RELATOacuteRIO FINAL DA CONSULTA PUacuteBLICA
PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEI DE TERRAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de
Bens Imoacuteveis (ldquoLei de Terrasrdquo)
Ministeacuterio da Justiccedila do
V Governo Constitucional de Timor-Leste
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 1 O presente relatoacuterio pretende reportar as alteraccedilotildees em resultado da consulta
puacuteblica ao esboccedilo do Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens
Imoacuteveis decorrida entre o periacuteodo de 23 de Novembro de 2012 e 15 de Fevereiro de
2013 Esta consulta inclui-se na consulta puacuteblica do pacote de Lei de Terras iniciado
pelo V Governo Constitucional
Tal como foi relatado no relatoacuterio da elaboraccedilatildeo deste esboccedilo natildeo se trata de um
novo documento mas sim de uma revisatildeo do esboccedilo apresentado e discutido pelo
anterior Governo ao qual foi decidido dar seguimento tendo como base a poliacutetica de
continuidade do V Governo Constitucional
Assim e tendo em conta o vasto debate puacuteblico realizado durante a anterior
legislatura o Ministeacuterio da Justiccedila pretendeu focar a presente consulta puacuteblica nos
aspectos teacutecnicos e de detalhe da legislaccedilatildeo tendo por isso pedido aos participantes na
consulta puacuteblica comentassem o esboccedilo da lei por escrito
O lanccedilamento do novo esboccedilo foi feito numa cerimoacutenia puacuteblica realizada no dia
23 de Novembro de 2012 com o apoio do Justice System Project (JSP) da United
Nations Development Program (UNDP) Foram convidados para participar nesta
cerimoacutenia ONGs cujo fim esteja relacionado com terras agecircncias internacionais e
representantes da comunidade acadeacutemica Na sessatildeo presidida por SE o Ministro da
Justiccedila e que contou ainda com a presenccedila de SE o Vice-Ministro da Justiccedila e o
Secretaacuterio de Estado de Terras e Propriedades foi feita uma apresentaccedilatildeo teacutecnica das
alteraccedilotildees a documento seguida de uma sessatildeo de esclarecimentos
A todos os presentes foi distribuiacutedo um CD contendo
-Versatildeo anterior do esboccedilo do Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade dos
Bens Imoacuteveis versatildeo portuguesa e teacutetum
-Nova versatildeo do Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade dos Bens Imoacuteveis
versatildeo portuguesa e teacutetum
-Relatoacuterio de alteraccedilotildees ao Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade dos Bens
Imoacuteveis
-Versatildeo anterior do esboccedilo da Lei das Expropriaccedilotildees versatildeo portuguesa e teacutetum
-Nova versatildeo da Lei das Expropriaccedilotildees versatildeo portuguesa e teacutetum
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Paacutegina | 2 -Relatoacuterio de alteraccedilotildees agrave Lei das Expropriaccedilotildees
-Versatildeo anterior do esboccedilo da Lei do Fundo Financeiro Imobiliaacuterio versatildeo portuguesa e
teacutetum
-Nova versatildeo da Lei do Fundo Financeiro Imobiliaacuterio versatildeo portuguesa e teacutetum
-Relatoacuterio de alteraccedilotildees agrave Lei do Fundo Financeiro Imobiliaacuterio
Foi estabelecido que ateacute dia 31 de Dezembro todos os interessados deveriam
submeter os seus comentaacuterios por escrito entregando-os no Ministeacuterio da Justiccedila ou
enviando-os para o email que foi criado para o efeito (consultaterrasmjgovtl) No
entanto tendo em conta os pedidos feitos durante a sessatildeo de apresentaccedilatildeo e a
solicitaccedilatildeo endereccedilada pela Rede Ba Rai ao Ministro da Justiccedila para que tal prazo fosse
estendido foi por ele decidido em despacho de 11 de Dezembro alargar o referido prazo
ateacute 15 de Fevereiro de 2013 Para aleacutem de todos os contactos realizados para alertar da
extensatildeo do prazo tal informaccedilatildeo foi ainda divulgada atraveacutes do site do Ministeacuterio da
Justiccedila (httpwwwmjgovtlq=node365)
Todos os documentos sujeitos a consulta puacuteblica foram disponibilizados na
paacutegina do Ministeacuterio da Justiccedila (httpwwwmjgovtlq=node338) Foram ainda
enviados em CD a todos os chefes de suco acompanhados de uma brochura explicativa
Atraveacutes do sistema de SMS da Timor Telecom foram enviadas mensagens para
todos os nuacutemeros nacionais informando sobre a consulta puacuteblica e convidando agrave
participaccedilatildeo
Durante o periacuteodo da consulta puacuteblica os teacutecnicos do Ministeacuterio da Justiccedila
participaram em vaacuterios encontros com diferentes interessados no qual foram
esclarecidas duacutevidas relativas aos esboccedilos em causa
O Ministeacuterio da Justiccedila recebeu um total de 18 comentaacuterios que se encontram
publicados na paacutegina do Ministeacuterio da Justiccedila (httpwwwmjgovtlq=node338) A
todos os que se disponibilizaram para participar na discussatildeo de tatildeo importante tema o
Ministeacuterio da Justiccedila apresenta o seu sincero agradecimento
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Paacutegina | 3 Tendo em conta a preocupaccedilatildeo com as questotildees de geacutenero levantadas em alguns
dos comentaacuterios foram realizadas reuniotildees teacutecnicas com as entidades especialistas na
aacuterea para analisar a questatildeo em maior detalhe e das quais resultam algumas das
soluccedilotildees que constam do texto final
As alteraccedilotildees que contam do presente relatoacuterio tiveram como base os
comentaacuterios e as preocupaccedilotildees levantadas durante a fase da consulta puacuteblica Procurou-
se ainda realizar um esforccedilo de consolidaccedilatildeo da linguagem e clarificaccedilatildeo dos
procedimentos estabelecidos nesta lei
O relatoacuterio usa como base a versatildeo anterior de cada uma das leis assinalada a
NEGRITO As alteraccedilotildees feitas satildeo assinaladas a COR AZUL e com a indicaccedilatildeo
ldquoAlteraccedilatildeordquo De todas elas eacute feita uma nota justificativa explicando a razatildeo que esteve
na base da alteraccedilatildeo Sempre que foi acrescentado um novo artigo foi feita a referecircncia
de ldquonovo artigordquo
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Paacutegina | 4 REGIME ESPECIAL PARA A DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DOS
BENS IMOacuteVEIS
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste assegura no artigo 54ordm
o direito de todos os cidadatildeos agrave propriedade privada da terra O pleno exerciacutecio
deste direito depende da resoluccedilatildeo do actual estado de indefiniccedilatildeo quanto agrave
titularidade dos bens imoacuteveis
Com o objectivo de regularizar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-
Leste promover a distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de
todos agrave terra a presente lei estabelece o Regime Especial para a Definiccedilatildeo da
Titularidade dos Bens Imoacuteveis e cria mecanismos que permitem identificar os
legiacutetimos proprietaacuterios e reconhecer e atribuir os primeiros direitos de
propriedade da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo
da Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Alteraccedilatildeo
A presente lei procura clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica da propriedade da terra em Timor-
Leste efectivando as diferentes dimensotildees do direito agrave propriedade privada previsto no
artigo 54ordm nordm 1 da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste O processo
de regularizaccedilatildeo previsto nesta lei fundamental para a paz e desenvolvimento social e
econoacutemico nacional tem em conta a histoacuteria de Timor-Leste e eacute informado pelo
conhecimento acumulado ao longo de vaacuterios anos de estudos e consultas puacuteblicas
relativas a questotildees relacionadas com a propriedade de imoacuteveis procurando criar um
equiliacutebrio entre as diferentes posiccedilotildees existentes na sociedade timorense
Neste sentido e tendo por base a situaccedilatildeo histoacuterica e juriacutedica de Timor-Leste foram
estabelecidos como objectivos principais da presente lei a clarificaccedilatildeo da situaccedilatildeo
juriacutedica da propriedade e a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo e acesso agrave terra
A clarificaccedilatildeo dos direitos de propriedade eacute feita atraveacutes do reconhecimento de direitos
de propriedade anteriores Na verdade a Constituiccedilatildeo e demais legislaccedilatildeo subsequente
exigem a salvaguarda de direitos formais anteriores pertencentes a timorenses que
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Paacutegina | 5 validamente os adquiriram durante precedentes administraccedilotildees Os artigos 54ordm e 165ordm
da Constituiccedilatildeo a Lei 22002 de 7 de Agosto que recebe em bloco a legislaccedilatildeo
anterior bem como a Lei 12003 de 10 de Marccedilo relativamente aos bens imoacuteveis do
Estado obrigam ao reconhecimento destes direitos Por sua vez eacute necessaacuterio ter em
conta o limite estabelecido pela proibiccedilatildeo constitucional constante do nuacutemero 4 do
artigo 54ordm que veda aos cidadatildeos estrangeiros a propriedade privada da terra em
Timor-Leste
Mas para aleacutem do reconhecimento de direitos anteriormente formalizados a presente lei
procede agrave criaccedilatildeo da figura dos direitos informais de propriedade com vista a corrigir as
injusticcedilas praticadas antes da independecircncia de Timor-Leste devido agrave falta de
formalizaccedilatildeo de direitos Este direito correspondente a um direito tradicional e
individual agrave terra e permite que aqueles que anteriormente natildeo tenham obtido
documentos relativamente aos seus direitos de propriedade os possam agora invocar
nos mesmos termos daqueles que anteriormente tiveram os seus direitos formalizados
Neste campo a presente lei faz a formalizaccedilatildeo destes direitos atraveacutes do seu registo
Por sua vez a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da terra eacute feita atraveacutes do reconhecimento do
direito de propriedade a possuidores desta ou aos titulares de outros direitos anteriores
que natildeo o direito de propriedade de acordo com os criteacuterios estabelecidos na lei Evita-
se a propriedade e administraccedilatildeo centralizada da terra dando ampla oportunidade aos
privados de terem direitos sobre a terra juridicamente reconhecidos e de serem
independentes na administraccedilatildeo dos seus imoacuteveis
O acesso agrave terra eacute garantido de duas formas por um lado atraveacutes da criaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades permitindo-se o surgimento de um mercado de bens
imoacuteveis seguro e transparente por outro lado atraveacutes da clarificaccedilatildeo dos bens
pertencentes ao domiacutenio do Estado possibilitando a este realizar uma melhor gestatildeo do
seu patrimoacutenio que pode passar pela distribuiccedilatildeo agravequeles que de outra forma natildeo
tiveram acesso agrave terra
Importa tambeacutem referir os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e o princiacutepio da
compensaccedilatildeo quando exista duplicidade de direitos Na verdade existem situaccedilotildees em
que em virtude da atribuiccedilatildeo de direitos por diferentes administraccedilotildees ou por aplicaccedilatildeo
dos criteacuterios previstos nesta lei haveraacute mais do que um declarante vaacutelido para o mesmo
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Paacutegina | 6 bem imoacutevel Nestes casos a lei estabelece os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e
determina o pagamento de uma indemnizaccedilatildeo agrave parte agrave qual natildeo eacute reconhecido o direito
de propriedade por forma a reparar a perda do seu direito
A lei reconhece ainda a propriedade comunitaacuteria e cria a figura das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria Embora alguns aspectos destas figuras necessitem de densificaccedilatildeo em
legislaccedilatildeo posterior assegura-se desde jaacute o direito das comunidades enquanto tal
reclamarem os seus bens imoacuteveis e verem a sua propriedade comunitaacuteria reconhecida
estabelecendo-se ainda princiacutepios que balizam a regulamentaccedilatildeo das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria
Salienta-se ainda a criaccedilatildeo de mecanismos ateacute agora inexistentes em outras leis para a
protecccedilatildeo contra o despejo da casa de morada de famiacutelia ou de locais indispensaacuteveis agrave
obtenccedilatildeo de rendimentos por aqueles que natildeo tecircm poder econoacutemico para obter outras
alternativas Tal protecccedilatildeo visa garantir que o processo de regularizaccedilatildeo da propriedade
imobiliaacuteria natildeo seraacute causador de pobreza Por outro lado estabelecem-se princiacutepios e
mecanismos para a realizaccedilatildeo de despejos administrativos alinhados com o
estabelecido em diplomas de direito internacional para que quando estes tenham que
ocorrer sejam feitos da forma menos intrusiva possiacutevel
Houve tambeacutem um especial cuidado em conformar a lei com os instrumentos de direito
internacional dos quais Timor-Leste eacute parte tais como a Declaraccedilatildeo Universal dos
Direitos do Homem o Pacto Internacional dos Direitos Econoacutemicos Sociais e Culturais
ou a Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de Todas as Formas de Descriminaccedilatildeo sobre as
Mulheres (CEDAW) que nos termos do artigo 9ordm da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica
Democraacutetica de Timor-Leste fazem parte integrante do ordenamento juriacutedico
timorense
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo da
Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Foi elaborado um novo preacircmbulo da lei Procurou-se neste novo preacircmbulo sumariar
de forma mais clara as razotildees para a necessidade da lei Por outro lado sumariou-se
ainda princiacutepios e mecanismos de protecccedilatildeo que dela fazem parte
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Paacutegina | 7
CAPIacuteTULO I
OBJECTO E DEFINICcedilOtildeES
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO I
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Entendeu incluir-se o capiacutetulo I e II num uacutenico capiacutetulo de disposiccedilotildees gerais
Artigo 1ordm
Objecto
1 A presente lei estabelece o regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de
bens imoacuteveis por meio do reconhecimento e da atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de
propriedade de bens imoacuteveis da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
2 O regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis tem por fim
clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-Leste promover a
distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de todos agrave terra
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da
posse como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a
compensaccedilatildeo nos casos de duplicidade de direitos
Alteraccedilatildeo
Artigo 1ordm
Objecto
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da posse
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Paacutegina | 8 como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a indemnizaccedilatildeo nos
casos de duplicidade de direitos
Entendeu-se que se deveria substituir a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Sempre existiram duacutevidas de qual seria a melhor expressatildeo a utilizar Em termos
doutrinais entende-se que a expressatildeo ldquoindemnizaccedilatildeordquo deve ser usada quando existe
uma perda material sendo a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo usada para perdas imateriais A
quando da redaccedilatildeo da lei foi entendido que a expressatildeo compensaccedilatildeo seria melhor
conhecida em Timor-Leste No entanto e resultado da consulta puacuteblica foi-nos
informado que a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo era entendida em Timor-Leste como algo de
menor valor e que natildeo dava a ideia que se remunerava um direito perdido Assim sendo
a expressatildeo indemnizaccedilatildeo a mais correcta doutrinalmente e por forma a que haja um
correcto entendimento do que se pretende com esta expressatildeo entendeu-se que esta
expressatildeo deve ser alterada
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos do presente diploma denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse
duradoura que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de
propriedade referidos neste diploma como direitos informais de
propriedade
b) Os direitos sobre bens imoacuteveis concedidos pelas administraccedilotildees
portuguesa e indoneacutesia no territoacuterio de Timor-Leste respectivamente o
direito de propriedade perfeita e o aforamento o hak milik o hak guna
bangunan e o hak guna usaha
2 Para efeitos do presente diploma satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios
os direitos informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak
milik e secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 Os direitos anteriores secundaacuterios de aforamento cuja caducidade seja
posterior a 28 de Novembro de 1975 satildeo considerados vaacutelidos
4 Os direitos anteriores secundaacuterios de hak guna bangunan e hak guna usaha cuja
caducidade seja posterior a 30 de Agosto de 1999 satildeo considerados vaacutelidos
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Paacutegina | 9
Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Puacuteblica
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Puacuteblica
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 1 O presente relatoacuterio pretende reportar as alteraccedilotildees em resultado da consulta
puacuteblica ao esboccedilo do Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens
Imoacuteveis decorrida entre o periacuteodo de 23 de Novembro de 2012 e 15 de Fevereiro de
2013 Esta consulta inclui-se na consulta puacuteblica do pacote de Lei de Terras iniciado
pelo V Governo Constitucional
Tal como foi relatado no relatoacuterio da elaboraccedilatildeo deste esboccedilo natildeo se trata de um
novo documento mas sim de uma revisatildeo do esboccedilo apresentado e discutido pelo
anterior Governo ao qual foi decidido dar seguimento tendo como base a poliacutetica de
continuidade do V Governo Constitucional
Assim e tendo em conta o vasto debate puacuteblico realizado durante a anterior
legislatura o Ministeacuterio da Justiccedila pretendeu focar a presente consulta puacuteblica nos
aspectos teacutecnicos e de detalhe da legislaccedilatildeo tendo por isso pedido aos participantes na
consulta puacuteblica comentassem o esboccedilo da lei por escrito
O lanccedilamento do novo esboccedilo foi feito numa cerimoacutenia puacuteblica realizada no dia
23 de Novembro de 2012 com o apoio do Justice System Project (JSP) da United
Nations Development Program (UNDP) Foram convidados para participar nesta
cerimoacutenia ONGs cujo fim esteja relacionado com terras agecircncias internacionais e
representantes da comunidade acadeacutemica Na sessatildeo presidida por SE o Ministro da
Justiccedila e que contou ainda com a presenccedila de SE o Vice-Ministro da Justiccedila e o
Secretaacuterio de Estado de Terras e Propriedades foi feita uma apresentaccedilatildeo teacutecnica das
alteraccedilotildees a documento seguida de uma sessatildeo de esclarecimentos
A todos os presentes foi distribuiacutedo um CD contendo
-Versatildeo anterior do esboccedilo do Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade dos
Bens Imoacuteveis versatildeo portuguesa e teacutetum
-Nova versatildeo do Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade dos Bens Imoacuteveis
versatildeo portuguesa e teacutetum
-Relatoacuterio de alteraccedilotildees ao Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade dos Bens
Imoacuteveis
-Versatildeo anterior do esboccedilo da Lei das Expropriaccedilotildees versatildeo portuguesa e teacutetum
-Nova versatildeo da Lei das Expropriaccedilotildees versatildeo portuguesa e teacutetum
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Paacutegina | 2 -Relatoacuterio de alteraccedilotildees agrave Lei das Expropriaccedilotildees
-Versatildeo anterior do esboccedilo da Lei do Fundo Financeiro Imobiliaacuterio versatildeo portuguesa e
teacutetum
-Nova versatildeo da Lei do Fundo Financeiro Imobiliaacuterio versatildeo portuguesa e teacutetum
-Relatoacuterio de alteraccedilotildees agrave Lei do Fundo Financeiro Imobiliaacuterio
Foi estabelecido que ateacute dia 31 de Dezembro todos os interessados deveriam
submeter os seus comentaacuterios por escrito entregando-os no Ministeacuterio da Justiccedila ou
enviando-os para o email que foi criado para o efeito (consultaterrasmjgovtl) No
entanto tendo em conta os pedidos feitos durante a sessatildeo de apresentaccedilatildeo e a
solicitaccedilatildeo endereccedilada pela Rede Ba Rai ao Ministro da Justiccedila para que tal prazo fosse
estendido foi por ele decidido em despacho de 11 de Dezembro alargar o referido prazo
ateacute 15 de Fevereiro de 2013 Para aleacutem de todos os contactos realizados para alertar da
extensatildeo do prazo tal informaccedilatildeo foi ainda divulgada atraveacutes do site do Ministeacuterio da
Justiccedila (httpwwwmjgovtlq=node365)
Todos os documentos sujeitos a consulta puacuteblica foram disponibilizados na
paacutegina do Ministeacuterio da Justiccedila (httpwwwmjgovtlq=node338) Foram ainda
enviados em CD a todos os chefes de suco acompanhados de uma brochura explicativa
Atraveacutes do sistema de SMS da Timor Telecom foram enviadas mensagens para
todos os nuacutemeros nacionais informando sobre a consulta puacuteblica e convidando agrave
participaccedilatildeo
Durante o periacuteodo da consulta puacuteblica os teacutecnicos do Ministeacuterio da Justiccedila
participaram em vaacuterios encontros com diferentes interessados no qual foram
esclarecidas duacutevidas relativas aos esboccedilos em causa
O Ministeacuterio da Justiccedila recebeu um total de 18 comentaacuterios que se encontram
publicados na paacutegina do Ministeacuterio da Justiccedila (httpwwwmjgovtlq=node338) A
todos os que se disponibilizaram para participar na discussatildeo de tatildeo importante tema o
Ministeacuterio da Justiccedila apresenta o seu sincero agradecimento
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Paacutegina | 3 Tendo em conta a preocupaccedilatildeo com as questotildees de geacutenero levantadas em alguns
dos comentaacuterios foram realizadas reuniotildees teacutecnicas com as entidades especialistas na
aacuterea para analisar a questatildeo em maior detalhe e das quais resultam algumas das
soluccedilotildees que constam do texto final
As alteraccedilotildees que contam do presente relatoacuterio tiveram como base os
comentaacuterios e as preocupaccedilotildees levantadas durante a fase da consulta puacuteblica Procurou-
se ainda realizar um esforccedilo de consolidaccedilatildeo da linguagem e clarificaccedilatildeo dos
procedimentos estabelecidos nesta lei
O relatoacuterio usa como base a versatildeo anterior de cada uma das leis assinalada a
NEGRITO As alteraccedilotildees feitas satildeo assinaladas a COR AZUL e com a indicaccedilatildeo
ldquoAlteraccedilatildeordquo De todas elas eacute feita uma nota justificativa explicando a razatildeo que esteve
na base da alteraccedilatildeo Sempre que foi acrescentado um novo artigo foi feita a referecircncia
de ldquonovo artigordquo
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Paacutegina | 4 REGIME ESPECIAL PARA A DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DOS
BENS IMOacuteVEIS
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste assegura no artigo 54ordm
o direito de todos os cidadatildeos agrave propriedade privada da terra O pleno exerciacutecio
deste direito depende da resoluccedilatildeo do actual estado de indefiniccedilatildeo quanto agrave
titularidade dos bens imoacuteveis
Com o objectivo de regularizar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-
Leste promover a distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de
todos agrave terra a presente lei estabelece o Regime Especial para a Definiccedilatildeo da
Titularidade dos Bens Imoacuteveis e cria mecanismos que permitem identificar os
legiacutetimos proprietaacuterios e reconhecer e atribuir os primeiros direitos de
propriedade da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo
da Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Alteraccedilatildeo
A presente lei procura clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica da propriedade da terra em Timor-
Leste efectivando as diferentes dimensotildees do direito agrave propriedade privada previsto no
artigo 54ordm nordm 1 da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste O processo
de regularizaccedilatildeo previsto nesta lei fundamental para a paz e desenvolvimento social e
econoacutemico nacional tem em conta a histoacuteria de Timor-Leste e eacute informado pelo
conhecimento acumulado ao longo de vaacuterios anos de estudos e consultas puacuteblicas
relativas a questotildees relacionadas com a propriedade de imoacuteveis procurando criar um
equiliacutebrio entre as diferentes posiccedilotildees existentes na sociedade timorense
Neste sentido e tendo por base a situaccedilatildeo histoacuterica e juriacutedica de Timor-Leste foram
estabelecidos como objectivos principais da presente lei a clarificaccedilatildeo da situaccedilatildeo
juriacutedica da propriedade e a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo e acesso agrave terra
A clarificaccedilatildeo dos direitos de propriedade eacute feita atraveacutes do reconhecimento de direitos
de propriedade anteriores Na verdade a Constituiccedilatildeo e demais legislaccedilatildeo subsequente
exigem a salvaguarda de direitos formais anteriores pertencentes a timorenses que
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Paacutegina | 5 validamente os adquiriram durante precedentes administraccedilotildees Os artigos 54ordm e 165ordm
da Constituiccedilatildeo a Lei 22002 de 7 de Agosto que recebe em bloco a legislaccedilatildeo
anterior bem como a Lei 12003 de 10 de Marccedilo relativamente aos bens imoacuteveis do
Estado obrigam ao reconhecimento destes direitos Por sua vez eacute necessaacuterio ter em
conta o limite estabelecido pela proibiccedilatildeo constitucional constante do nuacutemero 4 do
artigo 54ordm que veda aos cidadatildeos estrangeiros a propriedade privada da terra em
Timor-Leste
Mas para aleacutem do reconhecimento de direitos anteriormente formalizados a presente lei
procede agrave criaccedilatildeo da figura dos direitos informais de propriedade com vista a corrigir as
injusticcedilas praticadas antes da independecircncia de Timor-Leste devido agrave falta de
formalizaccedilatildeo de direitos Este direito correspondente a um direito tradicional e
individual agrave terra e permite que aqueles que anteriormente natildeo tenham obtido
documentos relativamente aos seus direitos de propriedade os possam agora invocar
nos mesmos termos daqueles que anteriormente tiveram os seus direitos formalizados
Neste campo a presente lei faz a formalizaccedilatildeo destes direitos atraveacutes do seu registo
Por sua vez a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da terra eacute feita atraveacutes do reconhecimento do
direito de propriedade a possuidores desta ou aos titulares de outros direitos anteriores
que natildeo o direito de propriedade de acordo com os criteacuterios estabelecidos na lei Evita-
se a propriedade e administraccedilatildeo centralizada da terra dando ampla oportunidade aos
privados de terem direitos sobre a terra juridicamente reconhecidos e de serem
independentes na administraccedilatildeo dos seus imoacuteveis
O acesso agrave terra eacute garantido de duas formas por um lado atraveacutes da criaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades permitindo-se o surgimento de um mercado de bens
imoacuteveis seguro e transparente por outro lado atraveacutes da clarificaccedilatildeo dos bens
pertencentes ao domiacutenio do Estado possibilitando a este realizar uma melhor gestatildeo do
seu patrimoacutenio que pode passar pela distribuiccedilatildeo agravequeles que de outra forma natildeo
tiveram acesso agrave terra
Importa tambeacutem referir os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e o princiacutepio da
compensaccedilatildeo quando exista duplicidade de direitos Na verdade existem situaccedilotildees em
que em virtude da atribuiccedilatildeo de direitos por diferentes administraccedilotildees ou por aplicaccedilatildeo
dos criteacuterios previstos nesta lei haveraacute mais do que um declarante vaacutelido para o mesmo
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Paacutegina | 6 bem imoacutevel Nestes casos a lei estabelece os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e
determina o pagamento de uma indemnizaccedilatildeo agrave parte agrave qual natildeo eacute reconhecido o direito
de propriedade por forma a reparar a perda do seu direito
A lei reconhece ainda a propriedade comunitaacuteria e cria a figura das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria Embora alguns aspectos destas figuras necessitem de densificaccedilatildeo em
legislaccedilatildeo posterior assegura-se desde jaacute o direito das comunidades enquanto tal
reclamarem os seus bens imoacuteveis e verem a sua propriedade comunitaacuteria reconhecida
estabelecendo-se ainda princiacutepios que balizam a regulamentaccedilatildeo das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria
Salienta-se ainda a criaccedilatildeo de mecanismos ateacute agora inexistentes em outras leis para a
protecccedilatildeo contra o despejo da casa de morada de famiacutelia ou de locais indispensaacuteveis agrave
obtenccedilatildeo de rendimentos por aqueles que natildeo tecircm poder econoacutemico para obter outras
alternativas Tal protecccedilatildeo visa garantir que o processo de regularizaccedilatildeo da propriedade
imobiliaacuteria natildeo seraacute causador de pobreza Por outro lado estabelecem-se princiacutepios e
mecanismos para a realizaccedilatildeo de despejos administrativos alinhados com o
estabelecido em diplomas de direito internacional para que quando estes tenham que
ocorrer sejam feitos da forma menos intrusiva possiacutevel
Houve tambeacutem um especial cuidado em conformar a lei com os instrumentos de direito
internacional dos quais Timor-Leste eacute parte tais como a Declaraccedilatildeo Universal dos
Direitos do Homem o Pacto Internacional dos Direitos Econoacutemicos Sociais e Culturais
ou a Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de Todas as Formas de Descriminaccedilatildeo sobre as
Mulheres (CEDAW) que nos termos do artigo 9ordm da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica
Democraacutetica de Timor-Leste fazem parte integrante do ordenamento juriacutedico
timorense
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo da
Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Foi elaborado um novo preacircmbulo da lei Procurou-se neste novo preacircmbulo sumariar
de forma mais clara as razotildees para a necessidade da lei Por outro lado sumariou-se
ainda princiacutepios e mecanismos de protecccedilatildeo que dela fazem parte
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Paacutegina | 7
CAPIacuteTULO I
OBJECTO E DEFINICcedilOtildeES
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO I
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Entendeu incluir-se o capiacutetulo I e II num uacutenico capiacutetulo de disposiccedilotildees gerais
Artigo 1ordm
Objecto
1 A presente lei estabelece o regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de
bens imoacuteveis por meio do reconhecimento e da atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de
propriedade de bens imoacuteveis da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
2 O regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis tem por fim
clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-Leste promover a
distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de todos agrave terra
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da
posse como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a
compensaccedilatildeo nos casos de duplicidade de direitos
Alteraccedilatildeo
Artigo 1ordm
Objecto
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da posse
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Paacutegina | 8 como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a indemnizaccedilatildeo nos
casos de duplicidade de direitos
Entendeu-se que se deveria substituir a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Sempre existiram duacutevidas de qual seria a melhor expressatildeo a utilizar Em termos
doutrinais entende-se que a expressatildeo ldquoindemnizaccedilatildeordquo deve ser usada quando existe
uma perda material sendo a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo usada para perdas imateriais A
quando da redaccedilatildeo da lei foi entendido que a expressatildeo compensaccedilatildeo seria melhor
conhecida em Timor-Leste No entanto e resultado da consulta puacuteblica foi-nos
informado que a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo era entendida em Timor-Leste como algo de
menor valor e que natildeo dava a ideia que se remunerava um direito perdido Assim sendo
a expressatildeo indemnizaccedilatildeo a mais correcta doutrinalmente e por forma a que haja um
correcto entendimento do que se pretende com esta expressatildeo entendeu-se que esta
expressatildeo deve ser alterada
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos do presente diploma denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse
duradoura que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de
propriedade referidos neste diploma como direitos informais de
propriedade
b) Os direitos sobre bens imoacuteveis concedidos pelas administraccedilotildees
portuguesa e indoneacutesia no territoacuterio de Timor-Leste respectivamente o
direito de propriedade perfeita e o aforamento o hak milik o hak guna
bangunan e o hak guna usaha
2 Para efeitos do presente diploma satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios
os direitos informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak
milik e secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 Os direitos anteriores secundaacuterios de aforamento cuja caducidade seja
posterior a 28 de Novembro de 1975 satildeo considerados vaacutelidos
4 Os direitos anteriores secundaacuterios de hak guna bangunan e hak guna usaha cuja
caducidade seja posterior a 30 de Agosto de 1999 satildeo considerados vaacutelidos
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Paacutegina | 9
Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 2 -Relatoacuterio de alteraccedilotildees agrave Lei das Expropriaccedilotildees
-Versatildeo anterior do esboccedilo da Lei do Fundo Financeiro Imobiliaacuterio versatildeo portuguesa e
teacutetum
-Nova versatildeo da Lei do Fundo Financeiro Imobiliaacuterio versatildeo portuguesa e teacutetum
-Relatoacuterio de alteraccedilotildees agrave Lei do Fundo Financeiro Imobiliaacuterio
Foi estabelecido que ateacute dia 31 de Dezembro todos os interessados deveriam
submeter os seus comentaacuterios por escrito entregando-os no Ministeacuterio da Justiccedila ou
enviando-os para o email que foi criado para o efeito (consultaterrasmjgovtl) No
entanto tendo em conta os pedidos feitos durante a sessatildeo de apresentaccedilatildeo e a
solicitaccedilatildeo endereccedilada pela Rede Ba Rai ao Ministro da Justiccedila para que tal prazo fosse
estendido foi por ele decidido em despacho de 11 de Dezembro alargar o referido prazo
ateacute 15 de Fevereiro de 2013 Para aleacutem de todos os contactos realizados para alertar da
extensatildeo do prazo tal informaccedilatildeo foi ainda divulgada atraveacutes do site do Ministeacuterio da
Justiccedila (httpwwwmjgovtlq=node365)
Todos os documentos sujeitos a consulta puacuteblica foram disponibilizados na
paacutegina do Ministeacuterio da Justiccedila (httpwwwmjgovtlq=node338) Foram ainda
enviados em CD a todos os chefes de suco acompanhados de uma brochura explicativa
Atraveacutes do sistema de SMS da Timor Telecom foram enviadas mensagens para
todos os nuacutemeros nacionais informando sobre a consulta puacuteblica e convidando agrave
participaccedilatildeo
Durante o periacuteodo da consulta puacuteblica os teacutecnicos do Ministeacuterio da Justiccedila
participaram em vaacuterios encontros com diferentes interessados no qual foram
esclarecidas duacutevidas relativas aos esboccedilos em causa
O Ministeacuterio da Justiccedila recebeu um total de 18 comentaacuterios que se encontram
publicados na paacutegina do Ministeacuterio da Justiccedila (httpwwwmjgovtlq=node338) A
todos os que se disponibilizaram para participar na discussatildeo de tatildeo importante tema o
Ministeacuterio da Justiccedila apresenta o seu sincero agradecimento
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 3 Tendo em conta a preocupaccedilatildeo com as questotildees de geacutenero levantadas em alguns
dos comentaacuterios foram realizadas reuniotildees teacutecnicas com as entidades especialistas na
aacuterea para analisar a questatildeo em maior detalhe e das quais resultam algumas das
soluccedilotildees que constam do texto final
As alteraccedilotildees que contam do presente relatoacuterio tiveram como base os
comentaacuterios e as preocupaccedilotildees levantadas durante a fase da consulta puacuteblica Procurou-
se ainda realizar um esforccedilo de consolidaccedilatildeo da linguagem e clarificaccedilatildeo dos
procedimentos estabelecidos nesta lei
O relatoacuterio usa como base a versatildeo anterior de cada uma das leis assinalada a
NEGRITO As alteraccedilotildees feitas satildeo assinaladas a COR AZUL e com a indicaccedilatildeo
ldquoAlteraccedilatildeordquo De todas elas eacute feita uma nota justificativa explicando a razatildeo que esteve
na base da alteraccedilatildeo Sempre que foi acrescentado um novo artigo foi feita a referecircncia
de ldquonovo artigordquo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 4 REGIME ESPECIAL PARA A DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DOS
BENS IMOacuteVEIS
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste assegura no artigo 54ordm
o direito de todos os cidadatildeos agrave propriedade privada da terra O pleno exerciacutecio
deste direito depende da resoluccedilatildeo do actual estado de indefiniccedilatildeo quanto agrave
titularidade dos bens imoacuteveis
Com o objectivo de regularizar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-
Leste promover a distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de
todos agrave terra a presente lei estabelece o Regime Especial para a Definiccedilatildeo da
Titularidade dos Bens Imoacuteveis e cria mecanismos que permitem identificar os
legiacutetimos proprietaacuterios e reconhecer e atribuir os primeiros direitos de
propriedade da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo
da Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Alteraccedilatildeo
A presente lei procura clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica da propriedade da terra em Timor-
Leste efectivando as diferentes dimensotildees do direito agrave propriedade privada previsto no
artigo 54ordm nordm 1 da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste O processo
de regularizaccedilatildeo previsto nesta lei fundamental para a paz e desenvolvimento social e
econoacutemico nacional tem em conta a histoacuteria de Timor-Leste e eacute informado pelo
conhecimento acumulado ao longo de vaacuterios anos de estudos e consultas puacuteblicas
relativas a questotildees relacionadas com a propriedade de imoacuteveis procurando criar um
equiliacutebrio entre as diferentes posiccedilotildees existentes na sociedade timorense
Neste sentido e tendo por base a situaccedilatildeo histoacuterica e juriacutedica de Timor-Leste foram
estabelecidos como objectivos principais da presente lei a clarificaccedilatildeo da situaccedilatildeo
juriacutedica da propriedade e a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo e acesso agrave terra
A clarificaccedilatildeo dos direitos de propriedade eacute feita atraveacutes do reconhecimento de direitos
de propriedade anteriores Na verdade a Constituiccedilatildeo e demais legislaccedilatildeo subsequente
exigem a salvaguarda de direitos formais anteriores pertencentes a timorenses que
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Puacuteblica
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Paacutegina | 5 validamente os adquiriram durante precedentes administraccedilotildees Os artigos 54ordm e 165ordm
da Constituiccedilatildeo a Lei 22002 de 7 de Agosto que recebe em bloco a legislaccedilatildeo
anterior bem como a Lei 12003 de 10 de Marccedilo relativamente aos bens imoacuteveis do
Estado obrigam ao reconhecimento destes direitos Por sua vez eacute necessaacuterio ter em
conta o limite estabelecido pela proibiccedilatildeo constitucional constante do nuacutemero 4 do
artigo 54ordm que veda aos cidadatildeos estrangeiros a propriedade privada da terra em
Timor-Leste
Mas para aleacutem do reconhecimento de direitos anteriormente formalizados a presente lei
procede agrave criaccedilatildeo da figura dos direitos informais de propriedade com vista a corrigir as
injusticcedilas praticadas antes da independecircncia de Timor-Leste devido agrave falta de
formalizaccedilatildeo de direitos Este direito correspondente a um direito tradicional e
individual agrave terra e permite que aqueles que anteriormente natildeo tenham obtido
documentos relativamente aos seus direitos de propriedade os possam agora invocar
nos mesmos termos daqueles que anteriormente tiveram os seus direitos formalizados
Neste campo a presente lei faz a formalizaccedilatildeo destes direitos atraveacutes do seu registo
Por sua vez a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da terra eacute feita atraveacutes do reconhecimento do
direito de propriedade a possuidores desta ou aos titulares de outros direitos anteriores
que natildeo o direito de propriedade de acordo com os criteacuterios estabelecidos na lei Evita-
se a propriedade e administraccedilatildeo centralizada da terra dando ampla oportunidade aos
privados de terem direitos sobre a terra juridicamente reconhecidos e de serem
independentes na administraccedilatildeo dos seus imoacuteveis
O acesso agrave terra eacute garantido de duas formas por um lado atraveacutes da criaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades permitindo-se o surgimento de um mercado de bens
imoacuteveis seguro e transparente por outro lado atraveacutes da clarificaccedilatildeo dos bens
pertencentes ao domiacutenio do Estado possibilitando a este realizar uma melhor gestatildeo do
seu patrimoacutenio que pode passar pela distribuiccedilatildeo agravequeles que de outra forma natildeo
tiveram acesso agrave terra
Importa tambeacutem referir os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e o princiacutepio da
compensaccedilatildeo quando exista duplicidade de direitos Na verdade existem situaccedilotildees em
que em virtude da atribuiccedilatildeo de direitos por diferentes administraccedilotildees ou por aplicaccedilatildeo
dos criteacuterios previstos nesta lei haveraacute mais do que um declarante vaacutelido para o mesmo
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Paacutegina | 6 bem imoacutevel Nestes casos a lei estabelece os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e
determina o pagamento de uma indemnizaccedilatildeo agrave parte agrave qual natildeo eacute reconhecido o direito
de propriedade por forma a reparar a perda do seu direito
A lei reconhece ainda a propriedade comunitaacuteria e cria a figura das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria Embora alguns aspectos destas figuras necessitem de densificaccedilatildeo em
legislaccedilatildeo posterior assegura-se desde jaacute o direito das comunidades enquanto tal
reclamarem os seus bens imoacuteveis e verem a sua propriedade comunitaacuteria reconhecida
estabelecendo-se ainda princiacutepios que balizam a regulamentaccedilatildeo das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria
Salienta-se ainda a criaccedilatildeo de mecanismos ateacute agora inexistentes em outras leis para a
protecccedilatildeo contra o despejo da casa de morada de famiacutelia ou de locais indispensaacuteveis agrave
obtenccedilatildeo de rendimentos por aqueles que natildeo tecircm poder econoacutemico para obter outras
alternativas Tal protecccedilatildeo visa garantir que o processo de regularizaccedilatildeo da propriedade
imobiliaacuteria natildeo seraacute causador de pobreza Por outro lado estabelecem-se princiacutepios e
mecanismos para a realizaccedilatildeo de despejos administrativos alinhados com o
estabelecido em diplomas de direito internacional para que quando estes tenham que
ocorrer sejam feitos da forma menos intrusiva possiacutevel
Houve tambeacutem um especial cuidado em conformar a lei com os instrumentos de direito
internacional dos quais Timor-Leste eacute parte tais como a Declaraccedilatildeo Universal dos
Direitos do Homem o Pacto Internacional dos Direitos Econoacutemicos Sociais e Culturais
ou a Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de Todas as Formas de Descriminaccedilatildeo sobre as
Mulheres (CEDAW) que nos termos do artigo 9ordm da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica
Democraacutetica de Timor-Leste fazem parte integrante do ordenamento juriacutedico
timorense
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo da
Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Foi elaborado um novo preacircmbulo da lei Procurou-se neste novo preacircmbulo sumariar
de forma mais clara as razotildees para a necessidade da lei Por outro lado sumariou-se
ainda princiacutepios e mecanismos de protecccedilatildeo que dela fazem parte
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Paacutegina | 7
CAPIacuteTULO I
OBJECTO E DEFINICcedilOtildeES
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO I
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Entendeu incluir-se o capiacutetulo I e II num uacutenico capiacutetulo de disposiccedilotildees gerais
Artigo 1ordm
Objecto
1 A presente lei estabelece o regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de
bens imoacuteveis por meio do reconhecimento e da atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de
propriedade de bens imoacuteveis da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
2 O regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis tem por fim
clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-Leste promover a
distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de todos agrave terra
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da
posse como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a
compensaccedilatildeo nos casos de duplicidade de direitos
Alteraccedilatildeo
Artigo 1ordm
Objecto
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da posse
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Paacutegina | 8 como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a indemnizaccedilatildeo nos
casos de duplicidade de direitos
Entendeu-se que se deveria substituir a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Sempre existiram duacutevidas de qual seria a melhor expressatildeo a utilizar Em termos
doutrinais entende-se que a expressatildeo ldquoindemnizaccedilatildeordquo deve ser usada quando existe
uma perda material sendo a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo usada para perdas imateriais A
quando da redaccedilatildeo da lei foi entendido que a expressatildeo compensaccedilatildeo seria melhor
conhecida em Timor-Leste No entanto e resultado da consulta puacuteblica foi-nos
informado que a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo era entendida em Timor-Leste como algo de
menor valor e que natildeo dava a ideia que se remunerava um direito perdido Assim sendo
a expressatildeo indemnizaccedilatildeo a mais correcta doutrinalmente e por forma a que haja um
correcto entendimento do que se pretende com esta expressatildeo entendeu-se que esta
expressatildeo deve ser alterada
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos do presente diploma denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse
duradoura que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de
propriedade referidos neste diploma como direitos informais de
propriedade
b) Os direitos sobre bens imoacuteveis concedidos pelas administraccedilotildees
portuguesa e indoneacutesia no territoacuterio de Timor-Leste respectivamente o
direito de propriedade perfeita e o aforamento o hak milik o hak guna
bangunan e o hak guna usaha
2 Para efeitos do presente diploma satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios
os direitos informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak
milik e secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 Os direitos anteriores secundaacuterios de aforamento cuja caducidade seja
posterior a 28 de Novembro de 1975 satildeo considerados vaacutelidos
4 Os direitos anteriores secundaacuterios de hak guna bangunan e hak guna usaha cuja
caducidade seja posterior a 30 de Agosto de 1999 satildeo considerados vaacutelidos
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Paacutegina | 9
Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Puacuteblica
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Puacuteblica
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 3 Tendo em conta a preocupaccedilatildeo com as questotildees de geacutenero levantadas em alguns
dos comentaacuterios foram realizadas reuniotildees teacutecnicas com as entidades especialistas na
aacuterea para analisar a questatildeo em maior detalhe e das quais resultam algumas das
soluccedilotildees que constam do texto final
As alteraccedilotildees que contam do presente relatoacuterio tiveram como base os
comentaacuterios e as preocupaccedilotildees levantadas durante a fase da consulta puacuteblica Procurou-
se ainda realizar um esforccedilo de consolidaccedilatildeo da linguagem e clarificaccedilatildeo dos
procedimentos estabelecidos nesta lei
O relatoacuterio usa como base a versatildeo anterior de cada uma das leis assinalada a
NEGRITO As alteraccedilotildees feitas satildeo assinaladas a COR AZUL e com a indicaccedilatildeo
ldquoAlteraccedilatildeordquo De todas elas eacute feita uma nota justificativa explicando a razatildeo que esteve
na base da alteraccedilatildeo Sempre que foi acrescentado um novo artigo foi feita a referecircncia
de ldquonovo artigordquo
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Paacutegina | 4 REGIME ESPECIAL PARA A DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DOS
BENS IMOacuteVEIS
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste assegura no artigo 54ordm
o direito de todos os cidadatildeos agrave propriedade privada da terra O pleno exerciacutecio
deste direito depende da resoluccedilatildeo do actual estado de indefiniccedilatildeo quanto agrave
titularidade dos bens imoacuteveis
Com o objectivo de regularizar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-
Leste promover a distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de
todos agrave terra a presente lei estabelece o Regime Especial para a Definiccedilatildeo da
Titularidade dos Bens Imoacuteveis e cria mecanismos que permitem identificar os
legiacutetimos proprietaacuterios e reconhecer e atribuir os primeiros direitos de
propriedade da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo
da Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Alteraccedilatildeo
A presente lei procura clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica da propriedade da terra em Timor-
Leste efectivando as diferentes dimensotildees do direito agrave propriedade privada previsto no
artigo 54ordm nordm 1 da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste O processo
de regularizaccedilatildeo previsto nesta lei fundamental para a paz e desenvolvimento social e
econoacutemico nacional tem em conta a histoacuteria de Timor-Leste e eacute informado pelo
conhecimento acumulado ao longo de vaacuterios anos de estudos e consultas puacuteblicas
relativas a questotildees relacionadas com a propriedade de imoacuteveis procurando criar um
equiliacutebrio entre as diferentes posiccedilotildees existentes na sociedade timorense
Neste sentido e tendo por base a situaccedilatildeo histoacuterica e juriacutedica de Timor-Leste foram
estabelecidos como objectivos principais da presente lei a clarificaccedilatildeo da situaccedilatildeo
juriacutedica da propriedade e a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo e acesso agrave terra
A clarificaccedilatildeo dos direitos de propriedade eacute feita atraveacutes do reconhecimento de direitos
de propriedade anteriores Na verdade a Constituiccedilatildeo e demais legislaccedilatildeo subsequente
exigem a salvaguarda de direitos formais anteriores pertencentes a timorenses que
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 5 validamente os adquiriram durante precedentes administraccedilotildees Os artigos 54ordm e 165ordm
da Constituiccedilatildeo a Lei 22002 de 7 de Agosto que recebe em bloco a legislaccedilatildeo
anterior bem como a Lei 12003 de 10 de Marccedilo relativamente aos bens imoacuteveis do
Estado obrigam ao reconhecimento destes direitos Por sua vez eacute necessaacuterio ter em
conta o limite estabelecido pela proibiccedilatildeo constitucional constante do nuacutemero 4 do
artigo 54ordm que veda aos cidadatildeos estrangeiros a propriedade privada da terra em
Timor-Leste
Mas para aleacutem do reconhecimento de direitos anteriormente formalizados a presente lei
procede agrave criaccedilatildeo da figura dos direitos informais de propriedade com vista a corrigir as
injusticcedilas praticadas antes da independecircncia de Timor-Leste devido agrave falta de
formalizaccedilatildeo de direitos Este direito correspondente a um direito tradicional e
individual agrave terra e permite que aqueles que anteriormente natildeo tenham obtido
documentos relativamente aos seus direitos de propriedade os possam agora invocar
nos mesmos termos daqueles que anteriormente tiveram os seus direitos formalizados
Neste campo a presente lei faz a formalizaccedilatildeo destes direitos atraveacutes do seu registo
Por sua vez a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da terra eacute feita atraveacutes do reconhecimento do
direito de propriedade a possuidores desta ou aos titulares de outros direitos anteriores
que natildeo o direito de propriedade de acordo com os criteacuterios estabelecidos na lei Evita-
se a propriedade e administraccedilatildeo centralizada da terra dando ampla oportunidade aos
privados de terem direitos sobre a terra juridicamente reconhecidos e de serem
independentes na administraccedilatildeo dos seus imoacuteveis
O acesso agrave terra eacute garantido de duas formas por um lado atraveacutes da criaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades permitindo-se o surgimento de um mercado de bens
imoacuteveis seguro e transparente por outro lado atraveacutes da clarificaccedilatildeo dos bens
pertencentes ao domiacutenio do Estado possibilitando a este realizar uma melhor gestatildeo do
seu patrimoacutenio que pode passar pela distribuiccedilatildeo agravequeles que de outra forma natildeo
tiveram acesso agrave terra
Importa tambeacutem referir os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e o princiacutepio da
compensaccedilatildeo quando exista duplicidade de direitos Na verdade existem situaccedilotildees em
que em virtude da atribuiccedilatildeo de direitos por diferentes administraccedilotildees ou por aplicaccedilatildeo
dos criteacuterios previstos nesta lei haveraacute mais do que um declarante vaacutelido para o mesmo
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Paacutegina | 6 bem imoacutevel Nestes casos a lei estabelece os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e
determina o pagamento de uma indemnizaccedilatildeo agrave parte agrave qual natildeo eacute reconhecido o direito
de propriedade por forma a reparar a perda do seu direito
A lei reconhece ainda a propriedade comunitaacuteria e cria a figura das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria Embora alguns aspectos destas figuras necessitem de densificaccedilatildeo em
legislaccedilatildeo posterior assegura-se desde jaacute o direito das comunidades enquanto tal
reclamarem os seus bens imoacuteveis e verem a sua propriedade comunitaacuteria reconhecida
estabelecendo-se ainda princiacutepios que balizam a regulamentaccedilatildeo das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria
Salienta-se ainda a criaccedilatildeo de mecanismos ateacute agora inexistentes em outras leis para a
protecccedilatildeo contra o despejo da casa de morada de famiacutelia ou de locais indispensaacuteveis agrave
obtenccedilatildeo de rendimentos por aqueles que natildeo tecircm poder econoacutemico para obter outras
alternativas Tal protecccedilatildeo visa garantir que o processo de regularizaccedilatildeo da propriedade
imobiliaacuteria natildeo seraacute causador de pobreza Por outro lado estabelecem-se princiacutepios e
mecanismos para a realizaccedilatildeo de despejos administrativos alinhados com o
estabelecido em diplomas de direito internacional para que quando estes tenham que
ocorrer sejam feitos da forma menos intrusiva possiacutevel
Houve tambeacutem um especial cuidado em conformar a lei com os instrumentos de direito
internacional dos quais Timor-Leste eacute parte tais como a Declaraccedilatildeo Universal dos
Direitos do Homem o Pacto Internacional dos Direitos Econoacutemicos Sociais e Culturais
ou a Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de Todas as Formas de Descriminaccedilatildeo sobre as
Mulheres (CEDAW) que nos termos do artigo 9ordm da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica
Democraacutetica de Timor-Leste fazem parte integrante do ordenamento juriacutedico
timorense
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo da
Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Foi elaborado um novo preacircmbulo da lei Procurou-se neste novo preacircmbulo sumariar
de forma mais clara as razotildees para a necessidade da lei Por outro lado sumariou-se
ainda princiacutepios e mecanismos de protecccedilatildeo que dela fazem parte
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Paacutegina | 7
CAPIacuteTULO I
OBJECTO E DEFINICcedilOtildeES
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO I
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Entendeu incluir-se o capiacutetulo I e II num uacutenico capiacutetulo de disposiccedilotildees gerais
Artigo 1ordm
Objecto
1 A presente lei estabelece o regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de
bens imoacuteveis por meio do reconhecimento e da atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de
propriedade de bens imoacuteveis da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
2 O regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis tem por fim
clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-Leste promover a
distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de todos agrave terra
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da
posse como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a
compensaccedilatildeo nos casos de duplicidade de direitos
Alteraccedilatildeo
Artigo 1ordm
Objecto
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da posse
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Paacutegina | 8 como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a indemnizaccedilatildeo nos
casos de duplicidade de direitos
Entendeu-se que se deveria substituir a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Sempre existiram duacutevidas de qual seria a melhor expressatildeo a utilizar Em termos
doutrinais entende-se que a expressatildeo ldquoindemnizaccedilatildeordquo deve ser usada quando existe
uma perda material sendo a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo usada para perdas imateriais A
quando da redaccedilatildeo da lei foi entendido que a expressatildeo compensaccedilatildeo seria melhor
conhecida em Timor-Leste No entanto e resultado da consulta puacuteblica foi-nos
informado que a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo era entendida em Timor-Leste como algo de
menor valor e que natildeo dava a ideia que se remunerava um direito perdido Assim sendo
a expressatildeo indemnizaccedilatildeo a mais correcta doutrinalmente e por forma a que haja um
correcto entendimento do que se pretende com esta expressatildeo entendeu-se que esta
expressatildeo deve ser alterada
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos do presente diploma denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse
duradoura que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de
propriedade referidos neste diploma como direitos informais de
propriedade
b) Os direitos sobre bens imoacuteveis concedidos pelas administraccedilotildees
portuguesa e indoneacutesia no territoacuterio de Timor-Leste respectivamente o
direito de propriedade perfeita e o aforamento o hak milik o hak guna
bangunan e o hak guna usaha
2 Para efeitos do presente diploma satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios
os direitos informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak
milik e secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 Os direitos anteriores secundaacuterios de aforamento cuja caducidade seja
posterior a 28 de Novembro de 1975 satildeo considerados vaacutelidos
4 Os direitos anteriores secundaacuterios de hak guna bangunan e hak guna usaha cuja
caducidade seja posterior a 30 de Agosto de 1999 satildeo considerados vaacutelidos
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Paacutegina | 9
Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Puacuteblica
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 4 REGIME ESPECIAL PARA A DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DOS
BENS IMOacuteVEIS
A Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste assegura no artigo 54ordm
o direito de todos os cidadatildeos agrave propriedade privada da terra O pleno exerciacutecio
deste direito depende da resoluccedilatildeo do actual estado de indefiniccedilatildeo quanto agrave
titularidade dos bens imoacuteveis
Com o objectivo de regularizar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-
Leste promover a distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de
todos agrave terra a presente lei estabelece o Regime Especial para a Definiccedilatildeo da
Titularidade dos Bens Imoacuteveis e cria mecanismos que permitem identificar os
legiacutetimos proprietaacuterios e reconhecer e atribuir os primeiros direitos de
propriedade da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo
da Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Alteraccedilatildeo
A presente lei procura clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica da propriedade da terra em Timor-
Leste efectivando as diferentes dimensotildees do direito agrave propriedade privada previsto no
artigo 54ordm nordm 1 da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste O processo
de regularizaccedilatildeo previsto nesta lei fundamental para a paz e desenvolvimento social e
econoacutemico nacional tem em conta a histoacuteria de Timor-Leste e eacute informado pelo
conhecimento acumulado ao longo de vaacuterios anos de estudos e consultas puacuteblicas
relativas a questotildees relacionadas com a propriedade de imoacuteveis procurando criar um
equiliacutebrio entre as diferentes posiccedilotildees existentes na sociedade timorense
Neste sentido e tendo por base a situaccedilatildeo histoacuterica e juriacutedica de Timor-Leste foram
estabelecidos como objectivos principais da presente lei a clarificaccedilatildeo da situaccedilatildeo
juriacutedica da propriedade e a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo e acesso agrave terra
A clarificaccedilatildeo dos direitos de propriedade eacute feita atraveacutes do reconhecimento de direitos
de propriedade anteriores Na verdade a Constituiccedilatildeo e demais legislaccedilatildeo subsequente
exigem a salvaguarda de direitos formais anteriores pertencentes a timorenses que
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Paacutegina | 5 validamente os adquiriram durante precedentes administraccedilotildees Os artigos 54ordm e 165ordm
da Constituiccedilatildeo a Lei 22002 de 7 de Agosto que recebe em bloco a legislaccedilatildeo
anterior bem como a Lei 12003 de 10 de Marccedilo relativamente aos bens imoacuteveis do
Estado obrigam ao reconhecimento destes direitos Por sua vez eacute necessaacuterio ter em
conta o limite estabelecido pela proibiccedilatildeo constitucional constante do nuacutemero 4 do
artigo 54ordm que veda aos cidadatildeos estrangeiros a propriedade privada da terra em
Timor-Leste
Mas para aleacutem do reconhecimento de direitos anteriormente formalizados a presente lei
procede agrave criaccedilatildeo da figura dos direitos informais de propriedade com vista a corrigir as
injusticcedilas praticadas antes da independecircncia de Timor-Leste devido agrave falta de
formalizaccedilatildeo de direitos Este direito correspondente a um direito tradicional e
individual agrave terra e permite que aqueles que anteriormente natildeo tenham obtido
documentos relativamente aos seus direitos de propriedade os possam agora invocar
nos mesmos termos daqueles que anteriormente tiveram os seus direitos formalizados
Neste campo a presente lei faz a formalizaccedilatildeo destes direitos atraveacutes do seu registo
Por sua vez a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da terra eacute feita atraveacutes do reconhecimento do
direito de propriedade a possuidores desta ou aos titulares de outros direitos anteriores
que natildeo o direito de propriedade de acordo com os criteacuterios estabelecidos na lei Evita-
se a propriedade e administraccedilatildeo centralizada da terra dando ampla oportunidade aos
privados de terem direitos sobre a terra juridicamente reconhecidos e de serem
independentes na administraccedilatildeo dos seus imoacuteveis
O acesso agrave terra eacute garantido de duas formas por um lado atraveacutes da criaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades permitindo-se o surgimento de um mercado de bens
imoacuteveis seguro e transparente por outro lado atraveacutes da clarificaccedilatildeo dos bens
pertencentes ao domiacutenio do Estado possibilitando a este realizar uma melhor gestatildeo do
seu patrimoacutenio que pode passar pela distribuiccedilatildeo agravequeles que de outra forma natildeo
tiveram acesso agrave terra
Importa tambeacutem referir os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e o princiacutepio da
compensaccedilatildeo quando exista duplicidade de direitos Na verdade existem situaccedilotildees em
que em virtude da atribuiccedilatildeo de direitos por diferentes administraccedilotildees ou por aplicaccedilatildeo
dos criteacuterios previstos nesta lei haveraacute mais do que um declarante vaacutelido para o mesmo
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Paacutegina | 6 bem imoacutevel Nestes casos a lei estabelece os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e
determina o pagamento de uma indemnizaccedilatildeo agrave parte agrave qual natildeo eacute reconhecido o direito
de propriedade por forma a reparar a perda do seu direito
A lei reconhece ainda a propriedade comunitaacuteria e cria a figura das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria Embora alguns aspectos destas figuras necessitem de densificaccedilatildeo em
legislaccedilatildeo posterior assegura-se desde jaacute o direito das comunidades enquanto tal
reclamarem os seus bens imoacuteveis e verem a sua propriedade comunitaacuteria reconhecida
estabelecendo-se ainda princiacutepios que balizam a regulamentaccedilatildeo das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria
Salienta-se ainda a criaccedilatildeo de mecanismos ateacute agora inexistentes em outras leis para a
protecccedilatildeo contra o despejo da casa de morada de famiacutelia ou de locais indispensaacuteveis agrave
obtenccedilatildeo de rendimentos por aqueles que natildeo tecircm poder econoacutemico para obter outras
alternativas Tal protecccedilatildeo visa garantir que o processo de regularizaccedilatildeo da propriedade
imobiliaacuteria natildeo seraacute causador de pobreza Por outro lado estabelecem-se princiacutepios e
mecanismos para a realizaccedilatildeo de despejos administrativos alinhados com o
estabelecido em diplomas de direito internacional para que quando estes tenham que
ocorrer sejam feitos da forma menos intrusiva possiacutevel
Houve tambeacutem um especial cuidado em conformar a lei com os instrumentos de direito
internacional dos quais Timor-Leste eacute parte tais como a Declaraccedilatildeo Universal dos
Direitos do Homem o Pacto Internacional dos Direitos Econoacutemicos Sociais e Culturais
ou a Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de Todas as Formas de Descriminaccedilatildeo sobre as
Mulheres (CEDAW) que nos termos do artigo 9ordm da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica
Democraacutetica de Timor-Leste fazem parte integrante do ordenamento juriacutedico
timorense
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo da
Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Foi elaborado um novo preacircmbulo da lei Procurou-se neste novo preacircmbulo sumariar
de forma mais clara as razotildees para a necessidade da lei Por outro lado sumariou-se
ainda princiacutepios e mecanismos de protecccedilatildeo que dela fazem parte
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Paacutegina | 7
CAPIacuteTULO I
OBJECTO E DEFINICcedilOtildeES
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO I
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Entendeu incluir-se o capiacutetulo I e II num uacutenico capiacutetulo de disposiccedilotildees gerais
Artigo 1ordm
Objecto
1 A presente lei estabelece o regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de
bens imoacuteveis por meio do reconhecimento e da atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de
propriedade de bens imoacuteveis da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
2 O regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis tem por fim
clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-Leste promover a
distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de todos agrave terra
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da
posse como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a
compensaccedilatildeo nos casos de duplicidade de direitos
Alteraccedilatildeo
Artigo 1ordm
Objecto
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da posse
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Paacutegina | 8 como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a indemnizaccedilatildeo nos
casos de duplicidade de direitos
Entendeu-se que se deveria substituir a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Sempre existiram duacutevidas de qual seria a melhor expressatildeo a utilizar Em termos
doutrinais entende-se que a expressatildeo ldquoindemnizaccedilatildeordquo deve ser usada quando existe
uma perda material sendo a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo usada para perdas imateriais A
quando da redaccedilatildeo da lei foi entendido que a expressatildeo compensaccedilatildeo seria melhor
conhecida em Timor-Leste No entanto e resultado da consulta puacuteblica foi-nos
informado que a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo era entendida em Timor-Leste como algo de
menor valor e que natildeo dava a ideia que se remunerava um direito perdido Assim sendo
a expressatildeo indemnizaccedilatildeo a mais correcta doutrinalmente e por forma a que haja um
correcto entendimento do que se pretende com esta expressatildeo entendeu-se que esta
expressatildeo deve ser alterada
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos do presente diploma denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse
duradoura que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de
propriedade referidos neste diploma como direitos informais de
propriedade
b) Os direitos sobre bens imoacuteveis concedidos pelas administraccedilotildees
portuguesa e indoneacutesia no territoacuterio de Timor-Leste respectivamente o
direito de propriedade perfeita e o aforamento o hak milik o hak guna
bangunan e o hak guna usaha
2 Para efeitos do presente diploma satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios
os direitos informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak
milik e secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 Os direitos anteriores secundaacuterios de aforamento cuja caducidade seja
posterior a 28 de Novembro de 1975 satildeo considerados vaacutelidos
4 Os direitos anteriores secundaacuterios de hak guna bangunan e hak guna usaha cuja
caducidade seja posterior a 30 de Agosto de 1999 satildeo considerados vaacutelidos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 9
Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 5 validamente os adquiriram durante precedentes administraccedilotildees Os artigos 54ordm e 165ordm
da Constituiccedilatildeo a Lei 22002 de 7 de Agosto que recebe em bloco a legislaccedilatildeo
anterior bem como a Lei 12003 de 10 de Marccedilo relativamente aos bens imoacuteveis do
Estado obrigam ao reconhecimento destes direitos Por sua vez eacute necessaacuterio ter em
conta o limite estabelecido pela proibiccedilatildeo constitucional constante do nuacutemero 4 do
artigo 54ordm que veda aos cidadatildeos estrangeiros a propriedade privada da terra em
Timor-Leste
Mas para aleacutem do reconhecimento de direitos anteriormente formalizados a presente lei
procede agrave criaccedilatildeo da figura dos direitos informais de propriedade com vista a corrigir as
injusticcedilas praticadas antes da independecircncia de Timor-Leste devido agrave falta de
formalizaccedilatildeo de direitos Este direito correspondente a um direito tradicional e
individual agrave terra e permite que aqueles que anteriormente natildeo tenham obtido
documentos relativamente aos seus direitos de propriedade os possam agora invocar
nos mesmos termos daqueles que anteriormente tiveram os seus direitos formalizados
Neste campo a presente lei faz a formalizaccedilatildeo destes direitos atraveacutes do seu registo
Por sua vez a promoccedilatildeo da distribuiccedilatildeo da terra eacute feita atraveacutes do reconhecimento do
direito de propriedade a possuidores desta ou aos titulares de outros direitos anteriores
que natildeo o direito de propriedade de acordo com os criteacuterios estabelecidos na lei Evita-
se a propriedade e administraccedilatildeo centralizada da terra dando ampla oportunidade aos
privados de terem direitos sobre a terra juridicamente reconhecidos e de serem
independentes na administraccedilatildeo dos seus imoacuteveis
O acesso agrave terra eacute garantido de duas formas por um lado atraveacutes da criaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades permitindo-se o surgimento de um mercado de bens
imoacuteveis seguro e transparente por outro lado atraveacutes da clarificaccedilatildeo dos bens
pertencentes ao domiacutenio do Estado possibilitando a este realizar uma melhor gestatildeo do
seu patrimoacutenio que pode passar pela distribuiccedilatildeo agravequeles que de outra forma natildeo
tiveram acesso agrave terra
Importa tambeacutem referir os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e o princiacutepio da
compensaccedilatildeo quando exista duplicidade de direitos Na verdade existem situaccedilotildees em
que em virtude da atribuiccedilatildeo de direitos por diferentes administraccedilotildees ou por aplicaccedilatildeo
dos criteacuterios previstos nesta lei haveraacute mais do que um declarante vaacutelido para o mesmo
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Paacutegina | 6 bem imoacutevel Nestes casos a lei estabelece os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e
determina o pagamento de uma indemnizaccedilatildeo agrave parte agrave qual natildeo eacute reconhecido o direito
de propriedade por forma a reparar a perda do seu direito
A lei reconhece ainda a propriedade comunitaacuteria e cria a figura das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria Embora alguns aspectos destas figuras necessitem de densificaccedilatildeo em
legislaccedilatildeo posterior assegura-se desde jaacute o direito das comunidades enquanto tal
reclamarem os seus bens imoacuteveis e verem a sua propriedade comunitaacuteria reconhecida
estabelecendo-se ainda princiacutepios que balizam a regulamentaccedilatildeo das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria
Salienta-se ainda a criaccedilatildeo de mecanismos ateacute agora inexistentes em outras leis para a
protecccedilatildeo contra o despejo da casa de morada de famiacutelia ou de locais indispensaacuteveis agrave
obtenccedilatildeo de rendimentos por aqueles que natildeo tecircm poder econoacutemico para obter outras
alternativas Tal protecccedilatildeo visa garantir que o processo de regularizaccedilatildeo da propriedade
imobiliaacuteria natildeo seraacute causador de pobreza Por outro lado estabelecem-se princiacutepios e
mecanismos para a realizaccedilatildeo de despejos administrativos alinhados com o
estabelecido em diplomas de direito internacional para que quando estes tenham que
ocorrer sejam feitos da forma menos intrusiva possiacutevel
Houve tambeacutem um especial cuidado em conformar a lei com os instrumentos de direito
internacional dos quais Timor-Leste eacute parte tais como a Declaraccedilatildeo Universal dos
Direitos do Homem o Pacto Internacional dos Direitos Econoacutemicos Sociais e Culturais
ou a Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de Todas as Formas de Descriminaccedilatildeo sobre as
Mulheres (CEDAW) que nos termos do artigo 9ordm da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica
Democraacutetica de Timor-Leste fazem parte integrante do ordenamento juriacutedico
timorense
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo da
Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Foi elaborado um novo preacircmbulo da lei Procurou-se neste novo preacircmbulo sumariar
de forma mais clara as razotildees para a necessidade da lei Por outro lado sumariou-se
ainda princiacutepios e mecanismos de protecccedilatildeo que dela fazem parte
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CAPIacuteTULO I
OBJECTO E DEFINICcedilOtildeES
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO I
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Entendeu incluir-se o capiacutetulo I e II num uacutenico capiacutetulo de disposiccedilotildees gerais
Artigo 1ordm
Objecto
1 A presente lei estabelece o regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de
bens imoacuteveis por meio do reconhecimento e da atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de
propriedade de bens imoacuteveis da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
2 O regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis tem por fim
clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-Leste promover a
distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de todos agrave terra
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da
posse como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a
compensaccedilatildeo nos casos de duplicidade de direitos
Alteraccedilatildeo
Artigo 1ordm
Objecto
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da posse
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Paacutegina | 8 como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a indemnizaccedilatildeo nos
casos de duplicidade de direitos
Entendeu-se que se deveria substituir a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Sempre existiram duacutevidas de qual seria a melhor expressatildeo a utilizar Em termos
doutrinais entende-se que a expressatildeo ldquoindemnizaccedilatildeordquo deve ser usada quando existe
uma perda material sendo a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo usada para perdas imateriais A
quando da redaccedilatildeo da lei foi entendido que a expressatildeo compensaccedilatildeo seria melhor
conhecida em Timor-Leste No entanto e resultado da consulta puacuteblica foi-nos
informado que a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo era entendida em Timor-Leste como algo de
menor valor e que natildeo dava a ideia que se remunerava um direito perdido Assim sendo
a expressatildeo indemnizaccedilatildeo a mais correcta doutrinalmente e por forma a que haja um
correcto entendimento do que se pretende com esta expressatildeo entendeu-se que esta
expressatildeo deve ser alterada
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos do presente diploma denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse
duradoura que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de
propriedade referidos neste diploma como direitos informais de
propriedade
b) Os direitos sobre bens imoacuteveis concedidos pelas administraccedilotildees
portuguesa e indoneacutesia no territoacuterio de Timor-Leste respectivamente o
direito de propriedade perfeita e o aforamento o hak milik o hak guna
bangunan e o hak guna usaha
2 Para efeitos do presente diploma satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios
os direitos informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak
milik e secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 Os direitos anteriores secundaacuterios de aforamento cuja caducidade seja
posterior a 28 de Novembro de 1975 satildeo considerados vaacutelidos
4 Os direitos anteriores secundaacuterios de hak guna bangunan e hak guna usaha cuja
caducidade seja posterior a 30 de Agosto de 1999 satildeo considerados vaacutelidos
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Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Puacuteblica
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 6 bem imoacutevel Nestes casos a lei estabelece os criteacuterios para a resoluccedilatildeo de disputas e
determina o pagamento de uma indemnizaccedilatildeo agrave parte agrave qual natildeo eacute reconhecido o direito
de propriedade por forma a reparar a perda do seu direito
A lei reconhece ainda a propriedade comunitaacuteria e cria a figura das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria Embora alguns aspectos destas figuras necessitem de densificaccedilatildeo em
legislaccedilatildeo posterior assegura-se desde jaacute o direito das comunidades enquanto tal
reclamarem os seus bens imoacuteveis e verem a sua propriedade comunitaacuteria reconhecida
estabelecendo-se ainda princiacutepios que balizam a regulamentaccedilatildeo das zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria
Salienta-se ainda a criaccedilatildeo de mecanismos ateacute agora inexistentes em outras leis para a
protecccedilatildeo contra o despejo da casa de morada de famiacutelia ou de locais indispensaacuteveis agrave
obtenccedilatildeo de rendimentos por aqueles que natildeo tecircm poder econoacutemico para obter outras
alternativas Tal protecccedilatildeo visa garantir que o processo de regularizaccedilatildeo da propriedade
imobiliaacuteria natildeo seraacute causador de pobreza Por outro lado estabelecem-se princiacutepios e
mecanismos para a realizaccedilatildeo de despejos administrativos alinhados com o
estabelecido em diplomas de direito internacional para que quando estes tenham que
ocorrer sejam feitos da forma menos intrusiva possiacutevel
Houve tambeacutem um especial cuidado em conformar a lei com os instrumentos de direito
internacional dos quais Timor-Leste eacute parte tais como a Declaraccedilatildeo Universal dos
Direitos do Homem o Pacto Internacional dos Direitos Econoacutemicos Sociais e Culturais
ou a Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de Todas as Formas de Descriminaccedilatildeo sobre as
Mulheres (CEDAW) que nos termos do artigo 9ordm da Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica
Democraacutetica de Timor-Leste fazem parte integrante do ordenamento juriacutedico
timorense
O Parlamento Nacional decreta nos termos do nordm 1 do artigo 95ordm da Constituiccedilatildeo da
Repuacuteblica para valer como lei o seguinte
Foi elaborado um novo preacircmbulo da lei Procurou-se neste novo preacircmbulo sumariar
de forma mais clara as razotildees para a necessidade da lei Por outro lado sumariou-se
ainda princiacutepios e mecanismos de protecccedilatildeo que dela fazem parte
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Paacutegina | 7
CAPIacuteTULO I
OBJECTO E DEFINICcedilOtildeES
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO I
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Entendeu incluir-se o capiacutetulo I e II num uacutenico capiacutetulo de disposiccedilotildees gerais
Artigo 1ordm
Objecto
1 A presente lei estabelece o regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de
bens imoacuteveis por meio do reconhecimento e da atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de
propriedade de bens imoacuteveis da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
2 O regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis tem por fim
clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-Leste promover a
distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de todos agrave terra
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da
posse como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a
compensaccedilatildeo nos casos de duplicidade de direitos
Alteraccedilatildeo
Artigo 1ordm
Objecto
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da posse
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Paacutegina | 8 como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a indemnizaccedilatildeo nos
casos de duplicidade de direitos
Entendeu-se que se deveria substituir a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Sempre existiram duacutevidas de qual seria a melhor expressatildeo a utilizar Em termos
doutrinais entende-se que a expressatildeo ldquoindemnizaccedilatildeordquo deve ser usada quando existe
uma perda material sendo a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo usada para perdas imateriais A
quando da redaccedilatildeo da lei foi entendido que a expressatildeo compensaccedilatildeo seria melhor
conhecida em Timor-Leste No entanto e resultado da consulta puacuteblica foi-nos
informado que a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo era entendida em Timor-Leste como algo de
menor valor e que natildeo dava a ideia que se remunerava um direito perdido Assim sendo
a expressatildeo indemnizaccedilatildeo a mais correcta doutrinalmente e por forma a que haja um
correcto entendimento do que se pretende com esta expressatildeo entendeu-se que esta
expressatildeo deve ser alterada
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos do presente diploma denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse
duradoura que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de
propriedade referidos neste diploma como direitos informais de
propriedade
b) Os direitos sobre bens imoacuteveis concedidos pelas administraccedilotildees
portuguesa e indoneacutesia no territoacuterio de Timor-Leste respectivamente o
direito de propriedade perfeita e o aforamento o hak milik o hak guna
bangunan e o hak guna usaha
2 Para efeitos do presente diploma satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios
os direitos informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak
milik e secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 Os direitos anteriores secundaacuterios de aforamento cuja caducidade seja
posterior a 28 de Novembro de 1975 satildeo considerados vaacutelidos
4 Os direitos anteriores secundaacuterios de hak guna bangunan e hak guna usaha cuja
caducidade seja posterior a 30 de Agosto de 1999 satildeo considerados vaacutelidos
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Paacutegina | 9
Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Puacuteblica
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Puacuteblica
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 7
CAPIacuteTULO I
OBJECTO E DEFINICcedilOtildeES
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO I
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Entendeu incluir-se o capiacutetulo I e II num uacutenico capiacutetulo de disposiccedilotildees gerais
Artigo 1ordm
Objecto
1 A presente lei estabelece o regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de
bens imoacuteveis por meio do reconhecimento e da atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de
propriedade de bens imoacuteveis da Repuacuteblica Democraacutetica de Timor-Leste
2 O regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis tem por fim
clarificar a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis em Timor-Leste promover a
distribuiccedilatildeo da propriedade aos cidadatildeos e garantir o acesso de todos agrave terra
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da
posse como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a
compensaccedilatildeo nos casos de duplicidade de direitos
Alteraccedilatildeo
Artigo 1ordm
Objecto
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O reconhecimento e a atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade tecircm como
princiacutepios orientadores o respeito pelos direitos anteriores o reconhecimento da posse
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Paacutegina | 8 como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a indemnizaccedilatildeo nos
casos de duplicidade de direitos
Entendeu-se que se deveria substituir a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Sempre existiram duacutevidas de qual seria a melhor expressatildeo a utilizar Em termos
doutrinais entende-se que a expressatildeo ldquoindemnizaccedilatildeordquo deve ser usada quando existe
uma perda material sendo a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo usada para perdas imateriais A
quando da redaccedilatildeo da lei foi entendido que a expressatildeo compensaccedilatildeo seria melhor
conhecida em Timor-Leste No entanto e resultado da consulta puacuteblica foi-nos
informado que a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo era entendida em Timor-Leste como algo de
menor valor e que natildeo dava a ideia que se remunerava um direito perdido Assim sendo
a expressatildeo indemnizaccedilatildeo a mais correcta doutrinalmente e por forma a que haja um
correcto entendimento do que se pretende com esta expressatildeo entendeu-se que esta
expressatildeo deve ser alterada
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos do presente diploma denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse
duradoura que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de
propriedade referidos neste diploma como direitos informais de
propriedade
b) Os direitos sobre bens imoacuteveis concedidos pelas administraccedilotildees
portuguesa e indoneacutesia no territoacuterio de Timor-Leste respectivamente o
direito de propriedade perfeita e o aforamento o hak milik o hak guna
bangunan e o hak guna usaha
2 Para efeitos do presente diploma satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios
os direitos informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak
milik e secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 Os direitos anteriores secundaacuterios de aforamento cuja caducidade seja
posterior a 28 de Novembro de 1975 satildeo considerados vaacutelidos
4 Os direitos anteriores secundaacuterios de hak guna bangunan e hak guna usaha cuja
caducidade seja posterior a 30 de Agosto de 1999 satildeo considerados vaacutelidos
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Paacutegina | 9
Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 8 como fundamento para a atribuiccedilatildeo do direito de propriedade e a indemnizaccedilatildeo nos
casos de duplicidade de direitos
Entendeu-se que se deveria substituir a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Sempre existiram duacutevidas de qual seria a melhor expressatildeo a utilizar Em termos
doutrinais entende-se que a expressatildeo ldquoindemnizaccedilatildeordquo deve ser usada quando existe
uma perda material sendo a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo usada para perdas imateriais A
quando da redaccedilatildeo da lei foi entendido que a expressatildeo compensaccedilatildeo seria melhor
conhecida em Timor-Leste No entanto e resultado da consulta puacuteblica foi-nos
informado que a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo era entendida em Timor-Leste como algo de
menor valor e que natildeo dava a ideia que se remunerava um direito perdido Assim sendo
a expressatildeo indemnizaccedilatildeo a mais correcta doutrinalmente e por forma a que haja um
correcto entendimento do que se pretende com esta expressatildeo entendeu-se que esta
expressatildeo deve ser alterada
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos do presente diploma denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse
duradoura que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de
propriedade referidos neste diploma como direitos informais de
propriedade
b) Os direitos sobre bens imoacuteveis concedidos pelas administraccedilotildees
portuguesa e indoneacutesia no territoacuterio de Timor-Leste respectivamente o
direito de propriedade perfeita e o aforamento o hak milik o hak guna
bangunan e o hak guna usaha
2 Para efeitos do presente diploma satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios
os direitos informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak
milik e secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 Os direitos anteriores secundaacuterios de aforamento cuja caducidade seja
posterior a 28 de Novembro de 1975 satildeo considerados vaacutelidos
4 Os direitos anteriores secundaacuterios de hak guna bangunan e hak guna usaha cuja
caducidade seja posterior a 30 de Agosto de 1999 satildeo considerados vaacutelidos
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Paacutegina | 9
Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Puacuteblica
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 9
Alteraccedilatildeo
Artigo 2ordm
Direitos anteriores
1 Para efeitos da presente lei denominam-se direitos anteriores
a) Os direitos sobre bens imoacuteveis costumeiros e decorrentes da posse duradoura
que tenham as caracteriacutesticas essenciais do direito de propriedade referidos nesta
lei como direitos informais de propriedade
b) ()
2 Para efeitos da presente lei satildeo denominados direitos anteriores primaacuterios os direitos
informais de propriedade o direito de propriedade perfeita e o hak milik e direitos
anteriores secundaacuterios o aforamento o hak guna bangunan e o hak guna usaha
3 (hellip)
4 ()
Foi alterada a expressatildeo ldquodiplomardquo por lei para uniformizaccedilatildeo da linguagem
No nordm 2 antes da palavra ldquosecundaacuteriosrdquo acrescentou-se ldquodireitos anterioresrdquo de forma agrave
expressatildeo ficar mais clara e uniforme com o resto do regime
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
Para efeitos da presente lei entende-se por
a) Declaraccedilatildeo de titularidade o acto por meio do qual uma ou mais pessoas
singulares ou colectivas declaram o seu viacutenculo a um bem imoacutevel sobre o
qual pretendem o reconhecimento formal do seu direito de propriedade
perante a Direcccedilatildeo Nacional de Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais
doravante designada DNTPSC no acircmbito do processo de levantamento
cadastral
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo
de titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como
pretendente a titular ou agrave compensaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Puacuteblica
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 10 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem
imoacutevel ou o grupo de declarantes em concordacircncia
e) Bens imoacuteveis o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de
permanecircncia designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo
Civil
f) Direitos informais de propriedade os direitos sobre bens imoacuteveis
costumeiros e decorrentes da posse duradoura que tenham as caracteriacutesticas
essenciais do direito de propriedade
g) Propriedade perfeita o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos
direitos de uso fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na
lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
h) Aforamento o direito do foreiro ao uso e fruiccedilatildeo de um bem imoacutevel
mediante o pagamento de um foro com possiacutevel direito de remiccedilatildeo
reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo portuguesa
i) Hak milik o direito de gozo de modo pleno e exclusivo dos direitos de uso
fruiccedilatildeo e disposiccedilatildeo de bens imoacuteveis reconhecido como tal na lei aplicaacutevel
durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
j) Hak guna-bangunan o direito a construir ou manter temporariamente
uma obra em terreno alheio reconhecido como tal na lei aplicaacutevel durante a
administraccedilatildeo indoneacutesia
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do
Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
Alteraccedilatildeo
Artigo 3ordm
Definiccedilotildees
(hellip)
a) (hellip)
b) Declarante a pessoa singular ou colectiva que tenha submetido declaraccedilatildeo de
titularidade vaacutelida e tempestiva individualmente ou em grupo como pretendente
a titular do direito ou agrave indemnizaccedilatildeo
c) Declarante possuidor o declarante na posse actual do bem imoacutevel declarado
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Puacuteblica
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Puacuteblica
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 11 d) Declarante incontestado o uacutenico declarante de titularidade de um bem imoacutevel
ou o grupo de declarantes em concordacircncia quanto agrave titularidade de um bem
imoacutevel
e) Bem imoacutevel o solo e tudo o que a ele estaacute ligado com caraacutecter de permanecircncia
designadamente os edifiacutecios nos termos previstos no Coacutedigo Civil
f) (hellip)
g) (hellip)
h) (hellip)
i) (hellip)
j) (hellip)
k) Hak guna-usaha o direito ao aproveitamento econoacutemico da terra do domiacutenio
do Estado por um determinado periacuteodo de tempo reconhecido como tal na lei
aplicaacutevel durante a administraccedilatildeo indoneacutesia
As alteraccedilotildees agraves aliacuteneas tiveram como objectivo fazer pequenas correcccedilotildees de
linguagem Na aliacutenea b) foi acrescentado ldquodo direitordquo Na aliacutenea c) foi acrescentado
ldquoactualrdquo Na aliacutenea d) acrescentou-se ldquoquanto agrave titularidade de um bem imoacutevelrdquo Na
aliacutenea e) passou-se a fazer a referecircncia no singular Na aliacutenea k) acrescentou-se ldquodo
domiacuteniordquo
CAPIacuteTULO II
DISPOSICcedilOtildeES GERAIS
Alteraccedilatildeo
Eliminado
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente este capiacutetulo eacute eliminado
passando os seus artigos a integrar o Capiacutetulo I
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Puacuteblica
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Puacuteblica
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 12 1 Podem ser sujeitos do direito de propriedade de bens imoacuteveis as pessoas
nacionais singulares e colectivas homens e mulheres bem como as comunidades
locais
2 O direito de propriedade eacute assegurado igualmente a homens e mulheres sendo
vedada qualquer forma de discriminaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 4ordm
Igualdade de direitos
1 (hellip)
2 O direito de propriedade de bens imoacuteveis eacute assegurado em condiccedilotildees de igualdade a
homens e mulheres sendo proibida qualquer forma de discriminaccedilatildeo na titularidade
acesso gestatildeo administraccedilatildeo gozo transferecircncia ou disposiccedilatildeo destes
Tal como foi sugerido durante a consulta puacuteblica alterou-se o nordm 2 com o objectivo de
conformar o texto com o disposto no artigo 16ordm h) da Convenccedilatildeo Para a Eliminaccedilatildeo de
Todas as Formas de Discriminaccedilatildeo Contra as Mulheres (CEDAW)
Novo artigo
Artigo 4ordm -A
Necessidades especiais de minorias e grupos vulneraacuteveis
A aplicaccedilatildeo da presente lei tem em consideraccedilatildeo as necessidades especiais das
diferentes minorias e grupos vulneraacuteveis estando todas as entidades envolvidas
obrigadas a tomar as necessaacuterias providecircncias para garantir a adequada informaccedilatildeo
consulta e participaccedilatildeo destes grupos de forma a promover o direito agrave igualdade e agrave natildeo
discriminaccedilatildeo
Com o aditamento deste artigo pretende-se criar uma disposiccedilatildeo geral que obrigue as
diferentes entidades implementadoras da presente lei tal como a Direcccedilatildeo Nacional de
Terras Propriedades e Serviccedilos Cadastrais (DNTPSC) a Comissatildeo Cadastral ou o
Ministeacuterio da Solidariedade Social a ter em conta as necessidades especiais de minorias
e grupos vulneraacuteveis Optou-se pela expressatildeo ldquominorias e grupos vulneraacuteveisrdquo por se
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Puacuteblica
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 13 entender ser mais abrangente incluindo por exemplo grupos originaacuterios de outras
regiotildees mas tambeacutem cidadatildeos portadores de deficiecircncia ou idosos As providecircncias
para a sua protecccedilatildeo a serem tomadas dependem do procedimento em causa e dos
grupos abrangidos Por exemplo durante o levantamento cadastral sabendo-se existir
em determinada aacuterea um grupo originaacuterio de outra regiatildeo que possa de alguma forma
ser intimidado a participar deve a DNTPSC ter em conta tal facto e adaptar o
levantamento cadastral de forma a que estes nele participem O incumprimento desta
obrigaccedilatildeo responsabiliza a entidade em causa nos termos gerais do direito
relativamente agrave actividade administrativa do Estado O mesmo texto foi adoptado na Lei
das Expropriaccedilotildees
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 Sem prejuiacutezo de lei especial que classifique outros bens como dominiais puacuteblicos
integram o domiacutenio puacuteblico
a) As aacuteguas costeiras e territoriais as aacuteguas interiores assim como o seu leito
as suas margens e a plataforma continental
b) As camadas aeacutereas superiores ao territoacuterio acima do limite reconhecido ao
proprietaacuterio ou superficiaacuterio
c) O espaccedilo pelo qual podem propagar-se ondas radioeleacutectricas
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa
de protecccedilatildeo para o interior do territoacuterio
e) As aacuteguas fluviais e lacustres lagos e lagoas e terrenos conexos com
excepccedilatildeo das aacuteguas consideradas privadas ou comunitaacuterias nos termos do
Coacutedigo Civil
f) As jazidas de petroacuteleo e gaacutes natural
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Puacuteblica
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 14 g) Os depoacutesitos minerais os recursos hidrominerais e os recursos
geoteacutermicos bem como as cavidades naturais subterracircneas e outras riquezas
naturais existentes no subsolo com exclusatildeo das aacuteguas de nascente e das
massas minerais tais como rochas terras comuns e outros materiais
habitualmente usados na construccedilatildeo
h) As infra-estruturas ferroviaacuterias observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
i) Os aeroportos e aeroacutedromos de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
j) Os portos artificiais e docas de interesse puacuteblico observando-se uma faixa
de protecccedilatildeo confinante
k) As barragens de utilidade puacuteblica observando-se uma faixa de protecccedilatildeo
confinante
l) A rede viaacuteria onde se incluem designadamente as estradas ruas caminhos
puacuteblicos praccedilas espaccedilos verdes bem como os seus acessoacuterios e obras de arte
observando-se uma faixa de protecccedilatildeo confinante
m) Os cemiteacuterios puacuteblicos
n) Os monumentos e imoacuteveis de interesse nacional contanto que hajam sido
classificados e estejam integrados no domiacutenio puacuteblico
o) As instalaccedilotildees militares as infra-estruturas relevantes de seguranccedila
interna e as zonas territoriais reservadas para fins de protecccedilatildeo civil ou
defesa militar
p) A faixa de terreno ao longo da fronteira terrestre
4 O Cadastro Nacional de Propriedades identifica e caracteriza os bens do
domiacutenio puacuteblico do Estado
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio
puacuteblico do Estado eacute regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 5ordm
Domiacutenio puacuteblico do Estado
1 Integram o domiacutenio puacuteblico do Estado os bens cuja inclusatildeo em tal domiacutenio seja
determinada por lei individualmente ou mediante a identificaccedilatildeo por tipos
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Puacuteblica
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 15 2 A inclusatildeo e manutenccedilatildeo de quaisquer bens no domiacutenio puacuteblico do Estado assentam
sempre no pressuposto de que os bens satildeo indispensaacuteveis agrave satisfaccedilatildeo do interesse
puacuteblico e de necessidades colectivas
3 (hellip)
(hellip)
d) As praias e a faixa da orla mariacutetima e do contorno de ilhas ilheacuteus baiacuteas e
estuaacuterios medida da linha das maacuteximas preia-mares observando uma faixa de
protecccedilatildeo de 50 metros para o interior do territoacuterio
(hellip)
4 (hellip)
5 A identificaccedilatildeo determinaccedilatildeo de faixas e o regime de utilizaccedilatildeo do domiacutenio puacuteblico
do Estado eacute regulado por lei
6 O titular de direito anterior ou aquele que preencha os requisitos da usucapiatildeo
especial a quem nos termos desta lei devesse ser reconhecido o direito de propriedade
sobre um bem imoacutevel mas que perca esse direito por o bem passar a ser considerado
parte do domiacutenio puacuteblico do Estado deve ser indemnizado
7 A indemnizaccedilatildeo referida no nuacutemero anterior eacute calculada nos termos da presente lei
Nas alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 agrave expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblicordquo acrescentou-se a referecircncia ao
Estado uniformizando assim a expressatildeo ldquodomiacutenio puacuteblico do Estadordquo
Na aliacutenea d) do nordm 3 foi estabelecido que a faixa costeira pertencente ao domiacutenio eacute de 50
metros
Na alteraccedilatildeo ao nordm 5 retirou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo sendo substituiacutedo por ldquoleirdquo
Tal alteraccedilatildeo foi feita por uma questatildeo de correcccedilatildeo linguiacutestica A competecircncia para a
aprovaccedilatildeo de leis e decretos-lei eacute estabelecida pela Constituiccedilatildeo pelo que qualquer
referecircncia ao mecanismo de aprovaccedilatildeo de lei posterior eacute sempre incipiente Assim
optou-se por deixar uma referecircncia geneacuterica agrave lei podendo-se sempre aprovar decretos-
lei quando a Constituiccedilatildeo o permita Seguiu-se o mesmo criteacuterio nas referecircncias
seguintes a legislaccedilatildeo posterior
Com os nordm 6 e 7 pretende salvaguardar-se os possiacuteveis casos em que a declaraccedilatildeo de
utilidade puacuteblica possa vir a ldquoexpropriarrdquo bens imoacuteveis sobre os quais existam jaacute
direitos consolidados
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Puacuteblica
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Puacuteblica
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Puacuteblica
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 16 Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles que foram propriedade ou tenham sido
utilizados pelas administraccedilotildees puacuteblicas portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975 e
indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999 no territoacuterio de Timor-Leste sem prejuiacutezo
do estabelecido relativamente a direitos informais de propriedade e propriedade
comunitaacuteria ou de possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
2 Consideram-se bens imoacuteveis do Estado aqueles que se encontram actualmente
na sua posse e nos quais satildeo desenvolvidas actividades relacionadas com a
administraccedilatildeo puacuteblica ou actividades de interesse puacuteblico prevalecendo a posse do
Estado sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo
do titular de direito anterior nos termos desta lei
3 Satildeo bens imoacuteveis do Estado aqueles sobre os quais incidam direitos anteriores
primaacuterios ou secundaacuterios pertencentes a estrangeiros que revertam para o Estado
nos termos da presente Lei
4 As coisas imoacuteveis sem dono conhecido consideram-se patrimoacutenio do Estado
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens imoacuteveis do Estado satildeo regulados
por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 6ordm
Bens imoacuteveis do Estado
1 Satildeo bens imoacuteveis do Estado
a) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica portuguesa ateacute 7 de Dezembro de 1975
b) Os bens imoacuteveis que foram propriedade ou que tenham sido utilizados pela
administraccedilatildeo puacuteblica indoneacutesia ateacute 19 de Outubro de 1999
c) Os bens imoacuteveis que se encontram na posse actual do Estado e nos quais satildeo
desenvolvidas actividades relacionadas com a administraccedilatildeo puacuteblica ou
actividades de interesse puacuteblico
d) Os bens imoacuteveis sobre os quais incidam direitos anteriores primaacuterios ou
secundaacuterios pertencentes a cidadatildeos estrangeiros que nos termos da presente lei
revertam para o Estado
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Puacuteblica
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Puacuteblica
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 17 2 O disposto nas aliacuteneas a) e b) do nuacutemero 1 natildeo prejudica o estabelecido na presente
lei relativamente a direitos informais de propriedade agrave propriedade comunitaacuteria bem
como a possiacuteveis direitos indemnizatoacuterios
3 No que respeita aos bens mencionados na aliacutenea c) do nuacutemero 1 a posse do Estado
prevalece sobre quaisquer direitos anteriores sem prejuiacutezo do direito a indemnizaccedilatildeo do
titular do direito anterior nos termos previstos na presente lei
4 (hellip)
5 O regime de utilizaccedilatildeo e disposiccedilatildeo dos bens do domiacutenio do Estado eacute regulado por
lei
Alterou-se a configuraccedilatildeo do artigo de forma a tornaacute-lo mais claro Natildeo foram no
entanto feitas alteraccedilotildees ao seu conteuacutedo
Artigo 7ordm
Pessoas colectivas
1 A pessoa colectiva nacional constituiacuteda exclusivamente por cidadatildeos nacionais e
ou cujo capital seja integral e exclusivamente detido por cidadatildeos nacionais pode
ser titular do direito de propriedade de bens imoacuteveis
2 Podem ainda ser titulares de direito de propriedade outras pessoas colectivas a
quem por lei seja concedido este direito
3 As demais pessoas colectivas titulares de direitos anteriores que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a
utilizar o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento com o Estado
4 Revertem ao Estado os bens imoacuteveis cujos titulares de direito anterior satildeo
pessoas colectivas extintas excepto se ocorrer usucapiatildeo especial ou ordinaacuteria por
terceiros identificados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo dos
primeiros direitos de propriedade
5 O regime para a identificaccedilatildeo das pessoas colectivas abrangidas no nordm 1 e 2 eacute
definido por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 8ordm
Estrangeiros
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 18 1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por
cidadatildeos nacionais
2 Os declarantes estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a posse
de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento
Alteraccedilatildeo
Artigo 8ordm
Cidadatildeos estrangeiros
1 Os direitos anteriores primaacuterios e secundaacuterios pertencentes a declarantes cidadatildeos
estrangeiros revertem para o Estado excepto se ocorrer usucapiatildeo especial por cidadatildeos
nacionais
2 Os declarantes cidadatildeos estrangeiros titulares de direito anterior que mantenham a
posse de bem imoacutevel revertido ao domiacutenio privado do Estado podem continuar a utilizar
o imoacutevel por meio de contrato de arrendamento nos termos gerais da lei que regula o
arrendamento dos bens imoacuteveis do Estado
Alterou-se na epiacutegrafe e no texto do artigo a expressatildeo ldquoestrangeirosrdquo para ldquocidadatildeos
estrangeirosrdquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a parte final do nordm 2 por forma a remeter para as regras gerais do
arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
CAPIacuteTULO III
POSSE
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO II
POSSE
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Puacuteblica
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Puacuteblica
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 19 Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 9ordm
Conceito
1 A posse para efeitos desta lei eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma
correspondente ao exerciacutecio do direito de propriedade
2 A posse tanto pode ser exercida pessoalmente como por intermeacutedio de outrem
3 O senhorio exerce a posse por intermeacutedio do arrendataacuterio
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees plantaccedilotildees cercas e vedaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 9ordm
Conceito
1 Para efeitos da presente lei a posse eacute o uso ou a possibilidade efectiva de uso do bem
imoacutevel para fins de habitaccedilatildeo cultivo negoacutecio construccedilatildeo ou para qualquer outra
actividade que requeira a utilizaccedilatildeo fiacutesica do bem imoacutevel por forma correspondente ao
exerciacutecio do direito de propriedade
2 (hellip)
3 (hellip)
4 Satildeo indiacutecios da posse as construccedilotildees as plantaccedilotildees as cercas e as vedaccedilotildees
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 4 pretenderam corrigir pequenas questotildees de linguagem
Artigo 10ordm
Posse em caso de domiacutenio ancestral
Considera-se possuidor aquele que habite tenha erguido edificaccedilotildees ou feito
plantaccedilotildees num bem imoacutevel cuja titularidade eacute reivindicada por outrem com base
no costume ancestral ainda que a este pague renda
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 20
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 Satildeo considerados meros detentores do bem imoacutevel
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito como os arrendataacuterios
b) Os que simplesmente se aproveitam da toleracircncia do legiacutetimo possuidor
c) Os representantes ou mandataacuterios do possuidor bem como todos os que
possuem em nome de outrem
2 Os meros detentores natildeo podem adquirir para si por usucapiatildeo especial o
direito de propriedade sobre o bem imoacutevel possuiacutedo
Alteraccedilatildeo
Artigo 11ordm
Mero detentor
1 (hellip)
a) Os que usam o bem imoacutevel sem a intenccedilatildeo de agir como beneficiaacuterios do
direito nomeadamente o arrendataacuterio
b) (hellip)
c) (hellip)
2 (hellip)
A alteraccedilatildeo agrave aliacutenea a) do nordm 1 corrige apenas a linguagem usada
Artigo 12ordm
Protecccedilatildeo agrave posse
Ateacute que os primeiros direitos de propriedade sejam reconhecidos ou atribuiacutedos no
acircmbito do regime especial estabelecido por esta lei o possuidor actual e paciacutefico
goza de plena protecccedilatildeo legal nos termos do Coacutedigo Civil
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Puacuteblica
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Puacuteblica
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 21 Possui com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de
propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 13ordm
Animus de proprietaacuterio
Actua com animus de proprietaacuterio aquele que nos actos de exerciacutecio da posse natildeo
exclua impliacutecita ou explicitamente a convicccedilatildeo de ser titular do direito de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquopossuirdquo por ldquoactuardquo uma para correcccedilatildeo da linguagem Tal
alteraccedilatildeo torna o texto mais correcto uma vez que apenas existe posse quando o
requisito do animus estaacute preenchido
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
Posse puacuteblica e notoacuteria eacute a que se exerce de modo a poder ser conhecida pelos
interessados
Alteraccedilatildeo
Artigo 14ordm
Posse puacuteblica e notoacuteria
A posse eacute puacuteblica e notoacuteria quando eacute de modo a poder ser conhecida pelos interessados
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para efeitos deste diploma posse duradoura eacute a que transcorre ininterruptamente
por pelo menos vinte anos
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Puacuteblica
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 22
Alteraccedilatildeo
Artigo 15ordm
Posse duradoura
Para os efeitos da presente lei a posse duradoura eacute a que decorre ininterruptamente por
um periacuteodo miacutenimo de 20 anos
A alteraccedilatildeo pretende uniformizar a linguagem referindo ldquoleirdquo em vez de ldquodiplomardquo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 Posse paciacutefica eacute a que foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 Considera-se violenta a posse quando para obtecirc-la o possuidor usou de coacccedilatildeo
fiacutesica ou de coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 16ordm
Posse paciacutefica
1 A posse eacute paciacutefica quando foi obtida sem violecircncia ou ameaccedila
2 A posse eacute violenta quando para a obter o possuidor tenha usado de coacccedilatildeo fiacutesica ou
coacccedilatildeo moral nos termos definidos no Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for privado indevidamente do exerciacutecio da
retenccedilatildeo ou fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de o continuar
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Puacuteblica
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 23 2 Considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante nacional titular de direito
anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de 1998 e que tenha sido
impedido de recuperar a posse
Alteraccedilatildeo
Artigo 17ordm
Interrupccedilatildeo da posse
1 Haacute esbulho sempre que algueacutem for indevidamente privado do exerciacutecio da posse ou
fruiccedilatildeo do bem imoacutevel possuiacutedo ou da possibilidade de a continuar
2 Para os efeitos da presente lei considera-se na posse actual e paciacutefica o declarante
nacional titular de direito anterior que tenha sido esbulhado apoacutes 31 de Dezembro de
1998 e que tenha sido impedido de recuperar a posse
A alteraccedilatildeo pretende apenas corrigir detalhes de linguagem
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
O declarante possuidor pode para o fim de determinar a data de iniacutecio da posse
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores nessa mesma posse desde que
sejam contiacutenuas e paciacuteficas independentemente da forma de transmissatildeo nos
termos do Coacutedigo Civil
Alteraccedilatildeo
Artigo 18ordm
Sucessatildeo e acessatildeo na posse
Para efeitos de determinaccedilatildeo da data do iniacutecio da posse o declarante possuidor pode
acrescentar agrave sua posse a dos seus antecessores desde que sejam contiacutenuas e paciacuteficas
independentemente da forma de transmissatildeo nos termos do Coacutedigo Civil
A alteraccedilatildeo pretende tornar o texto mais claro
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Puacuteblica
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 24
CAPIacuteTULO IV
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO III
USUCAPIAtildeO ESPECIAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
Denomina-se usucapiatildeo especial o mecanismo de aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis por posse mantida por certo lapso de tempo e de
acordo com os requisitos definidos neste capiacutetulo
Alteraccedilatildeo
Artigo 19ordm
Noccedilatildeo
A usucapiatildeo especial eacute um mecanismo que possibilita a aquisiccedilatildeo do direito de
propriedade sobre um bem imoacutevel no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei em virtude da posse mantida por
certo periacuteodo de tempo dependendo da verificaccedilatildeo dos requisitos constantes do
presente capiacutetulo
Com esta alteraccedilatildeo pretende-se apenas tornar o texto mais claro
Artigo 20ordm
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 25 Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis situados em aacutereas do domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser
objecto de usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 20ordm
Bens imoacuteveis insusceptiacuteveis de aquisiccedilatildeo por usucapiatildeo especial
Os bens imoacuteveis que integram o domiacutenio puacuteblico do Estado natildeo podem ser objecto de
usucapiatildeo especial
A alteraccedilatildeo ao texto uniformiza o texto do artigo com o restante diploma
Artigo 21ordm
Requisitos
Atribui-se o direito de propriedade por usucapiatildeo especial ao declarante possuidor
actual que cumprir cumulativamente os seguintes requisitos
a) Ter nacionalidade timorense e possuir o imoacutevel com animus de
proprietaacuterio continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria
b) Ter iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
Alteraccedilatildeo
Artigo 21ordm
Requisitos da usucapiatildeo especial
O direito de propriedade sobre um bem imoacutevel apenas pode ser atribuiacutedo por usucapiatildeo
especial ao declarante possuidor actual que cumulativamente
a) Tenha nacionalidade timorense e possua o imoacutevel com animus de proprietaacuterio
continuamente de forma puacuteblica e notoacuteria e
b) Tenha iniciado a posse pacificamente ateacute 31 de Dezembro de 1998 sem usar
de violecircncia fiacutesica ou coacccedilatildeo moral
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 26 Foram feitas apenas pequenas correcccedilotildees ao texto e agrave epiacutegrafe para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 22ordm
Capacidade para adquirir
1 A usucapiatildeo especial aproveita a todos os que podem adquirir
2 Os incapazes podem adquirir por usucapiatildeo especial tanto por si como por
intermeacutedio das pessoas que legalmente os representam
CAPIacuteTULO V
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IV
ZONAS DE PROTECCcedilAtildeO COMUNITAacuteRIA E BENS IMOacuteVEIS COMUNITAacuteRIOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquocomunitaacuteriardquo
Artigo 23ordm
Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
As Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a
finalidade de salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes
da protecccedilatildeo de aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas sejam cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas
onde haja recursos naturais cujo uso seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua
subsistecircncia
Alteraccedilatildeo
Artigo 23ordm
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 27 Zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
As zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria satildeo aacutereas protegidas pelo Estado com a finalidade de
salvaguardar os interesses comuns de uma comunidade local atraveacutes da protecccedilatildeo
especial conferida a aacutereas habitacionais aacutereas agriacutecolas quer quando cultivadas ou em
pousio florestas siacutetios de importacircncia cultural locais de culto sagrado ou ligados agrave
tradiccedilatildeo local pastagens fontes de aacutegua ou aacutereas onde haja recursos naturais cujo uso
seja compartilhado e necessaacuterio agrave sua subsistecircncia
A epiacutegrafe do artigo foi alterada para o plural Pretende-se assim dar a ideia que eacute um
mecanismo que pode ser aplicado a vaacuterias aacutereas
Foram feitas pequenas alteraccedilotildees para correcccedilatildeo da linguagem
Foi ainda acrescentada a expressatildeo ldquolocais de culto sagrado ou ligados agrave tradiccedilatildeo localrdquo
Embora tais expressotildees pudessem ser englobadas nas jaacute referidas no artigo a sua
menccedilatildeo expressa torna mais clara a sua inclusatildeo nesta protecccedilatildeo
Artigo 24ordm
Protecccedilatildeo
Nas zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria cabe ao Estado
a) Garantir que as praacuteticas costumeiras respeitem a Constituiccedilatildeo sejam
participativas natildeo discriminatoacuterias e assegurem a igualdade de geacutenero
b) Promover a sustentabilidade ambiental e sociocultural no uso dos recursos
naturais e dos meios de vida da comunidade local e
c) Proteger os bens imoacuteveis comunitaacuterios da especulaccedilatildeo imobiliaacuteria
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O uso de bens imoacuteveis por indiviacuteduos famiacutelias e grupos em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuteria deve ser respeitado pela comunidade e protegido pelo Estado
2 Cabe ao Estado assegurar que as actividades econoacutemicas realizadas por
terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuterias
a) Beneficiem a comunidade local como um todo de forma inclusiva e natildeo
discriminatoacuteria
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Puacuteblica
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 28 b) Sejam feitas de forma sustentaacutevel do ponto de vista ambiental e
sociocultural
c) Respeitem os meios de vida da comunidade local e o seu acesso aos
recursos naturais
3 As actividades econoacutemicas realizadas por terceiros em Zonas de Protecccedilatildeo
Comunitaacuterias devem ser precedidas de consulta agrave comunidade local
Alteraccedilatildeo
Artigo 25ordm
Uso de bens imoacuteveis em zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria
1 (hellip)
2 Cabe ao Estado assegurar que a utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em
zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
3 A utilizaccedilatildeo por terceiros de bens imoacuteveis situados em zonas de protecccedilatildeo
comunitaacuteria para fins de natureza econoacutemica deve ser precedida de consulta agrave
comunidade local obedecendo ao disposto em legislaccedilatildeo especial
Foi alterada a formulaccedilatildeo dos nordm 2 e 3 de forma a tornar o texto do artigo mais claro No
nordm 3 foi ainda feita referecircncia a legislaccedilatildeo especial Tal legislaccedilatildeo eacute natildeo soacute a legislaccedilatildeo a
aprovar referente a terras comunitaacuterias tal como referido no artigo 28ordm mas tambeacutem
outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel como por exemplo a legislaccedilatildeo ambiental
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A caracterizaccedilatildeo de uma aacuterea como Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos bens imoacuteveis de particulares de pessoas colectivas e do Estado
nela localizados e os direitos dos respectivos titulares sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees
decorrentes do regime de protecccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Puacuteblica
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Puacuteblica
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 29
Alteraccedilatildeo
Artigo 26ordm
Titularidade dos bens imoacuteveis em Zonas de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
A classificaccedilatildeo de uma aacuterea como zona de protecccedilatildeo comunitaacuteria natildeo afecta a
titularidade dos direitos sobre os bens imoacuteveis nela situados por parte de pessoas
singulares ou colectivas ou pelo Estado sem prejuiacutezo das limitaccedilotildees decorrentes do
regime de protecccedilatildeo
Alterou-se a expressatildeo ldquocaracterizaccedilatildeordquo por ldquoclassificaccedilatildeo por se entender ser a
expressatildeo mais correcta O texto do artigo foi simplificado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 Consideram-se propriedade da comunidade local os bens imoacuteveis reconhecidos
pela comunidade como sendo de seu uso comum e partilhado por um grupo de
indiviacuteduos ou famiacutelias organizados de acordo com os usos e costumes locais
2 Os bens imoacuteveis de propriedade comunitaacuteria satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 A demarcaccedilatildeo de bens imoacuteveis comunitaacuterios segue as regras estabelecidas na
presente lei e o que vier a ser determinado em diploma proacuteprio
4 A propriedade comunitaacuteria eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 27ordm
Bens imoacuteveis comunitaacuterios
1 (hellip)
2 Os bens imoacuteveis comunitaacuterios satildeo inalienaacuteveis e impenhoraacuteveis
3 (hellip)
4 A propriedade bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute considerada como um direito informal de
propriedade para efeitos de disputa
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Puacuteblica
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 30
No nordm 2 e 4 foi uniformizada a expressatildeo ldquobens imoacuteveis comunitaacuteriosrdquo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
Artigo 28ordm
Regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e bens imoacuteveis comunitaacuterios
O regime das zonas de protecccedilatildeo comunitaacuteria e dos bens imoacuteveis comunitaacuterios eacute
regulado por lei
Tal como referido anteriormente entendeu-se mais correcto fazer uma referecircncia
geneacuterica agrave lei
CAPIacuteTULO VI
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO V
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 31 1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute a base de dados que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do processo de
levantamento cadastral
2 Compotildeem o Cadastro Nacional de Propriedades a base de dados cadastral e a
base de dados do registo de propriedades
3 Soacute podem integrar o Cadastro Nacional de Propriedades as informaccedilotildees
recolhidas no acircmbito do levantamento cadastral previsto no presente capiacutetulo
4 Cabe agrave DNTPSC o estabelecimento a administraccedilatildeo e a actualizaccedilatildeo do
Cadastro Nacional de Propriedades
Alteraccedilatildeo
Artigo 29ordm
Cadastro Nacional de Propriedades
1 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute o sistema de registo predial que conteacutem a
informaccedilatildeo oficial sobre a situaccedilatildeo juriacutedica dos bens imoacuteveis recolhida atraveacutes do
processo de levantamento cadastral
2 O Cadastro Nacional de Propriedades eacute composto pela informaccedilatildeo cadastral e pelo
registo predial
3 (hellip)
4 (hellip)
As alteraccedilotildees ao nordm 1 e 2 procuraram simplificar a linguagem utilizada no texto do
artigo Procurou-se clarificar que o Cadastro Nacional de Propriedades conteacutem
informaccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem juriacutedica dos bens imoacuteveis
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute a recolha de dados sobre bens imoacuteveis
realizada pela DNTPSC em aacutereas de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas em
conformidade com um enquadramento procedimental especiacutefico e com a
finalidade de compor o Cadastro Nacional de Propriedades
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 32
Alteraccedilatildeo
Artigo 30ordm
Levantamento cadastral sistemaacutetico
1 O levantamento cadastral consiste na recolha de dados sobre bens imoacuteveis em aacutereas
de colecccedilatildeo contiacuteguas e predeterminadas de modo sistemaacutetico e em conformidade com
um enquadramento procedimental especiacutefico tendo por finalidade compor o Cadastro
Nacional de Propriedades
2 O levantamento cadastral eacute realizado pelos serviccedilos da DNTPSC
O artigo foi dividido de forma a separar a explicaccedilatildeo do que eacute o levantamento cadastral
da competecircncia para o realizar O texto do nordm 1 foi reorganizado de forma a tornar a
linguagem mais simples
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
1 Satildeo recolhidas atraveacutes do levantamento cadastral em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) A localizaccedilatildeo administrativa do bem imoacutevel
b) O esboccedilo geomeacutetrico da parcela georreferenciado
c) A localizaccedilatildeo georreferenciada da parcela
d) O tipo de parcela de acordo com as especificaccedilotildees teacutecnicas
e) As declaraccedilotildees de titularidade nos termos do artigo 32ordm
f) Outros dados que se entendam ser tecnicamente necessaacuterios
2 A cada parcela de terreno eacute atribuiacutedo um nuacutemero uacutenico de identificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 31ordm
Informaccedilotildees recolhidas
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Puacuteblica
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 33 1 Atraveacutes do levantamento cadastral satildeo recolhidas em cada aacuterea de colecccedilatildeo as
informaccedilotildees necessaacuterias agrave composiccedilatildeo do Cadastro Nacional de Propriedades
nomeadamente
a) (hellip)
b) (hellip)
c) (hellip)
d) (hellip)
e) As declaraccedilotildees de titularidade de pessoas singulares colectivas ou do Estado
sobre o bem imoacutevel para os efeitos do disposto no artigo seguinte
f) Outros dados que sejam tecnicamente relevantes
2 (hellip)
O nordm 1 e a aliacutenea f) foram ligeiramente reformulados de forma a tornar o seu texto mais
compreensiacutevel
Na aliacutenea e) foram referidas as diferentes entidades que podem apresentar declaraccedilotildees
de titularidade sendo feito referecircncia ao artigo seguinte
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees
de titularidade de pessoas singulares ou colectivas sobre bens imoacuteveis situados nas
aacutereas de colecccedilatildeo
2 Com as declaraccedilotildees de titularidade referidas no nuacutemero anterior satildeo tambeacutem
recolhidas coacutepias dos meios de prova que os declarantes puderem apresentar
3 Ningueacutem pode ser impedido de apresentar declaraccedilotildees sobre as parcelas de que
entender ser titular
4 A cada declaraccedilatildeo eacute atribuiacutedo um nuacutemero de identificaccedilatildeo
5 Os acordos resultantes de negociaccedilatildeo ou mediaccedilatildeo em que as partes tenham
concordado sobre a transmissatildeo definitiva de direitos de propriedade sobre bem
imoacutevel satildeo vaacutelidos para efeitos de declaraccedilatildeo de titularidade
6 Cabe agrave DNTPSC e subsidiariamente agraves entidades puacuteblicas submeter declaraccedilatildeo
de titularidade de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Puacuteblica
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 34
Alteraccedilatildeo
Artigo 32ordm
Declaraccedilatildeo de titularidade
1 Durante o processo de levantamento cadastral a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de
titularidade de pessoas singulares colectivas ou das comunidades sobre bens imoacuteveis
situados nas aacutereas de colecccedilatildeo
2 (hellip)
3 (hellip)
4 (hellip)
5 (hellip)
6 A submissatildeo das declaraccedilotildees de titularidade dos bens imoacuteveis do Estado compete agrave
DNTPSC e subsidiariamente agraves demais entidades do Estado
7 Deve ser incentivada a declaraccedilatildeo de titularidade conjunta entre casais
No nordm 1 foram referidas as comunidades para que fique claro que estas tambeacutem podem
apresentar a sua declaraccedilatildeo enquanto entidade juriacutedica Embora tecnicamente estas
sejam tambeacutem pessoas colectivas preferiu-se aqui individualizaacute-las de forma a
clarificar que estas tambeacutem podem participar no levantamento cadastral
A alteraccedilatildeo ao nordm 6 pretende tornar o texto mais claro
Ao se acrescentar o nordm 7 pretendeu-se dar resposta agrave preocupaccedilatildeo de que entre casais
por vezes a declaraccedilatildeo seja feita em nome de apenas um deles Procurou-se com tal
disposiccedilatildeo conciliar esta preocupaccedilatildeo com o cuidado de natildeo subverter os regimes
patrimoniais do casamento estabelecidos no Coacutedigo Civil deixando assim agraves partes a
decisatildeo sobre quem apresenta declaraccedilotildees
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 As informaccedilotildees recolhidas na aacuterea de colecccedilatildeo satildeo dispostas num mapa
cadastral e lista de declarantes e publicadas por um periacuteodo de trinta dias
2 Nos casos em que as caracteriacutesticas fiacutesicas da aacuterea de colecccedilatildeo o justifiquem a
DNTPSC pode determinar a publicaccedilatildeo do mapa cadastral por um periacuteodo
superior a trinta dias
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 35 3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio e
natildeo pode haver extensatildeo do prazo
4 Durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo a DNTPSC recolhe declaraccedilotildees de titularidade
sobre bens imoacuteveis identificados no mapa cadastral que ainda natildeo tenham sido
submetidas nos termos dos artigos 31ordm e 32ordm
5 Natildeo satildeo aceites declaraccedilotildees de titularidade submetidas fora do prazo previsto
nos nuacutemeros 1 e 2 do presente artigo
Alteraccedilatildeo
Artigo 33ordm
Publicaccedilatildeo
1 (hellip)
2 (hellip)
3 O periacuteodo de publicaccedilatildeo deve ser determinado e divulgado antes do seu iniacutecio natildeo
podendo ser estendido apoacutes a sua divulgaccedilatildeo
4 (hellip)
5 (hellip)
Foi alterado o texto do nordm 3 de forma a tornaacute-lo mais simples
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
deve ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 A comunidade local pode submeter declaraccedilatildeo de titularidade no processo de
levantamento cadastral
Alteraccedilatildeo
Artigo 34ordm
Levantamento cadastral em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 36 1 O levantamento cadastral de bens imoacuteveis em Zona de Protecccedilatildeo Comunitaacuteria deve
ser precedido de consulta agrave comunidade local e obedece aos demais requisitos
estabelecidos em legislaccedilatildeo proacutepria
2 eliminado
Jaacute decorre dos artigos anteriores e da do capiacutetulo referente agrave propriedade comunitaacuteria
que a comunidade apresenta as suas declaraccedilotildees no processo de levantamento cadastral
Tendo em conta a epiacutegrafe do artigo entendeu-se que o nordm 2 iria gerar confusotildees uma
vez que mistura a realizaccedilatildeo do levantamento cadastral numa zona de protecccedilatildeo
comunitaacuteria com a possibilidade de em qualquer levantamento cadastral uma
comunidade apresentar a sua declaraccedilatildeo Corresponde ainda agrave alteraccedilatildeo no nordm 1 do
artigo 32ordm
Artigo 35ordm
Gratuitidade do levantamento cadastral
O levantamento cadastral sistemaacutetico eacute gratuito
CAPIacuteTULO VII
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
DIREITO DE PROPRIEDADE E CASOS SEM DISPUTA
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VI
DEFINICcedilAtildeO DA TITULARIDADE DE BENS IMOacuteVEIS
SECCcedilAtildeO I
CASOS NAtildeO DISPUTADOS
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Foi alterada a expressatildeo ldquocasos sem disputardquo para ldquocasos natildeo disputadosrdquo para
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 37 uniformizaccedilatildeo da linguagem Retirou-se a expressatildeo ldquodireitos de propriedaderdquo por se
entender desnecessaacuteria
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
informal de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo
contestado
Alteraccedilatildeo
Artigo 36ordm
Titular de direito anterior primaacuterio
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito informal
de propriedade propriedade perfeita ou hak milik quando natildeo contestado
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem
Artigo 37ordm
Posse actual de titular de direito anterior secundaacuterio
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante nacional titular de direito
anterior secundaacuterio que estaacute na posse actual e paciacutefica do bem imoacutevel declarado
2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade em favor do declarante incontestado em
caso sem disputa desde que a posse incontestada seja paciacutefica excepto se o bem
imoacutevel declarado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 38 2 O declarante soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel
que possuir
Alteraccedilatildeo
Artigo 38ordm
Posse incontestada
1 Eacute atribuiacutedo o direito de propriedade ao declarante incontestado em caso natildeo
disputado desde que a posse seja paciacutefica
2 Exceptuam-se do disposto no nuacutemero anterior os casos em que o bem imoacutevel
considerado estiver situado em aacuterea do domiacutenio puacuteblico do Estado
3 anterior nordm 2
No nordm 1 alterou-se ldquosem disputardquo por ldquonatildeo disputadordquo para uniformizaccedilatildeo da linguagem
Foi retirada a expressatildeo ldquoincontestadardquo por jaacute fazer parte do iniacutecio do artigo O texto do
nordm 1 foi dividido dando assim lugar ao nordm 2
SECCcedilAtildeO II
CASOS DISPUTADOS
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
1 Diz-se disputado o caso em que haacute mais de uma declaraccedilatildeo vaacutelida de exerciacutecio
da posse ou de diferentes direitos anteriores sobre um mesmo bem imoacutevel
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as
partes mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo
administrativa com base no regime previsto no presente diploma ou por decisatildeo
judicial
Alteraccedilatildeo
Artigo 39ordm
Definiccedilatildeo e resoluccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 39 1 (hellip)
2 Os casos disputados que natildeo puderem ser dirimidos por negociaccedilatildeo entre as partes
mediaccedilatildeo ou outras formas de acordo satildeo resolvidos por decisatildeo administrativa com
base no regime previsto na presente lei ou por decisatildeo judicial
Alterou-se a expressatildeo ldquono presente diplomardquo por ldquona presente leirdquo para uniformizaccedilatildeo
da linguagem
Artigo 40ordm
Disputa entre titulares de direito anterior primaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
primaacuterios se um dos declarantes for possuidor do imoacutevel ou de parte dele eacute-lhe
atribuiacutedo o direito de propriedade sobre a parte do bem imoacutevel que possui
2 O direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por
nenhum dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 1 do artigo 45ordm
Artigo 41ordm
Disputa entre titular de direito anterior primaacuterio e titular de direito anterior
secundaacuterio
Nos casos disputados entre declarante nacional titular de direito anterior primaacuterio
e declarante nacional titular de direito anterior secundaacuterio o direito de
propriedade eacute atribuiacutedo ao titular do direito anterior primaacuterio
independentemente da posse
Artigo 42ordm
Disputa entre titulares de direito anterior secundaacuterio
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direitos anteriores
secundaacuterios o direito de propriedade eacute atribuiacutedo em funccedilatildeo da posse de cada um
2 O direito de propriedade sobre parte do imoacutevel que natildeo eacute possuiacutedo por nenhum
dos declarantes eacute atribuiacutedo nos termos do nordm 2 do artigo 45ordm
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 40 Reconhece-se o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra
os requisitos da usucapiatildeo especial
Alteraccedilatildeo
Artigo 43ordm
Titular de direito anterior primaacuterio e usucapiatildeo especial
Eacute reconhecido o direito de propriedade ao declarante nacional titular de um direito
anterior primaacuterio em detrimento do declarante possuidor ainda que este cumpra os
requisitos da usucapiatildeo especial
Alterou-se a expressatildeo ldquoreconhece-serdquo por ldquoEacute reconhecidordquo para uniformizaccedilatildeo da
linguagem usada
Artigo 44ordm
Titular de direito anterior secundaacuterio e usucapiatildeo especial
1 Nos casos disputados entre declarante nacional possuidor e declarante nacional
titular de direito secundaacuterio anterior o direito de propriedade do bem imoacutevel eacute
atribuiacutedo ao possuidor que cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Se o possuidor actual natildeo cumprir os requisitos da usucapiatildeo especial o direito eacute
atribuiacutedo ao titular de direito anterior secundaacuterio
3 O declarante possuidor soacute adquire o direito de propriedade sobre a parte do
bem imoacutevel que possuir
4 Nos casos referidos no nordm 2 ao titular do direito anterior secundaacuterio apenas eacute
reconhecido o direito de propriedade sobre a parte do imoacutevel que anteriormente
possuiacutea
Artigo 45ordm
Disputa entre declarantes sem posse
1 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
primaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel o
direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular do direito mais recente
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 41 salvo nos casos de titulares de direitos informais de propriedade que prevalecem
sobre os restantes
2 Nos casos disputados entre declarantes nacionais titulares de direito anterior
secundaacuterio natildeo se encontrando nenhum dos declarantes na posse do bem imoacutevel
por esbulho de terceiro o direito de propriedade eacute atribuiacutedo ao declarante titular
do direito mais recente
Artigo 46ordm
Casos de disputa envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita de conformidade com os tiacutetulos de cada um e na falta de
tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 Se os tiacutetulos natildeo determinarem os limites dos preacutedios ou a aacuterea pertencente a
cada proprietaacuterio e a questatildeo natildeo puder ser resolvida pela posse ou por outro meio
de prova a demarcaccedilatildeo faz-se distribuindo o terreno em litiacutegio por partes
economicamente iguais
3 Se os tiacutetulos indicarem um espaccedilo maior ou menor do que o abrangido pela
totalidade do terreno atribuir-se-aacute a falta ou o acreacutescimo proporcionalmente agrave
parte de cada um
Alteraccedilatildeo
Artigo 46ordm
Casos disputados envolvendo confrontaccedilotildees
1 A demarcaccedilatildeo eacute feita em conformidade com os tiacutetulos de cada um dos titulares e na
falta de tiacutetulos suficientes em harmonia com a posse em que estejam os confinantes ou
segundo o que resultar de outros meios de prova
2 ()
3 (hellip)
Foram feitos algumas alteraccedilotildees menores agrave linguagem do artigo e na epiacutegrafe
CAPIacuteTULO VIII
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Puacuteblica
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 42 COMPENSACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
COMPENSACcedilAtildeO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VII
INDEMNIZACcedilAtildeO E REEMBOLSO
SECCcedilAtildeO I
INDEMNIZACcedilAtildeO
Tendo em conta a alteraccedilatildeo estrutural referida anteriormente eacute alterada a numeraccedilatildeo do
capiacutetulo Alterou-se a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a compensaccedilatildeo
a) O declarante nacional timorense em caso disputado a quem natildeo for
atribuiacutedo o direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a
definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis e for titular de direito anterior
b) O declarante possuidor nacional timorense a quem natildeo for atribuiacutedo o
direito de propriedade no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis e cumpra os requisitos da usucapiatildeo especial
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um
fim especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe compensaccedilatildeo
ao declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Natildeo satildeo abrangidos pelo nordm 1 os casos em que a perda do direito se decirc por
usucapiatildeo ordinaacuteria
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 43 4 A compensaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto
nos artigos seguintes
5 As compensaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva
da disputa
Alteraccedilatildeo
Artigo 47ordm
Admissibilidade
1 Tem direito a ser indemnizado
a) O declarante nacional titular de direito anterior a quem em caso disputado natildeo
tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da aplicaccedilatildeo do regime
especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis previsto na presente lei
b) O declarante nacional possuidor a quem ainda que cumpridos os requisitos da
usucapiatildeo especial natildeo tenha sido atribuiacutedo o direito de propriedade por forccedila da
aplicaccedilatildeo do regime especial para a definiccedilatildeo da titularidade de bens imoacuteveis
previsto na presente lei
2 Nos casos referidos na aliacutenea a) do nuacutemero anterior em que o tiacutetulo designa um fim
especiacutefico para a concessatildeo do direito anterior secundaacuterio cabe indemnizaccedilatildeo ao
declarante titular apenas quando no momento em que o declarante tenha sido
desapossado dava ao bem imoacutevel a finalidade original designada no tiacutetulo
3 Nos casos referidos na aliacutenea b) do nuacutemero anterior havendo mais do que um
possuidor do imoacutevel deve a indemnizaccedilatildeo ser partilhada entre eles
4 anterior nordm 3
5 A indemnizaccedilatildeo eacute paga pelo Estado sem prejuiacutezo do direito a reembolso previsto nos
artigos seguintes
6 As indemnizaccedilotildees a que se refere o nordm 1 soacute satildeo pagas apoacutes a resoluccedilatildeo definitiva da
disputa
As alteraccedilotildees ao nordm 1 2 5 e 6 alteraram a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por
ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Nas aliacuteneas a) e b) do nordm 1 foi uniformizada a linguagem passando-se a utilizar sempre
a expressatildeo ldquodeclarante nacionalrdquo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 44 Com a introduccedilatildeo do nordm 3 pretende-se clarificar que havendo compossuidores do
imoacutevel a compensaccedilatildeo a ser paga deve ser partilhada entre estes A alteraccedilatildeo tem como
objectivo abranger situaccedilotildees em que estando um casal na posse de um imoacutevel o
pagamento seja feito a ambos e natildeo apenas a um deles
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A compensaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado
agrave data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 Entende-se por aproveitamento eficiente do imoacutevel o uso mais provaacutevel do
imoacutevel em determinada data devendo este aproveitamento ser fisicamente
possiacutevel justificado legalmente permitido financeiramente possiacutevel e
maximamente produtivo
3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute
calculado com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento
em que foi desapossado
4 O valor da compensaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de compensaccedilatildeo
que seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 No processo de avaliaccedilatildeo do imoacutevel a Comissatildeo Cadastral daacute oportunidade aos
declarantes para se pronunciarem sobre o disposto no nordm 3
Alteraccedilatildeo
Artigo 48ordm
Aproveitamento eficiente do imoacutevel
1 A indemnizaccedilatildeo deve corresponder ao valor mais elevado do aproveitamento
eficiente do imoacutevel no momento em que o declarante foi desapossado actualizado agrave
data da decisatildeo que reconhece o direito de propriedade a terceiro
2 ()
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 45 3 Salvo prova em contraacuterio o valor do aproveitamento eficiente do imoacutevel eacute calculado
com base no uso legal efectivamente dado pelo declarante no momento em que foi
desapossado
4 O valor da indemnizaccedilatildeo para titulares de direitos anteriores secundaacuterios ou
possuidores com usucapiatildeo especial eacute aferido com base no valor de indemnizaccedilatildeo que
seria atribuiacutedo a um titular de direito anterior primaacuterio
5 (hellip)
Foi alterado no nordm 1 3 e 4 a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo
Novo artigo
Artigo 48ordm - A
Cedecircncia de bens ou direitos
1 Os declarantes e o Estado podem acordar que a indemnizaccedilatildeo seja satisfeita total ou
parcialmente atraveacutes da cedecircncia um bem imoacutevel do Estado de valor equivalente
2 A cedecircncia de direitos sobre bens imoacuteveis eacute regulada pela legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
utilizaccedilatildeo do domiacutenio privado do Estado
Com este artigo pretende clarificar-se que o pagamento da indemnizaccedilatildeo pode ser feito
atraveacutes da cedecircncia de um imoacutevel do Estado Embora tal seja sempre possiacutevel tendo em
conta as duacutevidas levantadas durante a consulta puacuteblica entendeu-se ser importante que
tal possibilidade fosse explicitada
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 Os bens imoacuteveis do domiacutenio privado do Estado podem ser objecto de
arrendamento especial ou alienados a favor de ocupantes protegidos contra o
despejo
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por decreto-lei
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 46 Alteraccedilatildeo
Artigo 49ordm
Arrendamento de bens imoacuteveis do Estado
1 (hellip)
2 O regime de arrendamento especial e de alienaccedilatildeo de bens imoacuteveis do domiacutenio
privado do Estado eacute regulado por lei
Alterou-se a expressatildeo ldquodecreto-leirdquo por ldquoleirdquo pelas razotildees indicadas anteriormente
SECCcedilAtildeO II
REEMBOLSO
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do
valor de compensaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior eacute calculado com base nos
limites do bem imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 50ordm
Obrigaccedilatildeo de reembolsar
1 Nos casos disputados quando ao declarante possuidor for atribuiacutedo o direito de
propriedade por usucapiatildeo especial deve este proceder ao reembolso ao Estado do valor
da indemnizaccedilatildeo pago ao declarante titular de direito anterior secundaacuterio
2 O valor do reembolso referido no nuacutemero anterior corresponde aos limites do bem
imoacutevel sobre o qual lhe for atribuiacutedo o direito de propriedade
No nordm 1 foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
O texto do nordm 2 foi reformulado para simplificar a linguagem
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Puacuteblica
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 47
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
O Estado pode conceder no todo ou em parte a isenccedilatildeo do pagamento referido no
artigo anterior quando se verifiquem circunstacircncias de grave carecircncia econoacutemica
Alteraccedilatildeo
Artigo 51ordm
Perdatildeo da diacutevida
1 ()
2 O regime de isenccedilatildeo total ou parcial de reembolso do Estado deve assegurar o natildeo
empobrecimento e perda de condiccedilatildeo de vida dos declarantes obrigados ao reembolso
A inclusatildeo do nordm 2 tem como objectivo estabelecer princiacutepios orientadores para a
legislaccedilatildeo que regularaacute o regime dos reembolsos
Artigo 52ordm
Garantia do reembolso
1 A obrigaccedilatildeo de reembolso eacute garantida por hipoteca sobre o bem imoacutevel
constituiacuteda a favor do Estado
2 A hipoteca eacute inscrita no cadastro do bem imoacutevel ateacute posterior inscriccedilatildeo no
registo predial
Artigo 53ordm
Regime das compensaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e dos
reembolsos eacute objecto de regulamentaccedilatildeo proacutepria
Alteraccedilatildeo
Artigo 53ordm
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 48 Regime das indemnizaccedilotildees e reembolsos
Sem prejuiacutezo do disposto na presente secccedilatildeo o regime das compensaccedilotildees e reembolsos
eacute regulado em diploma proacuteprio
Foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
anteriormente apontadas
Foram feitas pequenas correcccedilotildees de linguagem no texto do artigo
CAPIacuteTULO IX
PROCESSO DE DESPEJO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO VIII
DESPEJO ADMINISTRATIVO
Retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo porque no acircmbito deste capiacutetulo satildeo tambeacutem
regulados aspectos substantivos do despejo
SECCcedilAtildeO I
AcircMBITO DE APLICACcedilAtildeO
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo do ocupante arbitraacuterio de
bem imoacutevel do Estado
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo o indiviacuteduo cuja ocupaccedilatildeo natildeo seja autorizada pela
autoridade competente por contrato de arrendamento vaacutelido ou qualquer outro
acto da administraccedilatildeo a permitir o uso do bem imoacutevel pelo ocupante
3 A DNTPSC pode celebrar acordo amigaacutevel com o ocupante arbitraacuterio a fim de
promover a desocupaccedilatildeo de bens imoacuteveis do Estado
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 49 Alteraccedilatildeo
Artigo 54ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado
1 A ocupaccedilatildeo arbitraacuteria de bem imoacutevel do Estado daacute lugar ao despejo administrativo
dos seus ocupantes nos termos da presente lei
2 Eacute ocupante arbitraacuterio todo aquele que se encontre a ocupar um bem imoacutevel sem que
para tal esteja autorizado por entidade competente por contrato de arrendamento vaacutelido
ou qualquer outro acto da administraccedilatildeo que autorize o uso do bem imoacutevel
3 anterior nordm 1
4 anterior nordm 3
Ao acrescentar-se o novo nordm 1 procurou-se que ficasse expresso que a ocupaccedilatildeo de
imoacuteveis do Estado permite ao Estado a realizaccedilatildeo do despejo administrativo
O texto do nordm 2 foi clarificado
Artigo 55ordm
Ocupante arbitraacuterio de bem imoacutevel restituiacutedo a particular
1 Cabe agrave DNTPSC proceder ao despejo administrativo de bens imoacuteveis sujeitos ao
processo de determinaccedilatildeo de titularidade previsto na presente lei quando este
esteja ocupado por outro que natildeo o declarante a quem eacute reconhecido
definitivamente o direito de propriedade
2 O disposto no artigo anterior natildeo se aplica quando a decisatildeo sobre a titularidade
do bem imoacutevel seja decidida por entidade judicial
SECCcedilAtildeO II
PROTECCcedilAtildeO ESPECIAL CONTRA O DESPEJO
Artigo 56ordm
Noccedilatildeo
1 O residente em casa de morada da famiacutelia ocupante de bem imoacutevel cuja
titularidade tenha sido reconhecida ou atribuiacuteda a terceiro soacute pode ser despejado
apoacutes lhe ser facultada uma residecircncia alternativa ou apoacutes decorridos dezoito meses
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 50 do reconhecimento ou atribuiccedilatildeo de direito de propriedade o que ocorrer
primeiro
2 Natildeo eacute conferida protecccedilatildeo especial contra o despejo a quem tenha ocupado o
bem imoacutevel posteriormente ao reconhecimento ou agrave atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a outrem
Alteraccedilatildeo
Artigo 56ordm
Regime
1 (hellip)
2 (hellip)
Foi alterada a epiacutegrafe do artigo para ldquoregimerdquo por se entender ser a expressatildeo mais
correcta
Artigo 57ordm
Obrigaccedilatildeo do Governo
1 Cumpre ao Governo facultar uma residecircncia alternativa adequada ao residente
em casa de morada da famiacutelia ou meios para obtecirc-la
2 A atribuiccedilatildeo de residecircncia alternativa ou de ajudas financeiras agrave sua obtenccedilatildeo
referidas no nuacutemero anterior satildeo reguladas por Decreto-Lei
Alteraccedilatildeo
O presente artigo deve passar a ser o segundo artigo da presente secccedilatildeo tendo em conta
a alteraccedilatildeo sistemaacutetica feita no artigo seguinte
Artigo 58ordm
Casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 51 1 Para efeitos da protecccedilatildeo especial contra o despejo considera-se a casa de
morada da famiacutelia o bem imoacutevel destinado a abrigar o possuidor com ou sem
dependentes sem que este tenha outra residecircncia adequada ou meios para a obter
2 Considera-se ainda casa de morada de famiacutelia o bem imoacutevel que se revele
essencial para o sustento do possuidor e dos seus dependentes sem que este tenha
capacidade para encontrar uma alternativa adequada
Alteraccedilatildeo
Este artigo passa a inaugurar a presente secccedilatildeo
Artigo 59ordm
Expropriaccedilatildeo para realojamento
Se tendo em conta o nuacutemero de pessoas afectadas a atribuiccedilatildeo do direito de
propriedade a um declarante levantar graves problemas de realojamento pode o
Estado nos termos da Lei de Expropriaccedilotildees optar pela expropriaccedilatildeo do imoacutevel
SECCcedilAtildeO III
PROCEDIMENTO
Novo artigo
Artigo 59ordm-A
Princiacutepios do despejo administrativo
1 O despejo administrativo natildeo pode ser realizado em condiccedilotildees que violem a
dignidade os direitos humanos e a seguranccedila dos despejados
2 Eacute vedado o uso da forccedila no processo de despejo excepto quando situaccedilotildees
excepcionais o justificarem por parte das entidades policiais mas sempre respeitando os
princiacutepios da necessidade e da proporcionalidade
Com o presente artigo pretende-se estabelecer limites aos meios usados na realizaccedilatildeo de
despejos administrativos
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 52
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da decisatildeo administrativa definitiva que
reconhece e ou atribui o direito de propriedade a outrem
2 O ocupante tem trinta dias para desocupar o imoacutevel a contar do recebimento da
notificaccedilatildeo
Alteraccedilatildeo
Artigo 60ordm
Notificaccedilatildeo
1 A DNTPSC notifica o ocupante da ordem de despejo acompanhada de coacutepia da
decisatildeo administrativa definitiva que reconhece ou atribui o direito de propriedade sobre
o bem imoacutevel ocupado a outrem
2 A notificaccedilatildeo do despejo eacute feita pessoalmente agrave pessoa do ocupante devendo ser-lhe
explicado o seu conteuacutedo bem como os mecanismos e os prazos de que dispotildee para
reagir
3 A ordem de despejo consta de documento redigido nas duas liacutenguas oficiais que eacute
entregue ao ocupante no momento da notificaccedilatildeo devendo conter os seguintes
elementos
a) Identificaccedilatildeo do imoacutevel e do seu titular
b) Prazo para a desocupaccedilatildeo
c) Meios legais de oposiccedilatildeo ao despejo e prazo respectivos
d) Informaccedilatildeo sobre protecccedilatildeo especial contra o despejo no caso de se tratar da
casa de morada de famiacutelia e o procedimento para a obter
e) Informaccedilatildeo sobre a possibilidade de representaccedilatildeo por advogado e mecanismos
de apoio judiciaacuterio existentes
O artigo foi reformulado tendo sido acrescentados novos elementos obrigatoacuterios agrave
notificaccedilatildeo que vatildeo para laacute do legalmente exigido nas notificaccedilotildees do procedimento
administrativo de forma a garantir que os visados com a notificaccedilatildeo entendam o seu
conteuacutedo
O prazo que anteriormente constava do nordm 2 foi individualizado num artigo proacuteprio
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 53
Novo artigo
Artigo 60ordm-A
Prazo
Deve ser concedido um prazo razoaacutevel para a desocupaccedilatildeo do bem imoacutevel natildeo podendo
este prazo ser inferior a 90 dias
O prazo que anteriormente constava do artigo 60ordm foi autonomizado num artigo proacuteprio
O prazo foi alterado para 90 dias de forma a conformaacute-lo com o recomendado pelo
paraacutegrafo 56 j) da UN Basic Principles and Guidelines on Development-based Evictions
and Displacement
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
1 O ocupante arbitraacuterio pode requerer ao Ministeacuterio da Solidariedade Social a
emissatildeo de declaraccedilatildeo a atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da
famiacutelia para efeitos de protecccedilatildeo especial contra o despejo
2 A submissatildeo do requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo
referido no artigo anterior
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social deve em trinta dias emitir a declaraccedilatildeo a
atestar a sua condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia
4 Decorrido o prazo referido no nuacutemero anterior sem resposta por parte do
Ministeacuterio da Solidariedade Social considera-se que o requerente eacute residente em
casa de morada da famiacutelia
5 Os criteacuterios para a obtenccedilatildeo do estatuto de residente em casa de morada de
famiacutelia satildeo determinados em diploma ministerial do Ministeacuterio da Solidariedade
Social
Alteraccedilatildeo
Artigo 61ordm
Obtenccedilatildeo do atestado de residente em casa de morada da famiacutelia
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Puacuteblica
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 54 1 (hellip)
2 O requerimento referido no nuacutemero anterior interrompe o prazo para a desocupaccedilatildeo
do imoacutevel constante da notificaccedilatildeo do despejo
3 O Ministeacuterio da Solidariedade Social dispotildee do prazo de 30 dias para emitir a
declaraccedilatildeo da condiccedilatildeo de residente em casa de morada de famiacutelia prevista no nordm 1
4 ()
5 ()
A alteraccedilatildeo ao nordm 2 pretende conformaacute-lo com a alteraccedilatildeo sistemaacutetica que foi feita nesta
secccedilatildeo
O nordm 3 foi alterado para simplificaccedilatildeo do seu texto
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o
prazo de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel do Estado ou de bem imoacutevel de particular restituiacutedo
para desocupar o imoacutevel no prazo de trinta dias a contar da notificaccedilatildeo
2 Cabe recurso hieraacuterquico contra o despejo nos termos do Decreto-lei nordm 322008
de 27 de Agosto que regula o procedimento administrativo
3 A decisatildeo proferida no recurso hieraacuterquico eacute susceptiacutevel de impugnaccedilatildeo judicial
a interpor no prazo de 45 dias a contar da sua notificaccedilatildeo
4 O disposto no nordm 1 e nos artigos 60ordm e 61ordm aplica-se agraves decisotildees proferidas pelo
tribunal com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
Alteraccedilatildeo
Artigo 62ordm
Despejo administrativo
1 Ao cessar a condiccedilatildeo de residente em casa de morada da famiacutelia ou decorrido o prazo
de dezoito meses o que ocorrer primeiro a DNTPSC notifica o ocupante de bem
imoacutevel para desocupar o imoacutevel no prazo de 90 dias a contar da notificaccedilatildeo
2 (hellip)
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 55 3 (hellip)
4 (hellip)
O prazo para o despejo apoacutes a notificaccedilatildeo referido no nordm 1 foi alterado para 90 dias de
forma a conformar este prazo com o recomendado pelo paraacutegrafo 56 j) da UN Basic
Principles and Guidelines on Development-based Evictions and Displacement
CAPIacuteTULO X
PROCESSO DE RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS
DIREITOS DE PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO IX
RECONHECIMENTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE PRIMEIROS DIREITOS DE
PROPRIEDADE
SECCcedilAtildeO I
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
No capiacutetulo foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes
referida e retirou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo
Na secccedilatildeo alterou-se a expressatildeo ldquoprocessordquo por ldquoprocedimentordquo por ser a expressatildeo
tecnicamente mais correcta
SUBSECCcedilAtildeO I
COMISSAtildeO CADASTRAL
Artigo 63ordm
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Paacutegina | 56 Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia directa do Ministro da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Eacute criada a Comissatildeo Cadastral na dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedila para a
apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e
atribuiccedilatildeo de primeiros direitos de propriedade
Alteraccedilatildeo
Artigo 63ordm
Criaccedilatildeo
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apreciaccedilatildeo dos casos disputados no acircmbito do processo de reconhecimento e atribuiccedilatildeo
de primeiros direitos de propriedade
Alterou-se a expressatildeo ldquona dependecircncia do Ministeacuterio da Justiccedilardquo por ldquona dependecircncia
directa do Ministro da Justiccedilardquo por ser a expressatildeo tecnicamente mais correcta
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas de reconhecida integridade moral e eacutetica designados pelo
Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos em terras e propriedades de reconhecida integridade moral e
eacutetica designados pelo Director da DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui o membro efectivo nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 O Ministro da Justiccedila nomeia um presidente entre os membros da Comissatildeo
4 A Comissatildeo Cadastral pode organizar-se em paineacuteis arbitrais com autonomia
decisoacuteria compostos por no miacutenimo dois juristas e um teacutecnico em terras e
propriedades
5 No cumprimento de suas funccedilotildees a Comissatildeo Cadastral tem apoio de um
Secretariado Teacutecnico
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Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
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b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
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Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
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Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 57
Alteraccedilatildeo
Artigo 64ordm
Composiccedilatildeo
1 A Comissatildeo Cadastral eacute constituiacuteda por
a) Seis juristas designados pelo Primeiro- Ministro sob proposta do Ministro da
Justiccedila
b) Trecircs teacutecnicos especializados no domiacutenio das terras e propriedades indicados
pelo director nacional das terras e propriedades DNTPSC
2 Cada uma das autoridades mencionadas no nuacutemero anterior designa ainda um
membro suplente que substitui os membros efectivos nas suas ausecircncias ou
impedimentos
3 Os membros da Comissatildeo devem ser escolhidos de entre pessoas de reconhecida
idoneidade e integridade moral e eacutetica de modo a assegurar que o exerciacutecio das suas
funccedilotildees eacute desempenhado com imparcialidade integridade competecircncia compromisso e
responsabilidade
4 anterior nordm 3
5 anterior nordm 4
6 anterior nordm 5
A alteraccedilatildeo ao nordm 1 em conjunto com a criaccedilatildeo do novo nordm 3 teve em vista individualizar
a questatildeo das exigidas qualidades morais e eacuteticas das pessoas nomeadas
No nordm 2 a referecircncia ao ldquomembro efectivordquo foi posta no plural para que fique claro que
eacute nomeado apenas um jurista e um teacutecnico especializado em terras e propriedades como
substituto de todos os outros membros efectivos
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes e
homologadas pelo Ministro da Justiccedila
2 A Comissatildeo Cadastral rege-se pela presente lei pelo decreto-lei que a regula e
pelo regimento interno aprovado pelos seus membros no acircmbito das suas funccedilotildees
e das suas competecircncias
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 58
Alteraccedilatildeo
Artigo 65ordm
Funcionamento
1 As deliberaccedilotildees satildeo tomadas por maioria dos votos dos membros presentes tendo o
presidente voto de qualidade
2 (hellip)
Entendeu-se retirar a referecircncia agrave homologaccedilatildeo do Ministro da Justiccedila Tal
homologaccedilatildeo iria necessariamente afectar a celeridade do processo Sendo referido que
da decisatildeo da Comissatildeo Cadastral cabe recurso directo para o tribunal fica claro que natildeo
existe recurso hieraacuterquico destas decisotildees para o Ministro da Justiccedila
SUBSECCcedilAtildeO II
DECISAtildeO ADMINISTRATIVA DE CASOS DISPUTADOS
Artigo 66ordm
Iniacutecio do processo
Encerrado o prazo para a submissatildeo de declaraccedilotildees no levantamento cadastral
previsto no artigo 33ordm nordm 1 e 2 a DNTPSC envia os casos disputados agrave Comissatildeo
Cadastral
Artigo 67ordm
Diligecircncias probatoacuterias
No procedimento de resoluccedilatildeo de casos disputados a fim de formar a sua
convicccedilatildeo sobre a veracidade dos factos constantes das declaraccedilotildees a Comissatildeo
Cadastral directamente ou atraveacutes da DNTPSC por meio de suas direcccedilotildees
distritais pode designadamente
a) Convocar os declarantes individual ou simultaneamente para prestar
esclarecimentos
b) Ouvir testemunhas apresentadas pelos declarantes
c) Consultar as autoridades locais e comunitaacuterias
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
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Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Puacuteblica
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Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 59 d) Solicitar a apresentaccedilatildeo de documentos adicionais dos declarantes
e) Realizar todas as diligecircncias probatoacuterias necessaacuterias para a confirmaccedilatildeo
das informaccedilotildees constantes das declaraccedilotildees
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
Nos casos disputados a Comissatildeo Cadastral
a) Reconhece ou atribui o direito de propriedade aos declarantes nacionais de
acordo com os criteacuterios estabelecidos na presente lei e com a sua convicccedilatildeo
sobre os factos alegados formada no processo de levantamento cadastral e
atraveacutes das diligecircncias probatoacuterias efectuadas
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de compensaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o
previsto no artigo 48ordm
Alteraccedilatildeo
Artigo 68ordm
Decisatildeo dos casos disputados
(hellip)
a) (hellip)
b) Determina a existecircncia das obrigaccedilotildees de indemnizaccedilatildeo e reembolso nos
termos deste diploma e fixa os seus respectivos valores de acordo com o previsto
no artigo 48ordm
Na aliacutenea b) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa no acircmbito do regime especial para a definiccedilatildeo da
titularidade de bens imoacuteveis deve ser fundamentada de facto e de direito e conter
os seguintes elementos
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
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MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 60 a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de compensar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem compensados e reembolsados
Alteraccedilatildeo
Artigo 69ordm
Conteuacutedo da decisatildeo
A decisatildeo administrativa deve ser fundamentada de facto e de direito e conter os
seguintes elementos
a) A identificaccedilatildeo dos titulares e das parcelas
b) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de indemnizar
c) A existecircncia da obrigaccedilatildeo ou natildeo de reembolsar e
d) Os montantes a serem indemnizados e reembolsados
Foi simplificado o texto do artigo A referecircncia a este regime eacute desnecessaacuteria Na aliacutenea
b) e c) foi alterada a expressatildeo ldquocompensaccedilatildeordquo por ldquoindemnizaccedilatildeordquo pelas razotildees
referidas anteriormente
Artigo 70ordm
Impedimento
1 O membro da Comissatildeo Cadastral eacute impedido e deve abster-se de votar ou
decidir relativamente a casos disputados em que seja declarante ou em que seja
declarante o seu cocircnjuge pessoa com quem viva em condiccedilotildees anaacutelogas agraves dos
cocircnjuges ou algum seu parente ou afim em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral
2 O membro da Comissatildeo Cadastral impedido nos termos do nordm 1 eacute substituiacutedo
por membro suplente na deliberaccedilatildeo sobre caso disputado
3 Eacute anulaacutevel por recurso administrativo a interpor pela parte prejudicada a
decisatildeo em caso disputado na qual um membro impedido da Comissatildeo Cadastral
tenha votado
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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Paacutegina | 61
Alteraccedilatildeo
Artigo 70ordm
Impedimento
1 Aplicam-se aos membros da Comissatildeo Cadastral os impedimentos previstos no artigo
87ordm do Coacutedigo de Processo Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 (hellip)
Com a presente alteraccedilatildeo pretendeu-se alargar as causas de impedimento dos membros
da Comissatildeo Cadastral equiparando-as agraves dos juiacutezes
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se
existirem razotildees anteriores fundadas que permitam pocircr em causa a imparcialidade
deste
2 Os declarantes em casos disputados podem opor suspeiccedilatildeo contra o membro da
Comissatildeo Cadastral a qualquer momento por requerimento dirigido ao presidente
da Comissatildeo Cadastral ateacute ao dia anterior ao da decisatildeo administrativa
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da
Comissatildeo Cadastral
4 Se a suspeiccedilatildeo for oposta contra o presidente da Comissatildeo Cadastral o incidente
eacute instruiacutedo e decidido pelo membro que o substitui
5 Se a suspeiccedilatildeo for considerada procedente o caso disputado eacute distribuiacutedo a
outro painel arbitral ou o membro objecto de suspeiccedilatildeo eacute substituiacutedo por um
suplente na votaccedilatildeo do caso
Alteraccedilatildeo
Artigo 71ordm
Suspeiccedilatildeo
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Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 62 1 Os declarantes podem opor suspeiccedilatildeo ao membro da Comissatildeo Cadastral se estiver
preenchido algum dos fundamentos previstos no artigo 92ordm do Coacutedigo de Processo
Civil com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
2 (hellip)
3 Os incidentes de suspeiccedilatildeo satildeo instruiacutedos e decididos pelo presidente da Comissatildeo
Cadastral aplicando-se o disposto nos artigos 94ordm e 95ordm do Coacutedigo de Processo Civil
com as necessaacuterias adaptaccedilotildees
4 (hellip)
5 (hellip)
Tal como no artigo anterior remeteram-se no nordm 1 os fundamentos de suspeiccedilatildeo para o
Coacutedigo de Processo Civil uma vez que este eacute bastante mais abrangente
No nordm 3 remeteu-se tambeacutem para o procedimento civil os procedimentos do incidente de
suspeiccedilatildeo
Artigo 72ordm
Eficaacutecia diferida
1 A decisatildeo administrativa nos casos disputados referida no artigo 68ordm soacute produz
efeitos apoacutes o termo do prazo para a impugnaccedilatildeo judicial
2 Findo o prazo mencionado no nuacutemero anterior sem que tenha sido deduzida
impugnaccedilatildeo judicial a decisatildeo administrativa adquire eficaacutecia imediata
SECCcedilAtildeO II
IMPUGNACcedilAtildeO JUDICIAL
Artigo 73ordm
Prazo para impugnar
A decisatildeo administrativa proferida nos casos disputados eacute susceptiacutevel de
impugnaccedilatildeo judicial com efeito suspensivo a deduzir no prazo de 60 dias a contar
da sua notificaccedilatildeo
Artigo 74ordm
Competecircncia para conhecer da impugnaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 63 1 Os tribunais judiciais satildeo competentes para decidir a impugnaccedilatildeo judicial
referida no artigo anterior
2 A impugnaccedilatildeo judicial reveste a forma do processo comum com as
especialidades constantes dos artigos 75ordm 76ordm e 77ordm
Artigo 75ordm
Legitimidade
Tecircm legitimidade para impugnar a decisatildeo administrativa os declarantes titulares
de direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos que se considerem
lesados
Artigo 76ordm
Notificaccedilatildeo da interposiccedilatildeo da impugnaccedilatildeo judicial
Recebida a impugnaccedilatildeo judicial o tribunal notifica a entidade competente para a
atribuiccedilatildeo de tiacutetulos de propriedade da sua interposiccedilatildeo para que suspenda de
imediato o processo de atribuiccedilatildeo e emissatildeo de tiacutetulos
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
1 O Estado eacute citado a intervir na causa nos termos do artigo 276ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil caso seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor de compensaccedilatildeo estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
2 O Estado pode intervir na causa nos termos do artigo 271ordm e seguintes do
Coacutedigo de Processo Civil quando o caso disputado em causa possa constituir o
Estado na obrigaccedilatildeo de pagar qualquer compensaccedilatildeo a algum dos declarantes
Alteraccedilatildeo
Artigo 77ordm
Intervenccedilatildeo do Estado no processo judicial
Mesmo que natildeo seja parte no processo o Estado eacute citado a intervir na causa nos termos
do artigo 276ordm e seguintes do Coacutedigo de Processo Civil em todos os casos em que o
Estado possa ser constituiacutedo na obrigaccedilatildeo de pagar indemnizaccedilotildees que natildeo constem da
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 64 decisatildeo da Comissatildeo Cadastral ou seja pedido por alguma das partes o aumento do
valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
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valor da indemnizaccedilatildeo a estabelecido pela Comissatildeo Cadastral
Alterou-se o texto do artigo unificando os dois nuacutemeros anteriores Com esta alteraccedilatildeo
estabelece-se que o Estado teraacute que ser chamado agrave lide em todos os casos nos quais o
possa ser responsabilizado pelo pagamento de indemnizaccedilotildees ou haja um aumento dos
valores que o Estado estava disposto a pagar
SECCcedilAtildeO III
REGISTO E ATRIBUICcedilAtildeO DE TIacuteTULOS
Artigo 78ordm
Registo de direitos e emissatildeo de tiacutetulos
O registo no Cadastro Nacional de Propriedades e a emissatildeo de tiacutetulos eacute regulado
por Diploma Ministerial do Ministeacuterio da Justiccedila
Artigo 79ordm
Efeitos da atribuiccedilatildeo de tiacutetulos
1 A atribuiccedilatildeo de um tiacutetulo sobre um bem imoacutevel confere ao seu titular o direito
de actuar como proprietaacuterio deste
2 A usucapiatildeo tem lugar cinco anos apoacutes o primeiro registo do bem imoacutevel nos
termos desta lei aplicando-se posteriormente os prazos previstos no Coacutedigo Civil
3 O reconhecimento de um direito de propriedade nos casos disputados constitui
caso julgado apenas entre as partes
CAPIacuteTULO XI
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Alteraccedilatildeo
CAPIacuteTULO X
DISPOSICcedilOtildeES COMPLEMENTARES FINAIS E TRANSITOacuteRIAS
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 65 Foi alterada a numeraccedilatildeo de acordo com a reorganizaccedilatildeo sistemaacutetica atraacutes referida
Artigo 80ordm
Crimes
A praacutetica de corrupccedilatildeo activa e passiva a falsificaccedilatildeo de documentos a prestaccedilatildeo
de falsas declaraccedilotildees e outros crimes praticados no acircmbito de aplicaccedilatildeo da
presente lei satildeo punidos nos termos do Coacutedigo Penal e demais legislaccedilatildeo aplicaacutevel
Artigo 81ordm
Posse de bem imoacutevel de estrangeiro por cidadatildeo nacional
1 O bem imoacutevel de estrangeiro revertido ao Estado ocupado pacificamente por
cidadatildeo nacional pode vir a ser adquirido por este atraveacutes de procedimento a ser
regulado por decreto-lei
2 O cidadatildeo nacional mencionado no nuacutemero anterior beneficia da presunccedilatildeo de
posse actual disposta no nordm 3 do artigo 17ordm desta lei
3 No caso de ter sido celebrado contrato de arrendamento com o Estado sobre
bem imoacutevel e este pretender alienar eacute deduzido do preccedilo o valor das rendas pagas
ao Estado pelo ocupante
4 Faculta-se ao cidadatildeo nacional ocupante e residente em bem imoacutevel revertido ao
Estado o direito de habitaccedilatildeo renovado tacitamente aos seus herdeiros e legataacuterios
ateacute a entrada em vigor do decreto-lei que regula o procedimento de aquisiccedilatildeo
referido neste artigo
5 O uso natildeo residencial do bem imoacutevel revertido ao Estado deve ser regularizado
por meio de contrato de arrendamento ou outras formas permitidas por lei
Artigo 82ordm
Bens imoacuteveis abandonados sob administraccedilatildeo do Estado
1 Os contratos de arrendamento celebrados ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo relativos a bens imoacuteveis abandonados mantecircm-se ateacute ao termo do seu
prazo e o titular particular a quem tenha sido atribuiacutedo ou reconhecido o direito
de propriedade assume a posiccedilatildeo de senhorio
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
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Paacutegina | 66 2 As rendas recebidas pelo Estado ateacute ao reconhecimento ou a atribuiccedilatildeo do
direito de propriedade sobre bem imoacutevel abandonado constituem receita do
Estado e natildeo podem ser reclamadas pelo titular
3 Para efeitos do presente diploma natildeo haacute posse do arrendataacuterio ou do ocupante
arbitraacuterio de bem imoacutevel abandonado
4 Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se abandonados os bens
imoacuteveis assim identificados pela DNTPSC ao abrigo da Lei nordm 12003 de 10 de
Marccedilo
Artigo 83ordm
Tributaccedilatildeo progressiva
A tributaccedilatildeo sobre bens imoacuteveis a ser aprovada por lei deve ser progressiva
Artigo 84ordm
Processos judiciais
1 Os processos judiciais transitados em julgado natildeo satildeo afetados pela presente lei
2 A presente lei aplica-se aos processos judiciais pendentes
3 O juiz pode suspender o processo judicial em curso aguardando decisatildeo no
processo de atribuiccedilatildeo e reconhecimento de primeiros direitos de propriedade
quando entender mais adequado agrave resoluccedilatildeo do litiacutegio
Artigo 85ordm
Reclamaccedilotildees anteriores
1 As reclamaccedilotildees submetidas no acircmbito da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo satildeo
consideradas declaraccedilotildees de titularidade sempre que tecnicamente viaacuteveis
2 Satildeo tecnicamente viaacuteveis as reclamaccedilotildees que identifiquem inequivocamente o
reclamante e o bem imoacutevel reclamado
3 Os reclamantes referidos no nordm 1 tecircm o oacutenus de verificar a sua reclamaccedilatildeo foi
inserida nos mapas cadastrais durante o periacuteodo de publicaccedilatildeo nos termos do
artigo 33ordm devendo apresentar nova declaraccedilatildeo quando tal natildeo tenha acontecido
Artigo 86ordm
Levantamento Cadastral e Declaraccedilotildees de titularidade anteriores
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo
Regime Especial para a Definiccedilatildeo da Titularidade de Bens Imoacuteveis ndash Relatoacuterio Final da Consulta
Puacuteblica
MINISTEacuteRIO DA JUSTICcedilA ndash CONSULTA PUacuteBLICA PARA A REVISAtildeO DO PACOTE DE LEIS DE TERRAS
Paacutegina | 67 O levantamento cadastral as declaraccedilotildees de titularidade recolhidas e os actos de
reconhecimento do direito de propriedade para efeitos de registo emitidos ao
abrigo do decreto-lei nordm 272011 de 6 de Julho satildeo considerados vaacutelidos
Artigo 87ordm
Presunccedilotildees
Ficam sem efeito as presunccedilotildees do artigo 12ordm da Lei nordm 12003 de 10 de Marccedilo
Artigo 88ordm
Revogaccedilatildeo
Satildeo revogados todos os diplomas ou normas que disponham em sentido contraacuterio
ao disposto na presente lei
Artigo 89ordm
Iniacutecio de vigecircncia
A presente lei entra em vigor 90 dias apoacutes a sua publicaccedilatildeo