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Quando vem a noite a
chuva
cai.
Se cai de mansinho não oiço nada.
Mas se cai apressada ouço-a bater nas telhas do telhado que fica zangado por ter de acordar de madrugada.
- Para onde vais, chuva? Pergunto eu, estremunhado.
E ela responde sempre a correr, sempre apressada:
- Vou lavar as ruas praças e calçadas
vou regar as flores os prados e montes vou matar a sede aos bichos da terra
e dar um abraço a todas as fontes.
Estendo a mãoe fica molhada.
Lá se foi a chuva sempre apressada.