FUNÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
As válvulas de controlo são tipicamente operadas com manobras suficientemente lentas – Fazem-se simulações para que as manobras não provoquem
variações de pressão muito elevadas
Tipicamente não têm problemas, exceto se houver uma turbina de reação com saída súbita de serviço (corte de corrente) – Nesse caso, pode ser necessário prever proteção
Dispositivos de proteção – São colocado a montante da válvula/turbina
– Para turbina, pode ser necessário prever também a jusante
– Servem para reduzir variações de pressão extremas máximas e mínimas na conduta gravítica (a montante do dispositivo)
SISTEMAS GRAVÍTICOS
FUNÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
A paragem e o arranque das bombas em situação normal de operação são efetuadas recorrendo também a válvulas – As bombas centrífugas arrancam contra válvula fechada (a potência
máxima) e a abertura de válvula a jusante é feita lentamente.
– A paragem normal é efetuada fechando lentamente a válvula a jus.
– Em águas residuais isto nem sempre acontece; muitas vezes os grupos arrancam e param sem atuação de válvulas
Pode ocorrer uma paragem súbita da bomba decorrente de um corte de corrente elétrica ao motor – Pelo que pode ser necessário prever proteção
Dispositivos de proteção – São colocado a jusante da bomba
– Em caso de sobrepressora é necessário prever também a montante
– Servem para reduzir variações de pressão extremas máximas e mínimas na conduta elevatória (a jusante do dispositivo)
SISTEMAS ELEVATÓRIOS
CONTEÚDO DA LIÇÃO
5
Introdução
Dispositivos de proteção
Soluções-tipo de proteção
Exemplo de aplicação
TIPOS DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Volantes de inércia
Chaminés de equilíbrio
Reservatórios hidropneumáticos
Reservatórios unidirecionais
Condutas de alimentação paralela ou by-pass
Válvulas diversas
Dispositivos não convencionais
6
TIPOS DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Para cada dispositivo de proteção
– Em que consiste?
– Para que serve?
– Onde se coloca?
– Soluções tipo
– Vantagens e inconvenientes
– Dimensionamento
7
VOLANTES DE INÉRCIA
O que são? – São umas massas girantes de ferro/aço que se colocam no
veio dos grupos eletrobomba ou turbinas, com o objetivo de reforçar (aumentando) a inércia dos grupos
Para que servem? – Aumentam a inércia total dos grupos >> Aumentam os
tempos de paragem da bomba >> Reduzem as variações de pressão extremas
9
VOLANTES DE INÉRCIA
Onde são colocados?
– No eixo de rotação de grupo eletrobomba ou turbinas • Nas bombas: entre o motor e a roda
• Nas turbinas: entre o gerador e a roda
10
VOLANTES DE INÉRCIA
Onde são colocados?
– No eixo de rotação de grupo electrobomba ou turbinas • Nas bombas: entre o motor e a roda
• Nas turbinas: entre o gerador e a roda da turbina
11
VOLANTES DE INÉRCIA
Quando usar? – Solução para condutas curtas (< 500 m) – Sempre que o aumento da inércia permita reduzir as
sobrepressões e evitar as depressões, sem que traga prejuízos na operação normal
Vantagens: – Solução simples
Desvantagens: – Solução limitada a condutas curtas.
• Para condutas mais longas (e.g., > 500 m), chega-se a pesos exagerados do volante e o sistema deixa de ser económico
– Quanto mais pesado o volante, maior terá se ser a potência da bomba para vencer no arranque a inércia do volante e maior o desgaste do motor e menor a sua vida útil inferior • pode levar a intensidades de corrente impraticáveis e põe em causa
o arranque em condições satisfatórias
13
VOLANTES DE INÉRCIA
Localização – Junto aos grupos electrobomba ou hidroeléctricos
Dimensionamento
– Definição da inércia do volante que controla variações de pressão
Procedimento
– Calcular a inércia dos grupos • Consultar no catálogo do fabricante a inércia dos grupos (se vários
em paralelo e em simultâneo, a inércia total é a soma das inércias) • ou estimar a inércia com base em fórmulas empíricas
– Calcular as variações extremas de pressão • Formulas simplificadas • Ábacos • Simuladores Hidráulicos
14
VOLANTES DE INÉRCIA
Como se estima a inércia de grupos eletrobomba? Fórmulas publicadas na bibliografia que têm por base as
características de uma extensa base de dados de bombas (Fonte: “Fluid Transients in Systems”, Wylie et al., 1993)
– Inércia da roda/bomba:
– Inércia do motor eléctrico:
– Inércia total do grupo: Sendo P = potência [kW]; N = velocidade de rotação [r.p.m]; I = inércia [kg.m2]
– Exemplo:
• Bomba de águas residuais com P=30 kW e N=1500 rpm, tem uma inércia total de 0,66 kgm2
15
48.1
118
N
PImotor
9556.0
37105.1
N
PIbomba
motorbombatotal III
EXEMPLO
Estimativa do tempo de paragem do grupo
Sendo: M = massa girante [kg]; D = diâmetro da roda [m]; P = potência da bomba [kW]; N = velocidade de rotação [r.p.m]; I = inércia total incluindo volante [kgm2]; Tp = tempo [s]
Comparar Tp com 2L/c para avaliar se manobra rápida
ou lenta e estimar as variações de pressão – Se manobras rápida (Tp<2L/c):
• Fórmula de Joukovsky
– Se manobra lenta(Tp>2L/c):
• Fórmula de Michaud
ESTIMATIVA DE PRESSÕES EXTREMAS COM BASE NO TEMPO DE PARAGEM (COM BASE EM FÓRMULAS EXPEDITAS)
32
322
10357
410
357
P
NI
P
NMDTp
S0
g
cQHJ
S
2 0
g
Q
T
LH
pM
EXEMPLO
Parâmetro de inércia:
Parâmetro da conduta:
sendo = rendimento dos grupos; I = inércia total incluindo volante [kgm2]; N = velocidade de rotação [rpm] c, S, L = celeridade [m/s], secção [m2] e
comprimento da conduta [m]; Uo e ho = velocidade e carga (pressão) a jusante
do grupo em regime permanente.
Estima-se: hM/ho
ooHULS
cNIJ
180
2
o
J
o
o
h
H
gh
cUA
ESTIMATIVA DE PRESSÕES EXTREMAS COM BASE NO TEMPO DE PARAGEM (COM BASE NO ÁBACO)
ENVOLVENTES DE PRESSÃO PARA DIFERENTES INÉRCIAS DO VOLANTE (OBTIDAS POR PROGRAMA DE CÁLCULO)
18
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
110
115
120
125
130
135
140
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520 540
Co
ta (m
)
L (m)
Terreno Regime permanente
I = 1 kgm2 I = 1 kgm2
I = 2 kgm2 I = 2 kgm2
I = 3 kgm2 I = 3 kgm2
I = 10 kgm2
BOMBA
Po = 30 kW
No = 1500 rpm
Qo = 59 l/s
Ho = 55 m
CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO
O que são? – São reservatórios com superfície livre, tipicamente cilíndricos e em
betão, e de grande altura, que se colocam a montante de turbinas ou a jusante de bombas
Para que servem? – Protegem o trecho de conduta a jusante da chaminé e reduzem a
intensidade do choque a montante 20
CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO TIPOS DE SURGE TANKS (CHAUDHRY, 1989)
21
Reservatório Unidireccional
Reservatório Hidropneumático
Chaminé com secção variável
Chaminé simples Chaminé com orifício Chaminé diferencial
CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO ONDE SÃO COLOCADAS AS CHAMINÉS DE EQUILÍBRIO?
Tipicamente, usadas em sistemas hidroeléctricos, entre a galeria/túnel e a conduta forçada
• galeria/túnel (longa e com pequena diferença de cotas) • conduta forçada (com descida brusca)
Também em condutas elevatórias sempre que o desnível o permita
22
CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO EXEMPLO DO SISTEMA ELEVATÓRIO DE CASTELO DE BODE (ALIMENTA LISBOA)
Sistema de Castelo do Bode – É constituído pela albufeira de
Castelo do Bode, pela torre de captação na albufeira, pelo túnel que irá ligar à estação elevatória e pelas condutas que ligam a estação elevatória à ETA da Asseiceira.
23
CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO VANTAGENS E INCONVENIENTES
Quando usar? – Solução muito usada para proteção de condutas forçadas – Solução também usada para condutas elevatórias mas
limitada a condições topográficas para não resultarem chaminés muito elevadas • Grandes desníveis e chaminé colocada no ponto alto • Pequenos desníveis
Vantagens: – Soluções mais económicas se condições topográficas
favoráveis – Exigem pouca manutenção
Desvantagens:
– Solução limitada a condições topográficas – Construções de grande altura
24
CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO LOCALIZAÇÃO
Na mudança de declive para grandes desníveis
Junto à EE para pequenos desníveis topográficos
25
CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO DIMENSIONAMENTO
Tipo de chaminé (simples, diferencial, com orifício, de secção variável)
Altura total (altura de água inicial, máxima e mínima; definida acima da linha de energia)
Diâmetro /secção (constante ou variável)
Características do ramal de ligação (diâmetro=2/3 a 1 DN da conduta, perdas de carga)
26
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS
O que são?
– São reservatórios cilíndricos fechados, de aço, com água e ar
– verticais ou horizontais
– alguns com membrana a separar os dois fluidos
28
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS
Para que servem? – Alimentam a conduta com
água em caso de ocorrência de depressões
– Recebem água da conduta e amortecem as variações de pressão em caso de ocorrência de sobrepressões
– Controlam as sobrepressões e as depressões
29
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS
Onde são colocados? – Imediatamente a jusante de EE (com reservatório a
montante)
– mediatamente a montante de turbinas
30
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS
Onde são colocados? – Imediatamente a montante e a jusante de estações
sobrepressoras
– Há outras casos em que podem ser utilizados (caso da EE de Socorridos)
31
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS
Vantagens:
– Os dispositivos mais utilizados e muito eficientes
– Controlam sempre as depressões • porque alimentam de água a conduta (quanto maior diâmetro
melhor, pois sai mais água)
– Controlam as sobrepressões desde que tenham by-pass • porque precisam de dissipar mais energia e não encher tão
rapidamente (simulados com perda de carga assimétrica à saída e à entrada, Kout/Kin>1)
34
By-pass
à Central DN80
DN250
DN50 DN500
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS
Modo de funcionamento
Na depressão – sai água pelas duas
condutas
Na sobrepressão – Entra água só pelo
bypass porque fecha a válvula de retenção do ramal principal
35
By-pass
à Central DN80
DN250
DN50 DN500
By-pass
à Central DN80
DN250
DN50 DN500
36
By-pass
à Central DN80
DN250
DN50 DN500
1 – Válvula de seccionamento de borboleta motorizada DN250 PN40
2 - Válvula de retenção de fecho rápido DN250 PN40
3 – Junta rígida de desmontagem DN250 PN40
4 – Reservatório Hidropneumático
5 – Indicador de nível
6 – Conduta DN50 com válvula de seccionamento
para ligação ao sistema de drenagem
7 – Válvula de segurança do RH
Ligação ao sistema de drenagem
DN500
DN250
DN80
Exemplo: Para Kout/Kin=1/161, Vem DN250/DN80
PARAGEM DOS TRÊS GRUPOS EM SIMULTÂNEO PARA DIFERENTES CARACTERÍSTICAS DO RH COM E SEM BY-PASS
37
765.45
243.90
665.81
405.26
200
300
400
500
600
700
800
20 30 40 50 60 70 80
Tempo (s)
Cota
pie
zom
étr
ica (
m)
S.Quitéria sem RACS.Quitéria com RH (Var=1m3;Vt= 3.5 m3; sem Kdif)S.Quitéria com RH (Var=1m3;Vt= 3.5 m3; Kdif=1/161)S.Quitéria com RH (Var=1.5m3;Vt= 4 m3; Kdif=1/161)S.Quitéria com RH (Var=1m3;Vt= 3.5 m3; Kdif=10/161)
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS
Desvantagens: – Grandes volumes de RH podem conduzir a:
• soluções pouco económicas
• Soluções difíceis de acomodar no espaço disponível
– Exigem manutenção
– Exigem o enchimento frequente com ar comprimido (excepto, se tiverem membrana) • Necessário prever e dimensionar um
reservatório de ar comprimido com compressores para alimentarem o RH
– Obrigam a distâncias mínimas de segurança de 10-20 m dos edifícios adjacentes (nova legislação em Portugal), caso os RH estejam ao ar livre
38
Reservatório de ar comprimido (RAC) e compressores
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS DIMENSIONAMENTO
Volumes de ar – Volumes de ar inicial (de regime permanente) – Volumes de ar máximo do ar
Volume total do RH – 1,15-1,25 Volume máximo de ar
Dimensões geométricas adoptadas – Diâmetro , Secção Altura (ver dimensões e formas tipo)
Características do ramal de ligação do RH à conduta - DN e PN de: – Tubagem do ramal (DN = 1/2 a 2/3 do DN da conduta principal) – Tubagem do “By-pass” (DN = 1/3 a ½ do DN do ramal) – Válvulas e acessórios
Especificação dos níveis de alarme Outra informação:
– coeficiente politrópico utilizado nas simulações
39
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS COEFICIENTE POLITRÓPICO
Uma transformação politrópica é uma transformação termodinâmica na qual a pressão e o volume de um gás se relacionam através de:
pVN=C Equação politrópica dos gases
sendo p=pressão absoluta, V=volume gás, N =coeficiente politrópico; C=constante dada pelas condições
iniciais C=p0V0
Coeficiente politrópico (ou adiabático )
N=1,0 transformação isotérmica (T=const); o gás considerado ideal pV=nRT
Válido para regimes transitórios lentos e grandes volumes de ar
N=1,4 transformação adiabática (p=const)
válido para regimes transitórios rápidos e pequenos volumes de ar
N=1,2 Valor médio usado para cálculo, uma vez que os transitórios são rápidos no início de lentos no final
40
Ligação ao sistema de drenagem
DN500
DN250
DN80
RESERVATÓRIOS HIDROPNEUMÁTICOS NÍVEIS NO RH – EXEMPLO
O controlo do nível de água no RH será efectuado a partir de um sistema de medição do nível de água com 4/5 níveis associados a volumes de ar : – Nível de alarme muito alto – LSAHH (emitido
alarme à central de telegestão e impedido o arranque do grupo )
– Nível alto – LSH (nível do início da admiss.o de ar)
– Nível normal – LSN (fim de admissão de ar / fim de purga de ar)
– Nível baixo – LSL (nível de paragem da admissão de ar e início de purga de ar)
– Nível de alarme muito baixo – LSALL (emitido alarme à central de telegestão e impedido o arranque do grupo )
Alarmes devem disparar durante reg. transitório
41
DIMENSIONAMENTO DO BYPASS (KOUT/KIN=?)
Coeficientes de perda de carga localizadas
À saída (sai por ambos, mas pode-se assumir que sai só pelo ramal principal)
Sendo
– U1 = velocidade no ramal;
– Kout = soma dos coeficientes de perda de carga em todas as singularidades (tê com conduta principal, curvas e VR), consultar por exemplo:
• Idel'cik, I.E. (1986). « Mémento des pertes de charges. Coefficients de pertes de charge singulières et de pertes de charge par frottement. » Collection Direction des études et recherches d'Electricité de France (EDF). Novembre 1986
42
g
UK
g
UKH
ioutoutLout i 22
2
1
2
1
DIMENSIONAMENTO DO BYPASS (KOUT/KIN=?)
Coeficientes de perda de carga localizadas
À entrada (entra só pelo bypass)
Sendo
– U1 = velocidade no ramal; U2 = velocidade no bypass;
– Kin = soma dos coeficientes de perda de carga em todas as singularidades (tê com conduta principal, tês com o ramal, curvas, válvulas)
No entanto, pretende-se exprimir este coeficiente em função do termo cinético do ramal (U1
2/2g)
Donde sendo
43
g
UK
g
U
S
SKK
S
S
gS
QK
g
UKH
eqijij ini
inj
ini
inj
inLin2222
2
1
2
1
2
2
2
1212
2
2
1
2
1
2
1
2
12
g
UKH
eqinLin2
21 2
2
2
121
S
SKKK
iin
jjinin ieq
g
UK
g
UKH
iin
jinLin ij 22
2
22
2
11
U1
U2
DIMENSIONAMENTO DO BYPASS (KOUT/KIN=?)
44
Exemplo Conduta principal DN 500
Tubagem do ramal (DN = 1/2 a 2/3 do DN da conduta)
– Aço D 250 >> Dint = 260 mm
Tubagem do “By-pass” (DN = 1/3 a ½ do DN do ramal)
– Aço D ½* 250 >> Dint = 82 mm
Coeficientes de perda de carga à saída
– K1(curva) = 0,2; KVR = 0.5; K6 (tê+curva) = 0.3
Coeficientes de perda de carga à entrada
Coeficientes Kout/Kin = 1/153
5,1521525.02
2
2
121
S
SKKK
i
in
i
inin iieq
K1
K2
K3 K4
K5
V.retenção
K
sai
K
entrada
5.1
5.0
2
1
i
in
i
in
i
i
K
K
1i
outiK
RESERVATÓRIOS UNIDIRECCIONAIS (RUD)
O que são? – São reservatórios com superfície livre,
equipados com válvula se retenção
Para que servem? – Alimentam a conduta com água em
caso de ocorrência de depressões (designados por tanques de alimentação)
– O reenchimento do reservatório pode ser efectuado através • da própria conduta através de um
circuito de bypass (não usar se conduta elevatória de águas residuais)
• de um sistema de abastecimento autónomo com água limpa
46
RESERVATÓRIOS UNIDIRECCIONAIS (RUD)
Onde são colocados? – Nos pontos altos das condutas
– O tanque só funciona quando a linha de energia desce abaixo do nível do tanque
– Por vezes, só um RUD pode não ser suficiente • Ou porque há mais pontos altos
e é necessário colocar outros RUD
• Ou porque é necessário controlar também as sobrepressões e é necessário associar outros dispositivos (e.g., RH)
47
RESERVATÓRIOS UNIDIRECCIONAIS (RUD)
Vantagens – Controla bem as depressões
Inconvenientes – Não controla directamente as sobrepressões (mas indirectamente porque
reduz as depressões)
– Requer a alimentação com água limpa, caso se trate de um sistema de águas residuais
Dimensionamento – Volume RUD
• Relativamente pequeno, só para alimentar de água nas depressões (2-10 m3)
– Características do ramal de alimentação e válvula de retenção • DN ramal é igual (ou 2/3) do DN da conduta principal
– Características do circuito de by-pass • DN do by-pass deverá ser suficiente para reencher o RUD antes que ocorra o
próximo transitório
48
CONDUTAS DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP)
O que são?
– São condutas paralelas à conduta principal instaladas em derivação ou em bypass
Para que servem?
– Alimentam a conduta principal com água em caso de ocorrência de depressões, ou seja sempre que a linha piezométrica for inferior ao nível do reservatório de aspiração.
– Estabelecem um bypass entre a aspiração e a compressão
50
CONDUTA DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP) PRÉ-DIMENSIONAMENTO (APÓS A PARAGEM DA BOMBA)
– Após fechamento da VR, a CAP alimenta a conduta com caudal Qo.
– Para esse caudal, gera uma perda de carga Ho no bypass
– O máximo abaixamento da pressão é hm=A ho
sendo A = parâmetro característico da conduta
e h0= H0/h0
– A máxima sobrepressão junto à bomba é hM=hm-P
sendo P = perda de carga em regime permanente na conduta
51
o
J
o
o
h
H
gh
cUA
ooo h
A
h
A
h
A 145.01
2
CONDUTA DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP) PRÉ-DIMENSIONAMENTO (APÓS A PARAGEM DA BOMBA)
– O tempo médio de anulação do caudal é:
– O volume mínimo do reservatório de montante é:
sendo K um coeficiente de segurança entre 5 e 10
A válvula de retenção do by-pass deverá ser : – de abertura rápida (para que abra quase instantaneamente
aquando da depressão)
– de fechamento lento (para reduzir o golpe de Aríete subsequente)
52
ATA 1
8.152.0 AKc
LQo
CONDUTA DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP)
Dimensionamento – Especificar o ponto (os pontos) de ligação à conduta
principal
– Diâmetro e classe de pressão da conduta bypass (normalmente igual ao da conduta principal
– Características da válvula de retenção
– Características da válvula de seccionamento
Esquemas de ligação possíveis – Em derivação Em bypass
53
CONDUTA DE ALIMENTAÇÃO PARALELA (CAP)
Vantagens
– Solução simples e económica
– Solução de fácil dimensionamento
– Muito usada em condutas elevatórias de águas residuais
Inconvenientes
– A válvula de retenção não actua com abertura rápida
– A válvula de retenção muitas vezes não tem manutenção, não abrindo mesmo
– A solução muitas vezes, ao fim de algum tempo, não funciona!!!
54
VÁLVULAS DE SEGURANÇA
57
São actuadas por uma mola ou contrapeso que: – abre assim que a pressão dentro da conduta excede um determinado valor (p1)
– e fecha abruptamente mal a pressão desça abaixo de outro valor (p0)
Só funcionam totalmente abertas ou fechadas
Tipo: “panela de pressão”
Abertura (%) 100% 0%
p0 p1 Pressão
VÁLVULAS DE ALÍVIO
60
São similares às de segurança excepto que a abertura é proporcional ao acréscimo de pressão (p-p0) até estar totalmente aberta
Necessitam de um circuito piloto de controlo associado
Há alguma histeresis na abertura/fecho
p0 p1 Pressão
Abertura (%) 100% 0%
VÁLVULAS DE ALÍVIO
61
Quando se usam? – São muito usadas para controlar as sobrepressões a montante
de turbinas ou a jusante de grupos electrobomba – Podem ser colocadas “baterias” de válvulas de alívio na conduta
principal ou no ramal de cada grupo, em vez de uma de grande diâmetro
Vantagens – Solução simples e económica
Desvantagens – Não controlam depressões (directamente) – Requerem manutenção periódica senão não funcionam – Não devem ser usadas para águas não limpas (e.g. águas
residuais, águas brutas com sedimentos) porque tendem a entupir o circuito
– A experiência mostra que acabam sempre por funcionar mal!!!
DISPOSITIVOS NÃO CONVENCIONAIS
x Ventosas de duplo efeito
– Permitem a entrada e saída e ar
– Não se recomenda a utilização ventosas especificamente para protecção contra golpe de Aríete (não são fiáveis)
64
DISPOSITIVOS NÃO CONVENCIONAIS
x Ventosas de duplo efeito x Válvulas de retenção intercalares x Válvulas redutores de pressão
Trechos de conduta flexível (amortece o transitório; viscoelasticidade)
Reservatórios hidropnemáticos com membrana elástica (para não necessitarem de enchimento com ar) ao longo do circuito
Juntas fusíveis que rompem em caso de ocorrência de sobrepressão
Reservatórios hidropnemáticos com ventosa simples de admissão de ar por forma a que a pressão interior não seja inferior à atmosférica e funcionam parcialmente como chaminé de equilíbrio
65
CONTEÚDO DA LIÇÃO
66
Introdução
Dispositivos de proteção
Soluções-tipo de proteção
Exemplo de aplicação
PERFIL ASCENDENTE COM DESNÍVEL TOPOGRÁFICO SIGNIFICATIVO
Solução: RH (típica de águas)
68 68
Solução utilizada na maioria das situações
Solução tecnicamente possível, mas raramente utilizada
PERFIL ASCENDENTE COM DESNÍVEL TOPOGRÁFICO SIGNIFICATIVO
Solução: VA (típica de águas; funciona mal)
69 69
Solução tecnicamente possível, mas raramente utilizada
Solução muito utilizada
PERFIL ASCENDENTE COM PONTO ALTO INTERMÉDIO
Solução: RUD simples ou combinado (vários RUD; RUD+RH) (típica de águas residuais)