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Norminha

Desde 18/08/2009

Nesta edição:

12 páginas

Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 18 de julho de 2019 - Nº 528

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NORMINHAS

MINISTÉRIO TRABALHO

MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA

PORTAL NORMINHA

FACEBOOK NORMINHA

ARQUIVOS FUNDACENTRO

INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO

CBO NRs CA EPI GOOGLE

OBSERVATÓRIO SST OBSERVATÓRIO VIÁRIO

Revista Digital Semanal Toda quinta-feira grátis no seu e-mail

ção da 4ª Revolução Industrial (Ciber-

nética), na qual os dados possuem e-

norme valor e utilidade, sobretudo

quando podem ser organizados e clas-

sificados.

Portanto, lembre-se sempre: dados

são ativos digitais e como tal, podem

valer muito dinheiro.

Então, a Wireless Lab, criadora da

app, está recolhendo informações sobre

os utilizadores e construindo uma enor-

me e valiosa base de dados, tudo isso

com a autorização dos usuários.

Por aqui você pode ler na íntegra a

política de privacidade. Os usuários que

baixam o FaceApp concordam com to-

dos os termos descritos aqui.

Destaco que os russos da Wireless

Lab podem:

Coletar todo o conteúdo do usuário

(por exemplo, fotos e outros materiais)

publicados no app.

Monitorar quais páginas da Web fo-

ram visitadas pelo usuário.

Coletar o endereço IP, tipo de nave-

gador, páginas de referência / saída e

URLs, número de cliques e como você

interage com links no Serviço, nomes

de domínio, páginas de destino, pági-

nas visualizadas e outras informações

desse tipo.

Acessar, coletar, monitorar, armaze-

nar em seu dispositivo e / ou armazenar

remotamente um ou mais "identifica-

dores de dispositivo".

Veja que, por meio dessa enorme

quantidade de dados captados e arma-

zenados, a Wireless Lab pode também

treinar cada vez mais os seus algorí-

timos de inteligência artificial, como já

fez (e continua fazendo) o Google.

Repare ainda, na Política de Privaci-

dade do FaceApp, como são amplas as

possibilidades de utilização dos dados

do usuário:

Fornecer conteúdo e informações

personalizadas para você e outras pes-

soas, que podem incluir anúncios onli-

ne ou outras formas de marketing; For-

necer, melhorar, testar e monitorar a efi-

cácia do nosso serviço; Desenvolver e

testar novos produtos e recursos; Mo-

nitorar métricas como número total de

visitantes, tráfego e padrões demográ-

ficos; Diagnosticar ou corrigir proble-

mas de tecnologia; Atualizar automati-

camente o aplicativo FaceApp no seu

FaceApp: você está pagando com seus dados Fundacentro realiza debate e palestra no Espírito Santo

Norminha, 18/07/2019 Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg

A Fundacentro (Centro Estadual do

Espírito Santo) realizou ontem, 17 de

julho, um debate sobre espaço confina-

do no trabalho portuário. Já hoje, 18 de

julho, das 14h às 16h, ocorre palestra

sobre iluminação de emergência.

Os eventos ocorrem no auditório da

unidade da Fundacentro, localizado na

Rua Cândido Ramos, n° 30, Ed. Cha-

monix, no Jardim da Penha, em Vitó-

ria/ES. Mais informações podem ser

obtidas por telefone (27) 3315-0040,

Ramal 220, com Raquel. A coordenação

das atividades está a cargo do tecnolo-

gista Antônio Carlos Garcia Júnior, en-

genheiro e mestre em Saúde Coletiva.

O Debate Espaço Confinado no Tra-

balho Portuário trouxe duas palestras -

“O Trabalhador Portuário e o Trabalho

em Espaço Confinado: Impressões so-

bre um Acidente Ocorrido em Aracruz-

ES” e “Depleção de Oxigênio e Forma-

ção de Gases Tóxicos em Porões que

Transportam Madeira”. Ocorreu a apre-

sentação do vídeo “Você é estivador?” e

discussões com o público.

A palestra Iluminação de Emergên-

cia será ministrada pelo arquiteto com

pós-graduação em Engenheiro de Se-

gurança, Rubens Amaral, que coordena

o Comitê Brasileiro de Segurança Con-

tra Incêndio – CB 24. Na ocasião, o pú-

blico terá informações sobre as revi-

sões das normas referentes à ilumina-

ção de emergência e conhecerá projetos

com a utilização de blocos autônomos

desenvolvidos para atender diversos ti-

pos de instalações. N

Norminha, 18/07/2019

O aplicativo FaceApp está fazendo

grande sucesso por todo o mundo. Os

usuários podem até não perceber, mas

estão pagando (caro) por ele.

O que ele faz é prever como seria-

mos mais velhos, mais novos, ou até

mesmo com outro corte de cabelo, por

exemplo, tudo por meio de combina-

ções de algorítimos de inteligência arti-

ficial.

Aos olhos da maioria das pessoas, é

apenas um "app inofensivo" e essas

mesmas pessoas sequer se perguntam

porque alguém faria "gratuitamente" al-

go tão interessante e recheado de inte-

ligência artificial.

Será que essas mesmas pessoas

mudariam de opinião se soubessem

que o app foi criado por uma empresa

russa? É isso mesmo, o FaceApp foi

criado pelo organização russa Wireless

Lab.

Porém, a grande questão não está na

nacionalidade da empresa criadora do

app. O que acontece de fato é que essa

empresa não é uma organização bene-

volente, criadora de uma "diversão gra-

tuita". Os usuários do FaceApp estão

pagando à Wireless Lab: com seus pró-

prios dados (presentes e, potencial-

mente, futuros).

Veja, de uma vez por todas você pre-

cisa entender que estamos no mundo

data-driven (guiado por dados), em fun

dispositivo.

Chamo a atenção ainda que, em

meio ao debate ético, por todo o mun-

do, sobre a utilização de reconheci-

mento facial dos cidadãos por governos

e empresas, sobretudo quanto à trans-

parência de como são usadas as infor-

mações coletadas, os dados captados

pelo FaceApp possuem potencialmente

um valor financeiro ainda mais elevado.

Isso porque podem contribuir para

um maior percentual de acerto nas a-

nalises relacionadas ao reconhecimen-

to facial, seja na ampliação dos bancos

de dados - tanto ampliando o número

de pessoas, quanto o número de fotos

de uma mesma pessoa -, seja no de-

senvolvimento e treinamento de algo-

rítimos de inteligência artificial de reco-

nhecimento facial.

Talvez você não se importe com o

uso dos seus dados e isso é um direito

seu.

Porém, a intenção deste texto é

conscientizar às pessoas que nem mes-

mo no mundo digital existe "almoço

grátis", ou seja, no mundo dos dados,

se algo é "gratuito", então o produto é o

próprio usuário. N

Por Marcílio Guedes Drummond

Advogado, Palestrante, Professor,

Produtor de conteúdo jurídico.

CNI apoia manifestação de Comendadores

da SST Norminha, 18/07/2018

Em junho, o colegiado dos Comenda-

dores de Honra da SST enviou manifes-

tação sobre as NRs ao Ministro da Eco-

nomia com conhecimento à CNI (Con-

federação Nacional da Indústria).

Mediante à posição dos Comenda-

dores, o Presidente da CNI, Robson

Braga de Andrade, prestou as seguintes

declarações:

“Em nome da Confederação Nacio-

nal da Indústria (CNI), agradecemos o

envio de cópia da correspondência em

referência, na qual esse colegiado ex-

pressa preocupações cm relação à pre-

sente revisão das Normas Regulamen-

tadoras. (Clique abaixo e adquire o seu)

Informamos que todas as nossas

sugestões apresentadas nas revisões

das NRs encontram-se totalmente ali-

nhadas com a preservação da intransi-

gível segurança e saúde dos trabalha-

dores, garantindo a prevenção de qual-

quer incidente que possa ocorrer du-

rante a execução do trabalho, sem já-

mais transcender direitos ou normas.

A modernização e a desburocratiza-

ção desejada pela sociedade são, tam-

bém, fundamentais para as normas re-

gulamentadoras de segurança e saúde

do trabalho, desde que resguardados os

direitos e a segurança dos trabalha-

dores, para que possam acompanhar o

desenvolvimento e as novas tecnolo-

gias.

Com a revisão das NRs, espera-se

equilibrar a irrenunciável segurança e

saúde do empregado junto à desburo-

cratização e à simplificação dos pro-

cessos envolvidos na análise e na a-

plicação dos cumprimentos das nor-

mas.

A CNI preza pela qualidade e pela in-

tegridade da vida e do trabalho dos em-

pregados, respeitando, com primazia,

os dispositivos contemplados na Cons-

tituição Federal, na Consolidação das

Leis do Trabalho (CLT) e nas Conven-

ções Internacionais”. N

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 01/12

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domingos e feriados, sem necessidade

de permissão prévia do poder público.

Por fim, a matéria acaba com a obriga-

toriedade das Comissões Internas de

Prevenção de Acidentes (CIPAs) em si-

tuações específicas. O deputado Enio

Verri (PT-PR) criticou esses pontos do

texto.

- Não creio que o liberalismo eco-

nômico seja a saída para as grandes

crises que vivemos. O incentivo a micro

e pequenas empresas sem dúvida é um

avanço. Mas a medida provisória faz

uma nova reforma trabalhista. Na ver-

dade, tira-se mais direitos. Eu não en-

tendo como a micro e a pequena em-

presa vão crescer com uma população

desempregada e sem salário. Quem vai

comprar da micro e pequena empresa?

- questiona Verri.

O relator da matéria disse que é “in-

teiramente falso” o entendimento de

que a liberdade econômica reduz direi-

tos. Para Jeronimo Goergen, a MP 881/

2019 não ameaça os trabalhadores.

- O Estado deve abrir caminho para

as liberdades econômicas e a iniciativa

privada, sem que isso signifique receio

à proteção de direitos coletivos, difusos

e individuais homogêneos. É, ao con-

trário, o aumento da proteção às liber-

dades econômicas, à livre iniciativa. É

plenamente possível um jogo de ganha-

ganha, em favor tanto das liberdades e-

conômicas como da manutenção do a-

tual nível de proteção. A medida provi-

sória aumenta a proteção às liberdades

econômicas às custas do agigantamen-

to do Estado - disse.

A medida provisória perde a valida-

de no dia 10 de setembro, caso não seja

votada pelas duas Casas do Congresso

até essa data.

N

Agência Senado (Reprodução

autorizada mediante citação da

Agência Senado)

Aprovada MP da Liberdade Econômica, com regras trabalhistas e fim do eSocial

Página 02/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

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Dia Nacional de Prevenção de Acidentes e Doenças do Trabalho

no Paraná

souro Nacional. O ex-presidente Michel

Temer já havia tentado extinguir o FSB

por meio da MP 830/2018, mas o dis-

positivo foi rejeitado no Parlamento. Em

maio de 2018, o patrimônio do fundo

somava R$ 27 bilhões.

Fim do eSocial

A MP 881/2019 recebeu 301 emen-

das. O deputado Jeronimo Goergen a-

colheu 126 delas, integral ou parcial-

mente. O relator incluiu um dispositivo

para acabar com o Sistema de Escri-

turação Digital das Obrigações Fiscais,

Previdenciárias e Trabalhistas (eSo-

cial). O sistema tem como objetivo uni-

ficar o pagamento de obrigações fis-

cais, previdenciárias e trabalhistas.

Para Goergen, “as empresas estão

sendo obrigadas a fazer um enorme in-

vestimento” para atender ao eSocial.

Mas não são dispensadas de outras o-

brigações como a Declaração do Im-

posto de Renda Retido na Fonte (Dirf),

a Relação Anual de Informações Sociais

(Rais), o Sistema Empresa de Recolhi-

mento do FGTS e Informações à Previ-

dência Social (Sefip) e o Cadastro Geral

de Empregados e Desempregados (Ca-

ged).

O texto prevê ainda a prevalência do

contrato sobre o direito empresarial em

situações de insegurança jurídica e for-

mas alternativas de solução de conflito

em sociedades anônimas. Em outra

frente, o relator sugere a criação dos

chamados sandboxes — áreas sujeitas

a regimes jurídicos diferenciados, como

zonas francas não-tributárias definidas

por estados e Distrito Federal.

Transportadoras

A MP 881/2019 anistia multas apli-

cadas a transportadoras que descum-

priram a primeira tabela de frete fixada

pela Agência Nacional de Transportes

Terrestres (ANTT), em 2018. O deputa-

do Jeronimo Goergen prevê ainda a cri-

ação do Documento Eletrônico de

Transporte (DT-e) para eliminar 13 dos

30 documentos associados às opera-

ções de transportes de cargas e de pas-

sageiros no Brasil.

O texto prevê autonomia privada nos

contratos agrários, atualmente regula-

dos pelo Estatuto da Terra (Lei 4.504,

de 1964). Para o relator, “o dirigismo

estatal tira das partes a livre mani-

festação de vontade e cria restrições no

uso da propriedade”. Jeronimo Goer-

gen propõe ainda a extinção do livro

caixa digital para produtores rurais, o

que ele classifica como “uma burocra-

cia desnecessária”. O relator também

incluiu no texto medidas para desburo-

cratizar a liberação do financiamento de

imóveis.

Legislação trabalhista

A MP 881/2019 altera diversos pon-

tos da Consolidação das Leis do Traba-

lho (Decreto-Lei 5.452, de 1943). O tex-

to prevê, por exemplo, que a legislação

trabalhista só será aplicada em benefí-

cio de empregados que recebam até 30

salários mínimos. A medida provisória

também prevê a adoção da carteira de

trabalho digital e autoriza o trabalho aos

Norminha, 18/07/2019

A comissão mista que analisa a medida

provisória (MP) 881/2019 aprovou no

último dia 11 de julho o relatório do de-

putado Jeronimo Goergen (PP-RS). O

texto estabelece garantias para o livre

mercado, prevê imunidade burocrática

para startups e extingue o Fundo Sobe-

rano do Brasil. O projeto de lei de con-

versão (aprovado quando uma MP é

modificada no Congresso) precisa pas-

sar pelos Plenários da Câmara e do Se-

nado antes de ir para a sanção do pre-

sidente da República. A comissão mista

é presidida pelo senador Dário Berger

(MDB-SC).

A medida provisória institui a Decla-

ração de Direitos de Liberdade Econô-

mica. De acordo com o Poder Executi-

vo, o texto tem como objetivos recu-

perar a economia, garantir investimen-

tos em educação e tecnologia, possibi-

litar a desestatização e resolver ques-

tões concretas de segurança jurídica.

A MP 881/2019 libera pessoas físi-

cas e empresas para desenvolver ne-

gócios considerados de baixo risco. Es-

tados, Distrito Federal e municípios de-

vem definir quais atividades econômi-

cas poderão contar com a dispensa to-

tal de atos de liberação como licenças,

autorizações, inscrições, registros ou

alvarás. De acordo com o texto, essas

atividades econômicas poderão ser de-

senvolvidas em qualquer horário ou dia

da semana, desde que respeitem nor-

mas de direito de vizinhança, não cau-

sem danos ao meio ambiente, não ge-

rem poluição sonora e não perturbem o

sossego da população.

De acordo com o texto, a adminis-

tração pública deve cumprir prazos para

responder aos pedidos de autorização

feitos pelos cidadãos. Caso o prazo má-

ximo informado no momento da solici-

tação não seja respeitado, a aprovação

do pedido será tácita. Cada órgão defi-

nirá individualmente seus prazos, limi-

tados ao que for estabelecido em de-

creto presidencial. A MP também equi-

para documentos em meio digital a do-

cumentos físicos, tanto para compro-

vação de direitos quanto para realização

de atos públicos.

A MP 881/2019 prevê imunidade

burocrática para o desenvolvimento de

novos produtos e serviços e para a cria-

ção de startups - empresas em estágio

inicial que buscam inovação. Poderão

ser realizados testes para grupos priva-

dos e restritos, desde que não se colo-

que em risco a saúde ou a segurança

pública. O texto também autoriza que a

Comissão de Valores Mobiliários (CV

M) reduza exigências para permitir a

entrada dos pequenos e médios empre-

endedores no mercado de capitais. A

ideia é que empresas brasileiras não

precisem abrir seu capital no exterior,

onde encontram menos burocracia.

A matéria extingue o Fundo Sobera-

no do Brasil (FSB), criado em 2008 co-

mo uma espécie de poupança para tem-

pos de crise. Os recursos hoje deposi-

tados no FSB serão direcionados ao Te

Norminha, 18/07/2019

No dia 27 de julho é celebrado o Dia

Nacional de Prevenção de Acidentes de

Trabalho. A data é símbolo da luta dos

trabalhadores brasileiros por melhorias

nas condições de saúde e segurança no

trabalho. O dia comemorativo propõe

uma reflexão sobre como os ambientes

e processos de trabalho podem deter-

minar tanto a saúde quanto os acidentes

e o adoecimento dos trabalhadores.

Mais ainda, evidencia a necessidade de

adoção de medidas e ações preventivas

para mudar o atual cenário de morbi-

mortalidade dos trabalhadores no Bra-

sil.

Os dados de doenças e acidentes re-

lacionados ao trabalho apontam núme-

ros relevantes de registros. O Brasil é o

quinto país do mundo com o maior nú-

mero de ocorrências de acidentes do

Trabalho, aproximadamente 730 mil a-

cidentes de trabalho/ano, média de

2020 por dia e 84 a cada hora.

O evento é uma promoção da Funda-

centro, Ministério Público do Trabalho

e SESI. O Seminário será realizado no

dia 25 de julho de 2019, a partir das

13h30 no Auditório do Ministério Pú-

blico do Trabalho, Rua Vicente Macha-

do, 84 em Curitiba (PR).

As palestras a serem apresentadas

serão:

“A Industria 4.0 e os Acidentes no

Trabalho”. Panorama dos Acidentes no

Trabalho no Brasil; Os acidentes com

Máquinas e Equipamentos; As Novas

tecnologias na Indústria 4.0 – Robots,

Cobots, Exoesqueletos, Drones e Veícu

los não tripulados; Legislação aplicável

para as novas tecnologias; Pontos de a-

tenção para as novas tecnologias e os

riscos de acidentes.

Palestrantes: Bruno Caruso Bilbao

Adad – Engenheiro de Produção e de

segurança do Trabalho; Especialista em

Ergonomia Industrial; Auditor e Consul-

tor de NR12; Luiz Orlando Silva Rocha

- Mecatrônico; Especialista em Ergono-

mia Industrial; Auditor e Consultor.

“Tecnologia e o Impacto à Saúde

dos Trabalhadores”. Fetiche da tecnolo-

gia e seu avanço no mundo do trabalho;

Tecnologia e a promessa do “fim do tra-

balho”; Uso da tecnologia no controle

da força de trabalho; Uso da tecnologia

no desempoderamento do trabalhador;

Uso da tecnologia na intensificação do

trabalho; Tecnologia e impactos na saú-

de do trabalhador.

Palestrante: Elver Andrade Moronte

– Médico do Trabalho.

Informações: 41 3313-5200

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Os Riscos do Falso Atestado Médico

Pretendendo mascarar uma falta sem

justificativa, o empregado apresenta na

empresa um atestado médico falso. O-

corre que, tal prática é crime e as pena-

lidades estão na esfera trabalhista e pe-

nal.

Como descobrir se um atestado é

falso? O ônus da prova (ou seja, quem

deve provar) nesses casos é do empre-

gador. Portanto, este deve observar os

seguintes pontos quando lhe é apre-

sentado um atestado médico:

Papel timbrado; Data e hora do a-

tendimento; Nome completo do colabo-

rador; Motivo da ausência; Nome do

médico de forma legível; Assinatura do

médico; CRM;

Vale lembrar que o Tribunal Supe-

rior do Trabalho considera ilegal a exi-

gência do CID no atestado médico.

Descoberta a fraude, o empregado

poderá ser demitido por justa causa,

pela prática de improbidade e mau pro-

cedimento (artigo 482 da CLT) e ainda

responder na esfera penal. N

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Brasil da Fundacentro do

DF é homenageado

com medalha dos Três Heróis da

Pátria

Ato foi em reconhecimento pela luta

por uma cultura de prevenção

Norminha, 18/07/2019 Por Fundacentro/ACS - Alexandra Rinaldi

O tecnologista e servidor da Funda-

centro (Centro Regional do Distrito Fe-

deral), Luiz Augusto Damasceno Brasil,

foi homenageado com a comenda e a

medalha dos Três Heróis da Pátria.

A homenagem aconteceu no dia 9 de

julho, durante a reunião da comissão

organizadora do XXIX Seminário de

Promoção da SST do DF, ocasião em

que o presidente da Academia Brasilei-

ra de Ciências, Artes, História e Litera-

tura, Antonio Santana fez a entrega da

comenda e da medalha.

O servidor diz que foi uma grande

surpresa receber a comenda e a meda-

lha dos Três Heróis da Pátria e uma

grande honra e emoção ter passado por

este momento. “Essa homenagem foi

um reconhecimento pela perseverança,

persistência e esperança, na luta por

uma cultura de prevenção de acidentes

e doenças decorrentes do trabalho”, en-

fatiza Brasil.

Os Três Heróis da Pátria foram co-

nhecidos por lutarem bravamente con-

tra uma companhia alemã durante a Se-

gunda Guerra Mundial, em abril/1945.

Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Baê-

ta da Cruz e Geraldo Rodrigues de Sou-

za serviram o 11.º Regimento de Infan-

taria Expedicionário e morreram como

heróis em Montese, Itália, além de re-

ceberem as honras especiais do exerci-

to alemão. N

SINDALCO fecha acordo com

usinas do grupo Raízen

Norminha, 18/07/2019 Por Priscila Rigon - Jornalista

Após um grande entrave com o setor

patronal dificultando as negociações e

propondo um reajuste abaixo do espe-

rado, foi assinado o Acordo Coletivo de

Trabalho do Setor do Etanol 2019/2020

entre o SINDALCO – Sindicato dos Tra-

balhadores nas Indústrias Químicas,

Farmacêuticas e da Fabricação do Álco-

ol, Etanol, Bioetanol e Biocombustível

de Araçatuba e Região - SP e as empre-

sas do grupo Raízen Energia S/A (Filiais

Benálcool, Destivale, Mundial, Univa-

lem).

Ficou estabelecido que o salário

normativo (piso salarial) da categoria

passa a ser de R$ 1.365,91 a partir de

01 de maio de 2019. Para as demais fai-

xas salariais, a correção salarial, a partir

de 01/05/2019, será de 4% (quatro por

cento). Todos acordos www.sindalco-ata.org.br

Nas demais cláusulas houve a ma-

nutenção conforme o texto do Acordo

Coletivo de Trabalho anterior, o que foi

considerado uma grande conquista,

uma vez que o setor patronal tinha o

intuito de retirar cláusulas importantes

para os trabalhadores conquistadas an-

teriormente após duras negociações.

Os pagamentos dos salários dos tra-

balhadores já virão reajustados a partir

do próximo pagamento, assim como as

diferenças dos meses de maio e junho.

O Acordo Coletivo de Trabalho da

Categoria é a garantia de que os direitos

dos trabalhadores terão que ser respei-

tados. Com ele em mãos, o trabalhador

se sente mais fortalecido para exigir o

cumprimento do mesmo.

Com a assinatura do acordo com o

grupo Raízen o SINDALCO conclui a

negociação do setor do etanol com to-

das as usinas representadas, uma vez

que o acordo com as demais usinas já

havia sido assinado anteriormente. N

Como os EPIs para Altas Temperaturas ajudam no conforto

térmico dos colaboradores

Página 03/12 - Norminha - Nº 528 – 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

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Primeiramente, é preciso entender

que o conforto térmico vem a partir do

uso de equipamentos de proteção ade-

quados e do atendimento das exigên-

cias das Normas Regulamentadoras.

Com base nisso, podemos estabelecer

algumas medidas de controle, que são:

Diminuição do esforço físico

Minimize a quantidade de esforço fí-

sico realizada por seus colaboradores,

a fim de reduzir a taxa de metabolismo

gerada durante a prática das atividades.

Para isso, é necessário adotar equipa-

mentos que auxiliem na execução ou

automatize o processo, como o uso de

esteiras e maquinários.

Ambientes climatizados

Manter o ambiente resfriado ajuda a

reduzir a temperatura e as trocas de ca-

lor do corpo com o ambiente. Deve-se

adotar o uso de refrigeradores e ar-con-

dicionados a fim de auxiliar na ventila-

ção do ambiente.

Proteção dos colaboradores

É preciso utilizar barreiras que pos-

sam absorver ou refletir as substâncias

danosas ao corpo como a utilização de

EPIs adequados para cada tipo de ser-

viço.

Dessa forma, em se tratando de con-

forto térmico, é indiscutível a necessi-

dade de fazer uso dos EPIs durante a ex-

posição do colaborador a Altas Tempe-

raturas. Negligenciar a disponibilidade

desses equipamentos pode levar a aci-

dentes de trabalho e a consequências

irreparáveis à saúde do colaborador.

Alguns dos principais EPIs utiliza-

dos como meios protecionistas e que

auxiliam a minimização dos riscos a Al-

tas Temperaturas são:

Vestimentas adequadas

Balaclavas, Calça Aluminizada, bo-

tas de couro, Luva para Alta Tempera-

tura Cano Longo.

Proteção facial

Óculos infravermelhos, óculos ultra-

violetas, Capuz Aluminizado, Capuz

Forneiro.

N

SUPREMA

Norminha, 18/-7/2019

Inúmeros fatores influenciam o nível de

conforto térmico dos colaboradores no

seu ambiente de trabalho, como o uso

de Equipamentos de Proteção Indivi-

dual (EPIs) que, por lei, devem fazer

parte do cotidiano dessas pessoas. As

exigências das Normas Regulamenta-

doras (NRs), por exemplo, que atual-

mente somam-se em 36 NRs válidas

para empresas públicas e privadas,

buscam garantir esse conforto e devem

ser atendidas pelos empregadores. Es-

ses fatores contribuem para a qualifica-

ção das condições de trabalho e o grau

de importância atribuído à segurança

interna da empresa.

Alguns parâmetros devem ser leva-

dos em consideração no momento de

selecionar quais EPIs são os mais ade-

quados na realização da função do co-

laborador. Em se tratando de conforto

térmico, deve-se preocupar com a inte-

gridade física – temperatura corporal e

umidade do ar; fisiológica – reações

corporais internas pós-exposição; e

psicológica – saúde mental.

Após a percepção desses parâme-

tros, é possível traçar um padrão de

conforto para todos os colaboradores

que possuam algum tipo de contato

com Altas Temperaturas e assegurá-lo

durante a execução de seu trabalho. Pa-

ra isso, é importante que a empresa

possua um Setor de Segurança do Tra-

balho que possa desempenhar, identi-

ficar e implementar estratégias visando

evitar possíveis riscos aos colaborado-

res.

Porém, infelizmente não há como ter

certeza quanto à dimensão e à magni-

tude da periculosidade dos riscos que

podem acontecer. Entretanto, a partir de

uma análise dos fatores, é possível ori-

entar as pessoas sobre como devem a-

gir nessas situações e quais as ferra-

mentas auxiliares.

Vamos agora aprender um pouco

sobre quais medidas devem ser toma-

das em casos de exposição a Altas

Temperaturas.

Preconceito com menstruação

ameaça trabalho e saúde de mulheres

na Índia Norminha, 18/07/2019

O filme Absorvendo o Tabu, que ganhou

o Oscar de Melhor Documentário Curta-

Metragem neste ano, mostrou como

mulheres indianas lutam para superar

preconceitos ligados à menstruação.

Por lá, são muitas as mulheres – jovens

e adultas – que sequer têm acesso a ab-

sorventes. Várias deixam de estudar e

trabalhar por causa de um simples pro-

cesso biológico de seus corpos.

Uma reportagem da BBC publicada

neste 8 de julho, traz mais detalhes des-

sa dura realidade. Segundo o jornal bri-

tânico, em um estado do oeste da Índia,

centenas de mulheres estão passando

por cirurgia para retirar o útero. O moti-

vo? Conseguir trabalho na colheita de

cana-de-açúcar.

A região é uma espécie de “cinturão

da cana” no país, e todo ano há um fluxo

grande de pessoas que migram para lá.

Mas as mulheres são preteridas dos

postos de trabalho simplesmente por-

que menstruam.

Não bastassem as condições precá-

rias, elas ainda sofrem preconceito por-

que, segundo os patrões, podem faltar

um ou dois dias por mês devido à

menstruação. De acordo com a BBC, as

pessoas dormem em tendas próximas

aos campos de colheita, e não têm a-

cesso a banheiros.

Muitas mulheres acabam tendo pro-

blemas de saúde íntima, como infec-

ções, e são estimuladas a remover o ú-

tero – na maior parte das vezes, sem ne-

cessidade. À BCC, algumas relataram

que, após a cirurgia, passaram a sentir

dores constantes nas costas, no pes-

coço e nos joelhos; além de tontura e di-

ficuldade de locomoção. Várias deixam

de trabalhar.

O ministro da saúde indiano, Eknath

Shinde, disse que 4.605 histerectomias

(remoção do útero) foram feitas nos úl-

timos três anos só na cidade de Beed,

localizada na região da cana. Segundo o

ministro, o governo montou um comitê

para analisar os casos.

Indianas que trabalham em uma em-

presa bilionária do setor de vestuário no

sul do país relataram que, quando estão

com cólica, os patrões dão remédios de

procedência duvidosa para elas. N

(Fonte: Galileu)

Page 4: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO PORTAL Norminha ... · data-driven (guiado por dados), em fun dispositivo. Chamo a atenção ainda que, em meio ao debate ético, por todo o mun-do,

LER e DORT são as doenças que mais acometem os trabalhadores

Leis que proíbem uso de canudos plásticos não resolvem problemas

que afetam o meio ambiente

Página 04/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

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Norminha, 18/07/2019

Ao sancionarem as leis que proíbem o

comércio de distribuir canudos plásti-

cos para o consumo de bebidas em São

Paulo, o prefeito Bruno Covas e o go-

vernador João Doria, suscitaram muitas

questões que envolvem o universo dos

resíduos plásticos, tema que ganhou

uma dimensão ambiental significativa

nos últimos tempos. O ato do prefeito

Covas, confirmado dia 25 de junho, por

exemplo, consolida o projeto de lei a-

provado pela Câmara Municipal em a-

bril. A proibição do fornecimento dos

canudinhos plásticos abrange estabele-

cimentos comerciais como hotéis, res-

taurantes, bares, padarias, clubes no-

turnos, salões de dança e eventos musi-

cais de qualquer espécie. Está liberado

uso de canudos em papel reciclável,

material comestível ou biodegradável,

embalados individualmente em envelo-

pes hermeticamente fechados feitos do

mesmo material.

Conforme a lei, será dada advertên-

cia aos estabelecimentos que descum-

prirem pela primeira vez e multa a partir

da 2ª autuação, no valor de R$ 1 mil, de-

pois no dobro do valor da primeira au-

tuação, e assim sucessivamente até a 6ª

autuação, que estabelece multa no valor

de R$ 8 mil. Está previsto o fechamento

administrativo do estabelecimento na 6ª

autuação Segundo Covas, a Prefeitura

tem, a partir da sanção da lei, 180 dias

para a regulamentar a proibição. A regu-

lamentação irá definir exceções à proi-

bição (como pessoas com deficiência

que precisam de canudos plásticos para

sugar líquidos), e como serão feitas as

fiscalizações. Para Covas a aprovação

da medida tem mais “um efeito pedagó-

gico” do que uma “medida punitiva”, e

que a própria população será a maior

fiscal do cumprimento da lei.

Já a lei promulgada pelo governador

Doria, entrou em vigor dia 13 de julho e

informa que o estabelecimento comer-

cial que fornecer o material está sujeito

a uma multa de R$ 530 a R$ 5.306, po-

dendo ser aplicado em dobro em caso

Dr. Roberto quer ser Rico, mas não quer enriquecer

Norminha, 18/07/2019

Dr. Roberto quer ser rico, mas não quer

enriquecer.

Dra. Joana quer ser calma, mas não

quer conciliar.

Dr. Paulo quer ser livre, mas não

quer desapegar.

Maria quer amar e ser amada, mas

não quer perdoar.

Como zumbis, tentamos nos con-

vencer de que os projetos que fracas-

sam em nossas vidas resultam de falta

de sorte ou ameaças externas, e ignora-

mos o quanto contribuímos para que

eles não "dêem certo". Queremos co-

lher sem semear.

A mudança que desejamos está na

cama que não arrumamos, nos docu-

mentos que não digitalizamos, na pro-

posta que não enviamos, na ligação que

não retornamos, no email que não res-

pondemos, na panela que não fecha-

mos, no lixo que acumulamos, nas NFs

que não descartamos, nas roupas que

não doamos, no leite condensado que

compramos, na mesa com quem senta-

mos, no copo que não lavamos, no ulti-

mo pedaço de bolo que comemos sem

considerar mais alguém, no check-up

que adiamos, no agradecimento que o-

mitimos, na ajuda que negamos pedir

ou receber, na conversa que evitamos...

A grande mudança está nas peque-

nas coisas e não na linha de chegada.

Mas é tão familiar começar e parar,

chegar bem perto e desistir, contar his-

tórias sobre inimigos externos, socie-

dades secretas que tentam derrubar

nossos planos, políticos corruptos,

buscar novos cursos, novas pós-gra-

duações, ou um novo kit de petições.. e

se nada disso convencer a nós e aos

outros de que devemos parar, coloca-

mos a desistência na conta da depres-

são ou TPM, afinal, essas ninguém

contesta.

Depressão é uma doença, e como

tal, deve ser tratada. Ela não pode ser

uma desculpa para mentes cheias de

projetos QUE NÃO VEM DO CORAÇÃO,

justificarem suas incoerências.

Pior do que não sonhar, É SONHAR

COM O QUE NÃO SE QUER DE VERDA-

DE.

Quem sonha com o que se quer de

CORAÇÃO, se dedica com toda sua al-

ma para chegar na vivência do seu de-

sejo, porque é isso que ele é, não há

como ser diferente.

Mas quem SONHA COM O QUE SE

DEVE SONHAR porque aprendeu com

alguém que ama, que deveria seguir por

um caminho específico, vai passar anos

à fio só COLECIONANDO DESCULPAS

para justificar o insucesso dos projetos,

que na realidade, NÃO DESEJOU DE

CORAÇÃO, NÃO MESMO.

A FORÇA vem da VONTADE e a

VON-TADE vem do CORAÇÃO.

O que você realmente quer? N

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Norminha, 18/07/2019

Levantamento do Ministério da Saúde

mostra que, em 10 anos, as duas do-

enças representam 67.599 casos entre

os trabalhadores do país. Índice au-

mentou 184% no mesmo período.

As Lesões por Esforços Repetitivos

(LER) e os Distúrbios Osteomusculares

Relacionados ao Trabalho (DORT) são

as doenças que mais afetam os traba-

lhadores brasileiros. A constatação é do

estudo Saúde Brasil 2018, do Minis-

tério da Saúde. Utilizando dados do

Sistema de Informação de Agravos de

Notificação (Sinan), o levantamento a-

ponta que, entre os anos de 2007 e

2016, 67.599 casos de LER/Dort foram

notificados à pasta. Neste período, o

total de registros cresceu 184%, pas-

sando de 3.212 casos, em 2007, para

9.122 em 2016. Tanto o volume quanto

o aumento nos casos nesse período si-

nalizam alerta em relação à saúde dos

trabalhadores.

Os dados, que constam no capítulo

‘Panorama de Doenças Crônicas Rela-

cionadas ao Trabalho no Brasil’, indi-

cam aumento na exposição de trabalha-

dores a fatores de risco, que podem o-

casionar incapacidade funcional. O es-

tudo apontou, também, que esses pro-

blemas foram mais recorrentes em tra-

balhadores do sexo feminino (51,7%),

entre 40 e 49 anos (33,6%), e em in-

divíduos com ensino médio completo

(32,7%). A região que registrou o maior

número de casos foi o Sudeste, com

58,4% do total de notificações do país

no período. Em 2016, os estados que

apresentaram os maiores coeficientes

de incidência foram Mato Grosso do

Sul, São Paulo e Amazonas.

Já quando falamos nos setores ocu-

pacionais, a ocorrência de LER e DORT

foi maior nos profissionais que atuam

nos setores da indústria, comércio, ali-

mentação, transporte e serviços do-

mésticos/limpeza. Nas profissões; os

faxineiros, operadores de máquinas fi-

xas, os alimentadores de linhas de pro-

dução e os cozinheiros foram os mais

atingidos com algum desses problemas

de saúde no trabalho.

A LER e o DORT são danos decor-

rentes da utilização excessiva do siste-

ma que movimenta o esqueleto humano

e da falta de tempo para recuperação.

Caracterizam-se pela ocorrência de vá-

rios sintomas, de aparecimento quase

sempre em estágio avançado, que ocor-

rem geralmente nos membros superio-

res, tais como dor, sensação de peso e

fadiga. Algumas das principais, que a-

cometem os trabalhadores, são as le-

sões no ombro e as inflamações em ar-

ticulações e nos tecidos que cobrem os

tendões.

Essas doenças são relacionadas ao

trabalho e podem prejudicar a produti-

vidade laboral, a participação na força

de trabalho e o comprometimento fi-

nanceiro e da posição alcançada pelo

trabalhador. Além disso, elas são res-

ponsáveis pela maior parte dos afasta-

mentos do trabalho e representam cus-

tos com pagamentos de indenizações,

tratamentos e processos de reintegra-

ção à ocupação.

Para prevenir agravos como esses, o

Ministério da Saúde recomenda aos

empregadores atenção à Norma Regu-

lamentadora 17, que estabelece parâ-

metros que permitam a adaptação das

condições de trabalho às características

psicofisiológicas dos trabalhadores, de

modo a proporcionar um máximo de

conforto, segurança e desempenho efi-

ciente. Também, é importante que os

empregadores promovam ações de e-

ducação em saúde aos trabalhadores

em conjunto com os Centros de Refe-

rência em Saúde do Trabalhador (CE-

REST) de cada região.

Saiba onde estão localizados os CE-

REST estaduais

Os CEREST compõem a Rede Nacio-

nal de Atenção Integral à Saúde do Tra-

balhador (RENAST), implementada de

forma articulada entre o Ministério da

Saúde, as Secretarias de Saúde dos Es-

tados, do Distrito Federal e dos muni-

cípios, com o envolvimento de órgãos

de outros setores dessas esferas. A RE-

NAST integra a rede de serviços do

SUS, voltados à promoção, à assistên-

cia e à vigilância, para o desenvolvi-

mento das ações de Saúde do Trabalha-

dor.

Os empregados, também, possuem

participação essencial nesse fluxo. A

realização de ginástica laboral no local

de trabalho, a criação de hábitos de

pausas regulares durante o período de

trabalho, a realização regular dos movi-

mentos corporais, evitar horas extras e

sobrecarga mental e a utilização de mo-

biliários ergonômicos são medidas que

podem contribuir para o não surgimen-

to destas e outras doenças.

Por fim, a qualquer sinal de dores, o

trabalhador deve procurar um médico

especialista. É fundamental agir tam-

bém nas causas, com base nos limites

físicos e psicossociais do trabalhador.N

Fonte: Ministério da Saúde

de reincidência.

Canudos de plásticos são os vilões?

A iniciativa, ao menos tem contribuí-

do para uma importante reflexão: os ca-

nudos de plástico são mesmo os gran-

des vilões do meio ambiente? Renato

Paquet, diretor presidente de Clean-

techs da Associação Brasileira de Star-

tups e fundador da Polen, uma startup

de sustentabilidade que transforma re-

síduos em matéria-prima, avalia que na

medida em que cresce a população,

cresce também o consumo e, conse-

quentemente, os impactos ambientais

oriundos tanto da nossa maior veloci-

dade ao consumir quanto da ausência

de infraestrutura para a reciclagem dos

resíduos em todo País. Conforme ele,

tal fato deveria levar a todos nós, consu-

midores, a refletir naturalmente o as-

pecto mais básico desta cadeia: o que

acontece com o resíduo que descarta-

mos? Existe possibilidade de reduzir o

impacto do nosso consumo ou precisa-

mos de fato consumir menos? “A au-

sência desta reflexão nas esferas – pú-

blica, privada e na sociedade civil -, tem

criado um ambiente perigoso para to-

dos nós, a proibição de produtos e ma-

teriais sem a devida análise”, diz.

Ele lembra que em julho de 2018 foi

o Rio de Janeiro, depois duas novas ca-

pitais: Teresina e, agora, São Paulo; re-

solveram aderir à onda proibitiva. Pa-

quet avalia que as aprovações da lei que

proíbe o fornecimento de canudos em

estabelecimentos comerciais é um re-

flexo da atual demonização do plástico

sem a devida reflexão sobre a nossa

responsabilidade enquanto consumido-

res pelo modo que o utilizamos e des-

cartamos. “A iniciativa da proibição po-

derá ter um efeito contrário ao que te-

oricamente se propõe, caso não haja

uma educação ambiental adequada da

população e a ampliação dos projetos

de coleta seletiva”, aponta.

Continue lendo esta reportagem no

Canal Ecowords:

(www.ecowords.com.br N

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Estado de SP proíbe fornecimento de canudo de plástico

Norma foi publicada no último dia 17 de julho no Diário Oficial do estado

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Norminha, 18/07/2019

Canudos confeccionados em material

plástico estão proibidos, desde o dia 13

de julho de 2019, em todo o estado de

São Paulo. De acordo com a norma, pu-

blicada na edição do último sábado do

Diário Oficial do estado, fica proibido o

fornecimento do produto em hotéis,

restaurantes, bares, padarias, clubes

noturnos, salões de dança e eventos

musicais de qualquer espécie, entre ou-

ros estabelecimentos comerciais.

Ainda segundo a legislação, os ca-

nudos plásticos devem ser substituídos

por canudos de papel reciclável, mate-

rial comestível ou biodegradável, emba-

lados individualmente em envelopes

hermeticamente fechados feitos do

mesmo material. Em caso de descum-

primento, o estabelecimento comercial

poderá ser multado, sendo que o valor

cobrado poderá ser o dobro em casos

de reincidência.

Entenda

"O canudo plástico é um dos maio-

res problemas ecológicos contemporâ-

neos. Se cada brasileiro utilizar um ca-

nudo plástico por dia, em um ano, se-

rão consumidos 75.219.722.680 canu-

dos. Pesquisas mostram que mais de

95% do lixo nas praias brasileiras é de

material plástico. E, assim como outros

resíduos, todo esse material acaba in-

vadindo o mar, prejudicando o habitat

natural e a saúde dos animais que, com

muita frequência, morrem por ingestão

desse plástico descartado pelos huma-

nos", afirmou o deputado estadual Ro-

gério Nogueira (DEM), autor do projeto

de lei que trata do assunto.

Na capital paulista, a lei que proíbe

o forncimento de canudos de plástico

está em vigor desde junho, mas com

prazo de regulamentação de 180 dias.N

Agência Brasil

Norminha, 18/07/2019

A Friboi, unidade de negócios de carne

bovina da JBS, informou no último dia

12 de julho que assinou um acordo

com a Liga do Araguaia para promover

e intensificar o desenvolvimento da pe-

cuária sustentável na região do Médio

Vale do Araguaia, localizada no estado

de Mato Grosso, auxiliando os produ-

tores locais.

No projeto, chamado Rebanho Ara-

guaia, a Liga faz a organização dos pe-

cuaristas, enquanto a Friboi oferece au-

xílio financeiro para a contratação de

consultorias de gestão e para a intensi-

ficação das suas pastagens, garantindo

melhor produtividade e contribuindo

para a preservação do bioma local.

Com isso, os pecuaristas passam a

ter melhores condições para investir

nas suas produções, aumentam seus

indicadores de produtividade, melho-

ram a qualidade dos seus animais e,

principalmente, colaboram com a sus-

tentabilidade.

A parceria veio para fortalecer a pro-

dução de carne sustentável no Cerrado

e para atender à demanda de players re-

levantes que buscam uma compra cada

vez mais responsável. O objetivo é

transformar a região, uma das princi-

pais produtoras de gado do país e que

conta com cerca de 60 produtores as-

sociados à Liga, em um parâmetro glo-

bal de boas práticas. Juntos, esses Pe-

Universidade do Hambúrguer do Mc

Donald’s, na Grande São Paulo, na se-

mana passada. O evento reuniu lideran-

ças setoriais e empresariais do Brasil,

Argentina, Paraguai, Colômbia e Méxi-

co, todas diante do compromisso com

a evolução da pecuária sustentável.

O evento, que contou com patrocínio

da JBS, teve em sua programação me-

sas-redondas voltadas para a discus-

são da sustentabilidade na indústria da

carne bovina. Nesses painéis, as lide-

ranças presentes puderam trocar ideias

e informações sobre as melhores prá-

ticas para a preservação da biodiver-

sidade, o uso responsável de antibió-

ticos e as melhores técnicas para o se-

questro de carbono, entre outros as-

suntos importantes. N

CARNETEC

cuaristas ajudam a preservar uma área

de 150 mil hectares de pastagem.

Pensando nisso, a Liga do Araguaia

organizou, com apoio da Friboi, um Dia

de Campo na Fazenda Água Viva, que

tem a sua produção totalmente susten-

tável. O evento ocorreu nos últimos dias

6 e 7 de julho e serviu para apresentar a

executivos de empresas importantes,

como o McDonald’s, como a produção

na região do Cerrado pode ser reconhe-

cida pelas melhores práticas globais em

sustentabilidade.

O Médio Vale do Araguaia conta

com um grupo de pecuaristas organiza-

dos e inovadores, referência no país a

partir sua produção sustentável, segun-

do nota da Friboi. "Com a parceria com

a Liga do Araguaia, a Friboi tem a ga-

rantia da continuidade de um trabalho

sério e responsável na região, aliando

sustentabilidade, preservação e suces-

so produtivo aos fornecedores locais",

disse a unidade de negócios.

JBS na mesa-redonda regional

O projeto Rebanho Araguaia também

esteve na pauta do Latin America Sus-

tainable Beef Summit, que ocorreu na

Friboi assina acordo para promover pecuária sustentável em MT

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Especialistas e alunos discutem "Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho" Em sua 12ª edição, a Coordenação de Educação da Fundacentro realiza mais um curso com aulas expositivas e relatos de casos inclusivos

Página 06/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

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Norminha, 18/07/2019 Por Fundacentro/ACS - Debora Maria

Santos

“É importante destacar que é possível

as pessoas com deficiência trabalha-

rem, desde que ela seja treinada e ca-

pacitada e que a empresa dê recursos

para suprir a sua deficiência. Como e-

xemplo, colocar rampa na empresa, ba-

nheiro acessível e, sobretudo, é funda-

mental que os gestores foquem mais as

habilidades e competências desses

profissionais do que a própria deficiên-

cia”, salienta Eliane Vainer Loeff, coor-

denadora técnica do evento e servidora

da Fundacentro.

A fala da técnica da instituição vai ao

encontro do que é informado pela ar-

quiteta e mestre em Desenho Universal

pela Faculdade de Arquitetura e Urba-

nismo da Universidade de São Paulo,

Silvana Cambiaghi. Silvana ministrou a

sua aula neste mês e discorreu sobre a

importância de sinalizar e adaptar os

ambientes internos e externos.

A acessibilidade passa a ser concre-

tizada quando as empresas exercem a

inclusão social. Além disso, é necessá-

rio seguir a norma da Associação Bra-

sileira de Normas Técnicas nº 9050/

2004, revisada em 2015, que informa

as diretrizes sobre acessibilidade a edi-

ficações, mobiliários adequados, espa-

ços e equipamentos.

A especialista, que tem sido docente

nas edições anteriores do curso da Fun-

dacentro, sempre destaca que outras a-

titudes também são fundamentais para

receber a pessoa com deficiência, tais

como vagas reservadas, catraca e bal-

cões adequados, portões ou botoeira a-

cessíveis, piso tátil dentro da edifica-

ção, sinalização em Braile, banheiro

universal e baias ergonômicas.

Inclusão na prática

Os alunos, compostos por agentes

públicos, profissionais de empresas,

dos Centros de Referência e Saúde do

Trabalhador (Cerest´s), da Superinten-

dência Regional do Trabalho (SRTe), do

Sistema Único de Saúde (SUS), tiveram

a oportunidade de visitar o Serasa Ex-

perian, uma empresa que realiza ações

que ampliem estratégia de inclusão e

diversidade no ambiente de trabalho.

Para eles, essa iniciativa garante um

ambiente mais saudável, inovador e

produtivo.

Segundo dados do Censo do Insti-

tuto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE) de 2010, no Brasil, há cerca de

45 milhões de pessoas com deficiência.

Destas, 31 milhões têm idade para in-

gressar no mercado de trabalho.

Porém, de acordo com a Relação A-

nual de Informações Sociais (RAIS) de

2017, aproximadamente, 440 mil estão

empregados, isto devido a Lei de Cotas,

artigo 93 da Lei Federal nº 8.213 de

1991, que completa 28 anos, no dia 24

de julho. Embora a lei trate da obriga-

toriedade a contratação de pessoas com

deficiência ou reabilitadas em empre-

sas com 100 ou mais empregados, ou

seja, até 200 empregados: cota de 2%;

de 201 a 500 empregados: cota de 3%;

de 501 a 1000 empregados: cota de 4%

e de 1001 em diante empregados: cota

de 5%, ainda muitos profissionais não

estão inseridos no mercado de traba-

lho.

O direito ao trabalho para a pessoa

com deficiência é garantido pela Cons-

tituição Federal e em tratados e normas

internacionais das Organizações Inter-

nacional do Trabalho (OIT) e das Na-

ções Unidas (ONU). Essas informações

também foram retratadas pelos especi-

alistas Carlos Aparício Clemente, Mari-

nalva Cruz, Márcia Regina Hipólito,

Thays Toyofuku, Rafael Públio e Aline

Morais.

Além deles, o médico sanitarista e

auditor fiscal do trabalho, José Carlos

do Carmo, ressalta a importância de se

olhar para as pessoas e não focar ape-

nas para a sua deficiência. Para José

Carlos, o laudo detalhado sobre a defi-

ciência feito pelos profissionais de saú-

de é imprescindível para facilitar a in-

clusão dos profissionais.

Isto porque o laudo médico, além de

permitir que a empresa enquadre-os na

Lei de Cotas, também possibilita o en-

caminhamento ao posto de trabalho

ideal para sua condição, bem como li-

mitações e necessidades de adaptação.

Essa singularidade é ressaltada na

aula da fisioterapeuta e especialista em

doença neuromuscular pela Universida-

de Federal de São Paulo (Unifesp),

Luana Talita Diniz Ferreira, que já esteve

este ano proferindo palestra no auditó-

rio da Fundacentro, sobre a Classifica-

ção Internacional de Funcionalidade,

Incapacidade e Saúde (CIF), modelo a-

dotado pela Organização Mundial de

Saúde (OMS).

A CIF observa a saúde do indivíduo

de forma biopsicossocial, ou seja, inte-

gra todos os aspectos referentes às

condições de saúde, delineando o que

ele pode ou não desencadear no dia a

dia, que englobam as funções dos ór-

gãos ou sistemas e estruturas do corpo.

Luana Ferreira compara que o Códi-

go de Internacional de Doenças (CID)

tem como função mostrar a doenças, já

a CIF detalha o impacto que a doença

desencadeia na vida da pessoa. A ferra-

menta utilizada de forma mundial per-

mite planejar e reavaliar um diagnóstico

funcional.

As condições seguras e saudáveis

no ambiente de trabalho são fundamen-

tais para os trabalhadores de forma ge-

ral e todas as abordagens dos especia-

listas em sala de aula têm como princí-

pio relatar, trocar experiências e discu-

tir meios apropriados de saúde e segu-

rança no trabalho. No entanto, para re-

ceber as pessoas com deficiência é ne-

cessário atentar sobre as suas especifi-

cidades e integrar recursos humanos,

de segurança e saúde do trabalho para

que o profissional exerça a sua função

de forma plena e satisfatória. A psicó-

loga aposentada da Fundacentro (Cen-

tro Estadual do Rio de Janeiro) e co-

ordenadora técnica do curso, Myrian

Matsuo, explanou sobre o tema. N

Norminha, 18/07/2019

Já algum tempo, o debate e ações

relacionadas ao tema Diversidade e In-

clusão (D&I) têm se intensificado na

Santa Vitória Açúcar e Álcool (SVAA),

buscando transformar o ambiente de

trabalho em um local ainda mais inclu-

sivo, livre de preconceito e discrimina-

ção, em que todos se sintam bem de

forma igualitária.

Segundo o diretor geral da SVAA,

Alexandre Nicodemo, a companhia en-

tende a diversidade como fundamental

para os negócios e tem investido em a-

ções junto ao seu público interno.

"Dentro da empresa existem grupos de-

dicados a mulheres, a raça e a outros

segmentos. Os membros desses times

promovem inciativas para aumentar a

inclusão. O objetivo é que tenhamos

colaboradores e colaboradoras que se

sintam respeitados pelas suas crenças,

orientações, gênero, idade e deficiên-

cia", comenta Alexandre.

Dentre as várias iniciativas realiza-

das pelas redes de D&I da SVAA, des-

tacamos a promoção de eventos como

palestra sobre o empoderamento femini

feminino, workshop étnico-racial, con-

ferências e dinâmicas de sensibilização

sobre Pessoas com Deficiência, mo-

mento de inclusão em reuniões de lide-

rança e times, entre outros.

"Desde 2014 temos inserido o as-

sunto de diversidade e inclusão em trei-

namentos, palestras e eventos como a

SIPAT, por exemplo, procurando sem-

pre conscientizar os colaboradores que

as diferenças são somente caracterís-

ticas em um universo de possibilidades

e potenciais", comenta Lara Franco, su-

pervisora de Desenvolvimento Organi-

zacional e responsável pela rede que li-

dera esforços para inclusão de pessoas

com deficiência na SVAA.

O último evento promovido foi em

comemoração ao mês do Orgulho

LGBT, em que a rede responsável de-

senvolveu material de divulgação infor-

mativo sobre o assunto e realizou uma

sessão de cinema que contou com cer-

ca de 50 colaboradores. Na oportunida-

de foi apresentado um documentário

que conta a história da luta de lésbicas,

gays, bissexuais, trans e mais, relatan-

do a Revolta de Stonewall, momento em

que o ativismo pelos direitos LGBT

ganhou o debate público e as ruas.

Além das ações isoladas de cada re-

de, há também aquelas integradas com

times de segurança e sustentabilidade,

envolvendo o tema em campanhas in-

ternas, como foi o caso da blitz educa-

tiva feita no Maio Amarelo. Integrantes

das redes de diversidade da SVAA le-

vantaram as bandeiras de seus grupos

sensibilizando motoristas sobre a dis-

criminação e o preconceito que ainda e-

xistem no trânsito? Essa interação nos

permite trocar experiências e abrir um

leque de possiblidades para demons-

trar que todos são capazes indepen-

dente de raça, idade, gênero ou orien-

tação sexual. As oportunidades na SV

AA são para todos e essa união forta-

lece a disseminação da nossa mensa-

gem de incentivo à diversidade e in-

clusão?, destaca Nejuska Santos, ana-

lista de Comunicação, Sustentabilidade

e responsável por D&I na SVAA.

N

Fonte: Comunicação Santa Vitória

Açúcar e Álcool

Diversidade e Inclusão na Santa Vitória Açúcar e Álcool

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Senac Curitiba Portão oferta curso Técnico em Segurança do Trabalho

http://bit.ly/Adesão35diasgratís

O Técnico em Segurança do Trabalho garante a segurança dos colaboradores

de empresas públicas ou privadas

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Norminha, 18/07/2019

A segurança do trabalho não se trata

apenas do cuidado do trabalhador. É

uma profissão que estuda a ocorrência

de acidentes e as formas de preveni-

los. De acordo com a Norma Regula-

mentadora /MTE nº 4 (NR 4), empresas

privadas e públicas que possuam em-

pregados regidos pela Consolidação

das Leis de Trabalho (CLT), precisam

manter em seu quadro funcional uma

equipe multidisciplinar para atuar nos

Serviços Especializados em Engenharia

de Segurança e em Medicina do Traba-

lho (SESMT). São esses profissionais

que irão promover a saúde e proteger a

integridade do trabalhador no local de

trabalho.

O Técnico em Segurança do Traba-

lho é um dos profissionais que compõe

a SESMT. Ele é o responsável por in-

vestigar, analisar e recomendar medi-

das de prevenção e controle de aciden-

tes; ainda executa programas de pre-

venção de riscos ambientais; desenvol-

ve ações educativas na área de saúde e

segurança do trabalho e orienta o uso

de equipamentos de proteção de uso

individual ou coletivo.

A análise de riscos é um procedi-

mento realizado pelo Técnico em Segu-

rança do Trabalho. Quando feita de for-

ma correta pelo profissional, o proce-

dimento consegue minimizar possíveis

problemas presentes no dia a dia dos

colaboradores de qualquer instituição.

Mercado de Trabalho

De acordo com a Federação Nacio-

nal dos Técnicos em Segurança do Tra-

balho, existem quase 350 mil profissio-

nais cadastrados no Brasil. As maiores

oportunidades de atuação do técnico

estão nos setores da construção civil,

na agroindústria e nas indústrias. Outra

possibilidade de trabalho é de forma au-

tônoma, prestando serviços ou consul-

torias na área.

De acordo com o site de busca de

empregos, Catho, a faixa salarial inicial

é de R$2.611,00, mas pode chegar aos

R$8.500,00 em cargos de coordenação.

A procura por profissionais dessa área

só cresce no país, isso devido ao endu-

recimento da legislação brasileira de

segurança do trabalho. As suas 36 nor-

mas regulamentadoras (NR’s) determi-

nam exatamente como as atividades da

área devem ser colocadas em prática

em cada tipo de empresa.

Formação

Para se tornar um profissional dessa

área tão promissora é preciso realizar o

curso Técnico em Segurança do Traba-

lho. O Senac Curitiba Portão possui a

formação em seu portfólio. Com 1200

horas de aula o aluno sai apto para a-

tuar no mercado depois de dois anos de

estudos. As aulas iniciam no dia 6 de a-

gosto.

Entre as atividades do curso está o

Projeto Integrador. A ideia é de que os

alunos proponham soluções inovado-

ras a partir da visão crítica da atuação

profissional no segmento, ou seja, apli-

cam na prática tudo o que aprenderam

durante as aulas. N

Norminha, 18/07/2019

Brasil e Índia devem assinar um

memorando de entendimento a respeito

de produção e comércio de etanol

quando os líderes dos dois países se

reunirem em Brasília no final deste ano,

disse nesta terça-feira (17/07) a União

dos Produtores de Bioenergia (Udop).

De acordo com a UDOP, a sugestão

sobre uma parceria em etanol partiu do

governo indiano, que possui uma meta

de ampliar gradualmente a mistura de

etanol em sua gasolina para até 20%.

O primeiro-ministro da Índia, Na-

rendra Modi, que foi reeleito em maio,

fará uma visita oficial ao presidente Jair

Bolsonaro em novembro.

Bolsonaro publicou mensagens no

Twitter parabenizando Modi e expres-

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Etanol será tema central em encontro de líderes de Brasil e Índia, diz Udop

sando intenções de ampliar os laços

com a Índia, particularmente no comer-

cio. Em seguida, os dois líderes se en-

contraram durante a cúpula do G20,

realizada na cidade japonesa de Osaka

no fim de junho.

A UDOP afirmou, citando informa-

ções do departamento de Energia do

Ministério das Relações Exteriores, que

o governo Bolsonaro pretende ajudar a

Índia a ampliar a produção de etanol e

abrir o mercado indiano para o biocom-

bustível, ajudando a expandir o uso glo-

bal do etanol.

O Brasil é o segundo maior produtor

de etanol do mundo, atrás apenas dos

Estados Unidos. O uso do etanol em

larga escala ocorre, basicamente, ape-

nas nesses dois países, apesar dos es-

forços passados para que o biocom-

bustível se tornasse uma commodity

comercializada internacionalmente.

Apesar do tom positivo para a reu-

nião de novembro, o Brasil apresentou

à Organização Mundial do Comércio

(OMC) um pedido de estabelecimento

de um painel a respeito dos subsídios

da Índia para as exportações de açúcar.

A Índia ultrapassou o Brasil e se

tornou a maior produtora de açúcar do

mundo, à medida que fornece ajuda aos

produtores de cana e às usinas de açú-

car, um estímulo que está dificultando

uma possível recuperação dos preços

no deprimido mercado global do ado-

çante.

A Índia vem fornecendo às usinas

subsídios de transporte que vão de cer-

ca de mil rúpias (14,59 dólares) por to-

nelada a 3 mil rúpias por tonelada, de-

pendendo da distância aos portos. O

governo também elevou a quantia que

paga diretamente aos produtores de ca-

na para 138 rúpias por tonelada, ante

assistência de 55 rúpias há um ano.

Conforme informou a Reuters na se-

gunda-feira, a Índia não possui a inten-

ção de interromper os subsídios.

Um maior uso de cana para a pro-

dução de etanol em vez de açúcar na Ín-

dia, entretanto, poderia reduzir a oferta

global do adoçante, a exemplo do que o

Brasil vem fazendo pelas duas últimas

temporadas, com a alocação da cana

para o açúcar atingindo uma mínima re-

corde de 35% em 2018/19. N

Marcelo Teixeira

Fonte: Reuters

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Deputados alteraram quatro pontos da proposta em plenário

Previdência: confira principais pontos aprovados em primeiro turno

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das emendas supressivas, que retiram

pontos do texto.

Confira como está a reforma da Pre-

vidência após a aprovação em primeiro

turno

Trabalhador urbano

Proposta do governo: idade mínima

de 62 anos para mulheres e de 65 anos

para homens após o período de transi-

ção, com tempo mínimo de contribui-

ção de 25 anos para ambos os sexos,

10 anos no serviço público e cinco anos

no cargo.

Comissão especial: idades mínimas

mantidas, com tempo de contribuição

de 20 anos para homens e 15 anos para

as mulheres.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: idades mínimas mantidas, com tem-

po mínimo de contribuição de 15 anos

para homens e mulheres.

Servidor público federal

Proposta do governo: idade mínima

de 62 anos para mulheres e de 65 anos

para homens após o período de transi-

ção, com tempo mínimo de contribui-

ção de 25 anos para ambos os sexos.

Primeira versão do relatório: idades

mínimas e parâmetros de aposentado-

rias regulamentados por lei comple-

mentar a partir da promulgação da re-

forma.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: idades mínimas de aposentadorias

para o serviço público federal continua-

rão fixadas na Constituição, com de-

mais parâmetros definidos por lei com-

plementar a partir da promulgação da

reforma.

Regra de transição

Proposta do governo: no Regime

Geral de Previdência Social (RGPS),

que abrange os trabalhadores do setor

privado, a proposta de emenda à Cons-

tituição (PEC) prevê três regras de tran-

sição para o setor privado: sistema de

pontos por tempo de contribuição e por

idade, aposentadoria por tempo de con-

tribuição para quem tem pelo menos 35

anos de contribuição (homens) e 30

anos (mulheres) e pedágio de 50% so-

bre o tempo faltante pelas regras atuais,

desde que restem menos de dois anos

tesanais. Apenas o tempo mínimo de

contribuição para homens sobe para 20

anos, com a manutenção de 15 anos pa-

ra mulheres.

Professores

Proposta do governo: idade mínima

de 60 anos de idade para a aposen-

tadoria de homens e mulheres, com 30

anos de tempo de contribuição.

Primeira versão do relatório: idade

mínima de 57 anos para mulheres e 60

anos para homens, com definição de

novos critérios por lei complementar.

Regra vale para professores do ensino

infantil, fundamental e médio.

Comissão especial: professoras te-

rão integralidade (aposentadoria com

último salário da ativa) e paridade (mes-

mos reajustes que trabalhadores da ati-

va) aos 57 anos. Professores só terão

esses direitos a partir dos 60 anos, com

pedágio de 100% sobre o tempo que

falta para aposentar-se. Destaque que

retiraria os professores da reforma foi

rejeitado.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: idade mínima de aposentadoria re-

duzida para 55 anos (homens) e 52

anos (mulheres), com cumprimento do

pedágio de 100%. Benefício vale para

professores federais, da iniciativa priva-

da e dos municípios sem regime pró-

prio de Previdência. Destaque aprovado

após acordo entre governo e oposição.

Capitalização

Proposta do governo: Constituição

viria com autorização para lei comple-

mentar que instituirá o regime de capi-

talização.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: tema retirado antes da divulgação da

primeira versão do relatório na comis-

são especial.

Benefício de Prestação Continuada

(BPC)

Proposta do governo: idosos de bai-

xa renda receberiam R$ 400 a partir dos

60 anos, alcançando um salário mínimo

somente a partir dos 70.

Primeira versão do relatório: pro-

posta retirada, com manutenção de um

salário mínimo para idosos pobres a

partir dos 65 anos.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: inclusão de medida para combater

fraudes no BPC, com especificação na

Constituição de renda familiar per capi-

ta de até um quarto do salário mínimo a

partir dos 65 anos para ter direito ao be-

nefício.

Pensão por morte

Proposta do governo: pensão por

morte começaria em 60% do salário de

contribuição, aumentando 10 pontos

percentuais por dependente até chegar

Norminha, 18/07/2019

Aprovada no último dia 12 de julho de

2019 à noite pelo Plenário da Câmara

dos Deputados, a reforma da Previdên-

cia voltou para a comissão especial pa-

ra ter a redação final votada em segun-

do turno. Depois de quatro dias horas

de debates, os deputados aprovaram

quatro emendas e destaques e rejeita-

ram oito. Mais oito alterações foram re-

tiradas da pauta ou deixaram de ser vo-

tadas porque ficaram prejudicadas du-

rante a tramitação.

A primeira emenda aprovada melho-

rou o cálculo de pensões por morte pa-

ra viúvos ou viúvas de baixa renda e an-

tecipou o aumento da aposentadoria de

mulheres da iniciativa privada. Resulta-

do de acordo com a bancada feminina,

a emenda teve aprovação maçica, por

344 votos a 132.

Também fruto de acordo entre os

partidos do governo, do centrão e da o-

posição, a segunda emenda aprovada

suavizou as regras para a aposentadoria

de policiais que servem à União. A e-

menda também tinha acordo entre go-

verno e oposição para ser aprovada.

A categoria, que engloba policiais

federais, policiais rodoviários federais,

policiais legislativos, policiais civis do

Distrito Federal e agentes penitenciá-

rios e socioeducativos federais, terá

uma regra mais branda de transição,

pode aposentar-se aos 53 anos (ho-

mens) e 52 anos (mulheres), desde que

cumpram o pedágio de 100% sobre o

tempo que falta para se aposentar.

Os deputados aprovaram outros

dois destaques. Um mantém em 15 a-

nos o tempo de contribuição para os

trabalhadores do sexo masculino do

Regime Geral de Previdência Social (R

GPS). Os homens, no entanto, só con-

quistarão direito à aposentadoria inte-

gral com 40 anos de contribuição, con-

tra 35 anos de contribuição das mulhe-

res.

O último destaque aprovado reduziu

a idade mínima de aposentadoria de

professores para 55 anos (homens) e

52 anos (mulheres). Também fruto de

um acordo partidário, o destaque esta-

belece que a redução só valerá para

quem cumprir 100% do pedágio sobre

o tempo que falta para aposentar-se pe-

las regras atuais.

O texto alterado pelos deputados se-

gue para a comissão especial, onde

precisa ter a redação final aprovada em

segundo turno. De lá, volta para o Ple-

nário, para ser votado a partir de 6 de

agosto também em segundo turno.

Nessa etapa, só podem ser apresenta-

para a aposentadoria.

Para o Regime Próprio de Previdên-

cia Social (RPPS), dos servidores pú-

blicos, o texto estipula um sistema de

pontuação que permitiria a aposentado-

ria a partir dos 61 anos para homens e

56 anos para mulheres. A partir de

2022, as idades mínimas subiriam para

62 anos (homens) e 57 anos (mulhe-

res). Nesse caso, no entanto, os servi-

dores receberiam um valor mais baixo.

Os trabalhadores públicos que entra-

ram até 2003 precisariam trabalhar até

65 anos (homens) e 62 anos (mulheres)

para terem direito à integralidade (últi-

mo salário da ativa) e paridade (mes-

mos reajustes salariais dos ativos).

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: o texto acrescentou uma regra de

transição que valerá tanto para o servi-

ço público como para a iniciativa priva-

da. Os trabalhadores a mais de dois a-

nos da aposentadoria terão um pedágio

de 100% sobre o tempo faltante para ter

direito ao benefício, desde que tenham

60 anos (homens) e 57 anos (mulheres)

e 35 anos de contribuição (homens) e

30 anos de contribuição (mulheres). No

caso dos servidores públicos que en-

traram antes de 2003, o pedágio dará

direito à integralidade e à paridade.

Gatilho na idade mínima

Proposta do governo: Constituição

definiria um gatilho automático que ele-

varia as idades mínimas de quatro em

quatro anos conforme o aumento da ex-

pectativa de vida.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: relator retirou o mecanismo de a-

juste. Novas alterações das idades mí-

nimas terão de exigir mudança na

Constituição.

Aposentadoria rural

Proposta do governo: idade mínima

de 60 anos para a aposentadoria de ho-

mens e mulheres, com 20 anos de tem-

po de contribuição para ambos os se-

xos.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: tema retirado na comissão especial.

Mantidas as regras atuais, com 55 anos

para mulheres e 60 anos para homens,

incluindo garimpeiros e pescadores ar-

a 100% para cinco ou mais depen-

dentes. Retirada da pensão de 100% pa-

ra dependentes com deficiências inte-

lectuais ou mentais. Apenas dependen-

tes com deficiências físicas receberiam

o valor máximo.

Primeira versão do relatório: man-

tém nova fórmula de cálculo, mas ga-

rante pensão de pelo menos um salário

mínimo para beneficiários sem outra

fonte de renda na família. Pagamento de

100% para beneficiários com depen-

dentes inválidos (deficiência física, inte-

lectual ou mental) e para dependentes

de policiais e agentes penitenciários da

União mortos por agressões em serviço.

Comissão especial: pensões de 100%

para policiais e agentes penitenciários

da União serão pagas por morte em

qualquer circunstância relacionada ao

trabalho, como acidentes de trânsito e

doenças ocupacionais, demais pontos

da primeira versão mantidos.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: garante pensão de pelo menos um

salário mínimo para beneficiários sem

outra fonte de renda, retirando a exigên-

cia de comprovação de renda dos de-

mais membros da família. Destaque a-

provado por meio de acordo da bancada

feminina.

Abono salarial

Proposta do governo: pagamento

restrito aos trabalhadores formais que

ganham um salário mínimo, contra dois

salários mínimos pagos atualmente.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: pagamento aos trabalhadores de

baixa renda (até R$ 1.364,43 em valores

atuais).

Salário-família e auxílio-reclusão

Proposta do governo: pagamento

restrito a beneficiários com renda de um

salário mínimo.

Proposta aprovada: pagamento a

pessoas de baixa renda (até R$ 1.364,43

em valores atuais).

Cálculo de benefícios

Proposta do governo: benefício e-

quivalente a 60% da média as contri-

buições em toda a vida ativa, mais dois

pontos percentuais por ano que exceder

os 20 anos de contribuição.

Primeira versão do relatório: redação

abriu brecha para exclusão de contribui-

ções “prejudiciais ao cálculo do benefí-

cio”, que poderia anular toda a econo-

mia com a reforma da Previdência.

Cálculo de benefícios

Proposta do governo: benefício e-

quivalente a 60% da média as contribui-

ções em toda a vida ativa, mais dois

pontos percentuais por ano que exceder

os 20 anos de contribuição.

Continua na página 09/12, logo abaixo!

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por cargo de confiança ou em comissão

ao salário dos servidores, vedação que

existe em nível federal.

Acúmulo de benefícios

Proposta do governo: limite para a-

cúmulo de benefícios a 100% do bene-

fício de maior valor, somado a um per-

centual da soma dos demais, come-

çando em adicional de 80% para um

salário mínimo e caindo para 0% acima

de benefícios de mais de quatro salários

mínimos. Médicos, professores, apo-

sentadorias do RPPS ou das Forças Ar-

madas ficam fora do limite por terem

exceções estabelecidas em lei.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: altera para 10% adicional para be-

nefícios acima de quatro salários míni-

mos, mantendo os demais pontos.

Encargos trabalhistas

Proposta do governo: possibilidade

de incidir desconto para a Previdência

sobre vale-alimentação, vale-transporte

e outros benefícios trabalhistas.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: tema retirado.

Policiais que servem à União

Proposta do governo: a categoria

(que abrange policiais federais, poli-

ciais rodoviários federais, policiais le-

gislativos e agentes penitenciários fe-

derais, entre outros) se aposentará aos

55 anos de idade, com 30 anos de con-

tribuição e 25 anos de exercício efetivo

na carreira, independentemente de dis-

tinção de sexo.

Texto-base da comissão especial:

depois de tentativas de acordo para re-

duzir a idade mínima para 52 anos (mu-

lheres) e 53 anos (homens) para poli-

ciais e agentes de segurança em nível

federal, o relator manteve a proposta o-

riginal do governo.

Proposta aprovada na comissão es-

pecial: destaque para reinstituir condi-

ções diferenciadas para categoria der-

rubado na comissão especial.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: volta da idade mínima de 53 anos

para homens e 52 anos para mulheres

para o policial que cumprir 100% do

pedágio sobre o tempo que falta para se

aposentar pelas regras atuais. Destaque

aprovado após acordo entre partidos do

governo, do centrão e da oposição.

Policiais militares e bombeiros

Proposta do governo: a categoria te-

ria as mesmas regras das Forças Ar-

madas, com 35 anos de contribuição,

com contagem de tempo no RGPS e

possibilidade de que policiais e bom-

beiros na reserva trabalhem em ativida-

des civis.

Comissão especial: aprovação de

destaque para que aposentadorias de

policiais militares e bombeiros perma-

neçam sob a responsabilidade dos es-

tados. Mudança beneficia categoria

porque, em alguns estados, eles apo-

sentam-se com menos de 35 anos de

contribuição, como proposto pelo pro-

jeto que trata da Previdência das Forças

Armadas.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: policiais militares e bombeiros con-

tinuam fora da reforma.

Judicialização: Proposta do gover-

no: concentração, na Justiça Federal em

Brasília, de ações judiciais contra a

reforma da Previdência.

Fui multado enquanto trabalhava dirigindo. O patrão pode descontar

do meu salário?

Os magistrados do TRT-RS entenderam que multas por infração das leis de

trânsito constituem penalidade de responsabilidade pessoal do empregado

condutor do veículo, não podendo ser imputadas à empregadora

- no caso, uma transportadora.

Página 09/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

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Comissão de Constituição e Justiça:

tema retirado, após questionamentos

de partidos do centrão, mas com autori-

zação para que lei federal autorize jul-

gamentos na Justiça Estadual quando

não houver Vara Federal no domicílio

do segurado.

Comissão especial: retirada autori-

zação para julgamentos pelos tribunais

estaduais.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: autorização de julgamentos na Jus-

tiça Estadual restabelecida por meio de

emenda articulada pela bancada femini-

na.

Aposentadoria de juízes

Proposta do governo: PEC não abor-

dava assunto.

Proposta aprovada: retirada da

Constituição da possibilidade de pena

disciplinar de aposentadoria compulsó-

ria para juízes e parágrafo que impede

contagem de tempo de contribuição pa-

ra juízes que não contribuíram com a

Previdência enquanto exerceram a ad-

vocacia.

Fundo de Amparo ao Trabalhador

(FAT)

Proposta do governo: PEC não a-

bordava assunto.

Primeira versão do relatório: repas-

se de 40% das receitas do FAT para a

Previdência Social, equivalente a R$

214 bilhões em dez anos. Atualmente

esses recursos vão para o Banco Nacio-

nal de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES).

Comissão especial: relator desistiu

de remanejar recursos do BNDES após

críticas de congressistas e da equipe e-

conômica de que mudança de destina-

ção não melhoraria as contas públicas.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: tema retirado.

Tributo para bancos

Proposta do governo: PEC não a-

bordava assunto.

Primeira versão do relatório: elevar

de 15% para 20% a Contribuição So-

cial sobre o Lucro Líquido (CSLL) das

instituições financeiras, retomando a a-

líquota que vigorou de 2016 a 2018.

Segunda versão do relatório: retira-

da da B3 (antiga Bolsa de Valores de

São Paulo) do aumento da tributação,

elevação de 15% para 17% da alíquota

para cooperativas de crédito.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: relator restringe aumento a bancos

médios e grandes. As demais institui-

ções financeiras continuarão a pagar

15% de CSLL. Mudança deve render

em torno de R$ 50 bilhões em dez anos.

Fim de isenção para exportadores

rurais

Proposta do governo: PEC não a-

bordava assunto.

Texto-base: fim da isenção da con-

tribuição previdenciária de 2,6% sobre

a comercialização da produção agrícola

de exportadores rurais. Mudança ren-

deria R$ 83,9 bilhões em uma década.

Comissão especial: aprovado desta-

que para manter o benefício fiscal. Des-

taque também retirou trava que impedia

o perdão da dívida do Funrural, contri-

buição paga pelo produtor rural para a-

judar a custear a aposentadoria dos tra-

balhadores. Proposta aprovada em pri-

meiro turno: tema retirado.

AGENCIA BRASIL

Norminha, 18/07/2019

Muito comum este questionamento

chegar à banca de um Advogado tra-

balhista:

- Doutor, estava trabalhando, diri-

gindo um caminhão, e fui multado. Eu

nem percebi que havia sido multado.

Agora a multa chegou, e a empresa des-

contou o valor diretamente do meu sa-

lário. Isto está correto?

Pois é.

A multa já estava aplicada. Havia um

débito a ser pago. O empregado nega-

va-se a pagar. Por outro lado, o empre-

gador também se eximia do débito. O

jeito encontrado foi buscar as vias ju-

diciais para resolver a lide, tendo em

vista que o problema já estava insta-

lado.

Pois bem.

A Quarta Turma do TRT-RS, Tribu-

nal Regional do Trabalho do Rio Grande

do Sul, ao avaliar um caso específico

com estas características, entendeu que

é do empregado o dever de pagar a

multa aplicada pelo órgão de trânsito,

podendo, muito bem, tal desconto ser

efetivado diretamente do salário do em-

pregado.

Em interessante matéria constante

no sítio do TRT-RS, a notícia evidencia

que:

A 4ª Turma do Tribunal Regional do

trabalho da 4ª Região (TRT-RS) negou

a um motorista de carreta a devolução

de valores descontados em seu salário

por conta de multas de trânsito.

A decisão confirmou, neste aspecto,

sentença da juíza da 4ª Vara do Traba-

lho de Canoas, Aline Veiga Borges. Os

magistrados entenderam que multas

por infração das leis de trânsito consti-

tuem penalidade de responsabilidade

pessoal do empregado condutor do veí-

culo, não podendo ser imputadas à em-

pregadora - no caso, uma transportado-

ra.

O relator do acórdão, desembarga-

dor George Achutti, reforçou que o pro-

fissional motorista tem o dever de cum-

prir com a legislação de trânsito ou res-

ponder pelas multas, em caso de in-

fração. “As multas por infração às leis

de trânsito constituem penalidade, sen-

do responsabilidade pessoal e exclusi-

va do condutor do veículo, no caso, o

autor, não podendo ser imputadas à re-

clamada. O desconto correspondente às

multas aplicadas, ainda que as infra-

ções tenham ocorrido quando o empre-

gado estava a serviço do empregador,

não viola a intangibilidade salarial”,

destacou o magistrado.

Achutti ressaltou também que na

primeira fase do processo o autor se-

quer negou que tinha cometido as in-

frações que resultaram nas multas e

tampouco mencionou sobre a ausência

de apuração de sua responsabilidade

ou se era ele próprio que estava con-

duzindo o veículo. “Considero legíti-

mos os descontos em questão, por se-

rem correspondentes aos prejuízos cau-

sados pelo autor à empresa, corres-

pondentes ao valor das multas por in-

frações de trânsito”, concluiu.

A decisão da Turma foi unânime.

Também participaram do julgamento os

desembargadores André Reverbel Fer-

nandes e Ana Luiza Heineck Kruse. N

Fátima Burégio

Especialista em Processo Civil,

Responsabilidade Civil e Contratos

[email protected]

Previdência: confira principais pontos

aprovados em primeiro turno – Continuação

da página acima 08/12.

Primeira versão do relatório: reda-

ção abriu brecha para exclusão de con-

tribuições “prejudiciais ao cálculo do

benefício”, que poderia anular toda a e-

conomia com a reforma da Previdência.

Segunda versão do relatório: reda-

ção mais clara para retirar brecha e re-

tomar a fórmula original proposta pelo

governo.

Comissão especial: inclusão de pa-

rágrafo no Artigo 27 para eliminar falha

que faria trabalhador que tenha contri-

buído por mais de 20 anos, porém com

salário menor a partir do 21º ano, con-

quistar aposentadoria menor do que se-

gurado que tenha contribuído por ape-

nas 20 anos.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: valor da aposentadoria de mulheres

da iniciativa privada começará a subir

dois pontos percentuais por ano que

exceder 15 anos de contribuição. Apo-

sentadoria de homens só começará a

subir depois de 20 anos de contribui-

ção. Mudança permite a mulheres rece-

ber aposentadoria de 100% do salário

médio com 35 anos de contribuição,

cinco anos antes dos homens.

Reajuste de benefícios

Proposta do governo: eliminava ter-

cho da Constituição que preservava a

reposição das perdas da inflação.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: manutenção do reajuste dos bene-

fícios pela inflação.

Contagem de tempo

Proposta do governo: PEC não

abor-dava assunto.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: parágrafo que impede a contagem

de tempo sem o pagamento das contri-

buições. Recentemente, o Tribunal de

Contas da União (TCU) decidiu que os

juízes podem considerar, no tempo de

contribuição, os anos em que exerciam

a advocacia e não contribuíam para a

Previdência.

Estados e municípios

Proposta do governo: PEC valeria

automaticamente para servidores dos

estados e dos municípios, sem neces-

sidade de aprovação pelos Legislativos

locais.

Primeira versão do relatório: retirada

de estados e municípios da PEC, com a

possibilidade de reinclusão dos gover-

nos locais por meio de emenda na co-

missão especial ou no plenário da Câ-

mara.

Segunda versão do relatório: autori-

zação para que estados e municípios

aumentassem temporariamente a alí-

quota de contribuição dos servidores

para cobrir o rombo nos regimes locais

de Previdência, sem a necessidade de

aprovação dos Legislativos locais.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: autorização retirada, todos os pon-

tos da reforma da Previdência precisa-

rão ser aprovados pelos Legislativos

locais para valerem nos estados e nos

municípios.

Incorporação de adicionais

Proposta do governo: PEC não abor-

dava assunto.

Proposta aprovada em primeiro tur-

no: extensão aos estados e municípios

da proibição de incorporar adicionais

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Como o 5W2H pode ajudar Profissionais de SST e Revendas

Mecanização x Autonomação x automatização

Na primeira Revolução Industrial, podemos observar as máquinas a vapor como os

pilares, já em um segundo momento a eletricidade foi responsável por gerar trans-

formações significativas. Em seguida, os computadores e o avanço da informática

ampliaram as capacidades dos sistemas. Atualmente, os avanços focados em auto-

mação industrial proporcionaram mudanças significativas no modo de produzir, na

atuação do profissional da área e na utilização e compartilhamento de informações.

A mecanização pode ser definida como sendo a utilização de máquinas em subs-

tituição ao trabalho humano ou de animais. A descoberta científica da força elástica

do vapor de água completamente a estrutura dos países onde ela ocorreu. Foi na

Inglaterra, por volta de 1760, que as primeiras máquinas movidas por tal energia

foram postas em funcionamento. As indústrias pioneiras na utilização dessa nova

forma de energia tiveram êxito na tecelagem, que ingressavam, imediatamente, na

era da produção em massa. Observam-se que as máquinas tinham a capacidade de

produção de até 20 vezes maior que as fornecidas pelos antigos métodos. Confir-

ma-se que o trabalho muscular fora, finalmente, substituído pelo trabalho das má-

quinas.

Posteriormente, energias muito mais poderosas foram postas a serviço do ho-

mem como motores à explosão e combustão interna que deram continuidade aos

desenvolvimentos industriais, criando oportunidade de aproveitamento do trabalho

cada vez mais intensamente.

Na mecanização, vemos a transferência de trabalho manual do homem para o

trabalho mecânico da máquina. Observa-se aqui a despreocupação formal no re-

passe das atividades cerebrais realizadas pelas pessoas para as máquinas, quando

as indústrias modernas prosperam pelo fato de, gradualmente, transferir o trabalho

que era feito por homens para as ferramentas e as máquinas. As máquinas, atual-

mente, manipulam as ferramentas que um dia foram operadas pelas mãos dos tra-

balhadores; a energia do ser humano foi substituída por energia elétrica ou geradas

por outras fontes.

As grandes dificuldades no período pós-mecanização foram relativas à questão

de confiabilidade da operação da máquina, devido à atenção necessária para a sua

operação. O trabalhador responsável pela operação da máquina tinha a responsa-

bilidade pela qualidade das peças produzidas, usando de sua subjetividade para

definir o julgamento se o processo de operação estava condizente com a especifi-

cação da operação.

No Japão, a separação do homem e da máquina iniciou em meados dos anos

20, devido a intensificação da mecanização e, com o aumento da confiabilidade das

máquinas, possibilitando o uso efetivo dos recursos humanos para operar de forma

simultânea várias máquinas.

O engenheiro Taiichi Ohno formulou o termo Autonomação como como a “auto-

mação com toque humano”, quando o termo Autonomação é definido por Shingo

como pré-automação, uma vez que somente a correção do problema é deixada a

cargo do operador.

A Autonomação agrega os valores da automação do processamento (operações

manuais) e de controle (operações mentais).

Em 1926, Toyoda Sakichi, desenvolve na Toyoda Têxtil, uma máquina de tear

auto-ativado, que parava o processo sempre que um fio do tear se rompesse ou

finalizasse o fio da trama. A partir desta inovação a operação da máquina dispensava

a atenção constante do operador durante o processo, viabilizando a supervisão si-

multânea de diversas máquinas, quebrando neste momento a lógica Taylorista de

“um homem/um posto/uma tarefa”.

Reconhecida por Ohno e Shingo, a Autonomação propõe a ideia principal da

possibilidade de um operador ter a condição de trabalhar em várias máquinas ao

mesmo tempo, sendo que o processo pode ser interrompido a qualquer momento

após a detecção de uma anomalia da finalização de um processo.

Del Harder, cunhou a palavra “Automação” por volta de 1946, em referência a

alguns dispositivos automáticos que a Ford Motor Company havia desenvolvido

para suas linhas de produção. Automatização pode ser definida como um desen-

volvimento posterior a mecanização onde um sistema em que os processos ope-

racionais em fábricas são controlados e executados por meio de dispositivos me-

cânicos ou eletrônicos, substituindo o trabalho humano.

A partir do desenvolvimento da microeletrônica nos anos 50 e da ascensão da

informática, foi possível que os processos de mecanização desenvolvidas pudes-

sem receber novos agregadores para o melhoramento dos processos de fabricação,

Continua na página abaixo: 11/12

Página 10/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 10/12

Ergonomia: antecipando problemas

Norminha, 18/07/2019

Projeto ergonômico na concepção de

postos de trabalho, de processos ou

mesmo de equipamentos evita doenças

e acidentes ocupacionais e contribui

para a produtividade da empresa

A oficialização da Ergonomia - do

grego ergon (trabalho) e nomos (re-

gras) - no Brasil já tem meio século.

Mas, na avaliação de prevencionistas,

ainda precisa avançar significativamen-

te quando o assunto é projeto, especial-

mente, de concepção de postos de tra-

balho, produtos e processos. Quase em

sua totalidade, os projetos ergonômi-

cos elaborados e implantados no País

estão voltados à correção de proble-

mas, ou seja, quando já estão evidentes

os sintomas, como doenças ocupacio-

nais, absenteísmo e a consequente

queda na produtividade dos trabalha-

dores e da empresa.

Ambos os tipos de projetos citados

são importantes e necessários quando

se visa ao máximo de conforto com o

máximo de desempenho, preceitos da

Ergonomia a serem respeitados. Espe-

cialistas concordam, no entanto, que

projetar na concepção em vez de para a

correção é o ideal do ponto de vista da

eficácia e da economia. Isso porque os

riscos serão evitados antes mesmo de

se originarem, o que impedirá doenças

e acidentes ocupacionais, assim como

gastos e prejuízos com adequações e

paradas na produção. Em outras pala-

vras: ação em vez de reação.

Outro ponto abordado nesta reporta-

gem diz respeito à existência de poucos

profissionais preparados para a elabo-

ração de projetos ergonômicos em ter-

ritório nacional e às lacunas na for-

mação profissional da área. Atualmen-

te, tanto os currículos de Ergonomia,

quanto o de outras profissões envol-

vidas direta ou indiretamente com o

tema, pouco ou nada dedicam-se a ele.

Confira a reportagem completa na

edição de julho da Revista Proteção.

N

Norminha, 18/07/2019

Produtividade é uma das características

mais cobiçadas por empresas e profis-

sionais no mercado moderno. A capaci-

dade de ser produtivo e gerar resultados

dentro de seu tempo hábil deixou de ser

um mero diferencial e se tornou um item

básico, necessário tanto no trabalho

quanto na vida pessoal.

Mas nem todo mundo é naturalmen-

te proativo a ponto de ter uma alta pro-

dutividade. Será que não haveria espaço

no mercado para o Profissional de SST

ou o distribuidor de EPIs que procras-

tina? Se você se enquadra num dos dois

casos, pode ficar calmo: a ferramenta

5W2H foi desenvolvida para te ajudar.

Saiba mais sobre ela!

O que significa 5W2H?

O termo 5W2H vem da língua in-

glesa e forma uma sigla que se refere a

cinco palavras com a letra W e duas pa-

lavras com a letra H. Cada uma delas faz

uma pergunta relevante cuja resposta

estimula o planejamento necessário pa-

ra determinada ação. Ao ser confrontada

com o seu significado, a pessoa relem-

bra 7 passos simples que devem ser a-

plicados em suas atividades diárias.

What: O quê? O que precisa ser feito?

Why: Por quê? Por que precisa ser

feito? Por que fazer?

Where: Onde? Onde fazer?

When: Quando? Quando precisa ser

feito? Quando deve estar pronto?

Who: Quem? Quem vai fazer?

How: Como? Como fazer?

How much: Quanto vai custar?

Como essas perguntas e respostas

podem ajudar?

Através de uma análise simples, a

ferramenta 5W2H permite que a pessoa

elimine rapidamente uma das maiores

barreiras para qualquer atividade, seja

particular ou profissional: a dúvida. As

dúvidas e incertezas sobre como agir

podem custar um tempo precioso, tor-

nando-o improdutivo. Muitas vezes, as

perguntas que afligem sequer têm res-

postas rápidas ou necessárias naquele

momento.

As perguntas propostas pelo método

5W2H são básicas, de fácil assimilação

e imprescindível para qualquer projeto.

Ao pensar racionalmente e fazer um

checklist daquilo com o que está lidan-

do e o que vai ser necessário para resol

ver, as primeiras dúvidas a respeito das

ações a serem tomadas serão sanadas e

o indivíduo ou equipe já sabe quais os

primeiros passos a serem dados.

E para que se torne um hábito, você

pode até mesmo elaborar uma planilha

com as sete questões. Muitas vezes, vi-

sualizá-las ajuda a respondê-las.

5W2H na Revenda de EPIs

Tempo é dinheiro, ditado antigo e

clichê, mas que ainda reflete a realida-

de. Se uma empresa desperdiça horas

ou mesmo minutos de trabalho, está

deixando de lucrar, de adiantar outros

projetos, de absorver novas demandas,

por isso o tic tac do relógio é tão pre-

cioso. E, como já foi dito, dúvidas com-

somem tempo. Além do mais, ruídos de

comunicação podem comprometer ain-

da mais os prazos a serem cumpridos.

Nesse contexto, a ferramenta 5W2H

é perfeita para ganhar tempo em um

mercado que simplesmente não para.

Na gestão de uma Equipe de Vendas ou

da Equipe de Compras ou mesmo na e-

xecução de uma tarefa individual, as

perguntas e respostas do método dão o

pontapé para o início das atividades

com todo o time ciente de sua posição

e papel naquele projeto.

A análise 5W2H foi concebida como

uma ferramenta administrativa justa-

mente por sua eficiência em gestão.

Mas atenção, é importante que o tiro

não saia pela culatra. Não deixe que o

método consuma o tempo que ele foi

feito para poupar. Se alguma das sete

perguntas não tiver resposta, pule ou

passe adiante. O fundamental é que o

básico da atividade seja esclarecido.

Quer um exemplo prático disso? Re-

úna as equipes de cada setor e peça pa-

ra que preencham juntos uma planilha

5W2H com as atividades diárias que

precisam desempenhar. Você verá que

para muitos funcionários suas obriga-

ções não estavam claras e é, por isso,

que muitas vezes uma atividade sim-

ples acaba sem execução.

5W2H para os Profissionais de SST

Se você é Profissional de Saúde e

Segurança do Trabalho deve estar se

perguntando como uma ferramenta de

gestão poderia auxiliar em suas ativida-

des! Um exemplo simples: no levanta-

mento de riscos e oportunidades.

Do mesmo modo como é possível

determinar quem irá realizar cada ativi-

dade de gestão, o Profissional de SST

pode determinar que atividades podem

gerar algum risco e como minimizá-lo,

incluindo o custo desse ação. Vamos ao

exemplo!

Durante uma vistoria, o Técnico de

Segurança do Trabalho percebe uma

fissura em um equipamento que neces-

sita de reparo, logo coloca as informa-

ções na planilha 5W2H:

- qual tipo de serviço a ser realizado;

- o motivo;

- onde e quando fazer o conserto;

- quem executará;

- que materiais utilizará; e

- o custo disso bem como a impor-

tância de comprar ou repor EPIs indis-

pensáveis ao trabalho como a Luva de

Raspa, por exemplo.

Assim, é possível criar um plano de

ação mais assertivo, potencializando as

oportunidades de crescimento da em-

presa. E, após a montagem desse pla-

no, a ferramenta pode ser utilizada no-

vamente para monitorar a execução das

medidas adotadas.

N

Fernando Zanelli

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Norminha, 18/07/2019

A Federação das Indústrias do Espírito

Santo (FINDES) e a Federação das In-

dústrias do Estado de Minas Gerais (FI

EMG) se movimentam com uma cam-

panha contra o Bloco K e o e-Social.

Para as federações, a implantação das

novas obrigações acessórias tributárias

e trabalhistas vai aumentar o custo das

empresas para atender exigências bu-

rocráticas da receita federal e órgãos de

fiscalização do trabalho, agravando o já

altíssimo “custo Brasil” para produzir.

Essas exigências são mais um entrave

para a retomada da economia brasileira.

“O Bloco K e o e-Social são mais um

movimento de aumento de custo indi-

reto para a economia e para o setor pro-

dutivo. Foi uma criação do Governo Fe-

deral do passado, que tinha um forte

viés intervencionista na economia, ao

contrário do Governo Federal que ele-

gemos agora. Estes instrumentos –

Bloco K e e-Social obrigam o setor pro-

dutivo a investir enormes recursos fi-

nanceiros em sistemas de ERP, tecno-

logia, a criar e contratar estrutura de

pessoal adicional para gerar informa-

ções que em nada agregam valor para o

consumidor final, só geram custo e vão

na contramão da luta pela competiti-

vidade da indústria brasileira. Pela sua

complexidade, ambos também aumen-

tam a insegurança jurídica de operar no

Brasil. O industrial precisa dedicar mais

tempo e energia na sua atividade fim e

não neste emaranhado burocrático cria-

do pelo Governo Federal do passado.

Temos forte expectativa que o Governo

Federal atual cancele ou no mínimo

simplifique profundamente estes ins-

trumentos e estaremos juntos neste tra-

balho”, argumenta o Presidente da FIN-

DES, Léo de Castro.

Com as novas práticas o governo

transfere para o empresário o ônus de

organizar informações que ele já recebe

de outros modos, e, com isso, dificulta

o ato de empreender. Segundo Léo,

Bloco K e e-Social não agregam em ab-

solutamente nada para o consumidor e

o cidadão. “Ambos vão na contramão

da competitividade que se busca para

as empresas. É muito recurso sendo jo-

gado fora pelas empresas para atender

a burocracia”.

A implantação do Bloco K exigirá das

Findes se posiciona contra Bloco K e e-Social

Unicamp inaugura

Laboratório de Inovação em

Biocombustíveis

Norminha, 18/07/2019

A Universidade Estadual de Campinas

(Unicamp) inaugurou, no último dia 05

de julho, o prédio do Laboratório de

Inovação em Biocombustíveis (LIB), lo-

calizado no Parque Científico e Tecno-

lógico da instituição de ensino. A sole-

nidade contou com a participação do

reitor da universidade, Marcelo Knobel.

Vista aérea do campus da Unicamp,

em Campinas (SP)

“A Unicamp é pioneira nas pesqui-

sas sobre biocombustíveis, com facul-

dades e institutos que atuam nessa área

de pesquisa. Ter um espaço dedicado a

isso pode fomentar mais pesquisas jun-

to às empresas e os nossos grupos de

pesquisa em biocombustíveis e que se-

rá muito importante para o desenvol-

vimento dessa área no País”, salientou.

A Agência de Inovação Inova Uni-

camp, responsável pelo Parque Cientí-

fico, também disponibilizou edital para

empresas interessadas em se instalar

nesse novo espaço, com projetos de

pesquisa e desenvolvimento (P&D). N

Fonte: Portal do Governo de São Paulo

Mecanização x Autonomação x automatização – Continuação da página 10/12

introduzindo assim os processos ditos mecanizados tornam-se a partir destas no-

vas tecnologias descobertas como processo com automação. A automação pode

ser definida como tecnologia preocupada com a aplicação da mecânica, eletrônica

e sistemas baseados em computadores para operar e controle nova produção.

As novas invenções e novas tecnologias possibilitam a evolução das máquinas

até então puramente mecanizada. Com esse avanço, as máquinas assumiram níveis

mais elevados de trabalho, diminuindo a ação humana e introduzindo vários níveis

de classificação de automação.

Câmbio automático: uma necessidade ergonômica para motoristas de veículos

pequenos, médios e grandes; principalmente ônibus e caminhões (uma realidade

atual).

Mecanização Autonomação Automação

Operador acompanha e

realiza parte do processo

O operador com controle restrito a

comandos. Operador de máquina

opera simultaneamente várias

máquinas

Controle realizado pela

máquina com

acompanhamento do

operador

Não existência de

preocupação formal no

repasse das atividades

cerebrais realizadas pelas

pessoas para as máquinas

Máquinas são providas de uma

função de cérebro humano, ou

seja, a capacidade de detectar

anormalidades de forma autônoma

Máquinas automatizadas

não estão dotadas de

cérebro humano

A responsabilidade pela

qualidade das peças

produzidas pela máquina é

do operador

Controle autônomo de qualidade,

defeitos e quantidades em um

processo. As causas dos defeitos

são investigados imediatamente, e

uma ação corretiva é implementada

O sistema calcula a ação

corretiva mais apropriada

Considerado um

componente dentro da

troca rápida de ferramenta

como forma de reduzir o

“Set Up” das máquinas

Produtos flexíveis, de baixo custo e

qualidade superior

Utilizada para completar a

integração do STP a partir

de uma operação

automatizada

Recursos são minimizados:

materiais e trabalhadores

Atividade meio para

melhorar a integração e a

flexibilização em um

processo produtivo

Comparativo entre três módulos diferenciados de avanços técnicos na produção

Jorge Gomes-Especialista em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Estudioso,

pesquisador e analista sobre o comportamento organizacional.

Página 11/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 11/12

Norminha, 18/07/2019

A tarde de 5 de novembro de 2015

jamais será esquecida pelos moradores

de Bento Rodrigues, subdistrito locali-

zado a 35 km do centro de Mariana

(MG). O local foi o mais atingido pelos

39 milhões de metros cúbicos de rejei-

tos vindos da barragem de Fundão da

mineradora Samarco. A tragédia deixou

um saldo de 19 mortos. A destruição

ambiental atingiu, além de Bento Rodri-

gues, as comunidades de Paracatu e

Gesteira e uma bacia hidrográfica que

chega a 230 municípios de Minas Ge-

rais e Espírito Santo.

A destruição causada pela lama re-

sultou, ainda, em centenas de desabri-

gados. A maioria espera uma solução

da Fundação Renova, entidade criada

para administrar todas as ações de re-

paração da tragédia. Seja por reassen-

tamento ou recuperação da proprie-

dade.

É o caso do Wilson dos Santos, de

73 anos, que perdeu casa, cabeças de

gado e plantações. Como a maioria dos

moradores locais.

Mais de três anos e oito meses após

a tragédia, ele e outros moradores a-

guardam uma solução. A entrega de

240 casas em Bento Rodrigues, prevista

para este ano, vai atrasar. Em Paracatu

e Gesteira, as obras ainda nem começa-

ram. A equipe da Agência Brasil visitou

a região e mostra como atingidos lutam

para recuperar a vida que levavam antes

da tragédia.

Acesse a reportagem completa aqui.

empresas o envio do livro Registro de

Controle da Produção e do Estoque. A

obrigatoriedade é parte do programa do

Sped Fiscal. “Todas as empresas in-

dustriais, até de outros setores como os

Supermercados, terão de informar de-

talhadamente todo o processo produti-

vo, como o estoque mensal de maté-

rias-primas, produtos acabados, produ-

tos em processo produtivo, perda pa-

drão, ordens de produção e o detalha-

mento dos insumos consumidos no

processo de fabricação. O nível de deta-

lhamento exigido pelo Bloco K repre-

senta potencial ameaça de violação de

fórmulas protegidas por segredo indus-

trial”, o presidente do Conselho Temáti-

co de Assuntos Tributários da FINDES,

Paulo Vieira.

Já no e-Social, a empresa deve in-

formar ao governo todas as informações

trabalhistas sobre os funcionários. Co-

mo e quando eles são admitidos, pro-

movidos, demitidos, entram em férias,

são afastados, entre outros dados. A

Findes acredita que a implantação do e-

Social vai na contramão das premissas

do Governo Federal de melhoria do am-

biente de negócios e aumento da produ-

tividade das empresas.

Para presidente do Conselho Temá-

tico das Relações de Trabalho da FIN

DES, Fernando Otávio Campos, o e-So-

cial gera riscos desnecessários às em-

presas e custos altíssimos de implanta-

ção, principalmente para micro e pe-

quenas empresas. “Os riscos de passi-

vos tributários não intencionais aos

quais as empresas de todos os portes

estão sujeitas com o e-Social são enor-

mes, uma vez que as informações pres-

tadas terão valor fiscal, não havendo to-

lerância para erros cadastrais”.

Léo de Castro alerta ainda para o fato

de que o sistema traz uma complexi-

dade de informações muito grande com

forte caráter punitivo. “Trata-se de um

processo complexo baseado em auto

declaração com grande probabilidade

de erro de preenchimento, que pode se

converter em multas para o setor indus-

trial”.

N

Clique aqui e leia matéria completa

Marcella Andrade

Assessora de Comunicação da Presidência

Sistema FINDES

Mariana, à espera da reconstrução

Page 12: Revista Digital Semanal MINISTÉRIO PORTAL Norminha ... · data-driven (guiado por dados), em fun dispositivo. Chamo a atenção ainda que, em meio ao debate ético, por todo o mun-do,

Este ano as discussões estão voltadas para a Reforma da Previdência, Trabalho

Mediado por Aplicativos, Negligência e Descaso com a Saúde e Segurança do

Trabalhador, Impasses na Saúde, Diversidade e Educação, aprofundando a

análise da crise que vivemos no mundo do trabalho

Congresso discute consequências da reorganização do trabalho na América Latina

No ES unidades do Sesi e do Senai

participam de simulados de emergência

A Simulação de Evacuação de Emergência

consiste em um treinamento que simula, de

forma realista, uma situação de risco, como

um incêndio.

Norminha, 18/07/2019

A segurança dos alunos, colaboradores

e parceiros é prioridade para o Sistema

Findes, por isso, todas as escolas do

Sesi e unidades do Senai no Espírito

Santo estão participando, pelo menos

duas vezes por ano, de treinamentos si-

mulados de emergência para abandono

de área. O objetivo é preparar a todos

em nossas unidades para que, em caso

de eventuais emergências, sigam pro-

cedimentos padronizados, de forma se-

gura e eficaz.

As unidades Sesi Araçás, Senai Vila

Velha, Sesi/Senai Cachoeiro, Sesi/Se-

nai São Mateus, Sesi Campo Grande,

Sesi Porto de Santana, Sesi Laranjeiras,

Sesi/Senai Civit, além do Edifício Fin-

des já participaram do simulado de a-

bandono de área este ano, conhecendo

melhor as rotas de fuga e os proce-

dimentos que devem ser adotados em

casos reais de emergência.

A Simulação de Evacuação de Emer-

gência consiste em um treinamento que

simula, de forma realista, uma situação

de risco, como um incêndio. A ação é

parte do Plano de Atendimento a Emer-

gência do SESMT do Sistema Findes,

que define os protocolos a serem se-

guidos em uma situação de risco no

local. A atividade deve fazer parte de

uma nova cultura de prevenção e con-

trole de situações de emergência, que

será implantada nas escolas do Espírito

Santo.

SISTEMA FINDES

Página 12/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 12/12

Norminha, 18/07/2019

O Congresso Internacional de Ciências

do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e

Saúde: acidentes, doenças e sofrimen-

tos do trabalho – de 26 a 30 de agosto,

em São Paulo -, terá como tema central

este ano os ataques e tentativas de des-

truição de direitos sociais que ocorrem

nos últimos anos de forma intensa e in-

discriminada em vários países da Amé-

rica Latina, e de forma particular e in-

cessante no Brasil. O evento acontece

desde 2012 e busca reunir pessoas,

compartilhar conhecimento e construir

laços entre grupos que atuam no mun-

do do trabalho.

A programação começa com a exibi-

ção de uma entrevista do ex-presidente

do Uruguai, José Mujica, feita pelo jor-

nalista Juca Kfouri exclusivamente para

o Congresso. Juca conversou com Pe-

pe, como o ex-presidente é carinhosa-

mente chamado, sobre o tema definido

para a abertura, “A defesa de nossas vi-

das exige um outro mundo e outros va-

lores”, com exclusividade para o Con-

gresso e irá acompanhar e comentar a

exibição na tarde do dia 26.

No mesmo dia, será discutido o ins-

tigante tema “O mundo do trabalho e

caminhos de luta pelo Direito: exis-

tem?”, com Jorge Luiz Souto Maior,

professor da Faculdade de Direito da

USP e desembargador da Justiça do

Trabalho, Magda Barros Biavaschi, de-

sembargadora aposentada e pesquisa-

dora do Centro de Estudos Sindicais e

Economia do Trabalho, Maximiliano

Nagl Garcez, presidente da Associação

Brasileira de Advogados e Advogadas

Sindicais, entre outros ainda não con-

firmados.

O programa prevê um dia inteiro, o

dia 27, dedicado ao projeto de destruí-

ção da Seguridade Social, em discus-

são no Congresso Nacional. De manhã,

a mesa “Seguridade Social e Saúde:

saúde é direito e todos e dever do Es-

tado. Interesses conflitantes”, terá a

participação de três grandes nomes da

Saúde Pública no Brasil - Ligia Bahia,

professora associada da Universidade

Federal do Rio de Janeiro, o ex-mi-

nistro da saúde Alexandre Padilha, atu-

almente deputado federal, e Gastão

Wagner, professor da Faculdade de Ci-

ências Médicas da Unicamp, que tam-

bém ocupou o cargo de Secretário Exe-

cutivo do Ministério da Saúde.

À tarde os economistas Eduardo

Moreira, ex-banqueiro de investimen-

tos, Paulo Kliass, especialista em polí-

ticas públicas e gestão governamental,

e Carlos Gabas, servidor de carreira e

ex-ministro da Previdência Social, ana-

lisam as propostas em discussão no

Congresso Nacional, na mesa “Seguri-

dade Social e Previdência Social: a re-

forma do governo não combate privi-

légios e sacrifica quase 100% da popu-

lação brasileira”.

As discussões se ampliam no dia

28, e abordam as consequências para a

população da proposta neoliberal na

mesa “Crimes ampliados: Samarco e

Vale, expressões dramáticas recentes

da ganância do capital e da falácia da

gestão como solução”, pela manhã,

com a participação da advogada Tchen-

na Maso, membro da coordenação do

Movimento dos Atingidos pelas Barra-

gens (MAB); e do engenheiro Mario

Parreiras de Faria, auditor fiscal do tra-

balho que participou das investigações

de 4 rompimentos de barragens no Bra-

sil.

À tarde, o cineasta Carlos Juliano

Barros, o Caju, autor do documentário

GIG – Uberização do Trabalho, exibido

na 8ª Mostra de Cinema Ecofalante

2019; Luci Praun, professora da Uni-

versidade Federal do ABC (Ufabc) que

pesquisa a reestruturação produtiva

provocada pela automação e o adoeci-

mento de trabalhadores; Ricardo Antu-

nes, professor da Unicamp e Rodrigo

Carelli, procurador do trabalho e pro-

fessor da Universidade Federal do Rio

de Janeiro, abordam as relações no tra-

balho gerenciado por aplicativos numa

roda de conversa sobre o tema “Ube-

rização no mundo do trabalho : reper-

cussões na vida das pessoas”.

A necessária visibilidade dos aci-

dentes, doenças e sofrimentos decor-

rentes do trabalho continua na pauta do

Congresso, este ano a partir de três a-

presentações na mesa “Acidentes, do-

enças e sofrimento no trabalho: visibili-

dade social. Experiências de Campinas

e São Bernardo do Campo”, no dia 30.

Uma delas será feita pelo procurador

Mário Antônio Gomes, da campanha “A

Dor Pode Te Marcar”, iniciativa da Pro-

curadoria da 15ª Região do MPT-Cam-

pinas, com o apoio da Prefeitura Muni-

cipal de Campinas e do Centro de Re-

ferência Regional em Saúde do Traba-

lhador. O objetivo da campanha é cha-

mar atenção para a saúde física e mental

do trabalhador, destacando a existência

de doenças motoras e transtornos men-

tais causados por atividades de trabalho

que podem acarretar marcas permanen-

tes na vida do trabalhador. Entre outras

ações, foi instalado o primeiro “Aciden-

tômetro do Trabalho” do país, que mos-

tra, em tempo real, os principais dados

sobre acidentes e doenças do trabalho.

A outra apresentação será feita por

Eliana Pintor, mestre em Psicologia da

Saúde, ex-coordenadora do Centro de

Referência em Saúde do Trabalhador de

São Bernardo do Campo e Interlocutora

de Saúde do Trabalhador no ABC pau-

lista pela Secretaria de Estado da Saúde

de São Paulo. Ela contará em detalhes

a experiência desenvolvida no municí-

pio de São Bernardo do Campo, com o

objetivo de dar visibilidade à violência

cotidiana dos ambientes de trabalho

que se traduzem em acidentes, doen-

ças, maus tratos de toda ordem pela

Frente Municipal de Prevenção e En-

frentamento da Violência no Trabalho,

formada por vários sindicatos, Pastoral

Operária, o Programa Cidade de Paz e

o Centro de Referência em Saúde do

Trabalhador de São Bernardo do Cam-

po.

A magistrada Delaíde Alves Miranda

Arantes, ministra do Tribunal Superior

do Trabalho, participa da mesa, com a

apresentação das ações e atividades

ligadas ao Trabalho Seguro - Programa

Nacional de Prevenção de Acidentes de

Trabalho, do qual é coordenadora e

que, desde 2012 se estruturou nacio-

nalmente, com a participação de gesto-

res nacionais, regionais e interinsti-

tucionais. De origem simples, Delaíde

trabalhou como doméstica e vendedora

de tratores para pagar a faculdade e

depois de formada, voltou-se para a ad-

vocacia trabalhista e se dedicou a in-

tensa militância nos movimentos so-

ciais. Como magistrada, levou essa ex-

periência para o Tribunal Superior do

Trabalho, cargo que ocupa desde mar-

ço de 2011 por indicação da OAB e no-

meação da ex-presidente Dilma Rous-

seff.

O evento inclui a busca por cami-

nhos de luta pela garantia dos direitos,

raízes da negligência e do descaso com

a vida, a segurança e a saúde de quem

produz as riquezas, a necessidade do

resgate da educação e da cidadania, e

ainda um debate sobre a diversidade

inerente à humanidade. Outros nomes

serão confirmados nos próximos dias.

O Congresso Internacional de Ciên-

cias do Trabalho, Meio Ambiente, Di-

reito e Saúde acontece desde 2012 co-

mo uma resposta às dificuldades de

mobilização e intercâmbio - de ideias e

forças - dos vários grupos envolvidos

no mundo do trabalho no Brasil e nos

demais países da América Latina. Volta-

do para a compreensão das transforma-

ções nas relações de trabalho em vir-

tude de mudanças tecnológicas que al-

teram a organização e a gestão do tra-

balho, procura discutir e propor avan-

ços no aprimoramento de políticas pú-

blicas de proteção de direitos sociais e

humanos, dentre os quais o direito ao

trabalho digno, ao meio ambiente e à

saúde.

SERVIÇO:

VI Congresso Internacional de Ciên-

cias do Trabalho, Meio Ambiente, Direi-

to e Saúde: acidentes, doenças e sofri-

mentos do trabalho

Promoção: Associação Brasileira de

Advogados e Advogadas Sindicais (A

BRAS), Departamento Intersindical de

Estudos e Pesquisas de Saúde (DIE

SAT), Departamento de Direito do Tra-

balho e da Seguridade Social da Facul-

dade de Direito da USP

Data: 26 a 30 de agosto de 2019

Local: Salão Nobre da Faculdade de

Direito da SP - Largo São Francisco, 95,

Centro. São Paulo/SP

Inscrições: CLIQUE AQUI

Mais informações:

SITE DO CONGRESSO N


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