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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Destaques
Missão, Visão e Valores
Sobre o Relatório
Mensagem da Administração
A CESP
Perfil e estrutura
História
Estratégia
Governança Corporativa
Premiações
Gestão Econômica
Cenário
Desempenho Operacional
Desempenho Econômico-financeiro
Mercado Financeiro
Gestão Social
Gestão Ambiental
Demonstrações Financeiras resumidas
Índice GRI
Informações Corporativas
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Destaques
As Receitas Operacionais no período alcançaram R$ 2.986,9 milhões,
registrando um crescimento de 13,8% em relação ao ano de 2007;
O Resultado do Serviço alcançou R$ 1.022,2 milhões;
O EBITDA Ajustado de 2008 somou R$ 1.626,5 milhões, 12,3% superior ao
valor ajustado de 2007 de R$ 1.448,3 milhões;
O Resultado Financeiro (Receitas – Despesas Financeiras) de 2008 foi
negativo em R$ 1.394,2 milhões, ante o resultado negativo de R$ 314,3 milhões
de 2007, influenciado pela forte desvalorização do Real frente ao Dólar norte-
americano ocorrida no segundo semestre de 2008;
A provisão para redução ao valor recuperável de ativos de R$ 2.467,0
milhões, introduzida pela nova legislação contábil, impactou negativamente o
resultado da Companhia, que registrou Resultado negativo de R$ 2.351,6
milhões em 2008, ante o lucro líquido de R$ 178,6 milhões em 2007.
A Companhia recebeu o Prêmio Proteção Brasil pelo trabalho “Inspeção
Subaquática com Televisionamento nas turbinas da CESP”, que aumenta a
segurança da equipe, reduz de cinco dias para quatro horas o tempo necessário à
inspeção e não causa impacto ambiental.
Em 2008, a Cesp concluiu o a elaboração de seu Código de Conduta, que
formalizou as boas práticas aplicadas no relacionamento com suas partes
interessadas, interna e externamente.
O Programa de Manejo Pesqueiro da CESP proporcionou o repovoamento de 3,8
milhões de alevinos nos seus reservatórios.
Os três Centros de Fauna trabalham com um plantel de 567 animais de 60 espécies,
algumas delas consideradas em extinção, como cervo do pantanal, onça pintada,
cachorro do mato vinagre, mutum, jacutinga, lobo-guará e jacaré do papo amarelo.
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A CESP em 2008 produziu 3 milhões de mudas de 150 espécies nativas de Mata
Atlântica utilizadas na implantação de 800 hectares de reflorestamento em áreas
próprias, de terceiros e na recuperação de áreas degradadas.
Estão em fase de implantação cinco unidades de conservação que somarão
110 mil hectares de matas nativas, refúgios ecológicos de espécies de animais e
ampla biodiversidade nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
O Programa de Educação Ambiental da CESP atende aproximadamente 60 mil
pessoas, principalmente crianças em idade escolar.
A CESP possui um Programa de Mudanças Climáticas com a elaboração e publicação do
inventário de gases de efeito estufa e a fixação de metas de redução dessas emissões em 10%.
Os projetos de reassentamento agropecuário, atualmente monitorados,
totalizam 410 lotes dotados de infra-estrutura local e comunitária, onde residem
361 famílias beneficiadas.
Destaques Operacionais e
Financeiros (R$ mil) 2008 2007 Var.
Receita Operacional 2.986.866 2.625.513 13,8%
Deduções à receita operacional (507.173) (441.767) 14,8%
Receita Operacional Líquida 2.479.693 2.183.746 13,6%
Resultado do Serviço 1.022.179 776.987 31,6%
EBITDA Ajustado 1.626.461 1.448.253 12,3%
Margem EBITDA Ajustada 65,6% 66,3% -0,7 p.p.
Resultado Financeiro (1.394.212) (314.276) 343,6%
Lucro (Prejuízo) Líquido (2.351.639) 178.591 n.m.
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Sobre o Relatório
Este Relatório de Sustentabilidade está baseado nas diretrizes GRI (Global Reporting
Initiative), padrão internacional em relatórios de sustentabilidade, no qual são
apresentados os resultados da Companhia no exercício de 2008.
As informações relatadas abrangem a estrutura completa da CESP, incluindo todas suas
usinas e eclusas, e fazem parte do conjunto de indicadores selecionados por um grupo de
trabalho, composto por integrantes de diversas áreas da Companhia, de acordo com os
princípios de materialidade e relevância para a Companhia e suas partes interessadas.
O Relatório de Sustentabilidade 2008 da CESP alcançou o nível “C” das diretrizes GRI e é
uma iniciativa que visa divulgar a longa tradição , reforçar o compromisso da CESP com o
desenvolvimento sustentável e aproximar a companhia de suas partes interessadas.
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Mensagem da Administração
Ao longo dos seus 42 anos, completados em dezembro de 2008, a CESP tem desenvolvido
projetos de recuperação e preservação de áreas de influência dos seus empreendimentos.
Muito embora o termo “desenvolvimento sustentável” tenha surgido em meados dos anos
80, a CESP sempre inseriu nos cronogramas de suas obras atividades relacionadas ao
conceito de conservação e recuperação do meio ambiente. Desde a instalação do canteiro
de obras de uma nova hidrelétrica até sua operação comercial, sempre estiveram presentes
atividades relacionadas à mitigação do impacto ambiental no entorno das obras,
promovendo a preservação dos ecossistemas por meio de manejo de fauna e flora, criando
novas áreas de conservação, ações de reassentamentos rurais, indígenas, urbanos, de
oleiros, e pescadores e obras compensatórias de infra-estrutura urbana que propiciaram o
crescimento e desenvolvimento de inúmeros municípios e até a criação de novas cidades,
como Ilha Solteira e Porto Primavera.
Para a CESP, sustentabilidade é alcançar a excelência na disponibilização da energia,
obtendo os melhores resultados econômicos, sociais e ambientais, sem comprometer o
atendimento das necessidades das futuras gerações. Esse conceito sempre esteve integrado
na estratégia de gestão, prática que nos aproxima e permite atender às demandas de todos
os nossos públicos de relacionamento e nos integra ao meio em que atuamos, possibilitando
a antecipação e prevenção a riscos, bem como mantermos uma atuação ética e
ambientalmente responsável.
Nessa linha, em 2008, elaboramos nosso Código de Conduta, documento que firma as
diretrizes de relacionamentos internos e externos da Companhia e que foi amplamente
divulgado entre todos os nossos funcionários.
Adicionalmente, focamos em aprimorar nossas práticas de segurança no trabalho - o que
nos rendeu o Prêmio Proteção Brasil pelo trabalho “Inspeção Subaquática com
Televisionamento nas turbinas da CESP” – e em ampliar nosso programa de
responsabilidade ambiental, com a implantação de cinco novas unidades de conservação
que, juntas, somam 110 mil hectares de matas nativas.
O ano de 2008 também foi marcado pelo processo de privatização da Companhia que,
embora não tenha sido concretizado, trouxe à tona a complexidade da aplicação da Lei das
Concessões e da própria Constituição Brasileira no que se refere à prestação de serviços
públicos. Em fevereiro, a CESP obteve a prorrogação, por um período de mais vinte anos,
da concessão da Usina Engº Sérgio Motta (Porto Primavera).
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No âmbito econômico, as pressões sobre a moeda brasileira, em decorrência da crise
econômica mundial que se estabeleceu, principalmente, a partir do segundo semestre do
ano, produziram impactos negativos sobre a dívida da Companhia, expressa em moeda
estrangeira, com efeitos tanto sobre o valor do endividamento como sobre os resultados.
Entretanto, o programa de reestruturação financeira realizado pela Administração nos
últimos anos visando alcançar o equilíbrio no fluxo de caixa tem permitido que a
Companhia cumpra com seus compromissos financeiros e de investimentos sem prejuízo
para o desenvolvimento de suas atividades. É importante destacar que, na CESP, os reflexos
mais significativos da crise não foram de caráter financeiro e pouco impactaram o caixa da
Companhia, dado o perfil de longo prazo da dívida, tendo-se concentrado tais reflexos sobre
a posição econômica e contábil.
As receitas com energia vendida cresceram 13,6% no ano, alcançando R$ 2.983 milhões,
resultado obtido com o fornecimento de energia a grandes consumidores finais livres e com
o suprimento às distribuidoras por meio dos contratos no mercado regulado.
Desta forma, reafirmamos nosso compromisso de gerar valor à sociedade como um todo e
garantir seu desenvolvimento constante, retribuindo aos nossos públicos – empregados,
acionistas, clientes e a sociedade em geral – seu fundamental papel em nossa longa história
de sucesso.
Dilma Seli Pena
Presidente do Conselho de Administração
Guilherme Augusto Cirne de Toledo
Diretor-Presidente
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Perfil
A Companhia Energética de São Paulo – CESP, sociedade de economia mista de capital
aberto controlada pelo Governo do Estado de São Paulo, tem como atividades principais o
planejamento, construção e operação de sistemas de geração e comercialização de energia
elétrica.
Com sede em São Paulo, a Companhia foi criada a partir da fusão de 11 empresas, em 1966,
com o objetivo de gerar energia para o crescimento da economia paulista e da região
Sudeste. Por três décadas, a CESP permaneceu como a maior geradora de energia elétrica
do Brasil e, hoje, mesmo após a cisão parcial pela qual passou a companhia em abril de
1999, ainda é responsável por cerca de 60% da energia produzida no estado de São Paulo e
10% de toda a energia elétrica gerada no Brasil.
Como concessionária de serviço público de energia elétrica, a CESP tem suas atividades
reguladas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), vinculada ao
Ministério de Minas e Energia, e opera suas usinas de forma integrada com o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A produção de energia elétrica das usinas da CESP, programada e executada de acordo com
os Procedimentos de Rede e sob a coordenação do ONS, tem como base de sua eficiência a
associação dos recursos fundamentais de disponibilidade, recursos hídricos e
oportunidades de alocação de produção no Sistema Interligado Nacional (SIN).
USINAS
Quarta maior geradora de energia elétrica do país, seu parque gerador, exclusivamente
hidráulico, é composto por seis usinas, com capacidade instalada total de 7.455,3
megawatts (MW), localizadas nas bacias dos rios Paraná, Tietê e Paraíba do Sul.
As seis hidrelétricas estão estrategicamente localizadas no centro econômico e região mais
populosa do Brasil, e são de fundamental importância para a operação do Sistema
Interligado Nacional (SIN).
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Usina Hidrelétrica Ilha Solteira
A Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, que começou a operar em 1973, é a maior usina da CESP
e do Estado de São Paulo e a segunda maior usina brasileira. Está localizada no Rio Paraná,
entre os municípios de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS).
Com potência instalada de 3.444 MW, é composta por 20 unidades geradoras, barragem de
5.605 m de comprimento e reservatório de 1.195 km² de área.
Os reservatórios das usinas de Ilha Solterira e de Três Irmãos estão interligados pelo Canal
Pereira Barreto, com 9.600 m de comprimento, propiciando a operação energética
integrada dos dois aproveitamentos hidrelétricos. Em 2006, essa produção conjunta teve
certificada sua conformidade com os requisitos da Norma ISO 9001:2000
Usina Hidrelétrica Engº. Souza Dias (Jupiá)
A Usina Hidrelétrica (Jupiá), construída com tecnologia inteiramente brasileira, começou a
operar em 1969 e localiza-se no Rio Paraná, entre as cidades de Castilho (SP) e Três Lagoas
(MS). Sua potência instalada totaliza 1.551,2 MW, com 14 unidades geradoras principais e
dois grupos turbina-gerador para serviço auxiliar (potência instalada de 4.750 kW em cada grupo).
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O reservatório de Jupiá possui área de 330 km² e sua barragem estende-se por
5.495 m de comprimento. Além disso, a Usina dispõe de eclusa, que possibilita a navegação
no Rio Paraná e a integração hidroviária Tietê-Paraná.
Usina Hidrelétrica Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera)
A Usina Hidrelétrica Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera) conta com área de reservatório
de 2.250 km² e a barragem mais extensa do Brasil de 11.380 metros de comprimento.
Localizada no Rio Paraná, entre os municípios de Rosana (SP) e Batayporã (MS), a 28 km
da confluência com o Rio Paranapanema, iniciou sua operação em 1999 e totaliza 1.540
MW de potência instalada em 14 unidades geradoras.
A usina dispõe de eclusa para navegação no Rio Paraná e sistema de transposição para
peixes, constituído de um elevador e uma escada com 476 m de comprimento.
Em 2008, o prazo de concessão da usina Engº. S[ergio Motta (Porto Primavera) foi prorrogado por 20
anos, até 19.05.2028, conforme Portaria nº 110 do Ministério de Minas e Energia, que determinou o
estabelecimento do Primeiro Termo de Aditivo ao Contrato de Concessão nº 003/2004, de
12.11.2004.
Aproveitamento Múltiplo Três Irmãos
Três Irmãos é a maior usina hidrelétrica construída no Rio Tietê, com barragem de 3.710 m
de comprimento e área de reservatório de 785 km². A usina está localizada no Rio Tietê,
entre os municípios de Andradina e Pereira Barreto (SP), a 28 km da confluência com o Rio
Paraná. A operação na usina foi iniciada em 1993 e sua potência instalada total de 807,50
MW é garantida pela operação de cinco unidades geradoras.
Seu reservatório é interligado ao de Ilha Solteira pelo Canal Pereira Barreto, o que
possibilita a operação integrada das duas usinas e a navegação entre os ramos norte e sul da
Hidrovia Tietê-Paraná. Além disso, duas eclusas interligadas por um lago intermediário
permitem a transposição das embarcações e a navegação pela mesma hidrovia.
Em agosto de 2006, por meio do Sistema de Gerenciamento da Organização, foi renovada a
certificação ISO 9001:2000 do processo de geração de energia elétrica.
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Usina Hidrelétrica Paraibuna
A Usina Hidrelétrica Paraibuna, que leva o nome do Rio e Município nos quais se localiza,
teve sua operação iniciada em 1978 e totaliza potência instalada de 85 MW, com duas
unidades geradoras.
A área total do seu reservatório é de 224,40 km², composto pela interligação dos
reservatórios da UHE Paraibuna (177 km²) e da Barragem de Paraitinga (47,40 km²). Suas
barragens estão entre as mais altas do Brasil, com 94 m e 104 m de altura, respectivamente.
Seus sistemas de controle de cheias - vertedor tulipa em Paraitinga e válvulas dispersoras
em Paraibuna - regulam a vazão do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo fornecimento de
água a várias cidades do Vale do Paraíba e do Estado do Rio de Janeiro.
Desde 2006, a usina é certificada em conformidade com os requisitos da Norma ISO
9001:2000 por seu processo de geração, que regulariza a vazão do Rio Paraíba do Sul,
promove o manejo de flora e fauna e educação ambiental.
Usina Hidrelétrica Jaguari
A Usina Hidrelétrica Jaguari, localizada no Rio Jaguari entre os municípios de Jacareí e São
José dos Campos (SP), está em operação desde 1972 e possui potência instalada de 27,6
MW, em duas unidades geradoras.
O reservatório da usina totaliza área de 56 km² e sua principal finalidade é permitir o
controle da vazão do Rio Paraíba do Sul.
Em conjunto com a usina Paraibuna, desde 2006, a hidrelétrica Jaguari é certificada em
conformidade com os requisitos da Norma ISO 9001:2000.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A Estrutura Organizacional da CESP, atende as suas necessidades administrativo-
operacionais em conformidade com os órgãos reguladores e fiscalizadores do atual
modelo do Setor Elétrico Brasileiro, e é composta por equipes técnicas altamente
especializadas e um corpo gerencial de longa atuação no setor.
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Com constantes desafios associados à conjuntura econômico-financeira, essa estrutura
permite à Companhia priorizar e planejar suas ações, visando à racionalização
empresarial e à otimização de recursos, bem como a busca da qualidade total e da
excelência gerencial em todos os níveis.
Organograma Geral
SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Em 2006 foi criado o Programa de Sustentabilidade Empresarial, com o objetivo de
alinhar e integrar as boas práticas de governança corporativa às ações socioambientais
desenvolvidas pela Companhia.
Nesse sentido, foi elaborado o mapa de implementação do processo de Sustentabilidade
Empresarial e criado o Comitê de Sustentabilidade Empresarial, composto por
representantes de todas as áreas da CESP e com o compromisso de disseminar e
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envolver todos os seus empregados, nas práticas e conceitos da Sustentabilidade
Empresarial, condição essencial para o desenvolvimento das ações estabelecidas no
Programa.
Com a finalidade de inserir o conceito de sustentabilidade em sua estratégia, a CESP
redefiniu no seu planejamento empresarial os objetivos estratégicos, indicadores,
metas e macro-ações.
ISE
A CESP, pela 3ª vez em quatro edições, é uma das 30 companhias, de 13 setores da
economia, que integram a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE
para o período dezembro de 2008 a novembro de 2009.
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A carteira é composta por ações das empresas compromissadas com políticas e práticas
voltadas ao desenvolvimento sustentável. A permanência da CESP no ISE reflete essa
postura e seu envolvimento com a sustentabilidade.
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA
O capital social integralizado da Companhia, de R$ 5.975.433 mil está dividido em
109.167.558 ações ordinárias, 8.119.548 ações preferenciais classe A e 210.215.567
ações preferenciais classe B.
35,98%
4,61%
5,27%5,70%2,05%
7,82%
4,40%
36,22%
Fazenda do Estado de São Paulo
Outros (Controlador)
Credit Suisse (Brasil) S.A.
BNDES PART S.A.
Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobrás
Deustche Bank AG London
Santander Investimentos em Participação S.A.
Outros (Free Float)
Controlador e pessoa ligadas
Free Float
Composição Acionária
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A CESP
Em 21 de julho de 1966, por força do Decreto nº 46.495, o Governo do Estado de São Paulo
nomeou uma comissão para estudar a unificação de suas 11 empresas, nas quais era
acionista majoritário, com o objetivo de uniformizar o trabalho efetuado por aquelas
empresas. O estudo, comandado pelo governo, visou, além de adotar políticas e
procedimentos padronizados na área energética, criar as condições para que se implantasse
a infra-estrutura capaz de atender à crescente demanda por energia na Região Sudeste, por
meio da obtenção de financiamentos para o setor, inclusive, de órgãos do exterior.
Das empresas estudadas, cinco eram companhias estaduais (Usinas Elétricas do
Paranapanema – USELPA; Companhia Hidroelétrica do Rio Pardo – CHERP; Centrais
Elétricas de Urubupungá S.A. – CELUSA; Companhia Melhoramentos de Paraibuna –
COMEPA e Bandeirante de Eletricidade S.A. – BELSA) e seis empresas controladas pelas
estaduais (S.A. Central Elétrica Rio Claro – SACERC e suas associadas Empresa Luz e Força
de Mogi Mirim S.A., Companhia Luz e Força de Jacutinga S.A. e Empresa Melhoramentos
de Mogi Guaçu S.A., todas controladas pela CHERP, além da Empresa Luz e Força Elétrica
de Tietê S.A. e da Companhia Luz e Força de Tatuí, ambas controladas pela BELSA).
1966: Após a realização de uma assembléia para votação dos laudos de avaliação e
constituição da CESP, em 5 de dezembro 1966, o Governador do Estado, por meio do
Decreto nº 47.322, do dia 6 do mesmo mês, ratificou os estatutos da companhia tendo sido
constituída a Centrais Elétricas de São Paulo S.A. (CESP) que passou a atuar nas atividades
de geração (construção e operação de usinas), transmissão e distribuição de eletricidade.
1971: É realizada a abertura do capital social da companhia, em 27 de dezembro de 1971,
conforme aprovação na Assembléia Geral Extraordinária de 16 de agosto de 1971.
1969 a 1975: Inauguração das UHE Álvaro de Souza Lima (Rio Tietê - Bariri - SP), UHE
Ibitinga (Rio Tietê – Ibitinga - SP), Engº. Souza Dias (Jupiá, no Rio Paraná – Castilho – SP
e Três Lagoas - MS), UHE Chavantes (Rio Paranapanema - Chavantes - SP), UHE Jaguari
(Rio Jaguari - Jacareí - SP) e UHE Ilha Solteira (Rio Paraná – Ilha Solteira – SP e Selvíria -
MS), na época a maior do País.
Início da operação da eclusa de Barra Bonita (Rio Tietê - Barra Bonita - SP) e aquisição do
controle acionário da Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL.
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1977: Em 27 de outubro a CESP passa a denominar-se Companhia Energética de São Paulo,
assinalando suas atividades no campo das energias alternativas. Inauguração da Usina
Hidrelétrica Promissão, hoje Mário Lopes Leão (Rio Tietê – Promissão – SP).
1977 a 1994: Inauguração das UHE Paraibuna (Rio Paraibuna –Paraibuna – SP), UHE
Escola de Engenharia Mackenzie (Capivara) (Rio Paranapanema – Taciba- SP e Porecatu –
PR), UHE José Ermirio de Moraes (Água Vermelha) (Rio Grande – Indiaporã, Guarani
d’Oeste e Iturama - MG), UHE Nova Avanhandava (Rio Tietê - Buritama e Brejo Alegre – SP),
AM Três Irmãos – (Rio Tietê – Pereira Barreto e Andradina – SP), UHE Escola Politécnica
(Taquaruçu) – (Rio Paranapanema – Sandovalina – SP e Itaguajé - PR), UHE Rosana – (Rio
Paranapanema – Teodoro Sampaio – SP e Diamante do Norte – PR).
Inauguração da então Hidrovia do Álcool, de Barra Bonita até Ibitinga (SP).
Tombamento da Usina do Corumbataí pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat
1996: A Companhia é incluída no Programa Estadual de Desestatização (PED), instituído
pela Lei Estadual nº 9361, de 05/07/1996. A partir desse período, a CESP foi submetida a
profundo processo de reestruturação societária e patrimonial, parte de um extenso plano de
ação que visava à recuperação da empresa, determinando medidas para reduzir seu grau de
endividamento mediante a venda de ativos, finalizar obras inacabadas, maximizar a
qualidade e eficiência e atender ao novo Marco Regulatório.
1997: Venda do controle acionário da distribuidora de energia elétrica CPFL – Companhia
Paulista de Força e Luz.
1998: A ELEKTRO, subsidiária integral criada para realizar as atividades de distribuição
de energia elétrica é vendida.
1999: Em 1º de abril, como resultado da cisão parcial da CESP, teve início a operação
comercial de três novas empresas, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica
Paulista (CTEEP), a Companhia de Geração de Energia Elétrica Paranapanema, com sete
usinas que totalizavam 2.307 MW de potência instalada (vendida para a Duke Energy em
1999) e a Companhia de Geração de Energia Elétrica Tietê, com nove usinas e 2.644 MW de
potência instalada. Essas duas geradoras foram privatizadas no ano de 1999.
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Ainda em abril foi alienado o controle acionário da COMGÁS – Companhia de Gás de São
Paulo, distribuidora de gás canalizado no município de São Paulo, que estava com a CESP
desde 1984.
Inauguração da Usina Hidrelétrica Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera), com entrada em
operação das três primeiras unidades geradoras que totalizavam 302,4 MW, e inauguração
das UHE Canoas I e II, no Rio Paranapanema.
2001: O racionamento de energia elétrica em todas as regiões do país, com
exceção do sul, levou as empresas geradoras a perdas de receita. Diante das condições
adversas, a CESP implementou algumas ações que mitigaram o impacto negativo das
medidas de exceção relacionadas ao racionamento de energia elétrica, tanto para a
Companhia como para a sociedade, sendo as mais importantes:
Processo de sobre potência de 100,8 MW para 110,0 MW para todas as unidades geradoras
já instaladas na UHE Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera). Essa operação propiciou um
ganho próximo de 10% na capacidade nominal de cada máquina; e
A antecipação do cronograma de operação das máquinas de nºs. 9, 10 e 11, também da UHE
Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera), em média, em 72 dias, o que possibilitou à CESP
gerar cerca de 580.000/700.000 MWh de energia livre.
Com isso, a CESP foi a geradora que mais acrescentou energia nova de origem hidráulica no
mercado nacional, 410/500 MW, o que representou, na época, aproximadamente 34% de
toda a energia hidroelétrica nova disponibilizada no País, diminuindo o impacto do
racionamento.
2002: Mesmo com um cenário desfavorável, marcado pelo racionamento de energia no
mercado interno, pelo atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos e pelo stress do nível
de aversão do risco-país às vésperas da troca de governo, a CESP renegociou seus
compromissos internacionais de curto prazo com os detentores de Bônus, operação que
alcançou US$ 676 milhões. Além disso, outro US$ 1,3 bilhão foi obtido, basicamente,
mediante o lançamento de CTEEs – Certificados a Termo de Energia Elétrica no mercado
doméstico, o que permitiu, especialmente, a conclusão da usina Engº. Sérgio Motta. (Porto
Primavera), que teve sua última unidade geradora acionada em novembro de 2003.
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2006: A Companhia passou por reestruturação financeira com a conclusão do projeto de
Privatização da CTEEP, cujos recursos no valor de R$ 1,2 bilhão foram integralmente
aportados na CESP que, aliado à oferta pública de ações, possibilitou a captação de R$ 2
bilhões, tendo a Companhia mais do que dobrado o capital social, que passou de R$ 2,7
bilhões para R$ 5,9 bilhões. Em complemento, uma operação de bônus no mercado
internacional permitiu a captação de US$ 220 milhões em agosto. Essas operações
permitiram à CESP liquidar cerca de 32% de sua dívida.
2007: Em janeiro, a CESP emitiu, em Reais, pela primeira vez no mercado financeiro
internacional, sua 8ª série de Notas de Médio Prazo, indexada ao Índice de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA, com prazo de oito anos e vencimento único em janeiro de 2015,
no montante de R$ 750 milhões, equivalentes, à época, a US$ 350 milhões de dólares
norte-americanos. Em junho, a CESP concretizou o lançamento, no mercado nacional, do
seu quarto Fundo de Investimento em Direitos Creditórios - FIDC IV, no valor de R$ 1,25
bilhão, prazo total de 10 anos e carência de 5 anos. Esta captação permitiu alongar o perfil
do vencimento da dívida total, quitar compromissos existentes e equacionar o fluxo de caixa
da Companhia de 2007 em diante. Conforme deliberações do Conselho de Administração,
em reunião realizada em 6 de julho de 2007, e da Assembléia Geral Extraordinária, em 26
de julho de 2007, a CESP procedeu ao “Grupamento” de suas ações, que passaram a ter
Cotação Unitária a partir de 3 de setembro de 2007.
2008: Em dezembro, pela 3ª vez em quatro edições, a CESP foi confirmada como uma das
30 companhias, de 13 setores da economia, que integram a carteira do Índice de
Sustentabilidade Empresarial – ISE da Bolsa de Valores de São Paulo para o período
dezembro de 2008 a novembro de 2009. As componentes da nova carteira foram
selecionadas por um Conselho Deliberativo entre as 137 empresas emissoras das 150 ações
de maior liquidez da Bovespa e que receberam o questionário do ISE. As questões da atual
edição do índice abordaram seis dimensões – Geral, Natureza do Produto, Governança
Corporativa, Econômico-Financeira, Ambiental e Social – que foram avaliadas pelo
emprego de quatro critérios: políticas (indicadores de comprometimento), gestão (planos,
programas, metas e monitoramento), desempenho (indicadores de performance) e
cumprimento legal (cumprimento de normas na área ambiental, trabalhista, de
concorrência e em relação ao consumidor). O questionário visa avaliar as empresas
socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis. A permanência da CESP no ISE
confirma sua vocação de longa tradição com o alto comprometimento com o
desenvolvimento sustentável.
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Estratégia e Vantagens Competitivas
A CESP tem sua administração orientada para os seguintes aspectos prioritários:
- Reestruturação de seu Endividamento. A Companhia tem por principal objetivo a
redução de seu endividamento e mantê-lo adequado a sua geração de caixa. Quando do
lançamento das ações preferenciais nominativas da classe B, a companhia tinha se
comprometido perante os investidores a reduzir, a médio prazo, a relação da dívida líquida
por EBITDA de 10,1 vezes, de dezembro de 2005, para 3,5 vezes. Em dezembro de 2008, a
relação já era 4,3 vezes e a meta de 3,5 vezes foi alcançada em 33 meses, em março de 2009.
- Foco na Eficiência e Otimização Operacional. O rigoroso programa de investimentos na
manutenção das instalações e no treinamento de seus técnicos tem mantido a eficiência e o
alto padrão na produção de energia elétrica, como pode ser constatado por meio dos índices
de disponibilidade de unidades geradoras e taxa de falhas. Com isso, a Companhia fortifica
a base que torna seu negócio cada vez mais competitivo e, assim, eleva a criação de valor
para seus acionistas.
- Otimização do Portfólio de Clientes. Em 2008, cerca de 49% da energia foram
direcionados para o mercado regulado, 45% a consumidores livres e comercializadoras e 6%
da energia foi vendida na Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE). Para os
próximos anos, a estratégia da CESP é maximizar as vendas a consumidores livres, que
apresentam maior flexibilidade na forma de contratação e definição de preços,
proporcionando melhores resultados financeiros para a Companhia.
- Aprimoramento das Práticas de Governança Corporativa. Em 2006, a CESP aderiu ao
Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da Bovespa e adotou,
espontaneamente, algumas práticas de governança corporativa exigidas no Nível 2 e Novo
Mercado que foram incorporadas no Estatuto Social.
As diretrizes de gestão e estratégias da CESP dão à Companhia as seguintes vantagens
competitivas:
- Perfil de Contratação Adequado. A atual energia assegurada da Companhia está
contratada até 2012, a preços competitivos e reajustados com base na inflação, o que
proporciona estabilidade de geração de caixa.
20
- Eficiência Operacional. A qualidade do desempenho operacional da CESP, refletida no
excelente desempenho dos índices de disponibilidade de máquinas e taxa de falhas, é
resultado, principalmente, da eficiência na produção de energia proporcionada pela
manutenção de suas instalações e treinamento de seus técnicos.
- Geração Consistente de Caixa Operacional e Reduzida Necessidade de Investimentos.
Com forte capacitação técnica e funcionários experientes na utilização dos equipamentos e
manutenções preventivas programadas, a CESP controla seus custos operacionais de forma
eficiente, o que levou a manter sua margem EBITDA superior a 65% nos últimos três anos
aliado ao fato de que a Companhia não tem, a curto prazo, projetos de investimentos para
expansão do seu parque gerador.
- Condições Hidrológicas Favoráveis e Localização Privilegiada. As principais usinas
hidrelétricas da CESP estão localizadas no sudeste do Brasil, na região hidrográfica do
Paraná, que possui a razão entre disponibilidade hídrica e demanda total de 4%,
classificação excelente de acordo com os critérios de severidade adotados pela European
Environmental Agency e pela Organização das Nações Unidas. Além disso, suas usinas se
encontram nas partes mais baixas de suas respectivas bacias hidrográficas, o que permite a
otimização de seus reservatórios que estão situados na mesma cascata. Esses fatores têm
permitido à Companhia uma produção de energia superior à sua energia assegurada, tendo
produzido, em 2008, cerca de 20% a mais.
- Administração Experiente. A diretoria da CESP é integrada por profissionais com ampla e
sólida experiência na atividade de geração de energia hidrelétrica, nos setores privado e
público. Os membros da diretoria da Companhia possuem, em média, mais de 25 anos de
atuação no setor elétrico.
21
Governança Corporativa
NÍVEL 1 DAS PRÁTICAS DIFERENCIADAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
A CESP aderiu, em julho de 2006, ao Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança
Corporativa da BOVESPA, que se constitui em um conjunto de regras que disciplina as
relações entre o acionista controlador, o Conselho de Administração, a diretoria executiva, os
demais acionistas e, em especial, o mercado financeiro. Todos esses públicos recebem
informações com qualidade, agilidade e transparência.
OUTRAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
Além dos procedimentos exigidos pelo Nível 1 de Governança Corporativa, a CESP adotou,
adicionalmente, as seguintes práticas, incorporadas no Estatuto Social:
Adesão à Câmara de Arbitragem do Mercado da BOVESPA, para dirimir dúvidas de
caráter societário;
“Tag Along” 100% - Direito aos acionistas detentores de ações preferenciais classe B
(CESP 6) à venda conjunta das ações, pelas mesmas condições, em caso de alienação
do controle acionário;
Mandato de dois anos para a Diretoria e Conselho de Administração;
Conselho de Administração composto por 20% de conselheiros independentes.
Em reunião realizada em dezembro de 2008, o Conselho de Administração deliberou que, a
partir das demonstrações financeiras de 31.12.2009, adicionalmente ao previsto na legislação
brasileira, a CESP divulgará no idioma inglês, a íntegra das demonstrações financeiras,
relatório da administração e notas explicativas. Os documentos serão elaborados de acordo
com a legislação societária brasileira, acompanhadas de nota explicativa adicional
demonstrando a conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido apurados
segundo os critérios contábeis brasileiros e segundo os padrões internacionais do
International Accounting Standards Board (IASB), evidenciando as principais diferenças
entre os critérios contábeis aplicados, e do parecer dos auditores independentes, até que a
evolução da legislação brasileira permita a integral adoção dos padrões internacionais
estabelecidos pelo International Reporting Financial Standards (IRFS).
RELAÇÕES COM INVESTIDORES
A CESP dispõe de uma área de relações com investidores (RI) que coordena a distribuição das
informações ao mercado financeiro em geral, investidores, analistas de mercado, instituições
financeiras, órgãos reguladores e fiscalizadores, por meio de reuniões públicas anuais,
22
teleconferências dos resultados trimestrais, reuniões “one-to-one” com analistas de mercado,
administradores de fundos e investidores. No transcorrer de 2008 foram realizadas mais de
50 dessas reuniões, além de participações em eventos do tipo “Utilities Day”, “mailing list”,
“site” corporativo, módulo do RI (www.cesp.com.br/investidores) e e-mail
[email protected] e o Fale com RI, ferramenta que permite a resposta de questões
específicas em até três dias úteis.
Ouvidoria
A CESP atua de acordo com sua Política de Qualidade buscando a excelência operacional
para sempre atender aos requisitos dos clientes e garantir sua satisfação. Por meio da
ouvidoria, a Companhia disponibiliza aos clientes um canal de relacionamento e
comunicação que tem como missão defender seus interesses dentro da CESP.
A ouvidoria atua como instância final, com a finalidade de acolher, esclarecer e responder
toda e qualquer manifestação, de forma a provocar ações de transformação interna e
melhorar a qualidade dos serviços prestados pela CESP. A Ouvidoria pode ser acessada pelo
“site” corporativo, no ícone “Fale Conosco”.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O Conselho de Administração da CESP é o órgão de deliberação colegiada responsável
pelo estabelecimento das políticas e diretrizes gerais dos negócios, incluindo a
estratégia de longo prazo da Companhia. É composto por no mínimo três e no máximo
15 membros, com mandatos de dois anos e reeleição permitida, conforme previsto no
Estatuto Social.
As reuniões do Conselho acontecem, ordinariamente, uma vez por mês e,
extraordinariamente, sempre que necessário e são realizadas com a presença da maioria
de seus membros em exercício.
Seus membros são eleitos pelos acionistas da CESP, em assembléia geral. Dos atuais 15
integrantes, um conselheiro independente foi indicado pelos acionistas preferencialistas
minoritários, um eleito pelos empregados da Companhia, dois conselheiros
independentes e os demais, eleitos pelo controlador, a Fazenda do Estado de São Paulo.
23
Conselho de Administração
Dilma Seli Pena Presidente
Aloysio Nunes Ferreira Filho Vice-Presidente
Andrea Sandro Calabi Conselheiro (eleito por controlador)
André Luis de Lacerda Sousa Conselheiro (eleito por controlador)
Antonio Mardevânio Gonçalves da Rocha Conselheiro (eleito pelos empregados)
Carlos Pedro Jens Conselheiro Independente
Fernando Carvalho Braga Conselheiro (eleito por controlador)
Fernando de Lima Granato Conselheiro (eleito por controlador)
Francisco Vidal Luna Conselheiro (eleito por controlador)
Gesner José de Oliveira Filho Conselheiro (eleito por controlador)
Guilherme Augusto Cirne de Toledo Conselheiro (eleito por controlador)
Isabel da Silva Ramos Kemmelmeier Conselheira Independente (eleito por
minoritários
Marcos Antonio de Albuquerque Conselheiro (eleito por controlador)
Mauro Ricardo Machado Costa Conselheiro (eleito por controlador)
Nelson Vieira Barreira Conselheiro Independente
Os currículos de todos os membros do Conselho de Administração da CESP estão
disponíveis em: http://www.cesp.com.br/investidores.
24
DIRETORIA
A Diretoria da CESP é composta por até seis membros, acionistas ou não, sendo
responsável pela administração dos negócios e a prática de todos os atos necessários ou
convenientes, bem como pela execução das deliberações tomadas pelo Conselho de
Administração.
Os Diretores da Companhia, que possuem mandato de dois anos, sendo permitida a
reeleição, têm responsabilidades individuais estabelecidas pelo Conselho de
Administração, pelo Estatuto Social e pelo Regimento Interno. As reuniões de Diretoria
são convocadas pelo Diretor-Presidente ou por solicitação da maioria dos membros da
diretoria, sendo instaladas com a presença da maioria de seus membros.
Diretoria
Guilherme Augusto Cirne de Toledo Diretor-Presidente
Vicente Kazuhiro Okazaki Diretor Financeiro e de Relações com
Investidores
Armando Shalders Neto Diretor Administrativo
Iramir Barba Pacheco Diretor de Engenharia e Construção
Vilson Daniel Christofari Diretor de Geração Oeste e Diretor de
Geração Leste (cumulando)
Os currículos de todos os membros da Diretoria da CESP estão disponíveis em:
http://www.cesp.com.br/investidores.
CONSELHO FISCAL
O Conselho Fiscal da CESP, instalado em caráter permanente, é constituído por cinco
membros efetivos e suplentes em igual número, eleitos em Assembléia Geral para
mandato de um ano. O acionista controlador ou titular detentor das ações ordinárias de
emissão da Companhia indica três membros efetivos e seus respectivos suplentes para
representá-lo e os acionistas detentores de ações preferenciais, na qualidade de
acionista minoritário e preferencialista da Companhia, indicam dois membros efetivos e
seus respectivos suplentes para representá-lo.
25
A principal responsabilidade do Conselho Fiscal é supervisionar as atividades da
administração e manter os acionistas informados de suas constatações.
Para isso, como órgão independente e não relacionado aos Auditores Independentes,
revisa as Demonstrações Financeiras da Companhia e aconselha os acionistas a respeito
de seu conteúdo, além de se reportar a eles em assuntos relacionados ao orçamento da
CESP, mudanças em sua capitalização, distribuição de dividendos e reorganizações
societárias.
Conselho Fiscal
Agnaldo César Breves Efetivo (eleito por minoritário e
preferencialista)
Amancio Acúrcio Gouveia Efetivo (eleito por minoritário e
preferencialista)
Geraldo José Sertório Collet Silva Efetivo (eleito por controlador)
José Rubens Gozzo Pereira Efetivo (eleito por controlador)
Pedro Pereira Benvenuto Efetivo (eleito por controlador)
Anna Paula Dorce Armonia Suplente (eleito por minoritário e
preferencialista)
Atilio Gerson Bertoldi Suplente (eleito por controlador)
Carlos Eduardo Esposel Suplente (eleito por controlador)
Dirceu Rioji Yamazaki Suplente (eleito por controlador)
Roberto Gomez Suplente (eleito por minoritário e
preferencialista)
Os currículos de todos os membros do Conselho Fiscal da CESP estão disponíveis em:
http://www.cesp.com.br/investidores.
26
POLITICA DE DIVIDENDOS
Todos os acionistas, em data acordada, têm direito ao recebimento de dividendos cuja
distribuição é definida na Assembléia Geral Ordinária, realizada até 30 de abril de cada
ano.
Os dividendos da CESP são destinados de acordo com a seguinte prioridade:
(i) aplicação de 5%, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva
legal, até o limite de 20% do capital social;
(ii) do saldo, será destinado valor para pagamento do dividendo anual prioritário e
obrigatório das Ações Preferenciais A, de 10% calculado sobre o valor do capital social
integralizado representado por Preferenciais A, a ser rateado ente ações preferenciais
desta classe;
(iii) do saldo, será destinado valor para pagamento de dividendo anual obrigatório às
ações ordinárias e às Ações Preferenciais B correspondente a 10% do valor do capital
social integralizado representado por estas ações, a ser rateado igualmente entre elas;
(iv) do saldo, até 20% a Companhia poderá destinar conforme deliberação da
Assembléia Geral, para reinversão na expansão das atividades de seu objeto social, até o
limite de 10% de seu capital social;
(v) o saldo terá a destinação deliberada em Assembléia Geral, observadas as retenções
permitidas em lei, sendo que, no caso de distribuição de saldo remanescente às ações
ordinárias e Preferenciais A e Preferenciais B, esta se fará em igualdade de condições.
O pagamento de juros a título de remuneração de capital próprio poderá ser deduzido
do montante de dividendos a pagar, na forma da legislação vigente.
GESTÃO DE RISCOS
Visando o cumprimento de seus objetivos estratégicos, a CESP iniciou em 2008 o
projeto para implantação de um modelo de Gestão de Riscos Corporativos, que inclui o
mapeamento de processos, a identificação e mensuração de riscos, a melhoria dos
procedimentos e controles internos e a adoção da metodologia de auto avaliação de
controle. A avaliação dos processos de gestão de riscos e controles internos considera os
27
princípios do “Commitee of Sponsoring Organizations – COSO” e “Control Objectives
for Information and Related Technology – COBIT”.
CÓDIGO DE CONDUTA
Em resposta às crescentes exigências da sociedade e, em especial, do mercado de
capitais, quanto à divulgação dos princípios éticos adotados pela companhia como
norteadores de suas atividades, a CESP aprovou a elaboração de um Código de Conduta,
que deverá contribuir positivamente com seu relacionamento interno e externo,
elevando o nível de confiança no relacionamento com todos os seus parceiros
(investidores, fornecedores, clientes, credores, autoridades e seus próprios
colaboradores). A divulgação do Regimento Interno do Código está prevista para 2009.
28
Prêmios
Troféu Transparência ANEFAC
A CESP ganhou, pela sexta vez, o prêmio Troféu Transparência na categoria Companhias
Abertas, como uma das 10 empresas finalistas que publicaram em 2008 as melhores
Demonstrações Financeiras. A premiação é concedida pela Associação Nacional dos
Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em parceria com a
Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), da
Universidade de São Paulo e Serasa.
Entre os critérios de avaliação das 789 empresas concorrentes em 2008, sendo 220 de
capital aberto e 569 de capital fechado, estão a qualidade e grau das informações contidas
nas demonstrações financeiras e notas explicativas, transparência das informações
prestadas, qualidade do relatório da administração, aderência aos princípios contábeis,
legibilidade, concisão e clareza, entre outros.
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
O 1º Prêmio Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas) de Criação de Valor
indicou a CESP como uma das três empresas finalistas de destaque entre as cerca de 60
empresas do setor de energia elétrica. A CESP recebeu em 2008 o prêmio de empresa de
maior criação de valor em 2007 e os destaques em dez setores da economia: alimentos,
atacado e varejo, bancos, energia elétrica, saneamento e gás, máquinas e equipamentos,
metalúrgica e siderurgia, papel e celulose, extração mineral e telecomunicações.
O Prêmio Abrasca foi lançado pelo Conselho do Anuário Estatístico das Companhias
Abertas, com o objetivo de incentivar, entre as empresas de capital aberto, as boas práticas
de governança corporativa. A metodologia utilizada, inédita no Brasil, distinguiu as
companhias que obtiveram os maiores índices nos conceitos de criação de valor para o
acionista, sustentabilidade empresarial, controle de riscos dos negócios, transparência de
informações e atuação social.
Prêmio Proteção Brasil da PREVENOR
O trabalho “Inspeção Subaquática com Televisionamento nas Turbinas da CESP” foi
premiado na categoria melhor “case” em espaço confinado no Brasil do Prêmio Proteção
Brasil de Saúde e Segurança no Trabalho. A premiação, ocorrida na programação da
29
Prevenor 2008 – Sétima Feira e Seminário Norte-Nordeste de Saúde e Segurança no
Trabalho e Emergência, contou com 120 trabalhos inscritos em âmbito nacional em 13
categorias.
O prêmio visa reconhecer e estimular o esforço de empresas e profissionais na melhoria do
ambiente de trabalho e divulgar as ações bem sucedidas nesses aspectos. A técnica de
inspeção subaquática com recursos de televisionamento em tempo real aumenta a
segurança da equipe, reduz de cinco dias para quatro horas o tempo necessário à inspeção e
não causa impacto ambiental.
Prêmio SENOP
A quarta edição do Seminário Nacional de Operadores de Sistemas Elétricos (SENOP)
premiou o trabalho da CESP sobre limpeza de grades da tomada d’água na categoria
Controle e Segurança da Operação, entre 430 trabalhos de 63 empresas de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica.
O tema vencedor, em 2008, - “Criatividade e Inovação, a Superação no Projeto de
Mecanismo para Limpeza das Grades de Tomada D’Água da Usina Hidrelétrica Engº.
Sérgio Motta (Porto Primavera)” - destaca os benefícios da execução do trabalho sem o
desligamento das unidades geradoras e a redução de recursos necessários no processo, o
que diminui o risco de acidentes.
Divulgação externa - Release
O site de divulgação de textos jornalísticos – Maxpress - classificou o release “CESP
comemora Dia das Aves com filhotes de espécies ameaçadas” como um dos TopMax20 do
mês de outubro de 2008. A matéria sobre o nascimento de três filhotes de espécies
ameaçadas de extinção no Centro de Conservação de Fauna Silvestre da CESP em Ilha
Solteira totalizou 446 acessos.
30
Cenário
AMBIENTE MACRO-ECONÔMICO
Até o terceiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) evoluiu, em doze meses,
6,8%, superando os 5,6% do mesmo período de 2007. No quarto trimestre, em decorrência
da crise econômica mundial, houve uma redução do crescimento, tendo o ano encerrado
com taxa positiva de 5,1%, revelando-se a primeira desaceleração do PIB desde 2004.
A moeda-norte americana valorizou-se 31,9% com relação ao Real e terminou o ano cotada
a R$ 2,33.
A Taxa Básica de Juros era de 13,75% a.a. e a inflação medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA, do IBGE, registrou 5,9% no ano.
Apesar dos impactos da crise, o país conseguiu manter sua balança comercial em superávit
de US$ 24,7 bilhões e alcançar total recorde de R$ 197,9 bilhões em exportações, um
aumento anual de 23,2%. Esses resultados levaram o Brasil a ser qualificado, a partir de
maio de 2008, como país com grau de “Investment Grade”, por duas das principais
agências de classificação de risco, o que proporcionou credibilidade para os investidores
estrangeiros diretos, oferecendo-lhes mais uma opção para novos investimentos.
SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA
O setor de energia elétrica brasileiro é regulado e fiscalizado pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL). O país está dividido em quatro submercados interligados pelo
sistema de transmissão: Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul.
O Operador Nacional do Sistema (ONS) é responsável pela operação e confiabilidade do
SIN - Sistema Interligado Nacional, monitorando todas as regiões para que não haja
desabastecimento de energia em nenhuma região do país.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) é responsável pela contabilização
de energia em todos os submercados, elaborando as regras de comercialização, como
também divulgando o preço da energia por semana em cada submercado, mediante
chancela da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.
31
Geração
A capacidade de geração do país alcançou 102.610 megawatts (MW) produzidos por 1.994
empreendimentos em operação ao final de 2008, de acordo com dados da ANEEL. As
usinas hidrelétricas representam 73% dessa geração e as termelétricas 22,2%, sendo os
4,8% restantes provenientes das usinas nucleares (1,96%), PCHs – Pequenas Centrais
Hidrelétricas (2,39%), eólicas (0,33%) e CGHs – Centrais Geradoras Hidrelétricas (0,15%).
73,0%
22,2%
4,8%
Geração no Brasil por Fonte de Energia
Hidrelétrica
Termelétrica
Outras
Consumo
O consumo de energia elétrica em 2008 alcançou um total de aproximadamente 395 mil
GWh, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), valor 3,8% superior ao
consumido em 2007.
32
Desempenho Operacional
PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
A produção de energia elétrica das usinas da CESP no acumulado de 2008 alcançou
41.139.430 MWh, o que representa 4.683 MW médios, aproximadamente 20% além de sua
energia assegurada nominal de 3.916 MW médios anuais.
Produção total anual (MWh)
Usinas 2008
Ilha Solteira 17.939.479
Três Irmãos 2.662.099
Jupiá 9.720.326
Porto Primavera 10.485.272
Paraibuna 261.882
Jaguari 70.372
Total 41.139.430
Energia produzida e Assegurada (MW médios)
33
COMERCIALIZAÇÃO
A CESP comercializa sua energia assegurada nos seguintes ambientes:
Ambiente de Contratação Regulado – ACR: através dos contratos de Compra de
Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR’s) firmados com as
distribuidoras e Contratos de Compra e Venda de Energia Elétrica (CCVE’s) com as
distribuidoras com carga inferior a 500 GWh/ano.
Ambiente de Contratação Livre – ACL: CCVE´s de curto, médio e longo prazos,
negociados com as geradoras, comercializadoras e consumidores livres.
Além disso, as diferenças entre a energia produzida, assegurada e contratada foram
contabilizadas e liquidadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE.
LEILÕES
Entre 2004 e 2007 a CESP teve 2.518 MW contratados no ACR, de acordo com os
resultados dos seguintes leilões de energia:
2005 2012
2006 2013
2007 2014
2008 2015
2009 2016
2010 2039
2009 2038
1º Leilão de Energia de Empreendimentos
Existentes 07/ 12/ 2004
800 mw médios - R$ 62,10/MWh
1.178 mw médios - R$68,37/MWh
20 mw médios - R$ 77,70/MWh
2º Leilão de energia de Novos
Empreendimentos 29/ 06/ 2006
2º Leilão de Energia de Empreendimentos
Existentes 02/ 04/ 2005 170 mw médios - R$ 83,50/MWh
4º Leilão de Energia de Empreendimentos
Existentes 11/ 10/ 2005 120 mw médios - R$ 93,43/MWh
1º Leilão de energia de Novos
Empreendimentos 16/ 12/ 2005 148 mw médios - R$ 116,00/MWh
82 mw médios - R$ 124,97/MWh
CLIENTES
Os clientes da CESP são as principais distribuidoras de energia elétrica do país - que
compram sua energia por meio de contratos de longo prazo, através dos leilões realizados
no mercado regulado e, no mercado livre, para consumidores finais e comercializadoras,
que adquirem sua energia por meio de contratos bilaterais de médio e longo prazos.
34
SISTEMA ELÉTRICO DA CESP
A CESP atende seus compromissos comerciais em conformidade com a legislação e as
regras e procedimentos de comercialização da CCEE, operacionais de acordo com os
procedimentos de rede preconizados pelo ONS e de acordo com as exigências regulatórias
da ANEEL.
Os indicadores de disponibilidade (conceito de produtividade) e de taxa de falhas (conceito
de confiabilidade) avaliam o desempenho operacional da Companhia e permitem a busca
da excelência na geração de energia elétrica.
Em 2008, a taxa de falhas verificada se manteve abaixo do limite estabelecido pela CESP:
O alto Índice de Disponibilidade, de 93,4%, atingido pela CESP superou o valor de
referência estabelecido pela ANEEL em 2008 (89,6%). Por meio desse índice, a ONS mede
a eficiência das usinas do SIN.
35
Os bons resultados e alcance das metas estabelecidas comprovam o excelente desempenho
da manutenção das usinas e a condução correta de sua operação.
MANUTENÇÃO
Para garantir as atuais condições de segurança, disponibilidade e confiabilidade da
produção e atender aos requisitos estabelecidos pelos órgãos reguladores, a CESP definiu
em 2008 as prioridades dos programas de revitalização, modernização e automação e do
monitoramento e instalações dos equipamentos.
Ações Usinas
Plano de Ampliações e Reforços 2007-2009 do
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) Todas as usinas
Plano de Automação das Usinas UHE Jaguari, UHE Três Irmãos,
UHE Ilha Solteira e UHE Jupiá
Substituição dos disjuntores DLF 420 instalados
nos “bays” de unidades geradoras UHE Ilha Solteira
Correção do desbalanceamento magnético por
meio de adaptações das conexões do enrolamento
estatórico na Unidade de Geração 11
UHE Ilha Solteira
36
Desempenho Econômico-Financeiro
Indicadores Econômico-Financeiros 2008 2007 Var.
Preço Médio Geral – R$ por MWh 89,97 79,91 12,3%
Margem Operacional 41,22% 35,58% -5,64 p.p.
Variação do Dólar 31,94% -17,15% n.m.
Variação do Euro 24,13% -10,11% n.m.
Endividamento do Ativo 0,54 0,47 14,89%
Liquidez Corrente 0,57 0,66 -13,64%
RECEITAS
Em 2008, as Receitas de fornecimento e suprimento de energia elétrica totalizaram R$
2.986,9 milhões. Esse resultado é 13,8% maior que o obtido em 2007, o que reflete o
aumento dos preços nos segmentos de fornecimento a consumidores livres e de energia de
leilões.
49%
45%
6%
Receitas por Segmento em 2008 (R$)
Ambiente de Contratação Regulada - ACR
Ambiente de Contratação livre -ACL
CCEE - Energia de Curto Prazo
A receita decorrente das vendas de energia elétrica no ambiente de contratação regulada
representou 49% do total, superando o ambiente de contratação livre, que responde por
45%. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, por sua vez, totalizou 6%
das Receitas.
37
DEDUÇÕES DA RECEITA
As Deduções da Receita totalizaram R$ 507,2 milhões em 2008, aumento de 14,8%
comparado aos R$ 441,8 milhões somados em 2007, mantendo-se proporcionalmente no
mesmo patamar de 17% em relação à Receita Bruta.
Composição das
Vendas de Energia
MWh R$ (‘000)
2008 2007 Var. 2008 2007 Var.
Ambiente de Contratação Livre - ACL
14.022.313 15.176.935 -7,6% 1.328.261 1.227.810 8,2%
Ambiente de Contratação Regulada - ACR
19.128.603 17.668.978 8,3% 1.475.467 1.283.351 15,0%
Energia de Curto Prazo - CCEE
- - - 178.903 113.611 57,5%
Total 33.150.916 32.845.913 0,9% 2.982.631 2.624.772 13,6%
A Receita Operacional Líquida em 2008 atingiu R$ 2.479,7 milhões, 13,6% superior aos R$
2.183,7 milhões obtidos em 2007.
DESPESAS OPERACIONAIS
As Despesas Operacionais em 2008 totalizaram R$ 1.457,5 milhões, com variação de 3,6%
comparadas a 2007.
Despesas Operacionais (R$ ‘000) 2008 2007 Var.
Pessoal (179.413) (151.920) 18,1%
Entidade de previdência a empregados - Contribuição do Plano
(8.386) (7.049) 19,0%
Materiais (9.588) (8.636) 11,0%
Serviços de terceiros (57.382) (52.754) 8,8%
Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos
(166.726) (160.279) 4,0%
Energia de curto prazo - CCEE (139.490) (47.027) 196,6%
Encargos de uso do sistema de transmissão /serviços do sistema
(305.714) (311.006) -1,7%
Taxas do setor elétrico (11.035) (8.851) 24,7%
Créditos de COFINS/PIS s/ encargos de uso da rede
39.595 29.945 32,2%
Depreciação (480.804) (479.056) 0,4%
38
Provisões Operacionais (123.478) (192.210) -35,8%
Outras despesas (15.093) (17.916) -15,8%
Total (1.457.514) (1.406.759) 3,6%
% da Receita Líquida 58,8% 64,4% -5,65 p.p.
EBIT E EBITDA
Em 2008 o EBIT atingiu R$ 1.022,2 milhões, devido, principalmente, ao aumento nas
receitas operacionais. A margem EBITDA fechou o ano em 65,6% e o EBITDA Ajustado
somou R$ 1.626,5 milhões, crescimento de 12,3% comparados aos R$ 1.448,3 milhões de
2007.
EBITDA Ajustado (R$ ‘000) 2008 2007 Var.
Lucro (Prejuízo) Líquido (2.351.639) 178.591 n.m.
Imposto de Renda e Contribuição Social (Líquido) (700.501) 273.393 n.m.
Resultado Financeiro 1.394.212 314.276 343,6%
Entidade de previdência a empregados - Deliberação CVM 371/2000
177.285 (284.495) n.m.
Outras Receitas / despesas líquidas (antes não operacional)
35.728 295.222 -87,9%
Provisão p/ redução ao valor recuperável de ativos
2.467.094 - n.m.
EBIT 1.022.179 776.987 31,6%
Depreciação 480.804 479.056 0,4%
Provisões Operacionais 123.478 192.210 -35,8%
EBITDA Ajustado 1.626.461 1.448.253 12,3%
39
RESULTADO FINANCEIRO
O Resultado Financeiro em 2008 foi de R$ 1.394,2 milhões negativos, comparado à despesa
de R$ 314,3 milhões apresentada em 2007.
Essa variação deve-se, principalmente, à desvalorização de 31,94% do real frente ao dólar
norte-americano, que impactou negativamente a dívida total da empresa, composta por
39% em moeda estrangeira.
LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO
A Companhia registrou prejuízo de R$ 2.351,6 milhões em 2008, ante o lucro de R$ 178,6
milhões registrado em 2007.
O resultado foi impactado negativamente pelo reconhecimento da provisão para redução ao
valor recuperável de ativo imobilizado, referente à Usina Engº. Sérgio Motta (Porto
Primavera), que, de acordo com os cálculos realizados conforme pronunciamento contábil
CPC – 01, somou o montante de R$ 2.467,0 milhões.
As demais usinas do parque gerador da Companhia, por sua vez, apresentaram fluxo de
caixa positivo, não havendo necessidade de registro de provisão para tal finalidade em
31/12/2008, conforme a tabela a seguir:
Usina Valor de Recuperação
(R$ mil)
Valor Contábil
(R$ mil)
Ilha Solteira + Três Irmãos 7.382.502 3.326.400
Jupiá 1.970.584 275.394
Jaguari 46.793 3.044
Paraibuna 141.296 20.905
Total 9.541.175 3.625.743
ENDIVIDAMENTO
Em seu balanço patrimonial de 2008, a CESP registrou Dívida Total no valor de R$ 7.024,2
milhões, um aumento de 4,8% em comparação com 2007. A dívida em moeda estrangeira
40
teve um aumento de 9,7%, devido à forte valorização do dólar norte-americano, enquanto a
dívida em moeda nacional teve uma redução de 0,7%. Na mesma data, as Disponibilidades
totalizavam R$ 411,8 milhões.
A Dívida Líquida totalizou R$ 6.532,0 milhões, um aumento de 11,5% na comparação com
2007.
Composição dos empréstimos
Empréstimos e Financiamentos (R$ ‘000) Total
Moeda Estrangeira 2.721.825
Moeda Nacional 1.174.022
Outras Dívidas 3.128.399
TOTAL do Endividamento (1) 7.024.246
Recursos (2) 492.206
Disponibilidades 411.806
Despesas Pagas Antecipadamente (juros) 80.400
Endividamento Líquido (1)-(2) 6.532.040
41
MERCADO DE CAPITAIS
A CESP possui ações negociadas no Nível 1 da BM&FBovespa de práticas diferenciadas de
governança corporativa e estão registradas para negociação sob os códigos: “CESP3” (ações
ordinárias), “CESP5” (ações preferenciais “A”), e “CESP6” (ações preferenciais “B”). A
Companhia possui ainda um programa de ADR (American Depositary Receipts), com
títulos negociados no mercado de balcão norte-americano (OTC – Over the Counter) sob os
códigos CSQSY para os ADRs representativos de ações e CESQY para os ADRs
representativos de ações preferenciais.
As ações da Companhia fazem parte, atualmente, de diversos índices do mercado acionário:
Ibovespa Índice Bovespa
ITAG Índice de Ações com Tag Along Diferenciado
IGC Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada
ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial
IEE Índice de Energia Elétrica
IBrX Índice Brasil
IBrX 50 Índice Brasil 50
IVBX – 2 Índice Valor Bovespa
MLCX Índice Mid-Large Cap
Ao final de 2008, o valor de mercado da Companhia totalizou R$ 4.458,29 milhões,
composto por 327,5 milhões de ações, sendo 59,41% em circulação com volume médio de
negociação de R$ 1.488,9 milhões mensais.
42
Gestão Social
A CESP norteia suas decisões de negócios nas expectativas, demandas e necessidades de
suas partes interessadas. Nessa linha, foca sua gestão social em políticas e canais de
relacionamento específicos a cada um de seus públicos estratégicos - público interno,
acionistas e investidores, governo, fornecedores, clientes e consumidores, comunidade,
entre outras partes interessadas relacionadas às atividades da companhia ou aos seus
impactos.
PÚBLICO INTERNO
A gestão de recursos humanos da CESP objetiva a valorização de seu capital humano, base
do sucesso e da constante busca da excelência na geração de energia elétrica da Companhia.
Para isso, compromete-se com a aprendizagem, capacitação e satisfação de todos seus
empregados.
Em 2008 a CESP contou com 1.321 empregados próprios, 100% contratado sob regime
CLT. Seu quadro de estagiários corresponde a 3,5% do quadro de funcionários, e o quadro
de aprendizes, a 5,3%.
Indicadores do quadro funcional
2008 2007 2006
Total de empregados 1.321 1.387 1.403
Admissões 3 16 2
Demissões 43 47 31
Taxa de rotatividade 3,45% 3,47% 2,31%
43
17,3 %
42,8 %
30,8 %
8,9 %
Empregados por escolaridade
Ensino fundamental
Ensino médio
Ensino superior
Pós-graduação
BENEFÍCIOS
A CESP oferece a todos seus empregados um pacote de benefícios mensais que, além das
obrigações legais, proporciona os recursos necessários ao desenvolvimento profissional,
saúde, conforto e atendimento das necessidades básicas dos empregados e seus familiares.
Alimentação
Cesta básica alimentícia e benefício alimentação,
lanche matinal e cesta básica, totalizando R$
505,70/mês
2008: R$ 6,7 milhões
Transporte
Auxílio transporte no valor total de R$ 131,70/mês
(média por empregado)
2008: R$ 96,5 mil
Saúde
Assistência médico/hospitalar, odontológica,
laboratorial, psiquiátrica, fonoaudiológica,
fisioterapeutica e terapia ocupacional.
2008: R$ 9,9 milhões
Fundação CESP
Plano de previdência privado composto de 70% de
benefício contribuição paritária empresa e
empregado e 30% de contribuição com contribuição
livre por parte do empregado e por parte da
empresa até o limite de 2,5% do salário base.
2008: Contribuição de R$ 8,4 milhões.
44
SAÚDE E SEGURANÇA
Em consonância ao seu compromisso com a excelência na geração de energia elétrica, a
Companhia considera o respeito à vida, a proteção à saúde e a segurança no trabalho de
seus empregados e de prestadores de serviço como componentes essenciais do desempenho
empresarial e responsabilidade primordial ao seu objetivo de geração de valor a todos os
seus públicos.
A gestão da Segurança e Saúde da CESP é fundamentada na busca permanente do bem
estar e promoção da saúde e qualidade de vida dos empregados e prestadores de serviço, no
cumprimento da legislação pertinente em vigor e na busca da melhoria contínua dos
processos produtivos, através da prevenção, controle e eliminação dos riscos associados ao
trabalho. Para isso, são desenvolvidos diversos procedimentos e ações preventivas e
corretivas, descritos a seguir.
Segurança do Trabalho
A CESP vem mantendo resultados positivos na área de segurança do trabalho, com a
superação de metas e registro de Taxa de Segurança de 99,55%, resultados das constantes
ações de conscientização dos empregados e da atuação das Comissões Internas de
Prevenção de Acidentes (CIPAs), dos Serviços Especializados de Segurança e Medicina do
Trabalho (SEESMET) e das Brigadas de Incêndio. As CIPAs, SEESMET e Brigadas e
representam 17,8% dos empregados e são compostas por um total de 236 pessoas.
Durante seu turno de trabalho, os empregados contam com o Serviço de Atendimento “Área
Protegida 24 horas”, que consiste no transporte de pessoas que apresentam problemas de
saúde ou lesões, por meio de ambulância simples ou com Unidade de Terapia Intensiva e
médico para primeiros socorros.
Além disso, para prevenir acidentes, a equipe de Segurança do trabalho desenvolveu
atividades rotineiras de inspeções nas instalações da CESP.
Treinamentos sobre a NR-10 (norma de segurança em eletricidade), CIPA, Brigada
de Incêndio, Procedimentos de Segurança em Espaço Confinado;
Especificação das vestimentas de proteção contra arco elétrico (NR 10), bem como a
elaboração de Normas e Procedimentos, especificamente para controle e
higienização das vestimentas;
Investigação e Análise de Acidentes do Trabalho;
45
Controle das empreiteiras e prestadores de serviços, incluindo exigências de
atendimento NR10; e
Reuniões com órgãos e entidades ligados à Segurança e Saúde no Trabalho e Projeto
de Ergonomia na Empresa.
Em 2008, cabe destacar o recorde da usina Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera), que
completou 1.000 dias (639.799,50 homens/horas expostos ao risco) sem acidentes com
afastamento de empregados.
Indicadores de saúde e segurança no trabalho
2008 2007 2006
Média de horas extras por empregado/ano 3,01 2,63 2,44
Número total de acidentes de trabalho com empregados 25 24 3
Número total de acidentes de trabalho com
terceirizados/contratados 33 18 1
Média de acidentes de trabalho por empregado/ano 0,02 0,02 0,0
Acidentes com afastamento temporário de empregados
e/ou de prestadores de serviço (%) 1,09 0,56 0,04
Acidentes que resultaram em lesões com afastamento
permanente do cargo (%) 0 0 0
Acidentes que resultaram em morte 0 0 0
Dias perdidos 6.701 5.820 5.363
Doenças ocupacionais (no de funcionários) 4 4 4
Taxa de freqüência total da empresa para empregados 2,39 2,75 0,38
Taxa de freqüência total da empresa para
terceirizados/contratados Não disponível
Absenteísmo 1,33 1,25 1,22
46
Promoção da saúde
A CESP investe na saúde e promoção do bem estar de todos os seus colaboradores por
meio da realização de exames periódicos e análise dos resultados, que permitem o
planejamento e execução de iniciativas para melhoria da qualidade de vida, redução das
doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, além de racionalizar o padrão de
utilização dos serviços de saúde de todos os seus empregados.
Ações de medicina preventiva
Vacinação antigripal dos empregados;
Semana de controle da Pressão Arterial dos empregados lotados na Unidade de
Produção de Jupiá;
Programa de controle da Glicemia, Pressão Arterial e Colesterol, durante e
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, em São Paulo;
Caminhadas matinais na Unidade de Produção Ilha Solteira/ Três Irmãos;
Medida de Circunferência da Cintura dos empregados para a prevenção do risco
de doença cardiovascular;
Prevenção de doenças da tireóide, com a realização de exame de dosagem de
TSH de todos os empregados;
Triagem de todos os empregados acima de 50 anos com a pesquisa de sangue
oculto nas fezes para a prevenção de tumor de cólon;
Programa de controle do peso e pressão arterial do grupo de mergulhadores
CESP Ilha Solteira;
Campanha de combate ao mosquito da dengue, com realização de palestras e
orientações aos empregados de Ilha Solteira e Três Irmãos; e
Tratamento preventivo da dengue, com medicação homeopática aos
empregados de Ilha Solteira e Três Irmãos;
Ações de promoção da saúde e bem estar
Atendimentos individuais, através de orientações e encaminhamentos das
demandas apresentadas (funeral, convênios médicos, visitas domiciliares,
hospitalares, orientação financeira, etc.);
Atendimentos e encaminhamentos de dependentes dos empregados;
47
Atendimentos às áreas da Empresa, com foco na convivência e estimulo a um
bom ambiente de trabalho, visando dirimir conflitos;
Atendimentos de funeral;
Atendimentos de readaptação funcional;
Atendimentos a dependentes químicos; e
Atendimentos de mudança de área por insatisfação;
Em 2008 foram realizados 380 atendimentos individuais de diversos tipos - funeral,
convênios médicos, visitas domiciliares e hospitalares, orientação financeira,
readaptação funcional, entre outros.
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Visando o aprimoramento e atualização constante de seus empregados, a CESP
promove programas de treinamento e desenvolvimento com cursos, palestras,
seminários, congressos e eventos. Em 2008, foram investidos aproximadamente R$
700 mil em treinamentos e as atividades contaram com 4.181 participações de
empregados, totalizando 6.501 horas oferecidas e uma média geral de 31 horas de
desenvolvimento profissional por empregado/ano.
Além disso, a CESP oferece oportunidades para que seus empregados possam ampliar sua
aprendizagem contínua, por meio de cursos de idiomas e extensão, dentre os quais
merecem destaque:
Programa de Concessão de Bolsa de Estudos
A CESP oferece bolsas de estudos com o objetivo de colaborar com a formação escolar dos
empregados que freqüentam cursos pagos de primeiro, segundo ou terceiro grau. Em 2008,
o programa beneficiou 53 empregados.
Programa de Estágio Remunerado
Destinado aos estudantes de nível universitário e técnico, o Programa visa proporcionar-
lhes a oportunidade de aprimoramento de sua formação escolar, conhecendo a profissão na
prática, e oferece bolsa de complementação, auxílio alimentação e assistência médico-
hospitalar. Em 2008 a CESP recebeu 42 estagiários.
48
Programa de Aprendizes
O programa contrata aprendizes oriundos de famílias carentes, por meio de contrato com o
Centro de Aprendizado e Monitoramento Profissional do Caxingui e o Núcleo Rotary de
Aprendizagem Profissional – NURAP. Com isso, a CESP proporciona melhor
aproveitamento do programa educativo ministrado pelas entidades de ensino com o
objetivo de preparar os jovens para o mercado de trabalho.
Ao longo da permanência na Companhia, com o desenvolvimento de um conjunto de ações
integradas, os aprendizes passam por processo educativo que abrange sua
profissionalização e a socialização para o ambiente do trabalho. No ano de 2008 foram
destinadas 70 vagas ao Programa de Aprendizes.
Participação em Eventos Externos
Em 2008 a CESP participou de uma série de eventos técnicos a fim de buscar o intercâmbio
de informações e a ampliação do conhecimento na área de atuação de seus especialistas e
técnicos.
Entre os principais eventos do período estão: 1º Simpósio de Recursos Hídricos da Bacia do
Rio Paraíba do Sul, em Resende (RJ), 5º Simpósio Brasileiro sobre Pequenas e Médias
Centrais Hidrelétricas, em Belo Horizonte (MG) e 4º Encontro de Jornalistas de Mato
Grosso do Sul, em Três Lagoas (MS; Seminário sobre Ecologia, Conservação e Manejo do
Cervo-do-Pantanal, em Araçatuba (SP), 8º Seminário Nacional da Gestão da Informação e
do Conhecimento no Setor de Energia Elétrica (Sinconee) e 4º Encontro Nacional da
Gestão da Documentação do Setor de Energia Elétrica (Gedoc), em Brasília (DF); 5º
Congresso Estadual de Traders (Expo Trader), no Rio de Janeiro (RJ); 3º Seminário
Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico, em Belo
Horizonte (MG); 50º Congresso Brasileiro do Concreto (Ibracon), em Salvador (BA); 9º
Encontro de Negócios de Energia, em São Paulo (SP), 2º Simpósio de Atualização em
Recuperação de Áreas Degradadas com Ênfase em Matas Ciliares, em Mogi-Guaçu (SP) e 1º
Fórum de Energia, Meio Ambiente e Comunicação Social e 8º Encontro Nacional de
Engenharia de Sedimentos (Enes).
REMUNERAÇÃO
A CESP tem Plano de Cargos e Salários desde 1990, constituído de famílias de cargos dos
níveis operacional, técnico/administrativo e universitário, sendo que todos os empregados
que compõem o corpo gerencial estão enquadrados em cargos de nível universitário.
49
Conforme cláusula constante do Acordo Coletivo de Trabalho, a CESP disponibiliza verba
correspondente a 2,0% sobre a folha de pagamento nominal de dezembro do ano anterior
para a implantação do Planejamento de Cargos e Salários. As regras de movimentação de
pessoal são estabelecidas pelo Departamento de Recursos Humanos e aprovadas pela
Diretoria e as avaliações de desempenho de todos os empregados são realizadas pelas
próprias áreas de lotação.
RELACIONAMENTO SINDICAL
A CESP fundamenta suas relações com os Sindicatos no efetivo reconhecimento de que são
essas entidades os legítimos representantes dos empregados na apresentação de
reivindicações e na condução de negociações, visando à solução de questões nas relações do
trabalho. As relações do trabalho e sindicais são de responsabilidade da área de Recursos
Humanos e 100% dos empregados são abrangidos pelos acordos de negociação coletiva e
têm como direito a liberdade sindical.
Entidades Internas
A Companhia reconhece e respeita o direito de seus empregados de se afiliarem e atuarem
em Entidades Internas, com personalidades jurídicas próprias, legalmente instituídas. A
CESP propõe-se a receber e apreciar propostas e sugestões das Associações que visem o
aprimoramento das atividades da Empresa e do relacionamento com seus empregados.
ACIONISTAS E INVESTIDORES
A CESP dispõe de uma área de relações com investidores (RI) que coordena a distribuição
das informações ao mercado financeiro em geral, investidores, analistas de mercado,
instituições financeiras e órgãos reguladores e fiscalizadores por meio da realização de
reuniões públicas anuais, teleconferências de resultados trimestrais, cerca de 50 reuniões
privadas (“one-to-one”) por ano, participação em eventos como “Utilities Day”, informações
divulgadas por “mailing list” e postagens, na página de Relações com Investidores do “Site”
Corporativo (www.cesp.com.br/INVESTIDORES), de “release” de resultados, “fact sheets”,
“webcasts”, vídeo institucional, calendário de eventos, comunicados em geral, entre outros,
bem como informações e notícias de caráter institucional e de utilidade pública disponíveis
à sociedade no “site” corporativo www.cesp.com.br.
50
GOVERNO
A CESP mantém relacionamento com o Governo por meio de sua participação em várias
entidades do setor:
- Representação, como Usuária de Recursos Hídricos, no segmento "Concessionárias e
Autorizadas Hidrelétricas" perante o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), na
Câmara Técnica de Elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos e na Associação
Brasileira de Geradores de Energia Elétrica;
- Grupos de trabalho da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica
(ABRAGE) e Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia (APINE), por
meio das quais a CESP atua perante o Congresso Nacional, no acompanhamento de
processos de construção de leis setoriais;
- Atividades de acompanhamento regulatório, junto à Agência Reguladora de Energia
Elétrica (ANEEL) e Agência Nacional de Águas (ANA), participando das audiências
públicas que consubstanciam as resoluções emitidas; e
- Comitês de Bacias Hidrográficas Estaduais e Federais, representando o Estado, ou como
Usuária de Recursos Hídricos, participando da definição de investimentos públicos nas
bacias.
FORNECEDORES
Em 2008, aproximadamente 80% do valor total das compras de materiais e serviços
realizadas pela CESP couberam aos fornecedores do estado de São Paulo e 17,02% aos
fornecedores de outros estados da federação.
Todos os contratos de serviços, firmados entre a CESP e seus fornecedores contemplam
cláusulas relativas a questões de responsabilidade social, ambiental e direitos do trabalho,
nas quais a CESP condiciona o pagamento à comprovação de conformidade por parte do
fornecedor contratado.
51
Política de não Contratação e Combate à Mão-de-obra Infantil
Consolidando a tradição da CESP de compromisso com o futuro das crianças e explicitando
sua filosofia de respeito e fomento ao desenvolvimento dos jovens, bem como a sua posição
de total repúdio ao Trabalho Infantil, a CESP aprovou e publicou, em 2007, sua Política
Social Empresarial, com cláusula específica ao tema, que estabelece:
“Vedar a utilização de qualquer forma de contratação de trabalho infantil, direta ou
indiretamente, na Empresa” e “Excluir qualquer fornecedor de bens e serviços, que
explore, direta ou indiretamente, mão-de-obra infantil ou escrava, trabalho forçado ou
compulsório, devendo constar em todos os editais públicos essa exigência”.
CLIENTES E CONSUMIDORES
A CESP atua de acordo com sua Política de Qualidade buscando a excelência operacional
para sempre atender aos requisitos dos clientes e garantir sua satisfação. Por meio da
ouvidoria, a Companhia disponibiliza aos clientes um canal de relacionamento e
comunicação que tem como missão defender seus interesses dentro da CESP.
A ouvidoria atua como instância final, com a finalidade de acolher, esclarecer e responder
toda e qualquer manifestação, de forma a provocar ações de transformação interna e
melhorar a qualidade dos serviços prestados pela CESP. A Ouvidoria pode ser acessada pelo
“site” corporativo, no ícone “Fale Conosco”.
COMUNIDADE
A CESP alia seu foco de qualidade na geração de energia para o crescimento regional ao
desenvolvimento sustentável e integrado das cidades e populações onde constrói seus
reservatórios e opera suas usinas.
A Companhia acredita no conceito de que é preciso conhecer a realidade socioeconômica e
físico-biótica de cada reservatório e de seu entorno para empreender um conjunto de ações
que gerem valor a todos os públicos envolvidos. Nesse sentido, nas últimas quatro décadas,
foram desenvolvidos e implantados pela CESP inúmeros programas e ações no seu entorno
nas áreas de reflorestamento, manejo pesqueiro, remanejamento populacional, educação
ambiental, conservação da fauna e salvamento arqueológico, entre outros.
52
PROJETOS SÓCIO-ECONÔMICOS
A CESP desenvolveu, ao longo de sua história, programas de atenuação dos impactos sócio-
econômicos nas áreas de influência de suas usinas hidroelétricas, beneficiando agricultores,
pecuaristas e pescadores das comunidades que foram criadas ou modernizadas com essas
ações da Companhia.
Reassentamentos
A infra-estrutura básica executada pela CESP no projeto de reassentamento consiste na
construção de estradas internas, rede de energia elétrica e hidráulica, perfuração de poços
para abastecimento d’água, construção
de casas de alvenaria de 52,2 m²,
campo de futebol, centro comunitário,
postos de saúde e escolas, entre
outros. Nos reassentamentos rurais
são fornecidas sementes para a
primeira safra e cinco hectares de área
preparada com correção do solo em
cada lote, além de cesta básica mensal
até a colheita da primeira safra para
cada família reassentada.
Os técnicos da CESP também repassam às famílias orientações sobre saúde, educação e
trabalho em comunidade, otimizando seus resultados econômicos. Entre os cursos
realizados estão: organização comunitária, derivados de leite, formação e manejo de
capineiras e conservação de hortaliças.
Após conhecer em detalhes o perfil de cada família, a Companhia atua na preparação das
famílias para a mudança, provendo-as com as condições necessárias para reinserção no
novo contexto geográfico, social e econômico, focando nos seguintes objetivos:
• viabilizar a permanência da família no novo local, apresentando alternativas de produção
e melhoria de renda;
• adequar a produção ao perfil da família e às características da nova propriedade;
• facilitar o acesso assistência técnica e aos financiamentos oficiais;
• evitar a terceirização total ou parcial da exploração da terra; e
Reassentamento - Reservatório de Porto
Primavera
Construção de 26 pontes, 17 galerias, 370 km
de estradas, 11 km de proteção de encostas,
três portos fluviais, cinco áreas de lazer, duas
estações de tratamento de esgoto, 893 casas
(em nove reassentamentos populacionais
rurais e quatro urbanos), além de diversas
edificações urbanas (creches, hospitais,
escolas, etc.) e estrutura de saneamento básico
(redes de água, esgoto, águas pluviais etc.)
53
• contribuir para que a família reassentada alcance condições de vida melhores do que as de
origem, sempre que possível.
Com isso, a CESP procura garantir às famílias de produtores rurais, impactadas pela
formação de reservatórios, soluções socialmente justas, economicamente viáveis e que,
além disso, atendam aos seus anseios e expectativas.
Já foram concluídos os reassentamentos agropecuários, decorrentes da formação do
reservatório da UHE Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera) nas Fazendas de Santa Ana
(Anaurilândia - MS), Aruanda (Bataguassu/Anaurilândia - MS), Pedra Bonita (Brasilândia -
MS), Buritis (Paulicéia - SP), Santo Antonio (Caiuá - SP), Lagoinha (Presidente Epitácio -
SP) e Piaba (Três Lagoas - MS), com a concessão de 410 lotes dotados de infra-estrutura
local e comunitária básicas para 361 famílias beneficiárias, em uma área total de 15.530,39 ha.
Uso e ocupação das bordas de reservatórios
A CESP desenvolve o programa de regularização de uso e ocupação das bordas dos
reservatórios com o objetivo de preservar os recursos hídricos, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e da flora e proteger o solo no entorno dos seus
reservatórios, as quais somam cerca de 6.550 quilômetros de perímetro.
Esse programa de regularização de uso dessas áreas visa tornar compatível a área de
propriedade da Companhia com os outros usos múltiplos, em particular as atividades
socioeconômicas atraídas pelo reservatório.
Para proporcionar o desenvolvimento econômico sem degradar o meio ambiente local, foi
elaborado um conjunto de normas, com base na legislação ambiental, para disciplinar o uso
das bordas de reservatórios. Em seguida, foi desenvolvido o aplicativo GEORIAP (Relatório
de Informações Ambientais e Patrimoniais em base georreferenciada) e atualização de
bases georreferenciadas com informações de ocupação das bordas dos reservatórios, a
partir do qual são analisadas as solicitações de regularização de uso de áreas
desapropriadas pela CESP.
Controle de Cheias
A CESP possui um Plano de Controle de Cheias para orientar e informar à comunidade que
se inicia na época da seca com a realização da reciclagem técnica de empregados e revisão
de equipamentos e estruturas de controle de vazões.
54
A partir de novembro é acionado o Comitê de Gestão de Cheias, que coordena as atividades
do plano e organiza a divulgação de informações nos municípios das áreas de influência dos
reservatórios. Para a CESP, a transparência de suas ações aliada à rapidez e precisão das
informações são fundamentais para a organização das populações ribeirinhas em casos
críticos de cheias.
O Plano inclui a divulgação de informações no site da CESP, a publicação do Boletim
Informativo de Vazões (BIV), a disponibilização do Sistema de Operação em Situação de
Emergência (SOSEm), da linha telefônica 24 horas “Telecheia” (0800-647-9001) e de um e-
mail para contato da comunidade ([email protected]).
Programa de Visitas
O Programa de Visitas das usinas da CESP é uma das formas com as quais a empresa se
relaciona com as comunidades que vivem em torno desses empreendimentos, alunos e
pessoas interessadas em conhecer de perto como funcionam as usinas. Em 2008 a
Companhia recepcionou 69.169 visitantes.
AÇÕES SOCIAIS
A CESP desenvolve uma série de ações de educação ambiental e de responsabilidade social,
por meio de afiliação ou colaboração com entidades que atuam na área educacional,
cultural e social.
Principais instituições apoiadas
Adeva - Associação de Deficientes
Visuais e Amigos
Fundação Dorina Nowill
Associação Paulista Viva Fundação História da Energia e
Saneamento
Associação Viva e Deixe Viver Fundação para o Desenvolvimento
Tecnológico da Engenharia
Coep - Comitê de Entidades no Combate
à Fome e pela Vida Instituto Criança Cidadã - ICC
Fundação Abrinq pelos Direitos da
Criança e do Adolescente
Instituto Educacional Amélia
Rodrigues
55
Instituto Criança Cidadã (ICC)
A CESP apóia o ICC que atende mensalmente cerca de 5 mil pessoas oriundas de famílias de
baixa renda. São crianças, jovens e adultos beneficiados por quatro projetos do instituto:
Creche Pré-Escola, Complementação Escolar, Centro de Iniciação ao Trabalho e Nossa
Comunidade. Os projetos são realizados em 14 unidades educacionais localizadas na
periferia dos municípios de São Paulo e Guarulhos.
Coral CESP
O Coral CESP é uma atividade cultural mantida pela Companhia, que conta com a
participação de funcionários, aposentados da empresa e pessoas da comunidade.
Voluntariado
A CESP possui um Programa de Voluntariado Empresarial que amplia a participação nas
ações relacionadas à responsabilidade social e aproxima a Companhia dos interesses dos
empregados, prestadores de serviços, acionistas, governo e sociedade.
O principal público–alvo da realização do programa é a comunidade localizada no entorno
das unidades da CESP.
56
Gestão Ambiental
Ciente da relevância dos impactos gerados ao meio ambiente pela construção dos
empreendimentos que viabilizam suas atividades, a CESP tem procurado conduzir sua
gestão ambiental de forma compatível com a responsabilidade socioambiental que lhe cabe,
atuando historicamente além dos limites legais na prevenção, redução ou compensação das
interferências provocadas.
São desenvolvidos programas que têm por objetivo a conservação ambiental dos
ecossistemas em toda a área de influência de seus empreendimentos, além de atender às
exigências da legislação ambiental vigente e dos órgãos ambientais licenciadores. Essas
iniciativas são um compromisso público, assumido perante a comunidade, agentes
institucionais e órgãos licenciadores, que se encontra expresso nos cinco princípios que
resumem sua Política Ambiental:
Política de Meio ambiente
A CESP Companhia Energética de São Paulo, tendo como
consideração básica a integração da geração de energia elétrica
ao Sistema de Gestão Ambiental, a fim de harmonizar suas
atividades com as questões ambientais, compromete-se a :
1. Incorporar as variáveis ambientais às políticas e diretrizes da
empresa;
2. Desenvolver suas atividades, considerando o cumprimento
da legislação ambiental;
3. Otimizar a utilização dos recursos naturais, buscando, na
fonte, a redução dos poluentes , oriundos de suas atividades;
4. Buscar a melhoria contínua dos processos da empresa,
quanto aos aspectos ambientais;
5. Estabelecer e manter programas para promover o
desenvolvimento sustentável, procurando assegurar às gerações
presentes e futuras o direito de uma convivência harmônica
com a natureza.
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LICENCIAMENTOS DOS EMPREENDIMENTOS
Os órgãos e agências reguladoras exigem das Companhias do setor uma série de
licenças/autorizações ambientais para a construção, implantação e operação das usinas
hidrelétricas. As usinas da CESP atendem a todas as exigências legais e encontram-se,
atualmente, licenciadas conforme exposto a seguir:
UHE Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera):
Renovação da Licença de Operação nº 121/00 - originalmente expedida pelo IBAMA em
2000 - com validade prorrogada até manifestação do órgão licenciador.
UHE Ilha Solteira e UHE Engº. Souza Dias (Jupiá):
Empreendimentos anteriores a 1986, sendo objeto de Regularização Ambiental a cargo do
IBAMA/DF, em curso desde o ano de 1998. Na atual fase, a CESP está elaborando os
PACUERAs – Planos de Conservação e Uso do Entorno de Reservatórios Artificiais - nos
moldes preconizados pela Resolução CONAMA 302 e de acordo com Termo de Referência
emitido pelo IBAMA. Os planos serão protocolados em setembro de 2009 no IBAMA, que
deverá avaliá-los e submetê-los à consulta pública, para, então providenciar a expedição da
Licença de Operação desses empreendimentos.
UHE Três Irmãos:
Renovação da Licença de Operação – originalmente concedida pela deliberação CONSEMA
em 1990 - com validade prorrogada até manifestação do órgão licenciador.
UHE Paraibuna e UHE Jaguari:
Empreendimentos anteriores a 1986, em situação regular, conforme parecer emitido em
1999 pelo Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental – DAIA, da Secretaria do Meio
Ambiente do Estado de São Paulo.
PROGRAMAS AMBIENTAIS
Para minimizar os impactos causados pela construção de seus empreendimentos
promovendo a conservação ambiental dos ecossistemas em toda a área de influência direta
e indiretamente afetada, em conformidade com as exigências da legislação ambiental
vigente, bem como dos órgãos ambientais licenciadores, a CESP desenvolve atividades de
implantação que abrangem programas ambientais físico-bióticos e sócio-econômicos,
programas de monitoramento e manejo de reservatórios, além de pesquisas e
desenvolvimento de tecnologia ambiental.
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Cabe registrar que, muito antes da formalização da legislação ambiental, a CESP
implementou, por iniciativa própria, programas de minimização de impactos ambientais,
em todas as UHEs de sua propriedade e que vários desses programas estenderam-se além
das medidas propostas pelos estudos ambientais ou das exigências legais impostas pelos
órgãos ambientais. Para isso, a CESP mantém junto às suas seis usinas hidrelétricas, duas
estações de hidrobiologia e aqüicultura, três centros de produção de mudas de árvores
nativas e três centros de conservação de fauna silvestre, sendo um deles exclusivo à
reprodução de aves da Mata Atlântica.
A maior parte dos programas ambientais já foi encerrada com a evolução das etapas de
implantação dos empreendimentos da Companhia. Dentre aqueles em desenvolvimento,
destacam-se os descritos a seguir.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O trabalho de educação e conscientização ambiental constitui uma meta estratégica, por
meio da qual se busca comprometer colaboradores dentro e fora da Companhia com a
sustentabilidade ambiental.
As diversas atividades que compõem o Programa de Educação Ambiental visam dissimular
o conhecimento, estimulando os cidadãos a exercerem a cidadania plena contribuindo com
a internalização de novos valores e comportamentos, além de irem responderem o
questionamento cada vez maior da sociedade em relação às alterações ambientais
provocadas por grandes empreendimentos.
Dentre as atividades realizadas destacam-se: passeios educacionais com o Barco e Ônibus
de Educação Ambiental, cursos, palestras, visitas orientadas ao Centro de Conservação de
Fauna de Ilha Solteira, atividades lúdicas, exposições em eventos comemorativos, entre
outras atividades que totalizaram em 2008 um público de 61.746 participantes.
REMANEJAMENTO DA POPULAÇÃO
O objetivo principal desse programa é proporcionar condições de reposição de moradia às
famílias diretamente afetadas pela perda de patrimônio, seja por meio de viabilização de
novas propriedades ou através de indenizações.
Foram concluídos os reassentamentos agropecuários, decorrentes da formação do
reservatório da UHE Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera) nas Fazendas de Santa Ana
(Anaurilândia-MS), Aruanda (Bataguassu/Anaurilândia-MS), Pedra Bonita (Brasilândia-
59
MS), Buritis (Paulicéia-SP), Santo Antonio (Caiuá-SP), Lagoinha (Presidente Epitácio-SP) e
Piaba (Três Lagoas-MS), com a concessão de 410 lotes dotados de infra-estrutura local e
comunitária básicas para 361 famílias beneficiárias, em área de 15.530,39 ha.
Em todos os projetos de ressentamento é realizado um trabalho de assistência técnica e
extensão rural, tendo em vista as atividades produtivas que incluem o cultivo de culturas
diversificadas e pecuária leiteira. Em alguns deles, são desenvolvidas atividades na área de
saúde (palestras preventivas, aplicação de vacinas e exames laboratoriais) e de apoio social
(palestra sobre direitos previdenciários do trabalhador rural), além de cursos de
industrialização caseira.
Também têm sido conduzidas as etapas visando à regularização e emancipação dos projetos.
Manejo da Fauna Silvestre
A implantação de uma usina causa perda de habitats da fauna terrestre e redução da
complexidade estrutural dos ambientes remanescentes na área diretamente afetada. Além disso,
pode ocorrer também a perda de habitats críticos (sítios de reprodução e pouso de animais
migratórios, entre outros) e de conectividade da paisagem (rotas migratórias, corredores de
dispersão e fluxo gênico), com impactos na variabilidade genética das populações.
Para minimizar os impactos de suas atividades na biodiversidade a CESP desenvolve o
programa de manejo da fauna silvestre com planos de conservação das espécies mais
afetadas por seus empreendimentos, de modo a garantir as condições necessárias para sua
reprodução e perenidade.
Há três grandes programas em desenvolvimento: manejo e conservação de grandes
felídeos, conservação do cervo-do-pantanal e monitoramento de fauna silvestre realocada.
Atualmente, a CESP mantém três centros de conservação de animais silvestres nas regiões
onde atua, dedicados à pesquisa, manejo e educação ambiental, nos quais é feito o manejo
conservacionista de espécies impactadas por meio da reprodução e repovoamento de
habitat.
Centro de Conservação de Fauna Silvestre de Ilha Solteira
Centro de Conservação de Aves Silvestres de Paraibuna
Centro de Conservação do Cervo-do-Pantanal de Promissão
60
Acervo
2008
Manejo Pesqueiro
A formação de reservatórios afeta as características físicas, químicas e biológicas dos rios.
Podem ocorrer alterações na abundância das espécies, com proliferação excessiva de
algumas e redução de outras. Esses processos são agravados por ocupação das bacias,
práticas agrícolas inadequadas, perda das matas ciliares e poluição das águas,
empobrecendo a diversidade biológica e reduzindo os estoques pesqueiros.
Nesse contexto, a CESP tem o compromisso de desenvolver o manejo dos recursos
pesqueiros de seus reservatórios, integrando informações biológicas, ecológicas, sociais,
culturais, econômicas e políticas para embasar decisões que possibilitem a conservação da
biodiversidade e a sustentabilidade das atividades pesqueiras.
O Programa de Manejo Pesqueiro, desenvolvido há aproximadamente 40 anos, inclui
monitoramento permanente da qualidade ecológica dos reservatórios, por meio de
levantamentos limnológicos que pesquisam qualidade da água e produtividade dos
ambientes e organismos aquáticos:
Monitoramento da ictiofauna: acompanhamento das espécies de peixes que habitam os
reservatórios e aspectos de sua alimentação e reprodução, incluindo áreas de desova e
desenvolvimento de formas jovens como larvas e alevinos;
Monitoramento da produção pesqueira: implantação e controle de equipamentos de
transposição para peixes, como o elevador e escada da UHE Engº. Sérgio Motta (Porto
Primavera).
61
Com base nesses monitoramentos são definidas as medidas de manejo adequadas a cada
reservatório, que envolvem a produção de alevinos, a estocagem (repovoamento) e o
monitoramento genético das populações manejadas. O programa compreende também a
cooperação científica com instituições nacionais e estrangeiras, buscando também
contribuir com a formulação da legislação de pesca nos órgãos competentes.
Repovoamento dos reservatórios
2008
Manejo da Flora e Reflorestamento
O programa consiste em um conjunto de atividades que resultam na conservação da flora,
do solo e dos recursos hídricos nas regiões dos reservatórios da CESP. Tais atividades
compreendem coleta de sementes, produção de mudas, reflorestamento ciliar dos
reservatórios e de seus afluentes, revegetação das áreas degradadas em canteiros de obras
das usinas e conservação genética das espécies arbóreas.
Centros de Produção de Mudas (Jupiá, Paraibuna e Primavera): produção anual de
3.000.000 de mudas de alta qualidade genética e fisiológica de árvores como ipês, figueiras,
perobas, jequitibás, aroeiras, guaritas, ipês e embaúbas, entre outras.
Programa de Reflorestamento Ciliar: recuperação das matas ciliares dos reservatórios da
CESP e de seus afluentes, essenciais para a conservação dos recursos hídricos, do solo e das
espécies da flora e da fauna.
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Programa de Fomento Florestal: doação de mudas, projetos e assistência técnica necessária
para a recuperação de matas ciliares de reservatórios e afluentes em áreas de terceiros, por
meio de Contratos de Cooperação Recíproca com os proprietários rurais interessados, aos
quais cabe implantar e conservar as áreas reflorestadas.
Coleta de sementes: procedimento que impede a perda de variabilidade genética das
espécies manejadas, por meio da coleta de amostragem representativa da variabilidade
genética das diversas espécies locais e dos genes existentes em cada população de árvores,
fazendo do reflorestamento uma ferramenta efetiva de conservação dessas espécies.
Implantação e manutenção de reflorestamento: tecnologia de restauração florestal
desenvolvida por meio de cooperação com o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais,
vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP e fundamentada nos
conceitos de sucessão ecológica e de diversidade de espécies. Com esse processo as espécies
são plantadas de modo a garantir a sustentabilidade da mata no longo prazo.
Áreas replantadas – total acumulado até 2008
2008
Unidades de Conservação
Estão em fase de implantação cinco unidades de conservação nos estados de São Paulo e
Mato Grosso do Sul, sendo três parques estaduais e duas reservas particulares do
patrimônio natural:
Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (MS) - 73.345,15 ha
Parque Estadual do Aguapeí (SP) - 9.043,97 ha
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Parque Estadual do Rio do Peixe (SP) - 7.720,00 ha
Reserva Particular do Patrimônio Natural Cisalpina (MS) - 6.261,25 ha
Reserva Particular do Patrimônio Natural Foz do Aguapeí (SP) - 13.953,79 ha
As unidades de conservação irão contribuir para a proteção dos ecossistemas típicos de
cada região; conservar a fauna e a flora, principalmente as espécies raras, endêmicas, em
perigo ou ameaçadas de extinção; contribuir para a manutenção da diversidade genética; e
propiciar pesquisa científica, educação ambiental e recreação.
A área das cinco unidades totalizará 110 mil hectares de matas nativas, refúgios ecológicos
de espécies de animais e ampla biodiversidade.
Monitoramento
Além dos programas ambientais, cinco programas de monitoramento têm sido
desenvolvidos com a finalidade de acompanhar e registrar as mudanças das condições
ambientais provocadas pela implantação da UHE Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera),
assim como a eficácia dos programas de mitigação dos impactos físico-bióticos e sócio-
econômicos da CESP.
PROJETOS AMBIENTAIS
A CESP desenvolve, por iniciativa própria, diversos projetos ambientais que objetivam,
sintonizados com o 5º princípio de sua Política Ambiental, “empreender ações sustentáveis
que contribuam em última análise com o esforço de assegurar às gerações presentes e
futuras o direito de uma convivência harmônica com a natureza”.
As ações de conservação são implantadas em parceria com a comunidade científica, de
forma a promover o intercâmbio de informações com entidades e institutos de pesquisa do
Brasil e do Exterior.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
Em 2001 a CESP implantou o Sistema de Gestão Ambiental nas UHEs Ilha Solteira e Três
Irmãos a fim de aprimorar as práticas e procedimentos relativos à conservação do meio
ambiente.
64
O diagnóstico inicial do sistema realizado identificou 171 aspectos ambientais relacionados
com as atividades das usinas, agrupados em: Geração de Resíduos Sólidos; Geração de
Resíduos Sólidos Perigosos; Geração de Efluentes; Emissões Atmosféricas e Radiações,
Ruídos e Vibrações.
A partir daí, foram estabelecidos objetivos e metas de melhoria ambiental que têm sido
mensalmente monitorados:
• Redução da emissão de resíduos;
• Medição de fumaça de óleo diesel;
• Aumento da destinação correta de resíduos;
• Operação da estação de tratamento de esgoto;
• Melhoria no controle de resíduos perigosos;
• Redução do consumo de papéis e copos plásticos descartáveis;
•Redução no consumo de panos para limpeza com a utilização de toalhas recicláveis;
• Redução no consumo de solventes com a utilização de tanques para lavagem de peças;
• Eliminação do consumo de detergentes industriais;
• Procedimentos documentados para execução de atividades com cuidados ambientais;
• Melhoria da imagem da empresa por meio da orientação a visitantes; e
• Criação de áreas para fumantes.
Para cada uma das metas há um programa associado, dos quais, podem ser citados:
Disposição de Resíduos
A CESP destina todos os seus resíduos, inclusive os industriais e perigosos, de acordo com a
classificação estipulada pela legislação vigente e da norma NBR-10.004 da ABTN -
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Além disso, as Usinas de Produção da CESP estão ampliando a sua abrangência, de forma a
integrar as iniciativas já existentes em um programa mais amplo, que contemple questões
como o uso de material reciclável, o reuso da água e campanhas de conservação de água e
energia elétrica, dentre outras.
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Disposição de resíduos industriais, perigosos e efluentes
Essa categoria é acumulada em almoxarifados de resíduos, em acordo à legislação
especifica, para aguardar a reutilização, reciclagem ou destinação adequada, feita pelas
empresas especializadas em descontaminação ou incineração contratadas, e posteriormente
disposição em aterro industrial.
As lâmpadas fluorescentes estão sendo acumuladas e regularmente enviadas a empresas de
descontaminação contratadas para essa finalidade.
Os efluentes líquidos são destinados a estações de tratamento específicas nas usinas ou
lançados na rede pública de tratamento. Além disso, os óleos, graxas, solventes e metais,
são doados ao Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo.
Refrigeração com óleo ascarel
A CESP deverá concluir, em 2010, a substituição de 66 transformadores que usam o óleo
ascarel como líquido refrigerante na Usina Ilha Solteira. O ascarel, que é utilizado
amplamente como líquido refrigerante em transformadores e capacitores, tem sua
utilização proibida a partir de 2020 por causa de seus efeitos nocivos ao meio ambiente. Os
novos transformadores do tipo seco são encapsulados em resina epóxi com sistema
reforçado com fibras de vidro, não propagam chama e não liberam gases tóxicos, fatores
que preservam a saúde dos empregados e contribuem com os aspectos ambientais de
sustentabilidade.
Retirada e disposição de lixo
O lixo comum é enviado regularmente a aterros e lixões municipais licenciados na região de
influência das usinas. Por sua vez, o lixo hospitalar originado pelos ambulatórios médicos
instalados em Porto Primavera, Ilha Solteira e Jupiá, de acordo com a legislação vigente e
orientação do órgão ambiental do Estado de São Paulo, é enviado regularmente aos aterros
municipais, nos locais reservados para esse fim. O mesmo procedimento é adotado com os
resíduos produzidos no Ambulatório Veterinário do Centro de Conservação de Fauna
Silvestre de Ilha Solteira.
66
No caso da sede da CESP, em São Paulo, os resíduos sólidos dos serviços de saúde são
tratados pela Prefeitura Municipal, por meio do Processo de Desativação Eletrotérmica
(ETD), que consiste em triturar o material e depois aquecê-lo, em processo semelhante ao
funcionamento do microondas doméstico.
PROJETOS DE COLETA SELETIVA
Desde 2004, a equipe de trabalho de Educação Ambiental da CESP, por meio da criação de
uma Patrulha Ecológica no Reassentamento Santo Antônio do Rio do Peixe (Caiuá – SP),
atua em um programa de coleta seletiva do lixo rural e a tentativa de certificação de
produtos orgânicos.
A Patrulha Ecológica é formada por beneficiários do projeto que buscam levantar os
problemas ambientais, elegendo como prioridade a disposição correta dos resíduos sólidos
produzidos pela comunidade.
Em 2008, a coleta atingiu 90,6% dos resíduos, com o recolhimento de 1.648 Kg de
materiais como plástico, metal, papelão, alumínio, garrafas pet, entre outros materiais não
recicláveis. Os recursos obtidos com a venda dos materiais recicláveis são revertidos em
obras objetivando o lazer da população.
Além disso, duas propriedades obtiveram certificação para seus produtos orgânicos
(urucum e eucalipto).
Na usina Engº. Souza Dias (Jupiá) foi constituído um grupo multidisciplinar (ECOTIME)
com integrantes de todas as áreas da Unidade de Produção, visando reunir subsídios para a
implantação de um projeto de coleta seletiva. O programa, implantado em 2008, recolheu,
no período de maio a dezembro, 7.350 Kg de materiais.
SEMANA INTERNA DO MEIO AMBIENTE
Em 2008 foi realizada a quarta versão da semana interna do meio ambiente, que tem como
objetivo proporcionar aos empregados em geral informações sobre os trabalhos ambientais
desenvolvidos pela CESP e outras empresas, buscando assim, despertar uma
conscientização relativa aos temas da responsabilidade socioambiental e sustentabilidade.
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A programação da semana, que contou com aproximadamente 600 participantes, inclui a
apresentação de vídeos educativos, filmes, teatro de fantoches, painéis e palestras
apresentadas por técnicos e gerentes da CESP e por autoridades convidadas.
PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (P&D)
A CESP promove trabalhos na área de P&D com o objetivo de melhorar constantemente
seus processos ambientais.
Alinhado a esse objetivo, um dos projetos de destaque foi o desenvolvimento de um banco
ativo de germoplasma, que consiste na proteção da diversidade de espécies arbóreas por
meio do plantio de uma amostragem genética diversificada. O banco já conta com espécies
de árvores de Mata de Planalto (SP), Savana Arbóreo Densa (cerradão) e Cerrado em duas
áreas: margem esquerda do rio Paraná, em São Paulo (21,6 hectares e 32 espécies) e
margem direita do rio Paraná, no Mato Grosso do Sul (18 hectares e 33 espécies).
Nessa mesma linha de atuação, está em estruturação um banco genômico, visando à
reprodução assistida da onça-pintada, realizada com a coordenação do Centro Nacional de
Pesquisa e Conservação de Carnívoros - CENAP/IBAMA, em parceria com a Associação
Pró-Carnívoros.
Por sua vez, nas Estações de Hidrobiologia e Aquicultura está em desenvolvimento a
reprodução induzida por meio da técnica de criopreservação de sêmen, visando aumentar a
reprodutividade das espécies.
No âmbito do programa anual de pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico, instituído
pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, atualmente estão em andamento os
seguintes projetos:
Formação de um Banco de Germoplasma da Ictiofauna Ameaçada da Bacia do Rio
Paraíba do Sul;
Monitoramento e Estudo da Migração de Peixes na UHE Engº. Sérgio Motta (Porto
Primavera); e
Estudos de Ocorrência, Distribuição, Densidade e Crescimento de Plantas Aquáticas
no Reservatório de Porto Primavera.
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MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Em 2007 a CESP criou o Programa de Mudanças Climáticas, em conformidade com sua
Política de Meio Ambiente, visando à promoção do desenvolvimento sustentável, o
exercício da responsabilidade social e a gestão ambiental de suas atividades.
Em junho de 2008, foi concluído o primeiro inventário de gases de efeito estufa, referente
ao ano de 2007, que incluiu os trabalhos do Programa de Mudança Climática e Seqüestro
de Carbono. No inventário, foi registrada a emissão de 8.748,29 toneladas de carbono
equivalente (tCO2), a partir do uso diverso de combustíveis, compra de eletricidade,
resíduos orgânicos (conservação de gramados, taludes de barragens, macrófitas aquáticas,
entre outros), esgoto, utilização de fertilizantes e fuga de hexafluoreto de enxofre (SF6).
A partir do inventário, foi elaborado um Programa de Redução de Emissão, com meta de
redução fixada em 10%.
CONTROLE DO MEXILHÃO DOURADO
Para minimizar o efeito dessa invasão nas usinas, a CESP implementou o Programa de
Manejo e Controle do Mexilhão Dourado, que vem sendo desenvolvido de maneira conjunta
e integrada pelas áreas de meio ambiente e de manutenção.
As metodologias adotadas para controle da infestação de estruturas de resfriamento das
usinas por mexilhão dourado se baseiam no monitoramento de sua presença em
equipamentos que possam afetar diretamente a geração de energia elétrica. As principais
medidas tomadas são a execução de limpezas periódicas, com remoção mecânica e
destinação adequada dos resíduos da infestação, e a adição de ativos nos sistemas de
resfriamento das unidades geradoras, visando evitar a incrustação das larvas de mexilhões.
O que é?
Espécie invasora de molusco de água doce, com grande capacidade de incrustação, rápida
taxa de crescimento e grande força reprodutiva.
Principais problemas
- obstrução de tubulações, filtros e sistemas industriais
- alterações nos ecossistemas aquáticos e nas rotinas de pesca
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Com a comprovada eficiência das técnicas de controle do mexilhão dourado, o Ministério
do Meio Ambiente, em 2004, solicitou à CESP que assumisse a coordenação da
implantação da Força-Tarefa Nacional para o Controle de Mexilhão Dourado na região da
bacia hidrográfica do Alto do Paraná.
Desde então, vem sendo realizado um amplo trabalho de conscientização sobre o mexilhão
dourado e de técnicas para seu controle. Foi produzido material educativo sobre o assunto e
divulgadas informações sobre a espécie às populações ribeirinhas, por meio de atividades
desenvolvidas no barco-escola e no ônibus-escola utilizados pelo Programa de Educação
Ambiental.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE (PNUMA)
O PNUMA, estabelecido em 1972, é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU)
responsável por catalisar a ação internacional e nacional para a proteção do meio ambiente
no contexto do desenvolvimento sustentável. Seu mandato é prover liderança e encorajar
parcerias no cuidado ao ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a
aumentar sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.
Com o desenvolvimento de um Plano Preliminar de Implementação, a CESP tornou-se
signatária da Declaração Internacional sobre Produção Mais Limpa do PNUMA. O Plano
especifica as ações pelas quais a Companhia planeja tornar concretos os seis princípios da
Declaração: “Liderança”, “Conscientização, Educação e Formação”, “Integração”, “Pesquisa
e Desenvolvimento” e “Transparência”.
APOIO A PUBLICAÇÕES
O apoio à publicação de livros alinha-se ao esforço da CESP em contribuir com o registro
histórico das mudanças ocorridas pela intervenção humana na construção de usinas
hidrelétricas, bem como em multiplicar na sociedade conceitos conservacionistas,
essenciais à sobrevivência de todas as espécies de vida no planeta.
“Pio da Esperança” - O livro reúne uma série de informações históricas sobre a flora e
avifauna brasileiras, incluindo referências ao trabalho desenvolvido pela CESP no Centro de
Conservação de Aves Silvestres de Paraibuna.
“40 Peixes do Brasil” - O livro retrata um longo trabalho de pesquisa relacionado ao manejo
pesqueiro e estudo da ictiofauna, realizado nas Estações de Hidrobiologia e Aquicultura das
70
UHEs Engº. Souza Dias (Jupiá) e Paraibuna. São abordados aspectos como caracterização,
distribuição, biologia e pesca de 40 espécies que habitam as bacias onde a CESP edificou
seu parque hidrelétrico
“Afluentes” – O documentário baseia-se em relatos de uma série de 25 viagens realizadas
em 11 rios da bacia do Rio Paraná e constitui uma leitura crítica dos impactos e mudanças
provocados antes e durante a formação do reservatório da usina Engº. Sérgio Motta (Porto
Primavera). Além disso, é relatada a história das primeiras expedições da Comissão
Geográfica e Geológica, realizadas a partir de 1905.
INDICADORES AMBIENTAIS CONSOLIDADOS
73
INFORMAÇÕES CORPORATIVAS
CESP – Companhia Energética de São Paulo
Av. Nossa Senhora do Sabará, 5.312 – 04447-011
São Paulo – SP
Tel: (11) 5613-2100
WWW.cesp.com.br
Relações com Investidores
Tel.:+55 (11) 5613-3626
Fax:+ 55 (11) 5613-3657
site.cesp.com.br/ri/