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1 AUTORALUÍSIO TANCREDO GONÇALVES AZEVEDO

Nasceu em São Luís do Maranhão, a 14 de abril de 1857. Realizados os estudos primários, encaminha-se para o comércio. Todavia, sentindo-se atraído pelas artes plásticas, ruma para o Rio de Janeiro, e junta-se ao irmão, Artur Azevedo. Com a morte repentina do pai, regressa à cidade natal, onde passa a colaborar na impressa e inicia sua trajetória de ficcionista, com Uma lágrima de mulher (1880), seguido por O mulato (1881), que lhe granjeia desde logo renome nacional. Retorna ao Rio de Janeiro a atira-se a um intenso labor jornalístico e literário, em que se reservam a tarefa profissional e a criação livre. Desgostoso, porém, de não poder optar pela Segunda alternativa, abraça a carreira diplomática, certo de usufruir por seu intermédio dos lazeres indispensáveis à elaboração serena de sua obra. Serve em Vigo, Nápoles, Japão e Buenos Aires, onde falece3 a 21 de janeiro de 1913.

2 OBRAUma lágrima de Mulher (1880)O Mulato (1881)A Condessa Vésper (1882, com o título de Memórias de um condenado)Girândola de Amores (1882, com o título de Mistérios da Tijuca)Filomena Borges (1884)Casa de Pensão (1884)O Homem (1887)O Coruja (1890)O Esqueleto (1890, em colaboração com Olavo Bilac)O Cortiço (1890)A mortalha de Alzira (1894)O Livro de uma Sogra (1895)Demônios (1893) – contosTouro Negro (1938) – crônicas e cartas

CRONOLOGIA BIOGRÁFICA1857 – Em 14 de abril nasce Aluísio de Azevedo, em Sã Luís – MA.1876 – Embarcava para o Rio de Janeiro a fim de matricular-se na Imperial Academia de Belas-Artes. Tem o objetivo de tornar-se desenhista. Colabora na imprensa local como chargista.1878 – Com a morte do pai, retorna para São Luís – MA.1879 – Lançamento de Uma lágrima de Mulher.1880 – Em companhia de alguns amigos, lança O Pensador, jornal anticlerical que abala a sociedade de São Luís.1881 – Aparecimento de O Mulato, impresso em São Luís. Novo escândalo na sociedade local. Retorna para o Rio de Janeiro em 7 de setembro.1882/1895 – Intensa colaboração na imprensa carioca. Publicação contínua de romances. Em 30 de dezembro de 1895 é nomeado vice-cônsul em Vigo, Espanha, depois de Ter prestado concurso. Encerra a carreira literária e inicia a carreira diplomática.1899/1903 – De Locoama, é transferido para La Plata, Argentina, e depois para Salto Oriental, no Uruguai. Em 3 de novembro de 1903, removem-no para Cardiff, na Inglaterra.1906 – Removido a 13 de dezembro para Nápoles, Itália.

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1910 – Transferido para Buenos Aires.1913 – Em 21 de janeiro, falece em Buenos Aires.1919 – A 9 de setembro chegam seus restos mortais ao Rio de Janeiro. O translado fora sugerido por Coelho Neto, em 11 de maio de 1916. Em 25 de outubro desembarcam a urna em São Luís e o sepultamento definitivo deu-se em 28 do mesmo mês.

3 NATURALISMOOrigem: Em 1867, França, com Thérèse Raquim, de Émile Zola.- Romance experimental, apoiado na experimentação científica.- Imagina experiências que remetem a conclusões, que seriam impossíveis apenas pela

observação.- Arte engajada, de denúncia; preocupações políticas e sociais.- Detém-se nos aspectos mais torpes e degradantes.- Centra-se nos aspectos exteriores: atos, gestos, ambientes.- Prefere a biologia, a patologia,, centra-se mais no social.- Espelha as camadas inferiores, o proletariado, os marginas.- É direto na interpretação; expõe conclusões, cabendo ao leitor aceitá-la ou discuti-la.- O estilo é relegado a segundo plano; no primeiro, a denúncia.4 O CORTIÇO

Sem dúvida alguma, o melhor romance de Aluísio de Azevedo é O Cortiço, publicado em 1890, pouco antes de seu autor desinteressar-se inteiramente pela continuação da carreira.

Neste livro, já não é mais a estória das personagens que interessa tanto. Mais que elas, salienta-se a rivalidade entre o espaço de João Romão e o do comendador Miranda, a simbolizarem todo um processo de transformação econômica em momento de expansão urbana.

João Romão, um ganancioso comerciante de origem portuguesa, possui uma pedreira, uma taverna e um terreno razoável, onde constrói casinholas de baixo custo para alugar. Secundando-o nas tarefas e com ele repartindo a cama, a figura da negra Bertoleza, ex-escrava forte e também ambiciosa, supostamente alforriada.

A poucos metros da venda, havia um sobrado que veio a ser ocupado por Miranda, Estela e Zulmira, uma família economicamente segura, cujo chefe vendia pano por atacado.

A proximidade do cortiço incomodava Miranda que, por sua vez, incomodava João Romão com seu ar de fidalguia e seu título de comendador.

A contratação de Jerônimo, um operário português, para o trabalho na pedreira altera um pouco a composição do cortiço, para onde ele se muda em companhia da mulher, a Piedade. Essa alteração ganha intensidade, sobretudo a partir do momento em que nasce o interesse amoroso entre o operário e a Rita Baiana, beleza máxima daquele agrupamento.

Rita, no entanto, tinha compromisso com Firmo, mulato garboso e gabola, capoeirista hábil, morador de um cortiço vizinho, o “Cabeça-de-Gato”. No primeiro enfrentamento, Firmo leva a melhor e atinge Jerônimo com uma navalhada.

Enquanto isso, Botelho, um agregado em casa de Miranda, começa a estimular o interesse de João Romão por Zulmira, a filha do atacadista de panos. Nesse projeto, evidentemente, inclui-se um plano para dispensar Bertoleza.

A essa altura, Rita e Jerônimo já vivem juntos e a preocupação deste é vingar-se da navalhada que o atingira e, se possível, eliminar seu rival de vez. Através de uma

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combinação prévia, dois tipos escusos atraem Firmo para uma cilada e Jerônimo assassina-o a pauladas.

Em conseqüência dessa morte, os “cabeça-de-gato” atacam os “carapicus” do cortiço de João Romão e a luta só se interrompe por causa de um incêndio provocado.

Na verdade, desse fogo arrasador renasce um cortiço novo e mais “próspero”. O fogo ajudara, indiretamente, os planos de João Romão que, agora, já vinha mantendo boas relações com a família de Miranda. Só restava o empecilho de Bertoleza. Mas o providencial Botelho descobrira o dono daquela escrava, cujo dinheiro da alforria, tão duramente economizado, fora embolsado por João Romão.

Diante da ameaça de retorno ao cativeiro, Bertoleza estripa-se.Algumas sequências narrativas são: I – Apresentação de João Romão e de

Bertoleza. Acumulação de João Romão. A família Miranda: sua estória. A disputa entre João Romão e Miranda. III – Os habitantes do cortiço e a chegada de Jerônimo. VII – Rita Baiana tentando Jerônimo na dança. XI – O primeiro sangramento de Pombinha. XVII – A batalha entre os “cabeças-de-gato” e os “carapicus”, seguida do incêndio. XXII – A prosperidade do cortiço. 5 PERSONAGENS5.1 O Cortiço – Protagonista, a principal personagem do romance, Aluísio de Azevedo dar atributos a ele de alguém que nasce timidamente e, passo a passo, vai adquirindo independência até tornar-se capaz de governar despoticamente. Esse organismo vivo, por fim, é capaz de devorar todos os seus habitantes, representando uma síntese social e à luz do Naturalismo, impulsionado pelas forças instintivas do pulsar sangüíneo.5.2 PERSONAGENS SECUDÁRIOSJOÃO ROMÃO, o vendeiro português, é um “tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer”, que caminhava “como o seu eterno ar de cobiça, apoderando-se, com os olhos, de tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas” (p. 24). Sem escrúpulos de qualquer espécie, a febre de ter toma conta da personagem e a conduz, pelos caminhos tortuosos da vida, de “uma suja e obscura taverna nos refolhos do Botafogo” a um casamento por conveniência. O dinheiro é alavanca que o impulsiona, que o impede de captar a realidade concreta.BERTOLEZA, surge no romance como uma “crioula trintona, escrava de um velho cego residente em Juiz de Fora e amigada com um português que tinha uma carroça de mão e faz fretes na cidade”. Escrava nasceu e assim continuouMIRANDA, um homem “de sangue esperto e [que] orçava então pelos seus trinta e cinco anos”, é o atacadista português que “prezava, acima de tudo, a sua posição social e tremia só com a idéia de ver-se novamente pobre, sem recursos e sem coragem para recomeçar a vida, depois de se haver habituado a umas tantas regalias e afeito à hombridade de português rico que já não tem pátria na Europa” (p. 19). Por escravizar-se a um conceito de felicidade aparente, nunca foi realmente feliz. Estruturou-se para suportar a permanecer tensão existencial e escolheu um curso de vida difícil, capaz de encher o bolso, mas também de empobrecer a alma.ESTELA, parceira de Miranda, “uma mulherzinha levada da breca: achava-se casada havia treze anos e durante esse tempo dera ao marido toda sorte de desgostos” (p. 19). Essa “senhora pretensiosa e com fumaças de nobreza”, por força de sua infidelidade, levou o marido a mudar-se do centro da cidade para a periferia. Desse modo, Miranda pretendia afastá-la dos seus caixeiros que, como sombras, estavam sempre ao alcance dos arroubos sexuais da esposa. Sentia também uma repugnância moral pelo marido, mas isso não a

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impedia de recebê-lo em sua cama quando, em rompantes de lascívia, Miranda a procurava como um animal no cio.JERÔNIMO, “Era tão metódico e tão bom como trabalhador quanto o era como homem...viera da terra, com a mulher e uma filhinha ainda pequena tentar a vida no Brasil, na qualidade de colono de um fazendeiro, em cuja fazenda mourejou durante dois anos, sem nunca levantar a cabeça, e donde afinal se retirou de mãos vazias e com grande virra pela lavoura brasileira ... Em poucos meses se apoderava do seu novo ofício e, de quebrador de pedra, passou logo a fazer paralelepípedos; ... tornou-se tão bom como os melhores trabalhadores de pedreira e a Ter salário igual ao deles” (p. 56).ZULMIRA, a filha de Miranda, Zulmira, no início do romance tem doze para treze anos e é “o tipo acabado da fluminense; pálida, magrinha, com pequeninas manchas roxas nas mucocas do nariz, das pálpebras e dos lábios, faces levemente pintalgadas de sardas. Respirava o tom úmido das flores noturnas, uma brancura fria de magnólia, unhas moles e curtas, como as da mãe, dentes pouco mais claros do que cútis do rosto, pés pequenos, quadril estreito, mas os olhos grandes, negros, vivos e maliciosos” (p. 29). Como um dia ocorreu com a mãe, também Zulmira iria se transformar em moeda nas mãos inescrupulosas de um homem de origem humilde, tal qual seu pai. Como a mãe, ela, já moça , iria ser tratada como “uma brasileirinha fina e aristocrática” muito bem expressado por Botelho “- é um bom partido, é! Excelente menina ... tem um gênio de pomba ... uma educação de princesa: até o francês sabe! Toca piano como você tem ouvido ... canta o seu bocado ... aprendeu desenho ... muito boa mão de agulha! ...e... Ali tudo aquilo é sólido! ... Prédios e ações do banco!... (p. 134).POMBINHA, alguns metros abaixo, no cortiço, três flores ganham vigor: Pombinha – que lá morava - , Juju e Senhorinha, que apesar de morarem fora domínios de João Romão, tinham os pais residentes nas casinhas do vendeiro. A primeira é a flor do cortiço que, por ser tratada liricamente pelo autor, ilumina o início do romance com sua candura e presteza. Filha de um suicida falido, ex-dono de uma casa de chapéus, fora criada pela mães com sacrifícios, mas aprendera até francês. Era “Bonita, posto que enfermiça e nervosa ao último ponto; loura, muito pálida, com uns modos de menina de boa família.PIEDADE DE JESUS, quando chegou ao cortiço, tinha por volta de “trinta anos, boa estatura, carne ampla e rija, cabelos fortes de um castanho fulvo, dentes pouco alvos, mas sólidos e perfeitos, cara cheia, fisionomia aberta; um todo de bonomia toleirona, desabotoando-lhe pelos olhos e pela boca numa simpática expressão de honestidade simples e natural” (p. 54). Depois de ser abandonada pelo marido, a pobre mulher, completamente vencida pelos poderes sedutores da rival, não percebeu que o “ faro” do marido também se aguçara, apartada do esposo tão amado, tornou-se bêbada, decaída, completamente derrotada.SENHORINHA, filha de Jerônimo e Piedade, também recebia educação aprimorada. O pai a matriculara em um colégio, pois “a queria com outro saber que não ele, a quem os pais não mandaram ensinar nada” (p.54),. Prudente, Jerônimo queria manter fora do cortiço aquela “criança forte e bonita” que “puxara para o pai o vigor físico e da mãe a expressão bondosa da fisionomia. Já tinha nove anos” (p. 176).RITA BAIANA, “uma cadela no cio”, como dançarina provocante e sensual, o que faz Jerônimo perder a cabeça, e outros mais, mulata faceira, amigada com Firmo enamora Jerônimo, gerando assim um conflito entre seus amantes até uma luta generalizada entre os cortiços.

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FIRMO, malandro valentão e capoeirista, enciumado luta com Jerônimo, corta com uma navalha o ventre de seu rival.MACHONA, lavadeira gritalhona, “cujos filhos não se pareciam uns com os outros, Leandra ... a Machona, portuguesa feroz, berradoura, pulsos cabeludos e grossos, anca de animal do campo”.ALBINO, “Fechavaa fila das primeiras lavadeiras, o Albino, um sujeito afeminado, fraco, cor de aspargo cozido e com um cabelinho castanho, desalavado e pobre, que lhe caia, numa só linha, até o pescocinho mole e fino”.BOTELHO, “Era um pobre-diabo caminhando para os setenta anos, antipático, cabelo branco, curto e duro como escova, barba e bigode do mesmo teor; muito macilento, com uns óculos redondos que lhe aumentavam o tamanho da pupila e davam-lhe à cara uma expressão de abutre, perfeitamente de acordo com o seu nariz adunco e com a sua boca sem lábios: viam-lhe ainda todos os dentes, mas tãos gastos, que pareciam limados até ao meio ...”LEONIE, prostituta de luxo morava em uma casa luxo, acolhe Pombinha e jovens bonitas com talento para prostituição, sedutora, amiga inseparável de Pombinha “agora, as duas cocotes, amigas inseparáveis, terríveis naquela inquebrantável solidariedade, que fazia delas uma só cobra de duas cabeças, dominavam o alto e o baixo Rio de Janeiro”(p.201). 6 FOCO NARRATIVO – Narrador onisciente, tem, pois, pleno Domínio das ações e dos pensamentos do dono da pedreira e de seus inquilinos, dos habitantes do sobrado e do tempo da narrativa. Perspicaz, vai “dando a coisa em pequenas doses, paulatinamente: um pouco de enredo de vez em quando; uma ou outra situação dramática de espaço a espaço, para engordar, mas sem nunca esquecer o verdadeiro ponto de partida – a observação e o respeito à verdade”, segundo palavras do próprio Aluísio de Azevedo a respeito de sua obra. “ O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e resingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se ... (p.36) ...João Romão parecia muito preocupado; pensava em Bertoleza que, a essas horas, dormia lá embaixo num vão de escada, aos fundos do armazém, perto da comua.” (p.188).7 TEMPO CRONOLÓGICO – O narrador não nos permite situar o tempo do romance., por exemplo, o narrador informa que se lia “no jornal do Comércio que Sua Excelência fora agraciado pelo governo português com o título de Barão do Freixal”. Esse jornal, um dos mais importantes órgãos noticiosos do Rio de Janeiro, fora fundado em 1827. Essa pista nos indica que os acontecimentos narrados se dão após essa data. 8 ESPAÇO – O espaço físico retratado é o microcosmo de uma sociedade em formação: um cortiço e um sobrado imponente. Os dois locais ressaltam o engalfinhar constante de forças econômicas e sociais. O antagonismo constante entre essas forças é mostrado de fora para dentro das personagens. Por isso, no romance, as descrições são minuciosas e fartas. O aspecto psicológico emana das ações e reações características do homem analisado muito mais por seu comportamento social. Rio de Janeiro, século XIX, início da miséria humana, início da expansão no Brasil. O espaço físico é urbano, pois o proletariado e classe média ganhavam corpo e a mão-de-obra – principalmente de italianos e portugueses – era muito necessária.9 GÊNERO NARRATIVO – ROMANCE DE TESEEXERCÍCIOSINSTRUÇÃO: As questões de números 4 e 5 referem-se ao romance O cortiço, de Aluísio

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Azevedo.01. U. Caxias do Sul-RS A obra apresenta muitos conflitos. O assassinato de Firmo, porexemplo, expressa:a) a degradação social experimentada por Jerônimo.b) o ciúme provocado por Zulmira em Bertoleza.c) a impiedade de João Romão.d) a prepotência do dono do cortiço.e) o desespero vivido por Piedade.02. U. Caxias do Sul-RS A exploração sofrida pelos inquilinos do cortiço por parte do proprietáriopode ser justificada:a) pelo fato de trabalharem na pedreira de João Romão e fazerem compras em sua taverna.b) pela presença mais significativa de portugueses do que de brasileiros no cortiço.c) pelos benefícios pessoais oferecidos por João Romão.d) pela falta de opção de moradias no centro da cidade.e) pela dificuldade enfrentada por imigrantes em conseguir trabalho no Brasil.03. Unifor-CE“O modo pelo qual agora se vê e se expressa a realidade é muito mais radical e unilateral do queo enfoque simplesmente ‘realista’. Trata-se, na verdade, de um modo de considerar o homemcomo produto do meio e das forças do instinto animal, numa visão fatalista e determinista, para aqual a literatura contribui dando ênfase aos detalhes, sublinhando o lado material da vida, documentandoos limites humanos com o rigor de uma demonstração científica.”O trecho acima está tratando:a) da arte parnasiana. d) da prosa naturalista.b) do regionalismo romântico. e) da última geração romântica.c) da primeira fase do Modernismo.04. Uneb-BA“Rita, essa noite, recolhera-se aflita e assustada. Deixara de ir ter com o amante e mais tardeadmirava-se como fizera semelhante imprudência; como tivera coragem de pôr em prática justamenteno momento mais perigoso, uma coisa que ela, até aí, não se sentira com ânimo de praticar.No íntimo respeitava o capoeira; tinha-lhe medo. Amara-o a princípio por afinidade de temperamento,pela irresistível conexão do instinto luxurioso e canalha que predominava em ambos,depois continuou a estar com ele por hábito, por uma espécie de vício que amaldiçoamos sempoder largá-lo; mas desde que Jerônimo propendeu para ela, fascinando-a com a sua tranqüilaseriedade de animal bom e forte, o sangue da mestiça reclamou os seus direitos de apuração, eRita preferiu no europeu o macho da raça superior. O cavouqueiro, pelo seu lado, cedendo às

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imposições mesológicas, enfarava a esposa, sua congênere, e queria a mulata, porque a mulataera o prazer, era a volúpia, era o fruto dourado e acre destes sertões americanos, onde a alma deJerônimo aprendeu lascívias de macaco e onde seu corpo porejou o cheiro sensual dos bodes.”AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. São Paulo: FTD, 1993. p. 169. (Coleção Grandes Leituras).Considerando-se o fragmento transcrito no contexto de O Cortiço, de Aluísio de Azevedo,pode-se afirmar:a) Jerônimo representa, para Rita, a possibilidade de ascensão social.b) Os personagens do texto são enfatizados em seus traços psicológicos.c) O relacionamento de Rita Baiana com Firmo fundamenta-se no respeito mútuo.d) Rita e Jerônimo são personagens que sofrem os efeitos do determinismo socioeconômico.e) O narrador, ao justificar a atração de Rita por Jerônimo, evidencia uma visão preconceituosa.Texto para a questão 05:“Amanhecera um domingo alegre no cortiço, um bom dia de abril. Muita luz e pouco calor.As tinas estavam abandonadas; os coradouros despidos. Tabuleiros e tabuleiros de roupa engomadasaíam das casinhas, carregados na maior parte pelos filhos das próprias lavadeiras. (...)Mulheres ensaboavam os filhos pequenos debaixo da bica, muito zangadas, a darem-lhes murros,a praguejar, e as crianças berravam, de olhos fechados, esperneando. (...)Os papagaios pareciam também mais alegres com o domingo e lançavam das gaiolas frasesinteiras, entre gargalhadas e assobios. (...)Dentro da taverna, os martelos de vinho branco, os copos de cerveja nacional e os dois vinténsde parati ou laranjinha sucediam-se por cima do balcão, passando das mãos do Domingos e doManuel para as mãos ávidas dos operários e dos trabalhadores, que os recebiam com estrondosasexclamações de pândega. A Isaura, que fora num pulo tomar o seu primeiro capilé, via-se tontacom os apalpões que lhe davam.”AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. São Paulo: Klick, 1997. p. 48-9. (Coleção Ler é Aprender)05. F. Católica de Salvador-BA É uma característica naturalista evidenciada no texto:a) Prevalência dos meios sobre os fins.b) Denúncia das desigualdades sociais.c) Preferência por grupos sociais marginalizados.d) Ênfase na satisfação de necessidades instintivas.e) Similaridade entre o comportamento humano e o instinto animal.INSTRUÇÃO: Para responder às questões de 06 a 08, ler o texto que segue.“E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas

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de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciamcomo manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérberodas claras barracas de algodão cru, armadas sobre lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus,cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar,a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotarespontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.”06. PUC-RS A expressão sublinhada no texto exemplifica uma característica do romance………, que é ……… .a) realista o descritivismo exaustivob) naturalista o determinismo do meio ambientec) pré-modernista a crítica social desveladad) naturalista a patologia das personagense) realista o determinismo da hereditariedadeINSTRUÇÃO: Para responder à questão 07, analisar as afirmativas que seguem, sobre o texto.I. Mostra a formação de aglomerados humanos em um centro urbano.II. Retrata a vida de seres que habitam ambientes degradados.III. Compara a vida humana à vida animal.IV. Expressa uma visão saudosista em relação à vida.07. PUC-RS Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa:a) I. b) II. c) II e III. d) III e IV. e) I, II e III.08. PUC-RS No texto:a) o individual prevalece sobre o coletivo.b) o tempo não se apresenta em uma seqüência linear.c) a visão do mundo aparece influenciada pelo determinismo biológico.d) a análise do comportamento humano marca a condução da narrativa.e) a descrição do mundo objetivo predomina sobre os elementos narrativos.09. Emescam-ES O Realismo e o Naturalismo, estilos de época contemporâneos na literaturabrasileira, têm características que os aproximam e características que os distinguem. Dasopções abaixo, há uma que não é verdadeira. Isso ocorre em:a) Enquanto o Realismo tende para uma visão biológica do homem, o Naturalismo temuma acentuada tendência e preferência por temas da patologia social.b) O Naturalismo considera o homem uma máquina guiada pela ação das leis químicas efísicas e pela hereditariedade.c) Os personagens, tanto das obras realistas, quanto das obras naturalistas, são tipos concretos,vivos, frutos da observação.d) Os autores realistas e naturalistas privilegiam em suas obras a descrição, em vez danarração.e) Os autores realistas e naturalistas preferem retratar, em suas obras, a vida contemporânea,a sua época, a retratar o passado.

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Texto para a questão 10:“Bertoleza, que havia já feito subir o jantar dos caixeiros, estava de cócoras no chão, escamandopeixe, para a ceia do seu homem, quando viu parar defronte dela aquele grupo sinistro.Reconheceu logo o filho mais velho do seu primitivo senhor, e um calafrio percorreu-lhe ocorpo. Num relance de grande perigo compreendeu a situação: adivinhou tudo com a lucidez dequem se vê perdido para sempre. Adivinhou que tinha sido enganada; que a sua carta de alforriaera uma mentira, e que o seu amante, não tendo coragem para matá-la, restituía-a ao cativeiro.Seu primeiro impulso foi de fugir. Mal, porém, circunvagou os olhos em torno de si, procurandoescapulir, o senhor adiantou-se dela e segurou-lhe o ombro.— É esta! Disse aos soldados que, com um gesto, intimaram a desgraçada a segui-los.quem se vê perdido para sempre. Adivinhou que tinha sido enganada; que a sua carta de alforriaera uma mentira, e que o seu amante, não tendo coragem para matá-la, restituía-a ao cativeiro.Seu primeiro impulso foi de fugir. Mal, porém, circunvagou os olhos em torno de si, procurandoescapulir, o senhor adiantou-se dela e segurou-lhe o ombro.— É esta! Disse aos soldados que, com um gesto, intimaram a desgraçada a segui-los. —Prendam-na! É escrava minha!A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chãoe com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então,erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto, e antes que alguém conseguissealcançá-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.E depois emborcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue.João Romão fugira até o canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos.Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas quevinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito.Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas.”AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Cap. XXXIII, p. 164-5. Rio de janeiro: Ediouro, s.d.10. PUC-RJ O texto corresponde à cena em que a escrava fugida Bertoleza comete suicídio,quando se depara com os policiais que vêm capturá-la, após denúncia de seu paradeirofeita por João Romão, o amante. Leia-o atentamente e responda às questões propostas em“a” e “b”.a) Explique uma característica do realismo-naturalismo expressa no trecho que compreendeos 6º e 7º parágrafos (“Os policiais... de sangue”).b) Transcreva a passagem em que o leitor deduz a ironia dos acontecimentos, provocada

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pelo contraditório comportamento de João Romão.11.U. F. Viçosa-MG Leia atentamente a proposição:“O Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter. É acrítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos — para nos conhecermos,para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver de mau nanossa sociedade.”QUEIRÓS, Eça de. In: PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de época na literatura. São Paulo: Liceu, 1969. p. 207.O texto de Eça de Queirós reúne alguns princípios básicos do Realismo. Dentre as alternativasabaixo, assinale aquela que não está em conformidade com as definições do romancistaportuguês:a) O Realismo foi marcado por um forte espírito crítico e assumiu uma atitude mais combativadiante dos problemas sociais contemporâneos.b) As preocupações psicológicas da prosa de ficção realista levaram o romancista a uma conscientizaçãodo próprio “eu” e manifestação de sua mais profunda interioridade.c) O autor realista retratou com fidelidade a psicologia do personagem, demonstrando uminteresse maior pelas fraquezas humanas e pelos dramas existenciais.d) Em oposição à idealização romântica, o escritor realista procurou descobrir a verdadede seus personagens, dissecando-lhes o comportamento.e) O sentido de observação e análise vigente no Realismo exigiu do escritor uma posturaracional e crítica diante das contradições do homem enquanto ser social.12.U. Uberaba-MG“(...) A negra, imóvel cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmadas nochão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então,erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto, e antes que alguém conseguissealcançá-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.E depois emborcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira desangue.”AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço.O trecho exemplifica a seguinte característica da escola literária a que pertence:a) A personagem Bertoleza é uma heroína individual e, assim como outras no romance,não pode ser substituída pela coletividade.b) Os seres humanos, assim como a escrava Bertoleza, supostamente alforriada, são comparadosaos animais irracionais.c) A personagem apresentada no trecho é coisificada, já que a obra trata de realismo psicológico.d) Mulatos e imigrantes portugueses testemunham as condições de vida da população doRio, por isso a obra se torna panfletária e propagandista.13. Fempar Os trechos abaixo foram extraídos de Uma Lágrima de Mulher e O Mulato, primeiros

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romances de Aluísio Azevedo, publicados em 1879 e 1881, respectivamente. Assinale aalternativa em cujo texto não predominam traços da escola literária que mais marcou oautor:a) “Todo o ser se lhe revolucionou; o sangue gritava-lhe, reclamando o pão do amor; seuorganismo inteiro protestava irritado contra a ociosidade. E ela então sentiu bem nítidaa responsabilidade dos seus deveres de mulher perante a natureza, compreendeu o seudestino de ternura e de sacrifícios, percebeu que viera ao mundo para ser mãe; concluiuque a própria vida lhe impunha, como lei indefectível, a missão sagrada de procriarmuitos filhos”. (O Mulato)b) “A atmosfera de um baile daquela ordem, no seu apogeu, afeta singularmente a economiaanimal dos moços. O coração como que se derrete ao calor dos galanteios, dosperfumes, das luzes, dos vinhos, dos vapores estimulantes que exalam os corpos cansadosdas mulheres, e derrama-se por todo o corpo como um filtro diabólico e sensual,que percorre e excita os tecidos orgânicos, precipitando as suas competentes funções”.(Uma Lágrima de Mulher)c) “Com estes devaneios, acudia-lhe sempre um arrepiozinho de febre; ficava excitada,idealizando um homem forte, corajoso, com um bonito talento, e capaz de matar-se porela. E, nos seus sonhos agitados, debuxava-se um vulto confuso, mas encantador, quegalgava precipícios, para chegar onde ela estava e merecer-lhe a ventura de um sorriso,uma doce esperança de casamento. E sonhava o noivado: um banquete esplêndido! Ejunto dela, ao alcance de seus lábios, um mancebo apaixonado e formoso, um conjunto deforça, graça e ternura, que a seus pés ardia de impaciência e devorava-a com o olhar emfogo.”(O Mulato)d) “Ia uma dessas noites quentes de verão, em que a natureza parece adormecida aosbeijos ardentes do sol; em que as águas dos lagos são mornas como a brisa, que acariciaos píncaros abrasados das montanhas, e a lua se ergue vermelha, como uma chaga viva(...) Uma dessas formosas noites napolitanas, em que tudo se converte em volúpia ecansaço (...) Abraçam-se nos montes os pinheiros e os ciprestes nos cemitérios;entrelaçam-se as flores no campo; amam-se feras nos covis; nos ares os passarinhos eos répteis no charco.”(Uma Lágrima de Mulher)e) “No seu desterro tinha por companhia única uma preta velha, que se encarregara deservi-lo; magra, feia, supersticiosa, arrastando-se, a coxear, pela varanda e pelos quartosdesertos, fumando um cachimbo insuportável, e sempre a falar sozinha, a mastigarmonólogos intermináveis (...) Não podia entrar com a cozinha da preta – era uma coisamuito mal amanhada – tinha nojo de beber pelos copos mal lavados; banhava comrepugnância o rosto na bacia barrada de gordura.” (O Mulato)14. Univali-SC“O CORTIÇODaí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa demachos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam

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com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas daslatrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas.Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não sedavam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás daestalagem ou no recanto das hortas.”Aluísio Azevedo.São características do Naturalismo presentes no texto acima:a) objetividade; cientificismo; impressionismo.b) preferência por temas de patologia social; objetivismo científico; determinismo.c) descrição da realidade; ênfase no momento presente; abuso de figuras de linguagem.d) observação da realidade; linguagem simples; subjetivismo.e) aspectos patológicos da realidade; conflitos individuais; descrição detalhada do ambiente.15.UFSC Marque a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S).01) A literatura realista caracteriza-se por descrever a realidade objetiva e minuciosamente,de modo impessoal. Aluísio Azevedo, autor de O Cortiço, é um dos representantesdessa escola em sua vertente naturalista.02) Nos versos:“(Que vens tu fazer, Alferes,com tuas loucas doutrinas?Todos querem liberdade,Mas quem por ela trabalha?)Ah! se eu me apanhasse em Minas...”do livro Romanceiro da Inconfidência, Cecília Meireles expressa, em linguagem poética,o sentimento de desamparo de Tiradentes, mártir da inconfidência mineira.04) Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, o defunto-autor, descompromissadocom o mundo dos vivos, conta sua própria história, numa fria autoanálisede sua vida.08) Moacir Scliar, em Bandoleiros, permeia toda a narrativa com a figura singulardo judeu, amigo de infância que lhe povoa a memória, e mesmo de longe dásentido à sua vida: Tinha de ver o Noel. Precisava reencontrar o meu passadoenquanto ainda tinha algum significado, enquanto fazia algum sentido.16) Nos versos:Nas formas voluptuosas o SonetoTem fascinante, cálida fragrânciaE as leves, langues curvas de elegânciaDe extravagante e mórbido esqueleto., Cruz e Sousa apresenta o Soneto como “entidadeconcreta, dotada de aparência física”.16.(UESPI-2007) Correlacione os períodos literários brasileiros ealgumas de suas características.1) Real-Naturalismo2) Parnasianismo

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3) Romantismo( ) Este período literário destaca-se, sobretudo, porseus temas e pela tentativa de estabelecer umalinguagem brasileira, resultante da onda denacionalismo que varreu o país. O indianismo foiuma das escolhas temáticas dos autores deentão.( ) Período literário influenciado por mudanças deuma nova revolução industrial e descobertascientíficas, teve como características, entreoutras, a objetividade, a impessoalidade e oracionalismo. Com uma visão pessimista dasociedade, criticou duramente a classe burguesa.( ) Esta escola literária congregou apenas os poetas.Concentrando sua estética no rigor da rima e damétrica, a forma tem prevalência sobre as idéias,seguindo o preceito latino de “A arte pela arte”.A seqüência correta é:A) 1, 2, 3B) 2, 1, 3C) 2, 3, 1D) 1, 3, 2E) 3, 1, 217. (UESPI-2007) Leia os fragmentos seguintes:“Noventa e cinco casinhas comportou a imensa estalagem.As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia: tudopago adiantado”Graças à abundância de água que lá havia, como emnenhuma outra parte e graças ao muito espaço de que sedispunha no cortiço para estender a roupa, a concorrênciaàs tinas não se fez esperar: acudiram lavadeiras de todosos pontos da cidade, entre elas algumas vindas de bemlonge. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, umcanto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem depretendentes a disputá-los.Aluísio de Azevedo. O Cortiço.Qual a característica do Naturalismo presente nosfragmentos apresentados acima?A) Determinismo do instinto com manifestações decertas patologias psíquicasB) Comportamentos mórbidos de certospersonagensC) Determinismo da hereditariedade como suportedecisivo das açõesD) Forma descritiva com detalhes minuciosos epreocupação pela verossimilhançaE) Exaltação do modo de vida simples e da

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resignação do homem comum


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