REUNIÃO ORDINÁRIA DO COP – Gestão 2015/2016 1
LOCAL: Rua dos Andradas, 680 - 6º andar (Auditório da SMED) 2
DATA: 05 de julho de 2016, às 18h30min 3
PAUTA: 1. Informes; 2. SEDA 4
COORDENAÇÃO: Maria Elizabeth Britos Alves “Tia Beth”, Região Leste; Rosa Maria 5
Duarte Labandeira, Região Centro-Sul; e Máximo Alfonso, Gerência do Orçamento 6
Participativo. 7
ATA ORDINÁRIA Nº 013/2016 8
CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES “Tia Beth” (Região Leste): Boa 9
noite a todos! Sejam todos bem-vindos! Conselheira Beth da Região Leste junto com a 10
companheira Rosa aqui. Nós já estamos no período de informes. O pessoal que tem 11
algum informe para se inscrever... Quem vai fazer as inscrições? Pode fazer, Rosa? Hoje 12
a nossa pauta é a SEDA. Também a gente gostaria de falar sobre a tocha olímpica, que 13
nós temos uma Conselheira que vai. Depois o Oscar vai passar o itinerário e o horário 14
que vai receber a tocha olímpica e a gente está enfatizando para o pessoal que tem a 15
camiseta do OP, que se possível, na quinta-feira, depois o Oscar vai passar tudo 16
direitinho, usem a camiseta do Orçamento Participativo. A Dona Geni que vai levar o 17
nosso nome e a gente apoiar ela usando a camiseta. Quem puder participar para receber 18
a tocha olímpica. A Rosa já está inscrevendo. O primeiro que está inscrito é o Flávio, 19
Rosa Helena, Jeferson, Toco. O primeiro, o Flávio. CONSELHEIRO FLÁVIO CARLOS 20
RAMIRES (Região Sul): Vai mais direcionado ao governo, para que o governo entre em 21
contato com a Secretaria de Cultura para que nos dê uma explicação da veracidade de 22
um documento que me chegou às mãos, um extrato de patrocínio. Esse extrato de 23
patrocínio diz assim: “Patrocinadora Municipal de Porto Alegre - Processo nº 24
001001081160. Patrocinando: Sociedade Beneficente Recreativa e Cultural Imperadores 25
do Samba. Objetivo: patrocínio para a realização de eventos, festa junina 2016 na quadra 26
da escola. Valor: R$ 100 mil. Dotação orçamentária - número do processo: 1001-27
2715335043. Base legal: Art. 25, Lei nº 865693.”. Na cultura, qual é o valor que veio para 28
ser dividido para as regiões? E aí eu me pasmo com um documento que vem R$ 100 mil 29
para uma festa junina em uma escola de samba. Eu faço parte de escola de samba, 30
gente, mas eu acho isso injusto com as outras pessoas. Olha o quanto que nós estamos 31
padecendo pela cultura, o que foi votado nas regiões referente à cultura. E cadê a verba? 32
E aí tu pegas e me patrocina R$ 100 mil para uma entidade para uma festa junina de 33
horas. Seria isso que eu gostaria de manter com a Prefeitura. CONSELHEIRA MARIA 34
ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Jeferson. CONSELHEIRA 35
ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Jeferson, depois a Rosa 36
Helena, o Toco, o Dionísio, os inscritos aqui, pessoal. Se tem mais alguém, levante a 37
mão. É o Jeferson, a Rosa Helena, o Toco, o Dionísio e o Giovane. Ok? CONSELHEIRO 38
JEFERSON FLORES SOUTO (Região Centro): Boa noite a todos e a todas! Eu queria 39
falar para vocês que dia 29 eu fui à inauguração do albergue aqui no Centro, muito 40
bonito, onde tem os locais para os cachorros, para aqueles moradores de rua que têm os 41
seus animais largarem os seus cachorros ali, mas também tem um porém: muita 42
reclamação dos moradores de rua. Eu, antes de entrar, tinha visto isso. Como eu gosto 43
de lembrar, eu fui um ex-presidiário e eles se sentiram muito presos lá dentro porque 44
muita grade. Grade, grade e grade. Janela? Não tem. Não teve como falar, mas eu fiquei 45
pensando - E se der um incêndio, como vão sair de lá? A porta para sair todo mundo, são 46
duzentos e poucos moradores de rua que vão dormir lá dentro. Janela? Não tem janela, 47
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eu não vi ventilador. Se aquilo lá parecia um presídio, aquilo lá é pior do que o presídio, 48
porque no presídio pelo menos a gente tinha um ventilador e a gente tinha uma saída de 49
escape mais rápida do que lá. São três andares para sair de lá duzentas e poucas 50
pessoas. Claro que de repente não pode acontecer, a gente não pode pensar nisso, mas 51
também pode pensar - E se acontecer, como eles iriam sair de lá na correria? Eu vi 52
alguns extintores, algumas coisas. Eu não fui lá só para criticar, eu fui lá para ver 53
realmente como é que era. E antes de entrar eu fui nos moradores de rua para saber 54
como é que era. Eles disseram: “Isso aqui, para nós irmos ao banheiro de noite, os 55
monitores não deixam. Às vezes nós estamos dormindo e os monitores não deixam a 56
gente ir ao banheiro.”. Muitos fazem na cama porque diz que os monitores muitas vezes 57
até agridem eles. Essas foram as reclamações deles. Até um pegou o microfone e falou 58
lá, tudo o que eu queria falar ele falou para o Prefeito que estava lá e para as secretarias 59
que estavam lá. Mas fora isso ele é bonito, é bem pintadinho, é bem grande, mas me 60
preocupou muito com a saída de incêndio e o abafamento lá no verão. Hoje nós estamos 61
no inverno, mas no abafamento... Porque janela não tinha, a janela era bem longe. 62
Obrigado! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região 63
Leste): Jeferson, poderia dar o endereço? Têm pessoas que não sabem. 64
CONSELHEIRO JEFERSON FLORES SOUTO (Região Centro): Eu peço desculpas. O 65
endereço, ele é na Comendador Azevedo. Obrigado! CONSELHEIRA MARIA 66
ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Obrigada, Jeferson! Rosa 67
Helena. CONSELHEIRA ROSA HELENA CAVALHEIRO MENDES (Região Partenon): 68
Boa noite a todas e a todos! O meu informe, gente, é a respeito que amanhã, dia 6, a 69
partir das 10h00 até às 12h00, nós, do Conselho Distrital, como também sou conselheira 70
distrital de saúde, mas também como conselheira do OP, estou pedindo que se as 71
pessoas puderem estar junto conosco, mobilizar algumas pessoas de estarem conosco 72
na São Jorge amanhã, das 10h00 até às 12h00 nós estaremos fazendo um evento, uma 73
caminhada ali pela volta mesmo, uma conscientização em prol do SUS. Como vocês 74
estão vendo aí na mídia, o nosso SUS está acabando, está diminuindo cada vez mais a 75
verba e nós estamos preocupados com aquelas pessoas que mais se utilizam do SUS e 76
que precisam dele, que são as nossas famílias carentes e pessoas que precisam de 77
remédios e outras coisas mais. Portanto, nós estaremos fazendo uma mobilização na 78
frente do São Jorge e estamos convidando vocês. Quem puder estar junto conosco nessa 79
mobilização a gente agradece. Obrigada! CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE 80
LABANDEIRA (Região Centro-Sul): É em frente à Igreja São Jorge, Rosa? Tá bem. Na 81
Bento. Toco. CONSELHEIRO ENILSON SCHEPEFF GAMBARRA DA SILVA “Toco” 82
(Região Glória): Boa noite, senhoras e senhores! Eu gostaria de falar a respeito dos 83
ônibus rápidas de Porto Alegre. Falta identificação. Eu vou citar o nosso de Belém Velho 84
para a gente vê. O que acontece? Hoje vem o Belém Velho Rápida 21 ou Rápida 22, as 85
pessoas atacam o ônibus para perguntar para aonde vai aquele ônibus, sendo que 86
aquele ônibus vai para um bairro. Qual é o bairro? Belém Velho, ou Vila Nova, ou 87
Restinga, ou Partenon, seja onde for. A identificação é o bairro. Agora, se é rápida, pode 88
botar o código no lado, 21. Isso na Temática de Transporte e Circulação, em 2014, nós 89
batemos em cima disso, o secretário acatou o nosso pedido, estava bonita a coisa: 90
“Rápida Belém Velho 21 ou 22”; e mais abaixo o itinerário: “Cascatinha ou Oscar Pereira, 91
João Pessoa”. Estava bonita a coisa. Agora, quando entrou essa licitação nova, já vieram 92
o Rápida 21 e Rápida 22. É um sofrimento para as pessoas que utilizam e que querem ir 93
para a área Belém Velho e para os motoristas que têm que parar o ônibus, abrir a porta 94
para dizer que esse é o Belém Velho. Tu entendes? Ônibus, o que é? É uma prestação 95
de serviço. E o que é necessário em uma prestação de serviço? Informação. É o que está 96
faltando naquilo ali. Então, tu tens que ter ali um celular que vai te dar código de ônibus: 97
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“Lá vem o 24”. Acessa ali ligeiro o que é o 24: “Ah, o 24, ele vai para Belém Velho, Vila 98
Nova”. Quer dizer... E antes de ir para aquela Temática aquela vez eu fiquei duas horas 99
ali na João Pessoa, onde passa todos, assistindo ao sofrimento daquelas pessoas 100
tentando identificar aquele ônibus. Quando conseguiam identificar, o ônibus já passou: “A 101
senhora ia para aonde, Dona?”; “Ah, eu estou esperando um que vai lá não sei aonde.”; 102
“Pois é. Aquele é o Rápida tal, Dona.”; “Ah é?”. Não dizia nada na frente. Então, pessoal, 103
se for necessário nós vamos chamar a EPTC aqui, porque ônibus é uma prestação de 104
serviço e tem que ter informação, e o bairro é a referência de cada um de nós: “Onde é 105
que tu moras?”; “Belém Velho.”; “Onde é que tu moras?”; “Vila Nova.”. Eu moro no 106
Partenon. O troço em vez de evoluir vai para trás. Obrigado! CONSELHEIRA MARIA 107
ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Dionísio. Antes do Dionísio, 108
nós vamos pedir para a Secretaria da SEDA, a representante Fabiana, que componha a 109
mesa conosco aqui. Pode ser, Dionísio. CONSELHEIRO DIONÍSIO GAUSE JUNIOR 110
(Temática Cultura e Juventude): Boa noite! Fiquei atônito dos R$ 100 mil porque nós 111
disputamos R$ 500 mil, sendo R$ 200 mil para a Temática de Cultura e Juventude, R$ 112
300 mil para dez regiões. E me surpreende muito uma festinha, vamos dizer que é uma 113
festinha, pode até ter sido uma festa de R$ 100 mil, mas em contenção de despesas e no 114
momento em que a comunidade de Porto Alegre está solicitando que sejam pagas as 115
suas demandas que foram hierarquizadas, que foram votadas, que foram discutidas lá na 116
região, acaba a gente tendo que fazer aqui manifestação, ir para a frente da Prefeitura 117
cobrar de todo mundo. O que sobra para nós? Isso é um perigo. E isso é um grande 118
problema, meu amigo. Um grande problema. Eu gostaria só de lembrar que um amigo 119
nosso da democracia participativa lá da Eixo nos deixou, o Angelino Alfonso. Eu gostaria 120
de deixar aqui o meu grande abraço para ele, uma pessoa que eu conheci em 2013 e 121
faleceu essa semana. Então, eu gostaria de deixar aqui a minha homenagem para ele. 122
Amanhã nós temos o lançamento do Proerd lá na FIERGS, o 20º BPM vai certificar 600 123
crianças amanhã. Então, nós sabemos que 98% dessas crianças que fazem o Proerd não 124
se envolvem com a droga, ela não entra nessa vida. Então, a gente tem que buscar e 125
manter essa semente boa para que esses frutos aí, a gente possa contar com eles no 126
futuro. Então, isso é uma das ações que a gente está conseguindo fazer através da 127
Brigada Militar. Não posso deixar de falar que a rede de captação do DEP, que desde 128
novembro de 2015 está sendo cobrado lá na Horácio Vaz Pinheiro e lá na Max Geiss, na 129
Eixo Baltazar. Se está faltando cimento, se está faltando areia, fala para nós. A 130
comunidade pode se juntar, sim, pode fazer uma vaquinha para comprar um cimento, 131
para comprar areia. Se é isso que está faltando, a gente está disposto a fazer. Nós não 132
podemos meter a mão lá na rede, quem tem que meter a mão é o DEP, mas se está 133
faltando material vamos ser parceiros. Está faltando dinheiro? Tá. Eu sei que está 134
faltando dinheiro. Está faltando dinheiro lá em casa, eu não estou conseguindo pagar as 135
contas todas em dia. Mas vamos ser sinceros. Não vamos entrar em uma fila, porque eu 136
não sei nem em que posição eu estou. Porque já me falaram: “Não, tu estás na fila, 137
espera porque tem outros na tua frente.”. Quantos têm na minha frente? Quem é que 138
está na minha frente? Eu quero saber, só que ninguém me diz em qual parte eu estou. Eu 139
já pedi aqui para o nosso Gerente do Orçamento Participativo, ele está trabalhando. A 140
minha conselheira também está em cima disso. Só que eu acho assim: os serviços, eles 141
têm que ter parcerias, sim, na nossa comunidade. Está faltando? A gente é parceiro. A 142
gente sempre foi parceiro. A gente já falou para o Melo aqui: “Melo, vamos dialogar. Se 143
precisa, vamos dialogar.”. Está faltando material lá nos fundos da casa, são três casas 144
que a rede está rompida. Está faltando cimento? Então, vamos comprar cimento. Eles 145
estão dispostos a não ficar. Tem lá no meu Face, gente, há três meses a merda está 146
saindo do lado do Poty Medeiros, que é uma escola. Então, nós estamos enfrentando 147
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esse problema. Somos parceiros, e eu acho que todo mundo aqui é parceiro para 148
conseguir construir uma comunidade melhor. É isso aí, pessoal. CONSELHEIRA MARIA 149
ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Giovane. CONSELHEIRO 150
GIOVANE DE LIMA JUNIOR (Região Nordeste): Boa noite a todos os conselheiros, 151
conselheiras, gestores, membros do governo! Tenho dois informes para dar aqui nessa 152
noite. Primeiro eu gostaria de celebrar com muita alegria que nós temos um projeto social 153
de skate no Mário Quintana, no Parque Chico Mendes, que é o terceiro maior parque da 154
cidade de Porto Alegre, infelizmente abandonado porque não está perto dos bairros 155
nobres, né, mas é um parque da cidade. E nós viemos desenvolvendo desde 2012 um 156
projeto de skate. A gente nunca teve apoio da secretaria competente, que era para ser da 157
Secretaria da Juventude ou da Secretaria do Esporte. Por incrível que pareça, a única 158
secretaria que nos apoia é a Secretaria de Governança. Então, nós tivemos uma 159
conquista muito grande que o pessoal da Restinga, onde tem o projeto Only by Skate, 160
eles nos doaram as pistas de skate deles porque eles conseguiram construir uma pista de 161
skate lá na Instituição Padre Leonardi. Eles construíram uma pista de skate com recursos 162
de arrecadação de fundos e nos doaram todos os obstáculos para nós desenvolvermos o 163
nosso projeto lá no Parque Chico Mendes. Então, a gente ficou muito feliz, o nosso 164
projeto ganhou um peso muito grande e os jovens também ficaram faceiros. E para a 165
nossa alegria uma marca de São Paulo está nos doando dez skates montados, 166
profissionais, para nós distribuirmos para os meninos lá do bairro. Então, a gente fica 167
muito feliz. Infelizmente a gente sempre contou com o governo e ele sempre nos deixou 168
na mão. Inclusive uma pista que o Prefeito anunciou na plenária do Orçamento 169
Participativo, eu até fiz um vídeo e publiquei na internet, que até 2013 estaria pronta, a 170
gente está indo para 2016 e não botaram nenhum ferro lá, nada. Mas, enfim... E o 171
segundo informe que eu queria dizer é que, conforme entreguei para o Oscar e vou 172
anunciar na minha região, eu estou me afastando da Coordenação e do COP 173
temporariamente, até o dia 3 de outubro. Sou pré-candidato a vereador e vamos nos 174
afastar devido ao que diz o Regimento Interno, que quem vai concorrer tem que se 175
afastar com noventa dias de antecedência. E como a gente respeita o nosso Regimento 176
Interno nós estamos nos afastando. Fui aconselhado: “Não precisa porque não é um 177
cargo público, pode ficar.”, mas em respeito aos meus colegas e em respeito ao 178
Regimento Interno a gente está se afastando. E dizer para todos que independente do 179
resultado, se eu fizer dez votos ou cinco mil votos, eu volto para cá de cabeça erguida, 180
porque eu estou indo para lá para representar a voz do jovem. Então, eu vou ficar com 181
saudade de vocês. E dizer que a pessoa que eu sou nesses três anos eu devo a cada um 182
de vocês, o homem que eu me tornei e o líder comunitário que eu me tornei. 183
(Manifestações da plenária fora do microfone). Vou. Os novos também, os velhos, todo 184
mundo. Dizer assim: cada um de vocês, o tempo que eu fiquei aqui ouvindo, absorvendo, 185
e hoje o homem que eu sou eu devo muito a cada um de vocês e isso não tem preço que 186
pague. Talvez se eu fosse à UFRGS estudar participação popular eu não teria todo o 187
conhecimento e o amor pela causa que eu aprendi com cada um de vocês. Então, até o 188
dia 3 de outubro a gente volta aqui de cabeça erguida para continuar a luta junto com 189
vocês. Muito obrigado! (Palmas). CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES 190
"Tia Beth" (Região Leste): Obrigada, Giovane! Rosa. CONSELHEIRA ROSA MARIA 191
DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Rosa da Bandeira? Tá bom. (Risos). 192
Pessoal, eu quero dizer que tem um evento hoje no Gigantinho, por isso nós estamos 193
bastante prejudicados aqui, estamos quase que sem quórum, né? Então, só registrando. 194
Uma outra questão, assim: o Beto que está ali, da Cultura, né, Beto? Não dá para aceitar 195
esses R$ 100 mil para fazer uma festa junina. Ou faz para todas as regiões ou não faz 196
para ninguém, porque essa pessoa deve ser de alguma região de Porto Alegre, ela não 197
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deve vim do Rio Guaíba ou coisa parecida. Quer dizer, não tem dinheiro para quem luta e 198
tem dinheiro para quem vai lá pedir favor. Se é pedir favor, eu também sei fazer. Então, 199
eu vou fazer isso e muito bem feito, porque trabalho nós temos. Tu sabes muito bem, 200
conhece o nosso trabalho. Então, pode levar isso para a Descentralização da Cultura, lá 201
para o Secretário, que nós estamos reivindicando, as dezessete regiões, no mínimo uma 202
festa junina para cada região, porque direito é para todos. Aqui nós vamos escolher qual 203
é a comunidade que vai levar a festa. A gente conhece lindas festas, o Belém Velho faz, 204
a Cruzeiro também faz, Restinga também faz, a Jurema também faz. Então, vamos dar 205
R$ 100 mil para cada um se está sobrando dinheiro. Deveriam ter dado mais para as 206
regiões, até porque estão jogando fora com as comunidades que nem têm assento aqui, 207
no mínimo. Uma outra questão, e vou pedir para a Gerência do OP, para o Oscar, aqui 208
para o nosso Coordenador. Gente, assim: nós estamos com problemas bem sérios nas 209
escolas infantis, nas EEIs. A Sirlei está com esse problema da Glória que poucas 210
pessoas falam. A SMED nos pressiona para conseguir o PPCI. Fizemos tudo que deveria 211
ser feito, está tudo pago, não estamos pedindo favor para ninguém, nem dinheiro. Se 212
vocês tiverem um contato dentro dos Bombeiros, por gentileza, os Bombeiros que se 213
agilizem, porque diz tem mais de mil processos. Eu não quero saber se tem mil ou se tem 214
um, eu quero que resolvam os problemas que nós estamos enfrentando. A SMED 215
também tem que ser parceira para isso, não é só cobrar de nós, que estamos lá na ponta 216
fazendo um trabalho voluntário gratuitamente e sermos pressionados porque os 217
Bombeiros não vão lá fazer. Tanto a Sirlei quanto eu pagamos estudo e projeto bem caro 218
para fazer o PPCI, está tudo prontinho, curso foi feito nos Bombeiros, tudo o que eles 219
pedem, só que eles têm que ir lá fazer a visita e dar o ok, dar o certificado para nós e eles 220
não vão. Então, por gentileza, se vocês, como Gerência do OP, puderem fazer por nós, 221
por mim e pela Glória, e se tem mais alguma comunidade que está com esse problema 222
aí... (Manifestações da plenária fora do microfone). Dezesseis entidades? Então, por 223
favor, nos ajudem, porque nós estamos precisando de alguém que chegue aos 224
Bombeiros e dê uma cutucada, porque eles estão dormindo. Ganhar dinheiro eles 225
ganham. Só sabem pedir aumento e pedir aumento, mas atender a população eles não 226
atendem. Então, depois as comunidades que estão com problema dão o nome para o 227
Maximo para eles também nos ajudarem para a gente resolver esse problema, senão nós 228
vamos ficar esperando a vida inteira e os Bombeiros lá não vão chegar. A não ser que em 229
uma dessas, né, Sirlei? Nós botamos o bloco na rua, aí vão nos enxergar. Nós vamos 230
para o Balanço Geral e vão nos enxergar, aí vão dizer: “Por que não falaram comigo? Por 231
que não falaram comigo?”. Não, gente. Não estamos pedindo esmola, é um direito nosso. 232
Muito obrigado! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" 233
(Região Leste): Jurema. Depois da Jurema o Oscar. Mais alguém? CONSELHEIRA 234
JUREMA BARBOSA SILVEIRA (Região Cristal): Boa noite a todos! É, na verdade a 235
Rosa meio que falou alguma coisa sobre a cultura e isso não era um informe. Eu quero 236
saber quem ficou no lugar do Leandro Maricato, já que ele se afastou, porque a gente 237
quer chamar essa pessoa, Oscar, para que vá à nossa região para a gente conversar. 238
Porque aqui mesmo, no COP, a gente designou para as regiões a verba para que 239
começasse as oficinas, as oficinas não começaram e a gente não tem o retorno, até 240
porque no segundo semestre a gente ia continuar discutindo o restante da verba para as 241
outras oficinas e para outras coisas. Fico surpresa, Rosa, quando tu chegas e diz que vai 242
ter R$ 100 mil para uma só região fazer alguma festa, uma entidade fazer uma festa, isso 243
é passar por cima daquilo que a gente decide no conjunto. Então, se é o Beto que está 244
representando eu quero desde já deixar o convite para ele ir à nossa região, porque o 245
pessoal está esperando pelas oficinas, não aconteceram. E nos deram pressa aqui, que a 246
gente tinha que decidir a verba para dar o encaminhamento das oficinas. Então, isso 247
6
seria uma coisa. Eu quero saber também do Dinar, do Maximo, como é que vai ficar, se 248
vai ter. Porque, assim, lá na região os nossos delegados que costumam desfilar no 20 de 249
setembro querem saber se vai ter o Piquete do Orçamento, até porque saiu em uma 250
matéria que não tem dinheiro esse ano para o Parque Farroupilha, então a gente tem que 251
levar esse retorno porque as pessoas se organizam para fazer um desfile bonito como a 252
gente faz... (Manifestações da plenária fora do microfone). É. Inscrições para o piquete 253
saiu no jornal, mas saiu também que não tem verba. Inclusive a pergunta para mim foi: “O 254
Piquete do Orçamento não tem verba do Orçamento Participativo?”. E eu disse: “Olha, 255
isso não sei dizer, mas vou atrás dessa informação.”. Então, já tem um certo medo das 256
pessoas que gostam, curtem e cultivam o tradicionalista dentro da minha região de querer 257
saber, porque tem que se organizar. Outra coisa: está de pé, gente, o convite que eu fiz 258
para que a gente tire uma comissão para ir falar com o Prefeito José Fortunati, porque vai 259
chegar lá em agosto e vai ser prorrogado os 180 dias do decreto dele que é para não 260
assinar nenhum convênio, nada para ser assinado. E se nós deixarmos isso acontecer 261
isso vai ser prorrogado, e as entidades estão esperando pelos seus convênios com toda 262
a documentação pronta na FASC, as entidades visitadas e tudo. Ou a gente se agiliza ou 263
isto vai acontecer. Obrigada! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia 264
Beth" (Região Leste): Obrigada! CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE 265
LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Jurema, só registrando que é R$ 100 mil para um 266
piquete. Qual é o piquete? (Manifestações da plenária fora do microfone). De uma escola 267
de samba, não é? Uma festa junina para uma escola de samba. (Manifestações da 268
plenária fora do microfone). Não, eu acho que não frequenta aqui. CONSELHEIRO 269
DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Boa noite a todos e a todas! Sobre 270
essa verba, na última vez que a gente discutiu sobre a cultura, a verba que veio para a 271
cultura, o nosso Vice-Prefeito falou que no mês sete ele ia voltar a conversar conosco de 272
novo para ver a outra parte do dinheiro que ia vim. Então, nós já estamos aguardando ele 273
e já vamos tocar esse assunto desses R$ 100 mil que foram para a escola de samba. A 274
Dona Jurema: eu sou patrão do Piquete do Orçamento Participativo, né, então as notícias 275
que a gente sabe é que não vai ter verba. E eu já estou tentando marcar uma reunião 276
com o pessoal da Descentralização e o Secretário Nenê para a gente saber se realmente 277
vai ter ou não vai, ele vai ter que esclarecer para nós essa situação. Sobre as inscrições: 278
ontem a gente já teve a primeira reunião, eu participei, fui lá, estou fazendo a minha 279
parte, o que estão me chamando eu estou indo. E vamos ver, até a última hora eles vão 280
dizer se vão dar ou não vão dar o dinheiro, o que nós vamos fazer. Tá bom? Muito 281
obrigado! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região 282
Leste): Obrigado, Dinar! Agora é o Oscar, logo em seguida passamos para a SEDA. SR. 283
OSCAR PELLICIOLI (Gerência de Democracia Participativa Local): Boa noite, 284
conselheiros! Boa noite, gestores da democracia e gestores E, coordenadores de centro 285
administrativo! Muito obrigado por estarem estimulando e a presença do nosso 286
coordenador geral dos centros administrativos regionais, o Antônio, que eu pedi para 287
estar presente nessa noite para nós questionarmos um pequeno problema que está 288
ocorrendo na Região Leste. Mas uma ótima notícia é que juntamente com a Tia Beth, na 289
tarde de hoje, equacionamos, bem dizer, o Orçamento Participativo juntamente com o 290
Bochecha lá da Região Leste, amanhã estaremos lá resolvendo o problema do posto de 291
saúde. Eu quero também saudar a presença da Secretária Adjunta Fabiane Tomazi 292
Borba. Muito obrigado pela sua presença! Que a pauta hoje é SEDA, né? E quero dizer 293
para vocês, com muita satisfação, que na manhã de hoje o Prefeito Fortunati juntamente 294
com o Comitê do Rio 2016, o Igor Lamy, a Brigada Militar, o Coronel Ikeda e o Vanderlei 295
Cappellari fizeram a apresentação de como é que vai se dar a passagem da tocha 296
olímpica pela cidade de Porto Alegre. E para nós são setenta e sete atores sociais que 297
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vão carregar a tocha em Porto Alegre, entre os quais nós temos o grande prazer, a 298
família do Orçamento Participativo, que a Dona Geni, uma das mentoras, um dos 299
alicerces do Orçamento Participativo, né, Rosa? Foi escolhida por nós, pelo coletivo e 300
pela Prefeitura também a indicação, e ela vai nos representar na passagem de duzentos 301
metros que ela vai poder... Não sei se ela vai conseguir cumprir esses duzentos metros, 302
mas cada um vai ter uma parcela de duzentos metros, né, Conselheiro Giovane? Mas eu 303
tenho certeza que ela vai nos representar bem. E aqui acho que vou ver, algumas falas 304
foram ditas lá na Coordenação que todos vão até o percurso aonde ela vai percorrer. E 305
aqui, na ânsia de trazer para vocês, não consta o percurso que ela vai fazer, mas 306
amanhã de manhã nós vamos entrar em contato com o cerimonial. Aqui tem todo o 307
roteiro. Se vocês acessarem o site da Prefeitura, tem todo o roteiro. Vamos passar pelo 308
lado da Alfândega, Farroupilha, Harmonia, Largo Glênio Peres, Parque Moinhos de 309
Vento, onde também estarão ocorrendo atrações culturais, nessas áreas aqui. E amanhã 310
de manhã nós vamos espalhar para os conselheiros e para os gestores o itinerário, o 311
exato momento onde a Dona Geni vai carregar consigo a tocha e que também vai levar 312
esse sentimento olímpico por toda a cidade, com certeza acho que muitos de vocês 313
estarão lá para prestigiar. (Manifestações da plenária fora do microfone). É. A Dona Geni 314
tem 83 anos, como disse o Conselheiro Aquino, ela é uma das pessoas que está desde o 315
começo do processo, como eu tinha dito, e ela faz anualmente lá na sua região, no 316
Chapéu do Sol, do Extremo Sul, como o Conselheiro Dinar está puxando essa asinha 317
para o lado da região, ela promove uma festa muito bacana, né, Maximo? Onde nós 318
temos a oportunidade e muitos de vocês também, a Adaclides sabe desse feito que ela 319
faz anualmente, ela promove essa festa onde distribui alimentos, brinquedos e, acima de 320
tudo, muito carinho e muita solidariedade para aquelas famílias que mais necessitam, do 321
Extremo Sul. Então, eu faço o convite para vocês. Vamos. Temos esse compromisso de 322
amanhã divulgar. E a gente solicita que tanto os gestores dos centros administrativos 323
como os conselheiros e delegados do OP também estejam lá para poder consagrar, 324
vamos dizer, a bandeira do Orçamento Participativo, que é um feito que só Porto Alegre 325
recebeu os Jogos Olímpicos em 63 e que talvez nós aqui, muitos não terão outra 326
oportunidade. Os mais novos terão essa oportunidade, com certeza, como foi o advento 327
da Copa também. Então, eu quero desejar uma boa noite. E também como a Conselheira 328
Rosa disse, o nosso COP está esvaziado porque hoje nós temos uma grande discussão 329
no Beira Rio, no Gigantinho, Uber e os taxistas de Porto Alegre, vamos para mais uma 330
rodada. Eu quero agradecer mais uma vez e acho que a Secretária vai oportunizar a 331
vocês o conhecimento e também tirando alguns questionamentos. Muito obrigado e uma 332
boa noite a todos! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" 333
(Região Leste): Maximo. SR. MAXIMO ALFONSO (Gerência do Orçamento 334
Participativo): Então, aproveitando o gancho aqui do meu colega Oscar, eu quero dizer 335
que quanto ao período que a Dona Geni vai estar é ali na proximidade do portão da SME, 336
ali na Borges. Esse é um. A outra parte é sobre a situação dos Bombeiros. Com certeza 337
eu e o Oscar vamos nos empenhar muito para ver qual o canal que nós vamos buscar 338
para ver essa situação. E eu acabo de receber, e aí me comprometo a buscar essa 339
informação mais a fundo, que, segundo o meu amigo Maricato, o Beto acabou de entrar 340
em contato com ele, diz que eles pediram o dinheiro, mas não levaram, não houve o 341
repasse desses R$ 100 mil. Não houve esse repasse, tá? Então, só para vocês... Eu 342
prometo para vocês que vou me interar e com certeza vou encaminhar via e-mail para 343
cada um de vocês, conselheiros, a resposta correta. No momento eu não posso confirmar 344
nada porque foi via Whatsapp. Obrigado! (Manifestações da plenária fora do microfone) 345
CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Uma 346
questão de ordem? Vem no microfone. SR. ADEMIR CARVALHO (União das 347
8
Associações de Moradores de Porto Alegre): Boa noite a todos! Falei com o Maricato 348
agora pelo Whats e ele falou que vai sair amanhã no Diário Oficial o cancelamento dessa 349
verba, não foi liberado. (Palmas). SR. MAXIMO ALFONSO (Gerência do Orçamento 350
Participativo): É Imperadores do Samba. (Falas concomitantes) CONSELHEIRA MARIA 351
ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Vamos passar, então, para a 352
nossa pauta. Nós vamos passar para a nossa Secretária Adjunta aqui da SEDA. Quem 353
quiser se inscrever para fazer as perguntas a Rosa está inscrevendo. Boa noite, 354
Secretária! Seja bem-vinda! SRA. FABIANE TOMAZI BORBA (Secretaria Especial dos 355
Direitos Animais): Boa noite então, pessoal! Eu vou propor com vocês o seguinte: eu 356
noto que às vezes a não divulgação de tudo o que a SEDA faz dificulta um pouco o 357
diálogo e aumenta o número de perguntas. Então, eu proponho fazer uma explanação 358
breve do que a SEDA faz e aí depois eu respondo as perguntas. Pode ser? Porque eu 359
acho que algumas coisas se respondem nessa explanação. Bom, a SEDA é uma 360
secretaria que tem menos de cinco anos de existência, ela vai fazer cinco anos agora no 361
dia 25. Então, ela é uma secretaria normal, como qualquer outra, ela tem o seu 362
orçamento próprio e ela foi criada para desenvolver políticas públicas para os animais 363
domésticos. Evidente que todo mundo sabe que a quantidade de animais que existem em 364
Porto Alegre, tanto domiciliados como não domiciliados, nós temos estatísticas que 365
mostram que animais abandonados em Porto Alegre cinco anos atrás existiam 366
quinhentos mil. Não é um número que a gente tenha certeza porque não existe um censo 367
de animais, mas é uma estatística que é feita de acordo com o número de habitantes na 368
cidade. Então, é um número altíssimo de animais. Antigamente existia o recolhimento, a 369
antiga carrocinha que passava e recolhia todos os animais que estavam na rua e os 370
animais eram sacrificados. Em 2008, 2009 para cá o sacrifício de animais foi proibido no 371
Rio Grande do Sul. Então, hoje todo animal que é recolhido por algum motivo pelo 372
município, ele fica aos cuidados do município para o resto da vida dele. Ele só vai morrer 373
quando ele tiver que morrer, ele não vai ser eutanasiado. Então, por que eu falo isso? 374
Para explicar o porquê a SEDA não faz recolhimento de animais saudáveis, tá? 375
Simplesmente porque eles são recolhidos, porque é um custo altíssimo para o município 376
manter eles para o resto da vida. Então, a SEDA é contra canil. Nós não temos um canil 377
público onde os animais são levados e ficam lá para o resto da vida, porque nós não 378
teríamos vagas suficientes para tantos animais. Então, assim, implementar políticas 379
públicas para animais é implantar programas de castração, de vacinação, vermifugação 380
dos animais, a manutenção da saúde dos animais em dia e outras áreas, então, que a 381
SEDA atua. Então, hoje nós trabalhamos com quatro eixos principais, que é o 382
atendimento veterinário... Nós temos uma unidade de medicina veterinária que fica 383
localizada lá na lomba do Pinheiro e como apoio nós temos duas unidades móveis de 384
atendimento, uma unidade é equipada com uma clínica veterinária itinerante que atende 385
direto nas comunidades e outro ônibus que é equipado para transporte de animais. 386
Então, ele faz toda a logística, pega o animal na comunidade, leva para a UMV, o animal 387
é castrado e ele é devolvido para a comunidade. Então, a UMV, que é esse Centro de 388
Medicina Veterinária, nós temos veterinários que atuam lá e um veterinário que atua em 389
todas as comunidades, é itinerante. O foco principal da SEDA é a castração, porque só 390
com a castração que se diminui o número de animais em qualquer centro urbano. Não é 391
o recolhimento, não é a eutanásia, não é nada disso, é a castração. Então, nós 392
trabalhamos a castração com protetoras. Nós temos um cadastro anual de protetores. 393
São protetores de animais que se cadastram na SEDA, tem um edital, todo ano é lançado 394
o edital, elas cumprem alguns requisitos e são cadastradas. Então, elas têm um dia da 395
semana para atendimento dos seus animais, dos animais que elas resgatam, dão 396
atendimento e depois doam. Esse é o trabalho de proteção de animais. Então, a quarta-397
9
feira na SEDA é para atendimento das protetoras. Nós temos sessenta e seis protetoras 398
cadastradas esse ano. Essas protetoras também podem fazer o evento Brechocão, que é 399
um evento onde toda a renda que elas arrecadam tem que ser aplicada na causa animal, 400
ou compra de ração ou pagamento de clínicas, enfim, tem que ser aplicado com animais 401
e elas têm que comprovar esse investimento que elas fazem. Nós temos também o 402
atendimento que é diretamente nas comunidades, que isso já foi feito com postos de 403
saúde. Hoje a gente não está mais fazendo com os postos e tem feito com as protetoras 404
que atuam nas regiões. Essas sessenta e seis protetoras são divididas em todas as 405
regiões da cidade. Então, através delas, ou às vezes acontece de serem lideranças 406
comunitárias, a gente faz esses atendimentos na comunidade. No que consiste isso? A 407
protetora ou a liderança faz a mobilização lá no local. Claro que antes é feita uma 408
conversa com a SEDA, a gente dá as datas das ações. São duas ações de preparo. Pré-409
operatório: a SEDA vai lá, faz a vermifugação dos animais em duas etapas, digamos, 410
hoje e daqui a vinte e um dias faz a segunda etapa e é agendada a castração. Os donos 411
dos animais, quando saem de lá já saem com a data da esterilização. Nesse dia que está 412
marcado a SEDA vai e busca os animais e leva para a UMV para castrar. Alguns locais 413
onde é possível colocar o ônibus, porque o ônibus, ele depende de tomada 220v, tem 414
alguns requisitos para se ter um local bom para o ônibus ficar, dá para ser feita a 415
castração dos animais na própria comunidade. Então, vários casos a gente faz direto. 416
Quando tem um CAR próximo, uma escola que cede ou posto de saúde, enfim, é feita a 417
castração lá, do contrário é levado para a UMV e é devolvido ou no final do dia ou no dia 418
seguinte. Nós conseguimos atender, com a ajuda das protetoras, uma média de cem a 419
cento e cinquenta animais por ação. Isso é um número bem expressivo. Então, nós temos 420
um caso, por exemplo, é um caso recente, Vila das Laranjeiras, não sei se é “vila” que 421
chamam lá, mas uma protetora fez toda uma mobilização na comunidade. Como elas 422
atuam nessas regiões, elas conhecem as pessoas, sabem onde é o foco principal dos 423
problemas. Então, uma mobilização, deu quase cento e cinquenta animais, foram 424
agendadas as castrações, já foram todos castrados os animais daquela comunidade. 425
Quase cento e cinquenta animais. Agora nós estamos fazendo a castração dos animais 426
da Vila dos Sargentos. Inclusive está uma guerra lá, está bem complicado para a gente 427
buscar e devolver os animais e pedir a liberação para o pessoal do tráfico, enfim. Bem 428
complicado, mas estamos concluindo. Nós temos também o agendamento através do 429
telefone, no 156, que a SEDA abre para famílias que tenham animais que queiram 430
castrar, famílias que tenham inscrição no Cadastro Único. Então, de três em três meses a 431
SEDA abre no 156, é divulgado as datas, as pessoas ligam e fazem o pedido e dentro de 432
três meses é feita a castração daqueles animais. Então, hoje já não tem mais aquelas 433
filas que antigamente nós tínhamos de espera de dois anos. Hoje em dia não tem mais, é 434
de três em três meses que abre. Em três meses a SEDA cumpre as castrações e abre de 435
novo para os próximos três meses. O atendimento veterinário também, é tudo pelo 156, a 436
pessoa liga, a SEDA dá um retorno, agenda a data. Se é animal de rua também, a gente 437
só pede sempre que tenha um responsável por quê? Porque a SEDA não faz 438
recolhimento. Então, o animal é atendido e ele volta para a pessoa. Nós precisamos 439
sempre desse apoio da comunidade porque se as pessoas simplesmente querem o 440
atendimento para o animal, mas eu quero deixar o animal aqui, nós vamos virar um 441
depósito de animais e não uma unidade de atendimento. Infelizmente a gente tem que 442
escolher. O que é melhor? É poder ter um local para buscar auxílio gratuito para atender 443
o animal ou simplesmente assim: “Quero tirar dos meus olhos e entregar para o poder 444
público.”. Isso a SEDA não faz. Então, tem que ter um responsável para o animal para 445
levar e depois para pegar ele de volta. Então, quando o animal estiver com alta a SEDA 446
liga mesmo e pede que a pessoa... Aquilo que o colega, até que está ali, falou hoje eu 447
10
achei bem pertinente, ele vale para todas as áreas: a comunidade tem que ajudar. Então, 448
caso de cães de rua... Nós não temos como recolher todos os animais, mas a SEDA 449
pode castrar e vacinar. Ou seja: ele não vai transmitir doenças para a comunidade e ele 450
vai estar castrado e não vai procriar. Tu não tens que recolher os animais na rua, 451
simplesmente recolher, porque o animal, ele é territorialista, então se tu tirares ele dali vai 452
vim outro, e sempre vai ser assim. Então, às vezes a gente recebe: “Ah, aqui no posto de 453
saúde tem dois animais e quer que recolha.”. Olha, se recolher a semana que vem vai ter 454
outros dois lá, e assim vai. Sempre vai ter. Onde tem pessoas e tem possibilidade de ter 455
alimento para os animais, eles vão buscar. Então, é melhor tu deixares aqueles dois 456
animais ali vacinados, vermifugados e castrados que outros não vão chegar. Então, isso 457
ocorre em praças, em qualquer outro lugar que tenha animais. Então, a questão das 458
casinhas dos cães comunitários também, a SEDA apoia, nós temos um programa para 459
isso. Em uma rua tem animais ali que estão procriando, não estão vacinados, enfim, 460
estão transmitindo doenças, a SEDA se disponibiliza a ir lá, implantar o programa que 461
consiste na vacinação, vermifugação e a castração e as pessoas da comunidade se 462
organizam para colocar uma casinha, que não precisa ser nada muito aprimorado, uma 463
coisa simples que tenha abrigo para o animal. Então, o animal vai estar ali, vai proteger a 464
rua, outros animais não vão chegar e eles não vão transmitir zoonoses e não vão procriar. 465
Então, o atendimento veterinário basicamente é isso, tem alguns outros programas 466
dentro. (Falas concomitantes). Ah tá! Entendi. É que eu não sei como é que funciona e 467
quando ouvi ela falando... Tá bem. Nós temos o Centro de Fiscalização que recebe 468
denúncias de maus tratos, a gente recebe uma média de vinte e cinco a trinta denúncias 469
de maus tratos por dia, são nove fiscais que fazem fiscalizações em toda cidade. Então, 470
isso também é um trabalho bem contundente da SEDA no sentido de coibição de maus 471
tratos. Temos também o Centro de Adoção, estou no terceiro eixo aqui, a adoção, porque 472
tão importante quanto dar o atendimento veterinário e quanto tu fazeres a fiscalização de 473
maus tratos é a adoção de animais. As pessoas muitas vezes compram animais e os 474
abrigos estão lotados, as ONGs lotadas, as protetoras lotadas de animais e gente precisa 475
doar para conseguir abrir vaga para outros. Então, a gente trabalha incisivamente em 476
campanhas de adoção. E o quarto e talvez o mais importante, que é a questão da 477
educação humanitária. Nós temos um núcleo na SEDA que trabalha com a educação de 478
crianças, jovens e adolescentes em escolas da rede pública, e também privada que nos 479
procura, que é o trabalho educativo ensinando valores éticos, enfim, humanitários de 480
respeito aos animais. Essa semana que passou eu vi um comparativo e eu achei bem 481
pertinente, que veio de um fiscal. Ele disse: “Bah, a gente vai às casas, notifica, autua, 482
aplica multa e às vezes não vê um resultado.”; daí ele disse: “Então, a gente só vê que o 483
que vai resolver mesmo é as crianças, é as palestras com crianças, porque no futuro nós 484
vamos ter uma geração que vai enxergar diferente, a exemplo do que era com o cigarro.”. 485
Ele fez um comparativo. Antigamente dentro de uma sala todo mundo fumava e era 486
normal, com o passar do tempo tiveram que colocar um cartazinho ali dizendo: “Proibido 487
fumar”; hoje em dia não precisa mais, hoje em dia não tem placa nenhuma, ninguém 488
fuma em local fechado. Então, é questão de educação, é questão de cultura. Então, a 489
gente pensa que com esse trabalho nas escolas a gente vai fazer uma geração um pouco 490
melhor, entender que o animal não pode ficar mal domiciliado porque se ele não estiver 491
castrado ele vai procriar e assim o número de animais abandonados sempre vai existir. 492
Então, hoje, para questão de números, nós já castramos em Porto Alegre, somente a 493
SEDA já castrou vinte e cinco mil animais. Isso é um número incalculável de animais que 494
não vão nascer, porque na cadeia reprodutiva de um cachorro, por exemplo, um único 495
animal, uma cadela, ao longo da vida, ela e os descendentes dela geram sessenta e 496
quatro mil animais. Então, é muito bicho. Então, com vinte e cinco mil castrações, 497
11
fazendo essa conta, vezes os sessenta e quatro que poderiam ter nascido em 498
decorrência de uma fêmea não castrada, dá para se ter ideia do que... Então, ao longo do 499
tempo a gente vai vendo a diminuição dos animais de rua com certeza, mas não é um 500
trabalho fácil de ser trilhado. É um pouco mais complicado, mas a gente trabalha 501
bastante nisso. Agora eu fico à disposição para as perguntas, enfim. Tá? CONSELHEIRA 502
MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Primeiro, Rosa? Toco. 503
(Manifestações da plenária fora do microfone). Isto. Toco, Dionísio, Bernadete... Bom, o 504
primeiro é o Toco. Pode ir, Toco. CONSELHEIRO ENILSON SCHEPEFF GAMBARRA 505
DA SILVA “Toco” (Região Glória): Secretária, seja bem-vinda! Porque essa secretaria 506
aí caiu do céu, porque os animais merecem, sim, essa atenção que estão tendo. E eu 507
quero agradecer também a um pedido que nós fizemos para o Prefeito e o então 508
Secretário, na época a Regina Becker, porque antes nós pegávamos os animais na rua 509
ou até mesmo de casas que necessitavam, a gente levava, nós como lideranças, quando 510
chegávamos à SEDA nós tínhamos que ficar na beira da estrada, com os animais 511
estressados, os carros em alta velocidade dividindo o espaço com a gente. E na época a 512
gente pediu que fosse feito o recanto ali para que as pessoas entrassem com os animais 513
e ficassem seguros, porque se um animal escapasse ali na beira era atropelado e morto. 514
Quer dizer, tu vais buscar socorro e tu matas, além de ficar no frio, no sol, na ventania. 515
Um dia eu peguei uma chuva e um vento, tinham alguns cachorros na rua e mais uma 516
pessoa comigo, e lá é frio, uma ventania direto Fizeram um abriguinho ali dentro, bem 517
simplesinho, mas está resolvendo. Então, eu agradeço por esse pedido ser atendido. E a 518
pessoa que foi comigo semana passada disse também: “Bah, que legal, Toco, não 519
precisa mais ficar aqui na rua.”. Quer dizer, é bom a gente participar e construir coisas. 520
Quanto ao atendimento, nós, lideranças, realmente as coisas caem em nossas mãos, 521
caem no nosso colo. Qualquer coisinha: “Ah, o bichinho foi atropelado ali, resolve.”; “Ah, 522
essa cachorrinha precisa castração.”. O que a gente está tendo dificuldade? Se tu não 523
tens o cadastro do Bolsa Família ou etc., tu não tens direito a levar uma cadela lá, mesmo 524
tu acolhendo ela da rua, assumir, entendeu? Até conseguir adotar ela. Então, eu gostaria 525
de ver aqui, Secretária, se nós aqui... E quando digo “nós” são lideranças e conselheiros 526
que representam cada situação das suas regiões. Que nós tivéssemos poderes, 527
conselheiros e lideranças comunitárias, de indicar: “Alô! Eu sou o presidente da 528
associação tal, eu estou com dois animais aqui, é de uma família carente, mas não está 529
incluída na bolsa tal. Nós podemos mandar esses animais, agendar aqui?”. Porque o que 530
está acontecendo hoje? Tu ligas lá, a primeira coisa que eles dizem é assim: “Tu estás 531
inscrito no Bolsa Família?”. Eu não estou, mas eu quero salvar um animal, eu quero evitar 532
que aquele animal fique no cio e... Tu entendes? Então, eu queria ver, Secretária, 533
construir junto para que nós, lideranças, tenhamos esse poder de indicar a família tal. Eu 534
reconheço que a família tem lá dois animaizinhos, mas mal pode comprar o leite deles. 535
Se a cadela engravidar, aí sim vai largar na rua para morrer atropelado. Que nós 536
tenhamos esse poder de abonar que tal família pode, sim, levar a cachorra lá, pode estar 537
inscrita que vai ser atendida, porque senão vai ficar ali, o pessoal protege e não protege 538
porque às vezes não tem dinheiro para uma vacinação, para não engravidar... 539
CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): 540
Concluindo, Toco. CONSELHEIRO ENILSON SCHEPEFF GAMBARRA DA SILVA 541
“Toco” (Região Glória): Então, esse aí é o pedido que eu gostaria que fosse avaliado. 542
Eu tenho certeza que esses conselheiros são a favor disso, porque geralmente cai na 543
mão de vocês, cada comunidade tem a sua realidade, né. E muito obrigado! E aquilo ali 544
dá para melhorar um pouco mais, porque quando chove... (Manifestações da plenária 545
fora do microfone). O abriguinho, aquele? Tá. Muito obrigado! CONSELHEIRA MARIA 546
ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Bernadete. Cinco e daí a 547
12
Secretária dá a resposta. CONSELHEIRA GESSI BERNADETE FAGUNDES 548
DORNELLES (Região Cruzeiro): Boa noite! Prazer em lhe conhecer, Secretária! O Toco 549
falou em uma coisa que realmente a gente não pode indicar quem não está com o Bolsa 550
Família, isso é um grande problema. Outra coisa: quando um animal de rua é atropelado, 551
eu já passei várias vezes por isso, e a gente chama pelo SEDA e não tem uma 552
ambulância, um carro que venha socorrer. Eu, muitas vezes, eu morava na avenida da 553
Cruzeiro, onde o fluxo de carro é muito grande, de animais de rua também, muitos eu vi 554
ali, às vezes eu já estava saindo para o trabalho e eu não tinha... “Não, a senhora pode 555
pegar um carro e trazer aqui.”. E aí? Como é que eu explico isso no trabalho, que eu fui 556
juntar um animal de rua para levar no SEDA? Aí o patrão vai perguntar para mim: “Tá, 557
mas o que tu tem a ver com isso?”. Então, eu gostaria que tivesse um meio de quando a 558
gente precisa para um animal de rua que está lá atropelado, às vezes descadeirado. Para 559
mim isso é um sofrimento muito grande porque eu gosto muito de animal, e muitas vezes 560
se eu tivesse dinheiro eu levaria para uma clínica. Já aconteceu isso e eu levei a uma 561
veterinária que eles são meus conhecidos por tratarem dos meus bichos, e eles me 562
prestaram um grande favor porque ela ficou descadeirada e não tinha mais o que fazer. 563
Eu entrei em um sofrimento até hoje porque eu me culpo pela eutanásia, porque eu sou 564
contra a eutanásia, mas era o que tinha que fazer. Eu berrava pelo SEDA às 07h00 da 565
manhã pedindo ajuda e nada, não tinha. Porque daí o 156, gente, é uma desmoralização 566
para qualquer coisa que a gente precise. São mil e uma explicações, mal humorado, e 567
eles não entendem que nós não temos como fazer, juntar animais de rua. Eu tinha muita 568
vontade de falar com a Secretária Regina, que sempre pediu para que nós, conselheiros, 569
apoiássemos esse projeto, nós apoiamos e muitas vezes hoje nós não temos o apoio do 570
SEDA. Se pediu para que a gente faça a demanda, eu tenho até medo de pedir. Pedir 571
demanda para nós hoje não podermos contar de fato com o SEDA. Uma coisa que 572
aconteceu: nós temos um problema no nosso CAR, em torno de uns setenta, se não 573
tiverem oitenta gatos do lado do CAR da região da Grande Cruzeiro. Para fazer o 574
levantamento até hoje... Isso eu acho que já foi feito uma vez, foi feito eu acho que um 575
ano atrás, agora foi feito de novo e nenhuma resposta. Gente, vocês não têm noção, nós 576
vamos ter que mudar a nossa sala do CAR para reunião porque nós não aguentamos o 577
cheiro do xixi e do cocô do gato. Então, assim, eles já estão procriando entre pai e filha, 578
mãe e filho, irmãos. CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" 579
(Região Leste): Concluindo. CONSELHEIRA GESSI BERNADETE FAGUNDES 580
DORNELLES (Região Cruzeiro): Então, assim, eu gostaria de pedir para ti, Oscar, que 581
tu tomes uma providência. Eu não quero que tire os gatinhos de lá, mas que se faça uma 582
castração geral, porque eles só se reproduzem entre família e tu sabes que isso é muito 583
perigoso porque eles vão se tornando doentes. CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH 584
BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Concluindo. CONSELHEIRA GESSI 585
BERNADETE FAGUNDES DORNELLES (Região Cruzeiro): Então, essa é a minha 586
queixa do SEDA, um momento que a gente não tem para quem pedir socorro para 587
cachorros de rua. Obrigada! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia 588
Beth" (Região Leste): Rosa Helena. CONSELHEIRA ROSA HELENA CAVALHEIRO 589
MENDES (Região Partenon): Então, Secretária, boa noite para a senhora! Eu tinha 590
várias perguntas, mas entre elas a senhora já me respondeu algumas. E eu fico triste 591
porque as respostas que a senhora me deu não são convenientes para mim vendo o que 592
eu estou vendo dentro das comunidades, principalmente da minha. Então, uma delas é: 593
eu gostaria de saber qual é a política que vocês usam para quando as pessoas que são 594
aquelas que cuidam, acumuladores de bichos, como dizem, ou cuidadoras, velhinhas, as 595
pessoas sozinhas que acabam acumulando os seus bichinhos ao longo dos anos de vida. 596
O que fazem a respeito dentro dessa situação com esses bichos que ficam à deriva? Ou 597
13
seja: elas ficam abandonadas porque essa acumuladora morre, vem a falecer. E com 598
quem é que ficam esses bichos, visto que a gente não consegue dentro da comunidade 599
alguém que cuide? Digo isso por experiência, porque eu tive uma senhora que morreu há 600
pouco tempo, de 78 anos, e ela era uma cuidadora. Aliás, ela fazia o trabalho que a 601
Prefeitura nunca fez. E graças a Deus, claro, que a SEDA veio há cinco anos, mas assim 602
mesmo ela não está atendendo toda a demanda. Que bom que ela existe, mas ela assim 603
mesmo não está atendendo toda a demanda, por isso que eu digo que eu fico triste, né, é 604
impossível. Quinhentos mil animais para vinte e cinco já terem feito, então para mim 605
ainda é pouco, mas é uma cidade grande, né, mas assim mesmo eu vou ser pertinente. 606
Eu acho que a SEDA deveria, sim, começar a trabalhar uma forma de aumentar mais 607
essas demandas, uma forma de buscar meios de casas de proteção, abrir mais casas 608
visto que eu fiquei sabendo que na Lomba do Pinheiro tem uma casa onde vocês cuidam, 609
um sítio, sei lá o que é, um lugar específico para cuidar desses bichos e que hoje atende 610
uma demanda que era de oitenta, estão atendendo quatrocentos. Pelo menos foi isso 611
que eu ouvi falar. E dentro disso, gente, nós precisamos de mais lugares para colocar 612
esses bichos. Nessa casa tinha em torno de cinquenta cachorros, se eu não tivesse 613
conversado com a comunidade para fazer a doação eu não teria os sete que eu tenho 614
hoje sendo que sete a SEDA levou. Há muitas dificuldades. Com a ajuda de um 615
companheiro que conseguiu entrar em contato, o Cupinaré conseguiu entrar em contato 616
com a SEDA e intercedeu para mim para ver se eles poderiam ajudar pelo menos os 617
doentes. E agora estão retornando, fazendo com que as vizinhas do lado peguem esses 618
cachorros de volta. Ora, se as pessoas não tinham o comprometimento de ficar com esse 619
cachorro a não ser essa idosa, vai ficar com quem esse cachorro? Ninguém quer. Agora 620
a filha que não morava junto vendeu a casa e os cachorros vão ficar abandonados. E aí 621
eu pergunto: ainda temos um monte de cachorros à deriva nas vilas, o 156 não funciona 622
para nenhuma secretaria, tá? Não funciona. Sou companheira dentro da tua fala. 623
CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): 624
Concluindo. CONSELHEIRA ROSA HELENA CAVALHEIRO MENDES (Região 625
Partenon): E a nível da SEDA também, a questão da SEDA dentro dos postos de saúde. 626
E aí eu me preocupo, eu sou obrigada a falar, Rosa, eu peço mais um minutinho só. A 627
questão dos animais não é só o cheiro, companheira, não é só o xixi e as fezes ou coisa 628
assim. Enquanto conselheira distrital de saúde eu me preocupo com os carrapatos, as 629
pulgas, porque eu tenho feito trabalhos dentro das unidades de saúde dentro do 630
Partenon, onde eu faço as pesquisas de mês a mês, e lá me chega muito a questão de 631
picadas desses bichos. Então, a infestação desses bichos está me preocupando, e a 632
sarna também. Então, quem é que vai trabalhar essa questão se nós não começarmos a 633
nos preocupar, a ter um olhar melhor para isso? Então, eu acho que a SEDA tem que se 634
preocupar, sim, já que é uma secretaria que foi fundada há cinco anos e já está há um 635
bom tempo. Mesmo sendo uma criança, mas eu acho que ela já tem um tempo hábil para 636
poder começar a atuar e fazer alguma coisa e mexer nessa situação, porque senão todas 637
essas questões vão resvalar lá na saúde com os nossos pacientes. Obrigada! 638
CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): 639
Dionísio. CONSELHIERO DIONÍSIO GAUSE JUNIOR (Temática Cultura e Juventude): 640
Primeiro eu gostaria de dar parabéns a Porto Alegre porque há cinco anos deu um passo 641
muito importante nos direitos dos animais, coisa que muitas prefeituras aqui do Rio 642
Grande do Sul nem sequer saiu do papel ou então está se fazendo presente dentro das 643
comunidades. Então, isso é importante a gente frisar porque é muito importante. 644
Parabéns, Fabiane! Tu estás à frente da SEDA, isso é muito importante. Mas a gente tem 645
muitos problemas e só muda de endereço. Os animais, eles procriam em uma velocidade 646
muito grande e ninguém consegue parar. Dia 25/08 mandei um e-mail solicitando, e quem 647
14
me respondeu foi o Maurício Silveira, a presença da SEDA na nossa associação e no 648
nosso conselho comunitário. Não tive resposta positiva. No dia 1º mandei novamente um 649
e-mail, dia 03/09 a Bernadete Moog deve ter me respondido, depois a Joice Peruzzi 650
entrou em contato comigo no dia 16/09 e eu tentei uma agenda para o dia 24/09. Então, 651
um mês junto à SEDA e o pessoal me cobrando que eu falasse sobre a política de 652
colocar casinhas em locais, etc. Bom, se um animal pega uma criança, quem é que vai 653
ficar responsável? Quem deu essa casinha? Quem está alimentando? Isso é uma coisa 654
que nós precisamos saber, se a SEDA assume essa responsabilidade ou se é quem está 655
cuidando lá na nossa vila assume essa responsabilidade. Esses problemas que ocorrem 656
por causa dos animais em praças e lá na nossa é uma coisa que está acontecendo, já 657
acabou entrando em um conflito de vizinhos e de pessoas que trabalham no ponto de 658
ônibus lá. Nós temos três pontos de ônibus lá, final da linha, e o pessoal entrou em briga 659
de fato porque os que fazem o transporte alimentam os animais que estão com a casinha 660
atrás da associação e aí os vizinhos não querem que eles alimentem e acabam brigando. 661
E aí nós temos que entrar, como liderança comunitária, para tentar mediar esse 662
problema. Nós fizemos lá um movimento de colocar cartazes da lei que proíbe o descarte 663
dos animais e que é uma lei federal, só que é o seguinte: o pessoal continua atirando. 664
Atirando. Não é nem largando, é atirando animais, porque já foram testemunhados por 665
nossa vizinhança que o pessoal passa perto da praça e atira o cachorro. Atira. Atira 666
sacolinha com cachorros. Nós temos, realmente, pessoas que se preocupam com isso, 667
que vão lá, juntam os cachorrinhos e acabam conseguindo a doação, mas tem pessoas 668
que continuam com os animais lá. Então, tem pessoas que estão com dez, doze 669
cachorros dentro de casa e cuidando, e aí é um valor imenso. Aí volta naquele problema: 670
como é que uma família que não tem Bolsa Família, mas está sustentando esses 671
animais, vai conseguir castrar dez, doze animais? Então, essa política a gente precisa 672
conversar mais próximo. E acho que aqui é o local e aqui nós temos a representação de 673
toda cidade. CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região 674
Leste): Concluindo. CONSELHEIRO DIONÍSIO GAUSE JUNIOR (Temática Cultura e 675
Juventude): E a SEDA, como uma secretaria pequena que é porque não tem uma verba 676
muito grande para ela também, tem que buscar força com esse pessoal que está aqui, 677
porque nós representamos Porto Alegre e nós temos como fazer pressão para essa 678
secretaria dar outro enfoque para os nossos animais que estão perdidos na rua. 679
Obrigado! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região 680
Leste): Obrigada, Dionísio. Dinar. E após o Dinar a resposta da Secretária. 681
CONSELHEIRO DINAR MELO DE SOUZA (Região Extremo-Sul): Boa noite, Secretária! 682
Eu queria fazer uma pergunta, se a senhora já respondeu, desculpa, sobre como é feita a 683
castração, que eu sabia que a gente tinha que fazer através dos postos de saúde, né. 684
Então, eu acharia muito importante através de nós, líderes comunitários, reunir um 685
número x de animais para ir a uma data, escolhemos uma data em cada região para a 686
gente castrar esses animais. E quero dizer que eu sou cachorreiro também, então eu me 687
preocupo muito. Lá em Belém Novo tem muito cachorro na rua e a dificuldade que tem 688
para a gente conseguir uma castração ou levar o pessoal. Eu acho que seria importante é 689
ter uma data, até o Giovane, os que vão ser candidatos a vereador, se forem eleitos 690
vocês já colocam uma lei no município, não sei se pode, né, mas para de tanto em tanto 691
tempo ter esse ônibus ou ter o meio de transporte e ir à região para castrar esses 692
animais, porque são muitos animais. Vocês sabem, como já foi falado, o número de 693
cachorros que se reproduzem aí é muito. Se não tiver uma política de castração vai ser 694
complicar. E como o Dionísio falou, é muito importante nós começarmos a demandar 695
verbas também para essa secretaria. Nós vamos ter que começar a correr atrás para a 696
gente resolver esse problema dos animais. É só isso. Obrigado! (Manifestações da 697
15
plenária fora do microfone). CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia 698
Beth" (Região Leste): Jurema. CONSELHEIRA JUREMA BARBOSA SILVEIRA 699
(Região Cristal): Assim como o Toco e outros que disseram, a gente está de parabéns 700
por termos uma secretaria hoje que não tem mais aquela política que antigamente era a 701
carrocinha recolher e exterminar, e a gente é contra isso. Mas sei também que a 702
Secretaria está trabalhando muito sozinha, Secretária. Muito sozinha que eu digo, ou a 703
Secretaria se organiza para trabalhar em rede... O problema é muito grande e ele não é 704
só da Secretaria, hoje é um problema social. Por que eu digo “social”? Eu não sei com a 705
Bernadete, mas eu vou falar pela Região Cristal. O que está acontecendo? O DEMHAB 706
está fazendo reassentamento em todas as regiões de Porto Alegre. E o que acontece? 707
As pessoas, cada comunidade tem cinco, seis cachorros e quando vão embora deixam 708
esses cachorros atirados. E aí vem isso que a gente não tem apoio de ninguém. Eu tinha 709
um cachorro, hoje eu tenho nove cachorros porque as pessoas foram embora e deixaram 710
esses animaizinhos lá. E as pessoas, por saberem que eu gosto de cachorro, jogam por 711
cima do meu portão. Eu poderia ter muito mais cachorros hoje do que existem. Eu liguei 712
para a SEDA e vou dizer bem claro: não liguei para o 156. Eu estive com a Secretária 713
Regina Becker e o esposo dela em um evento e falei com ela, ela me deu um cartão: 714
“Liga direto para lá, não liga para o 156.”; porque até então tinha se mudado uma família, 715
tinha ido embora e tinha deixado onze cachorros e uma cadela que ganhou mais treze 716
depois. Eu liguei para a SEDA, para aquele número que ela deu. Sabe o que a pessoa 717
que me atendeu disse? “Olha, a gente não tem como fazer nada, a senhora tem que 718
procurar a pessoa que deixou os animais aí, a senhora tem que responsabilizar essa 719
pessoa.”; só que essa pessoa tinha ido embora para Santa Catarina. Resumindo: eu, 720
graças a Deus, com a ajuda de outras pessoas, dos meus filhos, a gente alimentou, criou 721
esses cachorrinhos e a gente mandou esses cachorrinhos para o interior. Eles foram lá 722
para Caxias do Sul com um criador de cavalo ali do Jockey Club, porque ele sabia que eu 723
não tinha como tirar dinheiro e tirar de todos esses... Esses estão cuidados, mas a gente 724
tem muito dentro de toda grande Porto Alegre. CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH 725
BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Concluindo. CONSELHEIRA JUREMA 726
BARBOSA SILVEIRA (Região Cristal): Para concluir. Enquanto a Secretaria não tiver 727
um trabalho com a Saúde, com o DEMHAB e o trabalho de panfletagem de 728
conscientização do ser humano, que é muito mais irresponsável do que os animais, nós 729
vamos viver nisso aí. Porque eu tenho todos os meus cachorros e todos são castrados e 730
nenhum foi pela SEDA. Obrigado! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES 731
"Tia Beth" (Região Leste): Próximo. CONSELHEIRO JEFERSON FLORES SOUTO 732
(Região Centro): Boa noite! Secretária, eu queria mais era só falar sobre as doações de 733
cachorros, porque eu vejo que nós temos bastante cachorro lá na SEDA para doar 734
enquanto na minha comunidade, lá perto do Jardim Botânico, onde tem pessoas que 735
estão vendendo cachorro a R$ 5 mil. R$ 5 mil e cheio de cachorro para doar. Se não 736
tinha como a gente fazer com essas pessoas que vendem os cachorros, eles ter que pelo 737
menos doar um cachorro a cada três ou quatro. Eu acho um absurdo R$ 5 mil. Eu sei que 738
tem gente que pode pagar porque não quer um vira-lata, onde um vira-lata também é um 739
cachorrinho muito bacana, muito bonito e mais amigo talvez até que um pedigree. Então, 740
ver com a SEDA se tem como a gente ver essas pessoas que vendem os cachorros, se 741
tem como fazer com que eles a cada dez sejam obrigados a doar um da SEDA. É o meu 742
questionamento. Obrigado! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia 743
Beth" (Região Leste): Ademir. SR. ADEMIR CARVALHO (União das Associações de 744
Moradores de Porto Alegre): Assim: até para encaminhamento, como o Toco falou, eu 745
acho que a gente, como conselheiro, deveria fazer parte de apoio da SEDA e ser 746
cadastrado na SEDA como apoiadores, porque eu me senti constrangido. E acho que no 747
16
Brasil tudo o que é proibido pode, tudo o que pode é proibido, porque a gente tem que 748
manipular às vezes, pegar uma pessoa que tenha o NIS para poder fazer uma ação 749
social com o animalzinho porque a gente não pode usar a SEDA porque a gente não tem 750
o NIS. Sabe? Eu fiz isso. A minha esposa tem um cachorrinho de rua, o cachorro ficou 751
grande, tive que castrar ele, aí tive que pegar do filho de uma amiga minha o NIS para 752
poder ir lá para castrar o cachorro. Outra coisa, assim: me senti constrangido. Até tive 753
que ligar para a Secretária no sábado de manhã porque há controvérsia. Eu acho que 754
toda secretaria as pessoas às vezes complicam mais do que facilitam. Geralmente aquela 755
pessoa que tem um cargo abaixo de todo mundo é a que mais complica, não sei por quê. 756
O meu cachorro foi castrado na segunda-feira, se eu não me engano, e o cachorro 757
arrancou os pontos. Isso na sexta-feira, à tardinha eu cheguei em casa e vi que o 758
cachorro arrancou os pontos, daí eu peguei o cachorro sábado de manhã e fui lá para a 759
SEDA, porque eu tinha ligado para a SEDA: “Não, traz ele aqui sábado de manhã que a 760
gente dá uma olhada nele e tal.”. Fui lá, a moça: “Não, tu tens que abrir o número do 761
protocolo de novo no 156.”. Pô! Se o cachorro estava em resguardo em casa, ele estava 762
cuidado em casa, ele tinha que voltar para tirar os pontos e ele tem um microchip que é 763
colocado no cachorro, automaticamente a SEDA tem o controle sob aquele animal, então 764
é fácil. Então, para que botou o microchip se a SEDA não tem controle sob o microchip? 765
Eu gostaria de saber para que serve o microchip. Aí a moça falou: “Não, tem que abrir um 766
protocolo do 156.”. Aí o cachorrinho na rua com a minha filha de 12 anos, eu fiquei 767
constrangido porque não abriram o portão, fiquei na porta de fora. Entendeu? Aí o que eu 768
tive que fazer? Eu liguei para o 156, a moça: “Moço, o senhor está equivocado. O senhor 769
já tem um processo aberto com esse animal, esse animal está em andamento, está em 770
resguardo em domicílio, mas tem que retornar para retirar os pontos. Então, está aberto.”. 771
Eu falava para o guarda para o lado de fora do portão, o guarda falava com a moça lá 772
longe, que ela não veio até mim, o guarda voltava, falava para mim e eu ligava para o 773
telefone, aí voltava e falava para o guarda. Bem assim. Para tu teres uma ideia como é 774
que funcionou a coisa lá. CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia 775
Beth" (Região Leste): Concluindo. SR. ADEMIR CARVALHO (União das Associações 776
de Moradores de Porto Alegre): Gente, eu fui muito bem atendido na SEDA, só que 777
essa parte deixou a desejar. O que aconteceu? A Secretária ligou para lá, gente, só 778
faltaram me carregar no colo. Então, isso em chateia, porque a gente quer fazer 779
direitinho, a gente quer ser bem atendido como um colaborador. A gente não é inimigo da 780
SEDA, a gente é colaborador da SEDA. Eu tinha falado em outras ocasiões para a 781
Regina Becker... CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" 782
(Região Leste): Concluindo. SR. ADEMIR CARVALHO (União das Associações de 783
Moradores de Porto Alegre): Só um pouquinho, isso é importante. Falado para a Regina 784
Becker o seguinte: a gente, como conselheiro, tinha que ter um cadastro na SEDA, 785
porque nós somos agentes parceiros da SEDA. E até hoje não foi feito isso, gente. Outra 786
coisa, assim: acho que a SEDA, aquela parte da entrada ali, como eu disse, tem que ter 787
uma atenção para as pessoas que chegam ali, porque eu fiquei no portão, na rua. Fui 788
bem atendido depois, fui bem atendido antes? Fui. Agora, nesse momento eu fiquei 789
chateado e constrangido. Outra coisa é o seguinte: acho que tem que ter o 790
encaminhamento, tem que ter um cadastramento dos conselheiros como colaboradores, 791
não como inimigo ou qualquer outra coisa. Só isso. CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH 792
BRITOS ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Obrigada! Próximo. CONSELHEIRO 793
GIOVANE DE LIMA JUNIOR (Região Nordeste): Boa noite! Então, Secretária, eu sou 794
muito feliz com essa secretaria, todas as vezes que eu busquei atendimento eu fui 795
contemplado. Eu sou de uma época que eu lembro que o líder comunitário chamava a 796
carrocinha lá e nós fazíamos uma briga na vila para não deixar levar os cachorros porque 797
17
iam fazer sabão e salsicha, né. (Risos). A gente tocava pedra depois na casa dele lá. 798
Hoje, felizmente, a gente vive dias de modismo de defesa dos animais, a gente tem aí um 799
grupo que se diz representante dos animais, que quer fazer com que toda população 800
adote os animais, cada um adote os animais, quer botar tornozeleira eletrônica em quem 801
estupra animal. Então, felizmente vários estão nessa onda da defesa, mas a gente vê a 802
preocupação da secretaria. E só para reforçar, assim: eu acho que todas as secretarias, 803
departamentos e fundações que se agregaram ao OP só ganharam. A FASC, todas só 804
ganharam. Então, a gente pede que a SEDA se aproxime do OP. A gente é brigão assim, 805
mas a gente gosta de construir, porque, realmente, os animais são um problema social. 806
Dentro das comunidades o que mais têm é criança e cachorro, mas agora têm mais 807
cachorro do que criança. Então, esse conselheiro da Região Nordeste, uma das mais 808
pobres da cidade, a gente pede que não se limite somente ao posto e ao CAR, mas que 809
sim ao FROP, aos delegados. Se unam a nós que com certeza quem vai ganhar é a 810
população e a Secretaria. Muito obrigado! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS 811
ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Obrigada, Giovane! Rosa. CONSELHEIRA ROSA 812
MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Bem, assim, eu acho que essa 813
questão de ter Cadastro Único para poder atender o cachorro não dá, né, gente. Não dá 814
para aguentar. Por favor. Essa secretaria se criou a secretaria dos animais, ela não nos 815
disse que tinha que ter Cadastro Único para poder atender os animais. E a Secretária é 816
uma pessoa maravilhosa e criou esse programa porque ela gosta também muito de 817
bicho, com certeza, que nem toda população, todos nós que gostamos dos bichinhos. Eu 818
acho que a gente tem que criar, só como ideia, dentro das regiões, construir junto com a 819
SEDA um mutirão de cirurgias nos locais. Cada região ter uma ida de mutirão, aí o 820
pessoal pega da vila, leva ali, faz a cirurgia que tiver que fazer. Porque é bem melhor, 821
gente, desburocratiza toda essa história de levar lá e atender e não atender, e liga e 822
chama, passa e não repassa. Os bichinhos se assustam com o movimento, isso é muito 823
ruim para eles. Um mutirão. E a SEDA poderia fazer assim... Agora vão dizer: “Bom, mas 824
ficou louca, quer pedir demais.”. Principalmente nas praças onde tem muita criança, 825
loteamentos que têm bastante criança, fazer agora, no verão, desinsetização dessas 826
praças, porque têm muita pulga e carrapato, isso pega nas crianças, isso transmite 827
doenças. E quando a Bernadete falou ali na questão do xixi do gato e do cheiro do cocô e 828
tudo, gente, não é só o cheiro de xixi, o gato transmite uma doença principalmente para 829
mulheres, que depois na gravidez, quando tu vais fazer o exame, quando tu viste tu 830
contraíste a doença do gato e tu não sabes nem por quê. E quando tu vês o teu filho 831
ainda nasce com problemas por este fato. Eu não quero dizer: “Ah, estou apavorando.”. 832
Não. É uma realidade: “O que tu tens?”; “A doença do gato.”; isso aí é prejudicial depois 833
para o bebê. Então, eu acho, assim, se tivesse bastante castração de gatos, porque eles 834
gostam muito de marcar o território, eles fazem aquilo porque estão namorando e querem 835
marcar o território, com a castração com certeza teria menos xixi nas plantas. Porque o 836
que acontece? O bichinho vai, faz o xixi na planta, a criança vem e brinca e acaba 837
pegando, ou o xixi na areia ou coisa parecida. Isso é muito ruim, gente, isso aí é muito 838
prejudicial à saúde. Então, a SEDA fazer um trabalho com as regiões de fazer um mutirão 839
dentro das regiões. E nós, como foi dito aqui, sabemos onde precisa, nós ajudaremos 840
vocês a levar o ônibus até essa comunidade. Agendaremos, receberemos vocês muito 841
bem recebidos, com café, com almoço, seja lá o que for, mas atendam os bichinhos lá 842
dentro das comunidades, seria um trabalho muito mais produtivo. Claro que a gente 843
entende que a SEDA não tem condições de levar tanto cachorro, tanto gato e tanto bicho, 844
porque aí não tem, precisa criar em Porto Alegre um canil específico para isso, mas 845
ajudar e castrar nas comunidades eu acho que isso é viável e não é impossível para ser 846
feito. Muito obrigada! CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS ALVES "Tia Beth" 847
18
(Região Leste): Secretária, eu só queria colocar para a senhora, e a gente que trabalha 848
nas comunidades e que trabalha com famílias carentes sabe, só lá na minha comunidade 849
a gente tem mais de mil pessoas aguardando o Bolsa Família, não é o mesmo em dois 850
meses, tem gente há três anos e são de extrema pobreza. Então, como é que a SEDA vai 851
usar esse critério do Bolsa Família? Se a gente foi parceiro, que pediram a nossa ajuda 852
aqui. Eu acho que o SEDA tinha que ter conversado conosco e tem que mudar esse 853
critério. Bolsa Família não pode ser critério para um atendimento gratuito para os animais 854
das famílias das comunidades. Eu sou muito cachorreira, eu também tenho seis 855
cachorros. Um eu quis porque eu quis, os outros seis foram adotados. Gastei como? 856
Pagando parcelado para um veterinário conhecido, porque a gente não consegue. Eu sou 857
aposentada, só que eu não tenho Bolsa Família. E aquelas famílias que têm filhos, que 858
têm os bichinhos e que não têm o Bolsa Família, muitas vezes não têm nem para eles 859
comerem, mas têm os bichinhos. Não tem Bolsa Família não tem direito, eu acho que 860
esse critério tem que cair por terra. E como todos que estão aqui, os conselheiros do OP 861
são parceiros. Acho que a gente, em conjunto, consegue melhorar as coisas, mas a 862
SEDA tem que ter essa consciência de vim discutir conosco como vai criar um critério 863
desses. E a senhora seja bem-vinda. Agora a senhora pode responder para o pessoal. 864
Obrigada! SRA. FABIANE TOMAZI BORBA (Secretaria Especial dos Direitos 865
Animais): Então, pessoal, fiz as anotações aqui, se eu passei alguma coisa vocês me 866
cobrem durante a fala, tá? Iniciando por ti, então, a questão da parada. Era um 867
problemaço para nós. A UMV, ela não foi um local construído por nós para atender a 868
nossa demanda. Quando a SEDA foi criada nós precisávamos de um espaço para 869
desenvolver as atividades e nós não tínhamos. Então, aquele local era o Centro de 870
Controle de Zoonoses que foi passado para a SEDA. Então, nós herdamos como ele era, 871
não foi um local que foi projetado para atender a nossa demanda. Então, nós tínhamos 872
carência, sim, de sala de espera. No início infelizmente tinha que ficar do lado de fora 873
porque nós não tínhamos um local de espera ali dentro, depois foi colocado um abrigo 874
tipo abrigo de ônibus para as pessoas aguardarem do lado de dentro, e agora nós 875
conseguimos... Existe uma casa canadense aqui na Usina do Gasômetro que era do 876
DMLU, vocês devem ter visto, com as obras de revitalização aquela casa ia ser 877
desmanchada, então a SEDA pediu para que fosse doada para nós. Essa casa foi lá para 878
cima, hoje ela abriga o nosso refeitório. Então, onde era o refeitório dos funcionários hoje 879
é uma sala de espera. Então, aos poucos a gente vai evoluindo. Agora com a questão do 880
hospital também vai ficar bem melhor. Então, como o hospital já era para ter saído e a 881
gente estava barrando no licenciamento ambiental e tudo, então nós não queríamos fazer 882
investimentos lá até pela falta de dinheiro e pela previsão do hospital, mas agora está 883
acomodando, temos uma sala ali para aguardar. Pessoal, a questão que eu acho que é o 884
problema geral: NIS/Bolsa Família, Cadastro Único e Bolsa Família. Eu sou secretária 885
adjunta de dezembro para cá, o Maurício já está há uns três anos talvez, antes era a que 886
hoje é deputada, a Regina, enfim. Não é uma coisa criada da nossa cabeça: “Nós 887
decidimos que agora vai ser o Bolsa Família, só vamos atender...”. Não. A SEDA foi 888
criada através de uma lei municipal. Essa lei municipal, ela diz que a SEDA vai atender 889
famílias que recebam até três salários mínimos gratuitamente. Então, assim, a atribuição 890
da SEDA é atender famílias carentes, não é nossa obrigação legal e nós nem teríamos 891
condições e nem poderíamos atender gratuitamente a todos. Vocês imaginam a SEDA 892
atendendo qualquer pessoa de Porto Alegre. Porque se eu abrir para o pobre, mas que 893
não tem Bolsa Família, eu vou ter que abrir para o rico que não tem Bolsa Família, porque 894
no critério que diz a legislação é a mesma coisa. Eu não posso levar os meus animais na 895
SEDA porque eu não tenho inscrição no Cadastro Único, eu preciso pagar. Agora, se eu 896
autorizar que abra para uma família que eu sei que é pobre, mas ela não está inscrita no 897
19
Cadastro Único, eu tenho tanto direito quanto ela. Então, vocês precisam entender que 898
não é... Eu sei que é difícil se deparar com a situação. E eu acho que a gente pode 899
trabalhar, construir alguma maneira. Vamos pensar juntos. A gente está sempre aberto a 900
dialogar, não tem problema nenhum, mas só para deixar muito claro que é a lei que está 901
dizendo isso. Se nós formos atender todo mundo o pobre mesmo vai ficar prejudicado, 902
porque aquela pessoa que não tem condições de levar vai ser prejudicada por aquele que 903
tem condições de levar e chegar primeiro. Beth, assim, é o que diz a legislação, tá? 904
Então, o nosso critério é que tem que deixar muito claro qual é a diferença do Cadastro 905
Único e do Bolsa Família. O que a SEDA exige para a castração de animais é a inscrição 906
no Cadastro Único, não é Bolsa Família. Bolsa Família é um programa dentro do 907
Cadastro Único. Isso é claro para todo mundo? (Manifestações da plenária fora do 908
microfone). Porque, assim, isso é muito difícil. Eu tive dificuldade de inserir isso até nos 909
nossos funcionários para saber explicar, porque todo mundo fala: “Exige Bolsa Família.”. 910
Não, a SEDA não exige o Bolsa Família. O Cadastro Único envolve vários programas, 911
então ele é bem mais amplo. Vamos supor assim: que em um universo de cem mil 912
famílias inscritas no Cadastro Único trinta mil só tem o Bolsa Família, mas no nosso 913
escopo de atendimento para castração é cem mil, não é as trinta mil. Então, é preciso 914
entender bem o critério para depois reclamar ou criticar. Eu sou bem aberta a críticas, 915
mas a informação é ouro, até para vocês poderem repassar isso. (Manifestações da 916
plenária fora do microfone). Exato. Já vou chegar nessa questão. O que a gente limita só 917
para o Bolsa Família? A questão do atendimento veterinário. O atendimento veterinário 918
não é a política pública principal da SEDA. O atendimento veterinário é o quê? “Ah, o 919
animal está sem apetite, leva na SEDA.”. Isso não é o foco principal da SEDA. Nós não 920
podemos investir nisso mais ou igual ao que a gente investe em castração. 921
(Manifestações da plenária fora do microfone). É isso que eu estou explicando, Beth. Tu 922
vais ter que ter paciência senão a gente não vai conseguir falar a mesma língua, tá? 923
Castração, política principal da SEDA. Os seis filhotes que jogaram no pátio da Jurema, 924
isso só vai ser eliminado se os animais forem castrados. Não é o atendimento ao ouvido 925
do cachorro que vai eliminar as ninhadas atiradas no pátio de vocês, é a castração. 926
Então, o que é o principal objetivo da SEDA? Castrar, não é dar atendimento clínico 927
gratuito. A pessoa que tem animais, ela tem que saber que ela é responsável pelo 928
atendimento desse animal. A castração não é obrigatória, então ela não é obrigada a 929
castrar, mas o atendimento médico veterinário ela é obrigada a dar, isso faz parte da 930
guarda responsável. Então, o momento que a gente vai sair dando atendimento 931
veterinário para todos os animais e todas as famílias a gente vai ir contra a educação da 932
guarda responsável que a própria SEDA faz. O momento que eu vou às escolas e ensino 933
os alunos para eles levarem o material para casa e transmitirem para os pais que a 934
família é responsável pelos seus animais, eu preciso fazer com que aquilo se perpetue 935
dentro da família. Se o meu animal precisa de atendimento veterinário, eu tenho que levar 936
ele para o atendimento veterinário. Agora, castração não é obrigatória. Então, a 937
castração, ela é oferecida gratuitamente pelo município para uma gleba maior de 938
pessoas. Então, para atendimento veterinário, sim, a gente dá atendimento veterinário 939
para famílias que tenham o Bolsa Família. Então, dentro do universo de cem mil, para as 940
trinta mil, porque não é o foco principal da SEDA. Mas o nosso objetivo é a castração, 941
não é? (Manifestações da plenária fora do microfone). Não. Castração: Cadastro Único, 942
que é o NIS, se comprova através do número do NIS. Então, realmente, essa questão de 943
tirar... A gente atende também, eu vou chegar lá, esses mutirões nas vilas a gente já faz, 944
como eu disse. A gente faz três vezes por semana ações nas vilas com os ônibus. O que 945
acontece? Às vezes não está sendo feito através de vocês, mas está sendo feito. 946
(Manifestações da plenária fora do microfone). Não. Eu já vou explicar o critério das vilas. 947
20
Eu só ia fazer mais um parêntese em relação ao NIS. Bom, eu vou lembrar. No decorrer 948
da fala eu lembro e vou incluir. (Manifestações da plenária fora do microfone). Isso. Só o 949
atendimento médico, o atendimento corriqueiro, aquela consulta clínica, tá? Isso, então, o 950
Bolsa Família. Mas castração, que é o nosso principal objetivo e o principal problema da 951
cidade, Cadastro Único. Quando nós vamos para as vilas fazer o atendimento em 952
mutirões... Então, Rosa, essa tua sugestão é ótima, mas ela já é feita pela SEDA. Eu 953
acho que às vezes não chega essa informação para vocês, mas ela é feita. Tanto que 954
assim, pessoal, como eu disse, nós já castramos vinte e cinco mil animais. Quantas 955
regiões existem em Porto Alegre? (Manifestações da plenária). Então, dividem vinte e três 956
por dezessete, é o número de animais por região que já foram castrados. Então, essa 957
reclamação de vocês: “Ah, tem que ir à vila fazer mutirão.”. Nós vamos, porque nós já 958
castramos vinte e cinco mil animais em Porto Alegre. Esse número já está desatualizado, 959
esse número é do mês passado, isso já passou de vinte e cinco. Então, assim, todas as 960
terças-feiras a SEDA está em um local da cidade fazendo essas ações de preparo e nas 961
sextas-feiras a SEDA está buscando os animais nas comunidades para castrar. Então, é 962
feito. Nós começamos em uma vila e terminamos. Então, terça e sexta, terça e sexta. 963
Geralmente são quatro buscas em cada comunidade. Agora está vindo trabalhar conosco 964
uma veterinária que ela vai atuar diretamente dentro do ônibus, então a gente pretende 965
colocar o ônibus todos os dias nas vilas para fazer a castração direto lá. Então, isso vai 966
agilizar ainda mais a castração. Mas isso é feito, pessoal. O ônibus está nas vilas e isso é 967
justamente... (Manifestações da plenária fora do microfone). Mas isso é feito em parceria 968
com lideranças da rede de proteção. O que acontecia antigamente? Quando nós 969
fazíamos com os postos de saúde, assim como existiam postos que queriam e eram 970
parceiros para pegar os agendamentos, existiam aqueles que nos escanteavam 971
totalmente. Então, a castração só pelos postos, ela só não é viável para nós. Funcionou 972
muito bem, foram feitas várias ações. Nós atendemos todas as regiões da cidade, já não 973
tem nenhuma região que ficou fora. Eu posso mandar isso até para vocês por e-mail, 974
enfim, se quiserem, dos postos que nós atendemos. Mas teve postos que foi na 975
imposição e de qualquer jeito, aí nós chegávamos lá, nós deixávamos uma agenda para 976
vinte e cinco castrações em um dia e chegava lá tinha cinco, quatro animais para levar. 977
Ou seja: vinte animais deixaram de ser castrados naquele dia porque não tinha 978
mobilização. Então, por isso que nós trocamos e começamos a fazer com as protetoras 979
que atuam na região, porque elas se mobilizam, elas vão atrás, elas vão de casa em 980
casa, elas fazem um auê. Agora, como eu disse, de cem a cento e cinquenta animais, 981
tem comunidades que a gente atendeu cento e cinquenta animais e cento e quarenta 982
agendaram castração, porque a resistência pela castração é muito alta. As pessoas, 983
principalmente homens, não querem castrar principalmente os machos. Então, tem muita 984
resistência em relação à castração. De cento e cinquenta tu conseguires cento e 985
quarenta pessoas que queiram castrar para nós é vitória. Quando o pessoal retorna da 986
vila e diz: “Cento e tantos animais...”; todo mundo: “Ê...”, sabe? Porque é um motivo de 987
comemoração mesmo para nós. E como eu disse antes também, a gente faz com as 988
protetoras e com lideranças. Eu mesma ligo às vezes para o CAR para saber se tem 989
alguma liderança que queira nos ajudar. Faço isso. Fiz isso agora, na semana passada 990
teve uma ação que foi lá no Beco dos Coqueiros e o Ronaldo que, bah, me deu um baita 991
suporte, e uma protetora junto que foi nas casas também. Chegamos lá, quase fomos 992
escorraçados da vila pelo pessoal do posto, que não queria de jeito nenhum que fizesse 993
através de outros que não fosse deles. Ameaçaram o nosso pessoal, ameaçaram a 994
protetora, um horror. Só deu certo a ação porque o meu pessoal é muito destemido, e eu 995
morro de medo disso porque se eu estivesse junto eu ia dizer: “Recolham-se e vamos 996
embora, porque eu não vou ficar aqui correndo risco. A gente volta depois, quando tiver 997
21
segurança.”. Mas as gurias ficaram, foram conversando, conversando. Mas, assim, 998
abaixo de ameaça fizeram a ação. Nós temos mais uma ação e depois tem as 999
castrações, eu não sei como a gente vai fazer isso, mas o Ronaldo disse que vai ajudar, 1000
que é para avisar ele que no dia ele mesmo vai junto. Então, é exemplo que a gente faz 1001
com as lideranças. Outra situação: tem duas vilas que são próximas do Iguatemi, uma é 1002
bem perto do Iguatemi e uma mais para o Passo das Pedras, que são vilas que eu sei 1003
que têm proliferação de animais, muitos animais não castrados, e nós não temos 1004
nenhuma protetora que atue naquelas vilas. Então, eu quero fazer uma ação lá e eu fui 1005
atrás de lideranças comunitárias para fazer isso, para tentar nos ajudar. Porque não 1006
adianta a SEDA, eu ou qualquer outro funcionário lá da SEDA ir à vila porque, primeiro: 1007
não deixam entrar. Segundo: tu não adquires confiança de um dia para o outro. Nem de 1008
um dia para o outro, né, tem que ser na hora, porque tu estás ali, ofereceste o teu 1009
serviço. Então, tem que ter alguém que tenha um vínculo com eles para dar esse acesso, 1010
senão eu vou marcar uma agenda lá para castração, vai chegar no dia e não vai ter 1011
cachorro lá para castrar, nem cachorro nem gato, nada. Então, liguei para o CAR lá 1012
daquela região, se eu não me engano é na Noroeste. Liguei para lá e disse: “Olha, vocês 1013
conhecem alguma liderança que possa me ajudar na vila tal e na vila tal?”; “Ah, tem. Tem 1014
fulana que pode te ajudar.”. Daí me deu o telefone, eu liguei. Sabe? Fui indo, fui indo, até 1015
que cheguei a uma pessoa que vai nos ajudar a fazer ação lá. Então, pessoal, a gente faz 1016
isso, só precisa chegar até nós essas demandas. Como eu disse, assim: eu já busquei 1017
apoio de lideranças do CAR, de OP, de protetoras, enfim. (Manifestações da plenária fora 1018
do microfone). Eu acho que sim. Como eu disse: eu estou de dezembro para cá. Esse 1019
problema da comunicação dos e-mails, a Bernadete é a secretária anterior, eu não posso 1020
responder por ela, enfim. Na época era ela quem respondia, hoje em dia sou eu que 1021
respondo os e-mails da SEDA. Então, tudo o que tu me perguntares agora eu vou te 1022
responder com certeza, ou positivamente ou negativamente, enfim. (Manifestações da 1023
plenária fora do microfone). É. Eu não tenho como responder, mas não concordo, 1024
demorar um mês para dar uma resposta para mim é absurdo. Te peço desculpas, mas... 1025
Tá. Vou indo aqui então. Eu acho que essa questão dos mutirões está clara. Eu acho 1026
também assim: vamos tentar compor... (Manifestações da plenária fora do microfone). A 1027
tua é Centro-Sul. Eu acredito que, como eu falei, com a vinda de uma veterinária nova eu 1028
acho que vai dar uma otimizada maior nas castrações e eu acredito que a gente possa 1029
pensar em compor. E aí o que eu sugiro? Que de todo esse grupo, que faça duas 1030
pessoas ou três pessoas, enfim, que fiquem de elo entre a SEDA e vocês para a gente 1031
compor alguma coisa junto, quem sabe um dia da semana, alguma coisa assim. 1032
(Manifestações da plenária fora do microfone). Isso. Eu acho que pode escolher algumas 1033
pessoas para serem o elo, para compor a ida. SR. OSCAR PELICIOLLI (Gerência de 1034
Democracia Participativa Local): Secretária, o Antônio não está aqui, mas eu tenho 1035
esse poder de colocar a senhora à disposição dos centros administrativos regionais, 1036
qualquer gestor vai receber essa demanda da comunidade e o centro administrativo vai 1037
fazer esse elo entre a comunidade e a Secretaria. E quero colocar também à disposição 1038
que a senhora também use o mesmo canal, vice-versa. Qualquer coisa que tenha, 1039
comunique. A gente vai conversar depois para poder fazer esse estreitamento de 1040
comunicação. Tá bem? SRA. FABIANE TOMAZI BORBA (Secretaria Especial dos 1041
Direitos Animais): Isso. Esse caminho, por exemplo, com o Ronaldo, isso é ok. Inclusive 1042
surgiu outra demanda também e a gente está se comunicando (inaudível). SR. OSCAR 1043
PELICIOLLI (Gerência de Democracia Participativa Local): Perfeito. Eu acho que 1044
agora a gente corrige esse problema de comunicação. SRA. FABIANE TOMAZI BORBA 1045
(Secretaria Especial dos Direitos Animais): Perfeito. SR. OSCAR PELICIOLLI 1046
(Gerência de Democracia Participativa Local): A porta de entrada da demanda é 1047
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através do centro administrativo regional, dos seus gestores, e nós passamos para a 1048
Secretaria e damos o retorno da informação. SRA. FABIANE TOMAZI BORBA 1049
(Secretaria Especial dos Direitos Animais): Eu lembrei o que eu ia falar aquela hora, 1050
que é bem importante. Nesses mutirões que a gente faz nas vilas, que é foco principal a 1051
castração, a gente não exige o Cadastro Único. Exclusivamente para o atendimento nas 1052
comunidades não tem Cadastro Único, que é o que soluciona o problema. Por quê? 1053
Porque a gente vai às vilas que são extremamente pobres, então a gente não exige. Na 1054
hora quem estiver ali é feita uma mobilização, encosta o ônibus, a gente atende. Nós 1055
temos uma limitação de material. É evidente que eu não posso ir lá e atender quinhentos 1056
animais, primeiro que não dá tempo em um dia só e outra é que eu não tenho material. 1057
Então, é de cem a cento e cinquenta animais dependendo do tamanho da comunidade. 1058
Então, não é exigido o NIS. Eu vou responder as tuas perguntas. Tu precisas sair? Tá. 1059
Então, vamos ver. Animal de rua, falta de transporte. A questão do atendimento de 1060
animais atropelados. Pessoal, é importante deixar claro assim: antes da SEDA nós não 1061
tínhamos nada. Não tinha transporte, não tinha atendimento gratuito, não tinha nada, não 1062
tinha nem 156 para a gente reclamar. Hoje em dia nós temos a Secretaria que dá todo o 1063
atendimento gratuito. Nós não temos veículos para andar em Porto Alegre, uma cidade 1064
que tem 1,6 milhão de habitantes, para buscar todos os animais de todo mundo que 1065
queira que a SEDA busque no local, não existe estrutura para isso. Não chega a trinta 1066
funcionários a Secretaria. Eu tenho quatro carros que servem para busca, que servem 1067
para levar os nossos animais que estão internados para fazer exame nas clínicas, para 1068
levar para cirurgias em clínicas parceiras, para tudo. São esses veículos para tudo. E os 1069
dois ônibus que são os ônibus que vão para as comunidades fazer os atendimentos. 1070
Então, vocês imaginem, nós recebemos uma média de quarenta demandas da Unidade 1071
de Medicina Veterinária por dia e a maioria é de animais atropelados que entram pelo 1072
156. Então, não tem como ir buscar todos. O que a gente sempre pede? Que a pessoa 1073
leve o animal. Já tem o atendimento gratuito, hoje em dia tu tens a quem se reportar. 1074
Então, pelo menos quem pode levar, que leve. Em últimos casos, quando a pessoa 1075
realmente não tem a SEDA busca. Garanto que busca. (Manifestações da plenária fora 1076
do microfone). Não busca só se não tiver carro mesmo. Se eu não tiver carro lá, a gente 1077
não busca. Realmente, gente, são quatro carros, são quatro caminhonetes que nós 1078
temos na SEDA para toda a demanda. Então, eu não vou prometer que nós vamos 1079
buscar toda vez que tu ligares, eu vou estar mentindo para ti. Quero que um dia a gente 1080
consiga alcançar essa beleza, esse mundo ideal, essa maravilha, mas tu sabes que não 1081
é assim. Nem o SAMU consegue atender toda a demanda que existe. Isso que é uma 1082
verba do SUS, que não é pouca. Nós não temos verba federal, não tem verba de SUS, 1083
não tem. Então, a gente pede que tenha essa contribuição. Como tu disseste: se um dia 1084
tu precisaste socorrer, tu levaste a uma clínica particular. Então, quer dizer, tu tiveste a 1085
despesa do transporte e ainda tu tiveste a despesa de pagar o atendimento. 1086
(Manifestações da plenária fora do microfone). Tudo bem. Tu conseguiste uma exceção 1087
lá com um amigo. Ok. Mas tu conseguiste levar. Então, assim, na SEDA tu tens gratuito, 1088
a gente pede que a pessoa pelo menos leve. (Manifestações da plenária fora do 1089
microfone). Pois é. Mas é isso, sabe? É o que nós temos em um local que não tinha... 1090
Nós temos uma demanda reprimida em Porto Alegre de anos que nós estamos tentando 1091
solucionar, e em cinco anos é impossível solucionar. Então, Bernadete, não tem uma 1092
fórmula mágica para te propor. Não tem. Isso a gente pede a contribuição das pessoas, 1093
que levem mesmo, assim como a gente pede que se responsabilize em pegar de volta 1094
porque nós não temos como ficar com todos os animais. A questão dos gatos: o que é a 1095
orientação que tem para esses casos? Que alguém ali do local auxilie na captura dos 1096
felinos, porque não é chegar lá e pegar todos os gatos, tu sabes que não é assim que 1097
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funciona. Que auxilie na captura e a SEDA faz a castração dos animais. (Manifestações 1098
da plenária fora do microfone). Não tem problema, nós podemos fazer. (Manifestações da 1099
plenária fora do microfone). São todos os animais da mesma pessoa? Então, eu peço 1100
que vocês mandem um e-mail para o SEDA, que é seda@seda e tal, porque é um caso 1101
de acumulador. É um caso de acumulador que a gente vai entrar nesse assunto. Aí tem 1102
todo um trabalho específico para esse caso. Não precisa nem o CAR, enfim, é outro 1103
procedimento. Nós temos um projeto específico para acumuladores. (Manifestações da 1104
plenária fora do microfone). CONSELHEIRO ENILSON SCHEPEFF GAMBARRA DA 1105
SILVA “Toco” (Região Glória): Aqui, pessoal, veja bem: como nós tratamos de todas as 1106
secretarias e a SEDA é uma agora, e a referência sempre é o centro administrativo 1107
regional, eu proponho o seguinte: que cada CAR, junto com os seus conselheiros e 1108
delegados, organize uma agenda com a Secretaria para organizar os seus mutirões. Tu 1109
entendeste? Qual é a pauta do FROP quarta-feira? É SEDA. Chama-se as comunidades 1110
locais de cada CAR, já vão sabendo qual é a pauta, então dali já se tira o mutirão. Ah, na 1111
Glória: vai ser um mutirão para castração dia tal. Que local vai estar o ônibus? Dia tal, ali. 1112
Então, cada liderança daquelas faz o seu trabalho dentro da sua comunidade, já tira uma 1113
relação de quantos animais cada um já está e passa para o CAR encaminhar para a 1114
SEDA, porque a SEDA já vai vim sabendo quantos animais estão. SRA. FABIANE 1115
TOMAZI BORBA (Secretaria Especial dos Direitos Animais): Eu acho que isso é 1116
ótimo, é um caminhamento bom, eu posso levar para a Secretaria e discutir com o 1117
Secretário e com o pessoal do atendimento das comunidades. Só que é muito importante 1118
que desde já fique muito claro que a SEDA já está nas comunidades, isso tem que ser 1119
levado em conta. Por exemplo... Estou chutando, tá? O CAR Noroeste, sei lá: nós já 1120
atendemos a Vila das Laranjeiras, já atendemos o Beco dos Coqueiros. (Manifestações 1121
da plenária fora do microfone). A do Ronaldo é Eixo Baltazar? Isso. Então, lá já tem uma 1122
média, só nos últimos dois meses, trezentos animais atendidos. Então, é um número bem 1123
considerável. Então, vamos dar prioridade para os que ainda não receberam tanto 1124
atendimento. Nós temos agora também uma ação programada, não sei, acho que ali 1125
pertence ao Partenon talvez, a Vila no Limite. (Manifestações da plenária fora do 1126
microfone). Teresópolis, ali. (Manifestações da plenária fora do microfone). Com certeza 1127
teve. Se não com as protetoras, com os postos. Então, assim, ali vai ter um atendimento 1128
para trezentos animais em breve, já está agendado. Eu tenho agendamentos do ônibus 1129
até outubro. (Manifestações da plenária fora do microfone). Não, é toda semana. Toda 1130
semana nós vamos para as vilas. (Manifestações da plenária fora do microfone). Ser 1131
castrado? Cinco meses. (Manifestações da plenária fora do microfone). Não, é o que eu 1132
falei, eu posso passar por vocês por e-mail. Eu não tenho que estar mentindo, Rosa. 1133
Desculpa, sabe? Tu estás me tratando com agressividade desde os teus 1134
questionamentos. Então, eu não estou aqui para mentir, eu estou aqui para passar para 1135
vocês o que a SEDA faz, o que a SEDA não pode fazer e jogando limpo, e me dispondo a 1136
compor alguma coisa, a construir. Eu não estou te tratando com agressividade porque 1137
não é o meu perfil, eu jamais vou fazer isso. Então, assim, eu não estou mentindo, eu 1138
posso passar uma relação dos atendimentos que já foram feitos ao longo de cinco anos 1139
no Partenon. Posso fazer isso. (Manifestações da plenária fora do microfone). Ah, me 1140
pareceu. Desculpa! Talvez seja o teu jeito pessoal. Pode ser. (Falas concomitantes). Eu 1141
me disponho a vim, claro. Sobre acumuladores: a SEDA tem um trabalho bem grande em 1142
relação aos acumuladores que a gente acompanha durante a vida deles, tentando fazer o 1143
quê? Castrar para que pelo menos não fiquem procriando ali. O pior problema que existe 1144
hoje para a SEDA é acumuladores. E não só para a SEDA, para o Ministério Público 1145
também, tanto que no início o Ministério Público mandava a SEDA recolher os animais, 1146
entrava com ações judiciais para a SEDA recolher. A SEDA já recolheu uma média de 1147
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trezentos animais. E o próprio Ministério Público viu que não adianta recolher, Rosa, eles 1148
pegam outros animais. Então, o Ministério Público propôs uma parceria para estudar 1149
esses casos e criar um protocolo de atendimento. Nós tiramos de um senhor da Restinga 1150
cento e quarenta animais, na frente de um colégio, e em dois meses ele tinha outros cem 1151
animais. Então, não é a solução o recolhimento. Bom, então tem esse estudo da PUC, o 1152
tratamento tem que ser para a pessoa. Então, a SEDA entra com o atendimento dos 1153
animais e a castração para tentar diminuir o problema dos animais ali, pelo menos 1154
garantir um pouco de bem estar, o mínimo possível. Quando morre: o animal é como 1155
qualquer coisa, é a herança, mas é muito difícil porque com os animais ninguém quer 1156
ficar, mas ninguém também entrega uma casa que é herança de presente para a 1157
Prefeitura, então querem que a SEDA recolha os animais. Eu vou dar um número aqui 1158
para vocês que eu acho que vai chocar. Só desses recolhimentos, quando vocês falam 1159
assim: “Tem que aumentar o número de albergagem, tem que ter mais locais.”; é uma 1160
coisa que para quem conhece, para quem sabe o custo que isso tem jamais falaria isso. 1161
Eu vou dizer assim: de novembro de 2014 até fevereiro de 2016, nós temos um ano e 1162
quatro meses, em um ano e quatro meses a SEDA gastou com albergagem, só desses 1163
animais de três acumuladores que foi ordem judicial que a SEDA recolheu, R$ 1 milhão. 1164
É mais de R$ 1 milhão, é R$ 1 milhão e cento e poucos mil. Tem uns quebrados, tá? 1165
Não. Em um ano e quatro meses só para albergar, só para dar ração e o atendimento 1166
básico, sem contar a castração, sem contar a medicação, mordedura, enfim, nada, não 1167
está contando o atendimento veterinário. Então, é R$ 1 milhão que a gente gastou para 1168
albergar esses animais, isso em um ano e quatro meses, os animais duram dez, quinze 1169
anos dependendo da idade que ele está. Eles vão ficar muitos anos conosco. Então, nós 1170
achamos que é pegar esse R$ 1 milhão do orçamento da SEDA e fazer a castração. 1171
Então, a solução não é albergagem, não é: “Ah, aumentem o número da albergagem.”. 1172
Não é essa a solução, a solução é tu pegares esse dinheiro e investir na castração. 1173
Então, por favor, entendam isso. A SEDA está à disposição, está com as portas abertas 1174
para quem quiser lá conhecer, conhecer a UMV, ver como é que o nosso trabalho, as 1175
dificuldades que a gente enfrenta. Na questão dos acumuladores: é questão de herança. 1176
Quando não tem acaba que a SEDA acaba recolhendo, não tem alternativa. Esse caso 1177
específico eu estou acompanhando e tem umas vizinhas que se propuseram... Esse 1178
trabalho que tu estás encabeçando é ouro para nós. Que bom se todo mundo fizesse o 1179
que tu estás fazendo, sabe? De ter quase cinquenta animais e hoje estar com sete só. Se 1180
todo mundo fizesse isso nós não teríamos gasto R$ 1 milhão em um pouco mais de um 1181
ano com albergagem. Nós precisamos que a sociedade contribua, é isso. Assim: nós 1182
estamos devolvendo porque as pessoas que estão cuidando dos cães ali se propuseram 1183
a receber os cães de volta. Por isso que a SEDA está devolvendo, enfim. Está tendo com 1184
a Meri, se eu não me engano... (Manifestações da plenária fora do microfone). É. A gente 1185
não tinha essa informação da venda do terreno, mas se conseguirem o contato dessa 1186
filha, enfim, isso seria bom porque a gente consegue... (Manifestações da plenária fora 1187
do microfone). Qualquer coisa tu falas comigo (inaudível). SR. MAXIMO ALFONSO 1188
(Gerência do Orçamento Participativo): Por favor, deixa a Secretária concluir. Conclua, 1189
Secretária, por favor. SRA. FABIANE TOMAZI BORBA (Secretaria Especial dos 1190
Direitos Animais): Deixa eu ver o que é mais importante. A questão do 156, gente, 1191
assim: para nós o 156 funciona. Teve problemas dessa troca, que eram antes assistentes 1192
administrativos e passaram a ser terceirizados. Foi um caos, eu fiquei uns três meses 1193
enlouquecendo, mas agora parece que está estabilizando as orientações, está 1194
melhorando. Mas não é uma coisa que é da SEDA, é da Governança. Então, eu tenho 1195
que ficar compondo com eles. Peço desculpa por qualquer... O site da SEDA é bem 1196
completo em relação às informações. Quando tiverem dúvidas como encaminhar tal 1197
25
coisa, como é que pede esterilização, essas coisas, no site da SEDA está completinho, 1198
dá para buscar ali, é melhor que o 156 às vezes. Mas qualquer coisa manda e-mail para o 1199
seda@seda que eu respondo tudo. Não deixo passar nada, sério, eu respondo. A 1200
questão das pulgas e carrapatos. Gente, assim: se o animal está saudável, ele não vai 1201
transmitir pulga, carrapato, sarna. É isso que a gente quer. É que assim: sempre vai ter 1202
animais na rua. O que a SEDA propõe? Que os animais sejam saudáveis. Então, onde 1203
tiver um animal com sarna é porque a SEDA nunca esteve lá, nunca pediram a nossa 1204
ajuda. Nós temos postos de saúde que têm cães comunitários e não tem problema 1205
nenhum, não tem infestação de pulga, não tem infestação de carrapato porque os 1206
animais estão vacinados, vermifugados e castrados. Então, busquem essa ajuda da 1207
SEDA. Bom, não é a SEDA que faz desinsetização, Rosa, é a Equipe de Controle de 1208
Vigilância e Zoonose, mas a gente tem o total contato com eles. Esses dias nós fizemos 1209
uma ação em um posto de saúde, tinha uma infestação de pulgas e carrapatos e chegou 1210
para a Secretaria da Saúde, aí a Sônia entrou em contato conosco que eles iam fazer a 1211
desinsetização do local e a SEDA foi para fazer o atendimento veterinário aos animais. 1212
Então, se o animal está saudável ele não vai transmitir nada, ele tem que estar com o 1213
antipulgas e a SEDA se propõe a dar isso. Periodicamente a SEDA vai ao local, tá? 1214
Então, o problema não é o animal de rua, o problema é o animal de rua sem atendimento. 1215
Vamos ver o que mais aqui. (Manifestações da plenária fora do microfone). Dos cães 1216
comunitários? Ah, isso é bem importante. Assim: para o cão comunitário é avaliado o 1217
comportamento do animal. Então, jamais a SEDA vai colocar uma placa e inserir um 1218
animal em um programa que seja um animal bravio. Então, isso é avaliado. A gente vai 1219
ao local, faz uma entrevista na comunidade, com as pessoas da rua, quem é que 1220
alimenta, quantas vezes por dia, quem é o responsável, o animal já agrediu, tem algum 1221
histórico de mordedura. Se tiver histórico de mordedura não vai ser cão comunitário, o 1222
encaminhamento é outro. Se o animal estiver atacando a rua a SEDA recolhe. Nisso nós 1223
temos que recolher, quando o animal é bravio. Então, só vai ser animal comunitário 1224
quando o comportamento dele for ok, então não tem por que se preocupar em ninguém 1225
ser responsabilizado. Não sei se tirei a tua dúvida. (Manifestações da plenária fora do 1226
microfone). Sim. Mas a SEDA só dá o ok para o animal ficar ali como cão comunitário se 1227
o comportamento dele for avaliado e ele não for um cão agressivo. (Manifestações da 1228
plenária fora do microfone). Sim, sim. A SEDA faz essa avaliação quando vai ao local 1229
para fazer a implantação do programa, que é “Programa Cão Comunitário de Porto 1230
Alegre” o nome. A assim: ali no termo de responsabilidade, se o animal tem o 1231
comportamento dócil, ele nunca agrediu ninguém, ele se tornou um cão comunitário, ao 1232
longo do período que ele está ali, esse cadastro é anualmente renovado. Então, durante 1233
o ano, se ele demonstrar qualquer comportamento de agressividade, no termo que o 1234
responsável assina fala ali que ele é obrigado a informar a SEDA para a adoção de 1235
providências. Então, não é matemático, sabe, Dionísio? Não tem como: “Olha, nunca vai 1236
acontecer porque...”. Não é. Pode acontecer. Mas é uma construção, é uma forma 1237
melhor. Tu castrando o animal ele diminui um pouco da agressividade dele. Ele tendo 1238
vínculo com as pessoas da comunidade, ele não vai, provavelmente, atacar aquelas 1239
pessoas. Então, é bem diferente. O animal comunitário e o animal de rua são bem 1240
diferentes. Então, por isso que quando a pessoa diz: “Ah, que tem animais de rua.”, quem 1241
sabe vamos tornar eles comunitários, porque animais na rua sempre vão ter, 1242
principalmente em regiões mais periféricas, onde não tem... O que é o problema do 1243
animal? As pessoas têm os animais, mas não têm dentro do pátio. Aí o animal está na 1244
rua, não está castrado, está procriando, então várias ninhadas vão nascendo. Então, tudo 1245
é uma construção e uma coisa está interligada a outra, sabe? A castração com a 1246
vacinação, enfim. A questão do Bolsa Família e NIS eu acho que ficou ok, né? Para o 1247
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principal, que é nas comunidades, não se exige. A questão que a Jurema levantou, que a 1248
SEDA deveria trabalhar em parceria com outros órgãos. A SEDA faz isso. A questão de 1249
reassentamentos. Nós temos em parceria com o DEMHAB e todas as comunidades que 1250
eles estão reassentando, a SEDA faz um trabalho preliminar e depois também vai para o 1251
local. Então, têm locais que a gente consegue fazer castração dos animais antes, agora, 1252
têm locais que não dá. Por exemplo: a Dique nós tentamos fazer nessa última etapa da 1253
remoção, mas é um local horrível, eles não aceitam nada, é muito difícil de compor, então 1254
a gente vai fazer ação de castração depois, quando eles já estiverem reassentados. Mas 1255
geralmente a gente faz antes, na maioria das comunidades, para os animais já irem para 1256
os locais mais saudáveis. Ou se forem abandonados, que muitos animais já são do local, 1257
não têm tutor, pelo menos já ficam ali castrados e vacinados. Então, isso já é feito não só 1258
com o DEMHAB, nós temos com o DMAE, até com o DEP. Nós somos uma secretaria 1259
que precisamos muito dos outros. Com a Carris, enfim. A Carris porque tem uma vila 1260
próxima, então tem muito abandono no pátio deles. Então, a gente está sempre em 1261
função. (Manifestações da plenária fora do microfone). Como é que é feita? 1262
Procedimento cirúrgico. Não sei como era feito o pedido ou como... Então, a castração na 1263
SEDA é feita com procedimento cirúrgico. Não é castração química, é cirurgia mesmo. 1264
(Manifestações da plenária fora do microfone). Não, a SEDA faz a esterilização. Quando 1265
um animal tem um tutor, é feito e ele é devolvido ou no mesmo dia ou no dia seguinte, 1266
porque o animal tem quem cuida do pós-operatório. Quando é animal de rua o pós-1267
operatório é feito na SEDA porque ele não tem alguém que fica especificamente 1268
cuidando os pontos, enfim. Os animais são entregues com uma malhazinha, não sei se 1269
vocês já viram, é tipo malha cirúrgica mesmo, que é para evitar que arranque os 1270
pontinhos. (Manifestações da plenária fora do microfone). É. O macho é um problema 1271
porque essa malhazinha não tem como ele fazer xixi, enfim, aí o macho é um problema. 1272
Mas o problema maior da cirurgia é nas fêmeas, né, que é um pouco maior. Dos machos 1273
é muito simples, então nem precisa a malha. O procedimento para macho e para gato é 1274
muito simples, é bem tranquilo. A questão dos plantões. Então, foi um erro mesmo que 1275
aconteceu. Infelizmente, pessoal, nós temos pessoas que trabalham na SEDA que são 1276
muito comprometidas, têm pessoas que não são tanto, isso é em qualquer lugar. Têm 1277
pessoas que trabalham na SEDA porque queriam estar trabalhando na Fazenda, né? 1278
(Risos). Então, a gente lida com isso. É uma dificuldade para quem é gestor. Eu tenho 1279
que estar aqui respondendo e pedindo desculpa pelo fato que aconteceu. Realmente, a 1280
orientação que deram foi equivocada. O sábado e o domingo na SEDA é só para 1281
emergências, mas no caso é uma emergência, ele foi castrado e mexeu no ponto, teve 1282
que voltar. Então, claro que deveria ter sido o mesmo protocolo, deveria ter te atendido 1283
na hora, enfim. Foi um erro que felizmente, como tu conseguiste contato comigo, foi 1284
sanado, senão infelizmente, enfim, sei lá o que ia causar. Foi errado o procedimento e a 1285
assistente administrativa que estava trabalhando no dia já foi... Te digo assim: foi um fato 1286
bem isolado. Nós nunca tínhamos tido um problema como esse, sabe? Se deu problema 1287
de ter que retornar, sempre foi atendido. Então, para tu veres como é um caso bem 1288
pontual. Eu acho que é isso, gente. Se tiver alguma coisa que vocês queiram me 1289
encaminhar por e-mail, eu respondo. CONSELHEIRA MARIA ELIZABETH BRITOS 1290
ALVES "Tia Beth" (Região Leste): Bom, Secretária, a gente agradece a sua presença. 1291
E vamos começar a trabalhar juntos. Isto. Maximo, tem algum encaminhamento? Rosa. 1292
CONSELHEIRA ROSA MARIA DUARTE LABANDEIRA (Região Centro-Sul): Nós 1293
agradecemos o entendimento todo. Todo debate aqui foi bom, amadurecemos bastante. 1294
Aqueles que tinham dúvida acho que foi sanada. E queremos trabalhar junto com a 1295
SEDA, sim, para atender melhor as comunidades, essa união vai ser bem melhor. E, 1296
gente, dizer para vocês que na próxima reunião, que é dia 19, nós não temos a pauta 1297
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ainda marcada, provavelmente seja a LDO. Então, ainda não está definido, mas 1298
provavelmente a pauta seja essa. Não temos pauta ainda marcada. (Manifestações da 1299
plenária fora do microfone). É. Dia 11 nós já vamos saber se teremos o lançamento do 1300
livro do ObservaPOA, na próxima reunião. É isso? Isso aí. Obrigada! É 21h15 já. Já 1301
ultrapassamos o nosso horário. Passo para o Maximo. Obrigada e boa noite! SR. 1302
MAXIMO ALFONSO (Gerência do Orçamento Participativo): Rosa, só para 1303
complementar. Eu vou encaminhar um e-mail sobre essa reunião depois do dia 11, se vai 1304
ser a LDO ou não. E quero dizer aqui, para ficar registrado na ata que todos vão receber, 1305
que a partir de amanhã ou depois de amanhã eu vou receber a informação do Diário 1306
Oficial sobre aqueles R$ 100 mil e vou encaminhar a todos os conselheiros. Eu vou 1307
receber, vou escanear e vou encaminhar a todos vocês, para todos os conselheiros. Tá 1308
bom? Obrigado, Secretária! Na nossa parte a senhora nos orientou muito. E um detalhe 1309
importante, pense nisso: esses conselheiros do Orçamento Participativo, além dos 1310
sessenta e seis colaboradores ou apoiadores, a senhora tem mais noventa e seis 1311
conselheiros e líderes comunitários que podem lhe ajudar. Obrigado, Secretária! 1312
1313
- Encerrados os trabalhos às 21h15min. 1314
1315
Taquígrafa: Patrícia Costa Ribeiro 1316
Registro nº 225257/2003 - FEPLAM 1317