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RELATÓRIO DE ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA DE FOCO NO MERCADO

PROJETO PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA DO DF

ABRIL DE 2010

APRESENTAÇÃO

Esse relatório está apresentado em SETE (7) partes. São elas:

1. Contextualização

2. Itens de Relevância do Material Coletado para Analise com Foco no Mercado

3. Consolidação e análise das informações extraídas

4. Empresas Participantes do Projeto

5. Oportunidades de Mercado

6. Recomendações de adequação do Projeto à metodologia FOCO no MERCADO, baseadas no Plano de Projeto.

7. Considerações Finais

Dessa forma, o presente relatório visa consolidar as informações obtidas por esse conjunto de documentos e, utilizando a metodologia FOCO no MERCADO, recomendar algumas adequações.

1. CONTEXTUALIZAÇÃO

O Projeto de Panificação e Confeitaria do DF – PROPAC faz parte da meta FOCO NO MERCADO do SEBRAE DF, sendo um dos 13

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projetos eleitos para analise de consistência de mercado para o ano de 2010.

Esse documento visa apresentar a analise de consistência de mercado, baseada na fase de planejamento do respectivo projeto. Essa análise promoverá a possibilidade de adequação do projeto para a fase de re-estruturação, contemplando ações essencialmente de mercado que possam garantir o alcance dos resultados esperados pelo segmento contemplado.

a. Estudo de Tendências - Perspectivas para a Panificação e Confeitaria / Julho 2009.

b. Cartilha - Como criar um Empreendimento de Panificação e Confeitaria / Outubro 2009.

c. Estudo da Harmonização entre o Pão e o Vinho / Outubro 2009.

d. Planejamento Estratégico do SIAB / Novembro 2009

e. Projeto /Dezembro 2009

f. Material resultante da analise baseada em dado do SGE / Fevereiro 2010.

2. ITENS DE RELEVÂNCIA DO MATERIAL COLETADO PARA ANALISE COM FOCO NO MERCADO

Os documentos coletados apresentam dados de elevada importância para a análise que se propõe o presente documento.

Foram identificados os seguintes pontos que devem ser alvo de atenção do gestor do projeto:

MATERIAL DE ANALISE DADOS EXTRAIDOS PARA ANALISE DE FOCO NO MERCADO

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Estudo de Tendências - Perspectivas para a Panificação e Confeitaria / Julho 2009

� Informações do mercado de panificação com dados de macro e micro ambiente e sócio econômicas

� Estratificação de Público Alvo

� Segmentação de Produtos

� Transversatilidade na cadeia produtiva (agronegócios / indústria de transformação / cadeia logística)

� Perfil do mercado alvo – consumidor final atual e futuro (tendências)

� Fornecedores

� Parâmetros para a estruturação do negócio de panificação e confeitaria com conceitos e tendências.

Cartilha - Como criar um Empreendimento de Panificação e Confeitaria / Outubro 2009

� Informações do mercado de panificação no Brasil

� Oportunidades de Negócio para o setor

� Informações legais de regulação do negócio

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Estudo da Harmonização entre o Pão e o Vinho / Outubro 2009

� Informações de produto e suas variedades

� Oportunidade de mercado

Planejamento Estratégico do SIAB / Novembro 2009

� Expectativas do parceiro do projeto

Projeto /Dezembro 2009

� Dados de planejamento

Material resultante da analise baseada em dado do SGE / Fevereiro 2010

� Necessidades Preliminares de Adequação das ações com Foco no Mercado

3. CONSOLIDAÇÃO E ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS

a. CONHECIMENTO DE MERCADO - MACRO AMBIENTE:

a.1. Informações setoriais

As informações setoriais são identificadas no material coletado de forma bastante ampla, servindo como importante fonte de estudo para a reestruturação do projeto com Foco no Mercado. As questões relativas à perspectiva Político Legal são apresentadas de forma superficial, contudo suficientes para nortear as fontes de regulação do setor, tendo como principal representante a Secretaria de Vigilância Sanitária. Os dados não contemplam sua regulação de forma específica, mas faz referência a segurança alimentar como foco de sua fiscalização.

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O cenário Econômico é apresentado através de uma analise anterior ao início do projeto, ou seja, 2007/2008. Os dados apresentados indicam prenúncios de uma crise econômica internacional, com proporções capazes de atingir o mercado brasileiro e gerar instabilidade na indústria, apontando para uma anunciada retração de investimentos no setor de produção. Os índices confirmam uma retração na casa de 11% dos investimentos (fonte: CNI/FIESP – Pesquisa com 220 empresas em 2008). A incerteza econômica representou o pano de fundo para o planejamento do Projeto em questão. A crise econômica também atingiu o setor produtivo tirando-o do ranking de prioridade de investimentos. Como contra partida para a crise internacional, as projeções apresentadas para o crescimento do varejo brasileiro foram positivas, alcançando 7% no final de 2009, crescimento este, condicionado ao crescimento do PIB em torno de 2,0% até o final do ano de 2009. Os dados também apresentaram um cenário positivo quanto ao varejo tradicional: padarias, representado pelas empresas de panificação e confeitaria, com tendência de crescimento juntamente com os supermercados. O pão francês, principal item do faturamento das padarias, considerado uma commodities, torna-se responsável pela sustentação das vendas como outros produtos da cesta básica não sofrendo com as alterações econômicas. Os índices apresentados pela ABIP confirmam que o setor de panificação no Brasil cresceu 11,04% em 2008. Esse crescimento refletiu nos investimentos realizados pelo setor nas áreas de atendimento, produção, aquisição de novos equipamentos e sistemas de informações.

O estudo ainda apresenta indicadores de crescimento em 2008, relativos ao volume de compras com aproximadamente R$ 20 bilhões, e um faturamento em torno de R$ 43,9 bilhões, onde 45% desse total, diz respeito aos produtos fabricados nas próprias empresas de panificação. O estudo também aponta para um faturamento/ano das padarias artesanais em torno de

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21,11 bilhões (valor estimado), também em produtos panificados de Produção Própria, onde esses produtos equivalem a 12,66% do faturamento do setor de alimentos (Abia). Os dados ainda apresentam a condição de verticalidade para o projeto, através de sua cadeia produtiva, se considerado que o forte impacto em cada elo. No elo produtivo o setor é responsável pela absorção de 43% de toda matéria prima (2,5% de horti-fruti, 3% derivados de mandioca, 5,2% de ovos, 43% de trigo) produzida, pelo setor de Agronegócios e Insumos. Vale ressaltar ainda que, o setor de panificação sozinho é responsável pelo consumo de 55% do trigo produzido no país. No elo da cadeia Logística o impacto da Panificação é grande, uma vez que é ele o responsável pelo primeiro transporte dos insumos (trigo e demais matérias-primas) e também pelo consumo dos produtos gerados pela indústria de transformação, confirmando a importância do setor indireta ou diretamente em razão da produção de panificados. O estudo ainda indica o impacto sobre na perspectiva Sócio Econômica, com a presença de 63,2 mil empresas em todo o país. Desse universo, aproximadamente 60 mil são micro e pequenas, com a atuação de 127 mil empresários. Também é responsável pela geração de mais de 700 mil empregos diretos, onde 245 mil (35%) são destinados à produção (Fonte: Abip e Itpc, em 2008). O setor de panificação no Brasil também gera impacto sócio econômico na indústria de embalagens no Brasil, contribuindo em 2008 com um volume de negócios de aproximadamente R$1,12 bilhões. As de uso principal para embalar os produtos panificados são as de plástico, papel, cartolina e papelão, representando um consumo em torno de 3% do total de embalagens produzidas no país, contribuindo para a manutenção de 200 mil empregos.

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O setor participa no mercado com o seguinte número de funcionários, conforme ranking abaixo:

Nº FUNCIONARIOS PARTICIPAÇÃO DE MERCADO

Até 7 funcionários 9,9%

De 8 a 12 funcionários 20,7%

De 13 a 16 funcionários 32,4%

De 17 a 23 funcionários 24,3%

De 24 a 34 funcionários 9%

Acima de 34 funcionários 3%

Na questão de consumo, o setor consolida o seguinte índice:

Na perspectiva Tecnológica, o estudo apresenta a tendência de inovação com relação a equipamentos. Uma das razões que tem promovido esse movimento é a própria necessidade de atendimento às condições sanitárias exigidas pela legislação e vigor. Outra razão é percebida como a redução de custos com mão-de-obra e energia elétrica, maximização do lucro por metro quadrado e a oferta de produtos sempre frescos e com qualidade. Isto exige que as padarias e confeitarias repensem seu modo de operação e investimentos em estrutura e novos equipamentos.

Essa tendência já tem provocado um movimento nas empresas fornecedoras de equipamentos que já buscam a produção de opções com baixo consumo de energia e tamanhos reduzidos.

CONCETRAÇÃO DE

53% DO MERCADO

Consumo Per Capta de Pães /Ano: 33,5 Kg

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Informações do Setor no Brasil

O estudo demonstra uma movimentação de transformação e expansão do setor panificação e confeitaria. Esse movimento reflete em novas formas de atuação e inserção no mercado, através de trabalho de grupo, associativo, redes e centrais de negócio. Esse movimento confirma a tendência de um despertar para um novo modelo de gerenciamento, que incluem o relacionamento mais profissional com o mercado, dando a uma loja (por meio da rede) a mesma força de uma empresa de maior porte. Alguns eventos já realizados no setor confirmam essa mudança de comportamento do setor como: festivais de produtos, campanhas de marketing em conjunto, exploração sazonal dos mixes de produtos, mediante definição conjunta, entre outras ações.

No quesito Sócio Econômico, algumas padarias já incorporam a tendência de um estreitamento nas suas relações empresas de panificação e confeitaria e sua comunidade.

Alguns eventos confirmam essa tendência como:

� Criança Esperança /2007: A Abip participou da campanha, doando um cheque de R$ 1 milhão de reais.

� Patrocínio de Atletas / 2007: A Abip patrocinou a ginasta Daniele Hipólito.

� Jogos Pan Americanos/RJ: Fornecedores de matéria-prima e equipamentos e alguns panificadores se uniram para a implantação de uma panificadora dentro da Vila Olímpica.

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Segundo a Secretaria Nacional de Economia Solidária, os produtos deste novo nicho de mercado já estão representando um faturamento de seis bilhões de reais por ano, com crescimento em torno de 20% em 2007.

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PRINCIPAIS REPRESENTATIVIDADES DO SETOR:

O estudo aponta somente para duas entidades representativas do setor de panificação, sendo:

ABIP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO é uma sociedade civil de direito privado, fundada em 15 de novembro de 1957, sem fins lucrativos e duração ilimitada. Atua em todo território nacional, através dos Sindicatos, Associações e Institutos de Panificação filiados. A instituição representa 63 mil padarias, através de suas entidades filiadas e são 95% micro e pequenas empresas familiares.

SIAB - Sindicato das Indústrias de Alimentação de Brasília.

PÚBLICO-ALVO:

O universo total no país de empresas do segmento de panificação e confeitaria chega a 63,2 mil empresas, sendo que 60.000 são consideradas micro e pequenas empresas.

A região centro-oeste participa do mercado nacional de panificação com 7%.

No Distrito Federal, o setor é representado por 1.106 empresas panificadoras e confeitaria. Este mercado representa um movimento financeiro em torno de R$ 5,66 bilhões/ano, em compras de matérias-primas, conforme dados da Abip/Itpc. Os dados disponibilizados apresentam o mercado de panificação e confeitaria devidamente estratificado em dois grandes grupos, conforme demonstração abaixo:

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Padarias Artesanais As padarias artesanais representam 96,3 % do mercado de panificação e confeitaria e são responsáveis por 79% do volume de produtos fabricados pelo segmento. As padarias artesanais são voltadas para a venda direta ao consumidor e subdividem-se em razão do tipo de lojas (nova estratificação) nas seguintes categorias:

CATEGORIA

DE LOJA CARACTERISTICA

Máster

Amplo mix de produtos oferece toda a conveniência ao consumidor para que este não necessite se deslocar a outro local

Gourmet

Apresenta alimentos prontos para todas as refeições do cliente

Express

Foco em lanches e refeições rápidas, atendimento ágil

Especializada (Confeitaria ou Boutique de Pães)

Fabricação própria, com qualidade e reconhecimento de “grife” de produtos.

Padarias Industriais e de Supermercados As padarias industriais juntamente com as de Supermercados representam 3,7 % do segmento de panificação e são responsáveis pela produção respectivamente de 14% e 7% do volume de produtos fabricados no mercado. As padarias industriais concentram-se na fabricação de pães embalados e congelados. As padarias tanto artesanais como industriais ou de supermercados são compostas de apenas dois setores, sendo basicamente panificação e confeitaria. O estudo indica, contudo, um novo modelo que sugere tendência de conceito de loja o que poderá provocar, em

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breve, no mercado brasileiro e no DF, nova estratificação segundo o tipo de loja, inclusive com nova composição de setores.

Esse novo modelo tem sido considerado a nova sensação mundial do setor de panificação e confeitaria. Sua referência está na “Bread Talk”, empresa com origem em C i n g a p u r a, com o conceito “veja através da cozinha” onde os chefes podem exibir sua arte na confecção dos produtos.

Esse novo tipo de loja, Padaria Conceito espelha a tendência das empresas de panificação e confeitaria direcionarem o foco do seu negócio para a necessidade do seu cliente, proporcionando conforto, praticidade e facilidade. Com a oferta de ambientes (setores) de interação e convivência seus consumidores poderão desfrutar de produtos e serviços completos, de diferentes formas: pizzaria, Buffet de café da manhã e almoço, happy hour, sopas e caldos, cafés diferenciados, comidas típicas, conveniências completas (com mais de 3.500 itens) e os tradicionais panificados e confeitaria. Tudo com preços competitivos. O grande diferencial desse tipo de loja está no ambiente de convivência aconchegante e agradável, que possibilita a famílias inteiras e amigos compartilharem momentos de alta gastronomia, fazendo da boa alimentação uma ação prazerosa. Outro conceito que tem se apresentado como tendência no segmento, em razão da mudança de habito de seus consumidores é a apresentação de vitrine com refrigeração, como novo ponto de atração de clientes. Nela se pode expor tortas e doces finos de forma que desperte o interesse em todos os pedestres e motoristas que transitam em frente ao ponto de venda.

MERCADO ALVO

De acordo com o estudo, o consumidor final é o principal mercado alvo, sendo este mola propulsora de mudança estrutural no segmento de panificação e confeitaria.

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Também apresenta a representatividade dos principais mercados no Brasil, de acordo com a preferência de compra de pão em padaria, sendo:

Mercado Preferência

Belém

97,2%

Belo Horizonte

93,2%

Fortaleza

93,2%

Recife

91,8%

Brasília

91,7%

Salvador

88,4%

São Paulo

85,0%

Goiânia

84,3%

Porto Alegre

79,5%

Rio de Janeiro

70,2%

Fonte: Abip / Abitrigo

Ainda, de acordo com o estudo apresentado, o consumo de pães tem aumentado entre os brasileiros. Com a inclusão de produtos elaborados com outras matérias-primas (mandioca e milho, por exemplo), esse número sobe para 33,61 kg de pães/ano. Esse comportamento mostra que se preparar para atender a essa demanda crescente por panificados é uma necessidade das panificadoras. Pesquisas nos EUA indicam que: 77% dos consumidores preferem comprar alimentos

prontos para o consumo;

76% esquentam e comem;

65% preferem embalados para viagem;

64% preferem aqueles que não requerem utensílios;

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33% preparam seus alimentos em casa. Destes, 50%

gastam 30 minutos no preparo, mas gostariam de

fazer isso em apenas 15 minutos.

Também foi apresentado que alguns requisitos são

considerados influenciadores no processo de escolha da

padaria para comprar pão, são eles:

CLASSE A/B CLASSE CLASSE D/E

Proximidade de casa ou trabalho

Proximidade de casa ou trabalho

Proximidade de casa ou trabalho

Opções/variedades Promoções Promoções

Promoções Preços mais baixos Preços mais baixos

Produtos de boa qualidade Opções/variedades Opções/variedades

Preços mais baixos Produtos de boa qualidade Produtos de boa qualidade

Limpeza Limpeza Bom atendimento

Espaço para estacionar Bom atendimento Limpeza

Bom atendimento Espaço para estacionar Cartão do Estabelecimento

Cartão do Estabelecimento Cartão do Estabelecimento Espaço para estacionar

O estudo aponta para a pesquisa realizada pela revista Exame, na edição 916, de 16 de abril de 2008, onde relaciona o perfil dos novos consumidores brasileiros, mostrando as mudanças pelas quais passa a população e como isso, impacta nos modelos de consumo inclusive dentro do setor de panificação e confeitaria, promovendo tendências na oferta de produtos mais direcionados a sua necessidade. O material em questão apresenta apenas dois perfis de clientes consumidores gerais que podem ser entendidos como consumidores de panificação e confeitaria, sendo:

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� Consumidores com foco no social: aqueles que

acreditam estar participando de uma causa justa e os que percebem algumas características positivas nos produtos. Na região do Euro, os consumidores pagam até 15% a mais pelos produtos provenientes do Comércio Justo.

� Mulheres: entender o que elas querem deve ser prioridade dentro das empresas.

O material não apresenta claramente o perfil do consumidor de panificação e confeitaria, somente hábitos de consumo que sugerem mudança na segmentação de produtos e serviços, a ser apresentado no item seguinte deste documento.

SEGMENTAÇÃO DE PRODUTOS

O estudo indica a presença clara de segmentação de produtos, considerando dentre os mais produzidos, os efetivamente mais consumidos, conforme tabela abaixo:

PRODUTO % Pão Doce Comum 100,00 Hambúrguer 77,8 Pão de Queijo 71,1 Pão de Leite 60,1 Hot-dog 43,8 Bisnaga 39,8 Outros 38,5 Croissant 32,4 Pão de Forma 31,9 Pão Sovado 30,7 Baguete Comum 26,9 Pão de Milho 22,7 Rosca 19,3 Pão Careca 18,8 Baguete Recheada 15,8 Pão de Coco 14,6 Pão com Frios 14 Pão Caseiro 11,1 Integral 8,1 Pão da Banha 7,7 Bengala 7,4 Pão de Torresmo 6,7

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Italiano 6,4 Ciabatta 5 Pão de Centeio 3,4 Pão Sedinha 2,4

Dentre este demonstrativo, o estudo ainda sugere uma classificação em 5 categorias, entendendo que eles determinam tipos diferentes de consumidores, e normalmente abrangem todas as suas necessidades e gostos.

NOME DA CATEGORIA

PRODUTO

Tradicional Pão Francês

Econômico Preços baixos

Sofisticados Recheios e detalhes diferenciados

Práticos Que facilitam a compra

Saúde e Regime Produtos voltados para saúde: pães integrais, panificados com fibras

a. CONHECIMENTO DE MERCADO - MICRO AMBIENTE

Na perspectiva de Financeira, de acordo com os dados estudados, 48% do faturamento vêm da produção própria. Desse percentual, 25% correspondem à venda do pão francês e 75% aos demais produtos. O estudo apresenta indicadores de resultados que permitem o controle de desempenho das empresas, se estas alcançarem um padrão de gestão suficientemente estruturado.

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Abaixo alguns exemplos:

� Faturamento de produtos de fabricação própria e produtos de revenda;

� Faturamento de produtos de fabricação própria e produtos de revenda;

� Rentabilidade de cada grupo de produtos; � Curva ABC dos produtos vendidos; � Preços de venda dos produtos. � Capital de giro disponível; � Despesa Operacional; � Custo da Mercadoria Vendida; � Ponto de equilíbrio; � Produtividade por funcionário; � Nível de endividamento permitido da empresa. � Custo de aquisição (CMV): valor de compra do produto

junto ao fornecedor; � Mark-up: percentual aplicado sobre o valor do produto

adquirido, que é pré-determinado para cada produto levando em consideração sua rotatividade, as perdas e o preço de venda;

� Venda Prevista: valor determinado pela soma do custo da mercadoria vendida mais o mark-up;

� Participação na venda por departamento: participação de cada produto ou departamento, em percentual, no total das vendas;

� Margem de Contribuição: valor com que cada produto participa, em percentual, para a formação do lucro bruto;

� Vendas

� Faturamento Previsto

� Grupos e custo de Estoque

� Resultado Operacional

Na perspectiva de Gestão de Pessoas, o segmento apresenta segundo o estudo a tendência na área de gestão de pessoas de evolução com relação à contratação, treinamento, e manutenção de funcionários motivados. A redução do “turn over” é uma meta a ser alcançada para redução de custos com pessoal.

Na perspectiva de Produção, em média apenas 30% de produtos são de fabricação diária, os outros 70% são

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produzidos por escala definida no planejamento da própria produção.

Na perspectiva de Armazenamento, em empresas analisadas pela equipe de consultores do Propan, os produtos refrigerados e congelados representam até 35% do estoque de uma padaria. Este dado mostra a importância do cuidado com os equipamentos de refrigeração. Tendência apontada por algumas empresas fornecedoras de equipamentos é o recebimento do equipamento usado em troca por um novo com a padaria pagando a diferença. Esta é uma boa justificativa para investimentos em manutenção.

Na perspectiva de Marketing, nota-se forte presença da embalagem na comercialização de produtos.

Na perspectiva de Gestão por Resultados, foram apresentados no estudo padarias que integram esse conceito de gestão, com criação do Gestor de Resultados Exemplo: Há dois anos, na padaria Pão da Serra, foi criado o cargo de “gestor de resultados”. Esse cargo traz alguns objetivos como:

� Auxiliar no entendimento da gestão de resultados � Preparação da gestão dos processos críticos � Manutenção do CMV (custo mercadoria vendida) sob

controle (CMV da produção em 28% e CMV de produtos de terceiros em 70%).

O objetivo da nova função era o de gerar informações confiáveis para a diretoria, atuando de uma forma preventiva e alertando a gerência para tomadas de decisão. Foram definidas algumas áreas críticas de geração de informações dentro da padaria como entradas de notas de fiscais, vendas, cadastros de receitas dos produtos. Determinaram-se ainda como importantes os seguintes assuntos:

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� Criação de grupos com itens estratégicos; � Monitoria dos preços praticados pelo mercado dos produtos

que o cliente tem como referência; � Valorização dos produtos da marca da padaria; � Inventário dos produtos para revenda de 30 em 30 dias

por meio de empresa terceirizada; � Monitoria da variedade permitindo aumento de mark-up

nos produtos de valor agregado; � Acompanhamento dos indicadores CMV previsto x CMV

realizado, comparando-os; � Monitoria dos processos e verificar se estão sob controle; � Manutenção do índice de degustação e sobra em 5% do

CMV previsto e o de perdas em 12%; � Manutenção da diferença entre o CMV previsto x CMV

realizado em no máximo 2%; � Controle da diferença entre CMV previsto (25,74%) e

realizado (28%) da produção em no máximo 2,26%.

A equipe gerencial ficou responsável pelo controle de sobras, degustação, desvios e erros resultados no controle dos preços. Um Plano de Metas foi elaborado. Foram definidas as responsabilidades e um plano de incentivos. Benefícios como moradia, plano de saúde e odontológico e refeição subsidiada, treinamentos dentro e fora da empresa. A padaria vem colhendo os frutos de sua política agressiva para retenção e manutenção das pessoas na empresa. Os resultados apurados demonstraram uma evolução nas vendas de 20% ao mês desde janeiro de 2007. Esse modelo reflete a movimentação das empresas para uma gestão voltada para resultados, não tendo mais espaço para ações amadoras, mas profissionais.

4. EMPRESAS PARTICIPANTES DO PROJETO

O material coletado não permitiu visualizar o público participante do projeto.

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5. OPORTUNIDADES

O material apresenta várias oportunidades, dentre elas e talvez a mais significativa seja a de Foodservice (alimentação realizada fora do lar e todo alimento adquirido para consumo onde for mais conveniente (seja em casa ou no trabalho), forma o mercado de Foodservice. Estes alimentos podem estar congelados, semi prontos ou prontos, entregues via delivery ou levados pelo próprio consumidor). Outras oportunidades apresentadas são: copa, rotisseria, espaço para lanches e refeições rápidas. Colaboradores que recebem cursos de barista para oferecer um café com mais qualidade, além da ampliação de espaço e aumento na oferta de produtos, como alimentos prontos, semi prontos, congelados, tudo para maior conforto, comodidade e conveniência dos clientes. O faturamento com o setor de copa representa um percentual importante do faturamento. Tomar café com pão com manteiga em padarias é um hábito fortemente presente no estado de São Paulo. Em Natal/RN, 80% das padarias servem sopas de diversos sabores acompanhando o tradicional cuscuz. A confeitaria é outro setor que oferece inúmeras oportunidades, como: produtos diet, light, orgânicos e funcionais para atender a uma tendência cada vez maior da procura de alimentos saudáveis. Também compõem a lista de oportunidades:

� Produtos que propiciem cuidados a dois em embalagem dupla;

� Duas porções individuais; � Produtos de apelos e embalagens tecnológicas; � Delivery; � Produtos mais sofisticados, de alta qualidade, ingredientes

naturais aliados a alta tecnologia; � Produtos antiidades com apelo saudável;

6. RECOMENDAÇÕES DE ADEQUAÇÃO DO PROJETO

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O estudo disponibilizado não permitiu uma analise mais profunda do contexto socio econômico para o periodo do projeto 2009-2012. Este item merece novas pesquisas que orietem para adequação do cenário de crescimento real do varejo, no segmento de panificação confeitaria do DF. Alguns artigos econômicos, pesquisados em material extra projeto, até apontam para um crescimento em torno de 11% do varejo em 2010, inclusive para o segmento. Contudo, os apontamentos indicam crescimento direto na região do Ceará e também em outras regiões do Nordeste, em percentuais pouco inferiores a este. Não se pode afirmar, entretanto que, esse crescimento se confirmara na região centro-oeste, nen tão pouco no DF especificamente.

Os dados encontrados no material de estudo do projeto, apenas apontam para um aquecimento real da economia, medida pelo crescimento do PIB no quarto trimestre de 2009. Tomando com referência os mesmos indicadores de aquecimento do setor (PIB), este sugere um natural impulcionar do primeiro trimestre de 2010, com projeções de chegam a variar entre 4,5% e 6% para 2010, salvo se outras variaveis econômica não interferirem diretamente nesse desempenho. Razões que recomenda-se aprofundamento nas pesquisas econômicas relativas ao segmento de panificação e confeitaria do DF, para uma melhor analise dos percentuais planejados nos resultados finalisiticos e intermediarios do projeto.

a) Esclarecimentos acerca do público alvo do Projeto

Panificadoras e Confeitarias associadas ao

SINDICATO DAS PANIFICADORAS E CONFEITARIAS DE BRASILIA- SIAB

O Manual GEOR Coletivo, vs.6 aponta como primeira característica fundamental de um projeto “a clara identificação do seu público-alvo. O projeto em questão apresenta uma entidade como público alvo, quando este deveria estar caracterizado como entidade parceira.

A limitação do público alvo na condição de associado descaracteriza a missão do SEBRAE DF, no fomento das micro e

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pequenas empresas do DF, além de vincular um interesse específico de uma entidade e não do segmento representado num projeto com padrão de organização coletiva.

Orienta-se a correta caracterização do público alvo do projeto, ou seja, empresas de panificação e confeitaria do DF.

Considerando que o material disponibilizado não permitiu a identificação do público alvo, recomenda-se que este seja devidamente identificado, tanto o público do projeto, quanto o painel das 120 empresas citadas no cadastro do sistema.

Essa identificação permitira o correto direcionamento das ações do projeto considerando sua real necessidade.

O esclarecimento do papel do SIAB também se faz importante para identificação das entidades parceiras e seu grau de adesão ao projeto.

b) Estratificação do Público alvo

Apesar do material disponibilizado apresentar uma estratificação de público alvo, somente podemos considerá-la como estratificação de REFÊNCIA DE MERCADO, mas não do projeto propriamente dito. Para que a estratificação do projeto seja considerada adequada ao Foco no Mercado, faz-se necessário primeiramente a identificação do mesmo.

Mediante a caracterização do público alvo do Projeto, a estratificação poderá ser alvo de uma nova analise para orientação, pois a ausência de informações não permite a análise necessária.

O Manual GEOR Coletivo vs.6, em seu item 2.1.1 ressalta que o cadastro do público-alvo é uma ferramenta gerencial de relevante importância para todas as etapas do projeto (estruturação, monitoramento, gerenciamento, mensuração de resultados e avaliação). Deve ser abrangente, cobrindo a totalidade do público-alvo e refletir com fidelidade a sua situação, além de conter os elementos indispensáveis para a identificação e localização dos empresários ou empreendedores.

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A elaboração, manutenção e atualização do cadastro é responsabilidade exclusiva do gestor do projeto. A elaboração do cadastro deve ser iniciada imediatamente após a estruturação do projeto e concluída com presteza, para disponibilizar os elementos necessários aos processos de gerenciamento, monitoramento, mensuração e avaliação.

Para a identificação de um método adequado de estratificação é recomendado, à gestão do Projeto, cadastrar o público alvo e aplicar questionário de levantamento do perfil, promovendo a estratificação em blocos homogêneos, de acordo com critérios padronizados.

Sugestões de estratificação:

O agrupamento em blocos homogêneos pode requerer mais de um critério de padronização. As sugestões abaixo buscam coerência com as fontes de dados do setor.

b.1) Categorização da Estratificação Reconhecida pelo Mercado:

CATEGORIAS

? Industriais ? Artesanais

Máster

Gourmet

Express

Especializadas

Conceito

As especialidades acima foram extraídas do estudo de tendências indicado no caput do presente trabalho.

b.2) Segmentação de produtos oferecidos:

PRINCIPAIS ESPECIALIDADES OFERECIDAS Categorias / Tipos de Produtos

? Tradicional Pão Francês

? Econômico Preços Baixos

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? sofisticados Recheios e detalhes diferenciados

? Práticos Que facilitam a compra

? Saúde e Regime Produtos voltados para a saúde: pães integrais, panificados com fibras

As tipologias de produtos foram extraídas do Estudo em referência, realizado por esse Projeto.

b.3) Categorização por localidade geográfica:

Os dados constantes da caracterização geográfica do público alvo têm como registro no GEOR o território Núcleo Metropolitano, com as cidades: Candangolândia, Ceilândia, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Riacho Fundo, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga.

Em razão da ausência de dados que permitam uma analise aprofundada do público alvo, bem como, sua distribuição geográfica para ações especificas de mercado, recomenda-se a analise, mediante aplicação de diagnostico individual com o painel e pesquisa de mercado, por região, se confirmadas as mesmas cadastradas no GEOR. Essa orientação é fundamentada nos dados presentes no estudo em referencia, onde o fator de escolha pelo consumidor é entre outros fatores, pela proximidade de sua residência. Considerando que este fator determina a escolha do mix de produtos e serviços, torna-se essencial o estudo regional do público alvo e seu mercado alvo, para a determinação de ações de mercado com foco na necessidade do cliente alvo.

c) Resultados Finalísticos e Intermediários do Projeto

O Resumo Executivo do Plano de Projeto indica como:

RESULTADOS FINALÍSTICOS

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Aumentar em 3% ao ano, o volume físico de vendas até dezembro de 2011.

RESULTADOS INTERMEDIÁRIOS

Aumentar em 3% ao ano, o número de clientes até dezembro de 2010.

Aumentar em 2% ao ano, o número de postos de trabalho até dezembro de 2011.

O Projeto apresenta como resultado finalístico o aumento em 3% ao ano do volume físico de vendas até dezembro de 2011.

O termo volume físico não caracteriza nenhum tipo de crescimento mensurável, considerando que não há condições de avaliar se a expectativa de aumento foi baseada no faturamento, por volume em kg, por valor do ticket médio, por volume em mix de produtos ou qualquer outro indicador de vendas. Recomenda-se utilizar um dos indicadores citados no estudo apresentado no presente documento para uma melhor mensuração e controle dos resultados desejados e alcançados.

Quanto aos resultados intermediários, recomenda-se a adequação do público alvo, para perfeita caracterização do aumento de clientes e postos de trabalho, vinculados as MPE’S e não ao numero de associados e respectivo staff do SIAB.

d) Ações do Projeto

As ações do projeto serão objeto de analise posterior a adequação de público alvo, conforme recomendado anteriormente.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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A Adesão do público alvo, a contra partida ao projeto, bem como as ações realizadas não foram identificadas no material disponibilizado até a presente data. As entidades representativas do segmento também não contemplam sua realizada, uma vez que outras entidades aparecem no contexto do setor, como:

� Associação Brasileira de Equipamento para a Panificação

� Fibra - Federação das Indústrias do Distrito Federal

Esse material deverá fazer parte dos estudos posteriores à adequação do projeto ao Foco no Mercado.

Assim esse projeto torna-se foco de uma segunda analise para orientação plena de adequação ao mercado.

Brasília, de abril de 2010.

SEBRAE DF UAM Lucimar Santos Gerente da UAM DF James Hilton Reeberg Gestor de Projeto Foco no Mercado Consultores de Foco no Mercado: Andréa Antinoro