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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO – PROGRAD

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID Seminário Institucional de Avaliação do PIBID

25 e 26 de maio de 2017

Resumos Expandidos Seminário Institucional do PIBID

Salvador/Bahia

25-26.05.2017

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JOSÉ BITES DE CARVALHO REITOR

CARLA LIANE NASCIMENTO SANTOS VICE REITORA

KATHIA MARISE BORGES SALES PRÓ-REITORA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO

ELIENE MARIA DA SILVA COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL DO PIBID

MARCOS LUCIANO LOPES MESSEDER COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL PIBID DIVERSIDADE

ANA LÚCIA GOMES DA SILVA MARIA DO SOCORRO DA COSTA E ALMEIDA

MONALISA DOS REIS AGUIAR PEREIRA SANDRA REGINA MAGALHÃES DE ARAÚJO

COMISSÃO ORGANIZADORA

GERSANIA ALEXANDRINA CONCEIÇÃO SIANEI DOS SANTOS SANTOS MARCELA OLIVEIRA SOUZA

APOIO TÉCNICO

Salvador/Bahia

2017

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Subprojetos

Subprojetos de Pedagogia..

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ENTRE A UNIVERSIDADE E A ESCOLA: A MEDIAÇÃO DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA) POTENCIALIZANDO A PRÁXIS PEDAGÓGICA

Ana Cristina Castro do Lago Coord. de Área de Pedagogia PIBID/UNEB – DEDC I

[email protected] Renaiara Ribeiro Peixoto

Bolsista de Supervisão de Pedagogia PIBID/UNEB – DEDC I [email protected]

Marta Beatriz Campos da Luz Bolsista de ID Pedagogia PIBID/UNEB – DEDC I

[email protected]

RESUMO EXPANDIDO1: O subprojeto Entre a Universidade e a Escola: a mediação do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Potencializando a Práxis Pedagógica investe em práticas de iniciação à docência, concebida para estudantes de pedagogia do DEDC I da Universidade do Estado da Bahia. Estas possibilitam mudanças significativas no lócus da ação docente, tanto para os estudantes que estão iniciando a sua reflexão acerca da docência quanto para os professores supervisores que estão vinculados a uma escola do ensino fundamental da rede pública municipal de ensino, os quais se incubem de acompanhar a iniciação daqueles que estão no processo da formação inicial dentro do contexto da escola. O subprojeto funciona por ciclos formativos estruturado em quatro (04) fases, nas quais os participantes desenvolvem estudos e pesquisas vinculados à colaboração, mediação e práxis pedagógica, a partir de atividades de produção de materiais e plenárias que acontecem semanalmente no espaço da Universidade, bem como, da imersão no espaço escolar. O ciclo formativo no qual se configura o subprojeto em questão se dá no diálogo entre a universidade e a escola da educação básica em torno do processo de formação docente e com isso, se fortalecem juntas. Considera-se que a formação docente passa por diversos fatores que atravessam a ação comprometida com a transformação social naquilo que se ensina e se aprende no ambiente escolar. A dimensão política da formação, o posicionamento do professor e a reflexão diante da realidade escolar pública constituem fatores importantes para o processo de formação docente. É possível perceber o potencial do subprojeto na consolidação da identidade docente dos iniciados e na reconstrução e fortalecimento da identidade docente dos professores que os acompanham, ao considerar que “a vivência de uma profissão, de uma instituição e principalmente de um cotidiano com um grupo de pares e outras pessoas que o constituem [...] geralmente interfere de maneira vigorosa no desenvolvimento da própria identidade” (PENIN, 2008, p. 649). Os participantes são convidados a refletir e discutir questões diversas do mundo docente, construir instrumentos que viabilizem a compreensão do processo de ensino e aprendizagem e conhecer de perto o trabalho dos professores que estão no ‘chão da escola’. Nesse sentido, o fundamento do subprojeto é a de ter liberdade de dialogar, discutir e debater ideias que são trazidas para o grupo, pois, todos os materiais são construídos e temas debatidos em tríade: Coordenação de área, Supervisão e Bolsistas ID’s. Para Cunha (1998, p. 109) “o trabalho coletivo reforça a possibilidade de êxito das iniciativas

1 O texto aqui apresentado foi construído de forma colaborativa por todos os participantes do subprojeto e

sistematizados pelas autoras acima listadas.

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individuais através da possibilidade de partilha, da troca de experiência, da reflexão conjunta”. Somado ao trabalho realizado na universidade e nas escolas parceiras, tem também o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), dispositivo que permite a formação e a interação onde as discussões continuam, vencendo os limites geográficos e cronológicos e onde se mantém um legado do subprojeto, a exemplo do ‘banco de aulas’, com alcance para além dos sujeitos envolvidos. O diálogo estabelecido entre a Universidade e a Escola ressignifica os saberes dos professores que já passaram pela formação inicial e que estão imersos no processo de iniciação à docência como supervisores nas escolas parceiras, que ajudam no processo de formação docente dos bolsistas ID’s e apoiam o trabalho do coordenador. As trocas estabelecidas entre esses agentes permitem compreender a educação como um processo que vai além do ensinar e do aprender. Consolida a concepção da Educação como ato político e transformador da realidade social (FREIRE, 1979). No dizer dos bolsistas ID’s “o PIBID é uma Iniciativa transcendental ao currículo da universidade. É uma experiência sincera e transparente com a realidade do futuro ambiente de trabalho já que a observação, a colaboração, a mediação e a práxis fazem parte da pesquisa da própria prática, é analisar através de uma ‘lupa microscópica’ da realidade escolar, questionar e refletir sempre própria pratica e ressiginificá-la constantemente”. REFERÊNCIAS CUNHA, M.I.C. O professor universitário na transição de paradigmas. Araraquara: JM Editora, 1998. PENIN, S.T.S. Profissionalidade: o embate entre o concebido e o vivido. In: EGGERT, E. (Org.). Trajetórias e processos de ensinar e aprender: didática e formação de professores: livro 01. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 12ª Edição. Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1979.

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A EXPERIÊNCIA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO CURSO DE PEGAGOGIA – LAURO DE FREITAS

Tânia Maria Portugal da Silva2 Francislene Cardoso Ferreira3

Ana Paula Silva dos Santos4 Resumo Este relato apresenta a experiência do Subprojeto “Entre a Universidade e a Escola: a Mediação do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), potencializando a Práxis” Pedagógica do Programa de Iniciação à Docência – PIBID/UNEB do Curso de Pedagogia do Departamento de Educação Campus I financiando pela CAPES, em duas escolas da rede municipal de Lauro de Freitas. Será apresentada a construção do percurso formativo das alunas bolsistas de Iniciação à Docência nas plenárias e durante o processo de vivencia nas escolas onde as bolsistas fazem observação, diagnóstico e a prática que resultaram na organização de um banco de aulas, e também como se processa a relação entre a Universidade e as Escolas numa demonstração que é possível a pactuação de parcerias que contribuam na busca da qualidade do ensino das escolas que estão no entorno da Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Palavras-chave: Iniciação à Docência. Formação. Ambiente Virtual.

Introdução

O subprojeto “Entre a Universidade e a Escola: a Mediação do Ambiente Virtual de

Aprendizagem (AVA), potencializando a Práxis Pedagógica” desenvolve uma

experiência nas escolas municipais da rede de Salvador e Lauro de Freitas, no âmbito

do Programa de Iniciação à Docência – PIBID/UNEB do Curso de Pedagogia do

Departamento de Educação I da Universidade do Estado da Bahia. Nesse relato será

apresentada a experiência vivenciada pelas estudantes do curso de Pedagogia Campus

I - Lauro de Freitas. O Programa de Iniciação à Docência – PIBID possibilita que as

alunas tenham durante seu percurso formativo contato com a escola e a sala de aula

contribuindo significativamente para esta formação, destacando o papel que cada

docente possui ao assumir uma sala de aula. Esta relação com as escolas permite o

exercício constante da reflexão e da articulação dos conceitos e fundamentos teóricos

com a vivência do cotidiano escolar, isto é com a Práxis.

O subprojeto em Lauro de Freitas iniciou suas atividades em 20145, atualmente o

trabalho é desenvolvido nas Escolas Municipais Enoch Silva nas Turmas de Ensino

Fundamental e Loteamento Santa Júlia nas turmas de Educação Infantil. Esta relação

Universidade e Escola evidencia o quanto é necessário que a universidade “saia dos

seus muros” e construa relações de troca na comunidade que está inserida, exercendo o

seu papel social de contribuir com a sociedade na busca de uma educação de qualidade

que seja realmente significativa para nossas crianças e adolescentes. Todo o processo

de formação teórico-metodológica e a práxis vivenciada culminam com a organização e

2 Professora do DEDC I/UNEB e coordenadora do subprojeto – Lauro de Freitas. 3 Professora da Escola Municipal Enoch Silva e bolsista supervisora.

4 Aluna de Pedagogia, DEDC I/UNEB e bolsista de Iniciação à Docência.

5 A Escola Municipal D. Avelar foi substituída em 2015, pela Escola Municipal Loteamento Santa Júlia.

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construção de um banco de aulas que fica disponível num ambiente virtual de

aprendizagem (AVA).

Metodologia

O grupo de subprojeto é composto por 1 coordenadora, 2 bolsistas Supervisoras e

12 bolsistas de Iniciação à Docência. O percurso formativo se processa em ciclos que se

desenvolvem em fases, onde as categorias conceituais colaboração, mediação e práxis

são trabalhadas e aprofundadas. As etapas são assim desenvolvidas: fase inicial

(realização de pesquisa bibliográfica das categorias conceituais do subprojeto). 1ª fase,

a colaboração (composta pelas leituras, resenhas e discussões de textos extraídos da

listagem da pesquisa bibliográfica e que tem a intenção de definir saberes e

problematizações das citadas categorias); 2ª fase, a mediação (e a partir dos

interrogantes, ida à escola se torna fonte de pesquisa-ação da/na prática desenvolvida

em escola sobre o que foi observado – refletido – executado); 3ª fase, a práxis (a

terceira fase está composta de discussão das aulas, postagem definitiva das aulas e

produção teórico-conceitual dos saberes construídos) (LAGO, ALMEIDA, OLIVEIRA,

2011). O trabalho desenvolvido no departamento compreende os momentos de

plenárias e produção de aulas e materiais, ressaltando também as pesquisas, estudos

e/ou leituras que são feitas além das plenárias e no ambiente virtual de aprendizagem.

Conclusões

A realização do Subprojeto em Lauro de Freitas tem sido avaliada positivamente

pela equipe das escolas parceiras como também pelas alunas do curso de Pedagogia

que relatam a contribuição para a formação de uma identidade profissional e os desafios

que o profissional Pedagogo tem a transpor, A ações nas escolas tem contribuído

também para ressignificar o “fazer" pedagógico nos mostrando que é possível

transformar o processo de ensino em aprendizagem constante para docentes e

discentes.

Referência

LAGO, A. C. C.; ALMEIDA, M. S. C. E.; OLIVEIRA, J. S. Entre a universidade e a escola: investigando o trabalho docente a partir da experiência do PIBID na licenciatura em pedagogia. In: ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO SOBRE TRABALHO DOCENTE, i., 2011, Maceió. Anais... Maceió: [s;n], 2011.

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RELATO DE EXPERIÊNCIAS: A TECNOLOGIA EM QUESTÃO NA FORMAÇÃO DOCENTE

Claudene Ferreira Mendes Rios6 Luiz Carlos Jandiroba7

Renata Adrian Ribeiro Santos Ramos8 Larissa Santos Sacramento9

Campus XI/Serrinha-BA

Este texto objetiva relatar algumas experiências pedagógicas desenvolvidas no Subprojeto: “Tecnologias (digitais, sociais e ambientais) e suas contribuições para a formação docente no território do Sisal”, durante o ano de 2016, a partir do eixo norteador Tecnologia e Formação Docente. O Subprojeto do PIBID/CAPES desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), no Departamento de Educação, Colegiado de Pedagogia, Campus XI/Serrinha/BA, foi implantado em março de 2014 e desde então conta com a participação de 08 Bolsistas de supervisão, 41 bolsistas de Iniciação à Docência (ID) e 3 bolsistas de coordenação de área. O eixo norteador agregou discussões sobre o uso de tecnologias no espaço educativo, as representações sobre as tecnologias na formação docente, as tecnologias assistivas no campo da Educação Especial e os brinquedos tecnológicos no cotidiano das crianças, dentre outros conteúdos pedagógicos. Estas discussões foram tangenciadas pela questão da sustentabilidade ambiental. Partindo da premissa que “as velozes transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e aprender” (KENSKI 2012, p. 30), é preciso estar em permanente estado de aprendizagem e de adaptação ao novo no campo educacional. Considerando a necessidade, então, de reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem movimentada em nosso cotidiano pelas tecnologias foram estabelecidos planos de trabalho, de forma participativa, tendo em vista a construção e o desenvolvimento de projetos de intervenção nos espaços de atuação do programa, a saber: uma unidade escolar de ensino fundamental I, a escola Graciliano de Freitas; um espaço de Educação Especial, o Centro de Apoio Pedagógico a Pessoas com Necessidades Educativas Especiais (CAPENE); um espaço de Educação Infantil, a Creche da Escola Monsenhor Mendes de Barros. Para inserção e desenvolvimento da proposta formativa houve investimentos na relação entre conhecimentos específicos sobre tecnologia e educação, a partir de estudos de textos, debates e desenvolvimento de planos de trabalho nos encontros formativos junto aos bolsistas de iniciação à docência. Esses estudos e produções foram sustentados na contribuição de estudiosos tais como: Castells (1999), Freire (1996). Nos três espaços educativos foram realizadas observações participantes para construção de registros que deram origem a relatórios, portfólios, oficinas, diários reflexivos, artigos científicos e projetos de intervenção envolvendo o uso das tecnologias em diferentes abordagens, contemplando as necessidades dos sujeitos envolvidos nos

6 Coordenadora de Área PIBID/CAPES PEDAGOGIA. Licenciada em Matemática e Mestre em Ensino,

Filosofia e História das Ciências pela Universidade Federal da Bahia-UFBA. 7 Coordenador de Área PIBID/CAPES. Sociólogo e Mestre em Educação pela Unversité du Quebéc au Chicoutimi, Canadá.

8 Coordenadora de Área PIBID/CAPES PEDAGOGIA. Pedagoga e Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Feira de Santana- UEFS.

9 Estudante da licenciatura em Pedagogia pela UNEB e bolsista de iniciação à docência do PIBID/CAPES, Campus XI/Serrinha - Ba.

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diferentes espaços formativos e mediante indicações do plano de trabalho. No espaço educativo da Creche, foram desenvolvidas práticas tomando como base as seguintes situações- problema: Como as crianças interagem com as brincadeiras e brinquedos antigos e tecnológicos? Como as crianças se relacionam e representam as tecnologias? A partir destas questões foram desenvolvidas oficinas pedagógicas junto a crianças de 2, 3 e 4 anos de idade, respeitando o centro de interesses, as características biopsicossociais das crianças envolvidas. As oficinas desenvolvidas foram as seguintes “Brincadeiras de ontem e hoje”, “Conhecendo brinquedos antigos e atuais”, “Construindo brinquedos antigos”; “Conhecendo as vivências das crianças com brinquedos tecnológicos”. Nas oficinas os bolsistas (ID) puderam compreender: vivências culturais e relação da criança com o brincar e as tecnologias; a necessidade de problematização social sobre os impactos, necessidades e prejuízos do contato mais direto e sistemático das crianças pequenas com as tecnologias. Essas práticas deram origem aos seguintes produtos de trabalho: construção de brinquedos com material de sucata, exposição de brinquedos antigos e atuais, produção de artigos científicos etc. Já no espaço da Educação Especial CAPENE, o trabalho em torno das tecnologias foi dirigido especificamente às tecnologias assistivas, e sua relação com o desenvolvimento motor, intelectual e social dos sujeitos atendidos no referido espaço. Os bolsistas (ID) puderam refletir sobre as contribuições das tecnologias para o aprendizado no contexto do trabalho com a deficiência específica dos sujeitos. A partir dessas aprendizagens pedagógicas foram construídos recursos didáticos com materiais recicláveis destinados ao trabalho com pessoas que apresentam necessidades especiais, isto por meio de oficinas pedagógicas realizadas junto aos pais, pessoas da comunidade e alunos do curso de Pedagogia. Também houve a participação no Seminário Municipal Sobre Deficiências e a realização de uma Mostra Fotográfica das ações realizadas no âmbito da Educação Especial no Departamento de Educação, Campus XI. Quanto ao espaço da escola Graciliano de Freitas, as ações formativas foram dirigidas à questão da sustentabilidade ambiental e social, bem como o uso das tecnologias junto aos sujeitos aprendizes, crianças do ensino fundamental I. Esse trabalho promoveu observações participantes, levantamento das demandas, planejamento e execução de oficinas pedagógicas. Considera-se que, as diversas oportunidades formativas construídas e potencializadas no eixo “Tecnologia e Formação docente”, contribuíram para reflexões substanciais dos bolsistas ligados ao programa, oportunizando a possibilidade de construção de saberes pedagógicos específicos para o trabalho com crianças na educação Infantil e Ensino Fundamental I e Educação Especial, mobilizando os sujeitos para o crescimento acadêmico e profissional, fortalecimento das ações do PIBID e uma relação mais dialógica com a Educação Básica.

Palavras-chave: PIBID. Experiências. Tecnologias. Formação do Professor.

REFERÊNCIAS:

CASTELLS Manuel. A sociedade em rede. 6ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 39º ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias. O novo ritmo da informação. Campinas; SP: Papirus, 2007.

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SUBPROJETO DE PEDAGOGIA DO DEDC X

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INTERDISCIPLINARES NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ÁREAS E SABERES ENTRELAÇADOS PELA LEITURA E

ESCRITA

Profas. Lúcia de Fátima Oliveira de Jesus Irene Alves dos Santos

Coordenadoras

Ao acompanhar o objetivo geral do programa de inserir os licenciandos no cotidiano da escola pública, ao tempo em que incentiva à formação continuada para professores em exercício, reunindo assim as secretarias estaduais e municipais de educação com as universidades públicas, em favor da melhoria do ensino em todos os níveis e modalidades, o subprojeto de Pedagogia do DEDCX, busca compartilhar experiências formativas de três escolas da rede municipal de ensino de Teixeira de Freitas e do Curso de pedagogia, como forma de articular teoria/prática, com base em uma concepção de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Inicialmente com 56 bolsistas, entre 46 de Iniciação à Docência, 6 supervisores - professores das escolas parceiras e 2 Coordenadoras - professoras da UNEB, o subprojeto é realizado em 2 escolas mais próximas ao Campus e uma em um bairro mais distante e atendia em média 1200 crianças. Atualmente encontra-se com 27 bolsistas de ID, 5 supervisoras e 2 coordenadoras e atende ao um total de 668 crianças de 1ª a 5ª. Ano do Ensino Fundamental. As ações do subprojeto são efetuadas por meio do trabalho de formação no interior do PIBID de Pedagogia, cujas estratégias empreendem: Visitas às escolas - As coordenadoras vão ás escolas nos períodos de maior incidência de bolsistas; Reuniões mensais por escola - Encontro de Coordenadores, supervisores e bolsistas por escola; Reuniões Gerais na UNEB Campus X - Encontros mensais de todos os envolvidos no subprojeto; Participações em eventos das escolas – As festas, apresentações, comemorações, são socializadas procurando envolver a todos como um momento de observação, participação e avaliação. Os encontros gerais, são realizados ao final do mês, com todos os bolsistas do subprojeto de modo a refletir sobre as questões que afetam o trabalho na escola, a luz de alguns autores previamente selecionados, mediante as considerações e demandas apresentados nas reuniões por escolas e nas visitas as mesmas. A articulação teoria/prática é vivenciadas pelas bolsistas de ID, Supervisoras, Professoras, Regentes e pelas Coordenadoras, estabelecendo projetos de cooperação que vem contribuído com o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, principalmente daqueles que apresentam dificuldades na aprendizagem, elevando assim, a qualidade do ensino nas escolas parceiras, ao promover práticas inovadoras e articuladas a realidade local, além de divulgar os trabalhos realizados no interior das escolas em outros espaços educacionais, trazendo avanços e benefícios, tanto para o Ensino Superior como para a Educação Básica, revela as supervisoras: – Essa leva de bolsista que veio agora, estavam no sexto período. Todos novos, já chegaram na sala já contribuindo. Parece que estamos contribuindo. O PIBID está amadurecendo, as escolas fazem questão (...) Através do PIBID o ID se transformou em um professor pesquisador. Uma bolsista ID concluiu - Uma professora estrategista, pois aprendi a trabalhar com alunos em diferentes fases da alfabetização. É possível entrever a aproximação de uma cultura do Pibid. A produção científica também foi desenvolvida com base na experiência do subprojeto de

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pedagogia, com apresentações em eventos internos ao DEDCX, tais como: “Quintas Acadêmicas” e SEPEX que relataria as ações no interior das salas de aula das escolas parceiras, assim como a publicação de artigos em livros. Não se quer com isto, dizer que não há dificuldades, falta de material, precárias condições, o que leva a um certo desencanto por vezes para a participação efetivas em todas as ações, entretanto, não se pode negar que se trata da maior inovação na educação nos últimos anos.

Referências Bibliográficas BRAMOWICZ, A. A menina repetente. Campinas, SP: Papirus, 1995.

CAGLIARI. Luis Carlos. Alfabetização & Linguística. São Paulo: Scipione, 2001

FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.

FRANCHI, E. A Redação na Escola – E as Crianças Eram Difíceis... São Paulo: Martins Fontes, 1993.

NOBLIT, George. Poder e desvelo na sala de aula. Traduzido por Belmira Oliveira Bueno. Rev. Fac. Educ. [online]. 1995, vol.21, n.2, pp. 119-137. ISSN 0102- 2555.Aceso em 24/02/2014

NÓVOA, Antônio. Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992

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PRÁTICAS DOCENTES INOVADORAS, ARTICULADAS COM A PERSPECTIVA DA CONTEXTUALIZAÇÃO E DAS TECNOLOGIAS

SOCIAIS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Edilane Carvalho Teles – Coodenadora de Área – Pedagogia DCH-III Edmerson dos Santos Reis - Coodenadora de Área – Pedagogia DCH-III

Neila Cristina Nascimento Ramos – Supervisora da Escola Tempo Integral Lucíola Gonçalves Pereira – Bolsista de ID Escola Rural de Massaroca

Um projeto que se e propõe a atingir o objetivo de ampliar a articulação institucional do Departamento de Ciências Humanas com a Secretaria Municipal de Educação e Esportes (SEDUC) de Juazeiro – BA, Gestores Escolares e os Coordenadores Pedagógicos com o intuito de socializar a proposta de ação e metodologia do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) contribuindo com o processo de iniciação à docência dos estudantes de Pedagogia, tendo como campo-espaço de atuação as escolas e salas de aulas da rede municipal de ensino, em alguma medida, ao se cumprir com os esse intuito com certeza trará contribuições e promoverá impactos nos processos e espaços com os quais está articulado. É assim que temos buscado articular e fazer acontecer o projeto, pautado nos objetivos propostos inicialmente e tendo no compromisso da formação complementar e em efetivo exercício da formação em Pedagogia, contribuído imensamente para que tenhamos desde já o forjar de um profissional implicado com o a complexidade do fazer docente, sendo a escola e os seus agentes, com destaque os docentes da Educação Básica o nosso principal ponto de apoio, pois sem o compartilhar dos saberes, da sala de aula e das vivências desses não se efetivaria o PIBID.

O município de Juazeiro – BA tem sido muito instável na definição da sua política municipal de Educação. Ou seja, que caminho seguir e que fundamentos teóricos suportam e orientam o fazer docente? Em alguns momentos centra o processo em conteúdos indutivos e de prontidão para atender às exigências das avaliações externas do MEC; em outras faz opção por uma proposta de Educação Contextualizada ou ainda a perspectiva da aprendizagem norteada pelas contribuições dos conhecimentos produzidos pelas neurociências e o retorno à perspectiva de produção de indicadores, onde o foco são as exigências e uso de materiais prontos comercializados pelas assessorias educacionais, a exemplo do grupo do Instituto Ayrton Senna, Assessoria Pedagógica do Município de Sobral – CE entre outras.

Parece que há uma paranoia pedagógica nos sistemas, onde o foco é a produção de indicadores, sendo esses o fim dos sistemas e não a complexidade da aprendizagem e da formação humana numa perspectiva crítica e emancipadora dos sujeitos do processo educativo, espaço em que o professor não pode tornar-se robotizado e nem tão pouco os estudantes meros depositários das receitas prontas e enlatadas produzidas por assessorias exógenas à realidade, que apenas vendem os seus produtos.

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Contrária a essa vertente da educação padronizada e homogeneizante é que a existência do PIBID nas escolas tem sentido cada vez mais como uma necessidade de aprofundamento das reflexões e proposições inerentes a contextualização, permitindo que as atividades desenvolvidas no âmbito do programa e dos docentes das escolas parceiras tornem cada vez mais evidente a perspectiva da contextualização do currículo e dos fazeres docentes, que ainda demonstram em suas ações uma busca pela fundamentação e por um sentidos norteador amparar a sua ação pedagógica na construção dos conhecimentos com os sujeitos da aprendizagem, que buscam na escola a ampliação dos seus conhecimentos e o desenvolvimento de aprendizagens significativas, que os respeite como sujeitos históricos e permitam o reconhecimento de si mesmo e do entorno em que vivem.

Essa constatação se faz a partir das vivências e processos de imersão realizados pela equipe de bolsistas nas escolas em que o programa acontece, os quais também funcionam como uma extensão da universidade na sua relação direta com a Educação básica e na relação direta do Projeto com a Secretaria de Educação do Município de Juazeiro.

Diante das experiências que temos construído e vivenciado, ressalta-se a necessidade de se trabalhar na formação dos docentes da rede municipal, os princípios e fundamentos da Educação Contextualizada, o que permitirá um maior envolvimento da comunidade escolar nas ações da escola e vice-versa, além de, com esta perspectiva, ampliar cada vez mais o leque de possibilidades para a reorientação e construção de um currículo autóctone que permita a escola ser um lugar de diálogo e de ampliação dos conhecimentos e saberes diversos, tendo na realidade local o seu ponto de partida e nos seus sujeitos da aprendizagem o sentido para o qual a escola deve existir.

Assim, o PIBID tem sido uma oportunidade única para os bolsistas de ID, Supervisão e coordenação de área, pois é uma maneira de revisitação às suas próprias práticas e concepções sobre o ato de ensinar e aprender, pois permite sempre um olhar de outra perspectiva para os conhecimentos curriculares, as práticas e as relações do saber com os sujeitos da aprendizagem e suas comunidades com as quais a escola mantém ou deveria manter relações cotidianas.

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DOCÊNCIA COMPARTILHADA: REFLEXÕES SOBRE AS AÇÕES PIBID/UNEB/PEDAGOGIA DCHT CAMPUS XVI – IRECÊ

Joelma Gomes de Oliveira Bispo Emanuela Oliveira Carvalho Dourado

RESUMO

A formação numa perspectiva da profissionalidade docente tem sido uma preocupação permanente do subprojeto - Produção de estratégias pedagógicas para desenvolvimento de leitura e escrita em crianças das séries iniciais do PIBID/UNEB Curso de Pedagogia DCHT/Campus XVI/Irecê. Sem sombra de dúvidas, o desenvolvimento da capacidade de lidar com os fenômenos relacionados à escrita e a leitura é uma das questões emblemáticas na formação do pedagogo, uma vez que a escola básica ainda acumula números alarmantes de crianças que não são alfabetizadas plenamente. Entendemos, portanto, que entre outras aprendizagens, favorecer ao licenciando a compreensão desse processo é condição sine qua non para alteração desse quadro, tendo em vista a possibilidade deles lançarem mão futuramente enquanto docentes, de estratégias de ensino que favoreçam o acesso das crianças da escola pública às “práticas sociais que historicamente foram e, de certo modo, continuam sendo, patrimônio de certos grupos mais que de outros ” (LERNER, 2005, p. 1). Nesse sentido, em 2016 construímos dois movimentos importantes para que os bolsistas pudessem refletir e compreender a importância de uma prática pedagógica intencional e sustentada na compreensão da realidade, dos saberes e não-saberes dos cursistas. Eles foram desafiados a fazerem avaliação diagnóstica de leitura e escrita das turmas vinculadas ao subprojeto e construírem uma proposta de intervenção a partir dos dados analisados. Esses dois movimentos tiveram intuito de favorecer debates e reflexões acerca da aprendizagem enquanto fenômeno que ocorre num processo de elaboração pessoal em estreita relação com a cultura, as pessoas e os objetos que a compõe. A partir do qual, cada sujeito, frente as experiências e significados que constrói apreende o objeto a ser conhecido em seu próprio ritmo, exigindo dos professores posturas pedagógicas adequadas às diferentes necessidades e capacidade de mediação desses processos. Partimos de problematizações que fomentaram a análise das práticas em curso, o reconhecimento de pontos de partida e a necessidade de estudos, reflexão para repensar questões não consensuais. Em relação a avaliação diagnóstica, uma das questões mais desafiadoras foi relacionar os instrumentos com as expectativas de aprendizagens das turmas envolvidas. Para tanto, a retomada de teorias, pesquisas e produções acerca da aquisição da linguagem escrita e, especificamente, sobre a construção da compreensão leitora foram fundamentais. Posteriormente os bolsistas produziram os instrumentos para avaliação, levando-os à definição do porquê e o que avaliar em leitura e escrita. Percebemos que nas escolas, há uma prática já instituída de avaliação da escrita, mas pouca ênfase na avaliação dos processos de aquisição da leitura. Desse modo, partir para análise e compreensão dos dados produzidos e fazer um projeto de intervenção, resultou na explicitação por parte dos supervisores de uma realidade na Rede Municipal de Irecê: o engavetamento dos resultados do diagnóstico que são realizados anualmente a partir da solicitação da Secretaria Municipal de Educação, levando-nos a discutir sobre o real sentido da avaliação e sua contribuição para o desenvolvimento de um planejamento coerente com a zona de desenvolvimento proximal das crianças de uma dada turma e a qualidade da educação. Entre outras

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questões, a discussão sobre a finalidade da avaliação foi ampliada no I Encontro PIBID/Pedagogia e Rede Municipal de Educação de Irecê realizado em maio/2016, em parceria com a secretaria de educação desse município. Seguindo a lógica de problematização, reflexão-ação-reflexão, cada grupo construiu, com base na realidade da turma, o projeto de intervenção que foi desenvolvido durante três meses. As práticas, reflexão sobre os objetivos propostos, conteúdos, estratégias e resultado da intervenção foram sistematizados e apresentados em um seminário interno envolvendo todos os bolsistas do nosso projeto. Diante das reflexões, percebemos a necessidade de estruturar um roteiro de estudo contendo questões sobre conteúdos de leitura e escrita, tipologia textual, etc. para ser realizado em dupla. Mais uma vez, esse movimento promoveu discussões envolvendo todo o grupo a partir da escrita e intervenção do coordenador. Retorno que serviu de insumo para a produção dos artigos de experiência, a última produção de 2016. Em síntese, a condução do PIBID/UNEB Pedagogia de Irecê, tem sido para a construção de uma docência compartilhada, envolvendo os participantes desse projeto de trabalho, num processo de aprendizagem e circularidades dos saberes. Conforme Zeichner (1993, p. 7), buscamos, assim, “desenvolver a disposição e as habilidades para enxergar as conexões entre a sala de aula e o contexto social e político nos quais ela se insere”. Sobre a avaliação dos processos relatados, achamos pertinente trazer as vozes dos demais envolvidos neste projeto, para isso estruturamos um questionário (em anexo) que foi respondido por seis (6) Bolsistas ID, dois (2) supervisores e dois (2) representantes das escolas parceiras. Para a Bolsista ID Shleila: A construção da avaliação diagnóstica exerce um papel muito importante, pois junto com o supervisor e coordenador de área, aprendemos quais aspectos que precisam ser colocados para dar subsídios necessários para entender como a criança pensa a leitura e escrita, de maneira que o professor possa analisar quais as intervenções precisam ser feitas. Nesse movimento, percebemos o desafio do professor diante de turmas heterogêneas, com o desafio de pensar em estratégias para diferentes níveis de leitura e hipóteses de escrita. Discorrendo sobre a importância da avaliação processual, destaca a bolsista: Assim, fica evidente a importância da avaliação processual, a qual vai garantir ao professor pensar nas intervenções para as crianças, assim como repensar sua própria prática. Esse é um ponto muito importante no Pibid, pois tanto as discussões nas reuniões quanto os estudos que são feitos auxiliam nesse processo.” Sobre esse processo de reflexão envolvendo supervisores, afirma Enilza “O PIBID foi um dos desafios que me fez questionar sobre o ser e fazer docência. Embora com vinte e oito anos de profissão, todos como educadora, nunca tinha me deparado com uma situação em que me instigasse a estar buscando novas leituras sobre a prática educativa.” Nessa mesma ótica, aponta Bruno: “Percebo o PIBID para o supervisor como a formação continuada mais eficiente em que pude participar, pois, a ressonância entre teoria e prática encontram equilíbrio. A perspectiva da docência compartilhada, favorece o exercício do papel do professor co-formador, a integração do coordenador de área e dos Bolsistas ID, sustentando um processo de formação continua a partir da “incursão nas situações educacionais de forma diferenciada, dando-lhes condições de compreender que o trabalho docente comporta situações rotineiras, mas, principalmente, situações inusitadas as quais requerem atitudes de um pesquisador em ação, que investiga alternativas, se inquieta com o instituído” (BISPO; SOARES, 2017, p. 86). Diante desses processos, entre outros Trabalhos de Conclusão de Curso que emergiram da vivência do PIBID, destacamos o das ex-pibidinas Brenda e Thais que investigaram as contribuições do Programa para os egressos do curso de pedagogia da Universidade

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do Estado da Bahia – UNEB / Campus XVI - Irecê no início da carreira docente. O estudo aponta que os participantes da pesquisa, adentram na profissão convictas de suas escolhas profissionais e que os impactos do programa foram positivos para a sua inserção na carreira profissional, apontando sentimento de segurança para desempenharem, agirem e se posicionarem frente às demandas impostas neste período. Destacam que as experiências proporcionadas pelo programa permitiram uma familiaridade com o universo escolar e a habilidade de planejar, de intervir junto aos alunos e conduzir o trabalho em sala de aula. Frente a esse contexto, somos movidas pelas possibilidades e desafios que ainda enxergamos na formação dos bolsistas ID, vinculados ao nosso subprojeto, propondo para o semestre 2017.1 o movimento em que estamos trazendo, de forma relacionada com as estratégias de leitura, a discussão sobre a ampliação da formação cultural enquanto questão fundamental da escola, assim pretendemos provocar reflexões sobre o que é e qual a função social da escola, bem como a relação entre a experiência cultural e o desenvolvimento das aprendizagens da leitura, escrita, oralidade, linguagens e suas tecnologias.

Palavras-chave: PIBID Pedagogia. Leitura e escrita. Aprendizagens docentes

REFERÊNCIAS

BISPO, Joelma Gomes de Oliveira; SOARES, Regina Soares. O papel da escola básica na formação inicial de professores: representações de docentes universitários. Educação Unisinos: 21(1):81-89, janeiro/abril 2017. LERNER, Delia. Ler e escrever na escola. O real, o possível e o necessário. Porto Alegre. Artmed. 2002. ZEICHNER, Kenneth M. A formação reflexiva de professores: ideias e práticas. Lisboa: EDUCA, 1993.

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SUBPROJETO: LABORATÓRIO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO PIBID/UNEB CAMPUS XII NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DO CURSO DE

PEDAGOGIA Sônia Maria Alves de Oliveira Reis10

Sandra Alves de Oliveira11 Sheila Catarine Pinto Evangelista Baliza12

Jamile de Souza Soares13

RESUMO Neste trabalho compartilham-se momentos experienciados no subprojeto Laboratório de Práticas Pedagógicas (Laprape), do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), Campus XII da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), no período de março de 2014 a março de 2017. O Laprape conta com a participação de bolsistas de Iniciação à Docência (ID), bolsistas de supervisão e bolsistas de coordenação de área que procuram desenvolver nos encontros formativos do Grupo de Estudo Laboratório de Práticas Pedagógicas a articulação entre os conhecimentos teóricos e práticos, para melhor apropriação de novas experiências e aprendizagens em sala de aula da educação básica. Além disso, visa incentivar a pesquisa educacional na graduação articulando ensino, pesquisa e extensão por meio da aproximação entre a Universidade e a Educação Básica. A atuação do bolsista de ID/futuro professor no cotidiano escolar é imprescindível no processo formativo, para a aprendizagem da docência. O envolvimento dos bolsistas nas atividades realizadas na escola e na universidade constitui fonte de saberes e aprendizagens no contexto da formação e da prática pedagógica vivenciada nesses espaços formativos.

Palavras-chave: Prática pedagógica. Aprendizagem da docência. Formação. Introdução

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) representa uma ponte que liga a universidade à escola com a finalidade de valorizar a formação de professores para atuação na educação básica. Oportuniza ao estudante do curso de Pedagogia um maior contato com a educação básica, pois possibilita o exercício de práticas pedagógicas em um período mais longo no cotidiano escolar. Programas dessa natureza minimizam o choque de realidade que acontece com muitos estudantes do curso de licenciatura ao se depararem com a sala de aula, e por temerem, acabam desistindo do curso.

O PIBID “abre novas possibilidades no que se refere à formação inicial, já que cria oportunidades da vivência da prática docente, fazendo com que a partir dessas práticas os bolsistas comecem a fazer o exercício de uma reflexão crítica das suas próprias ações” (ANJOS; COSTA, 2012, p. 1). O compartilhamento de saberes entre os bolsistas de ID e os professores co-formadores da educação básica culmina em novos

10

Profa. Dra. do Campus XII/UNEB. Pesquisadora do NEPE. Coordenadora de área do PIBID/UNEB/Campus XII. [email protected]

11 Profa. Ma. do Campus XII/UNEB. Pesquisadora do NEPE. Coordenadora de área do PIBID/UNEB/Campus XII. Professora da Educação Básica do Colégio Municipal Aurelino José de Oliveira (Candiba-BA). [email protected]

12 Professora da Escola Municipal Vereador João Farias Cotrim. Supervisora do PIBID/UNEB/Campus XII. [email protected]

13 Estudante do curso de Pedagogia do Campus XII/UNEB. Bolsista de ID do PIBID/UNEB/Campus XII. [email protected]

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conhecimentos e novas formas de convivência no âmbito escolar. Nesse sentido, “além das consequências positivas para a formação dos licenciandos, a convivência dos parceiros no PIBID é transformadora também para as instituições envolvidas” (AMBROSETTI et al., 2013, p.168). Para as autoras, o PIBID cria possibilidades de se constituir um espaço privilegiado de trabalho e formação, transformando ambas as instituições.

As práticas pedagógicas vivenciadas como/pelos bolsistas de ID evidenciam que as experiências adquiridas possibilitam benefícios para sua formação profissional e para as relações cotidianas. A utilização desses aprendizados fortifica a prática docente e proporciona ações inovadas para o processo de ensino e aprendizagem.

De acordo com Magalhães, Carvalho e Oliveira (2013, p. 132), a formação do estudante-bolsista de ID “deve primar pela articulação teoria e prática, pela apropriação de experiências para o desenvolvimento da prática pedagógica e pela construção de saberes necessários à sua profissão e ao processo ensino-aprendizagem”. Nos encontros formativos do Grupo de Estudo Laboratório de Práticas Pedagógicas (Laprape) e na atuação na escola, os pibidianos compartilham experiências, vivências, saberes e aprendizagens dos processos formativos e da prática docente, na relação reflexão-ação-reflexão.

O Laprape é um subprojeto que visa proporcionar ao licenciando conhecer o espaço escolar antes de se tornar professor, para que esse enfrentamento com a realidade possa incentivá-lo a atuar na docência. Essa experiência poderá ajudá-lo a entender a teoria estudada na universidade; compreender que a escola de educação básica pode ser um campo de investigação para o estudante; contribuir para a formação docente e compreensão do processo de ensino e aprendizagem.

Reflexões sobre as experiências, aprendizagens e desafios na atuação no Laprape

A atuação dos bolsistas de ID nas escolas parceiras do PIBID é marcada pela articulação das “vivências dos professores e suas experiências cotidianas de sala de aula para se converterem em aprendizagem”. (LIMA; REALI, 2006, p. 232). Também na produção científica e compartilhamento dos resultados das experiências em eventos.

O subprojeto Laprape, no ano de 2017, conta com a participação de 35 bolsistas de ID, 6 bolsistas de supervisão e 2 coordenadoras de área que atuam em 3 escolas parceiras do PIBID, e participam dos encontros formativos, dos planejamentos das atividades de intervenção e da avaliação das ações propostas e desenvolvidas no subprojeto Laboratório de Práticas Pedagógicas, de acordo com a proposta curricular e pedagógica da escola. No Quadro 1 sintetizamos algumas atividades e resultados alcançados no desenvolvimento do subprojeto Laboratório de Práticas Pedagógicas, no período de março de 2014 a março de 2017.

Quadro 1 – Atividades e resultados alcançados no PIBID/UNEB/Campus XII

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS

BOLSISTAS RESULTADOS ALCANÇADOS

Reuniões mensais nas escolas laboratório com equipe gestora e docentes.

Encontros formativos quinzenais entre os bolsistas na universidade.

Aproximação do licenciando em Pedagogia com a docência e melhor compreensão dos tempos e espaços da educação básica.

Melhoria do processo de ensino e aprendizagem nas escolas parceiras do PIBID.

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Realização de oficinas pedagógicas nas escolas com temáticas pertinentes à prática educativa em classes dos anos iniciais do ensino fundamental.

Discussão, reflexão e sistematização das ideias suscitadas dos textos indicados nos encontros formativos.

Produção de relatos reflexivos a partir das experiências vivenciadas nas escolas laboratórios, pontuando os enfrentamentos, desafios e possibilidades.

Inscrição e apresentação de trabalhos, em formato de artigos completos e resumos expandidos, em eventos locais, regionais, estaduais e nacionais.

Vivência das oficinas: Contação de histórias; Viajando pelo mundo da leitura; Resolução de problemas e a matemática; Jogos e brincadeiras; Educação e saúde.

Coparticipação nas aulas das turmas dos anos iniciais do ensino fundamental.

Diálogo entre a vivência nos espaços de educação básica e as discussões teóricas fomentadas na universidade, por meio do Grupo de Estudo e dos componentes curriculares do curso de Pedagogia.

Aproximação do experimento da pesquisa no que se refere à produção científica por meio de artigos que relatam as experiências vivenciadas pelos bolsistas.

Participação em eventos científicos, com apresentação de trabalhos e publicações, evidenciando o comprometimento em relação à reflexão acerca da profissão docente, seus desafios e possibilidades.

Reflexões acerca do processo de construção da base alfabética e das implicações da ludicidade na matemática e resolução de problemas no processo de ensino e aprendizagem.

Avanços na linguagem oral e escrita dos bolsistas de ID e de supervisão.

Melhor compreensão do ato de planejar.

Aprendizagens referentes à execução e avaliação do planejamento.

Aprofundamento dos conhecimentos teórico-pedagógicos dos bolsistas de ID, contribuindo para a formação docente.

Publicação dos resultados de atividades planejadas e desenvolvidas nas escolas parceiras do PIBID.

Fonte: Quadro organizado pelas autoras com dados do Relatório do PIBID/UNEB/Campus XII

As atividades e resultados elencados neste relatório indicam a importância da participação dos estudantes do curso de Pedagogia do Campus XII no PIBID, visto que, este programa representa “uma singular oportunidade de crescimento acadêmico e de imersão na docência, subsidiando o processo de autoformação docente, muito importante na medida em que o professor pode investigar e teorizar a sua prática” (ALMEIDA; COSTA; AVELINO, 2012, p. 2-3) Em relação à participação do bolsista de ID no desenvolvimento do projeto de intervenção na escola parceira do PIBID, Dulce relata:

A escola sempre contava com a parceria das bolsistas de ID em suas atividades. Cada projeto da escola havia uma participação conjunta da equipe e ao término do projeto éramos responsáveis pelo encerramento, promovendo atividades como: contar e dramatizar histórias, desenvolvimento de atividades lúdicas que provocam a curiosidade dos alunos. (Dulce, questionário, jun. 2015).

Para o desenvolvimento dessas propostas na escola parceira do PIBID, o bolsista de ID conta com o apoio e acompanhamento dos bolsistas de supervisão e da professora coformadora da sala de aula que atua.

Os bolsistas de ID destacam no relatório produzido que as experiências vivenciadas no PIBID contribuíram para a sua atuação profissional e aprendizagem da docência. No relatório produzido em 2015, Vilma destaca: “As experiências me proporcionaram uma melhor preparação para ingressar na profissão com mais segurança e conhecimento da realidade a ser encontrada”.

Na realização do II Seminário de Avaliação do PIBID/UNEB/Campus XII, no dia 22 de novembro de 2014, ficou evidente que é preciso repensar as práticas pedagógicas desenvolvidas no cotidiano das salas de aulas, uma vez que os pibidianos ainda

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encontram desafios quanto à elaboração de propostas de intervenção, levando em consideração a realidade escolar. Esse momento foi oportuno para avaliar as contribuições dos trabalhos realizados durante o ano de 2014 para a formação profissional e continuada dos integrantes do PIBID.

Afirmações sobre o ser docente por meio da articulação teoria-prática, do fortalecimento da identidade profissional e principalmente sobre a certeza da carreira do magistério é o que o programa possibilita ao bolsista de ID. Por meio do PIBID, indagações, crenças e valores são adquiridos diariamente pelos pibidianos. Considerações finais

Vivenciar o contexto do espaço escolar da rede pública possibilita ao bolsista de ID fazer uma reflexão da prática docente e da aprendizagem da docência, levando em consideração as experiências e os saberes do percurso formativo.

O PIBID possibilita uma experiência promissora para a constituição da identidade docente e, assim, torna possível a construção de saberes referentes à prática, uma vez que o programa oportuniza um tempo maior em sala de aula, proporcionando ao bolsista de ID a articulação da teoria com a prática.

Os pibidianos destacam que o subprojeto Laprape lhes proporcionou uma melhor preparação para ingressarem na profissão docente com segurança e conhecimento do cotidiano escolar, para vivenciar essa realidade, adquirir conhecimentos sobre a prática e perceber quão desafiadora é a profissão docente. Portanto, o PIBID oportuniza ao bolsista de ID vivenciar práticas que só seriam possíveis depois de adentrar a profissão. Esse projeto de formação pode abrir possibilidade de momentos formativos dentro da instituição escolar. Referências ALMEIDA, M. do S. da C.; COSTA, M. C. da S.; AVELINO, Y. C. Contribuições do PIBID para a formação docente: a perspectiva das bolsistas de licenciatura em Pedagogia/UNEB. In: Colóquio Internacional “Educação e Contemporaneidade”. 6, 20 a 22 set. 2012, São Cristovão-SE/Brasil.

AMBROSETTI, N. B. et al. Contribuições do PIBID para a formação inicial de professores: o olhar dos estudantes. Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 4, n. 1, p. 151-174, jan./jun. 2013.

ANJOS, L. C. S. dos; COSTA, I. G. A contribuição do PIBID à formação docente. In: Seminário de Socialização do PIBID, 2.,16 a 18 de maio de 2012, Alfenas, MG. UNIFAL, 2012. p. 1-4.

LARROSA, J. B. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Trad. João Wanderley Geraldi. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n.19, p. 20-28, jan.- abr. 2002.

LIMA, S. M. de; REALI, A. M. de M. R. O papel da formação básica na aprendizagem profissional da docência (aprende-se a ensinar no curso de formação básica?). In: MIZUKAMI, M. da G. N.; REALI, A. M. de M. R. Formação de professores, práticas pedagógicas e escola. São Carlos: EdUFSCar, 2006. p. 217-235.

MAGALHÃES, E. T. L. de; CARVALHO, M. de F. P.; OLIVEIRA, S. A. de. Laboratório de práticas pedagógicas: momentos experienciados no percurso da formação. In: Colóquio Docência e Diversidade na Educação Básica: a profissão docente na Contemporaneidade, 1.,14 e 15 de out. 2013, UNEB-Campus I-Salvador, BA. Anais. Salvador-BA, 2013. p. 132-.140.

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Subprojetos de Letras..

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O COMBATE AO RACISMO NA ESCOLA: DESCORTINANDO A AMÉRICA AFRICANA

Alana Ché da Silva Daniel de Jesus Oliveira Geilson Reis de Andrade

Josenéia S. Costa14

Juliane Monteiro de Souza Lais Pereira de Souza

Leandra dos Santos Silva Marisol Emanuele Sena Gomes Soares Randra Kevelyn Barbosa Barros

Taise Souza Vidal Vanessa Santos Cerqueira

Zilda Maria D. Silva

Subprojeto: A representação do negro na literatura brasileira e a produção de escritores(as) afrobrasileiros e africanos na contemporaneidade. Colégio Heitor Villa Lobos, Salvador-Bahia. E-

E-mail: [email protected] RESUMO As discussões do subprojeto Afrodescendência: a representação do negro na literatura brasileira e a produção de escritores (as) afrodescendentes e africanos de língua portuguesa na contemporaneidade, do Programa de Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), da Universidade do Estado da Bahia- UNEB, Departamento de Ciências Humanas, Campus I, Curso de Letras/Português tem a cada ano, uma vertente temática que objetiva levar os bolsistas Iniciação à Docência (doravante ID) a desenvolverem nas salas de aula, do ensino básico, não somente o ensino de língua portuguesa, mas discutir a partir da noção de uma linguística aplicada, o ensino de cultura para se promover a compreensão sobre a língua. Assim, os participantes (bolsistas de ID, supervisão e coordenação de área) deste subprojeto elegeram, escreverem e desenvolveram projeto em 2016, cuja temática, O combate ao racismo na escola: descortinando a América Africana, tem a pretensão de promover reflexões a respeito da cultura africana e de suas comunidades diaspóricas, apresentando à escola Heitor Villa

Lobos15

uma prática educacional fundamentada nos princípios da afrocentricidade16

. Dessa

forma, parte de um local de experimentação, onde mobilizam os conhecimentos a partir de atividades que trabalham com diversas habilidades e sentidos, tais como ouvir, falar, imaginar, olhar, movimentar, pensar, fazer, dentre outras. As atividades têm como base a cosmovisão africana (ancestralidade, oralidade, circularidade, corporeidade) que se faz presente no contexto de manifestações culturais afrobrasileiras.

Palavras-chave: Combate ao racismo na escola. PIBID. Afrocentricidade. Educação Básica. 1 APRESENTAÇÃO

As atividades do projeto O combate ao racismo na escola: descortinando a América Africana pretendem levar a reflexões a respeito da cultura africana e de suas comunidades diaspóricas. Apresenta à escola Heitor Villa Lobos uma prática educacional fundamentada nos princípios da afrocentricidade. Dessa forma, parte de um local de experimentação, onde

14

Coordenadora de área do subprojeto. 15

Escola campo de atuação das bolsistas de iniciação à docência, no Bairro do Cabula VI, Salvador-Bahia. 16

“A ideia afrocêntrica refere-se essencialmente à proposta epistemológica do lugar. Tendo sido os africanos deslocados em termos culturais, psicológicos, econômicos e históricos, é importante que qualquer avaliação de suas condições em qualquer país seja feita com base em uma localização centrada na África e sua diáspora. Começamos com a visão de que afrocentricidade é um tipo de pensamento, prática e perspectiva que percebe os africanos como sujeitos agentes de fenômenos atuando sobre a sua própria imagem cultural e de acordo com seus próprios interesses humanos. (ASANTE, 2009, p. 93).

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95

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mobilizam os conhecimentos a partir de atividades que trabalham com diversas habilidades e sentidos, tais como ouvir, falar, imaginar, olhar, movimentar, pensar, fazer etc. O trabalho tem como base a cosmovisão africana (ancestralidade, oralidade, circularidade, corporeidade) que se faz presente no contexto de manifestações culturais afrobrasileiras.

Na construção das ações deste trabalho na escola de educação básica cada detalhe compõe uma trama de significações. Desta forma, a circularidade será resgatada como princípio que pretende superar a hierarquização e fragmentação do espaço educacional. Este princípio será ressaltado em especial na dinâmica de dispor os participantes da oficina no espaço do círculo no qual serão desenvolvidas todas as atividades, onde se incentivará a coletividade e a cooperação. Nesse ínterim, a roda também é o espaço do diálogo, ou seja, da oralidade, que é outro princípio importante e basilar desta oficina.

Este trabalho começa com uma oficina de formação para os docentes da escola Heitor Villa Lobos com o objetivo de apresentar, de maneira introdutória, formas de promover a reflexão das relações etnicorraciais em diversas áreas do saber.

A seguir serão desenvolvidas atividades com os alunos do ensino fundamental II e Ensino Médio, a fim de construir um conhecimento do continente africano enquanto espaço geográfico em que se desenvolveram grandes civilizações. A compreensão de que a partir do período colonial a população e a cultura africanas foi dispersa (forçosamente e cruelmente) por meio do tráfico transatlântico, por onde vieram não só negros e negras escravizados, mas também toda uma rede de conhecimentos e técnicas sobre as mais diversas áreas, bem como uma elaborada cosmovisão que se desenvolveu na religiosidade afrobrasileira, nas rodas de samba, jongo, capoeira etc. Neste percurso, chega-se ao território da Bahia- Salvador- Cabula- Heitor Vila Lobos, reconhecendo nesses lugares as inúmeras contribuições culturais dos povos oriundos da África. Por fim, pretende-se chegar ao próprio aluno, promovendo um olhar sobre como a história desses lugares é também a história deles, levando-os a pensar a(s) sua(s) identidade(s).

Em suma, este trabalho é fundamental no âmbito de uma educação antirracista. Pois discute a história e a cultura africanas a partir de um olhar não estereotipado ou superficial tão veiculado quando se fala em História da África. Pretende-se ser um espaço inicial que desperte alunos e professores para as inúmeras possibilidades de olhar e compreender as relações etnicorraciais. Acima de tudo, este trabalho espera ser semente. 2 JUSTIFICATIVA

Os momentos de interação na escola possuem como desafio proporcionar situações de aprendizagem evitando compartimentalizar o conhecimento e, sim, levar aos alunos a encontrar um sentido mais plausível e real para a história da escravização, assim como proporcionar conhecimentos sobre o Continente Africano, suas contribuições para a humanidade, a organização etimológica e história do bairro Cabula e por fim, uma reflexão sobre as identidades dos sujeitos envolvidos nas oficinas.

Para isso, foi pensado um projeto com objetivos claros, que levando em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, socializasse princípios fundamentais para a formação de um cidadão consciente e crítico, sujeito e agente transformador do mundo.

As ações deste trabalho pautam-se na Lei federal Lei 10.639/03 e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no contexto escolar. Faz-se importante atuar com a diversidade cultural nestes ambientes, uma vez que esses espaços exercem grande influência na formação dos sujeitos e da própria sociedade. Neste sentido, assegurar dentro do ambiente escolar discussões que viabilizem uma aproximação dos alunos com culturas africanas e afrobrasileiras torna-se um mecanismo para a valorização do negro na sociedade.

Desconstruir o preconceito e os estereótipos em relação à história e à cultura afrobrasileira requer novas formas de abordagens dos conteúdos e mudança de postura dos educadores. A escola deve apresentar-se, assim, como um espaço de discussão que visa

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contribuir para a criação de possibilidades de diálogos sobre as diversidades de grupos etnicorraciais e atuar no combate de práticas racistas que ainda são disseminadas no ambiente escolar.

É válido destacar, que além da aplicação das aulas/oficinas com estudantes da escola, também serão realizados cursos de formação com professores e professoras da escola, pois é preciso que eles conheçam mais detidamente a já mencionada lei, que ancora o ensino da História e Cultura Afrobrasileira nas escolas, para que possam cumpri-la.

Assim, o subprojeto “Afrodescendência: a representação do negro na Literatura brasileira e a produção de escritores afrobrasileiros e africanos de Língua Portuguesa na Contemporaneidade” tenta, dentro da Escola Estadual Heitor Villa Lobos, preencher uma lacuna do sistema educacional brasileiro, que peca ao não construir uma formação mais adequada aos educadores para que possam, com qualidade, colocar a Lei Federal em prática. 3 A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE AFRODESCENDENTE

A escola, enquanto instituição legitimadora dominante define papéis sociais no âmbito de sua estrutura funcional e “prepara” os indivíduos para representarem outros papéis na escola e na sociedade mais ampla. No momento em que a construção de a identidade é questionada, nesse ambiente, é preciso fomentar conteúdos e ações que reforcem a identidade da pessoa negra, pois, apesar dos avanços nas políticas públicas, muitos afrodescendentes ainda enfrentam, no presente, discriminação racial, preconceito e situações de hostilidade que têm como principal motivo a cor da pele desses negros e negras; seus cabelos, suas opções religiosas, dentre outras.

A sociedade cria mecanismos desfavoráveis ao desenvolvimento de uma identidade articulada em torno de valores positivamente afirmados, não somente para os afrodescendentes, mas para e todo e qualquer cidadão, aí incluindo os brancos e indígenas, pois, na verdade trata-se de um problema de constituição da identidade do brasileiro” (FERREIRA, 2000, p.43).

Castells (1999) diferencia papéis sociais e identidades. Para ele, papéis são definidos por normas estruturadas pelas instituições e organizações da sociedade. Identidades são fontes mais importantes de significados que papéis, por causa do processo de autoconstrução e individualização que envolve. Significado como identificação simbólica, por parte de um ator social, da finalidade da ação praticada por tal ator. Ainda segundo Castells, a construção de identidade sempre ocorre em um contexto marcado por relação de poder, e aí ele propõe uma distinção entre três formas e origens de construção de identidades:

Identidade legitimadora, introduzida pelas instituições dominantes da sociedade no intuito de expandir e racionalizar sua dominação em relação aos atores sociais; Identidade de resistência, criada por atores que se encontram em posições desvalorizadas pela lógica da dominação construindo, assim trincheiras de resistências e sobrevivências com bases em princípios diferentes dos que permeiam as instituições da sociedade; Identidade de projeto, quando os atores sociais, utilizando-se de qualquer tipo de material cultural ao seu alcance, constroem uma nova identidade capaz de redefinir sua posição na sociedade e, ao fazê-lo, de buscar transformação de toda a estrutura social.

A “ideologia do branqueamento” e o “mito da democracia racial” servem para camuflar a desigualdade racial, a discriminação praticada ao acesso à escola, à remuneração mais elevada, ao emprego, às relações sociais. Essa ideologia está tão impregnada na sociedade que muitas escolas omitem a importância da cultura africana em nosso país. Portanto, precisamos pensar que a questão de classe não pode ser o único instrumento para entendermos a opressão da sociedade burguesa. A classe operária tem cor, ou seja, a opressão de classe se articula com a opressão racial. A opressão racial sempre foi funcional ao capitalismo brasileiro, ou seja, o mercado informal, o subemprego, os trabalhos precarizados, os piores salários, recaem na

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condição de cor: os negros. Qualquer leitura, e aí é um diálogo com o marxismo dogmático, que não leve em conta as especificidades da formação do capitalismo brasileiro, no que tange as desigualdades raciais, só estará contribuindo na manutenção dessas desigualdades.

A ideologia do branqueamento objetiva equalizar, transformando segmentos diferentes, como o negro e o índio em um só povo, o povo brasileiro, vivendo de forma harmônica e consensual sob a hegemonia de classe majoritária do dominante, pretensamente ariana e européia. (SILVA, 1989, p.57).

Ainda segundo Silva (1989, p.57), a inculcação de uma imagem negativa do negro e de uma imagem positiva do branco, tendo a fazer com que aquele se rejeite, não se estime e procure aproximar-se em tudo deste e de seus valores, tidos como bons e perfeitos. Esse processo é uma consequência da política de branqueamento das instituições oficiais.

Essas situações podem ser vistas no documentário “A Negação do Brasil” que retrata o impacto das telenovelas no processo de construção da identidade dos afrobrasileiros. Dirigido por Joel Zito de Araújo, que fez uma pesquisa em mais de 174 telenovelas da Globo e TV Tupi, no período entre 1966 a 1987, e mostra que o negro geralmente é representado por papéis como de bandidos, sem família; papeis que só confirmam estereótipos inferiores que visam reproduzir a rejeição a si próprio como de seus assemelhados.

Os conteúdos na escola não são programados em função do estudante afrodescendente, mas sim, com intenção nítida de representar o país como se fosse uma nação caracteristicamente europeia.

Os currículos, programas e materiais pedagógicos privilegiam os valores europeus em detrimento dos valores de outros grupos etnicorraciais presentes na sociedade. Os valores dos não europeus são, na maioria das vezes, ocultados ou apresentados de forma tal que não coloque em conflito os valores dominantes. 3 AFROCENTRICIDADE

A atividade em questão objetiva inserir a compreensão da cultura afrobrasileira a partir dos conteúdos aplicados na escola. Para isso, os materiais de consulta, estudo e planejamento foram embasados em leituras relacionadas às questões de identidades étnicas. Entendendo a necessidade de uma ancoragem representativa, do lugar de um sujeito afrodescendente, cujo pertencimento faz parte de sua vivência; assim, definimos o discurso afrocentrado como base dos textos de estudos.

As diretrizes curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana sugere uma educação onde negros e negras se identifiquem com a cultura nacional, tornando possível o acesso à autonomia de pensamentos e garantindo o direito afrodescendente de pertencer. Nesse sentido, partimos do contexto de história do continente africano até o contexto nacional atual. As interações em sala de aula visam antes de tudo acessibilizar o conhecimento das contribuições africanas, pondo em prática por meio de atividades reflexivas, pois, para se pensar as relações etnicorraciais, assim como em todo processo educativo, é necessário que o docente esteja apto a abordar temáticas de maneira autêntica.

A orientação afrocentrada tem extrema importância no que tange a questão de pertencer ou não se sentir pertencente ao espaço geográfico ocupado. Na obra Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora, o pesquisador Asante (1980) afirma sobre a conscientização: “A afrocentricidade emergiu como processo de conscientização política de um povo que existia à margem da educação, da arte, da ciência, da economia da comunicação e da tecnologia tal como definidas pelos eurocêntricos.”

A partir da afrocentricidade, o indivíduo pode acessar as esferas dos saberes e ser agente das suas escolhas e ações. Asante (1980) define agencia como a disposição de recursos psicológicos e culturais necessários para alcançar a liberdade humana. Ou seja, é importante que a formação seja enviesada pela representatividade e pelo fato necessário de se reconhecer

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enquanto protagonista de cada história particular, deixando de enquadrar-se numa perspectiva educacional eurocentrada, onde o europeu é o detentor e provedor do conhecimento.

Por meio de pesquisas foi possível adquirir embasamento e conhecimento das diversas contribuições africanas para o mundo. O indivíduo negro africano, quando traficado como mercadoria pelos oceanos, carregava consigo os conhecimentos do velho mundo, conhecimentos de uma grande civilização. No entanto, esses e muitos outros fatores foram apagados da história, e é justamente o que as discussões deste subprojeto visam recuperar. 4 METODOLOGIA

Com o propósito de auxiliar os alunos a reconhecerem as contribuições dos povos africanos na formação da cultura brasileira e se reconhecerem como descendentes desses povos, foram organizados encontros com todos os estudantes do Ensinos fundamental II e Médio, do Colégio Heitor Villa Lobos, com duração, cada, de cinco horas/aulas, em duas semanas (na terça-feira da primeira semana de aplicação e na quarta-feira, na segunda semana), totalizando dez horas com cada turma. Os bolsistas ID entram em contato neste momento com diferentes séries, precisando aprender a adequar as atividades do projeto, a linguagem empregada, precisando resolver os diferentes conflitos que sempre aparecem no bojo dessas interações. 6 CONCLUSÃO É inegável que “muito do que estudamos sobre a história, a cultura, a literatura, a linguística, a política ou a economia africanas foi orquestrado do ponto de vista dos interesses europeus” (ASANTE, 2009, p, 93). O conhecimento precisa ser livre, apropriado, condizente com o real, sem ditames e interesses políticos, sem inviezamentos ideológicos, sem a pretensão de oprimir, impor superioridades, ditar inferioridades; o conhecimento precisa ser socializado, analisado e discutido. Pois somente assim saberemos se as injustiças, opressões, preconceitos e discriminações, da sociedade, são fruto da ignorância ou do mal caratismo. Sem o conhecimento apropriado sobre a história dos negros africanos e afrobrasileiros o combate ao racismo fica ainda mais distante e prevalece o mito da democracia racial.

Desta forma, este projeto pretende ser mais uma semente que visa não só a implementação da lei 10.639/03, na escola, mas ser continuidade de ações afirmativas que têm como finalidade maior, a construção de relações etnicorraciais sadias e respeitáveis. REFERÊNCIAS

ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar. In: LARKIN, Elisa. Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. Sankofa: Matrizes Africanas da cultura Brasileira; 4. São Paulo. Selo Negro. 2009.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília. 2004.

LARKIN, Elisa. Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. Sankofa: Matrizes Africanas da cultura Brasileira; 4. São Paulo. Selo Negro. 2009.

CAMPOS, Guadalupe. Transferência de tecnologia para o Brasil por escravos africanos. 2009. 4 p. Doutora em Ciência dos Materiais e Engenharia Metalúrgica - Instituto de Arqueologia Brasileira – IAB. 2009.

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RESUMO EXPANDIDO DO SUBPROJETO DE LÍNGUA INGLESA/DCH-I Paula Montenegro17

Atendendo a expectativa de fomentar a formação inicial de profissionais do magistério, apresentamos o subprojeto Abordagem Comunicativa Intercultural do Ensino da Língua Inglesa na Escola Pública de Salvador. Atualmente, aprender uma LE é de fundamental importância para a inclusão e formação do indivíduo na sociedade. Muitas pesquisas e iniciativas tem abordado a questão do ensino de LE, em especial o ensino de LI na escola pública. Entretanto, os avanços no conhecimento em relação às abordagens de ensino parecem chegar de forma tímida nas nossas escolas. A abordagem comunicativa de ensino de línguas, amplamente discutida e aplicada em universidades, cursos de línguas, e em algumas escolas do ensino básico, não aparece como uma realidade palpável nas escolas da rede pública de Salvador. Quando essa abordagem é utilizada, muitas vezes notamos o seu uso de forma descontextualizada da realidade dos alunos, do seu conhecimento de mundo, da sua cultura. A pergunta que precisamos fazer é: se utilizamos a língua para comunicação e estamos ensinando isso em nossas escolas, o que estamos comunicando? Segundo Corbett (2003), a abordagem comunicativa intercultural deve promover a oportunidade de apreciar as similaridades e diferenças entre a sua própria cultura e as culturas dos países que falam a LE em questão. Essa reflexão deve ainda proporcionar o desenvolvimento de uma visão mais objetiva de seus costumes e modos de viver. Para Byram (2001), desenvolver a interculturalidade significa desenvolver além da competência linguística, a competência intercultural, ou seja, um terceiro espaço, no qual se torna possível a relatividade cultural, a aceitação e interação com outras culturas, adquirindo uma maior consciência crítica e compreensão da sua própria língua-cultura. Oferecer a oportunidade de uma experiência comunicativa intercultural no ensino de LE significa oferecer a oportunidade de ampliar conhecimentos sobre sua própria língua-cultura e desenvolver uma consciência crítica a respeito de outros povos.

Iniciado em março de 2014, o subprojeto Abordagem Comunicativa Intercultural do Ensino da Língua Inglesa na Escola Pública de Salvador promoveu nos seus primeiros encontros o reconhecimento do ambiente escolar no qual seríamos inseridos. A partir desse reconhecimento buscamos nos aprofundar na base teórica que precisávamos nos apoiar para iniciarmos o planejamento das intervenções pedagógicas. Iniciado às intervenções pedagógicas voltamos o nosso olhar para a produção de Materiais Didáticos interculturalmente sensíveis, no intuito de atingir o objetivo de ensinar inglês localmente. Baseados nos componentes da competência comunicativa intercultural (conhecimento, habilidades e atitudes), propomos aumentar a consciência crítica cultural dos aprendizes, capacitando-os a se avaliarem criticamente assim como a outros.

As produções geradas pelo subprojeto bem como relatos das aprendizagens produzidas e eventos dos quais participamos estão disponíveis no blog pibing.com, desenvolvido pelos bolsistas do programa e em breve disponibilizado para toda a comunidade acadêmica bem como para professores da rede pública.

Um dos primeiros resultados do subprojeto de Letras – Inglês do PIBID/UNEB/CAPES que podemos destacar é a contribuição positiva na formação dos bolsistas IDs. O engajamento dos bolsistas nas práticas diárias de sala de aula, assim como a vivência em uma escola da rede pública e a convivência com uma professora em serviço tem se mostrado bastante

17

Mestre em Estudo de Linguagens pela UNEB. Especialista em Ensino da Língua Inglesa pela UNIFACS. Graduada em Letras pela UCSAL. Professora e orientadora de Estágio do curso de Letras/Inglês da UNEB. Bolsista da CAPES/PIBID/UNEB como coordenadora de área.

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enriquecedor e motivador para todos os envolvidos. É interessante apontar é a interação positiva da professora supervisora com os bolsistas IDs. Essa relação construída tem contribuído tanto para a formação inicial dos bolsistas IDs quanto para a formação continuada da professora supervisora. É possível ainda notar uma mudança de atitude em alguns alunos, fruto das intervenções pedagógicas que começaram a acontecer em sala de aula. O mais interessante é que uma das mudanças é o interesse em “ampliar seus conhecimentos sobre a cultura de outros povos e sobretudo a sua própria cultura”. Conforme apresentamos na fundamentação teórica, um dos objetivos da LE no currículo escolar é desenvolver no aluno esse aspecto.

A partir dos resultados apresentados não receamos dizer que é possível inovar no processo de ensino e aprendizagem de uma LE. É possível transformar realidades já estabelecidas e transformar conceitos e valores pré-concebidos. A aplicação da abordagem comunicativa intercultural tem se mostrado uma possibilidade concreta na escola parceira no sentido de alcançar os seus objetivos propostos: aumentar a consciência cultural crítica dos alunos e capacitá-los como falantes interculturais. Além disso, já podemos notar que os objetivos também estão alcançando os bolsistas IDs e a professora supervisora quando vemos a transformação de suas essências e práticas enquanto professores.

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O PIBID E OS SABERES PARTILHADOS NO ENSINO/APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE SALVADOR

CRUZ, Núbia. UNEB, Departamento de Ciências Humanas – DCH

e-mail: [email protected]

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo descrever, de forma sucinta, apreensões que têm sido feitas no que diz respeito ao ensino/aprendizagem do espanhol, no ensino fundamental, na Escola Municipal Governador Roberto Santos, situada no município de Salvador. Tem sido notório, neste contexto, o quanto alunos e bolsistas têm tido a oportunidade de ampliar suas visões de mundo-cultura, a partir de uma metodologia que possibilita que língua materna, o português, e a língua estrangeira, o espanhol, dialoguem o tempo inteiro nas mediações feitas em sala de aula, tendo como direcionamento teórico-metodológico da Abordagem Intercultural. O resultado dessa proposta tem nos possibilitado perceber o quanto a aprendizagem do “outro” nos ajuda a olharmos para nós mesmos e, assim, fortalecermos nossa identidade cultural e lingüística. Além desse aspecto vale destacar, ainda, o incentivo que os estudantes tem tido no que diz respeito à leitura de diferentes gêneros textuais na língua estrangeira o que tem gerado aprendizagens sobre sua língua materna.

PALAVRAS - CHAVE: Ensino/aprendizagem do espanhol; língua materna Ensino Fundamental; Abordagem Intercultural

METODOLOGIA

Para que o processo de ensino/aprendizagem se dê com êxito, tem se buscado na execução do projeto envolver os alunos em todas as atividades, de modo que se sintam partícipes diretos da prática pedagógica desenvolvida em sala de aula. Para isso, o primeiro passo consistiu na aplicação de um questionário-diagnóstico, com a finalidade de conhecer os objetivos e interesses dos alunos a respeito do espanhol o que facilitou, sobremaneira, a escolha dos textos que seriam trabalhados em sala de aula, bem como dos materiais didáticos utilizados para motivar o ensino/aprendizagem da língua espanhola, tais como jogos, músicas e etc, levando sempre em consideração a realidade cultural e lingüística do aluno como ponto de partida para a introdução de aspectos relacionados aos povos que falam o espanhol como língua oficial. Certamente um dos aspectos mais significativos do subprojeto é a partilha de saberes entre os sujeitos envolvidos.

APRENDIZAGENS PRODUZIDAS E PRODUTOS GERADOS

Um dos aspectos mais notórios na experiência de aprender uma nova língua é, certamente, a possibilidade de aprender mais sobre si mesmo, por meio do conhecimento de outros povos-culturas. Além desse aspecto, a partilha de saberes entre bolsistas e estudantes, na socialização de seus mundos-culturais, despertam um novo o olhar sobre sua formação como ser humano e cidadão. Também revelam os múltiplos desafios que o professor tem que enfrentar no contexto escolar no seu exercício

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profissional. Tem oportunizado, ainda, a articulação entre teoria e prática ao longo do processo de formação inicial e estimulado o exercício da docência compartilhada, levando os atores a perceberem o potencial formativo que há quando a produção do conhecimento se dá em rede.

Vale mencionar, também, que o encontro desses dois mundos culturais, alunos e bolsistas, geram significativas aprendizagens a respeito do diálogo-parceria que deve existir entre Universidade e Escola para uma formação acadêmica mais sólida e em consonância com as injunções e desafios da escola contemporânea. Do ponto de vista prático, os bolsistas tem tido a oportunidade de analisar e elaborar materiais significativos para fomentar a leitura, observando sua pertinência ao contexto dos estudantes o que os converte, junto com os alunos, em atores e autores do processo de ensino/aprendizagem da língua espanhola na Escola Municipal Governador Roberto Santos. A experiência de formar-se, a partir da partilha de saberes, tem contribuído para que os bolsistas enxerguem a escola como potencial espaço de fortalecimento da identidade profissional e de produção de conhecimentos.

IMPACTOS PARA A COMUNIDADE ENVOLVIDA

A execução do subprojeto na Escola Estadual Governador Roberto Santos tem contribuído em diversos aspectos para o desenvolvimento cultural e lingüístico dos sujeitos envolvidos, sobretudo no que diz respeito à interação entre bolsistas, estudantes, supervisão e direção, além do envolvimento dos pais dos discentes nas em atividades como feira cultural e gastronômica, festival de talentos, cantata de natal e etc. Assim, o subprojeto tem possibilitado reflexões de todos os sujeitos envolvidos no que tange ao respeito às diferenças, sejam elas culturais ou lingüísticas, ao passo que nos ajuda a pensar sobre nossa própria língua e cultura. Além disso, tem fomento o respeito entre os sujeitos que convivem no espaço escolar, sua cultura local e modo singular de compreender, ser e estar no mundo. Vele destacar, ainda, que a presença dos estagiários na escola propõe uma nova dinâmica para a construção do conhecimento, posto sua motivação para que o processo de ensino/aprendizagem se dê forma criativa, participativa e transformadora para a vida dos discentes, contribuindo, assim, para que se tornem cidadãos críticos e autônomos.

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Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID Seminário Institucional de Avaliação do PIBID

25 e 26 de maio de 2017

SUBPROJETO: LINGUAGEM, DOCÊNCIA E DIVERSIDADE: VIVÊNCIAS E APRENDIZAGENS

Crizeide Freire Girleide Ribeiro

Coordenadoras

O trabalho desenvolvido no Programa de Iniciação à Docência (PIBID), tem sido pautado em estudos realizados com os supervisores, ID’s e coordenação, no Ensino Fundamental I, com a disciplina de Língua Portuguesa, no intento de suscitar reflexões acerca da relação teoria/prática no âmbito do processo de ensino-aprendizagem.

Nesta parceria entre a Universidade e a Educação Básica, permite aos envolvidos uma ampliação da formação acadêmica bem como rediscutir as necessidades reais dos discentes através das atividades traçadas coletivamente. Ao longo desse período em que estamos desenvolvendo este trabalho, o olhar cuidadoso dos ID’s frente as situações em sala de aula, tem possibilitado um ambiente de reflexão crítica ,e, consequentemente, um (re)fazer constante, junto aos supervisores, culminando em sequências didáticas com estratégias específicas, objetivando reduzir as dificuldades percebidas sobre determinados aspectos.

Conforme a proposta do projeto, na segunda etapa de execução, realizou-se atividades revendo os aspectos concernentes a escrita, pensando o texto como um elemento de interlocução entre produtor e leitor, devendo, neste sentido, ser produzido tomamdo como base suas condições de produção e tomando seus interlocutores como sujeitos ativos. Para dar conta dessas atividades foi necessário que nas reuniões com o grupo, fossem levantadas discussões sobre vários nuances da escrita: coesão, coerência, questões ortográficas bem como a proposição de novas estratégias.

Algumas das atividades desenvolvidas pelos grupos foram apresentadas e refletidas no Seminário de Avaliação no Departamento: Inovação e tempo docente, que buscou, também, refletir sobre as inovações e instabilidades que ocorrem na contemporaneidade, como as TIDIC’s que aceleram as lidas com o tempo e mudam as expectativas de como o docente deve ser portar e refletir frente às mudanças sociais e à sua própria prática.

Mediante essas discussões sobres as TIDIC’s, também sinalizadas no subprojeto para discussão, os momentos de estudo para o corrente ano, está tendo como ponto de abordagem esta temática. Dentre as formas de apropriação sobre o assunto, o Departamento está oferecendo um Evento, Desleituras em Série, que tem em sua programação um minicurso que trata do uso das tecnologias em sala de aula, sendo este um dos espaços de circulação dos ID’s durante este período.

Estes momentos de estudo desenvolvidos ao longo deste subprojeto têm culminado na produção de artigos com base em algumas relações estabelecidas com as experiências vivenciadas em sala de aula evento citado, teremos a apresentação de cinco trabalho em Simpósios, que discutiram vários vieses do PIBID, sua funcionalidade e pontos de desenvolvimento.

Os ID’s, em seus relatos, enfatizam a importância do programa para fortalecimento de suas ações no âmbito da licenciatura, sendo este perceptível, principalmente, no momento de atuação nos Estágios Supervisionados, em especial na Regência. A postura, direcionamentos e estratégias realizadas pelos discentes/ estagiários que estão ou já atuaram no PIBID, certifica este sujeito para a ação docente com mais propriedade.

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DAS EXPERIÊNCIAS QUE TEMOS PARA CONTAR: O PIBID COMO UM ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DE SABERES DOCENTES

Suely Santos Santana Gilce de Souza Almeida

Resumo: O subprojeto Por entre os caminhos do ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa: da leitura à produção de texto tem se configurado como um importante espaço de integração entre saberes teórico-práticos, para os graduandos do curso de Letras, Língua Portuguesa da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) do Campus V, na medida em que lhes proporciona momentos privilegiados de discussão e ação em espaços reais de ensino. Neste texto, apresentamos reflexões acerca das experiências produzidas, evidenciando sua contribuição para a construção de saberes docentes. O subprojeto toma como eixos centrais, para o desenvolvimento de suas ações nas escolas parceiras, a leitura e a escrita, objetivando proporcionar aos alunos participantes vivências frequentes e significativas com tais práticas sociais. Para além disso, promovemos a inclusão da temática das relações etnicorraciais, nas aulas de Língua Portuguesa(LP), buscando, assim, atender à Lei 10.639/03, a qual altera a Lei no 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.

Palavras-chave: PIBID. Leitura. Produção de texto. Docência. Relações etnicorraciais.

1 O subprojeto e seus sujeitos

O subprojeto Por entre os caminhos do ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa: da

leitura à produção de texto conta, atualmente, com 36 bolsistas de iniciação à docência (ID), 7

supervisoras e duas coordenadoras de área, e atende a 4 escolas da rede pública de Santo

Antônio de Jesus. Destacamos como seu objetivo central possibilitar ao bolsista ID construir

subsídios teórico-metodológicos para a elaboração e o desenvolvimento de projetos de ensino

para o aprimoramento das habilidades de leitura e produção textual dos alunos das escolas

parceiras. Assim, voltamo-nos para a construção da experiência e dos saberes que subsidiarão

a prática do futuro docente, e, consequentemente, do professor-supervisor.

Ensinar Língua Portuguesa constitui-se uma tarefa desafiadora quando consideramos o

contexto em que se dá essa experiência: um país que figura entre os dez com maior índice de

alunos com baixo rendimento em leitura, segundo relatório da Organização para a Cooperação e

o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que avalia também o desempenho em matemática e

ciências; um país cujos resultados das provas de Língua Portuguesa e Redação de seu mais

importante exame de acesso ao ensino superior (ENEM) evidenciam os alarmantes números de

estudantes que não têm capacidade de compreender o que leem e apresentam propósitos

comunicativos bastantes confusos na escrita. E mais, um país em que, apesar de 54% da

população ser negra, a promulgação da Lei 10639/03 é ignorada e esta continua fora dos

currículos escolares. O pibidiano, ainda antes de ingressar no estágio docente obrigatório, tem

condição de pensar, coletivamente, sobre esse contexto, propor e experienciar alternativas que

possam trazer maior significado ao ensino de LP e contribuir para minimizar os impactos dessa

realidade negativa.

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2 A forma de ação

O plano de trabalho da unidade escolar é construído semestralmente, a partir de

discussões e reflexões com as equipes de pibidianos de cada unidade. Nesse momento,

elegem-se os gêneros textuais a serem enfatizados e as ações. Em etapas subsequentes, os

bolsistas elaboram as sequências didáticas e o material pedagógico para suporte das aulas,

cujas atividades são avaliadas semanalmente com as coordenadoras. Nas escolas, os bolsistas

realizam práticas supervisionadas, em sala de aula, voltadas para o desenvolvimento das

habilidades de leitura e produção textual dos estudantes atendidos pelo subprojeto. Ao longo da

execução das atividades semanais ou quinzenais, nas escolas, o bolsista registra, em um

quadro, as informações sobre a proposta realizada, as dificuldades em sua realização, o

desempenho da turma e as contribuições para a formação docente. Dessa maneira, é possível

termos um acompanhamento mais preciso das ações executadas e promover práticas reflexivas

que contribuirão para a formação da identidade docente.

2 Os saberes produzidos

Diante do cenário do ensino de Língua Portuguesa, entendemos que as alternativas

precisam partir do trabalho com os eixos de leitura e produção textual. Assim, as atividades,

pensadas conjuntamente por bolsistas ID, supervisoras e coordenadoras, no âmbito do

subprojeto, priorizam o trabalho com gêneros textuais que circulam no cotidiano, e observam os

seguintes aspectos: a) ativação do conhecimento prévio; b) adequação da linguagem à situação

discursiva; c) adequação ao gênero textual à interação comunicativa; d) escrita com autoria e

recepção; e) revisão constante da escrita, observando-se a intencionalidade com o leitor; e f)

circulação do texto. A fim de dar conta dessas questões, pensamos as propostas de atividades

com base no modelo de sequência didática proposto por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004).

Tal escolha metodológica encontra respaldo nas orientações dos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN, 1998), segundo os quais o ensino de Língua Portuguesa deve

enfatizar a importância da leitura e da produção de texto (orais e escritos), incluindo, dentre

estes, textos e discussões que contemplem a história e a cultura afro-brasileira e africana,

combinadas com a reflexão sobre as estruturas da língua, a fim de que os estudantes possam

adquirir o conhecimento necessário para interagir eficientemente em diferentes situações

comunicativas, tendo a possibilidade de inserir-se no universo da escrita e, por conseguinte, da

cidadania.

Ao longo de três anos e meio, o PIBID tem trazido inegáveis contribuições para os que

desejam pensar as aulas de Língua Portuguesa de forma mais dinâmica e significativa,

enfatizando a leitura e a escrita como atividades sistemáticas. Destacamos dentre nossas ações:

projetos de poesia, receita culinária, reportagem, concurso de crônicas, gincana de leitura e

escrita. Os projetos de ensino enfocando gêneros textuais foram realizados a partir do modelo

de sequência didática, o qual parte sempre da ativação e ampliação dos conhecimentos prévios

e busca possibilitar o reconhecimento do gênero trabalhado dentre os demais, bem como a sua

produção com adequação. A gincana de leitura e escrita, desenvolvida durante o semestre de

2016, pôs os alunos em contato com romances, contos, crônicas e poemas, também da

literatura afro-brasileira e africana de língua portuguesa, possibilitando-lhes, por meio de

atividades diversificadas e lúdicas, manifestar seu ponto de vista sobre o que leram. Ainda,

nessa gincana, bolsistas, supervisores e estudantes da educação básica tiveram a oportunidade

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de conhecer através de pesquisas, alguns aspectos culturais dos países africanos de língua

oficial portuguesa.

Ao mesmo tempo em que se verificam os impactos positivos para os alunos das escolas

parceiras, destacamos a contribuição do subprojeto para a formação de futuros docentes de LP,

engajados na perspectiva da pesquisa e da intervenção pedagógica. Compreendemos que o

conhecimento precoce da realidade do ensino pelo bolsista lhes dá melhores condições de

refletir sobre o cotidiano escolar e as condições sociais do ensino de língua materna na

educação básica, bem como a habilidade para a busca de soluções. Desse modo, para além dos

saberes disciplinares, o pibidiano tem contato com um vasto número de experiências didático-

pedagógicas e com conteúdos que atendem ao disposto na Lei 10639/03, conscientizando-se da

necessidade e da importância da aplicabilidade da temática no processo ensino-aprendizagem.

Referências:

BRASIL. Lei nº. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de

1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial

da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras

providências. Brasília, DF, 2003.

_______. Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (1º e 2º ciclos); (3º e 4º

ciclos). Brasília, DF: SEB/MEC, 1998.

DOLZ, J.; NOVERRAZ, N. e SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita:

apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B. E DOLZ, J. et allii. Gêneros orais e

escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

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ESCREVER NA ESCOLA: UMA FORMAÇÃO COTIDIANA

Cláudio Roberto Meira de Oliveira Sacramento18

Joabson Lima Figueiredo Sacramento19

Luiz Felippe Santos Perret Serpa Sacramento20

Resumo:

O presente texto descreve e reflete acerca dos objetivos, ações, resultados, produtos e impactos do Subprojeto vinculado ao curso de Letras do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XVI, em Irecê-Bahia. O projeto integra o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência – PIBID, financiado pela CAPES, intitulado Escrever na escola: uma formação cotidiana.

Palavras-chave: Escrita, produção textual, formação, docência.

1 TEMÁTICA

O subprojeto “Escrever na escola: uma formação cotidiana” tematiza a produção textual nas escolas do ensino básico, com foco nos gêneros textuais do tipo argumentativo e/ou narrativo, buscando diálogo com os projetos das escolas envolvidas.

2 SUJEITOS E ESCOLAS ENVOLVIDOS

O subprojeto se sustenta com trinta bolsistas ID, cinco supervisores, dois coordenadores de área e engloba duas escolas de nível fundamental II e médio. O primeiro é o Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, com endereço em rua Cel. Tenêncio Dourado, s/n, Irecê – BA, CEP 44.900-000 e telefone 74-36416999 – com IDEB de 4,2; 1.645 alunos matriculados e com 20 dos trinta bolsistas ID. Já o segundo estabelecimento de ensino é a Escola Polivalente de Irecê, com endereço em Avenida Caraíbas, s/n, Irecê – BA, CEP 44.900-000 e telefone 74-36414209 – com IDEB de 3,8; 974 alunos matriculados e abrigando 10 bolsistas ID.

3 OBJETIVOS

Os objetivos previstos no Subprojeto, quando da proposta inicial, tinham a intenção de iniciar licenciandos dos cursos de Letras, do DCHT, Campus XVI, na docência em Educação Básica; inserir os gêneros textuais no cotidiano dos estudantes do ensino básico, visando convocar a escola para uma formação para a escrita significativa; possibilitar a realização de atividades de leitura e produção de textos dos gêneros textuais com predomínio do tipo narrativo e ligados à literatura bem como decorrentes das Tecnologias da Informação e Comunicação para as turmas de ensino fundamental II (6º ao 9º anos); possibilitar a realização de atividades de leitura e produção de textos para os gêneros textuais com predomínio para o tipo argumentativo para turmas de ensino médio (1º ao 3º ano), visando dialogar com o gênero redação, cobrado em concursos vestibulares e seleções diversas; desenvolver metodologias de abordagem dos gêneros textuais para formação do estudante da universidade inserido na iniciação à docência, promovendo o diálogo da experiência de formação acadêmica com a do PIBID; inserir os supervisores imersos nas escolas de Irecê nas discussões do ensino do texto pelos gêneros textuais, permitindo a aproximação dos saberes produzidos na Academia com os saberes produzidos pela experiência e, por fim, ressignificar a prática de produção das Redações nos ambientes escolares, visando estimular uma ressonância também nos modos de seleção

18

Professor da UNEB, Campus XVI, Irecê-BA, email: [email protected] / [email protected] 19

Professor da UNEB, Campus XVI, Irecê-BA, email: [email protected] / [email protected]. 20

Professor da UNEB, Campus XXII, Euclides da Cunha-BA, email: [email protected]/ [email protected].

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produzidos para concursos vestibulares e afins, a partir das socializações da experiência do subprojeto.

4 METODOLOGIA DESENVOLVIDA (AÇÕES)

Dentre as ações de destaque no Subprojeto, destacam-se o constante acompanhamento dos bolsistas, nas atividades executadas pelos supervisores nas suas salas de aula; encontros mensais com todos bolsistas visando compartilhar experiências de ações nas escolas, a partir de depoimentos das supervisoras e dos próprios estudantes bolsistas ID, com base no planejamento desenvolvido nos ACs bem como a efetivação das ações; encontros nas escolas com as supervisoras para debater acerca do planejamento das semanas bem como para esclarecimentos acerca do desempenho dos bolsistas; desenvolvimento, por parte dos bolsistas, de sequências didáticas para estimular a aprendizagem pelos gêneros textuais, para serem avaliadas pelas escolas envolvidas na parceria; aplicação das sequências em forma de oficinas com o acompanhamento dos supervisores e coordenadores de área e avaliação contínua, visando ressignificar as práticas de escrita nas escolas; socialização das atividades em fóruns de divulgação em eventos na própria Universidade ou em outros espaços acadêmicos bem como registro escrito, em forma de artigos das experiências vividas.

5 APRENDIZAGENS PRODUZIDAS/ PRODUTOS GERADOS

Dentre as aprendizagens produzidas até o momento, a necessidade de estudo constante do professor, visando desenvolver estratégias de leitura e produção de textos cada vez mais criativas e inovadoras. Vale ressaltar, ainda, a inserção nos debates das disciplinas de Estágio e Prática Pedagógica, do curso de Letras, das potencialidades formativas dos estudantes que ingressam no Programa de Iniciação à Docência, trazendo contribuições em matéria de planejamento, de vivência do cotidiano escolar, de diálogo entre saberes acadêmicos e escolares dentre outras questões. No que concerne aos produtos gerados, busca-se constantemente, a montagem de banco de dados de fotografias, vídeos, sequências didáticas, produções científicas e produções dos estudantes das escolas básicas, nos projetos que já se desenvolvem nas escolas e que envolvem a produção de textos. Aqui, cabe citar uma galeria de fotos, montada inicialmente para um Dossiê que seria publicado na Revista Olhares & Trilhas e que, até o momento, não se concretizou. Junto com essa galeria, estão reunidos também oito artigos produzidos por cerca de quinze bolsistas ID, para integrar o Dossiê. Uma perspectiva futura pode ser, caso o Dossiê não se concretize, a publicação desses artigos em outro suporte de divulgação, que poderá ser virtual. Há ainda um trabalho acadêmico que trata das experiências do PIBID, no que concerne a teoria e prática de docência, e que pode ser associado ao Suprojeto em questão.

6 IMPACTOS PARA A COMUNIDADE LOCAL

Para as escolas, o subprojeto trouxe a possibilidade de articulação com os projetos das escolas tais como Olimpíadas da Língua Portuguesa, FACE (Festival Anual da Canção Estudantil), TAL (Tempo de Arte Literária), PROVE (Produções Visuais Estudantis) e outros; constituindo-se em mais um mecanismo de incentivo à leitura, produção e análise linguística dos textos de gêneros discursivos variados. A experiência permitiu, também, que estudantes pudessem ter uma desenvoltura nas experiências de docência, ganhando admiração dos sujeitos da escola e abrindo um leque de possibilidades de ações. Além disso, a comunidade lucrou com a preparação maior dos candidatos a profissionais na região. Une-se a isso, a aproximação efetiva entre Universidade e as Escolas básicas, ocasionando um fortalecimento dos projetos em conjunto e de diálogos.

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DAS IDEIAS À AÇÃO: DESAFIOS AO FUTURO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA

Obdália Santana Ferraz Silva Janine Fontes de Souza

A observação de práticas pedagógicas de leitura e de escrita, em escolas de Conceição do Coité, apontaram-nos alguns desafios e dificuldades de professores da Educação Regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em relação ao ensino e aprendizagem de leitura e de escrita como conjunto de práticas sociais. Tal fato motivou-nos a construir o subprojeto PIBID de Letras/Português, intitulado “Diálogos possíveis entre universidade e escola: produzindo práticas de leitura e de escrita de gêneros textuais/discursivos”, cujo objetivo é potencializar a formação inicial de professores de Língua Portuguesa. Num movimento dialético, dinâmico entre o fazer e o pensar sobre fazer, o subprojeto tem se constituído em locus de experiência docente, reflexão entre teoria e prática, fato ratificado pela bolsista discente Janaina Oliveira, que nos revela:

[...] o PIBID é um projeto muito enriquecedor, tanto do ponto de vista profissional quanto pessoal, para seus bolsistas. Afinal, esse programa permite que licenciandos se preparem cada vez mais para exercer a profissão que escolheram, realizando um trabalho bom e diferenciado, procurando sempre metodologias produtivas não só relacionadas à aprendizagem dos gêneros, mas também em relação à ampliação da visão de mundo dos sujeitos, deixando-os mais críticos e, talvez, livres da alienação.

Situado no campo da formação do professor, da prática pedagógica e da epistemologia da prática, enquanto constituinte de saberes da docência, o PIBID tem propiciado a problematização da realidade e a dialogicidade entre saberes e sujeitos. Constitui espaços para que os futuros docentes de Língua Portuguesa pensem a prática social da linguagem à luz de reflexões teóricas, fazendo dialogar os conhecimentos teóricos obtidos em sua formação com práticas de linguagem dinâmicas e significativas, em sala de aula, como nos revelam as bolsistas discentes Milena Oliveira, Carise Moraes e Rosana Lima: “[...] é importante ressaltar que o PIBID possibilita a relação entre a teoria e a prática, uma vez que leva para as escolas públicas futuros professores que constroem autonomia para lidar com o cotidiano escolar”.

O PIBID tem servido, ainda, de locus em que se articulam ensino e pesquisa:

A realização de um trabalho de conclusão de curso voltado à leitura e escrita, na EJA, com a literatura de cordel, deve-se ao fato de estar inserida no projeto Pibid, cuja experiência me proporcionou o desejo de aprofundar-me nesta área de pesquisa. Através do Pibid, tive a oportunidade de vivenciar juntamente com os alunos da EJA, as reais necessidades e dificuldades que esses indivíduos enfrentam no processo de leitura e escrita. Sendo assim, o Pibid, além de proporcionar uma formação docente com base em reflexões e experiências, é um espaço de pesquisa e conhecimento. (Bolsista discente Ladinéia Santos)

Portanto, no ensino e na pesquisa, por meio de ações pedagógicas, experiências metodológicas e práticas que ressignificam e integram o conhecimento teórico- linguístico às atividades de ensino de Língua Portuguesa, o subprojeto PIBID em questão tem oportunizado aos futuros docentes a reflexão crítica sobre a sua prática na sala de aula, dando-lhes subsídios para desenvolver orientaç ões metodológicas importantes à sua formação docente, em diferentes atividades, seja na pesquisa, nos seminários, seja na construção e realização de oficinas.

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O trabalho com os diversos gêneros textuais constitui a proposta metodológica do subprojeto, visando ao desenvolvimento das competências linguística e textual do aluno da Educação Básica – ensino regular e EJA –, a partir da produção de situações de aprendizagem em que esses sujeitos possam construir respostas e questionamentos, diante das diferentes situações comunicativas que lhes são apresentadas, pois, como nos lembra FREIRE: “[...] ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou sua construção. (1996, p. 22). Assim enuncia a bolsista supervisora Joelma Martins:

Mediante a proposta do programa PIBID [...], através de sequências didáticas, é possível oferecer aos educandos instrumentos eficazes para melhorar suas capacidades de ler e escrever, além de oportunizar aos alunos mais momentos de leitura. Nas aulas, o conhecimento prévio dos alunos possui um grande espaço de valorização. [...] a partir do que já conhecem, do que já vivenciaram em sua realidade, as atividades são direcionadas, tornando as leituras realizadas em sala e os assuntos discutidos mais ricos e prazerosos. Somente em um ambiente como esse, propício a constantes trocas, o aluno, principalmente da EJA, pode se desenvolver plenamente como um indivíduo dotado de capacidade de reflexão crítica e, no que se refere ao ensino/aprendizagem de língua portuguesa, um apreciador de sua própria língua, um cidadão consciente da articulação de uma das maiores marcas de sua identidade cultural: sua própria língua.

Esse trabalho tem se concretizado pela diversidade de gêneros, por onde as ações de linguagem se concretizam discursivamente, considerando as variabilidades sócio- histórica e cultural que lhes são inerentes, sem perder de vista as dimensões heterogênea e dialogal que um gênero estabelece com outro. (BAKHTIN, 2003). Nessa perspectiva, tomamos os gêneros textuais como a materialização das práticas sociais, cujas características sócio-comunicativas se definem a partir do tema, das propriedades funcionais e estilo (MARCUSCHI, 2005).

Alicerçados nessa base teórica, os bolsistas discentes têm desenvolvido, nas escolas parceiras, atividades de leitura e de produção de gêneros textuais/discursivos sob a forma de sequências didáticas. Estas constituem instrumento, através do qual o professor poderá dispor de elementos para uma efetiva análise das capacidades e potencialidades de linguagem dos alunos (DOLZ, NOVERRAZ e SCHNEUWLY, 2005). O trabalho com sequência didática tem possibilitado uma mudança da práxis docente, um novo olhar sobre a leitura e a produção de gêneros textuais, e tem dado aos alunos da Educação Regular e da EJA oportunidade de experienciar a diversidade de linguagens, a partir de atividades interativas, como exercício de letramentos, enquanto prática social, possibilitando parcerias com projetos interdisciplinares, a exemplo do TRANSFORMAÊ:

Trabalhos foram expostos no pátio do colégio, como devolutiva da disciplina [Língua Portuguesa] e participação do Projeto TRANSFORMAÊ. [...] os bolsistas elaboraram atividades lúdicas que foram apresentadas no pátio; houve uma gincana cultural, com apresentação de danças, teatro, construção de poesias e cordéis. (Bolsista supervisora Alderlene Lima)

Nessa perspectiva, sob orientação da coordenação e acompanhamento da supervisão, os discentes de Letras/Português têm executado oficinas temáticas de leitura e escrita de variados gêneros, e a partir de diferentes linguagens, com os alunos do Ensino Regular e da EJA.

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Organizamos uma gincana cultural em parceria com o projeto Transformaê: Virada Educacional da Bahia, com o objetivo de trabalhar a leitura a partir dos gêneros textuais: literatura de cordel, crônica, música e poesia. Percebeu- se que esta gincana resultou em novos aprendizados para a vida dos educandos, pois eles se mostravam mais entusiasmados a cada prova realizada. Além disso, houve a presença de alunos de todas as turmas, o que tornou possível verificar que eles se interessam mais quando a aprendizagem acontece de forma lúdica. (Bolsista discente Ana Karolline)

Enfim, o trabalho proposto neste subprojeto constitui-se de momentos de experimentação da prática docente e de momentos de estudos sistemáticos dos fundamentos teóricos, referentes à prática pedagógica observada e vivenciada na escola, com vista ao desenvolvimento do conhecimento metodológico, tecnológico, inovador e interdisciplinar, de modo a valorizar o magistério como um campo profissional de excelência, elevando-o à condição de uma prática profissional em que pesem as competências e os saberes necessários à formação de sujeitos éticos, competentes e autônomos.

Referências

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Ática, 2003.

DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, Bernard. Seqüências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. Roxane Rojo. Campinas: Mercado Livre, 2005. p. 95-128.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

MARCUSCI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definições e funcionalidade. In: DIONISIO, Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Org). Gêneros textuais & ensino. 4. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

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O ENSINO COLABORATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA21

Miriam Cléa C. de A. Caires22 Vagno Vales Lacerda23

O subprojeto O ensino colaborativo na formação de professores de língua inglesa, financiado pela CAPES, teve início em março de 2014, e vem sendo desenvolvido em duas escolas públicas do município de Teixeira de Freitas. A equipe executora é composta por 10 graduandos do curso de Letras Língua Inglesa e Literaturas da Universidade do Estado da Bahia (IDs), 2 supervisoras (professoras da Educação Básica) e 2 coordenadores de área (professores da instituição de Ensino Superior), sendo um deles voluntário. O objetivo desse subprojeto é desenvolver práticas pautadas nos princípios de colaboração de acordo com os pressupostos da perspectiva Sócio-Histórico-Cultural, a qual tem origem nos estudos de Vygotsky (1998; 2000) cujo postulado afirma que a aprendizagem ocorre mediante a interrelação entre os indivíduos, sendo as atividades humanas de natureza essencialmente social. A grande relevância desta perspectiva de aprendizagem concebida como prática social no processo de formação inicial/continuada de professores recai sobre a linguagem entendida como um artefato cultural mediador das relações entre os sujeitos e mundo. Ou seja, ao aprender um idioma nesse contexto, a colaboração favorece o desenvolvimento prático de uma concepção de linguagem em que esta compõe o indivíduo, ao mesmo tempo em que este a compõe. Por meio das práticas de ensino colaborativo, o presente subprojeto visa estabelecer um espaço de diálogo entre a Universidade e a Escola, através da organização de grupos de estudo composto pelos bolsistas de iniciação à docência, os coordenadores de área e os professores supervisores para discutir o seu papel como co-formadores, desenvolver materiais pedagógicos localmente significativos e implementar ações de colaboração no âmbito do ensino propriamente dito de inglês nas escolas de Educação Básica. Para tanto, são realizados encontros semanais, nos quais discutem-se produções acadêmicas relacionadas à área de língua inglesa, assim como textos que apresentem resultados de pesquisas com foco no ensino colaborativo. As leituras e discussões realizadas em grupo favorecem o desenvolvimento do senso crítico, levando os envolvidos no subprojeto a avaliar constantemente a sua prática. Consequentemente, ao problematizar o seu próprio espaço de atuação, os IDs, os professores supervisores e coordenadores pesquisam o desenvolvimento do subprojeto produzindo trabalhos científicos, que posteriormente acabam por ser divulgados em eventos locais, regionais, nacionais e internacionais. Durante os períodos de recesso das escolas de Educação Básica, o grupo promove discussões com base em leituras indicadas pelos coordenadores através da Plataforma de Mídia Social Edmodo. As referidas discussões online têm sido significantes na vida acadêmica de todos os envolvidos, além de provocarem reflexões riquíssimas a partir das relações interpessoais promovidas pelo PIBID. Observamos que foram inúmeras as contribuições do Programa para a formação docente, não só no que tange à (auto)formação inicial dos IDs, como também à formação continuada das

21

Subprojeto PIBID-Capes de Letras Língua Inglesa do Departamento de Educação – UNEB/Campus X - 22

Coordenadora de área do subprojeto de Letras Língua Inglesa 23

Coordenador voluntário/ auxiliar do subprojeto de Letras Língua Inglesa

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supervisoras e coordenadores do subprojeto em questão, pois o subprojeto promove o desenvolvimento de atitudes, conhecimentos e habilidades do professor de língua estrangeira, possibilitando-o a lidar com os desafios da Educação Básica. Deve-se também destacar que as contribuições não se limitam apenas à introdução dos IDs no ambiente escolar, e contato direto com a sala de aula, pois extrapolam os limites da formação tradicional ao proporcionar transformações nas relações entre a universidade e a escola, que permaneciam cristalizadas por visões tradicionais. Essas transformações têm nos permitido experimentar maneiras diferentes de nos relacionarmos com a escola pública, levando-nos a um envolvimento maior com a comunidade escolar. No que tange à formação inicial, essa inserção dos licenciandos na Educação Básica permitiu aos IDs entrarem em contato, pela primeira vez e já no início do curso de licenciatura para a maioria deles, com semanas pedagógicas, conselhos de classe, planejamento de aulas com as supervisoras e discussões diversas, que permeiam suas ações de sala de aula, ações estas que não são contempladas pelo currículo da graduação. Com isso, vimos que as práticas levam os IDs a horizontes que os mesmos, até então, não conheciam. Construindo assim, uma formação profissional crítica e reflexiva, através das condições experimentadas na realidade da sala de aula, conforme Mizukami (2011). A equipe tem se mostrado bastante comprometida com o subprojeto. Além do mais, os graduandos têm se envolvido com muito ânimo nas atividades propostas. Pelo ambiente de convívio nos encontros e em sala de aula é possível observar que a participação no subprojeto tem promovido melhor desempenho acadêmico da maioria dos bolsistas, que já tem proporcionado-lhes experienciar práticas como a pesquisa e a apresentação de trabalhos em eventos, além de contato com a sala de aula por meio do PIBID, antes mesmo de irem para o estágio curricular. No segundo semestre de 2016 conseguimos elaborar e aplicar um projeto que tem como objetivo principal atender alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II. Também como objetivos, o desenvolvimento de atividades lúdicas; o fortalecimento da base, no que tange o ensino do inglês; além da aproximação dos alunos com a língua de forma mais prazerosa e divertida. Durante todo o semestre aconteceram encontros semanais com duração de três horas. A escolha do nível se deu com a justificativa de que é nesta série onde se introduz o ensino da língua inglesa pela primeira vez e é quando deve se ter uma atenção especial, para que não haja frustações e/ou bloqueios quanto ao aprendizado. Indiretamente, mas não menos importante, o PIBID também tem exercido forte impacto na aprendizagem dos alunos da Educação Básica. Nos conselhos de classe as turmas atendidas pelo PIBID costumam ser apontadas como turmas de melhor desempenho na disciplina. Outro fator importante, é que o PIBID acabou configurando-se em um espaço de formação continuada para as professoras da Educação Básica, e um estímulo ao retorno delas ao ambiente universitário e à pesquisa, além de configurar-se como espaço de formação continuada dos coordenadores. De modo geral, as questões aqui apontadas resultaram na (re)constituição da identidade dos participantes, aspecto este já apontado em publicações de pibidianos. Além disso, há que se constar também os benefícios financeiros para os bolsistas. Pesquisas revelam que “as bolsas operam a favor de relações que, se anteriormente aconteciam independentemente delas, se potencializam pelas possibilidades institucionalizadas e de inserção e visibilidade sociais” (MATEUS et al, 2013, p. 18). Concluindo, é importante reconhecer indícios de uma contribuição maior do que as explicitadas em nosso subprojeto, ou seja, é necessário reconhecer a relevância do PIBID para a formação de professores no Brasil inteiro, considerando que diferentes realidades estão sendo construídas dentro de propostas distintas dos

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subprojetos. Há que se reconhecer que, ao se inserir o professor da Educação Básica como co-formador neste processo, deslocando o tradicional papel do professor da universidade para o supervisor, e, considerando que o isolamento profissional constitui-se como uma evidência do distanciamento não apenas entre colegas que lecionam em uma mesma instituição, mas que marca a lacuna que tem perdurado entre o mundo da escola e o mundo da universidade, consideramos que iniciativas como esta do PIBID oportunizam a criação de espaços nos quais a formação inicial possa dialogar com a formação continuada, não apenas dos supervisores, mas também dos coordenadores-formadores da universidade que sofrem constantes críticas pelo seu distanciamento do cotidiano da Educação Básica. Os desafios são inúmeros, mas a cada dia temos avançado. A dinâmica da colaboração tem nos feito muito bem. A reflexão que fazemos é que é possível. Com isso, os IDs se sentem cada vez mais parte desse universo, a educação brasileira. O PIBID mostra, assim, uma força extraordinária em todos os aspectos a que se propõe e em todos os ambientes em que se vincula. REFERÊNCIAS

MATEUS, E.; EL KADRI, M. S.; SILVA, K. A. Experiências de Formação de Professores de Línguas e o PIBID: Contornos, Cores e Matizes. Campinas, SP: Pontes Editores, 2013. MIZUKAMI, M.G.N. Ensino: As Abordagens do Processo. São Paulo: EPU, 2011. p. 85-103. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000. ______. A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Orgs. Michael Cole et al., 1978. Trad. José Cipolla Neto et al. 6ª. Edição. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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CONHECIMENTO, CRIAÇÃO E REFLEXÃO SOBRE PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA EM ESCOLAS EUCLIDENSES – DOS FORMATOS TRADICIONAIS AOS

NOVOS SUPORTES

Léa Costa Santana Dias Nelson Nascimento da Silva

O subprojeto “Conhecimento, criação e reflexão sobre práticas de leitura e escrita em escolas euclidenses – dos formatos tradicionais aos novos suportes” é desenvolvido em três escolas parceiras no município de Euclides da Cunha, a saber: Educandário Oliveira Brito, Colégio José Aras e Colégio Antonieta Xavier. A equipe de trabalho é formada por 02 coordenadores de área, 06 supervisores e 40 bolsistas ID. O subprojeto promove a integração entre educação superior e educação básica, mediante o ingresso de licenciandos no cotidiano escolar, assegurando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas e práticas docentes de caráter interdisciplinar que visem à superação de problemas identificados no processo de ensino e aprendizagem, sobretudo no que se refere à leitura e escrita. O aprofundamento das habilidades de leitura e escrita se dá principalmente através da reflexão crítica de textos voltados à temática da diversidade. Durante o ano de 2017, num primeiro momento, a partir da leitura crítica de textos diversos, sobre bullying, literatura marginal, gênero, racismo, homofobia, preconceito religioso e preconceito linguístico, os coordenadores de área e os supervisores promoveram discussões em grupo, a fim de fornecer aos bolsistas ID subsídios teóricos tanto para a execução de oficinas e/ou atividades de leitura e escrita em aulas de redação nas escolas parceiras, quanto para a elaboração de artigos com temáticas voltadas para a diversidade e a tolerância à diferença. Nessa linha de trabalho, no primeiro semestre do ano, os coordenadores de área produziram dois artigos e os bolsistas ID produziram dezessete artigos. Dessa produção, os dois artigos produzidos pelos coordenadores de área e sete artigos produzidos individualmente ou em dupla por bolsistas ID foram aceitos para apresentação durante o III Colóquio Docência e Diversidade na Educação Básica, que se realizará em Salvador, no Campus I, no período de 07 a 09 de junho de 2017. Como culminância das atividades desenvolvidas no semestre, será realizado entre os dias 12 e 14 de junho de 2017 o Seminário de Avaliação PIBID 2017.1. Neste evento, serão apresentados todos os artigos produzidos por coordenadores de área e bolsistas ID, além de relatos de experiência voltados à socialização das atividades de docência desenvolvidas nas oficinas e/ou aulas de redação nas escolas parceiras. Também haverá uma mesa redonda cujo tema norteador é “Bullying e autoestima”. A atividade tem como objetivo sensibilizar coordenadores de área, supervisores e bolsistas ID para um melhor enfrentamento, na educação básica, de questões relacionadas à diferença e à diversidade. A atividade final deste seminário é o I Sarau na Praça, cujo tema é “Amor e sexualidade”. O evento acontecerá no dia 14 de junho, em espaço aberto, com a participação da comunidade acadêmica e da comunidade local. Haverá apresentação musical, encenação teatral, dança e recital de poesia. Nessas atividades estarão atuando discentes dos cursos oferecidos pelo Campus XXII. O evento tem o apoio das escolas parceiras, do NUPE, do Colegiado de Letras e do Colegiado de Engenharia Agronômica. São patrocinadores do evento: a Prefeitura Municipal de Euclides da Cunha, a Secretaria de Educação, a Secretaria de Saúde e a Câmara de Vereadores. Durante o evento, serão distribuídos folhetos informativos sobre DSTs, produzidos pelos

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coordenadores de área; além de preservativos masculinos, disponibilizados pela Secretaria de Saúde do município. A principal motivação do Sarau na Praça (tema Amor e sexualidade) é uma campanha de conscientização sobre DSTs. A campanha está sendo divulgada através de vídeo educativo em sites, redes sociais (facebook e whatsapp) e televisores de publicidade espalhados em diversos pontos da cidade de Euclides da Cunha. Durante todo o período de elaboração do evento, os supervisores e bolsistas ID receberam dos coordenadores de área, através de e-mail e facebook, textos informativos sobre DSTs e sobre diferença/diversidade (bullying, literatura marginal, gênero, racismo, homofobia, preconceito religioso e preconceito linguístico). Para o segundo semestre, durante o Seminário de Avaliação PIBID 2017.2, está previsto o II Sarau na Praça, cujo tema norteador é “Cultura cigana”. A temática foi escolhida porque a etnia em questão está inserida dentre os grupos minoritários nacionais. O evento ocorrerá em concomitância com o III Encontro de Pesquisadores Egressos do Campus XXII, do qual também participarão diversos alunos de cursos de mestrado e doutorado que já atuaram no PIBID enquanto bolsistas ID. Sempre com enfoque no processo de aperfeiçoamento da leitura e escrita dos educandos, mas também com o olhar voltado à diversidade, foram realizadas nas escolas parceiras, durante o ano 2016, oficinas com os temas “A Mulher na Sociedade Moderna” e “Preconceitos Disfarçados”. Como resultado dessa atividade, foram produzidos pelos alunos das escolas parceiras folhetos com temas análogos. Numa parceria entre o NUPE, o Colegiado de Letras e o Colegiado de Engenharia Agronômica, sempre numa perspectiva de interação entre ensino, pesquisa e extensão, o Seminário de Avaliação PIBID 2016 ocorreu em concomitância com o Seminário do Projeto Arte em Feira Livre e o II Encontro de Pesquisadores Egressos do Campus XXII. Nessa oportunidade, os bolsistas ID não somente apresentaram relatos orais e escritos sobre sua experiência com a iniciação à docência, como também aturam na organização do evento enquanto monitores. Os discentes das escolas parceiras também apresentaram depoimentos sobre o impacto da atuação do PIBID em seu percurso educativo. Ainda na interação entre ensino, pesquisa e extensão, há de se destacar a participação de bolsistas ID na Semana Euclidiana, em São José do Rio Pardo, São Paulo, no período de 09 a 15 de agosto de 2016. A atividade foi desenvolvida em parceria com o DCHT-Campus XXII, através do Projeto de Extensão Arte em Feira Livre. Durante o evento, houve a apresentação de comunicações e pôsteres. Algumas produções de bolsistas ID foram premiadas: Alana de Matos Gama – 1ª colocação – maratonista área III – universitários; Clériston Jesus da Cruz – 1ª colocação – “categoria comunicação oral”; Maria Laiane Cavalcante Noles e Renata Duarte Cerqueira – 1ª colocação – “categoria pôster”. Os textos premiados foram selecionados para publicação na Revista Cultura Euclidiana, que será lançada durante a Semana Euclidiana 2017, a ser realizada em São José do Rio Pardo, São Paulo, no período de 09 a 15 de agosto. Dentre os bolsistas ID que atuam em nosso subprojeto merecem destaque: Clériston Jesus da Cruz e Denise Silva Bitencourt, que publicaram textos nas revistas Hyperion, da UFBA, Scientia, da IbesFacsal, e Semiótica, da USP; e Ângela Pereira de Souza, que atua como voluntária em projeto de iniciação científica.

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TECENDO LEITURAS, (RE)CONSTRUINDO IDENTIDADES: O LUGAR DAS DIFERENÇAS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA

Composição, Objetivos e Atividades de Formação

O título deste resumo apresenta o nome de nosso subprojeto que está em desenvolvimento desde 2014. Nossa sede se situa no Colegiado de Licenciatura em Letras, Língua Inglesa e Literaturas do Departamento de Ciências Humanas, Campus V em Santo Antônio de Jesus. Nossa equipe se compõe de um/a coordenador/a, uma supervisora e dez bolsistas. Nosso projeto trabalha em sintonia com os Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC/SEF, 1998) que apresentam a aprendizagem da Língua Estrangeira como instrumento de aumentar a auto-percepção e a cidadania. Segundo este documento, a aprendizagem deve ser balizada pela sua função social na sociedade brasileira, especialmente enfocando a leitura. Consideramos que esta aprendizagem deve centrar-se no engajamento discursivo do aprendiz, isso é, deve trabalhar a sua habilidade de entrar em discurso com outros e com o mundo.

Os problemas e desafios do ensino e aprendizagem da Língua Inglesa estão na falta de reflexão sobre o que ensinar, por que ensinar e para que ensinar. Essa tríade é o foco do subprojeto aqui apresentado. Muitas vezes ficamos ainda presos às questões cognitivas que diz respeito, única e exclusivamente, às dificuldades de aprendizagem, ou seja, ficamos presos às identidades de professor e aluno sem levar em conta as subjetividades e identidades que nos constituem enquanto sujeitos de um gênero, classe, raça/etnia, sexualidades, como se fosse possível deixar de fora da sala de aula a nossa história de vida e os processos de socialização. Entende-se, portanto, que as identidades socialmente prescritivas são uma forma de disciplinamento social, de controle, de normalização. Nós, educadoras e educadores, precisamos/devemos despertar a consciência de opressão nos sujeitos envolvidos nos processos de formação.

Atuamos com o objetivo de formar docentes com um olhar crítico e interventor sobre o ensino e a aprendizagem da Língua Inglesa, capazes de problematizar a sala de aula como espaço de sociointeração discursiva, onde identidades são construídas e reconstruídas. O projeto tem buscado promover o estudo da Língua Inglesa de forma crítica. Para isso, temos repensado as práticas de leitura, vendo o livro didático como locus de poder e lugar de reprodução de discursos hegemônicos que carregam em si mensagens culturais e ideológicas. Desse modo, tem-se promovido encontros semanais, nos quais são feitos debates, discussões e oficinas a fim de desenvolver nos bolsistas uma prática educacional crítica e reflexiva. Ações Principais (2014-2016)

Na escola onde se desenvolve o projeto, o Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes, temos feito oficinas de leituras, com o intuito de desconstruir preconceitos e estereótipos que produzem desigualdades baseadas em marcadores sociais das diferenças como o sexo, o gênero, a raça/etnia, as sexualidades e as práticas religiosas.

Em 2014, foi realizado o primeiro Encontro de Diálogos Intersecionais (EDI), um evento criado para fomentar discussões e socializar experiências em torno das intersecções de classe, gênero, raça e sexualidades na educação. Nesta primeira edição, reunimos um significativo número de discentes dos cursos de licenciatura do

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Campus V, professores e professoras da rede estadual e municipal, além de ativistas e pessoas interessadas nas temáticas. Em 2015, no segundo EDI, alongamos e continuamos a conversa estreitando os diálogos com as escolas e movimentos sociais em dois dias de extensa programação. O evento foi uma parceria bastante proveitosa e potente entre o projeto de extensão "Interseccionando gênero, raça e sexualidades no ensino", coordenado pela professora Claudia Pons Cardoso do Colegiado de História e nosso subprojeto PIBID-UNEB de Letras-Inglês, coordenado por Clebemilton Nascimento na época e supervisionado por Luciana Veiga Sampaio. O evento aconteceu com atividades do DCH - Campus V e na escola parceira. Foram realizadas mesas de diálogo com convidados especializados no tema, entre eles: Salete Maria da Silva, Professora e cordelista feminista; Jaqueline Gomes de Jesus, psicóloga, professora, pesquisadora e ativista; Viviane Vergueiro; Murilo Arruda, Keila Simpson e Amélia Tereza Maraux. Além das mesas redondas, tivemos exibição de documentários e debates. Nova Coordenação (2016-2017)

Desde os meados de 2016, Sally Inkpin assumiu a coordenação do projeto com o continuado apoio da supervisora de Luciana Veiga Sampaio. Continuamos com os encontros semanais de formação no Campus que vêm proporcionando um contato mais estreito com o referencial teórico e metodológico, no qual o subprojeto está assentado. Sob os conselhos do Professor Clebemilton, temos aprofundado nosso mergulho na área de Metodologia de Ensino da Língua Inglesa para aprimorar o desempenho dos bolsistas em sala de aula, além de continuar nossas reflexões/leituras sobre a (re) construção de identidades. Em 2017, além dos encontros semanais formativos, estamos promovendo duas ações principais. A primeira que acontecerá em agosto é um Festival de Música Internacional na escola parceira, envolvendo o desenvolvimento de cinco projetos de música por parte dos bolsistas, em que eles escolhem, exploram e organizam apresentações diversas sobre as músicas escolhidas com os alunos do Colégio. Escolhemos músicas em conjunto com os nossos alunos do Ensino Médio que discutem temas importantes como a padronização da beleza, a liberação da opressão racial e bullying, entre outros. A segunda ação que estamos realizando se dirige à continuação e ampliação das oficinas de leitura. Trabalhando em pares, os bolsistas estão preparando material didático sobre temas como a alimentação saudável, a diversidade familiar e aspectos interculturais de dias internacionais comemorativos, entre outros. Os diferentes temas e gêneros textuais trabalhados pelos bolsistas exploram os temas transversais estabelecidos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN - (MEC/SEF, 1998): a ética, a saúde, o meio ambiente, a orientação sexual, a pluralidade cultural, o trabalho e o consumo e outros temas de interesse da comunidade local. Nossos bolsistas a partir de suas interações com a escola parceira estão produzindo materiais de leitura com tarefas, respostas e instruções de abordagem, com o objetivo de promover o uso desses nos colégios e escolas do município de Santo Antônio de Jesus e do Recôncavo. Visamos que os leitores dos materiais não apenas se informem sobre os temas abordados, mas comecem a refletir e dialogar criticamente a partir deles. Palavras-chaves: (Re)construção de identidades. Ensino-aprendizagem da Língua Inglesa. Produção de materiais de leitura em inglês.

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Subprojetos Interdisciplinares..

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DIVERSIDADE, DOCÊNCIA E PESQUISA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Ana Cláudia Lemos Pacheco Jane Adriana Vasconcelos Pacheco Rios

Joana Maria Leôncio Nunez Osvaldo Francisco Ribas Lobos Fernandez

O subprojeto Diversidade, Docência e Pesquisa na Educação Básica nasceu da

relação fronteiriça entre a pesquisa e a docência nos estudos acerca da diversidade produzidos pelos grupos de Pesquisa DIVERSO E DIADORIM, numa perspectiva de desconstrução dos modelos homogeneizantes e binários de se relacionar com a vida-formação dos sujeitos no espaço escolar. Ele tem por objetivo inserir os graduandos do Curso de Ciências Sociais e Pedagogia, do Departamento de Educação – Campus I/UNEB, em práticas de iniciação à docência, possibilitando a construção da identidade docente a partir dos diferentes espaços e tempos de formação construídos em contextos de diversidade.

O cotidiano escolar é investigado a partir das intervenções realizadas por vinte seis bolsistas de iniciação à docência na Escola Municipal São Gonçalo do Retiro e no Colégio Estadual Polivalente do Cabula, situadas na cidade de Salvador. Trata-se de uma pesquisa-formação, baseada no trabalho com a aprendizagem experiencial que reúne três dimensões existenciais para a formação docente: conhecimento de si, conhecimento sobre o fazer e a reflexão sobre este processo (JOSSO, 2002).

Para isto, o trabalho foi dividido em seis momentos, construídos de forma transversal. O primeiro momento é realizado através de Encontros de Formação que objetivam a autoformação do grupo de bolsistas, enfatizando que o sentido da formação está na relação estabelecida nos momentos e lugares em que se articula e materializa a educação, sendo estes múltiplos. O segundo momento, Etnografia Escolar, consiste em promover o contato com os espaços presentes na escola, com seus respectivos sujeitos e com a temática principal de estudo do ano. O terceiro momento é dedicado à construção dos Planejamento desenvolvido pelos bolsistas e supervisores para execução nas escolas, sob a mediação dos coordenadores de área. Os bolsistas produzem o Plano de ação e as sequências didáticas juntamente com a produção do material didático a ser utilizado. Com isto, passamos a discutir o que é o planejamento, a pesquisa e a intervenção docente. O quarto momento consiste na realização das Oficinas pedagógicas nas escolas. Estas são as atividades de intervenção que são construídas baseadas no eixo temático escolhido para o trabalho do ano letivo, fundamentada nos estudos feitos nos encontros de formação. O quinto momento do trabalho é a Avaliação realizada no final de cada semestre, através de aplicação de questionário com estudantes e professores, encontro de avaliação nas escolas para levantamento de propostas e sinalizações que servirão de base para o planejamento do ano seguinte. E, por fim, realizamos o último momento que é a Escrita reflexiva sobre as aprendizagens que consiste na produção continua do Memorial de formação e na produção final de artigos. Todo o trabalho desenvolvido no subprojeto é construído a partir da discussão de uma das temáticas voltadas para a diversidade, a saber: questões étnico-raciais (2014), gênero e sexualidade, (2015), diversidade geracional/ciclo da vida (2016) e diversidade sociocultural e inclusão escolar (2017). Os produtos gerados deste trabalho foram: materiais didáticos, planejamentos, blog, banco de imagens, glossário sobre diversidade,

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produção de livros individuais e coletivos; livros de tecido; jogos, jornais, pelos estudantes, portfólios, livros de fala, musicais; produções de artigos, capítulos de livro, TCC e fundamentação de estudos de dissertações e teses, entre outros.

Os resultados desta vivência estão refletidos no amadurecimento dos (as) alunos (as) na vida acadêmica e na prática docente, assim como na interação escola/universidade. Ocorre neste processo um encontro que permite aos sujeitos implicados experimentar e provar, quem passa por esta experiência faz uma travessia, pois a partir do momento que a pessoa vivencia novas aprendizagens já não é mais a mesma.

O atual contexto educacional brasileiro está marcado pela articulação entre os processos sociais, econômicos, políticos, ambientais, educacionais, dos sujeitos com a multireferencialidade da escola. Desprende-se desta perspectiva que o trabalho docente se instaura na complexidade da vida, exigindo a constante busca por formação em todos os níveis da docência. Segundo Nóvoa (1997) esta formação está para além dos saberes disciplinares ou da acumulação de títulos e deve ser reflexiva e em constante construção, uma vez que "a formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), e sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e numa (re)construção permanente de identidade pessoal” (p.25).

Consideramos importante compreender os processos formativos dos bolsistas através dos relatos de suas experiências no decorrer do subprojeto. Queremos compreender as implicações pessoais e profissionais, principalmente para o saber/fazer docente frente à sociedade brasileira marcada por preconceitos, discriminações, incertezas, contrastes sociais e políticos. Nesse sentido, um dos eixos temáticos centrais do Subprojeto Diversidade no ano de 2017, tem sido a imersão em temas que problematizem a questão das desigualdades sociais e da educação inclusiva como estruturantes das práticas educativas nas escolas e na comunidade local. Compreender as demandas sociais e as razões sociológicas e culturais que perfazem a realidade dos discentes da educação básica em suas múltiplas vivências e sentidos tem sido a nossa meta principal. Apontar e discutir os problemas sociais erigidos pelos agentes que compõem e constituem o ambiente escolar tem nos possibilitado a combater ideias e práticas educativas hegemônicas acerca de temas como: educação, trabalho, juventude, gênero, sexualidade, relações étnico-raciais, geração, família e deficiência.

Articular os espaços da escola com o espaço fora da escola, do bairro da comunidade e da sociedade mais ampla através da experiência do Pibid tem nos mostrado que é possível criar metodologias e novas abordagens epistemológicas acerca do processo sócio-educativo que valorize às diferenças entre os sujeitos e suas práticas culturais, respeitando à diversidade no contexto escolar e fora dele. Acreditamos que o subprojeto tenha produzido impactos em vários aspetos, entre eles: melhor atuação dos licenciandos no estágio supervisionado; inserção das temáticas vivenciadas no PIBID em seus trabalhos de conclusão de curso; contribuição no rendimento escolar dos estudantes nas escolas; parceira em projetos estruturantes da escola; colaboração na elaboração de material didático; parceria com a comunidade através de oficinas com pais; ampliação de acervo de leitura; divulgação e discussão de temáticas sobre a diversidade entre os estudantes, professores e comunidade em geral; combate aos diferentes preconceitos produzidos a partir das diferenças entre os sujeitos.

Diante da experiência apresentada, consideramos que o trabalho realizado pelo PIBID na Iniciação à Docência é fundamental para a formação docente, sobretudo no que se refere a analisar como vem sendo constituídos os espaços de atuação junto à

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Educação Básica. Neste sentido, o Programa precisa servir de base para uma política de formação docente na Universidade, estabelecendo eixos com o Estágio, com a Pedagogia Universitária, com a Pesquisa e Extensão, fortalecendo um dos seus grandes focos que é o elo Universidade/Educação Básica.

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PROPOSIÇÃO, OBJETIVOS E A IMPLEMENTAÇÃO DO SUBPROJETO INTERDISCIPLINAR “ENSINO E PESQUISA: ARTICULAÇÃO POSSÍVEL”, DCET –

CAMPUS II Maria Rosileide Bezerra de Carvalho

Eltamara Souza da Conceição Daniela Batista Santos

Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Ciências Exatas e da Terra – Campus II – Rod. Alagoinhas-Salvador, Km 3, Zona Rural, 48.000-000.

Em agosto de 2012, iniciaram-se as ações previstas no subprojeto em tela, que

possui como eixo a articulação ensino-pesquisa e sua utilização como estratégia de aprendizagem da docência na área de biologia/ciências. Sua proposição emanou da constatação dos elevados índices de evasão e retenção observados no Curso, além da rejeição à docência por parte da maioria dos licenciandos. Adotou-se como pressuposto a premissa de que a inserção precoce na realidade escolar proporciona ampliação da dimensão prática na formação destes futuros profissionais, potencializando ações transformadoras na sociedade. O subprojeto em discussão foi finalizado em julho de 2014, havendo em seguida, a propositura de uma ação interdisciplinar. A implementação do subprojeto Interdisciplinar “Ensino e Pesquisa: Articulação Possível”, selecionado no Edital Nº 61/2013 CAPES/DEB, iniciou as atividades em agosto de 2014. Esta nova proposta apresentava avanços em virtude de seu caráter interdisciplinar, envolvendo as licenciaturas de Matemática e Biologia e pela ampliação de participantes, totalizando 50 bolsistas de iniciação à docência, 05 de supervisão e 03 de coordenação de área, para atuarem em três escolas estaduais de Educação Básica. Foram definidos no subprojeto os seguintes objetivos: reduzir os índices de evasão do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas UNEB/campus II; estimular a formação da identidade docente nos bolsistas de iniciação à docência; possibilitar a publicação e divulgação de produções científicas mediante a articulação ensino-pesquisa e teoria-prática. O critério estabelecido localmente, limitando a participação no processo seletivo aos discentes matriculados nos quatro primeiros semestres, intencionou, especificamente a redução da evasão, visto que, no ensino superior, a taxa de evasão no primeiro ano é duas ou três vezes maior do que a dos anos seguintes. Foram selecionadas duas escolas estaduais situadas em área central da cidade. Os bolsistas de iniciação foram distribuídos equitativamente entre as duas instituições.

Quanto às ações empreendidas, preliminarmente, realizou-se levantamento diagnóstico dos aspectos socioeconômicos, hábitos de estudo dos alunos e condições estruturais e funcionais da oferta dos cursos nas duas escolas, mediante aplicação de questionário semiestruturado, pesquisa documental e observação participante. Os dados obtidos nortearam a execução de ações/intervenções, das quais destacamos: participações e observações nas atividades docentes presentes no cotidiano da escola, tais como: semana pedagógica, planejamentos, reunião de pais e mestres, período de avaliação, conselho de classe; execução de projetos de ensino; realização de aulas de campo e práticas em laboratório que permitam melhor compreensão dos temas abordados. Estimula-se uma coleta sistemática de dados mediante registros no diário de campo, gravações de áudio, vídeo e fotografias visando à produção de resumos e artigos sobre a experiência de formação vivenciada, bem como acerca do ensino nas áreas de conhecimento em questão para a divulgação em eventos acadêmicos.

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Paralelamente à atuação nas escolas, são realizadas reuniões semanais de estudo e planejamento com todos os bolsistas, nas quais socializamos as experiências de cunho pedagógico e pessoais vivenciadas nas escolas, que muitas vezes redirecionaram nossas intervenções; planejávamos as ações a serem empreendidas; e, nos apropriávamos do referencial teórico que respaldaram as ações e a decorrente produção científica.

Verificamos sinais encorajadores resultantes deste percurso. Observa-se o crescente reconhecimento da identidade docente em muitos bolsistas de iniciação à docência, que têm assumido a opção consciente pelo exercício futuro da profissão de professor. Acreditamos que a articulação teoria-prática e a inserção precoce na realidade escolar conferidas pelo PIBID foram determinantes neste posicionamento. Relativo às intervenções nas escolas, observamos um grau variado de interesse e aprendizagem por parte dos alunos da Educação Básica, motivando a busca e adoção de estratégias pedagógicas diversas visando uma maior participação dos mesmos.

Quanto às dificuldades e limitações identificadas para a implementação do subprojeto, ressaltamos: a falta de autonomia na sua execução orçamentária, ora realizada pela Coordenação Institucional, impondo restrições e cortes que por vezes inviabilizaram a consecução de ações propostas; não comprometimento de alguns bolsistas de iniciação à docência, que no decorrer de suas atuações demonstram pouca afinidade com a docência, buscando permanecer no subprojeto em virtude da bolsa recebida mensalmente. Observou-se maior empenho por parte dos discentes nos dois semestres iniciais, confirmando que o lugar do PIBID nos cursos de licenciatura deve ser prioritariamente no primeiro ano letivo; e, a não disponibilidade de carga horária dos bolsistas supervisores para as atividades propostas fora do espaço escolar.

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PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS IV/JACOBINA

TÍTULO DO SUBPROJETO: Língua Inglesa e Geografia no Ensino Médio:

transitando pelas hipermídias e hipertextos numa proposta interdisciplinar

A real integração entre universidade e a escola através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência

Carlos Augusto de Almeida Moreira Jucicleide Santos Moreira Araújo

Sérgio Ricardo Ferreira de Azevedo

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) foi inserido no Colégio Estadual de Serrolândia (CES) em 2014 diante da necessidade tanto de iniciação dos potenciais bolsistas na prática docente, quanto da comunidade escolar em diversificar e atualizar suas práticas, uma vez que os professores do quadro teriam contato com o que está sendo produzido na universidade; promovendo a necessária integração e capacitação continuada, beneficiando os professores e consequentemente os bolsistas, que obteriam avanços no processo da prática docente e produção acadêmica.

No processo de implantação houve a desconfiança natural ao que é novo, tanto os professores ficavam preocupados com uma possível intervenção na sua rotina, quanto os alunos, que ainda resistiam às atividades propostas. Com o desenrolar do tempo e vivência dos bolsistas ID (iniciação à docência) nos diversos espaços escolares, este distanciamento foi diminuindo gradativamente, e toda a comunidade escolar começou a valorizar a dinamização do processo de ensino e aprendizagem com o contato com a produção acadêmica.

A supervisão dos bolsistas, por professores da própria unidade escolar, mostrou-se essencial ao processo, pois proporcionou aqueles, segurança e tranquilidade no processo de inserção de suas práticas no ambiente escolar ao qual foram designados; afastando a sensação de uma intervenção externa, uma vez que os supervisores estabelecem este elo entre a escola e a universidade.

Desta forma, as atividades propostas pelo PIBID, não foram de modificar a rotina escolar, mas de incorporar suas práticas as já existentes na escola. Como exemplo, temos os Projetos Estruturantes, o Café Filosófico, a Sacola de Leitura, O Arraiá do CES; somando-se a proposta das Rodas de Conversa, que tomaram uma nova roupagem com a preparação e apresentação dos próprios alunos, colocando-os como protagonistas do processo de ensino aprendizagem.

Como reflexo destas práticas a produção acadêmica dos bolsistas foi impulsionada, pois a vivência e a experimentação subsidiaram vários artigos, relatórios, portfólios digitais, blogs, etc.

Assim, fica evidenciada a importância do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) no contexto educacional, tanto para a Universidade do Estado da Bahia, que tem a possibilidade de efetivar os estudos teóricos a sua prática fim, quanto para a escola, que encontra a possibilidade desta interação teoria-prática, prática-teoria.

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PIBID. SUBPROJETO: LÍNGUA INGLESA E GEOGRAFIA: TRANSITANDO PELAS

HIPERMÍDIAS E HIPERTEXTOS NUMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR Adelvan Ferreira Santos

Naiara de Moraes F. Ângelo Adriana Andrade dos Santos

Ewerthon Oliveira Diniz Bolsistas ID

Departamento de ciências humanas-DCH-Campus IV

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) é uma oportunidade onde o aluno licenciando tem a possibilidade de lidar com realidade sala de aula e a relação professor-aluno-professor-direção. O subprojeto intitulado Língua Inglesa e Geografia: Transitando pelas Hipermídias e Hipertextos numa Proposta Interdisciplinar, iniciou em 2014 no Colégio Estadual de Serrolândia (CES), nos turnos matutino, vespertino e noturno, com dezesseis Bolsista de Iniciação à Docência (ID), três supervisores de área (um por turno) e dois coordenadores.

As experiências provenientes do PIBID, tem sido muito importante para a nossa formação como futuros docentes pois nos permite o convívio direto com os alunos, professores e toda comunidade escolar. As atividades realizadas são: Roda de Conversa, Café Filosófico, aulas coparticipadas, participação na jornada pedagógica, oficinas com docentes da escola, portfolio online e a produção de artigos, além dos encontros semanais de Formação e Seminários de avaliação anual, que acontece nas dependências do Campus IV.

A Roda de Conversa é um projeto desenvolvido na escola e tem como característica e finalidade construir de forma dinâmica discussões acerca de diferentes temas, cujos assuntos abordados fazem parte da realidade do aluno e são temáticas atuais a exemplo de: “Políticas, públicas, você curte? ” Nessa atividade os Bolsistas ID’s são direcionados a diferentes turmas para fomentar debates com um tema preestabelecido. Para essas atividades os bolsistas participam do planejamento, discussões, da preparação com leituras acerca do tema.

O Café Filosófico é um projeto da escola que o PIBID aderiu como atividade complementar, pois entendemos a importância da participação dos bolsistas ID’s nos projetos da escola. O Café Filosófico visa a construção de debates diversificados acerca de temas relevantes na sociedade, instigando a formação de pensamentos críticos entre os estudantes. Assim como na roda de conversa os bolsistas ID’s são divididos por turmas para debates, posteriormente os alunos produzem um material (músicas, paródias, cartazes, encenações, entre outros) a ser apresentado na culminância em espaço coletivo, fazendo uma interação entre as turmas.

Dentre essas atividades realizamos também aulas coparticipadas, onde o bolsista ID recebe orientações do professor regente desde a construção do plano de aula, seguindo modelo preestabelecido pela Secretaria de Educação, até a aplicação da aula. O que nos dá subsídios para isso é a jornada pedagógica onde participamos juntamente com o corpo docente.

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Na jornada pedagógica de 2017 apresentamos a proposta de oficinas com docentes da escola, proposta essa a ser aplicada com os professores envolvendo o tema do subprojeto de Hipermídias e Hipertextos. Trata-se da criação de vídeos documentários e GIF’s, visando à formação continuada dos professores da escola parceira, tendo como ferramenta o uso das novas tecnologias. Essa proposta está sendo desenvolvida nesse primeiro semestre com encontro de formação, oficinas e execução da atividade. A proposta inicial é que esse projeto seja aplicado apenas com os professores e que os mesmos adquiram subsídios para produzir no segundo semestre com os alunos tendo o suporte dos bolsistas.

Todos os registros são divulgados no portfólio. Cada bolsista cria sua página web no site wix e alimenta o portfólio com as experiências vividas no programa, inserindo fotos, vídeos textos etc.

Todos os conhecimentos produzidos durante as atividades supracitadas são sintetizados em um artigo. O viés de seguimento do trabalho vai depender da visão de cada bolsista no seu campo de pesquisa. As experiências no PIBID têm nos amadurecido profissionalmente no sentido de aprender ensinando e ensinar aprendendo, nos capacitando para os desafios da docência.

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CAMPUS IV/JACOBINA

TÍTULO DO SUBPROJETO: LÍNGUA INGLESA E GEOGRAFIA NO ENSINO MÉDIO:

TRANSITANDO PELAS HIPERMÍDIAS E HIPERTEXTOS NUMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR

Ione Oliveira Jatobá Leal Rodrigo dos Reis Nunes

Coordenadores de Área

O subprojeto envolvendo os cursos de licenciatura em Geografia e Língua Inglesa do Campus IV iniciou em 2014 na Escola Estadual de Serrolândia-Bahia, tendo como principais objetivos: Promover a inserção dos Bolsistas ID nos diferentes espaços da escola parceira, como salas de aula, laboratório de informática, biblioteca, espaços recreativos e desportivos, secretaria, cantina, direção, etc, atentando para a problematização da realidade escolar e aquisição de experiências as dimensões do ser professor; e, refletir sobre as questões curriculares dos cursos de formação de professores a partir da prática pedagógica vivenciada na escola parceira e das contribuições do PIBID na formação docente dos bolsistas ID.

Durante esse período de funcionamento, as ações planejadas seguiram critérios de acordo com o projeto e cumprindo as atribuições direcionadas para os Coordenadores, Supervisores e Bolsistas ID. Dentre estas, citamos realização de reuniões para formação para bolsistas ID com participação dos Supervisores; Produção de portfólios digitais e alimentação com informações sobre os projetos desenvolvidos na escola para divulgação; aulas coparticipadas, participação nas jornadas pedagógicas da escola, realização de projetos e planejamentos para “rodas de conversas” e “café filosóficos”, levando em consideração a programação da escola e atividades do subprojeto; realização de estudos sobre temáticas escolhidas e desenvolvimento de atividades a serem realizadas na escola; Realização de reuniões para avaliação das ações após concluídas; e, organização e realização do seminário local envolvendo todos os subprojetos do Campus IV.

Os bolsistas ID tem uma rotina na escola que se concentra todas as semanas,

nas terças e quartas-feiras. Há encontros presenciais quinzenalmente na Universidade para que os bolsistas e supervisores recebam formação. Além disso, participam ativamente do “Cafés filosófico” – projeto de responsabilidade da Unidade Escolar e que o subprojeto contribui ativamente com todas as atividades propostas – e as “Rodas de Conversas” – projeto nascido dentro do subprotjeto que tem como objetivo fomentar a discussão e o debate sobre os mais variados temas sociais, culturais e políticos. Essas são atividades que já fazem parte do planejamento anual da escola e que os bolsistas ID, de supervisão e coordenação participam de todas as etapas, visando maior integração da comunidade escolar. Vários temas foram discutidos a exemplo de: “Políticas? Públicas? Você Curte?”, “E Eu, Sou Nego?”, “Por que nossa consciência é branca?”, dentre outros. Os bolsistas ID demonstraram conhecimentos e segurança no desenvolvimento das atividades propostas para os mesmos, uma vez que existe toda uma preparação e pesquisas para tal fim. Conseguimos em alguns momentos a parceria

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da Prefeitura Municipal de Serrolândia e envolver as escolas municipais em palestra formativa com o pesquisador Toni de Souza, com lançamento de seu livro intitulado: “Quem é esse Nego?”, realizado na Câmara municipal de Vereadores com a participação dos professores das escolas municipais de Serrolândia, promovido pela equipe do subprojeto. Essa atividade serviu como referencial para o café filosófico que teve como tema: “E Eu, Sou Nego?”.

Além disso, tem havido constantemente incentivo à produção científica, com temáticas que envolvam as experiências dos bolsistas ID no subprojeto. Essa ação segue a ordem de produção pelo bolsista, orientação pelos supervisores e correção final pelos coordenadores. Até o momento, estamos em fase de conclusão da orientação, para que sejam corrigidos pelos coordenadores até o final desse semestre, para que, posteriormente, os trabalhos possam ser submetidos a revistas e eventos da área.

Existe também a preocupação por parte da coordenação de área para as dificuldades dos bolsistas. Para os bolsistas novatos aconteceu uma formação sobre a elaboração dos portfólios e houve a integração com os bolsistas do Projeto de Língua Portuguesa do Campus IV que também necessitavam dessa formação, criando assim uma parceria com os dois subprojetos. No entanto, percebemos também algumas demandas que dificultam um trabalho mais efetivo dos bolsistas a saber: dificuldades no deslocamento dos bolsistas que residem em Jacobina em função não haver transportes públicos e o projeto não dispor de recurso para tal fim; o laboratório de informática da escola-parceira está inativo; há ainda resistência por parte de alguns docentes quanto ao entendimento de que o subprojeto está na escola para cooperar e somar e não para substituir a função docente.

Cabe salientar que a inoperância do laboratório de informática e, consequentemente, de acesso à internet, têm dificultado o desdobramento de ações que se conectam diretamente com a proposta do subprojeto que é o manuseio das hipermídias e hipertextos. Essa realidade da escola limita as ações e congela muitas ideias que surgem a partir de perspectivas respaldadas nos objetivos propostas. Contudo, apesar dessa realidade, os coordenadores, supervisores e bolsistas ID se sustentam na premissa de que as ações pedagógicas devem se valer da realidade da escola e isso tem sido feito, apesar de não ser uma realidade confortável.

Para 2017, o projeto foi revisto e após explanação e discussões dos envolvidos chegamos ao consenso que outras metas deverão ser realizadas visando a dinamizar o diálogo entre as ações propostas e pertencentes ao subprojeto. Diante do diferente em função da sequência de rotina que vinha ocorrendo os bolsistas ID, inicialmente, alguns ficaram um pouco resistentes com as mudanças que estavam sendo propostas para a equipe.

Pensando nos objetivos do projeto geral do PIBID de que haja não somente produções científicas para testagem e aprimoramento da habilidade escrita dos bolsistas ID, mas também outras construções técnicas e didáticas, foi pensado, ainda no final do ano de 2016, em produção didático-pedagógica como meta para o ano de 2017. Dessa maneira, os trabalhos foram iniciados com a reunião entre coordenadores, supervisores e bolsistas para que fossem pensadas em propostas que estivessem estreitamente ligadas às hipermídias e aos hipertextos, se aproximando ainda mais da proposta geral do subprojeto. Após esse planejamento, foram firmadas as proposições didático-pedagógicas tendo como uso os recursos de computador e internet (notebooks pessoais dos professores da escola e internet particular), a fim de lidar com a produção de vídeos e GIFs. Houve oficinas com os professores e, segundo o calendário montado,

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ocorreriam ainda mais dois encontros nesse semestre, contudo, por não haver acontecido o repasse de recursos pelo programa, tem dificultado a vinda dos bolsistas ID a Serrolândia aos sábados, dias em que as oficinas posteriores foram firmadas.

Por fim, a experiência de coordenação do subprojeto do PIBID tem feito germinar excelentes resultados e significativos processos reflexivos quanto à prática docente e o pertinente estreitamento entre universidade e educação básica. Apesar dos percalços enfrentados desde o início da execução do projeto até os dias atuais, principalmente os que se referem à estrutura que oportunize o acesso aos recursos básicos de uso das hipermídias e dos hipertextos, percebemos como o trabalho coletivo realizado pelos supervisores e pelos bolsistas ID trouxeram para a escola-parceira uma nova realidade e inseriram a universidade nos mais importantes espaços discursivos extensionistas daquela escola.

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PIBID INTERDISCIPLINAR: EXPERIÊNCIAS, DESAFIOS E APRENDIZAGENS

O presente trabalho tem como propósito relatar de forma sucinta as atividades realizadas pelas coordenadoras de área do subprojeto Interdisciplinaridade: Formação Docente e Temas Transversais. Inicialmente, vale mencionar que sofremos alguns percalços gerados pela falta de segurança da continuidade do referido projeto e, ainda, de algumas substituições de coordenadores. No entanto, conseguimos de forma positiva dar continuidade às principais atividades propostas no referido subprojeto.

Dessa forma, fizemos diversas leituras que versavam sobre a formação docente, pois entendemos que nessa nova conjuntura, o professor não é mais aquele simples transmissor de conhecimentos que por muito tempo se enquadrou nessa tipificação. A nova realidade cultural, social e tecnológica exige dele uma nova postura, um novo olhar, uma nova perspectiva.

Assim, partindo desse princípio, nas reuniões com bolsistas IDs e supervisores, discutimos textos que tratavam de formação docente, interdisciplinaridade, interculturalidade, alteridade, preconceito racial, entre outras temáticas necessárias para o enriquecimento acadêmico e profissional dos envolvidos no subprojeto, apoiados em teóricos como Antônio Nóvoa, Jurjo Santomé, Matias Fleury, Ivani Fazenda, Hilton Japiassu, Jaques Delors, Paulo Freire, Kabengele Munanga, Chimamanda Adichie, Viviane Mosé, dentre outros. A partir daí, os bolsistas e supervisores planejavam as suas aulas, buscando um ensino mais contextualizado, reflexivo e interdisciplinar.

Dentre as atividades realizadas, destacamos, o projeto FazGame, uma ferramenta de construção de jogos educativos, no qual instiga o aluno a desenvolver um trabalho cooperativo com conteúdos educacionais, auxiliando na construção de competências, tais como, iniciativa, criatividade, planejamento, raciocínio lógico, resolução de problemas e persistência. Desse modo, este projeto teve como objetivo principal a utilização do portal FazGame, em turmas de atuação de bolsistas IDs, no Colégio Tereza Borges de Cerqueira, a fim de que fossem produzidos jogos através dessa ferramenta tecnológica, visando a construção de competências de forma interdisciplinar nos alunos. Assim, através desse portal, foram construídas narrativas e, posteriormente jogos, enfatizando os seguintes conteúdos programáticos: sistema solar, poliedros, números egípcios, algarismo romano e texto narrativo. Consequentemente foram trabalhadas as seguintes disciplinas interdisciplinarmente: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.

Também foi desenvolvida no colégio parceiro uma gincana envolvendo jogos e comidas típicas da região. Nessa atividade, os bolsistas auxiliaram de forma pontual as supervisoras na coordenação das tarefas junto aos alunos e também na explanação a respeito dos alimentos saudáveis.

Realizou-se também uma oficina sobre as diferentes profissões, com o título: Eu sonho e quero ser mais. Nela foi dado enfoque às profissões consideradas “ofício”, aquelas que não têm curso universitário para uma aprendizagem formal, como por exemplo: sapateiro, pedreiro, pintor de parede, mecânico, etc. Além disso, houve uma roda de conversa sobre a universidade e o trabalho.

Ainda, faz-se necessário destacarmos a discussão sobre a MP 746/2016, referente a reestruturação do Ensino Médio. Após reflexão acerca dessa medida, os bolsistas convidaram os alunos do ensino médio do Colégio Tereza Borges de Cerqueira, onde eles estão em atividade, para uma roda de conversa no Auditório do Departamento de Ciências Humanas – Campus VI/Caetité, a fim de esclarecerem,

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debaterem e elencarem os principais pontos da referida medida. Tal atividade foi de suma importância, pois além de elucidar os alunos secundaristas sobre tal proposta, no intuito de que os mesmos pudessem ter uma melhor compreensão do que se tratava essa reforma, também favoreceu que a escola se tornasse um espaço democrático, ao trazer à baila temas importantes para a sociedade, de forma consciente, crítica e reflexiva.

Ainda nesse ano, foi produzido um Blog (difusãocultural2a.blogspot.com), com o objetivo de divulgar as produções dos alunos, como também de propor debates sobre as atividades postadas. Ademais, um grupo de bolsistas produziu um texto a respeito da importância do PIBID em sua formação acadêmica e o resultado desta produção foi apresentado em um congresso de formação de professores – Congresso Latino-Americano de Formação de Professores de Línguas, por uma das coordenadoras, em Londrina.

Destacamos que alguns bolsistas já apresentaram o tema que desejam desenvolver na escrita do artigo proposto e durante os encontros com a coordenação, estão estudando cuidadosamente sobre a escrita de um artigo acadêmico.

Por fim, através dos trabalhos desenvolvidos, verificamos um grande impacto causado na escola parceira, nos bolsistas, nos supervisores e, certamente, nos coordenadores de área, pois estamos (re)aprendendo, (re)construindo saberes múltiplos, aprendido conjuntamente, em prol de uma educação mais inclusiva e significativa.

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INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: UMA COLABORAÇÃO ENTRE ÁREAS, SUJEITOS E ESPAÇOS.

Alayde Ferreira dos Santos24 Wagner Ferreira de Santana25

Os problemas que cercam o ensino e a aprendizagem da Matemática no contexto educacional são múltiplos, sejam pelas dificuldades dos alunos ou dos professores, sejam pela falta de afinidade com a disciplina ou de uma formação que forneça subsídios teórico–metodológicos para atuar com a mesma. Quando discutimos as habilidades necessárias à docência em Matemática, notamos que apesar da diversidade de áreas estudadas no Curso de formação, temos a percepção de que existem necessidades específicas que podem não ter sido contempladas nas configurações curriculares existentes nos cursos que formam os futuros professores de Matemática.

Assim, numa perspectiva interdisciplinar é que propomos uma iniciação à docência contemplando a Educação Regular, Ensino Fundamental e Médio, e a EJA. Justificamos esta amplitude de perspectiva, considerando as demandas existentes que se apresentam nestes níveis de ensino. Dessa forma, está sendo desenvolvido o sub-projeto de iniciação à docência: uma colaboração entre áreas, sujeitos e espaços que se compreende interdisciplinar por trazer as discussões teórico-metodológicos para o espaço dos Cursos de Pedagogia e de Matemática. O mesmo traz a dinâmica da colaboração entre a universidade e a escola como intensificador de ações e reflexões.

Essa proposta potencializa ainda a formação inicial e continuada como uma tendência de ensino e pesquisa, em que é necessário superar um modelo de formação de professores em que há um isolamento entre o que acontece na sala de aula e o espaço da universidade. Assim, o objetivo maior dessa proposta está sendo contribuir com a iniciação à docência dos alunos dos cursos de Matemática e Pedagogia a partir do aprofundamento de temas e Tendências Teóricas e Metodológicas em Educação Matemática. Dessa forma, já estudamos: a Teoria dos Campos Conceituais de GeradVergnaud (1982);a Resolução de Problemas dePolya; e Educação de Jovens e Adultos. Nesse ano o estudo teórico é sobre a Educação Matemática Crítica de OleSkosimose (2001; 2007) que dará suporte para as atividades que já estão sendo desenvolvidas.

As escolas parceiras da Educação Básica foram inicialmente o Colégio Estadual Senhor do Bonfim e do Colégio Estadual Júlio Cesar Salgadono Ensino Fundamental. Atualmente estamos no Colégio Estadual Senhor do Bonfim no Ensino Médio e Ensino Fundamental, e no Colégio Estadual Teixeira de Freitas com o Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos.

A Metodologia utilizada é através de etapas: I) Diagnose onde é feito o levantamento pelos bolsistas sobre o Projeto Pedagógico da escola, o planejamento dos professores,

24

Professora do Departamento de Educação – Campus VII da Universidade do Estado da Bahia e

Coordenadora do Sub-Projeto PIBID do Curso de Matemática. E-mail: [email protected] 25

Professora do Departamento de Educação – Campus VII da Universidade do Estado da Bahia e Coordenadora do Sub-Projeto PIBID do Curso de Matemática. E-mail: [email protected]

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os conteúdos trabalhados e as avaliações realizadas, além da elaboração de avaliação diagnóstica para identificar as dificuldades de aprendizagem. II) Temas de Educação Matemática: Nesta etapa estudamos a teoria e planejamos as ações/intervenções que serão desenvolvidas com os alunos da Escola. III) Realização de ações /intervenções: São as oficinas, os estudos em grupo e os mini-cursos ministrados pelos bolsistas, com o acompanhamento da coordenação e dos professores supervisores. IV) Produções de artigos: Nesta etapa os Bolsistas são orientados a produzirem cientificamente relatos das atividades para submissão e apresentação em Eventos Regionais e Nacionais; V) Avaliação das atividades desenvolvidas, das aprendizagens e conhecimentos adquiridos através de Workshop de avaliação das ações /reflexões do projeto.

Há um envolvimento e participação efetiva dos bolsistas de iniciação à docência de tal forma que todos cumprem suas obrigações na elaboração de relatórios das atividades, bem como de relatos de experiência sobre as ações desenvolvidas. Com isso, tivemos como resultados desse subprojeto, a participação de bolsistas em diversos eventos regionais e nacionais, como: V Encontro Nacional das Licenciaturas e IV Seminário Nacional do PIBID – V ENALIC (Natal, 2014); III Semana Acadêmica de Matemática – III SMAT (Petrolina, 2015); III Simpósio Nacional de Grupos Colaborativos e de Aprendizagem do professor que ensina Matemática (São Paulo, 2015); XVI Encontro Baiano de Educação Matemática – XVI EBEM (Salvador, 2015); I Semana de Matemática do Campus VII – I SEMAT (Senhor do Bonfim, 2015); II Semana de Matemática do Campus VII – I SEMAT (Senhor do Bonfim, 2016); XIII Encontro Nacional de Educação Matemática – XIII ENEM ( São Paulo, 2016); VII Semana de Matemática – VII SEMAT (Guarulhos, 2016); I Colóquio Luso-Brasileiro de Educação - I COLBEDUCA (Florianópolis, 2016). E para 2017 temos alguns artigos inscritos no XVII Encontro Baiano de Educação Matemática e V Fórum Baiano das |Licenciaturas em Matemática, aguardando o resultado da submissão.

Além disso, tivemos a participação dos bolsistas na orientação de subprojetos a serem apresentados pelos alunos da Educação Básica na Feira de Matemática. Assim, organizamos Feiras Escolares de Matemática e dessas, foram escolhidos os melhores projetos para representar a escola na Feira Baiana de Matemática (Salvador, 2015). Desses, tivemos também a indicação de um trabalho para a IV Feira Nacional de Matemática (Jaraguá do Sul – SC, 2015).

Finalizando, este projeto tem a perspectiva da colaboração desenvolvendo ações nas escolas parceiras, discutindo as metodologias e os teóricos que subsidiam as propostas, num processo de ação–reflexão-ação entre os atores envolvidos: professores e alunos da Educação Básica, bolsistas, supervisores e coordenadores.

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CARTOGRAFIAS DO OLHAR: TESSITURAS DO SABER-FAZER/FAZER-SABER Ana Odália Vieira Sena26

Elzicleia Tavares dos Santos Gean Paulo Gonçalves Santana

RESUMO: Este texto cartografa algumas percepções e ações interdisciplinares desenvolvidas pelos alunos e professores supervisores do subprojeto “Cultura digital e Aprendizagem: práticas interdisciplinares de educação ambiental, literatura infanto-juvenil e tecnologias na escola” nas municipais escolas São Geraldo e Solidariedade, localizadas na periferia de Teixeira de Freitas. O percurso discursivo-metodológico traça uma breve abordagem sobre a importância dialógica interdisciplinar no processo formativo dos sujeitos educacionais e, por fim, apresenta o “clic poético”, uma ex-peri-ência que triangula os princípios necessários à formação inicial e permanente do docente: estética de sensibilidade, a ética da identidade e a política da igualdade.

Tecendo as coordenadas geográficas: intersecções dialógicas socioeducativas

O Subprojeto interdisciplinar “Cultura digital e Aprendizagem: práticas interdisciplinares de educação ambiental, literatura infanto-juvenil e tecnologias na escola” desenvolve suas ações nas escolas municipais São Geraldo e Solidariedade, do ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos, séries iniciais. Localizadas em pontos equidistantes em relação ao centro, compõem, respectivamente, um dos cenários interativos dos bairros Tancredo Neves e Bonadinan, periferias da cidade de Teixeira de Freitas, localizada no Extremo Sul da Bahia. O subprojeto envolve 45 bolsistas de iniciação à docência dos cursos de Biologia, Letras e Pedagogia, 06 professoras supervisoras (03 em cada escola) com formação na área do subprojeto (Letras, Pedagogia e Biologia) e 03 professores coordenadores de área.

As relações dialógicas dos alunos bolsistas e o trabalho que, em conjunto com as professoras supervisoras, realizam nos referidos espaços tem provocado um olhar mais próximo por parte dos docentes, coordenadores, discentes e direção quanto às iniciativas interdisciplinares como uma construção temporal e espacial, de modo a favorecer o processo de reconhecerem-se como parte do todo.

Não obstante, a intersecção tempo e espaço e a ação dos diferentes sujeitos do/no espaço escolar suscitam impasses e paradoxos, bem como, as possibilidades de alinhavos que, no campo socioeducativo diz respeito à construção do conhecimento. Afinal, “Todo conhecimento mantêm um diálogo permanente com outros conhecimentos, que pode ser de questionamento, de confirmação, de complementação, de negação, de ampliação, de iluminação de aspectos não distinguidos”. (DCNEM/MEC)

Desse modo, pensar as possibilidades e “brechas” pedagógicas propiciadas por ações interdisciplinares nos colégios São Geraldo e Solidariedade é mote, quiçá uma provocação as constantes perguntas/respostas ao saber/fazer e ao fazer-saber em torno do ensino-aprendizagem, objeto de pesquisa, questionamentos e teorias nos espaços acadêmicos e nos encontros de planejamento das sequências didáticas realizadas nas escolas, denominadas áreas coordenadas, nas quais os bolsistas participam.

26

Coordenadores de área do Subprojeto Cultura digital e Aprendizagem: práticas interdisciplinares de educação

ambiental, literatura infanto-juvenil e tecnologias na escola – Campus X, Teixeira de Freitas.

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Observamos que o ponto referenciado pela intersecção interdisciplinar, seja dos sujeitos envolvidos, dos diferentes campos epistêmicos e/ou dos espaços, fortalece a triangulação: contexto, significação e reciprocidade, ampliando as concepções de homem, sociedade e mundo. Isso porque, somos cônscios de que em situações reais, o conhecimento não se divide em disciplinas. Compartilha-se, com Moraes (2002), que a compreensão crítica do mundo, da sociedade, cultura e do homem contemporâneos, depende da inter-relação entre as disciplinas (ou ciências), pois, o isolamento e a fragmentação jamais darão conta da complexidade do real.

Entendemos que o termo interdisciplinaridade possui diversos sentidos e significados, mas também é um termo em construção. Parte-se da ideia de que trabalhar a interdisciplinaridade não é negar as especialidades e objetividade de cada ciência. O conhecimento não se processa em campos fechados e muito menos de forma isolada dos processos e contextos históricos culturais.

Daí, o entendimento de uma visão orgânica do conhecimento, propiciando um olhar mais atento sobre as aproximações ou distanciamentos entre as disciplinas e, o fato delas, quando exigidas, fazerem sentido para explicar e/ou colaborar na execução do subprojeto.

Essa “ex-peri-ência”, também triangulada, apropriando-nos dos conceitos de Helena Rech (1998), cartografa a preposição latina ex que significa sair de, estar fora, de dentro para fora, além de outros sentido; peri: ao redor, em torno de, ver a vida e o mundo por todos os lados e ângulos e, ência, do latim “scientia”: ciência, conhecimento, saber. Segundo a autora a experiência ocorre a partir de “um conhecimento que o ser humano adquire quando sai de si – ex- e se confronta com o mundo, com as pessoas, com as coisas e com a realidade – Peri. Experiência não significa apenas ciência, mas é também consciência” (RECH, 1988, pp.21-22).

Poderíamos dizer que esse processo tem favorecido a compreensão do que denominamos ação-reflexão-ação. Assim, investigar o contexto educativo na sua complexidade e analisar as diferentes práticas, tomando-as continuamente como objeto de reflexão para compreender e gerenciar os efeitos das ações propostas tem sido um percurso significativo tanto para os alunos Ids, tanto quanto para os demais sujeitos envolvidos direta ou indiretamente com o PIBID no espaço escolar.

Clic Poético e o Chá literário: novos cantos das sereias em tempos modernos

Dentre as diversas metáforas que Maurice Blanchot (2005) cunhou para tratar do fenômeno literário, uma das mais conhecidas é, sem dúvidas, a sua imagem do canto das sereias. Evocando a antiga cena de Homero, o autor vale-se do lendário encontro de Ulisses com esses seres sobrenaturais. O canto das sereias é inumano, ancestral e exterior a toda lógica humana, concentrando em si elementos antípodas27 que, ao invés de se excluírem, convivem e contribuem para a existência paradoxal, ele é sendo, e, por isso, reconfigura o tempo e o espaço em múltiplas narrativas. Não esse um dos elementos que compõem a dimensão imagética?

É dado inconteste que as “novas tecnologias transformam o conceito de tempo e espaço, assim como a prática linear de registro da escrita, exigindo novas formas de

27

Quem, em relação à outra pessoa, vive do outro lado da Terra; habitante de um lugar, no mundo, diametralmente oposto a outro. Dicionário online de língua portuguesa. https://www.dicio.com.br/antipoda/acesso em 10/02/2017.

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organização e transmissão do conhecimento” (PCN+, 2002, p.214), dessa forma, lançar um olhar crítico sobre as produções textuais, imagéticas, ambientais e (re)conhecer questões polêmicas expressas entre o dito e o não dito que atravessam o cotidiano foram alguns dos objetivos referendados tanto pelo Clic poético quanto pelo Chá literário.

Nesse processo de formação crítica, as discussões sobre o papel da imagem, suas narrativas e as “frestas” apresentadas pelos diferentes nichos foram ampliadas e confrontadas mediante as relações interdisciplinares que o próprio processo analítico requer. Desse modo, a construção do conhecimento linguístico, biológico e pedagógico em torno dos signos textuais e imagéticos para a captação dos mesmos, seja através de um olhar diretivo, o enquadre, a edição revelaram as sincronias entre o saber-fazer e o fazer-saber problematizando e potencializando a construção de novos saberes sobre os sujeitos-fotógrafos, bem como, sobre as artes fotografadas.

Conhecer e analisar procedimentos de análise, de modo a perceber a dinâmica da interlocução para distinguir realidade de construção simbólica do real foram os fios norteadores do projeto. E, a fim de compreender criticamente a diversidade das linguagens imagéticas em diferentes contextos, de acordo com as condições de produção e recepção (intenção, local, interlocutores participantes da criação e da propagação de ideias e escolhas, tecnologias) os bolsistas, supervisores, antes dos deslocamentos necessários para captação das imagens, abriam uma pauta problematizando o espaço a ser visitado. Em alguns momentos, pontuamos a necessidade de compreensão da epígrafe “se podes olhar, vê; se podes ver, repara”, porta de entrada ao livro Ensaio sobre a cegueira, de Jose Saramago (2005), dada a intenção interdisciplinar que desejavam transpor com o “clic”, ou como dissera Duncan (2007) foto-realismo, tendência artística anunciada nos anos 1970.

Por fim, mas não por derradeiro, o clic poético diz respeito ao fazer humano, pois, alimentado pela estética da sensibilidade busca reconhecer e valorizar a diversidade cultural entre os sujeitos, oportunizando trocas de significados, respeito, em si, uma prática social. Não obstante, preconiza e estimula a criatividade, de modo a influir na mudança de paradigmas avaliativos que excluem a diversidade de olhares e opiniões. Notoriamente, o processo interativo situa-se na conjunção do direito ao exercício da cidadania ao contextualizar as relações e práticas sociais, superando discriminações e privilégios que tem penalizado, sobretudo, os sujeitos periféricos. Ao clicar, os sujeitos fotográficos lançam claridade sobre a política da igualdade, tão necessária ao desenvolvimento socioeducativo, fortalecendo a ética da identidade, pois, fomenta a autonomia e o reconhecimento do outro. Estas perspectivas expressas em seu percurso metodológico, pelo víeis da interdisciplinaridade possibilita à análise maiores trocas e sentido a compreensão de homem, sociedade e mundo. Referência: BLANCHOT, Maurice. O livro por vir. São Paulo: Martins Fontes, 2005. BRASILIA. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referenciais para formação de professores, 1999.

__________. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Vol. 2,3,4, 1999.

DINIZ, Thais Flores Nogueira. VIEIRA, André Soares. Intermidialidade e Estudos Interartes: Desafios da arte contemporânea. Belo Horizonte: Rona Editora: FALE/UFMG, 2012.

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MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. São Paulo: Papirus, 2002.

RECH, Helena T. As duas faces de uma única paixão. São Paulo: Paulinas, 1998.

SARAMAGO, José. Ensaio sobre a cegueira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005

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Subprojetos de História e Geografia..

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TÍTULO DO PROJETO: TECENDO HISTÓRIAS E FORMANDO PROFESSORES: MEMÓRIAS, CONTOS E ENCANTOS NAS EXPRESSÕES SOCIOCULTURAIS E

HISTÓRICAS NO COTIDIANO DOS AFRO-BRASILEIROS.

Cristiana Lyrio Ximenes Nancy Rita Sento Sé de Assis

Coordenadoras de Área:

O projeto Tecendo histórias foi concebido da perspectiva da inserção crítica

multidisciplinar, envolvendo história, memória, literatura, antropologia e, mais

recentemente, o processo de letramento nas séries do ensino fundamental I. Do ponto

de vista temático, propõe o resgate do cotidiano e da cultura dos afro-brasileiros a partir

das vivências e memória dos estudantes, das escolas envolvidas e das comunidades do

entorno delas. Vislumbra ainda que esse resgate se realize num processo de

conhecimento e autoconhecimento, trabalhando a importância da ancestralidade para a

sobrevivência, riqueza, vitalidade e reelaboração da cultura brasileira de matriz africana

– inscrita no fazer, sentir e pensar cotidianos das escolas, das famílias e das

comunidades –, como contributo indispensável ao desenvolvimento de atitudes

afirmativas e da auto-estima de crianças, adolescentes e daqueles com os quais

compartilham suas experiências cotidianas.

Conforme pensado no projeto original, a metodologia desenvolvida se baseia no

estímulo ao debate entre os diversos saberes, articulando saber acadêmico e saber

popular numa dinâmica de reflexão, capaz de ensejar a construção de estratégias

políticas e pedagógicas que estimulem relações étnico-raciais baseadas no respeito à

diversidade e na correção de posturas e atitudes discriminatórias e/ou racistas. Nesse

intuito, Bolsistas ID e Supervisores têm adotado dinâmicas lúdico-pedagógicas,

articulando atividades diversas, tais como: leitura e debate de contos africanos;

performances de música, teatro e dança do universo artístico inspirado na cultura afro-

brasileira; criação de histórias inspiradas nas discussões e/ou na memória das famílias e

comunidades envolvidas; confecção de máscaras; oficinas de arte e educação; e

eventos de culminância com participação da comunidade do entorno das escolas.

Desde o início, o Tecendo histórias mantém 22 dois Bolsistas Id, 4 Supervisores e

2 Coordenadoras de área. Desenvolve suas atividades em duas escolas do Ensino

Fundamental I e II, envolvendo alunos do 1º ao 9º anos, na Escola Municipalizada Tiro

de Guerra e Colégio Estadual Renato Machado, totalizando, aproximadamente 1.000

alunos, entre 6 e 16 anos. Além dos sujeitos do universo escolar, Tecendo histórias

desenvolve ações envolvendo a comunidade dos bairros São Benedito e Jardim Bahia,

onde estão localizadas as referidas escolas.

Sem sombra de dúvida, entre as aprendizagens produzidas a que mais se

destaca é o processo de conscientização do respeito à diversidade, aprendida através

de vários recursos pedagógicos, como as Oficinas e Rodas de Conversa, os quais

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estiveram sempre pautando a abordagem interseccional que permite ampliar o horizonte

no sentido de uma aprendizagem que vislumbre – conjunta e articuladamente – as

questões de raça, gênero e classe implicadas no enfrentamento das discriminações, da

intolerância e do racismo, em benefício da constituição de cidadãos melhores

preparados para a vida dentro e fora da escola. O (re)conhecimento da riqueza e

diversidade da história e cultura africanas também avulta entre as aprendizagens

identificadas através de ferramentas de avaliação, utilizadas pelos bolsistas e

supervisores. Embora mais difíceis de identificar, os impactos sobre a comunidade

envolvida (escola e entorno escolar) puderam ser vislumbrados em eventos anuais de

culminância do subprojeto, com ampla participação de pais e mães de alunos em

oficinas, desfiles, peças de teatro e apresentação de danças, ressaltando os problemas

enfrentados pelos afro-descentes, mas também salientando a força, importância, beleza

e riqueza da cultura afro-brasileira na constituição dessas comunidades e do país.

Essas e outras aprendizagens geraram produtos de natureza didática – que

podem ser utilizados em diversas práticas escolares – bem como de caráter informativo,

no qual acesso a dados e propostas de atividades pertinentes ao desenvolvimento da

temática são socializados. Dados e atividades podem ser vistos, utilizados e avaliados

através do site do subprojeto, criado pelos Bolsistas, disponível no Diretório:

http://pibidunebv.wix.com/historia; peça de teatro encenando enredo crítico de situações

de discriminação racial em transportes coletivos; confecção de máscaras representativas

de diversos países, etnias e culturas da África; criação de pequenos livros, escritos e

ilustrados pelos alunos das escolas, abordando temas como aceitação do fenótipo afro-

brasileiro, manifestações de racismo e reações ao racismo, entre outros temas.

Hoje o Tecendo Histórias está no seu último ano de atividade e tem como

proposta a ampliação e inclusão em suas ações no Colégio Estadual Renato Machado a

produção de um documentário a partir da história local (escola/bairro) que visa o registro

das memórias e vivências narradas por seus atores (moradores, estudantes, artistas,

etc) a partir da construção de um diálogo permanente entre todos os agentes envolvidos

no processo de melhoria da qualidade na formação dos professores, na escolarização

das crianças e jovens da educação básica inseridos nas comunidades locais. Já na

Escola Municipalizada Tiro de Guerra, buscar- se-á através da contação de história, o

letramento na aprendizagem e formação do educando numa perspectiva afro-brasileira e

trabalhar as dificuldades da língua portuguesa, incluindo leitura, escrita e fala de modo a

promover a capacidade comunicativa dos educandos. Bem como contribuir para um

maior conhecimento das experiências sócio cultural das populações negras: suas

memórias que porventura tenham sido esquecidas, do mesmo modo que procura

contribuir para a visibilidade e protagonismos dos estudantes na análise do pensamento

raciológico, no âmbito do espaço escolar e no da escrita historiográfica.

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SUBPROJETO: A FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE HISTÓRIA E SUA ATUAÇÃO NA ESCOLA BÁSICA: O OFÍCIO DO HISTORIADOR NA DOCÊNCIA

Genilson Ferreira da Silva Jairo Carvalho Nascimento

João Batista Vicente do Nascimento Coordenação: Departamento de Ciências Humanas – Campus VI/Caetité

Unidades Escolares: Colégio Estadual Tereza Borges Cerqueira; Colégio Estadual Seminário São José; Centro Territorial de Educação Profissionalizante do Sertão Produtivo; Instituto de Educação Anísio Teixeira.

METODOLOGIA

A proposta metodológica teve como objetivo principal oportunizar aos estudantes de Licenciatura em História vivenciar o cotidiano do ensino de História nas escolas da educação básica nos municípios de abrangência do Campus VI (Caetité). Buscou-se proporcionar aos bolsistas, elementos para comparar e conhecer as demandas da disciplina história nas distintas organizações da Educação Básica: conteúdos, didática, tempo e espaços para o ensino e aprendizagem de história, didática empregada, trabalho docente desenvolvido, o diálogo com os outros componentes da área de humanas e de outras áreas do conhecimento, além de participação das ações de planejamento das escolas, organizando e promovendo oficinas abordando conteúdos e metodologias aplicadas aos componentes de História e às necessidades destas escolas.

Os bolsistas foram divididos em grupos que, em consenso com o planejamento geral das escolas parceiras, foram inseridos nas atividades realizadas pelos supervisores de História buscando conhecer a estrutura de funcionamento do cotidiano da escola e do ensino da disciplina História. Ao longo do projeto, os bolsistas têm sido alternados entre as escolas, oportunizando conhecer as singularidades de cada um dos níveis da Educação Básica e das escolas e turmas de convivência. Em suma, com vistas a compreender a função social e educativa do ensino de história e, ao mesmo tempo, preparar-se para atuar como docente.

SUJEITOS, APRENDIZAGENS PRODUZIDAS

A partir dos sujeitos envolvidos (professores coordenadores, professores supervisores, bolsistas IDs e escolas parceiras), relacionamos as aprendizagens produzidas no subprojeto de História:

1. Procedimentos de docência, necessários para a atuação profissional;

2. Construção de estratégias pertinentes ao cotidiano escolar e a atuação docente;

3. Discussão de problemas relacionados a aprendizagem histórica, elaborando ações propositivas;

4. Apropriação do debate teórico sobre cognição histórica;

5. Trabalho em equipe;

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6. Entendimento do funcionamento do espaço-tempo escolar e suas implicações no processo de ensino e aprendizagem;

7. Reuniões semanais de planejamento na escola com o supervisor;

8. Reuniões permanentes dos coordenadores com supervisores e bolsistas IDs;

9. Coparticipação com o supervisor na sala de aula, na elaboração e desenvolvimento de projetos e de oficinas, na participação de ACs e conselhos de classe, na elaboração e correção de atividades avaliativas;

10. Elaboração de artigos acadêmicos, sequências didáticas, textos didáticos, subprojetos, entre outras produções.

PRODUTOS GERADOS

1. Planos de curso, proposta de trabalho, atividades diversas e sequências didáticas das aulas dadas, atividades de planejamento;

2. Material didático (caixa temática) caixas de história com temáticas sobre a história local produzidas pelos bolsistas a partir de diagnóstico (enquetes) e discussão teórica;

3. Roteiros de filmes analisados na 3ª unidade(a menina que roubava livros, a vida é bela e o menino do pijama listrado);

4. Fotos das produções artísticas (EPA) - sob orientação dos bolsistas e supervisora resultados das atividades desenvolvidas nos projetos da SEC;

5. Oficinas (diversas temáticas - ensino médio inovador) oficinas planejadas e aplicadas pelos bolsistas e supervisores;

6. Vídeos produzidos pelos alunos com orientação do supervisor e bolsistas (PROVE);

7. Roteiro de vídeos, peças teatrais, poemas e textos de abertura dos álbuns (projetos estruturantes (EPA, PROVE e FESTE) sob a orientação dos bolsistas de supervisão e ID;

8. PPT (Imperialismo, Descolonização, Primeira república –dominação, Movimentos sociais na primeira república, Revolução de 30, Era Vargas, Regime populista no Brasil, Ditadura militar;

9. Oficina ministrada (em evento acadêmico) produção de bolsistas e supervisores a partir da atuação no PIBID e de temas relacionados à docência e educação, banner produzido por supervisora e bolsistas sobre experiências desenvolvidas no PIBID;

10. Artigo produzido por supervisora e bolsistas sobre experiências desenvolvidas no PIBID resumos expandidos (apresentados em eventos acadêmicos);

11. Jornal escolar, exposição fotográfica, peça teatral adaptada e autoral ( FESTE).

IMPACTOS PARA A COMUNIDADE

O subprojeto PIBID HISTÓRIA atuou em articulação com projetos estruturantes da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, com a participação dos bolsistas no TAL, EPA, TRANSFORMAÊ e em projetos internos das escolas como as feiras e gincanas,

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sendo que na aplicação destes, ocorreu a articulação indireta com outros subprojetos PIBID (principalmente letras).

Os supervisores atuam como co-formadores, auxiliando no amadurecimento profissional dos bolsistas IDs e, ao mesmo tempo, aprofundam seus conhecimentos, ampliando as possibilidades da docência com a elaboração de artigos científicos em que refletem suas práticas e a participação em GTs específicos sobre ensino.

O desempenho dos bolsistas IDs é bastante satisfatório, o compromisso, a responsabilidade e a dedicação são notórios nos relatos dos supervisores e no acompanhamento in loco. Nas reuniões de aprofundamento teórico e na produção acadêmica demonstram interesse e crescimento intelectual.

OUTROS/PERSPECTIVAS PARA 2017

Continuidade das atividades planejadas nas escolas com os sujeitos envolvidos além de organização e desenvolvimento do Seminário PIBID/ESTÁGIO no Departamento e finalizando o Projeto com a produção de um Livro com participação dos coordenadores, supervisores e bolsistas.

Infelizmente as políticas públicas oferecem riscos e ainda continuam deixando a desejar. Nossa expectativa é que o programa tenha continuidade para que os resultados permaneçam positivamente na formação dos nossos educandos.

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O PIBID/UNEB DE HISTÓRIA, A COMUNIDADE LOCAL E A CULTURA ESCOLAR EM ESCOLAS DE TEIXEIRA DE FREITAS-BA.

Bolsistas do subprojeto PIBID/UNEB

de História do Campus X.

O subprojeto PIBID/UNEB de História do Campus X da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), intitulado “A História e o Social: a comunidade e os espaços da cidade como integrantes do processo de ensino-aprendizagem” toma por divisa a relação pedagógica entre educandos e escolas indicada nos PCN’s: (i) a cidadania como condição de participação social e política, a se exercer no meio público e no cotidiano, combatendo injustiças e promovendo a alteridade; (ii) o educando percebendo-se como parte integrante dos processos históricos e agente transformador do ambiente em que vive (BRASIL, 1997).

A relação dos bolsistas do subprojeto supracitado com as escolas parceiras tem por objetivo a integração da comunidade acadêmica (no caso a UNEB) com a comunidade escolar e com a comunidade que abarca os moradores do município baiano de Teixeira de Freitas que, de alguma forma, estão ligados às unidades escolares parceiras do subprojeto: Centro Educacional Machado de Assis (CEMAS) e Colégio Estadual Democrático Ruy Barbosa (CEDERB).

São objetivos do subprojeto PIBID/UNEB de História do Campus X: (i) fomentar a compreensão de que a produção do conhecimento histórico por meio do Ensino de História ocorre tanto no espaço escolar, quanto no contato cotidiano com a cidade e a comunidade local; (ii) compreender a história como aprendizagem intelectual capaz de realizar a interação entre os conteúdos previstos no currículo escolar com os espaços, objetos e documentos da história local e regional; (iii) refletir sobre o contexto contemporâneo da educação, tanto nacional quanto regional; (iv) valorizar o Ensino de História enquanto produtor de conhecimentos críticos que estimulem a prática autônoma dos indivíduos e dos grupos sociais; (v) promover o ingresso dos acadêmicos nas unidades escolares, tanto em âmbito organizacional quanto didático-pedagógico. Nesse sentido, desenvolvemos intervenções que visam o reconhecimento dos sujeitos como integrantes ativos da história, focalizando a história local e regional ao desenvolver atividades que incentivem a participação e a reflexão crítica a partir do cotidiano escolar, buscando identificar elementos sociais, econômicos, políticos e culturais que possibilitem a constituição das identidades locais através da história ensinada.

O subprojeto PIBID/UNEB de História do Campus X desenvolve regularmente as seguintes atividades: (i) reuniões semanais de planejamento, com bolsistas de coordenação e IDs; ii) reuniões ampliadas de estudo e planejamento, envolvendo todos os bolsistas; (iii) participação semanal em sala de aula dos IDs, com a supervisão dos professores bolsistas regentes; (iv) participação semanal dos IDs nas Atividades Complementares (ACs) das escolas; (v) ciclo semestral de Oficinas Temáticas (OT). O planejamento, preparação, organização e execução se processam por meio dos encontros programados para este fim, bem como durante as reuniões de planejamento. A escolha dos conteúdos das oficinas se dá sempre em reunião com os bolsistas, em geral seguindo temas geradores, mais gerais, a saber: racismo; questão indígena; mundo do trabalho; política contemporânea; e identidade cultural. Todos os temas, embora discutidos amplamente, são abordados em relação à realidade local, conforme previsto no subprojeto. Após concluídas as oficinas as equipes realizadoras apresentam

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os materiais produzidos obrigatórios: cartaz de divulgação, programação, planejamento e execução. As equipes que desejarem são estimuladas a produzirem Relatos de Experiência sobre as mesmas, a título de produção acadêmica científica.

Parte fundamental do subprojeto envolve as OTs. A cada semestre é organizado um ciclo de 05 (cinco) oficinas, divididas entre as duas escolas parceiras. Realizadas nas escolas, envolvem estudantes inscritos previamente, após ampla divulgação. Suas temáticas são refletidas coletivamente, envolvendo uma dimensão teórica, baseada na seleção e estudo de materiais: artigos, documentos, mídias, etc. Este material serve de base para a elaboração do “Planejamento de Oficina”, contendo: Introdução, Objetivos, Metodologias, Aplicação e Avaliação de Resultados. Antes da aplicação da oficina são produzidos materiais técnicos de divulgação – cartazes e folders (programação). A aplicação da oficina busca seguir o planejamento, embora de forma flexível. Após concluída a oficina a equipe tem de produzir e entregar o Plano de Execução, documento onde se avalia o cumprimento do planejamento, os descompassos e imprevistos ocorridos, os resultados alcançados e uma avaliação destes. O Plano de Execução é o ponto de passagem à produção do Relato de Experiência e, deste, ao artigo científico (se assim o desejarem).

Cada oficina é preparada por uma equipe de bolsistas IDs e respectivos supervisores, sendo coordenada pelos Coordenadores de Área do subprojeto. As OTs tratam de diversos temas, sempre ligados a localidade, a atualidade e ao cotidiano dos estudantes das escolas, numa perspectiva histórica. Como observado, as propostas temáticas das OTs têm como pré-requisito a abordagem local e regional. Em geral, na conclusão das oficinas os estudantes envolvidos produzem cartazes, painéis, poesias, fotos, depoimentos escritos, dentre outros materiais.

O subprojeto articula-se com o Projeto de Extensão “Muvuca Cultural”, também dirigido pelos Coordenadores de Área. Dessa parceria nasceu o “Muvuca Cultural nas Escolas” (MCE). O MCE exibe nas escolas parceiras, periodicamente, filmes em curta-metragem com temas associados a conteúdos da Componente Curricular História ou discutidos nas OTs. A exibição dos curtas é organizada pelos bolsistas ID e supervisores. Após a exibição acontece o debate, realizado pelos Coordenadores de Área, com a colaboração dos IDs. Para a realização do MCE os bolsistas do subprojeto são divididos em grupos de trabalho, cada uma responsável pela execução de uma etapa do processo de produção, bem como pelos contatos do grupo com outros grupos, articulando as etapas. Essa metodologia visa administrar o tempo de produção, operacionalizar os recursos e os talentos, dividir e rearticular as tarefas e otimizar o cumprimento do cronograma dentro dos prazos determinados. Os grupos de trabalho são os seguintes: Produção; Artes Gráficas; Comunicação/Divulgação; Infraestrutura Escolar; Finanças.

Outra atividade do subprojeto são as intervenções em sala de aula. A partir de temas sugeridos pelos supervisores os IDs estudam o assunto e elaboram uma intervenção durante a aula regida pelo professor. Intervenções pontuais, elas buscam dinamizar a aula expositiva do professor. Ademais, os IDs acompanham semanalmente os professores supervisores em suas aulas de rotina. A presença dos IDs na rotina de aulas dos supervisores tem por objetivo mantê-los em permanente contato com um dos espaços mais tradicionais da docência, que é a sala de aula, lugar de conflitos e aprendizagens ímpares, a despeito dos problemas que sintetizam na atualidade.

Mas a aplicação destas atividades centrais do subprojeto PIBID/UNEB de História não se dá sem sua imersão nos conflitos existentes na, por vezes, dura realidade das

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escolas públicas da Educação Básica, no nosso caso, em duas das maiores escolas de Ensino Médio de Teixeira de Freitas. Embora tenhamos atingido um número crescente de estudantes nas atividades desenvolvidas pelo PIBID, devemos reconhecer que existem inúmeras dificuldades na execução destas. Na tentativa de fugir da “normalidade” e dinamizar as aulas, investimos na utilização de recursos audiovisuais multimídia. Porém, nem sempre a execução destas é bem sucedida, por várias razões, que vão desde a falta de infraestrutura adequada até a limitação do tempo de aula para o Ensino de História, passando pelos tortuosos processos de compreensão dos objetivos pedagógicos no âmbito do ensino-aprendizagem escolar. Ainda que o subprojeto busque diversas maneiras de aproximação com a cultura escolar, a exemplo de atividades voltadas ao auxílio das provas integradas, projetos estruturantes, ENEM e vestibular, dentre outras, nem sempre o resultado a que se chega é o maior envolvimento e interesse por parte dos estudantes das escolas. Outra dificuldade muito sentida é a aproximação com a comunidade externa, o contato e o envolvimento com os sujeitos que se encontram “de fora” do âmbito estritamente escolar.

Ainda assim, as atividades desenvolvidas pelo PIBID/UNEB de História busca valorizar a autonomia dos educandos e a criticidade no trato dos conteúdos, relacionando teoria e prática (práxis), aproximando universidade pública e escolas públicas, criando situações de ensino-aprendizagem, conjuntamente com os saberes livrescos e práticos já consagrados, em que a realidade da aprendizagem passe pelo ensino dos conteúdos da vivência na comunidade em que os educandos estão inseridos, como um laboratório de experiências históricas possíveis e alvissareiras.

Acreditamos na educação como meio potencialmente capaz de promover uma dupla mudança: no ambiente escolar e no meio social mais amplo. Tal é o raio e ação transformadora possível, em cada momento, da educação. Temos consciência que o PIBID pode ter um papel muito importante nessa imponderável jornada da educação em direção a mudança social. Com observação, reflexão crítica, ampla e aberta discussão e ação que vise “atacar” os problemas refletidos, acreditamos poder elevar o interesse dos agentes sociais da educação, promovendo uma economia crítica das trocas de aprendizagem. Uma práxis fundada na “ação-reflexão-ação”, condição real para tentar compreender o cotidiano escolar, a integralidade do sistema de ensino, as políticas educacionais, os sujeitos históricos envolvidos (“dentro e fora”), com vistas a produzir alternativas educativas possíveis. O planejamento, a organização e a execução das atividades do PIBID, podemos afirmar, proporcionam não apenas um novo olhar aos envolvidos, mas também instrumentos concretos com os quais aprendemos, trocamos, construímos e desconstruímos ideias e práticas educativas. REFERÊNCIA BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais de História. Brasília: 1997.

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#VAMOSPRÁRUA-BAIRRO-ESCOLA CAJUEIRO: CAMINHOS DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA EM GEOGRAFIA

Paula Arcoverde Cavalcanti28

Introdução

O subprojeto #VAMOSPRÁRUA-BAIRRO-ESCOLA CAJUEIRO: CAMINHOS DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA EM GEOGRAFIA está sendo desenvolvido desde o ano de 2014. Durante esses anos algumas modificações foram realizadas com o objetivo de aproximar-se de mais efetiva da realidade em constante transformação na qual estávamos inseridos.

Vale destacar que muito embora haja no Curso de Licenciatura em Geografia da UNEB uma carga horária expressiva direcionada aos Estágios Supervisionados nos diversos níveis de ensino é possível afirmar que ainda se necessita aprimorar o processo de formação inicial, ampliando cada vez mais a participação dos alunos nas atividades pedagógicas de uma instituição escolar (MELO, 2013).

Essa necessidade se mais ainda presente se consideramos os ataques que estão sendo feitos à profissão docente e a Disciplina Geografia nos últimos meses. E o projeto do PIBID se torna cada vez mais relevante como uma estratégia para aumentar a discussão do papel do ensino de Geografia, suas potencialidades e limitações na conjuntura atual e como uma área de investigação permanente.

Metodologia

O subprojeto tem o seu desenvolvimento no município de Santo Antônio de Jesus, no Colégio Estadual Florentino Firmino de Almeida. O referido colégio é denominado de pequeno porte, tempo integral e atua no Ensino fundamental II com a aproximadamente 150 alunos.

São 18 (dezoito) bolsistas assim distribuídos: 03 (três) professoras supervisoras e 15 (quinze) alunos de licenciatura em geografia que estão em diferentes semestres (4º semestre, 6º semestre, 8º semestre e dessemestralizados). Desses os que estão nos últimos semestres participam do subprojeto desde o ano de 2014. E os que estão no 4º e 6º semestres ingressaram no subprojeto a partir do mês de agosto de 2016, portanto, estão há pouco mais de 07 meses. O ingresso dos bolsistas no projeto se deu através de seleção conforme indica os dispositivos legais que regulamentam o PIBID.

O referido subprojeto passou por algumas mudanças ao longo do seu percurso, o que denota reflexão e maturidade. Desde o mês de agosto de 2016, quando a Coordenação foi alterada, as atividades desenvolvidas pelos bolsistas foram redimensionadas para que o projeto terminasse o ano de 2016 sem mudanças bruscas. As atividades que permaneceram até o fim do ano letivo de 2016, foram as “oficinas pedagógicas” com temáticas voltadas a área de Geografia ou temas transversais. Os temas abarcados foram desde meio ambiente até bullying na escola.

Os bolsistas atuaram na escola durante o turno de um dia (4h) independentemente do horário efetivo no qual iria desenvolver a oficina. Assim, poderiam participar da dinâmica pedagógica da escola naquele dia especifico para o qual foi escalado.

As oficinas foram conformadas em duplas ou trios de bolsistas. A conformação das “equipes” tem como uma das características a mesclagem entre os bolsistas “mais” experientes e os “menos “ experientes”. Cada equipe foi responsável em elaborarem e desenvolverem as oficinas com um ou mais temas. A quantidade de oficinas por equipe dependeu do acompanhamento e maturidade de cada turma. Isso significa dizer que cada “equipe” possuiu

28

Coordenadora do Subprojeto de Geografia no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES/UNEB - Campus V. Professora Titular, Doutora em Educação. Email: [email protected].

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flexibilidade em atuar sem se preocupar com o tempo ou finalização apressada. Assim, cada oficina poderia durar mais de um encontro/aula por semana.

Essas oficinas foram realizadas quase que em sua totalidade nas aulas das disciplinas de História, Geografia ou Língua Portuguesa quando em horário do turno matutino. E quando em horário no turno vespertino – por ser a escola de turno integral – as oficinas foram desenvolvidas nas disciplinas do Núcleo Diversificado. Em alguns casos específicos, os bolsistas atuaram em “aulas” onde havia ausência de professor, independentemente do motivo, mas com a intenção de não deixar os alunos sem algum tipo de atividade.

Além disso, os bolsistas participaram de todas as atividades pedagógicas e culturais promovidas pela própria escola. Uma delas foi a Semana de Consciência Negra que ocorreu no dia 8 de dezembro de 2016 onde foram apresentados os produtos das oficinas realizadas durante os meses de outubro e novembro. Nesse período, as oficinas se dedicaram a confecção de materiais nas mais variadas linguagens e que representassem a diversidade da Cultura Negra.

Aprendizagens e impactos

Os relatos das experiências dos bolsistas ID e supervisores apontam que o principal indicador das contribuições do PIBID na formação para iniciação à docência é a percepção da escola como campo de atuação, estudo e pesquisa.

Houve a ampliação da compreensão da escola, principalmente no que ser refere a importância da percepção e do diagnóstico no processo de ensino - aprendizagem e, consequentemente, do trabalho pedagógico. Cada vez mais fica claro que o diálogo entre a escola (profissionais da educação e estudantes) e sua respectiva comunidade são fontes profícuas de conhecimento que possibilita uma maior interação. No convívio pedagógico e lançando mão da observação direta e indireta (LAKATOS e MARCONI,1993) foi possível perceber a complexidade dos problemas vivenciados pela comunidade escolar dentre os quais apontamos à dificuldade em se sentirem pertencentes ao um determinado lugar (bairro, comunidade, escola etc.) (MOREIRA e HESPANHOL, 2007, p.58).

Compreendemos que para a formação e construção da identidade docente é necessária a prática refletida, analisada e problematizada. No entanto, e como complemento, cabe aos futuros docentes exercitarem o processo de intervenção na realidade e, assim, promover a contento o desenvolvimento tanto seu quanto dos estudantes da escola na qual desenvolve suas atividades do PIBID.

Nessa perspectiva, a partir do ano de 2017, o subprojeto #VAMOSPRÁRUA-BAIRRO-ESCOLA CAJUEIRO: CAMINHOS DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA EM GEOGRAFIA irá desenvolver atividades – oficinas pedagógicas – que despertem o sentimento de “pertencimento e identidade” (tão necessários para a compreensão de lugar (comunidade, bairro, escola etc.) e de sua realidade (social, econômica etc.). (CARVALHO, 2012).

Referências

MELO, Josandra Araújo Barreto de. Contribuições do subprojeto geografia (Pibid/Capes/UEPB) à formação inicial dos licenciandos. In: CASTRO, Paula (Org.). Desafios e perspectivas na profissionalização docente Pibid/UEPB. v. 1 [Livro eletrônico]./ Campina Grande: EDUEPB, 2013. Disponível em: http://www.pibiduepb.com.br/pdf/Ebook.pdf . Acessão em: abril de 2017.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1993.

MOREIRA, E. Vanessa, HESPANHOL, R. A. de Medeiros. O lugar como uma construção social. Revista Formação, n 14, v 2, p.48-60,2007.

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CARVALHO, Mauro. A construção das identidades no espaço escolar. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v.20, n1, p.209-227, jan./jun.2012. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/2161/2521. Acesso em: abril de 2017.

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Subprojetos de Biologia..

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SUBPROJETO: AS DIFERENTES CIÊNCIAS NA PRODUÇÃO DOS SABERES

ESCOLARES NAS DISCIPLINAS DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS NATURAIS.

Jaqueline dos Santos Cardoso Kamila Santos Barros

Coordenadoras O subprojeto do Pibid de Biologia na Uneb Campus VI, Caetité-Ba, vem sendo desenvolvido desde o ano de 2014, tendo como temática principal “As diferentes Ciências na produção dos saberes escolares nas disciplinas de Biologia e Ciências Naturais”, com atuação no Ensino Fundamental e Médio de 04 escolas parceiras da cidade de Caetité (Colégio Estadual Tereza Borges de Cerqueira, Instituto de Educação Anísio Teixeira, Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão Produtivo e

Colégio Estadual Pedro Atanásio Garcia). Inicialmente, o subprojeto atuou com a colaboração de 04 coordenadores, 04 professoras supervisoras e 65 bolsistas de iniciação à docência (ID). Até o presente ano já colaboraram com o desenvolvimento desse tema um total de 05 coordenadores, 06 supervisoras e cerca de 100 bolsistas. Atualmente (2017) a equipe é composta por duas coordenadoras, 05 supervisoras e 35 bolsistas ID. Os coordenadores possui formações em diversas áreas do conhecimento, o que permitiu o alcance dos objetivos propostos e o desenvolvimento eficiente deste projeto que visa, desde a sua elaboração, na consideração dos diversos saberes e experiências trazidas por estes formadores, a partir da conexão dos processos de produção de saberes escolares de Ciências Naturais e Biologia, ao conjunto de práticas experimentais e de campo que produzem o conhecimento dos diversos campos disciplinares, agrupados como Ciências Biológicas na cultura universitária e que produzem saberes que foram/são incorporados ao currículo da escola de educação básica. METODOLOGIA DESENVOLVIDA Neste subprojeto, as ações desenvolvidas foram desdobradas a partir da relação campos disciplinares VS saberes escolares de Biologia e Ciências Naturais, sendo elas divididas em dois grupos. O primeiro compreende a participação dos docentes coordenadores de área, supervisores e licenciandos do curso de Ciências Biológicas, na realização de estudos de temáticas específicas, discussões, realização de planejamentos de atividades práticas, análise das carências no ensino das respectivas escolas, construção de plano de ação e avaliação dessas ações, visando o desenvolvimento dos bolsistas e melhoria do ensino nas escolas parceiras. O segundo grupo busca a autonomia e atuação direta dos licenciandos no ambiente escolar, conhecendo e observando as principais necessidades no ensino e as exigências profissionais de um licenciado, através da detecção de situações-problema, com um olhar crítico e científico para esse espaço, sendo supervisionados pelos professores das escolas que contribuem com seus saberes e experiências, sendo co-formadores e conduzindo os bolsistas na exploração do cotidiano escolar. Considerando as diversas atuações, foram desenvolvidas até o momento, metodologias para construção de projetos educacionais, com o intuito de desenvolver uma atividade para intervenção direta nas escolares parceiras. Com isso foi possível oferecer significado ao conhecimento escolar e melhorar o nível de compreensão dos alunos sobre temas específicos da Biologia. Também foram desenvolvidas atividades para incorporação de

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temáticas relacionadas à prática docente no cotidiano dos bolsistas. Para tanto, ocorreram exibição de vídeos, leitura de crônicas do perfil de professores, debate com perguntas, palestras das supervisoras, a respeito da ética na profissão de professor, e ampla discussão de temas pontuais. Em um momento posterior, foi apresentada uma proposta para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti nas escolas parceiras. Essa proposta foi dividida em momentos significativos de atuação dos bolsistas nas instituições para divulgação do projeto, mobilização da comunidade escolar, palestras e aplicação de questionários para coleta de dados. No ano de 2016 as ações foram firmadas na evidente necessidade de reestruturação e reorganização dos laboratórios das escolas, afim de torna-los um espaço viável e seguro para a realização de aulas práticas e experimentação. Através da avaliação orientada pelas coordenadoras e supervisoras e, realizadas pelos bolsistas ID, foi constatado através da comparação antes e depois, que alguns laboratórios eram utilizados como almoxarifados, já outros não seguiam as normas de biossegurança e ofereciam riscos para a realização das aulas. A partir dessa análise, foram desenvolvidas ações para melhoria desses espaços tornando-os mais seguros, atrativos e viáveis para a utilização nas aulas e para uma aprendizagem mais significativa. Uma vez reorganizados os espaços, as ações seguintes foram baseadas no planejamento de aulas práticas voltadas para a utilização dos mesmos, atestando suas melhorias. Em 2017 as ações estão sendo voltadas para a avaliação das novas normas do ensino médio e adequação das atividades ao novo formato. SUJEITOS Figuram como sujeitos das ações referentes a este subprojeto os licenciandos do curso de Ciências Biológicas da Uneb Campus VI, professoras da escola básica e do ensino técnico que atuam como supervisoras e co-formadoras, coordenadores de áreas com formação e experiência no magistério superior e alunos das escolas básicas públicas de Caetité-Ba, bem como toda comunidade escolar beneficiada pelo programa. APRENDIZAGENS PRODUZIDAS O subprojeto tem, principalmente, promovido a formação docente para atuação no ensino básico de Ciências e Biologia. Além de incentivar a valorização e atualização profissional para os docentes do ensino básico, técnico e superior, promovendo o aperfeiçoamento do professor na relação teoria/prática. Permite o desenvolvimento de uma visão sistêmica sobre a Biologia em concordância com a integração da universidade e a Educação Básica. Contribui para a elaboração de material didático, práticas docentes inovadoras e uso de novas tecnologias. Aproxima os estudantes da educação básica ao método científico a partir do enfrentamento de problemas autênticos nos quais a investigação seja condição para resolvê-los. IMPACTOS O desenvolvimento deste subprojeto tem impactado positiva e diretamente a vida e a aprendizagem dos sujeitos envolvidos. Nos bolsistas ID, como principais impactados, é possível observar a adoção de uma postura mais profissional destes estudantes, um melhor preparo e segurança para o enfrentamento de situações críticas à um graduando de licenciatura, principalmente no momento do estágio docência, onde os mesmos já conhecem o ambiente escolar e se sentem mais familiarizados com este meio. Além disso, conseguem notar as carências e problemas das escolas, bem como as

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possibilidades do espaço escolar como meio para produção de saberes e pesquisa científica, pois desenvolvem uma visão crítica-reflexiva ao longo da sua participação. É notável também melhorias na escrita científica evidenciadas através da produção de resenhas, resumos e artigos, assim como uma melhor comunicação oral desenvolvida através do estímulo a apresentações nas reuniões em grupo e participação em eventos da área de Educação. Por fim, a dinâmica do Pibid torna os bolsistas mais autônomos através da elaboração e preparo de atividades práticas, dinâmicas, oficinas e reuniões nas escolas e na universidade. Dessa maneira, o programa vem aprimorando o ensino das licenciaturas e colaborando, não somente com a formação dos futuros professores, mas também com a melhoria do ensino na educação básica, quando reconhece e dá destaque ao trabalho já realizado pelas supervisoras e acolhe o bolsista ID com suas indagações e perspectivas, motivando-os sempre na busca de uma educação de qualidade.

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(RE) CONSTRUINDO SABERES E CONHECIMENTO COM O PIBID: PRÁXIS PEDAGÓGICA E ENSINO INVESTIGATIVO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS.

Subprojeto (Com) Ciência em Sala de Aula: (Re) construindo saberes e competências. UNEB / DEDC / Campus VIII – Paulo Afonso, maio de 2017.

ARAÚJO, Rita de Cássia Matos dos Santos VITÓRIA, Nadja Santos

XAVIER, Josilda Batista Lima Mesquita. RESUMO

Os procedimentos e dispositivos metodológicos que se pretende viabilizar a continuidade da formação e inserção dos graduandos de Licenciatura em Ciências Biológicas do DEDC / Campus VIII-Paulo Afonso da UNEB no lócus da sua profissionalidade, a escola e seus diversos espaços de aprendizagem, nos últimos três semestres (2016.1, 2016.2 e 2017.1) foram colocados em prática nas escolas parceiras – Colégio Estadual Carlina Barbosa de Deus, Colégio Estadual Democrático Maria Quitéria de Jesus, Colégio Estadual Polivalente de Paulo Afonso e Centro Tecnológico de Paulo Afonso - CETEP, procurando contemplar as necessidades de cada unidade escolar, os projetos já existentes e as propostas do subprojeto (Com)Ciência em Sala de Aula: (Re)construindo saberes e competências. Para tanto vários dispositivos metodológicos foram utilizados, os quais promoveram maior envolvimento dos bolsistas-ID, bem como dos estudantes do ensino básico em relação aos conteúdos curriculares da Biologia, tais como: “Go Green Carlina” (Colégio Carlina); Composteira x medidas sustentáveis (Colégio Carlina); Biocompostagem, Biofertilizantes, Minhocultura (CETEP); Microbiologia e Biossegurança (CETEP); Educação Ambiental: Sabão Ecológico BioPibidiano (Colégio Polivalente); Educação Ambiental: compostagem e o cultivo de saberes (Colégio Polivalente); Educação Ambiental: reciclagem de papel na produção de modelos didáticos (Colégio Polivalente); A prática como ferramenta de aprendizagem no ensino de Biologia e o conhecimento embutido nos experimentos e modelos didáticos (Colégio Quitéria); Percepção de estudantes do Ensino Médio sobre a importância de uma alimentação balanceada e sustentável (Colégio Quitéria); Ocorrência de Aedes aegypiti no entorno da comunidade escolar: uso de “armadilhas” no combate ao mosquito e a verificação de sua eficácia (Colégio Quitéria); Literatura de cordel: um olhar poeticamente nordestino nas aulas de Biologia (Colégio Quitéria). A metodologia utilizada ao longo de todos os processos pedagógico-científicos pensados / elaborados /desenvolvidos ao longo dos três últimos semestres, teve como objetivo principal a promoção de autonomia para a elaboração e desenvolvimento de projetos de ensino investigativo pelos bolsistas - ID, bem como o domínio de dispositivos pedagógicos que lhes garantem maior segurança na elaboração de objetivos, sequencias didáticas e confecção de recursos didáticos, essenciais para o desenvolvimento de uma práxis cada vez mais preocupada com a aprendizagem significativa.

Como resultado dessas ações, foi possível verificar os diversos saberes e conhecimento circulantes através da construção de biocomposteiras, minhocário, modelos didáticos de células procariotas e eucariotas, e sabão ecológico; da elaboração e realização de palestras e seminários (biossegurança, alimentos sem agrotóxicos, viroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, etc.); aulas práticas em laboratório

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(extração de DNA); além da produção de artigos, a partir da parceria estabelecida entre os bolsistas-ID e professoras-supervisoras. Na mesma perspectiva, a comunidade de prática virtual, BioComPráxis, se apresentou, mais uma vez, como uma ferramenta tecnológica que possibilitou a análise-reflexão crítica e debate de temas atuais relacionados com a área de conhecimento formativa, as Ciências Biológicas (agronegócio x desmatamento; sustentabilidade x povos e comunidades tradicionais etc.), bem como no campo da Educação (vídeo “Educação proibida”).

Além das atividades realizadas nos colégios parceiros, têm sido realizados encontros mensais (última quinta-feira de cada mês), com todos os bolsistas (professores supervisores, bolsistas-ID e coordenadores de área), nos quais são realizadas trocas de experiências, seminários temáticos, apresentação de projetos a serem desenvolvidos, além do estreitamento das relações afetivas, essenciais para o fortalecimento dos (entre)laços que o PIBID vem estabelecendo. Os impactos pibidianos nos colégios parceiros e nos bolsistas-ID são visíveis nas mais diversas formas: envolvimento com as ações escolares cotidianas; maior desenvoltura no âmbito escolar quando na realização do estágio supervisionado; maior preocupação com a busca de soluções que melhore a relação ensino-aprendizagem em Ciências/Biologia; fortalecimento da relação de confiança entre professor-supervisor – bolsista-ID. É inegável a importância do PIBID para a promoção da autonomia e fortalecimento da profissionalidade dos futuros professores, partícipes do programa, assim como a promoção de uma aproximação, cada vez mais consistente, comprometida e responsável entre Universidade e Ensino Básico, numa relação de parceria, onde a aprendizagem é via de mão dupla.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE: O DIÁLOGO ENTRE PROFESSORES EM FORMAÇÃO E ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Liziane Martins29 Ivo Fernandes Gomes30

1 INTRODUÇÃO A interface saúde-educação é uma questão que tem despertado o interesse de pesquisadores e de cursos de formação de professores, sobretudo em Ciências Naturais. Dentre estas pesquisas podemos citar muitas investigações voltadas para os livros didáticos (LD), por ser estes o principal instrumento norteador da prática pedagógica. Além disso, tem-se a análise feita por Mohr (1994; 2000) sobre os conceitos de saúde encontrados em LD; a investigação realizada por Martins (2010) em um LD muito usado no Ensino Médio; a necessidade de mudanças na abordagem de saúde em sala de aula (MARTINS, 2017), bem como a falta do componente social no conceito de saúde, dentre outras. Frente a essa realidade de pesquisas que mostram o papel e as limitações dos LD no que tange a saúde, nosso trabalho mostra a potencialidade de outras intervenções educativas diferente das propostas pelos livros didáticos ou daquelas que os utilizam como principal ferramenta educativa. Neste contexto, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), ao promover uma aproximação entre Universidade e Escola, possibilita que essa discussão sobre saúde-educação seja trabalhada no Ensino Básico de forma articulada com o Ensino Superior. Esse é um campo fértil, uma vez que os conteúdos de saúde estão entre os que mais têm consequências para as vidas dos estudantes (MARTINS, 2010), além da importância de se desenvolver uma atitude crítica a respeito desta temática. Portanto, a educação enquanto promotora da saúde pode cumprir seu papel na formação de cidadãos responsáveis e que pensem individual e coletivamente. Diante disto, esse trabalho visa apresentar algumas intervenções didáticas para o tratamento da saúde, realizadas por bolsistas do PIBID de Biologia, do Departamento de Educação Campus X, da Universidade do Estado da Bahia – DEDCX/UNEB, nas escolas-parceiras estaduais, localizadas em Teixeira de Freitas – Bahia. 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS Algumas das intervenções realizadas discutiram as relações entre saúde-educação por meio dos seguintes instrumentos: aula expositiva dialogada, rodas de debate, elaboração de projetos de pesquisa. A primeira se propôs a abordar a saúde a partir de um contexto histórico, para avaliar os efeitos de certos comportamentos culturais para o desenvolvimento da população humana e do meio ambiente; a segunda trata-se de uma sequência didática acerca dos sistemas do corpo humano, estruturada a partir de Zabala (1998); e a terceira teve como objetivo a orientação e construção de projetos de pesquisa com vistas a feira de ciências a ser realizada no segundo semestre de 2017, que versará sobre produção de materiais educativos que possibilitem a compreensão e a aprendizagem de conteúdos envolvidos com a temática saúde. Outras intervenções estavam pautadas na elaboração de modelos didáticos, a exemplo da que propiciou a discussão de doenças cromossômicas autossômica e sexuais, em turmas da 1ª série do Ensino Médio. Uma outra atividade, utilizada nas mesmas turmas para a discussão de conteúdos relacionados à histologia, foi o uso de jogo de tabuleiro (Figura 1), onde os alunos deveriam completar sua missão, respondendo perguntas sobre histologia e arrecadando pontos para a próxima etapa.

29

Doutora em Ensino, Filosofia e História das Ciências, Professora da Universidade do Estado da Bahia –

UNEB (Departamento de Educação – Campus X, Teixeira de Freitas/Bahia, Brasil), Bolsista CAPES/PIBID. [email protected]

30 Doutorando em Ciências Humanas - Educação, Professor da Universidade do Estado da Bahia – UNEB

(Departamento de Educação – Campus X, Teixeira de Freitas/Bahia, Brasil), Bolsista CAPES/PIBID. [email protected]

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Ao longo do desenvolvimento das intervenções, bem como a partir das avaliações realizadas, percebeu-se um aumento gradual de envolvimento dos alunos com a temática, de forma a expandir os olhares sobre a saúde. O uso de intervenções pedagógicas com diferentes ferramentas e recursos didáticos possibilita a compreensão da diversidade de fatores relacionados à saúde, diminuindo a hegemonia da abordagem biomédica no entendimento sobre os processos de saúde e doença. Ainda que de forma incipiente, pode-se perceber no discurso oral e escrito dos alunos um olhar mais abrangente para a saúde, isto é, elementos da abordagem socioecológica são apresentados nas discussões, como o reconhecimento do papel dos aspectos sociais, culturais e ambientais na saúde. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Mediante as experiências aqui relatadas fica evidente a importância de intervenções didáticas alternativas ao uso exclusivo dos LD, tendo em vista as limitações destes como mostram alguns estudos preocupados com a interface saúde-educação em LD de Ciências e Biologia; a importância da parceria entre Universidade e Educação Básica, uma vez que há espaços, principalmente em cursos de formação de professores, para uma análise apurada das práticas educativas a serem propostas/executadas nas escolas-parceiras, de modo a potencializar a aprendizagem dos estudantes envolvidos e em particular fortalecer a formação dos bolsistas no exercício da docência. Além disso, com as intervenções educativas executadas evidenciou-se a pertinência das discussões sobre saúde, bem como o reconhecimento desse tema como interdisciplinar e de interesse de todos, e não apenas da biologia e do campo científico. REFERÊNCIAS MARTINS, L. Saúde no contexto educacional: as abordagens de saúde em um livro didático de biologia do ensino médio largamente usado. 2010. 173f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.

_______. Abordagens da saúde em livros didáticos de biologia: análise crítica e proposta de mudança. 2016. 158f. Tese (doutorado) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017. MOHR, A. A saúde na escola: análise de livros didáticos de 1ª a 4ª séries. 1994. 70f. Dissertação (mestrado) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. 1994

_______. Análise do conteúdo ‘saúde’ em livros didáticos. Ciência & Educação, v.6, n.2. p.89-106, 2000.

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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EDUCAÇÃO FÍSICA: ESPAÇOS-TEMPOS E EXPERIÊNCIAS NA/DA CULTURA ESCOLAR

Viviane Rocha Viana

O subprojeto de Educação Física do Campus II tem possibilitado o conhecimento

aprofundado da realidade da Educação Física nas escolas públicas de Alagoinhas, ao mesmo tempo vem consolidando as experiências do PIBID nestas escolas parceiras desde o subprojeto iniciado em 2010.

Vale ressaltar que no Estado da Bahia tem-se uma realidade que transita entre práticas tecnicistas e a negação do acesso aos conteúdos da cultura corporal por precariedade estrutural das escolas e por haver muitos professores não licenciados. O processo de mudança desse quadro exige paciência histórica e a invenção e divulgação de práticas pedagógicas inovadoras (GONZÁLEZ, FENSTERSEIFER, 2009). Isto envolve a formação, que precisa garantir sólida formação teórica num processo que tem como eixo o trabalho pedagógico (FREITAS, 1996) para promover o desenvolvimento de uma postura crítica, reflexiva e filosófica diante da realidade da escola pública brasileira (SAVIANI, 2004) e da inserção, aí, da Educação Física, da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Atualmente nosso subprojeto está presente em duas escolas, municipal e estadual, na cidade de Alagoinhas, promovendo experiências que possibilitem a apropriação dos elementos essenciais à organização e desenvolvimento de um trabalho pedagógico consciente, crítico e questionador por parte do bolsista ID em diálogo com o bolsista de supervisão. Para isso temos como base estruturante as pedagogias críticas, nas quais elegemos os estudos de Dermerval Saviani e João Gasparin como fio condutor das nossas ações.

O caminho metodológico utilizado estabelece um diálogo com bolsistas de ID e supervisores em cada escola parceira. Desse modo, as aulas de educação física atendem a organização curricular proposta pelas secretarias estadual e municipal de Educação, bem como leva em conta as necessidades dos alunos e a realidade de cada escola, o que nos permite trabalhar a partir dos elementos da cultura corporal mais comuns na escola, a elementos considerados inovadores no universo escolar.

Neste sentido, temos buscado metodologias diferenciadas que possam aproximar nossos bolsistas, cada vez mais, do ser e fazer docente, usufruindo das realidades presentes no “chão da escola”.

As experiências vivenciadas ao longo do subprojeto também possibilitaram que os bolsistas se apropriassem dos elementos essenciais à pesquisa em Educação Física escolar, ampliando e aprofundando o diálogo entre o curso de Licenciatura em Educação Física da UNEB/Campus II-Alagoinhas e as escolas públicas municipais e estaduais da cidade.

O acompanhamento dos bolsistas (em todas as modalidades de bolsa) encontra espaço nas ações previstas, quando pensamos na realização de reuniões semanais de estudo, de discussão e planejamento de aulas, de socialização, reflexão e avaliação das intervenções realizadas em cada uma das escolas parceiras, tanto em relação às dificuldades quanto no que se refere às situações bem-sucedidas.

Com a experiência do PIBID temos buscado a elaboração de proposições teórico-metodológicas para a Educação Física escolar, da Educação Infantil ao Ensino Médio,

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em diálogo com os sujeitos escolares, bem como a legitimação da Educação Física como componente curricular integrado à proposta pedagógica das escolas municipais e estaduais de Alagoinhas e garantia de acesso à linguagem corporal nas escolas. Neste sentido, ainda buscamos executar ações de formação de professores para a tematização da cultura corporal no trabalho escolar, com foco nas especificidades dos conteúdos da Educação Física à realização de estudos acerca da produção acumulada na área da Educação Física escolar, na perspectiva crítica. Temos realizado a produção de pesquisas e relatórios (em formato de artigos e TCC), como também, sistematizado relatos de experiência a partir das ações do PIBID.

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SUBPROJETO PIBID UNEB DCH/IV: A ESCOLA COMO ESPAÇO DA CULTURA CORPORAL NA CIDADE DE JACOBINA-BAHIA31

Resumo: O presente texto é parte do subprojeto PIBID e tem por temática “A escola como espaço da cultura corporal na cidade de Jacobina- Bahia”. Esse projeto vem sendo desenvolvido desde operíodo de 2014 até o presente ano.Compõem o PIBID - Educação Física:01 Coordenador de área, 03 supervisores e 12 bolsistas de Iniciação à docência. Os sujeitos da ação são estudantes e crianças da educação básica. Atualmente estamos em parceria com três instituições escolares da cidade de Jacobina que vai desde a Educação Infantil até o Ensino fundamental II.Os caminhos para efetivação deste subprojeto ocorreram a partir de uma metodologia inicial de levantamentos de dados com visitas, diálogos e troca de experiências com os atores do processo educacional da rede de educação básica do município e também do estado.A metodologia desenvolvida ficou em torno das reuniões, levantamento bibliográfico, e grupos de estudos. Estes instrumentos vêm sendo desenvolvidos a partir da Metodologia da Pesquisa- ação cujo referencial em estudo é o Michaell Thiollent (2011),que através de estudos prévios, procura identificar através de observações e diálogos com a comunidade escolar quais as problemáticas enfrentadas pela escola, seja no âmbito estrutural, seja no desempenho de aprendizagem dos alunos, buscando assim possíveis soluções.Os referenciais que dão sustentação teórica ao subprojeto são a Pedagogia Histórico Crítica de Dermeval Saviani, embasada no materialismo histórico dialético, com delineamento na abordagem Crítico-Superadora da Educação Física, que se compromete a tratar o conteúdo de maneira crítica, dialogando com a realidade social dos alunos e alunas, propondo um confronto de sua prática social com o conhecimento científico, estimulando uma reflexão em torno do que se tem histórica e culturalmente construído (COLETIVO DE AUTORES, 1992).As práticas e experiências do subprojeto do PIBID em Educação Física vem oportunizando aos estudantes-bolsistas o acompanhar da prática pedagógica do professor supervisor no sentido de aprender com este o trabalho de docência em uma escola, bem como participar do processo de construção de aulas desde a elaboração do planejamento, dos objetivos da aula até a avaliação e assim, estabelecer um diálogo com o professor supervisor no sentido de contribuir com a formação inicial e também continuada, através de rodas sistemáticas de conversa pedagógica tendo a troca de experiência entre bolsistas, professor supervisor e coordenadores de áreas.Desta maneira, torna-se possível realizar aulas coparticipativas e oficinas, aprendendo e desenvolvendo assim a intervenção pedagógica em sala de aula. Realizamos, por meio de projetos de intervenção, oficinas de lutas como a capoeira, oficinas de Jogos e brincadeiras, oficinas de Contação de histórias e oficinas de esportes coletivos, ministradas como uma proposta de ensino do PIBID de Educação Física. O subprojeto tem nas suas metas e ações além dos grupos de estudo, a construção de grupos de leituras, construção textual, bem como debates dentro da escola e na Universidade favorecendo assim o incentivo à leitura e escrita, no sentido também de estreitar a relação escola e espaço acadêmico. Visa também a realização de reuniões semanais de planejamento estratégico do PIBID, tendo a avaliação como eixo articulador permanente criando assim uma cultura da avaliação das atividades do processo de ensino aprendizagem de todos os envolvidos. O PIBID de Educação Física tem vínculo com o grupo de pesquisa GEPEFES - Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Educação, Educação Física, Esporte e Sociedade da UNEB na tarefa de realizar também os grupos de encontro em que estes devem funcionar como espaço de troca de experiências, realizando ciclos de palestras sobre educação, educação física

31

Rita de Cassia Roxane Ferreira Borges, professora do curso de Educação Física da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Coordenadora de área do PIBID/UNEB. E-mail: [email protected]

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e infância nas escolas e na Universidade. As ações em andamento e impactos como a realização de encontros semanais na Universidade e também na escola; organização e participação de eventos científicos nacionais de educação, educação física e infância na Universidade como: seminários, semanas, simpósios, oficinas; produção de relatórios semanais bem como diários de bordo sobre as ações do PIBID em Educação Física; produção de trabalhos submetidos em eventos locais da área pedagógica,construções de monografias e TCC de conclusão de curso dos bolsistas ID,construção de registros visuais através de filmes e imagens fotográficas, bem como registros orais (gravações) e escritos (produção textual e relato de experiência); construção realizada ao longo de cada ano do PIBID. Neste sentido, os resultados são de incentivar cada vez mais a ação docente nos bolsistas/estudantes da universidade que fazem parte deste subprojeto PIBID em Educação Física, de maneira que possam ter uma compreensão critico/reflexiva através da ação pedagógica nas escola, o sentido do que é ser professor em instituições públicas de ensino, aprendendo assim a valorizar e ao mesmo tempo ser um futuro professor consciente do ato de ensinar e aprender e que impulsione uma visão mais ampliada dos conhecimentos da Educação, Educação Física Escolar e Educação e Infância. Assim, estabelecemos um vínculo mais concreto entre a Universidade e comunidade escolar, este vínculo passa por um processo de diálogo em favor da troca de conhecimentos e experiências e por fim, resgata o processo de ação/reflexão/ação, que deve estar presente todo o momento no interior das instituições promotoras do ensino/aprendizagem. REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física, São Paulo: Cortez, 1992 THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. 6. Ed. São Paulo: Cortez, 1994.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico Critica Primeiras aproximações. Campinas: Autores associados. 2000.

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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: CONSTRUINDO POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA CULTURAL

Marlon Messias Santana Cruz

Professor Auxiliar da Universidade do Estado da Bahia, Campus XII Bolsista de Coordenação PIBID – UNEB – CAPES

Introdução: O presente estudo trata de um relato de experiência realizado através de orientações

realizadas como Coordenador de Área do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) no contexto escolar durante o ano letivo de 2016, vinculado ao subprojeto “Educação Física Escolar: construindo possibilidades pedagógicas a partir de uma perspectiva cultural” do Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade do Estado da Bahia – UNEB Campus XII.

As ações do subprojeto são fundamentadas pela Perspectiva Cultural da Educação Física, proposta por Neira e Nunes (2008; 2009). O Currículo Cultural da Educação Física baseia- se nas teorizações pós- críticas de Currículo, a procura de estabelecer princípios democráticos, uma sociedade mais justa e igualitária no ambiente escolar. Na escola a Perspectiva Cultural, respaldada nos Estudos Culturais e no multiculturalismo crítico, admite que a mesma, enquanto um estabelecimento de ensino, é definida pela convergência de diferentes culturas e, a partir disso, procura potencializar as vozes dos alunos, valorizando a experiência cultural desses cidadãos em processo de aprendizado, a fim de legitimar no currículo as práticas corporais dos diversos grupos sociais.

Assim, fomentar a capacidade crítica é essencial na perspectiva de interpretar e explorar diferentes ângulos e assumir posição diante os alunos, das práticas corporais que perpassam na sociedade: a concepção histórica das práticas corporais, a ação dessas práticas acerca da qualidade de vida, os princípios que a mídia vincula às diferentes práticas corporais necessitam ser debatidos durante as aulas.

Neste contexto, a ação do coordenador de área do referido subprojeto, é o proporcionar, aos bolsistas de Iniciação à docência, situações para tornarem-se independentes, participativos e com autonomia de pensamentos e ações. Desse modo, contemplando este objetivo direciona-se a uma Educação Física envolvida com a formação integral do sujeito.

Traçamos como objetivos: contribuir para a legitimação da Educação Física no contexto de concretização da proposta; valorizar os saberes e a identidade cultural dos diferentes membros da comunidade escolar; construir relações consistentes entre teoria e prática; favorecer a identificação dos alunos bolsistas com a profissão docente.

Metodologia: Com respaldo no currículo Cultural da Educação Física no âmbito de uma escola pública

situada no município de Guanambi-Bahia, na condição de bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), desenvolvemos atividades que estruturam o subprojeto e dão suporte às ações pedagógicas. Sob orientação do coordenador de área e observados de pertos pelos bolsistas de supervisão (professora da educação básica que supervisiona as atividades).

O trabalho pedagógico que dá suporte ao processo de desenvolvimento das ações pedagógicas dos bolsistas de Iniciação à Docência é a reunião de avaliação e planejamento. Ocorridas semanalmente entre grupos de bolsistas e são mediadas/orientadas pelo coordenador de área. Nessas reuniões, as aulas são coletivamente planejadas e discutidas, a partir dos nexos estabelecidos entre a prática pedagógica e os princípios teóricos orientadores do subprojeto. Assim, os processos de docência é construído, analisado e reconstruído nas reuniões de planejamento e avaliação.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO – PROGRAD

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID Seminário Institucional de Avaliação do PIBID

25 e 26 de maio de 2017

Assim, para o desenvolvimento da prática pedagógica, realizamos inicialmente o processo denominado de mapeamento, com o propósito de conhecer melhor as experiências dos alunos em relação às suas práticas corporais vivenciadas no entorno da sociedade, para que assim possamos adquirir informações da sua cultura e obtê-las em prol do desenvolvimento das aulas.

Na efetuação do mapeamento utilizamos de instrumentos como: roda de conversa, desenho sobre o tema a ser desenvolvido em sala, questionário e dialogo com a supervisora.

Em sequência iniciamos a mediação dos conteúdos elencados no mapeamento, baseado no processo de tematização. Onde historicizamos os conteúdos, propomos vivências das práricas corporais tematizadas e problematizamos acerca dos marcadores sociais. Os temas que abordamos dentro e fora da sala de aula foram preparados com o intuito de valorizar a identidade cultural dos alunos, bem como, proporcionar o conhecimento sobre expressões corporais pertencentes a cultura que antes era desconhecida ou conhecida de maneira corrompida, e que fazem parte da identidade cultural a qual estamos introduzidos.

Por meio das leituras, interpretações e discussões, oferecemos aos alunos possibilidades de repensarmos os significados das práticas dos conteúdos tematizados. A partir dessa reflexão, propomos diferentes maneiras de vivenciarmos as praticas corporais aproximando o máximo com as praticas oficias do espaço extra escolar, método esse denominado de ressignificação.

Na sequência fazemos uso do processo de aprofundamento e ampliação, no qual utilizamos todo o debate em torno da temática em foco, a fim de investigar minuciosamente os conhecimentos relatados e expor outros discursos e fontes de informação diferentes dos acessados anteriormente.

Os últimos instrumentos didáticos que o currículo cultural da Educação Física nos orienta para a nossa prática pedagógica são os registros e avaliação.

Resultados e Discussão: Como principal resultado, destacamos as ações no âmbito da ressignificação da prática pedagógica da Educação Física na escola. No que diz respeito às implicações do subprojeto para a prática pedagógica da Educação Física, cabe, destacar o lugar que a voz dos alunos, que até então parecia silenciada, passou a ter nas aulas, por meio da valorização das práticas corporais que configuram a sua experiência, trazidas para dentro da escola a partir de procedimentos democráticos de seleção dos saberes a serem estudados.

Diante das narrativas presentes neste relato, procuramos confrontar os discursos iniciais equivocados a respeito da organização e seleção dos conteúdos da Educação Física na escola. A partir dessas análises, procuramos confrontar os discursos iniciais chamando-lhes a atenção para a diferença entre a prática pedagógica sistematizada e orientada por uma base teórica consistente e uma prática pedagógica sob a tutela do desinvestimento pedagógico (MACHADO Et Al. 2010), questionando as origens de hierarquizações e classificações que recaem sobre essas possibilidades. Ao final, comparados com os discursos finais da avaliação, observamos uma possível desconstrução da imagem deturpada que os educandos tinham sobre a praticada Educação Física na escola.

Considerações

O Currículo Cultural da Educação Física vem desestabilizar o currículo dominante, colocar sua própria identidade em questão, pois a partir do momento que o papel do mesmo é trabalhar o multiculturalismo crítico, aceitar as culturas vivenciadas pelos alunos e potencializar as vozes, ele vem dizer que o ambiente escolar deve reconhecer e oferecer espaço para um debate do processo da constituição das identidades dos alunos.

No desenvolvimento do subprojeto, é possível perceber, no trabalho cotidiano dos bolsistas, o progresso de seus posicionamentos no que diz respeito às questões que envolvem a

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB Autorização Decreto nº 9237/86. DOU 18/07/96. Reconhecimento: Portaria 909/95, DOU 01/08-95

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prática pedagógica, às situações vivenciadas no dia-a-dia da escola e aos pressupostos teórico-metodológicos que fundamentam o subprojeto.

Referências bibliográficas NEIRA, M. G.; NUNES, M. L. F. Educação Física, Currículo e Cultura. São Paulo: Phorte, 2009. NEIRA, M. G.; NUNES, M. L. F. Pedagogia da Cultura Corporal: crítica e alternativas. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2008. MACHADO Et Al. As práticas de desinvestimento pedagógico na educação física escolar. In: Movimento Porto Alegre, v. 16, n. 02, p. 129-147, abril/junho de 2010.


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