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Page 1: Revista InterBuss - Edição 202 - 13/07/2014

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 5 • Nº 202 13 de Julho de 2014

A NOSSA SELEÇÃOPERDEU. ADIVINHEPRA QUEM SOBROU?

A NOSSA SELEÇÃOPERDEU. ADIVINHEPRA QUEM SOBROU?

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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Página 07

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 32 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Dezenas de linhas passam a circular sem cobradorem CuritibaEssa é apenas uma das medidasprevistas na reorganizaçãodo sistema de transporteda capital paranaense 13

COMO SEMPRE, TUDO QUE ACONTECE, É CULPA DO ÔNIBUS

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

28

| A Semana em Revista

Crise em Salvadoracaba com onzelinhas devolvidaspor empresasEm meio a debates e brigas sobre a licitação do transportelocal, linhas são devolvidas 10

Após derrota da Seleção na Copa, ônibus são queimados em São Paulo

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AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 28

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 22

Página 07

ANO 5 • Nº 202 • DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 23h09 (S)

EDITORIALÔnibus queimados, de novo! 6

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 18

COMO SEMPRE, TUDO QUE ACONTECE, É CULPA DO ÔNIBUS

PÔSTERÔnibus da Seleção Argentina 16

Divulgação Volvo

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Adamo BazaniCancelada a licitação da ANTT 26| Test-Bus

A excelenteconservação dosarticulados daViação SatéliteBusscar Urbanuss Ecoss comchassi Volksbus 17 .230 EOD hoje estão em operaçãopela Viação Santa Zita. 32

| Deu na ImprensaCaio entrega 20 Solar Fozpara a PolíciaMilitar de S. PauloVeículos rodoviários vãoaposentar outrasunidades mais antigas 19

TEST-BUSBusscar Urbanuss Ecoss de Vitória/ES 14

Após derrota da Seleção na Copa, ônibus são queimados em São Paulo

VOLVO CAMINHÕESPrimeiras unidades do mais potente são entregues 30

ARTIGO ESPECIALA importância da medição de poluição 24

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Diante de uma situação completa-mente vexatória pela qual passamos na últi-ma terça-feira, quando a Seleção Brasileira foi humilhada no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, no jogo com a Alemanha válido pelas semifinais da Copa do Mundo, não poderíamos de deixar de fazer esse reg-istro neste espaço. Paralelamente à esse fato patético, outra ridicularidade já estava sendo preparada para as ruas, que foi o ataque a ôni-bus em algumas cidades do país. A péssima Seleção perde, e o povo quebra ônibus. Ainda é muito difícil entender qual a relação entre uma coisa e outra. O fato mais grave aconteceu em São Paulo, onde vários ônibus foram queimados dentro de uma garagem. Por sorte, os veículos incinerados total ou parcialmente faziam par-te de um lote que já estava desativado, porém representa prejuízo do mesmo jeito já que os mesmos provavelmente seriam vendidos. Houve registro de depredação de coletivos em diversas cidades. Enquanto os jogadores estão banhando em dinheiro, pouco se impor-tando com a derrota histórica, a população

depreda o seu meio de locomoção. Será que as pessoas quebrariam seus próprios carros de passeio em um protesto? Com certeza não, e por isso é totalmente repudiável um acontec-imento desse. Como sempre, os ônibus são vítimas de criminosos que se aproveitam de convulsões sociais para agir e destruir o pat-rimônio alheio. Para a maioria dos bandidos que depredam ônibus, a ideia é de que não há prejuízo público, pois como os veículos são de propriedade de empresários que teorica-mente seriam milionários, em caso de perda de um ou mais veículos, basta o empresário fazer a compra de outros tantos novos, porém não é bem assim que a coisa funciona. Quan-do há a queima de um ônibus, além de al-guma determinada linha que opera na cidade ser desfalcada no dia seguinte, esse prejuízo não fica com empresário, e sim é repassado para o usuário pagante da tarifa na catraca, pois quando há a apresentação da planilha de custos ao poder público, procedimento ne-cessário para a avaliação de reajustes, esses veículos destruídos também fazem parte da

Brasil perde e ônibus sãoqueimados. Até quando isso?

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial conta, ou seja, o próprio usuário que muitas

vezes destroem esses ônibus acabam pagando o rateio do prejuizo, enquanto o empresário, que para eles seria o prejudicado, continua com seu lucro normal garantido por lei e con-tratos assinados com o poder público. A conscientização sobre o uso do transporte público é algo que deveria ser ensinado na escola, para que desde o início as pessoas tenham a ciência da importância do uso desse meio de locomoção, fazendo com que haja uma melhora contínua dos serviços, e não necessariamente com uma tarifa alta, como muitos ainda equivocada-mente pensam. Para a maioria, ônibus bons e confortáveis só podem existir com tarifa cara. Se todos usarem o transporte coletivo com ciência, que consiste no pagamento cor-reto das tarifas, manutenção dos veículos em bom estado, sem vandalismo, racionalização das linhas, é possível manter uma tarifa mais baixa, porém isso acontece muito pouco, já que não há essa noção de qualidade entre a maioria dos brasileiros. A pergunta é: e se o transporte fosse municipalizado, com os veículos sendo com-prados e operados pelas prefeituras ou outros governos locais, a população iria continuar destruindo o patrimônio, já que assim passa-ria a ser público, uma vez que a justificativa para destruir veículos é o patrimônio particu-lar, não?

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• G1 SP [email protected] A Grande São Paulo registrou ao menos sete ataques a 26 ônibus na noite de terça-feira (8), segundo informações do Bom Dia São Paulo e apurações do G1. Os ataques ocorreram na capital paulista, em Osasco e em Guarulhos. Na noite desta quarta (9), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros in-formam que foram registrados ocorrências isoladas de vandalismo, na Capital e Grande São Paulo, que resultaram em 26 veículos incendiados (24 ônibus e dois automóveis). Segundo a SSP, os fatos estão sendo investi-gados no sentido de identificar e prender os criminosos. Os coletivos foram incendiados num período de duas horas. Por causa das ações criminosas, empresas de ônibus chegaram a recolher os veículos na terça, prejudicando passageiros. Os coletivos voltaram a funcio-nar nesta quarta, feriado da Revolução Con-stitucionalista de 1932. Os ônibus foram atacados após o Brasil perder para a Alemanha pela Copa do Mundo. Até esta manhã não havia confirma-ção da Polícia Civil se as ações criminosas tiveram relação com a derrota brasileira no mundial de futebol. Além dos coletivos incendiados, também houve registro de saque a uma loja de eletrodomésticos na capital, durante a noite, logo após o jogo da Copa. Até a publicação desta matéria, não havia informações sobre suspeitos identificados ou presos. Segundo o balanço divulgado pela SSP, 20 ônibus desativados foram incendia-dos na garagem da VIP transportes urbanos, Jardim São Luís, Zona Sul de São Paulo. Ainda na mesma região, em Cidade Ademar, também

A S E M A N A R E V I S T ADE 6 A 12 DE JULHO DE 2014

REVISTAINTERBUSS • 13/07/14 07

Derrota do Brasil têm 26 ônibus atacados em SP

G1

MAIS ÔNIBUS QUEIMADOS • Veículos ficaram destruídos na garagem da VIP, em S.Paulofoi registrado um caso de ônibus queimado. Em Sapopemba, na Zona Leste, houve mais um incêndio de ônibus e outro que envolveu dois carros. Ainda naquela região, no Itaim Paulista, houve outro incêndio de coletivo. Osasco e Guarulhos, na Grande São Paulo, também tiveram um ônibus queimado. Devido aos ataques aos ônibus na capital e nas outras duas cidades da Grande São Paulo, na noite de terça, empresas re-sponsáveis pelos coletivos decidiram recol-her os veículos dos terminais para as gara-gens. Isso prejudicou passageiros. A SPTrans confirmou o recolhimen-to dos ônibus pelas empresas, mas informou que os terminais ficaram abertos durante toda a noite de terça e madrugada desta quarta, in-clusive com reforço do policiamento. Segun-do o órgão, os veículos voltaram a circular normalmente entre esta madrugada e manhã de quarta.

No Terminal Bandeira, que funciona 24 horas e conta com 27 linhas, passageiros não encontraram ônibus depois das 19h de terça. A situação foi regularizada a partir das 4h desta quarta com o retorno dos coletivos ao terminal. Devido aos ataques, os ônibus tin-ham sido recolhidos do terminal pelas empre-sas. O local ficou vazio. “Eu estava indo para minha casa, só que eu não consegui condução. O jeito é ficar por aqui”, disse um usuário, que não deu o nome ao Bom Dia São Paulo. Com alternativa, os usuários trocar-am os ônibus pelo trem e metrô. Mas como esses dois meios de transporte param de fun-cionar à meia-noite, outros passageiros ficar-am sem ter como se locomover. “Eu acho que quebrar ônibus não vai resolver nossos problemas. Porque amanhã é um ônibus a menos que vai rodar” disse o mi-croempresário Davi Lemo.

Especial Copa 2014

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Mesmo com reclamações,tarifa tem alta em Franca

A S E M A N A R E V I S T A

• G1 Ribeirão e Franca@terra. com.br A nova tarifa dos ônibus do trans-porte público em Franca (SP) entrou em vigor nesta quinta-feira (10) sob olhar de desaprovação dos usuários. O valor, que saltou de R$ 2,80 para R$ 3,10 - aumento de 10,71% -, foi anunciado pela Prefeitura na sexta-feira (4). Apesar de o reajuste ser inferior aos R$ 3,72 sugeridos em estudo feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os passageiros alegam que a qualidade do serviço não condiz com o preço praticado. “Os ônibus sempre es-tão muito lotados. Às vezes atrasa, às vez-es adianta o horário da linha. A gente fica indignado”, diz a empregada doméstica Cleonice Silvestre da Silva. Em nota, a Prefeitura informou que o último reajuste tarifário do trans-porte coletivo ocorreu em julho de 2012, e que apesar do estudo da Fipe ter apontado um custo maior, tal valor pesaria signifi-cativamente para o usuário. A administra-ção municipal disse ainda que o estudo irá ajudar a reorganizar as linhas de ônibus no município, principalmente nos horários de pico. Com o reajuste, Franca passa a ter a tarifa mais cara do transporte público da região. Cidades como Ribeirão Preto (SP) e Bebedouro (SP), por exemplo, praticam preços inferiores. Em Ribeirão, a passa-gem custa R$ 2,80. Já Bebedouro, que teve reajuste anunciado no início do mês, cobra R$ 2,40 por linha. Até São Paulo (SP) ofe-rece o serviço mais barato, com a cobrança de R$ 3 por passagem.

Usuário insatisfeito A auxiliar de serviços gerais Ma-ria de Fátima Ribeiro diz que boa parte dos usuários foi pega de surpresa com o aumento. “Teve gente que nem tinha din-heiro para pagar o ônibus hoje [quinta-feira]. Eu também levei um susto. Esse preço é um absurdo. Acho um desaforo essa cobrança. Os ônibus vivem lotados, os trajetos nem são tão longos para cobrar R$ 3,10. O certo seria diminuir o preço, porque a qualidade é péssima”, diz. E não é só a qualidade do trans-porte que deixa o usuário indignado com o aumento. Para a empregada doméstica

13/07/14 • REVISTAINTERBUSS08

Cleonice Silvestre da Silva, o reajuste também pesa no bolso. A média mensal de gastos com as passagens de ônibus da empregada vai saltar de R$ 83 para R$ 136,50. “Pego dois ônibus de manhã e dois ônibus à tarde. Pesa no orçamento. Por mais que tenha a integração de linhas, o valor cobrado é como se estivéssemos pa-gando quatro passagens por dia”, afirma.

Em prol de melhorias A Prefeitura de Franca informou, em nota, que o último reajuste tarifário havia sido adotado em julho de 2012, e que apesar do estudo da Fipe ter apontado uma tarifa mais alta, tal valor pesaria sig-nificativamente para o usuário. “Ao não reajustar a tarifa em R$ 3,72, a Prefeitura optou por preservar o usuário do sistema de transporte coletivo”, diz a nota. A administração municipal infor-mou ainda que manterá as gratuidades aos usuários beneficiados, e que a partir do estudo da Fipe irá providenciar melhorias

para reorganizar as linhas de ônibus no município, principalmente em horários de pico.

Polêmica Cerca de 70 mil pessoas depen-dem de ônibus todos os dias em Franca. A recente polêmica envolvendo o valor da tarifa foi apenas um dos capítulos das discussões sobre o transporte coletivo na cidade. No ano passado, após protestos contra a qualidade do serviço, a Prefeitura chegou a congelar o preço da passagem em R$ 2,80. Agora em 2014, na mesma sema-na que a Fipe apresentava a pesquisa, os motoristas da São José anunciaram estado de greve. Eles pediam 7% de aumento nos salários e acréscimo de R$ 100 no vale-refeição. A empresa, que oferecia inicial-mente um reajuste de 6% e mais R$ 30 no ticket, ajustou a proposta e aceitou pagar os 7%, mas aumentou o vale para R$ 40, o que foi aceito pela categoria.

INSATISFAÇÃO • Usuários reclamaram do aumento e pedem melhorias no serviço

São Paulo

G1

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REVISTAINTERBUSS • 13/07/14 09

Mineiros alugam ônibus parair a SP doar sangue a amigo Amizade e solidariedade. Essas pa-lavras caminham juntas quando o assunto é “devolver” a vida ao empresário e atleta pat-ense Iata Anderson Zappi Marques Silva, de 40 anos. Há três anos ele luta contra a leu-cemia e recentemente passou por transplante de medula óssea. Ele está internado na Uni-dade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, e depois do procedimento, pelo qual tanto esperou, necessita de doação de sangue para vencer mais uma etapa. Como o mineiro está numa fase onde o corpo consome muito sangue, ami-gos resolveram se mobilizar e deixar a ro-tina e os quilômetros de lado para ajudá-lo. Eles alugaram um ônibus e neste domingo (13) saem de Patos de Minas com destino a São Paulo para fazer doação de sangue coletiva. Uma das amigas, a consultora de vendas Karine Soares Ferreira, de 35 anos, contou que não é necessário um tipo espe-cífico de sangue e a intenção da campanha é arrecadar o máximo de doações. “A am-izade é sinônimo de solidariedade e neste momento a intenção é provar isso. Além de amiga, sou mãe do filho dele, de 16 anos, e não podia deixá-lo no momento em que ele mais precisa da gente. Eu e um amigo iniciamos a campanha por meio das redes sociais e felizmente já ganhamos apoio na-cional na causa. A noiva de Iata, Gabriela Porto, está em São Paulo e acompanha todo o tratamento”, contou. Karine Soares disse que depois das postagens, pessoas de Sorocaba e Jundiaí, ambas cidades de São Paulo, já fizeram contato dizendo que também estão organi-zando caravanas para levar mais sangue a Iata Anderson. “A nossa expectativa, nesse primeiro momento, é levar no mínimo 30 pessoas para a capital. Não estamos cobran-do nenhum valor para o transporte de quem se interessar a doar um pouco de si para o outro”, explicou. O dinheiro para o aluguel do ôni-bus, segundo Karine Soares, foi arrecada-do com parentes e demais amigos. “Cada um ajuda da maneira que pode e é assim que vamos trazer de volta nosso amigo. O quadro dele agravou e atualmente ele está

• G1 Triângulo [email protected]

DOE SANGUE • Colabore você também e ajude quem precisa de sangue

respirando 80% por meio de aparelhos. Nós podemos tentar mudar esse quadro e essa campanha tem o objetivo de levar um pouco da nossa contribuição. A situação é crítica, mas continuamos acreditando”, ressaltou. O ônibus sairá no domingo (13), de Patos de Minas, às 19h, próximo à Igreja Ma-triz de Santo Antônio. O retorno será na se-gunda-feira (14) por volta de 12h. Quem doa sangue recebe atestado médico para o dia. Karine Soares concluiu dizendo que quem puder ajudar, de forma direta ou indi-reta, pode entrar em contato pelos telefones (034) 9277-6000 e (034)9932-1619, ou pela página dela em rede social. A amiga de Iata também acrescentou que quem estiver em São Paulo também pode comparecer ao Hos-pital A.C.Camargo Cãncer Center para fazer

doação para o mineiro.

Requisitos para doação de sangue

» Estar em boas condições de saúde.» Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos necessitam de autorização)» Pesar no mínimo 50kg.» Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas). » Estar alimentado (evitar alimentação gordu-rosa nas quatro horas que antecedem a doação).» Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Iden-tidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).- Fonte: Hemocentro

Minas Gerais

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A S E M A N A R E V I S T A

13/07/14 • REVISTAINTERBUSS10

Enquanto Estado e Salvadorbrigam, 11 linhas são devolvidas• A Tarde@terra. com.br A Prefeitura de Salvador decidiu manter a licitação das linhas de ônibus mu-nicipais em curso, mesmo após receber ofício do governo do estado pedindo a suspensão da concorrência pública. Nesta quinta-feira, 10, após receber do governador Jaques Wagner o documento, o prefeito ACM Neto afirmou, por meio de nota, que o ofício “é uma afronta à soberania” do município. Já o governo questiona o fato de o tema não ter sido debatido na entidade met-ropolitana criada há um mês na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para regular os serviços públicos dos municípios da Grande Salvador. Em contrapartida, Neto afirma que “não reconhece a força da lei que criou a en-tidade metropolitana” de fiscalização dos ser-viços. A aprovação do projeto que ofi-cializou o órgão também se deu sob disputa, após a prefeitura anunciar a criação de uma agência municipal para regular os serviços da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) na capital. À época, Jaques Wagner acusou Neto de querer “privatizar a Embasa”, e o presidente do órgão, Abelardo Oliveira, clas-sificou como “ilegal” a fundação da entidade reguladora municipal. Entre os outros pontos contestados pelo governo do estado na licitação está a não previsão de uma integração entre os ônibus urbanos - geridos pela prefeitura -, os ôni-bus intermunicipais e outras modalidades de transporte, como trem do subúrbio, lanchas e ferryboat. O critério usado na escolha do vencedor da licitação (maior proposta finan-ceira) também é contestada pelo governo. Conforme o secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Manuel Ribeiro, o modelo de licitação tira dinheiro do sistema, o que “vai fazer com que a população pobre pague este valor, por meio de aumento de tarifa”. “É muito melhor que vença a licita-ção a empresa que oferecer a menor tarifa”, opina. Segundo a assessoria de comunica-ção da prefeitura, um ofício será enviado ao governo para responder oficialmente ao pe-dido de suspensão do processo licitatório.

“A cidade não suporta mais o mode-lo atual [de transporte]. O governador Jaques Wagner quer que o cidadão continue sofrendo para andar de ônibus e nós queremos resolver o problema”, atacou ACM Neto, em comuni-cado. De acordo com a professora de di-reito público da Faculdade de Direito da Uni-versidade Federal da Bahia (Ufba), doutora Caline Ferreira David, um ente federativo (união, estado e município) não pode ter in-terferência sobre o outro. “A Constituição não prevê hierarquia entre os três entes, mas independência”, afirma. Segundo a especialista, uma ordem ou pedido via ofício pode ser tratada como desrespeito à independência deste ente. “Mas é claro que os entes dialogam entre si, fazem convênios ou parcerias. Este pedido poderia ter sido feito em um diálogo entre as partes”, explica a jurista. Do lado governista, o secretário da Sedur afirma que não há quebra de autonomia por parte do governo. Segundo Manuel Ribeiro, “a gover-nança apenas quer discutir o interesse comum da região metropolitana, que, assim como os usuários, precisa ser preservado”.

Capital e Ilha Tropical devolvem linhas A crise financeira das empresas de ônibus resiste. Nesta quinta-feira, 10, a direção da Capital e da Ilha Tropical, com-panhias de transporte pertencentes ao mesmo grupo empresarial, devolveram à prefeitura 11 das 40 linhas que operam na cidade. Segundo o secretário de Urbanismo

e Transportes de Salvador, Fábio Mota, as empresas alegam dificuldade financeira para abrir mão das linhas. “Eles afirmaram que não têm a quantidade de veículos suficiente para operar as linhas”, contou Mota. Ainda conforme o secretário, as empresas também usaram como artifício a promessa de que, com a diminuição das linhas a serem operadas, o serviço oferecido passará por melhorias. A partir de 27 de julho, as 11 linhas entregues pelas companhias irmãs passarão a ser operadas por outras empresas. Um estudo da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador) vai definir como será feita a distribuição. Capital e Ilha Tropical estão entre as empresas mais criticadas por usuários, por conta de os ônibus quebrarem com frequên-cia durante os percursos. O sucateamento dos veículos também é alvo de reclamações. Na última semana, funcionários das duas companhias fizeram paralisação para reivindicar, entre outros itens, o pagamento de horas extras e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que não era pago há sete meses. Contatado por A TARDE, o gerente de operações das empresas, Diego Dantas, in-formou que todos os funcionários já tiveram o FGTS depositado. “Já as horas extras sem-pre foram pagas”, disse. Conforme Dantas, as duas empresas disputarão a licitação das linhas de ônibus, a ser encerrada na próxima segunda-feira, com a entrega das propostas dos interessados.

CAPITAL • Uma das empresas mais criticadas pelos usuários em Salvador

Nordeste

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REVISTAINTERBUSS • 13/07/14 11

Oito linhas de Fortaleza passam a ser operadas por vans• O Povo [email protected] Oito linhas de transporte público de-ixam de circular com ônibus e passam a ser feitas em vans, que vão passar dentro dos ter-minais, nesta segunda-feira, 14, conforme a Prefeitura Municipal de Fortaleza. Iniciativa de reestruturação das linhas de transporte cole-tivo faz parte do Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito de Fortaleza (Paitt) e foi apresentada na tarde desta quinta-feira, 10. Além disso, a linha de transporte al-ternativo 711- Barra do Ceará/ Cais do Porto deixa de ser feita por dez vans e passa a ser feita por 14 ônibus. Mudança proporciona um aumento de 880 lugares e um ganho de três minutos no trajeto (antes feito em 11 minutos deve durar oito minutos, ganho estimado em 180%). As linhas de ônibus que fazem cinco rotas vão operar, a partir de segunda-feira, 14, com veículos de pequeno porte (vans). Assim, poderão transitar nos terminais. A linha que an-tes era van e vai operar com ônibus (711-Barra do Ceará/ Cais do Porto) não deve utilizar o espaço. Confira as cinco rotas alteradas: 324- Conj. Ceará/ 1° Etapa: passa a operar com quatro veículos de grande porte (antes operava com dois de pequeno porte), com diminuição de espera de sete minutos; 367/368- Conj. Ceará/ Bom Jardim: passa a perar com seis veículos de pequeno porte (antes operava com três de grande porte), com diminuiçao de oito minutos de espera; 394/396- Parque Universitários: pas-

sa a operar com três veículos de pequeno porte (antes operava com dois de grande porte), com diminuição de 13 minutos de espera; 318/348- Av. Lineu Machado: passa a operar com quatro veículos de pequeno porte (antes perava com três de grande porte); com diminuição de 9 minutos de espera; 243 - Parque Universitários/ Ant. Bezerra: passa a operar com cinco veículos de pequeno porte (antes perava com três de grande porte), com diminuição de 7 minutos de espera.

Além das alterações acima, a prefei-tura vai criar uma nova linha de ônibus. A 914 – Binário Circular é alternativa para circulação entre Dom Luís e Santos Dumont. De acordo com o prefeito Roberto Cláudio, a nova rota terá tarifa reduzida, com passagem inteira de R$ 0,40 e meia de R$ 0,20. Ainda segundo a prefeitura, os passageiros serão informados com cartazes nos coletivos, distribuição de panfletos e informativos nos sites e redes so-ciais da Prefeitura e da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).

MUDANÇA • Itinerário de uma das linhas que vão começar a circular em Fortaleza

Nordeste

Com nova catraca, idosos são treinados em AL• Alagoas 24 Horasom.br A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Maceió ini-ciou o treinamento para passageiros especiais e idosos que adquiriram o Cartão Bem Legal Sênior. Uma catraca foi montada no Posto de Cadastro e Recadastro da SMTT, no Tabuleiro do Martins, a fim de que seja simulada a utiliza-ção do cartão dentro dos coletivos. Logo depois do recebimento do cartão, os usuários passam pelo treinamento que tem como objetivo diminuir a dificuldade no momento de passar pela catraca. “Estes usuários recebem ainda orien-tações quanto às responsabilidades e obrigações que devem ter, o prazo de uso até o próximo

recadastramento, uso próprio e particular do titular, limite de crédito diário, como proceder em caso de perda ou roubo”, explica a asses-sora técnica da SMTT e responsável pelo setor de Cadastro e Recadastro, Zesilda Accioly. O atendimento será realizado todas as quartas-feiras, das 8h às 10h, no posto do Tabuleiro , onde também está sendo realizada a entrega da 1ª via do Cartão Bem Legal para pas-sageiros especiais e idosos. No caso dos idosos, o cartão dá o direito deles passarem na catraca, não ficando restrito somente aos 10 % de assen-tos reservados na parte da frente, de acordo com a Lei nº 10.741/2003. Durante o mês de maio, uma cam-panha de conscientização e adesão ao cartão Bem Legal Sênior foi iniciada em todas as linhas

de ônibus que fazem o sistema de transporte pú-blico urbano de Maceió. Equipes contratadas pela Transpal distribuíram panfletos informati-vos e fichas de cadastro para adesão gratuita do cartão. Atualmente, 16 mil cartões, na catego-ria sênior, estão cadastrados no sistema, o que representa aproximadamente 100 mil passagens por mês gratuitos para idosos que não precisam ficar na parte da frente dos coletivos e passam pela catraca. A campanha teve a parceria do Minis-tério Público, Sindicato das Empresas de Trans-portes Urbanos de Passageiros do Município de Maceió e da própria SMTT, que solicitou a cria-ção da campanha dentro dos ônibus para a dis-tribuição de fichas de cadastro do cartão Bem Legal Sênior para idosos.

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Nordeste

A S E M A N A R E V I S T A

Teresina tem apenas 25% da frota com elevadores• G1 PIrra.com.br

Em Teresina, apenas 25% da frota de ônibus é adaptada para atender cadeiran-tes. Segundo a presidente da Associação dos Cadeirantes no Piauí, Silvana Miranda, neste ano era para toda a frota estar adaptada, mas pouco foi feito. “Raros são os ônibus que es-tão adaptados. Para nós, o transporte é essen-cial para que possamos ir à escola, trabalhar e ao lazer”, disse Silvana. Para o técnico em edificações Paulo Lima, que usa cadeira de rodas para se loco-mover há 14 anos depois que perdeu o movi-mento das pernas, a falta de acessibilidade nas ruas e no transporte público é o maior obstáculo. A equipe de reportagem do tele-jornal PI TV 1ª Edição acompanhou a rotina de Paulo desde a saída da sua residência até a chegada ao trabalho e mostrou as dificul-dades enfrentadas pelo técnico. Paulo Lima citou que tanto os problemas técnicos nas plataformas, como a pequena quantidade de ônibus adaptados e os buracos, desnivelamento das calçadas e a falta de rampa nas ruas são as principais bar-reiras para uma locomoção tranquila. “Muitas vezes os veículos possuem problemas com a plataforma, muitas vezes ela trava e o subir e descer não funciona”, disse Paulo.

A dona de casa Socorro de Maria Bezerra, que acompanha Paulo, acrescentou que como são poucos os ônibus adaptados maior é o tempo de espera na parada. “Eu ter-mino voltando pra casa porque o ônibus de-mora demais. Tanto para ele como para mim porque não vou deixar ele esperando sozinho. Eu termino voltado pra casa e retorno quando o outro ônibus for passar. Eu chego a esperar uma hora ou uma hora e vinte minutos”, de-clarou Socorro. Paulo também comentou que a aus-ência de veículos adaptados não se restringe somente aos ônibus públicos, mas ao táxis. Ele explicou que um sistema de atendimento especial estava previsto para implementa-

ção nas cooperativas, mas que nenhum em-presário demostrou interesse. “Nós não temos táxi acessível. A frota atual não possue os dis-positivos necessários para atender um cadei-rante. Eles atendem de forma natural como se fosse uma pessoa comum colocando a cadeira no bagageiro”, argumentou. Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas do Piauí, Antônio da Silva, a frota de 1.500 veículos deve ser adaptada a esse tipo de passageiro, mas que aguarda a regularização de uma Lei Municipal. Já a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) infor-mou que a frota de ônibus não está total-mente adaptada porque não houve renova-ção dos veículos, mas que será resolvido após a finalização do processo de licitação do transporte público da capital. Com rela-ção a lei de acessibilidade dos táxis, a Strans acrescentou que a lei está tramitando na Câ-mara Municipal. “A tendência natural que a própria lei exige é que toda a frota seja adaptada até porque (os ônibus) devem sair da fábrica as-sim. Nós vamos intensificar o controle e a fis-calização (dos ônibus) para que estejam em perfeitas condições de uso pelos cadeirantes”, justificou o diretor de trânsito da Strans, Ri-cardo Freitas.

Assaltos a ônibus na BA preocupa• Tribuna da Bahiaa.com.br

Preocupado com a situação, o presi-dente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, enviou oficio à Secretaria de Segu-rança Pública pedindo providências para con-ter o crescente número de assaltos a esse tipo de transporte na capital. De acordo com Luiz Hamilton da Silva, da direção do Sindicato dos Rodoviários e despachante nas linhas Iguatemi Comércio, por semana motoristas e passageiros enfren-tam uma média de quatro assaltos, fora os que não registram ocorrência. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), de janeiro a mar-ço deste ano foram registrados 388 assaltos a ônibus na capital baiana. Os números incluem os transportes executivos. Na capital baiana, três empresas, a

União, Expresso Vitória e BTU, mantêm cerca de 20 veículos executivos em suas frotas. Os principais destinos são Praça da Sé e Iguatemi. Para inibir a ação dos assaltantes, Hamilton disse que os motoristas foram orien-tados a evitar parar em alguns pontos de ação dos bandidos como a Avenida Manoel Dias, no bairro da Pituba. Ou seja, os ônibus com destino para o Comércio, por exemplo, pas-sam pela faculdade Unifacs, Itaigara e evitam parar nos pontos da Pituba. “Como a Polícia Militar não faz abordagens em ônibus executivos, os motoris-tas acabam fazendo o papel dela, identificando os suspeitos sozinhos e realizando a denúncia, mas, infelizmente, nem sempre isso acaba bem”, disse o despachante. No último dia 5 de fevereiro, a di-reção do sindicato informou que se reuniu com o Comando da PM para discutir o retorno

da Operação Gêmeos (responsável por abor-dagens em coletivos) sendo informados pela instituição que a mesma estava sendo des-viada para outros serviços na linha de homicí-dios. “No sábado, 5, um motorista da empresa União que faz a linha Iguatemi/Comércio foi agredido, por assaltantes, com murros no rosto por estar sem celular. Esperamos que a Secre-taria de Segurança Pública reveja isso, antes que mais pessoas sejam vítimas”, alertou. O Sindicato dos Rodoviários enviou esta semana oficio para a Secretaria de Segu-rança Pública da Bahia pedindo providências para conter o crescente número de assaltos. No ofício destinado ao secretário Maurício Barbosa, o presidente do sindicato Hélio Fer-reira registra a preocupação com a integridade física e psíquica dos rodoviários e passageiros e coloca a entidade à disposição para subsidiar com informações as ações da SSP.

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Sul

MUDANÇAS • Serão por etapas

Curitiba tira cobradores de 62 linhas de ônibus municipais• G1 PRa.com.br

A Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) anunciou, nesta quinta-feira (10), uma série de mudanças no transporte coletivo da cidade. Entre elas está o fim da cobrança de passagem em 62 linhas da cidade, que não possuem cobrador. Nos micro-ônibus, os usuários só poderão pagar as tarifas com o cartão-transporte. Essa medida, que vai causar maior impacto para os usuários, entrará em vigor a partir do dia 1º de agosto deste ano. Entretan-to, outras mudanças começam a entrar em vigor já na segunda-feira (14). Na próxima semana, a cidade gan-hará mais três pontos de emissão dos cartões, nos terminais Cabral e Santa Felicidade e também na Rua Nestor de Castro. Esses ter-minais vão atender de segunda a sexta-feira, das 7 às 19h e das 7h às 12h aos sábados. Nos postos que já existem, o atendimento será am-pliado também para os sábados No dia 1º de agosto, 23 bancas de jornal já cadastradas também vão vender cartões avulsos, já carregados com 25 crédi-tos e devem fazer ainda a recarga dos atuais

cartões usuário. As operações de recarga terão limite de 220 créditos. Até o fim do ano, a compra e recarga dos cartões deve ser es-tendida para mais bancas de jornal e outros pontos comerciais da cidade. A tarifa domingueira também poderá ser paga com os cartões transporte. Aos domingos, a tarifa normal, de R$ 2,70, é

reduzida para R$ 1,50, em todas as linhas da Rede Integrada de Transporte (RIT). Veja abaixo todas as linhas que terão cobrança apenas com cartões, a partir do dia 1º de agosto. A Munhoz/Botânico, Ahú/Los Ângeles, Alferes Poli, Augusta, Au-gusto Stresser, Bigorrilho, Butiatuvinha, Ca-nal Belém/Salgado Filho, Canal da Música/Vista Alegre, Cajuru, Cassiopéia, Cristo Rei, Dom Ático, Estribo Ahú, Estudante, Fer-nando de Noronha, Formosa, Fredolin Wolf, Guabirotuba, Interhospitais, Itupava/Hospital Militar, Jardim Arroio, Jardim Esplanada, Jardim Social/Batel, José Culpi, Julio Graff, Laranjeiras, Lindóia, Marechal Hermes/Santa Efigênia, Mateus Leme, Mercúrio, Mossun-guê, Nilo Peçanha, Nossa Senhora de Naz-aré, Novo Mundo, Ouro Verde/ Vila Bádia, Paineiras, Palotinos, Passaúna, Pinheirinho/CIC, Portão, Portão/Santa Bernadethe (Linha Verde), Quartel General, São Benedito, São Bernardo, São João, São Jorge, Santa Amélia, Santa Bárbara, Santa Gema, Santa Quitéria, Solar, Tingui, Tramontina, Universidades, Vila Izabel, Vila Macedo, Vila Marqueto, Vila Rosinha, Vila Suíça, Veneza e Vila Vel-ha/Buriti

Centro-Oeste

Cidade Morena indeniza garoto que quebrou braço ao entrar em ônibus• Correio do Estadoa.com.br

O juiz titular da 15ª Vara Cível de Campo Grande, Flávio Saad Peron, condenou empresa de ônibus Viação Cidade Morena e seguradora a pagar indenização no valor de R$ 8 mil a K.O.S., representado por sua mãe, que sofreu uma fratura no braço ao tentar em-barcar num ônibus da empresa ré. Afirma o autor que no dia 20 de outubro de 2010 aguardava no ponto de ôni-bus com sua mãe e irmã, portadora de ne-cessidades especiais. Sustenta que quando o ônibus chegou, o motorista parou aproxima-damente 50 metros do local, o que obrigou a família a correr para não perder o transporte. Conta que, após entrar no veículo, o motorista deu partida antes de sua mãe e irmã chegarem e, com as portas ainda abertas,

fazendo com que o autor fosse arremessado para a porta que foi fechada nesse instante, prendendo seu braço para fora. Narra que, após isso, o motorista parou o veículo e tentou abrir a porta, fechando-a em seguida e causan-do fratura no braço esquerdo, que acarretou na imobilização do membro por mais de 30 dias. Sustenta que nenhum socorro foi prestado e que deve ser indenizado por danos morais. Em contestação, a empresa pediu o ingresso da seguradora na ação e não nega o ocorrido, porém, afirma que inexistiu im-prudência ou negligência do motorista, posto que tudo passou de um mero transtorno ocor-rido por descuido do autor. Alegou ainda que o ônibus possui dispositivo que impede que se movimente se as portas não estiverem totalmente fechadas e que a mãe do autor agiu com negligência

ao permitir que o filho embarcasse sozinho e subitamente no coletivo. Além disso, afirma que o motorista prestou socorro à vítima. De acordo com o juiz, o motorista, ouvido em audiência, admitiu que enxergou no ponto de ônibus o autor, sua mãe e irmã, e que não pretendia que estes embarcassem no coletivo, tanto é que afirmou que faria um sinal a eles, pelo retrovisor, para embarcarem no próximo ônibus, fazendo a ressalva de que, se estes não concordassem em aguardar, auxiliaria no embarque de todos. “Analisando dos autos, em especial as provas produzidas em audiência, tenho que a ré não logrou êxito em comprovar que o acidente ocorreu por culpa exclusiva do autor ou da mãe, razão pela qual deverá reparar os danos causados, em decorrência do evento”, escreveu o juiz na sentença.

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T E S T B U S

A ANÁLISE DE CARROCERIAS E CHASSIS, FEITA POR QUEM USABUSSCAR URBANUSS ECOSSVIAÇÃO SATÉLITEGRANDE VITÓRIA/ESApesar da aplicação e do piso,uma excelente conservação O transporte coletivo na Grande Vitória é tido como um dos melhores do país, graças ao sistema tronco-alimentador operacionalizado pelo CETURB-GV, orgão do governo capixaba responsável pela fis-calização e gerenciamento do sistema Trans-col. Diversas empresas fazem o transporte dentro do sistema, e algumas foram extintas nos últimos tempos. Uma delas é a Viação Satélite, do mesmo grupo da Viação Netuno, que deixou parte do sistema. Em sua frota, a Satélite tinha algumas unidades de Buss-car Urbanuss Ecoss articulado encarroçado sobre chassi Volksbus 17.230 EOD. Logica-mente, um chassi muito fraco para uma car-roceria articulada. Apesar da operação ocorrer total-mente sobre vias asfaltadas, esses articula-dos, que hoje operam pela Santa Zita Trans-portes, outra empresa que também possui linhas no sistema Transcol, enfrentam a pés-sima qualidade das ruas de Cariacica, sobre-tudo no atendimento ao precário terminal de Itacibá. Apesar disso, a carroceria apresenta uma qualidade e conservação impression-ante. Para os conhecedores do mercado de ônibus, as carrocerias da Busscar são tidas como das mais robustas e resistentes, mes-mo as unidades produzidas pós-crise antes do decreto da sua falência. Excetuando-se os atos de vandalismo, típico de veículos que operam em áreas periféricas dos grandes centros urbanos brasileiros, os ônibus desse lote encontram-se em excelente estado. Não podemos negar que há uma conserva-ção diferenciada em toda a frota do sistema Transcol, inclusive em ônibus que operam em regiões sem asfaltamento. Mesmo sujos, os ônibus andam em ótimo estado. No caso do Busscar Urbanuss Ecoss articulado, não há sequer sinais de rangir da

carroceria e nem bancos soltos. Também não há luminárias caindo e nem ondulação nos forros, algo comum em alguns modelos de outras marcas quando são utilizados em condições precárias de asfalto. É notável que a Viação Satélite sempre cuidou muito bem de sua frota, sobretudo desses articu-lados. Os itinerários funcionam plenamente e há ótima operacionalização das portas. A limpeza também é uma qualidade notável nesses veículos. Apesar do final de suas operações na Grande Vitória, não podemos de deixar o registro dos parabéns à Viação Satélite pela excelente conservação de sua frota na região. Lembramos que não estamos fa-zendo os comentários em relação ao chassi usado no veículo articulado elogiado neste artigo, até porque a aplicação é inadequada. Em outra oportunidade comentaremos a res-peito desses chassis.

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A ANÁLISE DE CARROCERIAS E CHASSIS, FEITA POR QUEM USA

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REVISTAINTERBUSSDIVULGAÇÃO VOLVOBUENOS AIRES/ARGENTINA • A.F.A.

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• Do Site da Transpo [email protected]

Oficina da VLI em Lavrasserá ampliado em 1800m² A oficina de manutenção da VLI em Lavras, no Sul de Minas, será reformada e ampliada em aproximadamente 1800 m² de área construída para comportar as atividades de manutenção pesada em vagões e locomoti-vas. A obra está orçada em R$ 15 milhões e o investimento, que ocorrerá durante o segundo semestre de 2014, já começou. Ao todo, 26 máquinas modelo BB36 serão remanejadas para essas linhas que real-izam o escoamento de cargas como calcário e clínquer. As obras, que começaram nesta se-mana, devem gerar cerca de 60 vagas diretas na região. Hoje o Complexo Ferroviário Engº Bhering, onde está localizada a oficina, conta com 300 funcionários. “As locomotivas que passam a oper-ar no corredor têm maior potência e também são mais eficientes no que se refere ao con-sumo de combustível. A expansão da oficina, além do impacto positivo quanto à produ-tividade, também representa um aporte em

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

Divulgação

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Uma parceria entre a NSA Pneu-tec, empresa reformadora de pneus, com a General Tire, fabricante de pneus de carga de alto desempenho da Continental, per-mitirá que a NSA se torne mais uma dis-tribuidora autorizada da marca nas quatro unidades dos Truck Centers, localizados em São Paulo, Santana de Parnaíba e Gua-rulhos, sendo que os frotistas diretos tam-bém serão atendidos. “Conquistar a confiança de um fab-ricante de pneus para ser concessionário dis-tribuidor sempre foi um objetivo para a NSA, agora, com a General Tire podemos avançar com segurança, pois além de excelente tec-nologia na construção da carcaça, tem resul-tados excelentes na primeira vida”, afirma Giulio Cesar Claro, diretor da NSA Pneutec.

NSA Pneutec fará distribuiçãodos pneus General Tires• Do Site da Transpo Online

tecnologia, levando ao treinamento de mão-de-obra para realização dos novos serviços”,

explica Gustavo Serrão, gerente dos Corre-dores Centro-Leste e Minas-Rio da VLI.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Caio Induscar entrega 20Solar Foz para a PM de SP

A Polícia Militar do Estado de São Paulo adquiriu 20 ônibus rodoviários com carroceria Solar II, da Caio Induscar, mon-tados sobre os chassis Mercedes-Benz para

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O Governo de Santa Catarina está cobrando o Ministério de Indústria e Co-mércio por uma definição a respeito do projeto Sinotruk. O MIC recebeu o proje-to da empresa e, embora prometesse uma definição em 30 dias, já passou dos três meses e ainda não efetuou o cadastro no Inovar-Auto. A fábrica da Sinotruk será

construída no Polo Industrial de Índios, ao lado da BR-282, mediante investimento de aproximadamente R$ 300 milhões. A uni-dade vai gerar 400 empregos diretos e cerca de 700 empregos indiretos ligados à cadeia de fornecedores. O governador Raimundo Colombo se reuniu no último dia 24 em Brasília, com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges Lemos,

para encaminhar o processo. Conforme o governador, há uma pendência jurídica que deve ser resolvida no início de julho. A Sinotruk é cadastrada no Inovar-Auto como importadora e precisa do registro na condição de montadora. Paulo Cesar da Costa, presidente da SCParcerias, respon-sável por trazer dois novos grupos investi-dores, mantidos em sigilo, para o projeto, tem acompanhado o governador.

Governo de Santa Catarinacobra sobre o projeto Sinotruk• Do Site da Transpo Online

fazer o transporte de até 46 policiais militares dentro do Estado. Os veículos são equipados com ar condicionado; poltronas reclináveis soft re-vestidas de tecido, modelo luxo, porta-pa-

cotes modelo executivo e cinto de segurança subabdominal retrátil; e porta dianteira com acionamento pneumático. Externamente, os ônibus recebem a identidade visual da PM de São Paulo.

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D E U N A I M P R E N S A

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• Do Site da Transpo Online / Por Regina Rocha

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Artigo: Um possível legadoda Copa para a mobilidade Chegado o tempo do maior evento esportivo de 2014, a Copa do Mundo de Futebol no Brasil traz à tona um importante capítulo do planejamento das cidades: a mo-bilidade urbana. Mesmo que metade dos projetos de mobilidade para a Copa tenha ficado apenas no papel, ou atendido somente aos entornos de estádios, não nos falta a oportunidade de cobrar por eles, ainda que não dentro do prazo ideal da competição. Certamente esses projetos de mobilidade – se corrigidos (já que para o Governo Federal foram falhas neles que não permitiram suas execuções) ainda são bastante úteis à população, e para o setor de transportes em especial. Novos VLT – trens urbanos, estações de metrô e corredores específicos de ônibus têm sua importância reconhecida. Quanto mais alternativas que barrem a crescente de automóveis nas ruas, melhor. Ao fim deste mundial teremos a chance de avaliar se o transporte público foi eficaz conforme o esperado. Acreditamos que sim, porém sabemos o quanto o segmento de transportes pode ser potencializado com a parceria da iniciativa privada. Nesse ponto, o setor de fretamento regularizado e cumpridor da lei tem nada menos que uma frota de 15 mil ônibus, micros ônibus e similares no Estado de São Paulo pronta a atender as demandas de passageiros que cada vez crescem mais, seja para ir ao trabalho, à escola ou mesmo para o passeio de fim de semana, e para acontecimen-tos grandiosos como a Copa. A previsão do Ministério do Tur-ismo é de que 600 mil turistas estrangeiros estarão por aqui neste período. Para conhecer melhor o Brasil, eles devem engrossar dados como estes de 2012, que apontam a preferên-cia de 71% das pessoas que viajaram pelo país pelo transporte rodoviário, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O transporte regular de pessoas por fretamento também é saída eficaz na mo-bilidade urbana, tanto que ganhou destaque aos olhos do Banco Mundial – órgão ligado à ONU – Organização das Nações Unidas. Há cerca de 10 meses um programa piloto do banco vem sendo aplicado em conjunto com

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dez grandes empresas ‘da Berrini’, a famosa área de executivos na zona Sul de São Paulo. Sediadas na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, essas empresas foram convidadas a incentivar seus funcionários a deixarem em casa carros particulares – uma experiência similar a adotada nos Estados Unidos, que buscou na iniciativa privada parte da solução para o problema da mobilidade. Resultado paulista: entre outros meios de chegar ao trabalho, destacou-se o fretamento, com um aumento de adesão em 4% até agora. Há menos de um ano, 6% dos trabalhadores dessas empresas utilizam os ônibus de fretamento. Hoje, são 10%. Mesmo que nem todos os trabalhadores relatem di-minuição de tempo no trajeto, todos os que passaram a usar o fretamento celebraram a melhora na qualidade de vida: o stress do trânsito hoje se converteu em tempo para des-cansar ou ler durante o caminho. O fretamento é uma das bem su-cedidas alternativas do programa, que junto

com as demais, como incentivo ao transporte público, resultou até o momento em uma redução de 3% entre os usuários de carro (eram 53%, passaram a 50% e a tendência é diminuir ainda mais esses números) e numa melhor fluidez no trânsito nos horários de pico da região. Iniciativas como esta mostram que um novo olhar do poder público e inicia-tiva privada sobre fretamento é possível, e benéfico, sobretudo em grandes cidades. As que ainda não têm trânsito intenso ganham mais uma competente forma de evitá-lo, e as que têm, de diminuí-lo.

* Regina Rocha é diretora executiva da FRE-SP (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo), bacharel em Direito e em Tur-ismo, atua há mais de dez anos no transporte rodoviário e turístico, tendo sido por seis anos titular da cadeira de fretamento junto a Comissão de Transportes da ARTESP, onde hoje é primeira suplente.

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• Do Site da Transpo [email protected]

LAN Cargo transportou 50cavalos argentinos em Boeing No dia 06 de julho, a LAN Cargo transportou 50 cavalos argentinos numa aero-nave Boeing 777F de Miami, nos Estados Unidos, para Madri, na Espanha, em uma operação realizada pela norte-americana Colt International. Os animais irão competir na temporada internacional de Polo realizada em Sotogrande, na Espanha. Dessa forma, os cavalos viajaram em grupos de três, em estábulos especialmente construídos pela Newport Cargo Argentina e a Unicorn S.A. para a operação da LAN Car-go. Os estábulos possuem as condições ne-cessárias para a comodidade e o atendimento a bordo. As instalações foram aprovadas pela Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA e pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Após a viagem à Espanha, os estábulos serão limpos, desinfe-tados e utilizados para o retorno dos cavalos aos Estados Unidos, em setembro. “Estamos muito contentes por ter-mos sido escolhidos para conduzir esta op-eração. Esse é um desafio que enfrentamos quase que cotidianamente. Já transporta-mos girafas, rinocerontes, elefantes, gol-finhos e até cangurus. Nossa experiência de

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Instalada em Goiânia (GO), a Cos-teira Transportes inaugurou a sua nova filial, que detém capacidade para movimentar 3.000 toneladas de cargas por mês. A unidade, que também servirá como ponto de apoio aos mo-toristas da transportadora, fará os serviços de expedição de cargas para o Norte e Nordeste, bem como o gerenciamento de toda a distri-buição do Centro-Oeste para todo país. A filial, que está situada na Rodovia BR 153 km 536,4, em Hidrolândia (GO), já opera com cinco clientes semanais na mo-dalidade de transporte de cargas fechadas. Recebe, também, cerca de 30 clientes para entregas em todo o Centro-Oeste. Essa es-trutura já transportou uma média de 1,5 mil toneladas de produtos desde sua abertura. “Nós, da Costeira, já tínhamos um projeto de abertura nessa região, pois já pos-

suíamos um ponto de apoio operacional na nossa frota em Goiás. Com a nova parceria en-tre a Costeira e um grande player nacional do segmento de higiene e limpeza, antecipamos esse projeto e início das operações. A filial ini-ciou os trabalhos capacitada para movimentar 3 mil toneladas, índice que pode ser facilmente expandido devido ao crescimento da estrutura

e novos investimentos”, afirma diretor comer-cial da Costeira Transportes, Hugo Soares.

ServiçoEndereço: Rodovia BR 153, km 536,4 – s/n – Hidrolândia – GO.Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 18h00. Sábados, das 8h00 às 14h00.

Costeira Transportes chega a GO• Do Site da Transpo Online

mais de 80 anos nesse setor nos torna uma das operadoras de carga mais especializa-das do mundo”, comentou Cristián Ureta, CEO da LAN Cargo, afiliada do Grupo LA-TAM Airlines. No aeroporto Internacional de Madri, uma equipe formada por 10 pes-soas da companhia aérea espanhola Iberia participou do desembarque dos cavalos. A operação incluiu 20 porta pallets para

transportar os estábulos onde os animais viajam, diversos carros de transporte de eq-uipamentos para deslocamentos até a área de estacionamento dos caminhões (de onde continuou o transporte dos cavalos), além de uma moderna plataforma de cargas. O equipamento suporta até 14,5 toneladas, adapta-se a qualquer tipo de operação de carga e será encarregado de desembarcar os cavalos do avião.

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R E D E S O C I A LTop 3 do OCD Holding no Facebook

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SERPUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

EDUARDO REIS CASALDÁLIGAMarcopolo Torino MBB OF-1418 - PraiamarPublicada no perfil pessoal do autor

Mais uma vez colocamos aqui o top 3 das melhores fotos publicadasdurante a semana na comunidade do site OCD Holding no Facebook,onde centenas de colecionadores postam livremente fotos de ônibusdos mais diversos locais. Acima, foto do co-fundador do site, Diego Almeida, e ao lado, fotos dos participantes Kleisson Rodrigues e Caique Cazares.

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REVISTAINTERBUSS • 13/07/14 23

1º • Copa do Mundode 2014 no Brasil

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

Absolutamente a derrota do Brasil peloplacar histórico de 7 a 1 contra aAlemanha foi o assunto mais comentadoda semana, inclusive até mais do queo assunto ônibus e transporte coletivo,que algumas pessoas postam commuita frequência. A revolta diantedos erros cometidos na partida daúltima terça-feira foi enorme e oscomentários nas redes sociais bateramrecordes. Nos próximos dias, oscomentários deverão continuar muitoem evidência.

2º • Ônibus daCopa do MundoContinuam em evidência as fotos dasseleções que ainda disputam a Copado Mundo aqui no Brasil, e ainda háfotos de ônibus com alguma decoraçãoalusiva ao torneio, sobretudo em relaçãoà seleção brasileira, derrotada nassemifinais pela Alemanha. A publicaçãodessas fotos ainda estão em grandeevidência nas redes sociais.

O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

Mais uma vez colocamos aqui o top 3 das melhores fotos publicadasdurante a semana na comunidade do site OCD Holding no Facebook,onde centenas de colecionadores postam livremente fotos de ônibusdos mais diversos locais. Acima, foto do co-fundador do site, Diego Almeida, e ao lado, fotos dos participantes Kleisson Rodrigues e Caique Cazares. Foto da Galera

ENCONTRO EM FORTALEZA

Na foto acima, colecionadores fazem foto diante de um dos ônibus daempresa São José de Ribamar, na cidade de Fortaleza, capital cearense.A foto foi postada pelo participante Dornelles Viana, no grupo MOB Ceará

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A R T I G O E S P E C I A L

Foi-se o tempo que pela manhã o ar era mais “fresquinho” e o clima mais gostoso. Para se ter uma ideia, às 5h44 da manhã desta quinta-feira, 03 de julho de 2014, os termômetros de rua na Avenida Pau-lista, região alta da cidade de São Paulo, mar-cavam 19 graus e qualidade do ar ruim. Os principais motivos para este quadro atualmente são o excesso de veículos e a falta de chuva, de acordo com especialis-tas. Há 25 dias não chove significativa-mente na Capital Paulista e na Grande São Paulo, o que dificulta a dispersão de poluen-tes. E se há necessidade de dispersão é porque há geração de poluentes. Nas cidades, de acordo com o Minis-tério do Meio Ambiente, os veículos são re-sponsáveis por 75% ao menos das emissões de gases e materiais particulados prejudiciais à saúde. De acordo com estudos do profes-sor Paulo Saldiva, médico do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP – Universidade de São Paulo, ao menos 4 mil pessoas por ano morrem na Capital Paulista por problemas de saúde causados pela poluição. E existe um conjunto de soluções para que cidades como São Paulo possam ter a poluição reduzida não só para garantir a qualidade de vida, mas para evitar mortes. Todas estas soluções precisam ter como foco principal a diminuição da quanti-dade de veículos nas ruas. Os investimentos em transportes coletivos devem ser urgentes e sérios. Todos sabem que transporte público dá voto. Mas vidas estão se perdendo. É uma crueldade investir recursos enormes em obras pontuais, só porque são diferentes, novas e chamam a atenção, sendo que toda a cidade precisa de soluções que atendam cada região. Assim, concentrar a de-manda em poucos modais ou eixos-tronco é uma solução extremamente ultrapassada.

Os transportes com qualidade e prio-ridade devem chegar a toda cidade. E por isso que os corredores de ônibus são considerados ideais. Com eles, é possível deixar os trans-portes públicos eficientes e atraentes em lo-cais onde uma obra de metrô demoraria para chegar ou mesmo seria tecnicamente impos-sível. Modais muito caros, mas que não conseguem atender uma quantidade de pes-soas que justifique o custo das obras e da op-eração, também é negligenciar a urgência do problema real e pensar apenas eleitoralmente: pessoas estão morrendo por causa da quali-dade do ar. Essa é outra vantagem dos corre-dores de ônibus: a implantação é mais rápida. Os investimentos em corredores de ônibus, hoje mais modernos, com estações de embarque e desembarque, além terem operações informatizadas, não excluem a necessidade e a possibilidade da importante expansão da malha de metrô, mas metrô de verdade, de alta capacidade. Afinal, a socie-dade merece que seus recursos, vindos dos impostos, sejam investidos com respeito e

inteligência. Mas além do transporte público, outras soluções não podem ser dispensadas. Uma delas é a descentralização da oferta de emprego, renda e educação. Não faz mais sentido obrigar o cidadão a cruzar toda a cidade para ter acesso a condições básicas de ganho e crescimento. Com a descentralização, os cor-redores de ônibus também são soluções. As estruturas poderiam ser mais simples, mais baratas e contribuírem para a qualidade dos transportes entre os bairros residenciais e centros locais de indústria e, principalmente, comércio. Os meios não motorizados, como bicicleta e caminhadas, devem ser estimu-lados, mas não apenas no discurso, mas com condições de fato. Parece irônico os governantes falarem de mobilidade, sendo que não consertam as calçadas, onde muita gente se machuca por causa de quedas e torções. O termômetro da Paulista (e de tan-tos outros lugares) só dá uma pequena noção do que os pulmões estão sofrendo. E a vida não pode esperar promoções políticas.

A qualidade do ar deveriaser levada mais a sério• Adamo Bazani [email protected]

AbrilMedição e outras ações

deveriam ser usadas para melhorias no transporte

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13/07/14 • REVISTAINTERBUSS26

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres revogou nesta semana de maneira oficial o edital de licitação das linhas interestaduais e internacionais com trajetos superiores a 75 quilômetros de exten-são. Em vez de as exigências do edital, entra em vigor um novo modelo de concessão: autorizações por linhas. Há semelhanças com o sistema de autorizações do setor aéreo. Serão estipuladas regras para que as empresas se habilitem para operar cada rota. Não haverá limite do número de companhias de ônibus que podem ser habilitadas. A lei que substitui as permissões através da licitação pelas autorizações in-dividuais por linha teve origem na Medida Provisória 638/14, apresentada pelo Senado Federal e aprovada pela presidente Dilma Rousseff. Desde 2008, as linhas interestaduais e internacionais de ônibus rodoviários oper-am em desacordo com a lei e por permissão precária. A Constituição Federal de 1988 determina que serviços públicos delegados sejam operados não mais por permissões precárias, como é o atual modelo, mas por concessões ou autorizações após disputas públicas, seja por licitação ou apresentação de ofertas para habilitação. Em 1993, foi determinado pelo Governo Federal que as permissões seriam renovadas por mais 15 anos, também de for-ma precária, e que em 2008 fosse realizada a licitação. No entanto, o edital foi alvo de di-versas polêmicas. Empresas de ônibus e ANTT não se entendiam em diversos pontos e lotaram os tribunais de liminares e recursos. Entre os pontos de discórdia está a divisão de todo o sistema em 16 grupos e 54 lotes operacionais. As empresas alega-vam que a criação destes grupos e lotes des-montaria estruturas montadas há anos pelas companhias diante das exigências da própria movimentação dos passageiros. A ANTT ale-gava que era necessário criar mais competi-tividade, reduzindo as concentrações de mer-cado. A quantidade de ônibus e a taxa de ocupação de passageiros nos veículos tam-bém eram pontos de discórdia. Os critérios para que as empresas sejam habilitadas nas linhas ainda vão ser definidos pela ANTT até o segundo semestre

No lugar entra em vigor nova regra aprovada pela presidente Dilma Rousseffque concede autorizações para a operação dos ônibus rodoviários

ANTT revoga edital de licitaçãodas linhas interestaduais

ÔNIBUS RODOVIÁRIO DE LINHAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS • Depois de queda de braço com empresas de ônibus, ANTT revoga definitivamente licitação de linhas.Regime será de autorizações individuais. Mercado deve se concentrar e tarifas serãocombinas entre as empresas ou haverá de fato concorrência? – Foto: Adamo Bazani.

de 2015. A lei 12.996 prevê que a Agência tenha um ano para estipular os critérios para conceder as autorizações e remodelar o siste-ma de transportes. Depois destas novas regras, as em-presas de ônibus devem se habilitar para cada linha, o que também está previsto para 2015. A liberalização do mercado será feita aos poucos. Nos primeiros cinco anos, a ANTT vai estipular as tarifas máximas de cada serviço. Depois deste prazo, serão as próprias empresas que devem definir os va-lores por concorrência. Hoje as linhas são traçadas pela ANTT. Também num próximo passo, as em-presas de ônibus é que devem definir os tra-jetos. Neste prazo de cinco anos, a ANTT diz que vai realizar estudos para coibir práticas de tarifas abusivas e evitar que regiões menos lucrativas fiquem completamente desassisti-das. A mudança é polêmica. Ao mesmo tempo que o edital que foi revogado tinha imperfeições que poderi-am trazer problemas operacionais, o excesso de liberdade às empresas de ônibus nas rotas rodoviárias é algo novo e, como toda a novi-dade, traz incertezas. Será que haverá concentração maior ainda de mercado por grandes empresas e

com mais condições econômicas para superar as exigências da ANTT na operação de linhas de grande demanda? Com a regulamentação das tarifas pelas próprias empresas daqui a cinco anos, não haverá uma espécie de acordo entre as companhias que, detentoras das linhas mais lucrativas, vão estipular as tarifas pelos maio-res valores, mesmo sem se enquadrarem em supostos abusos? Com isso, o que seria livre concorrência não acabaria numa criação de uma espécie de “cartel legalizado”? E as ligações menos lucrativas? Com poucos interessados, será que elas não seriam operadas com a qualidade mínima apenas? Neste caso, a falta de concorrência poderia afetar a qualidade? A ANTT diz que vai se precaver para que estes e outros eventuais problemas não ocorram. Segundo o órgão, pelo fato de o regime ser de autorizações, as empresas poderão perder mais facilmente as linhas se não seguirem às regras definidas pela agência ou praticarem abusos. Na queda de braços entre empresas e governo, as companhias de ônibus aparente-mente venceram. Agora se esta vitória trará vantagens para o passageiro, cabe à sociedade fiscalizar e cobrar.

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A CET – Companhia de Engenharia de Tráfego divulgou nesta sexta-feira, dia 11 de julho de 2014, o balanço sobre as opera-ções de trânsito e transportes realizadas nos dias de jogos da Copa do Mundo na cidade de São Paulo e quando a seleção brasileira entrou em campo, independentemente do estádio. Nestes dias, as empresas e estabelecimentos comerciais liberaram os trabalhadores antes dos horários habituais, o que causou impacto nos deslocamentos. O Blog Ponto de Ônibus teve acesso na íntegra ao levantamento da CET. A companhia destacou como positi-vos os resultados da ampliação do horário do rodízio municipal de veículos, que vigorou das 7h às 20h, e da operação das faixas exclu-sivas para ônibus, que funcionaram entre 6h e 20h sem interrupções. No entanto, o próprio gráfico divul-gado pela CET com base nas informações do sistema da SPTrans – São Paulo Transporte mostra que o desempenho dos ônibus ficou abaixo da média de um dia útil de junho mo-mentos antes das partidas do jogo do Brasil. A faixa entre 11h30 e 14h00 para os ônibus foi a pior. De seis situações analisadas pela CET e SPTrans comparativamente com a média de junho, em quatro delas o desem-penho dos ônibus foi abaixo do que se verifi-cou em dias úteis normais do mês. Nesta faixa horária, a velocidade média comercial dos ônibus municipais é de pouco mais de 15 km/h. Os ônibus, no entanto, circularam com velocidade menor que esta, entre 11h30 e 14h00 em 17 de junho, quando o Brasil empatou com o México por 0 a 0; em 23 de junho, quando o Brasil ganhou de Camarões de 4 a 1 e quando a Holanda venceu do Chile por 2 a 0 em São Paulo, em 04 de julho quan-do o Brasil venceu a Colômbia por 2 a 1 e no dia 8 de julho, quando a seleção de Luiz Felipe Scolari foi humilhada pela seleção da Alemanha por 7 a 1. Nas únicas situações nesta faixa de horário que a velocidade dos ônibus ultrapas-sou a média de um dia útil de junho, não teve jogo da seleção brasileira, mas houve partidas na Arena Corinthians: em 26 de junho, quan-do a Bélgica ganhou de um a zero da Coréia do Sul e em 01º de julho, quando a Argentina ganhou da Suíça por 1 a 0 na prorrogação. O pior desempenho dos ônibus entre 11h30 e 14h00 foi no dia 17 de junho de 2014. Neste dia não houve ampliação do horário do rodízio municipal de veículos e nem do func-

Mas na maior parte dos dias de partidas, ônibus conseguiram melhor desempenho que o habitual

Velocidade dos ônibus em São Paulo ficouabaixo da média horas antes dos jogos do Brasil

ionamento das faixas de ônibus. Foi o pior dia para o trânsito e para os transportes públicos: às 15 horas o índice de congestionamento na cidade chegou a 302 quilômetros, sendo que o normal para o horário, segundo a CET, é entre 25 quilômet-ros e 31 quilômetros. Para os ônibus, a partida Brasil e México, no dia 17 de junho, também não representou um dia positivo. Foi a menor velocidade do transporte coletivo municipal em todas as situações analisadas pela CET e SPTrans antes da partida. Às 13 horas, os ônibus na cidade circularam a pouco mais de 10 quilômetros por hora. A média é inferior a uma caminhada. Após este dia, a prefeitura ampliou os horários do rodízio e das faixas exclusivas para ônibus. No entanto, nos horários mais dis-tantes das partidas a velocidade dos ônibus ficou acima da média de um dia útil de junho na maior parte do tempo. Entre 00h00 e 10h00, em quase to-das as situações analisadas pela CET, a velo-cidade dos ônibus superou o que é registrado habitualmente. O mesmo ocorreu entre 14h30 e 23h00.

PAESE PARA AJUDAR O METRÔ A CET também divulgou o número de pessoas atendidas pela operação PAESE –

Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência, quando ônibus municipais foram colocados em circulação a partir da es-tação Artur Alvim para auxiliar as operações da linha 3 Vermelha do Metrô: “O Paese foi acionado na Operação Saída nos jogos dos dias 23 de junho e 1º de julho, em apoio ao sistema metroviário a par-tir da Estação Arthur Alvim. Na primeira data foram transportados 3.799 passageiros. Já no segundo dia foram 3.178, totalizando 6.977 atendimentos.” – diz a CET no levantamento.

MEDIDAS PARA O FUTURO Em entrevista no dia 02 de julho, quando foi apresentada a tecnologia que per-mite recarga do Bilhete Único por alguns modelos de celulares, o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, disse que as me-didas de ampliação do horário do rodízio e das faixas exclusivas para ônibus implanta-das nos dias de jogos do Brasil na Copa serão analisadas em estudos de mobilidade urbana para São Paulo. Ele não admitiu, mas também não descartou que estas medidas podem ser adot-adas permanentemente na cidade. “Tudo depende de uma discussão com a sociedade, mas claro que vamos discu-tir os efeitos destas ações para a cidade no dia a dia” – disse Tatto.

EVOLUÇÃO • Gráfico divulgado pela CET mostra que nas noras que antecederam os jogos do Brasil, velocidade dos ônibus ficou abaixo da média de junho. No entanto, na maior parte do dia, desempenho dos ônibus superou o habitual. Arte – Divulgação CET.

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13/07/14 • REVISTAINTERBUSS28

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HENRIQUE SIMÕESMarcopolo Viaggio G7 900 MBB OF-1724 E5 • Rio Negro

HENRIQUE SIMÕESMarcopolo Torino MBB OF-1721 E5 • Pretti

RAFAEL CALDASMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500RSD • Emtram

JOÃO VICTORMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K360IB • JR4000

HENRIQUE SIMÕESMarcopolo Viaggio G7 900 MBB OF-1724 E5 • Rio Negro

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HENRIQUE SIMÕESMarcopolo Torino MBB OF-1721 E5 • Pretti

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REVISTAINTERBUSS • 13/07/14 29

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RAFAEL CALDASMarcopolo Paradiso G7 1600LD Scania K400 • Kaoma

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RAFAEL CALDASMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD • União

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V O L V O C A M I N H Õ E S

A Volvo entregou no começo do mês para um grupo de transportadores brasileiros as primeiras unidades do FH16 750cv, o caminhão mais potente do mundo. Com um motor de 16 litros e 750cv, é um veículo in-dicado principalmente para o transporte de cargas indivisíveis e operações em que se exige grande desempenho do veículo. “Estas empresas irão transportar máquinas, equipamentos e componentes com grandes dimensões e peso, como grupos gera-dores, transformadores, pás eólicas, vigas, pré-moldados, entre outras peças, normal-mente utilizadas nas indústrias ou em obras de infraestrutura”, afirma Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo. “Estamos trazendo da Europa o mais potente e mais avançado caminhão do mun-do para atender uma demanda específica do mercado brasileiro de transportes. Os trans-portadores de cargas especiais têm agora a oportunidade de adquirir um caminhão com capacidade de tração de até 250 toneladas, motor de 750 cv de potência, torque de 3550 Nm, freio motor VEB mais retarder com potência de frenagem de até 1180cv, e uma caixa de câmbio inteligente I-Shift, entre outros importantes atributos”, complementa Alexander Boni, gerente comercial de camin-hões da linha F. “O FH16 750cv vai proporcionar um aumento de cerca de 20% na capacidade de tração em relação aos caminhões mais potentes de nossa frota”, comemora Alfonso Gonzalez, diretor de logística e infraestrutura da Transpes, uma das maiores empresas de transporte de cargas indivisíveis do Brasil, que adquiriu oito unidades do FH16 750cv. “E ainda teremos muito mais segurança nas viagens por conta de uma potência de frena-gem auxiliar de mais de 1 mil cv de potên-cia”, diz o empresário, ao lembrar que sua frota percorre trechos com topografia bastan-te acidentada em diferentes regiões do Brasil, em muitos casos com serras com mais de 45 quilômetros de extensão.

Potente, mas econômico

“Com maior potência de frenagem auxiliar poderemos poupar componentes do sistema de freios e diminuir gastos com manutenção”, diz Gonzalez, que comanda a Transpes, uma das mais tradicionais trans-portadoras deste segmento, com 1,1 milhão de toneladas transportadas e 30 milhões de quilômetros percorridos anualmente. As empresas que estiveram no com-plexo industrial da Volvo em Curitiba são a Transpes, de Belo Horizonte; Transdata, de São Paulo; Grupo Santin, de Araraquara; Transportes Pesados Blumenau, de Blume-nau; Transportes Gislon, também de Blume-nau; e Opencargo, de Porto Alegre. O FH16, na configuração cavalo mecânico 8x4, é equipado com o consagrado

D16G, um motor de 16 litros, e a mais mod-erna e segura cabine do mundo. “É uma inve-jável configuração, para atender com folga as rigorosas exigências dos transportadores que têm veículos especializados no carregamento de cargas indivisíveis, por exemplo”, afirma Alvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas da Volvo no Brasil. O motor de 750cv entrega 2800Nm de torque já a 900 rpm. Depois disso, a cur-va de torque sobe rapidamente e atinge seu pico de 3550 Nm a 1050 rpm, e este elevado torque continua na faixa plana até 1400 rpm. “Isto possibilita manter velocidades médias mais altas, mesmo nas subidas e inclinações mais íngremes, garantindo maior produtivi-dade do transporte”, diz o gerente.

VOLVO FAZ ENTREGA DEPRIMEIROS CAMINHÕESMAIS POTENTES DO MUNDO• Da Volvo [email protected]

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