Não há Projeto Político Pedagógico
sem participação, é preciso que
todos assumam sua parte de
responsabilidade, pais, alunos,
professores e demais profissionais
da educação, todos juntos por uma
educação Solidária.
Sengés - 2010
2
SUMÁRIOSumário 03
Identificação e Atos Oficiais 05
Apresentação 6
Histórico da Escola 07
Organização da Entidade Escolar 12
Calendário Escolar 13
Marco Situacional 13
Marco Conceitual 17
Concepções Epistemológicas 19
Avaliação da Aprendizagem 21
Concepção de Gestão Democrática 22
Concepção de Currículo 24
Inclusão 25
Educação de Campo 27
Marco Operacional 27
Recuperação de Estudos 32
Atividades Escolares 32
Relações na Escola 40
Formação Continuada 43
Otimização dos Recursos Financeiros 44
Plano de Ação – Gestão 2009 a 2011 44
Plano de Ação – Equipe Pedagógica 47
Plano de Ação - Funcionários 50
Avaliação Institucional 54
3
Quadro de Decisões e Ações 55
Considerações Finais 58
Referências Bibliográficas 58
Anexos 60
Ata de Aprovação 245
4
IDENTIFICAÇÃO
NOME: COLÉGIO ESTADUAL “PRESIDENTE COSTA E SILVA” ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO. CÓDIGO: 0033-9
MUNICÍPIO: SENGÉS CÓDIGO: 2650
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: ESTADUAL CÓDIGO: 2
N.R.E.: WENCESLAU BRAZ CÓDIGO: 30
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
ATOS OFICIAIS
• AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO – Resolução 1470/81 de
19/08/81 - DOE de 19/08/1981.
• RECONHECIMENTO DO ESTABELECIMENTO – Resolução
2473/82 de 06/10/82 – DOE de 06/10/1982.
• RECONHECIMENTO DO CURSO FUNDAMENTAL – Resolução
2473/82 – DOE de 06/10/1982.
• RECONHECIMENTO DO CURSO MAGISTÉRIO – Resolução
2978/83 – DOE de 01/09/1983 – Cessação Resolução 2203/97 de
27/06/1997.
• RECONHECIMENTO DO CURSO BÁSICO EM COMÉRCIO
Resolução 2978/83 – DOE de 01/09/1983 – Cessação Resolução
2203/97 de 22/03/1997.
• RECONHECIMENTO DO CURSO, AUXILIAR DE
CONTABILIDADE (3 ANOS) TÉCNICO EM CONTABILIDADE (4
ANOS) – Resolução 2274/87 – DOE de 16/06/1987 – Parecer nº
96/87 CEE – Cessação Resolução 2202/97 de 27/06/1997.
5
• RECONHECIMENTO DO CURSO MÉDIO – Resolução 3617/99 –
DOE de 08/10/1999.
• PARECER DO N.R.E. DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO
ESCOLAR: Nº 22/2000 de 18/08/2000.
APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual “Presidente Costa e Silva” – Ensino
Fundamental e Médio é uma escola pública que oferece o ensino fundamental de
5ª a 8ª séries e Médio de Educação Geral à comunidade sengeana urbana e rural,
nos períodos diurno e noturno.
Localiza-se à Rua Prefeito Daniel Jorge, nº 657, no centro da
cidade e atende prioritariamente a região central e leste da cidade, bem como
alunos de todos os bairros da cidade, inclusive rural.
Este documento respalda a identidade da instituição de ensino,
dando-lhe autonomia para assegurar os direitos e garantir que os anseios de
todos os setores que fazem parte da comunidade escolar sejam ouvidos e
atendidos.
Partimos do princípio de que buscamos a melhoria do ensino –
aprendizagem e que vivemos uma constante mudança social, iniciamos a
reformulação do Projeto Político Pedagógico, para que se atendam as
necessidades específicas da escola e para que haja um maior desenvolvimento
profissional.
Para reestruturação participaram de reuniões, atividades
dinâmicas e reflexivas, grupos de estudo e no cotidiano escolar os diversos
segmentos que compõem a sociedade: professores, funcionários, equipe
pedagógica, direção, comunidade (pais e alunos) .
Iniciamos a reestruturação do Projeto Político na Semana
Pedagógica do mês de fevereiro, com reunião com os professores, no qual
6
debatemos sobre a função social da escola, sobre a organização do trabalho
pedagógico e elaboração do Plano de Ação.
Conscientes de que não se tratava de uma tarefa de fácil
execução, considerando as dificuldades encontradas (organização do tempo,
mobilização para discussões e plenárias com participação ativa de todos os
segmentos da escola e da comunidade), superou-se o período natural de
resistência à tarefa, iniciando assim de forma lenta, mas com base sólida esta
proposta pedagógica.
A nova proposta educacional visa proporcionar a todos, através
de um ensino efetivo, os instrumentos que lhes permitam conquistar melhores
condições de participação cultural, política e reivindicação social, objetivando a
qualidade na educação dos nossos jovens, a qualidade de vida, o exercício da
cidadania consciente, o sucesso escolar, social e profissional destes.
Para tanto, explicitamos no decorrer deste P.P.P. a nossa
realidade atual e a que almejamos em todos os segmentos da comunidade.
HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO:
O município de Sengés, até a década de 1950, contava apenas
com o ensino fundamental – 1ª a 4ª séries, ministrado na única escola existente:
“Escola Erasmo Braga”.
Com o crescimento da população e o número de adolescentes
concluintes desta etapa da educação, o então Prefeito Sr. Daniel Jorge, viabilizou
a criação do Curso Ginasial, que ainda funcionou no mesmo prédio.
No dia 19 de outubro de 1953, através da Lei nº 77/53, o então
Prefeito Sr. Jaime Jorge, criou o Ginásio Municipal de Sengés, que sem sede
própria, funcionou no Grupo Escolar de Sengés, tendo como primeiro diretor o
Professor Caetano Carbone, licenciado em Português e Latim e o Reverendo
Antônio Vieira Fernandes como secretário.
7
No dia 14 de abril de 1956, deu-se a abertura do Ginásio
Municipal de Sengés em sessão solene, pelo Decreto Governamental nº 3477, de
07 de julho de 1956, o Ginásio passou ao acervo do Estado.
No dia 23 de setembro de 1959, foi inaugurado o prédio próprio
do Ginásio, que ficou situado à Rua XV de novembro, s/n, na cidade de Sengés,
hoje Rua Prefeito Daniel Jorge, nº 657.
Reunindo o corpo administrativo e docente do estabelecimento no
dia 23 de setembro de 1969, decidiu-se por unanimidade, a denominação e,
através do Decreto nº 20036 de 05 de maio de 1970, passou a ser Ginásio
Estadual “Presidente Costa e Silva”.
O estabelecimento recebeu ainda as seguintes denominações:
• Até 1980 – Ginásio Estadual “Presidente Costa e Silva”;
• 1981 – Escola “Presidente Costa e Silva” Ensino de 1º Grau.
Resolução nº 1470/81;
• 1982 – Colégio Estadual “Presidente Costa e Silva” Ensino de 1º e 2
º Graus. Resolução nº 2710/82;
• A partir de 1999 - Colégio Estadual “Presidente Costa e Silva”
Ensino Fundamental e Médio.
Atuaram como diretores, desde a sua criação:
• Prof. Caetano Carbone
• Prof. Rever. Antônio Vieira Fernandes
• Prof. Dr.Josué Jorge
• Prof. José Paulino da Silva
• Prof. Celso Dória
• Profª. Cecília Istak Dib
• Profª. Dália Berezoski
• Profª. Leocádia Ostrowski Sampaio
• Profª. Josélia de Oliveira Danielewski
• Profª.Marina Safka
• Prof. Jerônimo Bryk
• Prof. Luís Carlos Damielewski
8
• Profª. Maria Genuacele Gonçalves
• Prof. Solymar Ghizzi Bentos
• Prof. Evelson Siqueira de Mira
• Prof. Moacir Aparecido Del Antonio
• Prof. Evandro Ribeiro
Dentre outras, citamos a gestão 1998 – 2001, que realizou
melhorias significativas na escola, tanto no aspecto físico como no pedagógico,
com ampliações e reformas dos ambientes.
A gestão 2004 – 2005 trouxe inovações na área tecnológica, com
a implantação do sistema de rede dos computadores, com acesso ilimitado à
Internet aos alunos, professores, equipe administrativa e pedagógica, além de
readaptar ambientes como a biblioteca, sala da equipe pedagógica, sala dos
professores e secretaria, proporcionando condições de conforto e dignidade aos
profissionais atuantes.
Assim, também merece destaque a atual gestão, que tem realiza-
do um ótimo trabalho embasado numa concepção democrática, comprometida
com a qualidade da educação, apoiando o trabalho pedagógico e dando priorida-
de à necessidade da escola em educar para a democracia.
Destaca-se nessa gestão a participação efetiva da comunidade
escolar através dos seus órgãos colegiados na tomada de decisões e no funcio-
namento da organização escolar. Também desenvolve um trabalho pautado no di-
álogo, na transparência e promovendo condições para o bom relacionamento in-
terno entre os profissionais atuantes, bem como com a comunidade.
Atualmente, o Colégio atende aproximadamente 641 alunos,
divididos em 23 turmas, assim organizadas:
Ensino Fundamental: 7 turmas no turno da manhã, 6 turmas no turno da tarde
Ensino Médio: 3 turmas no turno da manhã, 3 turmas no turno da tarde e 4
turmas no turno da noite, sendo uma turma do Magistério .
CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) – Espanhol com alunos do
Ensino Médio.
9
O Colégio conta com ótimas instalações, sem do que o prédio
passou por reformas recentemente. É composto por 12 salas de aula, 1
Laboratório de Ciências, 1 Biblioteca que no sobre-piso há 1 sala para Laboratório
de Informática, uma sala pelo Setor de Documentação Escolar, 1 quadra
coberta, 1 quadra sem cobertura, 1 banheiro feminino (com 4 sanitários), 1
banheiro masculino (com 3 sanitários), 2 banheiros (com 1 sanitário e chuveiro
cada) para professores e funcionários, 1 cozinha, 1 cantina, 1 pátio coberto.
Neste ano letivo, atuam neste Colégio 46 professores, equipe
pedagógica composta por 3 pedagogas, equipe administrativa composta por cinco
agentes educacionais II, uma documentadora escolar (representante do NRE),
oito funcionários agentes educacionais I, um diretor e uma diretora auxiliar.
As turmas são organizadas por ordem de chegada das matrículas,
respeitando o critério de turno aos alunos da zona rural, que dependem de
transporte escolar fornecido pela prefeitura municipal. Neste ano letivo, estão
assim organizadas:
Dez turmas no período da manhã:
Ensino Fundamental
5ª série A – 5ª série B – 6ª série A – 6ª série B – 7ª série A – 7ª
série B – 8ª série A – 8ª B.
Ensino Médio
1ª série A – 2ª série A – 3ª série A.
Nove turmas no período da tarde:
Ensino Fundamental
5ª série C – 5ª série D – 6ª série C – 7ª série B – 7ª série C – 8ª
série C
Ensino Médio
1ª série B – 2ª série B – 3ª série B
Programa Viva Escola
História
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Oito turmas no período da noite:
Ensino Médio
1ª série C – 2ª série C – 3ª série C.
Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do
ensino Fundamental:
Em Nível Médio, na modalidade Normal, descentralizado do
Colégio Estadual Rodrigues Alves- Ensino Fundamental, Médio e Profissional,
município de Jaguariaiva/PR – ofertara a partir desse ano 2010.
E- TEC Brasil:
Curso Pós- Médio profissionalizante da Faculdade Federal do
Paraná, com uma turma em Secretaria, uma turma em Gestão Pública e uma
turma em Administração.
CELEM (Centro de Estudos de línguas Estrangeiras Modernas)-
Espanhol.
Os alunos envolvidos estão fazendo uso da língua que estão
aprendendo em situações significativas. Está sendo ofertado aos alunos do
Ensino Médio, no primeiro momento, no qual preencheram as vagas ofertadas de
acordo com a Proposta Curricular Língua Estrangeira Moderna.
No curso do CELEM serão registradas as medias por idioma
cursado, que corresponderão as avaliações individuais realizadas através de
diversos instrumentos avaliativos, adotados, aos quais obrigatoriamente o aluno
submeter-se-a, respeitando o sistema de avaliação adotado pelo estabelecimento
de ensino.
Fica garantido ao aluno que se desvincular da Rede Estadual, o
término do curso iniciado do CELEM.
Projeto Viva Escola:
Dança
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
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Este estabelecimento de ensino funciona nos três turnos, nos
seguintes horários:
Manhã:
1ª aula: das 7:30h às 8:20h
2ª aula: das 8:20h às 9:10h
3ª aula: das 9:10h às 10:00h
Intervalo: 20 minutos
4ª aula: das 10:20h às 11:10h
5ª aula: das 11:10h às 12:00h
Tarde:
1ª aula: das 13:00h às 13:50h
2ª aula: das 13:50h às 14:40h
3ª aula: das 14:40h às 15:30h
Intervalo: 15 minutos
4ª aula: das 15:45h às 16:35h
5ª aula: das 16:35h às 17:25h
Noite:
1ª aula: das 19:00h às 19:45h
2ª aula: das 19:45h às 20:30h
3ª aula: das 20:30h às 21:15h
Intervalo: 15 minutos
4ª aula: das 21:30h às 22:15h
5ªaula: das 22:15h às 23:00h
ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR:
Este estabelecimento de ensino organiza os espaços curriculares
por disciplinas, contando com vinte e cinco horas-aula semanais em cada turno
ofertado, seguindo a matriz curricular composta por disciplinas da Base Nacional
Comum – 75%, e disciplinas da Parte Diversificada – 25% da carga horária
prevista – perfazendo 800 horas/aula anuais.
12
As disciplinas da Base Comum no Ensino Fundamental são:
Ciências, Arte, Educação Física, Geografia, História, Português e Matemática; e
da Parte Diversificada: Língua Estrangeira Moderna e Ensino Religioso.
No Ensino Médio, as disciplinas da Base Comum são: Biologia,
Educação Física, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática,
Química, Filosofia, Sociologia; e da Parte Diversificada:, Língua Estrangeira
Moderna .
CALENDÁRIO ESCOLAR
O calendário escolar ordena o tempo, determina o início e o
término das atividades escolares, prevendo os dias letivos, os feriados, recessos,
os períodos escolares em que o ano se divide, as datas de reuniões pedagógicas,
de conselhos de classe, semana de estudos para organização do trabalho
pedagógico, etc.
A elaboração do calendário escolar segue as normas da SEED do
Paraná, no qual é garantido o mínimo de dias letivos e carga horária exigida por
Lei.
Embora as escolas tenham teoricamente autonomia para elaborar
seus calendários, recebem orientações pré-estabelecidas para essa execução.
MARCO SITUACIONAL:
DIAGNÓSTICO DA REALIDADE
No decorrer do ano letivo, foram mobilizados pais, professores,
alunos e funcionários, em várias etapas para refletirmos a situação atual e a que
almejamos para os alunos. O texto a seguir demonstra a síntese de nossos
estudos e conclusões parciais, pois o trabalho começa quando diagnosticamos o
13
que realmente temos e idealizamos o que realmente queremos, enquanto
comunidade escolar, inseridos numa sociedade e atuantes no seu
desenvolvimento.
A realidade da escola em relação à população atendida é
bastante diversificada. Através de visitas às famílias dos alunos, percebe-se que
a maioria da população é de baixa renda , com condições econômicas bastante
reduzidas, não há possibilidade de se caracterizar os alunos de maneira geral,
pois encontram-se uma minoria de classe média. As famílias são constituídas
das mais diversas formas, com características sociais diferenciadas.
Observamos que a maioria dos alunos que vem para a quinta
série apresentam muitas dificuldades nas disciplinas de Português e
Matemática, necessitando da Sala de Apoio, ainda não detectamos se é só
dificuldades de aprendizagem ou é a falta de adaptação.
Assim, analisamos nos Conselhos de Classe que a maior
dificuldade dos alunos está na interpretação de textos, que por conta dessa
dificuldade, está também interferindo em todas as disciplinas. Diante desse
problema, coletivamente tomamos a decisão de que todos os professores, e em
todas as disciplinas trabalhariam com leitura, produção e interpretação, este tem
sido o foco do trabalho pedagógico.
Neste contexto, vale ressaltar que as salas não são numerosas,
sendo possível realizar um bom trabalho, com atividades diferenciadas que levem
o aluno a aprender.
Os professores são comprometidos, participativos, assumem com
responsabilidade a sua função, são profissionais bem responsáveis, apesar que
ainda continua aquela falha de organização do início do ano, no qual não estão
todos os professores, sendo que os professores PSS, vem depois, perdendo as
reuniões e organização do trabalho, para o ano.
As normas de convivência, são definidas entre os alunos,
professores, direção e equipe pedagógica , tendo como referência o Regimento
Escolar.
Quanto aos alunos que estão hoje no Colégio, a maior
preocupação que temos é a dificuldade de aprendizagem que muitos
14
apresentam, mas dificilmente a escola encontra apoio da família, em acompanhar
o rendimento escolar de seus filhos, e até mesmo em mandá-los para a escola,
sendo necessário tomar providências junto a ficha FICA e muitas vezes recorrer
ao Conselho Tutelar.
Quanto às condições físicas, a escola está em ótimas
condições: houve uma reforma no ano passado, está apresentável: com pintura
nova, banheiros reformados, piso novo, cortinas novas, apresentando um
ambiente favorável para à aprendizagem e permitindo o bem estar dos alunos e
comunidade escolar. Ainda há necessidade da construção de mais uma sala para
atender os alunos que necessitam frequentar a Sala de Recurso.
Em termos pedagógicos, temos claro a concepção de educação
que norteia todo o trabalho educativo da escola , bem como a avaliação, Plano
de Trabalho Docente, Plano de Unidade, bem como toda a organização
pedagógica.
Na Semana Pedagógica do mês de fevereiro, iniciamos um
trabalho de organização do trabalho pedagógico , refletindo sobre avaliação:
critérios e instrumentos , Plano de trabalho doente, Conselho de Classe, Ficha
FICA, Função Social da escola, traçando o Plano de Ação para o ano de 2010,
este alicerce, está servindo como base para repensarmos estas questões à luz da
Concepção Histórico Critica dos Conteúdos, concepção que norteia todo o
trabalho nesta escola.
Assim, partimos desses aspectos, para que todas as reuniões
estivessem voltadas para a reconstrução do Projeto Politico Pedagógico. Na
Semana Pedagógica do mês de agosto, houve a participação dos agentes
educacionais I e II assim como na Semana Pedagógica de fevereiro, no qual
colocaram suas dificuldades, seus anseios, para que fossem vistos e ouvidos.
A equipe pedagógica, professores e direção foram visitar algumas
famílias dos alunos, percebendo uma disparidade enorme entre o nível cultural,
condições sócio econômicas, alguns apresentam muita carência, outros moram
na zona rural, andam quilômetros até chegar no ônibus.
15
A partir das reuniões pedagógicas, passamos a refletir sobre
questões relativas à função social da escola e consequentemente à formação e
emancipação dos alunos através do conhecimento.
Levantamos algumas questões que nos inquietavam, enquanto
profissionais da educação:
• Qual a concepção de homem?
• Qual a concepção de sociedade
• Qual a função social da escola?
• Qual a concepção de avaliação?
• Como a escola tem trabalhado com a diversidade?
• O que entendemos sobre o processo ensino – aprendizagem?
• Como envolver a família na vida escolar de seus filhos?
• Como tornar a escola mais atrativa para nossos alunos?
Com os pais de alunos, refletimos sobre questões de:
• Parceria escola/família na formação educacional dos alunos;
• Conhecimentos essenciais para o desenvolvimento da cidadania;
• Valores vivenciados na família, na escola e na sociedade; entre
outros.
E com os alunos, refletimos questões em relação a:
• Responsabilidades de professores e alunos na formação
educacional;
• Maiores dificuldades encontradas nesta caminhada;
• Sugestões para melhorar o processo de ensino/aprendizagem;
• Expectativas de vida e clareza nos objetivos.
Estas questões foram o foco do trabalho, que procurou envolver
professores, pais, alunos, funcionários, equipe pedagógica e direção do Colégio.
Considerando a função social da escola, é possível afirmar que a
escola oferece conhecimento, para que através dos mesmos os filhos da classe
trabalhadora se emancipem, atuando na sociedade onde estão inseridos.
Contudo, obtivemos alguns resultados positivos nos encontros de
sensibilização para a reconstrução do Projeto Político Pedagógico:
16
• Nos conhecemos melhor, na medida em que conversamos sobre
nossos sonhos e expectativas em relação ao trabalho;
• Efetivamos a conscientização da relevância da participação de
todos na construção e execução do nosso P.P.P.;
• Chegamos ao consenso de que devemos refletir melhor sobre
certas contradições na prática pedagógica;
• Despertamos para a valorização dos funcionários, que
participaram efetivamente das discussões e decisões;
• Obtivemos muitos esclarecimentos a respeito da educação
inclusiva, sobretudo sobre deficit de atenção.
• Propomos que o P.P.P. tem como objetivo primordial sistematizar
o trabalho realizado no Colégio e, ao mesmo tempo ser o
documento norteador das ações elencadas no coletivo.
Diante do exposto, diagnosticamos uma realidade carente em
diversos setores, mas ao mesmo tempo, conscientes de que a solução dessas
necessidades depende muito mais de medidas que visem ações coletivas,
respeitando as diferenças .
MARCO CONCEITUAL:
CONCEPÇÕES DA ESCOLA:
HOMEM E MUNDO, SOCIEDADE E CULTURA, CONHECIMENTOS E
EDUCAÇÃO, ESCOLA E CONTEÚDOS.
Vivemos numa sociedade competitiva, onde o poder do mais forte
fala mais alto e muitos procuram se sobressair como podem, mesmo que para
isso tenham que ignorar conceitos éticos. Podemos dizer que é uma sociedade
organizada de forma injusta, caracterizada pela discriminação e desigualdades
sociais.
Sem dúvida, a maior conquista obtida pela sociedade foi a
Democracia e ao nosso ver ela deve ser mantida, entretanto, sua forma de
17
aplicação deve ser mudada, seu conceito deve ser esclarecido, visando assim,
sua real aplicação.
Por conta disso, a escola deve conscientizar o aluno do processo
organizacional em que está inserido, proporcionar embasamento científico,
filosófico, sociológico, conceito de cidadania, fazê-lo entender e refletir a imensa
necessidade de transformar esse quadro social, com uma política de incentivo e
valorização do ser humano.
No passado, a escola assumiu um papel de detentora do saber e
deixou seus alunos à margem do que conhecimento, fazendo-se mera
transmissora de conhecimentos, atropelando inúmeras vezes o conhecimento já
adquirido pelo educando, ignorando sua cultura, suas angústias e anseios, bem
como suas capacidades e potencialidades, ao invés de explorá-las tanto para
benefício individual como coletivo.
A escola, recebe indivíduos de diferentes etnias, religiões,
atendendo o disposto da diversidade, e portanto, jamais será classificatória.
Hoje vivemos uma outra realidade, e portanto com alunos
diferentes, vivendo num outro contexto social, no qual a escola e parte de um todo
social, que apesar de não ser a única que transmite conhecimento, e a que por
excelência deve transmitir os conhecimentos acumulados historicamente pela
humanidade.
Sob essa ótica, a escola deve assumir a sua função social, a de
oferecer conhecimento de qualidade a todos e todas que por ela passarem, para
que através dos mesmos tenham parâmetros necessários para agirem e se
possível transformarem o meio em que vivem.
A criação de uma política educacional efetiva e permanente se faz
necessário para que a escola evolua e consequentemente, a sociedade.
Assim, para a maioria dos alunos a única oportunidade de se
obter conhecimento é na escola publica, portanto os alunos merecem uma
educação de qualidade, no qual o professor parte dos conhecimentos
espontâneos que o aluno traz, e avança para o conhecimento científico,
tornando o aluno agente de sua historia, emancipando-se, sendo participativo na
sociedade.
18
A influência da escola na sociedade tem mudado no decorrer dos
anos. A escola surgiu para a formação da elite, sendo privilégio de poucos. Hoje,
a escola tem a função de transmitir conhecimento, mas não deixa de ser
influenciada por desafios que vem até a escola, não é advindo dela, mas muitas
vezes a escola trabalha com os mesmos, mas quando o conteúdo chamar, não
como um tema transversal, mas sim, como um desafio contemporâneo.
A maioria dos alunos provém de famílias estruturadas, as famílias
são participativas, participam ativamente das reuniões, e das decisões que devem
ser tomadas, mas ainda há um número pequeno de famílias que não se
interessam pela aprendizagem dos filhos, dificultando o trabalho pedagógico.
Nesta perspectiva percebe-se que os jovens, apresentam pouca
expectativa em relação ao seu futuro, então o trabalho dos professores é muito
significativo na vida desses alunos, pois precisam acreditar que através do
conhecimento podem transformar a realidade em que vivem.
Assim, a escola faz um trabalho considerável nas reuniões de
pais, com depoimentos de pessoas que venceram através do estudo. Este ano
houve uma mudança considerável e maior interesse pelas reuniões de pais,
pois tratamos de assuntos diversificados, capacitando os pais para fazerem
enfrentamentos necessários em relação ao seu papel na vida dos alunos.
A reelaboração deste PPP constitui em enfrentar desafios,
mudanças e transformações, sobretudo em nós, profissionais da educação.
A partir dessa transformação é que partiremos para as mudanças
nas dimensões pedagógica, administrativa, jurídica e financeira.
Nosso desafio diante deste PPP é repensar essas dimensões
sem que se resumam a formalidades, já que este exige o esforço coletivo e
comprometimento, que seja sustentado e legitimado através da participação
efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar.
CONCEPÇÕES EPISTEMOLÓGICAS
19
De uma forma geral, verificam-se nas práticas pedagógicas
presentes neste estabelecimento de ensino um embasamento nas Tendências
Progressistas (usando a divisão básica do professor José Carlos Libâneo),
identificadas a partir do princípio de que estas sustentam as finalidades sócio-
políticas da educação, partindo da análise crítica da realidade social.
Entretanto, como em grande parte dos educadores brasileiros,
percebem-se influências das Tendências Liberais, nas suas formas ora
conservadora, ora renovada, que se manifestam concretamente nas práticas
escolares e no ideário pedagógico dos professores, ainda que estes não se dêem
conta disso.
Contudo, concordamos que “a educação tem um valor inestimável
como força motriz de mudança e libertação, como instrumental de formação
política e reflexão sobre os problemas do país e do mundo, e capaz de gerar uma
nova postura diante dos problemas que nos afetam" (Freire, 1996).
Desta forma, a tendência predominante nas práticas pedagógicas
desta escola vislumbra a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos, que segundo o
próprio Libâneo (1994b: p.30) converge com a Pedagogia Histórico-Crítica, de
Saviani.
Esta concepção educacional visa uma prática pedagógica que
propõe uma interação entre conteúdo e a realidade concreta, visando a
transformação da sociedade através da ação-compreensão-ação do educando,
que enfoca nos conteúdos, como produção histórico-social de todos os homens.
O trabalho educativo nessa visão é o ato de produzir intencionalmente em cada
indivíduo uma mudança que é produzida através da educação sistemática.
Demonstra-se nesta concepção que o ato educativo não é exclu-
sivamente pedagógico, é um momento específico de intenção social. Da mesma
forma, o ato pedagógico constitui-se de uma relação entre o aluno e os conteúdos
de estudo, mediados pelo professor, que tem por objetivo os efeitos formativos
desse encontro. Sendo assim, a intencionalidade deve ser bilateral, ou seja, refle-
tida nas práticas dos educadores e também dos educandos na construção crítica
dos conhecimentos.
20
Posto que o conhecimento não se adquira ao acaso, exige um tra-
balho docente sistemático, intencional, planejado, visando introduzir o aluno nas
estruturas significativas, exige também que a assimilação seja ativa, embora não
espontânea. Vemos a necessidade de se conhecer as disposições do aluno, em
termos socioculturais e psicológicos, a fim de conquistar seus interesses, sua co-
laboração, sua aspiração à formação, atribuindo uma conotação crítica à trans-
missão do saber, desvelando as contradições sociais.
Ao mesmo tempo em que buscamos uma educação de qualidade,
visamos também uma transformação da ordem social, pois um povo mais educa-
do se torna mais responsável e mais consciente de seus direitos e deveres e de-
fende com mais convicção a cidadania, pois entendemos a escola como um espa-
ço de participação política e democrática. A prática docente pode influenciar neste
processo por serem os professores os formadores de opinião, os responsáveis
pela educação e formação dos valores de seus alunos.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
No início do ano, tomamos uma decisão significativa, em relação
à avaliação, pois ainda se avaliava atitudes, valorando participação e
comportamento dos alunos. Assim, houve necessidade de um estudo teórico
aprofundado e mudamos essa cultura, avaliando somente o conhecimento e não
atitudes.
Consideramos que esta é uma das questões mais sérias e
discutidas na escola. Frequentemente realizamos reuniões para estudar,
analisar, debater, enfim, refletir sobre a cultura implantada durante séculos para o
conceito de avaliação e aprendizagem. Influenciados pela tendência libertadora
da educação, procuramos adquirir novos conhecimentos e formalizar aquilo que já
sabemos através do registro dos procedimentos avaliativos já implantados, troca
de experiências entre os professores. Queremos estar seguros quanto a nossa
prática, para conscientizar os pais e alunos de que a avaliação não acontece num
determinado momento, mas durante toda a atividade escolar e que esse processo
21
não é tarefa exclusiva do professor em relação ao aluno, mas do próprio aluno
com ele mesmo, com o professor e com a aprendizagem em si.
Entendemos que a aprendizagem é um processo que tem a
duração de toda a vida e somente pode ser realizada pela pessoa que tem a
intencionalidade, ainda que inconsciente, de aprender. A avaliação também pode
ser realizada pela pessoa que está vivenciando a aprendizagem, porque os dois
processos, o de aprendizagem e o de avaliação estão intimamente ligados, um
não existe sem o outro.
Partimos deste pensamento para concluir que a avaliação é uma
ação intencional.
Toda intencionalidade dos docentes torna-se prática no momento
em que haja uma participação comungada por toda comunidade escolar (pais,
alunos, professores, etc).
É perceptível que a cultura da “nota” é muito cultivada,
principalmente por parte de pais e alunos, o que gera a necessidade de um
trabalho profundo e gradativo de conscientização do processo aprendizagem X
avaliação para toda comunidade escolar, introduzindo uma nova cultura para
esses conceitos e criando mecanismos de auto-aprendizagem (com atividades
criativas) e auto-avaliação (através de relatos descritivos).
Consideramos a avaliação mais um momento de aprendizagem, e
necessário a participação e acompanhamento dos pais.
Assim sendo, foi decidido no coletivo escolar, que os professores
deverão utilizar, no mínimo três instrumentos avaliativos por bimestre, cuja soma
dos valores não deverá ultrapassar a dez, (10,0), considerando que a média
deverá ser (6,o) seis virgula zero a ser atingida pelos alunos, as notas inferiores a
6,0 serão consideradas insatisfatórias, pois consideramos que o valor é apenas a
conseqüência do conhecimento obtido.
CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA
22
Gestão Democrática é o processo político pelo qual as pessoas
na escola discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os
encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas
ao desenvolvimento da própria escola.
Este processo, sustentado no diálogo e na organização, tem
como base à participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar,
o respeito a normas coletivamente construídas para os processos de tomada de
decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.
Entendemos por mecanismos da Gestão Democrática na escola:
• Conselho Escolar;
• APMF;
• Assembleia Escolar;
• Grêmio Estudantil;
• Orçamento Participativo na Escola;
• Eleições para Diretor (rotatividade do cargo).
Considerando como princípio da Democracia, a sustentação das
relações humanas, tendo o diálogo como base para a sua edificação, e como
método, a sua organização formal, com os devidos procedimentos que garantem
a efetivação do princípio, como a gestão do bem público e das relações sociais,
apontamos como pressupostos da Gestão Escolar Democrática:
• A educação como direito de todos;
• A escola como serviço público:
• A participação como política;
• O respeito às diferenças.
A base para a construção de uma Gestão Democrática, é o
diálogo. A relação entre as pessoas deve ser horizontal, entre iguais. Dessa
forma, a Democracia deve, sempre, visar o bem estar coletivo.
Neste estabelecimento de ensino, acontece a gestão
democrática, pois os gestores( diretor e vice-diretora) delegam funções, sempre
buscam soluções e fazem planejamentos com o coletivo escolar, sendo uma
gestão satisfatória, pois e aberta. Assim, os pais representados pela APMF,
23
Conselho Escolar , alunos representados pelo Grêmio Estudantil e professores
participam dos gastos e aplicações das verbas recebidas, decidindo a melhor
aplicação em beneficio dos alunos.
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Partimos do princípio de que o termo currículo provém da palavra
latina currere, que se refere à carreira, a um percurso que deve ser realizado e,
por derivação, a sua representação ou apresentação. A escolaridade é um
percurso para os alunos, e o currículo é seu recheio, seu conteúdo, o guia de seu
progresso pela escolaridade.
Veiga (1997, p.60) diz que currículo é a “porção da cultura – em
termos de conteúdos e práticas (de ensino, de avaliação, etc) – que, por ser
considerada relevante num dado momento histórico, é trazida para a escola, ou
seja, é escolarizada”.
Essa “porção da cultura” a ser escolarizada é sempre uma
seleção de saberes a serem socializados que num arranjo curricular pretende
“formar” um determinado tipo de indivíduo. Mais do que um documento
burocrático, uma orientação pedagógica sobre o conhecimento a ser desenvolvido
na escola é, um discurso político que pressupõe um projeto de futuro para a
sociedade que o produz.
Assim, no aprofundamento das discussões sobre o currículo,
consideramos superada a noção de que resume-se a um documento com
objetivos, métodos e conteúdos necessários para o desenvolvimento dos saberes
escolares. Pensamos no currículo de uma maneira muito mais ampla, através de
estudos, discussões e reflexões por grupos das áreas do conhecimento, a
seleção de objetivos, métodos e conteúdos é feita de forma consciente e
responsável, sobretudo na forma de abordá-los, pois entendemos que o currículo,
mais que mera descrição, é a construção de uma identidade.
O currículo está referenciado nas Diretrizes Curriculares
Estaduais.
24
É preciso contribuir para a formação de indivíduos autônomos,
com capacidade de adaptar-se a mudanças constantes e de enfrentar
permanentemente novos desafios.
INCLUSÃO
A educação inclusiva é um movimento que compreende a
educação como um direito humano fundamental e base para uma sociedade mais
justa e solidária. Preocupa-se em atender todas as crianças, jovens e adultos a
respeito de suas características, desvantagens, dificuldades e habilitar todas as
escolas para o atendimento na sua comunidade.
Dessa forma, consideramos ampla a ótica da discussão da
inclusão, assim como é amplo o leque da exclusão de diferentes grupos
marginalizados, problematizando a questão de que a inclusão não se refere
apenas ao grupo de pessoas com deficiências, nem tão pouco, que a efetivação
de matrícula nas classes comuns garante a sua inclusão educacional e social.
A inclusão também é o compromisso de erradicar o
analfabetismo e universalizar o ensino fundamental no país. É importante
construir critérios para a organização das salas de aula inclusiva, considerando o
número de alunos com necessidades educacionais especiais em cada sala,
refletindo a realidade social e observando as qualidades desse atendimento. A
escola deve ser um ambiente que reflita a sociedade como ela é. Os alunos com
necessidades especiais incluídos deverão ter garantido seu espaço e
oportunidade. A construção de um sistema educacional inclusivo exige a
transformação dos saberes e das práticas de todos os participantes da
comunidade educacional e, portanto, o envolvimento ativo de todos.
Assim, entendemos que o respeito ao direito constitucional da
pessoa com necessidades educacionais especiais e de sua família, na escolha da
forma de educação que melhor se ajuste às suas necessidades, circunstâncias e
aspirações, se promove através de um processo de inclusão responsável e
cidadã, que exige planejamento e mudanças sistêmicas político-administrativas
25
na gestão educacional, que envolvam desde a alocação de recursos
governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula.
Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um
setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos,
materiais e financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de
construção da educação inclusiva, para se fazer cumprir o que diz DNEE na
Educação Básica art. 3º parágrafo único. Para isso é necessário a qualificação de
professores que possam proceder à análise de alunos com necessidades e
detectar o grau de dificuldade do educando o que, já há conscientização de todos
os envolvidos com a educação e sobre a comunidade da qual se originam os
alunos. A comunidade escolar participa dos objetivos da inclusão, considerando
que em cada escola existe pessoas com diferentes desejos, necessidades,
diferentes origens e caminhos.
O Colégio ainda não conta com estrutura adequada para atender
alunos com necessidades educacionais especiais, embora haja mobilização na
adequação para recebê-los, como adaptação de rampa e remanejamento de
turma para uma sala de melhor acesso, onde se encontra um aluno com
deficiência visual. Realizou-se parceria com outro estabelecimento que oferta a
Sala de Recursos para atender os alunos com necessidades especiais, porém
temos outros casos que necessitam serem analisados por especialistas e
encaminhados ao atendimento que se fizer necessário, para tanto solicitamos a
implantação da Sala de Recursos para atender os alunos que apresentam déficit
de atenção e Distúrbios de Aprendizagem (5ª/8ª séries).
Temos o programa das Salas de Apoio à Aprendizagem em
Língua Portuguesa e Matemática, destinado a alunos de 5ª série com dificuldade
de aprendizagem nestas áreas.
Também há reflexões e busca de informações para a verificação
da necessidade de adaptações de currículos, embasando-nos na análise do
índice de evasão e repetência, da existência de analfabetos funcionais ou de
alunos marginalizados por diversas condições de exclusão.
26
EDUCAÇÃO DO CAMPO
A educação do campo como um direito fundamental e uma
responsabilidade social, que todos devem assumir, tem na escola básica, pública
e gratuita o espaço privilegiado para a aquisição de conhecimentos fundamentais
ao exercício da cidadania. Assim, o direito à cidadania não pode estar
desvinculado das questões educativas, como acesso aos bens culturais
adequados à construção da dignidade humana.
O Colégio procura vincular-se aos movimentos sociais e ao
mundo do trabalho, viabilizando oportunidades a todas as camadas e neste caso
especificamente, que abrange a educação do campo, procura garantir, mais que
portas abertas para a inclusão de alunos campesinos, também tratar essa
educação no sentido amplo de processo de formação humana, que constrói
referencias culturais e políticas para a intervenção dos sujeitos sociais na
realidade.
Nesse sentido a educação do campo não precisa ser uma
educação agrícola, mas sim uma educação vinculada à cultura que se produz
através de relações sociais mediadas pelo trabalho na terra, garantindo ao aluno
oriundo do campo a construção da pluralidade de seus direitos.
MARCO OPERACIONAL
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
O Colégio Estadual “Presidente Costa e Silva” Ensino
Fundamental e Médio é uma escola voltada para a formação básica e de acordo
com este princípio o colegiado definiu como missão: Integrar aspectos culturais e
científicos na formação dos cidadãos íntegros, comprometidos e críticos,
aprimorando-os quanto ao seu papel no exercício da sua função social.
Entendemos que ao ato educativo afluem determinantes
econômicos, sociais, biológicos, psicológicos que são, ao mesmo tempo,
27
condições de complemento para o aluno apropriar-se do saber escolar e, por ele,
construir-se como ser social ativo. A missão da escola consiste então no ato
educativo medindo os processos pelos quais o aluno apropria ou reapropria o
saber de sua cultura e o da cultura dominante, elevando-se do senso comum ao
saber criticamente elaborado.
Diante do diagnostico levantado, se fez necessário repensar a
função social da escola, assim tomamos a decisão de investigar as quintas e
sextas séries, para verificar as dificuldades que os alunos apresentam, para isso a
professora Maria Genuacele, pedagoga, através da implementação de seu projeto
de pesquisa elaborado no Programa de Formação Continuada PDE, realiza um
trabalho voltado para leitura e escrita, e assim reconhecendo as causas
tomaremos as providências, para que todos tenham uma educação de qualidade.
Além deste projeto, temos outras professoras que realizam de
forma permanente a implementação de seus projetos no mesmo programa
mencionado, sendo considerados de extrema relevância e pertinência para o
trabalho pedagógico desenvolvido neste colégio.
A professora Ana Paula (Ciências) traz a temática da educação
sexual aos alunos e alunas adolescentes, visando entre outros objetivos, o
direcionamento saudável da sexualidade, a prevenção de DSTs, a gravidez
indesejada, a orientação para evitar-se ou denunciar-se se sofrido, casos de
abuso e violência sexual.
A professora Nilce (Pedagoga) realiza um trabalho destinado a
Contribuir na atuação profissional dos professores apresentando fundamentação
teórica e propostas para o trabalho cotidiano, a partir de alternativas de
diferenciação na prática pedagógica em situações de aprendizagem, que sejam
significativas e mobilizadoras como formas aliadas na luta contra o fracasso
escolar, embasadas na concepção histórico-crítica de construção do
conhecimento.
Para que os pais apresentem maior participação na vida escolar
de seus filhos, fazemos reuniões bimestrais, trazendo mensagens de incentivo a
participação das famílias, orientações referentes à educação familiar e escolar,
bem como informações a respeito dos assuntos escolares e esclarecimentos
28
referentes aos conhecimentos necessários para o devido acompanhamento
escolar. Em datas especiais, as famílias são convidadas para vir à escola onde
recebem homenagens e compartilham dos eventos sociais, culturais e esportivos
com os educadores e alunos assim se habituam a participar mais das atividades
escolares.
Aos alunos que apresentam dificuldades de leitura, produção e
interpretação, desenvolvemos atividades voltadas a estes aspectos, considerando
que todos estarão envolvidos, para que o resultado apresentado seja satisfatório.
OBJETIVOS DA ESCOLA:
• Propiciar meios que possibilitem a exposição dos diferentes
fatores culturais.
• Adequar os conhecimentos científicos aos valores culturais,
visando o aprimoramento da formação do cidadão.
• Possibilitar o exercício prático do cidadão através de ações
interativas, demonstrando alteração positiva no seu aspecto
geral.
• Viabilizar ao aluno a capacidade de se expressar bem, de se
comunicar de diversas formas, de desenvolver o gosto pelo
estudo, de dominar o saber escolar.
• Contribuir na formação da personalidade social do aluno,
percebendo-se dentro da organização enquanto coletividade.
• Proporcionar o saber e o saber-fazer críticos como pré-condição
para a participação em outras instâncias da vida social, inclusive
para melhoria de condições de vida, a fim de que consiga dar um
salto qualitativo do senso comum para o conhecimento científico.
LINHAS DE AÇÃO
29
Consideramos como valores prioritários a serem trabalhados
nesse estabelecimento: honestidade, solidariedade e respeito.
Neste contexto, os valores serão aferidos em todas as ações
desenvolvidas por todos que passam pela escola.
Metas a atingir com relação a:
COMPROMETIMENTO:
Cada segmento ou profissional exercendo sua função, cumprindo
sua obrigação, respeitando o semelhante e normas internas da escola.
HONESTIDADE:
A escola proporá atividades que visem aprofundar conceitos de
honestidade que serão desenvolvidas através de palestras, da acolhida antes
dos alunos entrarem para as salas de aula no dia a dia, para que possamos
formar cidadãos honestos, o que esta se tornando uma joia rara nos dias atuais.
SOLIDARIEDADE:
Desenvolver valores que despertem princípios de solidariedade
entre os profissionais da escola e alunado, partilhando de atividades pertinentes
aos diversos componentes curriculares e à sociedade, valorizando as ações de
cidadania da escola.
RESPEITO:
Conhecer normas e princípios que regem a escola e respeitá-los
com dignidade, resgatando o respeito à hierarquia e principalmente ao ser
humano.
PROGRAMAS QUE SERÃO DESENVOLVIDOS
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A comunidade escolar desenvolve vários programas durante o
ano letivo, com objetivos pedagógicos e sócio-políticos, especificados nas
diversas áreas do conhecimento.
Citamos alguns mais expressivos:
• Gincana Cultural: Atividades competitivas interséries
envolvendo todas as áreas do conhecimento, apresentações
artísticas e revelações de talentos que, sempre que possível, são
encaminhados ao FERA - Festival de Artes da Rede Estudantil e
na parte esportiva, os que obtém os melhores resultados
disputam a nível municipal a vaga para participar dos JOCOPs –
Jogos Colegiais do Paraná;
• Desafimática: Olimpíada de Matemática;
• EBIFIQ: Exposição de experiências nas áreas de Biologia, Física
e Química;
• Feira das Ciências: Exposição de trabalhos de todas as áreas
do conhecimento, onde são selecionadas os mais significativos e
encaminhados ao Projeto Educação Com Ciência.
• Nossos Talentos: No decorrer do ano letivo, são observados a
manifestação de talentos artísticos dos alunos (artes visuais,
manuais, musical, dança, teatro, etc) e são apresentados à
comunidade no final do ano letivo como forma de incentivo e
reconhecimento;
• Sala de Apoio a Aprendizagem no ensino de Português e
Matemática, aos alunos de 5ª série que apresentam defasagem
de aprendizagem nas áreas de leitura, escrita e cálculo, com
funcionamento no contra-turno ao que o aluno está matriculado.
Este programa da SEED trouxe melhores condições de ensino e
aprendizagem às crianças, visto que os professores têm
condições de aplicar metodologias diferenciadas, além da
atenção individualizada, devido ao número máximo de alunos
permitido não ultrapassar a vinte por turma.
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• Além de participarmos anualmente de projetos estaduais ou
nacionais como: Olimpíadas de Matemática, Olimpíadas de
Química, Olimpíadas de Biologia, entre outras.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS:
É um encaminhamento de caráter pedagógico, destinada a
alunos de aproveitamento escolar insuficiente. É ofertada de forma
concomitante, contínua e permanente durante o período letivo, visando
melhoria do aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do currículo.
Aos alunos com aproveitamento insuficiente, é proposto a
realização das atividades indicadas e acompanhadas pelo professor da
disciplina, utilizando técnicas pedagógicas adequadas às dificuldades de
aprendizagem demonstradas pelos alunos.
Após cumpridas as propostas de estudos de recuperação,
o aluno deverá ser submetido a avaliação específica, e o professor,
considerando a aprendizagem no decorrer do processo, para aferição do
bimestre, entre a nota dos instrumentos avaliativos utilizados e a nota da
recuperação, prevalece sempre a maior.
A recuperação de estudos, é um processo contínuo,
paralelo às atividades regulares da sala de aula e deverá ser realizado
preferencialmente de forma contínua.
Aos alunos que vierem transferidos no Regime de
Progressão Parcial, será ofertado no contra-turno ao que efetivarem a
matrícula, sendo em regime presencial e seguirá o sistema de avaliação
regular do estabelecimento.
ATIVIDADES ESCOLARES
E AS AÇÕES DIDÁTICO – PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS DURANTE O
TEMPO ESCOLAR:
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• Hora Atividade: Será cumprida por componente curricular,
conforme determinação do NRE.
Considerando que a Hora Atividade é uma conquista dos
professores, será bem aproveitada, para preparar aulas e atividades pedagógicas
correlatas à sua função.
De acordo com todos os docentes deste Colégio, as atividades da
Hora atividade serão registradas pelos professores em ficha própria, para que o
trabalho pedagógico seja organizado e realizado com o máximo de transparência.
A Hora Atividade será realizada de acordo com este
cronograma:
2ª feira: Ciências, Biologia e Química
3ª feira: História, Geografia, Sociologia e Filosofia
4ª feira: Educação Física e Arte
5ª feira: Língua Inglesa, Língua portuguesa e Ensino religioso
6ª feira: Matemática e Física
• Pré – Conselho: Destina-se a coletar informações, principais
dificuldades, atitudes tomadas, sugestões referentes às turmas
de alunos, pelos professores, equipe pedagógica, equipe de
direção, equipe administrativa e de apoio e representantes de
alunos, para que com estes dados levantados, toda a
comunidade escolar, reflita e busquem juntos soluções para os
problemas levantados.
Através dos pré-conselhos serão enfatizados o aperfeiçoamento e
orientação para uma nova pratica, para diagnosticar e buscar soluções para as
dificuldades de aprendizagem, com a participação da equipe pedagógica na
elaboração de instrumentos, critérios e praticas avaliativas.
Este diagnostico servira de parâmetros para o Conselho de Classe, pois a
problematização já foi levantada e as soluções serão tomadas pelo coletivo
escolar no Conselho de Classe.
• Conselho de Classe: Reuniões bimestrais para discussão,
reflexão e orientação para uma nova prática, envolvendo a
33
escola como um todo, objetivando a procura de soluções para as
dificuldades de aprendizagem.
Nos dias de Conselho de Classe, não serão tratados de assuntos
referentes a indisciplina de alunos, pois os casos são tratados no dia a dia, e o
Conselho de Classe e um momento exclusivo de assuntos pedagógicos,
considerado também um momento de aprendizagem.
• Reuniões Pedagógicas: Com início na Semana Pedagógica
anterior ao início das aulas para capacitação dos docentes e
estudos para organização do trabalho pedagógico na escola, e
realizadas bimestralmente, após o Conselho de Classe, com
informativos gerais, análise dos resultados do processo de
ensino e aprendizagem, oportunizando repensar estratégias
utilizadas e redirecionar as mesmas, com o objetivo de alcançar
melhores resultados no aproveitamento/rendimento dos alunos.
Também são realizadas com objetivo de reestruturação e
avaliação deste P.P.P., quando se faz necessário.
• Plano de Trabalho Docente: é considerado não só como mais
um documento burocrático, sem sentido, mas ao contrario, nesse
documento esta expressa a intencionalidade do professor ao
preparar suas aulas.
Assim, há necessidade de compreender a verdadeira função do
Plano de Trabalho Docente, pois muitos ainda mantem intrissicamente em si
aquela ideia, que alguns devem planejar e outros devem executar,
desvalorizando a sua participação.
O Planejamento não nasceu no meio educacional, mas houve um
avanço, em relação ao se planejar, para acertar mais, não depender so do
improviso, pois os alunos merecem o melhor.
Devido a esta descrença no Plano de trabalho Docente,
realizamos um trabalho intensivo na elaboração e execução do Plano de Trabalho
Docente, e afirmamos que esta dando ótimos resultados.
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Atualmente e compreendido pelo coletivo escolar como um
documento pedagógico e publico, norteado pela concepção progressista dialética
em consonância com o Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento, cuja
função e possibilitar o acesso a emancipação humana e transformação social,
através da transmissão de saberes historicamente sistematizados pela
humanidade.
Nesse documento está expresso o papel da escola, possibilitando
ao aluno condições de analisar a sociedade atual em suas contradições,
instrumentalizando-o para transformar sua pratica social, por meio do
conhecimento histórico, cientifico, artístico e filosófico.
Os conteúdos para elaboração do Plano de Trabalho Docente
estão referenciados nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Proposta Pedagógica
Curricular.
Sendo este composto pelos itens abaixo:
• Conteudos Estruturantes
• Conteudos Basicos
• Conteudos Especificos
• Justificativa
• Encaminhamentos Metodológicos
• Avaliacao: critérios e instrumentos
• Referencias Bibliograficas
O professor terá trinta dias para entregar o Plano de Trabalho
Docente, a equipe pedagógica, contando do dia da reunião destinada a
elaboração do Planejamento ou replanejamento.
Assim sendo, a entrega dos Planos de Trabalho Docentes não
deverão haver atrasos, pois este fato acarretara na tomada de providencias
cabíveis pela direção do estabelecimento.
• Livro Registro de Classe: o livro de registros não e so um
instrumento burocrático, mas e a expressão do trabalho
pedagógico do professor, portanto devera ser fidedigno, pois
nele estará o relato da vida escolar do aluno, bem como o seu
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rendimento escolar, por isso há necessidade que os registros
sejam claros.
O preenchimento do livro será de acordo com a instrução de n
14/08 DAE / SEED.
Não devera ser guardados trabalhos e avaliações dentro do livro,
para que o mesmo se mantenha em ótimas condições, considerando o seu valor
legal.
• FICA – Ficha de Comunicação de Alunos Ausentes:
É um dos instrumentos colocados à disposição da escola e
da sociedade, para a sistematização de ações de combate à
evasão escolar em todo o Estado do Paraná.
No sistema de operacionalização da FICA, a atuação da escola é
essencial, pois, além da família, as instituições educacionais também são
responsáveis pelo desenvolvimento pessoal e social da criança e adolescente.
O principal agente do processo é o professor, na medida em que,
constatada a ausência do aluno por 05(cinco) dias consecutivos ou 07(sete)
alternados no período de um mês, comunicando o fato à equipe pedagógica da
escola, que entrará em contato com a família.
Recebendo a notícia, imediatamente o pedagogo preenche as
três vias da FICA, comunicando o fato à direção da escola.
A direção, juntamente com a equipe pedagógica, realiza, no
prazo de cinco dias, contato com o aluno e sua família, buscando viabilizar
o seu retorno à escola.
Detectadas as causas da evasão, tomará providências de
caráter protetivo que se fizerem pertinentes, buscando garantir a
permanência do aluno no sistema educacional.
Obtendo êxito no retorno do aluno, arquiva em pasta própria.
Não obtendo êxito, encaminha a primeira e terceira vias ao
Conselho Tutelar que tomara as providencias cabíveis.
Neste contexto os pais tem sido orientados nas reuniões de pais,
através de palestras com os pedagogos, mas ainda há vários casos que há
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necessidade de encaminhar, pois a escola muitas vezes não tem o respaldo das
famílias.
• Estágio- é o ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas as atividades
devem ser adequadas as exigências pedagógicas relativas ao
desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de
modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo.
Os alunos estagiários deverão estar matriculados e que estejam
frequentando o Ensino Médio Regular e alunos nos Anos Finais do Ensino
Fundamental. A idade mínima exigida é de dezesseis anos para a realização do
estágio não obrigatório.
O estágio não obrigatório é uma atividade opcional para o aluno,
terá carga horária registrada no histórico do aluno.
Esse estágio não interfere na aprovação ou reprovação do aluno
e não e computado como componente curricular.
O estágio será desenvolvido pelo professor orientador, designado
para esta função, sendo que o professor pedagogo será o responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades do estágio. O desenvolvimento do
estágio não obrigatório estará descrito no Plano de estágio.
O estágio obrigatório fará parte da carga horária do aluno, assim
se torna obrigatório o seu total cumprimento, pois o não cumprimento do estágio,
impedirá o aluno de concluir o curso.
No Curso de formação de Docentes da Educação Infantil e Anos
Iniciais, será obrigatório cumprir com a carga horária do Estagio.
• Transferência recebida de alunos oriundos de escolas
que ofertam o Ensino Médio por Blocos
O aluno oriundo do Ensino Médio por Blocos, será
matriculado na serie correspondente a que estava na escola
de origem devera cumprir integralmente a Matriz Curricular
da escola de destino.
Nas transferências ocorridas no primeiro semestre, do Ensino
Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais para o Ensino Médio Anual, a escola
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de destino aproveitará as notas parciais das disciplinas que estavam sendo
cursadas e estabelecerá um plano de recuperação dos conteúdos das disciplinas
não cursadas, com avaliação e atribuição de notas para o devido registro no
Sistema.
Nas transferências ocorridas no segundo semestre, do Esino
Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais para o Ensino Médio Anual, a escola
de destino aproveitará o Bloco concluído com êxito ( média mínima de seis vírgula
zero) em todas as disciplinas não cursadas, no primeiro semestre, na escola de
origem, com avaliação e atribuição de notas.
Os conteúdos das disciplinas da Matriz Curricular da escola de
destino, não cursadas no primeiro semestre, são recuperados através de um
plano de recuperação de conteúdos, com avaliação e atribuição de notas. No
segundo semestre, o aluno cursara todas as disciplinas da Matriz Curricular em
que esta matriculado.
A escola de destino transcreverá as notas das disciplinas do
Bloco cursado no primeiro semestre, conforme a periodicidade da avaliação.
Os conteúdos das disciplinas não cursadas, no primeiro semestre,
na escola de origem, serão recuperados através de um plano de recuperação de
conteúdos, com avaliação e atribuição de notas para o devido registro no
Sistema.
• Equipe Multidisciplinar: Voltada para a
implementação das Relações Etnico-Raciais ou
História e Cultura Afro- Brasileira, Africana e/ou
indígena.
De acordo com a Lei 11.645, de 10 de março de 2008, torna-se
obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena nos
estabelecimentos de Ensino Fundamental e de Ensino Médio.
Assim sendo, os conteúdos referentes à história e cultura afro-
brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o
currículo escolar.
A Equipe Multidisciplinar está assim composta:
• Pedagoga: Maria Genuacele Gonçalves
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• Agente Educacional – Edna Wolf Barbosa
• Representante das instâncias colegiadas – Odacir José
Ribeiro
• Professores (área humanas) – Vinício Ferreira e Evelson
Siqueira de Mira
• Professores (área exatas) - Márcia Maria Teodoro e Atílio
Gomes Casagrande.
• Professores (área biológicas) – Conceição Aparecida Bryk
Instâncias Colegiadas
• Conselho Escolar
• APMF
• Grêmio Estudantil – Eleito este ano pelos alunos do
Colégio.
O Grêmio Estudantil é a organização dos estudantes na Escola.
Ele é formado apenas por alunos, de forma independente. Ele será um órgão
reconhecido de apoio à Direção Escolar. O Grêmio Estudantil não terá caráter
político-partidário, religioso, racial e também não deverá ter fins lucrativos.
A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio
serão estabelecidas pelo seu estatuto, aprovada em Assembleia Geral do corpo
discente do Estabelecimento de Ensino, convocada para este fim, obedecendo a
legislação pertinente.
O Grêmio Estudantil ficou assim composto:
• Presidente: Luiz Carlos de Mello
• Vice- Presidente – Vinícius Camargo Fillus
• Secretário -Geral- Amanda Camargo dos Santos
• Primeiro Secretário – Maria Eduarda santos de Boer
• Tesoureiro- Geral – Lucas Benatto Ferraz de Mello
• Primeiro Tesoureiro- Igor Thiago de Souza
• Diretor Social – Lucas Vinícius Gonzaga Santos
• Diretor de Imprensa – Geovane Henrique Fernandes Rosa
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• Diretor de Esportes – Murilo Teodoro Silva
• Diretor de Cultura – Bruno Carlos Messias
• Diretor de Saúde e Meio Ambiente – José Mateus de
Almeida
RELAÇÕES NA ESCOLA
Principais problemas nas relações Escola/Comunidade:
Considerando o porte da escola, há um bom relacionamento entre
as pessoas que aqui trabalham e estudam.
Quando um problema é detectado, imediatamente é feita uma
reunião para discussão e solução dos mesmos, assim não gera fontes de fofoca
ou mal estar entre as pessoas.
Assim sendo, relatamos que é um ambiente agradável, onde
todos trabalham em prol do melhor andamento do Colégio.
Neste contexto, é válido ressaltar que às vezes há alguma
discussão, pois é uma escola grande, onde trabalham muitas pessoas, mas as
divergências acontecem para melhorar o trabalho e as relações no ambiente
escolar. Assim, enfatizamos que a escola está inserida num ambiente conflituoso,
pois na escola pública há contradições.
Em relação aos pais, ressaltamos que são tratados com muito
respeito, no qual têm liberdade de participar, questionar, sugerir, e nesta
perspectiva o envolvimento da maioria das famílias com as atividades da escola
tem sido satisfatória.
Para o bom andamento das atividades escolares, foram traçadas
algumas Normas de Convivência com os alunos, pais, professores, equipe de
direção, equipe pedagógica e demais profissionais da educação:
• Todos têm o direito e o dever de respeitar e ser respeitado na
sua condição de aluno, pai, professor ou outra função
profissional deste estabelecimento de ensino;
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• Os direitos e deveres dos alunos, pais, professores e
funcionários estão expressos no Regimento Interno deste
estabelecimento de ensino;
• Aos alunos é permitido utilizar as dependências do Colégio,
desde que respeitadas as normas:
Quadra de Esportes – nos horários de aula, acompanhados pelo
professor; fora do horário de aulas, finais de semana e feriados, desde que
autorizados pela direção; deverão manter a ordem e limpeza no local, acatando o
horário determinado para o seu uso.
Salas de aula – no seu horário de aula, respeitando a limpeza e
organização.
Saguão – nos horários de intervalo, entrada e saída das aulas.
Pátio – nas atividades pedagógicas externas e em dias não
letivos, somente com autorização expressa da direção.
Biblioteca – acesso livre durante seu horário de funcionamento:
manhã – das 7:30h às 12h; Tarde – das 13h às 17:25h; Noite – das 19h às
23:00h; deverão portar-se respeitosamente quando do estudo, leitura e pesquisa,
bem como observar seu regulamento;
• Outros segmentos da sociedade terão a entrada e permanência
permitidas nas dependências do Colégio quando forem
convidados por representantes da comunidade escolar ou
apresentarem objetivo pedagógico, social ou outro que condiz
com a adequada formação dos alunos;
• Lembrando também, que o prédio da escola e suas
dependências estão abertas para determinados eventos da
sociedade, desde que agendados com antecedência e
autorizado pelo Conselho Escolar, respeitando a ordem de
prioridade;
• Na rotatividade de professores, não é permitido aos alunos a
saída da sala de aula, salvo com autorização do professor ou no
intervalo;
41
• É fundamental que na sala de aula o aluno esteja munido dos
materiais necessários para o rendimento e aproveitamento de
cada disciplina;
• Os alunos que chegarem atrasados receberão tratamento
especial: após o sinal de entrada, aguardarão na recepção onde
justificarão o motivo do atraso e será tolerado até 10 minutos
para entrada na primeira aula. Em casos de reincidência,
deverão estar acompanhados por um responsável ou portem
justificativa destes (por telefone também será aceito). No período
noturno, a tolerância será de 15 minutos, devido ao fato dos
alunos na maioria, serem trabalhadores. Os alunos serão
acompanhados por um funcionário até a sala ou apresentarão ao
professor autorização por escrito. Após este prazo, aguardarão o
início da 2ª aula.
• Os alunos que praticarem qualquer ato de desabono serão
encaminhados à equipe de direção ou pedagógica para prestar
esclarecimentos, onde será registrada a ocorrência em livro
próprio. Em caso de reincidência, os pais serão convocados para
tomar ciência da situação e, quando necessário, será acionado o
órgão judicial competente para as devidas providências.
• Entrada: cabe aos alunos, ao sinal de entrada, organizar-se em
filas, por turma e aguardar o chamamento do responsável para
adentrar as salas juntamente com seu professor. Um dia por
semana será entoado o Hino Nacional, sendo que todos deverão
participar. Em caso de atraso, o aluno deverá aguardar o
momento oportuno, não adentrando nas filas durante a entoação
do Hino;
• Intervalo: Ao final da 3ª aula, os alunos terão intervalo para
descanso e merenda, sendo que deverão permanecer no pátio
da escola e, ao sinal do término, formar-se novamente em filas
para retornar às salas.
42
• Compete ao aluno que partilha da merenda escolar demonstrar
educação e respeito na formação da fila, no uso dos utensílios,
devolvendo-os no local adequado e, principalmente o respeito
aos profissionais em serviço;
• Saída: Ao final da 5ª aula, os alunos são liberados para retirar-se
do estabelecimento.
• Os pais ou responsáveis dos alunos menores têm a
responsabilidade de acompanhar a vida escolar de seus filhos,
sendo suas incumbências a participação direta nas reuniões de
pais, comparecer quando forem solicitados individualmente,
apanhar e observar o boletim bimestral de notas e faltas,
justificar ao estabelecimento, eventuais faltas às aulas, e demais
atos que configuram a responsabilidade sobre a vida escolar dos
menores.
• Aos profissionais da educação atuantes neste estabelecimento
de ensino cabe desempenhar suas atividades respeitando as
normas expressas no Regimento Interno, atendendo da melhor
forma possível as especificidades da sua área de atuação,
partilhando dos valores éticos e comprometendo-se com a
adequada formação dos alunos.
FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada é desenvolvida neste estabelecimento de
ensino pelos professores de todas as áreas do conhecimento, pela equipe
pedagógica, equipe de direção e demais profissionais da educação que aqui
atuam, através de:
• Estudos para a organização do trabalho pedagógico da escola
(Semana pedagógica – fevereiro e julho);
• Grupos de estudos;
• Seminários;
43
• Simpósios;
• Reuniões pedagógicas;
• Jornada pedagógica;
• Jornada de diretores; e outros.
Assim sendo, a formação continuada se efetiva através de reuniões
pedagógicas, Conselho de Classe, Cursos oferecidos pela SEED e Semanas
Pedagógicas.
Observação:
Esses eventos acontecem tanto no próprio estabelecimento como
em outras localidades como Faxinal do Céu, Wenceslau Braz (NRE), Curitiba ou
outras.
OTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS
A principal fonte de recursos financeiros da instituição é
através do Fundo Rotativo, as 08 parcelas mensais são aprovadas através do
plano de aplicação em reunião com a APMF e Conselho Escolar, para a
liberação.
Também contamos com o PDDE (Programa Dinheiro Direto na
Escola) verba anual direcionada para APMF com a aprovação em conjunto com a
Direção e Equipe Pedagógica, para aplicar em compras referentes às
necessidades.
A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
também contribui através da promoção de eventos, para fins previstos
coletivamente, com a participação de toda comunidade escolar.
PLANO DE AÇÃO
PROPOSTA PARA GESTÃO 2009 a 2011.
44
A presente proposta visa nortear os trabalhos de gestão dos
professores acima citados, priorizando a gestão democrática,compartilhada e
transparente, tendo como princípio educativo a visão de que a escola é um local
onde as pessoas se encontram para compartilhar conhecimentos,aprimorado pela
vontade,boa formação e condições favoráveis para que o processo de ensino e
aprendizagem aconteça contento.
Sendo assim, a escola deve ser um lugar bonito, acolhedor , onde
as relações sociais tenham como princípio o respeito, a ética , a solidariedade, o
comprometimento com uma educação de qualidade, proporcionando a cada
membro da comunidade escolar um ambiente de trabalho harmonioso e
prazeroso.
Este lugar deve ser munido de materiais e equipamentos que
proporcione aos professores, equipe pedagógica e de apoio condições para
desenvolver seu trabalho com satisfação e dignidade.
Além das condições estruturais e dos recursos pedagógicos, o
professor deve ser assessorado, estimulado a melhorar a cada dia o seu trabalho
e para que isso aconteça é necessário aprimorar a cada dia sua formação. Isto
consiste numa gestão dinâmica, que proporcione ao corpo docente cursos,
palestras, seminários, enfim envolvê-los de forma a estimulá-los a desempenhar
seu trabalho com vontade e dedicação.
Dentre nossos objetivos, destacamos o estímulo ao
desenvolvimento de alunos, professores a toda a comunidade escolar em projetos
culturais e educativos, que visem desenvolvimento integral dos alunos,
promovendo campeonatos esportivos variados, festivais, retomada das feiras
culturais e científicas, disputas de prêmios e medalhas fazendo com que os
alunos descubram e exponham o seu grande potencial, suas habilidades e o
desejo de vencer. Além de combater e a todo tipo de drogas, educação sexual
tendo como foco a prevenção da gravidez indesejada e DSTs.
Também, consideramos primordial na educação o
desenvolvimento do exercício pleno da cidadania, envolvendo e capacitando os
alunos para participar nos mais diversos cargos que poderão
45
ocupar como: comissão do grêmio estudantil, comissão organizadora dos grupos
de teatrais, de danças,dos grupos organizadores de jogos, campeonatos, etc;
trabalhando na visão da cultura de Paz no tratamento de assuntos como a
disciplina na escola, comportamento e postura do indivíduo em qualquer lugar da
sociedade.
Temos intenção de promover atividades que desenvolvam nos
alunos o gosto pela escola e o desejo de tê-la bonita, com paredes limpas e bem
pintadas com janelas em perfeito estado, com mobiliário em perfeitas condições
de uso, com jardim na entrada da escola, tornando-a acolhedora e agradável.
Para dar oportunidade aos pais de entenderem melhor a
proposta da escola e participarem efetivamente dela, realizaremos uma
Assembleia Geral no início de cada ano letivo.
Considerando que o sucesso escolar de nossos alunos depende
de sua integra efetiva na escola e acreditamos nas atividades extraclasse como
estimuladores dessa integração, temos como metas:
*Criar: o jornal semestral, a fanfarra da escola, a Comissão de
formaturas, a horta e jardim Escolar.
*Promover: Viagens turísticas-culturais, Dia do Game, Cinema na
escola, Gincana inter-séries, Festa junina, Semana do meio ambiente, semana
das saúde, semana Literária, Dia da Leitura, festival de talentos, EBIFIQ,
( experiencias de biologia, física e química), Feira do Livro, Comemoração de
datas cívicas, Recreio dirigido, Campanhas beneficentes, Palestras educativas
para os alunos, Palestras de formação e motivação para professores, Avaliação
institucional interna( simulado).
*Projetos: Reciclar, Mata ciliar, Bom de nota/bom de bola, Mutirão
pela escola, Escola da família.
Incentivo: atividades artísticas (pintura, música, etc.), participação
nos eventos promovidos pela SEED, grêmio Estudantil, preparação pré-vestibular
(Eureka).
Outras ações: Reativar a cantina escolar, buscar parcerias com
empresas e promover eventos para ampliação e adaptação das dependências da
46
escola, movimentar a Netescola, articular o envolvimento da escola com eventos
de outras instâncias,proporcionando a Escola aberta para a comunidade.
Acreditamos que através dessas atividades contribuiremos para
diminuir os fatores que interferem no fracasso escolar, incentivando o acesso e
permanência dos alunos na escola, realizando uma gestão compartilhada, onde
todos os envolvidos tenham compromisso de trabalhar por uma educação de
qualidade, lutando pela formação de pessoas conscientes, críticas e
participativas.
Evandro Ribeiro Márcia Maria Teodoro
RG: 6.350.857-8 RG: 4.328.127-5
EQUIPE PEDAGÓGICA
O presente plano destina-se a colaborar com o bom andamento e
desempenho das atividades pedagógicas do estabelecimento e minimizar as
dificuldades enfrentadas por educandos e educadores na construção de um
projeto de vida de cidadãos bem sucedidos e politizados.
JUSTIFICATIVA
Considerando a necessidade de organizar, coordenar e
acompanhar o trabalho pedagógico, visando a melhoria do Ensino Aprendizagem,
assim como respaldar o espaço pedagógico no ambiente escolar, cooperando
para a efetivação de uma educação de qualidade, através da formação
continuada.
OBJETIVOS
• Promover e coordenar a formação continuada e reuniões
pedagógicas.
• Orientar e acompanhar a construção do PTD.
• Garantir a organização do trabalho pedagógico.
• Mediar o ensino aprendizagem.
47
AÇÕES
• Preparar, organizar e coordenar a Semana Pedagógica,
envolvendo todos os professores, através de
fundamentação teórica, mas referenciando-se na prática
escolar como: Organização do Trabalho Pedagógico,
Conselho de Classe, Ficha FICA, Avaliação.
• Organizar, capacitar os professores, bem como a
elaboração do Plano de Trabalho Docente, de maneira
concreta, sendo capaz de transformar a cultura dos
pseudos planos.
• Participar de cursos advindos da SEED, em Foz Iguaçu,
Faxinal do Céu e NRE e outros para que a formação do
pedagogo aconteça durante o exercício do trabalho.
• Organizar, preparar material para o Pré-conselho e
Conselho de Classe.
• Buscar alternativas junto aos professores, possibilitando a
aprendizagem dos alunos através de encaminhamentos à
Sala de Apoio, Sala de Recursos e proposição de
alternativas para mudança do encaminhamento
metodológico.
• Acompanhar a frequência dos alunos e tomar as medidas
cabíveis, caso os alunos continuem faltando.
• Incentivar os professores a desempenharem o seu
trabalho com seriedade, revendo sua prática pedagógica.
• Acompanhar as horas atividades através de fichas que
serão preenchidas pelos professores, ressaltando as
atividades desenvolvidas durante este tempo.
• Recolher os alunos na entrada e intervalo, lendo sempre
uma mensagem de ânimo e incentivo aos alunos e
professores.
48
• Organizar, elaborar e acompanhar o desenvolvimento do
Projeto PEP, através da conscientização, desenvolvimento
pedagógico, trabalho feito pelos professores em sala de
aula e posteriormente organizar simulados.
• Acompanhar e orientar os professores que participam do
Programa Viva Escola, bem como o registro e Plano de
Trabalho Docente, realização das atividades e registro no
sistema.
• Acompanhar e direcionar o trabalho do Curso CELEM,
orientando o professor em sua prática.
• Orientar o trabalho pedagógico: Plano de Trabalho
Docente, Hora Atividade, Livro Registro de Classe.
• Após o Conselho de Classe, organizar e liderar as
atividades que deverão ser desenvolvidas em prol da
aprendizagem dos alunos.
• Participar das reuniões de pais, trabalhando temas como:
Avaliação, A necessidade da leitura e principalmente da
participação dos pais.
• Implementar o PPP, fazendo os adendos que forem
necessários no Regimento Escolar.
• Acompanhar e orientar os professores quanto ao
preenchimento do Livro Registro de Classe, através da
instrução 14/08.
TEMPO
Estas ações serão desenvolvidas durante o ano letivo.
Pedagogas:
Maria Genuacele Gonçalves
Nilce Mara Teodoro
Sonia Maria De Mello Miranda
49
FUNCIONAŔIOS: AGENTES EDUCACIONAIS I E II.
Funções dos agentes educacionais I
Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e
integrando o ambiente físico escolar; executar atividades de manutenção e
limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios,
quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e
não docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço; lavar,
passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais; utilizar aspirador ou
similares e aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário escolar;
abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a
segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola; efetuar
serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo
acomodação necessária aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em
todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de
lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola
para tal; coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; executar
serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola;
racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como
vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.; comunicar com antecedência à
direção da escola sobre a falta de material de limpeza, para que a compra seja
providenciada; abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal,
garantindo o bom andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do
horário de aulas ou outras atividades da escola; guardar sob sua responsabilidade
as chaves da instituição, quando for o caso, ou deixar as chaves nos locais
previamente estabelecidos; zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio,
realizando rondas nas dependências da instituição, atentando para eventuais
anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando,
quando necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento
médico de emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à
50
chefia imediata; controlar o movimento de pessoas nas dependências do
estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das atividades
desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou acompanhar o público aos
diversos setores da escola, conforme necessidade; acompanhar os alunos em
atividades extra classe quando solicitado; preencher relatórios relativos a sua
rotina de trabalho; participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou
outros encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado; agir
como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do
ambiente físico , do meio-ambiente e do patrimônio escolar; efetuar outras tarefas
correlatas às ora descritas; preparar a alimentação escolar sólida e líquida
observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local,
programando e diversificando a merenda escolar; responsabilizar-se pelo
acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a preparação da
alimentação escolar; verificar a data de validade dos alimentos estocados,
utilizando-os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos
mesmos; atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e
dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como
recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos
alimentares e ambientais; organizar espaços para distribuição da alimentação
escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o
desperdício; acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e
extraclasse quando solicitado; realizar chamamento de emergência de médicos,
bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o procedimento à chefia
imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; comunicar ao(à)
diretor(a), com antecedência, a falta de algum componente necessário à
preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; efetuar
outras tarefas correlatas às ora descritas.
Funções dos agentes educacionais II
Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição
escolar onde trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de ensino,
51
atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e
tecnologia; manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e
digitar documentos em geral e redigir e assinar atas; receber e expedir
correspondências em geral, juntamente com a direção da escola; emitir e assinar,
juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares; classificar,
protocolar e arquivar documentos; prestar atendimento ao público, de forma
pronta e cordial; atender ao telefone; prestar orientações e esclarecimentos ao
público em relação aos procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade
escolar; lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração;
manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do
estabelecimento de ensino; manter atualizada lista telefônica com os números
mais utilizados no contexto da escola; comunicar à direção fatos relevantes no
dia-a-dia da escola; manter organizado e em local acessível o conjunto de
legislação atinente ao estabelecimento de ensino; executar trabalho de
mecanografia e de reprografia; acompanhar os alunos, quando solicitado, em
atividades extraclasse ou extracurriculares; participar de reuniões escolares
sempre que necessário; participar de eventos de capacitação sempre que
solicitado; manter organizado o material de expediente da escola; comunicar
antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os
procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; executar outras
atividades correlatas às ora descritas; catalogar e registrar livros, fitas, DVD,
fotos, textos, CD; registrar todo material didático existente na biblioteca, nos
laboratórios de ciências e de informática; manter a organização da biblioteca,
laboratório de ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros
materiais de leitura; atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a
manutenção do banco de dados; zelar pelo controle e conservação dos
documentos e equipamentos da Biblioteca; conservar, conforme orientação do
fabricante, materiais existentes nos laboratórios de informática e de ciências;
reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de
imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD; registrar empréstimo de livros e
materiais didáticos; organizar agenda para utilização de espaços de uso comum;
zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis
52
nas salas de aula; zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização,
agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando,
facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola; quando solicitado;
participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da
unidade escolar; decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e
tecnológicos na prática escolar; executar outras atividades correlatas às ora
descritas.
Os agentes educacionais I e II, além de exercerem as atividades
relativas as suas respectivas funções, exercem um papel de educadores não
docentes desenvolvendo outras funções que contribuem no processo escolar:
● Orientar os alunos na formação de filas para um bom atendimento na hora
do recreio, com ajuda dos professores.
● Transmitir valores através do diálogo, da convivência e do respeito.
● Orientar os educandos quanto à responsabilidade da devolução dos
utensílios utilizados na hora da alimentação.
● Registrar ocorrências no livro específico na equipe pedagógica para que o
aluno possa ser punido quando maltratar um colega ou funcionário nos
setores onde trabalhamos.
● Apresentar aos alunos – principalmente de 5ª série – os setores do colégio
bem como seu funcionamento, para que eles possam reconhecer a
importância e valor de cada função exercida na escola.
● Participar das reuniões pedagógicas para discussões e implementação de
projetos pedagógicos.
● Participar de atividades extra-curriculares da escola, dentro das funções
pré-estabelecidas. (ex: preparar lanche especial).
● Orientar os educandos quanto à preservação do meio ambiente, mantendo
a escola limpa, jogando lixo nas lixeiras e fazendo uso consciente da água.
● Orientar os educandos e docentes quanto à organização das carteiras na
sala de aula, para que possam colocá-las no lugar após os eventos e/ou
aulas diferenciadas.
53
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação institucional ocorre no início do ano, com a
participação de todos, assim serão analisados os entraves e avanços
apresentados no ano anterior, para que coletivamente sejam traçadas diretrizes
para o ano seguinte.
O planejamento das ações é democrática, envolvendo
professores, equipe pedagógica, direção e agentes educacionais.
Para tanto, traçamos metas a serem alcançadas a partir da
realidade apurada, o qual demonstramos nos quadros a seguir:
(O quadro de ação está em um documento separado, pois possui um
formato diferente, quando for impresso, será colocado em seguida desta página,
são 03 folhas)
54
(Folha 01 quadro de decisões e ações)
55
(Folha 02 quadro de decisões e ações)
56
(Folha 3 quadro de decisões)
57
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto Político Pedagógico é um documento de reflexão para
criar novas alternativas e assumir um efetivo comprometimento com a construção
de uma escola democrática.
Temos a certeza de que não é um projeto pronto e acabado, mas
sim, um projeto contínuo de mudanças. Como qualquer processo, sofrerá
avanços e recuos, oportunizará práticas acertadas e incorretas e, como qualquer
projeto, os resultados nem sempre serão imediatos e perceptíveis em curto prazo.
Enfim, sempre será uma nova proposta de atuação participativa – pois, na ação
conjunta há a contribuição de todos no todo, e de todos no de cada um.
Tem-se a certeza também, de que o maior ou menor sucesso,
dependerá da união de todos que assumem a luta por uma sociedade mais
humana, justa e igualitária. A educação é verdadeiramente desafiadora para
qualquer educador comprometido com a sociedade como um todo.
Todos juntos! Envolvendo a cooperação, a liberdade, a igualdade,
para transformar a educação no ideal para a realidade; buscando meios ainda
melhores para alcançar resultados também melhores na qualidade do ensino.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
LIBÂNEO, José C. Democratização da escola pública. São Paulo:
Loyola, 1989.________________ Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1996.
DELIBERAÇÃO 14/99 – CEE/PR
SACRISTÁN, J. Gimeno & GÓMEZ, A. I. Pérez. Compreender e
Transformar o Ensino. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SEED.Superintendência da Educação. Identidade do Ensino Médio.
Versão Preliminar. Julho, 2006.
58
_______________________________Diretrizes para o Ensino
Fundamental da Rede Pública Estadual. Versão Preliminar. Julho, 2006.
GOUVEIA, Andréa Barbosa & SOUZA, Ângelo Ricardo. Gestão
Democrática. UFPR.
CONSED/UNICEF. GESTÃO EM REDE. REVISTA Nº 40. CURITIBA,
OUTUBRO/2002.SEED.Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares
da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Versão
Preliminar. Julho, 2006.
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ANEXOS
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O objeto de estudo na disciplina é a CULTURA CORPORAL, na sua
relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto como pelas
ciências humanas, sociais da saúde e da natureza; tendo como objetivo formar a
atitude crítica perante a cultura corporal, exigindo domínio do conhecimento e a
possibilidade de sua construção a partir da escola.
Para que se compreenda o momento atual da educação física, é
necessário considerar suas origens no contexto brasileiro, abordando as
principais influências que marcam e caracterizam esta disciplina e os novos
rumos que estão se delineando.
No século passado, a educação física esteve estreitamente vinculada às
instituições militares e a classe médica. Esses vínculos foram determinantes,
tanto no que diz respeito à concepção da disciplina e suas finalidades quanto ao
seu campo de atuação e à forma de ser ensinada.
A Educação Física, então vem favorecer a educação do corpo, uma função
higienista, tendo como meta à constituição de um físico saudável e equilibrado
organicamente, menos suscetível às doenças, visando então, melhorar a
condição de vida da população brasileira.
Diante da análise de algumas das abordagens teóricas que sustentaram
historicamente as teorizações em Educação Física escolar no Brasil, optou-se,
nas DCE's, por interrogar a hegemonia que entende esta disciplina tão somente
como treinamento do corpo, sem nenhuma reflexão sobre o fazer corporal.
Partindo do objeto de estudo, o ensino da Educação Física evidencia a
relação estreita entre a formação histórica de ser humano por meio do trabalho e
60
as práticas corporais decorrentes. A ação pedagógica da Educação Física deve
estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o
ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal, que pode ser
identificada como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo
homem.
A Educação Física tem a função social de contribuir para que
os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo,
adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente
sobre as práticas corporais; também visa à integração no processo
pedagógico como elemento fundamental para o processo de formação
humana do aluno, desenvolvendo suas habilidades motoras, conhecendo o
espaço, respeitando regras e condutas, valorizando a sociedade em que
vive.
O papel da Educação Física é desmitificar formas arraigadas
e não refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais
historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na
prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como oportunidade para
reelaborar ideias e atividades que ampliem a compreensão do estudante
sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a
vida. Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões
sobre necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de
contradições e na valorização da educação. Por isso, é fundamental
considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas,
professores, alunos e da comunidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
➢ ESPORTE;
➢ JOGOS E BRINCADEIRAS;
➢ DANÇA;
➢ GINÁSTICA;
➢ LUTAS.
61
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE/ 6º ANO:
Esportes:
• Coletivos;
• individuais.
Ginástica:
• Ginástica geral;
• Ginastica rítmica;
• Atividades circenses.
Dança:
• Dança de rua;
• Danças folclóricas;
• Danças criativas.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Jogos e brincadeiras populares;
• Jogos de tabuleiro;
• Jogos cooperativos;
• Brincadeiras e cantigas de roda.
LUTAS:
• Lutas de aproximação;
• Capoeira.
6ª série/ 7ª ano:
Esportes:
• Coletivos;
• individuais.
62
Ginástica:
• Ginástica geral;
• Ginastica rítmica;
• Atividades circenses.
Dança:
• Dança de rua;
• Danças folclóricas;
• Danças circulares;
• Danças criativas.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Jogos e brincadeiras populares;
• Jogos de tabuleiro;
• Jogos cooperativos;
• Brincadeiras e cantigas de roda.
LUTAS:
• Lutas de aproximação;
• Capoeira.
7ª série/ 8º ano:
Esportes:
• Coletivos;
• radicais.
Ginástica:
• Ginástica geral;
• Ginastica rítmica;
• Atividades circenses.
63
Dança:
• Danças circulares;
• Danças criativas.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Jogos e brincadeiras populares;
• Jogos de tabuleiro;
• Jogos cooperativos;
• Jogos dramáticos.
LUTAS:
• Lutas como instrumento mediador;
• Capoeira.
8ª série/ 9º ano:
Esportes:
• Coletivos;
• Radicais.
Ginástica:
• Ginástica geral;
• Ginastica rítmica;
Dança:
• Danças circularess;
• Danças criativas.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
• Jogos de tabuleiro;
• Jogos cooperativos;
• Jogos dramáticos.
64
LUTAS:
• Lutas como instrumento mediador;
• Capoeira.
METODOLOGIA
Considerando o objeto de ensino e de estudo, CULTURA
CORPORAL, é preciso sistematizar e organizar o conhecimento sobre as
práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo com as
diferentes culturas, permitir ao aluno ampliar sua visão de mundo por meio
da Cultura Corporal, levando em conta o momento histórico, político,
econômico e social. Tratar o conteúdo teórico e a construção do
conhecimento da práxis, proporcionando a expressão corporal, o
aprendizado da técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão
sobre o movimento corporal.
Os trabalhos referentes à História e Cultura Afro e Indígena e
Meio Ambiente, serão ofertados com os conteúdos de dança, como
dramatização e criações coreográficas.
Partindo dos conteúdos estruturantes propostos para o
ensino fundamental, o professor abordará as manifestações corporais a
partir de diferentes possibilidades de expressão, observando que
corporalmente manifesta-se: alegria, dor, preconceito, prazer, raiva, medo,
etc. As práticas corporais podem ser um índice pra a prática escolar voltada
para a busca da autonomia, a partir do conhecimento de limites e
possibilidades de expressão de si próprio e dos indivíduos. Permitir a
interação, o conhecimento, a partilha de experiências e a inserção crítica no
mundo e o desenvolvimento de um sentimento de alteridade, entendida
como reconhecimento do que é diferente.
Entendemos a aula como um espaço intencionalmente
organizado para possibilitar a direção de apreensão, pelo aluno, do
conhecimento específico da Educação Física e dos diversos aspectos da
sua prática na realidade social, através de aulas expositivas, discussão
65
sobre os temas propostos, trabalhos individuais e em grupo, atividades
orais e escritas, pesquisas, atividades de expressão corporal.
Os conteúdos devem ser abordados no princípio da complexidade
crescente, estabelecendo diferenças de entendimento e de relações entre
conteúdo e possíveis elementos articuladores. Serão utilizados recursos como
textos, reportagens, filmes, jornais, revistas, programas de computador, pendrive,
internet, além das atividades práticas que serão desenvolvidas na quadra
poliesportiva.
Serão utilizados diversos materiais como: bolas das modalidades
específicas, bolas de borracha, cordas, sucata, material alternativo, bastões,
bambolês, tudo de acordo com as possibilidades da escola.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político
Pedagógico da escola, a fim de priorizar a qualidade e o processo de
ensino-aprendizagem.
Sendo um processo contínuo, permanente e cumulativo,
observando a desenvoltura, o desempenho nas atividades, o interesse e análise
dos trabalhos apresentados, as atividades orais, escritas e práticas. Levando-se
também em consideração o desempenho global do aluno, destacando a
responsabilidade, a cooperação, a participação, respeito às regras e outros
modos de agir.
CRITÉRIOS
Espera-se que o aluno:
• conheça o surgimento de cada esporte com suas primeiras
regras;
• reconheça a relação do esporte com os jogos populares;
• compreenda e pratique seus movimentos básicos, ou seja,
seus fundamentos;
66
• conheça o contexto histórico em que foram criados os
diferentes jogos, brinquedos e brincadeiras, bem como
aproprie-se efetivamente das diferentes formas de jogar;
• reconheça as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir
da construção de brinquedos com materiais alternativos;
• conheça sobre a origem e alguns significados (místicos,
religiosos) das diferentes danças;
• crie e adapte tanto das cantigas de roda quanto de
diferentes sequencias de movimentos;
• conheça os aspectos históricos da ginástica e das práticas
corporais e circenses;
• aprenda os fundamentos básicos da Ginástica ( saltar,
equilibrar, rolar/girar, trepar, balançar/embalar e
malabares);
• conheça os aspectos históricos, filosóficos, as
características das diferentes manifestações das lutas,
assim como alguns de seus movimentos característicos;
• reconheça as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir
da utilização de materiais alternativos e dos jogos de
oposição.
INSTRUMENTOS
Os modelos de atividades são:
• atividades de leitura (compreensiva/crítica) de textos;
• projeto de pesquisa bibliográfica;
• produção de texto;
• relatórios;
• atividades com textos literários;
• atividades com recursos aúdio-visuais (filmes e
documentários);
• atividades experimentais;
67
• trabalhos em grupo (escrita, oral, gráfica, corporal,
construção de maquetes, painéis, etc.);
• questões objetivas e discursivas.
Os alunos terão oportunidade de recuperação, levando em conta se
realizaram todas as atividades propostas, e com instrumentos de avaliação
diferenciados, quando for o caso.
REFERÊNCIAS
COLETIVO DE AUTORES. “Metodologia do Ensino da Educação Física”. São
Paulo. Cortez, 1992.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. “Diretrizes Curriculares de Educação
Física para a Educação Básica”. Curitiba, 2008.
68
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O entendimento sobre essa importante e fundamental área do
conhecimento humano implica uma concepção, que tem por base a diversidade
presente nas diferentes expressões religiosas. Nesse enfoque, o sagrado e suas
diferentes manifestações religiosas possibilitam a reflexão sobre a realidade,
numa perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade
universal do conhecimento religioso.
Sendo assim, a disciplina pretende contribuir para o conhecimento
e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural,
que compõem a sociedade brasileira, bem como possibilitar o acesso às
diferentes fontes de cultura sobre o fenômeno religioso, tendo como foco o
sagrado.
A disciplina de Ensino Religioso tem como objetivos:
Contemplar o estudo das manifestações religiosas, analisando e buscando
compreender o Sagrado como cerne da experiência religiosa do cotidiano que o
contextualiza no universo cultural.
Ampliar a compreensão da diversidade religiosa como expressão cultural, a
promover o espaço de reflexão na sala de aula em relação a diversidade religiosa.
Proporcionar a formação integral do aluno, num processo contínuo de educação e
garantia ao direito de acesso, a universidade da educação, a concepção de
formação em seus diferentes aspectos: estético, ético, cognitivo, afetivo, cultural,
biológico, social e religioso.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
➢ Universo simbólico Religioso,
➢ Texto Sagrado,
➢ Paisagem Religiosa.
CONTEÚDOS BÁSICOS
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
69
• As organizações religiosas estão baseadas nos princípios
fundacionais legitimando a intenção original do fundador e os seus
preceitos. Assim estabelecem fundamentos, normas e funções a
fim de compor elementos mais ou menos determinados que unem
os adeptos religiosos e definem o sistema religioso.
• Os fundadores e ou Líderes Religiosos;
• As Estruturas Hierárquicas: Exemplos,
• Budismo (Sidarca Gautama);
• O Cristianismo (Cristo);
• Confucionismo (confúcio)
• O Espiritismo (Allan Kardek);
• O Taoísmo (Lao Isé).
* LUGARES SAGRADOS
• O que torna um lugar sagrado é a identificação e o valor atribuído
a ele, ou seja, onde ocorreram manifestações culturais religiosas.
Assim, os lugares sagrados são simbolicamente onde o sagrado
se manifesta.
• Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras,
etc.
• Lugares construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.
TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS
• São ensinamentos sagrados, transmitidos de forma oral ou escrita
pelas diferentes culturas religiosas;
• Cantos, narrativas poemas, orações, pinturas rupestres,
tatuagens, histórias de origem de cada povo contadas pelos mais
velhos, escritas uniformes, hierógrifos egípcios, etc.
70
• Os textos grafados tal como o dos vedas, o Velho e o Novo
Testamento, o Tora, o Al Corão e também os textos sagrados das
tradições orais das culturas africana e indígena.
SÍMBOLOS RELIGIOSOS
• Os símbolos religiosos são linguagens que expressam sentidos,
comunicam e exercem papel relevante para a vida imaginativa e
para a constituição das diferentes religiões no mundo.
• Neste contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa que
veicule uma concepção, pode ser uma palavra, um som, um
gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação
matemática, cores, textos e outros que podem ser trabalhados
conforme os seguintes aspectos:
25.Dos ritos;
26.Dos mitos;
27.Do cotidiano.
TEMPORALIDADE SAGRADA
• O que diferencia o tempo sagrado do tempo profano é a falta de
homogeneidade e continuidade.
• O tempo profano está ligado, essencialmente à existência
humana. Inicia-se com o nascimento do homem e, tem seu fim na
morte. O tempo do divino está, por um lado, além da vida
simplesmente animal do homem e, por isso, se caracteriza
geralmente pela idéia de eternidade.
• Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada apresentando o
evento da criação nas diversas tradições religiosas, os calendários
e seus tempos sagrados (nascimento do líder religioso, passagem
de ano, datas de rituais, festas, dias da semana, calendários
religiosos). Entre os exemplos podemos citar o Natal (Cristão),
71
Kumba Mela (Hinduismo), Losar (passagem do ano Tibetano) e
outros.
FESTAS RELIGIOSAS
• Festas religiosas são os eventos organizados pelos diferentes
grupos religiosos, com objetivo da reatualização de um
acontecimento primordial: confraternização, rememoração dos
símbolos, períodos ou datas importantes.
• Peregrinações;
• Festas Familiares;
• Festas nos Templos;
• Datas Comemorativas.
RITOS
• Ritos são celebrações das tradições e manifestações religiosas
que possibilitam um encontro interpessoal;
• Essas celebrações são formadas por um conjunto de rituais.
Podem ser compreendidas como a recapitulação de um
acontecimento sagrado anterior, servem à memória e à
preservação da identidade de diferentes tradições e
manifestações religiosas, e podem remeter a possibilidades
futuras decorrentes de transformações contemporâneas.
• Os ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos
espaços sagrados. Dentre as celebrações dos rituais nem todos
possuem a mesma função.
• Os ritos de passagem;
• Os Mortuários;
• Os propiciatórios, entre outros.
VIDA E MORTE
72
• As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a
vida além da morte, as respostas elaboradas nas diversas
tradições e manifestações religiosas e sua relação com o sagrado
podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações religiosas,
a reencarnação, além da morte, ancestralidade, espíritos dos
antepassados que se tornam presentes e outras, ressurreição,
apresentação da forma como cada cultura, organização religiosa
encara a questão da morte e amaneira como lidam com o culto
aos mortos, finados e dias especiais para tal relação.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Dentro da disciplina de Ensino Religioso, os encaminhamentos
metodológicos não devem se reduzir a determinar formas, métodos, conteúdos ou
materiais, mas, em subsidiar trabalhos que deverão fomentar o respeito às
diversas manifestações religiosas, ampliando o universo cultural dos alunos.
Dessa forma, o trabalho do Ensino Religioso deve partir de
abordagens que visem à superação do preconceito à ausência ou à presença de
qualquer crença religiosa, de toda a forma de proselitismo, bem como, da
discriminação de qualquer expressão sagrada.
Faz-se necessário considerar que não cabe a escola doutrinar
seus educandos ou evangeliza-los, mas sim, contribuir para a construção,
reflexão, e a socialização do conhecimento religioso, proporcionando assim,
conhecimentos que favoreçam a formação integral dos educandos, o respeito e o
convívio com o diferente, através de uma prática totalmente pedagógica, não
propondo que se faça juízo desta ou daquela prática religiosa, respeitando o
direito a diversidade, a liberdade de expressão e a opção religiosa do educando,
fazendo uso de textos, prioritariamente de produções de pesquisadores que não
priorizem algum interesse ou tradição religiosa.
AVALIAÇÃO
73
O Ensino Religioso não constituirá objeto de reprovação e não
terá registro de nota ou conceito nos documentos escolares, por ser disciplina de
matrícula facultativa para os alunos.
Mesmo assim, a avaliação não deixará de ser elemento integrante
na disciplina Ensino Religioso, sendo assim, o professor deverá utiliza-se de
práticas avaliativas que permitam acompanhar a internalização pelos educandos
dos conhecimentos trabalhados e seus objetivos.
Nesse sentido, a avaliação realizada pelo professor, será
observação, reflexão e informação, que envolve a sociabilidade, afetividade,
postura, compromisso, integração, participação do aluno e sua transformação.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares Nacionais
DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo:ed.
Paulinos, 1989.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o Profano: a essência das religiões. São Paulo:
Martins Fontes, 0992.
Versão Preliminar – julho de 2006 – Diretrizes Curriculares para o Ensino
Religioso no Ensino Fundamental.
A bibliografia sempre será variada, visando a atualização do professor.
74
GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia estuda cientificamente a Terra como o objetivo de
descrever, analisar a variação espacial de fenômenos físicos, humanos e políticos
que acontecem na superfície do globo terrestre bem como a organização da
sociedade construída pelo homem.
O saber geográfico proporciona ao homem a análise local e global
do espaço social, nos aspectos financeiros, econômicos e tecnológicos. Cujo
objetivo é a produção crítica e a dinâmica na sua totalidade que resulta na
compreensão das questões materializadas no espaço geográfico numa
construção conceitual. O estudo geográfico tem sua evolução ao longo do tempo
quando o homem busca atender suas necessidades de sobrevivência.
Através do processo histórico crítico e social, evidenciando em
discussões filosóficas, econômicas, políticas e sociais, o estudo da Geografia foi e
é de suma importância desde os tempos remotos até sua atualidade, envolvendo
todas as transformações ocorridas no meio feitas pelo homem.
Desse modo à Geografia contribui para a formação dos alunos
através de observações, pesquisas sobre modificação ocorrida ao tempo por
vários tipos de paisagens existentes no globo terrestre.
Nesse sentido, a própria Geografia que estuda a sociedade
organizada, pode contribuir para a formação de cidadãos capazes de
compreender o mundo em que vive e nele atuar de modo consciente para
preservar o meio ambiente e para que as desigualdades sociais como: a exclusão
e o preconceito continuem sendo marcas de nossa sociedade capitalista.
OBJETIVOS GERAIS
➢ Desenvolver junto aos alunos, a postura científica, utilizando-se, para tanto,
do estímulo à observação da natureza/ sociedade e de sua compreensão.
➢ Adquirir uma visão global e diferenciada da superfície terrestre, com suas
características e seus problemas.
75
➢ Perceber que a natureza deve ser entendida como fonte de vida e não
como fonte de lucro.
➢ Desenvolver atitudes sociais, entre elas, o espírito associativo e de
solidariedade, na busca incessante de construção de cidadania, da ética,
da compreensão e do respeito pelo meio ambiente.
➢ Perceber que as paisagens geográficas dependem tanto dos fatores
naturais quanto das relações dos homens entre si, ao longo do processo
histórico.
➢ Situar o Brasil no contexto dos demais países do mundo, identificando
semelhanças e diferenças e o interesse pela procura de soluções para os
grandes problemas locais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção.
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos
naturais
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)
organização do espaço geográfico
• As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.
• A transformação populacional e as manifestações socioespaciais
da diversidade cultural.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
76
6ª SÉRIE
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do
território brasileiro.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população
• Movimentos migratórios e suas motivações
• O espaço rural e a modernização da agricultura
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e urbanização
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a
(re)organização do espaço geográfico
• A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das
informações
7ª SÉRIE
➢ As diversas regionalizações do espaço geográfico
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios do continente americano
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel
do Estado
• O comércio em suas implicações socioespaciais
• A circulação da mão de obra, do capital, das mercadorias e
das informações
77
• A distribuição espacial, das atividades produtivas, a
(re)organização do espaço geográfico
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade
capitalista
• O espaço rural e a modernização da agricultura
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população
• Os movimentos migratórios e suas motivações
• As manifestações sociespaciais da diversidade cultural
• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos
naturais
8ª SÉRIE
• As diversas regionalizações do espaço geográfico
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado
• A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos
no espaço da reprodução
• O comércio mundial e as implicações socioespaciais
• A formação , mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações
• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da
paisagem e a reorganização do espaço geográfico
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
78
METODOLOGIA
Conduzir reflexões sobre os conteúdos que serão tratados e ao
mesmo tempo avaliar o conhecimento prévio dos alunos e deixá-los opinar,
argumentar, trocar idéias, propiciando desenvolvimento de habilidades como:
observação, reflexão, discussão, análise e interpretação.
Subsidiar os alunos para desenvolver pensamento crítico,
buscando elementos que permitam compreender, interpretar e explicar o mundo
utilizando diferentes linguagens disponíveis, procurar adequar os conteúdos
conforme as necessidades dos alunos, explicando o conhecimento de forma
detalhada, utilizando recursos como portal, Dia-a-dia Educação, audiovisuais,
mapas, maquetes, cartas topográficas, Internet e outros.
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem
dos conteúdos básicos.
Os conceitos fundamentais da geografia - paisagem, lugar, região,
território, natureza e território - serão apresentados numa perspectiva critica.
A compreensão do objeto da geografia – espaço geográfico – é a
finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da geografia, as relações Sociedade –
Natureza e as relações Espaço – Temporais são fundamentais para a
compreensão dos conteúdos.
As realidades local e paranaense deverão ser consideradas,
sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes
escalas geográficas, com uso da linguagem cartográfica – signos, escala e
orientação.
As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve acompanhar a aprendizagem dos alunos e
nortear o trabalho do professor, devendo ser diagnostica, formativa e sistemática
79
e processual no que diz respeito à interação do processo cognitivo
compreendendo diferentes práticas pedagógicas não restringindo à capacidade
de memorização, mas sim na capacidade de refletir e aplicar os conceitos,
conteúdos, procedimento e atitudes aprendidos durante as aulas.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro
dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,
acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas
criações/produções e também como o aluno se relaciona e soluciona as
problematizações apresentadas com o colega nas discussões e consensos do
grupo.
CRITÉRIOS
➢ Atividade avaliativa, interpretação de texto. O aluno deve estabelecer e
compreender as relações entre os diversos fatores geográficos.
➢ Avaliação escrita.
➢ Avaliação dissertativa, espera-se que o aluno elabore uma produção de
texto estabelecendo uma evolução cronológica dos fatores e fenômenos
geográficos.
INSTRUMENTOS
➢ Trabalho em grupo.
➢ Apresentação de trabalho em equipe ou individual.
➢ Avaliação dissertativa ou objetiva.
➢ Leitura de imagens.
➢ Confecção de gráficos e tabelas.
➢ Produção de texto.
➢ Relatórios de filmes.
➢ Relatórios de palestras e prática de campo.
REFERÊNCIAS
CND – Curso Normal – Distância módulo 1
80
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
Arte. Secretaria do Estado da Educação – SEED
81
INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A aprendizagem de Língua Estrangeira propicia um espaço de
reflexão sobre a língua materna entendida como prática social as diferenças
culturais, o conhecimento, valores de cidadania e identidade.
O ensino de Língua Estrangeira deverá promover também a
participação do aluno no mundo moderno, possibilitando acesso a informações,
que possam contribuir para seu crescimento pessoal, cultural, científico e
profissional e a apropriação do conhecimento enquanto instrumento de
compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a
compreensão da realidade, ou seja, o ensino de Língua Estrangeira deve
contribuir para a formação de um cidadão crítico, capaz de interagir criticamente
na sociedade sendo consciente do papel que nela ocupa.
Ler, escrever, falar e ouvir são habilidades que nos conduzem à
interação, o que segundo a concepção discursiva da Língua Estrangeira, não se
separam em situações concretas de comunicação. Através da linguagem é que
colocamos em prática tais habilidades. Quanto mais possibilidades de usar
múltiplas linguagens, melhor nos expressaremos e compreenderemos o outro.
SÉRIE: 5ª
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
Leitura
Esferas sociais de circulação- gêneros
textuais:
Cotidiana: álbum de família, adivinhas,
convites, histórias em quadrinhos;
literária: narrativas de humor, narrativas
de enigma, narrativas de aventura,
pintura;
escolar: cartazes, diálogo, expressão
oral;
imprensa: fotos,entrevista;
publicitária: publicidade,comercial;
82
mediática:desenho animado, E. Mail,
vídeo clip.
-Identificação do tema; Intertextualidade;
Léxico; Coesão e coerência; Funções
das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos; Recursos
estilísticos (figuras de
linguagem);Marcas linguísticas:
particularidade da língua, pontuação;
recursos gráficos(como aspas,
travessão,negrito);Variedade linguística;
acentuação gráfica; Ortografia.
Escrita
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade
do texto; Intertextualidade; condições de
produção; Informatividade(informações
necessárias para a coerência do texto);
Léxico; Coesão e coerência; Funções
das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos; Recursos
estilísticos ( figuras de
linguagem);Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação,recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito); Variedade
linguística; Ortografia; Acentuação
gráfica .Oralidade -Elementos extralinguísticos: entonação,
pausas, gestos, etc..;
Adequação do discurso ao
gênero;Turnos da fala; Variações
linguísticas; Marcas linguísticas:
coesão,coerência, gírias, repetição;
83
Pronúcia.
SÉRIE: 6ª
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
Leitura
Esferas sociais de circulação-
gêneros textuais:
Cotidiana: piadas, adivinhas,
convites, histórias em quadrinhos;
literária: narrativas de humor,
narrativas de enigma, narrativas de
aventura, pintura;
escolar: cartazes, diálogo, expressão
oral;
imprensa: fotos,entrevista;
publicitária: publicidade,comercial;
mediática: desenho animado, E.
mail, filmes, vídeo clip
-Identificação do tema;
Intertextualidade; Léxico; Coesão e
coerência; Funções das classes
gramaticais no texto; Elementos
semânticos; Recursos estilísticos
( figuras de linguagem); Marcas
linguísticas: particularidade da língua,
pontuação; recursos gráficos(como
aspas, travessão,negrito); Variedade
linguística; acentuação gráfica;
Ortografia.
Tema do texto; Interlocutor;
84
Escrita
Finalidade do texto;Intencionalidade
do texto; Intertextualidade; condições
de produção; Informatividade
(informações necessárias para a
coerência do texto); Léxico; Coesão e
coerência; Funções das classes
gramaticais no texto; Elementos
semânticos; Recursos estilísticos
( figuras de linguagem);Marcas
linguísticas: particularidades da
língua, pontuação,recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística; Ortografia;
Acentuação gráfica .Oralidade -Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos, etc..;
Adequação do discurso ao
gênero;Turnos da fala; Variações
linguísticas; Marcas linguísticas:
coesão,coerência, gírias, repetição;
Pronúcia.
SÉRIE: 7ª
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
Leitura
Esferas sociais de circulação-
gêneros textuais:
Cotidiana: piadas, bilhete, cartão
postal, convites, músicas, quadrinhas,
relatos de experiências;
literária: tiras de humor, narrativas de
enigma, poemas;
escolar: leitura de mapas, leitura de
gráficos, textos dialogados, texto
85
narrativos, leitura de dados-
pesquisas.
imprensa: charge, entrevistas textos
dialogados, textos narrativos, textos
descritivos.
Publicitária: publicidade comercial;
comercial de TV; Anúncio,
mediática: Blog, Chat, E.mail,
Reality_ Show, Vídeo Clip.
-Identificação do tema;
Intertextualidade; Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico; Coesão e coerência; Funções
das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos; Recursos
estilísticos ( figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidade da
língua, pontuação; recursos
gráficos(como aspas,
travessão,negrito); Variedade
linguística; acentuação gráfica;
Ortografia.
Escrita
Tema do texto; Interlocutor;
Finalidade do texto; Intencionalidade
do texto; Intertextualidade; condições
de produção; Informatividade
(informações necessárias para a
coerência do texto); Léxico; Coesão e
coerência; Funções das classes
gramaticais no texto; Elementos
86
semânticos; Recursos estilísticos
( figuras de linguagem);Marcas
linguísticas: particularidades da
língua, pontuação,recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística; Ortografia;
Acentuação gráfica .Oralidade -Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos, etc..;
Adequação do discurso ao
gênero;Turnos da fala; Variações
linguísticas; Marcas linguísticas:
coesão,coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito; Pronúcia.
SÉRIE: 8ª
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
Leitura
Esferas sociais de circulação-
gêneros textuais:
Cotidiana: cartão postal, diário,
receitas, relatos de experiências,
carta pessoal, provérbios e músicas;
literária: biografias, tiras de humor,
autobiografias, poemas;
escolar: leitura de mapas, pesquisas,
exposição oral, leitura de gráficos,
textos dialogados, texto narrativos,
textos descritivos,
imprensa: entrevistas, mapas, tiras,
infográfico.
Publicitária: publicidade comercial;
87
comercial de TV; Anúncio,
mediática: Blog, Chat, E.mail,
Reality_ Show, Vídeo Clip.
-Identificação do tema;
Intertextualidade; Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico; Coesão e coerência; Funções
das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos; discurso
direto e indireto, Emprego do sentido
denotativo e conotativo no texto,
Recursos estilísticos ( figuras de
linguagem); Marcas linguísticas:
particularidade da língua, pontuação;
recursos gráficos(como aspas,
travessão,negrito); Variedade
linguística; acentuação gráfica;
Ortografia.
Escrita
Tema do texto; Interlocutor;
Finalidade do texto; Intencionalidade
do texto; Intertextualidade; condições
de produção; Informatividade
(informações necessárias para a
coerência do texto); Vozes sociais
presentes no texto, discurso direto e
indireto,Emprego do sentido
denotativo e conotativo no texto,
Léxico; Coesão e coerência; Funções
das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos; Recursos
estilísticos ( figuras de
88
linguagem);Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação,recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito); Variedade
linguística; Ortografia; Acentuação
gráfica .Oralidade -Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos, etc..;
Adequação do discurso ao
gênero;Turnos da fala; Vozes sociais
presentes no texto, Variações
linguísticas; Marcas linguísticas:
coesão,coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito; Adequação
da fala, Pronúncia.
METODOLOGIA
É imprescindível que o professor não trabalhe apenas a língua
como função gramatical, o ensino de gramática é necessário, porém não é o
único conteúdo a ser enfocado durante as aulas de Língua Estrangeira.
É necessário partir do texto para trabalhar conteúdos gramaticais,
porém o aluno deve possuir conhecimento prévio para entender o texto. Quando
fala-se em texto pensa-se somente em texto escrito, mas ele pode ser tanto
escrito, oral ou visual.
É fundamental que o professor apresente ao aluno gêneros
textuais diversos, que estes estejam articulados com as demais disciplinas do
currículo objetivando relacionar os vários conhecimentos. O professor deve
trabalhar a interdisciplinaridade, trazer textos com assuntos de outras disciplinas
em Língua Estrangeira, despertando no aluno o interesse, fazendo com que eles
desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, que ampliem seus conhecimentos
linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes
em todo o discurso.
89
Propõe-se ensinar na Língua Estrangeira não apenas uma língua,
mas os discursos que a compõem dentro de uma sociedade, ou seja, os
discursos manifestados em formas de textos de diferentes naturezas.
É necessário destacar a importância do uso de recursos visuais,
audiovisuais ou tecnológicos, possibilitando a mobilização dos diversos sentidos,
utilizando tais recursos para a aprendizagem da língua.
Trabalhar com uma proposta de discussões orais e produção de
textos orais, escrito e/ ou visuais.
A atuação de procedimentos interpretativos, o trabalho com a
gramática numa perspectiva contextual permite o entendimento dos significados
possíveis das estruturas apresentadas.
AVALIAÇÃO
Será processual, subsidiando a aprendizagem, possibilitando
intervenções pedagógicas, como o acompanhamento dos avanços dos alunos,
respeitando suas dificuldades; e diagnóstica e formativa, uma vez que é parte
integrante do processo de aprendizagem na construção dos saberes.
Serão utilizados meios diversos que direcionem a ação
pedagógica e sirvam ao mesmo tempo de parâmetro de acompanhamento do
aluno e do professor, uma vez que, considerando a avaliação como um processo
dialógico e o conhecimento como um processo de ação-reflexão-ação definimos a
recuperação também como processual, diagnóstica e formativa.
REFERÊNCIAS
PARANÀ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba:SEED, 2006
Take your time – Analuiza Machado Rocha e Zuleica Águeda Ferrari
Projeto Político Pedagógico
Livro Didático Público – L.E.M. – Espanhol-Inglês – Seed
Inglês – Amadeu Marques
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MATEMATICA
APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA
A disciplina de matemática dentro da tendência histórica – crítica
é concebida com um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender
as necessidades sociais e teóricas. Ela não consiste apenas no desenvolvimento
de habilidades, como calculo e resolução de problemas, ou na fixação de alguns
conceitos através de memorização ou da realização de uma série de exercícios,
mas no desenvolvimento de estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido
e significado as idéias matemáticas e torna-se capaz de estabelecer relações,
justificar, analisar, discutir e criar. Por meio desta visão histórica apresentada,
discutida, construída e reconstruída, influencia-se a formação do pensamento
humano e na produção de sua existência por meio das idéias e das tecnologias.
(...) o ensino de Matemática, assim como todo ensino, contribui
(ou não) para as transformações sociais não apenas através da socialização (em
si mesma) do conteúdo matemático, mas também através de uma dimensão
política que é intrínseca a essa socialização. Trata-se da dimensão política
contida na própria relação entre o conteúdo matemático e a forma de sua
transmissão-assimilação (DUARTE, 1987, p.78).
A matemática é uma das mais importantes ferramentas da
sociedade moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos
matemáticos básicos contribui para formação do futuro cidadão, que se
engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.
Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar,
medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e
justificar resultados, argumentar logicamente, conhecer formas
geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as informações,
conhecer formas diferenciadas de abordar problemas, simplesmente com a
intenção de vencer desafios.
A matemática esta presente em praticamente tudo o que nos
rodeia, com maior ou menor complexidade. Perceber isso é compreender o
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mundo a nossa volta e poder atuar nele. E a todos, indistintamente, deve ser
dada essa possibilidade de compreensão e atuação como cidadão.
Em casa, na rua, nas varias profissões, na cidade, no campo,
nas varias culturas, o ser humano, necessita contar, calcular, comparar,
medir, localizar, representar, interpretar, etc., e o faz informalmente à sua
maneira, com base em parâmetros de seu contexto sócio-cultural. É preciso
que esse saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático
escolar, diminuindo a distancia entre a Matemática da escola e a Matemática
da vida.
É preciso que desde as séries iniciais as crianças comecem a
comunicar ideias, executar procedimentos e desenvolver atitudes
matemáticas,falando, dramatizando, escrevendo, desenhando,
representando, construindo tabelas, diagramas e gráficos, fazendo
pequenas estimativas, conjecturas e inferências lógicas, etc. Tudo isso
trabalhando individualmente, em duplas ou em pequenas equipes,
colocando o que se pensam e respeitando o pensamento dos colegas.
Os conteúdos devem ter relevância social, propiciando
conhecimentos básicos essenciais para qualquer cidadão. Precisam estar
articulados entre si e conectados com outras áreas do conhecimento.
Aprender Matemática é aprender resolver problemas. Para
isso é preciso apropriar-se dos significados dos conceitos e procedimentos
matemáticos para saber aplica-los em situações novas. Assim, é
fundamental que tais conceitos e procedimentos sejam trabalhados com a
total compreensão de todos os significados a eles.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS E ÁLGEBRA
DESDOBRA-SE NOS SEGUINTES CONTEÚDOS BÁSICOS:
Sistema de numeração decimal e não-decimal;
Números naturais e suas representações;
Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais);
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As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação,
divisão, potenciação e radiciação);
Transformação de numerosa fracionária (na forma de razão/ quociente) em
números decimal;
Adição, subtração, multiplicação, divisão de frações por meio de
equivalência;
Juros e porcentagens nos diferentes processos de cálculo ( razão,
proporção, frações e decimais);
Noções de invariável e incógnita e a possibilidade de cálculo pela
substituição de letras por valores numéricos;
Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e
diferença;
Grandezas direta e inversamente proporcionais;
Equações, inequações e sistema de equações de 1º e 2º graus;
Polinômios e os casos notáveis;
Ângulos;
Fatoração;
Calculo do numero de diagonais de um polígono;
Expressões numéricas;
Funções;
Trigonometria no triângulo retângulo.
MEDIDAS
DESDOBRA-SE NOS SEGUINTES CONTEÚDOS BÁSICOS:
Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;
Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade,
comprimento e tempo;
Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na
resolução de problemas algébricos;
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Capacidade e volume e suas relações;
Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo;
Congruência e semelhanças de figuras planas – Teorema de Talles;
Triangulo retângulos – relações métricas e Teorema de Pitágoras;
Triângulos quaisquer;
Poliedros regulares e suas relações métricas.
GEOMETRIA
DESDOBRA-SE NOS SEGUINTES CONTEÚDOS BÁSICOS:
Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria não-euclidiana;
Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
Construções e representações no espaço e no plano;
Planificação de sólidos geométricos;
Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas;
Condições de paralelismo e perpendicularidade;
Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro;
Desenho geométrico com uso de régua e compasso;
Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;
Ângulos, polígonos e circunferências;
Classificação de triângulos;
Representação cartesiana e confecção de gráficos;
Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides;
Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de
equações;
Representação geométrica dos produtos notáveis;
Estudo dos poliedros de Platão;
Construção de polígonos inscritos em circunferências;
Círculos e cilindro;
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Noções de geometria espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
DESDOBRA-SE NOS SEGUINTES CONTEÚDOS BÁSICOS:
Dados, tabelas e gráficos
Porcentagem
Pesquisa Estatística
Média Aritmética
Moda e Mediana
Juros Simples
Gráfico e Informação
População e Amostra
Noção de Análise Combinatória
Noções de Probabilidade
Estatística
Juros Compostos
FUNÇÕES
DESDOBRA-SE NOS SEGUINTES CONTEÚDOS BÁSICOS
➢ Noção intuitiva de Função Afim
➢ Noção intuitiva de Função Quadrática
METODOLOGIA
Na construção do conhecimento pelo fazer e pensar do aluno
o papel do professor é mais o de facilitador, orientador, estimulador da
aprendizagem, onde o diálogo e a troca de idéias é uma constante, quer
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entre professor e aluno,quer entre alunos. Para que o aluno aprenda
matemática com significado é fundamental: trabalhar idéias, conceitos e
símbolos; atribuir significado ao que se ensina; trabalhar por meio de
situações problemas que façam pensar, analisar, julgar e decidir pela
melhor solução. Valorizar a experiência acumulada do aluno e a partir daí
iniciar o trabalho de construir e aplicar novos conceitos e procedimentos;
estimular o cálculo mental; estimativas e arredondamentos; permitir o uso
adequado de calculadoras e computadores; utilizar a história da matemática
como recurso didático, jogos; reforçar a auto-confiança do aluno na
resolução de problemas. A prática docente não deve ser autoritária, deve
tratar o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os
conteúdos apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos e também
influenciam na formação do pensamento humano e na produção de sua
existência por meio das idéias e das tecnologias.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento, uma parte integrante do ensino-
aprendizagem, abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno
e também os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do
sistema de ensino. É algo bem mais amplo do que medir quantidade de
conteúdos que o aluno aprendeu em determinado período. Portanto, a
avaliação deve ser compreendida como: elemento integrador entre
aprendizagem e ensino; como um conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste
e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da
melhor forma; como conjunto de ações que busca obter informações sobre
o que foi aprendido e como; um elemento de reflexão para o professor sobre
sua pratica educativa; um instrumento que possibilite ao aluno tomar
consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades; uma ação que
ocorre durante todo processo de ensino-aprendizagem e não apenas em
momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas
de trabalho. Avaliar a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino
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oferecido – se não há aprendizagem esperada significa que o ensino não
cumpriu sua finalidade; a de fazer aprender. Em resumo, avalia-se para
identificar os problemas e os avanços e redimensionar ação educativa,
visando o sucesso escola
REFERÊNCIAS
TOSATTO, Cláudia Miriam Perachi, Edilaine do Pilar Fernandes; ESTEPHAN,
Violeta Maria. COLEÇÃO IDEIAS E RELAÇÕES. Editora Positivo. 1º Edição
2002.
Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental.
IMENES & LELLIS. Matemática. São Paulo : Scipione, s/d.
GIOVANNI & GIOVANNI, Junior. A conquista da Matemática. São Paulo : FTD,
s/d.
IEZZI, Gelson; DOLCE Oswaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e Realidade.
SP; Editora Atual, 1997.
GIOVANNI & GIOVANNI Jr. Matemática Pensar e Descobrir: o mais novo. Sp;
Editora FTD S/A.
GIOVANNI, José Ruy; PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática: novo. SP.
Editora FTD, 2002.
CAVALCANTI, Luiz G.; SOSSO, Juliana; VIEIRA, Fábio; ZEQUI, Christiane. Mais
Matemática. SP; Editora Saraiva, 2001.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE MATEMÁTICA -
SEED/PR
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ARTES
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
A Arte constitui um componente curricular indispensável no
desenvolvimento da expressão pessoal, social e cultural do ser humano, trazendo
novas perspectivas e formas ao ambiente e à sociedade em que o sujeito vive.
Seu objetivo geral busca trabalhar de forma integrada com todas as linguagens
artísticas – artes visuais, teatro, música e dança – articulando a imaginação, a
razão e a emoção, a fim de contribuir para a construção da identidade pessoal e
social dos alunos.
Arte é conhecimento, por isso, a LDB nº 9394/96 torna esse
componente curricular obrigatório para os diversos níveis da educação básica, de
forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. A música, as artes
visuais, o teatro e a dança passam a ser vistas como linguagem artística
autônomas no Ensino Fundamental. A vivência artística influência o modo como o
ser humano se comunica e como se interpretam os significados do cotidiano. Ao
propiciar a construção da aprendizagem de forma sensível, confiante e
transformadora, a Arte contribui para o desenvolvimento de diferentes
competências, a fim de que os estudantes se percebam como únicos e valorizem
seu modo de ser. Reconhecendo a importância da Arte na formação dos
estudantes, cabe ao professor explorar a criatividade do aluno de modo
espontâneo, utilizando os recursos da linguagem artística, já que o objeto de
conhecimento da Arte e o seu próprio universo.
O ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando do universo
cultural da humanidade. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-
se numa organização que expressa sentimentos, envolvendo o contexto histórico.
A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. O
sujeito por meio de suas criações amplia e enriquece a realidade já humanizada
pelo trabalho.
Sendo a educação básica um processo que inicia no Ensino
Fundamental e se conclui no Ensino Médio, é necessário considerar as
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características e necessidades dos alunos nos diversos níveis de modalidades de
ensino. No Ensino Fundamental a Arte é tratada numa dimensão ampliada, o
professor, ao selecionar os conteúdos que irá desenvolver, enfocará essas formas
de relação da arte com a sociedade, abordando o objeto de estudo por meio dos
Conteúdos Estruturantes; Elementos Básicos da linguagem das Artes Visuais,
Elementos Básicos da linguagem da música, Elementos Básicos da linguagem do
Teatro, Produções/Manifestações Artísticas e Elementos Contextualizadores.
No Ensino Fundamental, o enfoque cultural será abordado como
resultante do trabalho que abrange as práticas sociais historicamente constituídos
pelos sujeitos. Cada Cultura possui sua lógica, funcionando como uma lente da
qual o homem se vê, compreende e se inclui, se localiza, se insere na
diversidade. O ensino de Arte ocupa uma posição privilegiada ao aprofundar a
exploração das linguagens artísticas e ao reconhecer os conceitos e elementos
comuns, presentes nas diversas representações culturais, pelos seus contextos.
A seleção dos conteúdos poderá partir estabelecendo relações
com os conteúdos presentes nas produções, manifestações locais, regionais,
globais, das diversas linguagens artísticas. Em suas aulas, o professor poderá
explicitar através das manifestações/produções artísticas. Esta materialização do
pensamento artístico de diferentes culturas coloca-se com um referencial (signos)
que poderá ser interpretado pelos alunos por meio do conhecimento dos códigos
presentes nas linguagens artísticas.
Outra questão importante por essas diretrizes diz respeito ao
processo de releitura entendendo como fazer artístico, a leitura da obra de arte e
a informação histórica.
Considerar a integração das linguagens artísticas, as
manifestações e produções artísticas culturais.
Possibilitando o acesso e o estudo das informações visuais,
musicais, cênicas e expressões corporais.
Oferecer oportunidades ao aluno para aquisição do
conhecimento, aliado à integração e à criatividade.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE
➢ Elementos formais;
➢ Composição;
➢ Movimentos e períodos;
➢ Tempo e espaço
ELEMENTOS BÁSICOS
Área: Música
Elementos Formais:
• Altura;
• Duração;
• Timbre;
• Intensidade;
• Densidade.
Composição:
• Ritmo;
• Melodia;
• Harmonia;
• Tonal;
• Modal;
• Contemporânea;
• Escalas;
• Sonoplastia;
• Estrutura;
• Gêneros: erudita, folclórica....;
• Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...
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Movimentos e Períodos:
• Arte Grego – Romana;
• Arte Oriental;
• Arte Africana;
• Arte Medieval;
• Renascimento;
• Rap;
• Tecno;
• Barroco;
• Neoclassicismo;
• Romantismo;
• Vanguardas Artísticas;
• Arte Engajada;
• Música Serial;
• Música Eletrônica;
• Música Minimalista;
• Música Popular Brasileira;
• Arte Paranaense;
• Arte Indígena;
• Arte Brasileira;
• Arte Paraense;
• Indústria Cultural;
• World Music;
• Arte Latino – Americana...
Área: Artes Visuais
Elementos Formais:
101
• Ponto;
• Linha;
• Superfície;
• Textura;
• Volume;
• Luz;
• Cor.
Composição:
• Figurativa;
• Abstrata;
• Figura – fundo;
• Bidimensional;
• Tridimensional;
• Semelhanças;
• Contrastes;
• Ritmo visual;
• Gêneros: Paisagem, retrato, natureza – morta...;
• Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia,
vídeo...
Movimentos e PeríodoS:
• Arte Pré-histórica;
• Arte no Antigo Egito;
• Arte Greco-Romana;
• Arte Pré-Colombiana;
• Arte Oriental;
• Arte Africana;
• Arte Medieval;
• Arte Bizantina;
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• Arte Romântica: Arte Gótica
• Renascimento;
• Barroco;
• Neoclassicismo;
• Romantismo;
• Realismo;
• Impressionismo;
• Expressionismo;
• Fauvismo;
• Cubismo;
• Abstracionismo;
• Dadaísmo;
• Construtivismo;
• Surrealismo;
• Op-art;
• Pop-art;
• Arte Naif;
• Vanguardas artísticas;
• Arte Popular;
• Arte Indígena;
• Arte Brasileira;
• Arte Paranaense;
• Indústria Cultural;
• Arte Latino-Americana;
• Muralismo...
Área: Teatro
Elementos Formais:
• Personagem ( expressões corporais, vocais, gestuais e faciais)
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• Ação;
• Espaço.
Composição:
• Representação;
• Texto Dramático;
• Dramaturgia;
• Roteiro;
• Espaço Cênico;
• Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara,
caracterização e maquiagem;
• Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc...
• Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto
( manipulação, bonecos, sombras...), improvisação, monólogo,
jogos dramáticos, direção, produção...
Movimentos e Períodos:
• Arte Grego-Romana;
• Arte Oriental;
• Arte Africana;
• Arte Medieval;
• Renascimento;
• Barroco;
• Neoclassicismo;
• Romantismo;
• Realismo;
• Expressionismo;
• Vanguardas Artísticas;
• Teatro Dialético;
• Teatro do Oprimido;
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• Teatro Pobre;
• Teatro Essencial;
• Teatro do Absurdo;
• Arte Engajada;
• Arte Popular;
• Arte Indígena;
• Arte Brasileira;
• Arte Paranaense;
• Indústria Cultural;
• Arte Latino-Americana
Área: Dança
Elementos Formais:
• Movimento Corporal;
• Tempo;
• Espaço
Composição:
• Eixo;
• Dinâmica;
• Aceleração;
• Ponto de apoio;
• Salto e queda;
• Rotação;
• Formação;
• Deslocamento;
• Sonoplastia;
• Coreografia;
• Gêneros: folclóricas, de salão, étnica...
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• Técnicas: improvisação, coreografia...
Movimentos e Períodos:
• Arte Pré-Histórica;
• Arte Greco-Romana;
• Arte Oriental;
• Arte Africana;
• Arte Medieval;
• Renascimento;
• Barroco;
• Neoclassicismo;
• Romantismo;
• Expressionismo;
• Vanguardas Artísticas;
• Arte Popular;
• Arte Indígena;
• Arte Brasileira;
• Arte Paranaense;
• Dança Circular;
• Indústria Cultural;
• Dança Clássica;
• Dança Moderna;
• Dança Contemporânea;
• Hip Hop;
• Arte Latino-Americana...
METODOLOGIA
Artes Visuais
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Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental nas
Artes Visuais o desenvolvimento dos conteúdos deverá contemplar os além da
produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados. Também
formas e imagens de diferentes aspectos, presentes nas sociedades
contemporâneas.
O cinema, televisão, vídeo-clipe e outros são formas artísticas
constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência
fundamental, compostas por imagens bidimensionais e tridimensionais.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno
e do seu entorno. Considerando artistas, produções artísticas e bens culturais da
região, bem como outras produções de caráter universal, dando ênfase ao
cotidiano das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública.
Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o
mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma nova realidade,
dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de
partida para que a releitura da obra componha a prática pedagógica, que inclui a
experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos percebidos por ele na
obra de arte.
Estabelecer relações das artes visuais com as outras áreas
artísticas, essa prática pedagógica promove uma forma de percepção mais ao se
trabalhar com as manifestações populares e midiáticas, que são compostas por
áreas artísticas.
DANÇA
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental na
Dança é fundamental buscar no encaminhamento das aulas, a relação dos
conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem. É
necessário rever as abordagens presentes e modificar a idéia que a Dança
aparece somente como meio ou recurso, “ para relaxar”, “ para soltar as
emoções”, “ para expressar-se espontaneamente”, “ para trabalhar a
coordenação motora ou até para acalmar os alunos” ( MARQUES,2005,p23)
107
A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver
aspectos cognitivos que, uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam
uma melhor compreensão estética da Arte.
Música
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental de
Música é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de
modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as variações e as
maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição
musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se
organiza.
Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a
uma grande oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas a
herança cultural quanto interfere na formação de comportamento e gostos
instigados pela cultura de massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada música,
é importante contextualizá-la, apresentar suas características específicas e
mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em diversas
composições musicais.
No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de
gêneros musicais, cada qual com suas funções correspondentes a épocas e
regiões. Cada povo ou grupo cultural produz músicas diferentes ao longo de sua
história; surgem assim, diferentes gêneros musicais, cada qual com suas funções
correspondentes a épocas e regiões. Eles não são isolados, sofrem
transformações com o tempo, por influência de outros estilos e movimentos
musicais que incorporam-se e adaptam-se aos costumes, à cultura, à tecnologia,
aos músicos e aos instrumentos de cada povo e de cada época.
Na linguagem musical, a simples percepção, e memorização dos
sons presentes no cotidiano não se caracteriza como conhecimento musical.
Teatro
Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro
na educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a
108
coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o
momento para que o aluno os exercite. Com o teatro, o educando tem a
oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem
correr risco.
A partir da linguagem teatral poderão ser explorados como
conteúdos a dança, as possibilidades de improvisação no trabalho com as
personagens.
AVALIAÇÃO
De acordo com a LDBEN ( nº 9394/96. Art.24. inciso V) e com a
Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação ( capitulo l, art.8), a
avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno
entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciados tanto no
processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas a partir desses
saberes é necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens
artísticas, tanto em seus aspectos experienciais quanto conceituais.
É preciso que o professor tenha conhecimento da linguagem
artística, bem como da relação entre o criador e o que foi criado. Ela exige
fundamentação para que abra portas e aponte caminhos para o
redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do
processo e compartilha a produção do aluno.
Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar,
que se estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem-se os
procedimentos, inclusive aqueles referentes a seleção dos instrumentos que
serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem.
O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas
apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo.
As propostas podem ser socializadas em sala, refletir e discutir sua produção e a
dos colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida na aprendizagem
dos conteúdos da Arte.
109
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são
vários instrumentos de verificação, como diagnóstico inicial e o acompanhamento
da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos
artísticos, pesquisas e provas teóricas práticas.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação do Estado do Paraná.
Arte Secretaria de estado da Educação SEED.
A Educação e a fábrica de corpos da dança na escola – Márcia Strazzacappa –
cadernos CEDES
Ferraz, Maria Heloisa Correa de Toledo – Metodologia do ensino de arte/Maria F.
Rezende e Fusari- SP: Cortez. 1993- Coleção Magistério- Série formação do
professor.
Brasil, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.
Biblioteca Multimídia, Centro Difusor de Cultura, Enciclopédia Digital,1999.
Forslind.Ann. Cores – jogos e experiências 3ª edição 2001.
Linguagens Códigos e suas tecnologias, Secretaria do Estado de SP.
Michailowsks.Pierre-A dança e a escola de Ballet-Rio de Janeiro 1956.
Ostrower,Hayga Perla. Universos da Arte. Rio de Janeiro. Campus, 1989.
Spolin,Viola, jogos teatrais. FNDE-Governo estado de SP.
Shakespeare e o pensamento Renascentista.
Zagonel.Bernadete-pausa para ouvir música: jeito fácil e agradável de ouvir
música clássica, 2008.
110
CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o
conhecimento científico que resulta da investigação da natureza.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e
coletivamente construída, que não revela a verdade, mas propõe modelos
explicativos construídos a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s),
influenciando e sofrendo influências de questões sociais, tecnológicas, culturais,
éticas e políticas.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao
conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento
é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que a
apoiam, nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a
construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a natureza,
interpretá-la e compreendê-la nos diversos momentos históricos.
Dessa forma, o ensino de Ciências desenvolve uma postura crítica,
participativa, solidária e de respeito, contribuindo com a melhoria da qualidade de
vida, respeitando a diversidade, a classificação e a constituição dos seres vivos
como integrantes da natureza, favorecendo as investigações do ser humano no
ambiente, como ser biológico, químico e físico. Proporciona também uma maior
compreensão do mundo que o cerca, conscientizando-o de suas
responsabilidades como representante da espécie humana levando-o a tomar
decisões com relação ao seu modo de vida nos ambientes que ocupa, além de
incentivar a sua participação na sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os Conteúdos Estruturantes serão trabalhados em todas as
séries do Ensino Fundamental e tem por objetivo embasar os conhecimentos
científicos básicos de Ciências.
• Astronomia
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• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
➢ Universo
Sistema solar, astros, movimentos terrestres e celestes, origem e
evolução do universo, gravitação universal
➢ Matéria
Constituição e propriedades da matéria
➢ Sistemas Biológicos
Níveis de organização dos seres vivos, célula, morfologia e
fisiologia dos seres vivos, mecanismos de herança genética.
➢ Energia
Formas de energia, conversão, transmissão de energia e
conservação de energia.
➢ Biodiversidade
Origem da vida, organização e evolução dos seres vivos,
ecossistemas, sistemática e interações ecológicas.
METODOLOGIA
É importante considerar na produção do
conhecimento científico o caminho percorrido pelos pesquisadores para formular
descrições, interpretações, leis, teorias, modelos sobre uma realidade. Assim, a
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história da ciência permite identificar que não existe um único método científico,
mas a configuração de métodos científicos que se modificaram e aprimoraram
com o passar do tempo.
Dessa forma é importante e necessário ampliar os
encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares de forma
que os estudantes superem os obstáculos conceituais oriundos de sua vivência
cotidiana.
A metodologia a ser utilizada será a que mais se adapta aos
alunos, visando um maior aprendizado, considerando a articulação entre
conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a qual poderá ocorrer com
reflexões, análises, experimentos, visitas, palestras, atividades individuais e em
grupo que envolva música, desenho, resolução de exercícios, pesquisas, vídeos e
livro didático para leituras informativas e para que o aluno construa imagens de
conteúdos, debates e discussões, esclarecimento de dúvidas sobre sexualidade,
reprodução e drogas, valorizando sempre o saber prévio do educando e usando
uma linguagem adequada à idade dos alunos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-
aprendizagem dos conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de
diretrizes e bases n.9394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação ao
desempenho do estudante, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
Assim, a avaliação subsidiará a aprendizagem, possibilitando
intervenções pedagógicas e tendo caráter diversificado, levando em consideração
vários aspectos como a capacidade de elaborar um relatório, de analisar um
problema ou textos da disciplina e capaz de opinar sobre o assunto. Além disso,
considerará os avanços e as dificuldades dos alunos sendo parte integrante do
processo de aprendizagem na construção dos saberes.
113
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de
Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.
ALVARENGA, Jenner Procópio de; PEDERSOLI, José Luiz; FILHO, Moacir Assis
D’Assunção; CALDEIRA GOMES, Wellington. Ciências Naturais no dia-a-dia .
Curitiba:Positivo,2004.
SILVA JUNIOR, César da; SASSON, Sézar; BEDAQUE SANCHES, Paulo
Sergio. Ciências: Entendendo a Natureza. São Paulo: Saraiva, 1999.
DUARTE, Ruth Gouveia. Sexo, sexualidade e doenças sexualmente
transmissíveis. São Paulo: Moderna, 1995.
SALÉM, Sonia; CISCATO, Carlos Alberto Mattoso. Vivendo Ciências. São Paulo:
FTD, 1999.
_ Sites da Internet ligados a Ciências.
_Revistas ( Super interessante, Ciência hoje, Vida e Saúde) e Jornais.
114
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, como disciplina escolar, passou a integrar
os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX.
Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa disciplina teve início
apenas nos anos 30 do século XX.
Em 1837, o estudo da língua portuguesa foi incluído no currículo
sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética, abrangendo, esta
última, a literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a
denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial,
o cargo de Professor de Português.
Com a Lei nº. 5692/71, a disciplina de Português passou a
denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras
séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries),
baseando-se, principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da
comunicação. Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de
1980, o ensino de Língua Portuguesa passou a se pautar, então, em exercícios
estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Em meados do século XX, para o ensino de Literatura, vigorou a
predominância do cânone, baseado na Antigüidade Clássica, quando o principal
instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até as décadas
de 1960-1970, a leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, transmitia
a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e estratégias para
incutir valores religiosos, morais e cívicos.
A partir da década de 1970, o ensino de Literatura restringiu-se ao
então segundo grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto
literário.
A partir da década de 1980, os estudos linguísticos mobilizaram
os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e
para a reflexão sobre o trabalho realizado na sala de aula.
115
Essas reflexões e discussões fizeram-se presentes nos
programas de reestruturação do Ensino de 2º Grau, de 1988, e do Currículo
Básico, de 1990, que já denunciava “o ensino da língua, cristalizado em viciosas
e repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos gramaticais” e
valorizavam o direito à educação linguística.
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990,
fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social
da linguagem, delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes de Círculo de
Bakhtin, para fazer frente ao ensino tradicional.
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua
Portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 1990,
também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas
concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos
usos da linguagem oral e escrita.
O ensino da Língua Portuguesa tem sofrido grandes
questionamentos e conseqüentes alterações, devido a mudanças de política
governamental e na sua própria estrutura educacional, tanto em nível de Estado
como da União.
A fundamentação teórico-metodológica para o ensino da Língua
Portuguesa baseia-se no dialogismo e gêneros discursivos de Bakhtin, cujo
conhecimento e repercussão suscitaram novos caminhos para o trabalho
pedagógico com a linguagem verbal , demandando uma nova abordagem para o
ensino da Língua.
Portanto, ler, escrever, falar e ouvir são habilidades que nos
permitem agir no mundo que nos cerca e com ele interagir. Colocamos em prática
essas habilidades por meio da linguagem. Por isso, quanto mais dominarmos a
linguagem e as inúmeras possibilidades de usá-la, tanto melhor nos
expressaremos e compreenderemos a expressão do outro.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
116
Entendem-se como conteúdos estruturantes o conjunto de
saberes e conhecimento de grande dimensão, os quais identificam e organizam
uma disciplina escolar, no caso a Língua Portuguesa/Literatura como um campo
de ação, em que se concretizam práticas de uso real da língua materna.
Os conteúdos estruturantes que respaldam nossas propostas são:
oralidade, escrita, leitura, análise lingüística e literatura.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª série/ 6º ano
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção
de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico,
com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja,
em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.
LEITURA
➢ Tema do texto;
➢ Interlocutor;
➢ Finalidade;
➢ Argumentos do texto;
➢ Discurso direto e indireto;
➢ Elementos composicionais do gênero;
➢ Léxico;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
117
ESCRITA
➢ Contexto de produção;
➢ Interlocutor;
➢ Finalidade do texto;
➢ Informatividade;
➢ Argumentatividade;
➢ Discurso direto e indireto;
➢ Elementos composicionais do gênero;
➢ Divisão do texto em parágrafos;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem;
➢ Processo de formação de palavras;
➢ Acentuação gráfica;
➢ Ortografia;
➢ Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
➢ Tema do texto;
➢ Finalidade;
➢ Argumentos;
➢ Papel do locutor e interlocutor;
➢ Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
➢ Adequação do discurso ao gênero;
➢ Turnos de fala;
➢ Variações linguísticas;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
6ª série/ 7º ano
118
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção
de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico,
com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja,
em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.
LEITURA
➢ Tema do texto;
➢ Interlocutor;
➢ Finalidade do texto;
➢ Argumentos do texto;
➢ Contexto de produção;
➢ Intertextualidade;
➢ Informações explícitas e implícitas;
➢ Discurso direto e indireto;
➢ Elementos composicionais do gênero;
➢ Repetição proposital de palavras;
➢ Léxico;
➢ Ambiguidade;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
➢ Contexto de produção;
➢ Interlocutor;
➢ Finalidade do texto;
➢ Informatividade;
119
➢ Discurso direto e indireto;
➢ Elementos composicionais do gênero;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem;
➢ Processo de formação de palavras;
➢ Acentuação gráfica;
➢ Ortografia;
➢ Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
➢ Tema do texto;
➢ Finalidade;
➢ Papel do locutor e interlocutor;
➢ Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
➢ Adequação do discurso ao gênero;
➢ Turnos de fala;
➢ Variações linguísticas;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
➢ Semântica.
7ª série/ 8º ano
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção
de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico,
com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja,
em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.
120
LEITURA
➢ Conteúdo temático;
➢ Interlocutor;
➢ Intencionalidade do texto;
➢ Argumentos do texto;
➢ Contexto de produção;
➢ Intertextualidade;
➢ Vozes sociais presentes no texto;
➢ Elementos composicionais do gênero;
➢ Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
➢ Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
➢ Conteúdo temático;
➢ Interlocutor;
➢ Intencionalidade do texto;
➢ Informatividade;
➢ Contexto de produção;
➢ Intertextualidade;
➢ Vozes sociais presentes no texto;
➢ Elementos composicionais do gênero;
➢ Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
121
texto;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão, negrito;
➢ Concordância verbal e nominal;
➢ Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,
retomadas e sequenciação do texto;
➢ Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
➢ Conteúdo temático;
➢ Finalidade;
➢ Argumentos;
➢ Papel do locutor e interlocutor;
➢ Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal
e gestual, pausas ...;
➢ Adequação do discurso ao gênero;
➢ Turnos de fala;
➢ Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre
outras);
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
➢ Elementos semânticos;
➢ Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições, etc);
➢ Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
122
8ª série / 9º ano
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção
de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico,
com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja,
em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.
LEITURA
➢ Conteúdo temático;
➢ Interlocutor;
➢ Intencionalidade do texto;
➢ Argumentos do texto;
➢ Contexto de produção;
➢ Intertextualidade;
➢ Discurso ideológico presente no texto;
➢ Vozes sociais presentes no texto;
➢ Elementos composicionais do gênero;
➢ Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
➢ Partículas conectivas do texto;
➢ Progressão referencial no texto;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão, negrito;
➢ Semântica:
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
123
ESCRITA
➢ Conteúdo temático;
➢ Interlocutor;
➢ Intencionalidade do texto;
➢ Informatividade;
➢ Contexto de produção;
➢ Intertextualidade;
➢ Vozes sociais presentes no texto;
➢ Elementos composicionais do gênero;
➢ Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
➢ Partículas conectivas do texto;
➢ Progressão referencial no texto;
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão, negrito, etc.;
➢ Sintaxe de concordância;
➢ Sintaxe de regência;
➢ Processo de formação de palavras;
➢ Vícios de linguagem;
➢ Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE
➢ Conteúdo temático;
➢ Finalidade;
➢ Argumentos;
➢ Papel do locutor e interlocutor;
124
➢ Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal
e gestual, pausas;
➢ Adequação do discurso ao gênero;
➢ Turnos de fala;
➢ Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre
outras);
➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
➢ Semântica;
➢ Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições, etc.);
➢ Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
METODOLOGIA
A oralidade é utilizada em momentos de comunicação através de
vários gêneros e formas com fundamentação na realidade sonora. A fala deve ser
desenvolvida através de atividades que favoreçam as habilidades de falar ouvir,
tais como em histórias de família, da comunidade, um filme, um livro,
depoimentos vivenciados, emissão de opiniões, etc.
A leitura, na escola, é vista como uma prática consistente do leitor
perante a realidade, através de empréstimo e apresentação de livros lidos,
cartazes contendo trechos de obras, leitura oral de poemas e histórias, exposição
de ideias, opiniões e experiências e leitura.
A prática da escrita exige um planejamento do que será
produzido, escrever uma primeira versão sobre a proposta apresentada e revisar,
reestruturar e reescrever esse texto que pode ser um relato (história de vida);
bilhetes, cartas, cartazes, avisos (textos literários); notícias, editoriais, cartas de
leitores e entrevistas (textos de imprensa); relatos, resumos de artigos, verbetes
de enciclopédia (texto de divulgação científica).
AVALIAÇÃO
Os critérios de avaliação procurarão o educando em âmbito geral.
125
A avaliação será feita através de atividades orais, escritas,
observando a participação, interesse, responsabilidade, apresentação, hábitos e
atitudes, desenvoltura, etc., análise de trabalhos apresentados, provas objetivas e
subjetivas.
A avaliação será processual (contínua, formativa e cumulativa) e
terá, ainda, a função diagnóstica para que o professor possa, quando necessário,
reformular, rever ou retomar o seu trabalho.
REFERÊNCIAS
PARANÀ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba:SEED, 2006
Souza, Cassia L. Garcia de - Linguagem: Criação e Interação (5ª a 8ª série) 2
ed. São Paulo
Prates, Marilda – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa, Reflexão e
Ação (5ª a 8ª séries) – 1ª edição – São Paulo, Moderna – 1998.
Faraco e Moura – Linguagem Nova (5ª a 8ª série) – 10 Ed. São Paulo – Ática
2001.Siqueira, Antonio de B. – Língua portuguesa. E.M. – S. Paulo – BEP
Maia, João Domingues – Português: Série Novo, EM. Vol único . S. Paulo: Ed.
Ática – 2000 – 2004.
Jordão, Rose . Exercício de Gramática reflexiva- Vol. 1 – S. Paulo . Moderna,
2002
126
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História como disciplina escolar passou a ser obrigatória, com a
criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina
acadêmica. Cabe destacar que os professores desse Colégio, em maioria, faziam
parte do IBGH. Esses construíram os programas escolares, os manuais didáticos
e as orientações dos conteúdos que seriam ensinados.
A disciplina Projeto de Enriquecimento Curricular integrante a
História, veio a completar e enriquecer o conhecimento na área, devido as
várias possibilidades de estudo.
A história expressa o processo de produção do conhecimento,
sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. Voltada para interpretação dos
sentidos do pensar históricos dos mesmos, por meio da compreensão da
provisoriedade deste conhecimento. Dendo levar os alunos a conhecer inúmeras
sociedades entre si, com valores culturais resultantes, na compreensão da
sociedade atual, como cidadão que auxilia o crescimento de todos.
A história é a transformação do mundo e do homem. E a
transformação da maneira como o homem se relaciona consigo, com o social,
ajudando o homem a ser critico e lutar por condições melhores de vida.
Conhecer a História de forma crítica e analítica concluindo que
todos nós somos agentes da mesma , valorizando o direito de cidadania
dos individuo e o do grupo e dos povos , mantendo o respeito as
diferenças e a luta contra as desigualdades.
Contribuir no ensino de História ao educando edificação da
capacidade de repensar historicamente dando mais significado no contexto
social ou familiar.
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador da
história com criticidade e cidadania.
127
OBJETIVO GERAL
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador da
história com criticidade e cidadania.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Relação de trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª Série
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
6ª Série
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
A relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
7ª Série
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
O trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª Série
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
128
METODOLOGIA
Promover uma abordagem dos conteúdos estruturantes nos
temas propostos, possibilitando a compreensão do passado e inserção na
linguagem histórica. Para tanto, pretendemos abordar os acontecimentos e o
sujeito, delimitando e demarcando as referencias temporais e finalmente definindo
um espaço de observação do conteúdo tematizado. Trabalho em grupo e
individual, analise de textos e imagens , aulas expositiva, fitas de vídeos,
DVD, imagens e vídeos digitais, pesquisas, jornais, revistas, debates.
AVALIAÇÃO
A avaliação se propõe a reflexões sobre os textos históricos, objetivando o
aprendizado de uma linguagem histórica, que permita a escrita, leitura e
interpretação de textos históricos. uscando integrar o processo de ensino e de
aprendizagem.
Desta forma o aprendizado e a avaliação serão fenômeno compartilhado,
processual e diversificado; por meio de interpretação, analise, produção,
participação e verificação do conhecimento aprendido por meio de provas.
REFERÊNCIAS
Secretaria do Estado da Educação – Superintendência da Educação - Diretrizes
Curriculares de História para o Ensino Fundamental 2009.
SHMIDT, Mario. Editora Nova Geração – SP 2005.
COTRIM,Gilberto. Brasil, um olhar Critico, editora saraiva – SP, 1999.
ORDONEZ, S Quevedo, Marlene e Julio – História – IBEP – SP 1999.
Nelson Piletti e Cláudio Piletti . ed Atica 2000
Parâmetros Curriculares Nacionais
129
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Geografia estuda cientificamente a Terra como o objetivo de
descrever, analisar a variação espacial de fenômenos físicos, humanos e políticos
que acontecem na superfície do globo terrestre bem como a organização da
sociedade construída pelo homem.
O saber geográfico proporciona ao homem a análise local e global
do espaço social, nos aspectos financeiros, econômicos e tecnológicos. Cujo
objetivo é a produção crítica e a dinâmica na sua totalidade que resulta na
compreensão das questões materializadas no espaço geográfico numa
construção conceitual. O estudo geográfico tem sua evolução ao longo do tempo
quando o homem busca atender suas necessidades de sobrevivência.
Através do processo histórico crítico e social, evidenciando em
discussões filosóficas, econômicas, políticas e sociais, o estudo da Geografia foi e
é de suma importância desde os tempos remotos até sua atualidade, envolvendo
todas as transformações ocorridas no meio feitas pelo homem.
Desse modo à Geografia contribui para a formação dos alunos
através de observações, pesquisas sobre modificação ocorrida ao tempo por
vários tipos de paisagens existentes no globo terrestre.
Nesse sentido, a própria Geografia que estuda a sociedade
organizada, pode contribuir para a formação de cidadãos capazes de
compreender o mundo em que vive e nele atuar de modo consciente para
preservar o meio ambiente e para que as desigualdades sociais como: a exclusão
e o preconceito continuem sendo marcas de nossa sociedade capitalista.
Objetivos Gerais
➢ Desenvolver junto aos alunos, a postura científica, utilizando-se, para tanto,
do estímulo à observação da natureza/ sociedade e de sua compreensão.
130
➢ Adquirir uma visão global e diferenciada da superfície terrestre, com suas
características e seus problemas.
➢ Perceber que a natureza deve ser entendida como fonte de vida e não
como fonte de lucro.
➢ Desenvolver atitudes sociais, entre elas, o espírito associativo e de
solidariedade, na busca incessante de construção de cidadania, da ética,
da compreensão e do respeito pelo meio ambiente.
➢ Perceber que as paisagens geográficas dependem tanto dos fatores
naturais quanto das relações dos homens entre si, ao longo do processo
histórico.
➢ situar o Brasil no contexto dos demais países do mundo, identificando
semelhanças e diferenças e o interesse pela procura de soluções para os
grandes problemas locais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes da Geografia para o Ensino Fundamental são:
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
1. A formação e transformação das paisagens.
2. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
3. A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem, a (re)organização do espaço geográfico
4. A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
5. A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
131
6. O espaço rural e a modernização da agricultura.
7. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
8. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações
9. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
10.As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
11.A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos
e a urbanização recente.
12.Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
13.A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos.
14.Os movimentos migratórios e suas motivações.
15.A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
16.O comércio e as implicações socioespaciais.
17.As diversas regionalizações do espaço geográfico.
18.As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
19.A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
METODOLOGIA
Conduzir reflexões sobre os conteúdos que serão tratados e ao
mesmo tempo avaliar o conhecimento prévio dos alunos e deixá-los opinar,
argumentar, trocar ideias, propiciando desenvolvimento de habilidades como:
observação, reflexão, discussão, análise e interpretação.
Subsidiar os alunos para desenvolver pensamento crítico,
buscando elementos que permitam compreender, interpretar e explicar o mundo
utilizando diferentes linguagens disponíveis, procurar adequar os conteúdos
132
conforme as necessidades dos alunos, explicando o conhecimento de forma
detalhada, utilizando recursos como portal, Dia-a-dia Educação, audiovisuais,
mapas, maquetes, cartas topográficas, Internet e outros.
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem
dos conteúdos básicos.
Os conceitos fundamentais da geografia - paisagem, lugar, região,
território, natureza e território - serão apresentados numa perspectiva critica.
A compreensão do objeto da geografia – espaço geográfico – é a
finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da geografia, as relações Sociedade –
Natureza e as relações Espaço – Temporais são fundamentais para a
compreensão dos conteúdos.
As realidades local e paranaense deverão ser consideradas,
sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes
escalas geográficas, com uso da linguagem cartográfica – signos, escala e
orientação.
As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve acompanhar a aprendizagem dos alunos e
nortear o trabalho do professor, devendo ser diagnostica, formativa e sistemática
e processual no que diz respeito à interação do processo cognitivo
compreendendo diferentes práticas pedagógicas não restringindo à capacidade
de memorização, mas sim na capacidade de refletir e aplicar os conceitos,
conteúdos, procedimento e atitudes aprendidos durante as aulas.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro
dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,
acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas
criações/produções e também como o aluno se relaciona e soluciona as
133
problematizações apresentadas com o colega nas discussões e consensos do
grupo.
CRITÉRIOS:
➢ Atividade avaliativa, interpretação de texto. O aluno deve estabelecer e
compreender as relações entre os diversos fatores geográficos.
➢ Avaliação escrita.
➢ Avaliação dissertativa, espera-se que o aluno elabore uma produção de
texto estabelecendo uma evolução cronológica dos fatores e fenômenos
geográficos.
INSTRUMENTOS
➢ Trabalho em grupo.
➢ Apresentação de trabalho em equipe ou individual.
➢ Avaliação dissertativa ou objetiva.
➢ Leitura de imagens.
➢ Confecção de gráficos e tabelas.
➢ Produção de texto.
➢ Relatórios de filmes.
➢ Relatórios de palestras e prática de campo.
REFERÊNCIAS
CND – Curso Normal – Distância módulo 1
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
– Arte. Secretaria do Estado da Educação – SEED
134
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O objeto de estudo na disciplina é a CULTURA CORPORAL, na sua
relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto como pelas
ciências humanas, sociais da saúde e da natureza; tendo como objetivo formar a
atitude crítica perante a cultura corporal, exigindo domínio do conhecimento e a
possibilidade de sua construção a partir da escola.
Para que se compreenda o momento atual da educação física, é
necessário considerar suas origens no contexto brasileiro, abordando as
principais influências que marcam e caracterizam esta disciplina e os novos
rumos que estão se delineando.
No século passado, a Educação Física esteve estreitamente vinculada às
instituições militares e a classe médica. Esses vínculos foram determinantes,
tanto no que diz respeito à concepção da disciplina e suas finalidades quanto ao
seu campo de atuação e à forma de ser ensinada.
A Educação Física, então vem favorecer a educação do corpo, uma função
higienista, tendo como meta à constituição de um físico saudável e equilibrado
organicamente, menos suscetível às doenças, visando então, melhorar a
condição de vida da população brasileira.
Diante da análise de algumas das abordagens teóricas que sustentaram
historicamente as teorizações em Educação Física escolar no Brasil, optou-se,
nas DCE's, por interrogar a hegemonia que entende esta disciplina tão somente
como treinamento do corpo, sem nenhuma reflexão sobre o fazer corporal.
Partindo do objeto de estudo, o ensino da Educação Física evidencia a
relação estreita entre a formação histórica de ser humano por meio do trabalho e
as práticas corporais decorrentes. A ação pedagógica da Educação Física deve
estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o
ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal, que pode ser
identificada como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo
homem.
A Educação Física tem a função social de contribuir para que os
alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
135
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas
corporais; também visa à integração no processo pedagógico como elemento
fundamental para o processo de formação humana do aluno, desenvolvendo suas
habilidades motoras, conhecendo o espaço, respeitando regras e condutas,
valorizando a sociedade em que vive.
O papel da Educação Física é desmitificar formas arraigadas e
não refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais
historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática
pedagógica o conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar
ideias e atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes
produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. Propõe-se que a
Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre necessidades atuais de
ensino perante os alunos, na superação de contradições e na valorização da
educação. Por isso, é fundamental considerar os contextos e experiências de
diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
➢ ESPORTE;
➢ JOGOS E BRINCADEIRAS;
➢ DANÇA;
➢ GINÁSTICA;
➢ LUTAS.
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTES:
1. Coletivos;
2. Individuais;
3. Radicais.
GINÁSTICA:
1. Ginástica geral;
136
2. Ginástica de academia;
3. Ginástica artística/olímpica.
DANÇA:
1. Danças folclóricas;
2. Danças de rua;
3. Dança de salão.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
1. Jogos de tabuleiro;
2. Jogos cooperativos;
3. Jogos dramáticos.
LUTAS:
1. Lutas como instrumento mediador;
2. Lutas que mantém à distância;
3. Lutas com aproximação;
4. Capoeira.
METODOLOGIA
Considerando o objeto de ensino e de estudo, CULTURA
CORPORAL, é preciso sistematizar e organizar o conhecimento sobre as práticas
corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas,
permitir ao aluno ampliar sua visão de mundo por meio da Cultura Corporal,
levando em conta o momento histórico, político, econômico e social. Tratar o
conteúdo teórico e a construção do conhecimento da práxis, proporcionando a
expressão corporal, o aprendizado da técnicas próprias dos conteúdos propostos
e a reflexão sobre o movimento corporal.
Partindo dos conteúdos estruturantes propostos, o professor
abordará as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressão, observando que corporalmente manifesta-se: alegria, dor, preconceito,
prazer, raiva, medo, etc. As práticas corporais podem ser um índice pra a prática
137
escolar voltada para a busca da autonomia, a partir do conhecimento de limites e
possibilidades de expressão de si próprio e dos indivíduos. Permitir a interação, o
conhecimento, a partilha de experiências e a inserção crítica no mundo e o
desenvolvimento de um sentimento de alteridade, entendida como
reconhecimento do que é diferente.
Os trabalhos referentes à História e Cultura Afro e Indígena e
meio Ambiente, serão ofertados com os conteúdos de dança, como dramatização
e criações coreográficas.
Entendemos a aula como um espaço intencionalmente
organizado para possibilitar a direção de apreensão, pelo aluno, do conhecimento
específico da Educação Física e dos diversos aspectos da sua prática na
realidade social, através de aulas expositivas, discussão sobre os temas
propostos, trabalhos individuais e em grupo, atividades orais e escritas,
pesquisas, atividades de expressão corporal.
Os conteúdos devem ser abordados no princípio da complexidade
crescente, estabelecendo diferenças de entendimento e de relações entre
conteúdo e possíveis elementos articuladores. Serão utilizados recursos como
textos, reportagens, filmes, jornais, revistas, programas de computador, pendrive,
internet, além das atividades práticas que serão desenvolvidas na quadra
poliesportiva.
Serão utilizados diversos materiais como: bolas das modalidades
específicas, bolas de borracha, cordas, sucata, material alternativo, bastões,
bambolês, tudo de acordo com as possibilidades da escola.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico
da escola, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino-aprendizagem.
Sendo um processo contínuo, permanente e cumulativo,
observando a desenvoltura, o desempenho nas atividades, o interesse e análise
dos trabalhos apresentados, as atividades orais, escritas e práticas. Levando-se
138
também em consideração o desempenho global do aluno, destacando a
responsabilidade, a cooperação, a participação, respeito às regras e outros
modos de agir.
Os alunos terão oportunidade de recuperação, levando em conta
se realizaram todas as atividades propostas, e com instrumentos de avaliação
diferenciados, quando for o caso.
CRITÉRIOS
Espera-se que o aluno:
1. Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção
de tabelas, súmulas, arbitragem e as diferentes noções de preenchimento;
2. Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de
rendimento e a relação entre esporte e lazer;
3. Compreender a função social do esporte;
4. Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no
esporte;
5. Compreender as questões acerca do doping, recursos ergo gênicos
utilizados e questões relacionadas a nutrição;
6. Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando
alternativas de superação;
7. Organizar atividades dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e
considerem individualidades;
• Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros;
• Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e
expressões culturais, por meio da dança;
• Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria
cultural;
• Criação e apresentação de coreografias;
139
• Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as
diferentes criações coreográficas ou sequência de movimentos
ginásticos elaborados pelos alunos;
• Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e
fisiológicas que envolvem a ginástica;
• Compreender a função social da ginástica;
• Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural
na ginástica;
• Compreender e aprofundar a relação entre ginástica e trabalho;
• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes manifestações das lutas;
• Compreender a diferença entre luta e artes marciais, assim como a
apropriação das lutas pela indústria cultural;
• Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como:
diferenciação da mesma enquanto jogo, luta, dança e esporte, seus
instrumentos musicais e movimentos básicos;
• Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas
de deslocamento, entre outros;
• Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos
apresentem os diferentes tipos de golpes.
INSTRUMENTOS
Os modelos de atividades são:
• atividades de leitura (compreensiva/crítica) de textos;
• projeto de pesquisa bibliográfica;
• produção de texto;
• relatórios;
• atividades com textos literários;
• atividades com recursos aúdio-visuais (filmes e
documentários);
• atividades experimentais;
140
• trabalhos em grupo (escrita, oral, gráfica, corporal,
construção de maquetes, painéis, etc.);
• questões objetivas e discursivas.
REFERÊNCIAS
COLETIVO DE AUTORES. “Metodologia do ensino da educação Física”. São
Paulo. Cortez, 1992.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. “Diretrizes curriculares de Educação
física para a educação básica”. Curitiba, 2008.
141
FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física é uma ciência que se propõe a estudar os fenômenos da
natureza, ou seja, a realidade material sensível. Historicamente ela é uma ciência
em construção constante, com campos de conhecimento específicos, mas que se
relaciona com vários outros campos do saber. Os conceitos de que a Física trata
são indispensáveis para a melhor compreensão de qualquer outra ciência e das
técnicas que delas foram se originando.
Esta disciplina esta alicerçada em dois pilares: a Matemática,
como linguagem e ferramenta para expressar leis, idéias e elaborar modelos para
descrever fenômenos físicos; a Experimentação: como forma de questionar a
natureza, de comprovar ou confirmar idéias e de testar a funcionalidade dos
modelos.
O conhecimento da disciplina de Física objetiva propiciar ao aluno
uma educação para a cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de um
sujeito crítico capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da
História e compreender a necessidade do estudo desta disciplina para o
entendimento do universo de fenômenos físicos que o cerca.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE 1 : MOVIMENTO
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1. Gravitação;
2. Momentun e Inércia, 1ª Lei de Newton;
3. Conservação da quantidade de movimento e a 3ª Lei de Newton;
4. Variação da quantidade de movimento – Impulso;
5. 2a Lei de Newton;
142
6. Condições de equilíbrio
CONTEÚDO ESTRUTURANTE 2: TERMODINÂMICA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Energia e o Princípio da Conservação da ene1a Lei da
Termodinâmica;
• 1ª Lei da Termodinâmica;
• 2ª Lei da Termodinâmica;
• Lei Zero da Termodinâmica
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 3: ELETROMAGNETISMO
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Carga elétrica;
• Força eletromagnética;
• Campo elétrico;
• Equações de Maxwell;
• Energia e o Princípio da Conservação da energia;
• A natureza da luz e suas propriedades;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Início:
1. Deve-se partir do conhecimento prévio trazido pelos alunos, fruto das suas
experiências de vida em seu contexto social;
Caminhada:
• 1º) Utilizar-se de experimentação, isto é, diversificar várias
metodologias de ensino para encontrar a ideal no contexto
em questão. Esta prática promove uma inevitável ligação
143
entre teoria e prática, pois, proporciona melhor interação
entre o professor e os alunos;
• 2º) Levar em consideração que, o saber Matemático não
pode ser um pré-requisito para o ensino da Física, ainda que
aquela sirva de ferramenta para esta;
• 3º) Para que os estudantes se familiarizem melhor com os
conhecimentos físicos, deve-se enfatizar mais os aspectos
conceituais, mas isso, sem descartar o formalismo
matemático (equações, fórmulas, definições, etc.) que se faz
necessário;
Fim:
• 1º) Os alunos precisam compreender que a Física não se separa
de outras disciplinas, mas que, pelo contrário, está intimamente
relacionada a elas;
• 2º) É preciso escolher os conteúdos que serão trabalhados em
Física considerando a realidade social dos alunos, realidade
esta, que abrange fatores econômicos, culturais e históricos;
• 3º) Complementando tudo o que já foi escrito, o professor (como
informante científico) e os alunos, em conjunto, devem interagir e
compartilhar conhecimentos na busca da aprendizagem e, assim,
irão adicionar, diferenciar, integrar e enriquecer o conhecimento
já existente, podendo, inclusive, modificá-lo.
Pretende-se trabalhar de maneira que a partir do conhecimento
físico, o estudante seja capaz de perceber e aprender, em outras circunstâncias
semelhantes às trabalhadas em aula, para apropriar-se da nova informação e
transforma-la em conhecimento.
Ao usar um modelo matemático para explicar os fenômenos da
natureza, e necessário propiciar aos estudantes condições para que contemplem
a beleza e a funcionalidade das teorias físicas. Por exemplo, ao estudar
gravitação sob o modelo de Newton, em que a força varia com o inverso do
quadrado da distância, numa equação que considera a massa, o aluno deve
perceber não apenas uma equação matemática, em que basta colocar alguns
144
dados para obter uma resposta, mas sim um resultado que sintetize uma
concepção de espaço, matéria e movimento, desde que o homem se interessou,
movido pela necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos movimentos até a
sistematização realizada por Newton.
Outro instrumento de aprendizado utilizado na metodologia de
ensino da Física é a experimentação. As atividades experimentais privilegiam as
interações entre os estudantes e entre eles e professor. Elas podem suscitar a
compreensão de conceitos ou a percepção da relação de um conceito com as
idéias discutidas em aula.
AVALIAÇÃO
A avaliação desta disciplina deve ter um caráter diversificado
levando em consideração vários aspectos como:
➢ A compreensão dos conceitos físicos;
➢ A capacidade de análise de um problema ou texto específico da disciplina,
ou seja, que o aluno seja capaz de dar sua opinião levando em conta o
conteúdo aprendido;
➢ E, a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou sobre
qualquer outro evento que envolva a disciplina de Física.
A avaliação empregada atualmente nesta disciplina verifica os
conhecimentos absorvidos e/ou assimilados pelos alunos na forma de duas
provas bimestrais, de exercícios avaliativos em sala de aula e de trabalhos
(pesquisa bibliográfica ou lista de exercícios).
Os meios utilizados para efetivar de maneira prática o ensino da
Física são: laboratório (aulas práticas), informática, vídeos, livro didático publico, e
outras literaturas complementares.
O aluno quando não obter o aproveitamento esperado terá uma
recuperação continua.
145
REFERENCIAS
BONJORNO, Regina Azenha; Física Completa: Volume Único;
2ª ed. São Paulo, SP: FTD, 2001.
CARRON, Wilson; Guimarães, Osvaldo; Física: 2ª ed. São Paulo, SP:
Ática, 2004.
PARANÁ, Djalma Nunes da Silva; Física: 1ª ed. São Paulo, SP: Ática, 2004.
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; Física – De Olho no Mundo do Trabalho –
Volume Único; 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2003
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Publica de Educação Básica do Estado do Paraná. Física. Curitiba: SEED, 2008
146
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A química no transcorrer da historia, passou por várias
transformações, tanto no âmbito teórico, como no prático, onde as necessidades
do homem relacionam-se com o avanço da tecnologia ao longo dos séculos.
O ensino de química na atualidade visa novas praticas
pedagógicas que priorizem a relação teoria x prática nas diversas instâncias do
meio cientifico, buscando na realidade histórica do aluno as diferentes respostas a
determinados problemas, contemplando a qualidade do processo ensino –
aprendizagem de um contexto que passa diariamente por transformações que
necessitam de compreensão. Valores éticos direcionarão os participantes da
construção do conhecimento químico a ter uma postura sustentável em relação
ao meio ambiente, adotando medidas que diminuam os impactos ambientais e
melhorando a qualidade de vida da população.
A relevância da química no cotidiano do aluno permite a ele a
interpretação dos fenômenos químicos do seu meio ambiente, ocasionando
questionamentos, gerando experimentos que irão aprimorar a prática, criando
novas tecnologias futuras.
A construção do conhecimento químico levará o aluno ao final do
ensino médio ser capaz de:
➢ selecionar e processar informações para poder relacionar os
conhecimentos adquiridos de forma integrada;
➢ Organizar produções de forma autônoma e criativa a ter capacidade de
resolver problemas;
➢ Descrever as transformações químicas em linguagem discursivas;
➢ Compreender os códigos e símbolos próprios da química e vice versa;
➢ Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em
química : gráfica, tabelas e relações matemáticas
➢ Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes
para o conhecimento da química (livro, computador, jornais, etc. ) ;
147
➢ Compreender dados quantitativos, estimativas, e medidas, presentes na
química;
➢ Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou
outros;
➢ Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos ( leis, teorias,
modelos ) para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em
química , identificando e acompanhando as variáveis relevantes;
➢ Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionando a
química selecionando procedimentos experimentais pertinentes
➢ Desenvolver conexões hipotético lógicas que possibilitem previsões
acerca das transformações químicas
➢ Reconhecer os aspectos químicos relevantes na interação individual e
coletiva do ser humano com o ambiente
➢ Reconhecer as relações entre o desenvolvimento cientifico e tecnológico
da química e aspectos socioculturais;
➢ Reconhecer o papel da química no sistema produtivo, industrial e rural;
➢ Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no
desenvolvimento da química e da tecnologia.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES E CONTEUDOS ESPECIFICOS
Respeitando a realidade de cada unidade escolar, as
necessidades e capacidades dos alunos, os conteúdos em química devem ser
ministrados primeiramente elos conceitos e linguagens básicas da química. Após
a compreensão destes conceitos os alunos estarão aptos a interpretar fenômenos
e transformações químicas de forma teórica e pratica
Os conteúdos estruturantes e específicos estão distribuídos na três series do
ensino médio da seguinte maneira:
CONTEUDO ESTRUTURANTE
1. Matéria e sua natureza
148
2. Interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera e
historicamente constituem-se a partir de uma sobreposição de biologia,
geologia e química
Apropriação da química na síntese de novos produtos
farmacêuticos, a industria alimentícia (conservantes , acidulantes e
aromatizantes, edulcorantes ), fertilizantes, agrotóxicos
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
➢ Constituição da matéria;
➢ Estados de agregação;
➢ Natureza elétrica da matéria;
➢ Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).
➢ Estudo dos metais.
➢ Tabela Periódica.
SOLUÇÃO
➢ Substância: simples e composta;
➢ Misturas;
➢ Métodos de separação;
➢ Solubilidade;
➢ Concentração;
➢ Forças intermoleculares;
➢ Temperatura e pressão;
➢ Densidade;
➢ Dispersão e suspensão;
➢ Tabela Periódica
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
149
➢ Reações químicas;
➢ Lei das reações químicas;
➢ Representação das reações químicas;
➢ Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza
dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão)
➢ Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato,
temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores);
➢ Lei da velocidade das reações químicas;
➢ Tabela Periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO
➢ Reações químicas reversíveis;
➢ Concentração;
➢ Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);
➢ Deslocamento de equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): concentração,
pressão, temperatura e efeito dos catalizadores;
➢ Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ).
➢ Tabela Periódica
LIGAÇÃO QUÍMICA
➢ Tabela periódica;
➢ Propriedade dos materiais;
➢ Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;
➢ Solubilidade e as ligações químicas;
➢ Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias
moleculares;
➢ Ligações de Hidrogênio;
➢ Ligação metálica (elétrons semi-livres)
➢ Ligações sigma e pi;
➢ Ligações polares e apolares;
➢ Alotropia.
150
REAÇÕES QUÍMICAS
➢ Reações de Oxi-redução
➢ Reações exotérmicas e endotérmicas;
➢ Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;
➢ Variação de entalpia;
➢ Calorias;
➢ Equações termoquímicas;
➢ Princípios da termodinâmica;
➢ Lei de Hess;
➢ Entropia e energia livre;
➢ Calorimetria;
➢ Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE
➢ Modelos Atômicos (Rutherford);
➢ Elementos químicos (radioativos);
➢ Tabela Periódica;
➢ Reações químicas;
➢ Velocidades das reações;
➢ Emissões radioativas;
➢ Leis da radioatividade;
➢ Cinética das reações químicas;
➢ Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
GASES
➢ Estados físicos da matéria;
➢ Tabela periódica;
➢ Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x
temperatura, pressão x volume e temperatura x volume);
151
➢ Modelo de partículas para os materiais gasosos;
➢ Misturas gasosas;
➢ Diferença entre gás e vapor;
➢ Leis dos gases
FUNÇÕES QUÍMICAS
➢ Funções Orgânicas
➢ Funções Inorgânicas
➢ Tabela Periódica
LIGAÇÃO QUÍMICA
➢ Tabela periódica;
➢ Propriedade dos materiais;
➢ Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;
➢ Solubilidade e as ligações químicas;
➢ Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias
moleculares;
➢ Ligações de Hidrogênio;
➢ Ligação metálica (elétrons semi-livres)
➢ Ligações sigma e pi;
➢ Ligações polares e apolares;
➢ Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS
➢ Reações de Oxi-redução
➢ Reações exotérmicas e endotérmicas;
➢ Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;
➢ Variação de entalpia;
➢ Calorias;
➢ Equações termoquímicas;
➢ Princípios da termodinâmica;
152
➢ Lei de Hess;
➢ Entropia e energia livre;
➢ Calorimetria;
➢ Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE
➢ Modelos Atômicos (Rutherford);
➢ Elementos químicos (radioativos);
➢ Tabela Periódica;
➢ Reações químicas;
➢ Velocidades das reações;
➢ Emissões radioativas;
➢ Leis da radioatividade;
➢ Cinética das reações químicas;
➢ Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
GASES
➢ Estados físicos da matéria;
➢ Tabela periódica;
➢ Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x
temperatura, pressão x volume e temperatura x volume);
➢ Modelo de partículas para os materiais gasosos;
➢ Misturas gasosas;
➢ Diferença entre gás e vapor;
➢ Leis dos gases
FUNÇÕES QUÍMICAS
➢ Funções Orgânicas
➢ Funções Inorgânicas
METODOLOGIA
153
O processo de ensino aprendizagem, em química deve partir do
conhecimento prévio do educando, onde o professor elaborando metodologias
especificas adequadas ao nível de aprendizagem de seus alunos na escola,
proporcionando- lhes condições de formar conhecimentos científicos a respeito
dos conhecimentos químicos
Na construção do conhecimento químico
professor e aluno deverão ter contato com modelos químicos, contextualizando-
os através da experimentação, que será o método facilitador para a interpretação
de texto científicos , resolvendo problemas cotidianos. O professor será um
orientador, intervindo na orientação de um senso comum, sendo criativo em seus
métodos e espaços pedagógicos, para desenvolver um conteúdo especifico.
Aulas praticas, visita a industria, pesquisa de campo, são
exemplos de facilitadores que poderão ajudar a melhorar a compreensão dos
conteúdos, melhorando sua qualidade de vida.
AVALIAÇAO
A avaliação será formativa, diagnostica e constante em todo o
processo de ensino e aprendizagem, onde aluno e professor elaboram estratégias
para garantir um conhecimento de qualidade.
O professor devera adotar técnicas avaliativas que resulte num
maior numero de educandos portadores de um conhecimento cientifico, capaz de
faze- los crescer como pessoa, cidadão critico e participativo no seu universo
( escola, família e sociedade).
Para que isso aconteça é preciso adotar uma relação dialógica
valorizando a relação teoria x pratica em todas as instancias , construindo um
conhecimento químico inacabado e em constante construção e reconstrução.
REFERENCIAS
Baird Colin Quimica ambiental, 2 ed porto alegre: bookman 2002
FONSECA, Marta Reis Marques da . Química integral : livro único, nova Ed
São Paulo : ftd 2004
154
HALL Nina ET AL. Neoquimica . A quimica Moderna e suas aplicações, porto
alegre: Bookman , 2004
PARANA SEED. Diretrizes curriculares de química para o ensino médio
Curitiba SEED, 2006
Sardella , Antonio Química : volume único – livro do professor, 6 ed São Paulo:
Atica 2005
SEED- PR , vários autores . Química – Ensino médio , SEED- PR,2006
155
SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÀO DA DISCIPLINA
O estudo da Sociologia visa as relações sociais decorrentes das mudanças
estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista, auxiliando a
compreensão e a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria
condição de vida, bem, como, para a analise das diferentes sociedades,
esclarecendo e compreendendo dessa forma muitos problemas sociais.
Dessa forma, a Sociologia tem por objetivo o conhecimento e a
compreensão da sociedade e das diversas formas pelas quais os seres humanos
vivem em grupos, bem como as relações que se estabelecem no interior desses
grupos, causando transformações sociais, explicitando e explicando
problemáticas sociais concretas e contextualizadas, onde o aluno perceba-se e
interaja como sujeito social capaz de situar-se às mudanças sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• O Surgimento da sociologia e as Teorias sociológicas
• O processo de Socialização e as Instituições Sociais;
• A Cultura e industria cultural;
• Trabalho, Produção e Classes Sociais;
• Poder, Política e Ideologia;
• Cidadania e Movimentos Sociais.
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvo-
lvimento do pensamento social;
• Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim,Engels e Marx,
Weber.
• O desenvolvimento da sociologia no Brasil.
• Processo de Socialização;
• Instituições sociais:
156
• Familiares; Escolares;
• Religiosas;
• Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários,
asilos, etc)
• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua con-
tribuição na análise das diferentes sociedades;
• Diversidade cultural;
• Identidade;
• Indústria cultural;
• Meios de comunicação de massa;
• Sociedade de consumo;
• Indústria cultural no Brasil;
• Questões de gênero;
• Cultura afro-brasileira e africana;
• Culturas indígenas
• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas con-
tradições;
• Globalização e Neoliberalismo;
• Relações de trabalho;
• Trabalho no Brasil.
• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
• Democracia, autoritarismo,totalitarismo
• Estado no Brasil;
• Conceitos de Poder;
• Conceitos de Ideologia;
• Conceitos de dominação e legitimidade;
• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
• Direitos: civis, políticos e sociais;
157
• Direitos Humanos;
• Conceito de cidadania;
• Movimentos Sociais;
• Movimentos Sociais no Brasil;
• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
• A questão das ONG's
METODOLOGIA
O estudo da Sociologia visa conduzir o educando a aprender a pensar
sobre a sociedade em que vivemos e agir nas diversas instâncias sociais. Dentro
dessa perspectiva o estudo deve iniciar a partir da construção histórica da
sociologia, onde a partir da analise textual de fatos históricos, acontecimentos
sociais, leituras, pesquisas de campo, análise de filmes; o aluno seja provocado a
relacionar a teoria com a prática, rever conhecimentos e a reconstruir
coletivamente os novos saberes.
AVALIAÇÃO
A avaliação no âmbito do ensino da sociologia deve ocorrer de forma que
professor e alunos em comum acordo e de forma democrática estabeleçam os
critérios avaliativos.
A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e
coerência na exposição das idéias sejam no texto oral ou escrito serão avaliadas
de acordo a perceber se os conteúdos estudados serviram como base para a
mudança na forma de olhar para os problemas sociais, bem como a iniciativa e a
autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas que rompam com a
acomodação e o senso comum.
Reflexão critica nos debates, participação nas pesquisas, produção de
textos também serviram de base avaliativa, lembrando que a avaliação tem
caráter formativo e não classificatório.
REFERÊNCIAS
158
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio
Sociologia – Ensino Médio. Secretária Estadual de Educação
Introdução à Sociologia. Pérsio Santos de Oliveira
Nobel Sistema de Ensino
159
INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A aprendizagem de Língua Estrangeira propicia um espaço de
reflexão sobre a língua materna entendida como prática social as diferenças
culturais, o conhecimento, valores de cidadania e identidade.
O ensino de Língua Estrangeira deverá promover também a
participação do aluno no mundo moderno, possibilitando acesso a informações,
que possam contribuir para seu crescimento pessoal, cultural, científico e
profissional e a apropriação do conhecimento enquanto instrumento de
compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a
compreensão da realidade, ou seja, o ensino de Língua Estrangeira deve
contribuir para a formação de um cidadão crítico, capaz de interagir criticamente
na sociedade sendo consciente do papel que nela ocupa.
Ler, escrever, falar e ouvir são habilidades que nos conduzem à
interação, o que segundo a concepção discursiva da Língua Estrangeira, não se
separam em situações concretas de comunicação. Através da linguagem é que
colocamos em prática tais habilidades. Quanto mais possibilidades de usar
múltiplas linguagens, melhor nos expressaremos e compreenderemos o outro.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEUDOS BÁSICOS
Leitura
Esferas Sociais de Circulação – Gêneros
Textuais:
.Gênero da esfera cotidiana: carta,
provérbios, curriculum vitae, cartão, cartão
postal, música, convites, avisos, receitas.
.Gênero da esfera literária: poemas, letras
de músicas, biografias, autobiografias,
histórias em quadrinhos, narrativas.
.Gênero da esfera científica: relatos, artigo,
resumos, verbetes.
160
Gênero da esfera escolar: exposição oral
(textos
narrativos, descritivos e dialogados),
pesquisa, cartazes, resumo, texto de
opinião.
Gênero da esfera imprensa: horóscopo,
classificados, sinopse de filmes, entrevista,
tiras, editorial, cartum, charge, anúncio.
Gênero da esfera publicitária: slogan,
músicas, fotos, folder.
Gênero da esfera midiática: filmes, E-mail,
Blog, Chat, Torpedos.
Gênero da produção e consumo: bulas,
manuais.
. Identificação de tema; Intertextualidade;
Intencionalidade; Vozes sociais presentes
no texto; Léxico; Coesão e Coerência;
Marcadores do discurso; Funções das
classes gramaticais no texto; Elementos
semânticos; Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e
conotativo no texto; Recursos estilísticos
(figuras de linguagem), Marcas linguísticas:
particularidades da Língua, pontuação;
recursos gráficos (aspas, travessão,
negrito); Variedade linguística; Acentuação
gráfica; Ortografia.
Escrita Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do
texto; Intencionalidade do texto;
Intertextualidade; Condições de produção;
161
Informatividade (informações necessárias
para a coerência do texto); Vozes sociais
presentes no texto; Vozes verbais; Discurso
direto e indireto; Emprego do sentido
denotativo e conotativo no texto; Léxico;
Coesão e Coerência; Funções das classes
gramaticais no texto; Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da
Língua, pontuação; recursos gráficos
(aspas, travessão,
negrito);
Variedades linguísticas; Ortografia;
Acentuação gráfica.
Oralidade Elementos extralinguísticos: entonação,
pausas, gestos etc; Adequação do discurso
ao gênero; Turnos da fala; Vozes sociais
presentes no texto; Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição; Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e escrito; Adequação
da fala ao contexto; Pronúncia.
METODOLOGIA
É imprescindível que o professor não trabalhe apenas a língua
como função gramatical, o ensino de gramática é necessário, porém não é o
único conteúdo a ser enfocado durante as aulas de Língua Estrangeira.
É necessário partir do texto para trabalhar conteúdos gramaticais,
porém o aluno deve possuir conhecimento prévio para entender o texto. Quando
fala-se em texto pensa-se somente em texto escrito, mas ele pode ser tanto
escrito, oral ou visual.
162
É fundamental o professor apresentar ao aluno gêneros textuais
diversos, que estes estejam articulados com as demais disciplinas do currículo
objetivando relacionar os vários conhecimentos. O professor deve trabalhar a
interdisciplinaridade, trazer textos com assuntos de outras disciplinas em Língua
Estrangeira, despertando no aluno o interesse, fazendo com que eles
desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, que ampliem seus conhecimentos
linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes
em todo o discurso.
Propõe-se ensinar na Língua Estrangeira não apenas uma língua,
mas os discursos que a compõem dentro de uma sociedade, ou seja, os
discursos manifestados em formas de textos de diferentes naturezas.
É necessário destacar a importância do uso de recursos visuais,
audiovisuais ou tecnológicos, possibilitando a mobilização dos diversos sentidos,
utilizando tais recursos para a aprendizagem da língua.
Trabalhar com uma proposta de discussões orais e produção de
textos orais, escrito e/ou visuais.
A atuação de procedimentos interpretativos, o trabalho com a
gramática numa perspectiva contextual permite o entendimento dos significados
possíveis das estruturas apresentadas.
AVALIAÇÃO
Será processual, subsidiando a aprendizagem, possibilitando
intervenções pedagógicas, como o acompanhamento dos avanços dos alunos,
respeitando suas dificuldades; e diagnóstica e formativa, uma vez que é parte
integrante do processo de aprendizagem na construção dos saberes.
Serão utilizados diversos meios que direcionem a ação
pedagógica e sirvam ao mesmo tempo de parâmetro de acompanhamento ao
aluno e ao professor, uma vez que, a avaliação é um processo dialógico e o
conhecimento, um processo de ação – reflexão – ação; a recuperação será
processual, diagnóstica e formativa.
REFERÊNCIAS
163
PARANÀ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba:SEED, 2006
Take your time – Analuiza Machado Rocha e Zuleica Águeda Ferrari
Projeto Político Pedagógico
Livro Didático Público – L.E.M. – Espanhol-Inglês – Seed
Inglês – Amadeu Marques
164
MATEMÁTICA
APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA
A disciplina de matemática dentro da tendência histórica – crítica
é concebida com um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender
as necessidades sociais e teóricas. Ela não consiste apenas no desenvolvimento
de habilidades, como calculo e resolução de problemas, ou na fixação de alguns
conceitos através de memorização ou da realização de uma série de exercícios,
mas no desenvolvimento de estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido
e significado as ideias matemáticas e torna-se capaz de estabelecer relações,
justificar, analisar, discutir e criar. Por meio desta visão histórica apresentada,
discutida, construída e reconstruída, influencia-se a formação do pensamento
humano e na produção de sua existência por meio das idéias e das tecnologias.
A matemática é uma das mais importantes ferramentas da
sociedade moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos
básicos contribui para formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do
trabalho, das relações sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a
cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas,
construir estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar logicamente,
conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as
informações, conhecer formas diferenciadas de abordar problemas, simplesmente
com a intenção de vencer desafios.
Atualmente vivemos na sociedade da informação, globalizada, e é
fundamental que se desenvolva nos alunos do ensino médio a capacidade de:
comunicar-se em várias linguagens; investigar, resolver e elaborar problemas;
tomar decisões, fazer conjecturas hipóteses e inferências; criar estratégias e
procedimentos, adquirir e aperfeiçoar conhecimentos e valores; trabalhar solidária
e cooperativamente; e estar sempre aprendendo.
No Ensino Fundamental, os alunos tiveram um primeiro contato
com vários temas matemáticos, como números, formas geométricas, grandezas e
medidas, iniciação a álgebra, aos gráficos e as noções de probabilidade. Agora,
no ensino médio, é hora de ampliar e aprofundar tais conhecimentos, estudar
165
outros temas, desenvolver ainda mais a capacidade de raciocinar, de resolver
problemas, generalizar, abstrair e de analisar e interpretar a realidade que nos
cerca, usando para isso o instrumento matemático.
Assim, a Matemática no Ensino Médio tem um caráter tanto
formativo, que auxilia a estruturação do pensamento e do raciocínio lógico, quanto
instrumental, utilitária, de aplicação no dia-a-dia, em outras áreas do
conhecimento e nas atividades profissionais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS E ALGEBRA
DESDOBRA-SE NOS SEGUINTES CONTEÚDOS BÁSICOS:
Números reais
Números complexos
Matrizes e determinantes
Sistemas lineares
Polinômios
Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares
GEOMETRIA
DESDOBRA-SE NOS SEGUINTES CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Geometria plana;
• Geometria espacial;
• Geometria analítica;
• Noções básicas de geometria não-euclidiana.
FUNÇÔES
DESDOBRA-SE NOS SEGUINTES CONTEÚDOS BÁSICOS:
Função afim
Função quadrática
Função polinomial
Função exponencial
166
Função logarítmica
Função trigonométrica
Função modular
Progressão aritmética
Progressão geométrica
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
DESDOBRA-SE NOS SEGUINTES CONTEÚDOS BÁSICOS:
Análise combinatória;
Estatística;
Probabilidade;
Matemática financeira;
Binômio de Newton.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Na construção do conhecimento pelo fazer e pensar do aluno o
papel do professor é mais o de facilitador, orientador, estimulador da
aprendizagem, onde o diálogo e a troca de ideias é uma constante, quer entre
professor e aluno,quer entre alunos. Para que o aluno aprenda matemática com
significado é fundamental: trabalhar ideias, conceitos e símbolos; atribuir
significado ao que se ensina; trabalhar por meio de situações problemas que
façam pensar, analisar, julgar e decidir pela melhor solução. Valorizar a
experiência acumulada do aluno e a partir daí iniciar o trabalho de construir e
aplicar novos conceitos e procedimentos; estimular o cálculo mental; estimativas e
arredondamentos; permitir o uso adequado de calculadoras e computadores;
utilizar a história da matemática como recurso didático, jogos; reforçar a
autoconfiança do aluno na resolução de problemas. A prática docente não deve
ser autoritária, deve tratar o conhecimento matemático sob uma visão histórica,
de modo que os conteúdos apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos
e também influenciam na formação do pensamento humano e na produção de
sua existência por meio das ideias e das tecnologias.
167
AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento, uma parte integrante do ensino-
aprendizagem, abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e
também os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de
ensino. É algo bem mais amplo do que medir quantidade de conteúdos que o
aluno aprendeu em determinado período. Portanto, a avaliação deve ser
compreendida como: elemento integrador entre aprendizagem e ensino; como um
conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção
pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; como conjunto de ações
que busca obter informações sobre o que foi aprendido e como; um elemento de
reflexão para o professor sobre sua pratica educativa; um instrumento que
possibilite ao aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e
possibilidades; uma ação que ocorre durante todo processo de ensino-
aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como
fechamento de grandes etapas de trabalho. Avaliar a aprendizagem, portanto,
implica avaliar o ensino oferecido – se não há aprendizagem esperada significa
que o ensino não cumpriu sua finalidade; a de fazer aprender. Em resumo, avalia-
se para identificar os problemas e os avanços e redimensionar ação educativa,
visando o sucesso escolar.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
PAIVA, Manoel. Matemática Vol. Único; 1ª Edição – São Paulo; Ed. Moderna,
1999.
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI Jr, José Ruy.
Matemática Completa: Ensino Médio Vol. Único - SP: FTD, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE MATEMÁTICA -
SEED/PR
168
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
FILHO, Benigno Barreto, BARRETO, Cláudio Xavier; Matemática aula por aula:
Vol. Único – SP : FTD, 2000.
SANTOS, Carlos Alberto Marcondes dos; GENTIL, Nelson; GRECO, Sérgio
Emílio; Matemática - Novo Ensino Médio. Vol. Único – SP; Ed. Ática, 2000.
SILVA, Jorge Daniel; FERNANDES, Valter dos Santos. Matemática - Coleção
Horizontes – SP, IBEP.
PAIVA, Manoel. Matemática Vol. Único; 1º Edição – São Paulo; Ed. Moderna,
1999.
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI Jr, José Ruy.
Matemática Completa: Ensino Médio Vol. Único – SP; FTD, 2002
DANTE, LUIZ Roberto. Matemática. Vol. Único, São Paulo: Editora Ática, 1997.
GOULART, Márcio Cintra. Matemática no Ensino Médio. São Paulo; Editora
Scipione.
169
FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Diante dos inúmeros questionamentos acerca de valores éticos,
políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia vem auxiliar com sua riqueza
muitas vezes transformadoras
Ao analisarmos o seu significado, teremos o termo Filon que
significa amigo e Sofia que nos emite a sabedoria.
Dessa forma, podemos conceituar a Filosofia como amiga da
sabedoria e dentro dessa perspectiva e a partir de problemas, questões, analise e
síntese, ordenado e organizado sistemática e logicamente as suas produções, a
Filosofia garante a segurança de um pensamento racional e crítico, operando por
meio da razão.
Portanto o objetivo da Filosofia é a formação de um indivíduo
capaz de compreender a complexidade do mundo contemporâneo com suas
múltiplas particularidades, bem como a capacidade de refletir sobre diferentes
aspectos e inúmeros assuntos, conduzindo o aluno a estruturar melhor seu
pensamento, através do acesso ao saber filosófico produzido historicamente,
interagindo com outras disciplinas na busca da compreensão do mundo, da
linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
1. Mito e Filosofia;
2. Teoria do Conhecimento;
3. Ética;
4. Filosofia da Política;
5. Filosofia da Ciência;
6. Estética.
CONTEÚDOS BÁSICOS
170
• Saber mítico;
• Saber filosófico;
• Relação Mito e Filosofia;
• Atualidade do mito;
• O que é Filosofia?
• Possibilidade do conhecimento;
• As formas de conhecimento
• O problema da verdade;
• A questão do método;
• Conhecimento e lógica;
• Ética e moral;
• Pluralidade ética;
• Ética e violência;
• Razão, desejo e vontade;
• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
• Relações entre comunidade e poder;
• Liberdade e igualdade política;
• Política e Ideologia;
• Esfera pública e privada;
• Cidadania formal e/ou participativa.
• Concepções de ciência;
• A questão do método científico;
• Contribuições e limites da ciência;
• Ciência e ideologia;
• Ciência e ética;
• Natureza da arte;
• Filosofia e arte;
• Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico,
grotesco, gosto, etc.;
• Estética e sociedade.
171
CONTEÚDO ESPECÍFICO
• Mito e Filosofia;
• O Deserto do Real;
• Ironia e Maiêutica;
• O Problema do Conhecimento;
• Filosofia e Método;
• Perspectiva do Conhecimento;
• A Virtude;
• Amizade;
• Liberdade;
• Filosofia e Política;
• Em Busca da Essência do Político;
• A Política de Maquiavel;
• Política e Violência;
• A Democracia em questão;
• A Filosofia da Ciência;
• O Progresso da Ciência;
• Pensar a Ciência;
• Bioética;
• Estética;
• Pensar a Beleza;
• A universidade do gosto;
• As manifestações da Arte.
METODOLOGIA
A Prática metodológica no ensino da Filosofia se dará
efetivamente através de analises textuais, onde realizaremos reflexões críticas a
cerca dos mais variados temas, onde o ensino se dará por meio da sensibilização,
172
da problematização, da investigação e da criação/recriação de conceitos, bem
como atividades investigativas, debates entre grupos, onde ambos possam
defender seus pontos de vista, baseando-se em textos filosóficos, priorizando sua
opinião e reelaborando o conhecimento prévio dos temas e acima de tudo, essas
atividades tem como objetivo, priorizar e exercitar a inteligência através do
diálogo.
AVALIAÇÃO
A Avaliação dentro da disciplina de Filosofia tem a função
diagnostica, ou seja, possui a função de subsidiar e redirecionar o curso da ação
no processo ensino aprendizagem.
Dessa forma, ela não tem a intenção de saber quanto o aluno
assimilou dos conteúdos presentes na história, mas sim de avaliar a capacidade
de argumentação, identificando os limites de suas idéias.
Esse processo se dará por meio de debates, produções textuais,
onde o aluno, quando solicitado, poderá posicionar-se e argumentar de acordo
com o que foi estudado a partir dos textos filosóficos.
REFERÊNCIAS
Secretaria de Estado da Educação – SEED – Diretrizes Curriculares do Ensino
Médio.
Secretaria de Estado e Educação. Livro Didático de Filosofia.
Nobel – Sistema de Ensino.
173
ARTE
HISTÓRICO DO ENSINO DA ARTE NO BRASIL
A história do ensino da arte no Brasil iniciou-se no período
correspondente ao estilo Barroco-Jesuítico – 1549 a 1808 – quando, devido às
condições próprias da Colônia, este estilo de características européias adaptou-se
às peculiaridades locais. Tal fato originou um tipo de arte com características
próprias: o Barroco Brasileiro.
A inexistência de escolas de arte direcionou um processo de
aprendizagem artístico vinculado às oficinas dos artesãos, às ruas e às
instituições religiosas. Foi bastante um período bastante produtivo que contribuiu
para a formação de uma arte nacional popular, na qual se destacava o processo
informal, que não fazia distinção entre música erudita e música popular.
Em 1841, foi criado o Conservatório de Música do Rio de Janeiro.
A criação do Conservatório originou a Escola de Música da Universidade Federal,
e, em conseqüência disso, oficializou-se o ensino da música no Brasil.
No Paraná foi fundado em 1876 a Escola Normal e em 1886 a “
Escola Profissional Feminina”, oferecendo desenho, pintura, cursos de corte e
costura, arranjos de flores e bordados.
Em 1890, visando ao desenvolvimento da racionalidade,
introduziu-se o ensino do desenho geométrico, com vistas a atender aos
interesses positivistas.
Com a Semana da Arte Moderna de 1922, surgiu um novo
momento para o ensino da arte no Brasil. A vinda de informações sobre os
movimentos de arte moderna como fauvismmo, expressionismo, entre outros,
teve forte influência na arte local, motivando um novo olhar para a produção
artística infantil. A inclusão da Arte na escola primária foi discutida de maneira
acirrada, não como disciplina a ser ensinada, mas como forma de expressão.
Entretanto, por questões políticas, este movimento foi sendo diluído.
Ainda no final dos anos 40, surgiu no Brasil o Movimento das
Escolinhas de Arte, talvez o mais fecundo em termos de ensino da arte realizado
no Brasil. Foi idealizado por Augusto Rodrigues, iniciado nos corredores da
174
Biblioteca Castro Alves, e denominada espontaneamente pelas crianças como
Escolinha. A finalidade desde movimento era de desenvolver a capacidade
criadora da criança.
No início dos anos 50, sob a influência da modernização do teatro
brasileiro, foi criada a Escola de Arte Dramática (EAD) em São Paulo. Com a Lei
5692, o ensino da arte passa a ser obrigatório em todo o território nacional,
porém, não havia uma escola superior que formasse o profissional para ministrar
a disciplina, foram então criados os cursos de licenciatura curta. Entretanto, surge
uma contradição com as políticas implementadas pelas instituições responsáveis
pelo ensino público, pois, enquanto as universidades formam professores
especializados em cada linguagem artística, o ensino público demanda
professores polivalentes, que trabalhem simultaneamente com todas as artes.
Neste mesmo período, em decorrência da mesma lei, as disciplinas Desenho
Geométrico e Educação Musical foram retiradas do currículo.
No final dos anos 70 surgiu o movimento de Arte-Educação, com
o objetivo de repensar a função da arte na escola e na vida das pessoas. Assim,
na década de 80, as associações de professores de arte, estruturaram-se, criando
a Federação das Associações de Arte-Educadores do Brasil – FAEB, movimento
que, paralelo às aberrações na legislação oficial, ativou acirradas discussões
sobre o ensino da arte. Em 1988, uma nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação começou a ser discutida na Câmara e no Senado, ora contemplava
devidamente, ora excluía o ensino da arte enquanto disciplina obrigatória.
Nos anos 90, novamente iniciaram-se os trâmites da LDB nas
instâncias de competência para sua aprovação, a permanência ou não da
obrigatoriedade da disciplina tornou-se, outra vez, polêmica nacional. Devido ao
intenso movimento dos professores, conquistou-se a inclusão, no corpo da lei, de
obrigatoriedade da disciplina em todos os níveis de ensino.
No Paraná houve reflexos dos processos pelos quais passou o
ensino de Arte até tornar-se disciplina obrigatória a partir do século XIX, período
que foi acentuado como movimento imigratório, pois os artistas imigrantes
trouxeram novas idéias e culturas diferentes, a arte como expressão individual.
175
Tendo como referência as Diretrizes Curriculares e visando pensar o aluno como
sujeito histórico-social a disciplina de Arte para o ensino fundamental tem como
elementos basilares, a arte, a cultura e a linguagem.
A disciplina de Arte contempla as linguagens as linguagens das
Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro, cujos conteúdos estruturantes
estão articulados entre si, compreendem aspectos significativos do objeto de
estudo e possibilitam a organização dos conteúdos específicos.
Sabe-se que muito já se avançou e se caminha a passos largos para reflexões
cada vez mais consistentes sobre a arte e o seu ensino. A arte, hoje é
compreendida como patrimônio cultural da humanidade. Este pequeno histórico
tenta dar conta da longa trajetória do ensino da arte no Brasil, visando oferecer
aos professores de Arte subsídios para a reflexão de sua prática pedagógica.
METODOLOGIA
No Ensino Fundamental é necessário que o aluno tenha
conhecimentos mais amplos acerca da produção artística nas diferentes
linguagens do seu tempo. Para que isso aconteça, é fundamental o estudo das
artes visuais, música e teatro contemporâneo, contemplando a leitura do objeto
artístico, a contextualização e a produção artística.
Os conteúdos não devem ser abordados isoladamente, mas
dentro de um contexto histórico-cultural, capaz de refletir sobre a produção
humana, a leitura de mundo e a produção e participação do aluno frente ao seu
espaço histórico-cultural.
Em arte, é possível analisar os elementos visuais ( cor, linha,
textura, etc.), sonoros e cênicos dentro de um contexto histórico, artístico e
cultural. Ao interpretar o objeto artístico o aluno se apropria do entendimento de
vários elementos, desenvolvendo a sua percepção, imaginação, criatividade e
ampliando o seu conhecimento. Desta forma, os conteúdos devem ser tratados de
forma dinâmica em constante diálogo entre passado, presente e futuro.
Elementos Formais
➢ Movimento Corporal
176
➢ Tempo
➢ Espaço
Música: Composição
➢ Melodia
➢ Harmonia
➢ Escalas
➢ Modal, Tonal e fusão de ambos
➢ Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop...
➢ Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática, e mista
➢ Improvisação
Movimentos Populares
➢ Música Popular
➢ Brasileira
➢ Paranaense
➢ Popular
➢ Indústria Cultural
➢ Engajada
➢ Vanguarda
➢ Ocidental
➢ Oriental
➢ Africana
➢ Latino-Americana
Artes Visuais
Elementos Formais
➢ Ponto
➢ Linha
➢ Forma
177
➢ Textura
➢ Superfície
➢ Volume
➢ Cor
➢ Luz
Composição
➢ Bidimensional
➢ Tridimensional
➢ Figura e fundo
➢ Figurativo
➢ Abstrato
➢ Perspectiva
➢ Semelhanças
➢ Contrastes
➢ Ritmo Visual
➢ Simetria
➢ Deformação
➢ Estilização
➢ Técnicas: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance,
fotografia, gravura, escultura, arquitetura,, história em quadrinhos...
➢ Gêneros: Paisagem, Natureza-Morta, Cenas do Cotidiano, Histórica,
Religiosa, da Mitologia
Movimentos Populares
➢ Arte Ocidental
➢ Arte Oriental
➢ Arte Africana
➢ Arte Brasileira
➢ Arte Paranaense
➢ Arte Popular
178
➢ Arte de Vanguarda
➢ Arte Contemporânea
➢ Arte Latino-Americana
➢ Indústria Cultural
Arte Cênica
Elementos Formais
➢ Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
➢ Ação
➢ Espaço
Composição
➢ Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio,
Teatro-Fórum, Roteiro
➢ Encenação e Leitura dramática
➢ Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico
➢ Dramaturgia
➢ Representação nas mídias
➢ Caracterização
➢ Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação
➢ Direção
➢ Produção
Movimentos Populares
➢ Teatro Greco-Romano
➢ Teatro Medieval
➢ Teatro Brasileiro
➢ Teatro Paranaense
➢ Teatro Popular
➢ Teatro Cultural
➢ Teatro Engajado
179
➢ Teatro Dialético
➢ Teatro Essencial
➢ Teatro do Oprimido
➢ Teatro Pobre
➢ Teatro de Vanguarda
➢ Teatro Renascentista
➢ Teatro Latino-Americano
➢ Teatro Realista
➢ Teatro Simbolista
➢ Indústria Cultural
Dança
Elementos Formais
➢ Movimento
➢ Corporal
➢ Tempo
➢ Espaço
Composição
➢ Kinesfera
➢ Fluxo
➢ Peso
➢ Eixo
➢ Salto e Queda
➢ Giro
➢ Rolamento
➢ Movimentos: articulares, lento, rápido e moderado
➢ Aceleração e desaceleração
➢ Níveis
➢ Deslocamento
180
➢ Direções
➢ Planos
➢ Improvisação
➢ Coreografia
➢ Gêneros: Espetáculo, Indústria Cultural, Étnica, Folclórica,
Populares e Salão
Movimentos Populares
➢ Pré-História
➢ Greco-Romana
➢ Medieval
➢ Renascimento
➢ Dança Clássica
➢ Dança Popular
➢ Brasileira
➢ Paranaense
➢ Africana
➢ Indígena
➢ Hip Hop
➢ Indústria Cultural
➢ Dança Moderna
➢ Vanguardas
➢ Dança Contemporânea
METODOLOGIA
No Ensino Médio é necessário que o aluno tenha conhecimento
mais amplo acerca da produção artística nas diferentes linguagens do seu tempo.
Para que isso aconteça, é fundamental o estudo das artes visuais, música e teatro
contemporâneo, contemplando a leitura do objeto artístico, a contextualização e a
produção artística.
181
Os conteúdos não devem ser abordados isoladamente, mas
dentro de um contexto histórico-cultural, capaz de refletir sobre a produção
humana, a leitura de mundo e a produção e participação do aluno frente ao seu
espaço histórico-cultural.
Em arte, é possível analisar os elementos visuais ( cor, linha,
textura, etc.), sonoros e cênicos dentro de um contexto histórico, artístico e
cultural. Ao interpretar o objeto artístico o aluno se apropria do entendimento de
vários elementos, desenvolvendo a sua percepção, imaginação, criatividade e
ampliando o seu conhecimento. Desta forma, os conteúdos devem ser tratados de
forma dinâmica em constante diálogo entre passado, presente e futuro.
É importante adotar uma postura metodológica, que propicie ao
aluno uma compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando
metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição,
movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são
interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de
conhecimento, como ideologia e como trabalho criador. Inicia-se por meio da
experimentação e da exploração de materiais e técnicas vinculadas à produção
artísticas que possibilitará ao aluno a familiarização com as variadas linguagens
artísticas.
O ensino da arte toma a dimensão de aprofundamento das
linguagens artísticas, para reconhecer os conceitos e elementos comuns
presentes nas diversas representações culturais.
Dessa maneira, o professor cria e amplia condições de
aprendizagem pela análise das linguagens artísticas, a partir da idéia de que elas
são produtos da cultura de um determinado contexto histórico, aborda os
elementos artísticos que identificam determinadas sociedades e a forma como se
deu a estilização de seus valores, pensamentos e ações. Esta materialização do
pensamento artístico de diferentes culturas coloca-se como referencial simbólico
a ser interpretado pelos alunos, por meio do conhecimento dos recursos
presentes nas linguagens artísticas.
182
Será explorada a possibilidade de improvisação e composição do
aluno acerca das relações entre o movimento e os conceitos a respeito do corpo
na Dança.
Na linguagem Musical prioriza-se a escrita consciente dos sons
percebidos, bem como, a identificação das suas propriedades, variações e
maneiras intencionais de como esses sons são distribuídos numa estrutura
musical.
Na linguagem Teatral, exploram-se os conteúdos de
possibilidades de improvisação e composição no trabalho com as personagens,
com o espaço da cena e com o desenvolvimento de temática que provém tanto de
textos literários ou dramáticos clássicos, quanto de narrativos, orais e cotidianas.
AVALIAÇÃO
De acordo com a LDBEN (nº9394/96, art.24, inciso V) e com a
deliberação do Conselho Estadual de Educação (capítulo I, art.8), a avaliação
deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os
conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciando tanto no processo,
quanto na produção individual e coletiva, desenvolvidas a partir desses saberes é
necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto
em seus aspectos, experiência quanto conceituais.
É preciso que o professor tenha conhecimento da linguagem
artística, bem como da relação entre o criador e o que foi criado. Ela exige
fundamentação para que se abra portas e aponte caminhos para o
redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do
processo e compartilha a produção do aluno.
Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar,
que se estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem-se os
procedimentos, inclusive aqueles referentes a seleção dos instrumentos que
serão utilizados no processo de aprendizagem.
A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica e processual,
servindo de referência para o (re) planejamento das aulas, faz-se presente em
todos os momentos da prática pedagógica, através de trabalhos realizados pelo
183
aluno em sala de aula: apresentações de trabalhos artísticos, trabalhos em grupo
ou individuais, análise de textos, pesquisas, aulas expositivas, multimídia,
seminários, avaliações teóricas e práticas.
O professor levará em consideração a observação e os registros
realizados durante as aulas, de como o aluno soluciona os problemas
apresentados, como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. O
aluno elaborará seus registros de forma sistematizada e também realizará sua
auto-avaliação.
A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de
mediação da apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens
socialmente significativas ao aluno para que este possa discutir as suas
dificuldades e progressos em suas produções, permitindo posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares da Rede Pública do estado do Paraná.
Arte Secretaria de estado da Educação SEED.
BARBOSA,Ana Mae ( org.)
Arte-Educação:. História da Arte-Educação. São Paulo: Max Limonad, 1986.
Teoria e Prática na Educação Artística. São Paulo: Cultrix, 1995.
PROENÇA,Graça.Descobrindo a História da Arte.1ª Ed. São Paulo: Ática, 2005.
PROENÇA,Graça. História da Arte. 4ª Ed. São Paulo: Ática, 1994.
Linguagens, Códigos e Tecnologias. Secretaria do Est. De São Paulo.
Ostrower,Faya Perla. Universo da Arte. Rio de Janeiro Campus 1989.
Spolin, Viola e jogos teatrais FNDE- Governo do Est. De São Paulo.
Zagonel Bernadete – Pausa para ouvir música, jeito fácil e agradável de ouvir
música clássica, 2008.
Fusari – São Paulo – Cortez, 1993 – Coleção Magistério – Série formação do
professores
Biblioteca Multimídia, Centro Difusor de Cultura, Enciclopédia Digital, 1999.
184
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, como disciplina escolar, passou a integrar
os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX.
Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa disciplina teve início
apenas nos anos 30 do século XX.
Em 1837, o estudo da língua portuguesa foi incluído no currículo
sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética, abrangendo, esta
última, a literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a
denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial,
o cargo de Professor de Português.
Com a Lei nº. 5692/71, a disciplina de Português passou a
denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras
séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries),
baseando-se, principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da
comunicação. Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de
1980, o ensino de Língua Portuguesa passou a se pautar, então, em exercícios
estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Em meados do século XX, para o ensino de Literatura, vigorou a
predominância do cânone, baseado na Antigüidade Clássica, quando o principal
instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até as décadas
de 1960-1970, a leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, transmitia
a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e estratégias para
incutir valores religiosos, morais e cívicos.
A partir da década de 1970, o ensino de Literatura restringiu-se ao
então segundo grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto
literário.
A partir da década de 1980, os estudos lingüísticos mobilizaram
os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e
para a reflexão sobre o trabalho realizado na sala de aula.
185
Essas reflexões e discussões fizeram-se presentes nos
programas de reestruturação do Ensino de 2º Grau, de 1988, e do Currículo
Básico, de 1990, que já denunciava “o ensino da língua, cristalizado em viciosas e
repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos gramaticais” e
valorizavam o direito à educação lingüística.
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990,
fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social
da linguagem, delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes de Círculo de
Bakhtin, para fazer frente ao ensino tradicional.
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua
Portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 1990,
também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas
concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos
usos da linguagem oral e escrita.
O ensino da Língua Portuguesa tem sofrido grandes
questionamentos e conseqüentes alterações, devido a mudanças de política
governamental e na sua própria estrutura educacional, tanto em nível de Estado
como da União.
A fundamentação teórico-metodológica para o ensino da Língua
Portuguesa baseia-se no dialogismo e gêneros discursivos de Bakhtin, cujo
conhecimento e repercussão suscitaram novos caminhos para o trabalho
pedagógico com a linguagem verbal , demandando uma nova abordagem para o
ensino da Língua.
Portanto, ler, escrever, falar e ouvir são habilidades que nos
permitem agir no mundo que nos cerca e com ele interagir. Colocamos em prática
essas habilidades por meio da linguagem. Por isso, quanto mais dominarmos a
linguagem e as inúmeras possibilidades de usá-la, tanto melhor nos
expressaremos e compreenderemos a expressão do outro.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso como prática social.
186
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º, 2º,3º Ano
LEITURA➢ Conteúdo temático;➢ Interlocutor;➢ Finalidade do texto;➢ Intencionalidade;➢ Argumento do texto;➢ Contexto de produção;➢ Intertextualidade;➢ Vozes sociais presentes no texto;➢ Discurso ideológico presente no texto;➢ Elementos composicionais do gênero;➢ Contexto de produção da obra literária;➢ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
➢ Progressão referencial;➢ Partículas conectivas do texto;➢ Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do
texto;➢ Semântica:
-operadores argumentativos;-modalizadores;-figuras de linguagem.
ESCRITA➢ Conteúdo temático;➢ Interlocutor;➢ Finalidade do texto;➢ Intencionalidade;➢ Informatividade;➢ Contexto de produção;➢ Intertxtualidade;➢ Referência textual;➢ Vozes sociais presentes no texto;➢ Ideologia presente no texto;➢ Elementos composicionais do gênero;➢ Progressão referencial;
187
➢ Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
➢ Semântica:- operadores argumentativos;-modalizadores;-figuras de linguagem;
➢ Marcas linguísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
➢ Vícios de linguagem;➢ Sintaxe de concordância;➢ Sintaxe de regência.➢ Oralidade:➢ Conteúdo temático;➢ Finalidade;➢ Intencionalidade;➢ Argumentos;➢ Papel do locutor e interlocutor;➢ Elementos extralinguisticos: entonação, expressões facial,
corporal e gestual, pausas.➢ Adequação do discurso ao gênero;➢ Turnos de fala;➢ Variações linguistícas (lexicais, semânticas, prosódias, entre
outras);➢ Marcas linguistícas: coesão, coerência, gírias, repetição;➢ Elementos semânticos;➢ Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições, etc.; ➢ Diferenças entre o discurso oral e o escrito.
PRODUÇÃO DE TEXTOS
Texto narrativo – produção
Texto dissertativo – argumentativo
Tipos de textos – caracterização ( narrativo, dissertativo, poético,
apelativo e informativo)
Carta comercial
Requerimento
Poemas concretos
Ofício
188
LEITURA
Jornais – análise de notícias, título de manchete, olho da notícia,
Lead
Revistas
Obras literárias
Textos produzidos
PRODUÇÃO DE TEXTO Memorando
Texto dissertativo
Comunicação oral
Convite
Comunicado à imprensa
LEITURA• Jornais
• Revistas
• Obras literárias
• Textos produzidos
LITERATURA
• Romantismo – contexto histórico – características
Romantismo em Portugal – poesia e prosa
• Romantismo no Brasil – contexto histórico – característica
Poesia, prosa e teatro
Realismo – contexto histórico – característica
Realismo no Brasil e em Portugal
Naturalismo – contexto histórico – característica
Naturalismo no Brasil e em Portugal
Parnasianismo – contexto histórico – característica
189
Simbolismo – contexto histórico – característica
Pré-modernismo – contexto histórico – caracterização
Principais autores
Modernismo em Portugal – contexto histórico - caracterização
Fernando Pessoa
Modernismo no Brasil – contexto histórico – caracterização
1. Modernismo 1ª fase
2. Modernismo 2ª fase
3. Modernismo 3ª fase
Concretismo
Neoconcretismo (poesia social)
Pós-modernismo – tradição e renovação
Modernismo e pós-modernismo português
PRODUÇÃO DE TEXTOS• Texto explicativo
• Currículo Vitae
Texto argumentativo
Carta de apresentação de currículo
Procuração
METODOLOGIA
A oralidade é utilizada em momentos de comunicação através de
vários gêneros e formas com fundamentação na realidade sonora. A fala deve ser
desenvolvida através de atividades que favoreçam as habilidades de falar ouvir,
tais como em histórias de família, da comunidade, um filme, um livro,
depoimentos vivenciados, emissão de opiniões, etc.
A leitura, na escola, é vista como uma prática consistente do leitor
perante a realidade, através de empréstimo e apresentação de livros lidos,
cartazes contendo trechos de obras, leitura oral de poemas e histórias, exposição
de ideias, opiniões e experiências e leitura.
190
A prática da escrita exige um planejamento do que será produzido,
escrever uma primeira versão sobre a proposta apresentada e revisar,
reestruturar e reescrever esse texto que pode ser um relato (história de vida);
bilhetes, cartas, cartazes, avisos (textos literários); notícias, editoriais, cartas de
leitores e entrevistas (textos de imprensa); relatos, resumos de artigos, verbetes
de enciclopédia (texto de divulgação científica).
AVALIAÇÃO
➢ Identifica a ideia principal de um texto,
➢ Expresse ideia com clareza,
➢ Realiza leitura compreensiva dos textos e das partículas conectivas.
➢ Localize informações explicitas e implícitas no texto.
➢ Realiza leitura com fluência e entonação corretas.
➢ Sintetizar suas ideias.
➢ Participa ativamente de relatos, discussões, etc.
➢ Utiliza adequadamente os recursos linguísticos.
➢ Obtém fluência na exposição oral, em adequação ao gênero
proposto.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
➢ Avaliação escrita.
➢ Leituras de textos diversificados.
➢ Obras lidas com apresentações;
➢ Pesquisa em dicionários, livros, revistas, jornais, internet.
➢ Debates e discussões.
RECUPERAÇÃO
A recuperação será continua e paralela sendo que o conteúdo
será trabalhado de forma diferenciada, ela terá o mesmo valor da avaliação.
191
REFERÊNCIAS
Cereja, Williian Roberto. Português Linguagem: Volume 2 –
Ensino médio.
William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães – 5ª Ed –
São Paulo: atual, 2005. Editora: Saraiva.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006
Souza, Cassia L. Garcia de - Linguagem: Criação e Interação (5ª a 8ª
série) 2 ed. São Paulo
Prates, Marilda – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa,
Reflexão e Ação (5ª a 8ª séries) – 1ª edição – São Paulo, Moderna – 1998.
Faraco e Moura – Linguagem Nova (5ª a 8ª série) – 10 Ed. São Paulo –
Ática 2001.
Siqueira, Antonio de B. – Língua portuguesa. E.M. – S. Paulo – BEP
Maia, João Domingues – Português: Série Novo, EM. Vol único . S.
Paulo: Ed. Ática – 2000 – 2004.
Jordão, Rose . Exercício de Gramática reflexiva- Vol. 1 – S. Paulo .
Moderna, 2002
192
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A História, como disciplina integrante da área de ciências
humanas devera fornecer condições de alterações e adaptação do individuo na
sociedade em que esta inserido.
Assim o estudo de história contribui para a formação do cidadão
na sua integridade, ajudando-o a construir a sua identidade e através dos
conhecimentos adquiridos, este, ser capaz de solucionar problemas e
proporcionar mudanças imprescindíveis para um mundo melhor e mais justo “O
nosso mundo”.
Estudando história o aluno devera aprender à: compreender, analisar,
criticar e interpretar os mais diversos fatos históricos e interpretar os mais
diversos fatos históricos, reconhecendo o papel da diferentes linguagens, dos
diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos. Bem como,
reconhecer a sua identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do
reconhecimento do papel do individuo nos processos históricos como sujeito e
produto dos mesmos.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
• RELAÇÕES DE TRABALHO;
• RELAÇÕES DE PODER;
• RELAÇÕES CULTURAIS;
CONTEÚDOS BASICOS
Tema 1
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
Tema 2
Urbanização e industrialização
193
Tema 3
O Estado e as relações de poder
Tema 4
Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
Tema 5
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
Tema 6
Cultura e religiosidade
METODOLOGIA
O papel da história é difundir e consolidar identidades no tempo,
sejam étnicas culturais, religiosas, de classes e grupos de Estado e Nação. Bem
como inserir e valorizar o homem como sujeito critico e ativo da realidade social e
do processo histórico em que este se encontra.
Com o propósito de fortalecer o papel da história na formação
social e intelectual dos indivíduos é fundamental que as relações professor aluno
sejam criadas de modo consciente e reflexivo, desenvolvendo a compreensão e a
construção de uma relação critica do aluno em relação ao seu presente e a sua
realidade, pressupondo e apontando as necessidades para o desenvolvimento
dessa realidade e sua superação.
A consciência de que o conhecimento histórico é sempre fruto de
seu tempo, sugere, o estudo e a elaboração de trabalhos didáticos como versões
históricas não acabadas que podem ser elaborados a partir de textos
historiográficos, artigos de jornais e revistas, livros didáticos, etc.
Por meio de trabalhos interdisciplinares e novos conteúdos as
perspectivas históricas podem ser trabalhadas com apropriação, atuação,
transformação e representação da natureza pelas culturas da relação entre
194
trabalho e tecnologia e das políticas publicas de saúde e com praticas sociais
além da especificidade cultural de povos e das inter-relações, diversidade e
pluralidade de valores, praticas sociais, memórias e histórias de grupos étnicos de
sexo e idade.
Desta forma, serão desenvolvidas aulas expositivas, orais,
trabalhos com interpretações de textos (jornais, revistas, livros e outros),
seminários, trabalhos de pesquisa, utilização de áudio visual (vídeo, retro-projetor
e outros) trabalhos individuais e em grupos, resoluções de exercícios de fixação e
demais atividades a serem elaboradas no decorrer do ano letivo, que se façam
necessárias para um melhor aproveitamento dos conteúdos em sala de aula e por
parte dos discentes na sua elaboração e construção.
AVALIAÇÃO
A avaliação se propõe a reflexões sobre os textos históricos, objetivando o
aprendizado de uma linguagem histórica, que permita a escrita, leitura e
interpretação de textos históricos buscando integrar o processo de ensino e de
aprendizagem.
Desta forma o aprendizado e a avaliação serão fenômeno compartilhado,
processual e diversificado; por meio de interpretação, analise, produção,
participação e verificação do conhecimento aprendido por meio de provas.
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2009
SHMIDT, Mario . Editora Nova Geração – SP – 2005;
BAULOS JUNIOR, Alfredo. História Geral: Moderna e contemporânea, vl. 2 ed.
Renovada, SP, 1997
BURKE, Peter. Cultura popular na idade moderna. São Paulo: companhia das
letras,1989.
(Org) A escrita da historia: novas perspectivas. SP. UNESP, 1992
195
CHARTIER, Roger. A história: Hoje: duvidas, desafios propostas. In: Estudos
Históricos. Rio de Janeiro, vol. 7, 1994
COTRIM, Gilberto. História consciência do mundo 2: da Idade Moderna ao
mundo atual. 13ª ed. SP. Saraiva. 1998.
MARX, KAU & ENGELS, Friedrich. O manifesto comunista 6ª ed. SP: Paz e
Terra , 1998.
LIVRO DIDÁTICO PUBLICO – SEED – PARANÁ, Vários autores, 2006.
196
BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de
estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os
conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao
mesmo tempo, compreendê-lo.
A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou
o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como
parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a
sobrevivência humana.
Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos
diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram
registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em
explorar a natureza.
No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino
Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos
modelos teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –, que
evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos
naturais.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino,
buscou-se, na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências
religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.
Pensamento biológico descritivo
A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na
antiguidade. Ideias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da
Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o filósofo Aristóteles (384
a.C. – 322 a.C.). Este filósofo deixou contribuições relevantes quanto à
197
organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas que buscavam, dentre
outras, explicações para a compreensão da natureza.
Na idade média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto no aspecto
religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o
universo,
Desde os estudiosos de química e física do iluminismo, herdeiros dos filósofos
que tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos naturalistas que
se ocupavam da descrição das maravilhas naturais do novo mundo, passando
pelos pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no desenvolvimento de
campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências,
ciências físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais (FERNANDES,
2005, p. 04).
vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela igreja católica que o transformou
em dogma.
Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza e
considerava que “para tudo que não podia ser explicado, visto ou reproduzido,
havia uma razão divina; Deus era o responsável” (RAW, SANT’ANNA, 2002.p 13).
A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento produzido
pelo ser humano fez surgir as primeiras universidades medievais, nos séculos IX
e X, como as de Bolonha e Paris. Nas universidades, sistematizou-se o
conhecimento acumulado durante séculos e passou-se a discuti-lo de maneira
distinta do que ocorria nos centros religiosos. Nessas universidades, mesmo sob
a influência da Igreja, as divergências relativas aos estudos dos fenômenos
naturais prenunciaram mudanças de pensamento em relação às concepções, até
então hegemônicas, sobre aqueles fenômenos.
Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-teológica
medieval, os conceitos sobre o ser humano passaram para o primeiro plano,
iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais. Esse
movimento da ciência compreendeu, assim, o processo de superação de ideias
antigas e emergência de novos modelos.
A história da ciência, na renascença, também foi marcada pelo confronto de
ideias. Ao mesmo tempo em que alguns naturalistas utilizaram o pensamento
198
matemático como instrumento para interpretar a ordem mecânica da natureza
(ROSSI, 2001), outros, como os botânicos, realizavam seus estudos sob o
enfoque descritivo. O número elevado de espécimes vegetais e a “[...]
uniformidade estrutural das plantas frutíferas (angiospermas)” (MAYR, 1998, p.
199) despertaram maior interesse pela observação empírica e direta das plantas
representando a preocupação dos naturalistas em descrever e ilustrar a natureza
criada por Deus.
Na zoologia, a descrição dos animais também se desenvolveu, porém, de modo
diferente da botânica. Os animais eram analisados de forma comparativa, com
atenção maior à sua organização na scala naturae e com base no que hoje se
denomina de comportamento e ecologia.
Os estudos de zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos avanços
tecnológicos, posteriores a 1800, com o desenvolvimento das técnicas de
conservação dos animais que permitiram estudos anatômicos comparativos,
dando novo impulso à sistemática animal e aperfeiçoando as observações e
descrições feitas por Aristóteles (RONAN, 1987a; MAYR, 1998).
Nesse período surgiram novos conhecimentos biológicos, como por exemplo, a
classificação dos seres vivos numa escala hierárquica envolvendo diferentes
categorias e denominações: gênero, família, espécie, ordem. Entretanto, muitos
naturalistas se mantiveram sob a influência do paradigma aristotélico.
Diante de discussões sobre a classificação dos seres vivos por diversos
naturalistas, Carl von Linné (1707-1778), considerado o principal organizador do
sistema moderno de classificação científica dos organismos, propôs, em sua obra
Systema Naturae (1735), a organização dos seres vivos a partir de características
estruturais, anatômicas e comportamentais, “mantendo a visão de mundo estático
idêntico em sua essência à criação perfeita do Criador” (FUTUYMA, 1993, p. 02),
isto é, classificou os seres vivos, e manteve o princípio da criação divina.
Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia pela
comparação das espécies coletadas em diferentes locais. Tal tendência refletiu a
atitude contemplativa e interessada em retratar a beleza natural, com a
exploração empírica da natureza pautada pelo método da observação e
descrição, o que caracterizaria o pensamento biológico descritivo.
199
Sob a concepção descritiva, a vida era conceituada como “expressão da natureza
idealizada pelo sujeito racional” (RUSS, 1994, p. 360-363).
Pensamento biológico mecanicista
Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a natureza de
forma descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um método
científico a ser adotado para compreender a natureza. Em meio às contradições
desse período histórico, o pensamento do filósofo Francis Bacon (1561-1626)
contribuiu para uma nova visão de ciência, pois recuperou o domínio do ser
humano sobre a natureza.
Ao introduzir suas ideias sobre aplicação prática do conhecimento, Bacon, propôs
um procedimento de investigação que “substitui a revelação mística da verdade
pelo caminho no qual ela é obtida pelo controle metódico e sistemático da
observação” (FEIJÓ, 2003, p. 18). Seu pensamento se contrapôs à filosofia
aristotélica, a qual influenciou, por séculos, o modo de entender e explicar o
mundo.
Neste mesmo período, o filósofo francês René Descartes (1596-1650) contrapõe-
se ao pensamento baconiano considerando que “[...] o domínio e a compreensão
do mundo requerem a aceitação de um poder especial na mente que assegurava
a verdade: a razão humana [...]” (FEIJÓ, 2003, p. 20). O uso da razão é a
faculdade máxima do conhecimento e para isto, o uso do método permite “a
ampliação ou o aumento dos conhecimentos e procedimentos seguros que
permitem passar do já conhecido ao desconhecido” (CHAUÍ, 2005, p. 128).
Em meio a mudanças no mundo filosófico, o médico Willian Harvey (1578-1657),
que, segundo Descartes, possuía “[...] uma visão de mundo baseada em uma
filosofia mecanicista” publica a obra De Modus Cordis, em 1628, propondo um
novo modelo referente à circulação do sangue, resultante de experiências com
o corpo humano. Este modelo, não o método, foi acolhido por Descartes1 (1596-
1650) como uma das bases mais consistentes do que viria a se constituir como
pensamento biológico mecanicista (DELIZOICOV, 2006, p. 282).
200
Os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o questionamento sobre a
origem da VIDA. As ideias sobre a geração espontânea, aceitas pelos naturalistas
até o século XIX, começaram a ser contrariadas no século XVII, quando o físico
italiano Francesco Redi (1626-1698), entre outros, apresentou estudos sobre a
biogênese.
Nas discussões sobre a natureza do desenvolvimento dos seres vivos, os
defensores do pré-formismo defendiam a existência de estruturas pré-formadas
no interior de um ovo, e atribuíam as principais qualidades formadoras ao pai,
“enquanto seus opositores, que sustentavam a tese da epigênese” defendiam a
“diferenciação gradual de um ovo inteiramente amorfo para os órgãos do adulto”
(MAYR, 1998, p. 129).
Naquele momento, não foi possível estabelecer conclusões sobre a origem da
vida, pois os conhecimentos desenvolvidos até então impediam esclarecimentos e
definições precisas sobre a natureza evolutiva.
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento de
instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. Para
entender o funcionamento da VIDA, a Biologia fracionou os organismos vivos em
partes cada vez mais especializadas e menores, com o propósito de compreender
as relações de causa e efeito no funcionamento de cada uma delas.
Entretanto, as modificações nas estruturas sociais, políticas e econômicas,
concretizadas no Estado moderno europeu, favoreceram mudanças filosóficas e
científicas.
Pensamento biológico evolutivo
Evidências sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento científico
europeu, à luz dos novos achados, proposições para a teoria da evolução em
confronto com as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admitia a
evolução biológica, cada vez mais foi confrontada.
Conceitos consagrados, tais como a posição central da Terra no Universo foram
desafiados. Newton, Descartes e outros desenvolveram teorias estritamente
mecanicistas dos fenômenos físicos. Ao final do século XVIII, o conceito de um
201
mundo mutável foi aplicado à astronomia por Kant e Laplace, que desenvolveram
noções sobre evolução estelar; à geologia, quando vieram à luz evidências de
mudanças na crosta terrestre e da extinção das espécies; aos assuntos humanos,
quando o Iluminismo introduziu ideais de progresso e aperfeiçoamento humanos
(FUTUYMA, 1993, p. 03).
1 René Descartes é considerado fundador do pensamento científico moderno,
estudioso nas áreas de matemática, ciências e filosofia.
No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA foi
questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos
sobre a mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentados
principalmente por Erasmus Darwin (1731-1802), médico, poeta e naturalista e
por Jean-Baptiste de Monet, conhecido por Lamarck (1744-1829).
“Erasmus Darwin acreditava na herança de características adquiridas e, com essa
crença, produziu o que decerto era uma emergente teoria da evolução, embora,
de fato, ainda deixasse muitas questões sem resposta” (RONAN, 1987b, p. 09).
Lamarck considerava a classificação importante, porém artificial, por acreditar na
existência de uma “sequência natural” para origem de todas as criaturas vivas e
que elas mudavam guiadas pelo ambiente (RONAN, 1987b, p. 09).
Ao apresentar uma exposição ampliada de sua teoria, em Philosophie Zoologique
(1809), Lamarck, adepto da teoria da geração espontânea, estabeleceu o
conceito de sistema evolutivo em constante mudança; isto é, para ele, formas de
vida inferiores surgem continuamente a partir da matéria inanimada e progridem
inevitavelmente em direção a uma maior complexidade, progressão esta,
controlada pelo ambiente.
No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882)
apresentou suas ideias sobre a evolução das espécies. Inicialmente, manteve-se
fiel à doutrina da igreja anglicana. Entretanto, os espécimes coletados na viagem
pelas Ilhas Galápagos começaram a lhe fornecer evidências de um mundo
mutável. Com Darwin, a concepção teológica criacionista, que compreendia as
espécies como imutáveis desde sua criação, deu lugar à reorganização temporal
dessas espécies, inclusive a humana. “Quando lemos A origem das espécies não
202
surge dúvida nenhuma de que Darwin incluía o Homem entre os produtos da
seleção natural” (REALE & ANTISERI, 2005, p. 344).
Ao se afirmar que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram origem
evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção natural
sobre a ação individual, criou-se a base para a teoria da evolução das espécies,
assentada no ponto de intersecção entre o pensamento científico e filosófico. A
ideia de propor generalizações teóricas sobre os seres vivos e sugerir evidências
científicas, não mais teológicas, permitiu pensar também na mobilidade social do
ser humano.
Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção
natural ou favorecidas na luta pela vida, Darwin valeu-se de evidências evolutivas,
as quais foram consideradas provas e suporte de suas concepções: “o registro
dos fósseis, a distribuição geográfica das espécies, anatomia e embriologia
comparadas e a modificação de organismos domesticados” (FUTUYMA, 1993, p.
06).
Darwin analisou as evidências evolutivas aplicando o que hoje é conhecido como
método hipotético-dedutivo. Um exemplo clássico desse método é a análise da
estrutura anatômica e fisiológica de membros anteriores de animais vertebrados,
propondo a hipótese de que eles se originam e se desenvolvem de maneira muito
semelhante, indicando uma ancestralidade comum entre eles.
Essa hipótese foi posteriormente testada para determinar se as deduções dela
obtidas coadunam com a observação, ou seja, se o que foi levantado como
hipótese evolutiva de um determinado ser vivo adequa-se às evidências
experimentais. Para tanto, foram analisados os processos de desenvolvimento
embrionário de diversos tipos de vertebrados, levantando evidências para
corroborar a hipótese de que eles descendem de um mesmo ancestral.
Ainda assim, os mecanismos evolutivos foram alvo de discussões. Hull (1973)
apud Futuyma (1993) afirmou que, durante a vida de Darwin, a hipótese da
seleção natural foi compreendida por poucos e aceita por uma minoria. Para se
contrapor à teoria fixista, faltavam-lhe dados sobre a natureza dos mecanismos
hereditários.
203
As leis que regulam a hereditariedade, tal como foi proposto por Gregor Mendel
(1822-1884), monge agostiniano e estudioso das ciências naturais, eram
desconhecidas de Darwin. Na época, o modelo usado para explicar a
hereditariedade defendia a herança por misturas, nas quais patrimônios
heterogêneos dariam origem à homogeneidade entre indivíduos de uma mesma
espécie, o que reforçaria o fixismo.
Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de
características entre os seres vivos. Ainda não se conheciam os mecanismos de
divisão celular e de transmissão de caracteres hereditários. No entanto Mendel,
baseado em conhecimentos desenvolvidos por outros pesquisadores, acrescidos
de sua formação matemática e com cuidados especiais no planejamento e na
execução das experiências, realizou diversos cruzamentos utilizando diferentes
organismos. Destaque para suas pesquisas com vegetais da espécie Pisum
sativum (ervilhas), nas quais observou que as características eram transmitidas.
No século XIX, a Biologia fez grandes progressos com a proposição da teoria
celular, a partir de descrições feitas por naturalistas como os alemães Matthias
Schleiden (1804-1881), em 1838, e Theodor Schwann (1810-1882), em 1839, ao
afirmarem que todas as coisas vivas – animais e vegetais – eram compostas por
células. O aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida contribuiu para a
refutação do vitalismo e da ideia de geração espontânea.
No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel
e provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribuiu para a
construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao
material genético, sob influência do pensamento biológico evolutivo.
O pensamento biológico da manipulação genética
Os estudos do geneticista Thomas Hunt Morgan (1866-1945) contribuíram para
que a genética se desenvolvesse como ciência e, aliada aos movimentos políticos
etecnológicos decorrentes das grandes guerras, promoveu uma ressignificação
do darwinismo e deu força ao processo de unificação das ciências biológicas.
Nesse contexto histórico e social, a Biologia começou a ser vista como utilitária
204
pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras
áreas.
Em meados da década de 1970, as discussões acerca do progresso da ciência,
do trabalho científico nas instituições de pesquisa e do pensamento científico de
cada época, expuseram a fragilidade da concepção de ciência ainda limitada a
uma epistemologia empírica. Assim, a crise da ciência ficou exposta, como
também, a necessidade de rever o método de construção do conhecimento
científico.
O pensamento científico passou, então, a utilizar diferentes formas de abordar a
realidade objetiva, a considerar que essas formas coexistem e que essa
coexistência indica a necessidade de rever o método científico como instrumento
que confere às ciências físicas e naturais o status de cientificidade.
Nesse contexto, a complexidade dos problemas estudados pela Biologia exigiu
modificações do método. Mayr (1998) afirma que a necessidade de entendimento
de sistemas biológicos tão complexos como os fisiológicos, implicou a
necessidade de separar seus componentes, o que por um lado, favoreceu a
análise de tais sistemas e, por outro, exigiu a combinação de diferentes
abordagens para a compreensão da natureza como um todo.
A Biologia, então, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma delas é a
biologia molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos interesses
biológicos na atualidade. Tais avanços, sobretudo os relativos à bioquímica, à
biofísica e à própria biologia molecular, permitiram o desenvolvimento de
inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico evolutivo. Por
exemplo, ao conhecer a estrutura e a função dos cromossomos foi possível
desenvolver técnicas que permitiram intervir na estrutura do material genético e,
assim, compreender, manipular e modificar a estrutura físico-química dos seres
vivos e as consequentes alterações biológicas.
Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e põem em
discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno VIDA.
Essas controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se
constitua como base para o desenvolvimento do pensamento biológico da
manipulação genética.
205
A disciplina de Biologia no currículo escolar brasileiro:
O breve histórico apresentado nestas Diretrizes pretendeu mostrar como se deu a
construção do pensamento biológico, cujos recortes mais importantes
fundamentam a escolha dos conteúdos estruturantes da disciplina de Biologia.
Para a ciência, em especial para a Biologia, esta construção ocorre em
movimentos não-lineares, com momentos de crises, de mudanças de paradigmas
e de busca constante por explicações sobre o fenômeno VIDA.
Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da história da
humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos
contextos em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.
No Brasil, a primeira tentativa de organização do ensino correspondente ao atual
ensino médio foi a criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1838.
Nessa organização havia poucas atividades dedicadas às ciências como a
história natural, química, física e a matemática, com predomínio da formação
humanista.
Entendida como busca da verdade, com base no pensamento mecanicista, a
ciência, no ensino, tinha reforçada a sua tradição descritiva, cuja metodologia
estava centrada em aulas expositivas, com adoção de livros didáticos importados
da França que traziam informações atualizadas relativas à área. Era adotado o
método experimental como instrumento de reforço à teoria científica.
Na década de 1930, com a criação dos cursos superiores de ciências naturais, os
currículos escolares ampliaram a abordagem dos conhecimentos biológicos,
considerando também os fatores sociais e econômicos. Em termos
metodológicos, entretanto, manteve-se a ênfase no conteúdo, num ensino por
natureza descritivo, livresco, teórico e memorístico.
Na década de 1950, a tendência da abordagem pedagógica em ciências era tratar
os conteúdos considerando os vários grupos de organismos separadamente, e as
suas relações filogenéticas (KRASILCHIK, 2004, p. 14). As aulas práticas tinham
como meta tão somente ilustrar as aulas teóricas. Destaca-se, nesse período, a
206
incorporação curricular de conteúdos decorrentes da produção científica após a
Segunda Guerra Mundial.
Com as primeiras instituições brasileiras de produção de materiais didáticos para
o ensino de ciências2, foi criado, em 1946 o Instituto Brasileiro de Educação,
Ciência e Cultura (IBECC) cujo objetivo era “promover a melhoria da formação
científica dos alunos que ingressariam no ensino superior e, assim, contribuir de
forma significativa ao desenvolvimento nacional” (BARRA & LORENZ, 1986, p.
1971), pretendendo, deste modo, promover a melhoria da qualidade do ensino.
No final dos anos de 1950, com a União Soviética em vantagem na corrida
espacial, decorrente do lançamento do primeiro satélite artificial, o ensino de
ciências foi questionado tanto nos Estados Unidos quanto na Inglaterra, o que
gerou importantes investimentos na formação docente e na produção de material
didático naqueles países.
Diante disto, na década de 1960, os Estados Unidos produziram o material
curricular Biological Sciences Curriculum Study (BSCS) para a disciplina de
Biologia.
2 O uso do termo ensino de ciências, neste texto, refere-se às disciplinas de
Biologia, Química e Física quando mencionadas em conjunto.
Foram escritos três diferentes cadernos, o azul, o verde e o amarelo, que
abrangiam os conteúdos bioquímicos, ecológicos e celulares.
Esses materiais reforçaram a importância de trazer para a escola conhecimentos
atualizados da Biologia, com atenção especial à evolução. Por conta da influência
do pensamento neodarwinista, uma das críticas a esses materiais foi a ênfase no
ensino do método científico e na pedagogia da resolução de problemas através
da investigação científica. Por esse enfoque pedagógico, seria iniciada na escola
a formação de futuros cientistas.
O manual do professor, nesse material, destacava que os conhecimentos
científicos atualizados poderiam
Na realidade escolar brasileira, os procedimentos próprios do ensino de ciências
ficaram reduzidos à transmissão de um único método científico, consistente no
conjunto de passos definidos e aplicados de modo a ensinar o aluno a agir como
cientista, sob uma visão positivista de ciência. Essa escola ainda estava voltada
207
para atender os filhos da elite cultural brasileira, o que deu início ao deslocamento
do foco da formação humanista para a científica.
Ainda na década de 1960, conforme Krasilchik (2004), três fatores provocaram
alterações no ensino de ciências no Brasil:
• o progresso da Biologia;
• a constatação internacional e nacional da importância do ensino de ciências
como fator de desenvolvimento;
• a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024, de 2 de dezembro
de 1961, que transferiu as decisões curriculares da administração federal para um
sistema de cooperação entre a União, os Estados e os Municípios.
A tradicional divisão dos conteúdos em botânica e zoologia passou, então, do
estudo sistemático das diferenças dos seres vivos para a análise dos fenômenos
comuns entre eles, incluindo assuntos sobre constituição molecular, ecologia,
genética e evolução. Decorrentes das pesquisas nestas áreas destacaram-se,
nesse período, a importância do método científico e a preocupação com a
formação do cidadão.
Ainda na década de 1960, surgiram os Centros de Ciências, com a finalidade de
melhorar o ensino, treinar professores, produzir e distribuir textos didáticos e
materiais de laboratório para as escolas de seus respectivos estados.
contribuir para dar ao aluno uma visão mais realista e inteligível da ciência. [... e
ajudaria] a modificar as ideias extraordinariamente irreais, fantásticas e
antagônicas que, segundo vários estudos demonstram, muitas pessoas fazem da
ciência e dos cientistas (PRETTO, 1985, p. 27).
Na década de 1970, sob o impacto da revolução técnico-científica, as questões
ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova concepção
sobre o ensino de ciências e passou-se a discutir as implicações sociais do
desenvolvimento tecnológico e científico.
O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a promulgação
da Lei n. 5.692/71 que reformulou o ensino (básico) estruturando o primeiro e
segundo graus. Essa lei trazia, dentre outras alterações, o estabelecimento de um
ensino tecnicista e a formação técnica compulsória para o segundo grau, visando
atender o regime vigente, voltado para a ideologia do nacionalismo
208
desenvolvimentista (DEMARCHI D’AGOSTINI, 2000). “A escola secundária deve
servir agora não mais à formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas
principalmente ao trabalhador, peça essencial para responder às demandas do
desenvolvimento” (KRASILCHIK, 1987, p. 18).
Em meio à crise da década de 1980, foram feitas várias críticas às concepções
que prevaleciam nos projetos para o ensino de ciências da década anterior. O
ponto central dessas críticas estava relacionado à ideia de ciência positivista e à
metodologia científica usada pelo aluno.
Tais projetos eram permeados por uma concepção empírico-indutivista para o
ensino de Biologia. Os conteúdos dessa disciplina eram aprendidos com base na
observação, a partir da qual poderiam ser explicados por raciocínios lógicos
comprovados pela experimentação, essa deveria garantir a revelação de novos
fatos de forma que o ciclo se fechava. Voltava-se, então, à observação, depois ao
raciocínio e depois à experimentação.
Nos anos de 1980, a redemocratização do Brasil colocou em pauta pesquisas
sobre a aprendizagem dos conceitos científicos, envolvendo a psicogênese
desses conceitos e suas implicações na aprendizagem das ciências. Os
movimentos pedagógicos decorrentes desse campo de pesquisa reconheceriam
como fonte de inspiração, para modelos de aprendizagem, a análise do processo
de produção do conhecimento na ciência.
Algumas dessas pesquisas consideravam os modelos de concepções alternativas
ou espontâneas para analisar as “respostas erradas” dos alunos, ou seja,
analisavam o conhecimento prévio do aluno sobre conceitos científicos. O ensino
de ciências neste contexto passa a ser compreendido como um processo de
transformação
No final da década de sessenta e início da década de setenta, fez-se uma crítica
rígida ao saber transmitido no sistema escolar brasileiro. Tratava-se com
desprezo o chamado saber tradicional, visto como livresco, humanista, metafísico,
apropriado a uma república de bacharéis diletantes e improdutivos. Propunha-se
um saber moderno, técnico-científico, útil, prático, capaz de formar profissionais e
trabalhadores eficientes para uma sociedade produtiva (ARROYO, 1988, p. 05).
209
de concepções prévias dos alunos, em superação ao modelo de transmissão de
conceitos (LOPES, 1999).
Na década de 1990, as discussões sobre os processos de ensino-aprendizagem
em ciências foram “prioritariamente desenvolvidas a partir dos modelos de
mudança conceitual. [...] visando à construção de metodologias que (permitiam) a
apropriação de conceitos científicos por parte dos alunos, a partir de diferentes
enfoques construtivistas” (LOPES, 1999, p. 201). No campo da mudança
conceitual, as concepções prévias dos alunos, de início consideradas erradas,
passaram a ser consideradas como concepções alternativas. Os estudos sobre
elas analisavam o processo pelo qual, os alunos demonstravam dominar a
concepção científica de um determinado conteúdo, mudando suas concepções
em favor de uma explicação científica.
Embora a mudança no contexto histórico e político dos anos de 1980 tenha
favorecido a crítica ao contexto educacional, poucas alterações ocorreriam na
sala de aula. As pesquisas sobre concepções alternativas e mudança conceitual
ficaram limitadas ao contexto acadêmico. Moreira (1994) apud Schlichting (1997)
afirma que “muito pouco do que se produz a partir da investigação sobre o ensino
tem sido aproveitado no dia-a-dia da sala de aula”.
Ao final da década de 1980 e início da seguinte, no Estado do Paraná, a
Secretaria de Estado da Educação propôs o Programa de Reestruturação do
Ensino de Segundo Grau sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica,
na qual o conteúdo é visto como produção histórica e social, a educação escolar
tem a obrigação de oferecer e o aluno tem o direito de conhecer. A abordagem
desses conteúdos deve se dar na interação com a realidade concreta do aluno.
Esse novo programa analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.
Para o ensino da disciplina, a proposta estabelecia seis temas que envolviam as
respectivas ciências de referência da Biologia e noções de desenvolvimento
científico e tecnológico:
1. Relações dos seres vivos e seu meio ambiente;
2. Organização dos seres vivos;
Nesta perspectiva, o ensino de 2.º Grau deve propiciar aos alunos o domínio dos
fundamentos das técnicas diversificadas, utilizados no processo de produção e
210
não o mero adestramento de técnicas produtivas. Esta concepção está a exigir
medidas a curto, médio e longo prazo, voltadas ao suprimento e apoio à Rede
Estadual de Ensino, visando propiciar meios para que ela cumpra suas funções e
atinja plenamente seus objetivos, incluindo medidas de avaliação da atual política
educacional, como também, das estratégias ut3. Classificação dos seres vivos;
4. Hereditariedade e ambiente;
5. Desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia;
6. Saúde humana.
O documento tinha por finalidade buscar uma alternativa metodológica para o
ensino e também, dar oportunidade aos professores e alunos de uma visão tão
ampla quanto possível da Biologia.
Apesar da tentativa de superar o ensino tradicional e tecnicista com a pedagogia
histórico-crítica, o documento de reestruturação do segundo grau ainda
apresentava os conteúdos de Biologia divididos por blocos tradicionais, reunidos
em temas geradores, reproduzindo o padrão dos livros didáticos disponíveis no
mercado. A pretensão de abordar a totalidade do conhecimento biológico
caracterizava conteudismo.
Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio (DCNEM – Resolução CNE/CEB n. 03/98), para normatizar a LDB n.
9.394/96. O ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando
a Biologia disposta na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas
Tecnologias.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) enfatizaram o desenvolvimento de
competências e habilidades em prejuízo de uma abordagem mais aprofundada
dos conteúdos, direcionando o ensino para temas e desenvolvimento de projetos
considerados necessários para a vida do aluno.
Os conhecimentos da Biologia expressos nos PCN apontaram como objeto de
estudo da disciplina o fenômeno VIDA, em sua diversidade de manifestações. Os
conceitos básicos da Biologia, porém, foram apresentados de forma reducionista,
com ênfase nos resultados da ciência e omissão do seu processo de produção,
sem abordagem histórica (NARDI, 2002; BIZZO, 2004).
211
De modo geral, os PCN promoveram um esvaziamento dos conteúdos formais
nas disciplinas, o que também ocorreu no ensino de Biologia, com a presença de
temas geradores e criação de subsistemas, em que valores, conhecimentos e
capacidades, e até mesmo a ciência, estariam continuamente em transformação,
mas orientados por uma “sociedade aberta” 3 (POPPER, 1987) e controlados pela
competência individual.
Estas Diretrizes Curriculares, portanto, fundamentam-se na concepção histórica
da ciência articulada aos princípios da filosofia da ciência. Ao partir da dimensão
histórica da disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais da
construção do pensamento biológico. Estes marcos foram adotados como
critérios para escolha dos conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos
metodológicos.
3 O conceito “sociedade aberta”, inscrito nesse parágrafo, parte do entendimento
proposto por Popper na sua obra A sociedade aberta e seus inimigos. Popper
descreve relações sociais em que prevalece o desenvolvimento de competências
individuais, em detrimento dos interesses coletivos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Estas Diretrizes Curriculares orientam uma nova relação professor-aluno-
conhecimento. Por isso fez-se necessário identificar na história e filosofia da
ciência os modelos/paradigmas teóricos elaborados pelo ser humano para
entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. Buscou-se
compreender também, como esses paradigmas contribuem para a constituição da
Biologia como ciência e como disciplina escolar. A partir dessa reflexão foi
construído o conceito de conteúdo estruturante, que baliza estas Diretrizes
Curriculares.
Conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande amplitude,
que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar,
considerados fundamentais para as abordagens pedagógicas dos conteúdos
específicos e consequente compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
Como constructos históricos atrelados a uma concepção crítica de educação, os
conteúdos estruturantes não são sempre os mesmos. Em sua abordagem teórico-
212
metodológica, eles devem considerar as relações que estabelecem entre si e
entre os conteúdos tratados no dia-a-dia da sala de aula, nas diferentes
realidades regionais onde se localizam as escolas da rede estadual de ensino.
Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo disciplinar
sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo pensamento
historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de cada época
e à maneira de conhecer a natureza (método).
Desde a antiguidade até a contemporaneidade, esse fenômeno foi entendido de
diversas maneiras, conceituado tanto pela filosofia natural quanto pelas ciências
naturais, de modo que se tornou referencial na construção do conhecimento
biológico e na construção de modelos interpretativos do fenômeno VIDA.
Nestas Diretrizes Curriculares, são apresentados quatro modelos interpretativos
do fenômeno VIDA, como base estrutural para o currículo de Biologia no ensino
médio. Cada um deles deu origem a um conteúdo estruturante que permite
conceituar VIDA em distintos momentos da história e, desta forma, auxiliar para
que as grandes problemáticas da contemporaneidade sejam entendidas como
construção humana.
Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:
• Organização dos Seres Vivos;
• Mecanismos Biológicos;
• Biodiversidade;
• Manipulação Genética.
Para o ensino da disciplina de Biologia, constituída como conhecimento, os
conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência biológica
tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em
suas implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais.
Os conteúdos estruturantes de Biologia estão relacionados à sua historicidade
para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e
o caráter transitório do conhecimento elaborado.
Nestas Diretrizes Curriculares, a disciplina de Biologia deve ser capaz de
relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de
conhecimento; deve priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente
213
produzidos, e propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos
em decorrência de questões emergentes.
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem
hierarquizados. Por exemplo: no conteúdo estruturante Organização dos Seres
Vivos, existe a possibilidade de desdobramento no conteúdo específico: bactérias.
Tal conteúdo específico não deve ficar limitado à compreensão dada por esse
conteúdo estruturante. A exemplo disso, o trabalho pedagógico deve propor um
estudo da classificação das bactérias (Organização dos Seres Vivos), para então,
a partir deste, analisar as funções celulares (Mecanismos Biológicos), os
processos evolutivos (Biodiversidade) desses seres vivos, e a síntese de insulina
por organismos geneticamente modificados (Manipulação Genética).
Espera-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada, com ênfase
nos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a
conceitos oriundos das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações
deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médio, num aprofundamento
conceitual e reflexivo, com vistas a dotar o aluno das significações dos conteúdos
em sua formação neste nível de ensino.
1 ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS:
Este conteúdo estruturante possibilita conhecer os modelos teóricos
historicamente construídos que propõem a organização dos seres vivos,
relacionando-os à existência de características comuns entre estes e sua origem
única (ancestralidade comum).
O trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante deve abordar a classificação
dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compreender a diversidade
biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes.
Isso se justifica porque, durante décadas, o estudo da vida e a necessidade de
compreender e distinguir o vivo do não vivo enfatizou o estudo dos seres vivos
quase exclusivamente em seu aspecto classificatório.
Historicamente, essa necessidade pode ser traduzida pelo trabalho de Carl Von
Linné (1707-1778). Conhecedor da botânica, Linné organizou os seres vivos sem
214
situá-los nos ambientes reais, sem determinar onde viviam e com quem
efetivamente estabeleciam relações. Os estudos por ele desenvolvidos e o
modelo de classificação proposto constituem um paradigma teórico e representam
o pensamento descritivo do conhecimento biológico.
Apesar do aspecto histórico da ciência ter sido o critério para identificar este
conteúdo estruturante, ele não se restringe somente aos aspectos classificatórios
de Linné, mas inclui os estudos microscópicos de Anton van Leeuwenhoek (1623-
1723) e de Robert Hooke (1635-1703). Além desses aspectos, também considera
a representatividade de conceitos científicos do momento histórico atual, tais
como os avanços da Biologia no campo celular, no funcionamento dos órgãos e
dos sistemas, nas abordagens genética, evolutiva, ecológica e da biologia
molecular. Essa abordagem possibilita a análise e proposição de outros modelos
de classificação dos seres vivos.
A classificação dos seres vivos começou a ser realizada na antiguidade grega,
com Aristóteles, e tem sofrido modificações através dos tempos de acordo com
novos critérios científicos e avanços tecnológicos. Na atualidade, as modificações
são decorrentes, principalmente, das contribuições no campo da biologia
molecular, com a possibilidade de análise do material genético.
Um dos sistemas mais adotados no ensino da Biologia distribui os seres vivos em
cinco reinos, baseados na proposta de Robert Whittaker (1920-1980). Nesse
sistema, o estudo dos organismos – vírus, bactérias, protozoários, fungos,
animais e vegetais – possibilita compreender a vida como manifestação de
sistemas organizados e integrados, em constante interação com o ambiente
físico-químico.
Contudo, pesquisas recentes com base na análise de sequências do ácido
ribonucleico ribossomal propõem uma distribuição diferente, organizada em três
grandes domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya. Tal proposta é também usada no
ensino de Biologia, porém em menor medida.
O propósito deste conteúdo é partir do pensamento biológico descritivo para
conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no
entanto, desconsiderar a influência dos demais conteúdos estruturantes,
215
introduzindo-se o estudo das características e fatores que determinaram o
aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da história.
2 MECANISMOS BIOLÓGICOS:
O conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos privilegia o estudo dos
mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos
funcionam.
Assim, o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante, deve abordar desde o
funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,
como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o estudo dos
componentes celulares e suas respectivas funções.
Com a construção e aperfeiçoamento do microscópio e a contribuição de outros
estudos da física e da química, foi possível estabelecer uma análise comparativa
entre organismos unicelulares e pluricelulares, numa perspectiva evolutiva, como
relata a história da ciência.
Fato importante, e que marca a interferência da visão fragmentária e
especializada sobre o conhecimento do ser vivo, foi o trabalho do médico Willian
Harvey (1578-1657), que descreveu detalhadamente o sistema circulatório. Seu
modelo explicativo viabiliza-se por conceber o coração como uma bomba
hidráulica que impulsiona o sangue por todo o corpo. Neste contexto, as
contribuições da física têm papel fundamental para explicar como ocorrem, de
forma mais sintética, essas funções vitais.
Ainda sobre o sistema circulatório, é possível destacar o papel do sistema
imunológico, que age na defesa contra agentes invasores. Para compreendê-lo,
foram necessários aprofundamentos nos estudos voltados para a atividade celular
quanto à estrutura e funções, as quais foram mais bem estudadas com o emprego
de técnicas de citoquímica e o auxílio fundamental do microscópio eletrônico.
Para compreender o funcionamento das estruturas que compõem os seres vivos,
fez-se necessário, ao longo da construção do pensamento biológico, pensar o
organismo de forma fragmentada, separada, permitindo análises especializadas
de cada função biológica, sob uma visão microscópica do mundo natural.
216
Ao fragmentar tais estruturas, o botânico Mathias Schleiden (1804-1881) e o
zoólogo Theodor Schwann (1810-1882), ambos alemães, criaram a Teoria
Celular em meados do século XIX, estabelecendo a célula como a unidade
morfofisiológica dos seres vivos, ou seja, a célula como a unidade básica da vida.
Pretende-se, neste conteúdo estruturante, partindo da visão mecanicista do
pensamento biológico, baseada na visão macroscópica, descritiva e fragmentada
da natureza, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando
o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização
destes seres - do celular ao sistêmico. Esta análise deve considerar a visão
evolutiva, a ser introduzida pelo conteúdo estruturante Biodiversidade, bem como
as influências dos demais conteúdos estruturantes.
3 BIODIVERSIDADE
Este conteúdo estruturante possibilita o estudo, a análise e a indução para a
busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito
biodiversidade.
Ao propor este conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como os
sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Da necessidade de compreender
e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classificação dos seres vivos, sua
anatomia e sua fisiologia, chega-se à necessidade de compreender como as
características e mecanismos biológicos estudados se originam. Tal necessidade
pode ser traduzida pelo seguinte problema: como explicar o aparecimento e/ou
extinção de seres vivos ao longo da história biológica da VIDA?
Essa necessidade de construir um modelo que possa explicar a organização
natural dos seres vivos, situando-os no ambiente real, relacionando sua origem
com suas características específicas e o local onde vivem, introduz o pensamento
biológico evolutivo.
Consideram-se, nestas Diretrizes, as ideias do naturalista francês Lamarck (1744-
1829), do naturalista britânico Charles Darwin e do naturalista inglês Alfred Russel
Wallace (1823-1913), como um importante marco teórico, pelo modo como elas
impulsionaram as explicações a respeito das diversas transformações ocorridas
217
com os seres vivos ao longo do tempo e deram suporte à teoria sintética da
evolução.
Wallace e Darwin propuseram uma teoria viável a partir do momento em que
apresentaram a seleção natural como mecanismo responsável pela dinâmica da
diversidade de espécies. Analisado como característica presente na
complexidade da natureza, esse mecanismo não propicia para as espécies um
caminho à perfeição, mas para o acúmulo de características hereditárias que,
através do tempo, em dado momento filogenético de cada espécie, foram
relativamente vantajosas.
Cada espécie apresenta assim, uma história evolutiva que descreve as possíveis
espécies das quais descendem e as características e relações com outras
espécies. Para organizar este processo evolutivo, o sistema natural de
classificação proposto por Linné e a compreensão do funcionamento dos
sistemas orgânicos, já não são suficientes para explicar a diversidade biológica.
Com os conhecimentos da genética, novos caminhos foram abertos, os quais
permitiram melhorar a compreensão acerca dos processos de modificação dos
seres vivos ao longo da história. De igual modo, as contribuições da ecologia
foram e continuam sendo fundamentais para entender a diversidade biológica.
Pesquisas indicam que as informações genéticas representaram um ponto
notável no desenvolvimento do saber e promoveram enorme avanço tecnológico
na ciência com a reabertura de debates sobre as implicações sociais, éticas e
legais que existem, e que possivelmente ainda surgirão, em consequência dessas
pesquisas. Desse modo, a proposição da teoria da evolução consiste num modelo
teórico que põe à prova as ideias sobre a imutabilidade da vida, constituindo
assim, o paradigma do pensamento biológico evolutivo.
Entende-se, então, que o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante, deve
abordar a biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos
biológicos, interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a
variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas
estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos
quais os seres vivos têm sofrido transformações.
218
Portanto, neste conteúdo estruturante, pretende-se discutir os processos pelos
quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética
e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos.
Destaca-se assim, a construção do pensamento biológico evolutivo, considerando
também o descritivo e o mecanicista, já apresentados.
4 MANIPULAÇÃO GENÉTICA:
Este conteúdo estruturante trata das implicações dos conhecimentos da biologia
molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com
possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos e permite
questionar o conceito biológico da VIDA como fato natural, independente da ação
do ser humano.
Da necessidade de ampliar o entendimento sobre a mutabilidade, chega-se à
necessidade de compreender e explicar como determinadas características
podem ser inseridas, modificadas ou excluídas do patrimônio genético de um ser
vivo e transmitidas aos seus descendentes por meio de mecanismos biológicos
que garantem sua perpetuação.
Ao propor este conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como
novos sistemas orgânicos se originam e como esse conhecimento interfere e
modifica o conceito biológico VIDA.
Essa necessidade de compreender como os mecanismos hereditários de
características específicas dos seres vivos são controlados constitui um modelo
teórico explicativo que permite apresentar e discutir o pensamento biológico da
manipulação do material genético (DNA). Desse modo, a manipulação do material
genético em micro-organismos, que traz importantes contribuições para a criação
de produtos farmacêuticos, hormônios, vacinas, alimentos, medicamentos, bem
como propõe soluções para problemas ambientais, constitui fato histórico
importante para este conteúdo estruturante, pois determina a mudança no modo
de explicar o que é VIDA do ponto de vista biológico.
219
Essas contribuições, por sua vez, têm suscitado reflexões acerca das implicações
éticas, morais, políticas e econômicas dessas manipulações.
A ciência e a tecnologia são conhecimentos produzidos pelos seres humanos e
interferem no contexto de vida da humanidade, razão pela qual todo cidadão tem
o direito de receber esclarecimentos sobre como as novas tecnologias vão afetar
a sua vida.
Assim, o trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante, deve abordar os
avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos
bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética,
permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica.
A abordagem do conteúdo organismo geneticamente modificado a partir deste
conteúdo estruturante permite perceber como a aplicação do conhecimento
biológico interfere e modifica o contexto de vida da humanidade, e como requer a
participação crítica de cidadãos responsáveis pela VIDA.
De acordo com Libâneo (1983), “ao mencionar o papel do professor, trata-se, de
um lado, de obter o acesso do aluno aos conteúdos ligando-os com a experiência
concreta dele - a continuidade; mas, de outro, de proporcionar elementos de
análise crítica que ajudem o aluno a ultrapassar a experiência, os estereótipos, as
pressões difusas da ideologia dominante - a ruptura”.
Snyders, professor de Ciências da Educação da Universidade de Paris, em seu
livro A alegria de aprender na escola (1991, p. 159-164), afirma que
Sob tal concepção pedagógica, em que se admite um conhecimento
relativamente autônomo, assume-se que o saber tende a um conhecimento
objetivo, mas, ao mesmo tempo, representa a possibilidade de crítica frente a
esse conteúdo.
CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA:
Este é o quadro de conteúdos básicos que a equipe disciplinar do Departamento
de Educação Básica (DEB) sistematizou a partir das discussões realizadas com
todos os professores do Estado do Paraná nos eventos de formação continuada
ocorridos ao longo de 2007 e 2008 (DEB Itinerante).
220
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada
série da etapa final do ensino fundamental e para o ensino médio, considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas
disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do
aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com
tais conteúdos é responsabilidade do professor.
Nesse quadro, os conteúdos básicos apresentados, devem ser tomados como
ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular das
escolas.
Por serem conhecimentos fundamentais para a disciplina de Biologia, os
conteúdos básicos não podem ser suprimidos nem reduzidos, porém, ao construir
a proposta pedagógica, o professor poderá seriar/sequenciar esses conteúdos
básicos de modo a orientar o trabalho de seleção de conteúdos específicos no
Plano de Trabalho Docente.
Esse quadro indica, também, como os conteúdos básicos se articulam com os
conteúdos estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-
metodológica devem receber e, finalmente, a que expectativas de aprendizagem
estão atrelados. Portanto, as Diretrizes Curriculares fundamentam essa
seriação/sequência de conteúdos básicos e sua leitura atenta e aprofundada é
imprescindível para compreensão do quadro.
No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens diversas
a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante.
Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre
considerando-se o aprofundamento a ser observado para a série e etapa de
ensino.
O plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos
específicos receberão abordagens contextualizadas histórica, social e
politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas realidades
regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã.
O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele estará a
expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular
construída nas discussões coletivas.
221
222
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
223
Organização dos Seres
Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Classificação
dos seres
vivos: critérios
taxonômicos e
filogenéticos.
Sistemas
biológicos:
anatomia,
morfologia e
fisiologia.
Mecanismos de
desenvolvimento
embriológico.
Mecanismos
celulares biofísicos
e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
Transmissão das
características
hereditárias.
Dinâmica dos
ecossistemas:
relações entre
os seres vivos e
interdependência
com o ambiente.
Em concordância com
a Diretriz Curricular do
Ensino de Biologia, a
abordagem dos
conteúdos deve
permitir a integração
dos quatro
conteúdos
estruturantes de
modo que, ao
introduzir a
classificação dos seres
vivos como tentativa de
conhecer e
compreender a
diversidade biológica,
agrupando-os e
categorizando-os, seja
possível, também,
discutir o mecanismo
de funcionamento, o
processo evolutivo, a
extinção das espécies
e o surgimento natural
e induzido de novos
seres vivos. Deste
modo, a abordagem do
conteúdo “classificação
dos seres vivos” não
se restringe a um único
conteúdo estruturante.
Ao adotar esta
Espera-se que o
aluno:
• Identifique e
compare as
características dos
diferentes grupos de
seres vivos;
• Estabeleça
relações entre as
características
específicas dos micro-
organismos, dos
organismos vegetais e
animais, e dos vírus;
• Classifique os
seres vivos quanto ao
número de células
(unicelular e
pluricelular), tipo de
organização celular
(procarionte e
eucarionte), forma de
obtenção de energia
(autótrofo e
heterótrofo) e tipo de
reprodução (sexuada e
assexuada);
• Reconheça e
compreenda a
classificação
filogenética
(morfológica, estrutural
224
Organismos
geneticamente
modificados.
abordagem
pedagógica, o início do
trabalho poderia ser o
conteúdo “organismos
geneticamente
modificados”, partindo-
se da compreensão
das técnicas de
manipulação do DNA,
comparando-as com os
processos naturais que
determinam a
diversidade biológica,
chegando à
classificação dos seres
vivos.
Portanto, é
imprescindível que se
perceba a
interdependência entre
os quatro conteúdos
estruturantes. Outro
exemplo é a
abordagem do
funcionamento dos
sistemas que
constituem os
diferentes grupos de
seres vivos. Parte-se
do conteúdo
estruturante
Mecanismos
e molecular) dos seres
vivos;
• Compreenda a
anatomia, morfologia,
fisiologia e embriologia
dos sistemas
biológicos (digestório,
reprodutor,
cardiovascular,
respiratório, endócrino,
muscular, esquelético,
excretor, sensorial e
nervoso);
• Identifique a
estrutura e o
funcionamento das
organelas
citoplasmáticas;
• Reconheça a
importância e
identifique os
mecanismos
bioquímicos e
biofísicos que ocorrem
no interior das células;
• Compreenda os
mecanismos de
funcionamento de uma
célula: digestão,
reprodução,
respiração, excreção,
sensorial, transporte de
225
Biológicos, incluindo-se
o conteúdo
estruturante
Organização dos Seres
Vivos, que permitirá
estabelecer a
comparação entre os
sistemas, envolvendo,
inclusive, a célula,
seus componentes e
respectivas funções.
Neste contexto, é
importante que se
perceba que a célula
tanto pode ser
compreendida como
elemento da estrutura
dos seres vivos,
quanto um elemento
que permite observar,
comparar, agrupar e
classificar os seres
vivos. Da mesma
forma, a abordagem do
conteúdo estruturante
Biodiversidade envolve
o reconhecimento da
existência dos
diferentes grupos e
mecanismos biológicos
que determinam a
diversidade,
substâncias;
• Compare e
estabeleça diferenças
morfológicas entre os
tipos celulares mais
frequentes nos
sistemas biológicos
(histologia);
• Reconheça e
analise as diferentes
teorias sobre a origem
da vida e a evolução
das espécies;
• Reconheça a
importância da
estrutura genética para
manutenção da
diversidade dos seres
vivos;
• Compreenda o
processo de
transmissão das
características
hereditárias entre os
seres vivos;
• Identifique os
fatores bióticos e
abióticos que
constituem os
ecossistemas e as
relações existentes
entre estes;
226
envolvendo a
variabilidade genética,
as relações ecológicas
estabelecidas entre
eles e o meio
ambiente, e os
processos evolutivos
pelos quais os seres
vivos têm sofrido
modificações naturais
e as produzidas pelo
homem.
• Compreenda a
importância e valorize
a diversidade biológica
para manutenção do
equilíbrio dos
ecossistemas;
• Reconheça as
relações de
interdependência entre
os seres vivos e destes
com o meio em que
vivem;
• Identifique
algumas técnicas de
manipulação do
material genético e os
resultados decorrentes
de sua
aplicação/utilização;
• Compreenda a
evolução histórica da
construção dos
conhecimentos
biotecnológicos
aplicados à melhoria
da qualidade de vida
da população e à
solução de problemas
sócio-ambientais;
• Relacione os
conhecimentos
biotecnológicos às
227
alterações produzidas
pelo homem na
diversidade biológica;
• Analise e discuta
interesses econômicos,
políticos, aspectos
éticos e bioéticos da
pesquisa científica que
envolvem a
manipulação genética.
228
229
Conteúdos Básicos de acordo com as DCEs:
Organização dos Seres Vivos:
- Origem da Biologia;
- Surgimento da Vida na Terra;
- Estudos microscópicos;
- Origem do termo seres vivos;
- Biodiversidade;
- Classificação dos seres vivos;
- Vírus;
- Reino Monera;
- Reino Protista;
- Reino Fungi;
- Reino Plantae;
- Reino Animal;
- Poríferos, Cnidária e Platelmintos;
- Filo Nematoda, Molusca e Anelídea;
- Filo Protochordata e Euchordata;
- Filo Artrópoda e Echinodermata;
- Estudos das classificações dos Seres no Reino Animal;
- Comparações do Reino Plantae e Animal.
Mecanismos Biológicos:
- Constituição Química dos Organismos;
- Medidas em Citologia;
- Organização Básica das células;
- Visão Geral das células;
- Função da Membrana Plasmática;
- Citoplasma e suas Organelas;
- Divisões Celulares;
- Gametogênese;
- Embriologia Animal;
- Fisiologia Animal;
230
- Fisiologia Humana;
- Homeostase;
- Proteção do Sistema Tegumentar;
- Metabolismo e Nutrição;
- Digestão e Circulação;
- Respiração e Excreção;
- Sistema Nervoso e Endócrino;
- Sentidos, Locomoção e Reprodução;
- Sistema Imune;
- Histórico da Genética;
- Função das Divisões Celulares na Genética e suas Leis Universais;
- Probabilidade da Genética;
- Determinação dos Genes nos Animais e Vegetais;
- Segregação independente dos Genes;
Biodiversidade:
- A Origem da Vida;
- Introdução ao estudo da Ecologia;
- Interação com o meio ambiente;
- Diversidade nos Ecossistemas;
- Fatores Abióticos;
- Cadeias Alimentares;
- Distribuição dos Organismos na Biosfera;
- Ecologia e sua Importância;
- Significado das Siglas;
- Sucessão Ecológica;
- Fatores da Poluição;
Manipulação Genética:
- Origens da Genética;
- Aplicação da Genética hoje;
- Tecnologia do DNA recombinante;
- Técnicas de Desenvolvimento embrionário animal e humano;
- Embriologia Experimental;
231
- Trânsgênicos;
- Projeto Genoma;
- Fungerprents digitais do DNA;
- Biotecnologia;
- Tecnologias aplicadas ao meio ambiente;
- Reprodução Humana;
- Noções Toxicológicas;
- Lei da Segregação genética;
- Relação entre genótipo e fenótipo;
- Primeira e segunda Lei de Mendel;
- Polialelia e grupos sanguíneos;
- Interação gênica e pleitropia;
- Herança e Sexo;
- Alterações Cromossomiais;
- Fundamentos da Genética;
- Aberrações cromossômicas;
- Tecnologia do DNA;
- Reações de Polimerose em cadeia;
- Trânsgênicos;
- Testes com RFLP;
- Genética e Probabilidade;
- Cromossomos sexuais e Herança;
- A engenharia genética;
- Clonagem;
- Células-tronco;
METODOLOGIA:
Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na disciplina
de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter
provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar
conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político,
econômico e cultural.
232
As ciências biológicas têm apresentado uma expansão em seus conteúdos no
decorrer dos tempos.
Essa expansão contribuiu para o caráter enciclopédico assumido pela prática
pedagógica, inclusive pela falta de critérios de seleção que permitissem ao
professor decidir o que era fundamental e o que era acessório.
A esse caráter enciclopédico somou-se a questão do tempo escolar, obviamente
insuficiente para abranger um currículo tão extenso. Assim, os professores
justificavam sua prática a-histórica, cuja intenção era divulgar os resultados da
ciência.
Se, por um lado, os conteúdos se tornavam a-históricos e enciclopédicos, por
outro, não se abria mão do conhecimento científico que garantia o objeto de
estudo da Biologia.
Estas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia firmam-se na construção a
partir da práxis do professor. Objetiva-se, portanto, trazer os conteúdos de volta
para os currículos escolares, mas numa perspectiva diferenciada, em que se
retome a história da produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e
seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.
A proposição dos conteúdos estruturantes na disciplina de Biologia sugere,
inicialmente, a possibilidade de selecionar conteúdos específicos que farão parte
da proposta curricular da escola. Outra possibilidade, igualmente importante, é
relacionar os diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de
conhecimento, propiciando reflexão constante sobre as mudanças conceituais em
decorrência de questões emergentes.
Os quatro paradigmas metodológicos do conhecimento biológico, abordados
anteriormente, o descritivo, o mecanicista, o evolutivo e o da manipulação
genética representam um marco conceitual na construção do pensamento
biológico identificado historicamente. De cada marco define-se um conteúdo
estruturante e destacam-se metodologias de pesquisa utilizadas, à época, para
compreender o fenômeno VIDA, e cuja preocupação está em estabelecer critérios
para seleção de conhecimentos desta disciplina a serem abordados no decorrer
do ensino médio.
233
Embora os conteúdos estruturantes tenham sido identificados como concepções
paradigmáticas do conhecimento biológico localizadas no tempo histórico, eles
são interdependentes, pois se considera neste caso, o esforço empreendido
De uma ciência que se concentrava na descrição e nos conhecimentos
qualitativos, com o desenvolvimento na bioquímica e na biofísica, de processos
experimentais e de mensuração, bem como da análise estatística, a biologia
passou a ser um campo de conhecimento com leis gerais, o que alargou e
aprofundou suas dimensões, tornando muito difícil para o professor decidir o que
deve ser fundamental, portanto incluído em seu curso e o que deve ser acessório,
podendo consequentemente ser deixado de lado (KRASILCHIK, 2004, p. 45).
para ampliar os modelos teóricos interpretativos de fatos e fenômenos naturais
estudados pela Biologia. Essa concepção metodológica permite que um mesmo
conteúdo específico seja estudado em cada um dos conteúdos estruturantes,
considerando-se a abordagem histórica que determinou a constituição daquele
conteúdo estruturante e o seu propósito.
Assim, se o desenvolvimento dos conteúdos estruturantes se der de forma
integrada, na medida em que se discuta um determinado conteúdo relacionado ao
conteúdo estruturante Biodiversidade, por exemplo, requerem-se conhecimentos
relacionados aos conteúdos estruturantes Mecanismos Biológicos e Organização
dos Seres Vivos para compreender por que determinados fenômenos acontecem,
como a VIDA se organiza na Terra e quais implicações dos avanços biológicos
são decorrentes da manipulação do material genético, conteúdo este relacionado
ao conteúdo estruturante Manipulação Genética.
Pretende-se discutir o processo de construção do pensamento biológico presente
na história da ciência e reconhecê-la como uma construção humana, como luta de
ideias, solução de problemas e proposição de novos modelos interpretativos, não
enfatizando somente seus resultados.
As explicações para o surgimento e a diversidade da vida levam à proposição de
conhecimentos científicos, os quais conviveram e convivem com outros sistemas
explicativos, tais como: teológicos, filosóficos e artísticos.
Com a introdução de elementos da história, torna-se possível compreender que
há uma ampla rede de relações entre a produção científica e o contexto social, o
234
econômico, o político e o cultural, verificando-se que a formulação, a validade ou
não das diferentes teorias científicas, estão associadas ao momento histórico em
que foram propostas e aos interesses dominantes do período.
Ao considerar o embate entre as diferentes concepções teóricas propostas para
compreender um fato científico ao longo da história, torna-se evidente a
dificuldade de consolidar novas concepções, em virtude das teorias anteriores,
pois estas podem agir como obstáculos epistemológicos.
Importa, então, conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as ideias
primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir obstáculos à
aprendizagem dos conceitos científicos que levam à compreensão do conceito
VIDA.
Como recurso para diagnosticar as ideias primeiras do aluno é recomendável
favorecer o debate em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a
formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e
compreender a realidade. Dizer que o aluno deva superar suas concepções
anteriores implica promover ações pedagógicas que permitam tal superação.
Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam que o ensino dos conteúdos, neste
caso conteúdos específicos de Biologia, necessita apoiar-se num processo
pedagógico em que:
• a prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é perceber e
denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma
visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser
trabalhado;
• a problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a
serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que
conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as
exigências sociais de aplicação desse conhecimento;
• a instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para
que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal
e profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas culturais
necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem;
235
• a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno
e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais,
transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a
entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação
para a conscientização;
• o retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto e
pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a
construção de uma sociedade mais igualitária. A visão sincrética apresentada
pelo aluno no início do processo passa de um estágio de menor compreensão do
conhecimento científico a uma fase de maior clareza e compreensão, explicitada
numa visão sintética. O processo educacional põe-se a serviço da referida
transformação das relações de produção.
Ao adotar esta estratégia e ao retomar as metodologias que favoreceram a
determinação dos marcos conceituais apresentados nestas Diretrizes Curriculares
para o ensino de Biologia, propõe-se que sejam considerados os princípios
metodológicos usados naqueles momentos históricos, porém, adequados ao
ensino da atualidade.
Para cada conteúdo estruturante, propõe-se trabalhar os seguintes aspectos:
Organização dos Seres Vivos
O trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante deve ser permeado por uma
concepção metodológica que permita abordar a classificação dos seres vivos
como uma das tentativas de conhecer e compreender a diversidade biológica
considerando, inclusive, a história biológica da VIDA. Desse modo, fica evidente a
impossibilidade de discutir a classificação sem considerar as contribuições dos
estudos sobre filogenética.
Mecanismos Biológicos
Neste conteúdo estruturante é importante que o professor considere o
aprofundamento, a especialização e o conhecimento objetivo dos mecanismos
biológicos. Para que se compreendam os sistemas vivos como fruto da interação
entre seus elementos constituintes e da interação destes com os demais
componentes do meio, é importante adotar concepções metodológicas que
236
favoreçam o estabelecimento de relações entre os diversos mecanismos de
funcionamento e manutenção da vida.
Biodiversidade
Nestas Diretrizes, pretende-se que as reflexões propostas pelo trabalho
pedagógico neste conteúdo estruturante sejam permeadas por uma concepção
metodológica que permita abordar as contribuições de Lamarck e Darwin para
superar as ideias fixistas já superadas há muito pela ciência e supostamente pela
sociedade. Pretende-se a superação das concepções alternativas do aluno, com
a aproximação das concepções científicas, procurando relacionar os conceitos da
genética, da evolução e da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos
seres vivos.
Manipulação Genética
Ao propor este conteúdo estruturante pretende-se que o trabalho pedagógico seja
permeado por uma concepção metodológica que permita a análise sobre as
implicações dos avanços biológicos que se valem das técnicas de manipulação
do material genético para o desenvolvimento da sociedade.
Ao utilizar a problematização como uma abordagem metodológica no
desenvolvimento dos quatro conteúdos estruturantes, parte-se do princípio da
provocação e mobilização do aluno na busca por conhecimentos necessários
para resolver problemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia
ao cotidiano do aluno para que ele busque compreender e atuar na sociedade de
forma crítica.
Atenção especial deve ser dada à maneira como os recursos pedagógicos serão
trabalhados e aos critérios político-pedagógicos da seleção destes recursos, de
modo que eles contribuam para uma leitura crítica e para os recortes necessários
dos conteúdos específicos identificados como significativos para o ensino médio.
O uso de diferentes imagens em vídeo, transparências, fotos, textos de apoio
usados com frequência nas aulas de Biologia, requerem a problematização em
torno da demonstração e da interpretação. Analisar quais os objetivos e
expectativas a serem atingidas, além da concepção de ciência que se agrega às
atividades que
237
utilizam estes recursos, pode contribuir para a compreensão do papel do aluno
frente a tais atividades.
Estratégias de ensino como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a atividade
experimental, o estudo do meio, os jogos didáticos, entre tantas outras, devem
favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas percepções,
significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação
de novos significados, pois esse processo acarreta o encontro e o confronto das
diferentes ideias propagadas em sala de aula.
Práticas tão comuns em sala de aula, a leitura e a escrita merecem atenção,
porque por um lado são repletas de significações e por outro podem levar a
interpretações equivocadas do conhecimento científico. Elas são demarcadoras
do papel social assumido pelo professor e pelos alunos e devem ser pensadas a
partir do significado das mediações, das influências e incorporações que os
alunos demonstram.
As atividades experimentais, sejam elas de manipulação de material ou
demonstrativa, também representam importante estratégia de ensino. Para a
realização dessas atividades, não é preciso um aparato experimental sofisticado,
mas a organização, discussão e análise, de procedimentos que possibilitem a
interação com fenômenos biológicos, a troca de informações entre os grupos que
participam da aula e, portanto, a emergência de novas interpretações.
De acordo com estas Diretrizes, as atividades experimentais podem ser o ponto
de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou permitir a aplicação
das ideias discutidas em aula, de modo a levar os alunos a aproximarem teoria e
prática e, ao mesmo tempo, permitir que o professor perceba as explicações e as
dúvidas manifestadas por seus alunos.
Nas atividades experimentais demonstrativas é preciso permitir a participação do
aluno e não apenas tê-lo como observador passivo. Algumas vezes, a atividade
prática demonstrativa implica a ideia da existência de verdades definidas e
formuladas em leis já comprovadas, isto é, uma ciência de realidade imutável.
De outro lado, a atividade experimental, como resolução de problemas ou de
hipóteses, pode trazer uma concepção de ciência diferente, como interpretação
da realidade, de maneira que as teorias e hipóteses são consideradas
238
explicações provisórias. Nesse caso, estabelece-se maior contato do aluno com o
experimento e com a atitude científica.
Outra estratégia que, além de integrar conhecimentos, veicula uma concepção
sobre a relação ser humano-ambiente e possibilita novas elaborações em
pesquisa, é o estudo do meio. Este estudo pode ocorrer em locais como: parques,
praças, terrenos baldios, praias, bosques, rios, zoológicos, hortas, mercados,
aterros sanitários, fábricas, etc.
Também os jogos didáticos contribuem para gerar desafios, conforme Moura
(1994), o jogo é considerado uma estratégia impregnada de conteúdos culturais a
serem veiculados na escola. Ele detém conteúdos com finalidade de desenvolver
habilidades de resolução de problemas, o que representa a oportunidade de
traçar planos de ações para atingir determinados objetivos.
Ainda com relação à abordagem metodológica, é importante que o professor de
Biologia, ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei n.
10.639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e
cultura afro-brasileira e africana. Igualmente deve ser resguardado o espaço para
abordagem da história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei
n. 11.645/08.
A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana, bem
como, sobre a cultura indígena, poderá ser desenvolvida por meio de análises
que envolvam a constituição genética da população brasileira. Os conteúdos
específicos a serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos
estruturantes quanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma
contextualizada, favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural.
Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância com a
Lei n. 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, este
deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no
desenvolvimento dos conteúdos específicos. Portanto é necessário que o
professor contextualize esta abordagem em relação aos conteúdos estruturantes,
de tal forma que os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não
sejam trabalhados isoladamente na disciplina de Biologia.
239
RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS:
- Uso de vídeos;
- Textos passados na lousa;
- Slides sobre o referido assunto passado na TV Pendrive.
OBS: História e cultura afro, indígina (11.645/3/2008) Será trabalhado em
genética através das características das raças e cores.
Meio ambiente (9795/99), será trabalhado através dos fenômenos físicos
(aquecimento global) o antes e o depois, como seria a situação normal e como
esta ficando agora. Sempre trabalhando de um modo comparativo.
AVALIAÇÃO:
A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de
mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de ideias e modificar
comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes (CARVALHO &
GIL-PÉREZ, 2001).
As concepções reducionistas e simplistas do processo avaliativo requerem
análise e questionamento. De acordo com Carvalho & Gil-Pérez (2001), ainda
estão no “senso comum” do ambiente escolar as seguintes noções:
• é fácil avaliar os conhecimentos científicos, devido a sua precisão e objetividade;
• o fracasso é inevitável, pois a Biologia tem conhecimentos difíceis, que não
estão ao alcance de todos. Ao se aprovar demais, a disciplina é uma
“brincadeira”; então, convém ser “exigente” desde o início;
• tal fracasso, por vezes muito elevado, pode ser atribuído a fatores
extraescolares, como capacidade intelectual e ambiente familiar;
• a prova deve ser discriminatória e produzir uma distribuição de notas em escala
descendente;
• a função essencial da avaliação é medir a capacidade e o aproveitamento do
aluno, destinando-o à promoção e seleção classificatória de cunho autoritário.
A superação deste senso comum implica em estudos, pesquisas e análises de
resultados que permitam a elaboração de programas de formação continuada
para os professores envolvidos no processo ensino-aprendizagem, a fim de
240
possibilitar a elaboração de uma concepção de avaliação adequada à realidade
escolar da qual participa.
Muitos professores mantêm-se crédulos ao sistema de avaliação classificatório
por acreditar ser este a garantia de um ensino de qualidade que resguarde um
saber competente dos alunos (HOFFMANN, 2003).
Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória, pautada em
critérios que visam medir o aproveitamento, identifica-se erros, dificuldades de
aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações levantadas e
os professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o aluno a resolver
suas dificuldades ou a avançar no seu conhecimento” (HOFFMANN, 2003, p.
121).
Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e Hoffmann,
considera-se a necessidade de envolvimento dos professores na análise crítica da
própria avaliação. Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que os
professores se envolvam numa análise crítica que considere a avaliação em
Biologia um instrumento de aprendizagem que forneça um feedback adequado
para promover o avanço dos alunos. Ao considerar o professor corresponsável
pelos resultados que os alunos obtiverem o foco da pergunta muda de “quem
merece uma valorização positiva e quem não“ para ”que auxílio precisa cada
aluno para continuar avançando e alcançar os resultados desejados”. Além disso,
incentivar a reflexão, por parte do professor, sobre sua própria prática.
Nestas Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam
uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho
pedagógico em que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado,
portanto, em construção.
Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino
aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos
impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e
dúvidas dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de
mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A ação
docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e investigação
visando à melhoria da qualidade do ensino.
241
Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade
é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica
para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-
se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos
resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a
verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a
avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos”.
Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do
processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que
professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de
superarem os obstáculos existentes.
Sistema: Avaliação escrita,relatórios, atividades elaboradas pelo aluno e pré-
elaboradas pelo professor.
Critério: No mínimo 3 instrumentos de avaliação, somando um total de 10 (dez)
pontos.
Recuperação: Prova escrita, trabalhos, pesquisas (em livros, revistas e internet).
OBS: todos os trabalhos de pesquisas devem ser apresentados tanto digitados
como também feitos em Vídeo Movie Maker, Slides e conter em seus conteúdos
conclusões sobre o assunto abordado).
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