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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA

ADMINISTRAÇÃO

RCA 12-1

REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA

(RADA)

2004

MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA

SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS DA AERONÁUTICA

ADMINISTRAÇÃO

RCA 12-1

REGULAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DA AERONÁUTICA

(RADA)

2004

MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

PORTARIA No 1.275/GC3, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2004.

Aprova a reedição do Regulamento de Administração da Aeronáutica.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o previsto nos incisos I e XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do COMAER, aprovada pelo Decreto no 5.196, de 26 de agosto de 2004, e considerando o que consta do Processo no 02-01/00664/2004,

R E S O L V E:

Art. 1o Aprovar a reedição do RCA 12-1 “Regulamento de Administração da Aeronáutica”, que com esta baixa.

Art. 2o Esta Portaria entra em vigor a partir de 1o de janeiro de 2005.

Art. 3o Revoga-se a Portaria no 182/GC3, de 27 de fevereiro de 2003, publicada no Diário Oficial da União no 43, de 28 de fevereiro de 2003, Seção 1, página 19.

Ten Brig Ar LUIZ CARLOS DA SILVA BUENO Comandante da Aeronáutica

(Publicado no BCA no , de de de 2004)

RCA 12-1/2004

S U M Á R I O

PARTE GERAL ..........................................................................................................................9

LIVRO I FINALIDADE, CONCEITUAÇÕES E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ...............9

TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES............................................................................9

CAPÍTULO I FINALIDADE......................................................................................................9

CAPÍTULO II CONCEITUAÇÕES ...........................................................................................9

CAPÍTULO III PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ...................................................................15

CAPÍTULO IV GENERALIDADES........................................................................................15

LIVRO II ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS..................................................................16

TÍTULO I UNIDADES ADMINISTRATIVAS OU GESTORAS...........................................16

TÍTULO II AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO OU AGENTES PÚBLICOS ......................17

CAPÍTULO I GENERALIDADES...........................................................................................17

CAPÍTULO II COMPETÊNCIAS ............................................................................................19

Seção I Do Agente Diretor ........................................................................................19

Seção II Do Ordenador de Despesas ........................................................................22

Seção III Do Agente de Controle Interno................................................................23

Seção IV Dos Gestores...............................................................................................27

Seção V Dos Agentes Auxiliares ...............................................................................35

Seção VI Da Comissão de Licitações e dos Pregoeiros...........................................35

CAPÍTULO III DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA .............................................................35

CAPÍTULO IV SUBSTITUIÇÃO DE AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO OU AGENTES PÚBLICOS......................................................................................................37

PARTE ESPECIAL...................................................................................................................39

LIVRO I PATRIMÔNIO E ADMINISTRAÇÃO.....................................................................39

TÍTULO I PATRIMÔNIO ........................................................................................................39

CAPÍTULO I RECURSOS MATERIAIS.................................................................................39

Seção I Bens Patrimoniais.........................................................................................39

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Seção II Bens Patrimoniais Móveis ......................................................................... 39

Seção III Bens Patrimoniais Imóveis....................................................................... 40

Seção IV Bens Patrimoniais Intangíveis ................................................................. 42

CAPÍTULO II MOVIMENTAÇÃO......................................................................................... 42

Seção I Entrega, Recebimento e Remessa............................................................... 42

Seção II Inclusão e Exclusão .................................................................................... 44

CAPÍTULO III ALIENAÇÃO.................................................................................................. 48

CAPÍTULO IV ARROLAMENTO .......................................................................................... 50

CAPÍTULO V CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ........................................................... 50

TÍTULO II ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA ................................ 51

CAPÍTULO I RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS.................................................................... 51

CAPÍTULO II RECURSOS FINANCEIROS .......................................................................... 51

CAPÍTULO III DESPESAS ..................................................................................................... 52

CAPÍTULO IV LICITAÇÕES E CONTRATOS..................................................................... 53

CAPÍTULO V PAGAMENTOS............................................................................................... 53

CAPÍTULO VI REGISTROS................................................................................................... 54

Seção I Contabilidade ............................................................................................... 54

Seção II Escrituração................................................................................................ 54

Seção III Erros e Retificações .................................................................................. 56

LIVRO II RESPONSABILIDADES ........................................................................................ 57

TÍTULO I COMPROVAÇÕES ................................................................................................ 57

CAPÍTULO I REUNIÃO DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................ 57

CAPÍTULO II PRESTAÇÃO DE CONTAS............................................................................ 58

CAPÍTULO III TOMADA DE CONTAS ................................................................................ 59

CAPÍTULO IV GENERALIDADES ....................................................................................... 60

TÍTULO II RESPONSABILIDADES ...................................................................................... 61

CAPÍTULO I RESPONSABILIDADE FUNCIONAL ............................................................ 61

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CAPÍTULO II RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.............................................................63

CAPÍTULO III RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL .........................................................63

CAPÍTULO IV CASOS FORTUITOS E MOTIVOS DE FORÇA MAIOR............................64

CAPÍTULO V DANOS E IMPUTAÇÕES...............................................................................65

CAPÍTULO VI GENERALIDADES........................................................................................66

LIVRO III DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS ........................................................67

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PARTE GERAL

LIVRO I FINALIDADE, CONCEITUAÇÕES E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I FINALIDADE

Art. 1o O presente Regulamento tem por finalidade estabelecer normas e procedimentos para a administração das organizações do Comando da Aeronáutica (COMAER), disciplinar as atribuições e definir as responsabilidades dos Agentes da Administração ou Agentes Públicos e demais detentores de bens e valores públicos a cargo da Administração Direta deste Comando.

§ 1o Prescrições particulares, relativas ao tratamento pormenorizado de questões atinentes a recursos humanos, economia e finanças e material e patrimônio, constituirão publicações específicas, complementares a este Regulamento.

§ 2o Em caso de guerra ou de grave perturbação da ordem, as atividades administrativas obedecerão a este Regulamento, no que couber, e a outras publicações especificamente elaboradas.

CAPÍTULO II CONCEITUAÇÕES

Art. 2o Para efeito deste Regulamento, são adotadas as seguintes conceituações:

I - ADMINISTRAÇÃO NO COMAER - é a gerência orçamentária, financeira e patrimonial dos bens e valores públicos a cargo de suas organizações, bem como a gerência dos seus recursos humanos;

II - AGENTE AUXILIAR - é o Agente da Administração ou Agente Público que participa da responsabilidade correspondente às atribuições que lhe são cometidas;

III - AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO OU AGENTE PÚBLICO - é toda pessoa que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função no COMAER;

IV - AGENTE DE CONTROLE INTERNO (ACI) - é o Agente da Administração ou Agente Público especialmente designado pelo Comandante, Chefe ou Diretor da Organização Militar (OM) para verificação, avaliação e certificação dos atos e fatos executados pela Administração, observando os princípios constitucionais basilares que norteiam a Administração Pública.

V - AGENTE DIRETOR - é a autoridade que exerce a direção das atividades administrativas da Unidade Gestora (UG);

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VI - AGENTE EXECUTOR (OU GESTOR) - é o Agente da Administração ou Agente Público que tem funções definidas em leis, regulamentos ou outras disposições legais;

VII - AGENTE RESPONSÁVEL - é o Agente da Administração ou Agente Público que utiliza, arrecada, guarda ou gerencia bens, valores e recursos humanos, sob responsabilidade da OM, ou que, em nome desta, assuma obrigação de natureza pecuniária;

VIII - ALIENAÇÃO - é toda a transferência de propriedade, remunerada ou gratuita, sob a forma de venda, permuta, doação, dação em pagamento, investidura, legitimação de posse ou concessão de domínio;

IX - ATO ADMINISTRATIVO - é toda a manifestação unilateral de vontade da Administração Pública, que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir ou declarar direitos, impor obrigações aos administrados ou a si própria, respeitados os princípios legais. São requisitos do ato administrativo: competência, finalidade, forma, motivo e objeto;

X - BEM PATRIMONIAL - é a coisa ou o conjunto de coisas apreciáveis que constituem o patrimônio público e se encontram sob a administração da Aeronáutica;

XI - BENFEITORIA - é tudo o que for incorporado ao solo ou ao imóvel e que represente valor econômico;

XII - CARGO - é a posição, dentro da estrutura de uma OM, definida por lei, regulamento ou regimento, ocupada por Agente da Administração ou Agente Público, ao qual correspondem atribuições específicas;

XIII - CESSÃO - modalidade de movimentação de bens patrimoniais, com transferência gratuita de posse e troca de responsabilidade, entre órgãos ou entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, ou entre estes e outros integrantes de quaisquer dos demais Poderes da União;

XIV - CESSÃO DE USO - é a transferência gratuita da posse de um bem imóvel público de uma entidade ou órgão da Administração Pública para outro, ou onerosa, em se tratando de terceiros, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo ou contrato, por tempo certo ou indeterminado;

XV - COMANDANTE - designação genérica, equivalente a Chefe, Diretor ou outra denominação, dada a militar que, investido de autoridade legal, for responsável pela administração, emprego, instrução e disciplina de uma OM. É a autoridade máxima da OM, a quem incumbe corresponder-se, diretamente, com autoridades militares e civis sobre assuntos de sua alçada, observando-se o seguinte:

a) se estiver no exercício da direção integral das atividades administrativas da UG, a autoridade referida neste inciso denomina-se, também, Agente Diretor; e

b) esta autoridade se intitulará, também, Ordenador de Despesas, quando estiver na função de direção das atividades de administração orçamentária, financeira e patrimonial na UG;

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XVI - COMISSÃO - é a atribuição temporária e específica de serviço a Agente da Administração ou Agente Público, não catalogada na estrutura da OM;

XVII - CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO - é o contrato pelo qual a Administração transfere o uso remunerado ou gratuito de terreno público a particular, como direito real resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos, ressalvados os interesses do órgão ou entidade concedente;

XVIII - CONCESSÃO DE USO - é o contrato administrativo, remunerado ou gratuito, pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de um bem de seu domínio a particular, para que o explore segundo sua destinação específica;

XIX - CONTRATO ADMINISTRATIVO - é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com particular ou com outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria Administração, segundo o regime jurídico de direito público;

XX - CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO - são todos os contratos celebrados pela Administração Pública, seja sob o regime de direito público, seja sob o regime de direito privado;

XXI - CONVÊNIO - é o acordo firmado por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes;

XXII - DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA - é o ato administrativo pelo qual uma autoridade transfere competências, no todo ou em parte, a Agente da Administração, para assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, adequando-as e situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender. A delegação de competência não contempla a prática de atos normativos;

XXIII - DEMONSTRAÇÃO DE VALORES - é o processo constituído por demonstrativos de bens e valores, acompanhados dos documentos comprobatórios das operações de receitas e despesas realizadas, organizado pela UG por ocasião da transmissão dos cargos de Agente Diretor, Controle Interno ou Gestor de Finanças, quando esta ocorrer em data diferente do último dia útil do mês calendário.

XXIV - EFETIVIDADE - é a relação entre os resultados (impactos observados) e os objetivos estabelecidos (impactos esperados), a ser avaliada em um programa de governo;

XXV - EFICÁCIA - é o grau de alcance das metas programadas em um determinado tempo, independentemente dos custos implicados, considerando que foram adotados os procedimentos legais, dentro da forma prevista;

XXVI - EFICIÊNCIA - é a relação entre os resultados alcançados e os custos dos meios empregados, considerando a aplicação do princípio da economicidade, em um período de tempo;

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XXVII - EMPENHO DE DESPESA - é o ato emanado de autoridade competente que cria para a União a obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição;

XXVIII - ENCARGO - é a obrigação cometida a Agente da Administração ou Agente Público que, pela sua generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não é catalogada na estrutura da OM;

XXIX - ESTOQUE - é o conjunto de bens patrimoniais móveis de toda ordem existente em depósito, destinado a suprir as necessidades de uma OM ou a ser distribuído para outras;

XXX - FATO ADMINISTRATIVO - é toda a realização material da Administração, em cumprimento a algum ato administrativo;

XXXI - FUNÇÃO - é o exercício das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes à atividade exercida pelo Agente da Administração ou Agente Público;

XXXII - GERENTE DE PROJETO - é o Agente da Administração, designado para este fim, responsável por todas as ações gerenciais de um projeto, com atribuições definidas por autoridade competente;

XXXIII - GESTOR - é o Agente da Administração, que, na OM, tendo cargos e/ou funções definidos em leis, regulamentos ou regimentos, é o responsável pela execução e o controle dos atos e fatos administrativos gerados;

XXXIV - GESTOR DE FINANÇAS - é o Agente da Administração com a função de receber, contabilizar e processar a movimentação de todos os recursos financeiros da UGE, ou que por ela transitem, de acordo com as disposições deste Regulamento e demais normas em vigor;

XXXV - GESTOR DE IMÓVEIS - é o Agente da Administração com a função de receber, cadastrar, alterar, avaliar e reavaliar todos os bens patrimoniais imóveis sob a responsabilidade da UG, executando os lançamentos e acompanhamentos no Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI). Acrescenta-se o termo "residenciais", quando se tratar da gestão de imóveis destinados à residência do pessoal da Aeronáutica;

XXXVI - GESTOR DE LICITAÇÕES - é o Agente da Administração encarregado da atividade de licitações, responsável pela constituição e gerenciamento dos processos licitatórios elaborados no âmbito da UG e demais ações pertinentes, tais como: gerenciamento do cadastro de fornecedores, elaboração de termos de contrato, emissão de notas de empenho e outras especificadas em normas internas da OM;

XXXVII - GESTOR DE MATERIAL - é o Agente da Administração com a função de receber, estocar, escriturar, conservar e distribuir todos os bens sob a sua guarda;

XXXVIII - GESTOR DE REEMBOLSÁVEL - é o Agente da Administração com a função de receber, estocar, escriturar, conservar e revender material e serviços, conforme autorizado em legislação específica;

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XXXIX - GESTOR DE REGISTRO - é o Agente da Administração com a função de escriturar, cadastrar, alterar, modificar, avaliar e reavaliar os bens móveis permanentes e os bens incorpóreos sob a responsabilidade da OM;

XL - NOTA DE EMPENHO - é o documento legal através do qual a Administração solicita ou autoriza o fornecimento de material, a execução de serviço ou obra e assegura ao fornecedor ou prestador de serviços o pagamento do compromisso assumido;

XLI - ORDENADOR DE DESPESAS - é todo Agente da Administração ou Agente Público que exerce a função de direção das atividades de administração orçamentária, financeira e patrimonial na UG;

XLII - ORGANIZAÇÃO - é a denominação genérica dada à fração da estrutura do COMAER, criada por ato específico de autoridade competente;

XLIII - ORGANIZAÇÃO MILITAR - é a denominação genérica dada à unidade de tropa, repartição, estabelecimento, navio, base, arsenal ou qualquer outra unidade administrativa tática ou operativa das Forças Armadas;

XLIV - PRESTAÇÃO DE CONTAS - é o processo, organizado pela Unidade Gestora Executora (UGE) ou pelo próprio agente ou pessoa designada, responsável por bens e valores públicos, constituído por demonstrativos acompanhados dos documentos comprobatórios das operações de receitas e despesas realizadas;

XLV - PROCESSO ADMINISTRATIVO - tecnicamente e em sentido amplo, é o conjunto de medidas praticadas com ordem e cronologia necessárias ao registro dos atos da Administração Pública, a fim de produzir uma decisão de natureza administrativa;

XLVI - PROCESSO ADMINISTRATIVO DE GESTÃO - consiste na reunião cronológica das peças processuais que o compõem, a partir da inicial que o originou até o índice, com todas as folhas rubricadas e numeradas em ordem crescente a partir da capa, esta com indicações relativas ao assunto, ao interessado e à data. Esse processo, assim formado, é numerado, e sua tramitação pelos órgãos e repartições é anotada para que, a qualquer momento, se possa saber de seu paradeiro;

XLVII - PROJETO - empreendimento único, com início e fim determinados, que utiliza recursos e é conduzido por um gerente visando a atingir objetivo predefinido, caracterizando-se por limitação no tempo, unicidade e progressividade;

XLVIII - QUALIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA - é a atribuição conferida a uma OM, ou fração de OM, para a prática de atos e fatos administrativos decorrentes da gestão de recursos humanos, bens e valores públicos, pelos quais a União responde;

XLIX - RESTOS A PAGAR - são compromissos de despesas assumidos por uma UGE à conta de recursos orçamentários que, na impossibilidade de serem atendidos no exercício financeiro correspondente, podem ser liquidados e/ou pagos no exercício seguinte, respeitada a legislação pertinente;

L - SEGREGAÇÃO - é o princípio que visa a identificar e preservar os segmentos da administração que respondem pela execução, o controle, a coordenação e o gerenciamento das diversas atividades atribuídas a uma OM, de modo a evitar a possibilidade

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de que o ciclo completo de realização de um processo administrativo, ou partes substanciais do mesmo, permaneça sob a direção de uma só pessoa, o que propicia a ocorrência de falhas e irregularidades;

LI - SERVIDOR PÚBLICO - pessoa legalmente investida em cargo público;

LII - SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA - é o sistema informatizado que contabiliza e controla toda a execução orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da Administração Federal;

LIII - TERMO DE EXAME - é o documento formal pelo qual são apuradas, conforme o caso, a qualidade, a quantidade, as causas do dano e as responsabilidades relativas a bens patrimoniais da União, fornecendo os dados necessários para a tomada de decisão do Comandante, Diretor ou Chefe. Serve tanto para o exame de material quanto para o exame de causas;

LIV - TERMO DE PASSAGEM E RECEBIMENTO DE CARGO - é o documento formal pelo qual o Agente da Administração ou Agente Público substituído informa ao Agente Diretor a situação de todos os bens sob a sua responsabilidade e a transfere para o substituto;

LV - TOMADA DE CONTAS ANUAL - é o processo apresentado, ao final de cada exercício financeiro, pelo órgão de contabilidade analítica da Administração Direta, referente aos atos e fatos de gestão orçamentária, financeira e patrimonial e à guarda de bens e valores públicos sob a responsabilidade de agente responsável;

LVI - TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (TCE) - é o processo instaurado para a apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano, diante da omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União, da ocorrência de desfalque ou desvio de bens ou valores públicos ou, ainda, da prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico que resulte em dano ao Erário;

LVII - TOMADA DE CONTAS EXTRAORDINÁRIA - é o processo de Tomada de Contas levantado quando ocorrer a extinção, mudança de qualificação de UGE para Unidade Gestora Responsável (UGR) ou a transferência de UGE do âmbito de um Ministério, Comando ou Órgão para outro Ministério, Comando ou Órgão;

LVIII - UNIDADE ADMINISTRATIVA - é a OM, ou fração de OM, encarregada, por atos legais, da gerência de patrimônio e de recursos creditícios ou financeiros a ela especificamente atribuídos, no todo ou em parte;

LIX - UNIDADE GESTORA - é a denominação genérica de Unidade Administrativa;

LX - UNIDADE GESTORA COORDENADORA (UGC) - é a Unidade Administrativa com responsabilidade definida na programação orçamentária e/ou no acompanhamento da execução orçamentária, financeira e patrimonial, coordenando uma ou mais ações das UG vinculadas;

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LXI - UNIDADE GESTORA EXECUTORA - é a Unidade Administrativa que gerencia e processa recursos creditícios e/ou financeiros e realiza atos de gestão patrimonial; e

LXII - UNIDADE GESTORA RESPONSÁVEL - é a Unidade Administrativa que gerencia recursos creditícios, mas não os processa, podendo, em certos casos, processá-los até a fase de licitação da despesa.

CAPÍTULO III PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 3o A Administração da Aeronáutica é parte integrante da Administração Pública Federal e a ela se subordina segundo normas legais.

Art. 4o O COMAER administra os seus negócios e tem como competência principal preparar-se para o cumprimento de sua destinação constitucional.

Art. 5o As atividades administrativas do COMAER obedecerão aos princípios constitucionais e legais e, ainda, a outros princípios particulares necessários ao atendimento de suas peculiaridades.

Art. 6o Sistemas específicos, integrados ou não a sistemas administrativos federais, proporcionarão os instrumentos necessários ao desenvolvimento das atividades do COMAER.

Parágrafo único. Legislação própria definirá ou atualizará os sistemas necessários às atividades do COMAER e suas possíveis vinculações a outros sistemas federais.

CAPÍTULO IV GENERALIDADES

Art. 7o O Comandante da Aeronáutica (CMTAER) é a mais alta autoridade administrativa do COMAER e é o principal responsável pelo cumprimento deste Regulamento.

Art. 8o A Administração no COMAER tem como finalidade o planejamento, a coordenação, a execução e o controle inerentes ao emprego de recursos de toda ordem, com o propósito de permitir o cumprimento da destinação constitucional do COMAER e a realização de atribuições subsidiárias definidas em lei.

Art. 9o A determinação das necessidades do COMAER e os seus atendimentos são resultantes de três processos distintos: o operacional, o técnico e o econômico-financeiro.

§ 1o O processo operacional é determinado pelo Comando, Chefia ou Direção, em vista da missão ou do programa a cumprir, e tem por objetivo a estimativa das necessidades, a provisão dos recursos humanos, a identificação dos bens a adquirir e dos serviços a executar, bem como a determinação da oportunidade para a utilização daqueles bens e a realização daqueles serviços.

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§ 2o O processo técnico é determinado pelos órgãos e agentes especializados e compreende desde a especificação dos bens e serviços mais adequados até a orientação dos usuários quanto ao seu emprego.

§ 3o O processo econômico-financeiro diz respeito ao planejamento, à execução e ao controle dos recursos necessários ao custeio das despesas e à verificação, em todos os níveis, de sua adequada aplicação em condições mais favoráveis de economicidade.

Art. 10. A Administração no COMAER deve realizar-se de maneira a assegurar:

I - o cumprimento dos dispositivos legais, regulamentares e normativos;

II - o princípio segundo o qual quem executa não deve, simultaneamente, verificar a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos e dos fatos gerados;

III - a eficácia e a eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial e a efetividade do programa de governo;

IV - a ação centralizada de Comando, Chefia ou Direção e a execução descentralizada; e

V - a definição das responsabilidades em cada nível de atribuição.

Art. 11. O controle das atividades da Administração no COMAER será exercido, em todos os níveis de atuação, em conformidade com o disposto nas leis, regulamentos ou normas pertinentes.

Art. 12. Ao Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (CEMAER) incumbe determinar a realização de inspeções nas UG jurisdicionadas ao COMAER.

Art. 13. Ao Secretário de Economia e Finanças da Aeronáutica incumbe determinar a realização de auditorias nas UG jurisdicionadas ao COMAER.

Art. 14. Este Regulamento, de observância obrigatória, aplica-se a todo o COMAER.

Parágrafo único. As representações e as comissões da Aeronáutica no exterior aplicarão o disposto neste Regulamento, observando os princípios fundamentais da Administração Pública brasileira e as peculiaridades locais.

LIVRO II ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS

TÍTULO I UNIDADES ADMINISTRATIVAS OU GESTORAS

Art. 15. A classificação de uma OM como Unidade Administrativa, bem como a correspondente qualificação, será determinada por ato expresso do CMTAER, com base em proposta circunstanciada da Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA), encaminhada por intermédio do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).

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Parágrafo único. Em casos excepcionais, considerados o volume e o movimento de recursos econômico-financeiros e tendo por base parecer circunstanciado da SEFA, Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, o CMTAER poderá classificar fração de OM como Unidade Administrativa, qualificando-a.

Art. 16. As Unidades Administrativas podem ser qualificadas como UGE, UGR e/ou UGC, conforme for estabelecida a sua atuação na execução orçamentário-financeira.

Art. 17. O Comandante de OM que for classificada como Unidade Administrativa ou de OM que venha a conter fração classificada como Unidade Administrativa deverá apresentar, no prazo de sessenta dias, a atualização do Regimento Interno ao órgão competente, contemplando os aspectos que a OM e ou sua fração passarão a administrar, de acordo com a sua qualificação e em conformidade com o que for estabelecido pela SEFA.

Art. 18. A perda da classificação de Unidade Administrativa, bem como a mudança de qualificação, será determinada em ato expresso do CMTAER, com a apreciação do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, por proposta do EMAER.

Art. 19. O ato do CMTAER que determinar a perda de classificação da Unidade Administrativa, ou a mudança de qualificação de UGE para UGR, explicitará o destino a ser dado aos componentes do ativo e do passivo, bem como à documentação referente às gestões do respectivo patrimônio.

TÍTULO II AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO OU AGENTES PÚBLICOS

CAPÍTULO I GENERALIDADES

Art. 20. Os Agentes da Administração ou Agentes Públicos são assim denominados:

I - Agente Diretor;

II - Ordenador de Despesas;

III - Agente de Controle Interno;

IV - Agente Executor (ou Gestor); e

V - Agente Auxiliar.

Art. 21. A composição de Agentes da Administração ou Agentes Públicos de uma UG é estabelecida em função das suas competências, responsabilidades e necessidades, definidas em Regulamento.

Art. 22. A composição básica de uma UGE, no COMAER, compreende os seguintes Agentes da Administração ou Agentes Públicos:

I - Agente Diretor;

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II - Ordenador de Despesas;

III - Agente de Controle Interno; e

IV - Gestor de Finanças.

Parágrafo único. Os Agentes a que se refere este artigo não podem exercer cumulativamente as respectivas funções, mesmo que transitoriamente, ressalvando-se o caso de o Agente Diretor acumular a função de Ordenador de Despesas.

Art. 23. A composição básica de uma UGR, no COMAER, compreende os seguintes Agentes da Administração ou Agentes Públicos:

I - Agente Diretor; e

II - Ordenador de Despesas.

Art. 24. Ao Agente da Administração ou Agente Público incumbe:

I - conhecer as particularidades relativas aos serviços administrativos, de forma a poder exercer, com eficiência e eficácia, as atribuições que lhe são afetas;

II - zelar pela observância das prescrições do presente Regulamento e das disposições aplicáveis em seu campo de ação;

III - tomar a iniciativa de resolver os casos não previstos, quando a solução não depender de outra autoridade, em conformidade com a legislação vigente;

IV - levar ao conhecimento da autoridade imediatamente superior ato ou fato administrativo que venha causar ou tenha causado prejuízo ao Erário, bem como as demais irregularidades de que tiver ciência;

V - observar as responsabilidades funcionais previstas neste Regulamento; e

VI - sugerir as alterações ou atualizações, das instruções e ou normas de serviço, que julgar necessárias ao correto desempenho de suas atribuições.

Art. 25. A seqüência de substituições para assumir cargos ou responder por funções deverá respeitar a precedência e a qualificação exigidas para o cargo ou exercício da função, conforme o previsto em lei, regulamento ou norma específica.

§ 1o Quando houver a possibilidade de um Agente da Administração ou Agente Público ficar sob a subordinação de outro de menor grau hierárquico ou de nível inferior, em virtude de o primeiro não possuir as qualificações exigidas para o exercício do cargo ou desempenho das funções, o Agente Diretor deverá providenciar, antecipadamente, a substituição do Agente da Administração ou Agente Público não qualificado, a fim de se evitar tal ocorrência, ainda que em caráter eventual.

§ 2o Sempre que possível, a Administração deverá promover o rodízio funcional dos Gestores, a fim de proporcionar-lhes a experiência necessária nas diferentes áreas administrativas, evitando-se a possibilidade da ocorrência de vícios comuns ao exercício prolongado de uma mesma função.

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§ 3o A Administração promoverá a atualização profissional periódica dos Agentes da Administração ou Agentes Públicos através de cursos ou estágios, capacitando-os ao exercício pleno das atividades.

Art. 26. Na UG em que se verificar a necessidade eventual de acúmulo de cargos, deverá ser evitado que um Gestor seja executante e controlador de seus próprios atos, ou assuma atribuições que encerrem, simultaneamente, aquisições, recebimentos e pagamentos.

CAPÍTULO II COMPETÊNCIAS

Seção I Do Agente Diretor

Art. 27. O Agente Diretor, como autoridade que exerce a direção das atividades administrativas da UG, deve tomar todas as providências de caráter administrativo necessárias ao desempenho das atividades-fim e meio, de acordo com a legislação vigente.

Art. 28. O Agente Diretor tem suas atribuições definidas neste Regulamento e complementadas em legislação pertinente.

§ 1o Quanto à administração em geral, ao Agente Diretor incumbe:

I - comunicar aos estabelecimentos bancários, nos quais a UG mantém conta corrente, as substituições dos Agentes da Administração ou Agentes Públicos que movimentam recursos financeiros;

II - estabelecer normas, ordens e instruções para a boa execução dos serviços administrativos;

III - definir as atribuições de seus subordinados, quando ainda não estiverem especificadas;

IV - decidir, no âmbito de suas atribuições, todas as questões administrativas que não tiverem doutrina firmada, em conformidade com a legislação vigente;

V - providenciar para que seja elaborado e executado o Programa de Trabalho da Unidade Gestora (PTUG);

VI - nomear as comissões e atribuir os encargos necessários à execução das atividades administrativas específicas da OM, exceto quando se tratar da modalidade de licitação denominada pregão;

VII - nomear militares ou servidores públicos para fiscalizar a execução dos contratos firmados pela Unidade;

VIII - autorizar as consignações ou determinar, em função de decisão judicial, os descontos nos vencimentos do pessoal, conforme a legislação e as normas pertinentes;

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IX - determinar providencias quanto ao recolhimento de importância paga, em decorrência de Sindicância, Inquérito Policial-Militar, Processo Administrativo ou Tomada de Contas Especial, para ressarcimento ao Erário;

X - prestar as informações e os esclarecimentos que forem da sua competência;

XI - mandar certificar o que for de direito, quando requerido;

XII - assinar os atestados de sua competência, quando solicitados;

XIII - mandar publicar, em boletim interno, os atos da competência da Administração da UG que gerem, modifiquem ou extingam direitos e obrigações;

XIV - determinar a elaboração da proposta orçamentária relativa à UG e remetê-la, anualmente, aos órgãos superiores;

XV - assinar os termos de abertura e de encerramento das escriturações de fichas e demais registros do ACI, rubricando, chancelando ou autenticando por meios mecânicos as folhas, fichas ou formulários destinados à escrituração;

XVI - determinar a elaboração do Plano Diretor, ou propor sua modificação ou revisão, em conformidade com a legislação específica;

XVII - mandar realizar, anualmente, no mês de aniversário do beneficiário, a atualização cadastral dos militares da reserva, dos reformados e dos pensionistas de militares, vinculados à Unidade para fins de pagamento de proventos ou de pensão;

XVIII - mandar realizar, anualmente, no mês de aniversário do beneficiário, a atualização cadastral dos servidores públicos aposentados ou dos seus pensionistas, vinculados à UGE e que recebam proventos ou pensão à conta do Tesouro Nacional, constantes do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE, em conformidade com a legislação específica, observando-se o seguinte:

a) os servidores públicos aposentados e os seus pensionistas que não se apresentarem para fins de atualização dos dados cadastrais até o término do período fixado, ressalvados os casos previstos na legislação pertinente, terão o pagamento dos respectivos benefícios suspensos a partir do mês subseqüente;

b) o restabelecimento do pagamento do benefício dependerá do comparecimento do beneficiário à UGE, para a realização da atualização cadastral, observado o disposto na legislação pertinente;

c) a critério do Comandante da OM, as competências mencionadas neste inciso poderão ficar a cargo do Setor de Recursos Humanos da UGE, desde que não haja incompatibilidade com o Regulamento e o Regimento Interno aprovados; e

XIX - designar os gerentes de projetos.

§ 2o Quanto ao controle do patrimônio, ao Agente Diretor incumbe:

I - certificar-se, dentro dos primeiros trinta dias de sua gestão, do estado da escrituração patrimonial, dos bens móveis, imóveis e intangíveis da UG e do estado em que se

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encontram todos os bens em estoque nos almoxarifados, devendo participar à autoridade superior as irregularidades, caso sejam encontradas;

II - fixar os níveis máximo e mínimo de materiais que devam existir em depósito, sempre que esta providência não constituir atribuição sistêmica ou de autoridade superior;

III - declarar, em boletim interno, anualmente e quando tiver que passar a função, o estado em que se encontra a escrituração da UG, baseando-se nas informações escritas solicitadas aos Gestores;

IV - autorizar requisições aos órgãos provedores;

V - providenciar a publicação, em boletim interno, do movimento dos bens patrimoniais móveis permanentes, imóveis e intangíveis; e

VI - aprovar normas para fornecimento de material aos diversos setores da UG.

§ 3o Quanto à responsabilidade, incumbe privativamente ao Agente Diretor:

I - proceder à conferência de valores em cofre da UG não só por ocasião da reunião da Administração em que se fizer a Prestação de Contas, mas sempre que julgar necessário;

II - remeter às organizações competentes, nas épocas devidas, as prestações de contas, os inventários, os mapas, os relatórios e outros documentos necessários;

III - responsabilizar o agente que não mantiver a respectiva escrituração em ordem e em dia e que não transmitir corretamente os bens patrimoniais e valores;

IV - comunicar à autoridade imediatamente superior qualquer irregularidade administrativa e apontar os responsáveis, sempre que as providências cabíveis não sejam de sua alçada;

V - propor ao Comandante da OM, quando for o caso, que seja solicitada à SEFA, através de expediente sigiloso, a instauração de Tomada de Contas Especial;

VI - imputar à União os prejuízos causados por motivo de força maior (ação do homem) e de caso fortuito (ação da natureza) comprovados;

VII - dar início ao processo de imputação de responsabilidade para os prejuízos não ressarcidos por militares e servidores públicos, quando for o caso;

VIII - assessorar o Comandante na designação dos Agentes da Administração ou Agentes Públicos da UG; e

IX - autorizar a movimentação dos bens patrimoniais móveis permanentes e intangíveis, bem como a regularização contábil das transferências patrimoniais efetuadas para outras UG, de acordo com as disposições legais.

Seção II Do Ordenador de Despesas

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Art. 29. O Ordenador de Despesas, subordinado diretamente ao Agente Diretor, tem suas atribuições definidas em legislação própria e, conforme estabelecido neste Regulamento, também a ele incumbe:

I - receber todos os pedidos de aquisição e de contratação de serviços, autorizando, após avaliação da necessidade, a abertura do Processo Administrativo de Gestão (PAG) e o início do correspondente procedimento licitatório;

II - estabelecer o valor das garantias a serem exigidas nas contratações de obras, serviços e compras, dentro dos limites legais;

III - aprovar os editais de licitação;

IV - designar o pregoeiro e os componentes da equipe de apoio;

V - decidir os recursos contra atos do pregoeiro e das comissões de licitações;

VI - homologar o resultado da licitação quando se tratar da modalidade denominada pregão;

VII - assinar contratos, convênios, acordos, ajustes, termos aditivos, obrigações e quaisquer outros documentos hábeis que os substituam, na forma da legislação pertinente;

VIII - determinar a publicação dos atos administrativos, de acordo com a legislação vigente;

IX - examinar e aprovar os orçamentos de despesas referentes às aquisições de materiais ou às execuções de obras ou serviços custeados pela UG;

X - autorizar, quando requerida e devida, a devolução das garantias contratuais;

XI - propor ao Comandante, formalmente, após ter dado ciência do fato ao Agente Diretor, o encaminhamento de expediente para o Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, solicitando a instauração de TCE na ocorrência de qualquer ato que resulte em prejuízo econômico-financeiro à OM;

XII - estabelecer os critérios para aquisições e alienações, observadas as exigências legais;

XIII - fixar prazos para recolhimentos, pagamentos e prestações de contas, quando não estabelecidos;

XIV - assinar, juntamente com o Gestor de Finanças, os documentos para movimentação das contas bancárias da UG;

XV - conceder suprimento de fundos, de conformidade com a legislação vigente;

XVI - autorizar, de acordo com as normas vigentes, o adiantamento do pagamento de pessoal, nas situações definidas em legislação específica;

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XVII - aplicar as penalidades administrativas aos licitantes e aos contratados, quando faltosos ou inadimplentes, na forma da legislação em vigor;

XVIII - apreciar e homologar os processos licitatórios da UG, adjudicando os seus respectivos objetos;

XIX - aprovar as prestações de contas da UG; e

XX - aprovar as prestações de contas de suprimento de fundos;

Parágrafo único. O Ordenador de Despesas de UGR será o principal responsável pela execução orçamentária atribuída à OM, assinando os instrumentos contratuais e demais documentos inerentes às atividades da UGR.

Seção III Do Agente de Controle Interno

Art. 30. A ação do ACI compreende o assessoramento ao Comandante, ao Agente Diretor e ao Ordenador de Despesas, no sentido de comprovar, à luz da legislação em vigor, a formalidade, a legalidade, a correção contábil e a veracidade dos controles existentes.

Art. 31. O ACI tem suas atribuições definidas neste Regulamento e na legislação pertinente.

§ 1o Quanto à Administração em geral, ao ACI incumbe:

I - diligenciar para que os recebimentos de bens e serviços, as liquidações e os pagamentos se façam dentro dos prazos legais previstos;

II - verificar, nos procedimentos licitatórios, a conformidade com a legislação pertinente;

III - formular procedimentos administrativos que conduzam a controles efetivos, orientando os Agentes da Administração ou Agentes Públicos, inclusive no que concerne aos atos praticados por delegação;

IV - assessorar o Comandante, o Agente Diretor e o Ordenador de Despesas na tomada de decisões administrativas e orientar os Agentes da Administração ou Agentes Públicos, objetivando maior eficiência nos serviços da UG;

V - providenciar a abertura dos PAG destinados à aquisição de material e à contratação de serviços autorizados pelo Ordenador de Despesas, bem como os de movimentação patrimonial, de apropriação financeira e de boletins da UG, diligenciando para que os diversos setores da UG efetuem a autuação e a indexação dos documentos sob suas responsabilidades nos respectivos processos;

VI - submeter à apreciação do Agente Diretor as normas internas que se fizerem necessárias para regular e disciplinar os serviços dos diversos setores da UG;

VII - assinar as declarações de abertura e encerramento das escriturações de livros, fichas e demais registros dos Gestores, rubricando, chancelando ou autenticando, por meios mecânicos, as folhas, fichas ou formulários, conforme a legislação vigente;

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VIII - verificar os procedimentos administrativos, de forma a atender aos cronogramas estabelecidos pelos órgãos competentes;

IX - verificar a exatidão das receitas geradas pelos setores internos da UG, os saldos bancários provenientes dessas e de outras receitas, todos os recebimentos que devam ser quitados pelo Gestor de Finanças, bem como o cumprimento dos prazos estabelecidos para o recolhimento;

X - acompanhar, junto ao Gestor de Imóveis, a execução das obras e serviços de engenharia, de acordo com o Plano de Obras da UG;

XI - propor ao Agente Diretor as alterações ou atualizações que se afigurem necessárias no Regimento Interno;

XII - diligenciar para que os agentes responsáveis remetam, ao setor de apropriação de custos, os dados estatísticos de sua área de atuação, dentro dos prazos previstos, e, ainda, fiscalizar para que os setores responsáveis pela apropriação de custos efetuem os lançamentos em conformidade com as instruções vigentes;

XIII - providenciar para que ocorra, com a antecedência mínima de quarenta e oito horas, a divulgação, em boletim interno, das reuniões da Administração;

XIV - convocar, seguindo determinação do Comandante, todos os Gestores responsáveis por bens e valores para que compareçam à reunião da Administração, a fim de prestarem contas, bem como os detentores de suprimentos de fundos e os representantes da UG designados, para acompanharem e fiscalizarem a execução de contratos administrativos ou convênios; e

XV - providenciar para que a ata da reunião da Administração seja transcrita em boletim interno, até o segundo dia útil após a sua realização, observados os prazos de remessa aos órgãos competentes.

§ 2o Quanto ao controle do patrimônio, ao ACI incumbe:

I - diligenciar a fim de que seja mantido em boas condições o patrimônio da União sob responsabilidade da OM;

II - supervisionar a movimentação dos bens patrimoniais no âmbito da UG;

III - supervisionar o recebimento de bens adquiridos no comércio ou oriundos das organizações provedoras;

IV - efetuar o controle sobre a execução das obras, as prestações de serviços, os contratos administrativos e os convênios, certificando-se de que estão sendo cumpridas todas as cláusulas pactuadas;

V - verificar, nas passagens de cargo e em todas as demais conferências, balanços e inventários de bens patrimoniais imóveis, móveis permanentes, móveis de consumo de uso duradouro, de consumo e intangíveis, a correção dos documentos para publicação em boletim interno, em conformidade com a respectiva escrituração analítica existente;

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VI - assessorar o Comandante, o Agente Diretor e o Ordenador de Despesas nas inspeções e verificações que tenham de realizar;

VII - assessorar o Agente Diretor quanto aos critérios adequados para a nomeação das comissões; e

VIII - providenciar para que sejam publicados, na íntegra, os termos de passagem e recebimento de cargo, quando das substituições dos Agentes da Administração ou Agentes Públicos, fazendo constar os bens e os valores apurados nos inventários, inclusive nos estoques de almoxarifados, devidamente cotejados com os registros existentes.

§ 3o Quanto à responsabilidade, ao ACI incumbe:

I - chefiar o Setor de Controle Interno da UGE, de modo a atender às suas atribuições, observando a legislação em vigor, bem como às instruções específicas do Sistema de Controle Interno do COMAER;

II - inspecionar os serviços administrativos da UGE, de conformidade com a legislação e instruções pertinentes;

III - orientar os Agentes da Administração ou Agentes Públicos, objetivando maior eficiência no controle interno;

IV - verificar, periodicamente, o estado de conservação e emprego dos bens em depósito distribuídos para o serviço ou em uso pelo pessoal e comunicar ao Agente Diretor e ao Ordenador de Despesas qualquer falta ou irregularidade constatada, apontando o responsável direto;

V - promover, mensalmente e de maneira formal, o confronto do pessoal constante das folhas de pagamento com o real efetivo da UG, objetivando a concordância numérica e a identificação por nível hierárquico ou categoria funcional, bem como verificar a adequação de cada remuneração à média do respectivo nível;

VI - comunicar ao Agente Diretor e ao Ordenador de Despesas as irregularidades verificadas na esfera da sua atribuição administrativa, propondo, quando for o caso, a abertura de Tomada de Contas Especial;

VII - acompanhar a utilização dos recursos orçamentários e financeiros da UGE;

VIII - verificar o cumprimento dos limites das modalidades licitatórias, bem como os processos de dispensa e inexigibilidade de licitação, na forma da legislação em vigor;

IX - controlar os pagamentos das despesas, atendendo à cronologia das suas liquidações;

X - controlar as contratações de pessoal autônomo para os serviços eventuais e o pessoal das empresas prestadoras de serviços terceirizados, à luz da legislação;

XI - verificar, periodicamente, o estado da escrituração, certificando-se da confiabilidade dos registros dos Gestores;

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XII - verificar, diariamente, a conformidade dos registros, efetuados no SIAFI, com os documentos originais;

XIII - registrar, no SIAFI, a conformidade da conferência realizada, na forma do inciso XII deste parágrafo, e, quando verificadas incorreções, lançar os acertos efetuados;

XIV - proceder aos controles necessários à execução de suas atribuições e à aferição do desempenho dos Gestores;

XV - organizar os diversos arquivos de sua responsabilidade, mantendo-os em ordem e em dia;

XVI - submeter todos os registros e controles de sua gestão à assinatura, rubrica ou chancela do Agente Diretor, admitido o uso de meios mecânicos e eletrônicos, conforme a legislação vigente;

XVII - assessorar o Ordenador de Despesas na concessão de suprimento de fundos, prazos de aplicação e de prestação de contas;

XVIII - assessorar o Ordenador de Despesas, no sentido de verificar, à luz da legislação em vigor, a formalidade, a legalidade, a correção contábil e a veracidade dos controles existentes;

XIX - controlar o fluxo de receitas e de despesas das diversas fontes de recursos da UGE, inclusive visando a assessorar o Agente Diretor, quando da elaboração da proposta orçamentária;

XX - verificar a exatidão dos documentos correspondentes à movimentação de bens patrimoniais e de valores a cargo da UGE;

XXI - verificar a documentação relativa a recebimentos de bens adquiridos no comércio, fornecidos pelas organizações provedoras ou de obras e de prestação de serviços;

XXII - verificar a legitimidade e a legalidade dos processos de movimentações patrimoniais da UGE;

XXIII - supervisionar o cumprimento dos prazos nas passagens de cargos;

XXIV - diligenciar para que as aquisições de bens e as contratações de serviços sejam realizadas de conformidade com a legislação vigente;

XXV - diligenciar a fim de que estejam em ordem e em dia os registros individualizados das alterações financeiras de pessoal;

XXVI - verificar a conformidade das alterações financeiras de pessoal, publicadas em boletim interno, com os dados processados pelo Setor de Finanças;

XXVII - verificar a exatidão do resumo da disponibilidade diária de numerário;

XXVIII - elaborar o calendário administrativo para o acompanhamento e o controle das obrigações dos diversos setores da UGE;

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XXIX - elaborar o programa de visitas de inspeção aos diversos setores da UGE;

XXX - verificar a atualização, no SIAFI, do cadastro dos Agentes da Administração ou Agentes Públicos responsáveis por bens e valores a cargo da UGE;

XXXI - supervisionar a elaboração dos relatórios periódicos de apropriação de custos e monitorar os indicadores de desempenho da UG, propondo medidas corretivas quando necessário;

XXXII - remeter ao Órgão Regional do Sistema de Controle Interno do COMAER as respostas aos relatórios de verificação dos balancetes da UGE, dentro do prazo estabelecido;

XXXIII - supervisionar a montagem dos balancetes de prestações de contas da UGE, de acordo com as normas e as exigências legais;

XXXIV - supervisionar as atividades desenvolvidas no SIAFI, verificando, inclusive, todas as mensagens expedidas e recebidas; e

XXXV - verificar, mensalmente, o recolhimento decorrente de fatos geradores de tributos ou de contribuições previdenciárias, bem como a prestação de informações de interesse do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.(FGTS), com a finalidade de manter a situação de regularidade junto aos órgãos arrecadadores.

Seção IV Dos Gestores

Art. 32. Ao Gestor de Material incumbe:

I - registrar a movimentação de bens de consumo e a liquidação da despesa, de acordo com a legislação em vigor e com base na documentação apresentada, certificando-se de que o material foi recebido e o serviço prestado, efetuando os lançamentos necessários, a fim de manter a compatibilidade entre o estoque existente nos depósitos da UG e os valores escriturados no SIAFI;

II - encaminhar para o Gestor de Registro as notas de empenho, notas fiscais e guias de fornecimento de bens patrimoniais móveis permanentes e de consumo de uso duradouro, adquiridos no comércio ou recebidos dos órgãos provedores;

III - autuar e indexar nos processos administrativos de gestão os documentos de sua competência;

IV - elaborar os balancetes, balanços e inventários dos bens patrimoniais de sua responsabilidade, coordenando e consolidando os demonstrativos de todos os almoxarifados, depósitos e reservas, sob a responsabilidade de outros gestores, objetivando o registro no SIAFI, mantendo arquivo mensal dos documentos comprobatórios das variações patrimoniais registradas;

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V - encaminhar, mensalmente, ao ACI um demonstrativo sintético contendo os documentos que deram origem às modificações dos bens patrimoniais de sua responsabilidade, acompanhados dos documentos emitidos pelo SIAFI, demonstrando o saldo anterior, os acréscimos, os decréscimos e o saldo atualizado;

VI - verificar o material a ser recebido, em relação aos documentos existentes, avaliando o estado em que se encontra, recebendo-o ou informando à autoridade competente os motivos do não recebimento;

VII - receber, armazenar, distribuir e controlar toda a movimentação das peças de fardamento, equipamentos e material de intendência, de acordo com as normas estabelecidas;

VIII - acompanhar os processos, desde a entrada dos respectivos empenhos no setor, até o completo recebimento do material ou serviço solicitado;

IX - levantar as necessidades e elaborar tabelas de dotação periódica para a distribuição do material de consumo de uso rotineiro aos diversos setores da UG;

X - centralizar a confecção dos Pedidos de Aquisição de Material e Serviços (PAM/S) relativos às necessidades de material ou de serviços comuns, de acordo com o previsto nas instruções específicas;

XI - submeter os elementos de sua escrituração à autenticação e ao exame do ACI;

XII - exigir quitação nos documentos de entrega dos bens de sua responsabilidade;

XIII - zelar pelos bens sob sua responsabilidade, inclusive observando os prazos de validade dos bens em estoque;

XIV - informar ao Setor de Licitações o desempenho dos diversos fornecedores na entrega de bens ou serviços, para registro nas respectivas fichas cadastrais; e

XV - manter arquivo mensal dos documentos comprobatórios das alterações ou variações dos bens patrimoniais de sua gestão.

Art. 33. Ao Gestor de Finanças incumbe:

I - processar as alterações autorizadas na remuneração dos militares e servidores públicos, após publicação no boletim financeiro da UG;

II - contabilizar os recursos financeiros a cargo da UGE, executando a sua escrituração de acordo com as normas em vigor, providenciando as prestações de contas periódicas da UGE;

III - manter o registro dos valores correspondentes a fianças bancárias, apólices ou títulos da dívida pública que tenham de ser recebidos como garantia de contratos de serviços ou fornecimentos;

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IV - manter, em ordem e em dia, as alterações financeiras referentes à remuneração de militares e servidores públicos ativos, inativos e pensionistas vinculados à UGE, certificando-se de que os dados conferem com as correspondentes publicações em boletim financeiro;

V - realizar, anualmente, no mês de aniversário do beneficiário, a atualização cadastral dos militares inativos, dos servidores públicos aposentados ou dos pensionistas de ambos, vinculados à UGE, que recebam proventos ou pensão à conta do Tesouro Nacional, em conformidade com a legislação específica, observando-se o seguinte:

a) os militares inativos, os servidores civis aposentados ou os pensionistas de ambos que não se apresentarem para fins de atualização dos dados cadastrais até o término do período fixado, ressalvados os casos previstos na legislação pertinente, terão o pagamento dos respectivos benefícios excluídos do depósito bancário a partir do mês subseqüente, ficando sob a guarda da UGE. Neste caso, o restabelecimento do pagamento do benefício dependerá do comparecimento do beneficiário à UGE, para a realização da atualização cadastral, observado o disposto na legislação pertinente;

b) a critério do Comandante da OM, as atribuições mencionadas neste inciso poderão ficar a cargo do Chefe do Setor de Recursos Humanos da UGE, desde que não haja incompatibilidade com o Regulamento e o Regimento Interno aprovados;

VI - expedir documento para fins de comprovação da remuneração de militar ou servidor público, na forma da legislação em vigor;

VII - dar quitação a todos os valores, previstos na legislação em vigor, que lhe forem entregues;

VIII - recolher o numerário recebido à conta bancaria da UGE, definida em legislação pertinente, no prazo máximo de dois dias úteis, de acordo com a orientação do Órgão Central do Sistema de Controle Interno;

IX - efetuar os pagamentos nos prazos estabelecidos na legislação pertinente, contados a partir da liquidação das despesas;

X - encaminhar ao Setor de Controle Interno da UGE, mensal e formalmente, a folha de pagamento do pessoal para cotejamento com o registro de pessoal existente;

XI - manter sob sua guarda permanente as fichas financeiras de todo o efetivo militar e civil vinculado à UGE;

XII - transcrever nas fichas financeiras do pessoal militar e civil vinculado à UGE o resumo das sentenças judiciais de alimentos, quando se verificarem;

XIII - proceder à revisão permanente dos descontos, a título de Pensão Alimentícia, devidos por militares e funcionários públicos vinculados à UGE; e

XIV - manter sob sua guarda os Processos de Pensão Alimentícia, referentes aos militares e funcionários públicos vinculados à UGE, devidamente ordenados, autuados e indexados.

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Art. 34. Ao Gestor de Licitações incumbe:

I - constituir, de forma particularizada, os processos licitatórios realizados na UG;

II - manter o cadastro de fornecedores atualizado, de acordo com as qualificações e em função da natureza e do vulto dos fornecimentos, das obras e dos serviços, em consonância com a legislação em vigor, bem como o registro de suas atuações no cumprimento dos compromissos assumidos;

III - propor, sempre que necessário, a designação de comissão especial de licitação;

IV - processar as publicações solicitadas pelas comissões de licitações na imprensa oficial e nos jornais de grande circulação, quando for o caso;

V - orientar as comissões designadas para habilitação em registro cadastral de fornecedores e de licitações, bem como os pregoeiros, a fim de que procedam à autuação, nos processos, de todos os documentos relativos à fase de licitação;

VI - manter, de forma sistemática, arquivo cronológico dos extratos dos contratos, convênios, acordos, ajustes, cartas-contrato e respectivos termos aditivos;

VII - utilizar modelo de instrumento convocatório que instrua os licitantes quanto ao correto preenchimento da proposta;

VIII - manter protocolo específico de saída e quitar os protocolos de entrada de todos os processos licitatórios, na modalidade convite;

IX - diligenciar para que as especificações de materiais e serviços constem das notas de empenho de maneira clara, completa e detalhada; e

X - elaborar documentação relativa aos contratos e convênios para remessa aos órgãos competentes, com vistas a sua aprovação e homologação, conforme previsto na legislação pertinente.

Art. 35. Ao Gestor de Imóveis incumbe:

I - registrar e acompanhar, no SIAFI, as alterações do patrimônio imóvel;

II - manter atualizados os cadastros dos terrenos e das benfeitorias;

III - manter atualizada a cartografia de sua área de responsabilidade;

IV - manter, em arquivo compatível, todas as especificações, plantas e desenhos atualizados, referentes a cada benfeitoria do patrimônio imóvel;

V - identificar, nas plantas gerais, todas as benfeitorias, com a numeração do cadastro;

VI - providenciar para que as avaliações e as reavaliações previstas se realizem por meio de comissão, na forma da legislação em vigor;

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VII - manter arquivo mensal dos registros no SIAFI, de modo a comprovar as variações ocorridas no patrimônio;

VIII - submeter todos os seus controles à conferência do ACI;

IX - comunicar, nos prazos previstos, aos Órgãos Regional e Central do Sistema de Patrimônio da Aeronáutica (SISPAT) todas as modificações e alterações ocorridas ou apuradas;

X - providenciar para que sejam transcritos, em boletim, conforme legislação vigente, os Termos de Passagem e Recebimento de Bens Patrimoniais Imóveis;

XI - acompanhar a legalização e regularização dos bens imóveis de interesse da UGE;

XII - providenciar para que as demolições necessárias só se iniciem após o cumprimento das exigências regulamentares;

XIII - acompanhar, junto à fiscalização de obras e serviços de engenharia, todo o cronograma dos contratos, recebendo, inclusive, cópias certificadas de todas as medições;

XIV - providenciar para que sejam publicadas, em boletim, com a finalidade de incorporação patrimonial, todas as obras e serviços de engenharia realizados nos imóveis;

XV - confrontar os valores constantes de suas fichas ou outros documentos de cadastro com os existentes no SIAFI;

XVI - elaborar, anualmente, os inventários analíticos dos bens patrimoniais imóveis;

XVII - manter arquivo mensal dos documentos comprobatórios das alterações ou variações do patrimônio de sua gestão;

XVIII - acompanhar e racionalizar o consumo dos serviços públicos, bem como certificar o recebimento das faturas emitidas pelas concessionárias, ressalvando-se o que for pertinente a Telecomunicações, quando a UG dispuser de Gestor Específico; e

XIX - assessorar o ACI quanto aos critérios adequados para a nomeação das comissões inerentes aos bens patrimoniais imóveis.

Art. 36. Ao Gestor de Imóveis Residenciais, além do contido no art. 35, quanto ao controle da ocupação, utilização e conservação dos imóveis residenciais, incumbe:

I - verificar o estado e a utilização dos imóveis cedidos a outros órgãos, ao pessoal da Aeronáutica ou a terceiros, na forma da legislação pertinente;

II - inspecionar, periodicamente, os imóveis sob sua responsabilidade, com o objetivo de verificar a existência de quaisquer alterações patrimoniais ou irregularidades;

III - transcrever, em boletim da UG, os extratos de Termos de Permissão de Uso dos Imóveis, bem como os das rescisões;

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IV - manter, em ordem e em dia, o arquivo dos Termos de Permissão de Uso dos Imóveis; e

V - elaborar relatório anual sobre a situação dos imóveis, conforme norma do Órgão Central do SISPAT.

Art. 37. Ao Gestor de Registro incumbe:

I - registrar, no SIAFI, as alterações de patrimônio móvel permanente e intangível, a partir das respectivas publicações, em boletim interno da UG, de empenhos, guias, notas fiscais, termos de recebimento ou outros documentos legais;

II - solicitar ao Agente Diretor a designação de comissões de recebimento, quando for o caso, para propiciar a imediata inclusão, no patrimônio, de todos os bens móveis permanentes adquiridos, transferidos, recebidos por doação ou recebidos dos órgãos provedores;

III - assessorar o ACI para que as comissões de recebimento indicadas possuam, pelo menos, um membro com conhecimento técnico-especializado do bem a ser recebido;

IV - orientar os detentores para que as transferências internas de bens patrimoniais móveis permanentes só se concretizem após a publicação em boletim interno;

V - diligenciar para que as passagens de cargo, por ocasião de substituições de Agentes da Administração ou Agentes Públicos, sejam realizadas dentro dos prazos previstos no Regulamento Interno de Serviços da Aeronáutica (RISAER);

VI - orientar os Agentes da Administração ou Agentes Públicos para que as informações relativas ao patrimônio móvel permanente, de consumo de uso duradouro e intangível, sejam registradas adequadamente em ficha, listagem, relação ou outro documento previsto;

VII - confrontar os dados das relações de bens a serem excluídos com os constantes no setor de registro, especialmente no que se refere ao tempo de utilização de cada item, visando à emissão do Termo de Exame de Material ou do Termo de Exame de Causas;

VIII - manter atualizado o cadastro de todos os detentores de bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro e intangíveis;

IX - promover, semestralmente, a conferência geral dos bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro e intangíveis e elaborar, anualmente, o inventário analítico;

X - escriturar os documentos próprios da sua gestão, mantendo-os atualizados no sistema de controle patrimonial vigente;

XI - utilizar-se, por ocasião das conferências e inventários, dos dispositivos legais para cancelar e reaproveitar a numeração das fichas-carga geral e parcial ou outros documentos hábeis, cujos bens se encontrem sem estoque por cinco anos ou sem previsão de novas inclusões;

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XII - providenciar para que todo o bem móvel permanente e de consumo de uso duradouro seja identificado corretamente e em local visível;

XIII - zelar para que o material registrado tenha a especificação correta e detalhada, a fim de que seja facilmente identificado;

XIV - promover, em todas as conferências, balanços e inventários de bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro e intangíveis, o confronto da escrituração sintética centralizada com a analítica;

XV - providenciar a publicação, em boletim interno, de todos os eventos próprios do setor, inclusive do resultado apurado nos confrontos por ocasião das conferências, balanços e inventários;

XVI - efetuar as reavaliações e atualizações dos valores dos bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro e intangíveis, de acordo com as normas e ordens em vigor;

XVII - apresentar, respectivamente, ao Agente Diretor e ao ACI os livros de escrituração geral e parcial ou a documentação informatizada correspondente para as assinaturas ou rubricas;

XVIII - registrar no SIAFI todos os eventos próprios do setor;

XIX - confrontar os valores constantes dos seus registros e inventários com os existentes no SIAFI; e

XX - manter arquivo mensal dos documentos comprobatórios das alterações ou variações do patrimônio de sua gestão.

Art. 38. Conforme as necessidades de cada UGE e a critério do seu Comandante, desde que não haja incompatibilidade com o Regulamento e o Regimento Interno aprovados, outros gestores poderão ser instituídos, por intermédio de Norma Padrão de Ação (NPA), para exercerem atividades específicas, tais como:

I - Gestor de Recursos Humanos;

II - Gestor de Telecomunicações;

III - Gestor de Faturamento;

IV - Gestor de Reembolsável;

V - Gestor de Seção Comercial;

VI - Gestor de Serviços Escolares;

VII - Gestor de Encargos Especiais;

VIII - Gestor de Subsistência;

IX - Gestor de Transporte de Superfície;

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X - Gestor de Tecnologia da Informação.

§ 1o Os serviços reembolsáveis de gêneros alimentícios, de asseio e limpeza, de medicamentos, de peças de fardamento e de livros e regulamentos serão ativados por ato do CMTAER.

§ 2o As seções comerciais serão ativadas conforme legislação especifica.

Art. 39. Aos Gestores mencionados no art. 38, quando ativados, incumbe:

I - submeter os elementos de sua escrituração ao exame e autenticação do ACI;

II - registrar, inclusive no SIAFI, os atos e fatos administrativos da sua área de responsabilidade;

III - comunicar ao ACI toda movimentação de bens e valores ocorrida em sua área de responsabilidade;

IV - proceder à Prestação de Contas e apresentar demonstrativos, mapas e outros documentos necessários à comprovação de gestão, quando for o caso, submetendo-os ao exame do ACI;

V - certificar o recebimento dos bens e valores na área de sua responsabilidade, dando-lhes o oportuno e conveniente destino;

VI - efetuar os fornecimentos, na área de sua responsabilidade, exigindo a respectiva quitação;

VII - providenciar a manutenção do nível operativo de bens e valores necessários às atividades de sua responsabilidade;

VIII - recolher ao setor financeiro, mediante documento legal, no prazo máximo de dois dias úteis, a contar da data de sua geração, as receitas originadas no setor de sua responsabilidade, observadas as orientações do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica;

IX - manter atualizados e contabilizados no SIAFI os valores correspondentes aos bens patrimoniais; e

X - elaborar os inventários anuais referentes aos bens patrimoniais de sua gestão.

Seção V Dos Agentes Auxiliares

Art. 40. Os Agentes Auxiliares participam da responsabilidade correspondente às atribuições que lhes forem cometidas pelas autoridades.

Art. 41. Além das responsabilidades específicas que lhes forem imputadas, incumbe-lhes:

RCA 12-1/2004 35

I - conhecer as atribuições que este Regulamento e as demais normas em vigor conferem ao cargo do qual estejam investidos os seus chefes imediatos, a fim de que possam secundá-los;

II - passar recibo, quando para isso autorizados, dos bens, documentos ou valores que lhes forem entregues para o conveniente destino;

III - cumprir as normas peculiares aos serviços de que estejam encarregados;

IV - prestar contas ao ACI dos bens e valores colocados sob sua responsabilidade; e

V - submeter os elementos de sua escrituração ao exame do ACI.

Seção VI Da Comissão de Licitações e dos Pregoeiros

Art. 42. À Comissão de Licitações e aos Pregoeiros, nos processos que lhes estão afetos, incumbe:

I - cumprir as disposições legais e formais previstas para a elaboração e execução dos processos licitatórios;

II - elaborar e submeter ao exame prévio do setor jurídico da UG ou de outro órgão do COMAER, devidamente especificado em norma aprovada por autoridade competente, as minutas dos editais, contratos, aditivos e ou outros instrumentos congêneres; e

III - diligenciar para que as especificações de materiais e serviços constem dos processos licitatórios de maneira clara, completa e detalhada.

CAPÍTULO III DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

Art. 43. É facultado às autoridades da Administração delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme disposto neste Regulamento e de acordo com as exceções contidas nas legislações pertinentes.

Parágrafo único. Para obtenção de maior efeito descentralizador, o ato de delegação poderá autorizar a subdelegação, à qual se aplicam todas as disposições relativas à delegação.

Art. 44. O Comandante da OM, quando oficial-general ou oficial superior no comando de unidade isolada, poderá delegar competência, no todo ou em parte, para o exercício das atividades correspondentes à função de Agente Diretor, ao oficial mais antigo que os demais Agentes da Administração ou Agentes Públicos ou a servidor civil assemelhado, seus subordinados.

Art. 45. Ressalvados os casos previstos em Regulamento ou Regimento Interno, o Comandante da OM poderá delegar competência para o exercício das atividades correspondentes à função de Ordenador de Despesas ao oficial mais antigo que os demais Agentes da Administração ou Agentes Públicos, exceto em relação ao Agente Diretor delegado, ou a servidor público assemelhado, seus subordinados.

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Art. 46. As atividades de que tratam os art. 44 e 45 poderão ser delegadas a um único oficial ou servidor civil assemelhado.

Art. 47. O ACI poderá delegar parte de suas competências a oficial ou servidor civil assemelhado, seus subordinados, e aos chefes diretos dos Agentes Executores.

Art. 48. Os oficiais poderão delegar a militar ou servidor público, seus subordinados, competência para responder pelo controle e pela escrituração dos bens patrimoniais móveis permanentes, de consumo de uso duradouro, reparáveis e intangíveis sob sua responsabilidade.

Art. 49. O delegante deverá exercer fiscalização sobre a atuação do seu delegado, de forma a certificar-se de que as diretrizes e os dispositivos regulamentares estão sendo cumpridos.

Art. 50. Os Agentes da Administração ou Agentes Públicos e seus delegados respondem por seus respectivos atos de acordo com as normas pertinentes.

Art. 51. O ato da delegação de competência é específico, impessoal e limitado no tempo, ou seja, guarda relação com as competências funcionais.

§ 1o O ato de delegação será publicado em boletim interno da OM e, quando for o caso, na imprensa oficial, constando os cargos e/ou funções do delegante e do delegado, as competências delegadas e o prazo de vigência da delegação.

§ 2o O ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo pelo delegante.

§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

§ 4o O ato de delegação não perde a validade no caso de substituição do delegado no cargo correspondente à delegação.

§ 5o A delegação de competência à autoridade não subordinada ao delegante só poderá ser efetivada pelo CMTAER.

CAPÍTULO IV SUBSTITUIÇÃO DE AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO OU AGENTES PÚBLICOS

Art. 52. A substituição de Agentes da Administração ou Agentes Públicos obedece ao disposto no RISAER.

Art. 53. As gestões: orçamentária, financeira, patrimonial e de recursos humanos não sofrem solução de continuidade quando as circunstâncias determinarem a substituição de qualquer Agente da Administração ou Agente Público.

Parágrafo único. Com a finalidade de assegurar a continuidade dos atos da administração, deverão ser designados Ordenador de Despesas Substituto e Gestor de Finanças Substituto, com a função especifica de assinar, no impedimento dos titulares, a documentação relativa à movimentação bancaria, não caracterizando, essas designações, as substituições previstas nos arts. 54 e 55 deste Regulamento.

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Art. 54. Na substituição definitiva ou interina, a responsabilidade sobre bens, valores, encargos e documentos será transmitida ao substituto.

Art. 55. Na substituição eventual, os valores serão transmitidos ao substituto, se a situação o exigir.

§ 1o Os bens móveis ficarão sob a responsabilidade de Agente Auxiliar e sob a supervisão do substituto, sem necessidade de transmissão.

§ 2o Na substituição eventual do Gestor de Finanças, por qualquer prazo, ocorrerá a transmissão de responsabilidade relativa aos valores e respectiva escrituração, mediante a lavratura do respectivo Termo de Passagem e Recebimento de Cargo.

Art. 56. O substituto interino ou eventual responde pelos seus atos, como se efetivo fosse.

Art. 57. Nas transmissões definitivas e interinas de cargo, será lavrado Termo de Passagem e Recebimento de Cargo, no qual serão registrados, sinteticamente, todos os bens e valores transmitidos e constará a ratificação integral ou restrita do substituto, conforme disposto neste Regulamento e na legislação pertinente.

§ 1o O Termo de Passagem e Recebimento de Cargo se aplicará também às substituições sem bens ou valores a transmitir.

§ 2o O Termo de Passagem e Recebimento de Cargo será transcrito, na íntegra, em boletim interno da UG.

§ 3o Será da responsabilidade do Agente da Administração ou Agente Público substituído a elaboração do Termo de Passagem e Recebimento de Cargo, bem como o acompanhamento de toda a sua tramitação.

§ 4o Em se tratando de transmissão de cargo por motivo de movimentação, o desligamento do Agente da Administração ou Agente Público será condicionado, também, à transcrição do Termo de Passagem e Recebimento de Cargo no boletim interno da OM.

Art. 58. O substituto definitivo ou interino será considerado investido no cargo a partir da data de sua assinatura no Termo de Passagem e Recebimento de Cargo, a ser encaminhado pelo ACI ao Agente Diretor para homologação e transcrição em boletim, observados os prazos previstos na legislação pertinente.

Art. 59. A escrituração de bens e de valores será referida à data efetiva da substituição do Agente da Administração ou Agente Público.

Art. 60. A substituição de Agente da Administração ou Agente Público, com transmissão de bens patrimoniais móveis permanentes, reparáveis, intangíveis, de consumo de uso duradouro e/ou de consumo em estoque, obrigará a conferência do material, seguida de confronto com a escrituração centralizada da UG e anexação dos correspondentes inventários.

Parágrafo único. A critério do Agente Diretor, a conferência do material será acompanhada por, no mínimo, um militar ou servidor público sem qualquer vínculo com ambas as partes.

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Art. 61. Os prazos para as transmissões definitivas ou interinas de cargo e entrega de bens e valores são os previstos no RISAER.

Art. 62. Os prazos previstos para as transmissões definitivas ou interinas de cargo e para a entrega de bens ou de valores, atendendo à solicitação devidamente circunstanciada, poderão ser prorrogados pelo Agente Diretor da UG em, até, um período igual aos inicialmente concedidos, desde que não ultrapassem ao fixado em legislação para os casos de movimentação de pessoal.

Art. 63. Se houver acúmulo de cargos, os prazos serão contados separadamente para cada transmissão de responsabilidade, observado o limite disposto no RISAER.

Art. 64. Nos casos de afastamento súbito, tais como: extravio, deserção, doença, falecimento, suspensão das funções, desligamento urgente, acidente, seqüestro e outras situações semelhantes, a transmissão definitiva ou interina do cargo e a entrega de bens, valores, encargos e documentos serão feitas por uma comissão de, no mínimo, três membros, nomeada pelo Agente Diretor, imediatamente após o conhecimento do ato ou fato.

§ 1o A comissão designada observará os prazos fixados no RISAER, e os resultados apurados indicarão, se for o caso, a responsabilidade do substituído.

§ 2o Ocorrendo o afastamento súbito do Comandante ou do Agente Diretor delegado, o substituto legal assumirá o cargo ou a função, após a realização de uma Reunião extraordinária da Administração.

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PARTE ESPECIAL

LIVRO I PATRIMÔNIO E ADMINISTRAÇÃO

TÍTULO I PATRIMÔNIO

CAPÍTULO I RECURSOS MATERIAIS

Seção I Bens Patrimoniais

Art. 65. Todos os bens patrimoniais incluídos na dotação de qualquer OM da Aeronáutica pertencem à União.

Art. 66. Os bens patrimoniais da União, quanto à natureza, dividem-se em:

I - móveis;

II - imóveis; e

III - intangíveis.

Seção II Bens Patrimoniais Móveis

Art. 67. Os bens patrimoniais móveis, entendidos como tais os suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia, compreendem as seguintes categorias:

I - bem móvel permanente - é todo artigo, equipamento ou conjunto de itens que tem durabilidade prevista superior a dois anos, quando em utilização, e que não perde a sua identidade física nem se incorpora a outro bem, em razão do seu uso;

II - bem móvel de consumo de uso duradouro - é todo artigo, equipamento, conjunto de itens, ou item de durabilidade previsível próxima àquela do bem móvel permanente, cujo valor individual justifique um controle escritural e responsabilidade pela sua guarda e conservação;

III - bem móvel de consumo - é todo item, peça, artigo ou gênero que se destine à aplicação, transformação, utilização ou emprego e, quando utilizado, tem sua vida útil estimada a, no máximo, dois anos, perdendo as suas características individuais e isoladas; quando em estoque, em almoxarifado, deve ser escriturado; e

IV - bem móvel reparável - é todo material suscetível de recuperação, mediante a substituição ou a restauração dos seus componentes, durante a sua vida útil, cujo valor justifique o controle individualizado.

Parágrafo único. É atribuição da respectiva OM provedora o estabelecimento dos critérios de seleção dos itens que serão controlados individualmente.

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Art. 68. Os bens móveis permanentes são escriturados analiticamente nas organizações que diretamente os administram, tendo os seus valores contabilizados sinteticamente no SIAFI, de conformidade com o Plano de Contas da Administração Federal.

§ 1o A escrituração de que trata o caput deste artigo, se efetuada por processos informatizados, será periodicamente listada e submetida à conformidade do Agente Diretor e ao ACI.

§ 2o O cancelamento físico e contábil desses bens está sujeito, compulsoriamente, a processo de exame de material, ou de causas, conforme o caso, e a processo de alienação, quando houver matéria-prima aproveitável.

Art. 69. Os bens móveis de consumo são escriturados analiticamente nas organizações que diretamente os administram, tendo os seus valores contabilizados sinteticamente, no SIAFI, em conformidade com o Plano de Contas da Administração Federal.

§ 1o Na escrituração analítica, para que seja resguardada a consistência, serão identificados todos os documentos que deram origem às entradas e saídas.

§ 2o Se utilizados processos informatizados para a sua escrituração e controle, as alterações deverão estar registradas no prazo máximo de dois dias úteis, e as listagens serão submetidas ao ACI para conhecimento das alterações.

Art. 70. Os bens móveis de consumo de uso duradouro e os bens móveis reparáveis serão escriturados e contabilizados na forma dos bens móveis de consumo e controlados, através de relações expedidas pelo gestor responsável, submetidas ao ACI.

Art. 71. Os saldos contábeis de movimentação de entrada e saída dos bens móveis de consumo serão comprovados, mensalmente, através de demonstrativos sintéticos e, anualmente, através de inventários analíticos, mantidos em arquivo pelo tempo determinado na legislação vigente.

Parágrafo único. Os bens móveis de consumo de uso duradouro, em uso, e os bens móveis reparáveis, aguardando recuperação ou em recuperação, serão apenas inventariados, analiticamente, no encerramento do exercício.

Art. 72. São atribuições das organizações provedoras a padronização e a classificação dos materiais e dos bens móveis de sua competência.

Seção III Bens Patrimoniais Imóveis

Art. 73. Os bens patrimoniais imóveis, sob a responsabilidade do COMAER, entendidos como tais aqueles que não podem ser transportados sem alteração de sua substância, dividem-se em:

I - de natureza exclusivamente militar; e

II - de natureza comum.

Art. 74. São de natureza exclusivamente militar:

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I - os quartéis e todas as suas instalações;

II - os depósitos e paióis;

III - os hangares e garagens;

IV - os campos de exercício e de prova para armamentos, munições e engenhos espaciais; e

V - todos aqueles destinados ao funcionamento de suas organizações.

Art. 75. São de natureza comum:

I - as residências e os conjuntos residenciais destinados ao pessoal e respectivas famílias;

II - os terrenos situados na parte externa dos quartéis e outros; e

III - as instalações escolares, recreativas e congêneres.

Art. 76. A localização das benfeitorias de uma OM é regulada por seu Plano Diretor.

§ 1o O Plano Diretor será aprovado pelo CEMAER, por iniciativa do órgão central do sistema correspondente.

§ 2o Cabe ao órgão central do sistema baixar instruções normativas para a elaboração de propostas do Plano Diretor.

Art. 77. As alterações ocorridas nos valores dos bens patrimoniais imóveis, em razão de reforma, recuperação ou conservação, serão objeto de publicação em boletim interno da UGE e de registro no SIAFI, para a devida incorporação destes valores ao patrimônio do COMAER.

Parágrafo único. As alterações ocorridas nas características dos bens imóveis, também, deverão ser publicadas em boletim interno, para o devido registro patrimonial, de acordo com as instruções dos Órgãos Central e Regional do SISPAT.

Art. 78. É da competência dos Órgãos Regionais do SISPAT , além de prestar o assessoramento técnico, manter , em ordem e em dia, os registros cadastrais dos bens imóveis referentes às UG de sua responsabilidade.

Art. 79. É competência do Órgão Central do SISPAT manter o registro cadastral atualizado de todos os bens imóveis sob responsabilidade do COMAER, bem como remeter ao órgão central do patrimônio da União todas as informações previstas na legislação pertinente.

Art. 80. Os bens patrimoniais imóveis são escriturados analiticamente nas organizações que diretamente os administram, tendo os seus valores contabilizados no SIAFI, também analiticamente, de conformidade com o Plano de Contas da Administração Federal.

Art. 81. Os saldos contábeis de movimentação de entrada e saída dos bens imóveis serão comprovados, mensalmente, através de demonstrativos sintéticos e,

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anualmente, através de inventários analíticos, mantidos em arquivo pelo tempo determinado na legislação vigente.

Seção IV Bens Patrimoniais Intangíveis

Art. 82. Bens patrimoniais intangíveis são os que não têm existência concreta. Parágrafo único. Embora possam ser objeto de direito e de obrigações e deles se possam sentir os efeitos, não possuem materialidade.

Art. 83. São bens intangíveis, dentre outros:

I - royalties; e

II - patentes.

Art. 84. Os bens patrimoniais intangíveis são escriturados, analiticamente, nas organizações que diretamente os administram, tendo os seus valores contabilizados, sinteticamente, no SIAFI, de conformidade com o Plano de Contas da Administração Federal.

Art. 85. Os saldos contábeis da movimentação de entrada e saída dos bens intangíveis serão comprovados, mensalmente, através de demonstrativos sintéticos e, anualmente, através de inventários analíticos, mantidos em arquivo pelo tempo determinado na legislação vigente.

CAPÍTULO II MOVIMENTAÇÃO

Seção I Entrega, Recebimento e Remessa

Art. 86. Todo material destinado à OM ou a ela recolhido para qualquer fim deverá ser entregue no local previamente estabelecido, acompanhado de documento de entrega.

Art. 87. No documento de entrega constarão a quantidade, a especificação detalhada do material, os preços unitários e totais e, quando for o caso, o estado físico e os motivos do recolhimento.

Art. 88. São considerados documentos para formalizar a entrega:

I - nota fiscal (1a e 2a vias) ou documento equivalente;

II - nota de empenho;

III - termo de cessão provisória ou definitiva;

IV - ordem de serviço (1a via);

V - guia de movimentação de material (1a e 2a vias); e

VI - portaria de fornecimento de material (1a e 2a vias).

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Art. 89. A UG remetente e qualquer outra unidade envolvida com remessa de material são responsáveis pela guarda, conservação, quantidade, estado, acondicionamento e embalagem do material remetido, até que este seja recebido pela unidade de destino.

Art. 90. A UG remetente comunicará o envio do material, indicando a quantidade de volumes remetidos, e o destinatário acusará o seu recebimento, ambos no prazo de cinco dias úteis, contados a partir dos respectivos atos de expedição e recebimento.

Parágrafo único. Para fins de recebimento do material, a data a ser considerada para contagem do prazo especificado no caput deste artigo será aquela registrada no protocolo de entrada da UG e lançada no documento de entrada do material.

Art. 91. O material entregue ficará dependendo, para a sua aceitação, dos exames qualitativo e quantitativo, a cargo do gestor ou da comissão designada para o recebimento.

Art. 92. O recebimento de material de valor igual ou superior ao limite estabelecido para a modalidade de licitação convite, para compras e serviços, será confiado a uma comissão de, no mínimo, três membros.

Art. 93. Para o material que exigir exame qualitativo (parecer técnico ou exame de laboratório), será designada comissão composta por três membros, tendo, pelo menos, um elemento com conhecimento técnico do material, sendo, neste caso, o prazo para recebimento de, no máximo, dez dias úteis, contados da data da entrega.

Art. 94. Para o material de que trata o art. 93, o prazo estabelecido poderá ser prorrogado por até dois períodos iguais, caso se trate de bem cujo exame seja de comprovada complexidade.

Art. 95. O material que, por sua natureza, não depender de exame qualitativo será recebido e aceito pelo gestor ou comissão no prazo máximo de cinco dias úteis, contados da data da entrega.

Art. 96. O material entregue, se considerado aceito, será recebido para todos os fins de direito, mesmo se os recebimentos se efetivarem fora dos prazos estabelecidos.

Parágrafo único. Quando a entrega do material ocorrer em desacordo com o prazo previsto no instrumento contratual, o gestor ou a comissão deverá registrar a ocorrência do fato para as providências cabíveis.

Art. 97. Cabe ao gestor, ou à comissão designada para o recebimento do material, a responsabilidade pelo cumprimento dos prazos estabelecidos.

Art. 98. O material não poderá ser utilizado antes da realização dos exames citados no art. 93, atribuindo-se aos responsáveis pelo seu uso prematuro os prejuízos verificados em decorrência desse fato.

Art. 99. No caso de aquisição de material no exterior, em atendimento à solicitação de UG no Brasil, é competência das comissões e das representações da Aeronáutica no exterior realizar a conferência documental no ato do recebimento do material, e das organizações destinatárias, os exames qualitativo e quantitativo.

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Art. 100. A quitação referente ao recebimento do material será lavrada no respectivo documento de entrega ou em termo próprio, conforme o caso.

Art. 101. As faltas ou defeitos, constatados durante os exames, serão registrados nos respectivos termos ou nos documentos previstos para a quitação.

Art. 102. Nos casos de falta imputável ao órgão remetente, a Unidade recebedora registrará ou relacionará no seu patrimônio somente o material que for efetivamente aceito, comunicando imediatamente ao órgão remetente a falta verificada.

Art. 103. As disposições sobre a entrega, o exame e o recebimento de material, estabelecidas neste Regulamento, são extensivas aos serviços, no que for aplicável.

Parágrafo único. Em se tratando de obras e serviços de engenharia, aplicar-se-á a legislação pertinente.

Art. 104. As transferências patrimoniais serão, obrigatoriamente, registradas no SIAFI pelos órgãos provedores ou remetentes, no prazo de até cinco dias úteis, contados da data da remessa do bem, quando também a UG de destino será informada da transferência.

Art. 105. Os recebimentos das transferências patrimoniais serão registrados no SIAFI, com prazo contado da data do recebimento do bem, observados os arts. 93 a 95 deste Regulamento.

Seção II Inclusão e Exclusão

Art. 106. Os bens patrimoniais móveis adquiridos, recebidos em doação ou cessão, fabricados ou recuperados pela UG ou encontrados em excesso nas conferências, serão incluídos no patrimônio ou relacionados, sendo contabilizados com base no documento correspondente, registrando-se a nomenclatura detalhada do material, quantidade, valor unitário e valor total.

§ 1o Na falta de preço unitário, tomar-se-á por base o preço vigente no comércio.

§ 2o Se não existir produto correspondente no comércio, a avaliação será procedida por um agente com conhecimento adequado ou comissão nomeada pelo Agente Diretor.

Art. 107. A movimentação dos bens móveis permanentes e intangíveis, tais como inclusão, transferência ou exclusão, será objeto de publicação imediata em boletim interno da UG que os administra.

Art. 108. O bem móvel permanente, ou intangível, aceito e recebido, será incluído no patrimônio no prazo de até cinco dias úteis, a contar da data do recebimento.

Art. 109. Nos casos de bem de consumo, de bem de consumo de uso duradouro e de bem reparável, os mesmos serão contabilizados e escriturados no prazo de até cinco dias úteis, contados a partir da data do recebimento.

Art. 110. Nos depósitos das organizações provedoras, o bem móvel

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permanente ou de consumo de uso duradouro, adquirido e destinado a fornecimento, será registrado, escriturado e controlado, devendo ser transferido para o patrimônio da Unidade de destino e incluído após ter sido recebido formalmente.

Art. 111. A exclusão dos bens móveis permanentes e intangíveis se originará de processo regular, no qual constarão a nomenclatura completa, as quantidades e as datas do recebimento, os valores e o motivo da exclusão.

Art. 112. Quando houver responsabilidade individual ou solidária pela prática de atos lesivos ao patrimônio público, apurada em processo administrativo competente, que resulte em reposição ou indenização, estas serão especificadas no mesmo ato que determinar a exclusão do bem, observada a legislação em vigor.

§ 1o Na impossibilidade de reposição de bem patrimonial móvel por outro idêntico, o recebimento de bem semelhante será precedido da realização de exame na forma do art. 91 deste Regulamento.

§ 2o Só em última instância, a indenização será feita preterindo a reposição e, quando realizada, deverá ser de forma que compense integralmente o dano causado ao conjunto.

Art. 113. As peças acessórias ou partes componentes de jogo ou coleção de bem móvel permanente, de consumo de uso duradouro ou reparável não poderão ser excluídas, isoladamente, cabendo aos responsáveis pelo seu extravio ou inutilização repô-las, de modo a integralizar o conjunto.

Art. 114. Na impossibilidade de reposição das peças acessórias ou partes componentes de jogo ou coleção, a indenização será feita pelo valor atualizado com base nos preços de mercado.

Parágrafo único. Em se tratando de bem de procedência estrangeira, a indenização será feita com base no valor atualizado, considerando-se o câmbio vigente na data de sua efetivação.

Art. 115. A exclusão dos bens patrimoniais móveis permanentes deverá ser precedida de:

I - exame do material:

a) para o bem que tiver completado o tempo mínimo de duração previsto nas respectivas tabelas e que não mais esteja em condições de ser utilizado;

b) para aquele bem que, por motivo de força maior ou caso fortuito, se tenha tornado imprestável antes de completar o seu tempo mínimo de duração, ou quando não haja tempo de duração fixado;

c) para o bem que apresentar inservibilidade para o fim a que se destina, não sendo suscetível de reparação ou recuperação;

d) para o bem que se pretenda alienar, por se achar disponível e sem probabilidade de aplicação próxima ou remota;

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e) para o bem cuja recuperação ou alienação for considerada antieconômica ou inconveniente;

f) para o deteriorado ou inutilizado em depósito, resultante de incúria ou imprevidência dos responsáveis;

II - exame de causas:

a) para o extraviado ou desaparecido; e

b) para o extorquido, roubado, furtado ou saqueado.

Art. 116. As exclusões dos bens móveis de consumo de uso duradouro e dos bens móveis reparáveis, das suas respectivas relações, serão formalmente solicitadas e devidamente justificadas, pelos detentores, ao Agente Diretor.

§ 1o Em se tratando de bem móvel reparável, de valor igual ou superior ao limite estabelecido para a modalidade de licitação convite, para compras e serviços, deverá ser observado o disposto no art. 115 deste Regulamento.

§ 2o No caso de bem móvel reparável, cujo valor seja inferior ao previsto no § 1o deste artigo, a critério do Agente Diretor, poderá ser aplicado o disposto no art. 115 deste Regulamento.

Art. 117. São motivos para a inutilização do material, dentre outros:

I - a sua contaminação por agentes patológicos, sem a possibilidade de recuperação por assepsia;

II - a sua infestação por insetos nocivos, com o risco para outro material;

III - a sua natureza tóxica ou venenosa;

IV - a sua contaminação por radioatividade; e

V - o perigo irremovível de sua utilização fraudulenta por terceiros.

Parágrafo único. A inutilização do material, que não for objeto de alienação, poderá ser a destruição ou a incineração (com o respectivo Termo de Destruição ou de Incineração), desde que sejam atendidos os dispositivos previstos em legislação quanto à segurança das instalações e à preservação do meio ambiente.

Art. 118. O documento básico para que seja ordenado o exame do material ou o exame de causas, ou ambos, será a parte circunstanciada do respectivo gestor ou responsável direto pelo bem, acompanhada de uma relação onde constem os seguintes elementos:

I - especificação discriminativa do bem;

II - tempo de duração previsto e data da inclusão no patrimônio;

III - quantidade e unidade;

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IV - valor unitário histórico e atualizado;

V - motivo do exame; e

VI - outros esclarecimentos julgados necessários.

Art. 119. O exame de material ou de causas será realizado por comissão composta por, no mínimo, três membros, dos quais um, pelo menos, tenha conhecimento especializado ou técnico do material a examinar.

Art. 120. O resultado do exame de material ou de causas deverá constar em termo específico que contenha todos os dados necessários à decisão do Agente Diretor, indicando as partes do bem suscetíveis de aproveitamento.

Art. 121. Será dispensado de qualquer exame o material cujo valor do dano esteja apurado e identificado o responsável por sua reposição ou ressarcimento, através de processo administrativo competente.

Art. 122. Tratando-se de material existente nos órgãos sediados no exterior, as providências serão executadas pelos respectivos chefes, sempre que o efetivo não comportar a nomeação de comissão.

Art. 123. Quando se tratar de deterioração ou inutilização de material em depósito, a comissão para exame do material será nomeada logo que o Agente Diretor tenha conhecimento do fato, apurando-se a responsabilidade através de processo administrativo competente.

Art. 124. Caberá aos órgãos provedores a elaboração das tabelas de tempo de duração dos bens que lhes são afetos, bem como a atualização periódica dos dados existentes.

Art. 125. Para o bem que não tiver completado o tempo mínimo de duração, ou que não tenha sido fixado, a comissão designada, depois dos exames e diligências realizadas, lavrará termo, do qual constarão:

I - o estado em que o bem se encontra, o dano sofrido e o seu valor;

II - a causa do dano;

III - a ocorrência, ou não, de caso fortuito ou motivo de força maior;

IV - o grau de responsabilidade do detentor do bem;

V - outros responsáveis pelo estrago ou pela inutilização; e

VI - a possibilidade de recuperação e, em caso negativo, se existe parte e/ou matéria-prima aproveitável ou passível de alienação.

Art. 126. No caso de o material já ter completado seu tempo mínimo de duração previsto e ter sido considerado inservível para o uso, o resultado do exame será declarado sucintamente pela comissão no verso da própria relação.

Art. 127. No Termo de Exame de Causas ou de Material, serão evidenciadas

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as ocorrências, as circunstâncias e outros esclarecimentos julgados necessários.

Art. 128. Os exames de causas e de material não dispensam a abertura de Sindicância, Inquérito Policial-Militar ou Tomada de Contas Especial, o que o fato comportar.

Art. 129. O bem será examinado no local em que se achar depositado ou distribuído.

Parágrafo único. Havendo necessidade de remoção do material para exames técnicos específicos, a comissão elaborará termo circunstanciado sobre o estado do bem e os motivos que recomendam a sua remoção, encaminhando-o à apreciação do Agente Diretor.

Art. 130. Com base no termo de exame, o Agente Diretor decidirá em despacho motivado no próprio documento:

I - imputar o prejuízo à União ou responsabilizar o culpado;

II - mandar excluir do patrimônio e dar baixa na escrituração ou recuperar o bem; e

III - indicar o destino a ser dado ao bem, determinando a abertura de processo de alienação ou de inutilização, conforme o caso, observado o inciso VI do art. 125 deste Regulamento.

Art. 131. O prazo entre o fato gerador da realização de exame do material ou de causas e a publicação das conclusões, em boletim interno da OM, será, no máximo, de trinta dias.

Art. 132. A movimentação mensal de bem móvel permanente será comunicada à OM provedora correspondente, a critério desta, no prazo estabelecido na legislação pertinente.

Art. 133. O bem distribuído para uso na UG será marcado, sempre que possível, de maneira a permitir a sua pronta identificação, facilitando os controles.

CAPÍTULO III ALIENAÇÃO

Art. 134. Os bens imóveis disponíveis e os bens móveis inservíveis ou excluídos, bem como a matéria-prima aproveitável, oriunda de exclusão, sempre que não tiverem aplicação na Unidade Administrativa, serão alienados.

Art. 135. A alienação de bens, subordinada à existência de interesse da Administração, devidamente justificada, será precedida de vistoria, avaliação e licitação, dispensada esta nos casos estabelecidos na legislação pertinente.

Art. 136. O bem patrimonial móvel incluído na dotação de uma OM da Aeronáutica, quando considerado inservível, deverá ser classificado como:

I - ocioso - quando, em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado ou, ainda, aquele cuja demanda de utilização não se verifique em função de sua obsolescência ou por se tratar de material supérfluo;

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II - recuperável - quando sua recuperação for possível e indicada em razão do custo ou especificidade do material;

III - antieconômico - quando sua manutenção for onerosa ou seu rendimento precário, em virtude de uso prolongado ou desgaste prematuro; e

IV - irrecuperável - quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina, devido à perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação.

Art. 137. A avaliação do bem a ser alienado será realizada por comissão, especificamente designada, de, no mínimo, três membros, cujo resultado será registrado em termo próprio.

Art. 138. A comissão de avaliação deverá conter, dentre seus membros, pelo menos um com conhecimento técnico-especializado do bem, a quem caberá a assessoria pelo laudo de avaliação.

Art. 139. A UG que não possuir em seu efetivo nenhum servidor público em condições de avaliar tecnicamente o bem disponível deverá solicitar a gestão de outro órgão que disponha de tais condições.

Art. 140. A Administração poderá, em casos especiais, contratar, por prazo determinado, serviço de empresa ou profissional especializado para assessorar a comissão quando se tratar de material de grande complexidade, vulto, valor estratégico ou cujo manuseio possa oferecer risco a pessoas, instalações ou ao meio ambiente.

Art. 141. Para o bem a ser alienado, o termo evidenciará:

I - o estado do material;

II - o valor de aquisição;

III - o valor constante do Termo de Avaliação, de conformidade com preços atualizados e praticados no mercado;

IV - os motivos da disponibilidade; e

V - a oportunidade ou conveniência da alienação.

Art. 142. O resultado da avaliação conduzirá a comissão à modalidade de licitação apropriada para a alienação.

Art. 143. A alienação de bens imóveis obedecerá ao que prescreve a legislação pertinente e, de acordo com cada caso, dependerá de licitação.

Art. 144. A alienação de bens móveis, em função da modalidade de licitação correspondente ao valor avaliado, dependerá de autorização de autoridade superior competente.

Art. 145. A alienação de aeronave, material bélico e seus equipamentos específicos deverá ser proposta pelo respectivo Órgão de Direção Setorial ao CMTAER,

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através do EMAER.

Art. 146. Para a alienação de bens imóveis, nos casos previstos na legislação, e de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao limite previsto para a licitação na modalidade de tomada de preços, poderá ser adotada a modalidade de leilão.

Art. 147. Para a realização de leilão, será solicitada a indicação de profissional especializado ao correspondente órgão de classe ou a designação de Agente da Administração ou Agente Público, devendo obedecer ao procedimento previsto na legislação pertinente.

Art. 148. O laudo ou termo técnico de avaliação é parte constitutiva do processo de alienação.

Art. 149. Os valores arrecadados nas alienações destinam-se ao Fundo Aeronáutico, na forma da legislação pertinente.

CAPÍTULO IV ARROLAMENTO

Art. 150. O arrolamento para acerto patrimonial constitui medida de exceção só autorizada pelo CMTAER, em atendimento a expediente circunstanciado, no qual são identificadas as causas e definidas as responsabilidades.

Art. 151. Proceder-se-á ao arrolamento nos seguintes casos:

I - estado caótico da escrituração, sem possibilidade de normalização pelos meios regulares;

II - dano à escrituração, conseqüente de caso fortuito ou motivo de força maior; e

III - ao término de operações de combate, real ou simulado.

CAPÍTULO V CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO

Art. 152. É responsabilidade direta do detentor de qualquer bem do patrimônio público adotar as providências necessárias, no sentido de garantir a guarda, a conservação e a manutenção, em adequadas condições de uso.

Art. 153. O material em estoque será transmitido ao substituto pelo substituído no mesmo estado em que foi recebido, ressalvados os casos fortuitos ou motivos de força maior, devidamente comprovados.

Art. 154. As providências para recuperação do material são de responsabilidade da UG que o mantém sob a sua guarda, dentro dos recursos de que dispõe, observado o aspecto econômico da recuperação.

Art. 155. Quando ocorrer reforma de bem móvel permanente, que lhe altere as características, estas deverá ser publicada em boletim interno e registradas nos controles da OM, para as conferências posteriores.

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TÍTULO II ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

CAPÍTULO I RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

Art. 156. As UG, para atender às suas necessidades, podem dispor de:

I - créditos orçamentários; e

II - créditos adicionais.

Art. 157. Créditos Orçamentários são os consignados na Lei de Orçamento e atribuídos ao COMAER para o cumprimento de sua missão.

Art. 158. Créditos Adicionais são autorizações de despesas não contempladas, ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento, e classificam-se em suplementares, especiais e extraordinários.

Art. 159. Na execução orçamentária, serão observadas a sistemática estabelecida em legislação própria, especialmente a Lei de Responsabilidade Fiscal, normas e instruções complementares pertinentes.

Art. 160. A descentralização de créditos orçamentários e adicionais à UG é efetuada por meio de provisão pelo Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica e pelas organizações autorizadas.

Art. 161. A autoridade competente para conceder provisão de crédito poderá anulá-la no todo ou em parte, conforme o caso.

Art. 162. Feita a provisão ou a distribuição de créditos, a movimentação dos recursos financeiros, necessários à despesa, será efetuada conforme as normas de programação financeira.

Art. 163. Os recursos financeiros referentes a créditos orçamentários e adicionais serão transferidos por meio de Conta Única do Governo Federal ou, em casos especiais, serão creditados em contas específicas, de acordo com a programação financeira do governo.

CAPÍTULO II RECURSOS FINANCEIROS

Art. 164. O produto das arrecadações ou recebimentos ocorridos será depositado na Conta Única do Governo Federal, ou, em casos especiais, creditado em contas específicas, no máximo dentro de dois dias úteis, a contar da correspondente geração ou do recebimento pelo Gestor de Finanças, observadas as orientações do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

Art. 165. Os recursos financeiros, no país, sob a responsabilidade de uma UGE, serão mantidos na Conta Única do Governo Federal no Banco do Brasil S/A e movimentados somente por intermédio daquele Banco.

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Parágrafo único. A utilização de outra instituição bancária, se necessária, somente poderá ocorrer após autorização obtida através do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

Art. 166. As transferências autorizadas de recursos financeiros entre UG serão efetuadas por meio da Conta Única do Governo Federal, de acordo com instruções do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

CAPÍTULO III DESPESAS

Art. 167. A despesa compreende três fases: empenho, liquidação e pagamento.

Art. 168. Nenhuma despesa será realizada sem a existência de crédito específico que a comporte dentro do respectivo exercício financeiro.

Art. 169. É vedada a realização de qualquer despesa sem a existência de prévio empenho.

Art. 170. O empenho de despesa, identificado segundo sua natureza ou finalidade, poderá ser:

I - ordinário - corresponde ao montante exato do compromisso;

II - global - próprio das despesas contratuais e outras, sujeitas à entrega parcelada dos bens ou serviços e obras, correspondendo ao valor exato do compromisso; e

III - estimativo - referente à despesa, cuja importância exata não se possa previamente determinar.

Art. 171. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor e será feita tendo por base:

I - a nota de empenho;

II - os comprovantes de entrega do material ou prestação efetiva do serviço; e

III - a execução total ou parcial do objeto do contrato ou documento correspondente.

Art. 172. Quando for necessário cancelar o empenho, será emitida nota de anulação de empenho pela mesma autoridade que emitiu a nota de empenho ou por seu substituto legal.

Art. 173. A anulação total ou parcial do empenho ocorrerá, desde que regularmente registrada no processo correspondente, quando:

I - a despesa empenhada for superior à despesa efetivamente realizada;

II - não ocorrer a prestação do serviço contratado;

III - o bem adquirido não for entregue total ou parcialmente; ou

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IV - a nota de empenho for emitida com impropriedade.

Art. 174. O empenho, a liquidação e o pagamento de despesa na Aeronáutica serão regulados pela legislação e normas aplicáveis à espécie, complementadas por instruções do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

CAPÍTULO IV LICITAÇÕES E CONTRATOS

Art. 175. As licitações e os instrumentos formais de dispensa e de inexigibilidade legalmente previstos, bem como as contratações decorrentes, serão realizados de conformidade com as normas legais e com as instruções complementares vigentes no âmbito do COMAER.

Parágrafo único. Instruções específicas serão expedidas e atualizadas, sempre que necessário, por iniciativa do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, inclusive para as comissões e as representações do COMAER no exterior.

Art. 176. Todas as minutas de editais e contratos elaboradas pelas UG deverão ser previamente examinadas e aprovadas, sob o aspecto legal, por Assessoria Jurídica do COMAER, nos termos da legislação pertinente.

CAPÍTULO V PAGAMENTOS

Art. 177. Os pagamentos de despesas a terceiros, obedecidas a legislação, normas e instruções complementares pertinentes, serão feitos por ordem bancária.

Art. 178. Quando houver despesa não atendível pela via bancária, o pagamento será feito por meio de suprimento de fundos, na forma da legislação pertinente.

Art. 179. O pagamento de despesas observará a ordem cronológica da sua liquidação e os prazos estabelecidos na legislação pertinente, salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa do Ordenador de Despesas, devidamente publicada.

Art. 180. Para a realização do pagamento de despesa, deverão ser observadas as seguintes etapas:

I - empenho da despesa;

II - recebimento e aceitação do material ou serviço;

III - liquidação da despesa com indicação do documento de entrega; e

IV - conferência dos documentos que compõem o processo pelo setor de controle interno, na forma da legislação em vigor.

Parágrafo único. A emissão da Ordem Bancária ficará condicionada à verificação do cumprimento das etapas acima elencadas, pelo Gestor de Finanças.

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CAPÍTULO VI REGISTROS

Seção I Contabilidade

Art. 181. A Contabilidade, na Aeronáutica, compreende:

I - Contabilidade Orçamentária - destinada a acompanhar e a analisar a execução do orçamento;

II - Contabilidade Financeira - destinada a manter em evidência a movimentação de todos os valores, saldos e os demais elementos necessários à sua fiscalização;

III - Contabilidade Patrimonial - destinada ao registro das alterações dos bens móveis, imóveis e intangíveis da União, a cargo do COMAER; e

IV - Contabilidade de Custos - destinada a acumular, organizar, analisar e interpretar os custos dos produtos, dos serviços, dos componentes da OM, dos planos operacionais e das atividades de distribuição, a fim de determinar resultados, controlar as operações e auxiliar o planejamento e o processo decisório.

Seção II Escrituração

Art. 182. Os bens patrimoniais, de qualquer natureza, adquiridos, transferidos ou recebidos pela UG, serão escriturados na conta contábil apropriada do SIAFI.

Art. 183. A escrituração contábil, referente à execução orçamentária, financeira e patrimonial, será analítica e sintética, devendo ser registrada por meio do SIAFI e de outros processos complementares.

§ 1o A escrituração analítica registrará, de modo cronológico e sistemático, os atos e fatos administrativos e será realizada pela UGE à qual está creditado o orçamento aprovado.

§ 2o A escrituração sintética, com base na escrituração analítica, evidenciando o estado da administração, será realizada pelo Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

Art. 184. Uma escrituração estará em ordem quando observar os modelos em vigor e não apresentar falhas em relação aos princípios gerais de contabilidade e às disposições que regulam o assunto; e estará em dia, quando registrar todas as alterações ocorridas até dois dias úteis anteriores à data de verificação, ressalvado o disposto nos arts. 108 e 109 deste Regulamento.

Art. 185. A escrituração será feita de forma simplificada e racional, segundo normas e modelos de cada sistema.

Parágrafo único. Para a realização da escrituração, poderá ser utilizado qualquer tipo de equipamento ou processo, desde que observadas as normas estabelecidas.

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Art. 186. A escrituração dos bens patrimoniais deverá representar com exatidão o existente na OM, observando o disposto no art. 182.

Art. 187. Os bens patrimoniais serão escriturados, inicialmente, pelo valor histórico.

§ 1o Todos os bens patrimoniais sob a responsabilidade de UG constarão, na escrituração, com o respectivo valor em moeda nacional e serão reavaliados quando determinado em legislação pertinente.

§ 2o Os bens patrimoniais, cujos valores históricos sejam desconhecidos, serão incluídos no patrimônio com o valor de sua avaliação.

Art. 188. Os bens móveis de consumo, quando iguais, mas de valores diferentes, serão reunidos, escriturados e inventariados pelo preço médio ponderado, por ocasião da reavaliação anual.

Art. 189. A especificação dos bens patrimoniais móveis, quanto ao peso, dimensão, superfície e volume, basear-se-á, em princípio, no sistema de pesos e medidas em vigor.

Parágrafo único. No que diz respeito à sua nomenclatura, deverá ser completa e detalhada, observando-se a ortografia oficial.

Art. 190. O material importado será escriturado no SIAFI, com os seus valores em moeda nacional.

§ 1o A taxa de câmbio utilizada para conversão será aquela registrada no SIAFI, referente ao último dia do mês anterior, em relação à data de certificação do recebimento na comissão ou na representação da Aeronáutica no exterior do item ou lote constante do documento fiscal.

§ 2o Os bens móveis que constituam partes de um mesmo conjunto, recebidos em remessas separadas, terão os seus valores inseridos no SIAFI, de conformidade com o disposto no caput e no § 1o deste artigo, em conta específica, vinculada a contrato, ou não, conforme o caso.

§ 3o A inclusão no patrimônio de itens e peças sobressalentes recebidos separadamente, cujo produto final, agregado de serviços especializados de montagem e instalação, constitua um bem móvel claramente identificado, será processada pelo preço do somatório dos documentos fiscais registrados, de conformidade com os §§ 1o e 2o deste artigo.

§ 4o O material importado existente no patrimônio das representações e das comissões da Aeronáutica no exterior deve ser escriturado na moeda de origem, e sua contabilidade se fará pela conversão na moeda nacional, conforme regulamentação do SIAFI.

Art. 191. Os relatórios, gerados de forma mecânica ou informatizada, referentes a posições de natureza patrimonial ou financeira, conterão os totais parciais e gerais, em cada folha, e serão assinados no encerramento e rubricados nas demais folhas.

Art. 192. O registro contábil dos fatos administrativos de natureza financeira

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será feito de acordo com as especificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos adicionais.

Art. 193. Abaixo da assinatura, firma ou rubrica, em documentos e processos, deverá constar o nome completo do signatário e a indicação do respectivo posto e cargo.

Parágrafo único. As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão de responsabilidade do delegado.

Art. 194. Poderá ser usada chancela mecânica, mediante a reprodução exata da assinatura, firma ou rubrica da autoridade administrativa competente, na autenticação de documentos em série ou de emissão repetitiva, tais como fichas de controle patrimonial e folhas de livros.

Art. 195. A autoridade administrativa fixará, em ato próprio, as condições técnicas de controle e segurança do sistema e, também, será responsável pela legitimidade e valor dos processos, documentos e papéis autenticados na forma do artigo anterior.

Seção III Erros e Retificações

Art. 196. A entrelinha, rasura, emenda, omissão, espaço em branco e quaisquer outras irregularidades na escrituração, conforme o caso, terão sua ressalva validada com a assinatura da maior autoridade responsável pela elaboração do documento ou do seu substituto legal, sendo objeto das seguintes correções:

I - a tinta vermelha;

II - por meio de estorno;

III - com lançamento supletivo; ou

IV - com declaração "em tempo".

§ 1o Na retificação feita com tinta vermelha, a parte a corrigir será cancelada com um ou dois traços horizontais, escrevendo-se logo acima o que for certo, tudo disposto de maneira que deixe ver as palavras ou algarismos pré-existentes.

§ 2o A correção mencionada no § 1o deste artigo será acompanhada de ressalva, também com tinta vermelha, confirmada e lançada à margem ou em lugar que não prejudique a clareza do documento.

§ 3o A retificação por meio de estorno será justificada mediante histórico sucinto do engano.

§ 4o O lançamento supletivo, destinado a sanar omissões ou deficiências, será feito de maneira que não deixe qualquer dúvida sobre a sua exatidão.

§ 5o A retificação feita por meio de declaração "em tempo" será realizada com o lançamento dessa declaração no fim do documento e assinada por todos aqueles que o subscreveram anteriormente.

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§ 6o O espaço em branco será preenchido ou cancelado por meio de traços, de forma a não permitir lançamentos posteriores.

§ 7o Qualquer documento emitido por sistema informatizado não poderá ser emendado, devendo ser retificado, por lançamento no próprio sistema, na forma do inciso II deste artigo, e emitido outro com a correção correspondente, se necessário, ressalvadas as exceções previstas nos respectivos manuais.

Art. 197. Na retificação que se fizer necessária na escrituração de documentos de receita e despesa, serão observados, ainda, os princípios de contabilidade normalmente aceitos.

Art. 198. A correção que importar em alteração em balancete e seus documentos, quando estes já tiverem produzido os efeitos necessários, será feita da seguinte forma:

I - retificação do balancete e documentos, com as devidas ressalvas e assinaturas pelos agentes por ele responsáveis;

II - lançamento da diferença resultante das correções feitas, no débito ou crédito, na data em que ocorrer; e

III - remessa das vias do balancete corrigido para as organizações competentes.

Art. 199. Ocorrendo erro ou omissão nos dizeres manuscritos dos carimbos, a correção será feita por meio de nova aplicação, sendo o anterior cancelado, em tinta vermelha, mediante a aposição de dois traços paralelos ou na forma de “X”, consideradas as extremidades do carimbo.

LIVRO II RESPONSABILIDADES

TÍTULO I COMPROVAÇÕES

CAPÍTULO I REUNIÃO DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 200. Os Agentes da Administração ou Agentes Públicos da UGE reunir-se-ão, periodicamente, por convocação, sob a presidência do Comandante, para tratar de assuntos pertinentes à situação econômico-financeira e patrimonial, ao andamento dos serviços administrativos, ao andamento dos planos da Administração e a todos os assuntos correlatos que tenham relação com a administração da UG.

Art. 201. Tomarão parte, obrigatoriamente, da reunião da Administração o Comandante, o Agente Diretor, o Ordenador de Despesas e o ACI.

§ 1o Os demais Agentes da Administração ou Agentes Públicos poderão estar presentes para expor a parte relativa às suas responsabilidades, a critério do Comandante.

§ 2o Outros servidores públicos da UG, não gestores, poderão ser convidados a assistir às reuniões da Administração.

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Art. 202. Será lavrada ata concisa dos trabalhos realizados na reunião da Administração.

Parágrafo único. Os documentos ratificados pelos agentes responsáveis serão preparados, em número de vias necessário para o encaminhamento às organizações competentes, na forma e nos prazos estabelecidos na legislação e normas pertinentes, conforme o caso.

CAPÍTULO II PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 203. Os Agentes da Administração ou Agentes Públicos responsáveis por bens e valores deverão prestar contas, na forma da legislação pertinente, para:

I - comprovar a utilização desses bens e valores, justificar o seu emprego e demonstrar as disponibilidades dos mesmos; e

II - comprovar a realização de despesas por meio de suprimento de fundos.

Art. 204. As contas dos responsáveis pela gestão dos bens e valores serão apresentadas:

I - ao Comandante, por ocasião da reunião da Administração ou a qualquer momento, a seu critério, pelos diversos agentes;

II - ao Agente Diretor, pelos respectivos gestores, com a presença do ACI, por ocasião das substituições ou a qualquer momento, a critério daquele;

III - aos Órgãos Central e Regional do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, de acordo com o calendário e as condições fixadas na legislação e normas pertinentes;

IV - ao Tribunal de Contas da União (TCU), em relação às UGE e ao COMAER como um todo; e

V - às comissões designadas para a realização de processo de Tomada de Contas Especial.

Art. 205. As UGE remeterão a documentação que compõe a Prestação de Contas, para fins de controle, ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica e aos respectivos Órgãos Regionais, na forma e nos prazos estabelecidos nas normas pertinentes.

Art. 206. Os balancetes de Prestação de Contas, encaminhados aos Órgãos Regionais do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica competentes, serão analisados, certificados quanto à conferência e restituídos aos responsáveis, por intermédio de despacho com o correspondente Relatório de Verificação.

§ 1o Se alguma de suas peças necessitar de esclarecimentos, retificações ou adoção de providências corretivas, desde que não sejam constatados indícios de dolo ou de ocorrência de prejuízo para a União, o processo correspondente, anexado ao Relatório de Verificação, será devolvido à UGE para a adoção das medidas necessárias, devendo retornar

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ao Órgão Regional do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica para conclusão da análise e da certificação quanto à conferência.

§ 2o Não sendo possível a certificação quanto à conferência, em face da constatação de impropriedades, após gestões entre o Órgão Regional do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica e a UGE, a prestação de contas deverá ser encaminhada ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, sem prejuízo da apuração de responsabilidades, conforme previsto neste Regulamento e na legislação correlata.

Art. 207. Os responsáveis por bens patrimoniais deverão manter atualizada a contabilidade respectiva.

Parágrafo único. Estes responsáveis prestam contas, analiticamente, à respectiva UG, e esta às organizações competentes, na forma das disposições pertinentes.

Art. 208. As UGE, para fins de elaboração do processo de Tomada de Contas Anual, remeterão ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, no prazo estabelecido, a documentação prevista na legislação pertinente.

Art. 209. Os Agentes da Administração ou Agentes Públicos realizarão, anualmente, o inventário analítico dos bens patrimoniais sob sua responsabilidade, submetendo-o à conferência do ACI.

CAPÍTULO III TOMADA DE CONTAS

Art. 210. Tomada de Contas constitui-se em um processo formalizado que deve conter dados e informações pertinentes aos atos de gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e à guarda de bens e valores públicos, podendo ser:

I - Anual, que deverá evidenciar os resultados da gestão durante um exercício, mediante confronto do programa de trabalho com os recursos financeiros programados e utilizados e, também, com os dados ou informações sobre a execução física;

II - Especial, que somente deverá ser instaurada depois de, esgotadas as providências administrativas internas, verificar-se não ter sido possível a recomposição integral do Erário, levando-se em consideração os limites de valores fixados na legislação vigente; e

III - Extraordinária, que será instaurada quando ocorrer a extinção, dissolução, transformação, fusão ou incorporação de unidade gestora de um ministério, comando ou órgão.

Art. 211. Na ocorrência de perda, extravio ou outra irregularidade sem que se caracterize má-fé de quem lhe deu causa, e se o dano for imediatamente ressarcido, a autoridade administrativa competente deverá, em sua Tomada ou Prestação de Contas Anual, comunicar o fato ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.

Art. 212. O Comandante da OM ou autoridade superior tomará as providências necessárias à instauração da Tomada de Contas Especial, nas seguintes ocorrências:

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I - omissão no dever de prestar contas;

II - não comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União;

III - ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos; e

IV - prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico do qual resulte dano ao Erário.

§ 1o Considera-se desvio de bens ou valores públicos, englobando, entre outros, o roubo, o furto, o peculato, a perda, o extravio ou o uso e a aplicação indevidos, quando estiver caracterizado dolo ou culpa.

§ 2o A solicitação de instauração de TCE competirá ao Comandante da OM, por meio de ofício ao Secretário de Economia e Finanças da Aeronáutica, depois de esgotadas todas as providências administrativas internas, no âmbito da OM, com vistas à recomposição dos danos causados ao Erário, apurados em Processo Administrativo Interno (Sindicância, Processo Administrativo Disciplinar ou Inquérito Policial- Militar) que não tenha logrado êxito quanto ao ressarcimento do dano.

Art. 213. O Agente da Administração ou Agente Público, ao tomar conhecimento de ato ou fato administrativo que tenha causado prejuízo ao Erário, deverá comunicá-lo formalmente, seguindo a cadeia de comando, ao Comandante da OM, para as providências cabíveis.

§ 1o Quando houver indício de que o ato ou fato administrativo comunicado envolva a cadeia de comando, o Agente da Administração ou Agente Público deverá oficiar à autoridade imediatamente superior àquela envolvida, após, obrigatoriamente, ter dado ciência deste procedimento, por meio de parte circunstanciada, ao Comandante da OM.

§ 2o A autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária, deverá imediatamente adotar providências com vistas à apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano.

§ 3o Comprovada a irregularidade administrativa ou prejuízo para União, por meio e procedimento próprio promovido pela UGE, caberá ao Órgão Central do Controle Interno da Aeronáutica dar ciência ao TCU.

CAPÍTULO IV GENERALIDADES

Art. 214. Os documentos comprobatórios de receita e despesa serão examinados sob os seguintes aspectos:

I - moral, compreendendo o emprego judicioso dos valores públicos, observadas as prescrições legais que lhes digam respeito;

II - aritmético, que tem em vista a exatidão das operações expressas em algarismos; e

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III - formal, abrangendo exigências legais de forma e conteúdo nos documentos.

Art. 215. A responsabilidade dos Agentes da Administração ou Agentes Públicos na gestão dos valores e dos materiais sob a sua guarda será definida por meio de acompanhamento permanente, prestação de contas ou quaisquer outros instrumentos de controle.

Art. 216. A Unidade Administrativa deverá manter em arquivo toda a documentação relativa à administração da OM, observando-se os prazos estabelecidos na legislação vigente.

Parágrafo único. A documentação relativa aos recolhimentos de impostos, taxas, contribuições ou outros tributos deverá ser mantida em arquivo, observando-se os prazos estabelecidos nas legislações específicas.

TÍTULO II RESPONSABILIDADES

CAPÍTULO I RESPONSABILIDADE FUNCIONAL

Art. 217. A responsabilidade dos Agentes da Administração ou Agentes Públicos no COMAER decorre do princípio da prevalência do interesse público.

Parágrafo único. As disposições deste Regulamento são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo Agente da Administração ou Agente Público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Art. 218. Os Agentes da Administração ou Agentes Públicos são obrigados a zelar pela estrita observância dos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência no trato dos assuntos que lhe são afetos.

Art. 219. A apuração das irregularidades administrativas será realizada mediante Sindicância, Inquérito Policial-Militar ou Administrativo.

Parágrafo único. Quando a apuração das irregularidades administrativas evidenciar lesão ao patrimônio público ou enriquecimento ilícito, caberá ao Comandante da OM comunicar o fato ao Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica, para a devida instauração do Processo de TCE.

Art. 220. Aos acusados de irregularidades são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

Art. 221. O pessoal da Aeronáutica, no desempenho de qualquer atividade administrativa, será responsabilizado essencialmente:

I - pela ineficiência na execução dos seus deveres funcionais;

II - pelas conseqüências da inobservância, por inércia de sua parte, de disposições legais ou de ordens emanadas de autoridades competentes;

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III - pelas omissões nos seus deveres funcionais;

IV - pelo emprego irregular de bens e de valores públicos;

V - pelos compromissos que assumir em nome da OM sem que, para isso, esteja autorizado;

VI - pelo desempenho incorreto das obrigações decorrentes do seu cargo ou encargo;

VII - pelos atos contrários às leis que praticar no exercício do seu cargo ou encargo;

VIII - pelas despesas ordenadas sem o respectivo crédito ou em desacordo com a especificação orçamentária;

IX - pela constituição e guarda de numerário não contabilizado e concessão de liberalidades;

X - pelos erros de cálculo e por outros que resultem em pagamentos ou recebimentos indevidos;

XI - pela classificação inadequada de registro de receita, de despesa ou patrimonial, em relação às formalidades básicas exigidas pelas disposições pertinentes;

XII - pelo cumprimento de ordem de natureza administrativa, ilegal ou prejudicial à União, sem a tomada das providências acautelatórias de sua responsabilidade;

XIII - pelos atos ilegais praticados por agentes subordinados se, previamente avisado, não tenha tomado providências, em tempo, para evitar e corrigir esses atos;

XIV - pela omissão de descontos ou indenizações devidas;

XV - pelo atraso que causar às conferências de escrituração, prestação de contas, passagem e transmissão de cargo, transmissão de valores e de bens, remessa de documento às organizações do sistema e andamento dos processos;

XVI - pela falta de arrecadação da receita pública, quando de sua competência, bem como pagamento, recolhimento ou remessa de qualquer quantia fora do prazo fixado;

XVII - pela apresentação da escrituração desordenada e desatualizada;

XVIII - pela falta de medidas adequadas na apuração da responsabilidade dos gestores;

XIX - pela falta de iniciativa para resolver casos não previstos, cuja solução seja de sua competência;

XX - pelas faltas e irregularidades apuradas nas passagens de cargo, transmissão de bens e valores, tomadas de contas, conferência de escrituração e no recebimento, distribuição, remessa, inclusão, exclusão ou saída de material; e

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XXI - pelas irregularidades na escrituração que lhe esteja afeta, sem a observância das medidas corretivas aplicáveis.

CAPÍTULO II RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

Art. 222. A responsabilidade dos componentes da Administração que participarem de determinado evento será solidária, só não abrangendo aquele que, por meio da indispensável argumentação, seguida de comunicação escrita, deixar definida sua discordância com relação ao caso considerado.

Art. 223. Todos os membros das comissões serão responsabilizados quando praticarem qualquer ato lesivo aos interesses da União, de terceiros, ou contrários às disposições pertinentes.

Parágrafo único. O voto vencido, obrigatoriamente justificado, isenta de responsabilidade aquele que o emitiu.

Art. 224. As comissões ou os encarregados de auditoria, TCE, inspeção ou fiscalização serão responsabilizados solidariamente com os Agentes da Administração ou Agentes Públicos quando, apuradas as irregularidades cometidas, ficar provado que dispuseram de elementos para responsabilizar os faltosos e não o fizeram.

Art. 225. Participará da responsabilidade qualquer agente que deixar de comunicar a seu superior imediato as faltas e omissões que seu subordinado houver praticado ou nelas tiver incorrido.

CAPÍTULO III RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL

Art. 226. Quando o Comandante ou o Agente Diretor, salvo conivência e o disposto nos incisos pertinentes ao art. 221, decidir com fundamento em informações ou parecer incompleto, incorreto ou inverídico, a responsabilidade recairá somente no autor da informação ou parecer.

Art. 227. O Ordenador de Despesas, salvo conivência, não será responsável por prejuízos causados à Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados por agente subordinado que exorbitar das ordens recebidas.

Art. 228. Apurada qualquer divergência na conferência de bens e valores na TCE, ou por ocasião da substituição do respectivo gestor, ser-lhe-á imputada a responsabilidade pelo ressarcimento dos eventuais danos ou prejuízos verificados.

Art. 229. O agente responsável por bens e valores públicos e de terceiros responderá:

I - pelas quantias recebidas, até que justifique o seu emprego;

II - pelos pagamentos ou distribuições que efetuar;

III - pelos erros de cálculo; e

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IV - pelo emprego indevido dos bens e valores sob a sua guarda.

Art. 230. O agente que subscrever qualquer documento administrativo será responsável pela autenticidade das informações nele contidas.

Art. 231. O agente incumbido de conferir documento administrativo responderá pela exatidão dos cálculos e das importâncias nele registradas.

CAPÍTULO IV CASOS FORTUITOS E MOTIVOS DE FORÇA MAIOR

Art. 232. Os casos fortuitos e os motivos de força maior podem ser considerados para fins de isenção de responsabilidade do Agente da Administração ou Agente Público.

Art. 233. Os casos fortuitos e os motivos de força maior verificam-se no fato necessário, cujos efeitos não eram possíveis de serem evitados ou impedidos.

§ 1o Podem ser considerados para fins de isenção de responsabilidade do Agente da Administração ou Agente Público, dentre outros:

I - incêndio, sinistro aéreo, fluvial, marítimo ou terrestre;

II - inundação, submersão, terremoto ou outras intempéries;

III - epidemia ou moléstia contagiosa;

IV - saque ou destruição pelo inimigo ou destruição ou abandono forçados pela aproximação deste;

V - estrago produzido em armas, ou em quaisquer outros bens, por explosão ou acontecimento imprevisível; e

VI - inutilização involuntária do bem em serviço ou em instrução.

§ 2o Ocorrendo a situação, o responsável direto ou indireto levará imediatamente o fato ao conhecimento da autoridade a que estiver diretamente subordinado, em parte escrita, prestando-lhe todas as informações e esclarecimentos necessários à justificativa das circunstâncias em que o mesmo tenha ocorrido.

§ 3o Os casos previstos no caput deste artigo serão objeto de apuração de responsabilidade do agente ou usuário quanto à ação, à omissão, ou, ainda, à falta de atenção, cuidado ou erro na execução, devendo ser a solução publicada em boletim da Unidade.

CAPÍTULO V DANOS E IMPUTAÇÕES

Art. 234. Os bens e valores da União, quando sofrerem danos ou prejuízos, ressalvados os casos considerados fortuitos ou de motivo de força maior, serão reparados, repostos ou ressarcidos, na forma da legislação vigente.

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§ 1o Caberá à Administração definir a forma de recomposição do patrimônio da União observado o previsto no caput deste artigo e no art. 112 deste Regulamento.

§ 2o No caso em que a Administração decidir pela reparação ou pela reposição do bem, o recebimento será feito na forma prevista no art. 91 deste Regulamento.

§ 3o Havendo participação de mais de uma pessoa, o valor correspondente ao dano será rateado entre os responsáveis.

Art. 235. O valor do material, para efeito de indenização, será aquele que permita sua reposição por outro idêntico ou semelhante, observados os critérios estabelecidos pelos órgãos competentes.

Parágrafo único. Serão considerados, no momento da reposição, todos os custos necessários ao pleno funcionamento, operação e, ainda, o transporte do bem para o local de sua instalação.

Art. 236. Os descontos referentes às importâncias devidas pelas indenizações resultantes de alcance, multas, cargas, restituições ou recebimentos indevidos serão, preferencialmente, realizados de uma só vez e, na impossibilidade de assim proceder, mediante descontos mensais nos vencimentos ou nas quantias que os responsáveis pela indenização recebam da União, nos limites da lei.

§ 1o A indenização, devida à União, que não puder ser feita pela via administrativa, por opção voluntária do responsável, será objeto de cobrança judicial ou executiva, na forma da legislação pertinente.

§ 2o O disposto no caput deste artigo incidirá sobre os responsáveis pelo pagamento indevido, quando não for possível alcançar o beneficiado.

§ 3o Os descontos serão realizados nos limites da margem consignável, salvo quando, por opção voluntária do responsável, ocorrer a indenização de forma mais expedita.

§ 4o Os saldos resultantes das indenizações cobradas parceladamente serão atualizados na forma da lei.

Art. 237. Os descontos atribuídos a militar que deva ser excluído, na forma do art. 94 da Lei no 6.880, de 9 de dezembro de 1980, serão processados de maneira a possibilitar a indenização antes da sua exclusão do serviço ativo, observados os limites e as demais disposições da legislação vigente.

Art. 238. Ressalvados os casos previstos em legislação específica, em particular o disposto no art. 116 da Lei no 6.880, de 1980, a falta da quitação de débito com o Erário, por parte de militar que deva ser excluído do serviço ativo, não impedirá a sua exclusão, sem prejuízo de medidas administrativas acauteladoras e ações legais de cobrança pertinentes.

Art. 239. O servidor público em débito com o Erário que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar a dívida.

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Parágrafo único. A falta da quitação do débito, por parte do servidor público, no prazo previsto, implicará sua inscrição em dívida ativa.

CAPÍTULO VI GENERALIDADES

Art. 240. Todo militar ou servidor público investido de função, cargo ou encargo administrativo que vier a causar prejuízos à União, a pessoas físicas e/ou jurídicas ou ao serviço responderá, nas esferas administrativa, civil e criminal, pelas ações ou omissões que incorrer ou praticar.

Art. 241. A responsabilidade será civil quando decorrer de ato ou omissão de Agente da Administração ou Agente Público que cause prejuízo à União, instituição ou pessoa física ou jurídica.

§ 1o A responsabilidade civil não exime o responsável da sanção administrativa ou criminal cabível.

§ 2o A responsabilidade civil imputada a Agente da Administração ou Agente Público culpado acarretará o ressarcimento dos danos ou prejuízos causados à União ou a terceiros, com as cominações legais.

Art. 242. O COMAER responderá pelos danos que os Agentes da Administração ou Agentes Públicos causarem a terceiros, cabendo-lhe ação regressiva contra os responsáveis, nos casos de culpa ou dolo.

Art. 243. Apurada a falta de bens ou de valores e não sendo apurado dolo do responsável em processo administrativo competente, será fixado pelo Agente Diretor o prazo de trinta dias, a partir da conclusão do referido processo, para sua reposição, findo o qual, não havendo ressarcimento do dano, será solicitada pelo Comandante da OM a abertura do processo de TCE, na forma da legislação vigente.

Parágrafo único. O valor do ressarcimento será atualizado monetariamente, de acordo com a legislação vigente.

Art. 244. Os casos fortuitos ou motivos de força maior, quando comprovados mediante processo administrativo competente, isentarão de responsabilidade os agentes.

§ 1o Ocorrendo roubo, furto, extorsão, incêndio ou dano material, a isenção da responsabilidade ficará subordinada à ausência de culpa do Agente da Administração ou Agente Público.

§ 2o A isenção de culpa, quando for o caso, só beneficiará o responsável que tenha tomado as providências adequadas e da sua alçada para evitar o prejuízo.

Art. 245. Todo responsável pelo cumprimento de ordens que, a seu ver, impliquem prejuízo à União ou que contrariem dispositivos legais deverá ponderar a respeito com a autoridade que as determinou, ressaltando as conseqüências da sua execução.

§ 1o Se, apesar da ponderação, a autoridade persistir na ordem, o subordinado a cumprirá, mediante determinação por escrito, e, a seguir, participará, também por escrito,

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que a ordem em causa foi executada de acordo com o disposto no caput deste artigo, ficando, por conseqüência, isento de responsabilidade.

§ 2o Procedimento análogo caberá sempre que se tornar necessária a execução de medida ou providência legal, que não tenha sido tomada oportunamente.

Art. 246. A sanção civil será aplicada, observada a legislação pertinente:

I - ao agente responsável direto pelo dano ou prejuízo apurado; e

II - aos agentes que tenham agido com imprudência, imperícia ou negligência em relação às providências de suas atribuições, no sentido de responsabilizar o agente culpado.

Art. 247. A imputação da responsabilidade pela falta de inscrição e atualização do rol dos agentes responsáveis da administração, das remessas das prestações de contas, dos inventários, dos mapas, dos relatórios e de outros documentos necessários à fiscalização e à apreciação do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica será da competência deste Órgão.

Art. 248. Qualquer agente, ao tomar conhecimento de irregularidade administrativa, adotará as providências cabíveis junto à autoridade competente, objetivando a apuração de responsabilidade.

Art. 249. Os agentes auxiliares responderão perante os respectivos chefes diretos.

Art. 250. A responsabilidade resultante de perda, dano ou extravio de valores e de bens entregues a qualquer agente será a este imputada, após apuração por meio de processo administrativo competente.

Art. 251. Nenhum agente responsável estará isento de prestar contas que, se necessário, serão tomadas tendo em vista os superiores interesses da União.

Art. 252. Os órgãos responsáveis, ao apurarem qualquer falha e identificarem a UG por ela responsável, determinarão as providências cabíveis.

LIVRO III DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 253. A revisão deste Regulamento, a cargo da SEFA, será realizada sempre que fatos justifiquem essa medida.

Art. 254. As disposições deste Regulamento aplicam-se no âmbito do COMAER, observado o previsto na legislação vigente, respeitando-se o princípio da hierarquia de normas.

Art. 255. Após a entrada em vigor deste Regulamento, serão a ele ajustadas todas as disposições que com ele tenham pertinência.

Art. 256. Os casos não previstos neste Regulamento serão submetidos ao CMTAER, através do Órgão Central do Sistema de Controle Interno da Aeronáutica.


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