2
2
Ministério da
Fazenda
Evolução do Gasto Primário do Governo Central
Fonte: Ministério da Fazenda, SIAFI, IBGE
Elaborado por Mansueto Almeida
*Dados de 1991 a 1996: Giambiagi e Castelar (2012), “Além da Euforia”
** 2010: Não inclui a capitalização da Petrobras
10,8%
13,6%
14,8%
15,9%
16,8% 17,0%
18,0%
19,3% 19,7%
10%
12%
14%
16%
18%
20%
Gasto Primário do Governo Central (% PIB)
3
3
Ministério da
Fazenda
Previdência é principal razão do aumento dos Gastos do Governo
Fonte: Ministério da Fazenda
0,4
5,6
1,0 0,8 1,0
8,7
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Pessoal Benefícios Previdenciários (+
Assistência)
Despesas Correntes (Saúde e Educação)
Subsídios Outras Despesas Total
Crescimento do Gasto primário de 1991 a 2015 (p.p. do PIB)
4
4
Ministério da
Fazenda
Mito da Previdência superavitária
O argumento falacioso usa todas as receitas vinculadas a Seguridade Social para
cobrir despesas somente com Previdência, e sugere superávit de R$ 100,1 bi
Uma vez que se considera as demais despesas da Seguridade Social, a figura muda e passa haver déficit de R$ 180,5 bi (mesmo sem considerar a DRU)
COFINS 204,7 INSS 498,5
CSLL 68,1 RPPS 110,8
60% do PIS/PASEP 32,3
Arrecadação RGPS 360,4
Contribuição da União ao RPPS 18,2
Contribuição Servidores ao RPPS 15,3
Outras receitas Orçam. Segurid. 10,4
TOTAL 709,4 609,3
100,1
RECEITAS DESPESAS
Superávit (+)/Déficit(-)
COFINS 204,7 INSS 498,5
CSLL 68,1 RPPS 110,8
60% do PIS/PASEP 32,3 Assistência Social 81,4
Arrecadação RGPS 360,4 Saúde 107,3
Contribuição da União ao RPPS 18,2 Outras 36,0
Contribuição Servidores ao RPPS 15,3 Abono Salarial 18,3
Outras receitas Orçam. Segurid. 10,4 Seguro Desemprego 37,6
TOTAL 709,4 889,9
180,5-
RECEITAS DESPESAS
Superávit (+)/Déficit(-)
Cálculo Incorreto Cálculo Correto (ainda sem DRU)
5
5
Ministério da
Fazenda
Resultado da Previdência é claramente negativo
O resultado da previdência rural é estruturalmente negativo, o que contribui para aumentar a necessidade de financiamento do RGPS, sobretudo em uma conjuntura na qual a previdência urbana apresenta redução do superávit.
-2,3 -8,7 -11,9 -13,6 -13,6 -12,5 -1,3 1,6 7,8 20,5 24,5 24,3 25,3 5,1
-46,3 -14,7 -17,7 -20,1 -24,0 -28,5 -32,3
-34,9 -44,5 -50,7 -56,1 -65,4 -74,2 -82,0 -91,0
-103,4
-17 -26
-32 -38 -42 -45
-36 -43 -43
-36 -41
-50 -57
-86
-150 -160
-140
-120
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Urbana Rural Total
Resultado da Previdência Urbana e Rural (Em R$ bilhões)
6
6
Ministério da
Fazenda
Seguridade Social como um todo em situação ainda pior
Déficit da Seguridade Social é maior do que da Previdência. Tão preocupante quanto o nível do déficit da seguridade é sua trajetória. Em 2016, a necessidade de financiamento da seguridade aumentou R$ 92,2 bilhões, alcançando R$ 258,7 bilhões. Ou seja, para que possamos continuar investindo mais em saúde e educação, precisamos estabilizar a despesa da previdência social.
-27,2 -22,1 -24,2 -39,2 -34,1 -40,5
-78,2 -66,5 -58,1
-76,1 -90,1
-130,1
-166,5
-258,7 -300,0
-250,0
-200,0
-150,0
-100,0
-50,0
0,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Déficit da Seguridade Social (em R$ bilhões, com DRU)
7
7
Ministério da
Fazenda
Previdência no Brasil é um “ponto fora da curva” mundial
• Elevado gastos com previdência (13% do PIB, considerando RGPS e RPPS)
• Demografia ainda favorável (razão de dependência = 12,9%)
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%
Gas
to P
úb
lico
co
m P
revi
dê
nci
a (%
PIB
)
Razão de Dependência (pop. Acima de 65 / pop. 20-64)
Gastos Previdenciários Totais x Razão de Dependência
Brasil França
Alemanha
Japão
Fonte: OCDE, Banco Mundial, ONU
8
8
Ministério da
Fazenda
Se nada for feito, problema irá aumentar com o tempo
Razão de dependência do Brasil piora rapidamente, e fica pior que a europeia
9,2% 10,2% 11,2% 12,9% 15,3%
18,1% 22,0%
25,7% 29,5%
34,3%
40,0%
45,2% 49,4%
54,2%
59,1% 61,5%
63,5%
24,2% 25,9% 26,2% 28,5%
32,3% 36,6%
41,1% 44,4%
47,3% 49,9%
52,7% 55,4% 55,8% 54,2%
52,9% 53,3% 54,6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060 2065 2070 2075 2080
Razão de Dependência
Brasil Europa
Fonte: OCDE, Banco Mundial, ONU
9
9
Ministério da
Fazenda
Impacto da demografia no INSS, se nada for feito
Fonte: LDO
Benefícios Previdenciários do INSS (% PIB)
10
10
Ministério da
Fazenda
Se nada for feito, não cabe no Teto dos Gastos
50,4 52,4 54,4 56,5 58,7 61,1 63,5 66,1 68,8 71,6
4,2 4,4 4,6 4,9 5,2 5,5 5,9 6,2
6,6 7,0 45,4 43,7 42,3 41,0 39,8 38,5 37,2 35,9 34,6 33,3
100,0 100,4 101,3 102,5 103,7 105,1 106,6 108,3 110,0 111,9
0
20
40
60
80
100
120
0
20
40
60
80
100
120
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
RGPS e RPPS BPC LOAS/RMV Demais despesas 100% teto de gastos
11
11
Ministério da
Fazenda
Com reforma proposta, há espaço para os demais Gastos Sociais
50,4 52,0 53,2 54,4 55,5 56,7 58,0 59,2 60,4 61,6
4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 4,8 4,9 5,0 5,1
45,4 43,7 42,3 41,0 39,8 38,5 37,2 35,9 34,6 33,3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
RGPS e RPPS BPC LOAS/RMV Demais despesas 100% teto de gastos
12
12
Ministério da
Fazenda
Brasil possui elevada Taxa de Reposição
Taxa de Reposição (razão entre o valor da aposentadoria e salário) é uma medida da suposta generosidade do sistema previdenciário.
No Brasil a taxa de reposição (76%) é maior do que a da média dos países europeus (56%).
1 A Taxa de Reposição Agregada e a mediana da pensão bruta dos aposentados com idade 65-74 dividido pela mediana das renda brutas das pessoas com idade 50-59. No caso do Brasil e a media da pensão bruta dos aposentados com idade 65-69 pela media da renda bruta das pessoa s com idade 55-64.
Fonte: Eurostat
13
13
Ministério da
Fazenda
A mesma (pseudo) generosidade aparece nos Benefícios Assistenciais (BPC)
Valor dos benefícios assistenciais (BPC) em relação ao PIB per capita no Brasil só é inferior ao do programa equivalente na Bélgica
1% 2% 5%
9% 9% 12%
15% 16%
20% 21% 22% 24% 25%
27% 27% 29%
33% 33% 35%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Benefício ao Idoso - % do PIB per capita (dados referentes a 2013)
14
14
Ministério da
Fazenda
Modelo atual incentiva aposentadoria precoces
72 71
69 69 68 68
67 67 66 66 65 65 65 65 64 64 64 64 64 63 63 63 63 62 62 62 62 62 62 61 61 61
60 60 59,4 58
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
75,0
Méx
ico
Co
réia
Ch
ile
Jap
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ngr
ia
Fran
ça
Bél
gica
Bra
sil
Luxe
mb
urg
o
Idade média de aposentadoria dos homens nos países da OCDE e no Brasil
Fonte: OECD (dados 2012, média referente aos últimos cinco anos) e MTPS (dados 2015 dos concedidos)
Obs.: Em 2012 a idade média de aposentadoria dos homens no Brasil era de 59,2 anos.
Aposentadorias especiais e por tempo de contribuição contribuem para que a idade média de aposentadoria no Brasil esteja entre as mais baixas do mundo. Incentiva os trabalhadores a saírem do mercado de trabalho no ápice da sua capacidade produtiva
15
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Ministério da
Fazenda
Efeito macroeconômico da suposta generosidade
A transferência de recursos distorce o mercado de trabalho (impostos) e reduz a poupança agregada da economia.
Isso significa mais juros, e menos PIB.
investimento
poupança
poupança
PSEUDO GENEROSIDADE
CAPITAL PRODUTIVO
JUROS PSEUDO GENEROSIDADE
16
16
Ministério da
Fazenda
Reforma proposta e evolução dos gastos previdenciários
Devido a demografia, gastos com previdência vão aumentar com o tempo
Reforma visa manter benefícios previdenciários constantes como proporção do PIB
Isso significa reduzir as distorções econômicas
9,7%
8,1%
8,0%
7,0% 7,2%
4%
5%
6%
7%
8%
9%
10%
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Benefícios da Previdência - INSS (% PIB)
Realizado Projeção – Modelo Atual Projeção – Reforma da Previdência
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17
Ministério da
Fazenda
A redução das distorções implica em impactos positivos sobre a economia
Impactos macroeconômicos da reforma da previdência
Variável Efeito da Reforma
Juros (%)
-0,62 pp
Taxa de Investimento (% do PIB)
+1,8 pp
Crescimento do PIB (10 anos)
0,65 pp por ano
Consumo dos aposentados (10 anos após início da reforma)
+1,7%
Como é possível que até aposentados saem ganhando?
• Problema da “meia entrada”
• Maiores custos agregados devido a benefícios individuais
• e.g.: grupo grande dividindo a conta do restaurante, todos pedem o mais caro