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B O A V O N T A D EJulho de 2004

�Viver é melhor!

A revistA dA espirituAlidAde ecumênicA • AnO XXii • n0 191 • JulhO de 2004

Saúde30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca

Congresso Jovem LBV

Paiva NettoO Capital de Deus:Conhecimento espiritual gera fartura

EcumenismoO Embaixador José Aparecido de Oliveira e o papel da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

A festa da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus em Goiânia/GO

LBV recebe Diploma do Mérito pela Valorização da Vida, concedido pela Secretaria Nacional Antidrogas.

BOA VONTADE

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www.boavontade.comCARTAS

Congratulações pela revista BOA VONTADE

Li e reli, prazerosa-mente, a publicação BOA VONTADE, de fundamento espiritual-ecumênico, dig-namente sob o louvável controle da LBV, que é eficientemente diri-gida pelo humanista e consagrado homem de imprensa José de Paiva Netto.

Wilson Rocha Meirelles

JornalistaRio de Janeiro/RJ

Parabenizo pela brilhante edição da revista BOA VONTADE. Ressalto a importância dos trabalhos realizados por esta Instituição, que visa à melhoria da qualidade de vida da po-pulação. Forte abraço,

Chico SimõesDeputado Estadual (PT-MG)

Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais

Parabéns pela iniciativa (do lançamento da revista BOA VONTADE), organizadores e co-laboradores! Contínuo êxito nas atividades.

Antonio Salim CuriatiDeputado Estadual (PP-SP)

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

Imprensa internacional

A justa homenagem à Legião da Boa Vontade pela Secretaria Nacional Antidrogas do Brasil continua repercutindo na imprensa internacional. O jornal Brazilian Voice, aqui de New Jersey (EUA), publicou, no dia 30 de junho do corrente ano, excelente reportagem com o título “LBV é premiada por campanha de combate às drogas”. O Brazilian Press pu-

blicou, no dia 30 de junho, reportagem sobre o 29o Congresso Internacional do Jovem da Boa Vontade de Deus, com o título “Poder da Comunicação é tema de Congresso Interna-cional em Goiânia”.

Vieira FilhoRepresentante da LBV em

Newark, NJ (EUA)

Rede Boa Vontade de Rádio é ouvida no Japão

Eu moro no Japão. Há dois meses, desco-bri a Rede Boa Vontade de Rádio e a escuto todos os dias pela internet (www.redeboa-vontade.com.br). Quero parabenizar pelo trabalho. A rádio leva às casas o Evangelho de Jesus, esclarecimento e ensinamentos espirituais importantes para todos nós que estamos na escola da evolução.

Miraíde Omote FerreiraNumazu,Shizuoka

Japão

Revolução Francesa e Revolução Mun-dial dos Espíritos* de Luz

O dia de hoje (14/7) é uma data que mar-cou muito minha vida. Além de ser importante para os franceses, que festejam a Queda da Bastilha, para mim cala fundo em minha alma legionária. Em 14 de julho de 1991, quando estava a serviço da LBV em Portugal, Deus quis que fosse eu recebê-lo (Irmão Paiva) em terras lusitanas, viagem essa que foi a primeira entre muitas outras que se seguiram. Foi também nessa viagem que se iniciou a caminhada heróica da Revolução Mundial dos Espíritos de Luz, em Francelos, Vila Nova de Gaia. Por esses motivos, e muitos outros, é que minha alma se jubila com o senhor na jornada do Bem contra o mal, em que o Bem sempre vencerá. Apesar da distância, gostaria que recebesse toda a vibração de respeito e de gratidão pelo que aprendi durante minha permanência ao seu lado. Hoje, coloco em prática no meu trabalho e no meu dia-a-dia o equilíbrio de valores espirituais que me ensi-nou. Parabéns pelas conquistas e pelo fato de o senhor estar bem! Sua pessoa é Patrimônio de Jesus na Terra.

Mário Luiz Bosso Curitiba/PR

______________*Revolução Mundial dos Espíritos — Anunciada pelo saudoso Proclamador da Religião de Deus, Alziro Zarur (1914-1979), em dezembro de 1953, no Jornal de Umbanda, abrange um amplo movimento de cará-ter ecumênico que promove o intercâmbio consciente entre as duas Humanidades: a da Terra e a do Céu da Terra. A esse nome, o escritor Paiva Netto acrescentou a expressão “de Luz”.

Não perca tempo! Seu produto ou serviço podem ser anunciados na revista BOA VONTADE. Ligue agora para (11) 3358-6800 ou mande um e-mail para [email protected].

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Cartas

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CartasAtualidades

Literatura

469

Abrindo o Coração 10Ecumenismo 12

Viver é Melhor 15Vida Plena 16

Opinião 19TBV e ParlaMundi 20O Capital de Deus 22Espírito e Ciência 26

Ação Jovem LBV Especial 30Cursos 34

LBV no Mundo

6 Contra as drogas

VI Semana Antidrogas trans-corre com a entrega de prêmios às organizações que lutam contra o problema e de novos serviços de informação sobre entorpecentes.

12 EcumenismoO Embaixador brasileiro José Aparecido destaca a importância do fortalecimento da Comunida-de dos Países de Língua Por-tuguesa, que é a sétima língua mais falada do mundo.

30 CongressoEm Goiânia/GO, milhares

de jovens e pessoas de todas as idades participaram do 29o

Congresso Internacional do Jovem da Boa Vontade de Deus.

10 RosemaryA artista conta segredos de

beleza e confessa que sua boa forma está ligada, acima de

tudo, à disposição de ficar sempre de bem e à Fé em

Deus.

22 O Capital de Deus

Em seu artigo, Paiva Netto afirma que o conhecimento

é o grande patrimônio do Ser Humano, pois gera fartura. Na Economia, ele produz riqueza.

35 ONU na LBVONGs debatem metas de

desenvolvimento do milênio.

Comunicação

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Diretor responsável: Francisco de Assis Periotto (RMT nº 19.229/RJ)Editora: Débora Verdan (RMT no 27.870/SP)Supervisor de texto: Paulo Alziro SchnorProdução editorial: Equipe ElevaçãoProjeto gráfico: Equipe Elevação Revisão: Equipe Elevação Fotos da capa: Arquivo pessoal da cantora e João PredaBOA VONTADE é uma publicação quinzenal das IBVs, editada pela Editora Elevação. Endereço para correspondência: R. Doraci, 90 — Bom RetiroCEP 01134-050 — São Paulo/SP — Tel.: (11) 3358-6868Caixa Postal 13.833-9 — CEP 01216-970 Internet: www.boavontade.com / E-mail: [email protected] revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos em seus artigos assinados.

Expediente

Pedagogia do Cidadão Ecumênico

Ao leitorNo caminhar do desenvolvimento humano, que resultou

no atual modelo de sociedade observado em muitos países, os meios de comunicação assumiram, de forma gradativa, o pa-pel de medianeiro entre as pessoas e a realidade que as cerca, influenciando sensivelmente o modo como vêem o mundo. Tal atribuição incorre em grande responsabilidade por parte da mídia nos contextos político e social modernos.

Ciente da importância dessa missão, a revista BOA VONTADE apresenta o registro da notável iniciativa da Ju-ventude Ecumênica da Boa Vontade, que propôs e promoveu um debate sobre a comunicação formal e informal, dentro das atividades do 29o Congresso Internacional do Jovem da Boa Vontade de Deus, realizado no início deste mês, em Goiânia/GO. Nessa oportunidade, também se comemoraram os 48 anos de trabalho de Paiva Netto na LBV. Foi uma festa envolta em muita alegria e Espiritualidade elevada.

Neste número, trazemos ainda a entrevista com a cantora Rosemary, um singular exemplo de talento e disposição. Ela fala de sua vida, sua música e sua fé em Deus.

Boa leitura!Os editores

Índice

8 Alta velocidadeO atual campeão brasileiro da Fórmula Renault Clio, Elias Nascimento Jr., visita o TBV.

Legião da Boa Vontade 36

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Bolo com Pudim 28Soldadinhos de Deus 29

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www.boavontade.comATUALIDADES

É um triste dado, mas 47,6% do povo de nosso país são atingidos, de alguma maneira, pelo problema das drogas. A estatística do Centro Brasileiro de In-formações sobre Drogas (Cebrid) mostra que o envolvimento afeta usuários

e seus familiares. Para chegar a esse total, o estudo fez uma projeção do número de dependentes (14% da população) e o tamanho médio da família brasileira (3,4 pessoas).

Também merece atenção nessa pesquisa o fato de que 85% dos jovens acredi-tam que a família é a instituição com maior responsabilidade pela garantia dos seus direitos e do seu bem-estar. Não é sem motivo, portanto, que programas importantes nessa área têm voltado a atenção para lugares estratégicos, como o ambiente de casa e as escolas, os dois primeiros e mais valiosos grupos sociais na vida de qualquer Ser Humano.

Nessa linha de pensamento atua, há mais de cinco décadas, a Legião da Boa Vontade, com sua Campanha Não use drogas. Viver é Melhor!,

idealizada por seu Diretor-Presidente, José de Paiva Netto. A inicia-tiva, promovida em todo o Brasil e diversos países do Exterior,

tem como objetivo conscientizar a sociedade, principalmente as crianças e os jovens, do perigo que as drogas oferecem e mostrar que elas podem levar a um destino trágico.

Durante todos estes anos, a experiência tem demons-trado que prevenir é o melhor remédio e que, para tanto, a informação é fundamental. Milhares de cidadãos já foram

beneficiados por meio dessa atividade, num trabalho corpo a corpo, no cotidiano, em escolas, associações e comunidades

de bairro. Nesses locais, voluntários da Instituição (médicos, pro-fessores, psicólogos, entre outros especialistas) realizam panfletagens,

palestras, além de conversar com as pessoas, explicando que as drogas, na verdade, proporcionam falsos momentos de alegria e que, após o uso, vem a depressão, a qual, em muitos casos, é tão forte que se torna um caminho sem volta.

A campanha ainda orienta os pais a dar atenção constante aos filhos, observando de perto seus amigos, hábitos, dúvidas, talentos, fraquezas, companhias, os lugares que estão freqüentando, bem como os programas de TV a que assistem e os sites preferidos.

Breve histórico

Década de 1980Carta de um filho para o pai

Esta mensagem foi apresentada pelo radialista Paiva Netto na Rede Boa Vontade de Rádio. Trata-se de uma carta de adeus de um jovem de 19 anos, usuário de drogas. O caso é verídico e ocorreu em um hospital de São Paulo/SP. A história comoveu os ouvintes de tal forma que se transformou, logo em seguida, em folheto, o qual passou a ser distribuído em todo o País e no mundo, aos milhões de exemplares, pela LBV.

1991Gravação da música Barco Furado

A campanha antidrogas da LBV sempre recebeu apoio da classe artística, da imprensa e de personalidades em geral. A música do primeiro videoclipe, dirigida

por profissionais da agência de publicidade DPZ, teve assinatura de Ernesto Cenvi. A composição, feita especialmente para a iniciativa, intitula-se Barco Furado e foi interpretada por grande número de cantores e artistas, como os grupos Fogo Cigano, Tindo Lelê, Arco-Íris, Filhos de Olodum, Grupk Samba 5, Ases 5 (ex-Polegar); banda Show Bis; as duplas Gian & Giovani, Karlo & Caito, Michelle & Grasielle, Rogério & Ramar, Ricasso & Rosini, Lucas & Luan, Régis & Raí; Sandra de Sá; Oswaldinho da Cuíca; Ângela Marim; Márcia Casanova; Flávio Carvalho; Xande; Daniela Rampinelli; Jhairo Leandro; Cláudia Telles; Paloma Lua; Buiú (na época, personagem do programa A Praça é Nossa); Sara; Lady Lu; Juninho Bil; o palhaço Bozo; Pedro de Lara; Joel Marques, além do próprio Ernesto Cenvi.

1993I Encontro Viver é Melhor

Ocorrido em dezembro, na capital paulista, o evento reuniu mais de 150 mil pessoas de vários pontos do Brasil e do Exterior, que realizaram uma passeata pelas ruas da cidade, terminando no Vale do Anhangabaú, onde o líder da Boa Vontade fez uma emocionante convocação à vida. Dezenas de autoridades, religiosos e artistas prestigiaram o encontro, a exemplo da cantora Rosa Marya Colin; dos atores Paulo Figueiredo, Flávio Guarnieri e Nicole Puzzi; de Helô Pinheiro, a eterna “Garota de Ipanema”; da dupla sertaneja Gian & Giovani; e da apresentadora de TV Eliana.

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O I Encontro Viver é Melhor reuniu mais de 150 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, em São Paulo/SP.

(por Leila Marco)

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O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva — acompanhado da Primeira-Dama, Marisa Letícia — abriu, em 18 de junho, a VI Semana Nacional Antidrogas, que transcorreu

até 26 do mesmo mês, data sugerida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional contra o Uso e o Tráfico de Drogas. A solenidade teve lugar no Palácio do Planalto e reuniu centenas de pessoas.

Durante a cerimônia, houve a entrega do Diploma do Mérito pela Valorização da Vida, concedido pela Secretaria Nacional Anti-drogas (Senad) e vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. A láurea, oferecida a personalidades e instituições nacionais e estrangeiras por sua significativa atuação a fim de reduzir a demanda de drogas no Brasil, serve, segundo os organizadores, para formar uma rede de combate ao problema.

Entre os agraciados estavam a Legião da Boa Vontade e seu dirigente, representados na oportunidade pelo filho dele, o advogado Pedro Paulote de Paiva.

A proposta da homenagem partiu do Secretário Nacional An-tidrogas, o General-de-Exército Paulo Roberto Yog de Miranda Uchôa, por causa do antigo trabalho de luta e prevenção contra substâncias tóxicas, lícitas ou ilícitas, desenvolvido pela LBV, principalmente por meio de sua Campanha Não use drogas. Viver é Melhor!, promovida há décadas no País e no Exterior. “Este diploma foi instituído com a finalidade não só de reconhecer as pessoas e en-tidades que prestam inestimáveis serviços à nossa causa, à redução da demanda de drogas, como também para tê-las como referência nacional e até mesmo internacional, porque o trabalho realizado por elas deve ser registrado e é digno de exemplo. Então, no caso específico da nossa LBV, eu digo, com muita satisfação, que é, e continuará sendo, exemplo que temos de seguir e unir esforços. Temos de trabalhar juntos, contando com toda essa filosofia bonita

e, hoje, tão bem conduzida por aquele que, merecidamente, tam-bém está em nome da Instituição recebendo este diploma, que é o nosso prezado Paiva Netto”, afirmou o Secretário.

Para o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e Presidente do Conselho Nacional Antidrogas, General Jorge Armando Félix, a honraria é um marco de referência moral e de compromisso público com o bem-estar da sociedade: “É mais que um estímulo; é um reconhecimento às pessoas que dão seu tempo, seu trabalho, e algumas dão sua vida inteira, em prol de ajudar as outras pessoas”.

Ainda no evento, foi lançado o serviço telefônico (0800) de prestação de informações sobre entorpecentes e premiaram-se os melhores cartazes de alunos do ensino fundamental acerca do tema.

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O Secretário Nacional Antidrogas, General Paulo Uchôa, entrega cheque a Josiane Chaves, durante solenidade de abertura da VI Semana Nacional Antidrogas. Ao fundo, da esquerda para a direita: o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Jorge Armando Félix; a Primeira-Dama, Dona Marisa Letícia; o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva; e o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Dr. Pedro Paulote de Paiva (C), representando a LBV e seu dirigente, ao lado do proponente da homenagem, General Paulo Uchôa (E), e do General Jorge Armando Félix.

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www.boavontade.comATUALIDADES

Elevação

O atual campeão da Copa Renault Clio, o carioca Elias Nascimento Jr. (equipe Hot

Car Competições), esteve em Campo Grande/MS para a quarta etapa da competi-ção, no dia 20 de junho, chegando em terceiro lu-gar, mantendo, assim, a vice-liderança, em um tipo de corrida que atrai pela

alta velocidade (cerca de 200 km/h nas retas). E ele aprovei-

ta todo esse talento nas pistas para divulgar a cultura, estampan-

do em uma das portas do seu carro de

corrida o logotipo da Editora Elevação, que oferece ao público obras de qualidade nos segmentos auto-ajuda, Espiritualidade, infantil, infanto-juvenil e saúde.

Concentração especial

Vale mencionar que na etapa anterior, realizada em Brasília/DF, quando assumiu o segundo lugar da Copa (2004), o piloto fez, antes da prova, uma concentração especial: foi ao Templo da Boa Vontade (TBV) — lo-calizado no SGAS 915, Lotes 75/76 — buscar energias positivas. Em entrevista ao portal Boa Vontade, contou sobre a emoção que sentiu ali: “Fiquei realmente muito impressionado. É um lugar de Deus; senti muita paz. Meditei bastante, senti-me leve, e isso me trouxe muita confiança para a corrida”.

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(por Leila Marco)Elias Nascimento Jr.

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O atual campeão da Copa Renault Clio, o carioca Elias Nascimento Jr., em uma

das etapas do campeonato.

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Pedro Bloch fez história no Brasil, embora tenha nascido na Ucrânia, em 1914. Naturalizou-se brasileiro e

contribuiu de forma brilhante para a difusão da literatura, dramaturgia e medicina em nosso país.

Mesmo falecido, em fevereiro deste ano, seu trabalho, principalmente como escritor, continua a surpreender e a encantar. Exemplo disso é seu novo livro, Deus é um só — A his-tória de um homem em quem Deus acredita: meu pai, lançado em 7 de junho, na Casa de Cultura Laura Alvim, na capital fluminense.

A obra é uma carinhosa evocação da vida e da personalidade de Jorge Bloch, pai do autor, um homem que fazia da amizade

e da alegria de viver seu maior culto. O título relata muitos casos vividos com o genitor, além de momentos da infância e do decorrer da vida. Por exemplo, no capítulo 33, intitulado “A Sopa da Mamãe”, o escritor fala da presença paterna, mesmo durante os estudos em sua residência, entre os colegas do Pedro II (colégio modelar no Rio de Janeiro/RJ) e da amizade que nutria pelo saudoso fundador da LBV, assim como pelo seu atual Presidente. “(...) Muitos anos depois, vendo e ouvindo a Legião da Boa Vontade, papai me indaga: — Esse é o nosso Zarur? — Ele mesmo, papai. — Ele já prometia, na-quele tempo, não é? Hoje, com a obra de Zarur desenvolvida por Paiva Netto, causa espanto o trabalho imenso realizado por aquele menino que eu lembrava com sua farda modesta do Pedro II, saboreando a sopa da mamãe Tuba, ele que ia saciar a fome de tanta gente com suas sopas famosas. — Sim. Era o nosso Zarur”, relata em um trecho do capítulo.

Durante o lançamento, representantes da LBV tiveram a oportunidade de conversar com a viúva do autor, Miriam Bloch, e dela

receber um exemplar do livro, com os se-guintes dizeres: “Para o Paiva Netto, amigo e sucessor de outro grande amigo do Pedro”.

Hélio Bloch, irmão do dramaturgo, tam-bém esteve na tarde de autógrafos e recordou sua ligação com Zarur, companheiro do Pedro II, e mais tarde com o dirigente da Instituição, que, aliás, estudou no mesmo colégio.

Lembrando que “os mortos não mor-rem”, a revista BOA VONTADE, em nome do Presidente da LBV — que recebeu a obra e a dedicatória com muita alegria, pela estima ao casal e por tudo que a famí-lia Bloch representa para o País —, pede a Deus que proteja o Espírito eterno de Pedro Bloch e todos os seus entes queridos. (por Juliane Nascimento e Isabela Ribeiro)

Lançado livro de Pedro Bloch

O escritor e crítico literário Antonio Carlos Secchin é o mais novo integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 6 de agosto, ele tomará posse da cadeira no 19, cujo patrono é o professor e diplomata gaúcho Joaquim Caetano da Silva e que estava ocupada pelo educador e sociólogo fluminense Marcos Almir Madeira, faleci-do em outubro de 2003.

A eleição de Secchin para o órgão foi um reconhecimento pelos muitos anos dedicados à literatura brasileira. Desde 1973, ele contribui para a cultura ao trazer valiosas reflexões em seus poemas e livros. É desse ficcionista e ensaísta João Cabral:

a poesia do menos, um dos trabalhos mais eloqüentes sobre a obra de João Cabral de Melo Neto.

Secchin, que atualmente é professor de Literatura Brasileira na Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou-se também como editor da importante revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional. Seu mais recente título é Todos os ventos, em que reúne poemas já publicados e acrescenta outros 40 inéditos. Essa obra lhe rendeu o Prêmio Alphonsus de Gui-marães, concedido pela mesma Fundação na categoria de melhor livro de poemas publicado no País em 2002.

ABL tem novo imortal(por Rodrigo Oliveira)

Pedro Bloch com o astronauta norte-ameri-cano Neil Armstrong (D)

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Em 3 de junho, ao saber que tinha sido eleito para a ABL, Antonio Secchin (C) divide com os pais, Regy (D) e Sives, a alegria de pertencer à tribuna mais ilustre do País.

Miriam Bloch, o cunhado Hélio (C) e o saudoso Pedro.

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www.boavontade.comABRINDO O CORAÇÃO

Ao ler esta matéria com a cantora Rosemary Belkiss, você certamente concluirá que beleza é um estado de espírito, aliado à disposição de ficar sempre bem e à Fé em Deus.

São essas qualidades que conferem à ar-tista uma jovialidade eterna, constatada, principalmente, pela energia para trabalhar em várias iniciativas ao mesmo tempo, dedicando grande atenção a cada uma delas. De um lado, a produção e o lan-çamento do novo CD, além de novo show; de outro, os projetos atuais e as inúmeras campanhas de caráter social e de incentivo à cultura, sem falar no cultivo de sua fé, no extremo zelo às coisas do dia-a-dia, nos cuidados com o lar, suas plantas e animais... “Daqui a pouco, terei um zoológico”, brinca. “Se vejo um bicho na rua, abandonado, logo trago para casa.”

Também constante na vida de Rosemary é o alto-astral. “Sou otimista e, se alguma coisa não está apa-rentemente muito bem, eu vou e faço tudo para que aquilo fique bonito. Vejo a beleza do meu jardim, das

minhas plantas, dos meus bichos... Vejo beleza nas atitudes das pessoas. A limpeza, o cuidado, o zelo, isso tudo traz boas energias para a vida da gente. Eu tento ser uma observadora da vida, para fazer tudo

ficar melhor. E, se algo possa parecer maior que todo meu amor, minha energia,

meus melhores sentimentos, minha fé, aí me lembro de minha mãe,

que sempre foi minha amiga, mi-nha companheira”, comenta.

Ela fala com carinho não só da mãe, mas de toda a família, que sempre a incentivou na carreira. “Houve um momento até em que meus pais tentaram

segurar-me, pois queriam que eu estudasse. Mas, com 12 anos,

já estava envolvida no meio pro-fissional: rádio, televisão e revista.

Acompanhava minha irmã Terezinha, que foi garota-propaganda do Chacrinha

durante muitos anos. Um dia, cheguei perto dele e lhe falei assim: ‘Eu vou ser uma grande estrela, uma das maiores cantoras do Brasil’. Ele olhou para mim e respondeu: ‘Tá bom, Rosemary. Tá bom’. Nem se importou muito com aquilo, pois eu era uma menina

Jovialidade, disposição e Fé em Deus.Rosemary

Texto de Angélica Beck Entrevista à RMTV por Leilla Tonin

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falando. Hoje, estou aqui pela minha obstinação, aliada, claro, à minha vocação e ao apoio de Deus, que me deu minha voz.”

A grande paixão

Rosemary confessa que sempre foi apaixonada pela música. “Fiz da minha profissão uma junção da música com a dança e a representação. Quando canta, você está interpretando; quando dança, está interpre-tando. Assim, eu sempre vi o trabalho como algo bem maior. Acho que a vida é um eterno aprender. Já sei alguma coisa, mas também sei que tenho tantas outras ainda por aprender.”

Com toda essa vontade e dedicação, a cantora construiu uma car-reira de sucesso. “Tenho coisas muito marcantes na minha trajetória: minhas temporadas de sucesso em São Paulo, no Rio e quase no mundo inteiro, pelos lugares onde viajei. Um dos espetáculos de São Paulo foi visto por amigos do Presidente norte-americano Jimmy Carter. Eles disseram: ‘Vamos levar a Rosemary aos Estados Unidos para fazer uma apresentação ao Presidente Carter’. E fui para Washington”, conta.

Coração verde-e-rosa

A cantora ainda se declara manguei-rense de corpo e alma: “Uma relação que começou no morro, na Estação Primeira de Mangueira”. Tanto amor vai ser celebrado com a gravação de seu novo CD, pelos 20 anos de desfile na escola. “A Mangueira é sempre muito homenageada, e eu quero fazer um trabalho diferenciado. Será um CD lindo, com a participação de vários amigos. Depois, vêm DVD e show. E vou escrever um livro sobre a Mangueira”, anuncia.

Voz pela Solidariedade

Verdadeira militante das causas sociais que envolvem minorias, Rosemary é do time de artistas que primam pelo engajamento. “Agora, estou com uma campanha para uma previdência privada complementar aos trabalhadores que lidam com cultura: cantor, ator, músico, com-positor, pessoal de circo, folclore, artesãos, teatro, tudo o que está ligado à arte”, relata. “Na minha primeira campanha, ligada à filtragem sorológica nos bancos de sangue, pedi uma audiência com o então Presidente José Sarney, e, por intermédio dele, o Congresso Nacional aprovou em um mês a iniciativa. Outra campanha que fiz era ‘Adote uma família carente nordestina’, e também ajudei, com Aurora Miran-da, a conseguir o espaço onde hoje está o Museu Carmem Miranda, que era o antigo Museu de Artes Populares, no Rio de Janeiro.”

Ela resume nestas palavras o que considera ser mais importante para o Ser Humano: “O que realmente vale a pena é a gente ir sempre pelo lado do Bem, do Amor, da dignidade, do caráter. Não só olhar o seu umbigo, mas olhar para os lados e até, de vez em quando, para trás. Assim, a gente não perde essa sintonia com a vida”. E ao Dire-tor-Presidente da Legião da Boa Vontade, da qual é amiga há muito tempo, Rosemary dedica uma mensagem: “Ao Paiva Netto, mando um grande abraço e digo-lhe que a sua missão é muito bonita e que tenho certeza que você tem honrado isso. Você é um grande homem, que busca, todos os dias da sua vida, fazer o melhor; que cuida, direta ou indiretamente, de tantas coisas, de tantas pessoas, e o que posso desejar-lhe é que você continue tendo saúde física, mental, espiritual e material para ter forças e continuar fazendo esse trabalho de tantos anos. Um beijo e parabéns!”.

“ ”Eu busco Deus em todos os momentos da minha vida.

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www.redemundial.com.brECUMENISMO

O saudoso educador Darcy Ribeiro costumava dizer que José Aparecido de Oliveira é um ho-mem capaz de cravar lanças na Lua. Pudemos comprovar isso no início de 2003, quando o

Embaixador brasileiro e jornalista recebeu fraternalmente, em seu apartamento impregnado das Minas Gerais — definido por Paiva Netto como um estado de espírito em nosso país —, a equipe da Rede Mundial de Televisão. Con-versamos com o estadista português Mário Soares, seu convidado (cujos principais tre-chos da entrevista apresentamos no número 190 da revista BOA VONTADE), e com o próprio anfitrião sobre o cenário internacio-nal no começo do século XXI. Na época, o mundo aguardava o desenrolar dos fatos que culminaram na invasão do Iraque por forças militares da coalizão liderada pelos Estados Unidos da América.

Nesta edição, vamos reproduzir importan-tes momentos do bate-papo — de interesse permanente — com José Aparecido de Oli-veira, homem de vasta cultura e político de grande influência, que serviu o Brasil como Ministro das Relações Exteriores, foi o pri-meiro Ministro da Cultura e Embaixador em Portugal, entre outros cargos em sua extensa vida pública. Ele também foi o propositor da criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e integra o Conselho da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, do ParlaMundi da LBV.

BOA VONTADE — Em primeiro lugar, o nosso agradecimento pelo tempo que disponibilizou para este diálogo.

José Aparecido — Eu é que tenho um grande prazer de con-versar com a Legião da Boa Vontade. Essa proposta do Paiva Netto é de grande atualidade, porque nós nunca podemos esquecer que, neste mundo ameaçado de uma conflagração universal, esta mensagem continua sendo uma palavra de Paz,

de Fraternidade. E é com fundamento nesse humanismo que o mundo pode encontrar os amplos caminhos do Amor, os amplos caminhos da Paz.

BV — Qual é o significado, para a evolução da democracia brasileira, da eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva?

José Aparecido — É uma grande es-perança. Estamos vivendo um fenômeno singular não somente do nosso tempo, mas da História. A presença de um operário vindo das camadas mais amplas, mais profundas do Povo brasileiro na Presidência da República é, certamente, um grande momento para todos nós que acreditamos na democracia, que acreditamos na liberdade. Lula vem com

uma mensagem firmada por mais de cinqüenta e três milhões de brasileiros, para propor a construção de uma nova realidade política, e acho que essa mensagem está amparada não só por uma expectativa internacional, não apenas pela manifestação de confiança do Povo brasileiro. Está amparada pelo sentimento de Fraternidade, do qual a LBV é um instrumento fundamental

Herança culturalPara o Embaixador

brasileiro José Aparecido, o fortalecimento da

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é

fundamental.

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O que nós somos, o que nos dá essa iden-

tidade que temos, com repercussão em todos os plenários

do nosso tempo, é a língua que falamos.

Paulo Alziro Schnor, apresentadordo programa Ecumenismo, da RMTV

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da história moderna do nosso país. Neste momento, a LBV tem confirmado todos aqueles fundamentos essenciais que a levaram, num dia de grande inspiração, a ser vanguardeira de uma luta que não é apenas do Povo brasileiro, mas de todo Ser Humano, neste século que se inicia. Temos todas as razões para esperar que ela continue nesse plantão, fundamentalmente importante para a felicidade dos povos.

BV — O Dr. Mário Soares dis-se-nos que há um problema global: a crise de valores. Nesse aspecto, parece que o Brasil tem algo importante, de sig-nificativo, a acres-centar no cenário mundial.

José Apareci-do — Não tenho dúvidas disso! E, aliás, foi muito bem lembrado o nome de Mário Soares, que é, certamente, a grande figura da lusofonia. Não há ninguém em língua portuguesa com a impor-tância política do ex-Presidente de Portugal. Ele é um humanista. Além disso, é um homem que caminhou com os próprios pés na resistência democrática em Portugal, na Europa, e passou a ser uma legenda para os povos de língua portuguesa. Eu

fico muito feliz em ver que Mário Soares é uma figura muito querida no Brasil. Tenho testemunhado isso quando saímos pelas ruas do Rio de Janeiro, pois ele é sempre acolhido, aplaudido, festejado, como se fosse um brasileiro. Essa é uma constatação que, aliás, me agrada extraordinariamente, porque se trata de um grande amigo do Brasil. Fico muito

feliz ainda com a oportunidade que tivemos juntos, o Presidente Mário Soa-

res e eu, quando visita-mos o ParlaMundi

da LBV, cria-do por Paiva

Netto, que é meu queri-

do amigo e o qual conside-

ro um dos brasileiros

mais ex-pressivos,

pelo seu es-pírito público

e pelo seu pa-triotismo.

BV — O senhor propôs, quando Em-

baixador do Brasil em Portugal, a implantação da Comu-nidade dos Países de Língua Portuguesa, empenhando-se nisso. Poderia falar-nos a respeito desse período?

Dr. José Aparecido de Oliveira durante discurso no II Encontro da LBV sobre Lusofonia, promovido, em abril de 1999, pelo Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, no Auditório Austregésilo de Athayde. O evento reuniu organizações não-governamentais de países e povos de expressão lusófona com o objetivo de criar programas comuns de cunho social e educacional. A Legião da Boa Vontade, por reconhecer a importância da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, contribuiu para o diálogo ao realizar a primeira edição desse encontro em Porto, Portugal, e ao abrir as portas do ParlaMundi (que tem esse idioma como oficial) para sediar tais debates. Isso porque, em todo o mundo, 220 milhões de pessoas falam o português, o que o torna a sétima língua mais proferida no mundo. Está presente em sete Estados soberanos (Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe), além do Timor e de outras comunidades orientais na China e na Índia. Ou seja, ela é encontrada nos quatro continentes, chegando a populações com um milhão de habitantes (caso da França e da África Austral) ou com números igualmente expressivos (por exemplo, algumas comunidades no Canadá e nos Estados Unidos).

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A CPLP é formada por Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

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www.redemundial.com.brECUMENISMO

José Aparecido — Considero, realmente, que houve um erro na política externa brasileira depois da presidência de Itamar Franco. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que teve um tratamento prioritário entre as preocupações dominantes do Itamaraty, passou a ser tema marginalizado entre as preocu-pações primeiras da nossa diplomacia. O que nós somos, o que nos dá essa identidade que temos, com repercussão em todos os plenários do nosso tempo, é a língua que falamos. O que nos distingue é que falamos uma língua que hoje responde, em todos os continentes, por uma grande parcela dos homens que vivem neste Planeta, até mesmo naqueles extremos do Oriente, como Timor Leste, ou sobrevive em Goa. Então, não há por que não ter um grande orgulho de nossa língua. Acho que a retomada da CPLP vai acontecer, porque essa é uma preocupação dominante da atual política externa brasileira e do Chanceler Celso Amorim, uma grande figura da nossa democracia. E, sobretudo, pela de-terminação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conheço o diálogo do Presidente que mostra esse compromisso com a nossa língua e com a nossa origem como povo e como pátria.

BV — Nesse aspecto, parece que o Brasil vai resgatar um trabalho iniciado pelo Presidente Jânio da Silva Quadros, de cujo governo o senhor participava.

José Aparecido — Na verdade, o Presidente Jânio Quadros, já nos anos sessentas, tinha uma visão antecipadora de que nós tínhamos de olhar para a África. Naqueles breves meses do seu governo, ele determinou que um navio-escola tocasse em todos os portos de expressão portuguesa na África. Pediu que o Custódio de Melo levasse uma pequena exposição de produtos brasileiros, mas que fizesse essa lição de Boa Vontade e de integração do Brasil com aqueles povos que falam a nossa língua.

BV — Quais são as prioridades que o Povo e o governo brasileiros precisam ter para que o País possa desenvolver-se e cumprir a sua destinação histórica neste século XXI?

José Aparecido — O Presidente Lula já definiu, com muita clareza, as suas prioridades, que, parece-me, são as desejadas pelo Povo brasileiro, necessárias para o nosso país. Quais são elas? Primeiro, o emprego. É a oportunidade que cada brasileiro quer de ganhar o sustento da sua própria vida. E essa política eu acho que deve ter realmente absoluta prioridade. A segunda é fidelidade à nossa herança histórico-cultural. Na verdade, nós somos o resultado de uma colonização que é um privilégio: a colonização portuguesa. O nosso país é um continente, e nós mantivemos a unidade por intermédio da língua que falamos. Aonde o idioma português chegou, levou uma bandeira de Paz e fundou uma cultura de resistência. Então, esse é um compromisso fundamental. O Presidente da República tem essa consciência de forma muito clara.

BV — Nessa nova fase do Brasil, qual é a importância do municipalismo?

José Aparecido — Vejo por intermédio do meu filho, o Pre-feito José Fernando Aparecido de Oliveira*, um moço que está não só com grandes esperanças, mas que está matriculado na vanguarda da luta por um país próspero, digno, em que as camadas excluídas estejam integradas no processo de desenvolvimento nacional. Ele sempre gosta de repetir que, antes de morar na União ou de viver no Estado, o cidadão é local, é do município. É preciso, realmente, termos esta consciência: o municipalismo é importante para o Brasil e para o nosso tempo.

BV — Nós agradecemos a atenção do senhor.José Aparecido — Eu que agradeço. Faço os votos mais

sinceros de que a LBV continue cumprindo sua missão e levando essa mensagem de Amor e de Paz.

___________________________* José Fernando Aparecido de Oliveira — De Conceição de Mato Den-tro/MG, é o mais jovem prefeito do Estado.

Há alguns anos, durante um evento em Lisboa, confraternizaram

o atual Presidente de Portugal, Dr. Jorge Sampaio; o então

Embaixador do Brasil em Portugal, Dr. José Aparecido de Oliveira; e o Diretor-Presidente da LBV, José de

Paiva Netto. Julio

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www.boavontade.comVIVER É MELHOR

Quem nunca teve dor de cabeça? Essas dores, mesmo que às vezes não intensas, fazem com que muitos percam dias de serviço, estudos e lazer. A partir do momento em que elas passam a ficar mais fortes, a sensação é de que a cabeça vai explodir. O simples fato de acender uma luz ou de ouvir o barulho da campainha pode causar irritação. Normalmente, quando as dores chegam a esse estágio, a pessoa pode estar com enxaqueca.

Esse mal é um desequilíbrio bioquímico em determinadas partes do cérebro as quais envolvem os chamados neurotransmissores, substâncias fabricadas pelo próprio cérebro e responsáveis por controlar todas as nossas sensações, humor e comportamento.

A dor de cabeça não é o único sintoma da enxaqueca. Ela pode vir acompanhada por vômitos, tonturas, aversão a cheiros, tensão nos músculos da nuca e dos ombros e até diarréia. As manifestações mais comuns e que chegam a ser obrigatórias no diagnóstico são náuseas, aversão à luz e ao barulho, não havendo necessidade de todas elas aparecerem juntas.

Algumas pessoas relatam que, antes da crise, começam a apresentar sinais na vista, como embaçamento, além de surgirem “estrelinhas” e linhas em ziguezague na lateral do campo visional. Esses sintomas podem durar de 20 minutos a uma hora. É o que se denomina enxaqueca com aura.

Em geral, as crises são deflagradas pela ingestão de um alimento ou por situações benéficas ou não que abalam o sistema nervoso, os chamados gati-lhos. Os principais e que ocorrem na maioria das vezes estão relacionados à alimentação. Certos tipos de comida devem ser evitados (veja boxe) na dieta de uma pessoa portadora de enxaqueca.

Contudo, não basta cuidar dos hábitos alimentares. Mudanças no estilo de vida, como ter horário regular para as refeições e o sono, evitar exposição demasiada ao sol e à claridade, não usar perfume excessivamente, contribuem para o controle das crises dessa doença.

É sempre bom lembrar que a automedicação é muito perigosa para a saúde e pode acarretar diversos outros problemas, às vezes piores do que aqueles que se quer tratar.

Abaixo, uma lista de alguns dos alimentos que podem ser ingeridos e outra dos que devem ser evitados para ajudar a manter a enxaqueca sob controle.

É uma dor de cabeça...Cerca de 30 milhões de pessoas sofrem de

enxaqueca no Brasil

A serem evitados:Fontes de cafeína em dose maior que duas xícaras por diaChocolate e cacauBebidas alcoólicasCarnes processadas, defumadas ou enlatadas Embutidos com ou sem condimentoPizzasMolhos com queijoEstrogonofe

Permitidos:Café descafeinadoCarne fresca ou congelada de galinha, peru, vaca, peixe, cordeiro e porcoOvos em substituição à carne (máximo de três por semana)Frutas como ameixa, maçã, pêssego, damasco e pêraSal (moderadamente)Manteiga ou margarinaÓleos de cozinha

(por Elaine Ruivo)

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www.boavontade.comVIDA PLENAespecial

No Brasil, três em cada cem pessoas são portadoras de anemia falciforme. Entre os afrodescendentes, o número de pessoas que possuem a doença é de 1 para 500. A miscigenação racial é apontada como uma das causas para a continuidade dessa enfermidade, uma das mais freqüentes hematopatias hereditárias e, sem dúvida, uma questão de saúde pública.

A anemia falciforme não é contagiosa e só ocorre quando o indivíduo recebe genes (unidades genéticas responsáveis por determinar as características de uma pessoa) falcêmicos do pai e da mãe. Essa patologia pode ser diagnosticada desde a gravidez. As hemácias do sangue daqueles que têm esse tipo de anemia fal-cizam-se, ou seja, assumem a forma de meia-lua ou foice, daí a denominação “falciforme”.

Quem só herda um gene dessa doença possui o que se chama de “traço”, situação na qual a anemia não ataca. Mas isso não impede que essa pessoa transmita a enfermidade para as futuras gerações. Detecta-se a presença dessa anemia por meio da eletroforese de hemoglobina, um exame obrigatório para todos os recém-nascidos. Nas crianças, os primeiros sintomas aparecem durante a segunda metade do primeiro ano de vida, e é comum que a doença se manifeste até que elas atinjam a idade escolar.

Os efeitos da anemia falciforme variam muito. Alguns indivíduos têm crises esporádicas, enquanto outros precisam ser hospitalizados regularmente. Em crianças, ela leva a forte propensão para as infecções bacterianas, como a meningite e a septicemia (in-fecções no sangue). O tratamento precoce rigoroso reduz as complicações e os riscos de morte. Uma das práticas fundamentais é que se beba água em grande quantidade, já que essa substância auxilia na circulação sanguínea e previne os quadros de dor.

Ao percorrer vasos sanguíneos finos, os glóbulos falciformes apresentam grande tendência a amontoar-se, impedindo a passagem de sangue, o que, por sua vez, causa lesões nos órgãos. Em casos mais graves, ocorrem acidentes vasculares no cérebro, derrame e até infarto cardíaco. O mais comum é apresentar dor em conseqüência da inflamação dos tecidos pela falta de oxigênio. Por isso é muito importante que o acompa-

Um mal hereditárioConheça mais sobre anemia falciforme

www.boavontade.com

Angélica Beck

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nhamento médico seja feito associado a uma vida saudável, a uma dieta alimentar adequada e ao suporte da família.

Informações e orientações sobre a doença têm sido divulgadas por grupos de apoio aos seus portadores. Alguns dos grandes temas são a reinserção social dos falcêmicos, os espaços de trabalho e a profissionalização, além do acesso ao tratamento e das dicas para aqueles que desejam procriar. Um desses grupos é a Associação Pró-Falcêmicos (Aprofe), que funciona em São Paulo/SP. As atividades da Aprofe foram divulgadas no programa Vida Plena, exibido pela Rede Mundial de Televisão. Na ocasião, um dos membros da enti-dade, Mauro dos Santos, destacou que “a Solidariedade é essencial para auxiliarmos na saúde e bem-estar do doente”.

Vale ressaltar que, para o falcêmico ter um bom estado de saúde e, dessa forma, aumentar sua expectativa de vida, ele deve fazer um rigoroso acompanhamento médico e evitar o desgaste emocional e o estresse, além de tomar muito líquido.

O vermelho do sangue

A hemoglobina é que confere cor às hemácias, os glóbulos vermelhos do sangue. É ela também que, no pulmão, se fixa às moléculas de oxigênio (O2) e, assim, alimenta as células. Nas au-las de Ciências aprende-se que somente na presença de oxigênio ocorre a produção de energia dentro das células, alimentando-as e possibilitando a vida. Portanto, se respirar é uma atividade vital, mais ainda é que o oxigênio inalado chegue com precisão a todas as partes do corpo.

A anemia falciforme provoca uma alteração no formato das hemácias. Estas ficam em forma de “C” e têm menor sobrevida, sendo ineficientes no transporte de O2. Assim, a pessoa apresenta o quadro anêmico com palidez, icterícia ocular, cansaço e dificuldade respiratória. Há sobrecarga do baço e do fígado, além de aspectos infecciosos diversos ligados à doença.

especial Fique atento!

Lazer

O Estatuto da Criança e do Adolescente garante: em todo recém-nascido deve ser feito o exame do pezinho. A partir das três gotinhas de sangue que se retiram do calcanhar, são diag-nosticados problemas no meta-bolismo e doenças congênitas. O ideal é que seja realizado após 72 horas de vida, quando o bebê já está mamando bem.

Além de detectar o hipotireoi-dismo congênito e a fenilcetonú-ria, males que comprometem o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, outras patologias são pesquisadas — entre elas, em caráter obrigatório, a anemia falciforme.

A Lei no 3.198/2000 institui o Estatuto da Igualdade Racial e afirma, no artigo 8o, que o Estado deve incentivar a pesquisa de mo-léstias etno-raciais e os programas de saúde. Em seguida, no artigo 9o, inciso 3, item IV, decreta “a inclusão do exame que diagnostica precocemente a doença falciforme (eletroforese de hemoglobina) na regulamentação do teste do pezinho em neonatos”.

Teste do pezinho

Quem vai a Brotas encontra passeios para todos os gostos, que vão desde es-portes radicais até visita a monumentos históricos ligados ao período em que o município foi um dos grandes produto-res de café. Na zona rural há sedes de fazendas com até 150 anos. Já no centro, é possível encontrar casarões antigos com expressiva arquitetura de época.

Brotas, localizada a 245 km de São Paulo/SP, é conhecida como “A Cidade da Areia que Canta”, por causa de uma atração turística na qual a água brota da terra em meio a uma areia muito branca, constituída de 100% de quartzo. Em con-seqüência da forma arredondada das partículas desse material, estas, quando entram em atrito (com o esfregar das mãos), produzem um som característico, por isso o nome “Areia que Canta”.

A cultura popular desta cidade é típica rotina interiorana. A gastronomia tem como destaque a culinária caipira, cujo principal atrativo é o fogão a lenha, utilizado até hoje por grande parcela da população rural. O artesanato também possui seus encantos, con-tando com produtos como bordados e alimentos.

Natureza e cultura em um só lugar

Formas de controlar a anemia falciforme:• Localizar portadores por meio de exame de sangue.• Realizar aconselhamento genético, o qual visa conscientizar o paciente da importância do controle da procriação.

Associação Pró-FalcêmicosRua da Consolação, 21 — 2o andar — Conj. 21Centro — São Paulo/SPTel.: (11) 3257-6932

Endereço

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Opiniãowww.boavontade.comOPINIÃO

DeusRosiel dos Santos

administrador de empresas

É indiscutível que tem havido uma crescente absorção de valores sadios por parte da sociedade em que vivemos, principalmente no que concerne aos aspectos de ordem es-

piritual. Existem alguns, no entanto, que necessitam ser difundidos exaustivamente, por tratar daquilo que é básico, fundamental, na vida do mundo todo.

É comum ouvirmos os comentários “Deus quis assim”, “Essa é a vontade Dele”, “Fazer o quê?! O Criador quer assim”, e por aí seguem expressões similares. O ápice desse flagelo é sobre o Livro das Profecias Finais: “O Apocalipse é a prova do desamor de Deus para com a Humanidade”. Concluir-se-ia, disso tudo, que a Huma-nidade é santa e que o Pai Celeste é o grande culpado pelas nossas desventuras. Partindo de pessoas que ainda não têm iniciação espiritual, isso é tolerável, mas não pode jamais alguém que se diz crente em Deus manter essa postura mental, pois, com certeza, estará a obstar os seus próprios horizontes.

Por que Deus não tem culpa? Em primeiro lugar, precisamos ter bem clara a melhor definição que já se fez do Criador: Deus é Amor (Evange-lho de Jesus, segundo João, 4:8). Em seguida, dirigimo-nos ao Gênese (Antigo Testamento), deixado por Moisés, que nos descreve a criação divina, principalmente o Ser Humano e Espiri-tual. E onde Moisés mostra que Deus colocou o Homem? Em um paraíso. Isso mesmo: em um paraíso! Naturalmente, Ele dotou o Ser Humano do maior de todos os direitos: o livre-arbítrio inviolável. Mas criou Leis eternas e imutáveis como princípios de ordem, pois, do contrário, não haveria equilíbrio.

Promulgadas essas Leis, o Criador deu-as a conhecimento do Ser Humano (ou Espiritual). O que se viu, então? De posse do livre-arbítrio, a ambição e a vaidade falaram mais alto que todos os propósitos divinos existentes no Espírito do Homem. Em suma: desobediência às Leis Divinas, espirituais, as mesmas Leis que proporcionaram a existência daquele paraíso primeiro. A decorrência natural foi a penalidade imposta pela própria Lei: a perda da condição de residentes daquele páramo. Basta lermos com atenção a narrativa do Velho Testamento para ver todo o desenrolar do drama humano: a luta pela sobrevivência com o suor do próprio rosto e a confirmação dessa desobediência com o primeiro crime praticado pelo Homem.

Adão e Eva, isto é, uma raça, e não somente um homem e uma mulher, tiveram seus descendentes: Caim e Abel. Este foi pastor de ovelhas; o outro, lavrador. Levou Caim, ao fim de uns tempos, o

fruto da terra como oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira Caim, e descaiu-lhe o semblante (Gênese, 4:3 a 5). O Senhor ainda o repreendeu, inci-tando-o a bem proceder, mas, se mau fosse o seu procedimento, isso viria contra ele. O que fez Caim? Matou Abel.

Por que esse crime é a confirmação da primeira desobediên-cia? É da própria literatura da Bíblia que o trato com ovelhas dá o significado das coisas espirituais — condição assumida por Abel. Jesus era pastor de ovelhas. Muitos de seus ensinamentos trazem-nas como símbolo dos frutos bons do Espírito. Caim, por

seu turno, importou-se com os frutos da terra, denotando a preocupação com as coisas ma-teriais. Portanto, inversão de prioridade. Em Seu Evangelho, Jesus concita-nos a buscar o Reino de Deus e Sua Justiça (em primeiro lugar), para que todas as coisas materiais nos sejam acrescentadas.

Na página 38 do livro Apocalipse sem medo, afirma Paiva Netto: “Causa e Efeito. Efeito e Causa. Isso é o que o Apocalipse retrata. Ele não inventa males para o mun-do. Apenas fotografa, com antecedência, a realidade, estruturada pelos pensamen-tos, palavras e atos dos Seres Humanos e Espirituais”. Depois disso tudo, podemos concluir que o Apocalipse é a prova do Amor de Deus à Humanidade. Diz uma sentença popular: “Quem avisa amigo é”.

E Ele sempre avisou por meio de Seus vários emissários, em todas as religiões, mostrando-se como o Grande Amigo, o Grande Pai Amoroso.

Prova inconteste do Amor Divino, o próprio Apocalipse revela-nos o Plano de Deus: “(...) igualmente que, em suas páginas, encontramos a nova Jerusalém, o novo Céu e a Nova Terra, onde está o Rio da Água da Vida Eterna, cujo líquido Você poderá beber e, assim fazendo, não terá mais sede do conhecimento antes inacessível. Possui, também, a Árvore da Sabedoria Eterna, dando seus frutos, um a cada mês (observem a preocupação de Deus, de que não passemos fome), e ainda oferecendo folhas que servem para a cura das nações (...)” (Apocalipse sem medo, p. 70).

Por isso cultivar essa Verdade — do irrestrito Amor de Deus a toda a Humanidade — é contribuir decisivamente para a cura de cada um de nós.

Cultivar essa Verdade — do irrestrito Amor de Deus a toda a Humanidade — é contribuir decisivamente para a cura de

cada um de nós.

não tem culpa

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www.tbv.com.brTBV E PARLAMUNDI

Um espaço moderno, dinâmico, conectado à maior rede de computadores do Planeta e, o melhor de tudo, dedicado a todas as idades, para que elas possam desenvolver o seu próprio aprendizado. Essas são algumas das caracte-rísticas da Ala dos Estudantes do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o Parla-Mundi da Legião da Boa Vontade, localizado em Brasília/DF.

Idealizada pelo Diretor-Presidente da LBV para ser um lugar que contribua à de-mocratização do conhecimento — visto que o Brasil ainda possui uma enorme lacuna nesse setor —, a Ala dos Estudantes situa-se em local privilegiado: no primeiro subsolo do prédio do ParlaMundi, ocupando uma área de 800 m2, com diversas mesas para estudo individual ou em grupo, cadeiras estofadas, lanchonete, um belíssimo jardim externo e uma fonte de água cristalina (que ajuda a manter a umidade do ar, normalmente baixa na cidade). Além

disso, oferece o programa Internet para todos, iniciado em setembro de 1996, pioneiro em disponibilizar ao público terminais de com-putadores ligados à rede mundial, possibili-tando que mais pessoas tenham acesso a essa moderna ferramenta de pesquisa e interação com o mundo.

Destaque também para a ampla biblioteca, que possui um acervo para empréstimo com mais de 16 mil títulos especializados, incluindo enciclopédias, fitas VHS e revistas. Trata-se de um lugar concorrido na capital federal, sendo o único a funcionar todos os dias das 8 às 22 horas.

Freqüentada anualmente por centenas de milhares de jovens, a Ala dos Estudantes alia o conhecimento humano ao ensino espiritual, em um ambiente de concentração e de Paz.

O Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) visitou recentemente o local e encantou-se com esse anexo do ParlaMundi. “Foi uma satisfação co-

nhecer o trabalho da LBV, a Ala dos Es-tudantes, onde qual-quer pessoa, venha de onde vier, pode dedicar-se ao estudo com tranqüilidade, com acesso à inter-net, usando os com-putadores que estão disponíveis para todo e qualquer estudante — além de (a LBV) promover cursos pro-fissionalizantes, de capacitação, assim como existem em São Paulo/SP, há muitos anos, ali no Bom Retiro, e também no Rio de Janeiro/RJ”, comentou na oportunidade.

Para ele, essas iniciativas beneficiam extraordi-nariamente as populações de baixa renda, “que, de outra maneira, não teriam acesso a essas fontes de educação, de formação”.

Portas abertas para o saber(por Leila Marco)

www.tbv.com.brT B V E P A R L A M U N D I

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O Parlamento Mun-dial da Fraternidade Ecumênica está situa-do na Quadra 915 Sul de Brasília, ao lado do Templo da Boa Vonta-de, tel. (61) 245-1070.

Valorização humana

e progresso

“O Ser Humano, com seu Espírito eterno, deve estar no centro da Economia, pois é a geratriz de todo o progresso. Sem ele não há o capital. A riqueza de um país está no coração de sua gente”, afirma, já há várias décadas, o jornalista Paiva Netto. E é sob essa ética da valorização humana pelo prisma da Espiritua-lidade ecumênica que a LBV trabalha.

O Senador Flávio Arns (PT-PR), em visita ao Templo da Boa Vontade — que ele mesmo define como “um local de meditação, encontro, energização, realmente de amizade e respeito

ao Ser Humano” —, gravou uma entrevista para o pro-grama Brasil Democrático, exibido, de segunda a sex-ta-feira, pela Rede Mundial de Televisão.

Na ocasião, falou, entre outros assuntos, exatamen-te da forma diferenciada por meio da qual a LBV desenvolve suas ações em favor dos brasileiros. “Essa iniciativa se reflete no Brasil inteiro, atendendo crian-ças, jovens, adultos. É um trabalho consolidado de Promoção Humana, Solidariedade, busca da Educação, justiça e Paz. Nós temos, aqui, uma referência que deve ser prestigiada, valorizada, enaltecida, em todo o País. (...) O maior desafio que o Brasil tem hoje é a valorização da sua maior riqueza, que é o Ser Humano. Se o Povo, o cidadão, está indo bem, aí a gente vê que o País está indo bem. Olhando a LBV, com 54 anos de existência, trabalhando

essencialmente nessa direção de valorização do Ser Humano, atendendo a suas necessidades essenciais no sentido de promoção, temos de enaltecer, valorizar e repetir a idéia de que o Poder Público, governante, inteligente é aquele que procura atuar com a sociedade organizada séria, boa, que tenha essa perspectiva como ideal”, ressaltou Arns.

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Ala dos Estudantes do ParlaMundi da LBV

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Templo da Boa Vontade e, à esquerda, Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, localizados no SGAS 915, Lotes 75 e 76, Brasília/DF, Brasil.

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www.paivanetto.com.brO CAPITAL DE DEUS

Conhecimento espiritualgera fartura

Usar os avanços do saber a serviço da Solidariedade, no combate efetivo à miséria material e espiritual, que afeta multidões. Essa é uma das pro-postas apresentadas por Paiva Netto neste artigo, que integra o capítulo VI do livro O Capital de Deus. No texto, nascido de improvisos seus, na década de 1990, da pregação do Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, ele assevera também a necessidade de pensar ecumenicamente na distribui-ção de renda e no acesso democrático ao ensino, que, em sua opinião, é fator que gera riqueza. Bom estudo!

O conhecimento é patrimônio eterno do Ser Humano e de seu Espírito imortal. Na Economia, gera riqueza. Unido ao Amor Fraterno, criará prosperidade. Sonho?! Quanta coisa foi sonho,

mas hoje é realidade, mesmo que longe da perfeição almejada!... Trata-se de passo decisivo para a vivência da Sociedade Solidária, componente da Estratégia da Sobrevivência, firmada não apenas nas leis que regem o comportamento humano, mas, sobretudo, naquelas que governam o Mundo Espiritual, de onde todos somos originários.

Nestes tempos de globalização de benefícios mal distribuídos, principal-mente para a multidão incontável dos “sem-acesso”, como os denomina o jornalista Francisco de Assis Periotto, toda nação tem o dever, mais do que o direito, de ser criativa, de tornar-se economicamente estável, expandindo sua indústria, seu comércio e serviços; de modernizar a instrução e a educação de seu povo (a tudo iluminando com o toque da Espiritualidade), sua rede de comunicações e de transportes; de buscar a integração harmônica com as demais populações; e de alcançar internacional prestígio. É o óbvio, mas, por isso mesmo, deve ser proclamado. Fora disso, vigora a barbárie, que por aí vemos — cada vez menos disfarçada — e que, por mais incrível que pareça, a maioria talvez não meça devidamente, pois há um minucioso esforço para mantê-la distraída, como no tempo dos césares romanos. Entretanto, com certeza, cada vez mais ela irá sentindo os seus efeitos. Isso é fatal. Apenas uma questão de tempo.

Nenhum dirigente pode fazer coisa alguma sozinho. Necessita do apoio da sociedade. Todavia, o mínimo que se espera é que governe para seu povo.

O que pode impedir que os objetivos que beneficiarão qualquer país sejam atingidos sem tardança, em âmbito planetário? O exacerbamento do individualismo aliado ao desejo de domínio que possa existir nas consciências humanas distorcidas, que frutificam em épocas de corrupção e impunidade

desenfreadas, e à falta de perseverança entre muitos dos que se opõem a esse estado de coisas.

Não foi sem motivo que assim escreveu Jean-Paul Sartre (1905-1980):

— O homem é constituído pelas suas múltiplas esco-lhas e inteiramente responsável por elas.

“Bem-aventurados os pacificadores”

Muito apropriada a análise do reverendo Sátilas Ama-ral Camargo — ilustre pastor presbiteriano e o primeiro diretor responsável do núcleo da Legião da Boa Vontade em Curitiba, nos primórdios do movimento legionário na capital paranaense — publicada na revista BOA VONTADE no 8, de fevereiro de 1957, acerca do Sermão da Montanha, de Jesus, que é vanguarda da conceituação e da vivência da Cidadania Ecumênica, na qual o Ser Humano é valorizado como o Capital de Deus:

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados Filhos de Deus (Evangelho do Cristo, segundo Mateus, 5:9).

“(...)“Bem-aventurados os pacificadores, e não os pacíficos, que tomam apenas

atitude passiva, não reagem e não vão além; os que promovem a Paz são ativos, empregam todos os esforços e energias para alcançar a reconciliação. O puro de coração verá a Deus, mas o pacificador tem privilégio ainda maior, porque é chamado filho de Deus.

“(...) “Na formação de ‘Um Mundo Só’, como disse Wendell Wilkie, e de uma

família humana, sem ódios, sem barreiras, sem preconceitos, precisamos da colaboração de todos os homens de Boa Vontade, que são os pacificadores.

“(...)”.

Jesus nunca pregou a omissão. Se o tivesse feito, não teria sido crucifi-cado.

E o reverendo Sátilas termina dizendo:

“(...)“A reconstrução do mundo e o estabelecimento da verdadeira Frater-

nidade deverão começar por uma revolução espiritual no coração de cada indivíduo, reconhecendo a Deus como Pai de todos e ao próximo como seu irmão. Precisamos de uma reforma espiritual, universal, que comece pelo indivíduo e se projete na vida social.

“Regenerado o homem, reintegrado nas suas finalidades construtivas, restaurada nele em todo o seu vigor a imagem divina de sua gloriosa filiação, estará apto a colaborar com eficiência para a solução dos maiores problemas humanos, inclusive o da eliminação da guerra.

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www.paivanetto.com.brO CAPITAL DE DEUS

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor, é Presidente das Instituições da Boa Vontade.

Jean-Paul Sartre

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“Na infância que desponta, na juventude que marcha e nos pacificadores amadurecidos nas experiências da vida e sob a inspiração do Príncipe da Paz está a espe-rança de um mundo melhor, unido pela Fraternidade dos filhos de Deus”.

O valor transcendental — religioso, moral, social, político, portanto econômico (no sentido lato da pala-vra) — do Sermão da Montanha é tão expressivo que levou Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948) a afirmar:

— Se fossem destruídas todas as obras da Humani-dade e apenas sobrasse o Sermão da Montanha, nada seria perdido.

Reforma espiritual e humana

À beira do Terceiro Milênio, urge definitivamente entender que qualquer reforma substancial deve originar-se da transformação profunda do Ser Hu-mano, a partir da compreensão perspicaz do significado de seu Espírito eterno, conquanto o que aí se vê, o mais das vezes, é o contrário — bem patrocinado e subvencionado, porque “dá audiência” —, ainda que arrebente a população, pois desvia a atenção dela dos seus verdadeiros problemas, até que, um dia, a hipnose não mais funcione, porquanto as questões se agravaram de modo extremado. Reeducar para a liberdade não é tarefa para um minuto, mas, sim, coisa a ser feita antes que não reste tempo nem mesmo para o Tempo.

Armas de todo tipo ameaçam a sobrevivência humana. E elas não atiram sozinhas; precisam de alguém que lhes aperte o gatilho, e dessas pessoas é

urgente desarmar do ódio o coração. Muito a propósito este soneto de Laurindo Rabelo (1826-1864), o “poeta lagartixa”, assim conhecido porque era de estatura alta:

Conta do Tempo*1

Deus pede estrita conta do meu tempo;Forçoso é do meu tempo já dar conta.Mas, como dar, sem tempo, tanta conta,Eu que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para ter minha conta feita em tempo,Dado me foi tempo e não fiz conta.

Não quis, sobrando tempo, fazer conta;Quero hoje fazer conta e falta tempo!

Ó vós que tendes tempo sem ter conta,Não gasteis esse tempo em passatempo!Cuidai de, enquanto é tempo, fazer conta!

Mas, oh! Se os que contam com seu tempoTivessem desse tempo alguma conta,Não choravam como eu o não ter tempo!

O impasse que a insensatez humana erigiu, durante os milênios, resu-me-se atualmente nisto: ou integra ou desintegra*2. Ocorre, porém, que certas pessoas têm medo de progredir. Põem em tão elevado patamar as suas proverbiais convicções que, mesmo sem perceber, fazem das ideologias muralhas intransponíveis para si e nelas se fecham sitiadas. Mesmo quando notáveis em sua região do saber, temem ultrapassar qualquer fronteira. Param no espaço e no tempo, literalmente...

Entre essas criaturas, irmãs nossas, se alinham os grandes adversários das inovações. Que o digam aqueles que sofreram todo tipo de incompre-ensão e/ou perseguição, tais como Jesus, Sócrates, Galileu, Harvey, Fulton, Semmelweis, Madame Curie, Tesla, Freud, Zoroastro, Isaías (Profeta que foi serrado pelo meio), Daniel (também Profeta, que foi jogado na cova dos leões, sendo salvo por sua fé em Deus), Zumbi dos Palmares, Bezerra de Menezes... A lista é imensa.

A insuficiência da Cultura sem Espiritualidade*3

A Cultura dá subsídios em abundância para que se construam caminhos de progresso. Todavia, as experiências tradicionais legadas pelas gerações anteriores (sem as quais também não teríamos chegado aonde estamos) não contêm, por vezes, o indispensável contributo da vivência da Espiritualidade para a institucionalização dos deveres e direitos ecumênicos de cidadania, a serem desenvolvidos no Terceiro Milênio, essenciais para o estabelecimento de um paradigma realmente novo e promissor nos campos econômico, social, político, filosófico, religioso, ecológico, educacional, artístico, esportivo e assim por diante. O Ser Humano não é simples número estatístico.

No choque de culturas que alguns prevêem, com intensidade cada vez maior, para o século XXI, a questão é jamais desprezar as múltiplas oportu-nidades de desenvolvimento para o bem comum que a moderna tecnologia nos oferece. Convém, contudo, agir de forma que, pari passu, os avanços do saber contemplem mecanismos expansores da Solidariedade, no combate efetivo à miséria moral e espiritual, que afeta o êxito de toda sociedade. Isso é pensar ecumenicamente na solução efetiva da distribuição de renda e do acesso democrático ao ensino, por exemplo, cuja falta, na atualidade, aprisiona na indi-gência, por todo o orbe, populações inteiras. Verdadeiro desrespeito à dignidade humana. Faz-se necessária redobrada atenção ao que registrou, há tantos anos, o escocês Adam Smith (1732-1790). Diz o pai da economia política:

— A pobreza a ninguém desonra, mas é muitíssimo incômoda.

Ocorre, no entanto, que existe um agravante nisso tudo, meu caro Adam, demonstrado nesta advertência de Gandhi, o libertador da Índia:

— O maior crime é a fome.

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Laurindo Rabelo

Gandhi

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Está com a razão o Mahatma, visto que a fome e as conseqüentes enfermidades — que abatem mi-lhões pelo Planeta todos os anos — constituem um genocídio silencioso. Não há regime bom enquanto o Homem for mau (desculpe-me o cacófato).

Podemos notar, nas entrelinhas desse drama a que assistimos pelo mundo, mensagem escrita com tintas fortíssimas: assim como a fome*4, o medo é mau con-selheiro. É evidente que não se pode confundir temor com prudência, porque esta ilumina e impulsiona a Boa Vontade dos seres dispostos a transformar esse estado de coisas, como propõe o filósofo e historiador inglês Bertrand Russell (1872-1970):

— Em Educação e outros campos da existência, o que a Humanidade mais precisa é da substituição do temor pela esperança.

Pura verdade, prezado Russell, porquanto a espe-rança não morre nunca*5. Daí trabalharmos, diuturna-mente, pela Educação solidária, sem jamais esquecer a imprescindível Espiritualidade, como bússola sinali-zadora do caminho ideal para o alcance da tão sonhada concórdia planetária, cuja dificuldade em ser realizada fortalece a decisão dos que não capitulam diante das agruras do caminho.

Quem tem a chave mágica?

O Socialismo utópico admite possuir a chave mágica. Isso, até agora, não se concretizou. O sucesso de qualquer proposta depende muito menos de regras — nem sempre bem configuradas — do que da postura ética do indivíduo. Igualmente, o Capitalismo, hegemô-nico nos dias de hoje, não se revelou, até o momento, a “solução” efetiva que pretende produzir. Primeiro tem de deixar de ver na testa do semelhante um cifrão.

Contudo, a História continua, apesar de Fukuya-ma*6, pois o Homem prossegue pensando, em busca de alternativas eficientes para conciliar liberdade e justiça social, ou seja, os pon-tos positivos dos dois sistemas político-eco-nômicos que estiveram, e estão, em evidência neste século XX e no passado. E o Comunis-mo? Não existe mais?! Você se esqueceu da China?! No campo da Economia, o processo é sintomaticamente ca-pitalista, mas o regime é marxista, maoísta. E, veja bem, nesta era em que o isolacionismo perdeu terreno, não há mundo sem a pátria de Confúcio (551-479 a.C.). Por sinal, em 1987 escrevi, para a International Business and Management, uma página à qual dei o título de “Não há mundo sem a China”*7. (...) Esse grande país, repositó-rio de sabedoria milenar, que já foi chamado de “Perigo

Amarelo”, permanece, de certa forma, um enigma a ser decifrado pelo Ocidente. Sobre tão extenso e populoso território, declarou Napoleão Bonaparte (1769-1821) que, quando ele despertasse, o Planeta certamente tremeria. Não há razões para tantos temores. Capitalistas convictos, como Richard Nixon (1913-1994) e Henry Kissinger, estabeleceram forte relacionamento com a nação de Deng Xiaoping (1904-1997). Já dizia Marx (1818-1883) que “os extremos se tocam”. E talvez por isso a Humanidade não se tenha acabado...

Na década de 1930, andaram por aí — como o fazem ciclicamente — anunciando o término de tudo. O tal ano chegou, o “fim do mundo” passou, e a vida, teimosa, continuou... O saudoso Assis Valente (1911-1958), grande compositor popular, não perdeu vez: “mandou” um gostoso sambinha, que a sestrosa Carmen Miranda (1909-1955) — apesar dos invejosos, a portuguesa mais brasileira que já se viu — interpretou com o seu modo brejeiríssimo:

E o mundo não se acabou

Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabarPor causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar

E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugadaPor causa disso nessa noite lá no morro não se fez batucada

(...).

E, ao findar a canção, vemos que

Vai ter barulho, vai ter confusão,Porque o mundo não se acabou.

Informações precisas sobre o fim

Quem quiser notícias fundamentadas de um possível “fim de tudo” analise (mas sem fanatis-mos) o Apocalipse de Jesus, segundo João; os pro-fetas judeus, do Antigo Testamento; o Corão, dos muçulmanos; o Livro dos Vedas, dos bramanis-tas; e as novidades na mídia sobre o aquecimento global. Também deve informar-se acerca do crescimento da indústria armamentista. Ela não anda fabricando bombinhas de São João... Ainda quanto ao “fim do mundo”, prefiro ficar com a

tese do jornalista, radialista, escritor e poeta Alziro Zarur (1914-1979), que, após estudar o Livro (bíblico) das Profecias Finais, entretanto sem radicalismos, concluiu que ele anuncia, isto sim, “o término do mundo da maldade”. Basta lembrar que, no Novo Testamento, o tão caluniado Apocalipse apresenta, no desfecho dos seus relatos, um novo Céu e uma nova Terra.

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www.paivanetto.com.brO CAPITAL DE DEUS

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www.paivanetto.com.brO CAPITAL DE DEUS

Dorival Caymmi (E), Carmem Miranda e Assis Valente. Por Sinal, Dorival Caymmi é padrinho de casamento de Bruno e Idalina de Paiva, pais do Diretor-Presidente da LBV.

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Adam Smith

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Bertrand Russel

O ex-Secretário de Estado do governo norte-americano Henry Kissinger

(E) e o Diretor-Presidente da LBV, em evento ocorrido no The Plaza, em

Nova York (EUA).

A querida atriz Sonia Braga ficou entusias-mada com a presença da LBV em Nova

York/EUA. Na foto, fala com o Presidente da Instituição.

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A Verdade não tem dono

Seria uma insanidade “sata-nizar” capitalistas, socialistas ou comunistas e tantos quantos exis-tam defendendo caminhos sociais e econômicos para os povos. Ora, ninguém é dono da Verdade. Entre os fundamentos que a tais rumos ideológicos inspiram há propostas brilhantes, responsáveis por resul-tados e conquistas em favor da coletividade, todavia nem sempre aplicadas da forma devida pelas lideranças das multidões. Para falar só nisso...

Hitler, Stalin e Prokofiev

Daí absurdos, num plane-ta dito civilizado, tais como a vergonhosa penúria de massas incontáveis, mesmo em gran-des potências, e abusos, como os genocídios promovidos por Adolf Hitler (1889-1945), o cruel ditador austro-alemão. Basta ver que perseguiu, entre milhões, ben-feitores da Humanidade, como Sigmund Freud (1856-1939) e Albert Einstein (1879-1955), e foi responsável pela morte de Anne Frank (1929-1945). Nem todos sabem que ele se naturalizou alemão, quando já personalidade projetada no cenário internacio-

nal, pois era austríaco de nascimento.Outro “belo” exemplo foi Joseph Stalin (1879-

1953), na ex-União Soviética (URSS), onde, como ocorreu na Alemanha, até os artistas foram perseguidos pelo regime. Logo na Rússia, que possui um povo essencialmente criativo e com forte espírito místico... O caso do músico Sergei Prokofiev (1891-1953) é emblemático. Por

sinal, morreu em 5 de março,

em Moscou, 55 minutos depois de Stalin, que o perseguira de maneira execrável.

Tudo começou em 1938, quando Prokofiev compôs Semyon Kotko, uma de suas mais belas óperas, que contava a história de um jovem herói durante a ocupação da Ucrânia pelos alemães de-pois da Revolução Bolchevique, em que os germâ-nicos eram os vilões. Entretanto, o autor de Pedro e o Lobo não imaginaria que, pouco mais tarde, a Alemanha se tornaria aliada da URSS. Tratou-se de um pacto justamente de lobos, de modo que, na primeira oportunidade, um pudesse chacinar o outro. Quem deu o bote traiçoeiro foram os na-zistas, em 22 de junho de 1941, com a Operação Barba-Roxa*8, com a qual invadiram a pátria de Leon Tolstói (1828-1910). Em decorrência disso, Prokofiev não mais pôde encenar sua obra. Stalin não se conformava em ver a brutal ação alemã retratada artisticamente. Vsevolod Meyerhold (1874-1940), amigo de muitos anos de Prokofiev e produtor da peça, foi assassinado pelo regime. O compositor perdeu o cargo de Embaixador da Música para Países do Oeste e não pôde mais fazer turnês fora da URSS.

Alguns historiadores contam que, em 1947, após a Segunda Grande Guerra, quando o Soviete Supremo proibiu retroativamente o casamento de soviéticos com estrangeiros, a união legal de Prokofiev com a soprano Carolina Codina, conhe-cida como Lina Llubera, de origem espanhola, mãe de seus dois filhos, foi anulada. Um ano depois, o músico casou-se com a poetisa Mira Mendels-sohn. Trinta dias após o consórcio de Prokofiev com Mira, Lina foi enviada para um campo de concentração na Sibéria, onde ficou presa por oito anos, até voltar para Moscou e depois retornar para a Europa. Posteriormente, os alemães foram reencenados como vilões anônimos, mas nem isso amenizou a fúria de Stalin, que, então, retirou Semyon Kotko do repertório oficial.

___________*1 Conta do Tempo — Psicografia do sau-doso Francisco Cândido Xavier (1910-2002).*2 Pensamento de Paiva Netto, por ele citado na Folha de S.Paulo de 18 de setembro de 1988, no artigo “Olimpíadas, Paz, Ecumenismo (I)”.*3 A insuficiência da Cultura sem Espiritu-alidade — O conceito do autor sobre Espiritu-alidade é apresentado na segunda parte deste capítulo de O Capital de Deus.*4 Fome — Conforme definiu Virgílio, em sua obra Eneida, “A fome é má conselheira”.*5 A esperança não morre nunca — Poema de Paiva Netto publicado em seu livro Dialética da Boa Vontade — Reflexões e Pensamentos e musicado pelo maestro Vanderlei Pereira.*6 Fukuyama — Em 1992, o Ph.D. em Ciências Políticas Francis Fukuyama, analisando o establishment da De-mocracia Liberal Capitalista, em face da ruína do Estado soviético, concluiu: “A História acabou” — ao que o líder da Boa Vontade aduziu: “Enquanto houver alguém pensando haverá História”.*7 “Não há mundo sem a China” — Esta página foi tam-bém reproduzida para os participantes da VI Conferência so-bre a Mulher, ocorrida em Beijing, em setembro de 1995.*8 Nota do autor: Operação Barba-Roxa — As tropas de Hitler tiveram o mesmo destino das de Napoleão Bonaparte: foram derrota-das pelo “general inverno”, do qual já lhes tenho falado.

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Sergei Prokofiev

Os campos de concentração alemães são um dos símbo-los do Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial, onde milhões de judeus, eslavos, ciganos e homossexuais

foram brutalmente executados. Há outros terríveis exem-plos na história da Humanidade, tais como os Gulags (campos de trabalho forçado), instituídos pelo antigo

regime soviético.

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Freud

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Anne Frank

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(Final)

De 20 a 23 de outubro deste ano, no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, se reunirão cientistas, religiosos e pesquisadores da Espiritualidade para a segunda sessão plenária do Fórum Permanente Mundial Espí-rito e Ciência, a fim de tratar do tema “Discutindo a morte e a vida após ela”. As inscrições para o encontro já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.forumespiritoeciencia.org.br.

Enquanto aguardamos esse importante acontecimento, tra-zemos aos nossos leitores relatos das conferências da primeira edição do FMEC, realizada em 2000.

A seguir, reproduzimos a última parte da brilhante conferên-cia do astronauta e cientista Edgar Mitchell.

Boa leitura!

Uma coisa muito interessante que surgiu na Física com Einstein, Schrödinger, Pauling e Broglie (as grandes figuras dessa ciência no início do século XX) foi a

constatação do fato de que há, na Natureza, um aspecto de caráter fundamental em sua forma subenergética e subatômica chamado não-localidade.

Localidade é quando vemos as coisas ocupando lugar e espaço definidos no tempo; não-localidade significa que não há esse lugar. Existe uma ubiqüidade, na forma de ondas, e agora parece que a comunicação, ou ressonância, se dá instantaneamente. Essa é uma das grandes decepções e frustrações de Einstein com relação à me-cânica quântica. Parecia-lhe assustador que a informação pudesse ser transmitida mais rapidamente que a velocidade da luz.

A mística tem falado sobre isso desde sempre, porque a não-localidade corresponde ao que ela diz sobre a interconexão entre

todas as coisas no Universo. A não-localidade é simplesmente a palavra, na Física, para essa interligação que experimentamos.

As propriedades da não-localidade são muito estranhas e singulares, e até hoje desconhecemos como essa mecânica ocorre — mas ocorre.

Há seis anos, apresentei um trabalho no St. John’s College, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, intitulado O modelo diádico, em oposição ao dualístico. O modelo diádico afirma que a Natureza assume uma forma, porém de dois modos: a energia, base de tudo; e a experiência da realidade, a matéria física. Como exemplo de experiência da realidade, temos os objetos à nossa volta, que ocupam lugar, tempo e espaço. A energia tem a forma de um modo diferente e seus próprios padrões. Olhando para o céu à noite, vemos os padrões de energia, que são também informação. Como podemos aprender e saber qualquer coisa neste Universo? Porque temos a capacidade de perceber e damos significado às informações. É assim que aprendemos.

A energia tem duas faces: uma da existência, aqui e agora; e a outra do conhecimento, que usa a informação. Então, essa é a natureza do Universo onde vivemos. Ele existe e, de certa forma, se autoconhece por meio de nós e das criaturas conscientes.

Depois da palestra em Cambridge, um físico aproximou-se de mim e perguntou-me: “Será que podíamos almoçar juntos e conversar um pouco? O que você falou é muito interessante, e acho que recentemente descobrimos algo que valida exatamente o que acabou de dizer”. Dialogamos, e ele descreveu um trabalho recém-descoberto: o holograma quântico.

A maioria já teve alguma experiência, contato, ou pelo menos já viu hologramas. Quando um mágico faz um tigre desaparecer

www.forumespiritoeciencia.org.brE S P Í R I T O E C I Ê N C I A

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Conferência do astronauta e cientista Edgar MitchellDescobrindo a Alma na Ciência

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no palco, muito provavelmente o que desapareceu foi uma imagem tridimensional, e o que faz tudo é a imagem holográfica.

Nos Estados Unidos, se um revendedor de automóveis quer mostrar um modelo novo de carro, mas este ainda não está disponível na loja, projetará uma imagem na tela. Não podemos sentar-nos no veículo, po-rém podemos vê-lo. Trata-se de uma imagem tridimensional criada.

Descobriu-se que a Natureza se tem utilizado das propriedades holo-gráficas desde o início dos tempos. Hoje, sabemos que todo e qualquer objeto possui, invisível aos nossos olhos, um holograma associado. Isso está na própria essência das propriedades quânticas básicas da matéria chamadas emissão e reabsorção.

Qualquer matéria mantém-se absorvendo mínimas quantidades quânticas de energia e reemitindo essa energia, que se renova no subs-trato de toda a matéria. Nada mais é do que energia dinâmica em fluxo. Acontece que a emissão da energia é suficientemente coerente para transportar informações sobre o objeto físico. E isso é absolutamente fascinante. A informação da imagem holográfica quântica preenche os requisitos da não-localidade. Portanto, todos os objetos, e não apenas as minúsculas partículas subatômicas, têm propriedades: do aqui e agora, do efêmero, e também da não-localidade e da ubiqüidade. Esse conceito amplia a noção de mecânica quântica a todos: Seres Humanos, insetos, animais, objetos, o Universo todo.

A imagem carrega a história do objeto físico em sua própria estrutura. Temos estudado essa questão há seis anos. Cada vez nos sentimos mais à vontade discutindo o assunto. Ainda não temos todas as respostas, mas vou expor algumas que vejo como mais sólidas e reais e que, pro-vavelmente, serão validadas:

1) A descoberta do holograma quântico, que chegou com a ressonân-cia magnética. Os aparelhos de ressonância magnética estão por todos os lugares, em todos os hospitais, para aperfeiçoar a capacidade de imagem, como um recurso médico para ver o interior do corpo humano. Essa descoberta surgiu ao tentar aperfeiçoar-se o funcionamento da ressonância magnética, em grande parte atribuída ao cientista alemão Walter Schempp e ao teórico inglês Peter Mar-shall, ambos meus colegas neste momento. Outros também têm estudado o fenômeno, que vem sendo validado cada vez mais em um maior número de aspectos.

2) Escrevi um trabalho chamado O holo-grama quântico e a natureza da mente. Na verdade, é essa estrutura informacional que nos permite ter experiências interio-res subjetivas e intuitivas e que transporta o aspecto histórico de qualquer objeto com o qual nos identificamos.

Tenho certeza de que ouviram falar dos elementos do akasa, ou seja, do etéreo, de tudo o que está na atmosfera, e de como os sensitivos usam os elementos akashic. Acredita-se que muitos sensitivos se utilizaram dele. O holograma quântico é o melhor exemplo de como isso pode ser verdade, ou seja, a idéia de haver um mecanismo, parte da Natureza, que nos permite entrar em sintonia com ela em nível muito sutil e intuitivo e obter informações além dos mecanismos sensoriais comuns com os quais estamos acostumados. Então, pela primeira vez, parece que conseguimos identificar esse mecanismo na Natureza e descrever suas propriedades e elementos matemáticos como fazemos com qualquer outra descoberta científica.

3) A título de ilustração, por exemplo, para sugerir como tudo isso se encaixa no fenômeno da reencarnação, eu diria que, usando esse modelo,

é impossível fazer a diferença entre uma Alma antiga e uma Alma nova com longa memória — o que, por sua vez, se adapta muito bem ao conceito budista tibetano do Bardo sobre a morte e a reencarnação, que parece, de certa forma, imitar esse méto-do, não no plano em si, mas no ponto em que a matemática e as ciências se desprendem dele.

4) Quando consideramos os gêmeos, por exemplo, há uma ressonância entre eles: em algumas situações, vestem-se da mesma forma, comem as mesmas coisas, pensam o mes-mo, independente de estarem próximos fisicamente. Ou pais e mães, que, quando saem, de repente sentem que algo ocor-reu com a criança que deixa-ram em casa e dizem: “Vamos telefonar para casa. Alguma coisa aconteceu com o Júnior”. Isso é ressonância e se encaixa no conceito do holograma quântico quase de maneira perfeita para explicar como e por que isso se dá.

Esta é a primeira vez que temos um mecanismo na Ciência que nos permite explicar e entender tudo isso. Então, à medida que trabalha-mos nisso e que mais entendemos a questão toda, pergunto aos meus colegas — e tenho certeza de que há fãs do filme Jornada nas Estrelas aqui: “Estamos perto de encontrar o Dr. Spock em algum ponto?”. E a resposta deles é: “Sim, estamos”.

Vocês devem saber que na Europa, no ano passado, o fóton (a minúscula parte da matéria ou de energia) foi

teletransportado a 400 km de distância. Estamos cada vez mais próximos de realizar essas expe-

riências incríveis como resultado de vivências espirituais, basicamente fruto da não-loca-

lidade e das propriedades informacionais do holograma quântico.

Essas são as grandes descobertas que nos permitem unir Ciência e Espiritua-lidade em um só modelo. E, à medida que entendermos melhor a não-locali-dade nas próximas décadas, poderemos também compreender melhor como a

Ciência e a Espiritualidade podem ser conciliadas.

Gostaria de terminar com uma citação que se encaixa perfeitamente no centro de

atenção de um encontro como este: “Deus dorme nos minerais, acorda nas plantas, anda por meio

dos animais e pensa por meio dos homens”. E essa é a exata noção da Presença Divina no Universo que este modelo

parece sugerir.

Na próxima edição, acompanharemos a primeira parte da con-ferência “Progresso da Ciência: o fenômeno espiritual à luz da Física Quântica do século XXI”, do físico e escritor francês Patrick Drouot.

O astronauta norte-americano Edgar Mitchell, sexto homem a pisar a Lua, durante conferência no ParlaMundi

da LBV.

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www.soldadinhodedeus.com.brBOLO COM PUDIM

Lançamento

Atividades

Morava em um pequeno lago o Peixinho Vermelho, ao qual ninguém dava valor. Ele era muito esforça-do, sempre se dedicando a buscar novos conhecimentos, enquanto os outros peixes viviam acomodados e satisfeitos, sem nada fazer. Um dia, o nosso herói descobriu a pequena grade por onde saíam as águas do

lago. Decidido, iniciou uma viagem, que o levou a experimentar diver-sas emoções e a encontrar mundos diferentes do seu. Se você quiser saber como termina essa história, não pode deixar de ler o livro O Peixinho Vermelho, novo lançamen-to do Bolo com Pudim Editorial. Mergulhe nessa aventura!

Abaixo, depoimentos espontâneos de alguns animais marinhos após lerem O Peixinho Vermelho:

“Aprendi com o Peixinho Vermelho a ir sempre em busca de conhecimento”.

Estrela Móvel do Mar

“Este livro mudou minha vida!”. Foca Feliz do Pólo Norte

“Este livro mudou minha forma de ver o mundo. Ampliei meus horizontes”.

Peixe do Aquário Pequeno

Ajude Tico a encontrar o livro A Formiga Preguiçosa.

Ligue as letras e descubra uma atividade que as crianças adoram.

Resp.: Aula de Moral Ecumênica

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www.soldadinhodedeus.com.brSOLDADINHOS DE DEUS

Os Dez Mandamentos dos Soldadinhos de Deus, aprendidos por todas as crianças que freqüentam as Aulas de Moral Ecumênica (AMEs), foram escritos pelo saudoso Alziro Zarur (1914-1979), fundador da LBV. Em cada edição da revista BOA VONTADE publicaremos um desses manda-mentos. O primeiro pode ser conferido no número 190. Colecione!

Viver o Evangelho de Jesus em Espírito e Verdade à luz do Seu Novo Mandamento.

Segundo Mandamento dos Soldadinhos de Deus:

Vanessa Morales, 10 anos, São Paulo/SP.

Bruna Pereira, 8 anos, Inhumas/GO.

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Galeria de Arte Soldadinhos

Juliana Simão Prudente, 7 meses, do Rio de Janeiro/RJ.

Júlia Florindo de Lima nasceu em 15/6/04, em São Paulo/SP. Seja bem-vinda!

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www.acaojovemlbv.comAÇÃO JOVEM LBV ESPECIAL

CongressoSolidários e antenados com o mundo

Congresso Jovem LBV discute a comunicação como instrumento para transformar o social e

levar a Fé em Deus

Segundo o estudo “Perfil da Juventude Brasileira”, organizado pelo Instituto Cidadania, que ouviu pessoas entre 15 e 25 anos em 198 cidades do País, 99% dos jovens acreditam em Deus e 58% deles querem mudar os fatos atuais que ameaçam o seu futuro e o de sua família, como a violência, a destruição do meio ambiente, o desemprego, entre outros.

Foi para discutir formas de vencer esses problemas e, dessa ma-neira, construir a Sociedade Solidária que milhares de caravaneiros vindos de todas as regiões do Brasil e do Exterior participaram, no dia 3 de julho, do 29o Congresso Internacional do Jovem da Boa Vontade de Deus, em Goiânia/GO, sobre o tema “Ação Jovem LBV

e o poder da Comunicação”.À frente dos debates estava o jornalista e radialista Paiva Netto,

considerado por muitos “o maior comunicador do Brasil”, conforme destaque de capa de Jornal dos Jornais — A revista da Imprensa no 17, de agosto de 2000. Além de falar do uso da mídia para uma Comuni-cação 100% Jesus, ele asseverou a importância de ensinar aos povos que a morte não existe, porque, após esse fenômeno, o Espírito, que anima o corpo material, continua vivo.

Saudações

A ocasião era de festa também para o dirigente das Instituições da Boa

Vontade, que completou, em 29 de junho, 48 anos de trabalho em prol

da Solidariedade e do Bem. As

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(por Leila Marco e Rodrigo Oliveira)

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O líder da Boa Vontade é saudado ao receber o título de Cidadão Honorário Goianiense

A Câmara Municipal de Goianésia concede Diploma de Honra ao Mérito a Paiva Netto

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Congresso

pessoas que su-perlotavam as dependências do Ginás io de Esportes C a m p i n a s aguardavam com ansieda-de sua chega-

da. E a acolhi-da não poderia

ter sido melhor: ao encaminhar-

se ao palco, numa ambiência de muita

música e emoção, foi recepcionado por 48 crian-

ças, que, formando um túnel, lhe entregavam, cada uma delas, uma

rosa, à medida que ele passava. As flores, vermelhas e brancas, representavam, respectivamente, o carinho de todos aqueles que, de alguma forma, são beneficiados por suas realizações e a harmonia dos que encontram na mensagem dele, seja pelo rádio, seja pela TV, seja pelos seus escritos, paz de espírito, tão necessária nos dias de hoje.

Na seqüência, já na passarela, dirigiu-se ao pú-blico, saudando-o ternamente. Nesse momento, um grande coração vermelho, preso a 48 balões, subiu em meio à multidão.

Como lembrança pela data tão especial, Paiva Netto ganhou do artista plástico goiano Antônio Vieira uma escultura do Cristo, feita em pedra-sabão, cujo título é “O olhar de Jesus ao Planeta Terra”. A Juventude Ecu-mênica da Boa Vontade de Deus também o presenteou, com uma placa de Honra ao Mérito.

Mas não foi só: duas importantes Casas Legislativas do Estado de Goiás reverenciaram-no pelas ações em favor do Povo brasileiro, principalmente dos menos fa-vorecidos. A primeira homenagem deu-se com o título de Cidadão Honorário Goianiense, proposto pelo atual Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Vereador Francisco Oliveira, e concedido por unanimidade pelos parlamentares dessa Casa. A honra foi entregue, durante o congresso, pelo ex-Presidente da Câmara, Marcelo Augusto, e pelo Deputado Federal e radialista Sandes Junior, que representava, na ocasião, o Governador do Estado, Marconi Perillo.

Em seguida, ele recebeu, da Câmara Municipal de Goianésia, Diploma de Honra ao Mérito, pelas mãos de seu Presidente, José Mateus dos Santos, e de seu Vice-Presidente, André Naves.

O que foi discutido Abaixo, alguns tópicos desenvolvidos pela juventude

do Brasil e do Exterior que participou dos blocos temáti-cos da 29a edição do Congresso Jovem:

• O poder na comunicação está ligado a valores éticos

e morais, e não a questões financeiras.• O comunicador (tanto o transmissor quanto o inter-

locutor) tem grande responsabilidade pelo conteúdo que está sendo comunicado.

• É necessário formar o pensamento e a atitude crítica no jovem.

• Fazer parte da comunicação não se resume a traba-lhar na mídia em si (TV, rádio ou imprensa).

• Cada um é agente comunicador na área em que atua.

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Paiva Netto recebe a escultura do Cristo, feita em pedra-sabão pelo artista plástico Antônio Vieira.

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www.acaojovemlbv.comAÇÃO JOVEM LBV ESPECIAL

Comunicação entre Céu e Terra“O 29o Congresso Internacional do Jovem da Boa Vontade de

Deus é para acender a luz na Terra, para que a Luz de Cima possa vir com toda a sua potência iluminar a luz humana.” Essas palavras do Irmão Flexa Dourada (Espírito), ditas em 21 de junho, comprovam que o evento, antes mesmo de ser realizado, já estava ungido pelos Grandes Luminares do Espaço, já que se tratava de acontecimento valioso para a união das Humanidades.

Sem dúvida, essas manifestações do Plano Espiritual Superior — as quais auxiliam na construção de um Brasil melhor e de um mundo mais feliz — foram um dos aspectos que diferenciaram o Congresso Jovem da Legião da Boa Vontade. Tanto é que a presença desses abnegados Amigos foi bastante destacada durante a prédica de

Paiva Netto, que reiterou, diversas vezes, algo que afirma há muito tempo: “Os mortos não morrem”.

Um dos momentos mais emocionantes do congresso ocorreu em seu término. Paiva Netto solicitou ao Coral Ecumênico da LBV e ao público que entoassem o Oratório O Mistério de Deus Revelado, de sua autoria, no trecho “O Alertamento de Jesus no Evangelho e no Apocalipse”, que inova esse tipo de composição ao substituir os tradicionais recitativos por narrativas. O resultado foi excelente, alcançando o propósito com o qual a obra foi produzida: o de fazer uma música que o Povo pudesse cantar com o coro.

Por fim, envolto nessa mesma vibração, o dirigente fez a prece Pai-Nosso, convocando todos a realizar uma aliança com o Cristo.

CartasCartaswww.acaojovemlbv.comAÇÃO JOVEM LBV ESPECIAL

RepercussãoNeste dia tão importante na história das

Instituições da Boa Vontade, este é o sentimento que queremos expressar ao coração amigo do líder da Boa Vontade: parabéns! A realização do 29o Congresso Internacional do Jovem da Boa Vontade de Deus, em Goiânia, Estado de Goiás, é a demonstração da garra, da Fé Realizante, do ideal pujante, que impulsiona crianças e jovens, adultos e Terceira Idade. Dia de emoção, de co-ração! Jesus, na Sua sabedoria, demonstra que, mesmo em situações e condições mais adversas, temos, em nós, a capacidade de realizar. Lembro, aqui, um fato que merece destaque: quando Paiva Netto começou a gravar o saudoso fundador da LBV, Alziro Zarur, no Rio de Janeiro, as con-dições eram impossíveis, segundo técnicos e engenheiros de som, devido ao calor que poderia prejudicar o funcionamento das máquinas. Mas o que fez diante disso? Parou? Não. Foi em frente. E naquele pequeno espaço, com temperatura abrasante no Rio, se produziram belas lições de vida, que estão até hoje na Rede Boa Vontade de Rádio.

Hildeliano Alves da SilvaApresentador do programa Panorama

Nacional, da Rede Boa Vontade de Rádio

Rio de Janeiro/RJ

Estou no meio dos milhares de moços reuni-dos no 29o Congresso da Juventude Ecumênica da LBV. Vendo a quantidade de jovens, de Sol-dadinhos de Deus e pessoas da Melhor Idade aqui reunidos e os milhares que não puderam aqui estar — mas a RBV, a internet e a RMTV os alcançará onde estiverem —, reforço aquilo

que penso e sinto profundamente: poucos traba-lham como Paiva Netto pela segurança de nossos jovens, crianças e adolescentes contra a terrível doença chamada droga. Das drogas morais, espirituais e materiais todo esse grupo tem sido protegido. A tranqüilidade de suas famílias não tem preço. Muito grata!

Mariliza Rezende ParmegianiAgente Multiplicadora do Conen

Brasília/DF

Agradeço a oportunidade que recebemos para que o 29o Congresso Internacional do Jovem da Boa Vontade de Deus fosse sediado na cidade de Goiânia/GO. Foi um momento histórico na vida do povo goiano, do povo brasileiro, que marcou presença no congresso, momento esse que jamais poderá ser esquecido da nossa me-mória. A imagem que ficou gravada na nossa mente foi das lágrimas escorrendo no rosto das pessoas. A emoção era muito grande; ninguém conseguia contê-la.

Mauro Rodrigues de LimaAssistente da Regional Centro-Norte da

LBVGoiânia/GO

Escrevo para dar os parabéns pelo 29o Congresso Internacional dos Jovens da Boa Vontade de Deus e agradecer, pois Paiva Netto me deu forças para realizar dois sonhos. Um foi conhecê-lo; porém, o meu maior sonho é que, um dia, um dos congressos seja realizado na Região Norte, de preferência em Belém. Desse sonho, já

tinha desistido, mas, quando ele falou que não queria jovens bananas, e sim valentes, percebi que não poderia dar-me por vencida, sem nem mesmo ter lutado. O dirigente da LBV deu-me valentia, aquela de assumir um compromisso e levá-lo, honrosamente, até o fim. Essa é a verdadeira força para levantar a juventude.

Suellen Thayane Carvalho da Silva EstudanteBelém/PA

Ainda sob a poderosa vibração do con-gresso dos jovens, escrevo para parabenizar pelo belíssimo evento. Notei em muitas pessoas a alegria estampada no rosto. Outras comentavam que também foram às lágrimas ao ver Paiva Netto emocionado com a pla-téia cantando “O Alertamento de Jesus no Evangelho e no Apocalipse”.

Estêvão Lombardi SantosUniversitárioSalvador/BA

Estive participando do Congresso Jovem, em Goiânia/GO, e senti muita emoção ao ver o líder da Boa Vontade. Quero ajudá-lo na sua missão, que é tão grande; colaborar para que a LBV cresça cada vez mais! Bendita seja a Legião da Boa Vontade, que tem o Mestre Jesus à frente.

Liziane da Silva AnselmoVitória/ES

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Presente paternoReceber felicitações de amigos, parentes

e admiradores pela trajetória de bons servi-ços é um reconhecimento agradável e serve como incentivo à pessoa para que continue no caminho. Mas, quando essa homenagem de um ente querido é achada quando ele já se encontra no Plano Superior, tem um quê especial.

Assim aconteceu com Paiva Netto, dias antes das comemorações dos seus 48 anos de trabalho à frente da Legião da Boa Von-

tade. Um de seus secretários, Alvino de Barros, procurando uma foto dele, encontrou alguns boletins e prêmios que lhe foram concedidos em 1948 e 1949, época em que estudava no Instituto São Francisco de Sales — da Ordem Salesiana de Dom Bosco —, colégio no Rio de Janeiro/RJ.

Com o material, o secretário encontrou um bilhete, redigido muitos anos depois (14/2/1986), quando o pai do dirigente da LBV, Bruno Simões de Paiva (1911-2000), ainda na carne, ao reler aqueles documentos, vê que já apontavam para um futuro brilhante. Nessa carta, o sr. Bruno, folheando o material, escreve:

“Meu filho, desculpe a escrita. Tem falhas, porém muito amor. Cuidado para não ‘quebrar’ a continuidade dos meses: — para mim, valem ouro. — Bom — Bom — Muito Bom — Muito Bom — ÓTIMO — ÓTIMO — ÓTIMO — ÓTIMO — ÓTIMO. (Um menino com 7 anos!!!) Que beleza!!!

“Muito obrigado, meu filho querido. Você não calcula como fico emocionado quando lhe vejo falando no rádio e/ou na televisão. Não é orgulho, é felicidade de ter um filho que soube corresponder ao sa-crifício de um pai, que tudo de bom queria para seus filhos. Não foi sacrifício. É uma das obrigações dos pais preparar um bom futuro para seus filhos. Você correspondeu muito bem. Hoje, você é um HOMEM em todos os sentidos da vida.

“Sua mãe e sua irmã ficam rindo de mim quando você está falando e eu estou chorando. Mas eu não agüento a emoção de um velho pai, que tanto ama seu filho, vendo-o assim, falando com desembaraço, cultura, inteligência e capacidade em qualquer assunto. Obrigado, meu filho.

“Viva JESUS!“Seu pai, Bruno”.

Quem se comoveu ao ler essas pala-vras pode imaginar o que significou tal lembrança a Paiva Netto e a todos os que o admiram, pois, exatamente no dia em que foi encontrada (24 de junho), seu genitor completava quatro anos na Pátria da Verdade. Curioso foi que, três dias antes dessa data, o Presi-dente da LBV havia estado no Instituto São Francisco de Sales.

O bilhete emocionou tam-bém diversas pessoas que acom-panham o trabalho do líder da Boa Vontade, como a Legionária Maria de Fátima Gonzaga Barbosa, de Cabo Frio/RJ, que escreveu: “(...) Hoje, esse Espírito luminoso nos trouxe, com sua mensagem, muita Paz ao coração, através do imenso Amor por seu filho. Tive a felicidade de conhecê-lo e, realmente, guardo dele o carinho, a educação com que sempre tratava a todos. Parabéns, Irmão Paiva, pelo grande pai! Parabéns, sr. Bruno, pelo grande filho!”.

Depois de tudo isso, só se pode chegar a uma conclusão: para o Amor não há barreiras, pois, conforme o próprio autor de Reflexões da Alma afirma, “(...) Nem a morte separa os que se amam”.

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Bruno Simões de Paiva

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Visão parcial do público no 29o Congresso Internacional do Jovem da LBV, realizado em Goiânia, em 3 de julho, e presidido por Paiva Netto.

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Olá, pessoal! Vamos praticar mais um pouquinho o que aprendemos nas lições anteriores? Nesta aula, há uma cruzadinha para revisar o vocabulário dado até aqui e mais um exercício de fixação. Boa sorte!

1. Complete a cruzadinha:

Esperanto

Português

Inglês

Espanhol

Crase

Na seqüência de estudo do alfabeto do Esperanto, vamos agora às letras g, g, h, h, j, j.

O g tem sempre o som de “guê”, mesmo antes de e e i. Por exemplo, legi: lê-se “legui” e significa ler. O g tem o valor de “dj”. Ex.: lego, que se lê “lêdjo” e quer dizer lei. Já o h é sempre aspirado: é um som semelhante ao que se produz quando sopramos nas mãos para aquecê-la. Ex.: havi, que se lê “hávi” e quer dizer ter, haver. O h é semelhante ao ruído

feito para limpar a garganta. Ex.: horo: lê-se “rrôro” e significa coro, conjunto coral. O j tem o som de um i breve, isto é, pronuncia-se rapidamente. Ex.: juna: lê-se “iúna” e quer dizer jovem. O j tem o som do j em português. Ex.: jeti: lê-se “jêti” e significa arremessar.

Na próxima aula, explicaremos a pronúncia de outras letras do alfabeto do Esperanto. Até lá!

Maria Aparecida da Silva

Dando cont inuidade à apresentação do alfabeto espanhol, estudaremos o dígrafo ll e a letra ñ. Pode pronunciar-se o dígrafo ll, de três formas: “lh”, “i” e “dj”. Ex.: calle (rua) pronuncia-se “calhe”, “caie” ou “cadje”. Essa variação de sons ocorre em diversas regiões onde se fala a língua espanhola. Assim, usa-se o som “lh” no norte da Espanha; já o som “i” é empregado em Madri, nas Ilhas Canárias e na América Latina em geral, enquanto o som “dj” é usado em alguns núcleos da Argentina, do Uruguai e do Paraguai. Mais exemplos de palavras com ll: lluvia (chuva), estrella (estrela), llave (chave),

llevar (levar). A letra ñ, por sua vez, soa

como “nh” do português. Ex.: niño(a) (menino(a), criança) é pronunciado “ninho(a)”. Outros exemplos: cariño (carinho), español (espanhol), garañón (garanhão), reseña (resenha, descrição; relato).

Por aí, pode-se perceber que muitas palavras da língua espanhola se assemelham, em som e significado, às do português.

No próximo número da revista BOA VONTADE, traremos mais algumas letras do idioma espanhol. Não perca!

Maria Aparecida da Silva

3a Lição (Tercera Lección)3a Lição (Tria Leciono)

Nesta edição, abordaremos um assunto muito importante e que muitas vezes causa dúvidas: a crase. Primeiro, é preciso deixar claro que não é esse o nome daquele acento ao contrário, mas, sim, acento grave, em oposição a acento agudo. Crase (que significa fusão) é como se chama o fenômeno da junção de dois “a”.

Salvo raras exceções, só se usa o acento grave antes de palavras femini-nas. Portanto, a crase ocorre, em geral, quando se juntam a preposição “a” e o artigo “a”. Isso se dá, basicamente, com as expressões femininas que indicam tempo, modo e lugar e com os comple-mentos verbais e nominais que exigem a preposição “a”. Exemplos: Encontrarei minha amiga às duas da tarde (tempo); Ele correu à toa (modo); Permaneça à esquerda (lugar); Vamos assistir à peça? (o verbo exige a preposição “a”; já o seu complemento — “peça” — requer o artigo “a”).

Identificar essas circunstâncias nem sempre é tão fácil quanto parece. Mas existe uma regra prática para saber se ocorre ou não crase. Quando houver dúvidas em relação a esse fenômeno antes de determinada palavra feminina, basta substituí-la por qualquer palavra masculina sem lhe alterar o sentido. Se, antes do masculino, aparecer “ao”, é sinal de que devemos empregar o acento grave. Assim, para saber se há crase em Vou a feira, substitua “feira” por qualquer palavra masculina, como, por exemplo, “mercado”. Como se diz Vou ao mercado, e não Vou a mercado,

então o correto é Vou à feira. Há crase, sim, nessa oração.

Vamos a mais exemplos: Ele voltou à (preposição “a” + artigo “a”) cidade natal; As provas foram apresentadas às (preposição “a” + artigo “as”) autorida-des. Dessa forma, não existe crase antes de palavra masculina: Vou a pé; Andou a cavalo; Pagamento a prazo; Escolheu a dedo; etc. Há uma única exceção, mas falaremos disso futuramente.

No seguinte pensamento de Paiva Netto, extraído do livro Como Vencer o Sofrimento, podemos encontrar ou-tro exemplo de ocorrência da crase: “Problemas são para ser enfrentados e vencidos. Estamos neste Planeta para isso, nunca para ser derrotados por eles. Sobrepujando as mais duras contingên-cias, quando aparecem, estaremos nos libertando das algemas que nos querem aprisionar à dor. Quem nos pôs essas algemas?! Geralmente nós mesmos, ao aceitarmos o jugo da cegueira de Espírito, a qual devemos suplantar em benefício próprio”.

Se o autor tivesse usado a palavra “sofrimento” em vez de “dor”, como ficaria a frase? “(...) Sobrepujando as mais duras contingências, quando apa-recem, estaremos nos libertando das algemas que nos querem aprisionar ao sofrimento. (...)”.

O tema é amplo, e voltaremos a ele. Enquanto isso, vá estudando e pratican-do as regras que passamos aqui. Você verá que não é tão complicado usar o acento grave. Até a próxima!

2. Escreva as frases no plural, conforme o modelo: a) I am well. We are well. b) I am late. ____________________________ c) She is smart. _________________________ d) He is sick. ___________________________ e) How is she? _________________________

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Adriane Schirmer Raquel Bertolin

www.boavontade.comCURSOS

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ONGs e as metas de desenvolvimento do milênio

www.boavontade.comLBV NO MUNDO

Centenas de pessoas participaram do Seminário Lati-no-Americano e Caribenho (LAC), promovido pela Conferência das Organizações Não-Governamentais

(Congo), de 1o a 4 de junho, em Santiago do Chile. O objetivo do evento foi o de criar maior interação entre as Organizações das Nações Unidas (ONU), os governos, o setor privado e a sociedade civil, capacitando as ONGs dessas regiões do mundo para que colaborem no cumprimento das metas do milênio, definidas pela ONU numa reunião com a presença de 191 países e as quais prevêem a erradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, da redução da mortalidade infantil e da discriminação contra as mulheres, além do combate ao HIV/aids, com prazo até 2015.

O Brasil foi representado pela Legião da Boa Vontade, que é a primeira organização brasileira do Terceiro Setor com status consultivo geral no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc). Na oportunidade, ela apresentou os resultados de reuniões preliminares com outras organizações não-governamentais brasileiras sobre a realidade nacional ante os desafios do milênio. Esses encontros ocorreram em Brasília/DF e no Rio de Janeiro/RJ, respectivamente, nos dias 14 e 18 de maio e contaram com a presença de diversos representantes de ONGs, que apontaram soluções para o desenvolvimento social nesses locais.

O Presidente da ONG Reik, João Carlos Melo, partici-pou do evento na capital fluminense e, em entrevista à Rede

Mundial de Televisão, ressaltou a importância desse diálogo. “Eu queria, inicialmente, dar os parabéns à LBV por essa mara-vilhosa iniciativa, no sentido de reunirmos, aqui, instituições do Terceiro Setor. Quero deixar do-cumentado, registrado, que par-ticularmente tenho uma enorme simpatia pelo trabalho da LBV, e não é de hoje, há bastante tempo, muito antes de ser Presidente da minha organização. A ação de vocês é exemplar para nós. Te-nho-a como um exemplo, aquela em quem sempre me inspiro, já do tempo de Zarur, e acompanho o trabalho de Paiva Netto há muito tempo”, afirmou.

Para ler, na íntegra, o docu-mento elaborado pela Legião da Boa Vontade em parceria com diversas ONGs e apresentado no Seminário Latino-Americano e Caribenho, basta acessar o site www.lbv.org.br.

O Governador Civil de Lisboa, José Lino Ramos, e a Governadora Adjunta, Isabel Saldanha, conheceram re-

centemente o trabalho socioeducacional realizado pela Legião da Boa Vontade em Lisboa, Portugal. Eles foram acompanha-dos pelo administrador da LBV em terras lusitanas, Haroldo Rocha, que expôs os objetivos da Instituição, entre eles o de dar atendimento especial às carências material e espiritual dos Seres Humanos.

Ao visitarem o autocarro (ônibus) do programa Sorriso Feliz, que leva serviço de saúde bucal às comunidades menos favorecidas, manifestaram admiração por essa iniciativa e enfatizaram sua importância. “Fiquei com uma excelente impressão de que há pessoas que, independentemente de questões monetárias, levam a Boa Vontade. Instituições como esta fazem exatamente aquilo que nós, muitas vezes, não con-seguimos realizar e vão aonde não conseguimos chegar. Para-béns à LBV!”, disse o Governador à revista BOA VONTADE.

(por Eduarda Pereira)

Governador Civil de Lisboa conhece programa Sorriso Feliz

ONU na LBV

Notícia de Portugal

O Governador José Lino Ramos (E) observa as atividades do autocarro do programa Sorriso Feliz, promovido pela LBV em Portugal, acompanhado por Haroldo Rocha.

Sede da ONU, em Nova York, EUA.

(por Danilo Parmegiani)

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www.lbv.orgLEGIÃO DA BOA VONTADE

Lar e Parqueé homenageado pelos 44 anos de trabalho

O Lar e Parque Alziro Zarur, mantido pela Legião da Boa Vontade, em Glorinha/RS (Rodovia RS 030, km 19, Parada 119), recebeu, em 3 de junho, duas homenagens

pelos 44 anos de atividades, completados no dia 23 de maio. A primeira foi concedida pela Câmara Municipal da cidade, e a segunda, pelo Jornal Intercidades.

Por iniciativa do Vereador José Flávio Ckless Soares (PSDB-RS), a Câmara de Glorinha preparou uma sessão solene, que, a pedido dos integrantes da Casa Legislativa, se realizou no ginásio poliesportivo do próprio Lar, reunindo centenas de pessoas.

O Vereador, em entrevista à Rede Mundial de Televisão, ressaltou, emocionado, que a Obra “faz, efetivamente, inclusão social de verda-de”. Na seqüência, comentou: “A LBV presta serviço social há muitos anos e é um dos mais importantes do País. A Câmara mostrou-se muito entusiasmada na votação desse projeto, porque, por unanimidade, entendeu que o preito é justo e merecedor. Na verdade, a essência do trabalho da LBV, começando pelo seu lema, Educação e Cultura,

Alimentação, Saúde e Trabalho com Espiritualidade, reflete todo o contexto que é essa Entidade. Ela tem sido exemplo para todos nós. Em outra oportunidade, já tinha manifestado publicamente que a LBV aqui, no município de Glorinha, é a primeira instituição que produz um produto chamado Ser Humano. O agradecimento tem de partir de nós, porque a Organização tem sido nossa referência e orgulho”.

Já a Primeira-Dama e Secretária de Saúde de Glorinha, Mile-ne Lampec da Rosa, durante o seu pronunciamento, falou sobre a qualidade do trabalho que a Instituição desenvolve: “Uma das grandes surpresas que eu tive na LBV é que aqui não vi grades, nem seguranças, nem vigias. As crianças entram e saem, têm educação e saúde, vivem sem medo, não são enjauladas. (...) Existe uma pessoa que, graças a Deus, não desistiu de construir este País; existe um homem chamado Paiva Netto, que constrói, através do Cristo, da palavra de Deus, de cidadão, Seres Humanos. E quero deixar o meu agradecimento a ele”.

Também estiveram presentes ao evento o Prefeito de Glori-nha, Darci Lima da Rosa; o Gerente Regional Metropolitano da RGF/RS, Breno Plentz; Lidiane Alves da Silva, representando a Secretária de Educação de Glorinha, Ângela Barcelos; Cezar Abílio Calegaro, Assessor do Secretário Estadual de Minas e Energia, Deputado Valdir Andrés; o Presidente da Câmara Mu-nicipal de Glorinha, Paulo Cezar Monteiro Pujol; o Diretor da Rádio e da TV Metrópole, Derli Queiroz; o Diretor da Indústria de Laticínios de Glorinha, Fernando Casagrande, entre outras personalidades da região.

No mesmo dia, o Lar e Parque foi agraciado com o Troféu Destaque Regional, honraria proposta pelo professor Lenoar Mello Almeida, Diretor do Jornal Intercidades, de Viamão/RS, periódico que, desde 1983, contempla todos os anos instituições que se destacam no trabalho em favor do Povo.

O Lar e Parque da LBV atualmente atende, em regime residen-cial, mais de cem meninos com idade entre 6 e 18 anos, os quais recebem abrigo, educação, alimentação, cuidados com a saúde, reforço escolar e, acima de tudo, muito Amor e carinho.

Da esquerda para a direita, Ana Paula Campos, Breno Plentz, Lidiane Alves da Silva, Milene Lampec da Rosa, Darci Lima da Rosa, Paulo Cezar Monteiro Pujol, Flávio Soares e Cezar Abílio Calegaro.

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Juliane Nascimento

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especialA cada dia aumenta, no mundo inteiro, o número

de artistas, desportistas e personalidades em geral que se engajam, voluntariamente, em ações solidárias, a fim de diminuir as injustiças sociais e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos menos favorecidos, proporcionando, assim, a todos uma sociedade mais humana, justa e feliz. Por meio de suas atividades pro-fissionais e do carisma pessoal, eles conseguem tocar o coração dos fãs para que também se aliem às causas do Bem e da Solidariedade. Exemplo disso é o apoio da classe artística à Campanha Diga Sim!, promovida pela Legião da Boa Vontade, que une artistas e o Povo com o objetivo de angariar recursos para manter e ampliar os programas socioeducativos que ela desenvolve em todo o Brasil.

Recentemente, diversas personalidades estiveram nas dependências do Instituto de Educação da LBV (Av. Rudge, 700, Bom Retiro, São Paulo/SP) para gravar as peças publicitárias da campanha, que será divulgada na mídia do País. Todos os direitos e cachês foram doados à Instituição.

Na oportunidade, os visitantes ainda receberam homenagem dos alunos e deixaram registrado o que viram e sentiram:

“Eu sempre abraço todas as causas da LBV. É muito gostoso. As crianças são carinhosas e educadas. E eu digo uma coisa: gostaria de estudar na LBV, de ter tido essa oportunidade, que é muito legal. A pessoa sai daqui completa. A LBV forma o seu filho para o mundo: cérebro e coração. Parabéns! Contem sempre com a gente”.

Adryana Ribeiro, em nome do grupo Adryana e a Rapaziada.

“Estou impressionado com a estrutura da LBV. A gente vê na televisão, mas tem de visitar para ter uma noção melhor. Fiquei impressionado! O atendimento é feito para crianças, jovens, a partir dos 4 meses de idade. Eles tomam café da manhã, almoçam e jantam. Vale a pena visitar. Você verá o carinho das pessoas e a educação das crianças. Está de parabéns a LBV pelo

trabalho que está realizando. Tem de dizer sim para a LBV!”.

Serginho Montenegro, ator e ganhador da 3ª edição do programa Casa dos Artistas, do SBT.

“A LBV faz de tudo para ajudar a quem preci-sa. E são milhões de necessitados no Brasil e no mundo todo. Sempre quando há coisas assim, dessa natureza, a Obra conta com minha presença. Venho com muito carinho, prazer, porque estou aqui neste mundo para também colaborar com as pessoas. E ajudem! Porque a LBV, nossa senhora! Que vontade, que garra têm todos os que a compõem!”.

Jair Rodrigues, cantor e compositor.

“Em tudo que a LBV faz, Rosa & Rosinha sem-pre estão presentes. É um trabalho sério. Por isso estamos aqui para colaborar, sempre dizendo sim. É a Campanha Diga Sim!”.

Rosinha, em nome da dupla Rosa & Rosinha. “Ajudar as pessoas sempre é bom, faz bem para o

coração. A necessidade do País hoje está muito gran-de; muita gente sem estudar, sem aprender nenhuma coisa. Então, é interessante saber que há quem ajude essas crianças, essas pessoas. É importante dizer sim para a LBV, sem dúvida!”.

Mari Alexandre, atriz e modelo.

“Eu tenho certeza que todos vão dizer sim, porque a LBV é muito especial na educação, na formação de pessoas de bem. Nós entregamos — e eu digo nós, porque me sinto da família — ao mun-do homens e mulheres de bem, porque esta é uma educação diferenciada: ela forma cidadãos. Estou muito emocionada, porque a LBV faz parte de toda a minha vida”.

Leila Lopes, atriz.

Todos podem colaborar para a Campanha Diga Sim!. Basta entrar em contato com a Legião da Boa Vontade pelo tel. (11) 3225-4500 ou acessar o site www.lbv.org e fazer sua doação.

Diga sim à Solidariedade! Jair Rodrigues

Mari Alexandre

Rosa & Rosinha

Leila Lopes

Adryana e a Rapaziada

Serginho Montenegro

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Juliane Nascimento

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www.lbv.orgLEGIÃO DA BOA VONTADE

Só o fato de não ter onde morar já é motivo para imenso frio na Alma. Imagine o que o inverno causa no coração daqueles que nem mesmo possuem um agasalho para se aquecer...

Para evitar que milhares de pessoas sofram com as baixas temperaturas neste período do ano, a Legião da Boa Vontade realiza em todo o País, anualmente, a sua Campanha do Agasalho, mobili-zando a população em geral para colaborar com a arrecadação de roupas, calçados, cobertores, col-

chões e alimentos não-perecíveis, que são distribuídos a pessoas re-sidentes em favelas e comunidades em situação de risco social.

Quem quiser fazer sua doação, contribuindo para levar calor humano aos que precisam, pode entrar em contato com o posto de atendimento da LBV mais próximo de sua casa. Para outras informa-ções, é só ligar, em São Paulo, para o tel. (11) 3225-4500 ou acessar o site www.lbv.org.

(por Marta Trigueiro)

Inverno frio, coração quente.

O Estado de Minas Gerais tem um motivo muito especial para festejar: o Lar Alziro Zarur para a Terceira Idade, mantido pela LBV em Uberlândia, completou, em 28 de junho, 43 anos de atividades dedicadas ao bem-estar de centenas de idosos que vivem em situação de risco social.

Desde sua inauguração, em 1961, o Lar já amparou e ampara muitos vovôs e vovós, como são carinhosamente chamados. Atualmente, são atendidos em regime residencial 42 idosos, que recebem cinco refeições diárias, acompa-nhamento e atendimento médico, dentário e

fisioterápico, além de participar de atividades culturais e de lazer, que resgatam a auto-estima e garantem a eles um espaço digno, proporcio-nando-lhes uma vida saudável.

Para comemorar a data, foi realizado no dia 27 um chá beneficente, que reuniu os moradores do Lar, colaboradores e voluntários numa feliz confraternização.

Em Uberlândia, o Lar para a Terceira Idade está localizado na Rua Padre Pio, 1.353, Martins, tel. (34) 3236-2377.

(por Ledilaine Santana)

Lar completa 43 anos de amparo ao idosoUberlândia/MG

Os jogadores brasilei-ros de futebol continuam fazendo história nos cam-pos da Europa. Um deles é Fábio Rogério Teodoro, 26 anos, que atua no time ita-liano Paganese. De férias, ele aproveitou a ocasião para viajar à terra natal: Araraquara, no interior do Estado de São Paulo. Lá, encontrou tempo também para visitar o Centro Co-munitário e Educacional da Legião da Boa Vontade na cidade.

Teodorinho, como é conhecido pelos torcedo-res, foi recepcionado cari-nhosamente pelas crianças atendidas pelo programa Criança: Futuro no Presente!, que a Instituição promove. Em entrevista à Rede Boa Vontade de Rádio (AM 550), falou sobre sua trajetória no meio esporti-vo.

Emocionado ao ver de perto as ações desenvolvidas, o ata-cante ressaltou: “Esse serviço é fundamental, porque muitos pais não podem cuidar dos filhos durante o dia, em virtude de seu

trabalho, e há necessidade de existir organizações como a Le-gião da Boa Vontade para prestar esse apoio solidário, além dos cursos profissionalizantes que vocês dão aqui. Aliás, os italia-nos gostam muito dos brasileiros justamente por isso, porque somos amorosos e solidários. (...) Parabéns aos que dirigem e ajudam esta Obra”.

(por Ataíde Alves)

Fábio Teodoro: do Paganese à Araraquara.

Araraquara/SPSão Paulo/SP

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A Legião da Boa Vontade participou, entre 5 e 13 de junho, da 28a Feira de Artesanato e Alimentos (Fartal), em Foz do Iguaçu/PR, promovida pela Fundação Cultural do Município. O evento teve o objetivo de ampliar o mercado de trabalho do artesão, bem como mostrar as diversidades culinárias locais, propiciando o encontro da população e do turista com o pro-duto artesanal.

Segundo dados oficiais dos organizadores, mais de 120 mil pessoas passaram pela feira, na qual puderam conhecer progra-mas socioeducativos desenvolvidos pela Obra em todo o País e no Exterior, ao visitar o seu estande. Ali, os alunos dos cursos de capacitação e qualificação profissional ministrados pelo Centro Comunitário e Educacional que ela mantém na cidade expuseram os trabalhos artesanais que confeccionaram.

Diversas mídias, entre elas as emissoras de televisão Cata-ratas e TVC — Canal 20, divulgaram o acontecimento, dando amplo destaque à participação da LBV.

Em Foz do Iguaçu, a Instituição está localizada na Av. Costa e Silva, 185, Pólo, Centro, tel. (45) 573-7008.

(por Aparecida Custódio Bianchi e Solange Ramão)

28a Feira de Artesanato e Alimentos

Foz do Iguaçu/PR

Centenas de mulheres desempregadas na faixa etária de 20 a 50 anos são be-neficiadas com o curso de confecção de bolsas oferecido pelo Centro Co-munitário e Educacional da LBV em São Luís/MA. Ao terminarem as aulas, elas têm a oportunidade de melhorar a condição de vida de si mesmas e de sua família, comercializando aquilo que produzem.

No dia 3 de junho, as alunas receberam certificado de conclusão do curso, que faz parte do programa de geração de renda promovido pela Instituição. O acontecimento foi notícia no Jornal Pequeno.

O Centro Comunitário e Educacional oferece ainda cur-sos de manicure, pedicuro, culinária e decoração de festas, ministrados por instrutores voluntários e destinados a pes-soas em situação de risco social que estão fora do mercado de trabalho. O endereço é Rua Genésio Rego, 259, Monte Castelo, tel. (98) 232-5450.

Juliane Nascimento

São Luís/MA

Cursos ampliam oportunidade de geração de renda

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Com muita gala, elegância e emoção. Assim foi a entrega do Troféu Super Cap de Ouro, em 28 de junho, na capital paulista. O evento, organizado pelo jornalista Ronaldo Côrtes, do grupo Jornais de Bairros Associados (JBA), agracia anualmente artistas, músicos, políticos, empresários e persona-lidades que contribuem, de alguma forma, para o progresso e a valorização de nosso país. O prêmio é uma modernização do Troféu Bandeirantes, con-cedido desde 1959, portanto há 45 anos. A crítica especializada considera-o o “Oscar brasileiro”.

A noite foi abrilhantada pelo Coral Ecumê-nico LBV, que entoou a canção italiana Torna a Surriento, seguida do Hino Brasileiro. Essa partici-pação especial mereceu destaque na revista Caras de 16 de julho, que publicou foto do coro. “Tradição mantida na 28a edição da festa: uma emocionante apresentação do Coral LBV, da Legião da Boa Vontade”, diz a legenda.

A Rede Mundial de Televisão e a revista BOA VONTADE registraram o acontecimento. Um dos entrevistados foi o conferencista e escritor Cesar Romão, que destacou a importância do troféu por reconhecer aqueles que realizam ações benéficas à sociedade em seu respectivo campo de atuação. Ele recordou que o dirigente da Legião da Boa Vontade já foi homenageado com o Super Cap, em 1999, na categoria Escritor do Ano,

e aproveitou para saudá-lo pelos 48 anos de labor na Instituição (os quais se-riam comemorados no dia seguinte ao do evento). “É um privilégio poder dar pa-rabéns ao meu querido José de Paiva Netto por pratica-mente 50 anos de dedicação ao Bem, educando crianças, levando o nome da LBV aonde só um coração apaixonado pelo que faz pode chegar. Juntamente com a LBV, ele já demonstrou como é que se pode fazer o Bem, educar, espiritualizar, tornar as pessoas mais próximas de Deus, de sua realidade religiosa, de sua crença. É um exemplo a ser seguido. Acredito que o trabalho da LBV e de Paiva Netto é um marco neste país. O Brasil existe antes e depois dele, nesses movimentos de ação social. Por quê? Porque, muito antes de se pensar em fazer muitas ações sociais aqui no Brasil, a LBV já estava desembarcando caminhões com toneladas de alimentos lá no Nordeste, já socorria pessoas das enchentes... Ainda bem que temos pessoas como Paiva Netto, que são agregadoras, que dedicam uma vida a fazer algo melhor pelo seu semelhante, pelo seu país e por aqueles que precisam. E esse poder religioso que ele carrega em seu coração, esse Ecumenismo que a LBV coloca dentro do universo no qual atua, não só no Brasil, mas em outros países, com certeza vai sempre lhe dar uma luz a mais”, declarou.

Troféu Super Cap de Ouro, o Oscar brasileiro.

Cesar Romão

Ronaldo CôrtesAlguns integrantes do Coral Ecumênico LBV

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www.boavontade.comCOMUNICAÇÃO

Ser sócio do Clube Cultura de Paz é perceber que cada um é responsável por ajudar a construir uma sociedade mais feliz e solidária. Além disso, ao fazer sua inscrição, o associado decide em qual das quatro categorias participará e, assim, quais prêmios poderá obter. O melhor de tudo: no conforto de sua casa. Por exemplo, o associado Bronze recebe todas as edições da revista BOA VONTADE. Já o associado Prata ga-nha as edições dessa revista e os lançamentos infantis da Editora Elevação. Quem opta pela categoria Ouro também recebe a revista mais publicações infantis e um livro da Dialética da Boa Vontade a cada lançamento. Fi-nalmente, o associado Diamante adquire a revista BOA VONTADE, lançamentos infantis da Editora Elevação e uma radionovela com histórias verídicas, que oferecem valiosos ensinamentos para toda a vida.

Quem quiser tornar-se sócio do Clube Cultura de Paz pode ligar para o tel. 0800 773 3221, escrever para a Caixa Postal 13.833-9, CEP 01216-970, ou acessar o site www.boavontade.com.

Ganhe prêmiosClube Cultura de Paz

RBV

Desde que come-çou a transmitir, du-rante dezesseis horas diárias, a programação da Rede Boa Vontade de Rádio, por meio da Rádio Cristal 1.350 AM, a Rádio Ipirá

1.450 AM mudou a vida de muita gente para melhor. Que o

digam os moradores do município, que possui 62 mil habitantes e se situa na Chapada Dia-mantina, microrregião de Feira de Santana, a 201 km de Salvador/BA.

O proprietário da rádio, Deputado Esta-dual Jurandy Oliveira, concedeu esse total de horas em sua emissora após participar do 54o Congresso dos Homens e Mulheres da Boa Vontade de Deus, ocorrido em dezembro de 2003, em São Paulo/SP. Em recente entrevis-ta à Rádio Cristal, o parlamentar destacou: “Quando conheci pessoalmente nosso querido Paiva Netto, naquele congresso, eu me con-

venci de que era necessário dar oportunidade a mais gente para conhecer a sua filosofia, a sua história, a educação que propaga, o be-nefício que ele proporciona aos jovens, aos adolescentes, às crianças e à população bra-sileira e mundial. E a maneira mais prática de viabilizar isso era colocar à disposição a Rádio Ipirá AM, que era o nosso instrumento de comunicação, tal o meu convencimento da seriedade, da utilidade desse trabalho da LBV, que me levou, sem dúvida alguma, a fazer essa contribuição em favor da população de Ipirá e região, que precisa receber essa mensagem importante do nosso companheiro. Estou mui-to feliz, porque tenho recebido telefonemas e mensagens de ouvintes que estão felizes. Foi uma coisa excelente, porque, hoje, a Rádio Ipirá está levando mensagens educativas, filosóficas, sociais e, sobretudo, espirituais”.

A Rádio Ipirá está localizada na Praça São José, 279, Centro, tels. (71) 254-1610 / 254-3239.

(por Cristiani Ranolfi)

Transformação na Chapada Diamantina

RMTV

A Rede Mundial de Tele-visão (RMTV), criada em 1o de janeiro de 2000, objetiva ser um diferen-cial na mídia brasileira: A TV da Educação com Espiritualidade!. Dentro desse propósito, ela tem uma programação especialmente pre-parada para o resgate da cultura do País e a valorização do ho-mem do campo. Semanalmente, o Manhã Sertaneja (sábados, às 7 horas, e domingos, às 8 horas) exibe os “causos”, a história, as músicas, o folclore e os cos-tumes de nossa gente. Além de apresentar números musicais, o programa abre espaço para os artistas contarem um pouco de sua trajetória e mostra os novos talentos da música de raiz.

Outro pro-grama totalmente voltado para o mundo rural é Homem do Campo (sábados, às 6 horas, e domingos, às 10 horas). Ele traz entrevistas com especialistas ligados a di-versos ramos do agronegócio, as principais notícias e as cotações do mercado agropecuário. A cada semana, um assunto diferente é abordado para que o produtor possa informar-se melhor e, as-sim, alcançar bons resultados em suas atividades.

Valorizando o Brasil

Deputado Estadual Jurandy Oliveira

(por Juliana Bortolin) (por Tamara Natach)

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Neste número da revista BOA VONTADE, o leitor poderá acompanhar a parte final do estudo sobre o paradigma materialista, iniciado na edi-ção anterior e o qual nos ajudará a compreender o dualismo*1 existente na área da pesquisa do conhecimento, dualismo esse que é estendido aos ambientes de ensino.

Ao percebermos, não somente de modo empírico*2, que a educação dualista vigora na atualidade, requerendo uma reformulação, ampliamos nossos estudos aos tópicos “O novo paradigma” e o “Paradigma ecumêni-co”, que mostram, respectivamente, a visão já consolidada da necessidade de um paradigma renovado e a alternativa que o último representa.

Paradigma materialista (continuação)

É importante destacar que, se a fragmentação é essencial para alcançar a certeza, se deve, a partir da análise, fracionar ao máximo o

objeto de estudo. Só assim se poderá, posterior-mente, produzir a síntese e realizar a enumeração. O dualismo e a fragmentação, portanto, são ca-racterísticas intrínsecas do paradigma científico materialista.

O físico e sábio inglês Isaac Newton, homem fervoroso em sua fé e sincero sacerdote da Ciência, contribuiu de forma decisiva para a consolidação do mecanicismo*3:

“Na visão mecanicista, o mundo era reduzido a estes termos: se tudo tinha um funcionamento mecânico, podia ser inteiramente explicado de forma mecanicista. (...) Isaac Newton desenvolveu a formulação matemática da concepção mecani-cista do mundo. Ele combinou a observação com o raciocínio dedutivo e mostrou que o Universo podia ser compreendido por meio da linguagem matemática. Newton criou um novo método ma-temático, conhecido hoje como ‘cálculo diferen-cial’, e o empregou para formular as leis exatas do movimento dos corpos sob a influência da força da gravidade” (Raïssa Cavalcanti, O Retorno do Sagrado, pp. 34-35).

A Biologia, certamente, recebeu a sua influên-cia e reforçou a concepção materialista:

“Dentro desse novo universo conceitual, em que a Natureza ou a matéria é a única responsável pela origem da vida e pelos movimentos evolu-tivos — que se dão naturalmente, ao acaso —, surgiu o evolucionismo. Seguindo esse raciocínio, o homem, logicamente, também provinha de um processo evolutivo ocasional da matéria. (...) Reduzida à dimensão do material, a Natureza per-tencia ao domínio da Ciência” (Raïssa Cavalcanti, O Retorno do Sagrado, p. 36).

No campo político e social, a sua tradução fez-se por intermédio do Iluminismo, alcançando dra-maticidade heróica na Revolução Francesa. Nesse ventre histórico, ocorreu a gestação da Sociologia, coroando o desenvolvimento das ciências:

“(...) Comte inspirou-se na metodologia cien-tífica de sua época — meados do século XIX — e propôs que o conhecimento dos seres humanos podia ser alcançado pela aplicação de métodos si-milares aos das ciências naturais” (Eduardo Castor Borgonovi, O Livro das Revelações, p. 5).

Na perspectiva positivista, a realidade cognos-cível resume-se ao que se pode atingir pela razão científica, e esta possui um único recurso válido: a experiência sensorial. Nada além merece, segundo esta visão, a atenção da Humanidade.

O novo paradigma

O paradigma materialista, no entanto, é incapaz de fornecer respostas para a Humanidade atual. Os seus frutos no campo do desenvolvimento tecnológico são profícuos, porém insuficientes para garantir a realização das pessoas.

Novas indagações no terreno da própria Física despertaram para a busca de um novo paradigma, que pode ser assim sintetizado:

“O novo paradigma da ciência, ou visão científica emergente, vem processando de forma irreversível a superação da visão que prevaleceu a partir do século XVII e que foi baseada na idéia de que tudo que é ‘real’ é feito de matéria — qualquer fenômeno que sugira ser imaterial era tido como ‘ilusório’.

“Na Física, o novo paradigma nasceu com a Mecânica Quântica, cujo objetivo principal é cal-cular os movimentos de objetos submicroscópicos, como átomos e partículas elementares, mas que vem sendo aplicada a todos os objetos.

“O nascimento da Mecânica Quântica abalou de forma irreversível os alicerces do paradigma materialista, hoje em dia gradualmente substituído por novos alicerces fundamentados na idéia de que a consciência — e não a matéria — é a base da vida.

“A hipótese da consciência levou o novo paradigma para além da Mecânica Quântica e da própria Física, alcançando principalmente a Biologia, a Psicologia e a Medicina. Mais ainda: restabeleceu o casamento natural entre a Filosofia e as ciências como tentativas de conhecer o Ser Humano, a Vida e o Universo” (www.forumespi-ritoeciencia.org.br).

Estamos assistindo, e certamente continua-remos a assistir, a profundas transformações no campo do conhecimento no século XXI, pois,

“(...) Quando a comunidade científica repudia um antigo paradigma, renuncia simultaneamente à maioria dos livros e artigos que o corporificam, deixando de considerá-los como objeto adequado ao escrutínio científico” (Thomas Kuhn, A Estru-tura das Revoluções Científicas, p. 209).

O paradigma ecumênico A ciência do novo paradigma cada vez mais

se aproxima do conhecimento transcendente, que,

por ser intuitivo, avança com grande velocidade, demonstrando que os princípios sutis governam os mais densos. Aqui, podemos divisar uma ponte en-tre o novo paradigma e o paradigma ecumênico.

No paradigma ecumênico, o mundo material é integrado ao espiritual, ainda invisível. O afas-tamento das pessoas dessa realidade cria uma ruptura, que ocasiona conseqüências trágicas, surgidas pela exaltação do ego ao centro de tudo, mais precisamente gerando o egoísmo. Daí decorre toda a manifestação de violência e ódio.

O dualismo mecanicista, transitoriamente ne-cessário para o amadurecimento da Humanidade, separou o lado do Espírito do da matéria, mas o Ecumenismo Total compreende a complementari-dade, não existindo nele antagonismo: a matéria é instrumento de evolução para o Espírito. O escritor Paiva Netto explica que, se houvesse conflito entre ambos, o Princípio Criador teria condenado a Sua própria criação a desfazer-se em violência crescente.

Portanto, o paradigma ecumênico, diferen-temente do materialista, reconhece a existência concreta do mundo dos espíritos, do qual somos originários. Em decorrência disso, o conhecimento apenas pode ser pleno quando fruto do intercâmbio da realidade material e espiritual.

Enquanto o paradigma materialista reconhece a razão, o ecumênico inclui, de forma decisiva, a emoção e a intuição como instrumentos partícipes da percepção da realidade matéria–Espírito.

Na próxima edição publicaremos a última parte desta exposição introdutória, a qual trará um estudo sobre a necessidade da educação ecumênica.

O leitor pode manifestar a sua opinião escre-vendo para: [email protected].

Introdução à Pedagogia dowww.boavontade.comPEDAGOGIA DO CIDADÃO ECUMÊNICO

(Parte III)

*1 Dualismo — “(...) padrão recorrente de pensa-mento desde os primórdios da filosofia, que busca compreender a realidade e a condição humana divi-dindo-as em dois princípios básicos, antagônicos e dessemelhantes (p. ex., forma e matéria, essência e existência, bem e mal, aparência e realidade etc.)” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2001, p. 1087).*2 Empírico — Aquilo que é relativo ao empirismo, isto é, com base na experiência e na observação, tenham estas método ou não.*3 Mecanicismo — “(...) doutrina filosófica (...) que concebe a natureza como uma máquina, obedecen-do a relações de causalidade necessárias, automá-ticas e previsíveis, constituídas pelo movimento e interação de corpos materiais no espaço (...) p.ext. na biologia moderna, doutrina que considera os seres vivos explicáveis por meio de uma série de causas e efeitos de origem estritamente físico-quí-mica, dando continuidade à hipótese cartesiana do animal-máquina” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2001, pp. 1874-1875).

Equipe de Estudos Ecumênicos

Cidadão Ecumênico

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