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REDAÇÃO JURÍDICAREDAÇÃO JURÍDICA

Prof. Cláudia Maris TullioProf. Cláudia Maris Tullio

E-mail: E-mail: [email protected]@yahoo.com.br

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IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEMIMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM

• A linguagem funciona como canal de conexão a paixões, sentimentos, idéias, padrões, arquétipos, circunscrevendo a forma pela qual se determina pelo simbólico, o mundo, na mesma medida em que somos pela realidade determinados. (Eduardo Bittar)

• Comunicação vem de “em comum”, que é como o homem vive – em comunidade.

• O homem é ser Político, necessariamente BILATERAL

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“Para o advogado, a palavra é o seu cartão de visita. A linguagem é também um dos fatores que condicionam a eficácia do direito.”

(REALE, Miguel. Introdução ao estudo do direito. São Paulo: Atlas, 2004)

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• Comunicação - é um processo que

envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim, ou seja, que proporciona a interação entre os interlocutores, efetuando uma troca informacional.(MEDEIROS & TOMASI, 2008)

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• O homem é ser de ação e de fala.

Linguagem pode ser: oral, escrita; verbal e não verbal (corporal e vestuário, comportamento)

Exemplos: corporal - Charles Chaplin – cinema mudo, o olhar – Atores de teatro e cinema, Imperador Romano – dedo para cima ou baixoPor fim – a linguagem de Libras – surdos-mudos;

Vestuário – No Direito – formalismo – obrigatoriedade da gravata etc...

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COMUNICAÇÃO VERBAL

COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL

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LINGUAGEM CORPORAL

• Transpiração, palidez, movimentos das pálpebras;

• Desvio do olhar/ olhar persistente;

• Código de cultura que interfere nos usos e costumes de uma sociedade.

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LINGUAGEM DO VESTUÁRIO• TOGA; TERNO;

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LINGUAGEM DO SILÊNCIO• Aceitação tácita;

• Ratificação tácita.

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A ausência de comunicação também tem elementos comunicativos:

O silêncio permitido ao réu diante da autoridade policial ou mesmo do juízo.

O direito civil fala em “aceitação TÁCITA”, confissão tácita.

Manifestação de vontade – normalmente – há de ser EXPRESSA – ex: Casamento diante de tabelião – famigerado “SIM”.

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• A) Normatização:a.1) Art. 15, CPC:

“Art. 15. É defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas nos escritos apresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofício ou a requerimento do ofendido mandar riscá-las.

Parágrafo único. Quando as expressões injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz advertirá o advogado que não as use, sob pena de lhe ser cassada a palavra.”

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Linguagem jurídicaLinguagem jurídica

• a.2) Art. 156, CPC:

“Art. 156. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo.”

• advogado juiz promotor

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• a.3) - Art. 282, CPC:

“Art. 282. A petição inicial indicará:I – o juiz ou o tribunal a que é dirigida;II – os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;IV – o pedido com suas especificações;V – o valor da causa;VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;VII – o requerimento para a citação do réu.

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ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

• Remetente ou emissor – quem deseja comunicar-se, enviando determinada mensagem a alguém.

• Destinatário ou receptor – a quem a mensagem se destina.

• Mensagem – a(s) informação(ões) transmitida(s).

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• Referente ou contexto – assunto da mensagem.

• Canal – meio material, suporte físico que transporta a mensagem.

• Código – sistema de elementos lingüísticos selecionados e de regras para combiná-los, conhecido tanto pelo emissor quanto pelo receptor.

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Elementos da comunicação

Elementos envolvidos no ato comunicatório:

1 – objeto da comunicação – mensagem

2 – conteúdo – referente

3 - transmitido por um - emissor

4 – a ser interpretado por um - receptor

4 – por meio de um - canal

5 – com seu próprio - código.

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Elementos da comunicação

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Qualidade do ato comunicatório

Toda e qualquer FALHA no ato comunicativo é entendido como RUÍDO.

Exemplos: Oitiva de testemunha estrangeira sem tradutor – impede a prática do ato;

O mesmo com cinema árabe sem legenda ou com legenda em sueco...

Solução – uso de peritos e intérpretes...

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Exemplo prático – petição judicialEmissor – autor do requerimento;

Receptor – juiz, destinatário da mensagem;

Mensagem – Direito pleiteado ($$, liberdade);

Canal – No caso, a FOLHA, o PAPEL da petição (Pode ser sustentação oral ou a termo);

Código – linguagem VERBAL escrita em língua portuguesa;

Referente – ao FATO ocorrido no mundo dos fatos...

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FUNÇÕES DA LINGUAGEM

• Expressiva ou poética, centrada no emissor, exprime sua atitude em relação a mensagem.

• Conativa ou apelativa, voltada ao destinatário da mensagem – propaganda, política – às vezes do advogado.

• Função referencial está centrada no informação - tem função informativa – linguagem jurídica. 

• Função metalinguística: o objetivo é centrado no código: dicionários.

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Função Referencial

• Centralizada no referente.• Quando o emissor procura oferecer

informações da realidade.• Objetiva.• Direta.• Denotativa.• Prevalecendo a 3ª pessoa do singular.• Linguagem usada nas notícias de

jornal e livros científicos.

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20/08/2009 - 14h00 Mulher diz que foi atacada por David Copperfield da Associated Press, em Seattle Uma mulher entrou com um processo contra o mágico David Copperfield alegando que foi ameaçada e atacada sexualmente por ele enquanto passava alguns dias como hóspede da ilha particular de Copperfield nas Bahamas.

Os advogados do mágico, Angelo Calfo e Parry Eakes, negam as acusações e afirmam que o processo é uma "extorsão de dinheiro planejada e simples". O jornal "Seattle Times" afirma que a mulher é uma modelo de 22 anos e antiga candidata ao Miss Washington. Ela diz que conheceu Copperfield quando ele se apresentou na cidade de Kennewick, em 2007, e naquele ano foi convidada para visitar sua ilha particular. O jornal também afirma que o processo foi registrado em 29 de julho de 2007 em um tribunal de Seattle contra David Seth Kotkin, nome de batismo de Copperfield.

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Função Conativa

• Centraliza-se no receptor.• O emissor procura influenciar o

comportamento do receptor.• Como o emissor se dirige ao receptor, é

comum o uso de tu e você, ou nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo.

• Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

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Função Emotiva

• Centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua emoção.

• Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações.

• É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.

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Função Metalinguística

• Centralizada no código, usando linguagem para falar dela mesma.

• A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto.

• Principalmente dicionários são repositórios de metalinguagem.

Obs: em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.

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• Escrevo porque gosto de escrever. Ao passar as ideias para o papel, sinto-me realizada...

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Alvo. Sm. 1. Ponto a que se procura atingir com a arma; mira. 2. Fim. 3. A cor branca.

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Função fática – centraliza-se no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

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Função Poética

• Centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor.

• Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações.

• É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas, etc.

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NÍVEIS DE LINGUAGEM

• A linguagem deve ser utilizada de modo adequado garantir sua eficiência. As variações da língua são dialetos.

• O falante, dependendo do contexto, pode usar diversos níveis de linguagem, adequados ao ambiente.

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LINGUAGEM CULTA

•  A – LINGUAGEM CULTA: (variante padrão) É utilizado nas classes intelectuais da sociedade. Mais na forma escrita que na forma oral. Vale-se de rico vocabulário e normas gramaticais.

• É a linguagem utilizada pelos juristas e tribunais. É muito burocratizado e menos variado, é o mesmo há anos.

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• Como palavras utilizadas por juristas teríamos: outrossim, estribar, militar (verbo), supedâneo, incontinenti, destarte, tutela, arguir, acoimar (castigar, punir).

•  No julgamento do MS do Collor os Ministros usaram o termo “recepcionar o recurso” 19 vezes - Sydney Sanches disse: “Agora, para melhorar nossa comunicação com a sociedade só falta eliminarmos alguns preciosismos da linguagem jurídica.”

 

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LINGUAGEM FAMILIAR

• B : É a linguagem utilizada pelas pessoas no cotidiano, um nível menos formal. É a linguagem do rádio e da televisão, dos meios de comunicação de massa. Tanto na forma oral quanto na escrita. As construções tendem a ser corretas mas permite-se construções próprias na linguagem oral.

•  É lógico que nenhum jurista vai usar em casa a linguagem que usa no Foro.

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LINGUAGEM POPULAR:

• É a utilizada por pessoas de pouca escolaridade ou analfabetas. É muito mais comum na forma oral, mais rara na escrita. É a linguagem do povo para comunicações diárias, vocabulário limitado e cheio de gírias frases feitas e formas deturpadas. Despreocupação com a gramática.

•  Exemplo de gíria: Cansêra de peito – Bronquite. 

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LÍNGUA COLOQUIALLÍNGUA COLOQUIAL

UTILIZADA SEM MUITA PREOCUPAÇÃO EM SEGUIR AS

REGRAS DA GRAMÁTICA NORMATIVA, É MAIS ESPONTÂNEA E

NATURAL.

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LÍNGUA GRUPAL

É DIVIDIDA EM SUBNÍVEIS, CONFORME O GRUPO QUE A

UTILIZA.

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REGIONALISMOS: É DIFERENCIADA

PRINCIPALMENTE PELA PRONÚNCIA, MAS TAMBÉM PELO VOCABULÁRIO E PELA SINTAXE;

LÍNGUAS TÉCNICAS: SÃO UTILIZADAS PELAS VÁRIAS

PROFISSÕES EXISTENTES, DE VOCABULÁRIO ESPECÍFICO E DE

NÍVEL CULTO.

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REGIONALISMOS: É DIFERENCIADA

PRINCIPALMENTE PELA PRONÚNCIA, MAS TAMBÉM PELO VOCABULÁRIO E PELA SINTAXE;

LÍNGUAS TÉCNICAS: SÃO UTILIZADAS PELAS VÁRIAS

PROFISSÕES EXISTENTES, DE VOCABULÁRIO ESPECÍFICO E DE

NÍVEL CULTO.

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GÍRIAS: SÃO CONSIDERADAS EFÊMERAS, OU SEJA, DE POUCA

DURAÇÃO, CONHECIDAS, PRINCIPALMENTE, PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA. MAS HÁ

TAMBÉM AS GÍRIAS DE GRUPOS COMO: DE MARINHEIROS,

SURFISTAS, CAMINHONEIROS ETC.

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NÍVEIS DE LINGUAGEM

VARIAÇÃO DIALETAL:

NO PROCESSO HORIZONTAL, TEREMOS A VARIAÇÃO POR MOTIVOS GEOGRÁFICOS.

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NO PROCESSO VERTICAL, A VARIAÇÃO OCORRE

CONFORME OS NÍVEIS SOCIOLINGUÍSTICOS, COMO

PROFISSIONAL, CLASSE SOCIAL, CULTURAL, GRAU DE ESCOLARIDADE, SEXO ETC.

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Linguagem jurídicaLinguagem jurídica

• B) Prática jurídica de discurso

b.1) Metodologia de pensamento própria da ciência do sentido jurídico.

Textualidade jurídica (repertório de elementos jurídicos):

- Normativa

- Burocrática (formal)

- Decisória

- Doutrinária

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Linguagem jurídicaLinguagem jurídica

• b.2) Direito – encerra os significados de: poder persuasivo, normatividade, regras de conduta, coercitividade, eficácia, decidibilidade e sistematicidade.

• b.3) Juridicidade – é o Direito tomado como sistema de significação jurídica e expresso por meio de aparições de sentido, práticas judiciárias, condutas de agentes, decisões sociais, etc., que se verificam por seus textos.

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É IMPORTANTE!É IMPORTANTE!

“A JURIDICIDADE DO DISCURSO REFERE-SE À SUA FINALIDADE. É JURÍDICO TODO DISCURSO QUE TEM POR OBJETO A CRIAÇÃO OU A REALIZAÇÃO DO DIREITO.” (PETRI, 2004, p.41)

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Linguagem jurídicaLinguagem jurídica

• b.4) Oratória – b.4) Oratória – capacita o sujeito, usuário do capacita o sujeito, usuário do sistema linguístico à melhor apresentação de sistema linguístico à melhor apresentação de discurso possível, detendo-se no aspecto discurso possível, detendo-se no aspecto expressividade/forma de discurso jurídico.expressividade/forma de discurso jurídico.

• b.5) Retórica b.5) Retórica - explicita o quanto as estruturas - explicita o quanto as estruturas jurídicas (principalmente a processual) devem à jurídicas (principalmente a processual) devem à capacidade de argumentação, aos processos de capacidade de argumentação, aos processos de persuasão, ao convencimento, à batalha pela vitória persuasão, ao convencimento, à batalha pela vitória

e sucesso do discurso através da linguagem escrita.e sucesso do discurso através da linguagem escrita.

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ATO COMUNICATIVO JURÍDICO

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CARACTERÍSTICAS

• Linguagem prescritiva, descritiva e persuasiva.

• Discurso jurídico (meio de comunicação do profissional de direito no universo jurídico);

• Lógica Informal;

• Linguagem técnica;

• Interdisciplinaridade.

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Ato Comunicativo Jurídico

• O ato comunicativo ocorre quando há cooperação entre os interlocutores.

• O emissor possui o pensamento – mensagem – e o receptor está com o propósito de entender a mensagem.

• A linguagem representa o pensamento e funciona como instrumento mediador das relações sociais.

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•No ato comunicativo jurídico – de um processo judicial – temos mais que a comunicação pura e simples.

•No caso, há uma LIDE, um CONFLITO e a linguagem utilizada pelas partes é, no confronto que se trava em torno dos interesses conflitantes, discursiva, conativa com a finalidade de convencer o Juiz.

•O discurso ocorre de forma organizada, com operações de raciocínio e, muitas vezes com estruturas preestabelecidas: •Exemplo: petições iniciais, sentença, formas das peças...

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CUIDADOS NO USO DA LINGUAGEM JURÍDICA

• 1 – QUEM SOU EU, O EMISSOR depende do papel que está ocupando no momento, deve selecionar o vocabulário.

• A linguagem do advogado de defesa é diferente da do promotor de justiça.

• 2 – O QUE DIZER - A mensagem, a idéia, deve ser colocada com atenção para concisão, precisão e objetividade. É imprescindível para a obtenção de sucesso.

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• 3 – PARA QUEM - A figura do receptor é fundamental! Deve Ter em mente a quem dirigida a peça. Se ao juiz não há a necessidade de explicar preceitos básicos do direito, ao contrário do que acontece em recursos administrativos...

• 4 – QUAL A FINALIDADE - O emissor deve estar atento para o seu objetivo comunicativo. Escolhendo bem as ideias e palavras para defender sua tese. Está acusando ou defendendo?

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• 5 – QUAL O MEIO - o emissor também deve estar atento para o meio.

• Exemplo: A linguagem utilizada na petição ao juiz não deve ser a mesma da utilizada perante o Tribunal do júri, onde a linguagem tem que “colorir” e enfatizar a argumentação.

.

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Os gramáticos não costumam colocar diferença entre o léxico, o vocabulário e o

dicionário mas os linguistas sim. 

•O LÉXICO é o conjunto sistêmico posto à disposição do usuário, é como um livro

aberto, podendo sempre ser enriquecido e alterado NÃO SÓ acrescentando palavras

como também atribuindo novos significados às já existentes. É constituído de um número infinito de palavras. a linguagem de um povo.

O LÉXICO E O VOCABULÁRIO

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•O DICIONÁRIO é a disposição das palavras do léxico em sentido alfabético,

classificando-as e indicando seu significado.

• •O VOCABULÁRIO é o uso do falante, O emprego das palavras, pertencentes ao léxico, na prática de uma pessoa para

que esta efetue a desejada comunicação.

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A ampliação contínua de vocábulos é de suma importância para o aperfeiçoamento da comunicação. Como atividade importante temos a leitura de autores renomados e a consulta frequente a dicionários é imprescindível.Alguns dicionários úteis para quem milita na área jurídica:

Dicionário de direito: Plácido e Silva e Pedro Nunes;Dicionário de definições: Caldas-Aulete, Aurélio;Dicionário de etimologia: Antenor Nascentes;Dic. de sinônimos e antônimos: Francisco Fernandes;Dicionário de filosofia: André Lalande, Régis Jovilet;Dic. de Linguística: Ducois, Zélio dos Santos Jota;

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O SENTIDO DAS PALAVRAS – Denotação e Conotação

• O sentido da palavra DENOTAÇÃO é: Conceito realista de um significado, qual seja a representação de um objeto ou pensamento por meio de um sinal concreto.

• CONOTAÇÃO : propriedade que tem um termo de designar um ou mais seres, atributo, relação entre duas ou mais coisas

• Ex. Minha casa fica na octogonal. – denotação ou conotação. Marada, residência, habitação.

• Ex. A escola é minha casa. – Sentido conotativo de valor afetivo.

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• É o chamado caráter polissêmico da língua (uma palavra possuir vários significados) que amplia a definição de um vocábulo. Na ausência de relação direta entre uma palavra e coisa, alarga-se o valor semântico dos signos. Tornando ele um feixe de significados.

• Vamos dançar quadrilha! - A polícia prendeu o chefe da quadrilha!

• Costumo lavar minhas roupas. – Lavagem de dinheiro do tráfico. –

• Continuaram a caminhar e com eles caminhava a noite. 

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•   É fato que a carga emocional determina a gama de variação dos significados de uma palavra. A variação é tanta que um mesmo significante pode remeter um leitor ao significado A e outro leitor ao significado B, dentro da medida dos contextos.

•  Como exemplo vemos que a palavra MORTE que tem diferentes significados para o médico para o advogado e para o poeta. Isto porque além da carga emocional as variações do valor semântico vão de acordo com a associação de idéias em conformidade com as vivências e experiências particulares. A direção psicológica empresta dimensão conotativa aos termos.

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O SENTIDO DAS PALAVRAS NA LINGUAGEM JURÍDICA

• “A clareza das idéias está intimamente relacionada com a clareza e a precisão das palavras” (Othon Garcia).

• No direito é ainda mais importante... atingir plenamente seus fins – estabelecer relações semântico-sintáticas harmônicas e seguras na organização do pensamento.

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O SENTIDO DAS PALAVRAS NA LINGUAGEM JURÍDICA

• UNÍVOCOS• EQUÍVOCOS• ANÁLOGOS

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UNÍVOCOS

VOCÁBULOS QUE CONTÊM UM SÓ SENTIDO.

A UNIVOCIDADE REPRESENTA OS TERMOS TÉCNICOS DO VOCABULÁRIO ESPECIALIZADO.

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MÚTUO: EMPRÉSTIMO ONEROSO DE COISAS FUNGÍVEIS.

COMODATO: EMPRÉSTIMO GRATUITO DE COISAS NÃO FUNGÍVEIS.

AB-ROGAR: REVOGAR TOTALMENTE UMA LEI.

DERROGAR: REVOGAR PARCIALMENTE UMA LEI.

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EQUÍVOCOS

SÃO VOCÁBULOS QUE POSSUEM MAIS DE UM SENTIDO.

POR SEREM PLURISSIGNIFICANTES, SÃO

IDENTIFICADOS NO CONTEXTO.

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SEDUZIR

• LINGUAGEM USUAL: EXERCER FASCÍNIO SOBRE ALGUÉM PARA BENEFÍCIO PRÓPRIO.

• DIREITO PENAL: MANTER CONJUNÇÃO CARNAL COM MULHER VIRGEM, MENOR DE DEZOITO ANOS E MAIOR DE QUATORZE, APROVEITANDO-SE DE SUA INEXPERIÊNCIA OU JUSTIFICÁVEL CONFIANÇA.

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ANÁLOGOS

SÃO VOCÁBULOS QUE PERTENCEM A UMA MESMA

FAMÍLIA IDEOLÓGICA OU SÃO TIDOS COMO SINÔNIMOS.

MESMO SENDO TIDOS COMO SINÔNIMAS, AS PALAVRAS NÃO TÊM O MESMO SENTIDO.

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RESOLUÇÃO: DISSOLUÇÃO DE UM CONTRATO, ACORDO, ATO

JURÍDICO.

RESILIÇÃO: DISSOLUÇÃO PELA VONTADE DOS CONTRAENTES.

RESCISÃO: DISSOLUÇÃO POR LESÃO DO CONTRATO.