo de Freitas Professora Formação Docente Pós graduação 40
Maria Iracema Genaro Fernandes Professora Língua Portuguesa Pós graduação 20
Maristela Macedo de Souza Professora Filosofia Pedagogoia 3
Marli Lavorenti Soares silva Professora Biologia Pós graduação 6
Milton Cesar Querato Agente Educacional II Ens. Superior 40
Nanci Edilaine Corrêa Professora História Pós graduação 20
Neide Ferrarezi Mantovan Professora Formação Docente Pós graduação 15
Neri Maria da Rocha Sec. Administrador (QPPE) Pós graduação 40
Olga Bandeira Prof. Socio., Filosofia e Form. Doc. Pós graduação 15
Olinda Caldas Professora Biologia Pós graduação 26
Pedro L. Moreira Professor Formação Docente Pós graduação 40
Renato Lisik Professor Educação Física Pós graduação 18
Reinildes L. Da Rocha Pedagoga Pós graduação 20
Rosana F. Martins Professora Formação Docente Pós graduação 20
Rosaria da S. Paisana Professora Matemática Pós graduação 40
Roseli S. Minzon Professora Sociologia e Viva Escola Pós graduação 26
Sedilene T Moreira Professora Física Pós graduação 14
Sérgio Aparecido Fernandes Professora LEM Inglês Pós graduação 7
Tiago Ferreira Tavares Agente Educacional II Matemática 10
Vania Ferreira Professora Matemática e Física Pós graduação 5
Vera Lucia M. De M. tenório Professora Formação Docente Pós graduação 40
Veronica S. Farfos Professora CELEM Espanhol Pós graduação 7
Washinton Luders Professor Educação Física Pós graduação 16
Wilson Frasão de Araújo Diretor Pós graduação 40
7- ESTRUTURA E INFRAESTRUTURA:
O espaço físico do Colégio apresenta estrutura conforme quadro abaixo
Área do terrenoÁrea ocupada pela
construçãoÁrea livre Área construída
11.212,68 m² 3.237,92 m² 7.974,76 m² 1677m²
7.1– RECURSOS MATERIAS:
Os recursos materiais disponíveis são:
a) SALA DE AULA
O Colégio Estadual Anchieta conta com 14 salas de aula, sendo 12 com 49m² e
02 com 25m².
b) COMPLEXO HIGIÊNICO:
•02 complexos sanitários para o corpo discente, sendo um masculino com 09
sanitários e um feminino com 12 sanitários.
•02 complexos sanitários para o corpo docente, sendo um masculino com 03
sanitários e um feminino com 04 sanitários.
c) AMBIENTES ADEQUADOS À PROPOSTA PEDAGÓGICA:
•laboratório de informática, com 70m².
•laboratório de ciências, com 70m² ( física, química e biologia) que foi melhorado
em 2009 com a aquisição de 40 banquetas e quadro branco.
•Biblioteca com 45m²
•01 sala para hora – atividade dos professores, com 14m².
• 01 sala para o corpo docente, com 35m².
•Instalações específicas para administração, serviços técnico-pedagógicos, corpo
docente: 01 sala para administração com 16m², 01 secretaria com 26m², 01 sala
para arquivo com 13m², 02 salas para equipe técnico – pedagógica, com 13m².
• Área livre para a prática de Educação Física e recreação: 01 quadra de esportes
coberta para a prática de Educação Física e recreação, porém no momento está
sem iluminação, aguardando liberação do governo, o que dificulta a prática de
Educação Física no período noturno, 01 pátio gramado para recreação.
d) EQUIPAMENTOS:
•Equipamentos: 02 antenas parabólicas, 02 televisores (canal aberto), 12 TV
Pendrive, 01 aparelho de vídeo – cassete, 02 aparelhos de DVD, mimeógrafo a
álcool, 03 aparelhos de som, 02 retro – projetor, 01 aparelho receptor para a TV
Paulo Freire, 20 computadores com acesso à Internet,( Paraná Digital), 10
computadores com acesso à Internet ( Proinfo), 02 impressoras jato de tinta, 03
impressoras a laser e 02 scaner, 02 bebedouros e 01 xerocadora.
8- ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A organização curricular utilizada é por disciplina, com a carga horária prevista em
lei. De acordo com cada modalidade ofertada a matriz curricular está assim organizada:
8.1- Organização curricular do ENSINO MÉDIO
Diante da necessidade de garantir a permanência do aluno do Ensino Médio na
escola, e da necessidade de ações pedagógicas que garantam a qualidade de ensino,
devido aos índices de evasão e reprovação o Conselho Escolar optou pela oferta do
Ensino Médio Regular organizado em Blocos de Disciplinas Semestrais, a partir do ano
letivo de 2009, em todos os turnos dos estabelecimentos.
O Colégio adotou Matriz Curricular única, de implantação simultânea para o ano
de 2009. As disciplinas da Matriz Curricular estão organizadas anualmente em dois
Blocos de Disciplinas Semestrais, ofertados concomitantemente. A carga horária anual da
disciplina ficará concentrada em um semestre, garantindo o número de aulas da Matriz
Curricular, pois os Blocos de Disciplinas Semestrais são ofertados de forma concomitante
nos dois semestres.
Cada Bloco de Disciplinas Semestrais deverá ser cumprido em, no mínimo, 100
dias letivos, previstos no Calendário Escolar.
A organização se dá pela distribuição dos Blocos de Disciplinas Semestrais, de
forma alternada pelo Ensino Médio em todas as turmas, de todas as séries.
A matrícula será semestral e obedecerá ao disposto na Deliberação n.º 09/01-
CEE. O aluno terá a garantia de continuidade de seus estudos quando concluir cada um
dos Blocos de Disciplinas Semestrais. A conclusão da série ocorrerá quando o aluno
cumprir os dois Blocos de Disciplinas Semestrais ofertados em cada série. Quando a
conclusão da série ocorrer, no final do 1º semestre do ano letivo, o aluno poderá realizar a
matrícula na série seguinte, no 2º semestre do mesmo ano letivo. As transferências entre
estabelecimentos de ensino, com a organização anual para a organização por Blocos de
Disciplinas Semestrais, seguirão as normas previstas na Deliberação n.º 09/2001-CEE
sendo analisadas pela equipe pedagógica do estabelecimento de ensino. Nas
transferências entre estabelecimentos de ensino com a mesma organização por Blocos
de Disciplinas Semestrais, o aluno cumprirá o Bloco de Disciplina Semestral faltante da
série. Nas transferências entre estabelecimentos de ensino com organização por Blocos
de Disciplinas Semestrais para a organização anual, o aluno aproveitará a carga horária e
avaliações (notas, conceito, pareceres, etc.), cumprindo normalmente todas as disciplinas
da Matriz Curricular anual, seguindo a legislação vigente, conforme quadro abaixo:
−Disciplinas da Base Nacional Comum que compõem o Bloco 1:
BLOCO 1 H. A.
BIOLOGIA 04
ED FÍSICA 04
FILOSOFIA 03
HISTÓRIA 04
LEM 04
LÍNGUA PORTUGUESA 06
Total Semanal 25
−Disciplinas da Base Nacional Comum que compõem o Bloco 2:
BLOCO 2 H. A.
ARTE 04
FÍSICA 04
GEOGRAFIA 04
MATEMÁTICA 06
SOCIOLOGIA 03
QUÍMICA 04
Total Semanal 25
8.2- Organização Curricular do curso: Ensino Médio - Formação de Docentes da
Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental – Modalidade Normal
Integrado (0489).
- Disciplinas que compõem a Base Nacional Comum:
•Arte
•Biologia
•Educação Física
•Filosofia
•Física
•Geografia
•História
•Língua Portuguesa e Literatura
•Matemática
•Química
•Sociologia
- Disciplina da parte Diversificada:
•Língua Estrangeira Moderna - Inglês
-Disciplinas da Formação Específica:
•Concepção Norteadora da Educação Especial
•Prática de Formação
•Fundamentos Filosóficos da Educação
•Fundamentos Históricos da Educação
•Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil
•Fundamentos Psicológicos da Educação
•Fundamentos Sociológicos da Educação
•Literatura Infantil
•Metodologia do Ensino das Artes
•Metodologia do Ensino das Ciências
•Metodologia do Ensino da Educação Física
•Metodologia do Ensino da Geografia
•Metodologia do Ensino da História
•Metodologia do Ensino da Matemática
•Metodologia do Ensino de Português/Alfabetização
•Organização do Trabalho Pedagógico
•Trabalho Pedagógico na Educação Infantil
Os estudos do Paraná serão contemplados na disciplina de história mais
diretamente nas aulas, e de forma geral nas demais disciplinas, permeando os conteúdos,
aproveitando o acervo bibliográfico – Temas Paranaenses, assim como os seguintes
programas:
• DEDI - Departamento para a Diversidade
• NGDS – Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual
• CEEI – Coordenação de Educação Escolar e Indígena
• NEREA – Núcleo de educação das Relações Étnico Raciais e
Afrodescendência
• PPA – Programa Paraná Alfabetizado
• CEC – Coordenação da Educação do Campo
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
• Cidadania e Educação em Direitos Humanos
• Educação Ambiental
• Enfrentamento à Violência na Escola
• Prevenção ao uso indevido de drogas
• Educação Fiscal
• Escola Aberta
A disciplina de Sociologia é trabalhada no Ensino Médio no Bloco 1, em todas as
séries, com 03 aulas semanais. No curso de Formação de Docentes – Integrado, é
trabalhada nas 1ª e 2ª séries, com a carga horária de 02 (duas) aulas semanais.
A disciplina de Filosofia é trabalhada no Ensino Médio no Bloco 2 em todas as
séries, com 03 aulas semanais. No curso de Formação de Docentes – Integrado, é
trabalhada nas 1ª e 2ª séries, com a carga horária de 02 (duas) aulas semanais.
8.3- Organização Curricular do curso: Ensino Médio - Formação de Docentes da
Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental – Modalidade Normal
com aproveitamento de estudos (0590).
-Disciplinas da Formação Específica:
•Concepção Norteadora da Educação Especial
•Prática de Formação
•Fundamentos Filosóficos da Educação
•Fundamentos Históricos da Educação
•Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil
•Fundamentos Psicológicos da Educação
•Fundamentos Sociológicos da Educação
•Literatura Infantil
•Metodologia do Ensino das Artes
•Metodologia do Ensino das Ciências
•Metodologia do Ensino da Educação Física
•Metodologia do Ensino da Geografia
•Metodologia do Ensino da História
•Metodologia do Ensino da Matemática
•Metodologia do Ensino de Português/Alfabetização
•Organização do Trabalho Pedagógico
•Trabalho Pedagógico na Educação Infantil
8.4- Organização Curricular do curso: Ensino Médio - Formação de Docentes da
Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental – Modalidade Normal
com aproveitamento de estudos (0592).
-Disciplinas da Formação Específica:
•Concepção Norteadora da Educação Especial
•Prática de Formação
•Fundamentos Filosóficos da Educação
•Fundamentos Históricos da Educação
•Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil
•Fundamentos Psicológicos da Educação
•Fundamentos Sociológicos da Educação
•Literatura Infantil
•Metodologia do Ensino das Artes
•Metodologia do Ensino das Ciências
•Metodologia do Ensino da Educação Física
•Metodologia do Ensino da Geografia
•Metodologia do Ensino da História
•Metodologia do Ensino da Matemática
•Metodologia do Ensino de Português/Alfabetização
•Organização do Trabalho Pedagógico
•Trabalho Pedagógico na Educação Infantil
•Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos
8.5- Organização curricular da Disciplina de Prática de Formação (Estágio
Supervisionado), do curso de Ensino Médio - Formação de Docentes da
Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental – Modalidade
Normal
Para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, na Modalidade Normal, em Nível Médio (Integrado ou com
Aproveitamento de Estudos), é oferecido o estágio obrigatório (Prática de Formação),
como atividade curricular obrigatória, que deverá proporcionar ao aluno (a) em formação a
condição de refletir teórico e praticamente sobre a ação docente, sendo o Eixo Temático
proposto para cada série/ano o fio condutor que integrará a efetiva inserção do (a) aluno
(a) na prática educacional.
A Prática de Formação (Estágio Supervisionado) é disciplina integrante na Grade
Curricular do Curso, sendo os procedimentos didático-pedagógicos de competência do
Colégio a quem cabe a decisão sobre a disciplina, oferecendo oportunidades e campos
de estágio e outras formas de ajuda para a consecução do processo educativo. O Plano
de Prática de formação esta em consonância com a Lei Federal nº 11.788/2008, que dis-
põe sobre o estágio de estudantes, Deliberação 010/99 do CEE-PR, na Lei de Diretrizes e
Bases 9394/1996 em seu TÍTULO VI artigos 61 e 62 e Artigo 82, Parágrafo Único. Plano
de Prática de Formação (Estágio Supervisionado), Regimento Interno e Projeto Político
Pedagógico da Instituição e de outras orientações ou suportes Legais sugeridos pela
Mantenedora - SEED-PR.
Com relação às dificuldades encontradas para o cumprimento do estágio
obrigatório, no Curso de Formação de Docentes, foi organizado nesse ano de 2010 o
Plano de Prática de Formação, pautado na ideia que o Estágio Supervisionado – de
modo mais intenso que outras disciplinas que integram a parte diversificada do Curso –
oportuniza o intercambio de conhecimentos entre os sujeitos que ensinam e os sujeitos
que aprendem. A partir dessa interação é possível não somente a formação, mas a
re(construção) e criação de novas práticas que subsidiarão a futura ação docente.
O Plano de Prática de Formação (Estágio Supervisionado) que é fruto de
discussões coletivas entre o corpo docente da disciplina e as Coordenações de Curso e
de Prática de Formação, foi elaborado de acordo com a Legislação pertinente e as
orientações vigentes recebidas da Secretaria de Estado da Educação do Estado do
Paraná (SEED-PR).
Os objetivos principais do Plano, além de possibilitar que o aluno, mesmo
trabalhador, que por vezes falta, justificadamente, a oportunidade de “recuperar” não
somente as horas, mas o conteúdo “perdido”, são:
Permitir ao corpo docente responsável pela prática de formação encaminhamentos
que possibilitarão traçar seu Cronograma de Atividades tendo como norte a ideia que
o Estágio Curricular deve ser caracterizado como um conjunto de atividades de
práticas pré - profissionais exercidas em situações reais de trabalho, sem vínculo
empregatício, com a finalidade precípua de inserir os(as) alunos(as) na realidade
educacional.
Possibilitar um trabalho “uniforme” entre os docentes de prática de formação por meio
de sugestões que comportem a integralização da carga horária do estágio por meio da
previsão das horas destinadas ao planejamento, orientações, avaliação das atividades
e outras tarefas realizadas sob a responsabilidade da Coordenação de Prática de
Formação e do professor da disciplina.
9- OBJETIVOS DO COLÉGIO ESTADUAL ANCHIETA
9.1- Geral:
O compromisso da escola é a formação de cidadãos críticos, participativos,
responsáveis, criativos e comprometidos com a transformação de sua prática
social, baseando-se nos princípios da universalização de igualdade de acesso,
permanência e sucesso na vida escolar através de um processo de ensino-
aprendizagem de qualidade.
9.2-Específicos:
Explicitar as concepções filosóficas que orientam o fazer pedagógico da escola.
Nortear as ações pedagógicas a serem desenvolvidas e implementadas através
de constantes processos de (re) avaliação.
Garantir o entendimento, através da efetiva participação, de que vivemos em uma
sociedade, portanto o coletivo é ideia imprescindível, numa sociedade organizada
em que se têm direitos, possui também deveres.
Garantir a tomada de decisão na escola, a partir das metas estabelecidas no
Plano de Ação do Colégio, com as visões que se tem de cada parte constitutiva da
escola ou do processo ensino-aprendizagem.
Superar os índices de evasão e repetência através das discussões e tomadas de
decisões coletivas.
Priorizar a seleção de conhecimentos relevantes, que incentivem mudanças
individuais e sociais e que subsidiem a melhoria do processo ensino-
aprendizagem, possibilitando sua apreensão e sua crítica.
10- PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS:
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Anchieta baseia suas ações
nos princípios apontados na Filosofia do Materialismo Histórico Dialético e ancora-se na
Pedagogia Histórico Crítica. O Materialismo Histórico formulado por Karl Marx se
fundamenta na interpretação da realidade, na materialidade e na concreticidade. Ou seja,
na visão de mundo aliada a práxis, a produção da vida material organizada socialmente
pelo homem e na organização histórica dos homens, respectivamente.
Portanto a prática pedagógica e as ações desenvolvidas no e pelo Colégio
viabilizam a interação entre conteúdo e a realidade concreta, visando a transformação
da sociedade através da práxis (prática-teoria-prática), em uma perspectiva de totalidade.
A Pedagogia Histórico-Crítica, por sua vez, tem suas bases psicológicas na
Teoria Histórico-Cultural – Lev. S. Vygotsky - que concebe o homem como um ser
histórico que se constrói na relação com o outro, com o mundo natural e social. O
conhecimento, nesta perspectiva é construído na relação sujeito-objeto, ou seja, entre
homem e natureza.
II- MARCO SITUACIONAL
O Colégio Estadual Anchieta situa-se na Av. Wenceslau Brás, 356, no Bairro Sul
Brasileira, próximo aos Bairros D.E.R, Conjunto Habitacional Adriana Geni Alves, Vila
Brasil e Conjunto Iguaçu, no município de Cruzeiro do Oeste.
A cidade de Cruzeiro do Oeste, foi criada por iniciativa do Estado no então
governo de Bento Munhoz da Rocha Neto, teve como motivação a necessidade de se
criar um pólo avançado para a colonização de uma vasta região do Estado do Paraná, a
ocupação do solo e seu aproveitamento com notável repercussão sócio-econômica.
Passou a fazer parte da história do Estado do Paraná em 14 de novembro de
1951, com a Lei n.º 790/51, de criação do Município de Peabiru, no dia 25 de agosto de
1952, data da fundação de Cruzeiro do Oeste. Somente em 28 de novembro de 1954,
pela Lei Estadual n.º 253/54, é que Cruzeiro do Oeste se emancipa politicamente, e em 3
de outubro de 1955, foi eleito o primeiro prefeito do município e a primeira Câmara
Municipal. No dia 17 de novembro do mesmo ano ocorreu a instalação do Município,
assumindo o cargo de primeiro prefeito da cidade o Sr. Aparício Teixeira D’Ávila.
Cruzeiro do Oeste começou a se desenvolver e de um simples lugarejo, que
servia apenas de pousada, tornou-se uma cidade com a necessidade de aqui se instalar
os poderes constituídos. No dia 25 de agosto de 1960, foi instalada a Comarca de
Cruzeiro do Oeste por Sidney Dietrichi Zappa, sendo o primeiro juiz de direito Osires
Antonio de Jesus Fontoura e o primeiro promotor da justiça Pedro Vieira.
Geograficamente o município se encontra numa área territorial de 783,9Km² e
segundo o censo de 1996 conta com 21.173 habitantes, dos quais 10.575 são homens e
10.598 são mulheres, com uma densidade demográfica de 27.1 hab./km². Atualmente, a
zona urbana concentra 79,12% da população num total de 16.752 habitantes, enquanto a
zona rural conta com 4.421 habitantes (20,88%).
A cidade de Cruzeiro do Oeste nos últimos anos pode se considerar a melhor
cidade paranaense em investimentos por habitante. Cruzeiro, ficou em terceiro lugar em
termos de investimentos per capta, atrás apenas de cidades de porte médio, como
Maringá e Londrina, superou a capital do estado, Curitiba e até as cidades coração do
Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o levantamento feito pelo Siafi. (Sistema Integrado
de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI é um sistema contábil que tem por finalidade realizar todo o
processamento, controle e execução financeira, patrimonial e contábil do governo federal brasileiro)
Ao longo dos últimos anos tem dedicado grande parte da sua atenção ao
desenvolvimento da agricultura, e especialmente à pequena propriedade rural, que produz
alimentos, gera renda e condições dignas de vida para inúmeras famílias do Município.
Através do Terra-Fertil, a Secretaria de Agricultura tem desenvolvido diversos trabalhos
que visam o desenvolvimento da pequena propriedade, e o aumento de sua produtividade
com qualidade. Grandes investimentos estão sendo aplicados em Cruzeiro do Oeste
devido ao grande incentivo de seus governantes e a mão de obra barata.
O Município participa ativamente do Programa de Financiamento de tratores dos
governos federal e estadual para a mecanização da produção. Incentiva a produção da
citricultura através dos programas de cultivo de laranja, abacaxi e acerola, com um novo
projeto de incentivo ao cultivo de maracujá e também de palmito pupunha, em
andamento.
Em 2009, mais de 90 mil mudas de café enxertadas foram subsidiadas, e está
reservando mais 70 mil mudas para o próximo ano (2010), dando novas opções de renda
para o pequeno produtor, além da distribuição de calcário e cama de frango. Está
iniciando agora, a Associação de Produtores de Laranja já tem sua própria estrutura, tem
estatuto aprovado e diretoria eleita. O objetivo é envolver produtores de outros
municípios da região e, desta forma, criar uma fronteira forte no cultivo dessa fruta.
Principais indústrias: Latco Beverages, CitrusPar (antiga BrasCitrus), GA
Construtora de Obras, Nova União Pneus, FrigoAstra, FrigoCruz, Tampico, Farinheira e
breve Rivesa, uma das maiores concessionárias e montadoras da região, de revenda
Volvo.
Diante do exposto é possível perceber que o município começa a implantar uma
política industrial com incentivo nos setores de: agricultura, pecuária, hortifrutigranjeiro,
fábricas de facção, bloquetes, laticínios, que requer qualificação profissional. O comércio
local tem um número expressivo de estabelecimentos, empregando muitas pessoas,
entretanto o desempenho comercial ainda não é satisfatório, pois a diversificação de
produtos é pequena.
Na área de prestação de serviços alguns setores atendem às necessidades dos
habitantes, outros são mais carentes, havendo necessidade de deslocamentos para
outros centros. O setor mais deficiente é a área da saúde, por falta de profissionais
especializados.
Analisando o contexto social do município constatamos que o Colégio conta com
alunos heterogêneos, tanto no tocante ao aspecto econômico, quanto no aspecto social.
Muitos buscam na escola oportunidade de ascensão social, e acreditam que através do
acesso ao saber poderão ocupar melhores postos e conseguir melhores empregos.
Desse modo a escola trabalha com um contingente de jovens e adultos, em geral
oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais, com diferentes origens étnicas e
culturais e que devem ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que é
veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares. Alunos que se diferenciam por
condições de existência e perspectiva de futuro.
O Colégio Anchieta buscando novos horizontes para a inserção de seus
estudantes no mundo do trabalho prima por ofertar conhecimentos que favoreçam a
interação dos alunos entre si e com o professor vinculando, ao mesmo tempo a cultura
acumulada historicamente.
Buscando levar em conta os interesses e necessidades dos alunos por meio da
sistematização lógica dos conhecimentos, o Colégio preocupa-se em ordená-los e
graduá-los para efeitos do processo de transmissão-assimilação.
Os conteúdos das disciplinas constantes nas Matrizes Curriculares dos Cursos de
Formação de Docentes e do Ensino Médio, por Blocos, o Colégio passou a oferecer, a
partir de 2009, com parecer favorável do Conselho Escolar, o curso básico de Língua
Estrangeira Moderna, CELEM- plurilinguista e gratuito - e o Programa Viva Escola -
ensino extracurricular, também ofertados para a comunidade escolar.
Comprometido com a educação de qualidade, a preparação do aluno na perspec-
tiva de diminuir o índice de evasão escolar e promover a formação de novos conhecimen-
tos, o Colégio possibilitará, sempre que haja oportunidade a efetivação do estágio não
obrigatório. O mesmo ocorrerá embasado na Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, e
Instrução nº 006/2009.
O estágio não obrigatório é oportunizado aos alunos conforme demanda ofertada
pelo município, atualmente, treze alunas estão inseridas em Escolas Municipais ou Cen-
tros Infantis e um aluno no Frigorífico Astra do Paraná.
Ainda na perspectiva de contribuir para a melhoria da educação, o Colégio dispo-
nibiliza aos seus estudantes e profissionais os Laboratórios de Informática e Laboratório
de Física, Química e Biologia. No Laboratório de Informática os computadores estão sen-
do incorporados na rotina escolar, convidando os professores a repensar suas práticas.
Há alguns anos era utilizado por poucos, e se restringia praticamente, na digitação de tex-
tos e pouco acesso a internet. Atualmente, esse recurso tecnológico, está sendo utilizado
pelos professores, alunos e funcionários, para realização de pesquisas, planejamento de
aulas mais interessantes e significativas, inclusive cursos on line ( GTR – Grupo de Traba-
lho em Rede, Aluno Integrado, e outros).
O Laboratório de Física, Química e Biologia, é um espaço interdisciplinar podendo
ser utilizados por todas áreas de experimentação, onde se realiza experimentos, para que
os alunos possam confrontar os conhecimentos teóricos com a prática, conseguindo as-
sim, entender o pensamento científico. Sua utilização está relacionada com os conteúdos
estruturantes de cada disciplina. A frequência do seu uso está descrita no Plano de Tra-
balho Docente dos professores destas disciplinas. Contamos com um auxiliar de Labora-
tório, que auxilia o professor na preparação para a prática, durante a aplicação e na con-
servação deste, mantendo-o sempre organizado.
Também contribuindo para a qualidade da nossa escola contamos com duas
Professoras PDE (2008), no ano de 2009 outras duas professoras foram licenciadas para
o programa e em 2010 outros dois professores. O Programa PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional) é uma programa inovador da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, em parceria com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior, destinado as professoras e professores da rede pública estadual.
Apesar das oportunidades oferecidas aos alunos e da preocupação de melhoria
da qualidade dos processos de ensino-aprendizagem o Colégio Anchieta, infelizmente,
ainda conta com um número significativo de alunos reprovados ou desistentes, conforme
quadro abaixo:
ALUNOS ENSINO MÉDIO - 2008 2009
SÉRIE APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSFERIDOS TOTAL
2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009
1ª 50 73 9 17 17 13 26 6 102 109
2ª 64 64 18 5 18 14 9 2 114 85
3ª 55 63 1 4 8 7 5 4 69 78
FORMAÇÃO DOCENTE - INTEGRADO - 2008 2009
SÉRIE APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSFERIDOS TOTAL
2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009
1ª 56 - 6 - 14 - - 76 -
- 23 - - - - - 2 - 25
3ª 18 34 1 - - 2 3 2 22 38
4ª 32 31 1 1 1 2 - - 34 35
FORMAÇÃO DOCENTE – com APROVEITAMENTO DE ESTUDOS 2008 2009
SÉRIE APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSFERIDOS TOTAL
2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009
1ª 22 - 2 - 15 - 4 - 43 -
2ª 22 13 1 2 2 5 2 - 27 20
3ª - 20 - 1 - - - - - 21
O número de desistência e reprovação de alunos é um fator preocupante,
principalmente após termos entrado no Programa Superação. Este toma por base os
índices o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do município, fluxo dos alunos e
ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), e para tanto, buscamos envolver toda a
comunidade escolar no processo educativo, mostrando que todos podem ter a clareza de
onde querem chegar e em que podem ajudar a escola nesta caminhada.
Por fazermos parte do Programa Superação temos recebido o apoio pedagógico
do NRE-Umuarama e acreditamos que muito em breve reverteremos esse quadro,
principalmente por sabermos que no cômputo geral nossa escola “entrou” para o
Programa porque muitos alunos inscritos não compareceram ao ENEM, figurando como
desistentes. Outro fator que contribuiu para a entrada no Programa foi o baixo IDH do
Município, ou seja, algo exterior a organização da escola.
A falta de apoio de alguns professores no entendimento de que o aluno,
principalmente o trabalhador, deve ser tratado com um olhar diferenciado contribui com as
estatísticas de evasão e reprova. Que se justifica pelo fato da escola possuir ainda um
grande número de professores com contratos temporários, outros, que trabalham em
várias escolas, inclusive em outro município e não chegam a fazer vínculo com a nossa,
não dispondo de tempo para conhecer sequer seu Projeto Político Pedagógico e através
dele a filosofia e as metas a serem alcançadas.
Quanto a participação das instâncias colegiadas (Associação de Pais Professores
e Funcionários, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil) temos contado com o apoio e
acompanhamento da Secretaria de Estado da Educação. O Grêmio Estudantil foi
reorganizado e através de Assembleia Geral dos Estudantes elegeram a chapa “Geração
Consciente”, com o objetivo de servir de representação e sustentação dos estudantes
frente à Unidade escolar. Os membros receberam a visita do professor Edinei Mora, do
Núcleo Regional de Educação, que a pedido da equipe pedagógica, exclareceu as
incumbências inerentes ao Grêmio, enfatizando sua “força” frente às reivindicações,
direitos e responsabilidades na obtenção de educação com qualidade. Seus membros
realizam reuniões mensais ou sempre que necessário, para discutirem ações voltadas
para atuar frente os assuntos pedagógicos, culturais, esportivos. Suas reuniões, ações e
conquistas são lavradas em livro ata próprio.
A participação efetiva do Conselho Escolar está apresentando resultados, pois
sempre que possível se apresentam na busca de soluções equilibradas para os
problemas coletivos do cotidiano escolar, dando suporte a Direção e Equipe, visando o
bem estar e formação integral dos alunos.
O Conselho de classe acontece bimestralmente, seguindo Calendário Escolar, era
utilizado mais para saber a situação individual dos alunos em seu aspecto quantitativo
(nota), deixando de perceber o aluno inserido em grupo específico que tem peculiaridades
distintas. Entretanto, está sendo aperfeiçoado, buscando-se resgatar o seu papel de
dinamizador do projeto pedagógico da escola. Estes momentos estão sendo utilizados
para discutir, refletir ações pedagógicas, estabelecendo metas que favoreçam o processo
ensino-aprendizagem, com base na interação e no diálogo entre os sujeitos e o processo
do conhecimento científico.
Este processo conta com três fases: O Pré-Conselho, o Conselho de Classe e o
Pós-Conselho.
O Pré-conselho é realizado com os alunos e após com os professores, na hora
atividade, através de fichas, identificando quais os problemas interferiram no processo
ensino-aprendizagem.
O Conselho de Classe acontece com a participação do diretor, equipe pedagógica,
professores e representantes de turmas que discutem sobre os problemas elencados no
pré-conselho, estabelecendo sugestões e ações para saná-los ou medidas a serem
seguidas.
Um dos aspectos que ainda necessita de ser refletido é a falta de professores ao
Conselho de Classe, pelo fato de estar agendado no calendário escolar, na mesma data
das outras escolas e os professores terem que optar pela escola que tem o maior número
de aulas, deixando, na maioria das vezes de participar nesta escola, mesmo sendo
convocados. E o descompromisso de alguns em colocar em prática o que é “acordado”
nos conselhos, embora tenha participado dos Pré-Conselhos com toda a turma em sala
de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)
pedagogo(s).
A Formação Continuada, sempre restrita somente aos espaços destinados em
calendário, também apresenta progressos, os professores estão participando dos cursos
ofertados pela SEED (Simpósios, Grupo de Trabalho em Rede, Grupos de Estudos, …).
Uma grande parcela de professores e pedagogos estão participando de cursos como:
PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional).
A hora-atividade é uma oportunidade para proceder à formação continuada, porém
seu espaço nem sempre pode ser aproveitado para o estudo em grupo, pois há apenas
um professor de várias disciplinas, por exemplo. A falta de um quadro com professores do
Quadro Próprio do Magistério em algumas disciplinas e a rotatividade de professores
contratados PSS (Processo Seletivo Simplificado) para cobrirem licenças médicas ou
especiais, impedem um trabalho mais efetivo e temos que retroceder sempre, não dando
prosseguimento aos estudos.
Os funcionários (Agentes Educacionais I e II) utilizam os Grupos de Estudos,
Capacitações e Encontros estabelecidos no calendário escolar, como Formação
Continuada assim como conquistaram o aperfeiçoamento profissional em nível médio no
curso PROFUNCIONÁRIO.
O Colégio sofre também com a falta de maior apoio financeiro já que a única
verba fixa, com a qual pode contar é a oriunda do Fundo Rotativo, que se torna ínfima,
diante das inúmeras necessidades materiais e físicas da escola, o que permite perceber
que a escola ainda não possui a tão falada autonomia, principalmente em termos
financeiros.
A parte física da escola despertava preocupação, por se tratar de um prédio
edificado no ano de 1.975 e obteve apenas pequenos reparos durante estes anos.
Estamos passando por reforma nas salas de aula, nos banheiros utilizados pelos alunos,
cozinha e pátio. De acordo com o Plano da Direção, o Diretor não tem medido esforços e
tem solicitado aos órgãos competentes ajuda para que a reforma em andamento possa
ser concluída com a máxima qualidade possível, haja vista que a pintura e equipamentos
não estão incluídas na mesma. Destacamos porém que as demais dependências, que
não foram incluídas, também necessitam de reforma.
Na sua estrutura não se previu espaços para implantação de Biblioteca e
Laboratório de Informática, que estão instalados em espaços adaptados.
Outro fator preocupante é a falta de Agente educacional I e Agente Educacional II,
pois a Infraestrutura do colégio exige um número maior de funcionários para a
manutenção e conservação do espaço físico bem como na preparação e oferta da
alimentação escolar.
A demanda de Agente Educacional II necessita de ampliação devido aos cursos
ofertados que acarretam tarefas complexas e contínuas. Há também a necessidade de
recursos humanos para atender o período vespertino, pois o Colégio oferta neste turno o
curso CELEM, e a prática de Formação de Docentes (estágio), entretanto não dispomos
de funcionários na secretaria para atendê-los, assim como à comunidade escolar.
Diante do relato dos principais problemas abordados acima o Projeto Político
Pedagógico do Colégio Estadual Anchieta, busca superar suas dificuldades partindo da
compreensão de que este projeto ultrapassa as exigências legais ou o cumprimento
daquilo que está estabelecido textualmente, mas principalmente à qualidade conquistada
ao longo de todo o processo de sua (re) elaboração, já que o Projeto Político Pedagógico
somente servirá como referência para as ações educativas se os sujeitos da comunidade
escolar se reconhecerem nas linhas e entrelinhas dele.
III- MARCO CONCEITUAL
1.1- concepção de homem:
Homem é o sujeito construtor de sua própria existência, é, portanto, capaz de
transformar sua condição de vida desde que possa refletir criticamente sobre a realidade
onde está inserido. Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que
está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como
o compreende e como dele lhe é possível participar.
1.2- concepção de sociedade:
Sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos,
preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. Hoje
vivemos em uma sociedade capitalista, promotora de desigualdades, caracterizada pelo
consumismo, discriminação em suas várias nuances: sócio-econômica, racial, religiosa,
cultural, estando ainda a serviço da elite dominante, que tem no poder político e
econômico sua força e privilégios, em detrimento da sofrida maioria da população.
Destarte, almejamos a construção de uma sociedade crítica, politicamente
democrática, culturalmente pluralista, onde todos sejam verdadeiramente reconhecidos e
respeitados em sua dignidade humana e em suas diferenças e tenham acesso ao
conhecimento científico.
1.3- Concepção de cidadania
A cidadania é o conjunto dos direitos políticos que goza um indivíduo,
permitindo-lhe participar ativamente da vida e do governo de seu país, na construção de
relações com outros cidadãos e sociedade. Pode-se dizer que cidadania é
essencialmente consciência de direitos e deveres e exercício da democracia, cabendo a
escola, como instituição, socializar os conhecimentos sistematizados, assumindo a
incumbência de formar estudantes para exerce-la. A formação política tem no universo
escolar um espaço privilegiado deve propor caminhos para mudar as situações de
opressão. Muito embora outros segmentos participem dessa formação, como a família,
ou os meios de comunicação, não haverá democracia substancial se inexistir essa
responsabilidade propiciada, sobretudo pelo ambiente escolar (GALVÃO, 2003, p. 01).
1.4 - concepção de conhecimento
Conhecimento é o ato ou a atividade de conhecer, realizado por meio da razão
e/ou da experiência, isto é, incorporar um conceito novo, acumulando e organizando-os
com o intuito de compreender a realidade e partir em busca de novos conhecimentos.
Somente os seres humanos têm a capacidade de criar, reter, transformar o conhecimento,
aplicando o que se aprende.
As experiências e conhecimentos produzidos e transmitidos de geração em
geração, através da educação, da cultura, permite que esta não volte ao ponto de partida,
mas possa através deste conhecimento aprimorar e ampliar novos conceitos.
Luckesi (1996) afirma “que o conhecimento é a explicação/elucidação da realidade
e decorre de um esforço de investigação para descobrir aquilo que está oculto, que não
está compreendido ainda. Só depois de compreendido em seu modo de ser é que um
objeto pode ser considerado conhecido. Adquirir conhecimentos não é apenas
compreender a realidade retendo informações, mas utilizando-se destas para adquirir
novos conhecimentos e avançar, porque, quanto maior entendimento do mundo, mais
satisfatório será a ação do sujeito que a detém.”
A Escola deve ser o espaço do confronto e diálogo entre os conhecimentos
sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular, o lugar de socialização do
conhecimento, forma de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão
filosófica e do contato com a arte. Espaço de formação de sujeitos inseridos em uma
sociedade promotora de desigualdades, que deve oferecer uma educação que contribua
para formação de cidadãos críticos, participativos, responsáveis, criativos e
comprometidos com a transformação. Propulsores de uma nova ordem, mais justa e
igualitária, e sujeitos interventores de um futuro a ser construído hoje.
1.5- concepção de educação
Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira, educação é o "Processo de desenvolvimento da capacidade física,
intelectual ou moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor
integração individual e social".
A educação é um processo permanente que se efetua na família, na comunidade,
no trabalho, na comunicação social, enfim, na interação do homem com o meio. A
educação está em todos os lugares e no ensino de todos os saberes. Assim não existe
modelo de educação, a escola não é o único lugar onde ela ocorre e nem muito menos o
professor é seu único agente. Existem inúmeras educações e cada uma atende a
sociedade em que ocorre, pois é a forma de reprodução dos saberes que compõe uma
cultura em prol da transformação, portanto, a educação de uma sociedade tem identidade
própria. Entretanto, a educação escolar tem como finalidade maior propiciar e socializar o
conhecimento científico, assim como assumir a incumbência de preparar as pessoas para
a cidadania, para justamente fazer a diferença em relação aos outros meios de educar.
1.6- concepção de currículo
O currículo está baseado nas dimensões científica, artística e filosófica do
conhecimento e a escola como o espaço do confronto e diálogo entre os conhecimentos
sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Essas são as fontes sócio-
históricas do conhecimento em sua complexidade.
Currículo como configurador da prática, produto de ampla discussão entre os
sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e com organização disciplinar. As
disciplinas escolares, apesar de serem diferentes na abordagem, estruturam-se nos
mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais como os mecanismos conceituais e
simbólicos. Esses princípios são critérios de sentido que organizam a relação do
conhecimento com as orientações para a vida como prática social, servindo inclusive para
organizar o saber escolar, compreendendo as disciplinas escolares como indispensáveis
no processo de socialização e sistematização dos conhecimentos, mas não concebendo
esses conhecimentos restritos aos limites disciplinares. A valorização e o aprofundamento
dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condição para se
estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias para a
compreensão da totalidade, numa perspectiva interdisciplinar. Tal perspectiva se constitui,
como concepção crítica de educação e, portanto, está necessariamente condicionada ao
formato disciplinar, ou seja, à forma como o conhecimento é produzido, selecionado,
difundido e apropriado em áreas que dialogam mas que constituem-se em suas
especificidades.
Entendido como conhecimento produzido historicamente de onde se derivam
conteúdos relevantes e clássicos, que no entender de Saviani (2003), não deve ser
confundido com tradicional, pois clássicos são os que resistiram ao tempo e
permaneceram como contribuição fundamental para o desenvolvimento cultural da
humanidade. Para tanto, os conteúdos curriculares são os conteúdos clássicos,
sistematizados, metódicos, científicos, que expressam o desenvolvimento das formas de
criação e de (re)construção da existência humana, em um processo sempre histórico,
sendo pensados, nesta ótica, enquanto “elementos de emancipação humana e força
propulsora da transformação das relações sociais” (Libâneo, 1990, p. 135). Ou seja,
conteúdos vinculados com a prática social.
1.7 - concepção de cultura
Cultura é o conjunto de ideias, valores, arte, crença, leis e conhecimentos de um
povo, nação ou lugar, isto é, a forma de organização de um povo, seus costumes e
tradições. O ser humano tem uma cultura herdada ou adquirida pela comunidade onde
está inserido ou pela transmissão de conhecimentos de seus familiares, a escola deve
trabalhar e respeitar essas diferentes culturas. O planejamento dos conteúdos deve estar
relacionado com o desenvolvimento de uma prática pedagógica. A escola deve buscar
articular esses conteúdos à dinâmica de um processo educativo, confrontando-o com o
conhecimento científico de forma sistematizada, isto é obedecendo a um sistema, a uma
organização previamente planejada.
1.8 - concepção de avaliação
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), nº 9.394/96,
a avaliação deve ser contínua e priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem,
sendo que os aspectos qualitativos devem prevalecer sobre os quantitativos.
Nesta perspectiva a avaliação verifica resultados e o desenvolvimento de um
processo. Temos que saber de onde saímos, onde queremos chegar e como
conseguiremos isso.
O conceito de avaliação em educação, tradicionalmente era identificada com
'medida'. Mediam-se as aprendizagens dos alunos também para verificar o (in)sucesso
dos programas e dos sistemas educativos.
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de
diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação
e reflexão da prática pedagógica, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar a
aprendizagem no presente, orientar as possibilidades futuras e mudar as metodologias,
apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas
educativas.
A avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-
lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que
envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.
Os critérios de avaliação são definidos pela intenção que orienta o ensino e expli -
cita os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são um elemento de
grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as etapas da ação peda-
gógica. Os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros. Os instrumentos de
avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-meto-
dológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos, pois a utilização repetida e
exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de obser-
var os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação,
percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formula-
ção de hipóteses, entre outros.
Os instrumentos de avaliação precisam, portanto, ser pensados se-gundo os objetivos pretendidos por todos os envolvidos, que, em última instân-cia, são a formação, desenvolvimento, integração, socialização e felicidade dos sujeitos; sua qualidade está associada à qualidade educacional que ele possi-bilita (GADOTTI, 1987).
A recuperação de estudos deve acontecer concomitantemente ao processo ensi-
no-aprendizagem e de forma permanente. Sendo um direito dos alunos, independente-
mente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, não se restringindo a mais
uma prova e sim com novas oportunidades de recuperação, e devem constar no livro de
registro de classe. Será organizada com atividades significativas, por meio de procedi-
mentos didático-metodológicos diversificados.
1.9- concepção de gestão democrática
Gestão democrática é a forma de gestão que envolve a participação de todos, em
se tratando de educação, gestão democrática é a participação de todos os envolvidos no
processo educativo.
Gestão significa tomar decisões, organizar, dirigir as políticas educacionais
que se desenvolvem na escola comprometidas com a formação da cidadania, é um compromisso de quem toma decisões – a gestão, de quem tem consciência do coletivo – democracia, de quem tem responsabilidade de formar seres por meio da educação. (FERREIRA)
O que viabiliza a prática da gestão democrática é a atuação do gestor (diretor) ao
buscar a articulação dos envolvidos no processo educativo, comprometido com a
qualidade da educação e com as transformações sociais que possibilite avançar o aluno
nos mais variados aspectos: social, político, intelectual e humano, isto é, visando uma
educação de qualidade, o que implica uma liderança democrática, capaz de interagir com
todos os segmentos da comunidade escolar. Definido pela conciliação de um projeto
educacional que busque humanismo e tecnologia, conhecimentos e exercícios da
cidadania, formação ética, autonomia intelectual, organização e participação efetiva.
Como diz Gadotti (1997) “A Autonomia e a Gestão Democrática da escola fazem parte da
própria natureza do ato pedagógico. A gestão democrática da escola é, portanto, uma
exigência de seu projeto político-pedagógico”.
Ainda segundo o autor: “A gestão democrática da escola implica que a
comunidade, os usuários da escola, sejam os seus dirigentes e gestores e não apenas os
seus fiscalizadores ou meros receptores dos serviços educacionais. Na gestão
democrática pais, alunos, professores, funcionários e as Instâncias Colegiadas participam
efetivamente e assumem sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola.”, no
processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar.
Além disso, o gestor deve proporcionar um melhor conhecimento dos objetivos e
metas, da estrutura organizacional e de sua dinâmica das relações da escola com a
comunidade, e favorecer uma aproximação maior entre professores, alunos e pais.
Organizar o trabalho pedagógico em escola pública não é uma tarefa fácil é algo
abrangente, requer uma formação de boa qualidade além de exigir do gestor um trabalho
coletivo que busque incessantemente a autonomia, liberdade, emancipação e a
participação na construção do projeto político-pedagógico. Numa gestão democrática, o
gestor precisará saber como trabalhar os conflitos e desencontros, deverá ter
competência para buscar novas alternativas e que as mesmas atendas aos interesses da
comunidade escolar, deverá compreender que a qualidade da escola dependerá da
participação ativa de todos membros, respeitando individualidade de cada um e buscando
nos conhecimentos individuais novas fontes de enriquecer o trabalho coletivo.
O papel do pedagogo na gestão escolar, visto que é o profissional que atua
frente as ações pedagógicas, está vinculada a organização dos processos educativos,
mediando e articulando as concepções e objetivos da escola, elencados no seu Projeto
Político Pedagógico, garantindo a promoção da aprendizagem e responsabilizando-se
pela organização e acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido na escola
pelo coletivo dos profissionais que nela atuam.
Fazem parte da Gestão Democrática as Instâncias Colegiadas, APMF (Associação
de Pais, Mestres e Funcionários), Conselho Escolar e Grêmio Estudantil, representação
da comunidade escolar estão legalmente instituídos por Estatutos e Regulamentos
próprios.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF é um órgão de
representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem
caráter político partidário, religioso, racial e fins lucrativos, não sendo remunerados os
seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado (Regimento
Escolar 2008), tem como finalidade aproximar a comunidade com o Projeto Pedagógico
da escola principalmente no suporte aos Programas Culturais e Esportivos e na busca de
soluções viáveis para os problemas escolares.
“O espaço da escola deve ser um espaço democrático, onde todas as vozes possam ser ouvidas, e a APMF, deve ser o veículo que integre todos os representantes dessa comunidade” (Estatuto APMF, 2003).
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do
estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e
coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros (Regimento Escolar 2008).
O Grêmio Estudantil tem como função contribuir e proporcionar o envolvimento dos
alunos em atividades culturais, sociais e esportivas, assuntos de interesses dos alunos,
bem como a reflexão e posicionamento frente aos problemas da atualidade.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação (Regimento
Escolar 2008).
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação
pública, presentes na comunidade.
É a instituição que coordena a gestão escolar referente ao estudo, planejamento e
acompanhar as principais ações no dia a dia da escolar, isto é, tem como principal
atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino.
1.10 - Concepção de Tecnologias na educação
Tecnologia é concebida, de maneira ampla, como qualquer artefato, método ou
técnica criada pelo homem para tornar seu trabalho mais leve, sua locomoção e sua
comunicação mais fáceis, ou simplesmente sua vida mais agradável e divertida.
As tecnologias na educação são utilizadas para melhorar a qualidade de ensino-
aprendizagem, assim como, para adquirir conhecimentos, pesquisar, organizar,
armazenar, analisar, relacionar, integrar, aplicar e transmitir informação.
A tecnologia na educação envolve um modo de trazer mais informações para
professores e estudantes com o objetivo de criar estratégias de aprendizagem;
contribuindo para o desenvolvimento intelectual dos envolvidos no processo educacional,
estabelecendo relacionamento entre o conhecimento científico e tecnológico com a ação,
teoria e prática; na formação continuada de profissionais educativos (professores,
funcionários, direção e equipe pedagógica) e alunos, através de cursos “on line” e na
socialização das informações.
1.11 - Concepção de Pré, Conselho e Pós-Conselho de Classe
O pré-conselho de classe, é a reunião realizada, antes do Conselho de Classe,
bimestralmente, registrado em ficha própria (em anexo), coordenada pela equipe
pedagógica com alunos representantes de turma e professores a fim de coletar dados e
informações antecipadas dos alunos, com tempo necessário para analisar os problemas
que interferem no processo ensino/aprendizagem e possíveis soluções.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva em assuntos
didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do Estabelecimento de Ensino,
tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e
os procedimentos adequados a cada caso. As reuniões são lavradas em Livro Ata, pela
secretária do Colégio. Conceitua-se como uma reunião liderada pela direção e equipe
pedagógica, da qual professores, e representantes de turmas participam, com o objetivo
de compartilhar informações, já obtidas no pré-conselho ou fora dele, sobre a classe e
alunos individualmente. Nessa reunião objetiva-se refletir não só sobre a aprendizagem
dos alunos mas também sobre o processo de ensino, para então propiciar uma avaliação
mais completa do estudante e do próprio trabalho docente, possibilitando a tomada de
decisão para um novo fazer pedagógico, favorecendo mudanças para estratégias mais
adequadas à aprendizagem de cada turma e/ou aluno.
O pós conselho de classe é a fase de colocar em prática as ações definidas no
Conselho de Classe, assim como, elaboração de gráficos do rendimento das turmas,
reuniões com alunos, pais ou responsáveis.
1.12- Conceito de processo ensino-aprendizagem
O processo de ensino-aprendizagem envolve um conteúdo que é ao mesmo tempo
produção e produto. Parte de um conhecimento que é formal (curricular) e outro que é
latente, oculto e provém dos indivíduos.
Todo ato educativo depende, em grande parte, das características, interesses e
possibilidades dos sujeitos participantes, alunos, professores, comunidades escolares e
demais fatores do processo. Assim, a educação se dá na coletividade, mas não perde de
vista o indivíduo que é singular (contextual, histórico, particular, complexo). Portanto, é
preciso compreender que o processo ensino-aprendizagem se dá na relação entre
indivíduos que possuem sua história de vida e estão inseridos em contextos de vida
próprios.
Pensar no processo ensino-aprendizagem de forma dialética promove a formação
de novos conhecimentos e traz a ideia de seres humanos como indivíduos inacabados e
passíveis de uma curiosidade crescente – aqui considerada como uma curiosidade
epistemológica, uma capacidade de refletir criticamente o aprendido – capaz de levar a
um contínuo processo ensinar-aprender.
Para GADOTTI (1995) “O aluno aprende apenas quando ele se torna sujeito da sua
aprendizagem. E para ele tornar-se sujeito da sua aprendizagem ele precisa participar
das decisões que dizem respeito ao projeto da escola que faz parte também do projeto de
sua vida. Passamos muito tempo na escola, para sermos meros clientes dela”.
1.13 – Concepção de Formação Continuada
A escola é o local onde a interação entre os seus vários atores deve estar
sintonizada em objetivos educacionais comuns, estabelecidos por meio da elaboração de
um projeto coletivo, a fim de promover a formação não só daqueles que vão aprender,
mas também daqueles que são responsáveis pela sua aprendizagem. A efetivação
desses objetivos só se dará se todos que estão envolvidos no processo educativo se
sentirem responsáveis por estabelecerem meios e ações para promover as mudanças
necessárias que atendam às exigências da sociedade e, em especial, da comunidade na
qual a escola está inserida.
Esta formação acontece mediante diversas situações do cotidiano que viabilizem
aprendizagens para o exercício das atividades educativas, em cursos ofertados pela
SEED (Secretaria de Educação do Estado), NRE (Núcleo Regional de Ensino) e
parcerias afins, através de Grupos de Estudos, Jornadas Pedagógicas, Simpósios,
Reuniões Pedagógicas, Itinerante, Cursos, PDE, Profuncionário, entre outros.
O Programa PDE oferece aos professores paranaenses um modelo inédito de
Formação Continuada, estabelecendo um conjunto de atividades que visam a melhoria da
Educação Básica Pública, em parceria com as instituições de Ensino Superior. O
Programa foi forjado durante ao do Plano de Carreira do Magistério (Lei Complementar n.
103, de 15 de março de 2004), e se concretizou no ano de 2007. Durante o Programa,
com duração de dois anos, o professor é afastado de suas atividades em 100% no
primeiro ano e, no segundo ano, em 25%. permitindo que os mesmos retornem às
atividades acadêmicas de sua área de formação inicial. Com a colaboração de um
Orientador da Instituição do Ensino Superior, o Professor PDE auxiliará a formação de
seus pares por meio do GTR (Grupo de Trabalho em Rede), por meio de suportes
tecnológicos necessários ao desenvolvimento desta atividade colaborativa. Realizará um
material pedagógico que servirá de suporte aos professores/alunos e ao final do processo
o Professor PDE elaborará um Artigo Científico que explicitará sua intervenção durante os
dois anos do Programa.
Os Professores PDE representa um auxílio importante ao programa de formação
continuada para professores/alunos e funcionários, por meio dos cursos que promovem
suas intervenções na escola, inclusive com certificação da IES a qual estão vinculados,
em nosso caso UEM (Universidade Estadual de Maringá).
O Profuncionário é um curso de Formação Profissional Técnico em Nível Médio,
com habilitação em Secretaria Escolar, Alimentação Escolar, Multimeios Didáticos e Meio
Ambiente e Infraestrutura, com carga horário de 1260 horas, sendo 960 horas teóricas e
300 (trezentas) horas de prática Profissional Supervisionada. Seu objetivo é contribuir
para a construção da identidade dos funcionários das escolas, sua valorização e,
consequentemente, a melhoria da qualidade da educação.
1.14 - CELEM
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas é uma oferta extracurricular e gratuita
do ensino de Língua Estrangeira nas escolas da rede pública do Paraná, destinado a
alunos, professores, funcionários e à comunidade. Foi criado no ano de 1986 pela
Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, e implantado no nosso colégio
em 2009. Este programa visa ofertar o ensino de idiomas (alemão, espanhol, francês,
inglês, italiano, japonês, mandarim, polonês e ucraniano) gratuitamente no estado do
Paraná. No nosso estabelecimento de ensino ofertamos o Espanhol, que tem por objetivo
difundir o idioma das culturas, incluir o estudante no mundo globalizado, garantindo
assim, o aperfeiçoamento pessoal e profissional , assim como uma melhor interpretação
da sociedade e do mundo em que vive como cidadão participante.
Com duração de 02 (dois) anos e carga horária anual de 160 (cento e sessenta)
horas/aulas, está em consonância com a LDBEN 9394/96, atendendo a todas as
disposições da Resolução nº3904/2008, da Instrução nº019/2008, bem como às
orientações do CELEM/DEB/SEED.
1.15 – VIVA A ESCOLA
O Programa Viva a Escola é oportunizado pelo governo do Estado do Paraná, com
a finalidade de expandir as atividades pedagógicas realizadas na escola, e contribuir para
a formação dos alunos e comunidade escolar. Embasados pela Resolução nº 3683/2008
e Instruções nº 017/08 e nº 010/2009 SUED/SEED, são atividade de complementação
curricular, atendendo as especificidades da escola e vinculadas ao Projeto Político
Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas afins.
III- MARCO OPERACIONAL
Expostas as grandes linhas de ação a serem traçadas e concretizadas tanto no
Marco Situacional como no Conceitual faz-se necessário o redimensionamento da
organização do trabalho pedagógico, que certamente nos leva a uma postura a ser
assumida pela instituição escolar, que é a busca constante pela “revalorização da função
social da Escola”, que no atual contexto deve preocupar-se com as profundas
desigualdades sociais que excluem do seu interior parte significativa da população, que
por encontrar-se à margem do sistema, perdem talvez a única esperança de encontrarem
um futuro mais promissor.
É sabido que a escola não resolve os problemas sociais vigentes, mas, através da
difusão de saberes críticos e contextualizados pode contribuir para uma atuação mais
efetiva do indivíduo na sociedade oportunizando a ele o exercício de sua cidadania.
Como forma de tornar explícito a todos os que tiverem acesso a este Projeto
aquilo que se espera alcançar em cada um dos pontos destacados, tomando como
referência as dificuldades encontradas na escola se estabelecerá em seguida as metas
que se espera alcançar através da organização do trabalho pedagógico no Colégio
Estadual Anchieta.
1- METAS
1.1- Escola:
Promover reuniões, com palestras expondo o Projeto Político Pedagógico, com
os vários seguimentos da escola, para compreensão do Projeto Político
Pedagógico e possam inteirar-se do seu conteúdo na íntegra;
Promover reunião para a eleição dos representantes da APMF;
Assessorar os professores na implementação e execução da Proposta
Pedagógica Curricular e consequentemente do Plano de Trabalho Docente;
Contabilizar e providenciar o cumprimento de carga horária e reposição dos
conteúdos dos professores que foram contratados após o ano letivo;
Quanto à falta de professores para algumas disciplinas, um problema macro –
estrutural, explicar para a comunidade escolar que esta é uma questão que não
está nas mãos da escola à solução, em reuniões com pais dos alunos das turmas
atingidas;
Divulgar na mídia as atividades de destaque dos alunos e professores, para o
reconhecimento da comunidade;
Cobrar dos professores, sejam os efetivos ou contratados, maior compromisso
em relação à construção da Proposta Pedagógica Curricular/ Plano de Trabalho
Docente e sua consolidação;
Buscar junto ao CGE/ NRE, informações mais precisas em relação aos aspectos
teóricos e práticos, em relação à construção da Proposta Pedagógica Curricular/
Plano de Trabalho Docente caso o professor apresente ainda alguma dúvida,
assim como metodologias inovadoras que venham dinamizar o trabalho docente e
satisfazer as necessidades dos alunos.
Aprofundar a discussão do tema “avaliação” nos momentos de formação
continuada, reuniões pedagógicas e hora atividade, buscando sua efetivação
através do compromisso dos professores no cumprimento do que está estabelecido
legalmente sobre o tema;
Informar e prestar esclarecimentos do sistema de avaliação para a comunidade
escolar;
Realizar o Pré – conselho com professores e alunos em momentos mais
individualizados com direção, equipe pedagógica, professores e representantes de
turmas; investir esforços para que estes se realizem de acordo com as orientações
recebidas da SEED-PR.
Realizar Pós – conselho com os professores e alunos nas turmas que
apresentam maiores dificuldades.
Organizar o horário favorecendo o cumprimento da Hora Atividade.
Promover mostra de profissões para esclarecimentos aos alunos, objetivando
desenvolver o interesse dos mesmos para o estudo, com palestras de professores
de universidades;
1.2- Gestão democrática:
Incentivar os diversos segmentos da Gestão democrática, fazendo com que se
efetive a presença dos pais e comunidade escolar no colégio, através de palestras
(em datas específicas: Dia da família na escola – 19/03, Dia das Mães, Pais,
EXPOCEA) ou em reuniões para que se envolvam com o processo educativo de
seus filhos e nas decisões a serem tomadas em prol do mesmo.
Através da formação continuada explicitar a importância da participação e a
responsabilidade de cada um dos envolvidos na elaboração, aplicação e
implementação do Projeto Político Pedagógico;
Repassar as informações recebidas a quem possa interessar para que a divisão
do trabalho pedagógico seja feita no coletivo, porém sem ultrapassar os espaços
específicos de cada um;
Realizar o processo de distribuição de aulas e de tarefas respeitando os direitos e
deveres de cada um;
Comunicar os pais sobre reuniões e atividades educativas, garantindo maior
retorno sobre a vida escolar de seus filhos;
Fazer a prestação de contas e anexar cópias nos editais, para tornar mais
democrática e transparente a estão administrativa e financeira, incentivando e
promovendo maior participação de todos os envolvidos no processo educativo;
Organizar a escolha do representante de turma e promover sua formação para
que sua atuação como “líder” de sala esteja em consonância com os princípios da
gestão democrática.
Reativar a Cantina Escolar, sob os cuidados da APMF.
Conquistar uma participação mais ativa dos órgãos Colegiados (APMF,Conselho
Escolar, Grêmio Estudantil,...), com convites e espaço nos eventos do Colégio.
Promover encontros, reuniões com os membros do Grêmio Estudantil para
orientação e esclarecimentos necessários nas ações por eles desenvolvidas.
1.3- Currículo:
Promover grupo de estudo valorizando o conhecimento histórico acumulado
gerando a necessidade de constituir novas ideias sobre a Educação;
Incluir todas as pessoas no processo educativo através da valorização das
diferentes culturas e do saber produzido historicamente;
Auxiliar os professores na elaboração e execução das Propostas Pedagógicas
Curriculares e dos Planos de Trabalho Docente, durante a hora atividade,
viabilizando formas de atingir melhores resultados no processo ensino-
aprendizagem,a fim de favorecer o acesso ao conhecimento, à cultura e às formas
de trabalho, valorizado pela comunidade, bem como a possível inclusão do aluno
na sociedade;
Subsidiar as ações pedagógicas dos docentes na Prática de Formação, na
elaboração do cronograma a ser realizado por cada professor da disciplina em
cada uma das séries que atua, que servirá de parâmetros para a distribuição das
atividades durante o ano letivo, bem como para a atribuição de atividades que
servirão de recuperação para as faltas justificadas pelo(as) alunos(as) nas
atividades planejadas para a disciplina de Prática de Formação (Estágio
Supervisionado). Vale ressaltar que cada docente, segundo a especificidade da
sua série, poderá programar as atividades necessárias ao cumprimento da carga
horária anual exigida.
Avaliar e atualizar as Propostas Pedagógicas Curriculares e dos Planos de
Trabalho Docente considerando as demandas do mundo do trabalho, os princípios
da formação humana e as Diretrizes Curriculares de cada disciplina, após cada
Conselho de Classe, promovendo a efetivação do conteúdo estruturante e
específico.
1.4- Processo de ensino-aprendizagem
Direção, Equipe Pedagógica e Coordenação - discutir o processo ensino-
aprendizagem, em reuniões bimestrais, com os vários seguimentos, como algo
centrado no educando, questionando o desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem.
Equipe Pedagógica e Coordenação - promover estudo com os professores , para
reconhecer que processo de ensino-aprendizagem compreende a organização do
ambiente educativo, a motivação dos envolvidos no mesmo.
Zelar para que a hora atividade seja também espaço de formação continuada,
momento de reflexão para os pré e pós conselhos, constituindo-se em um espaço
de planejamento para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem.
Zelar pelo cumprimento dos conteúdos expressos na Proposta Pedagógica
Curricular e no Plano de Trabalho Docente, respeitando sua flexibilidade.
1.5- Avaliação do Projeto Político Pedagógico
- Avaliar o Projeto Político Pedagógico, ciente que este não é algo estanque,
desvinculado dos aspectos políticos e sociais, mas como um projeto que aceita,
reconhece e reflete as contradições e conflitos à luz das informações disponíveis:
resultados de atividades organizadas produzindo situações de superação.
- Realizar avaliações do Projeto Político Pedagógico em reuniões específicas
(bimestral ou quando se fizer necessário), com a participação de todos os envolvidos e
através de fichas de Auto Avaliação, observar se as metas foram atingidas e buscar
novas ações para o cumprimento de todo o projeto.
2- PROJETOS (anexo)
2.1– EXPOCEA
2.2- BRINQUEDOTECA: ALIANDO TEORIA E PRÁTICA
3- PLANO DE AÇÃO
3.1- PLANO DE AÇÃO DO DIRETOR
3.2- PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
3.3- PLANO DE AÇÃO DA COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO
3.4 – PLANO DE AÇÃO DA COORDENAÇÃO DO CURSO FORMAÇÃO DOCENTE
3.5 - PLANO DE AÇÃO DA PRÁTICA DE FORMAÇÃO DOCENTE (ESTÁGIO
SUPERVISIONADO
3.6 - PLANO O ESTÁGIO NÃO RENUMERADO
4 – FICHAS DE PRÉ-CONSELHO
4.1 – FICHA DE PRÉ-CONSELHO COM OS ALUNOS
4.2 – FICHA DE PRÉ-CONSELHO COM OS PROFESSORES – Ensino Médio por
Blocos de Disciplinas Semestrais
4.3 – FICHA DE PRÉ-CONSELHO COM OS PROFESSORES – Formação Docente
14- REFERÊNCIAS
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SP : Brasiliense 1995.
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dezembro de 1996.
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