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Resumo de curso de direito Penal Parte geral R. Greco:Contedo:Contedo:11.Captulo I Notas preliminares:141.1.Finalidade do direito penal:141.2.Direito penal objetivo e direito penal subjetivo:141.3.Garantismo penal de Ferrajoli:141.4.Dez axiomas do garantismo penal:141.5.Privatizao do direito penal:142.Captulo II - Fontes do direito penal:142.1.Espcies:143.Captulo III Da norma penal:153.1.Introduo:153.2.Teoria de Binding:153.3.Classificao das normas penais:153.3.1.Normas penais incriminadoras e normas penais no incriminadoras:153.3.2.Normas penais em branco primariamente remetidas:153.3.3.Normas penais incompletas ou imperfeitas secundariamente remetidas:153.4.Anomia e antinomia:153.5.Conflito APARENTE de normas penais ou concurso aparente de normas:154.Captulo IV - Interpretao e integrao da lei penal:164.1.Introduo:164.2.Espcies de interpretao:164.3.Interpretao analgica:174.4.Interpretao conforme a constituio:174.5.Dvida em matria de interpretao:174.6.Analogia:174.6.1.Juiz como legislador positivo e como legislador negativo:175.Captulo V princpio da interveno mnima:176.Captulo VI Princpio da lesividade:177.Captulo VII Princpio da adequao social:188.Captulo VIII Princpio da fragmentariedade:189.Captulo IX Princpio da insignificncia:189.1.Introduo:189.2.Tipicidade penal:189.3.Rejeio ao princpio da insignificncia:189.4.Orientao utilitarista:199.5.Entendimento do STF Prova delegado RJ - 2012:1910.Captulo X Princpio da individualizao da pena:1910.1.Fases da individualizao da pena:1910.2.Individualizao da pena e a 11.343/06:1911.Captulo XI- Princpio da proporcionalidade:1912.Captulo XII Princpio da responsabilidade pessoal ou intranscendncia da pena ou da pessoalidade:1913.Captulo XIII - Princpio da limitao da pena:2013.1.Introduo:2013.2.Penas de morte e de carter perptuo:2013.3.Penas de trabalhos forados:2013.4.Pena de banimento:2013.5.Penas cruis:2014.Captulo XIV - Princpio da culpabilidade:2015.2116.Captulo XV Princpio da legalidade:2116.1.Estado de direito e princpio da legalidade:2116.2.Introduo ao princpio da legalidade:2116.3.Funes do princpio da legalidade:2116.4.Legalidade formal e legalidade material ou substancial:2116.5.Vigncia e validade da lei:2116.6.Termo inicial de aplicao da lei penal:2116.7.Medidas provisrias regulando matrias penais:2216.8.Distino entre princpio da legalidade e princpio da reserva legal:2217.Captulo XVI Princpio da extra-atividade da lei penal:2217.1.Introduo:2217.2.Tempo do crime:2217.3.Extra-atividade da lei penal espcies:2217.4.Novatio legis in mellius e novatio legis in pejus:2217.4.1.Aplicao da novatio legis in pejus nos crimes permanentes e continuados:2217.5.Abolitio criminis:2317.5.1.Efeitos da abolitio criminis:2317.5.2.Abolitio criminis temporalis:2317.6.Sucesso de leis penais no tempo:2317.6.1.Lei intermediria:2317.6.2.Sucesso de leis temporrias e leis excepcionais:2317.7.Combinao de leis:2317.8.Competncia para aplicao da Lex metior:2317.9.Apurao da maior benignidade da lei:2317.10.Irretroatividade da Lex gravior e medida de segurana:2417.11.Aplicao da Lex mitior durante o perodo da vacatio legis:2417.12.Vacatio legis indireta:2417.13.A retroatividade da jurisprudncia:2418.Captulo XVII - Princpio da territorialidade:2418.1.Lugar do crime:2418.2.Territorialidade:2419.Captulo XVIII - Princpio da extraterritorialidade:2420.Captulo XIX - Disposies sobre a aplicao da lei penal:2520.1.Eficcia da sentena estrangeira:2520.2.Contagem de prazo:2520.3.Fraes no computveis da pena:2520.4.Legislao especial:2521.Captulo XX - Conceito e evoluo da teoria do crime:2521.1.Noes fundamentais:2521.2.Infrao penal:2621.3.Diferena entre crime e contraveno:2621.4.Ilcito penal e ilcito civil:2621.5.Conceito de crime:2621.6.Conceito analtico de crime:2621.7.Conceito analtico de crime adotado pela teoria bipartite:2622.Captulo XXI conduta:2722.1.Conduta:2722.2.Conceito de ao causal, final ou social:2722.3.Condutas dolosas e culposas:2722.4.Condutas comissivas e omissivas:2722.5.Ausncia de conduta:2722.6.Fases de realizao ao:2823.Captulo XXII - Tipo penal:2823.1.Conceito:2823.2.Tipicidade penal = tipicidade formal + tipicidade conglobante:2823.3.Adequao tpica:2823.4.Fases da evoluo do tipo:2823.5.Teoria dos elementos negativos do tipo:2923.6.Injusto penal (injusto tpico):2923.7.Tipos bsicos e tipos derivados:2923.8.Tipos normais e tipos anormais:2923.9.Tipos fechados e abertos:2923.10.Tipos congruentes e incongruentes:2923.11.Tipo complexo:2923.12.Elementares:2923.13.Elementos que integram o tipo:2923.14.Elementos especficos dos tipos penais:2923.15.Funes do tipo:3024.Captulo XXIII tipo doloso:3024.1.Dispositivo legal:3024.2.Conceito de dolo:3024.3.O dolo no cdigo penal:3024.4.Teorias do dolo:3124.5.Teorias adotadas pelo cdigo penal:3124.6.Espcies de dolo:3124.7.3124.8.Dolo geral (hiptese de erro sucessivo):3124.9.Dolo genrico e dolo especfico:3224.10.Dolo normativo (dolus malus):32Odolo normativo adotado pelateoria psicolgica normativa da culpabilidade(de baseneokantista); integra a culpabilidade e tem como requisitos: a conscincia, a vontade e a conscincia atual da ilicitude (que o elemento normativo do dolo).32Odolo natural, adotado pelateoria normativa pura(de basefinalista), integra o fato tpico e tem como requisitos: a conscincia e a vontade; aqui no existe elemento normativo (conscincia da ilicitude), que ser analisado na culpabilidade;3224.11.Dolo subseqente (dolus subsequens):3224.12.Ausncia de dolo em virtude de erro de tipo:3224.13.Dolo e crime de perigo:3225.Captulo XXIV tipo culposo:3225.1.Dispositivo legal:3225.2.Conceito e elementos do delito culposo:3225.3.Imprudncia, impercia e negligncia:3325.4.Crime culposo e tipo aberto:3325.5.Culpa consciente e culpa inconsciente:3325.6.Diferena entre culpa consciente e dolo eventual:3325.7.Culpa imprpria ou culpa por extenso ou por equiparao ou por assimilao:3425.8.Compensao e concorrncia de culpas:3425.9.Excepcionalidade do crime culposo:3425.10.Culpa presumida:3425.11.Tentativa nos delitos culposos:3426.Captulo XXV - Relao de causalidade:3526.1.Dispositivo legal:3526.2.Relao de causalidade:3526.3.Do resultado de que trata o caput do art. 13, CP:3526.4.Teorias sobre a relao de causalidade:3526.5.Regresso em busca das causas do resultado:3526.6.Processo hipottico de eliminao de Thyrn:3526.7.Ocorrncia do resultado:3526.8.Espcies de causas:3526.8.1.Causa absolutamente independente:3626.8.2.Causa relativamente independente:3626.9.Omisso como causa do resultado:3726.10.Crimes omissivos prprios e omissivos imprprios:3726.11.Relevncia da omisso:3726.12.A posio de garantidor:3726.13.Teoria da imputao objetiva:3827.Captulo XXVI consumao e tentativa:3827.1.Dispositivo legal:3827.2.Iter criminis:3827.3.Consumao:3927.4.No punibilidade da cogitao e dos atos preparatrios:3927.5.Diferena entre atos preparatrios e atos de execuo:3927.6.Tentativa e adequao tpica de subordinao mediata:4027.7.Elementos que caracterizam o crime tentado:4027.8.Tentativa perfeita e tentativa imperfeita:4027.9.Tentativa e contraveno penal:4027.10.Crimes que no admitem tentativa:4027.11.Tentativa e crime complexo:4127.12.Tentativa branca ou incruenta:4127.13.Teorias sobre a punibilidade sobre o crime tentado:4127.14.Punio da tentativa como delito autnomo:4127.15.Tentativa e aplicao da pena:4127.16.Tentativa e dolo eventual:4228.Captulo XXVII Desistncia voluntria e arrependimento eficaz:4228.1.Dispositivo legal:4228.2.Desistncia voluntria:4228.2.1.Introduo:4228.2.2.Desistncia voluntria e poltica criminal:4228.2.3.A desistncia deve ser voluntria e no espontnea:4228.2.4.Frmula de Frank:4228.2.5.Responsabilidade do agente somente pelos atos j praticados:4228.2.6.Agente que possui um nico projtil em seu revlver:4228.3.Arrependimento eficaz:4228.4.Natureza jurdica da desistncia voluntria e do arrependimento eficaz:4328.5.Diferena entre arrependimento eficaz e desistncia voluntria:4328.6.No impedimento da produo do resultado:4329.Captulo XXVIII Arrependimento posterior:4329.1.Dispositivo legal:4329.2.Natureza jurdica:4329.3.Poltica criminal:4329.4.Momentos para a reparao do dano ou restituio da coisa:4329.5.Infraes penais que possibilitam a aplicao do arrependimento posterior:4329.6.Ato voluntrio do agente:4329.7.Reparao ou restituio total, e no parcial:4329.8.Extenso da reduo aos co-autores:4429.9.Cooperao dolosamente distinta e arrependimento posterior:4429.10.Diferena entre arrependimento posterior e arrependimento eficaz:4429.11.Smula 554, STF:4429.12.Reparao do dano aps o recebimento da denncia:4429.13.Reparao dos danos e a lei 9.099/95:4429.14.Arrependimento posterior e crime culposo:4430.Captulo XXIX - Crime impossvel:4530.1.Dispositivo legal:4530.2.Introduo:4530.3.Teorias sobre o crime impossvel:4530.4.Absoluta ineficcia do meio:4530.5.Meio relativamente ineficaz:4530.6.Absoluta impropriedade do objeto:4630.7.Objeto relativamente imprprio:4630.8.O crime impossvel a smula 145, STF:4630.9.Diferena entre crime impossvel e crime putativo:4631.Captulo XXX Agravao pelo resultado:4631.1.Dispositivo legal:4631.2.Inovao das disposies contidas no art. 19, CP:4631.3.Finalidade do art. 19, CP:4631.4.Crtica aos crimes preterdolosos:4632.Captulo XXXI Erro de tipo:4632.1.Conceito de erro e sua distino da ignorncia:4632.2.Erro de tipo:4732.3.Conseqncias do erro de tipo:4732.4.Erro de tipo essencial ou erro de tipo acidental:4732.5.Descriminantes putativas:4732.5.1.Efeitos das descriminantes putativas:4732.5.2.Hiptese de erro nas descriminantes putativas:4732.6.As descriminantes putativas e as teorias extremada (estrita) e limitada da culpabilidade:4833.Captulo XXXII Ilicitude:5033.1.Conceito:5033.2.Ilicitude formal e material:5033.3.A ilicitude no conceito analtico de crime:5133.4.Causas de excluso da ilicitude:5133.5.Elementos objetivos e subjetivos nas causas de excluso da ilicitude:5133.6.Causas legais de excluso da ilicitude:5133.7.Estado de necessidade:5133.7.1.Conceito Elementos:5133.7.2.Estado de necessidade justificante e estado de necessidade exculpante:5133.7.3.5233.7.4.Prtica de fato para salvar de perigo atual:5233.7.5.Perigo provocado pelo agente:5233.7.6.Evitabilidade do dano:5233.7.7.Estado de necessidade prprio ou de terceiros:5233.7.8.Razoabilidade do sacrifcio do bem:5233.7.9.Dever legal de enfrentar o perigo:5233.7.10.Estado de necessidade defensivo e agressivo:5333.7.11.Elemento subjetivo no estado de necessidade:5333.7.12.Excesso no estado de necessidade:5333.7.13.Aberratio e estado de necessidade:5333.7.14.Estado de necessidade putativo:5333.7.15.Estado de necessidade e dificuldades econmicas:5333.7.16.Efeitos civis do estado de necessidade:5333.8.Legtima defesa:5333.8.1.Conceito e finalidade:5333.8.2.Bens amparados pela legtima defesa:5433.8.3.Espcies de legtima defesa:5433.8.4.Injusta agresso:5433.8.5.Diferena entre agresso injusta e provocao injusta:5433.8.6.Meios necessrios:5433.8.7.Moderao no uso dos meios necessrios:5433.8.8.Atualidade e iminncia da agresso:5433.8.9.Elemento subjetivo na legtima defesa:5533.8.10.Legtima defesa e agresso de inimputveis:5533.8.11.Legtima defesa recproca:5533.8.12.Legtima defesa putativa versus legtima defesa real (autntica):5533.8.13.Legtima defesa versus estado de necessidade:5533.8.14.Excesso na legtima defesa:5533.8.15.Excesso intensivo e extensivo:5633.8.16.Excesso na causa:5633.8.17.Excesso exculpante:5633.8.18.Legtima defesa sucessiva:5633.8.19.Legtima defesa e aberratio ictus:5633.8.20.Ofendculos:5633.8.21.Efeitos civis na legtima defesa:5633.9.Estrito cumprimento de dever legal:5633.9.1.Conceito e requisitos:5633.9.2.O esvaziamento do estrito cumprimento de dever legal como causa de excluso da ilicitude em face da tipicidade conglobante:5733.10.Exerccio regular de um direito:5733.11.Consentimento do ofendido Conceito, finalidades e requisitos:5734.Captulo XXXIII Culpabilidade:5734.1.Conceito:5734.2.Livre arbtrio e determinismo (capacidade de autodeterminar-se):5734.3.Evoluo histrica da culpabilidade na teoria do delito:5834.3.1.Sistema causal-naturalista, ou clssico, de Liszt-Beling teoria psicolgica da culpabilidade:5834.3.2.Teoria normativa ou psicolgico normativa sistema neoclssico metodologia neokantista:5834.3.3.Teoria da ao final:5834.3.4.Teoria social da ao:5934.3.5.Funcionalismo:5934.4.Culpabilidade de ato e culpabilidade de autor:5934.5.Elementos da culpabilidade na concepo finalista de Welzel:5934.5.1.Imputabilidade (capacidade de culpabilidade):5934.5.2.Potencial conscincia sobre a ilicitude do fato:6034.5.3.Exigibilidade de conduta diversa:6134.6.Co-culpabilidade:6235.Captulo XXXIV Concurso de pessoas:6335.1.Introduo:6335.2.Requisitos para o concurso de pessoas:6335.3.Teorias sobre o concurso de pessoas:6335.4.Autoria:6335.4.1.Introduo:6335.4.2.Conceito restritivo de autor teoria objetiva da participao:6435.4.3.Conceito extensivo de autor teoria subjetiva da participao:6435.4.4.Teoria do domnio do fato:6435.4.5.Co-autoria:6435.4.6.Autoria direta e indireta:6435.4.7.Autoria mediata e crimes de mos prprias:6435.4.8.Co-autoria e crimes de mo prpria:6535.4.9.Autor intelectual:6535.4.10.Autor de determinao:6535.4.11.Co-autoria sucessiva:6535.4.12.Autoria colateral, autoria incerta e autoria desconhecida;6535.4.13.Autoria de escritrio:6535.5.Participao:6535.5.1.Introduo:6535.5.2.Cumplicidade necessria:6635.5.3.Teorias sobre a participao:6635.5.4.Instigao a autores e fatos determinados:6635.5.5.Participao punvel desistncia voluntria e arrependimento eficaz do autor:6735.5.6.Arrependimento do partcipe:6735.5.7.Tentativa de participao:6735.5.8.Participao em cadeia (participao de participao):6735.5.9.Participao sucessiva:6735.5.10.Participao por omisso:6735.5.11.Impunibilidade da participao:6735.5.12.Participao de menor importncia:6735.5.13.Participao em crimes menos graves (desvio subjetivo de conduta):6735.5.14.Cumplicidade e favorecimento real:6735.6.Punibilidade no concurso de pessoas:6835.7.Circunstncias incomunicveis:6835.8.Crimes multitudinrios:6835.9.Concursos de pessoas em crimes omissivos:6835.9.1.Crimes omissivos prprios e imprprios distino:6835.9.2. possvel a co-autoria em crimes omissivos (prprios e imprprios)?6835.9.3. possvel a participao em crimes omissivos (prprios e imprprios)?6935.10.Concurso de pessoas em crimes culposos:6935.10.1.Introduo:6935.10.2.Co-autoria em delitos culposos:6935.10.3.Participao em crimes culposos:6936.Captulo XXXV - Das penas:6936.1.Introduo:6936.2.Origem das penas:6936.3.Finalidades da pena teorias absolutas e relativas:6936.4.Teoria adotada pelo art. 59, CP:7036.5.Crticas ao critrio de preveno geral e especial:7036.6.Sistemas prisionais:7036.7.Espcies de pena:7036.8.Penas privativas de liberdade:7136.8.1.Regimes de cumprimento de pena:7136.8.2.Fixao legal do regime inicial de cumprimento de pena:7236.8.3.A lei n 8.072/90 e a imposio do cumprimento inicial da pena em regime fechado nos crimes nela previstos:7236.8.4.Lei de tortura e regime inicial de cumprimento de pena:7236.8.5.Impossibilidade de cumprimento de pena em regime mais gravoso do que o determinado na sentena penal condenatria:7236.8.6.Regras do regime fechado:7236.8.7.Regras do regime semi-aberto:7336.8.8.Regras do regime aberto:7336.8.9.Progresso e regresso de regime:7336.8.10.Regime especial:7336.8.11.Direitos do preso:7336.8.12.Trabalho do preso e remio da pena:7336.8.13.Supervenincia de doena mental:7436.8.14.Detrao:7436.8.15.Priso especial:7436.8.16.Priso albergue domiciliar:7436.9.Penas restritivas de direito:7436.9.1.Introduo:7436.9.2.Espcies de penas restritivas de direito:7436.9.3.Requisitos para a substituio:7436.9.4.Durao das penas restritivas de direito:7536.9.5.Prestao pecuniria:7536.9.6.Violncia domstica e familiar contra a mulher:7536.9.7.Perda de bens e valores:7536.9.8.Prestao de servios a comunidades ou entidades pblicas:7636.9.9.Interdio temporria de direitos:7636.9.10.Limitao de fim de semana:7636.9.11.Converso das penas restritivas de direito:7636.10.Pena de multa:7736.10.1.Introduo:7736.10.2.Sistemas de dia-multa:7736.10.3.Aplicao da pena de multa:7736.10.4.Pagamento da pena de multa:7736.10.5.Execuo da pena de multa:7736.10.6.Competncia para a execuo da pena de multa:7736.11.Aplicao da pena:7836.11.1.Introduo:7836.11.2.Clculo da pena:7836.11.3.Circunstncias judiciais:7836.11.4.Circunstncias (legais) atenuantes e agravantes:7937.Captulo XXXVI - Concurso de crimes:8237.1.Introduo:8237.2.Concurso material ou real de crimes:8237.2.1.Introduo:8237.2.2.Requisitos ou conseqncias do concurso material ou real:8237.2.3.Concurso material homogneo e heterogneo:8337.2.4.Concurso material e penas restritivas de direito:8337.3.Concurso formal ou ideal de crimes:8337.3.1.Requisitos ou conseqncias do concurso formal ou ideal:8337.3.2.Concurso formal homogneo e heterogneo:8337.3.3.Concurso formal prprio (perfeito) ou imprprio (imperfeito):8337.3.4.Concurso material benfico:8337.3.5.Dosagem da pena:8337.4.Crime continuado:8337.4.1.Introduo:8337.4.2.Natureza jurdica do crime continuado:8437.4.3.Requisitos e conseqncias do crime continuado:8437.4.4.Crimes dolosos, cometidos contra vtima diferentes, cometidos com violncia ou grave ameaa pessoa:8437.4.5.Crime continuado simples e crime continuado qualificado:8537.4.6.Conseqncias do crime continuado:8537.4.7.Concurso material benfico:8537.4.8.Dosagem da pena no crime continuado:8537.4.9.Crime continuado e novatio legis in pejus:8537.5.Aplicao da pena no concurso de crimes:8537.6.Multa no concurso de crimes:8538.Captulo XXXVII Dos crimes aberrantes:8538.1.Introduo:8538.2.Erro na execuo (aberratio ictus):8638.2.1.Aberratio ictus e dolo eventual:8638.3.Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis ou aberratio delicti):8638.4.Concurso material benfico nas hipteses de aberratio ictus e aberratio criminis:8638.5.Aberratio causae:8639.Captulo XXXVIII Limite das penas:8639.1.Introduo:8639.2.Limite das penas:8639.3.Tempo sobre o qual devero ser procedidos os clculos para a concesso dos benefcios legais:8739.4.Condenao por fato posterior ao incio do cumprimento da pena:8740.Captulo XXXIX suspenso condicional da pena - Sursis:8740.1.Introduo:8740.2.Direito subjetivo do condenado o faculdade do juiz?8740.3.Aplicao do sursis:8740.4.Requisitos para a suspenso condicional da pena:8740.5.Espcies de sursis:8840.6.Revogao obrigatria:8840.7.Revogao facultativa:8840.8.Prorrogao automtica do perodo de prova:8840.9.Cumprimento das condies:8840.10.Diferena entre sursis e suspenso condicional do processo:8841.Captulo XL - Livramento condicional:8841.1.Introduo:8841.2.Requisitos para o livramento condicional:8941.3.Condies para o cumprimento do livramento:9041.4.Procedimento do livramento condicional:9041.5.Necessidade de ser ouvido o conselho penitencirio para a concesso do livramento:9041.6.Revogao do livramento condicional:9041.7.Extino da pena:9141.8.Livramento condicional e execuo provisria da sentena:9142.Captulo XLI Efeitos da condenao:9142.1.Introduo:9142.2.Efeitos genricos da condenao:9142.3.Efeitos especficos da condenao:9142.4.Efeitos da condenao nos crimes contra a propriedade imaterial:9243.Captulo XLII Da reabilitao:9243.1.Introduo:9243.2.Aplicabilidade:9243.3.Requisitos e competncia para a anlise do pedido:9243.4.Recurso do indeferimento do pedido de reabilitao:9243.5.Revogao da reabilitao:9244.Captulo XLIII Medidas de segurana:9344.1.Introduo:9344.2.Espcies de medida de segurana:9344.3.Inicio do cumprimento da medida de segurana:9344.4.Prazo de cumprimento da medida de segurana:9344.5.Desinternao ou liberao condicional:9344.6.Reinternao do agente:9444.7.Medida de segurana substitutiva aplicada ao semi-imputvel:9444.8.Extino da punibilidade e medida de segurana:9444.9.Direitos do internado:9445.Captulo XLIV Ao penal:9445.1.Introduo:9445.2.Condies da ao:9445.2.1.Legitimidade das partes:9445.2.2.Interesse de agir:9445.2.3.Possibilidade jurdica do pedido:9545.3.Justa causa:9545.4.Espcies de ao penal:9545.4.1.Ao penal de iniciativa pblica:9545.4.2.Ao penal de iniciativa privada:9645.5.Representao criminal ou requisio do ministro da justia:9645.6.Ao penal no crime complexo:9745.7.Decadncia do direito de queixa ou de representao, renncia e perdo do ofendido:9746.Captulo XLV Extino da punibilidade:9746.1.Introduo:9746.2.Morte do agente:9746.3.Anistia, graa e indulto:9746.4.Retroatividade de lei que no mais considera o fato como criminoso:9846.5.Prescrio, decadncia e perempo:9846.6.Renncia ao direito de queixa ou perdo aceito nos crimes de ao privada:9846.6.1.Renncia ao direito de queixa:9846.6.2.Perdo do ofendido:9846.7.Retratao do agente nos casos em a lei admite:9946.8.Perdo judicial, nos casos previstos em lei:9946.8.1.Perdo judicial no CTB:9946.8.2.Perdo judicial e a lei n 9.807/99:9947.Captulo XLVI Prescrio:9947.1.Introduo:9947.2.Natureza jurdica da prescrio:10047.3.Espcies de prescrio:10047.4.Prescrio antes de transitar em julgado a sentena:10047.5.Prescrio das penas restritivas de direito:10047.6.Prescrio depois de transitar em julgado a sentena penal condenatria:10047.7.Momento para o reconhecimento da prescrio:10047.8.Prescrio retroativa e intercorrente (ou superveniente):10047.9.Termo inicial da prescrio antes de transitar em julgado a sentena final:10147.10.Termo inicial da prescrio aps a sentena condenatria irrecorrvel:10147.11.Prescrio da multa:10147.12.Reduo dos prazos prescricionais:10147.13.Causas suspensivas da prescrio:10147.14.Causas interruptivas da prescrio:102I-Recebimento da denncia ou da queixa:102II-Pela pronncia:102III-Pela deciso confirmatria da pronncia:102IV-Pela publicao da sentena ou acrdos condenatrios recorrveis:102V-Pelo incio ou continuao do cumprimento da pena:103VI-Pela reincidncia:10347.14.1.Efeitos da interrupo:10347.15.Prescrio no concurso de crimes:10347.16.Prescrio pela pena em perspectiva (ideal, hipottica ou pela pena virtual):10347.17.Imprescritibilidade:104

Captulo I Notas preliminares:Finalidade do direito penal:Apesar do entendimento do professor Gunther Jacobs, de que a finalidade do direito penal a proteo e garantia do cumprimento da norma, prevalece na doutrina o entendimento de que a principal finalidade do direito penal a proteo dos direitos subjetivos, j que delito significa a leso um direito subjetivo alheio, porm, tendo em vista que o direito penal a ultima ratio, somente os bens jurdicos significantes tero a tutela do direito penal.A seleo dos bens jurdicos penais tem como ponto de partida a CF, ou seja, os bens a serem tutelados pelo direito penal so aqueles que fundamentam sua existncia nos direitos previstos na CF.Direito penal objetivo e direito penal subjetivo:Direito penal objetivo so todas as normas, de natureza penal, editadas, tanto as incriminadoras, quanto aquelas que regulamentam a aplicao e a interpretao do direito penal. O direito penal objetivo est ligado ao princpio da legalidade.Direito penal subjetivo o ius puniendi, ou seja, o poder-dever do Estado de legislar o tipo ou outras normas penais e de aplic-las nos casos em que cometida uma conduta tpica, ilcita e culpvel. O direito penal subjetivo deve obedecer ao devido processo legal. Divide-se em dois, positivo e negativo. O positivo exatamente o conceituado acima, e o negativo a faculdade de derrogar, revogar ou modificar ou restringir a aplicao de tipos ou outras normas penais.Garantismo penal de Ferrajoli:O garantismo encontra fundamento na pirmide de Kelsen, onde todas as normas encontram fundamento na norma superior, e no topo desta pirmide est a CF, portanto, nenhuma norma pode se contrapor aos direitos previstos na CF.As garantias se dividem em primrias (quelas que normatizam os direitos e obrigaes) e secundrias (quelas que prevem remdios aos atos que transgridem as garantias primrias, ex: o habeas corpus um remdio transgresso ao direito liberdade).Para os garantistas o juiz no um simples aplicador das normas, mas um intrprete do direito, aplicando o direito conforme as normas constitucionais. Ainda, no pode o aplicador do direito se fundamentar em dogmas ultrapassados, de que o social deve prevalecer sobre o individual.Portanto, o conjunto dos direitos fundamentais um freio para o direito penal.Dez axiomas do garantismo penal:1. Nulla poena sine crimini No h pena sem crime;2. Nullum crimini sine lege No h crime sem lei;3. Nulla lege sine necessitate No h lei se no houver necessidade;4. Nulla necessitate sine injuria No h necessidade se no houver leso;5. Nulla injuria sine actione No h leso se no houver ao (conduta);6. Nulla actio sine culpa No h ao sem culpa (sentido amplo);7. Nulla culpa sine juditio No h culpa sem processo;8. Nullum juditio sine acusatione No h processo sem acusao;9. Nulla acusatione sine probatio No h acusao sem provas;10. Nullum probatio sine defensione No h provas sem defesa.Privatizao do direito penal: a busca pela pacificao social, de origem anglo-saxnica (alems que colonizaram a Inglaterra).Tal expresso surge com a criao de institutos que passaram, depois da 2 guerra, a priorizar a vtima, ou seja, a vontade da vtima, e.g., a renncia, perdo, e a disponibilidade de forma geral, nos processos penais de iniciativa privada; a reparao dos danos; composio dos danos, etc.H autores que preferem o entendimento de que a relao Autor x Vtima x Reparao, d ao direito penal uma terceira funo, junto com a preveno e a retribuio, que seria a REPARAO.Captulo II - Fontes do direito penal:Espcies:A doutrina divide as fontes do direito penal em duas:1. As fontes de produo ou materiais (que em nosso ordenamento jurdico somente pode ser a Unio);2. Fontes de cognio ou conhecimento ou formais: que podem ser divididas em:a) Imediatas: a lei;b) Mediatas: os costumes, os princpios gerais de direito, jurisprudncia e a doutrina. As fontes mediatas no tm o poder de revogar a lei penal, mas pode servir de base para sua revogao.Captulo III Da norma penal:Introduo:Em decorrncia do princpio constitucional da reserva legal, toda conduta que no for proibida por LEI permitida, mesmo sendo reprovada socialmente. Devendo ser ressaltado de que, ao incriminar condutas, o legislador penal est limitado pelo princpio penal da INTERVENO MNIMA, onde o Estado somente poder intervir quando o bem jurdico em jogo for essencial, vital e necessrio a manuteno da sociedade.Teoria de Binding:Para Binding, ao se transgredir uma norma jurdico-penal o infrator no est infringindo a lei, mas sim a norma jurdica, tendo em vista o formato peculiar de previso do tipo penal, sustentando que norma jurdica e lei tm significados distintos, uma vez que norma jurdica o que se extrai da lei e lei o revestimento formal da norma jurdica, tendo a lei um carter descritivo e a norma um carter proibitivo ou mandamental.Classificao das normas penais:Normas penais incriminadoras e normas penais no incriminadoras:a) Normas penais incriminadoras: a norma penal em sentido estrito, ou seja, por excelncia, aquela que probe (proibitiva) ou impe (mandamental) conduta, estabelecendo sano para o seu descumprimento. Divide-se ainda em preceito primrio (a conduta proibida ou imposta) e preceito secundrio (a sano estabelecida).b) Normas penais no incriminadoras: So aquelas que no probem ou impe condutas. Dividem-se em normas penais:b.1. Permissivas: que por suas se dividem em excludentes de ilicitude e exculpantes;b.2. Justificativas: que esclarecem a norma ou o instituto;b.3. Complementares: fornecem os princpios gerais para aplicao da lei penal.Normas penais em branco primariamente remetidas:So aquelas normas que precisam de complemento no seu preceito primrio. Dividem-se em NORMAS PENAIS HETEROGNEAS (ou prprias, ou em sentido estrito, so aquelas que o complemento oriundo de uma norma criada por fonte legislativa diversa, ex: portaria da ANVISA) ou NORMAS PENAIS HOMOGNEAS (ou em sentido amplo, ou imprprias, so aquelas que o complemento oriundo da mesma fonte legislativa, e.g., art. 237, CP).O professor R.Greco, fundamentado em Zaffaroni e Nilo Batista, defende que as normas penais em branco heterogneas ofendem ao princpio da reserva legal (legalidade), pois seu complemento no obedece ao tramite legislativo das normas penais (na qual a fonte de produo a Unio), estando a possibilidade de modificao nas mos de rgos do executivo, como acontece com as substncias consideradas drogas. Porm a doutrina majoritria entende que no h ofensa ao princpio da legalidade, impondo apenas que a lei preveja o ncleo essencial da conduta.Normas penais incompletas ou imperfeitas secundariamente remetidas:So aquelas em que o preceito secundrio nos remete a outro tipo penal, e.g., o art. 304, CP, que ao mesmo tempo uma norma penal em branco e norma penal incompleta ou imperfeita.Anomia e antinomia:A anomia a falta de norma ou no aplicao de normas existentes, que pode ser oriunda do excesso de normas penais, gerador de uma sensao de impunidade, nas palavras de R. Greco, resultado da inflao legislativa.Antinomia a existncia de normas contrapostas, devendo prevalecer aquela que, obedecendo a ordem, so hierarquicamente superiores; as cronologicamente mais recentes; as especiais sobre as gerais.No podemos esquecer que, prevalece o entendimento de que a norma geral posterior ir prevalecer sobre a norma especial anterior, mas somente se tratarem do mesmo tema, caso contrrio, se a lei geral no tratar de forma especfica o mesmo tema, ir prevalecer a lei especial, mesmo que anterior.Conflito APARENTE de normas penais ou concurso aparente de normas:Diz-se aparente, pois apenas uma delas ser aplicada, por isso, na verdade, no h conflito.Este conflito aparente resolvido de acordo com o ESCA:a) ESPECIALIDADE: deve prevalecer aquela norma que especial em relao a outra, que geral;b) SUBSIDIARIEDADE a norma subsidiria apenas um soldado de reserva, que somente ser aplicada quando a norma principal no puder ser aplicada, e.g., art. 311, CTB;c) CONSUNO onde o crime meio, ou preparatrio para o crime principal, absorvido pelo crime principal, ou ainda, nos casos de ante-fato impunvel ou ps-fato impunvel, como nos casos de exaurimento do crime, que no ser punido, aqui encontramos uma relevante discusso doutrinria acerca de ser a venda de mercadoria roubada ou furtada como se fosse prpria, um crime autnomo de estelionato ou mero exaurimento do furto ou roubo, entendendo Greco e Fragoso ser apenas exaurimento;d) ALTERNATIVIDADE (so aquelas em que o tipo penal prev vrias condutas, e caso o agente pratique mais de uma, no poder responder em concurso, mas sim por um s crime).Captulo IV - Interpretao e integrao da lei penal:Introduo:A interpretao da lei penal pode ser:a) OBJETIVA: interpretao da lei, ou seja, o que est escrito;b) SUBJETIVA: interpretao da vontade do legislador, esta repudiada pela doutrina, no que tange a direito penal, pois ao interpretar a lei penal deve ser levar em conta o que est escrito e no o que se quis escrever, pois assim poderemos falar em segurana jurdica.Espcies de interpretao:A interpretao pode ser diferenciada ainda quanto :a) SUJEITO: quem faz a interpretao, que dividida ainda em:a.1. Autntica contextual: feita pelo prprio legislador, dentro do prprio contexto, ex: art. 327, CP;a.2. Autntica posterior: feita pelo prprio legislador atravs das normas penais exemplificativas;a.3. Doutrinria: feita pela doutrina, ex: exposio de motivos, que por no obedecer o processo legislativo das normas penais, no so autnticas;a.4. Judicial, vinculante ou no: aquela feita pelos juzes intra autos, e.g., smulas vinculantes e no vinculantes;b) MEIOS UTILIZADOS: que pode ser literal, teleolgica (finalidade), sistmica ou histrica;c) RESULTADO OBTIDO: declaratria, extensiva e restritiva.

Interpretao analgica:Por no poder prever todas as hipteses possveis para o cometimento de certos delitos, o legislador preferiu prever expressamente a possibilidade do uso da interpretao analgica para que se possa d o real alcance norma. Neste caso o legislador prev uma frmula casustica, ou seja, d exemplos, que servir de norte ao intrprete, seguindo de uma frmula genrica, onde ser enquadrada as demais condutas, ex: art. 121, 2, III, CP.A interpretao analgica uma espcie, junto interpretao extensiva em sentido estrito, de interpretao extensiva em sentido amplo. Distinguindo-se apenas na previso de uma frmula casustica, no encontrada nos tipos que faz necessria a interpretao extensiva em sentido estrito.

Interpretao conforme a Constituio:A interpretao conforme a constituio a base do garantismo penal, pois deve o intrprete e aplicador do direito faz-lo conforme a Constituio, declarando inconstitucional a norma penal, seja no controle difuso ou no controle direto, quando esta for de encontro as normas constitucionais.Dvida em matria de interpretao:Se aps utilizados todos os institutos acima para a resoluo dos conflitos aparentes de normas, ainda persistirem dvidas, assim como no processo penal, a lei penal deve ser interpretada a favor do ru, o princpio do in dubio pro reu, que um princpio decorrente do princpio do favor rei ou favor libertatis.Analogia:Em matria de direito penal, em respeito ao princpio da reserva legal, no cabvel o uso da analogia in malam partem, seja para estender agravantes ou qualificadoras, seja para estender o rol de tipos penais. Porm, perfeitamente cabvel o uso da analogia in bonam partem, devendo apenas ser observado que somente ser possvel o uso da analogia in bonam partem, quando a lei deixar lacuna, do contrrio, quando a lei dispuser de um modo, incabvel ser o uso da analogia, mesmo que in bonam partem.Juiz como legislador positivo e como legislador negativo:R. Greco entende que quando o juiz (sentido amplo) aplica a analogia in bonam partem, ele atua como legislador positivo. E ao contrrio, quando declara inconstitucional a norma, seja em controle difuso, seja no concentrado, o juiz atua como legislador negativo.Captulo V Princpio da Interveno mnima:Tem como referncia o BEM JURDICO tutelado. Aqui, o bem jurdico tutelado irrelevante.O direito penal somente intervm quando o bem jurdico lesado for relevante. Seleciona as condutas que no causam leso um bem jurdico relevante a ponto de ser tutelada pelo direito penal.O direito penal, tendo em vista que o mais violento instrumento punitivo estatal, deve ser aplicado apenas quando for atingido bens relevantes ao convvio social, em que a tutela dos outros ramos do direito se torna insuficiente.Portanto, o princpio da interveno mnima deve ser norte tanto para a seleo dos bens a serem tutelados pelo direito penal, quanto para a excluso de bens que no mais merecem a tutela penal, como ocorreu com o delito de adultrio.O princpio da interveno mnima est ligado ao legislador, enquanto que o da insignificncia est ligado ao aplicador do direito.Captulo VI Princpio da lesividade:Tem como referncia a CONDUTA praticada. Aqui, o bem jurdico relevante, porm a conduta praticada no lesiva o suficiente para a interveno do direito penal.Seleciona as condutas que causam leso a um bem jurdico relevante, devendo ser tutelada pelo direito penal.O princpio da lesividade a outra face da mesma moeda do princpio da interveno mnima, sendo que este veda a criminalizao de condutas que no atacam bens jurdicos relevantes de terceiro de forma a abalar o convvio em sociedade. J o princpio da lesividade atua no mesmo sentido que o princpio da insignificncia, porm traz as condutas que podem ser incriminadas, tipificadas como crime, pois lesam um bem jurdico relevante, e de forma relevante para o direito penal, que so aquelas condutas que ultrapassam o mero pensar do autor, o mero ato preparatrio, o mero modo de vida ou estados existenciais e, por fim, ultrapassam o seu mbito pessoal, atingindo relevantemente o bem jurdico de terceiro.Daqui extra-se a impossibilidade de punio dos atos preparatrios e do crime impossvel por absoluta ineficcia do meio ou absoluta impropriedade do objeto.Enquanto o princpio da interveno mnima nos traz as condutas que no podem ser incriminadas, pois os bens jurdicos so irrelevantes para o direito penal, o princpio da lesividade nos traz as condutas que podem ser incriminadas (quelas que causam leso ao bem jurdico relevante), ou seja, os princpios trabalham no mesmo sentido, como se fossem dois lados de uma mesma moeda.Captulo VII Princpio da adequao social:O princpio da adequao social significa que, condutas aceitas e praticadas pela sociedade, mesmo que tipificadas no so consideradas ilcitas, neste caso falamos de atos da sociedade os quais so consequentes do convvio social, por exemplo, o trnsito, as usinas nucleares, a construo de prdios altos em pleno centro da cidade, trabalhos perigosos, etc. nestes casos, se interpretssemos o tipo penal, sem fazer uso do princpio em estudo, haveria a exata subsuno ao tipo de perigo de dano.Assim o princpio da adequao social tem 3 finalidades: a) Dever seguir como norte na criao de tipos penais, assim como a interveno mnima (tem como destinatrio o legislador);b) Como norte na excluso de condutas tpicas, antes consideradas ilcitas, mas que hoje no se faz mais necessrio a sua tipificao, tendo em vista a sua adequao social (tambm tem como destinatrio o legislador);c) Instrumento de auxlio ao intrprete no momento de fazer a subsuno da conduta ao tipo penal;Porm, devemos ressaltar que, assim como no princpio da interveno mnima, e tendo em vista que somente uma lei poder revogar ou derrogar outra, o princpio da adequao social no tem o condo de revogar nem derrogar crimes nem contravenes, como tem se pretendido nas contravenes do jogo do bicho.Assim, pode-se concluir que o princpio da adequao social tem duas funes: serve como norte ao legislador, tanto para criar a norma, como para revog-la; serve tambm com princpio a afastar a subsuno, de determinadas condutas adequadas socialmente, ao tipo penal.Captulo VIII Princpio da fragmentariedade:O pncp da fragmentariedade consequncia dos princpios da interveno mnima, da lesividade e da adequao social, pois aps ser feita uma anlise abstrata de quais condutas sero consideradas lesivas o suficiente para merecerem a tutela do direito penal, pois os outros ramos do direito so insuficientes para tanto, sobraram apenas uma pequena parcela (fragmentos) de bens jurdicos que merecem a tutela do direito penal, por isso o direito penal fragmentrio, ou seja, cuida apenas de fragmentos de bens jurdicos os quais os outros ramos do direito no so suficientes para tanto.Captulo IX Princpio da insignificncia:Introduo:Aps feita toda a anlise abstrata sobre a conduta, utilizando-se dos princpios da interveno mnima, lesividade, adequao social e da fragmentariedade, estabelecida quais condutas devem ser tuteladas pelo direito penal, sendo tais condutas tipificadas como infrao penal.A partir da, dentro do conceito analtico de crime, devemos analisar se o fato praticado pelo agente tpico, ilcito e culpvel, para que o agente possa responder criminalmente pelo seu ato, sendo a ele estipulada uma pena.Na anlise do fato tpico, dever ser observado se esto presentes a conduta (culposa ou dolosa), o resultado, o nexo causal entre a conduta e o resultado e, finalmente, a tipicidade (formal e material, pois o STF rejeita a tipicidade conglobante). Tipicidade penal:O princpio da insignificncia, introduzido por CLAUS ROXIN, tem por finalidade auxiliar o intrprete quando da anlise do tipo penal, para fazer excluir do mbito de incidncia da lei aquelas situaes consideradas como de bagatela.De acordo com a tipicidade conglobante (que no adotada pelo STF, que somente adota a tipicidade formal e a material), alm do fato se enquadrar perfeitamente ao fato tpico, abstratamente previsto na lei, a conduta dever tambm ser anti-normativa e ter tipicidade material (leso de expresso). Assim, mesmo que a conduta seja formalmente tpica, no qualquer leso ao bem jurdico que configurar o fato tpico, pois se no preencher a tipicidade material no preencher a tipicidade conglobante; se no preencher a tipicidade conglobante, no preencher a tipicidade penal; se no preencher a tipicidade penal, no preencher o fato tpico; se no preencher o fato tpico, no preencher o conceito analtico de crime.Porm, ao analisarmos a tipicidade material, deveremos fazer uso da razoabilidade, pois tal anlise dotada de muito subjetivismo, o que criticado e at mesmo posto em cheque a existncia da tipicidade material por parte da doutrina.Em suma, na tipicidade material reside o PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA.Rejeio ao princpio da insignificncia:H parte minoritria da doutrina que entende que o princpio da insignificncia no pode ser usado no direito penal, tendo em vista que, se o bem jurdico tutelado pelo direito penal, qualquer leso a este bem dever ser punida. Entretanto, a doutrina majoritarssima entende que, a no aplicao do princpio da insignificncia nos levaria a situaes absurdas, fazendo apenas ressalvas de que tal princpio no aplicvel a todo e qualquer crime.Devemos destacar que nossos tribunais utilizam da aplicao de tal princpio constantemente, principalmente no que tange a delitos contra o patrimnio. Porm, quando falamos em crime de roubo, em que h dois bens jurdicos em jogo (patrimnio e integridade da pessoa) a doutrina majoritria e os nossos tribunais superiores tem entendido pela no aplicao do princpio da insignificncia, tendo em vista da multiplicidade de bens jurdicos atacados, apesar de existir doutrina minoritria em sentido contrrio.O princpio da interveno mnima, o da lesividade, o da adequao social e o da fragmentariedade, esto ligados ao legislador, enquanto que o da insignificncia est ligado ao intrprete e aplicador do direito. E, de acordo com Bitencourtt, so todos princpios que limitam o ius puniendi estatal.Orientao utilitarista:O princpio da insignificncia, como visto acima, decorrente do carter fragmentrio do direito penal, e tem base em uma ORIENTAO UTILITARISTA, que significa que deve se buscar a maior felicidade para maior nmero de pessoas, pois se admite a possibilidade dum equilbrio racional entre os interesses individuais em busca da felicidade geral.O entendimento da teoria utilitarista proferida por Bentham e sustentada por seus seguidores era que ao interpretar a norma deve ser levado em considerao os efeitos reais produzidos. A qualificao dos efeitos teria como base a utilidade, sendo o bom aquilo que traz prazer e mau, o que causa dor. Complementando esta frase, sob o prisma social, bom e justo tudo aquilo que tende a aumentar a felicidade geral.Assim, no utilitarismo o fim principal a utilidade ou o interesse do instituto penal na busca da felicidade geral. Entendimento do STF Prova delegado RJ - 2012:O princpio da insignificncia tem origem controversa e base utilitarista, encontrando na atual jurisprudncia do STF os seguintes requisitos de configurao - MARI:a) Mnima ofensividade da conduta do agente;b) Ausncia de risco social;c) Reduzidssimo grau de reprovabilidade do comportamento; d) Inexpressividade da leso.Captulo X Princpio da individualizao da pena:Fases da individualizao da pena:Em decorrncia de mandamento constitucional, a pena dever ser individualizada.Primeiramente a individualizao da pena feita abstratamente quando o legislador comina para cada crime uma pena diferente, de acordo com a dimenso do bem jurdico tutelado. Aps feita esta individualizao abstrata, pelo legislador, o juiz aplicar a pena individualizando-a de acordo com o critrio trifsico do art. 68, CP. E, por fim, haver a individualizao da pena tambm na sua execuo, pois nem todos os condenados so iguais, por isso merecem que suas penas sejam individualizadas.Portanto, resumindo, a individualizao da pena compreende trs fases: a cominao, a aplicao e execuo.Individualizao da pena e a 11.343/06:Hoje, o STF vem entendendo que o art. 44, da lei de drogas, que veda a substituio da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito, inconstitucional, pois h ofensa ao princpio da individualizao da pena, tendo declarado no HC 97256, STF, a inconstitucionalidade incidental de tal dispositivo, assim como o fez com a lei de crimes hediondos, no que tange a, hoje revogada, vedao de progresso de regime nos casos de crime hediondo, e como tem sido feito em relao a inconstitucionalidade da obrigatoriedade de imposio de regime inicial fechado no caso de crimes hediondos e equiparados, prevista no art. 2, 1, da lei de crimes hediondos, vejamos o teor do HC 111840, STF: inconstitucional o 1 do art. 2 da Lei 8.072/90 (Art. 2 Os crimes hediondos, a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo so insuscetveis de: ... 1o A pena por crime previsto neste artigo ser cumprida inicialmente em regime fechado). Com base nesse entendimento, o Plenrio, por maioria, deferiu HC com a finalidade de alterar para semiaberto o regime inicial de pena do paciente, o qual fora condenado por trfico de drogas com reprimenda inferior a 8 anos de recluso e regime inicialmente fechado, por fora da Lei 11.464/2007, que institura a obrigatoriedade de imposio desse regime a crimes hediondos e assemelhados v. Informativo 670. Destacou-se que a fixao do regime inicial fechado se dera exclusivamente com fundamento na lei em vigor. Observou-se que no se teriam constatado requisitos subjetivos desfavorveis ao paciente, considerado tecnicamente primrio. Ressaltou-se que, assim como no caso da vedao legal substituio de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em condenao pelo delito de trfico j declarada inconstitucional pelo STF , a definio de regime deveria sempre ser analisada independentemente da natureza da infrao. Ademais, seria imperioso aferir os critrios, de forma concreta, por se tratar de direito subjetivo garantido constitucionalmente ao indivduo. Consignou-se que a Constituio contemplaria as restries a serem impostas aos incursos em dispositivos da Lei 8.072/90, e dentre elas no se encontraria a obrigatoriedade de imposio de regime extremo para incio de cumprimento de pena. Salientou-se que o art. 5, XLIII, da CF, afastaria somente a fiana, a graa e a anistia, para, no inciso XLVI, assegurar, de forma abrangente, a individualizao da pena. Vencidos os Ministros Luiz Fux, Joaquim Barbosa e Marco Aurlio, que denegavam a ordem. HC 111840/ES, rel. Min. Dias Toffoli, 27.6.2012. (HC-111840)Captulo XI- Princpio da proporcionalidade:O princpio da proporcionalidade est ligado diretamente a cominao e aplicao da pena, pois atravs de tal princpio que o legislador dever cominar uma pena proporcional para tal conduta prevista como crime (proporcionalidade abstrata) e, tambm atravs deste princpio que o juiz, fazendo uso do critrio trifsico, mais precisamente nas circunstncias judiciais do art. 59, CP, aplicar a pena proporcional, ao analisar a conduta do agente e os suas caractersticas pessoais (proporcionalidade concreta).Entretanto, devemos registrar que a aplicao da proporcionalidade no simples, pois encontrar a pena proporcional tarefa subjetiva, principalmente quando tratamos de proporcionalidade abstrata. Nos dizeres do professor R. Greco, encontramos uma quase-proporo na lei talio (olho por olho, dente por dente), porm, tal lei fere a dignidade humana.Captulo XII Princpio da responsabilidade pessoal ou intranscendncia da pena ou da pessoalidade:Tal princpio encontra previso no art. 5, XLV, CF, e significa que a pena no poder passar da pessoa do condenado. Neste ponto devemos observar que, quando falamos em direito penal, a pena de perda de bens e de reparao dos danos a nica, decorrente do delito, que poder atingir os herdeiros, e ainda, somente at o limite da herana.Aqui surge um ponto importante que, de acordo com o professor R. Greco e Ferrajoli, a questo da pena de multa, que, mesmo que o cdigo determine que a multa seja tratada como dvida ativa contra a fazenda pblica, no poder passar para os herdeiros, nem mesmo para atingir a herana, pois a multa pena, e, como tal, no poder passar da pessoa do condenado, ao contrrio da reparao dos danos decorrentes do delito, pois esta no tem natureza de pena, podendo atingir a herana, como determina o art. 1.997, CC.Captulo XIII - Princpio da limitao da pena:Introduo:A CF, em seu art. 5, XLVII, veda determinadas penas. A vedao de determinadas penas consequncia do princpio da dignidade da pessoa humana. A adoo de penas que ferem a dignidade da pessoa humana pe em cheque a prpria existncia do Estado democrtico de direito, pois, neste caso, o Estado estaria se igualando ao delinqente.A mudana de postura dos Estados na aplicao das penas teve incio no sculo XVIII, conhecido como sculo das luzes, tendo, comeado a implantar as mudanas, na aplicao das penas, no final do sculo XVIII e incio do sculo XIX, onde comearam a ser alteradas as penas de castigos corporais por penas restritivas de liberdade.Entretanto, devemos observar que, mesmo com a cominao e aplicao de pena privativa de liberdade, deve o legislador e o juiz observar e ser obediente ao princpio da dignidade da pessoa humana.Penas de morte e de carter perptuo:Tal tema tem sido muito questionado pela sociedade. Porm, aqui nos cabe fazermos apenas trs observaes: em primeiro lugar cabe observar que o nosso ordenamento jurdico probe tanto a pena de carter perptuo, quanto a pena de morte, ressalvado, nesta ltima, em caso de guerra declarada, sendo ainda clusula ptrea; em segundo lugar, devemos registrar, tais penas tm sido abolidas dos ordenamentos jurdicos ptrios, seja parcialmente, seja por inteiro; e finalmente, nos pases em que ainda so adotadas tais penas, com o fundamento de que tais penas causam maior preveno, e.g., EUA, tm sido realizadas pesquisas entre os estados que adotam e os que no adotam, e tem sido percebido que no h distino no ndice de criminalidade entre estes Estados, ou seja, tal pena no tem maior carter de dissuaso.Ainda, fundamentando a repulsa das penas destas espcies de pena, ressaltamos que uma das funes da pena reeducar, ressocializar.Penas de trabalhos forados:No podemos confundir as penas de carter forados com o condicionamento a conquista de benefcios do preso, caso este trabalhe dentro da priso, pois neste caso no estamos falamos em condio de humilhao para o trabalho, o que a finalidade da vedao dos trabalhos forados, feita pela Constituio.Pena de banimento:Ao contrrio do que podemos observar na histria brasileira, hoje a pena de banimento constitucionalmente proibida, pois a nacionalidade um direito fundamental do homem, no podendo lhe ser tirada.Penas cruis:O ordenamento jurdico brasileiro, mais precisamente a CF, probe a adoo de penas cruis. E de acordo com Zaffaroni, penas cruis o antnimo de penas racionais, e no de penas doces.Captulo XIV - Princpio da culpabilidade:A culpabilidade o juzo de censura e reprovao para saber se o indivduo, ao cometer uma conduta ilcita, poderia ter agido de outra forma, ou seja, se poderia ou no ter agido de acordo com a lei.O princpio da culpabilidade tem trs sentidos:1. o terceiro elemento integrante do conceito analtico do crime. Sem o juzo de reprovao feito sobre a conduta do autor no poderemos falar em crime, pois estaria excluda culpabilidade, por inexigibilidade de conduta diversa, inimputabilidade ou falta de potencial conhecimento da ilicitude.2. Analise da culpabilidade do agente para determinar a pena que ser aplicada, na primeira anlise do critrio trifsico de aplicao da pena;3. Anlise da culpabilidade para verificar se a conduta do agente que causou o resultado foi decorrente de culpa ou dolo (neste caso a culpa em sentido amplo), com o intuito de impedir a responsabilidade penal objetiva.

Captulo XV Princpio da legalidade:Estado de direito e princpio da legalidade:O princpio da legalidade e o Estado democrtico de direito so vertentes que devem andar juntas, ou seja, sem a legalidade no podemos falar em Estado democrtico de direito, pois somente nos ordenamentos em que, os direitos fundamentais, as limitaes aos poderes estatais, os remdios contra abusos estatais, assim como todas as outras normas de forma geral, esto regulamentadas e formalmente previstas, assim como h obedincia a uma CF rgida, que tem no seu corpo a previso de processos mais complexos para a sua prpria alterao, e, finalmente, exista um controle de constitucionalidade sobre as leis, que devem ser produzidas e interpretadas em obedincia a esta CF, que podemos falar em Estado de direito.Nas palavras do professor Jos dos Santos Carvalho Filho, Estado de direito aquele em que o Estado obedece s normas criadas por ele prprio, se submetendo aos limites criados pelas prprias leis (sentido amplo: CF, leis ordinrias e complementares, resolues, etc).Introduo ao princpio da legalidade:O princpio da legalidade no direito penal o mais importante, pois traz com ele a segurana jurdica de que ningum poder responder por uma conduta se esta no tiver previso legal, somente podendo ser imposta uma pena ao transgressor caso esta pena tambm esteja previamente estabelecida. No direito penal o princpio da legalidade ganha a nomenclatura de princpio da RESERVA LEGAL.Funes do princpio da legalidade:O princpio da legalidade tem quatro funes:1. Vedar a retroatividade da lei penal: a irretroatividade da lei penal a regra, sendo exceo a retroatividade da lei penal benfica;2. Vedar a criao de crimes em decorrncia dos costumes ou princpios gerais do direito: os costumes e os princpios gerais do direito, como visto anteriormente, no tm o condo de criar crimes, porm podem fundamentar a criao ou revogao de infraes penais;3. Vedar o uso da analogia para a criao de crimes e para o alargamento de alcance de outros tipos penais: a conduta dever ser tipificada, no sendo permitido o uso da analogia para alargar o alcance do tipo penal, porm no se pode confundir analogia com interpretao analgica, pois nesta ltima, o legislador descreve uma situao genrica e permite o encaixe de situaes similares, ex: ...outro meio insidioso ou cruel;4. Vedao de tipos penais com condutas com conceitos vagos e imprecisos: o princpio da legalidade estrita, o tipo penal dever ser taxativo, determinando exatamente qual a conduta est sobre a tutela penal.Legalidade formal e legalidade material ou substancial:A) Legalidade formal a obedincia ao trmite legal para a criao da norma, previsto na CF.B) Legalidade material a adequao do contedo da norma ao ordenamento jurdico constitucional, ou seja, a norma criada deve est de acordo com a Constituio, no indo de encontro com os seus preceitos.Em suma a lei, alm de dever seguir o tramite legal para a sua criao, dever ter seu contedo em conformidade com a CF.Vigncia (legalidade formal) e validade da lei (legalidade material):A vigncia da lei est diretamente ligada a sua legalidade formal, ou seja, ultrapassada a vacatio legis a lei estar vigente.No mesmo sentido, a validade da lei est tambm ligada a legalidade material, ou seja, uma lei somente ter validade se estiver de acordo com a CF. Cabendo ao aplicador do direito (julgar) realizar o controle da legalidade material das leis penais (seja concentrado ou difuso).Termo inicial de aplicao da lei penal:O processo para a criao de uma nova lei penal o seguinte: proposta de projeto de lei (fase constitutiva); anlise, discusso, votao e sano ou veto deste projeto de lei (fase introdutria); promulgao (fase complementar); vigncia.Somente a partir da VIGNCIA da nova lei que estaremos vinculados a ela.Portanto, mesmo dentro da vacatio legis, enquanto a lei no estiver vigente no estaremos a ela submetidos. Entretanto, com fundamento na economia processual e em decorrncia do princpio da retroatividade da lei mais benfica, caso a nova lei seja mais benfica, o professor R. Greco entende que poder ser aplicada, inclusive, na vacatio legis, porm tal entendimento no unnime na doutrina, apesar de majoritrio.Medidas provisrias regulando matrias penais:A CF veda expressamente que medidas provisrias tratem de matria de natureza penal, que somente poder ser regulada por lei em sentido estrito, ou seja, lei ordinria e lei complementar, pois esta ltima tem uma exigncia de qurum maior do que a lei ordinria, logo no h empecilho para que a lei complementar trate de direito penal, e neste caso, por se tratar de matria que, originariamente, seria de competncia de lei ordinria, esta lei complementar poder ser alterada por lei ordinria, excepcionalmente.Distino entre princpio da legalidade e princpio da reserva legal:Tal distino feita por pequena parte da doutrina, que entende que o pncp da legalidade trata de lei em sentido amplo (LC, LO, MP,LD), e o pncp da reserva legal vincularia a criao de lei penal apenas a lei em sentido restrito (lei ordinria e lei complementar), porm a maioria da doutrina entende que tal distino desnecessria, entendendo que tanto a reserva legal quanto a legalidade estabelecem que a criao de lei penal somente poder ser realizada por lei ordinria ou por lei complementar.R.Greco vai mais alm, se justificando no sistema adotado na Espanha, em que a lei orgnica similar a lei complementar brasileira, e que a matria penal est restrita a lei orgnica.Captulo XVI Princpio da extra-atividade da lei penal:Introduo:A regra geral, trazida pela CF, e adotada no CP, de que a lei penal no retroagir, e a exceo que ela retroagir se for mais benfica. Logo, se deduz que a lei mais benfica poder tanto retroagir, para alcanar fatos anteriores a sua vigncia; quanto ultra-agir para alcanar fatos praticados na sua vigncia, mesmo que j tenha sido revogada.Tempo do crime - LUTA:Trs so as teorias que podem regular o tempo do crime: a) da atividade;b) do resultado;c) mista ou da ubiqidade. Tendo o CP adotado a teoria da ATIVIDADE, ou seja, independentemente de qual seja o momento do resultado do crime, o tempo a ser considerado para anlise do crime ser o do momento da conduta.Extra-atividade da lei penal espcies:A extra-atividade da lei penal gnero do qual h duas espcies:a) Ultra-atividade: onde a lei mais benfica regula o fato, mesmo depois de ter sido revogada, ou seja, a lei mais benfica ultra-age para alcanar o fato, pois esta lei era que vigorava na poca da conduta.b) Retroatividade: a lei mais benfica retroage para alcanar os fatos praticados anteriormente a sua entrada em vigor.Devemos observar que somente poderemos falar em extra-atividade da lei penal se for para beneficiar o ru e quando estivermos diante de sucesso de lei penal no tempo.Novatio legis in mellius e novatio legis in pejus:A novatio legis in mellius retroage para alcanar o fato ocorrido antes da sua vigncia, e.g., diminuio de circunstncias agravantes, diminuio do prazo prescricional, etc.J a novatio legis in pejus, alm de no poder retroagir para alcanar fatos anteriores a sua entrada em vigor, cede lugar a lei antiga, revogada, que continuar em vigor para alcanar fatos anteriores a entrada em vigor da lei malfica.Aplicao da novatio legis in pejus nos crimes permanentes e continuados:Crime continuado aquele em que so praticados dois ou mais crimes, da mesma espcie, e com maneiras de execuo, tempo e lugares semelhantes.Crime permanente aquele em que sua execuo se prolonga no tempo.Em ambos os casos, de acordo com a sm. 711, STF, ser aplicada a lei em vigor no momento da cessao da permanncia ou da continuidade, mesmo que a lei seja mais malfica.Abolitio criminis: a excluso, de uma conduta, do rol de tipos penais, por entender o legislador que tal conduta no precisa mais da tutela do direito penal.A abolitio criminis extingue a punibilidade do agente.Efeitos da abolitio criminis:A abolitio criminis exclui todos os efeitos penais da sentena condenatria (reincidncia; antecedentes criminais, etc.), mesmo que aps o trnsito em julgado. Porm, no exclui a obrigao civil de reparao dos danos.Abolitio criminis temporalis:Trata-se de suspenso da tipicidade, ou seja, a conduta passa a no ser mais tpica temporariamente, assim como ocorreu na lei do desarmamento, no que trata a posse ilegal de arma de fogo.Sucesso de leis penais no tempo:Ocorre quando surgem novas leis, que revogam ou derrogam outras leis, fazendo surgir a ultra-atividade da lei penal, ou seja, se a lei nova for mais benfica, ela retroagir para alcanar os fatos; porm, se a lei revogada for a mais benfica ela ultra-agir para alcanar o julgamento de fatos anteriores.Lei intermediria: aquela lei que no vigorava na data dos fatos, nem vigora na data da sentena, pois esteve em vigor entre estes. Portanto, como a regra da extra-atividade da lei mais benfica absoluta, se aplicar a mais benfica, ultra-agindo aquela j revogada, mas que vigia na poca dos fatos; retroagindo a que estiver em vigor na poca do julgamento; e ultra-agindo aquela que vigeu em alguma poca entre o fato e a sentena.Sucesso de leis temporrias e leis excepcionais:Leis temporrias so aquelas que tm, no seu corpo, a data inicio e a data fim j predeterminada. J as leis excepcionais so aquelas que somente vigem enquanto permanecer o momento excepcional que lhe deu causa, e.g., decretao de calamidade pblica, estado de guerra, etc. ambas encontram previso no art. 3, CP.Surge na doutrina uma controvrsia em relao a tais leis serem dotadas ou no de extra-atividade para regular o fato, mesmo aps cessadas suas vigncias:1 Corrente: Damsio, Frederico Marques e a doutrina majoritria entendem que o momento excepcional da lei excepcional ou o tempo predefinido para validade da lei temporria, so elementos do tipo destas espcies de lei, portanto, mesmo quando no vigerem mais e advenha lei mais benfica, seja para revogar crime como para aumentar pena ou estipular agravante, etc., a aplicao de tais leis, fora da sua vigncia, no ferem ao postulado constitucional da irretroatividade da lei mais benfica.2 Corrente: Em sentido contrrio, Zaffaroni e R. Greco entende que se a CF no excepcionou a aplicao de tal princpio, no caberia ao legislador excepcionar, portanto, tal dispositivo deveria ser dado por no recepcionado, porm, tal entendimento minoritrio.Combinao de leis:O entendimento dos professores R. Greco e Assis Toledo (adotado pelo STJ no HC 94244/09), de que possvel a combinao de duas leis, que se sobrepuseram no tempo, para que possa beneficiar o ru, assim como ocorreu na lei de drogas no seu art. 33 e o revogado art. 12, pois o 33 (mais recente) prev uma pena maior, mas o art. 12 (mais antigo) no previa uma causa de diminuio da pena, causa esta trazida pela nova lei de drogas. No entanto, o STF no tem adotado tal entendimento, pois entende que neste caso estaria sendo criado uma terceira categoria de lei, o que atentaria contra a legalidade e a separao dos poderes. Atualmente (2013) majoritrio o entendimento pela impossibilidade de combinao de leis penais. Devendo ser aplicada apenas uma, e quando houver dvida sobre qual a mais benfica, dever ser questionado defesa do ru.Competncia para aplicao da Lex metior:Caso advinha lei mais benfica, a competncia para a sua aplicao ser do prprio MP se ainda em fase de inqurito (antes da denncia); ser do juiz, se em fase de julgamento; do tribunal, se em fase recursal; e do juiz da execuo, se em fase de cumprimento de pena, e o clculo for meramente matemtico, pois, caso contrrio, necessite de uma anlise de mrito, tal anlise dever ser feita pelo tribunal recursal competente, que a far em sede de reviso criminal.Apurao da maior benignidade da lei:Havendo dvida na aplicao de qual seria a lei mais benfica ao ru, este dever ser ouvido para diz-lo.Irretroatividade da Lex gravior e medida de segurana:Entende o professor Assis Toledo que no que tange a medida de segurana, estamos diante de uma exceo a irretroatividade da lei mais malfica, pois no caso de medida de segurana, esta no tem carter punitivo, mas sim curativo, portanto, como a nova medida curativa tem a finalidade de tratamento, dever ser aplicada, mesmo que mais grave, se for considerada de maior eficcia no tratamento. Porm, tal entendimento minoritrio.Aplicao da Lex mitior durante o perodo da vacatio legis:Apesar de existir doutrina minoritria, a doutrina majoritria e os tribunais entendem que, caso a lei mais nova seja mais benfica, esta no se sujeitar ao perodo da vacatio legis, pois no haveria razo para isso. Devendo somente se sujeitar vacatio legis somente aquela lei mais malfica, que prev novo tipo penal, aumento de pena, criao de agravantes, etc.Vacatio legis indireta: aquele perodo que previsto dentro do corpo da prpria lei, e vai alm do perodo da vacatio legis direta, e.g., art. 30 e 32 da lei 10.826/03 (estatuto do desarmamento);A retroatividade da jurisprudncia:Tal enfoque tem duas vertentes: a primeira delas se refere a nova interpretao mais malfica, entendendo a doutrina majoritria que a interpretao mais malfica no poder prejudicar o ru, que poder alegar ERRO DE PROIBIO; a segunda se refere a nova interpretao mais benfica, que poder retroagir para alcanar o ru, e.g., o STF entendia que o uso de arma de brinquedo era til para agravar a pena no crime de roubo, quando tal entendimento caiu, aqueles que foram condenados por esta majorante poderiam entrar com ao criminal revisional.Captulo XVII - Princpio da territorialidade:Lugar do crime - LUTA:No Brasil, em relao ao lugar do crime, adotada a TEORIA DA UBIQUIDADE (art. 6, CP), porm tal teoria somente til quando tratamos de crime distncia, definindo a competncia internacional, pois para definirmos a competncia interna, adotada a teoria do resultado, ou seja, o lugar da consumao do crime.Territorialidade:No Brasil, de acordo com o art. 5, CP, vige a regra da territorialidade, onde, aos crimes cometidos dentro do territrio brasileiro, se aplicar as regras da legislao brasileira, com exceo dos tratados e convenes internacionais, portanto, de acordo com o professor Hungria, no Brasil no adotou-se a territorialidade absoluta, mas sim temperada, pois, em virtude da reciprocidade, abre-se a impermeabilidade da soberania nacional para que se possa se aplicado o direito de outro Estado, desde que previsto em tratados ou convenes internacionais que o Brasil tenha assinado.Ainda de acordo com o art. 5, CP, aplica-se o princpio da territorialidade, ou seja, a legislao penal brasileira, tanto em embarcaes ou aeronaves de natureza pblica, onde quer que estejam (extenso da territorialidade), quanto em embarcaes ou aeronave privadas que estejam e mar territorial ou em alto-mar (onde no h soberania de outro Estado). Aplica-se tambm a legislao brasileira aos crimes cometidos dentro de navios ou aeronaves privados estrangeiros, se cometidos dentro do territrio nacional, abrindo-se exceo se for de natureza pblica, ou esteja a servio de governo estrangeiro.Captulo XVIII - Princpio da extraterritorialidade:De acordo com este pncp, aplica-se a legislao brasileira aos crimes cometidos no estrangeiro em algumas hipteses previstas em lei.Divide-se em condicionada e incondicionada, vejamos:

Lembrando que, de acordo com o 1, nos casos de extraterritorialidade incondicionada, mesmo que o agente tenha sido julgado no estrangeiro (absolvido ou condenado), ser julgado no Brasil, tratando-se, portanto, de uma causa de EXCEO AO NE BIS IN IDEM.As condies so as seguintes: a) Entrar o agente no territrio nacional;b) Ser o fato punvel tambm no pas em que foi praticado;c) Estar o crime includo entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradio;d) No ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou no ter a cumprido a pena;e) No ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, no estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorvel;Na hipercondicionada somam-se s anteriores as seguintes:f) No foi pedida ou foi negada a extradio;g) Houve requisio do ministro da justia;Captulo XIX - Disposies sobre a aplicao da lei penal:Eficcia da sentena estrangeira:A sentena estrangeira somente poder ser homologada pelo STJ, para reparao dos danos civis (neste caso depende de requerimento da parte interessada) ou sujeitar o condenado a medida de segurana (neste caso depende da existncia de tratado de extradio). Percebe-se que no possvel a homologao de sentena penal para cumprir pena.Contagem de prazo:A contagem de prazo poder ser penal (inclui-se o primeiro dia) ou processual penal (exclui-se o primeiro dia e passa a contar a partir do segundo dia). Entende o professor R. Greco que em alguns casos, que envolvam o direito a liberdade do individuo, em que, a princpio, os prazos seriam considerados processuais penais, mas em virtude deste direito a liberdade, devem estes prazos serem contados como penais, o que acontece com o prazo para encerramento do IP e para oferecimento da denncia, em caso de ru preso.Determina o CP que os prazos devem ser contados de acordo com o calendrio comum (gregoriano).Fraes no computveis da pena:Determina o CP que no sejam contadas as fraes tanto de pena privativa de liberdade, quanto as de multa.Legislao especial:Determina o art. 12, CP, que, caso exista legislao especial sobre determinada matria, o CP somente ser aplicado se a lei especial no prev de modo diverso. o que ocorre com a lei de contravenes penais, que, apesar da previso no CP de tentativa, determina que no ser aplicada a tentativa em caso de contraveno penal.Captulo XX - Conceito e evoluo da teoria do crime:Noes fundamentais:O estudo da teoria do crime o estudo das caractersticas que todos os crimes devem ter, saber a tipicidade, a antijuridicidade e a culpabilidade. Estes trs elementos juntos formam um todo, e somente so separados por questo didtica, pois s poderemos falar em crime se estiverem presentes estes 3 elementos.No estudo da teoria do crime os trs elementos esto diretamente ligados e a existncia de um pressupe a existncia lgica do outro, pois se no houver tipicidade, no poderemos falar em antijuricidade; por sua vez se no tiver a antijuricidade, no poderemos falar em culpabilidade; e finalmente, no existindo a culpabilidade no h que se falar em crime.Infrao penal:O Brasil, a exemplo da Alemanha e da Itlia, adotou o sistema bipartido, onde as expresses crimes e delitos so sinnimas, e a expresso contraveno significa a segunda espcie de infrao penal.Portanto, a infrao penal gnero nos quais so espcies os crimes ou delitos e as contravenes penais.Diferena entre crime e contraveno:Em verdade, de acordo com o professor R. Greco, no h diferena substancial entre a contraveno e crime, pois o que hoje contraveno, amanh pode ser crime, e vice-versa. Logo, o critrio para a nomenclatura em crime ou contraveno apenas poltico. Contraveno toda infrao penal que comine pena de priso simples ou de multa, alternativa ou cumulativamente. J crime toda a infrao penal que comine pena de recluso ou deteno, isolada ou cumulativa ou alternadamente com a pena de multa.Defende, ainda, o professor R. Greco, que nas contravenes penais, por se tratar de delitos de natureza leve, em decorrncia do princpio da interveno mnima, tais delitos no merecem a tutela do direito penal, podendo ser facilmente tutelado pelos outros ramos do direito.Ilcito penal e ilcito civil:Para R. Greco, no h que se falar em distino entre delito de natureza penal e de outros ramos do direito, pois apenas, ainda em decorrncia de deciso poltica, alguns bens jurdicos, por se considerarem mais importantes, merecem a tutela do direito penal, enquanto outros, menos importantes, so tutelados por outros ramos do direito. E o que hoje ilcito penal amanh pode ser apenas de outro ramo do direito e vice-versa.Conceito de crime:O conceito de crime no foi dado pelo legislador, nem no CP, nem em outro texto legal, apenas foi feita a distino entre o que caracteriza a contraveno e o crime. Logo, o conceito de crime JURDICO-DOUTRINRIO.Com o intuito de definir crime, a doutrina deu trs definies:a) Conceito formal: crime a conduta humana proibida pela lei;b) Conceito material ou substancial: crime a conduta humana que atenta contra os principais bens jurdicos da sociedade;c) Conceito analtico: este conceito o utilizado pela maioria esmagadora da doutrina, onde feita uma ANLISE dos elementos do crime, portanto crime todo fato tpico, ilcito e culpvel.Conceito analtico de crime:De acordo com o conceito analtico de crime, adotado pela maioria da doutrina, crime um todo unitrio, ou seja, a soma dos seus trs elementos que somente so divididos por questes didticas logo, faltando qualquer de seus elementos, ser considerado um indiferente penal.O crime composto por:1. Fato tpico: de acordo com os finalistas, a conduta deve ser dolosa ou culposa, omissiva ou comissiva, gerar um resultado, devendo haver nexo causal entre a conduta e o resultado e este resultado deve estar previsto em lei como infrao penal.2. Ilcito: a ilicitude percebida por excluso, ou seja, se no existir nenhuma causa excludente de ilicitude, o fato tpico ser ilcito. As causas de excluso da ilicitude so a legitima defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento do dever legal e o exerccio regular de direito. Incluindo, a doutrina, uma causa supralegal, que o consentimento do ofendido, que somente ser vlido se for anterior ou simultaneamente ao fato, agente capaz para consentir e bem jurdico disponvel.3. Culpvel: a culpabilidade verificada na imputabilidade, potencial conscincia da ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta diversa.Lembrando que parte minoritria da doutrina inclui a punibilidade como quarto elemento integrante do conceito analtico de crime, porm a doutrina majoritria diz que a punibilidade no elemento, mas sim conseqncia do crime.Conceito analtico de crime adotado pela teoria bipartite:Tal conceito adotado por Damsio, Dotti, Mirabete e Delmanto.Para os adeptos desta teoria, o conceito analtico de crime apenas fato tpico e ilcito, sendo a culpabilidade apenas um pressuposto para a aplicao da pena.Entretanto, a doutrina majoritria rechaa tal conceito se justificando pelo fato de que todos os elementos do crime so pressupostos para a aplicao da pena, e, ainda, o CP usa a palavra isento de pena indiscriminadamente, e no exclusivamente quando quer excluir a culpabilidade.Captulo XXI conduta:Conduta:Apesar de a doutrina entender que a conduta um comportamento humano, a CF, em seu art. 225, previu que a pessoa jurdica pode praticar conduta delituosa e por isso responder nos crimes contra o meio ambiente. Porm, tal assunto ser melhor abordado nos sujeitos ativos do crime.A conduta deve ser dolosa ou culposa, omissiva ou comissiva.Conceito de ao causal, final ou social:

Condutas dolosas e culposas:Para que o agente possa responder criminalmente por sua conduta, dever ter agido com dolo ou com culpa. A regra geral, estabelecida no CP, de que todo crime doloso, mas pode excepcionar e prever expressamente a modalidade culposa.Condutas comissivas e omissivas:Alm de atuar com dolo ou culpa, o agente dever cometer o crime agindo de forma a praticar uma conduta tpica (crimes comissivos), ou se omitindo, deixando de agir conforme determina a lei (crimes omissivos).Os crimes omissivos se dividem em OMISSIVOS PRPRIOS OU PURO OU SIMPLES (aqueles que o agente tem o dever genrico de garantia, que cabe a todos) e OMISSIVOS IMPRPRIOS OU COMISSIVOS POR OMISSO (aquele que o agente tem o dever especfico de garantia, conforme o art. 13, CP).Ausncia de conduta:Para que se possa imputar a algum a prtica de algum crime, este deve ter agido com dolo ou culpa, e praticando a conduta voluntria com uma finalidade qualquer.H hipteses em que o agente no pratica a conduta voluntariamente, e h ausncia de finalidade, so elas:1. Coao fsica irresistvel: neste caso, o coagido no pratica nenhuma conduta, mas apenas instrumento na mo do co-autor, que dever responder pelo crime;2. Movimentos reflexos: e.g., a pessoa leva uma descarga eltrica e acaba causando uma leso corporal ou at mesmo uma morte;3. Estado de inconscincia: e.g. pessoa hipnotizada;Em todos estes casos a conduta afastada, tendo em vista a ausncia de voluntariedade e finalidade.Fases de realizao da ao:A doutrina divide a ao em duas fases, a interna e a externa (preparao e execuo).A interna (cogitao) se divide em trs fases:1. antecipao mental dos resultados;2. O agente escolhe os meios que utilizar para alcanar os resultados;3. O agente considera os efeitos colaterais e concomitantes com o meio pretendido;Aps passada a fase interna, o agente d inicio a fase externa, colocando em prtica tudo aquilo que foi arquitetado na fase interna.O agente s poder ser punido caso d inicio aos atos de execuo daquilo que tinha planejado (fase interna), caso contrrio, no poder ser punido por apenas atos preparatrios ou de cogitao. Porm, o legislador excepcionou tal regra quando fez previso legal para a punio do delito de quadrilha ou bando, que normalmente seria considerado delito de preparao.Captulo XXII - Tipo penal:Conceito:Tipo penal a descrio da conduta, na qual o Estado deseja proibir ou determinar que seja praticada por todos, prevendo, no preceito secundrio, uma sano para aquele que infringir a lei.O tipo penal tem natureza predominantemente descritiva.Tipicidade penal = tipicidade formal + tipicidade conglobante:Alm de existir conduta (dolosa ou culposa), resultado (naturalstico ou normativo) e nexo causal entre a conduta e o resultado, para que possamos falar em fato tpico esta conduta dever se adequar perfeitamente ao tipo legal previsto abstratamente na lei (em sentido estrito), isto a tipicidade formal, que chamamos de subsuno da conduta com o tipo legal. Caso contrrio a conduta ser absoluta ou relativamente atpica.Para que possamos falar em tipicidade penal, a conduta deve ser perfeitamente adequada ao tipo penal (subsuno), ou seja, formalmente tpica, e ainda ter a TIPICIDADE CONGLOBANTE preenchida, que a soma de uma conduta anti-normativa (a conduta no pode ser determinada por outra lei, nem fomentada incentivada - pelo Estado, pois estaramos diante de uma antinomia) com a tipicidade material (ligada ao princpio da insignificncia ou bagatela). Assim, o estrito cumprimento de dever legal migraria da antijuricidade para o fato tpico, ou seja, caso o agente agisse em estrito cumprimento de dever legal, no poderamos sequer falar em tipicidade penal, e conseqentemente fato tpico.Na tipicidade material, o legislador, valendo-se do princpio da interveno mnima, apenas determinou quais bens merecem a tutela do direito penal, no delimitando qual o grau da leso que mereceria tal tutela, logo, cabe ao aplicador do direito, valendo do princpio da insignificncia, verificar o grau da leso que vai ser tutelada pelo direito penal.Obs: o STF no adota a teoria da tipicidade conglobante, mas apenas a tipicidade formal + material (princpio da insignificncia).Adequao tpica:Como visto acima, para que possamos falar em tipicidade formal, o fato deve estar perfeitamente adequado ao tipo penal previsto em lei. Chamamos esta adequao de tipicidade formal ou subsuno.A adequao tpica divide-se em duas espcies:1. Imediata ou direta: aquela conduta que no precisa de nenhuma outra norma para que possa se subsumir ao tipo penal previsto em lei;2. Mediata ou indireta: aquela conduta que precisa de uma NORMA DE EXTENSO para que possamos falar em adequao, e.g., tentativa, art. 14, CP, que uma norma de extenso temporal; concurso de agentes, art. 29, CP, que uma norma de extenso pessoal. Fases da evoluo do tipo:A doutrina divide a evoluo do tipo penal em trs fases que se destacaram:1. Fase: o tipo penal tinha natureza apenas descritiva, no existia nenhum tipo de valorao;2. Fase: esta fase conhecida pela NATUREZA INDICIRIA DO TIPO PENAL, que significa dizer que se a conduta for tpica, provavelmente ser ilcita, ou seja, sendo tpico o fato, h indcios de que ser ilcito. A tipicidade do fato a ratio congnoscendi (razo de conhecer) da ilicitude.3. Fase: nesta fase, o tipo penal a razo de ser (ratio essendi) da ilicitude, ou seja, a tipicidade e a ilicitude formam um s elemento, ou o fato tpico e ilcito, ou o fato atpico e lcito. Logo, conclumos que, a ilicitude do fato elementar para que o fato seja tpico (ELEMENTO NEGATIVO DO TIPO). Deduzindo, com toda a vnia, que a teoria da ratio essendi, adota uma tipicidade conglobante mitigada ou vice-versa, onde apenas algumas das causas de excluso so a razo de existir do tipo penal, e.g., o estrito cumprimento de dever legal.Teoria dos elementos negativos do tipo:Os adeptos desta teoria so aqueles que adotam a teoria da ratio essendi, ou seja, aqueles que unificam a tipicidade e a antijuridicidade em um nico, chamado tipo total. Para os adeptos desta teoria, aquela definio de crime, trazida por Welzel, onde a culpabilidade pressupe a ilicitude, que, por conseguinte, pressupe a tipicidade, no seria vlida.Para a teoria da ratio essendi, portanto, as causas de excluso da ilicitude seriam ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO, pois, se presente alguma causa de excluso da ilicitude, estaria sendo negada a existncia de tipo penal, e por conseguinte, do crime.Injusto penal (injusto tpico):Injusto penal, para aqueles que adotam a teoria tripartida de crime e a teoria da ratio cognoscendi (maioria da doutrina), o fato tpico e ilcito, ou seja, aps se analisar se a conduta tpica e no h causas de justificao, entende-se por INJUSTO PENAL.J para os adeptos da ratio essendi o injusto penal seria o tipo total, ou seja, o fato tpico (no qual inclui-se a ilicitude) j seria o injusto penal.Tipos bsicos e tipos derivados:Ver quadro esquemtico conceito de espcies de crime e tipos penais;Tipos normais e tipos anormais:Ver quadro esquemtico conceito de espcies de crime e tipos penais;Tipos fechados e abertos:Ver quadro esquemtico conceito de espcies de crime e tipos penais;Tipos congruentes e incongruentes:Ver quadro esquemtico conceito de espcies de crime e tipos penais;Tipo complexo:Com a adoo do finalismo, trazido por Welzel, o elemento subjetivo do tipo, que na teoria causal estava na culpabilidade (a tipicidade e a ilicitude era composta apenas por elemento objetivo, pois o elemento subjetivo estava na culpabilidade), passou a integrar o fato tpico. E para falarmos em tipo complexo, h a necessidade de que o elemento subjetivo coincida com o objetivo, ou seja, o agente deve ter vontade e conscincia para praticar a conduta (elemento subjetivo), obtendo xito (elemento objetivo).Elementares:So dados essenciais para a formao da figura tpica. A ausncia de uma elementar pode acarretar em atipicidade absoluta ou relativa (desclassificao).Elementos que integram o tipo:O tipo composto por elementos subjetivos e objetivos. Os elementos OBJETIVOS so aqueles que descrevem toda a conduta, ou seja, o verbo, o resultado (se tiver), o agente, e s vezes o sujeito passivo. Os elementos objetivos se dividem em DESCRITIVOS (no depende de interpretao ou valorao) e os NORMATIVO (aqueles que dependem de um juzo de valor, de interpretao, que deve ser feita por um aplicador do direito ou pela prpria norma, ex: culpa, moral, etc.). O dolo o elemento subjetivo nos tipos penais dolosos, e a culpa nos culposos. O dolo pode ainda ter elementos subjetivos especiais, e.g., um especial fim de agir.Elementos especficos dos tipos penais:Alm dos elementos objetivos e subjetivos, o tipo penal tem os seguintes elementos especficos:a) Ncleo: o verbo que prev a ao que se quer proibir ou impor. Podem ser uninucleares (nico verbo) ou plurinucleares ou de contedo variado (vrios verbos);b) Sujeito ativo: aquele que pratica o verbo, ncleo do tipo penal. Daqui surge a classificao em CRIME COMUM (quando no h previso de quem possa ser sujeito ativo, podendo o crime ser praticado por qualquer um); CRIME PRPRIO (quando o legislador faz previso do grupo de pessoas que podem ser sujeito ativo; CRIMES DE MO PRPRIA (quando somente uma pessoa pode praticar o crime, pois a pratica do crime indelegvel, e.g., prevaricao). Devemos registrar que o STJ entende ser possvel a prtica de crime por pessoa jurdica, pois h expressa previso na lei de crimes ambientais, devendo apenas ser individualizada as responsabilidades dos scios, gerentes e gestores. Entretanto, os professores R. Greco, Luis Rgis Prado E Bitencourt entendem pela impossibilidade da pessoa jurdica ser sujeito ativo de crime, tendo em vista que a conduta somente pode ser praticada por ser humano, e a responsabilizao de pessoa jurdica no encontra respaldo na teoria do crime, prelecionam ainda que, em decorrncia do pncp da interveno mnima e da ultima ratio, no h necessidade de interveno do direito penal, tendo em vista que o direito administrativo poderia tutelar tal situao, pois auto-executvel e muito mais eficiente do que o direito penal, haja visto a enorme quantidade de recursos previsto no ramo do direito penal.c) Sujeito passivo: pode ser formal (ser sempre o Estado) ou material (s vezes pode ser tambm o Estado, ou at mesmo uma pessoa jurdica, dependendo da natureza do crime, e.g., furto);d) Objeto material: o bem ou a pessoa sobre a qual recai a conduta. No se confunde com objeto jurdico, que o bem jurdico tutelado. Podem existir crimes que no tm objeto material, pois este est vinculado aos crimes que sua consumao alteram a realidade ftica;

Funes do tipo:O tipo tem trs funes que se cumulam:1. De garantia: pois ao cidado garantido fazer tudo aquilo que a lei no veda;2. Fundamentadora do ius puniendi: pois, caso o agente pratique a conduta prevista no tipo penal, o Estado estar fundamentado no tipo penal para fazer valer o seu ius puniendi.3. Selecionadora de condutas: pois atravs do tipo penal que o Estado seleciona as condutas pelas quais o direito penal ir tutelar;Captulo XXIII tipo doloso:Dispositivo legal:Art. 18, CP;Conceito de dolo:Dolo o elemento subjetivo do tipo penal, ou seja, a inteno de praticar uma conduta com a finalidade de produzir um resultado.No dolo existem dois elementos:a) INTELECTUAL: onde o agente imagina o que se pretende, tendo conhecimento da situao ftica que se encontra conscincia, cognio;b) VOLITIVO: onde o agente decide praticar a conduta imaginada, com o resultado imaginado vontade.Faltando conscincia ou vontade, no podemos falar em conduta dolosa.O erro de tipo, previsto no art. 20, CP, por recair sobre as elementares do tipo penal, afasta sempre o dolo, pois recai sobre a conscincia e a vontade do agente. No erro de tipo o agente no tem conhecimento da situao ftica em que se encontra. Assim, o elemento intelectual est comprometido, e, por consequncia, tambm o elemento volitivo.Aqui no analisado o conhecimento do agente sobre ser proibida ou no a sua conduta, pois caso o erro recasse sobre este conhecimento, estaramos falando em erro de proibio, que analisado na culpabilidade e no na tipicidade.O dolo no cdigo penal:A regra que todo crime somente punido a sua modalidade dolosa. E a exceo que, se houver previso legal, pune-se a modalidade culposa. Normalmente, quando o legislador quis que fosse punida a modalidade culposa, o faz no pargrafo da modalidade dolosa ou em outro artigo dentro do mesmo captulo.Teorias do dolo:So quatro as principais teorias a respeito do dolo:1. Teoria da vontade: onde dolo a pura inteno de praticar a conduta prevista no tipo penal, art. 18, I, primeira parte, CP. DOLO DIRETO;2. Teoria do assentimento: dolo a pratica de conduta, assumindo o risco da produo de um resultado previsto. A maioria da doutrina trata como DOLO EVENTUAL, art. 18, I, segunda parte, CP;3. Teoria da representao: dolo a pratica da conduta, com previso de resultado, em que no houve a assuno do resultado previsto, ou seja, o agente previu o resultado, mas achou que pudesse evit-lo. Para os adeptos desta teoria, aquele que age com culpa consciente deveria responder pela conduta dolosa. Esta teoria vista pela maioria da doutrina como a CULPA CONSCIENTE, respondendo o agente somente pela modalidade culposa, se houver previso legal.4. Teoria da probabilidade:para os adeptos desta teoria, se estatisticamente for provvel a produo do resultado, o agente dever responder por dolo eventual. Esta teoria no adotada no nosso ordenamento jurdico-penal;Teorias adotadas pelo cdigo penal:De acordo com Cesar Roberto Bitencourt, o CP adotou as teorias da vontade (dolo direto) e do assentimento (dolo eventual), pois responde pela conduta dolosa aquele que praticou a conduta com a inteno de produzir o resultado (dolo direto) e tambm aquele que previu o resultado e assumiu o risco de produzi-lo (foda-se dolo indireto eventual);Espcies de dolo:A doutrina divide o dolo em:1. Dolo direto: o dolo por excelncia, onde o agente deseja o resultado e preenche todos os requisitos objetivos do tipo penal. Subdivide-se em:a) De primeiro grau: neste caso o agente imagina a conduta e o resultado, e se os meios escolhidos pelo o agente so capazes de produzir apenas o resultado pretendido, ou seja, o agente no imagina a realizao de resultados concomitantes ou colaterais, como meio necessrio e suficiente ao resultado pretendido (fase interna da ao);b) De segundo grau ou mediato ou de consequncias necessrias: neste caso o agente imagina a conduta e o resultado, e se os meios escolhidos para a produo deste resultado daro causa a resultados concomitantes e colaterais, que so meios necessrios e suficientes para a obteno do resultado pretendido, devendo o agente responde por dolo, e.g., querendo matar um passageiro especfico de um carro, o agente coloca uma bomba dentro deste, vindo a matar no s o passageiro, como tambm o motorista, neste caso atuou com dolo de primeiro grau em relao ao passageiro e dolo de segundo grau em relao ao motorista;2. Dolo indireto: o dolo indireto se subdivide em:a) Alternativo: pode ser objetivo (quando o agente deseja que ocorra um resultado ou outro, e.g., atira querendo matar ou ferir) ou subjetivo (quando o agente deseja que a conduta e o resultado recaia sobre uma pessoa ou outra, e.g., o agente atira querendo atingir um pessoa ou outra);b) Eventual: quando o agente prev o resultado, no o deseja, mas com sua conduta assume o risco de produzi-lo, no se importando com a sua produo. De acordo com Malare, na verdade se trata de uma culpa com representao, punida mais severamente;

Dolo geral (hiptese de erro sucessivo):Neste caso, afasta-se o entendimento de duas condutas com dois crimes sucessivos, pois, de acordo com o professor Welzel, o dolo do agente acompanha a conduta at a obteno do resultado, e.g., o agente efetu


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