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Page 1: Revista InterBuss - Edição 227 - 18/01/2015

TERESINA RENOVAFROTA E INICIANOVO SISTEMADE TRANSPORTE

LEIA TAMBÉM

SÃO PAULO RECEBEPRÊMIO INTERNACIONALPOR FAIXAS E CICLOVIAS

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 5 • Nº 227 18 de Janeiro de 2015

Belo Horizonte e Rio de Janeirotambém foram contempladas

SÃO PAULO RECEBEPRÊMIO INTERNACIONALPOR FAIXAS E CICLOVIAS

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

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INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

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Página 07

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Teresina renovafrota com 40 novosônibus e lançaintegraçãoCapital piauiense fez a entrega deprimeiro lote de novos ônibus etambém anunciou mudançasno sistema de transporte 10

CIDADE DE SÃO PAULO GANHA PRÊMIOPOR CONTA DE FAIXAS E CICLOVIAS

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

24

| A Semana em Revista

Rio de Janeirorecebe novo lotede ônibus comar condicionadoMesmo assim, meta de 100% dafrota com o equipamentoestá longe de ser alcançada 08

Implantação de 150km de ciclovias foi fundamental

CIDADE DE SÃO PAULO GANHA PRÊMIOPOR CONTA DE FAIXAS E CICLOVIAS

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AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

REDE SOCIALO seu espaço na Revista InterBuss 20

Página 07

ANO 5 • Nº 227 • DOMINGO, 18 DE JANEIRO DE 2014 • 1ª EDIÇÃO - 01h43 (S)

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

CIDADE DE SÃO PAULO GANHA PRÊMIOPOR CONTA DE FAIXAS E CICLOVIAS

PÔSTERMarcopolo Viale BRT 14

Guilherme Rafael

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzO fim da linha S. Caetano - Metrô Santana 26

COLUNISTAS Adamo BazaniJustiça determina insalube para cobrador 22| Deu na Imprensa

TNT investe emrenovação de frotae compra novoscaminhõesInvestimento total nesse primeirolote já adquirido e entregue foitotal de R$ 39 milhões, evem mais coisa por aí 16

| Calor ExcessivoÔnibus com motordianteiro sacrificaainda mais osmotoristasCom onda de calor, queima daperna e vapor causaprejuízo a motoristas 13

TEST-BUS

Implantação de 150km de ciclovias foi fundamental

ALLISON NA ARGENTINACaminhões de lixo são equipados 12

EDITORIALPedidos insanos do Catraca Livre 6

CALOR EXCESSIVOO nocivo motor dianteiro 13

CIDADE DE SÃO PAULO GANHA PRÊMIOPOR CONTA DE FAIXAS E CICLOVIAS

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Adriano Minervino, Márcio Spósito, Ail-ton Florêncio e Douglas de Cézare pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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REVISTAINTERBUSS Expediente

Os movimentos a favor do passe livre no transporte público possuem pensamentos bastante curiosos, pois não é possível que al-guém em sã consciência possa reivindicar cois-as absurdas como eles gritam em seus protestos organizados em sua maioria pelas redes sociais. A reivindicação do passe livre é um desses ab-surdos. Primeiramente, qual empresa teria in-teresse em operar um sistema de transporte tão complexo quanto o de São Paulo sem receber um centavo pelo serviço? Sim, sem um cen-tavo, pois a remuneração viria exclusivamente dos subsídios dos governos locais e que chegar-iam a números estratosféricos, sendo necessário cortar verba de áreas muito mais necessitadas no momento. Tudo o que as empresas particulares gastam para manter os ônibus em circulação passaria diretamente para o poder público: compras de veículos, manutenção, gastos com mão-de-obra, direitos trabalhistas, peças, mobiliário, e tantos outros gastos que muita gente não vê, mas está embutido nos preços das passagens, isso porque a maior parte delas já opera em de-fasagem e ainda precisa de recursos do poder

público para ajudar a completar os gastos. Se a prefeitura de São Paulo, por exemplo, es-tava pagando em torno de R$ 2 bilhões para manter a tarifa a R$ 3,00, para ela ser zerada seria necessário pelo menos o quádruplo desse valor, com subsídios chegando a cerca de R$ 8 bilhões. Com esse dinheiro é possível realizar muitas obras de melhorias que a cidade está ne-cessitando com muito mais urgência, enquanto a população tem condições e pode “ratear” esse valor, pagando as tarifas do transporte público e mantendo um serviço pelo menos razoável, já que cabe também aos governos a fiscalização e as exigências do sistema, ou seja, mais um gasto que já existe, pois têm os fiscais, os terminais e toda a infraestrutura, que teoricamente devem ficar a cargo das prefeituras ou dos governos estaduais. Outro ponto que chama a atenção nesses protestos que são desencadeados em todo o país quando há o aumento da tarifa do transporte coletivo é o questionamento da mob-ilidade, pois diz-se que todos têm o direito de ir e vir, e que com a cobrança de tarifa esse direito é cerceado, já que quem não tem dinheiro para

Insanidade e ignorância no pedido de catraca livre

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial pagar a tarifa, passa a não ter esse direito res-

peitado. Oras, o direito de ir e vir está nas ruas, nas calçadas. Todos podem ir e vir da forma que quiserem, sobretudo a pé, o transporte público pago não impede as pessoas de se deslocarem pelos lugares, da mesma forma que quem tem carro também pode fazer o mesmo desloca-mento, quem tem bicicletas, patinetes, patins, motos, motonetas, entre outros modos de movi-mentação. Agora, dizer que o ônibus deve ser gratuito para que todos possam se mover dentro das cidades é um grande absurdo. Então que os combustíveis também sejam de graça para que todo mundo possa abastecer seu carro e se mover pela cidade, pois sem ele os veículos não se movem. Outra coisa também é em relação à destruição do patrimônio das empresas opera-doras de transporte quando há reajuste. Já vi-ram alguém destruir um bar quando o preço da cerveja sobe? Ou alguém já viu uma destruição de bomba em posto de combustível quando há reajuste dos preços? Por que os ônibus devem ser destruídos quando há aumento? Há algo errado nisso, sendo que tudo sobe de preço e ninguém reclama? A impressão que dá é que há muitos interesses escusos na demonização dos empresários de transporte, imputando a eles a responsabilidade pelo aumento, sendo que quem define isso é a prefeitura e não as empre-sas. Antes de protestar, vamos ter pelo menos um pouco de discernimento e saber o que quer reivindicar, mas com lógica e respeito.

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• Boa Informação / BOL [email protected]

A S E M A N A R E V I S T ADE 11 A 17 DE JANEIRO DE 2015

REVISTAINTERBUSS • 18/01/15 07

Premiação internacionalé dada pela primeira veza cidades brasileiras pelamelhoria nas condiçõesde mobilidade social

SP, RJ e BH são premiadaspor ciclovias e corredores

Vá de Bike

Destaque

CICLOVIAS • 150km de novas vias exclusivas para bicicletas deram o prêmio à S. Paulo

Três das maiores capitais brasilei-ras conquistaram nesta semana um prêmio internacional de transporte sustentável, o Sustainable Transport Award. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte foram as escolhidas e se tornam as primeiras cidades do país a obter a premiação. O prêmio é organizado pelo ITDP, sigla em inglês do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento, que tem sede em Nova York e escritórios em outros seis países, incluindo o Brasil. O comitê que de-fine os ganhadores é formado por organiza-ções internacionais que trabalham com trans-portes. A intenção é reconhecer iniciativas que melhorem a mobilidade de pedestres, ciclistas e usuários do transporte público; e que reduzam a emissão de gases do efeito es-tufa. Realizado há dez anos, o prêmio saiu pela primeira vez para três cidades ao mesmo tempo. Representantes das três pre-feituras receberam a premiação em Washing-ton (EUA) na noite de terça-feira (13). São Paulo, Rio e Belo Horizonte se juntam, na galeria de vencedoras, a cidades como Buenos Aires – premiada em 2014 –, Bogotá, Medellín, San Francisco, Nova York, Paris, Londres e Seul. São Paulo recebeu o prêmio por im-plantar 150 quilômetros de ciclovias e 460 quilômetros de faixas de ônibus nos últimos dois anos e também por aprovar, no novo Pla-no Diretor, propostas como a de acabar com a exigência de garagens em construções novas. A premiação para o Rio de Janeiro faz referência ao investimento em transporte de alta capacidade, em especial o BRT Trans-carioca, corredor rápido de ônibus com 39 quilômetros e que atende, em média, 270 mil passageiros por dia.

Belo Horizonte foi lembrada por implantar dois novos corredores rápidos de ônibus, que somam 23 quilômetros, e por promover mudanças no Centro, que incluem 27 quilômetros de ciclovias e proibição de tráfego de veículos em determinadas ruas.Muito a melhorar “Estamos vivendo uma crise de mo-bilidade, e o prêmio reconhece as cidades que tiveram coragem política para tentar mu-dar esse quadro. Isso não quer dizer que Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo são modelos de cidade. Elas ainda têm muito que progredir”, afirmou Clarisse Linke, diretora executiva do ITDP no Brasil. Para Maurício Broinizi, coordena-dor executivo da organização Rede Nossa São Paulo, a premiação é um marco e serve de referência para todas as cidades brasileiras que enfrentam problemas de mobilidade. Em sua opinião, as iniciativas adota-das na capital paulista estão em “consonância com as soluções mundiais”, e era esperado que “mais cedo ou mais tarde houvesse o re-

conhecimento para esse esforço”. Ele disse, porém, que ciclovias e faixas de ônibus devem funcionar como com-plementos de um sistema de alta capacidade e que prefeitura e governo estadual precisam aumentar os investimentos em metrô e cor-redores de ônibus. Projetos de corredores Faixas fisicamente separadas para o fluxo de coletivos — foram barrados pelo TCM (Tribunal de Contas do Município). “A prefeitura precisa se acertar com Tribunal de Contas, se enquadrar. Para os recursos fed-erais serem liberados, precisa ter a aprovação dos projetos”, afirmou Broinizi. O representante da Rede Nossa São Paulo também chamou a atenção para a ne-cessidade de se criar a Autoridade Metro-politana, que faça o planejamento integrado do transporte na Grande São Paulo. Cabe ao governo paulista, disse Broinizi, liderar o processo de criação da Autoridade. “O gov-erno estadual precisa se mexer”.

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Rio de Janeiro recebe novos ônibus com ar condicionado

A S E M A N A R E V I S T A

• G1 Rio de Janeiro@terra. com.br

18/01/15 • REVISTAINTERBUSS08

Rio de Janeiro

O Rio terá até o fim de janeiro pelo menos 83 novos ônibus com ar condicionado circulando na cidade, conforme divulgou a RioÔnibus nesta sexta-feira (16). A pre-feitura recebeu os primeiros coletivos, após decreto no dia 6 deste mês que determina a incorporação de novos 2.233 unidades com refrigeração à frota do Rio. A cidade ainda poderá receber outra leva de ônibus antes de fevereiro. Os novos veículos atendem a seis linhas que circulam no Rio: 111 (Rodiviária – Jardim de Alah), 178 (Rodoviária – São Conrado), 463 (Copacabana – São Cristóvão) e 181 (Rodoviária – São Conrado), do con-sórcio Intersul; e 821 (Campo Grande – Cor-cundinha, via Estrada das Capoeiras) e 822 (Campo Grande – Corcundinha, via Vila Nova), do consórcio Santa Cruz. Dos novos ônibus, apenas as 10 uni-dades da linha 111 (Rodoviária – Jardim de Alah) já começaram a circular. Os outros 43 ônibus da Intersul, que vão atender as outras

três linhas citadas, estão em processo de regu-larização. Os 30 coletivos do consórcio Santa Cruz começam a circular já nesta sábado (17). Serão 15 micro-ônibus na linha 821 e 15 na 822. De acordo com a RioÔnibus, o Rio poderá receber ainda em janeiro outra leva de coletivos equipados com ar condicionado, além dos 83 já divulgados. Caso a determina-ção de colocar mais 2.233 coletivos refrigera-dos em circulação nas ruas seja cumprida, a cidade chegaria a 3.993 unidades climatiza-das - quase 50% de toda a frota da cidade, de pouco mais de 8 mil ônibus.

Aumento da tarifa O decreto para aumentar o número de coletivos refrigerados no Rio foi publi-cado logo após o aumento no valor das pas-sagens, de R$ 3 para R$ 3,40, considerado abusivo pelo Ministério Público. O contrato de concessão da prefeitura prevê o cálculo do reajuste com base na inflação e nos custos das empresas de ônibus. Desta maneira, o preço

da passagem deveria ter subido para R$ 3,20. Em entrevista ao Bom Dia Rio, no dia do decreto, o secretário municipal de transportes, Rafael Picciani, afirmou que o reajuste R$ 0,20 acima do previsto serve para acelerar o processo de refrigeração dos ôni-bus. Segundo ele, o objetivo é que 100% da frota seja climatizada até o fim de 2016. “Não há uma necessidade em 2016 de dobrar o número de ônibus com ar condi-cionado. Nós esperamos diminuir o número da frota já com o sistema de BRTs com sua implantação total em funcionamento”, expli-cou. O secretário disse ainda que a im-platação de BRTs vai gerar um custo para a população. Mas que a tarifa poderá até ser reduzida em 2016, dependendo do custo de instalação. “Eu não acredito nisso (em novo aumento). A revisão tarifária de 2016 pode, inclusive, reduzir o preço da tarifa. Se a com-provação dos itens que compõem essa tarifa estiverem equilibradas com esse custo de im-plantação”, disse.

NOVA FROTA • Mais veículos com ar condicionado foram entregues à população e em breve deverão estar na rua operando em 11 linhas

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REVISTAINTERBUSS • 18/01/15 09

Arthur Virgílio anuncia alta datarifa de ônibus para Manaus• G1 Amazonas@terra. com.br O prefeito de Manaus, Artur Neto, confirmou reajuste de 9% na passagem de ôni-bus em anúncio feito na noite de sexta-feira (16). O novo valor será de R$ 3 e passa a valer a partir de 00h deste domingo (18). Segundo o prefeito, o aumento do preço do combustível e o reajuste nos salários dos motoristas de ôni-bus contribuíram para a nova medida. “O preço da passagem estava conge-lado há três anos e três meses. A tarifa técnica seria de R$ 3,11, mas, com os subsídios, fica arrendondada para R$ 3”, resumiu Artur. O anúncio foi feito em coletiva na sede da prefeitura, localizada na Zona Oeste de Manaus. No final de 2014, o prefeito men-cionou a tarifa de ônibus como um dos seus grandes desafios para este ano. “Se a gente não conseguir nenhuma saída ficará inevitável em algum momento. Não tenho um real na conta de recursos federais para trabalhar mo-bilidade urbana”, disse, em entrevista ao G1. Além de Manaus, Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Boa Vista (RR), Curitiba(PR) e São Paulo (SP) tiveram a tarifa reajustada entre dezembro e os primeiros dias de janeiro de 2015.

Amazonas

AUMENTO • Prefeito de Manaus anunciou nova tarifa local para o transporte, de R$ 3,00

Motorista é culpado em acidente com ônibus do Brasil de Pelotas

Rio Grande do Sul

A Justiça de Canguçu, no sul do Estado, condenou o motorista do ônibus da delegação do Brasil de Pelotas que tombou em janeiro de 2009 na RSC-471 a três anos de prisão por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No acidente, o zagueiro Régis, o treinador de goleiros Giovani Gui-marães e o ídolo Claudio Milar morreram. Outras nove pessoas ficaram feridas. A sentença proferida pelo juiz Regis da Silva Conrado cabe recurso, mas a pena

deve ser substituída por prestação de serviços à comunidade. Segundo o despacho do magistra-do, os laudos do Instituto-Geral de Perícias apontaram que o veículo estava a 99 km/h antes de iniciar o processo de frenagem do ônibus para fazer a curva sobre o viaduto da BR-392. Ele cita também que as condições climáticas eram boas e a viagem, por ocor-rer à noite, preza por atenção redobrada do motorista. A defesa de Wendel Oliveira Verga-ra, por sua vez, sustentou que na noite do aci-

• Zero Hora@terra. com.br

dente havia neblina e que a estrada estava mal sinalizada, não indicando a curva acentuada. Também afirmou que, na época do acidente, ele possuía habilitação para dirigir veículo de transporte há aproximadamente um ano e que não havia feito antes aquele trajeto, bem como alertou os passageiros do uso de cinto de segurança. Além de reverter a pena de três anos por serviços comunitários, Vergara terá de pagar dois salários mínimos às famílias de cada uma das vítimas fatais. O motorista teve a habilitação suspensa por quatro meses.

REVISTA INTERBUSS. UMA NOVA EDIÇÃO A CADA DOMINGO!

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18/01/15 • REVISTAINTERBUSS10

Teresina implanta novo sistema de transporte e renova frota

A S E M A N A R E V I S T A

RENOVAÇÃO • Cidade de Teresina recebe quarenta novos ônibus e idade média cai

• Cidade Verde@terra. com.br

Piauí

Divulgação

O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB) disse no programa Notícia da Manhã, apresentadio por uma TV local na sexta-feira (16) que, com a implantação do novo sistema do transporte coletivo de Teresina, a cidade receberá imediatamente 40 novos ônibus, todos eles equipados com aparelhos de GPS. “Temos algumas mudanças ime-diatas. Uma delas é a chegada de 40 ônibus novos, além da saída dos veículos com mais de 12 anos. Mais 20 devem chegar até fever-eiro. Também há modificação no sistema de monitoramento. Todos os ônibus agora têm um sistema de GPS. Teremos tolerância zero com atrasos. Essas são medidas que vão ser adotadas a partir de agora”, comentou o tu-cano. Nesta sexta-feira, durante o lança-mento do novo sistema de transporte coleti-vo da capital, Firmino Filho assinará ordens de serviço para a construção de oito termi-nais de integração. A expectativa é que as obras sejam finalizadas em um prazo de oito meses. “Serão construídos terminais no Parque Piauí, Bela Vista, Dirceu (um próx-imo à Fundação Bradesco e outro perto da Usina Livramento), Satélite, Santa Isabel, Rui Barbosa e Balão da Coca Cola. Com os terminais, não haverá mais restrição de linhas em termos de integração. Acredito que em oito meses serão concluídos os ter-minais. Depois, será a vez dos corredores, que vão fazer a ligação ao Centro de Tere-sina”, adiantou em entrevista à TV Cidade Verde. Firmino Filho argumentou que a implementação do novo sistema permitirá a Teresina sair do “fundo do poço”, segundo suas próprias palavras. “O desafio é que possamos promover uma melhor qualita-tiva”, afirmou.

Consórcios Com o novo sistema de transporte coletivo, cada região da cidade será de re-sponsabilidade de um consórcio de empre-sas de ônibus. Na zona Norte, Consórcio Poty. Na zona Leste, Consórcio Urbanus. Na zona Sudeste, Consórcio Theresina. Na zona Sul, empresa Transcol.

Saúde No Notícia da Manhã desta sexta-feira, Firmino Filho também falou sobre saúde. Ele destacou os investimentos na área, os custos com o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e a atenção às unidades básicas de saúde. “A Prefeitura investe mais no HUT do que em obras em Teresina. Também esta-mos construindo 37 novas unidades básicas de saúde e vamos reformais mais 19”, res-saltou.

Agespisa Sobre o abastecimento de água na

capital, Firmino Filho falou que tenta em parceria com o Governo do Estado encontrar soluções. “Sabemos da dificuldade por que passa o saneamento básico. Temos um débi-to estúpido: 80% das casas na zona urbana não têm acesso ao saneamento. Além disso, voltamos a ter problemas crônicos de água. Ela não chega em quantidade e qualidade. A Agespisa não tem cumprido suas metas de investimento, nem atendido às necessi-dades de Teresina. Existem várias possíveis soluções para o problema. É necessário sen-tar à mesa e ver as várias alternativas para poder avançar”, explicou.

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REVISTAINTERBUSS • 18/01/15 11

Cachorra vai ao parque todosos dias e pega ônibus sozinha• Pernambuco.com@terra. com.br Já imaginou se seu cão soubesse sair e pegar o ônibus sozinho para ir ao parque passear? O que seria um sonho para muito tutores, é a realidade da cadela Eclipse, uma mestiça das raças labrador e mastiff, que aprendeu a pegar ônibus sozinha e descer no parque em que costuma brincar, em Seatle (EUA). De acordo com reportagem exibida pela emissora KOMO, afiliada da rede ABC, Eclipse divide os assentos com as pessoas e procura sempre um lugar na janela, para ver a paisagem. Já para voltar para casa, a cadela conta com a ajuda dos motoristas de ônibus da região, que já a conhecem e não cobram nada pela viagem. O hábito começou quando o tutor de Elipse, Jeff Young, passou a levar o ani-mal para brincar no parque. Um certo dia, sem que Jeff percebesse, a cadela entrou no ônibus correto sem o dono, que estava dis-traído fumando um cigarro. A esperteza aca-bou virando um hábito e o americano liberou

Eclipse para passear sozinha. O tutor contou ao canal de TV que, de vez em quando, recebe o telefonema de

Internacional

CURIOSO • Cachorra entra sozinha no ônibus em direção ao parque de Seattle, nos EUA

Acidentes são fatalidades, diz sindicato Os recentes acidentes com ônibus que vitimaram oito pessoas em Glorinha e out-ros nove em Santa Catarina são considerados fatalidades pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Intermunicipais, Interestaduais, Turismo e Fretamento do Rio Grande do Sul (Sindirodosul). Segundo o levantamento das polícias rodoviárias, nos primeiros 12 dias de 2015 já foram registrados 19 acidentes envolvendo ônibus no Rio Grande do Sul. Foram oito em rodovias federais e 11 em rodovias estaduais, dos quais nove foram com danos materiais, um com lesão corporal e outro que resultou na morte de oito pessoas. O acidente com vítimas ocorreu no dia 6 na ERS-030, em Glorinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Seis pessoas morreram no local e outras duas em hospitais, neste final de semana. No domingo (11), outro acidente com um ônibus que transportava mui-tos turistas gaúchos casou nove mortes na BR-282, em Alfredo Wagner, na Serra de Santa

Catarina. Segundo o sindicato do setor, 30 mil motoristas são responsáveis pelo trajeto entre cidades em todo o estado. Os profissionais trabalham oito horas por dia e recebem trein-amento para a função. Por isso, o sindicato da categoria acredita que os riscos são mínimos. “Eu quero frisar e deixar bem tran-quilos os passageiros, que hoje temos motor-istas bem treinados e o que aconteceu foi uma fatalidade”, diz o presidente do Sindirodosul, Moacir Anger. No acidente em Glorinha, o tacó-grafo, aparelho que registra a velocidade do veículo, marcou mais de 100 km/h no trecho onde a velocidade máxima permitida é de 60 km/h, segundo a polícia. O excesso de velocidade em ônibus da empresa Unesul, responsável pelo veículo que se acidentou, já foi alvo de reclamações de usuários em um site. Um passageiro escreveu poucos dias antes do acidente que os motoris-tas da empresa dirigem em alta velocidade em curvas fechadas, com freadas bruscas. A frota de ônibus intermunicipais au-

• G1 RS@terra. com.br

menta nesta época do ano, durante o período de festas e de férias escolares. Seiscentos ôni-bus extras foram disponibilizados só para os feriados de fim de ano. “São realizadas manutenções ad-equadas em toda a frota de ônibus do estado. Esses veículos extras só podem entrar em fun-cionamento se estiverem dentro do mesmo processo”, garante o presidente da Federação das Empresas de Transportes Rodoviários do Rio Grande do Sul (Fetergs), Pedro Antônio Teixeira. A fiscalização das condições dos ônibus é feita pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). A empresa é responsável pela manutenção e para isso tem que passar por oficina cadastrada pelo Inmet-ro. Só depois que o laudo da vistoria final for emitido é que o ônibus pode rodar. A superintendente de transporte de passageiros do Daer, Sônia Maria Bortoluzzi, diz que o órgão considera o transporte de pas-sageiros seguro, mas diz que as duas tragédias em sequência podem provocar uma mudança nas regras.

alguém que encontrou Eclipse “perdida” no ônibus e tem que explicar que o animal é “emancipado”.

Rio Grande do Sul

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A L L I S O N N A A R G E N T I N A

CAMINHÕES DE LIXODE ROSÁRIO (AR) SÃOEQUIPADOS COMTRANSMISSÃO ALLISON• Da Allison Transmission@terra. com.br A Allison Transmission ampliou sua presença no mercado de coleta de resíduos na Argentina, incluindo Rosário, cidade com uma das maiores populações do país - 1,3 milhão de moradores. A empresa Limp AR Rosário S.A. é responsável pela coleta de 25 mil toneladas de resíduos por mês utilizando uma frota de 13 caminhões Iveco, todos equi-pados com transmissões automáticas Allison da Série 3000™. Os serviços prestados pela Limp AR incluem coleta de lixo nos assentamen-tos temporários, operação de coleta, descarte do lixo e limpeza pública. Eles enfatizam a presença de uma ampla gama de caminhões de nova geração com carregamento lateral e traseiro, equipados com vários compactado-res - manuais, mecanizados ou mistos. Para estes trabalhos particularmente complexos, as transmissões automáticas Allison com a Continuous Power Technology™ proporc-ionam vantagens significativas em termos de eficiência e economia. “No Brasil trabalhamos com as transmissões Allison desde 2010, onde a topo-grafia sempre apresenta rampas íngremes”, diz o engenheiro Silvio Giachino, gerente de operações e manutenção da Limp AR. “Em comparação com os caminhões manuais, te-mos tido bons resultados com os automáticos por concluir os ciclos de trabalho em menor tempo e pelo menor custo de manutenção”. Giachino também se referiu à facili-dade de operação do equipamento e destacou o aumento da segurança na sua utilização. “Sem a necessidade de trocar as marchas manualmente e com a possibilidade do con-dutor manter as duas mãos no volante, a op-eração é mais segura e mais confortável para

o motorista”. “No atual serviço de coleta do lixo municipal, as transmissões automáticas tor-naram-se essenciais para a otimização do ser-viço em si, bem como para aumentar a segu-rança dos operadores e dos cidadãos”, disse ele. Os caminhões Iveco - 170E22 de carregamento traseiro - foram vendidos pela Aurelia, maior concessionário autorizado da Iveco da Argentina para o mercado de coleta de lixo. Luciano Marmorato, gerente de pós-vendas para Aurelia, explicou que os veículos equipados com as transmissões automáticas proporcionam melhor custo-benefício, tor-nando-os a melhor escolha para os serviços municipais. “Quando comparado com veículos manuais, no médio e longo prazo, os cus-tos de manutenção, de substituição de peças

por desgaste, e o consumo de combustível são consideravelmente mais baixos com os caminhões automáticos”, disse Marmorato. Também cita que esses são apenas alguns dos muitos benefícios oferecidos pelas trans-missões automáticas Allison. Além disso, o atendimento personalizado oferecido pela Al-lison ao seu usuário também é uma vantagem significativa. “Estamos trabalhando em parceria com a Allison desde que os caminhões foram entregues na cidade de Rosário, o que nos permitiu acompanhar de perto o desempenho dos veículos e observar os excelentes resulta-dos obtidos em mais de um ano de operação.” De acordo com Marmorato, “A escolha dos caminhões equipados com transmissões au-tomáticas Allison foi uma das decisões mais sensatas já feitas para a coleta de lixo”.

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REVISTAINTERBUSS • 18/01/15 13

C A L O R E X C E S S I V O

O MOTOR DIANTEIRO QUE QUEIMA MOTORISTAS• Adamo Bazani@terra. com.br Muito se fala em humanização do transporte: até mexer com o bolso. Nesta época de calor intenso se para quem trabalha e dirige o próprio carro ao conforto do ar-condicionado a situação já não é a das mel-hores, a exposição de várias classes de tra-balhadores a altas temperaturas faz com que seja necessário rever alguns ambientes do exercício da profissão. É o caso de motoristas de ônibus, em especial os que trabalham com os modelos de motor dianteiro. Com um termômetro digital de pre-cisão, foi possível verificar que no posto de motoristas a temperatura varia entre 42 graus e 54 graus enquanto a temperatura externa marcava 31 graus. “É a pior época do ano para trabalhar. Levo uma toalha para secar o suor, dá cansaço demais, dores no corpo. Tento levantar um pouco a calça porque a empresa não deixa vir com bermuda. E por cima, tenho de dirigir e cobrar. Chego em casa acabado” – diz o motorista de uma linha de Santo André, no ABC Paulista, que pediu para não se identificar. “Não agüento. Falam para tomar água toda a hora. Eu compro água gelada, de-pois de 15 minutos está quente. Não dá pra be-ber. Nessa linha dá para colocar ônibus [com motor] traseiro. O patrão põe esses de motor dianteiro porque são mais baratos” – reclama o motorista de outra linha também de Santo An-dré. O que o condutor falou é um fato. Ônibus com motor dianteiro pode custar até 20% me-nos que um veículo de porte semelhante com motor atrás. Além disso, a manutenção destes modelos é mais barata também. É fato que nas cidades brasileiras, as vias em má estado de conservação, a topogra-fia irregular, com verdadeiros morros a serem desafiados pelos coletivos, o crescimento desorganizado dos municípios que faz com que vários bairros sejam compostos por vie-las, se pensar em extinguir os ônibus de mo-tor dianteiro é algo impossível no momento. É importante destacar também que os modelos de ônibus mais novos têm um melhor isolamento acústico e térmico, mes-mo sendo com motor dianteiro. Mas não há como negar que por maior que seja a tecno-logia, motor na frente é sempre mais quente e

barulhento. Outro ponto importante de se fri-sar é que muitas linhas necessitam de veícu-los com esta configuração por causa das más condições de tráfego. No entanto, grande par-te dos trajetos hoje atendidos por ônibus deste tipo poderia ter sim veículos mais confor-táveis para o motorista que sempre extrapola a jornada de trabalho e não fica menos de 8 horas por dia ao volante. Na Capital Paulista, grande parte dos ônibus é de motor traseiro. Na vizinha região do ABC, a reali-dade é diferente. Em Santo André, há poucos veículos assim, a exemplo de São Bernardo do Campo. Em São Caetano do Sul, só os modelos maiores, em Mauá, todos os ônibus têm motor na frente. A cidade já teve modelos articulados com motor central, mas a prefei-tura trocou de empresa e em vez de articu-lados, a atual operadora Suzantur optou por veículos menores que os articulados, de três eixos, também com o propulsor na frente. Em Diadema e Rio Grande da Serra, os munici-pais também só contam com ônibus de mo-tor dianteiro. Com exceção de Rio Grande da Serra, em todas as cidades da região, há mais linhas que poderiam ter os veículos com mo-torização traseira ou central que são melhores tanto para passageiros como para motoristas. O corredor Metropolitano ABD, entre São Mateus (zona Leste da Capital) e Jabaquara (zona Sul), com extensão entre Diadema e estação Berrini da CPTM (zona Sul de São Paulo) parece ser outra realidade. Além de parte dos veículos ser composta por trólebus ou por ônibus diesel com ar-condicionado, não há motor dianteiro na frota. Por ser uma estrutura de corredor segregado, mais largo para manobras, com piso rígido e poucas interferências como lombadas e valetas, o tráfego destes ônibus melhores é possível.

BARULHENTOS Outra característica dos ônibus de motor dianteiro é que eles são mais barulhen-tos em especial para quem está ao volante, passando mais de um terço do dia ao lado do propulsor. Levantamento divulgado pelo Conselho Regional de Engenharia do Rio Grande do Sul, feito pelo engenheiro Adri-ano Colusi, em ônibus com motor dianteiro de marcas, modelos e anos diferentes mostra que trabalhar em coletivos deste tipo significa

estar exposto ao limite ou até mesmo ultra-passar o tolerável de ruído de acordo com o Ministério do Trabalho. Enquanto o organ-ismo pode tolerar 85 decibéis por oito horas (praticamente a jornada de um motorista), há modelos que em movimento chegam a emitir 87,1 decibéis. Todos os ônibus mais barul-hentos são de motor dianteiro:Modelo: VW/MPOLO TORINO U (ano 2010): Decibéis em Marcha Lenta: 75,3 dB – Decibéis em Movimento: 85,2 dBVW/15.190 EOD (ano 2011) :Decibéis em marcha lenta: 65,8 dB – Decibéis em Movi-mento: 76,4 dBVW/MAXIBUS URB16210 (ano 2000): Decibéis em marcha lenta: 71,5 dB – Decibéis em Movimento: 83,4 dBM.BENZ/OF 1721 (ano 1998): Decibéis em Marcha Lenta: 80,3 dB – Decibéis em Movi-mento: 88,4 dB M.BENZ/OF 1620 (ano 1996): Decibéis em Marcha Lenta: 79,5 dB – Decibéis em Movi-mento 86,7 dBVW/COMIL SVELTO 17210 (ano 2002): Decibéis em Marcha Lenta: 78,7 dB - Decibéis em Movimento: 87,1 dBM.BENZ/ OF1722 CAIO APACHE (ano 2007): Decibéis em Marcha Lenta: 75,2 dB – Decibéis em Movimento: 82,3 dB DECIBÉIS MÁXIMOS – TEMPODE EXPOSIÇÃO MÁXIMA TOLERADARecomendação do Ministério do Trabalho85 dB - 8 horas86 dB - 7 horas87 dB - 6 horas88 dB - 5 horas89 dB - 4 horas e 30 minutos90 dB - 4 horas91 dB - 3 horas e 30 minutos92 dB - 3 horas 93 dB- 2 horas e 40 minutos94 dB - 2 horas e 15 minutos95 dB - 2 horas96 dB - 1 hora e 45 minutos98 dB - 1 hora e 15 minutos100 dB - 1 hora102 dB - 45 minutos104 dB - 35 minutos105 dB 30 minutos106 dB - 25 minutos108 dB 20 minutos

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REVISTAINTERBUSSGUILHERME RAFAELVIAÇÃO VALE VERDE • BLUMENAU/SC

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• Do Site da Transpo [email protected]

TNT investe R$ 39 milhões e inicia renovação de frota A TNT anuncia o investimento de R$ 39 milhões para renovação de sua frota no Brasil, tendo como um dos objetivos a redução das emissões de 1.943 toneladas de CO² por ano. Foram comprados 237 novos veículos, entre carretas, cavalos e VUCs, tanto para transferência (viagens) como para coleta/distribuição. A frota será pintada com a nova marca global da companhia, chamada “TNT – The People Network”, ou “TNT – Uma rede de pessoas”. “A renovação completa da frota está prevista em até cinco anos. O investimento ga-rantirá maior eficiência operacional e menor necessidade de manutenção, o que vai nos permitir manter o alto índice de confiabilidade das entregas”, explicou. Fabiano Fração, dire-tor de Operações e Tecnologia da TNT. A transportadora de cargas ex-pressas informa que os novos veículos de transferência ficarão mais concentrados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, trazendo uma melhor autonomia no consumo de com-bustível. “Com a renovação da nossa frota conseguiremos aumentar a nossa média de quilometragem mensal de 15 mil quilômetros para o nosso objetivo de 20 mil quilômetros por mês. Esses resultados trarão uma redução de 1.943 toneladas anuais nas emissões de gases nocivos ao meio ambiente”, destaca Fração.

D E U N A I M P R E N S ATranspoOnline

Divulgação

• Do Site da Transpo [email protected] A 30º filial da transportadora Jamef Encomendas Urgentes foi inaugurada em Divinópolis, interior de Minas Gerais, justa-mente na cidade em que a empresa foi fun-dada, para atender aos embarcadores dos seg-mentos têxtil e calçadista, além da demanda por transporte de carga fracionada, que ainda possuem frande potencial de crescimento. A unidade está instalada em uma área de mais de 4.000 m², próxima à rodovia MG 050. “É motivo de muito orgulho para nós ampliar nossa atuação na cidade onde tudo

Jamef abre sua 30ª filial, agora em MGTranspoOnline

começou. Até agora, atendíamos a região por meio da unidade de Belo Horizonte. A partir de hoje, com uma unidade em Divinópolis, nós poderemos oferecer cuidado e segurança

ainda maiores para as cargas transportadas na região, além de prazos de entrega ainda mais competitivos”, explica Paulo Nogueirão, di-retor Comercial da Jamef.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Artigo: Fretamento, aliado da mobilidade urbanapor Jorge Miguel

De acordo com o simulador Inves-pedia, um carro popular na faixa de R$30 mil gera um gasto mensal de aproximadamente R$810,00 ao seu proprietário. Por ano este valor pode chegar a quase R$10 mil, se con-siderarmos despesas como IPVA, inspeção veicular, manutenção, seguro, licenciamento, emplacamento, combustível, multas, estacio-namento e limpeza. Por outro lado, a utilização do ôni-bus por fretamento, além de mais barato – em média de R$ 400,00 por mês – e confortável, ainda colabora com o meio ambiente, tra-zendo melhorias na qualidade de vida das pessoas. Dentre os benefícios deste tipo de transporte para a sociedade podemos destacar alguns pontos como economia de espaço das vias e de energia, redução nas emissões de poluentes e de gases de efeito estufa, queda no número de acidentes de trânsito e diminu-ição do estresse causado diariamente. A uti-lização desse modal impacta positivamente no difícil cenário atual das grandes cidades. Prova disso é o estudo realizado pelo assessor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Eduardo Vascon-cellos, que apontou as principais vantagens sociais e ambientais do uso do transporte por fretamento na Região Metropolitana de São Paulo. Os cálculos desta pesquisa mostraram que usando aproximadamente 12% da lo-tação máxima de um ônibus por fretamento já é possível transformar o cotidiano de uma cidade, diminuindo congestionamentos e pro-movendo bem estar da população. Vale res-saltar que um ônibus com quatro passageiros ocupa menos espaço nas vias por pessoa que um automóvel com duas pessoas. Já um ôni-bus que leva cinco passageiros emite menos poluentes que um carro com dois. Os dados da pesquisa também com-provam o quão se faz urgente mudar hábitos e culturas, reforçando a importância de fazer do fretamento uma opção mais válida. A uti-lização de um veículo próprio para trabalhar ou até mesmo fazer roteiros turísticos é um mal desnecessário e o ônibus deve ser visto como uma solução para estes deslocamentos.

TranspoOnline

Além de promover uma melhor qualidade para a cidade, o transporte por fre-tamento ainda é uma alternativa de muitos benefícios ao usuário, devido ao forte com-promisso com a pontualidade, o conforto e a segurança. Também para melhor comodi-dade, o passageiro já tem à disposição ness-es ônibus ar-condicionado, TV digital com sinais de dentro do próprio veículo e internet wireless. E para mais comodidade, há a pos-sibilidade de atualizar a leitura, descansar depois de um dia intenso de trabalho ou até mesmo falar ao celular sem risco algum du-rante o trajeto. Como vemos, as vantagens são in-úmeras e colaboram tanto para a sociedade,

qualidade de vida do passageiro, quanto para melhorias no seu ambiente de trabalho ou até mesmo familiar. Um funcionário sem o estresse causado pelo trânsito diário produz mais e melhor. Um cidadão produtivo e des-cansado pode aproveitar melhor os momen-tos de lazer em família. Além de colher bene-fícios para sua rotina, o usuário do transporte por fretamento é mais consciente e interes-sado em ajudar o coletivo e preocupado em reduzir níveis de poluentes, ruídos e trânsito.

* Jorge Miguel é diretor executivo do Trans-fretur (Sindicato das Empresas de Transporte por Fretamento e por Turismo da região met-ropolitana de São Paulo)

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D E U N A I M P R E N S A

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• Do Site da Transpo [email protected]

Ford apresenta no Salão de Detroit a nova F-150 Raptor

O Salão de Detroit, nos Estados Uni-dos, está sendo palco para a apresentação da nova F-150 Raptor, da Ford. A versão especial desta caminhonete, que será lançada somente no final de 2016 para o mercado norte-ameri-cano, oferece alto desempenho em pistas fora de estrada. O modelo é mais de 15 centímetros mais largo do que a F-150 padrão. “Quando criamos a primeira Rap-tor, quisemos provar que o desempenho de um veículo nãose mede apenasnas ruas ouna estrada – o off-road pode ser muito mais di-vertido,” recorda Raj Nair, vice-presidente de Desenvolvimento de Produto Global da Ford. “A Raptor original, junto com os avanços da nova F-150, definiram a base para tornarmos a nova Raptor melhor em todos os sentidos”, completa.

TranspoOnline

Divulgação

A caminhonete recebe o novo pro-pulsor 3.5 EcoBoost, de segunda geração, com 417 cavalos de potência e torque de 60 kgfm, exclusivo para o novo modelo. O veí-culo também conta com a nova transmissão de 10 velocidades, que distribui a potência entre as rodas dianteiras e traseiras. “A nova caixa garante melhor tração em uma grande variedade de terrenos, tanto em baixa ou alta velocidade, em estrada ou fora de estrada,” garante Jamal Hameedi, engenheiro-chefe da Ford Performance. O sistema de condução off-road da Raptor evoluiu para uma nova tecnologia de gerenciamento, o “Terrain Management System”, que permite selecionar seis dife-rentes modos: Normal, para condução diária; “Street”, para direção na cidade; “Wheater”, para rodar na chuva, neve ou gelo; “Mud and sand”, para trilhas de lama e areia; “Baja”,

para rodagem no deserto em alta velocidade; e “Rock”, para andar em baixa velocidade nas pedras. Para otimizar o desempenho, o veículo possui nova calibração no motor, do controle de tração, freio ABS e controle de estabilidade. A montadora informa que a nova Raptor possui um chassi personalizado, sen-do o mais robusto da linha F-150, com maior aplicação de aço de alta resistência. A camin-honete é produzida com liga de alumínio de nível militar, que reduziu seu peso em quase 230 kg. Seu design temete às chama-das “Trophy Trucks”, conhecidas por serem as picapes off-road mais rápidas e poderosas. A Raptor também conta com uma saída du-pla de escape e rodas de 17 polegadas, com a nova geração de pneus todo-terreno BFGo-odrich All-Terrain KO2, própria para a apli-cação off-road.

• Do Site da Transpo [email protected]

SC recebe 100 micros do Caminhos da Escola Em dezembro de 2014, a concession-ária Carboni fez a entrega de 100 ônibus mod-elo Iveco CityClass para o transporte dos alunos da rede pública ao governo do Estado de Santa Catarina, que realizou a compra através do pro-grama federal Caminho da Escola. Os veículos

TranspoOnline

foram distribuídos para 90 municípios. “Fe-chamos 2014 com aproximadamente 800 uni-dades comercializadas via programa ‘Caminho da Escola’ em todo Brasil. Nossa contribuição a essa importante iniciativa de inclusão social já chega a quase 8 mil unidades desse veículo en-tregues nos últimos anos”, afirma Osmar Hira-shiki, diretor de Vendas Corporativas da Iveco.

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A transportadora gaúcha Trans-líquidos investiu na aquisição de 37 cavalos mecânicos do modelo XF105, da DAF, em uma transação efetivada na concessionária El-dorado Caminhões, em Canoas. Todas as uni-dades, nas versões 6×2 e 6×4 de 460 cavalos de potência já foram entregues ao cliente, que

• Do Site da Transpo [email protected]

Comcar compra 350 MackTranspoOnline

• Do Site da Transpo [email protected]

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Divulgação Volvo

Translíquidos compra 37novos caminhões DAF

TranspoOnline

A Comcar Industries, empresa esta-dunidense, investiu na compra de 350 camin-hões Mack Pinnacle, que forma 75% da frota da companhia. Os veículos são equipados com os propulsores Mack MP7 e Mack MP8, transmissão automatizada Mack MDrive e a tecnologia Super Econodyne, que assegura uma economia de pelo menos 3,5% no con-sumo de combustível em relação aos concor-rentes do mercado norte-americano. A relação entre as duas empre-sas dura mais de 30 anos. “Escolhemos os caminhões Mack Pinnacle por causa de sua eficiência no consumo de combustível”, disse Mark Bostick, presidente da Comcar. “Sabe-mos que o Mack Pinnacle, equipado com o MDrive, oferece benefícios de eficiência de combustível. O MDrive tem um histórico

comprovado de aumentar a produtividade, segurança e eficiência para nossos clientes, e estamos ansiosos para entregar esses benefí-

cios para Comcar”. Completou Stephen Roy, director de Vendas e Marketing da Mack Trucks North American.

aplicará os novos veículos no transporte de produtos químicos e outros granéis líquidos, tais como gasolina, diesel, álcool e biodiesel. “A DAF disponibilizou unidades do XF105 para teste por cerca de 20 dias. A operação foi feita com caminhão tanque bitrem. Neste período, identificamos alguns itens que foram decisivos para a compra: o torque, a potência e a economia. No entanto, a facilidade na tro-

ca de marcha, robustez na subida, segurança na descida, conforto e espaço interno também foram critérios cruciais”, afirma Giovani Pa-sini, diretor Operacional da Translíquidos. Além da concessionária de Canoas, a Eldorado Caminhões se prepara para in-augurar uma nova unidade em Eldorado do Sul (RS), além de outras duas em Chapecó e Tubarão, ambas no Estado de Santa Catarina.

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R E D E S O C I A LTop 3 do OCD Holding no Facebook - Alex de Souza Cornelio

A Foto da SemanaAQUI PUBLICAMOS A FOTO MAIS BONITA DA SEMANA, PUBLICADA NAS REDES SOCIAIS. A FOTO COLHIDA PODE SERPUBLICADA EM GRUPOS ABERTOS, EM PERFIS PESSOAIS OU EM PÁGINAS OFICIAIS. LINKS PARA OUTRAS PÁGINAS EXTERNAS NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA ESTA SONDAGEM

GUILHERME RAFAELMarcopolo Viale Volksbus 17 210 EOD - Viação JundiaiensePublicada no perfil pessoal do autor

Na semana passada, o colecionador carioca Alex de Souza Cornelio abriu um pouco de seu vasto acervo e publicou algumas fotos antigas no OCD Holding no Facebook. Três delas estão apresentadas aqui, logo acima, sendo duasda Macaense e uma delas da 1001, todas com as pinturas antigas das empresas. Parabéns pelo ótimo acervo!

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O SEU ESPAÇO NA REVISTA INTERBUSS

1º • Aumento dastarifas do transporte

Deu o Que FalarOS ASSUNTOS SOBRE TRANSPORTE MAIS COMENTADOS NAS REDESSOCIAIS NA ÚLTIMA SEMANA

O assunto que mais deu o que falar nasemana passada, absolutamente, foramos aumentos nas passagens de ônibusurbanos e metropolitanos em todo opaís. Diversas tarifas tiveram reajustena surdina e geraram muitas reclamaçõese críticas duras nas redes sociais eem sites especializados. Mais uma vez,as autoridades falaram aos montes efizeram um monte de promessas quenunca são cumpridas. As reclamaçõescontinuam sendo feitas e pelo jeitoainda vão dar muito o que falar.

2º • Empresascirculando a serviçoMesmo com a passagem das festas definal de ano, muitas empresas de ônibusainda estão contratando outras viaçõesde turismo para reforçar suas frotas porconta das férias de início de ano, e por conta disso muitos colecionadores estãoindo para as portas das rodoviárias e para as beiras das rodovias registrarem osveículos a serviço das outras empresas.

Na semana passada, o colecionador carioca Alex de Souza Cornelio abriu um pouco de seu vasto acervo e publicou algumas fotos antigas no OCD Holding no Facebook. Três delas estão apresentadas aqui, logo acima, sendo duasda Macaense e uma delas da 1001, todas com as pinturas antigas das empresas. Parabéns pelo ótimo acervo!

Foto da GaleraRELEMBRANDO - ENCONTRO DEBUSOLOGOS NO TERMINAL DESANTO ANDRÉ/SP EM 2011

Na foto acima, publicada em 2011 no Blog Ponto de Ônibus, do jornalistae colunista da Revista InterBuss, Adamo Bazani, alguns colecionadoresvisualizam fotos em álbuns impressos no Terminal Metropolitano deSanto André, durante encontro realizado no mesmo ano.

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

A 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho – TST condenou a Viação Sidon, de Belo Horizonte, a pagar adicional por in-salubridade a um ex-cobrador de ônibus da empresa. O motivo são as vibrações exces-sivas dos ônibus às quais os cobradores são submetidos. De acordo com perícia, as vibrações eram superiores ao limite estipulado pela Or-ganização Internacional para Normalização — ISO, que é de 0,83 metros quadrados por segundo para oito horas trabalhadas. A justiça trabalhista em Brasília considerou grau médio de insalubridade, de-terminando à empresa de ônibus pagamento da diferença entre o que o profissional rece-beu de salário comum e o adicional. O cobra-dor trabalhou na Viação Sidon entre 1994 e 2010. Cabe recurso desta decisão, mas o TST gerou uma espécie de súmula, decisão que pode servir de base para outros proces-sos. Para conseguir o resultado, o cobrador teve de enfrentar uma verdadeira maratona judicial. Inicialmente, a 10ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte acolheu o pedido do cob-rador e determinou o pagamento do adicio-nal. A Viação Sidon então recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região – Minas Gerais e conseguiu anular o bene-fício ao trabalhador. A empresa alegou que a função de cobrador de ônibus não está na relação oficial do Ministério do Trabalho de profissões consideradas insalubres por causa de vibração mecânica, argumento acolhido pela Justiça. A empresa também afirmou que a perícia foi realizada em apenas um dos ôni-bus da frota onde o cobrador trabalhou. A defesa do trabalhador então recor-reu ao TST. No recurso, explicitou que o

Quanto mais velho e mal conservado o ônibus, pior é fica a situação jurídica da empresa

Vibrações dão insalubridade a cobrador de ônibus

anexo 8 da Norma Regulamentadora 15 do Ministério do Trabalho e Emprego prevê a insalubridade, se forem constatados riscos ao trabalhador, independentemente de local, atividade ou se a profissão está na relação do órgão. O ministro Wlamir Oliveira da Cos-ta, relator da decisão, decidiu que o adicional é devido a qualquer trabalhador exposto a vi-brações acima do limite tolerável. A decisão da 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho é unânime. O ministro-relator ainda considerou que houve violação do artigo 192 da Consolidação das Leis do

Trabalho, a respeito do pagamento de adi-cional salarial a atividades insalubres, e de-stacou que o TST, em situações semelhantes, manteve a condenação ao pagamento de adi-cional. Vale lembrar que por não estar rela-cionada na lista do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, a profissão de cobrador só pode gerar adicionais deste tipo por ações individuais. Como os modelos de ônibus e a conservação dos veículos variam, devem ser realizadas perícias para cada caso, preferen-cialmente. Assim, quanto mais velho ou mal conservado for o ônibus, pior é a situação ju-rídica da empresa.

POSTO DE COBRADOR DE ÔNIBUS • Justiça dá direito de adicional por insalubridade devido às vibrações às quais os profissionais são expostos. Os casos devem ser analisados individualmente e quanto pior a situação da frota, mais complicada pode ficar a situação da empresa juridicamente. Foto: Gazeta do Oeste (meramente ilustrativa)

Não é necessário ser grande perito para identificar que o transporte clandestino é um dos grandes problemas no Estado do Rio de Janeiro. Frequentemente podem ser vistos Ciferal GLS, Caio Millennium I, Marcopolo Torino Geração V, veículos dos anos de 1990, e até mais antigos, como Monobloco O-364, da primeira metade dos anos de 1980. A questão não é somente a idade destes ônibus, mas o mau estado de conser-vação e a atuação na clandestinidade, sem regras, muitas vezes sem preparo adequado

Transporte pirata é um dos grandes problemas no estado. São Encontrados veículos velhos e sem condições de uso

Ônibus clandestinos apreendidos no Rio já chegam a 174do condutor e sem nenhuma garantia ao pas-sageiro em caso de acidentes. De acordo com o Detro, que geren-cia os transportes rodoviários no Rio de Ja-neiro, nesta primeira quinzena do ano foram apreendidos 174 veículos irregulares. Somente nesta quarta-feira, dia 14 de janeiro, foram retirados de circulação 32 ônibus irregulares. A multa é de R$ 2.547,30, além da apreensão do veículo e os custos de reboque, pátio e regularização do ônibus não para o transporte, mas junto ao Departamento de

Trânsito. Boa parte das apreensões ocorre nas proximidades da rodoviária Novo Rio, na cap-ital fluminense. Os destinos oferecidos pelos clandestinos são os mais variados e muitas vezes, rotas feitas por veículos rodoviários no transporte regular, são realizadas em urbanos clandestinos. Alguns deles mantém a pintura das antigas viações, como a padronizada da EMTU – Empresa Metropolitana de Trans-portes Urbanos, gerenciadora dos ônibus in-termunicipais de São Paulo.

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O Consórcio Intermunicipal do ABC, que reúne os sete prefeitos da região, definiu na tarde desta quarta-feira, dia 14 de janeiro de 2015, as regras bási-cas para o passe-livre estudantil, que vai garantir gratuidade a parte dos alunos que usam ônibus municipais na região. Não vai haver integração entre os sistemas. As-sim, por exemplo, quem usa ônibus mu-nicipal em Santo André e também em São Bernardo do Campo, terá ainda de solici-tar dois passes. As regras do PL – Projeto de Lei vão ser encaminhadas pelo Consórcio às prefeituras que, por sua vez, vão repassar as minutas para as câmaras municipais vo-tarem. Enquanto não houver votação para unificar as regras nas sete cidades, as gra-tuidades serão concedidas de acordo com os critérios que hoje garantem desconto de 50% para estudantes e professores, que so-mam na região do ABC 68 mil cadastros. As aulas devem começar no dia 02 de fe-vereiro. “Enquanto os projetos estiverem tramitando nas Câmaras, paralelamente haverá discussão jurídica em cada cidade, prevendo que as empresas mantenham o fornecimento do passe escolar gratuito até a regulamentação”, disse a coordenadora do Grupo de Trabalho Mobilidade do Con-sórcio, Andrea Brisida – em nota divulga-da pelo consórcio. Os secretários de transportes e representantes do setor de mobilidade de cada uma das sete prefeituras devem se re-unir na próxima semana para trazer novas informações sobre o andamento da pro-posta em cada município. Devem ter direito estudantes ma-triculados nas redes públicas de ensino básico, médio e superior, inclusive profis-sionalizantes, desde que os cursos sejam reconhecidos pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura. Quem está matricu-lado em cursos particulares também pode ter direito ao “passe-livre” estudantil. O Consórcio não informou se serão definidas faixas de renda para con-cessão do benefício, mas também está mantido o desconto de 50% nas passagens, caso os estudantes não se enquadrem nas exigências regionais para as gratuidades. Os estudantes terão uma cota mensal no passe-livre de acordo com a

Projeto de lei vai ser enviado às câmarasmunicipais em caráter de urgência

ABC define critérios básicospara passe-livre estudantil

frequencia das aulas. Assim, quem vai de segunda a sexta-feira à instituição de en-sino terá direito a mais viagens em relação a quem, por exemplo, tem curso presencial por alguns dias na semana.

CADA CIDADE TERÁ AUTONOMIANA DISTÂNCIA E NA POSSIBILIDADEDE COBRAR CADASTRO Apesar de o Consórcio Intermu-nicipal do ABC tentar unificar as regras para o passe-livre estudantil, as cidades terão autonomia de definir, por exemplo, a distância mínima entre a casa e a esc-ola para liberar a gratuidade. No entanto, esta distância não pode ser superior a dois quilômetros. Em nota, o Consórcio ainda ex-plica que em cada cidade os alunos devem fazer cadastros específicos e cabe às pre-feituras definirem se vão cobrar ou não pelo cadastramento. “Os interessados deverão apre-sentar documento de identidade, compro-vante de residência, além de holerite no caso dos professores, nos postos estab-elecidos pelas secretarias de transporte de cada prefeitura. Cada município manterá o critério atual de exigência ou não de taxa

para cadastro.”

PROTESTOS A região do ABC Paulista conti-nua sendo palco de protestos contra os au-mentos nas tarifas de ônibus. Em Santo An-dré, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires, no último dia 06 de janeiro, as passagens subiram para R$ 3,50. Em Rio Grande da Serra, a tarifa deve subir de R$ 2,90 para R$ 3,40. Nesta quarta-feira, dia 14 de ja-neiro, aproximadamente 100 pessoas, ini-ciaram um ato contra o valor das passa-gens na região central, em São Bernardo do Campo. No último dia 10, segundo a PM, 200 pessoas fizeram uma manifestação em Santo André e, no dia 07, aproxima-damente 350 pessoas realizaram um ato na região central de Mauá. Na ocasião, o grupo protestou contra o valor da tarifa e a contra a falta de qualidade nos transport-es, agravada, de acordo com os moradores da cidade, após as alterações promovidas pela prefeitura ao trocar de empresa de ônibus e retomar o monopólio dos ônibus na cidade.

ÔNIBUS EM SÃO BERNARDO DO CAMPO • Consórcio Intermunicipal define regras básicas para a concessão do passe-livre estudantil no ABC Paulista. Em São Bernardo, foi realizada a terceira manifestação contra o aumento nas tarifas. Foto: Adamo Bazani.

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REVISTAINTERBUSS • 18/01/15 25

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

A extinção da linhaSão Caetano do Sul - Metrô Santana

O Natal chegou com a extinção de uma das mais tradicionais linhas de ônibus da Grande São Paulo, o São Caetano - Metrô Santana. E era bem tradicional para milhares de habitantes da cidade caetana, que até os anos 1990, quando não havia integração en-tre Trem e Metrô, era o meio mais rápido de ônibus da cidade até a zona norte de São Paulo. A linha existiu desde 1973, oper-ada inicialmente pela Viação Tucuruvi sub o número do auto 7293-DER-73, sendo que 7293 era o número da linha em âmbito estad-ual. O itinerário ia além do bairro de Santana, parando em Tucuruvi, por isso o nome da em-presa. Até 2012, a frota era composta ba-sicamente de ônibus fabricados na década de 1990, como Torinos GV, Vitórias e Alphas. E com o passar do tempo, seus ônibus foram substituídos por micro-ônibus, aumentando o intervalo, subtraindo domingos e feriados, tirando sábados até que a linha chegou a fun-cionar com somente dois micros em horário de pico. Só para ter uma ideia, em maio de 2013 a linha transportou 28079 passageiros. Com profundas mudanças no início de 2014,

O-500UDA • Dois anos e mais de quinhentos veículos vendidos

passageiros de maio de 2013 desistiram ainda mais de pegar seus ônibus, caindo em torno de 92% o número de pessoas transportadas, chegando a minúsculos 2122. Nota: Se não tivesse essa profunda mudança no início de 2014, de corte de partidas, a linha ainda teria existido. Esta tabela encontra-se no site https://blogpontodeonibus.files.wordpress.com/2014/09/area_5_adamo_blog_ponto_de_onibus_2.pdf, que seria o anexo 05 da Concorrência 014/2013 da EMTU-SP. Uma pena que não encontrei dados anteriores a 2013. Até decair no último mês do ano passado, o que pediu à EMTU cancelar esta linha, mais o atendimento 067BI1 até o Metrô Belém, mais a 562, linha de trajeto curto. Ia de um bairro de São Caetano até o Metrô Vila Prudente, ofuscada pela conclusão da linha 2 - Verde até Vila Prudente com integração à linha 10 da CPTM. E com isso, a Viação Santa Paula encerra praticamente suas atividades em transporte urbano. Vamos ver até quando a empresa manterá a marca. Uma pena que a viação foi atingida nos últimos anos pela migração de passageiros ao sistema Metrô-

CPTM utilizando o bilhete único.

Santa Paula A Viação Santa Paula foi fundada em 1974 por três sócios: Nestor de Carvalho, Antônio de Carvalho e Euclides de Carval-ho, com duas de suas linhas transferidas da Viação São Bento, a atual 047 (Santo André - Vila Palmares - São Caetano) e outra que liga São Caetano até o centro da cidade. Em 1982, a empresa foi vendida por dois grandes grupos: o grupo de Sebastião Passarelli, que já foi um dos maiores do ABC e faleceu em 2014, e o grupo de Aquilino Lo-vato (da Viação São Bento de São José dos Campos). Ambos tinham a Viação Tucuruvi e a recém incorporada Viação “São Caetano do Sul -Penha”, de uma linha só, a 150 Penha - São Caetano extinta em 2013. E assim, em 1984, Tucuruvi e Santa Paula tornaram-se uma só identidade, man-tendo a Santa Paula para linhas urbanas e Tu-curuvi como linhas de turismo e fretamento. E anos depois, a empresa é vendida para os donos da Viação Padre Eustáquio. Por volta de 2005, a Santa Paula foi novamente dividida em duas, voltando a Tu-curuvi atuar em linhas urbanas.

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