PTTPTTPontos de Troca de TráfegoPontos de Troca de Tráfego
na Internetna Internet
Comitê Gestor - Internet-br
Demi Getschko
Breve HistóricoBreve Histórico 1986 Surge a NSFNet National Science Foundation Network, com os
5 Centros de Supercomputação da NSF sendo conectados:– Cornell, na Unversidade de Cornell, Ithaca, NY– NCSA, na Universidade de Illinois, Urbana-Champaign, Chicago– PSC, na Universidade de Pittsburgh– SDSC, na Univerdidade da Califórnia, San Diego e– JvNC, na Universidade de Princeton
com linhas de 56kbps, pagas pela NSF
A NSFNet torna-se o primeiro “backbone” internet de porte, conectando diversas redes regionais.
Em 1987 a NSF contrata a MCI para aumentar a velocidade das conexões, dos 56kbps para T1 - 1.544 Mbps. O aumento de velocidade ocorre em 1988.
A Universidade de Michigan, através da Merit Networks, é indicada para criar e operar o primeiro NOC.
Breve HistóricoBreve Histórico
Formam-se quatro “backbones” principais: (1984) MILNET - Data Defense Network, separado da
Arpanet original, que mantem-se como rede de pesquisa;
(1986) NSFNet - National Science Foundation Network;
(1986) NSI (Nasa Science Internet), nome adotado pela antiga SPAN - Space Physics Analysis Network, da NASA ao trocar o DECnet pelo TCP/IP;
(1988) ESnet (Energy Sciences Network), do DoE, resultante da fusão da MFEnet (Magnetic Fusion Energy Network) com a HEPnet (High Energy Physics Network), que também migram de DECnet para TCP/IP.
Breve HistóricoBreve Histórico
A interligação dos quatro “backbones” nacionais norte-americanos dá-se em dois pontos específicos:
– o FIX-E (Federal Internet Exchange East) College Park, Maryland, e
– o FIX-W (Federal Internet Exchange West) Moffet Field, Califórnia
Trata-se de instalações simples e robustas, que contém roteadores de alta capacidade, com redundância, e que se destinam a possibilitar a completa troca de tráfego entre esses “backbones”. São os primeiros “pontos de troca de tráfego” oficiais da Internet.
Breve HistóricoBreve Histórico
A partir de 1990, há um crescimento de tráfego não-acadêmico no conjunto na Internet. Desta forma, algumas redes se organizam para dar vazão a tráfego comercial.
CERFNet, PSINet e AlterNet criam em 1991, em Santa Clara, Califórinia, uma organização sem fins lucrativos para operar o CIX - Commercial Internet Exchange.
O CIX é o primeiro ponto de tráfego aberto - sem restrições quanto à natureza do tráfego.
Breve HistóricoBreve Histórico
Em 1992, a MCI criou o MAE-East (Metropolitan Área Ethernet, East), um anel de fibra óptica em Washington para que os provedores Internet (ISP) o utilizássem para sua conexão.
O MAE-West surge em 1995, como expansão do FIX-W, operado pela NASA-Ames, na área de San José, na Califórnia.
"The peering policy at the MAEs is pretty much that there is no policy"
Mais tarde surgiriam, ainda, o MAE-LA em Los Angeles, o MAE-Dallas e o MAE-Chicago, operados pela MFS (Metropolitan Fiber Systems)
Breve HistóricoBreve Histórico Em 1993, em meio a uma extensa discussão sobre o papel do
governo versus iniciativa privada em redes, a NSF decide deixar de operar o “backbone”da NSFNet. Divulga uma solicitação (NSF 93-52) de propostas para a criação de 4 NAPs (Network Access Points) que, como o CIX, permitiriam a conexão de redes privadas e governamentais. Decidiu-se criar NAPs em:
- San Francisco, operado pela PacBell;
- Chicago, operado por Bellcore e Ameritech;
- New York, operado pela Sprintlink e posteriormente migrado para Pennsauken, New Jersey;
- Washington (MAE-East) operado pela MFS (Metropolitan Fiber Systems).
ConceitosConceitos
NSF NAPs:– Interconexão é uma “boa coisa”
– Um NAP provê um local definido para interconexão de redes, mas…
– NSF não entra no mérito de que políticas de “peering” devem ser adotadas
– NAPs tornam-se “clubes fechados” dos grandes provedores de conexão, que raramente aceitam trocar tráfego com pequenos.
Com os NAPS, 12 pontos tornaram-se pontos de interconexão (PTTs): os 4 NAPs oficiais, o CIX, o FIX-E, o FIX-W e os cinco MAEs.
Níveis de InterconexãoNíveis de Interconexão
1- Nível de Interconexão - NAP
2- Nível de “Backbone” nacional
3- Rede Regional
4- Provedor de Serviços Internet
5- Usuário final
Acordos comerciais em PTTAcordos comerciais em PTT
• “Peering” ou Parceria– é um acordo entre dois “backbones”, A e B;– “peering” aplica-se apenas quanto o tráfego
originado de um usuário do “backbone” A destina-se ao “backbone” B e vice-versa;
– normalmente, não existem ajustes financeiros entre os participantes do “peering”. Os custos restringem-se aos equipamentos de cada um, e ao custo de trazer o tráfego de um “backbone” ao outro.
Acordos comerciais em PTTAcordos comerciais em PTT
• “Peering”– Os parceiros de um “peering” podem combinar
de trocar tráfego em mais de uma localidade geográfica. Adota-se, normalmente, o “hot potato routing mechanism”, que consiste em repassar o pacote ao parceiro tão logo que possível.
Acordos comerciais em PTTAcordos comerciais em PTT
• “Peering”– Um acordo de “peering”não inclue, usualmente,
garantia de entrega dos pacotes por parte do “backbone” que os recebe. Usa-se “best effort” (“melhores esforços”);
– Como seria muito dispendioso que as redes fizessem acordos duas-a-duas, o PTT torna-se o local geográfico onde estes acordos são economicamente vantajosos
– O PTT gerencia as conexões entre os “backbones” presentes, para garantir que a troca de informação ocorre na forma prevista.
Acordos comerciais em PTTAcordos comerciais em PTT• “Trânsito”
– é um acordo entre dois “backbones”A e B– quando um “backbone” A oferece trânsito a um
“backbone” B, os usuários de B poderão acessar os usuários de todos os “backbones” com quem A tem “peering”;
– um acordo de “trânsito” envolve, normalmente, o pagamento de taxa de transporte de B para A.
Lógica de InterconexãoLógica de Interconexão
• Internacionalmente, não há uma regra ou convenção que defina em que circunstâncias dois “backbones” deverão estabelecer um “peering”;
• A tendência é que “backbones” de porte equivalente concordem em estabelecer “peering”;
• Na prática, trata-se de uma negociação entre partes, onde cada uma busca as vantagens que o “peering” pode trazer a ela;
• Recusar-se a fazer “peering” pode representar “competição desleal”?
Lógica de InterconexãoLógica de Interconexão
• Redes menores podem ter dificuldades em conseguir “peering” com “backbones” maiores, dado que o custo de transporte dentro do “backbone” maior pode ser mais pesado;
• Por outro lado, não existe uma métrica clara que permita comparar o tamanho dos parceiros;
• Uma solução pode ser criar mecanismos de compensação que levem em conta esse desbalanceamento;
• Com a dificuldade de se estabelecerem relação que garantam amplo trânsito, pode existir um risco crescente de “estanqueização” da Internet.
Lógica de InterconexãoLógica de Interconexão
• Situações onde há um “monopolista” claro podem levar a que todos acabem por comprar trânsito dele, o que prejudica a competição;
• Internacionalmente, os acordos com os provedores (norte-americanos) de primeiro nível (NAP) acabam sendo de “trânsito”.
• Dentro de regiões ou países, a existência de PTTs nacionais pode diminuir muito a compra de trânsito de provedores de primeiro nível do exterior;
• Alguns países (EUA por exemplo) legislam sobre quem e como deve trocar tráfego no nível mais alto (NAPs) (“national backbones”)
Backbone RNP, versão 1Backbone RNP, versão 1
Backbone RNP, versão 2Backbone RNP, versão 2
Backbone RNP AtualBackbone RNP Atual
PTTs no BrasilPTTs no Brasil
PTTs oriundos da área acadêmica no Brasil:– multilaterais:
• (1996) na ANSP/FAPESP, com trânsito agregado de 800 Mbps, hoje em transição para a Terremark
• (2000) RSIX, na UFRGS, Porto Alegre, agregado de 40Mbps, e ligado ao OptIX-LA
– bilaterais (Embratel - RNP)• (1996) SP, com 34 Mbps, (1997) RJ, com 16Mbps ATM
e (2000) DF, com 20Mbps ATM
Além destes tres PTTs, existem os que operam em DataCenters e aqueles ligados a operadoras.
PTT ANSP/FAPESPPTT ANSP/FAPESP
• Tráfego agregado na semana (19/08/2002)
PTT ANSP/FAPESP - InstituiçõesPTT ANSP/FAPESP - Instituições
RSIX - UFRGSRSIX - UFRGS
• Tráfego agregado na semana (19/08/2002)
RSIX - InstituiçõesRSIX - Instituições
AT&T LA (AS 7018) BrasilTelecom (AS 8167)
PROCERGS (AS 7465) Diveo do Brasil (AS 15180)
Global Village (AS 18881) Impsat (AS 11415)
Intelig (AS 16379) Plug In Vanet (AS 18479)
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (AS 1916)
Terra Networks Brasil (AS11706)
Vant Communications. (AS 14650)
PTTs no mundo
• AMS IX Amsterdã, Holanda
• BNIX Bruxelas, Bégica
• CINX Cidade do Cabo. Africa do Sul
• DGIX Estocolmo, Suécia
• DE-CIX Francoforte, Alemanha
• Ebone Munique, Alemanha
• FICIX Helsinque, Finlândia
• INEX Dublin, Irlanda
• GIX Paris, França
• VIX Viena, Áustria
• LINX Londres, Inglaterra
• ESPANIX Madrid, Espanha
• NSP IXP Tóquio, Japão
Bibliografia
[CG] http://www.cg.org.br/grupo/operação_ptt_v1.1.htm
[ESPANIX] http://www.espanix.net/en/peerings.html
[RSIX] http://www.penta.ufrgs.br/rsix
[LINX] http://www.linx.net
[Internet] http://boardwatch.internet.com
[Registro-br] http://registro.br
[ANSP] http://www2.ansp.br:8080/fbr/ptt
[ITU] http://www.itu.int
[ESnet] http://www.es.net
[Chicago NAP] http://www.aads.net/main.html
[Sprintlink NAP] http://www.sprintlink.net/
[PacBell NAP] http://www.pacbell.com/Products_Services/ Business/ProdInfo_1/1,,146--1-1-0,00.html
[MAE-East] http://www.mae.net/ATM/MAE_East.htm
[MFN] http://www.mfn.com/
[CIX] http://www.cix.net