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Page 1: Revista EmbalagemMarca 043 - Março 2003

Ano V • Nº 43 • Março 2003 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

KOPENHAGEN QUER CRIANÇAS FIÉIS • SOFTWARES PARA EMBALAGEM

Alternativas para uma apresentação melhor nos pontos-de-venda

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uando esta ediçãoestiver circulando, a

insanidade da guerra deve-rá estar nas manchetes detodos os jornais do mundo.Lamentamos, mas lembra-mos que, viradas as pági-nas que falam de coisasruins, o noticiário trata deoutros temas, às vezes atéamenos. Afinal, emboraseja acaciano, primáriomesmo, dizer isso, “a vidacontinua”.Tratemos, então, da guerraem nosso território, ondenão existem bombas-mãese outras maldades. Semcair no otimismo infunda-do, aqui falamos de emba-lagens, marcas, ações cria-tivas de marketing, univer-

so em que nossos leitoresvivem seu dia-a-dia.Entre os assuntos que lhespoderão ser úteis está, commaior destaque, a reporta-gem de capa, de autoria deGuilherme Kamio, sobre omercado de iogurtes e pro-dutos similares, como so-bremesas cremosas. Elaretrata a aposta dos princi-pais produtores no cresci-mento, ganhando merca-do, por paradoxal que pa-reça, nas faixas de consu-mo de menor renda. Portrás disso, como mostra areportagem, está o papelcrucial que as embalagenspodem desempenhar.A reportagem de LeandroHaberli sobre softwares de

desenvolvimento de em-balagens pode ser vistacomo um serviço e tam-bém como um lembreteaos profissionais do ramode que há muito mais fer-ramentas (ou “armas”, sepreferirem, para ficar noclima) à disposição de seutrabalho do que talvezimaginem. E, na Entrevis-ta do mês, Sérgio Haber-feld, um nome familiar nomundo da embalagem,hoje presidindo a CâmaraAmericana de Comércio,aponta alguns caminhospara o Brasil encarar as ne-gociações da Alca. Até abril.

Wilson Palhares

A guerra em nosso território

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Sem otimismoinfundado, falamosde embalagens,marcas e açõescriativas demarketing

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Bisnagas laminadas

N a condição de maior fornece-dora de bisnagas laminadas daAmérica Latina e com o intuito dedesmistificar o mercado brasileirode tubos laminados, a Cebal Brasilvem por meio desta esclarecer al-gumas informações contidas namatéria “Risonho Horizonte”, pu-blicada na edição nº 41 (janeiro de2003) de EMBALAGEMMARCA. Aocontrário do informado no sub-tí-tulo da reportagem (“Dixie-Toga eHuhtamaki se unem para fabricartubos dentais no Brasil”), ambasde uniram para produzir matérias-primas (filmes) para tubos lamina-dos. Vale lembrar que a Dixie-Toga já fabrica tubos no Brasil hámuito tempo, mas não seria corre-to afirmar que domina o mercadode tubos laminados no país. Essaempresa fornece filmes impressosem grandes quantidades, mas essaé apenas uma das etapas de produ-ção do tubo dental.Levando-se em conta o volume deprodução final de tubos, a Cebal ul-trapassa consideravelmente a pro-dução da Dixie-Toga, sendo lídernão apenas no mercado brasileiro,mas em toda América Latina.A reportagem informa que a Dixie-Toga fornece para a Unilever Bra-sil, mas o fato é que ela forneceu,em 2002, apenas um lote pontual.Por outro lado, com a única exce-ção acima destacada, a Cebal vemfornecendo, desde 1998, 100% dostubos laminados da Unilever Brasil.Gratos pelo direito de resposta epelo importante papel desempenha-do pela revista EMBALAGEMMARCA

Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533

Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por carta, e-

mail ou fax poderão ter trechos não es-

senciais eliminados, em função do es-

paço disponível, de modo a dar maior

número possível de oportunidades aos

leitores. As mensagens poderão tam-

bém ser inseridas no site da revista

(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA

no mercado editorial brasileiro. Fi-camos à disposição para maioresesclarecimentos, confiantes em queesta réplica será publicada na próxi-ma edição da revista.

Armando FarhateGerente de Marketing e Vendas

Cebal Brasil Ltda.São Paulo, SP

Almanaque Especial

A cabo de receber o exemplar doAlmanaque EMBALAGEMMARCA econfesso que fiquei encantado.Como publicitário entendo ser umtrabalho digno de consultas. Comoconsumidor, acho uma tremendacurtição. É legal ver embalagensde produtos que nos acompanha-ram na nossa infância e adolescên-cia e que hoje ainda existem, ousimplesmente desapareceram. Pa-rabéns pelo belo trabalho. Quecom o número 1 venham os núme-ros 2, o 3, o 4…Muito obrigado mesmo. Abraços,

Samuel de Leonardo Planejamento

TC3 ComunicaçãoSão Paulo, SP

N ão poderia deixar de cumpri-mentá-los pelo ALMANAQUE EMBA-LAGEMMARCA. Simplesmente ma-vilhoso. Além de me fazer voltar notempo, é muito rica em informa-ções. Parabéns.

Walkiria CastroGerente de marketing

Novelprint Sistemas de Etiquetagem Ltda.

São Paulo, SP

R ecebi o Almanaque EMBALA-GEMMARCA. Gostaria parabenizá-los por esse ótimo trabalho e tam-bém pela reportagem de capa de Ja-neiro. O Almanaque fez tanto su-cesso que eu até gostaria de pedirmais um!!!

Ariane Steck SantosOptima do Brasil Máquinas

de Embalagem Ltda.Vinhedo, SP

Mercado de café

L endo o artigo sobre café da edi-ção de janeiro de 2003, ficamossurpresos em ver uma embalagem avácuo do Café do Ponto Aralto daempresa Sara Lee sendo que aBosch, fonecedora destas máquinase hoje líder neste segmento no Bra-sil, não tenha sido sequer mencio-nada. Achamos louvável a iniciati-va, uma vez que difunde a embala-gem a vácuo. No entanto, fica aquiregistrado nosso desapontamentocom o ocorrido.

Fabio PozziRobert Bosch Ltda.

Tecnologia de EmbalagemSão Paulo, SP

M uito obrigado pelo destaqueque nos foi dado na belíssima re-portagem sobre o mercado de café(EMBALAGEMMARCA nº 41, janeirode 2003). Vocês conseguiram cap-tar com perfeição a essência das no-vidades e dos caminhos que as em-presas nele trilham. Aliás, vocês es-tão se superando a cada edição.Sensacional! É o melhor adjetivoque encontro para definir a revistaEMBALAGEMMARCA.Ela é bem escrita, sempre com ex-celente conteúdo e muito diferen-ciada em relação à concorrência.Parabéns!

Sergio H. AngelucciDiretor Comercial

Embalagens Flexíveis DiademaDiadema, SP

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ENTREVISTA:SERGIO HABERFELDEx-presidente da Abre,presidente da Abief erecém-eleito presidenteda Câmara Americanade Comércio discuteriscos e oportunidadespara Brasil diante daaproximação da Alca

TAMPASAlcoa nacionaliza linhasde tampas de grandevalor agregado, numaresposta aos estímulosdo consumidor

CAPA: IOGURTESNum mercado com perspectivas de crescimento, pequenose grandes produtoresinvestem em apresen-tação para ganharemmaiores margens

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

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AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Wagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição7 500 exemplares

Filiada ao

Impressa em papel da Ripasa – 0800-113257Image Art 145 g/m2 (capa)

e Image Mate 115 g/m2 (miolo)

Impressão: Congraf – (11) 5563-3466

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

4 Cartas

A opinião, a sugestão e oscomentários dos leitores

34 Almanaque

Fatos e curiosidades do mundodas marcas e das embalagens

30 Display

Lançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagem

3 Editorial

A essência da edição do mêsnas palavras do editor

28 Panorama

Movimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

26 Painel gráfico

Novidades do setor, da criação aoacabamento de embalagens

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FO

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DE

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TU

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AG

março 2003

FOOD SERVICEApesar de boasiniciativas, indústria de embalagem ainda está longe de suprir cozinhas industriais com louvor

TECNOLOGIANovas opções e versõesde softwares dedicadoscontribuem com a cri-ação e a administraçãode linhas de acondi-cionamento

MAKING OFCom contribuição deembalagens diferen-ciadas, Kopenhagenespera crescer comlinha infantil de chocolates finos

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ecém-empossado na CâmaraAmericana de Comércio, aAmcham, o empresário Sér-gio Haberfeld tem como prio-ridade de sua gestão as nego-ciações para a Alca (Área de

Livre Comércio das Américas). Por tra-tar-se de um tema que deverá afetarmais a vida das empresas e dos cidadãosbrasileiros do que a própria guerra mo-vida contra o Iraque pelo país onde aAlca foi engendrada, o tema é aqui dis-cutido com certa profundidade.A entrevista com Haberfeld se valorizanão só pelo momento, mas também pelofato de ele ter lançado recentemente umlivro sobre o assunto (Alca – Riscos eOportunidades), por atuar na área deembalagem como presidente do conse-lho de administração da Dixie TogaS/A, uma das maiores empresas de em-balagem do continente, com unidadesde produção no país onde a idéia daAlca foi engendrada, os Estados Uni-dos; como presidente de uma entidadeligada ao setor, a Abief – AssociaçãoBrasileira das Indústrias de EmbalagensFlexíveis; e por dois mandatos comopresidente da Abre – Associação Brasi-leira de Embalagem, da qual se desligouhá menos de um ano.

Ao assumir a presidência da CâmaraAmericana de Comércio, o senhor disseque a prioridade número 1 da entidadeé a Alca. Pró ou contra?Nem a favor nem contra. A posição énegociar e conseguir o melhor possívelpara os dois lados. Numa boa negocia-ção, ambos têm a ganhar. O que não po-demos é ter medo e ficar de fora.

O Brasil não pode se dar ao luxo de fi-car fora da Alca. Mas os Estados Uni-dos, que são os maiores interessados eparecem ser os maiores beneficiadoscaso esse acordo se concretize, podemse dar ao luxo de não incluir o Brasil,como já chegaram a insinuar?

R

SÉRGIO HABERFELD,

presidente da Câmara

Americana de Comércio,

defende negociação dura

com os norte-americanos

no encaminhamento da

Alca, mas entende que o

Brasil não pode ficar de

fora do Acordo de Livre

Comércio das Américas.

E lembra que o Brasil

tem setores “extrema-

mente competitivos”

entrevista

CA

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I

“Não devemos temer a Alca”

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Eu não diria que são os maiores interes-sados. Existe interesse de muitos paísessul-americanos em que a Alca venha ase consolidar. Sai sem o Brasil? Nãoacredito. Sairá, sim, uma série de acor-dos bilaterais entre países. Se o Brasilnão faz parte de nenhum desses acordosbilaterais ou impede a negociação, ficade fora. Pior: fica de fora do maior paísimportador do mundo, que são os Esta-dos Unidos, com uma população de 220milhões de consumidores. O Brasil temuma população de 170 milhões de pes-soas, mas ninguém sabe ao certo quan-tos deles são de fato consumidores.Calcula-se entre 30 milhões a 50milhões. Segundo ponto impor-tante: a nossa vocação tem sidonegociar com países sul-ameri-canos e centro-americanos. Nomomento em que os americanosfazem acordos em separado comeles, nós perdemos grande partedo mercado. Portanto, é muitopior para o Brasil ficar de fora,mas precisa negociar duro.

O senhor acredita que a promes-sa de reciprocidade contida naabertura de lado a lado se efeti-vará mesmo?Partindo do princípio de que asreformas tributária e previden-ciária serão feitas, que algunsproblemas estruturais brasileirosserão solucionados nos próximos doisou três anos e que os juros baixarão,dando às empresas brasileiras condiçãode serem competitivas na área de inves-timentos, acredito que o Brasil estarápreparado para enfrentar americanos,europeus e asiáticos.

Que empresas ou setores brasileirostêm condições de concorrer de igualpara igual com empresas e setoresamericanos?O país tem vários setores extremamen-te competitivos, como o têxtil, o de pa-pel e o de petroquímica. São setoresque teriam condições se dessem a elesas mesmas armas que os americanos

têm. O que não podemos é entrar numaguerra, eles com a quinta geração de ar-mamento e nós com enxada e martelo.

E o resto? No geral o Brasil não é umpaís atrasado?Acho que é preciso se preparar. Sempredigo que um atleta não se prepara parauma olimpíada só treinando, mas tam-bém competindo. É preciso dar a elecondições para se preparar e para com-petir. Quem for lutar boxe com o Tysoncom luvas erradas, com peso errado ecom braços amarrados às costas não élutador, é cretino. Temos de ir para as

discussões da Alca tendo boascondições de defesa, da mesmaforma que os americanos e os eu-ropeus fazem. Isso tem de sermontado, com as reformas tribu-tárias, juros mais baixos, boascondições de transporte. E tem deser feito rápido.

Especificamente, como se situanesse quadro o setor de embala-gem, que é a seara da revista e daqual o senhor faz parte?O setor tem de ser dividido emvários. Não podemos pegar o se-tor de embalagem como um todo,porque aí cairemos na teoria do(falecido economista) RobertoCampos: “A cabeça está na gela-deira, os pés estão no fogão; na

média, a temperatura do corpo está óti-ma, só que o paciente está morto”. Parauma empresa se estabelecer, por exem-plo, exportando embalagens, precisa terno país importador uma estrutura de re-cebimento e de entrega, uma mini-ope-ração. Isso leva tempo, e cabe às em-presas brasileiras fazer como as de láfazem aqui. Acho que temos em muitoscasos condições iguais, que somoscompetitivos. Micro e pequenas empre-sas bem estruturadas, bem focadas, nãovão temer concorrência. A meu ver,quem vai ter mais problemas – já estãotendo – e não vai sobreviver no mundoatual a médio e longo prazo são as em-presas médias. Ou elas se transformam

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No setor deembalagens, microe pequenas empre-sas bem estrutu-

radas, bem focadas,não vão temer

concorrência. Quemvai ter problemas enão vai sobreviverno mundo atual a

médio e longo prazosão as empresas

médias

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Facas Especiais

A qualidade Cong

Rótulos Setor Farmacêutico

Setor

Alimentício

Estojos e Berços

Relevo Seco

Janela

Cortes Especiais

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raf ao seu alcance

Personal Care Promocionais

Laminação BOPP

Criatividade,

Qualidade,

Tecnologia,

Bons Preços

Atendimento Personalizado,

Chapado Ouro

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PIB do Paraguai é pequeno, que o paísdepende do Brasil, ou que o Uruguainão tem grande peso específico. Oamericano não sabe o que nós somos,para ele somos quatro. Acredito quefunciona muito melhor numa negocia-ção estar representando quatro do queestar sozinho. Para o Brasil seria muitobom que o Mercosul desse certo.

O Mercosul não poderá ser um elo defortalecimento regional, se se aproxi-mar mais dos países do Pacto Andino,embora estes tendam a aderir à Alca?Tenho grandes dúvidas sobre o Merco-

sul. Tenho viajado e conheçomuito esses países do Pacto Andi-no, que precisam dos EstadosUnidos para sobreviver. São mui-to diferentes do bloco formadopor Uruguai, Paraguai, Argentinae Brasil, no qual, a meu ver, a Bo-lívia poderia ingressar. Mas pensoque a fusão entre o roto e o que-brado é muito difícil de dar certo.Enquanto não se resolver o pro-blema Argentina, o problemaUruguai, o problema Paraguai e obrasileiro também, vai-se juntarrotos com falidos e não se vaiconseguir que trabalhem juntos.Quando tem gente passandofome, não se consegue unir a for-ça. O que se tem para unir é fome.Então qualquer migalha que se dêpara um, ele esquece os outros.

Ele quer a migalha dele e pronto.

A seu ver, um acordo com a União Eu-ropéia colocaria o Brasil, ou o Merco-sul, em condições melhores para nego-ciar com a Alca, como muitos acredi-tam? Ou traria para o bloco regionalos mesmos problemas e ameaças conti-dos na Alca, como tantos outros tam-bém prevêem?Temos de deixar uma coisa muito clara:a negociação com os europeus é tão di-fícil quanto com os americanos. Nãovamos conseguir nada diferente, masao mesmo tempo temos de negociarcom todos os lados. Tomemos os exem-plos do Chile e do México. Negociam e

em grandes empresas ou voltam a serpequenas empresas focadas. Paranichos de mercado é sempre no localque as coisas se decidem. Não vamosconquistar um nicho especial de estojospara perfumes sofisticados na França.Dificilmente uma empresa brasileiravai conseguir concorrer com uma firmafrancesa já localizada, já preparada. Oinverso também é verdade.

Em função da queda de barreiras re-sultante da efetivação da Alca, o paíspossivelmente passará a importar maisprodutos manufaturados. O setor deembalagens não poderá serameaçado pela chamada “de-manda derivada”, em que, com oproduto em si, já vem a embala-gem pronta?Não é questão de embalagem,mas de importações em geral. Asgrandes empresas brasileiras vãoter de se preparar para fazer par-te desse processo internacional.Já existem algumas concorrên-cias ganhas por empresas brasi-leiras que vão fornecer com ex-clusividade para toda a AméricaLatina. Caso a Alca se efetive, osprodutos dessas empresas serãofeitos no Brasil também para osEstados Unidos, o Canadá e oMéxico. Isso não é expectativanem wishful thinking. Já tem pro-jeto fechado nesse sentido. As in-dústrias de lata de alumínio estão mon-tando filiais em todos os países sul-americanos – por enquanto, pois aindanão têm condições de chegar ao Méxi-co. Mas posso adiantar que haverá algonessa direção também.

O Mercosul fortalecido não poderá darmais condições aos países integrantesde negociar em melhor posição com aAlca? Ou ambos os projetos são exclu-dentes? Sou a favor de o Mercosul negociarjunto. Acho que dá mais força. Queren-do ou não, o cidadão normal americanoe o europeu vêem quatro integrantes noMercosul. Não adianta explicar que o

Os europeussão melhores

diplomaticamentedo que os ameri-canos. Dão uma

colher de chá, e háquem pense que vaiser mais fácil nego-ciar com eles. Maisfácil é negociar comtodo mundo, porquenão vai ter colher de

chá nenhuma

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fazem acordo com todo o mundo, econseguem vantagens diversas em di-versos lugares para melhorar sua nego-ciação internacional. Não podemosdescartar a Europa, mas não podemosachar que a Europa vai ter pena de nós.Estamos longe demais para eles nostratarem como trataram Portugal, Espa-nha e estão tratando agora os países donorte da África. Os países europeus nãovão tratar a América Latina com privi-légios. Os europeus agem de maneiraum pouco diferente dos americanos.São melhores diplomaticamente, nãofalam na cara do interlocutor o quepensam. Eles dão uma colher dechá, e com isso há quem penseque vai ser mais fácil. Mais fácilé você negociar bem com todo omundo, porque não vai ter colherde chá nenhuma.

Uma questão que não é muitoabordada nas discussões sobre aAlca – e também nos acenos daUnião Européia para o Mercosul– é que estão na mesa propostasde acordos de supressão de direi-tos aduaneiros entre os paísessignatários. Mas os Estados Uni-dos e os países europeus desen-volvidos são useiros e vezeirosem estabelecer direitos nãoaduaneiros nas suas relações co-merciais. Por sua vez, paísesmais dependentes do ponto de vistaeconômico e financeiro, como o Brasil,têm menos peso específico para enfren-tá-los. Como melhorar essa relação?Primeiro, quando falamos em direitosaduaneiros não podemos pensar só emtaxa alfandegária. Temos de pensar emtudo que representa dificuldades paraenviar mercadorias para outro país eentrar nele, como cotas, fitossanitários,medidas e outras barreiras. Tudo issotem de ser e já está elencado. Cada umdesses itens tem de ser negociado espe-cificamente, porque do contrário leva-remos uma trombada que nem chegare-mos a ver o tamanho da catástrofe. Épreciso identificar as dificuldades deentrada em cada setor de cada país.

Aqui no Brasil, por exemplo, os ameri-canos querem, e com razão, proteçãoaos direitos autorais, proteção a mensa-gens enviadas por internet – enfim,tudo que não temos e eles querem. Es-tou inteiramente de acordo. Eles que fa-çam suas propostas. Nós temos de apre-sentar as contrapartidas. Isso é negocia-ção. O fato é que precisamos tomarmuito cuidado na discussão de barreirasde lado a lado, e isso já está bastanteclaro para nossos negociadores.

Os negociadores brasileiros estão pre-parados para enfrentar as negociações

da Alca?Na teoria, desde a gestão do Cel-so Lafer, são muito bem prepara-dos nesse setor. O que não estão ébem abastecidos de informaçõesde empresários e da participaçãoefetiva de vários setores da indús-tria e de serviços, principalmente.

Como a Câmara Americana deComércio pode ser útil no quadrode negociações com a Alca?Ela tem a grande vantagem, quenenhuma outra associação noBrasil tem, de ter uma ponte esta-belecida com empresas e com ogoverno dos Estados Unidos. Elaé reconhecida e tem muita credi-bilidade junto ao governo ameri-cano e junto à comunidade de

empresas americanas que estão nosEstados Unidos, e tem o mesmo acessoa essas empresas aqui no Brasil.Portanto, ela pode servir de ponte paraque as negociações caminhem e fazer ocontraponto que os mexicanos fizeramtão bem na Nafta dentro dos EstadosUnidos.

Como é possível fazer parte? É precisoassociar-se?Participando das reuniões, entendendoo que é, tendo participação efetiva. Nóstemos na Câmara comitês de negoci-ação para sete setores. Não é precisoser associado para participar. Quemquiser pode participar dos comitês dediscussão.

Quandofalamos em direitos

alfandegários não podemos

pensar só em taxaalfandegária.

Temos de pensarem tudo querepresenta

dificuldades paraenviar mercadoriaspara outro país e

entrar nele

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ue o consumidor final aparen-temente não perceba certosavanços tecnológicos contidosem componentes de embala-

gens dos produtos que usa é compreensível.A indústria usuária e os distribuidores des-ses recipientes incrementados normalmentenão alardeiam as vantagens agregadas aosprodutos pela tecnologia, concentrandoseus esforços mercadológicos no fortaleci-mento das marcas e do aumento das vendas.Mas não convém às empresas fiarem-senessa suposta ignorância.

Seria o caso de pensar se, ao deixarempassar em brancas nuvens a importânciados atributos tecnológicos das embalagens,elas não estão desprezando argumentos ca-pazes de contribuir para o alcance mais rá-pido daqueles dois objetivos. Tome-se oexemplo dos sistemas de fechamento, so-bretudo de águas minerais, sucos e chásprontos para beber, refrigerantes e isotôni-cos, nos quais a percepção de benefícios pa-rece ser mais evidente. Por que estaria sedisseminando nessas categorias de produtosa utilização de tampas de tecnologia avan-çada, apesar de em tese terem custos maiselevados que as convencionais e, pior,numa fase em que o poder de compra dobrasileiro vem caindo seguidamente?

Apoiada no diferencial competitivo quea boa vedação pode significar para o consu-midor, a Alcoa, líder no fornecimento de

tampas

Q

Ele sempre sabe

tampas plásticas para bebidas no Brasil, estáinvestindo para produzir, ainda neste pri-meiro semestre, dois produtos seus já emuso no país, porém até agora importadosdos Estados Unidos. São a tampa Sport Lok28mm (já adotada nas garrafas “esportivas”de água mineral Crystal e Petrópolis) e atampa 38mm, nas versões Extra Lok (paraenchimento a quente, com variação para en-chimento a frio) e Double Lok. Esta, queainda não é usada no Brasil, já é vendida noChile, para aplicação em garrafas de PETretornáveis de Coca-Cola de 2,5 litros.

Selantes e paredes duplasSérgio Nascimento, gerente comercial

(Tampas) da Alcoa América Latina, apontadiferenças das duas tampas em comparaçãocom as demais disponíveis no mercado bra-sileiro. Aplicável em qualquer rosca de28mm, a Sport Lok já vem, por exemplo,com um anel-lacre dotado de aletas (winglocks) que permite substituir os selos de in-dução de alumínio. Estes normalmente sãoutilizados como garantia antiviolação nasgarrafas de água mineral com tampas dota-das de válvula que o consumidor pode abrire fechar com os lábios, sem usar as mãos.

Além disso, vem com sobretampa de se-gurança, fabricada com o mesmo princípiodo anel de lacração. “Com isso, dispensa-seo lacre termoencolhido”, diz Nascimento.

Mesmo sem alarde consumidor percebe benefícios das embalagens

AAA(11)www.

BBB(11)www.

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Sport Lok 28mm:paredes duplas,anel-lacrecom aletas esobretampa comanel de lacração

Extra Lok e DoubleLok 38mm: comliner, com e semdiscos vedantes ecom dupla trava

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Para completar, a válvula é fabricada comparede dupla, de modo a eliminar o risco dedesprender-se e eventualmente ser engolidapelo consumidor no ato de abertura.

A Extra Lok 38mm, destinada em suaprincipal versão a garrafas de bebida paraenchimento a quente, oferece como princi-pal benefício um liner vedante interno deEVA resistente a altas temperaturas. Comele, podem ser substituídos os selos de ve-dação convencionais, um componente caro.Duas marcas de peso que usam essa tampa:Lipton Ice Tea e isotônico Marathon. Paraenchimento a frio, em garrafas com acaba-mento da boca menos espesso que as de en-chimento a quente, a tampa tem uma versãosem vedante. Está nas garrafas de PET dosuco de laranja Skinka, da Schincariol.

Quanto à Double Lok 38mm, assimchamada por ter dupla trava de fechamento,destina-se a bebidas carbonatadas ou paraenchimento a quente, sendo fabricada nacélula de produção da Alcoa no Brasil, lo-calizada em Barueri (SP) para atender ospaíses da América do Sul. A eficácia desse

dispositivo que, de acordo com Nascimen-to, duplica a segurança da trava deriva daexistência de um ponto – literalmente – dereforço sob as aletas (wing lock), impedin-do que dobrem e, assim, cumpram plena-mente sua função. Esse modelo é fornecidocom um disco vedante, também de EVA,estampado separadamente e depois aderidoao fundo da tampa. A principal vantagemdesse recurso é a facilidade de substituiçãodo vedante por algum liner com outra pro-priedade, como seqüestrador de oxigênio.

Sem dúvida deve ser difícil transmitiraos consumidores o enorme volume de in-formação contido por trás de tampas, rótu-los, selos de segurança, barreiras e até aspropriedades defensivas intrínsecas dosmateriais de embalagem. No entanto, comodemonstram crescentemente diferentespesquisas a respeito de como o consumidorpercebe as embalagens, ele está cada vezmais exigente em relação ao que lhe é ofe-recido. Em outras palavras, de uma formaou de outra o consumidor acaba sempre sa-bendo das coisas.

Alcoa(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

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sperança é um elemento que,ultimamente, tem marcadopresença na pauta de decisõesdos produtores de iogurtes e

produtos lácteos frescos similares, como assobremesas cremosas. Que se esclareça: arazão não tem ligação com a política dopresidente recém-empossado e com seuslogan eleitoral. O motivo é bem mais sim-ples. Ainda que o chamado setor de PLFstenha experimentado um salto em vendascom o Plano Real, e que bons registros decrescimento tenham se mantido nos últi-mos dois anos, apesar das turbulências eco-nômicas, o brasileiro ainda consome um

reportagem de capa

E

Por um futuromais cremoso

volume pequeno desses produtos.Balizam essa constatação alguns exercí-

cios comparativos. De acordo com númerosdivulgados pelos principais fabricantes, oconsumo anual per capita de iogurtes noBrasil é de 4,1 quilos. Na França esse núme-ro chega a 33 quilos anuais e, na Holanda, a45 quilos anuais. Claro que o auspício dosgrandes produtores nacionais passa longe dechegar aos índices europeus. Em curto pra-zo, porém, deseja-se no mínimo uma apro-ximação do nível argentino, de 6 quilos porpessoa ao ano, o que já engordaria sensivel-mente o montante de 315 milhões de reaismovimentado no último ano pelo setor.

Iogurtes investem em apresentação para aumentar margensPor Guilherme Kamio

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O obstáculo que se impõe diante dessameta é um paradoxal aspecto do própriomercado. É sabido, através de pesquisas,que o principal entrave para o maior consu-mo de iogurtes e produtos lácteos em geralno Brasil tem sido o preço, com altas in-fluenciadas pela variação cambial e peloaumento no custo do leite. Todavia, osprincipais fabricantes – Danone, Nestlé,Parmalat e Batávia, que juntos detêm qua-se 80% do mercado – se vêem num becoem que apostar em popularização pareceser ilógico, uma vez que o lançamento deprodutos com maior valor agregado é o quevem revertendo em boas margens e segu-rando o crescimento das marcas regionais.Segundo a AC Nielsen, o share dos peque-nos no segmento saltou de 9% em 1999para 13,5% em 2002 (número referente aoacumulado até novembro de 2002 e queexclui leite fermentado).

Maior sofisticaçãoEssa maré do mercado vem garantindo àembalagem um cargo crucial. No lado dosprodutores de vulto, as apresentações dealta finesse têm sido armas para se diferen-ciar de maneira clara dos emergentes, incu-tindo uma percepção de maior qualidadeno consumidor. Tal busca por maior sofis-ticação não vem sendo paulatina, uma vezque os fabricantes regionais, além de van-tagens de distribuição local, têm cada vezmais à mão embalagens com qualidade quepouco ou nada deve à das grandes marcas.“Apesar de termos em iogurtes uma atua-ção assumidamente regional, não podemos

Copos pré-formadosde PP da Poly-Vac:solução mais nobreque bandejas, edisponível a grandesou pequenos

perder o bonde do mercado, no que se refe-re à embalagem, para brigarmos com aconcorrência”, diz Otto Camisassa Dornas,assessor de marketing da mineira Itambé,que concentra o poder de fogo de seus io-gurtes nas praças de Minas, Goiás, Rio deJaneiro e Brasília.

Para alegria das marcas menores, emgeral os provedores de embalagens estãoem sintonia com suas necessidades. Vemda Poly-Vac, tradicional fabricante de reci-pientes termoformados, um exemplo. A ba-lança do fornecimento de copos para iogur-te da empresa vem pendendo, nos últimosanos, para os produtores menores, o que,segundo o supervisor de marketing Benil-de Carneiro Lodi, reflete uma política es-tratégica de desconcentração de clientes.“Mesmo sendo menores, esses produtoresprezam bastante a qualidade da embala-gem”, ele confirma. As especialidades daPoly-Vac para iogurtes são os copos termo-formados de polipropileno, que podem serimpressos em até seis cores no sistema dedry offset.

Os produtos regionais também são con-templados até pela Huhtamaki, que afirmaser fornecedora exclusiva de gigantescomo Danone, Parmalat e Batávia e que re-clama a liderança nacional no fornecimen-to de embalagens para iogurtes e produtoslácteos – no caso, de cerca de 70% em cha-pas para formação de embalagens no oni-presente processo de form-fill-seal (a má-quina forma o recipiente, dosa o produto eo sela), e perto de 30% no de copos pré-for-mados. Clientes menores não estão à mar-

Novos iogurtes lighte sobremesas cre-mosas da Danoneapostam em riquezagráfica, tanto nos lidscomo nos coposenvoltos por rótulosde papel da Alcan

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gem, diz Paulo Thomaz, diretor de marke-ting e vendas da Huhtamaki, pela flexibili-dade de fornecimento que a companhiapossui. “Em vez de comprar uma máquinaFFS, o cliente menor pode ter apenas umaenvasadora, pois nós lhe fornecemos ban-dejas já pré-formadas”, ele ilustra.

Para grandes produtoresNo outro extremo, a Huhtamaki tambémressalta suas cartas na manga para os gran-des produtores. Além dos copos de poli-propileno ou poliestireno decorados pordry offset em até oito cores, com exclusivasecagem de tinta em mandril, e de máqui-nas que seguem o conceito ultra-clean, permitindo um envase prati-camente asséptico, Thomazenfatiza o “fornecimento desoluções completas, da má-quina à matéria-prima”,como trunfo competitivo.

Trata-se, segundo ele,de uma premissa das solu-ções de alta tecnologia, paraas quais a Huhtamaki dedi-ca especial atenção. E não àtoa, já que as embalagensque transmitam grande ape-lo visual têm sido as solu-ções consentâneas para queos grandes produtores ven-

A escalada de consumo na últi-ma década e a busca por compe-titividade são fatores que vêmconcorrendo para o florescimen-to de acordos dinâmicos na ad-ministração em linhas de emba-lagem dos iogurtes para beber.Trata-se de um fenômeno quevem beneficiando especialmenteas garrafas plásticas.Exemplo providencial é o da Ba-távia, dona da marca Batavo. Aempresa pôde colocar no merca-do garrafas mais práticas ao con-sumidor a partir de uma parceriacom a Tetra Pak. Mais conhecidapelos negócios em embalagenscartonadas assépticas, a multina-cional sueca instalou sua primei-ra linha de produção de garrafasde polietileno na planta de Ca-rambeí (PR) da Batávia, em agos-to de 2001, num sistema in-hou-se denominado “parede a pare-de”. Com pequenas saliênciasem seu corpo, que garantem ummanuseio mais fácil pelo consu-midor, as garrafas, exclusivas,foram batizadas de Peg-Fácil. Ini-cialmente presentes nos iogurtesKissy, Light, Bio Fibras e Batido,os ergonômicos recipientes pas-saram também a ser utilizadospela controladora da Batávia, aParmalat, em seus iogurtes líqui-

dos Parmalat e Dietalat. “Nossasgarrafas já eram bem aceitas pe-los consumidores, mas não sedestacavam em relação à con-corrência”, diz Miriam Fukuoka,gerente de Produtos Refrigera-dos da Parmalat, em nota publi-cada na revista interna da TetraPak, a Tetra Magazine. “Hoje,elas têm um apelo diferenciadono ponto-de-venda.” Segundoela, os produtos vêm aumentan-do em vendas após a mudança.Posição semelhante à da Batáviafoi tomada pela Itambé, que tam-bém resolveu se aliar a um forne-cedor de garrafas plásticas – emseu caso, à multinacional portu-guesa Logoplaste – para sabo-rear os benefícios dos sistemasin-house. Seus iogurtes para be-ber Fruito e Fruito Light já po-dem ser vistos no varejo acondi-cionados nas novas garrafas. Obenefício óbvio, em ambos oscasos, é o ganho de vantagensem logística e armazenamento:os fabricantes podem aproveitaras áreas anteriormente usadaspara o estoque de recipientes eestancam os gastos com o trans-porte de garrafas vazias. “Pagarfrete para movimentar ar custavacaro”, conta Otto Dornas, asses-sor de marketing da Itambé.

Fim do transporte de ar

Cartonadas assépticasmarcam presença em

iogurtes para beber

Copos cartonados da Kentinha sãouma boa alternativa aos copos

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Ao lado, as garrafas da

Batávia na linha de embalagem

montada e administrada pelaTetra Pak; abaixo,as novas garrafasda Itambé, tambémobtidas in-house

através de umacordo da fábrica

mineira com aLogoplaste

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dam as suas meninas dos olhos, ou seja, aslinhas de iogurtes light e as que possuemapelos funcionais. São os nichos que maisvêm crescendo no país. Para se ter idéia,levantamentos da AC Nielsen mostramque, enquanto o mercado de lácteos comoum todo cresceu 25% em 2002, o de pro-dutos com perfil light evoluiu 45,7%.

Mercado dinâmicoO panorama sorridente a esses produtospremium, por conseguinte, vem inundan-do os balcões refrigerados com uma varie-dade de embalagens jamais vista. Dinami-zar o mercado, aliás, vem sendo táticausual de combate. A Danone, líder nessa“área nobre”, com 45,3% de participaçãoatravés de sua chancela Corpus, anuncioua intenção de lançar cinco novos saborespor trimestre neste ano. Entre as novida-des de início de ano estão os iogurtes Cor-

pus Salada de Fruta com Leite Condensa-do e Corpus Polpa de Manga e as sobre-mesas cremosas Danette Sundae e Danet-te Mousse.

Para esses nichos, de maior nobreza,não faltam alternativas em embalagempara ganhar distinção. A própria linha Da-none Corpus apresenta copos que, a des-peito de serem obtidos pelo “econômico”processo de FFS, incorporam rótulos depapel couché da Alcan com alto nível deimpressão em rotogravura – mesmo artifí-cio usado nos mousses Danette e em ou-tras marcas de produtos premium. Já a so-bremesa láctea fermentada Sofyl, da Ya-kult, se vale de copos cartonados para ga-nhar diferenciação. Tais recipientes, as-sim como seus selos de fechamento dealumínio (lids), são providos pela Ken-pack, ex-Kentinha.

Outro bom exemplo, que revela umatendência incipiente em copospara esse mercado, é visto nosMousses da Nestlé. Seus copos,ou melhor, taças, fogem dos ar-raigados termoformados: são fa-bricados a partir do processo deinjeção. “É um processo maiscustoso, mas que indubitavel-mente agrega maior valor aosprodutos”, afirma Thomaz, daHuhtamaki.

ACNielsen(11) 4613-7000www.acnielsen.com.br

Alcan(11) 4512-7000www.alcan.com.br

CBA(11) 3224-7000www.cia-brasileira-aluminio.com.br

Huhtamaki(11) 5504-3500www.huhtamaki.com.br

Kenpack(11) 4057-6000www.kenpack.com.br

Logoplaste(11) 3846-5311www.logoplaste.com

Poly-Vac(11) 5541-9988www.poly-vac.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

Mais magros, mais fortes e mais seguros

Itambé se esmera nodesign para se equipararaos grandes do segmento

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AMPLO DESIGN & MERCHANDISING

Uma das áreas que mais vêmevoluindo para o acondicionamentode iogurtes é a dos lids, os selosaluminizados de recipientes. “Parase ter idéia, há dez anos os lids parabandejas tinham gramatura de 119g/m2. O padrão atual é o de 50 g/m2”,conta Maria Inês Martins, gerente dedesenvolvimento de produtos da Al-can, atuante de peso dessa área.Um salto tecnológico, que resultouentre outros fatores na incorpora-ção de resinas, como o poliéster, àestrutura dos lids, fez com que essa

redução de 58% na gramatura nãogerasse perda de performance. Pelocontrário. “Hoje temos lids mais re-sistentes ao rasgo e mais fáceis deserem abertos pelo consumidor”,ilustra Maria Inês.“O bom é que estamos conseguindoresponder às exigências dosclientes em redução de material etambém de custos”, diz FábioAugusto Caveira, gerente de vendasda CBA, fornecedora de matéria-prima e de materiais semiconver-tidos para lids.

E as evoluções não páram. “Em 2003buscaremos reduzir ainda mais agramatura dos lids, visando a ga-nhos de 10% a 20%, e com incremen-tos em desempenho”, diz Maria Inês.

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pesar das constantes turbulên-cias, o Brasil ainda parece ser opaís das oportunidades. Visãoestratégica de negócios, mais

do que retórica a ser difundida nas salas doscursos de administração, é o requisito fun-damental para aproveitá-las. Para o merca-do de embalagens e para alguns de seusclientes, um imenso potencial inexploradoreside no canal food service – o fornecimen-to de mercadorias e serviços para restau-rantes e lanchonetes.

Ao menos essa é a opinião de EnzoDonna, da ECD Consultoria e especialistano assunto. “Nos Estados Unidos, de 47% a50% dos alimentos se destinam a refeiçõesfeitas fora de casa, enquanto no Brasil essenúmero é de cerca de 25%”, exemplificaDonna. Ele ressalta que o valor agregado nofood service é maior do que no varejo, poisnão há custos adicionais como verbas demarketing e “enxoval”.

Embalagens inadequadasTorna-se curioso, portanto, o fato de quepoucos na indústria de embalagens tenhamacordado para esse mercado promissor. “Osfabricantes de embalagens não têm feito alição de casa, não têm ido a campo estudaras necessidades desses importantes consu-midores”, alfineta Donna. “Há, hoje, umaqueixa generalizada no mercado com rela-ção às embalagens, que não são adequadaspara o segmento.” A regra para o setor temsido as embalagens institucionais, cujas di-ferenças fundamentais em relação às emba-lagens para o consumidor final são a capa-cidade maior e a menor preocupação comaspectos gráficos.

É bem verdade que não se pode genera-lizar. “Estamos desenvolvendo um trabalhoforte no segmento de food service, e já con-seguimos resultados interessantes”, dizDaisy Spaco, diretora de marketing da So-noco For-Plas. Desde meados do ano passa-

food service

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O barato sai carodo, a Sonoco fornece as embalagens dequeijo cheddar e de molhos feitos à base demaionese para a rede de lanchonetes McDo-nalds (veja abaixo), cuja grande vantagem éfuncionar como dosador. “Doses consisten-tes garantem não apenas a padronização doproduto, que sai sempre com as mesmas ca-racterísticas, mas permitem o controle maispreciso de custos, pois sabe-se exatamentequantas porções há em cada embalagem”,afirma Daisy.

Segundo a diretora de marketing da So-noco, o desafio não é fazer o que é “mais ba-rato” porque embalagens adequadas podemajudar a reduzir despesas. “Muita vezes,uma solução aparentemente mais cara podegerar ganhos no processo e diminuir custos,e é por isso que a embalagem deve ser vistade forma sistêmica, e não como um item in-dividual dentro do sistema.” Enzo Donnaconcorda com essa visão. “Cabe às empre-sas de embalagens mostrar que elas estãoagregando valor, não custos”, ele diz. “Nofinal, o barato pode sair caro.”

Embalagens adequadas para o food service podem reduzir custos

ECD Consultoria(11) 4788-4904

Sonoco For-Plas(11) 5097-2755www.sonoco.com

O corpo da embalagem é compostopor duas camadas de cartão recicladoenroladas em espiral, um liner internoà base de papel e polietileno que fun-ciona como barreira a gordura e umida-de e um rótulo de papel couché impres-so em uma cor. Para reduzir custos, foicriado um rótulo único para os quatrotipos de molho (a identificação é feitacom uma codificadora ink jet). A emba-lagem cilíndrica tem dimensões apro-priadas para os dispensadores de mo-lhos do McDonald's. A tampa de alumí-

nio, que vai recravada, possui umaabertura – coberta por um lacre

de alumínio – para encaixe dodispensador. A base plástica éum êmbolo, que é acionadopelo gatilho do aplicador. A Sonoco For-Plas diz estartrabalhando em projetos paramelhorias contínuas desta em-balagem, inclusive de redução

de custos, e está buscando no-vos mercados para ela.F

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ma idéia inovadora sempreserá a alma de uma boa emba-lagem, e muitas vezes não énecessário nada além de um lá-

pis e uma folha de papel para registrar o es-talo criativo. Mas para que uma nova em-balagem deixe o abstrato campo da con-cepção intelectual e comece de fato a ga-nhar vida, os designers, projetistas e de-mais profissionais da área têm à disposiçãoum número cada vez maior de ferramentastecnológicas.

Embora voltados em grande medida aodesenvolvimento de protótipos e mock-ups,os softwares oferecidos à cadeia de embala-gem podem ir muito além dessas funções.Cresce, por exemplo, a oferta de soluçõespara facilitar processos logísticos, com des-taque para softwares de paletização de mer-cadorias. Numa área bem distinta, surgemnovas soluções para facilitar a codificação ea impressão de dados variáveis nas embala-gens dos produtos.

Dada a profusão de aplicações, é difícilrelacionar todas as categorias disponíveis.Afinal, quem trabalha com desenvolvimen-to de embalagem pode utilizar, além dossoftwares específicos, grande parte das fer-ramentas normalmente usadas por birôsgráficos e profissionais de arte de uma ma-neira geral. Guiando-se pelo critério da no-vidade, EMBALAGEMMARCA destaca a se-

tecnologia

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Embalando bytes

guir alguns dos aplicativos oferecidos àsempresas de embalagem.

Prototipagem virtualFruto da fusão entre a Barco Graphics e aPurup-Eskofot, dois grupos europeus co-nhecidos nas áreas de pré-impressão e solu-ções digitais para a indústria gráfica, aEsko-Graphics acaba de trazer ao mercado anova versão do ArtiosCAD, definido pelacompanhia como a “nau-capitânia” da sualinha de aplicativos de computer aided pac-kaging. Ainda pouco difundido no Brasil, oproduto tem cerca de 700 usuários no mun-do, a maioria, empresas ligadas à área de pa-pel-cartão.

De acordo com executivos da Esko-Gra-phics, a atualização, que gerou a versão 5.0do ArtiosCAD, incorporou um novo módu-lo de prototipagem virtual. Segundo SuzieStizel, gerente de produto CAD da Esko-Graphics, o upgrade dinamizou a criação deanimações tridimensionais. “Agora o pro-grama trabalha com gráficos de alta resolu-ção, a partir de arquivos gerados em diferen-tes formatos, como Illustrator e PDF”, com-plementa a executiva.

Os documentos são salvos em arquivosVRML (Virtual Reality Model Language).“É um formato compacto, muito apropriadopara envio por e-mail”, prossegue a gerente

Surgem novas opções de softwares para a cadeia de embalagens

Documentos sãosalvos em arquivos

VRML na versão5.0 do ArtiosCAD

Meta é facilitar acomunicação entreagências e empre-sas usuárias deembalagem nonovo software daEsko-Graphics

Por Leandro Haberli

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Esko-Graphicswww.esko-graphics.com

Packnology(19) 3251-0689sites.uol.com.br/packnology

Techwork(11) 3365-3160www.techwork.com.br

da Esko-Graphics, afirmando que tal carac-terística facilita a comunicação entre asagências de criação e seus clientes. É possí-vel visualizar esse tipo de arquivo em qual-quer browser, bastando que o usuário faça odownload gratuito de um plug-in (disponí-vel no site www.web3d.org). “Acreditamosque a melhora das características tridimen-sionais irá abrir novos mercados para o Ar-tiosCAD, que hoje é muito empregado naárea de papel-cartão”, conclui a executiva.

Otimizando paletesAlém de elemento-chave no êxito comer-cial de um produto, a logística se tornou umdos itens mais custosos no preço final dasmercadorias que chegam às gôndolas. Paraotimizar operações de distribuição, surgi-ram nos Estados Unidos há mais de vinteanos os primeiros aplicativos de informáti-ca destinados à realização de cálculos depaletização. O conceito desse tipo de soft-ware permanece o mesmo até hoje: a partirda dimensão e da forma dos produtos, osprogramas fornecem várias opções de dis-posição da mercadoria sobre o palete.

Porém, desde que surgiram, tais solu-ções se tornaram muito mais precisas, for-necendo simulações tridimensionais signi-ficativamente fiéis. Uma das empresas pio-neiras no mercado de softwares de paletiza-ção é a americana Cape Systems, represen-tada no Brasil pela Packnology. Na últimaPack Expo, realizada em Chicago em outu-bro do ano passado, a empresa lançou a ver-são 2.02 do Cape Pack, um dos mais conhe-cidos softwares de paletização do mercado,com mais de 5 000 aplicações em todo omundo.

Segundo Ernani Paulino, diretor daPacknology, a última mudança seguiu atendência já deflagrada nas atualizações an-teriores, que “tornaram o produto mais efi-ciente, dotando-o de uma interface maisamigável.” Além de projetar o melhor ar-ranjo das mercadorias no palete, o progra-ma apresenta uma aperfeiçoada ferramentade cálculo da distribuição dos produtos nasembalagens secundárias.

“Na versão 2.02 também ficou mais fá-cil desenhar as formas das embalagens”, dizPaulino. Outra novidade, lembra ele, é o

módulo que calcula a resistência necessáriadas paredes de papelão ondulado usadasnas caixas de transporte, levando em contafatores como umidade relativa, tempo deestocagem, distâncias a serem percorridas epeso da mercadoria. O produto é capaz ain-da de gerar relatórios em português, ofere-cendo interações com aplicativos de textose de planilhas, por exemplo.

Dados variáveisApesar das previsões de que os códigos debarras serão substituídos por outras tecnolo-gias de identificação de produtos, como eti-quetas adesivas dotadas de microchips,também chamadas de etiquetas inteligentes(smart tags), o mercado de softwares para aimpressão de dados variáveis através datecnologia de barras está movimentado.Isso fica claro ante a atuação da Techwork,que distribui softwares para impressão decódigo de barras de marcas como LabelMatrix, Quick Draw, Bar Code Library eBack Track.

Recentemente a Techwork fechou umaparceria que deverá ampliar ainda mais seuportfólio de distribuição. O acordo foi feitocom a empresa Teklynx, e permitirá a ven-da dos softwares LabelView e Codesof. Se-gundo a Techwork, tal parceria a transfor-ma na fornecedora mais completa de soft-wares para impressão de código de barrasdo Brasil, além de reforçar sua atuação comintegração de sistemas, consultorias e pro-jetos de implementação, treinamento, su-porte e manutenção.

Atualização do soft-ware de paletizaçãoda Cape Systems foilançada na últimaPack Expo

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público infantil sempre consti-tuiu um filão de ouro para a in-dústria de chocolates. Fortescampanhas de marke-

ting direcionadas às crianças deramao longo dos anos o tom na estraté-gia dos grandes fabricantes, para te-mor de pais receosos quanto a cáries,acnes, obesidade, hiperatividade eoutros problemas às vezes relaciona-dos ao consumo desse tipo de ali-mento. Porém, a importância dascrianças parecia proporcional às suas esta-turas no seleto segmento de chocolates fi-nos – que, apesar de ter participação peque-na nas quase 350 000 toneladas de chocola-tes vendidas anualmente no Brasil, é donode apetitosa fatia dentro dos 2,35 bilhões dereais movimentados em 2001 no mercadobrasileiro de balas, confeitos e chocolates.

Talvez por saberem que seus produtostêm preços nada doces, condição que os co-

making of

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Fidelização mirimloca fora do orçamento de boa parte das me-sadas da garotada, as principais marcas dechocolates finos não demonstravam dedicar

ao público infantil a mesma atençãodevotada pelos fabricantes de choco-lates em geral. Mas isso é cada vezmais coisa do passado. Diferentes es-tudos demonstram que, se não forconsumido com apetite pantagruéli-co, o chocolate pode ser um alimen-to saudável na dieta das crianças. Aomesmo tempo, as marcas mais sofis-

ticadas apostam em diferenciação de seusprodutos, passando a investir em estreita co-municação com o público infantil.

É exatamente isso que demonstra a maisrecente cartada da Kopenhagen, empresaque se tornou sinônimo de chocolates sofis-ticados no Brasil. Com mais de 75 anos demercado e 140 lojas espalhadas pelo país, amarca lançou recentemente uma ampla li-nha voltada ao público infantil, a Kopenha-gen da Turminha, que conta com treze pro-dutos, diferenciados em formato, tamanho,sabor e embalagem. Não é a primeira inves-tida da companhia com vistas a conquistaros pequenos, mas é sem dúvida uma dasmais agressivas desde que a marca foi cria-da por David e Anna Kopenhagen, um ca-são letão que ajudou a introduzir no Brasil ogosto pelo marzipã e por outros doces típi-cos do Velho Mundo.

Ponto forte é a embalagem“A idéia é expandir nosso faturamento em20%”, conta Renata Moraes, diretora demarketing da Kopenhagen. Para isso, aempresa investiu 1 milhão de reais em pes-quisa, campanha, desenvolvimento de ma-teriais de ponto-de-venda e decoração delojas. Todavia, um dos pontos mais fortesda estratégia voltada aos consumidores mi-rins foi o desenvolvimento das embalagensda linha Kopenhagen da Turminha, proje-tadas para transformar-se em brinquedos

Investindo em embalagem, Kopenhagen acentua marketing infantil

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Personagens e brincadeiras infantismarcam presença no visual da linha, criado pelaBenchmark Design Total

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que resgatam passatempos pouco familia-res à geração nascida na era da internet:jogo da memória, jogo-da-velha, quebra-cabeça, dominó, bilboquê, entre outros.

“Esses elementos fazem parte do designdas embalagens, que foi desenvolvido parase integrar às brincadeiras e aos persona-gens concebidos para a linha”, diz a direto-ra da Kopenhagen. A agência responsávelpela tarefa foi a Benchmark Design Total,que seguiu a orientação de desenvolveruma espécie de programa de fidelidade mi-rim a partir das embalagens.

A proposta é fazer a criança associar-sea uma versão infantil de um clube de rela-cionamentos. Para isso, os produtos acom-panham uma carta de boas-vindas, um pas-saporte e uma cartela de auto-adesivos. Acada vez que o pequeno consumidor com-pra um item da linha infantil, recebe um ca-rimbo nas folhas do passaporte. Ao atingirdez marcações, a criança pode escolher umpresente.

Alternativas de acondicionamentoNa parte estrutural das embalagens, foram

usados três tipos de material: papel cartão,acetato e fibralata (ou multifolhada). Osdois últimos foram empregados nos dois ti-pos de tubos existentes, nos quais são acon-dicionados os confeitos e as drágeas, en-quanto o papel cartão foi utilizado para a

Benchmark Design Total(11) 3057-1222www.bench.com.br

Kopenhagen(11) 3055-1033www.kopenhagen.com.br

Mattavelli(11) 3342-2121www.mattavelli.com.br

elaboração dos cartuchos. Estes, feitos emvários tamanhos e formatos, acondicionamos diversos tipos de chocolates. Todas asembalagens foram produzidas pela gráficaMattavelli, que as imprimiu em off-set,com aplicações de recursos ultravioleta nostubos de acetato.

Parte dos itens que compõem a linhaKopenhagen da Turminha já era vendidaanteriormente, e sofreu adaptações paraconquistar o novo filão. É o caso da Lajoti-nha, que teve o tamanho reduzido, assimcomo as Pastilhas de Chocolate e as Pasti-lhas Dragê. Estas são acondicionadas nostubos, que podem ser usados após o consu-mo como porta-lápis. “Permitir a reutiliza-ção das embalagens também é uma formade fidelizar as crianças”, conclui RobertoLucchesi, gerente da gráfica Mattavelli.

Nas embalagensproduzidas pela

Mattavelli, grafismoslúdicos e cores

impactantes

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26 – EMBALAGEMMARCA • mar 2003

Sofisticação em novas texturasPensando nos mercadosde embalagens finas, cai-xas promocionais, folderse convites, a VSP PapéisEspeciais anunciou novi-dades em uma de suas li-nhas de produtos, a Ri-ves. Novas texturas foramdesenvolvidas pela ArjoWiggins, fabricante dosprodutos, para cada opçãode cor. Para o Bright Whi-te (branco), as gramaturasagora disponíveis são de120, 170, 250 e 350 g/m2.Já o Natural White (palha)

e o Pale Cream (creme)podem ser encontradosnas versões de 120, 170 e250g/m2. Outro produto dalinha é o Ice White, carac-terizado por “um tom péro-la de discreto brilho”, eque é vendido em duastexturas: RIVES Tradition(120, 170 e 250g/m2) eDesign (120 e 250g/m2).Os produtos podem seradquiridos em folhas intei-ras ou cortadas. VSP Papéis Especiais(11) 3071-0005

Resultados operacionais históricos em 2002A Klabin está comemorando a re-cém-divulgada performance de2002, quando a empresa obteveseu melhor resultado operacional. A receita bruta da companhia foide 3,163 bilhões de reais, cresci-mento de 14,6% em relação aoexercício anterior.“Tivemos recordes de produção em

praticamente todas as fábricas depapel”, diz o diretor-geral, MiguelSampol. “Também alcançamos au-mento das exportações, que nos permitiu solidificar nossa presençaem novos mercados”, acrescenta oexecutivo.Com destaque para os negócios fe-chados no mercado de embalagens,

o volume de vendas da empresa foielevado em 4%, ultrapassando amarca de 1,8 bilhão de toneladas,sem incluir a comercialização demadeira. Já o volume exportadocresceu 11% no ano passado, al-cançando 764 000 toneladas. www.klabin.com.br(11) 3046-5811

Lições de bons negócios em cartilha de armazenamentoA Cia Suzano de Papel e Celulose distribuirá a cerca de

30 000 papelarias do país a 2ª edição do Suport Report,

espécie de cartilha com informações voltadas a aumento

de lucratividade e giro de produtos. Depois de ter sido

focado em estratégia de disposição e aproveitamento de

espaço das lojas, o material agora versa sobre gerencia-

mento de armazenagem. Batizado de Manual Report de

Gestão de Estoques, o produto é ilustrado, e mostra

como otimizar a conservação das mercadorias em esto-

que. Para sugestões ou pedidos, a Suzano criou três ca-

nais de comunicação: o site www.reportonline.com.br, a

linha 0800 555100 e o e-mail [email protected].

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Atuante em vários países, a fornecedora argentina de rótulos Isamarestá chegando ao Brasil através de representação da Air Ways Co-mércio Internacional. Os principais produtos da empresa são rótu-los termoencolhíveis de PVC, sob a marca comercial Isasleeve, eos filmes poliolefínicos da família Bripack. De acordo com Ro-naldo Guilarducci, responsável pelo setor de vendas da AirWays, os filmes Bripack, multicamadas e resistentes a baixastemperaturas, são especialmente adequados para proteger e

embalar produtos como revistas, brinque-dos, cartuchos e packs promocionais. Porsua vez, os rótulos Isasleeve podem ter alta con-tração, amoldando-se a embalagens dos mais variados for-matos, e levam impressão interna em até nove cores em fle-xografia, “o que reverte em brilho constante e evita desgas-te por atrito, manuseio e intempéries”, garante Guilarducci.

(15) 211-8799 • www.fatorpack.com.br

28 – EMBALAGEMMARCA • mar 2003

PP em altaA Polibrasil (www.polibrasil.com.br)inaugura em 10 de março suanova fábrica de polipropileno emMauá (SP). Resultado de uminvestimento de US$ 217 milhões,ela produzirá 300 000 toneladasanuais de PP.

Maior escoamentoA divisão de embalagens daUnipac (www.unipac.com.br) e aDow AgroSciences, braço da DowQuímica, anunciaram uma parce-ria. No acordo, a Unipac ganhoumais um canal de escoamentopara embalagens de defensivosagrícolas que produz commatérias-primas da Dow Química.

O melhor anoA Klabin (www.klabin.com.br) al-cançou o seu melhor resultadooperacional em 2002, com R$ 651milhões, valor 37% superior aoapurado em 2001.

Em SampaA consultoria carioca Ana CoutoBranding & Design abre sua pri-meira filial, em São Paulo, emmarço, para melhor atender clien-tes locais como Ripasa, Gradientee Ultrapar. As três áreas da em-presa – Personalidade da Marca,Experiência do Consumidor e Ge-renciamento da Marca – serãocoordenadas pelo diretor de no-vos negócios Felipe Queen.

Pelo socialA AB Plast, produtora de embala-gens de PVC, PE e PET, acaba deser recomendada pela BVQI para acertificação SA 8000. Conhecidacomo lei de responsabilidade so-cial, a SA 8000 é recente e apenascerca de quinze empresas emtodo o Brasil possuem adequaçãoa ela. A AB Plast é a primeira com-panhia catarinense e a segundada região Sul a recebê-la.

Rótulos e filmes de hermanos no país

Da ilha para o Brasil inteiroFoi inaugurada em janeiro, no distritoindustrial do município de São José,região da grande Florianópolis (SC),a fábrica da C-Pack Creative Packa-ging. Oriunda de uma iniciativa suí-ço-brasileira, a C-Pack detém altatecnologia na produção de tubosplásticos (bisnagas) e tampas, comequipamentos totalmente automati-zados, de fabricação européia, paraos mais variados segmentos de mer-

cado. Segundo Luiz Gonzaga Coe-lho, presidente da empresa, haveráum sistema de entrega formatadocom operador logístico de ponta pararealizar entregas para as principaispraças do Brasil. “Contaremos tam-bém com armazém avançado naspraças de São Paulo e Rio de Janei-ro, buscando agilizar ainda mais asentregas dos lotes”, ele ressalta.(11) 5562-8671 • www.c-pack.com.br

Maior promoção e comunicaçãoA área de promoções está sendo con-

templada com mais um lançamento da

Novelprint, o Coupon Label, desenvolvi-

do para incrementar as ações de sor-

teios e descontos. Uma das vantagens é

que a etiqueta não interfere no design da

embalagem. “O consumidor pode desta-

car o cupom sem perder as informações

sobre o produto”, diz Walkiria Castro,

gerente de marketing da Novelprint. O

frontal da etiqueta possui picotes em

dois pontos que facilitam a retirada do

cupom. Já a parte posterior recebe uma

camada de BOPP fosco, que permite a

impressão e o preenchimento à mão

pelo cliente. A etiqueta pode ser impres-

sa em até 10 cores, frente e verso.

(11) 3768-4111 • www.novelprint.com.br

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mar 2003 • EMBALAGEMMARCA – 29

Barreira e economia unidasApostando no potencialbrasileiro para soluçõesnobres em embalagens fle-xíveis, a Alusa está trazen-do, ao mercado nacional,soluções recentes que vêmlhe rendendo sucesso nosmercados argentino e chi-leno. Na área de stand-uppouches, a empresa buscadifundir o apelo do sistemapara atomatados atravésde uma estrutura tri-lami-nada especial, que permiteo envase a temperaturas

de até 90º C e garante bar-reira para uma shelf life deaté um ano. Sistema simi-lar pode ser aplicado emsachês, como os utilizadospela empresa Watt’s para oenvase de polpa de fruta.“A solução mantém as ca-racterísticas naturais doproduto e é atrativa econo-micamente”, afirma MárciaSato, do escritório regionalda Alusa no Brasil.

(11) 5093-6511www.alusa.cl

Braskem comemora duas grandes operações comerciaisDuas operações comerciaisde vulto foram concretizadaspela Braskem em fevereiro,na mesma semana, totali-zando no conjunto um valorda ordem de R$ 730 mi-lhões. Primeiro, a petroquí-

mica assinou um contrato deR$ 300 milhões com a RioPolímeros, para lhe fornecerpolietileno de alta densidade(PEAD) e polietileno de bai-xa densidade linear (PEBDL)para a utilização em ativida-

des de pré-marketing juntoao mercado. O outro con-trato, com duração de trêsanos e no valor de R$ 430milhões, foi fechado com aRhodia-ster, para forneci-mento de paraxileno, inter-

mediário químico usado nafabricação de resina PET.Com essa parceria, a Bras-kem torna-se a maior forne-cedora de paraxileno daRhodia-ster no Brasil.www.braskem.com.br

Comemorando 45 anos,

o Zoológico de São Pau-

lo está promovendo, jun-

to com a Alcan, uma

campanha para incenti-

var a reciclagem e a pre-

servação do ambiente.

Nela, a Alcan, através de

seu projeto Ecolata, doa-

rá 100 conjuntos com

quatro coletores de ma-

teriais – latas de alumí-

nio, papéis, plástico e

orgânicos – e distribuirá

50 placas de alumínio

com mensagens sobre

reciclagem em todo o

perímetro do parque. A

empresa também criou

uma ação especial para

envolver os visitantes na

causa. Durante três me-

ses (de 11 de março a 06

de junho), os maiores de

sete anos poderão parti-

cipar de um concurso

cultural que possui o

slogan “A lata de alumí-

nio é o bicho, quem reci-

cla é fera”. O visitante

do Zôo receberá um fo-

lheto sobre a ação e

uma ficha de inscrição.

O cupom é validado atra-

vés da entrega de uma

lata de alumínio de refri-

gerante ou de chá, vazia,

em um dos três Oásis

Ecolata espalhados pelo

parque. Uma frase de,

no máximo duas linhas,

contendo as palavras

lata de alumínio, bicho e

meio ambiente, deverá

ser criada pelo partici-

pante, que, então, estará

concorrendo a prêmios.

www.alcan.com.br

Alcan e Zôo incentivamconsciência ambiental

Lata-garrafa de alumínio: apelo que se espalha pelo mundoCriada pela japonesa Dai-wa, a New Bottle Can vemcausando ótima impressãoe se tornando uma alter-nativa atraente para se di-ferenciar na apresentaçãode bebidas. Provas con-sistentes são o registro devendas do recipiente, quejá beira a 3 milhões deunidades desde sua in-venção, em 2000, e o inte-

resse de outros países – afabricante japonesa acabade fechar um acordo coma Ball Corporation para adistribuição da embalagemnos Estados Unidos e noCanadá. Inicialmente, asgarrafas metálicas serãoimportadas do Japão,mas, se a aceitação forboa, a Ball pretende fabri-cá-la localmente. Encon-

trada em volumes que va-riam de 350ml a 500ml, aNew Bottle Can tem comoprincipal apelo o fato deunir a possibilidade de umconsumo fracionado dabebida acondicionada comos atributos de reciclabili-dade e de rápido resfria-mento proporcionadospelo alumínio.www.ball.com

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A Marcondes AlmeidaAssociados desenvolveupara a Sakata Seed Su-damerica, fabricante desementes de flores ehortaliças, um displaypromocional para suanova linha de produtosvoltados a pequenasplantações. Com o obje-tivo de introduzir umnovo conceito na vendade sementes em peque-nas quantidades, a Sa-kata criou envelopes emquantidades de 10g a25g. No display foi intro-duzido um porta “take-one” retratando as diver-

sas situações de usoda nova linha, bemcomo informando osprodutos pertencentesa ela. O display temdois metros de altura,75cm de largura e43cm de profundidade,desenvolvido em pape-lão ondulado couted daRigesa com aplicaçõesde rótulos em off set natesteira, laterais e alçasfrontais e ainda impres-são flexográfica comsyrell na base. O proje-to foi executado na Mi-cropap Embalagens,empresa de Campinas.

Display para sementes Granado de cara novaEm comemoração aos 100 anos deseu lançamento, o Polvilho AntissépticoGranado chega às prateleiras em no-vas embalagens. Desenvolvido pelaagência Packaging Design & Marke-ting, do Rio de Janeiro, o redesenhode um dos mais antigos produtos domercado procurou resgatar as suastradicionais características. Para o frasco, fabricado pela Sinim-plast, foi desenvolvido um pigmentodourado, em substituição à cor mar-rom, para que o plástico voltasse ater a aparência metálica das primei-ras latas do produto. O rótulo adesi-vo, da Prodesmaq, impresso sobrepolietileno transparente,com aplicação de hotstamping dourado, conser-va o estilo art nouveau tí-pico do início do séculopassado. As outras emba-lagens da linha de polvi-lhos anti-sépticos, Fresh eSport, têm uma linguagemgráfica mais moderna,mas mantêm a marcaGranado. Outra novidadeda Granado é na linha desabonetes – Amazon e Glicerina. Asnovas embalagens exploram cores vi-vas e a logomarca institucional foi rede-senhada e centralizada nas caixas. Asembalagens, em cartão duplex, foramimpressas pela Gráfica Rainha Lescal,em quatro cores, relevo seco e vernizUV. O design também é da Packaging,do Rio de Janeiro.

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Colorido natural e aparenteA Viche Produtos Alimentícios, de

Bauru, no interior paulista, entrou no

mercado com uma linha diversificada

de temperos, todos em embalagens

de 500g: Alho & Sal, Tempero Com-

pleto com e sem Pimenta, Tempero

Completo com Cebola, Tempero para

Aves e Peixes com Colorau, Sal

Grosso Temperado e Tempero Espe-

cial para Churrasco com Açafrão.

As embalagens foram criadas pela

agência MR/Tempo Propaganda e

Design, também de Bauru, e fabrica-

das pela Sacotem Embalagens, de

Penápolis. A idéia era utilizar o pró-

prio colorido dos produtos para

atrair a atenção do consumidor. Para

isso, utilizou-se nas embalagens o

PP laminado, com impressão em fle-

xografia, em cores que remetem ao

sabor dos temperos. A ilustração de

uma simpática cozinheira evidencia

o caráter caseiro e quase artesanal

com que o produto é feito.

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Flow-packs e cartuchosA Noua Comunicação, deCampinas, foi a respon-sável pelo design donovo Fibraxx Barras deTrigo Cobertas com Cho-colate. As barras de ce-real vêm em flow-packsfornecidos pela Shellmar.Foram criados tambémcartuchos em papel car-

tão (impressas na gráficaRosset) para acondicio-nar três unidades do pro-duto. As novas embala-gens, de acordo com aagência, têm design arrojado e destacam o produto na gôndola, além de lhe dar umaimagem mais jovem.

Apostando no concorrido mercado

de temperos em pasta, a Fuchs Ge-

würze do Brasil lançou a linha Tem-

pero Completo Jimmi, em três sa-

bores: com pimenta, sem pimenta e

alho e sal. Em potes de 300g, para o

consumidor, e 1kg, destinado ao

segmento food service, os produtos

têm embalagens plásticas e tampas

em cores fortes e brilhantes: verme-

lho, verde e lilás. O design é da

Potes plásticos para o consumidor e para food service

A Bassi, tradicional

marca de cortes espe-

ciais, lançou no Brasil

o Yankee Burger, um

hambúrguer para chur-

rasqueira. Esse produto,

popular nos Estados

Unidos, foi desenvolvido

especialmente para o

mercado brasileiro,

adaptado ao paladar

dos consumidores lo-

cais. Quatro hambúr-

gueres de 130g, emba-

lados um a um, vêm

acondicionados na em-

balagem de papel car-

tão (fornecido pela Ri-

pasa), que é impressa

pela Rotagraf.

EMBALADOS UM A UM

Para colecionadores

agência No Limits!, de Campinas, em

conjunto com o marketing da Fuchs.

A fabricante dos potes é a Poly-

Vac, de São Paulo.

Os cremes dentais GessyCristal, da Unilever, estãocom embalagem nova.Trazem impressos nos car-tuchos – fornecidos pelaBrasilgráfica – trinta dife-rentes fatos e curiosida-des sobre a natureza, ascidades e a populaçãodo Brasil, que podem sercolecionados.

A idéia da empresa é re-forçar a relação da mar-ca com o país. Desenvol-vido com ingrediente daflora brasileira, o cremedental tem como símboloa árvore do Juá, que nasnovas embalagens ga-nhou formato renovado.Os tubos são produzidospela Cebal.

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Corpo a Corpo com chá verdeO novo Leite Cremoso Corpo a Cor-po, da Davene, apóia-se na tecnolo-gia cosmética desenvolvida pelo La-boratório de Pesquisa e Desenvolvi-mento da empresa. Utilizando ex-trato de chá verde, o produto pos-sui quatro versões: Natural, Envol-vente, Sensível e Suave. Todas sãoapresentadas em embalagens emPEAD de 200ml, da Format, e têmtampas em PP, fornecidas pela Pla-motec e pela Tappi. Os rótulos auto-adesivos, desenhados pela R1234,são produzidos pela Prodesmaq.

HALLS E VITA-CVIRAM BALAS

A Adams usou a criativi-dade para aumentar afreqüência de consumode suas marcas de dro-pes Halls e Vita-C. Trans-formou-as em balas, em-baladas individualmenteem flow-packs. Nas gôn-dolas, os consumidoresencontrarão bags comvinte unidades de cadaproduto, além da tradi-cional apresentação comtrês sticks. Uma novida-de é a embalagem sorti-da, com produtos de di-ferentes sabores. Bags eflow-packs são impres-sos pela Inapel.

Champagne em papel-cartãoA Biscoitos Confiançalançou o BiscoitoChampagne Confiança,direcionado a um públicomais velho, predominante-mente formado por donas-de-casa que compram pro-duto para utilização emreceitas culinárias. A emba-lagem foi desenvolvida pelaHerbert Perman Design,que utilizou uma ilustraçãoda antiga fábrica da empre-sa como fundo do cartuchode papel-cartão, impressoem cinco cores com verniztotal à base d’água. Háainda a ilustração de umamulher sentada à mesa, emtrajes de época, e duasfotos: uma do produto, eoutra de uma torta feita como biscoito, reforçando o con-ceito culinário do produto. Areceita da torta está noverso da embalagem.

A Klabin Kimberly in-

vestiu em novas em-

balagens para o lan-

çamento do papel hi-

giênico Neve Elegan-

ce. Produzidas pela

Zaraplast, as embala-

gens tiveram o layout

a cargo da agência

a10 design.

A identidade visual da

linha Neve, na qual a

marca Elegance é uma

das mais sofisticadas,

foi mantida. Transpa-

rentes, as embalagens

deixam o papel, que

tem decorações de flo-

res em baixo relevo, à

mostra. Símbolo dessa

linha de papel higiêni-

co da Klabin Kimberly,

a flor aparece em duas

cores: lilás e salmão.

Flores de Neve à mostra

Separação por coresA Hikari está modernizandoas embalagens de sua linhade grãos e farináceos paradar mais visibilidade aosprodutos nos pontos-de-venda. O novo layout temcores fortes, destacando ologo da empresa. Tambémtraz ilustrações, novas re-ceitas e dicas de uso. Vá-rios recursos foram utiliza-dos para facilitar a identifi-

cação dos itens na gôndola,como aplicação de ilustra-ções dos produtos in naturae de cores de fundo diferen-tes. A linha foi dividida emcinco grupos, por cores. Oazul identifica derivados demilho; o marrom, derivadosde mandioca; o laranja, de-rivados de trigo; o verde, er-vilha e lentilha; e a cor vi-nho, amendoim.

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Almanaque

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Repórteres sem tonteirasNo inverno de 1928,Hub Beardsley, entãopresidente do laborató-rio americano Dr. Mi-les, visitou uma redaçãode jornal. Constatouque lá ninguém haviafaltado por causa deuma forte epidemia degripe, ao que lhe expli-caram que o segredo erauma combinação de as-pirina e soda gasosa. In-trigado, Beardsley re-portou o caso aos seusquímicos. Três anosmais tarde, um deles,Maurice Treneer, criouo Alka-Seltzer.

Dois peixinhos secularesRoupas e tecidos eram

produtos importados

dos mais caros no vi-

larejo catarinense de

Blumenau, no século

19. Percebendo a

oportunidade latente,

o recém-imigrado ale-

mão Hermann Hering

adquiriu um tear cir-

cular manual e um

caixote de fios, em

1879, e passou a con-

feccionar camisas em

tecido de malha, dan-

do continuidade a

uma tradição familiar

– os primeiros regis-

tros de manufatura

têxtil dos Hering são

de 1675. O negócio

abriu caminho para

que os outros parentes

de Hermann viessem

também ao Brasil.

Seu irmão, Bruno, tor-

nou-se sócio no negó-

cio, que viria a ser a

maior malharia brasi-

leira. Em tempo: he-

ring, em alemão, sig-

nifica arenque, peixe

similar à sardinha.

O símbolo da empresa

reflete a união dos ir-

mãos.

Você sabia?" Lançado no mercado brasileiro em 1932, o achocolatado da Nestléinicialmente chamava-se Nescáo. A mudança para Nescau aconteceu

só em 1955." A cearense Ypióca, uma das

caninhas mais famosas do Brasil,foi vendida exclusivamente, de

1846 a 1900, em tonéis especiaischamados ancoretas.

À esquerda,Hermann, à direita,Bruno: fundadores

da empresa com o sobrenome

da família

Escolha democráticaIntroduzida nos Estados Unidos nadécada de 20, a partir da importaçãode máquinas alemãs, a impressãocom tintas de anilina causou razoá-vel repercussão. Acreditando que osistema poderia ganhar popularida-de com um nome mais simples eapropriado, Franklin Moss, um exe-cutivo americano do setor gráfico,pediu, em 1951, que o público con-tribuísse com sugestões através decupons encartados em revistas téc-

nicas da área. O retorno foi anima-dor, com mais de 200 nomes sugeri-dos. Foi criada então uma comis-são técnica para aprofundar a pes-quisa, e três nomes foram pinça-dos da lista. Partiu-se para umavotação. Em 22 de outubro de1952, o vencedor foi revelado:flexografia. O nome agradou, ehoje denomina uma das técnicasde impressão que mais crescemna seara das embalagens.

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