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Page 1: Revista Prefeitos de São Paulo

SANTA BÁRBARA D’OESTE/SPPASSADO DE GLÓRIA,FUTURO PROMISSORE, NO PRESENTE, A BOLA DA VEZ!

CAPA

Mário HeinsPrefeito Municipal

NACIONALPresidente Dilmae os negócios daChina

6 MESES DEPOISO que pensam alguns prefeitos sobre os novos governos federal e estadual?

DESTAQUESocorro/SP e seus aventureiros especiais

EDIÇÃO ESPECIAL

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UMA PUBLICAÇÃO:

EXEMPLAR AVULSOR$16,90

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ÍNDICE

19Dilma/Alckmin - 6 meses após a posse. O que pensam alguns prefeitos?

36Especial: Socorro/SP e seus aventureiros especiais.

Matérias Prefeituras/SP

10 ARTIGO Senador Rodrigo Rollemberg

12 ARTIGODep. Jonas Donizette

14 ARTIGODep. Carlos Cézar

16 ARTIGOProfª. Cristina Carrara

40 ARTIGODr. Eduardo Roberto Lima Junior

42 ARTIGOCristovan Grazina

44 ENTREVISTAGustavo Reis - Pref . de Jaguariúna

48 ARTIGOEng. José Guilherme Whitaker

50 ARTIGODr. Sérgio de Azevedo Redó

52MATÉRIAPrefeitos se mobilizam pela renda do Pré-sal

56 CADERNO ESPECIAL CONPETROPLANSAL em fase de revisão

64 Galeria de fatos e fotos

140MEIO-AMBIENTEResíduo não é lixo, mas, sim, matéria- prima!

142GESTÃO PÚBLICAGoverno cria câmara para aprimorar gestão pública

144SEGURANÇA PÚBLICAMinistério da Justiça lança Campanha Nacional do Desarmamento 2011

148TURISMOFernando de Noronha. Sonho de aventura de todos os brasileiros

86 AGUAÍ

88 ÁGUAS DE LINDÓIA

90 AMÉRICO DE CAMPOS

92 CABREÚVA

94 CAJAMAR

98 CAMPO LIMPO PAULISTA

100 CAPIVARI

104 ITATIBA

106 JUNDIAÍ

110 LARANJAL PAULISTA

114 LEME

118 MOCOCA

120 SALTO

124 SANTA GERTRUDES

128 VARGEM GRANDE DO SUL

132 VINHEDO

136 VOTORANTIM

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Em parceria com o IBAP, que há 20 anos publica a respeitada revista Gestão Pública, agora chegou a vez de iniciarmos uma jornada voltada ao segmento dos gestores municipais de forma específi ca.Assim, nasce a revista/suplemento Prefeitos de São Paulo, e depois para todas as uni-dades da federação.Nosso objetivo é aproximar, de forma clara, as experiências bem-sucedidas desses homens e mulheres vocacionados para servir ao público em nossos municípios.Temos também como meta proporcionar a eles acesso direto ao que está acontecen-do em outros níveis do serviço público, por meio de matérias especiais que faremos em Brasília e nas capitais do Estado.Com uma grande equipe de profi ssionais e a participação de uma considerável rede de apoiadores, estamos nos lançando neste empreendimento editorial de peso e res-ponsabilidade que, somado a tantos outros de igual valor, proporcionará ao leitor uma visão ainda mais apurada do cenário político no município, que é o lugar onde o país acontece e se realiza no dia-a-dia da nação.Nesta edição histórica queremos agradecer primeiramente a Deus pela oportunidade e preparação deste trabalho e depois a todos que estão somando esforços conosco e dando apoio para que este projeto se concretize. Ao leitor nossa saudação e compromisso de que não mediremos esforços para fazer chegar às suas mãos um veículo de informação sério, profi ssional e, acima de tudo, comprometido com as causas municipalistas e de gestão pública no país. Essa é a razão para estarmos aqui e o único desejo para permanecer.

Obrigado

EDITORIAL

A LUTA CONTINUA

Cristovan [email protected]

REDAÇÃO/CORRESPONDÊNCIA: Rua Latino Coelho, 830 Parque Taquaral Campinas/SP CEP: 13.087-010Contatos: Tel.: (19) 3325-2205 Cel.: (19) 9618-7022redacao@revistaprefeitosdesaopaulo.com.brwww.revistaprefeitosdesaopaulo.com.br

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•REPORTAGEM/FOTOGRAFIATino Valente

•PLANEJAMENTO E MARKETINGGiane Lemos

•ESTAGIÁRIO/PUBLICIDADEMateus Pizzo

•DEPTO. JURÍDICODr. Marcelo Henrique Nascimento

•PRES. DO CONSELHO IBAP NACIONALProfessor Francisco Amorim

•SECRETÁRIO EXECUTIVOIBAP - SÃO PAULOLuiz Alberto Corrêa

•EDITOR Cristovan Grazina

ANO I - JULHO DE 2011 - EDIÇÃO Nº 01ANO I - JULHO DE 2011 - EDIÇÃO Nº 01

UMA PUBLICAÇÃO IBAP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

•REDAÇÃOEliana Grazina Jornalista - MTb: 50.291

66CAPA: Santa Bárbara d’Oeste. Passado de glória e, no presente, a bola da vez!

80PNRS: Lideranças discutiram manejo de resíduos sólidos nas cidades

“A glória da segunda casa será maior do que a da primeira” (Ageu. 2:29)

Publicado por: Parceiros:

Divisão de Administração Pública e Gestão do DesenvolvimentoDAPGD/UNDESA

Colaboração:

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NACIONAL/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Os negócios de US$ 100 bilhões

da China no BrasilResultados da viagem da presidente Dilma à Ásia

Por Dantas Filho

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Em seu ano do coelho, sinônimo de sor-te associado a boa visão e multiplicação para os negócios, gigante asiático assume de vez a condição de principal investidor estrangeiro no país e promove em 2011 o

ano da China no Brasil, graças à efi ciente gestão da pre-sidente Dilma na extensa e variada pauta de negocia-ções entre as duas nações. Esse é só o começo de uma parceria iniciada pelo ex-presidente Lula, que agora atinge o auge de sua aplicação prática, o que vem sendo demonstrado todos os dias nos meios de comunicação e pontualmente na visita que fazem à Pequim agora em julho 12 ministros de Estado do governo brasileiro para consolidar os negócios e parcerias acertados durante a proveitosa visita que a presidente Dilma Rousseff fez ao fenômeno continental neste último trimestre.Os frutos dessa ação bem-sucedida da administra-ção federal começam a aparecer em diversos setores e indicam que o Brasil colherá milhares e milhares de empregos, aumento de capacidade tecnológica, diversifi cação de mercados e ainda contabilizará em nossos balanços, nos próximos anos, a conside-rável cifra de mais de US$ 100 bilhões gerados pe-los negócios entre China e Brasil a partir de agora.

CHINA-BRASIL: CALEIDOSCÓPIO DE OPOR-TUNIDADES

Quando o ex-presidente Lula assinou uma série de protocolos de intenções com os dirigentes chine-ses no ano de 2010, as expectativas quanto à gera-ção de negócios se situavam na casa de uns poucos bilhões de dólares e contemplavam uma meia dúzia de setores das duas economias emergentes, inte-grantes do recém-criado grupo dos BRICS, com-posto também por Rússia, Índia e África do Sul.

Pouco tempo depois a realidade se mostra bem mais auspiciosa e surpreende a todos pelo fato de multiplicar por 10 as estimativas fi nanceiras dos ne-gócios e por abranger pelo menos 22 áreas distintas nas relações comerciais bilaterais entre os países.

A evolução desse quadro deveu-se a fatores rela-cionados ao bom desempenho econômico de Brasil e China, no cenário internacional de crise, ao trabalho dos grupos de empresários daqui e de lá, que por meio de associações se empenharam na viabilização de pro-jetos e, principalmente, pelo fato de a nova adminis-tração em Brasília ter dado continuidade aos acordos fi rmados durante o governo Lula, ampliando e inten-

sifi cando as boas relações com o parceiro asiático.Nas iniciativas providenciais do governo brasi-

leiro incluíram-se até gestos emblemáticos sobre as novas opções políticas pragmáticas da presidente Dilma Rousseff, que recebeu, após sua posse, Ba-rack Obama em Brasília, sem lhe retribuir a visi-ta em Washington, preferindo, antes disso, passar uma longa e proveitosa semana justamente na Chi-na, hoje o principal parceiro comercial do Brasil.

Em tempos passados, por dependência econô-mica ou estratégica, nem bem um dirigente bra-sileiro recebia a faixa presidencial, já estava vo-ando para os Estados Unidos, para beijar as mãos de quem tanto dependíamos para sobreviver. Com uma política externa “maiúscula”, o Brasil da atualidade age de outra forma. Os negócios da China no Brasil e do Brasil na China atestam essa nova e promissora realidade.

O TREM BALA NO BRASIL JÁ É CHINÊSComo uma das consequências práticas do bom

momento vivido pelas duas economias, enquan-to as complexas negociações internas sobre o TAV (Trem de Alta Velocidade) brasileiro prosseguem, os chineses se adiantaram e, pelo menos para o Rio de Janeiro, já produziram o primeiro trem bala do país, chamado UME (Unidade Múltiplo Elétrico).

A novidade que está chegando ao país em julho, para atender às necessidades da Copa e da Olim-píada na Cidade Maravilhosa, terá velocidade de até 100 quilômetros por hora. Por causa de preo-cupações ecológicas ambientais, o novo trem ca-rioca será de aço inox, sem pintura, e seu design tem como inspiração elementos naturais do Rio.

Com essa iniciativa pontual, mais a recente inaugu-ração da maior linha de trem-bala do mundo, ligando Pe-quim a Xangai, com 1.348 quilômetros, a China busca se credenciar à frente de outros interessados, para cons-truir a primeira linha de trem-bala de longa distância no Brasil, entre Campinas (SP) e o Rio de Janeiro (RJ).

Tema abordado durante a visita da presidente Dilma a Pequim, o possível investimento chinês no trem-bala brasileiro tem trazido ao país inúmeras dele-gações de empresários e políticos para contatos preli-minares à licitação da obra, prevista ainda para 2011.

Para Yuan Ruimin, dirigente da estatal chinesa Shanghai Railway, “participar do TAV no Brasil seria uma grande oportunidade para o meu país, visto que a

“A ZTE e Hazuel, duas gigantes da tecnologia chine-sa, vão investir US$ 600 milhões em centros de desenvolvimento tecnológico no Brasil.”

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NACIONAL/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

ração do Crescimento) voltados para a área de trans-portes, energia e construção de instalações relaciona-das a esses dois empreendimentos esportivos globais.

Além disso, a partir de agora se intensifi -cará a cooperação sobre a preparação, organi-zação e intercâmbio de atletas, para o aprimo-ramento do nível do esporte nos dois países.

UM SÓ PROJETO VAI MOVIMENTAR US$ 12 BILHÕES, AGREGAR TECNOLOGIA E GE-RAR MILHARES DE EMPREGOS

A Foxconn, poderosa multinacional chine-sa que tem unidades no Estado de São Paulo, nas cidades de Jundiaí e Indaiatuba, vai produzir no Brasil os desejados iPads (tablets) e inúmeros ou-tros equipamentos eletrônicos, num dos maiores projetos empresariais já levados a efeito por aqui.

Para se ter uma ideia do que isso representa, a companhia, ao longo dos próximos anos, precisa-rá contar com o trabalho de pelo menos 4.000 en-genheiros. Nesta fase inicial precisou recrutar 200 e só conseguiu 170, que estão sendo enviados para a matriz na Ásia a fi m de receberem treinamento.

Neste mês de julho, ministros e técnicos do go-verno brasileiro desembarcam em Pequim, chefi ados por Aloizio Mercadante, titular de Ciência e Tec-nologia, para implementar detalhes desse ambicio-so plano, que contemplará a fabricação também de computadores e outros componentes eletrônicos com preços mais acessíveis, incorporando a transferência de tecnologia para o Brasil. Isso vai possibilitar que em breve o país passe a fabricar unidades de chips eletrônicos, privilégio atual de apenas 20 países no planeta, entre os quais a China, que, por força des-

China não tem até agora nenhum investimento exter-no no setor. O Brasil seria o primeiro contemplado”.

Dessa maneira, com o trem já fornecido para o Rio de Janeiro, com a implantação da maior linha de trem-bala do mundo e o aguçado interesse em vir participar do TAV Nacional, tem-se na área de ferro-vias mais um nicho privilegiado para a afi rmação dos propósitos estabelecidos por Dilma e Hu Jintao na semana mais produtiva que um presidente brasileiro, no caso uma presidente, teve até agora no exterior nos últimos anos da história da república brasileira.

COPA DE 2014 E OLIMPÍADAS DE 2016: TUDO A VER COM OS CHINESES

Ninguém ainda se esqueceu da extraordi-nária demonstração de competência, organiza-ção e modernidade que os chineses deram ao mundo na sua milionária Olímpiada de 2008.

Pois é justamente essa experiência que os grandes parceiros comerciais do Brasil querem disponibilizar para o país na organização des-se evento mundial, a se realizar aqui em 2016, e antes na Copa Mundial de Futebol, em 2014.

Durante a recente viagem a Pequim a presidente Dil-ma Rousseff e o dirigente máximo da República Popu-lar da China, Hu Jintao, assinaram acordos que preve-em a entrada dos chineses com investimentos pesados diretamente nas obras do PAC2 (Programa de Acele-

“Com consumo estimado em 50 milhões de tone-ladas por ano, o

Brasil foi autorizado a

vender carne de porco para os

chineses, maiores

consumidores do mundo.”

O grande parceiro co-mercial do Brasil acaba

de inaugurar a maior linha de trens de alta

velocidade do mundo, com quase 1.500 km,

entre Pequim e Xangai. Essa mesma tecnologia, os chineses querem tra-zer para o TAV brasilei-ro na linha, já defi nida,

Campinas/SP - Rio de Janeiro/RJ.

Para o futuro, estuda-se a possibilidade de ou-tras rotas partindo de

Campinas para Curitiba/PR e

Brasília/DF. Alvo também do interesse

chinês.

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sas tratativas privilegiadas, estaria disposta a repassar tecnologia nessa área e também para a produção de avançados sistemas de satélites metereológicos, que viriam a desenvolver o setor de previsões climáticas, indispensável à melhoria no plantio e colheita das supersafras agrícolas nacionais, que são outro alvo dos chineses no Brasil, já que têm mais de um bilhão de bocas para alimentar. O Brasil já é grande forne-cedor de alimentos para a população chinesa, com a possibilidade de aumentar e muito essa presença, su-peradas as barreiras sanitárias, de subsídios e oferta.

LUCÉLIA SANTOS, FIGUEIREDO E MILIONÁ-RIO & JOSÉ RICO PRECURSORES DA QUEDA DO MURO DE DESCONFIANÇA E DESCONHE-CIMENTO SOBRE A CHINA E VICE-VERSA.

Em rápida análise é preciso afi rmar que essa boa re-lação comercial com a China vem de algum tempo atrás e, paradoxalmente, no último período da história, come-çou nos governos militares que tinham horror ao siste-ma político comunista daquele país, porém vivo interes-se em seus potenciais que à época poucos enxergavam.

Foi nesse tempo que se criou pela chancelaria brasileira a expressão “pragmatismo responsável”, colocada em prática pelo então ministro das relações exteriores do Brasil, Antonio Azeredo da Silveira, que promoveu o restabelecimento de relações diplo-máticas com Pequim, dando início à abertura comer-cial brasileira com os temidos “comunistas” de olhos puxados, milenar cultura oriental, um livrinho ver-melho e roupas todas iguais. Começava a cair o muro da desconfi ança. No início a WW vendeu para eles o nosso supra-sumo tecnológico automotivo fabricado no ABC, o modelo Voyage. Esse nome do carrinho nacional por lá teve que mudar. Voyage lembrava o ocidente decadente do voyeurismo, conduta inacei-

tável para uma sociedade fechada e moralista. As-sim, o carro brasileiro passou a se chamar Amazon.

Depois foi mais fácil. Fomos aceitos pela Chi-na por meio de dois ícones culturais da década de 1980. Primeiro pela música sertaneja levada para lá pelo fi lme Estrada da Vida, da dupla hoje quase es-quecida Milionário & José Rico. A produção foi um sucesso de bilheteria. Lá, porque aqui muita gente sequer sabe que o fi lme existiu. Por conta dessa sur-preendente aceitação os cantores caipiras, atores da fi ta, fi zeram uma estrondosa turnê pelas principais cidades chinesas e venderam muitos discos também.

Na mesma época, explodia também por lá outro fenômeno brasileiro, a telenovela global A Escrava Isaura. A mocinha sofredora, a atriz Lucélia San-tos, fez tanto sucesso junto ao público chinês que acabou sendo elevada à condição de embaixadora da boa vontade entre Brasil e China, situação mui-to bem aproveitada durante a visita do presidente Fernando Henrique ao país na década de 1990. En-tre os seus admiradores estava até o primeiro-mi-nistro do país, o sisudo e temido Deng Xiao Ping.

O sucesso de Lucélia Santos na China a tornou tão popular que eles a chamavam de “Isola” e deram-lhe o mais elevado prêmio cultural do país, a Águia de Ouro, pela primeira vez entregue a um artista estrangeiro.

Como tudo não acontece da noite para o dia, princi-palmente no âmbito da reconhecida sabedoria chinesa, que recomenda o exercício da paciência, concluiu-se que, antes de Dilma e Lula, outros presidentes, como o gal. João Batista Figueiredo e Fernando Henrique Car-doso, além dos artistas citados, tiveram importância em nossa aproximação com esse povo tão diferente, às vezes, e em outras tão parecido com a nossa gente.

Certo é que, se muitos contribuíram para o início dessa jornada, inclusive Lula, é a presidente Dilma quem está colhendo os frutos da demorada semeadu-ra e cultivo do chamado “negócio da China”. | RPSP

Milionário & José Rico. Dupla brasileira que visitou a China, depois do inesperado sucesso de suas músicas e do fi lme “Estrada da Vida”, onde interpretavam eles mesmos na trajetó-ria em busca de fama e dinheiro.

Na década de 80, a novela “Escrava Isau-ra” chegou à China com o nome de “Nunu Yizuola”. O sucesso foi tão grande que Lucélia Santos, protagonista da produção, recebeu o prêmio Águia de Ouro, espécie de “Oscar” chinês dado pela pri-meira vez à um artista estrangeiro.

Victor Yuan – presidente do Grupo Sany do Brasil e o prefeito de Jacareí/SP – Hamilton Ribeiro Mota, durante a assinatura do protocolo de intenções para formalizar a construção da fábrica brasileira.

A Fábrica da Chery, a maior fabricante de automóveis da China, em Jacareí/SP, quando concluída, ocupará área de 1 milhão de metros quadrados, com produção de 150.00 veículos por ano, num investimento inicial de US$ 700 milhões e 1.000 empregos diretos.

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Rodrigo RollembergSenador pelo PSB-DF

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NACIONAL/SENADO FEDERAL

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Já se passaram quase 20 anos da famosa Eco 92. Em 2012, será re-alizada a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente. E o mundo voltará a

se encontrar no Rio de Janeiro para ten-tar vislumbrar meios de preservar o nos-so planeta Terra, tão ameaçado por um modelo econômico de produção e consu-mo poluente, concentrador e excludente.

Como presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, tenho me envolvido diretamente neste tema. Convidei o subse-cretário-geral da ONU e diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Stei-ner, a vir à nossa comissão falar sobre o tema. Durante o encontro, no mês passa-do, travamos um interessante debate. Além disso, faço parte da Subcomissão Perma-nente de Acompanhamento da Rio+20.

Decorridos quase 20 anos da Eco 92, uma conferência emblemática, é fácil per-ceber que suas diretrizes internacionais não foram sufi cientes para provocar as mudan-ças necessárias à preservação do planeta. Espécies e biomas inteiros desaparecem sem deixar vestígios, a poluição do ar e das águas torna-se aguda em muitas cida-des, a água doce escasseia cada vez mais, o aumento estrutural dos preços interna-cionais dos alimentos leva fome a mais de um bilhão de pessoas e o efeito estufa an-tropogênico torna-se evidente. Estamos falhando em proteger o planeta. Estamos falhando em legar às futuras gerações meio ambiente equilibrado e qualidade de vida.

Economia verde:O futuro da humanidade

ARTIGO

Assim, os olhos do mundo começam a se deitar sobre a Cidade Maravilhosa, na espe-rança de que a próxima conferência ambien-tal dê respostas e soluções concretas. Nosso desafi o é conciliar crescimento econômico com preservação ambiental e qualidade de vida. Acredito que o Brasil precisa ter uma posição de liderança no cenário internacional e participar da interlocução entre os países em desenvolvimento e os países desenvol-vidos, para conciliar os interesses diversos que difi cultam e impedem um entendimento mundial em torno das questões ambientais.

A economia verde será o grande tema que vai monopolizar os debates durante a Rio+20. A economia baseada no carbono, também chamada de economia marrom, é insustentá-vel e vem entrando em colapso. Esse caráter insustentável não se refere apenas à área am-biental, mas também à área social e à própria racionalidade econômica de longo prazo. A economia verde pode concretizar o antigo sonho do desenvolvimento sustentável, con-ciliando, na prática, crescimento econômico com distribuição de renda e meio ambiente equilibrado. Assim sendo, a discussão desse tema é estratégica, não apenas para o suces-so da Conferência Rio+20, mas também para o próprio futuro da humanidade. | RPSP

* Rodrigo Rollemberg é senador pelo PSB-DF, presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado e membro da Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Rio+20 do Senado. www.rollemberg.com.br

|||VEM AÍ A RIO+20

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“ Após quase 20 anos da ECO 92, percebe-se que suas diretrizes internacionais não foram sufi cientes para provocar mudanças necessárias à preservação do planeta”

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NACIONAL/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Jonas DonizetteDep. federal por São Paulo

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Após três mandatos como ve-reador em Campinas, duas legislaturas na Assembleia Legislativa de São Paulo, as-sumo o mandato na Câmara

Federal e tive a grata satisfação de ser eleito pelos meus pares para ser o presidente da Co-missão de Turismo e Desporto (CTD) da Câ-mara dos Deputados. Trata-se de uma gran-de responsabilidade que muito me honra.

Sediaremos a Copa do Mundo e as Olimpíadas, em 2014 e 2016, o que traz as áreas de Turismo e Esporte para o cen-tro das atenções. O tempo é curto e preci-samos intensifi car o ritmo dos trabalhos, pois o tempo disponível se reduz. Isso en-tretanto não deve obscurecer o fato de que devemos respeito ao dinheiro público.

Enquanto deputado estadual, tive oportunidade de me dedicar mui-to à questão desses dois megaeven-tos, agora o compromisso se renova.

É pensando na questão da responsabi-

lidade que repousa nos ombros da Comis-são de Turismo e Desporto que gostaria de frisar que iremos trabalhar para criar uma excelente rede de recepção dos turis-tas para que, retornando a seus países, eles divulguem o Brasil. Isso aumentará nos-so potencial turístico por muitas décadas.

A população brasileira tem espírito aco-lhedor. Contamos com um pouquinho de cada povo do mundo. Muitos migrantes aju-daram-nos a construir a grandiosidade deste país. Agora, com a Copa e as Olimpíadas, quando devemos receber uma grande quan-tidade de estrangeiros, temos de estar aten-tos para que nenhum descuido possa abalar a nossa imagem. Nós, que lidamos na polí-tica, sabemos que a notícia ruim corre com muito mais velocidade do que a notícia boa.

Da mesma forma, temos o desafi o de aproveitar esse bom momento e fazer com que ganhos sociais e de infraestrutura de-correntes dos preparativos fi quem para as próximas gerações. Tanto a Copa quanto

as Olimpíadas vão proporcionar, por meio da construção de estádios e equipamen-tos para a prática esportiva, uma excelente oportunidade para que nosso país avance no esporte de alto rendimento, uma área em que há muito a se avançar. Temos de pensar as oportunidades desses eventos como uma chance de criar uma estrutura melhor para desenvolver grandes atletas

Como presidente da Comissão de Turismo e Desporto, garanto que seremos fi scais aten-tos para com a aplicação dos recursos gover-namentais nesses megaeventos esportivos, mas também asseguro que estaremos envol-vidos no sucesso dessas atividades. | RPSP

Jonas Donizette é deputado federal (PSB/SP) e presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos [email protected]

É hora de semear para as novas geraçõesFoto: Elton Bonfi m/Agência Câmara Foto: Glauber Queiroz/ME

ARTIGO

Dep. Jonas Donizette ao lado do Dep. Romário, campeão do mundo, ou de Orlando Silva, Ministro do Esporte, a mesma pe-gada: “esporte, lazer e turismo como ferramentas de elevação social”.

Revista Prefeitos de São Paulo | 13

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Casado há 17 anos com Mi-riam Alves de Campos Silva e pai de dois fi lhos (Isabel-le, 11 anos, e Cezar Henri-que, 9 meses), Carlos Cezar

é descrito por colegas parlamentares como “excelente homem público e pai de famí-lia”. Como pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, o deputado tem seus prin-cípios arraigados nos valores cristãos e da família, levando esses pilares para todas as áreas da sua vida, sobretudo a pública.

Carlos Cezar, assim como a sociedade em geral, acredita que o meio político preci-

sa conquistar mais credibilidade nos âmbitos municipal, estadual e nacional. Por isso, tem focado seu trabalho na transparência e pres-tação de contas à população. Em Sorocaba, ao lado do prefeito Vittor Lippi, o deputado desenvolveu diversas ações para que a comu-nidade tivesse voz e participasse do seu man-dato legislativo junto à Câmara Municipal.

Carlos Cezar acredita que a força do tra-balho pode transpor barreiras e conquistar muitas realizações. Desde os 10 anos, com o desejo de ajudar na renda de sua família, começou a trabalhar na guarda-mirim de Sorocaba; foi aprendiz de operador de má-quina em confecção e aos 21 anos teve sua própria empresa no ramo. Porém, no ano de 1999, deixou os negócios para dedicar-se integralmente à pregação do Evangelho, tornado-se pastor da Igreja Quadrangular.

Sua trajetória política teve início em 1992, na primeira campanha a vereador de Jefferson Campos, hoje deputado federal. A experiência e visão de poder público foram aprimorando-se também quando trabalhou como administrador de próprios da Pre-feitura Municipal de Sorocaba, por 3 anos.

Em 2004 disputou sua primeira eleição para vereador de Sorocaba, sendo eleito e tornando-se o vereador mais jovem naquela legislatura. Em 2008, reelegeu-se para seu se-gundo mandato como vereador, com aumen-to signifi cativo em sua votação, fi cando en-tre os 10 vereadores mais votados da cidade.

No legislativo municipal, ocupou vários cargos de importância na Câmara dos Ve-readores, entre os quais destacou-se como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, presidente da Comissão de Fi-nanças, presidente da Comissão de Edu-cação e Saúde e, por 3 vezes consecutivas, foi um dos vice-presidentes da Câmara.

Atualmente, Carlos Cezar exerce o man-dato de deputado estadual - desde o dia 15 de março – e tem muitos projetos a realizar em favor da população paulista, levando recursos estaduais aos municípios e estabe-lecendo parcerias com as prefeituras. Uma frase que costuma ser lema de suas ações: “Sozinho, podemos ir mais rápido. Mas juntos, com certeza, vamos mais longe”.

Projetos realizados como vereadorDe acordo com suas preocupações em

relação aos valores da família, entre as ati-vidades que Carlos Cezar realizou como vereador está o combate do uso de drogas entre os jovens. Com o objetivo de promo-

Política com credibilidade

Deputado Carlos Cézar, semeando a fé cristã e boas práticas na política de São Paulo

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SÃO PAULO/ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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ver a conscientização dos males causados ao dependente, o deputado criou uma lei que institui seminário antidrogas nas esco-las municipais de Sorocaba. De acordo com a lei, a Secretaria Municipal de Educação de Sorocaba deve realizar, no primeiro se-mestre de cada ano letivo, um “Seminário Antidrogas” que abrange aulas, palestras e debates, envolvendo não só os alunos, mas também suas famílias e a sociedade.

Na área da saúde, por meio de uma lei de sua autoria, todos os anos, na semana do Dia Mundial da Saúde (7 de abril), as escolas municipais, em parceria com entidades mé-dicas e científi cas, realizam uma semana de combate à obesidade infantil, com palestras, debates e várias outras ações envolvendo a comunidade. “Precisamos dar atenção espe-cial às áreas da educação e saúde voltadas às crianças e idosos, pois precisamos proporcio-nar políticas públicas que assegurem o bem estar dessas pessoas tão importantes para a nossa sociedade”, afi rma o parlamentar.

Carlos Cezar também é autor de projeto de lei que isenta, temporariamente, as ges-tantes com gravidez de risco do pagamento de passagem no transporte coletivo de Soro-caba. Em sua convivência com as famílias carentes do município, o vereador observou que muitas gestantes de alto risco, que pre-cisam fazer consultas médicas com mais frequência, acabam não fazendo o pré-natal

corretamente por falta de dinheiro para pa-gar ônibus. De acordo com o parlamentar, a medida pode ajudar no combate à mor-talidade materna, que ainda é alta no país.

Outro aspecto que tem chamado a aten-ção do deputado é o colapso para o qual a questão da moradia tem caminhado nos úl-timos anos, a precariedade das favelas e a crescente marginalização decorrente disso. Por isso, Carlos Cezar tem lutado pela mora-dia popular, cobrando do governo municipal o cumprimento da Lei Federal 11.888, que assegura às famílias carentes, com renda de até 3 salários mínimos, o direito à assistên-cia técnica pública e gratuita para o proje-to de construção ou reforma de suas casas.

ReconhecimentoEm 2010, Carlos Cezar recebeu o Prê-

mio de Destaque Político 2010 “Doutor Ulisses Guimarães”, entregue pela Ordem dos Parlamentares do Brasil e oferecido pelo Supremo Conselho Federal de Honra-rias e Mérito. De acordo com a organização e idealizadores, o prêmio busca reconhecer o trabalho daqueles que se preocupam cons-tantemente com a excelência profi ssional, a nobreza dos respectivos empreendimentos, a dignidade com que se desempenham cargos e investiduras e o destaque que imprimem nos trabalhos que oferecem, “porque esta é a parte mais importante da construção do edi-

fício social na civilização contemporânea”.A atuação de Carlos Cezar ultrapassou

as fronteiras do município, ganhando reco-nhecimento do Instituto Tiradentes, sediado em Minas Gerais, que estimula o diálogo entre intelectuais, empresários e políticos com vistas ao desenvolvimento sustentá-vel. O Instituto considerou o parlamentar como o político melhor avaliado na cidade de Sorocaba, com base em pesquisas de opi-nião pública. Em razão disso, Carlos Cezar foi homenageado pelo instituto com a Me-dalha Ulysses Guimarães (Colar de Prata).

Carlos Cezar ainda recebeu o Selo de Ouro Empreendedor Social e, em 2009, Carlos Cezar foi reeleito para o cargo de delegado municipal do Conselho Federal Parlamentar (Confep), uma entidade legal-mente constituída como Oscip (Organiza-ção da Sociedade Civil e Interesse Público), que se dedica a promover o relacionamen-to empresarial, político e governamental de seus membros, inclusive por meio do intercâmbio interestadual entre o setor pú-blico e a iniciativa privada. A fl exibilidade do vereador e sua atuação nas duas áreas, pública e privada, foi um dos fatores que motivaram sua reeleição ao cargo. | RPSP

Plenário da ALESP - Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo durante sessão.

Pr. Carlos Cézar é deputado estadual pelo PSC/SP.www.prcarloscezar.com.br

Revista Prefeitos de São Paulo | 15

Page 16: Revista Prefeitos de São Paulo

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16 | Revista Prefeitos de São Paulo

RMC - REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

Dinâmica e combativa, Profª. Cristina Carrara é atualmente

mais uma boa referência das mulheres no comando do serviço público brasileiro.

Page 17: Revista Prefeitos de São Paulo

A Região Metropolitana de Campinas é uma das mais importantes regiões dointerior do Estado de São Paulo, apresenta boas condi-

ções de vida se comparada a outras localida-des do Brasil, e deverá passar por importante expansão econômica nos próximos 15 anos.

No entanto, existem desafi os impor-tantes que devem ser enfrentados para um

pleno desenvolvimento da região, princi-palmente no que se refere à manutenção de seu poder competitivo na atração de novos investimentos. Nesse contexto, a Agência Metropolitana de Campinas – Agemcamp – tem como meta buscar potencializar as vocações regionais e colaborar para a su-peração de entraves econômicos, ambien-tais e sociais, estabelecendo parcerias com a iniciativa privada e os demais órgãos públicos atuantes na região para a cons-trução de um futuro sólido e sustentável.

Para isso, a Agemcamp pretende cul-tivar o diálogo que produz consenso, so-mar forças e viabilizar projetos, pois as diversas e complexas atividades da admi-nistração pública precisam ser realizadas e coordenadas de forma coesa e integrada, orientadas para áreas e problemas específi cos.

A gestão metropolitana no Estado de São Paulo recebeu atenção especial já no início na gestão do atual governador Ge-raldo Alckmin com a criação da Secreta-ria de Desenvolvimento Metropolitano. A criação da secretaria específi ca para gerir

as regiões metropolitanas do Estado trouxe novo fôlego para a gestão compartilhada dos problemas metropolitanos, atendendo à demanda por fortalecimento institucional das instâncias de articulação de interes-ses dessa região, principalmente o Conse-lho de Desenvolvimento e a Agemcamp.

Atendendo à sua atribuição legal de in-tegração, organização, planejamento e exe-cução das funções de interesse comum na RMC, a Agemcamp continuará atuando na articulação entre os gestores de políticas públicas e os demais agentes do desenvol-vimento da região, visando ao fortalecimen-to do Sistema de Gestão Metropolitana[1].

O trabalho de fortalecimento desse siste-ma continuará a ser o mais importante eixo organizador da atuação da Agemcamp, ex-presso no conjunto de planos, programas, projetos e ações em andamento e dos no-vos trabalhos com início previsto em 2011.

Como forma de contribuir para a integra-ção das políticas públicas e dos investimen-tos anunciados para a região, a Agemcamp intensifi cará o acompanhamento permanente dos projetos de interesse regional, notada-mente os de maior impacto, como a amplia-ção do aeroporto de Viracopos e o Trem de Alta Velocidade – TAV, identifi cando garga-los, articulando ações para encaminhar pro-postas de solução e monitorando as ativida-des e o andamento dos processos associados.

Na sua atuação diária, a Agemcamp tem como desafi o promover ações inova-doras que contribuem para a formação da

A consolidação metropolitana

ARTIGO

1Na Região de Campinas, esse Sistema de Gestão Me-tropolitana é formado por um Conselho de Desenvolvi-mento e pela sua Secretaria Executiva (do qual fazem parte representantes de cada um dos 19 municípios da região e representantes do Estado nos campos funcio-nais de interesse comum), por um Fundo de Desenvol-

vimento Metropolitano – FUNDOCAMP – e seu Con-selho de Orientação e pela Agência Metropolitana de Campinas. Nas decisões desse sistema é sempre asse-gurada, legal e constitucionalmente, a paridade de votos do Estado e dos Municípios.

“Em sua atuação diária, a AGEMCAMP tem como desafi o promover ações inovadoras que contribuem para a formação da consciência de gestão conjunta, visando soluções para demandas comuns”

Revista Prefeitos de São Paulo | 17

Page 18: Revista Prefeitos de São Paulo

consciência sobre a necessidade de ges-tão conjunta para solução dos gargalos e carências metropolitanas, envolvendo agentes públicos e privados com papéis relevantes no desenvolvimento regional.

Neste sentido, a Agemcamp trabalha na defi nição de uma agenda proativa, onde pre-domina o equilíbrio entre o papel político e a função técnica da Agência, aproximando ainda mais a Agência e os executivos mu-nicipais, na busca da articulação institucio-nal, visando à solução para os problemas comuns. Uma das nossas metas será a rea-lização de audiência pública na qual será apresentada a prestação de contas sobre as ações, planos e projetos desenvolvidos nos últimos anos e as propostas para a atuação futura, sempre com o objetivo de dar trans-parência à atuação da Agemcamp. Tam-bém temos como objetivo colaborar para a integração das ações entre Secretarias de Estado e Prefeituras e debater em fórum apropriado grandes temas metropolitanos.

Do mesmo modo, estamos propon-do aproximação com o Legislativo, defi -nindo calendário de visitas dos deputados federais e estaduais da região à Agência, promovendo o debate sobre os problemas comuns enfrentados pelos municípios na busca por apoio e fi nanciamento por meio de emendas aos orçamentos federais e es-taduais. Ainda nesse sentido, terá foco a elaboração dos respectivos Planos Pluria-nuais (PPA), visando a assegurar projetos do setor público relevantes para a RMC.

Os projetos e programas em andamento, fruto de planos regionais setoriais defi nidos em anos anteriores, terão continuidade e de-verão ser implantados em 2011, com destaque para projetos de gestão em saúde na RMC,

fruto do Plano Metropolitano de Saúde.Com o objetivo de estabelecer o debate

e apresentar alternativas de gestão compar-tilhada, a Agemcamp promoverá fóruns me-tropolitanos abordando temas com impacto no desenvolvimento da região como mobi-lidade urbana, qualifi cação de mão de obra, destinação fi nal de resíduos sólidos, etc.

A RMC e a Agemcamp têm agora, dian-te de si, desafi os muito claros. O primei-ro é sedimentar a cultura de planejamento para considerar o futuro regional nos três eixos estratégicos: econômico, humano e ambiental. Planejar nesses três eixos é per-seguir o desenvolvimento sustentável, para que a região seja boa para se viver, tanto para as atuais quanto para as futuras gera-ções, respeitando-se os recursos naturais.

Esses desafi os poderão ser enfrentados de maneira mais efi caz com as prefeituras da RMC atuando de forma integrada, tendo como instrumentos os planos e projetos ela-borados pelas Câmaras Temáticas do Conse-lho com a articulação e apoio técnico-admi-nistrativo do Conselho de Desenvolvimento da RMC e da Agemcamp, assim como o aporte regular de recursos do Fundocamp.

A Região Metropolitana de Campinas deve estar, sempre, na vanguarda das regi-ões que buscam o desenvolvimento regio-nal estruturado e sustentável e a Agemcamp está consciente do seu papel importante na conquista diária desse objetivo. | RPSP

Profª. Cristina Carrara

É pedagoga e atualmente exerce a função de

Diretora-executiva da AGEMCAMP

www.agemcamp.sp.gov.br

“Aeroporto de Viracopos e o TAV (trem de alta velocidade) são

conquistas da RMC que geram

preocupações no presente e

principalmente para daqui 10 anos”

18 | Revista Prefeitos de São Paulo

RMC - REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

Aeroporto Internacional de Viracopos. Equipamento de transporte aéreo que interessa e preocupa a todos os municípios integrantes da RMC (Região Metropolitana de Campinas).

Page 19: Revista Prefeitos de São Paulo

Em aproximadamente 6 meses de Governo Federal, a presidente Dilma Rousseff surpreendeu com seu esti-lo gerencial e praguimático. Em Brasí-lia, recebeu o presidente norte-americano Barack Obama, mesmo antes de ir aos Es-tados Unidos, como sempre foi a tradição.

Em vez disso visitou a China, que hoje concentra muito mais nossas aten-ções comerciais. E, diferentemente de seu antecessor e padrinho político, fez menos “oba-oba” e tratou neste tem-po de questões mais objetivas e técnicas.

Em São Paulo, sem muitas novidades, Geraldo Alckmin retomou o comando do Estado, pela terceira vez, mantendo po-rém inalteradas suas principais caracterís-

ticas pessoais: honestidade e fi rmeza nas decisões. A fi m de melhorar a segurança pública, removeu cardeais intocáveis da Polícia, manteve contra a vontade de mui-tos o antigo secretário da pasta no cargo e o defendeu na crise por causa da “arapon-gagem” interna da Polícia Civil, que ex-pôs Ferreira Pinto no YouTube, após con-versa reservada com um repórter da Folha de São Paulo em um shopping da capital.

Além disso, comprometido em fazer uma boa gestão para a população, afastou de vez as rusgas ideológicas com o Planalto e já avisou: “governador não faz oposição”. Em seguida foi a Brasília. sentou-se com a nova presidente e, a partir disso, projetos impor-tantes para o Estado que estavam paralisa-

O QUE ESPERAM ALGUNS PREFEITOS DE SÃO PAULO DOS GOVERNOS DE DILMA ROUSSEFF E GERALDO ALCKMIN?

dos por conta da contaminação do ambiente político — promovida por seus antecessores (Serra/Goldmann) — começaram a andar.

Se ainda é cedo para uma avaliação de-talhada sobre o que fi zeram ou vão fazer os novos mandatários, a Revista Prefeitos de São Paulo traz nessa matéria o sentimen-to de alguns prefeitos de várias correntes políticas destacando o que cada um espera do novo governador e da nova presidente.

Nos depoimentos, pode-se também ter uma ideia da como os gestores munici-pais, protagonistas privilegiados da cena política, viram os movimentos iniciais de um homem e uma mulher que formam a dupla mais importante e poderosa do Brasil nos 4 próximos anos. Acompanhe:

Presidente Dilma Rousseff, o ministro do Esporte, Orlando Silva, com o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante encontro em São Paulo

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RESPECIAL

BOAS RELAÇÕES

RPSP ouviu informalmente alguns gestores municipais que expressam nas páginas seguintes suas expectativas e anseios com relação às atuais administrações de São Paulo e do país.

Page 20: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de Aguaí Dr. Gutemberg Adrian de Oliveira

“Como político que acredita que ainda é possível uma so-

ciedade melhor e, acima de tudo, como cidadão, espero

muito dos governos Geraldo Alckmin e Dilma Rousseff.

Acho que não é por acaso que conquistamos, desde

o fi nal de 1989, a democracia plena, na qual todos

os brasileiros têm a oportunidade de escolher seus repre-

sentantes, e devemos honrar essa vitória com ética e serie-

dade na política. O Brasil avançou muito em diversas áreas,

graças ao processo de estabilização iniciado com o PSDB e

continuado, de forma sensata, com o PT, mas ainda temos

grandes desafi os para alcançar: o nível de educação, produ-

tividade, infraestrutura e bem-estar dos países desenvolvidos.

Espero que, defi nitivamente, nossas lideranças comecem com

as reformas necessárias, em nível de Estado e união, para supe-

rarmos os obstáculos que nos separam do mundo moderno e

que esse progresso seja extensivo aos municípios. Sou a favor de

um governo forte, que não coloque obstáculos ao crescimento

econômico e não crie barreiras à inovação e, por fi m, não in-

terfi ra excessivamente na vida das pessoas. Boa sorte, Alckmin.

Boa sorte, Dilma. A cidade de Aguaí precisa muito de vocês.”

AGUAÍ

Prefeito de Águas de LindóiaMartinho Antonio Mariano

“Enquanto estância hidromineral, o setor de ser-

viços, associado ao turismo receptivo, é o prin-

cipal gerador de emprego e renda em nos-

so município; associado aos demais setores e

serviços públicos, requer especial atenção e empe-

nho na promoção do desenvolvimento econômico e social.

Acreditamos que a transição, tanto no governo estadu-

al quanto na união, por tratar de sucessões de governos de

linhas semelhantes, não proporcionará ao andamento de

projetos os obstáculos típicos de transições antagônicas.

Em momentos de signifi cativa relevância para o povo brasileiro,

em meio aos projetos necessários à recepção dos eventos rela-

cionados à Copa do Mundo, em 2014, e às Olimpíadas, em 2016,

aguardamos atentos às oportunidades de obtenção de recur-

sos para melhoria da infraestrutura urbana, turística e social.”

ÁGUAS DE LINDÓIA

20 | Revista Prefeitos de São Paulo

“DILMA - ALCKMIN” NA OPINIÃO DE ALGUNS PREFEITOS

Page 21: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de AltinópolisDr. Marco Ernani Nanão

ALTINÓPOLIS

Prefeito de AraçariguamaRoque Normélio Hoffmann

“A gente está vivendo um momento único, sou oti-

mista, o Estado de São Paulo tem que estar em sin-

tonia com esse momento que todo o país vive. Estou

há 22 anos na política pensando em construir coisas

para frente. Saímos de um tempo como o da dita-

dura militar em que, além das centenas de mortes, tivemos

a morte da alma de nosso povo. Na minha juventude tínha-

mos um compromisso muito sério com toda essa luta pelo

resgate do social (como pauta principal das políticas públi-

cas). Vivi uma época em que o cartão do Hospital das Clíni-

cas era tão importante quanto o RG, aquilo tudo era muito

novo, uma utopia que virou realidade. Hoje, vemos que uto-

pia não é o impossível, é o que ainda não tinha sido realiza-

do. Nós, em Altinópolis—SP, fomos pioneiros com o resgate

do social. Temos aqui muitos projetos do governo estadual e

praticamente todos os projetos do governo federal — é por

coisas assim que nunca um presidente teve tanta aceitação na

história do país como o Lula teve e a Dilma vai impulsionar.”

“Vejo com bons olhos a continuidade dos trabalhos re-

alizados pelo governo do Estado nos quais somos, so-

bretudo, parceiros, visto que Araçariguama tem sido

reconhecida pelo governador Geraldo Alckmin como

a cidade do desenvolvimento. Já na esfera federal, es-

peramos que a nova presidente, Dilma Rousseff, possa realizar

aquilo a que se comprometeu durante sua campanha, estare-

mos ao seu lado para ajudá-la a realizar. Somos uma cidade

pequena, com menos de 20 mil habitantes, e nesse sentido es-

tamos nos reunindo com prefeitos de cidades desse porte para

fazer um movimento em prol da aquisição do Minha Casa Mi-

nha Vida, haja vista que apenas cidades grandes têm recebido

condições para realizar esse projeto. Apresentamos no Estado

o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social, pois somos

referência em projeto habitacional. Esperamos que o governo

federal também nos veja com bons olhos e nos ajude a nos de-

senvolvermos verdadeiramente, pois estamos trabalhando para

transformar Araçariguama em uma cidade cada vez melhor.”

ARAÇARIGUAMA

Revista Prefeitos de São Paulo | 21

Page 22: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de AtibaiaJosé Bernardo Denig

Prefeito de Campo Limpo PaulistaArmando Hashimoto

“O governo Lula realizou investimentos im-

portantes em Atibaia, principalmente nas

áreas de habitação, de pavimentação, na

construção do restaurante popular e, ago-

ra, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA),

que deverá ser entregue até o fi nal deste semestre.

Enquanto prefeito de Atibaia confi o que a presiden-

te Dilma Rousseff continuará a política de investimento

de recursos federais na nossa região. Também acredi-

to que a presidente poderá demonstrar para todo o país

a grande capacidade de gerenciamento das mulheres.

O governador Geraldo Alckmin é, sem dúvida, um ad-

ministrador público preocupado com a região de Ati-

baia. Logo no oitavo dia de mandato ele nos visitou e

propôs soluções efetivas para a várzea do Rio Atibaia.

“As expectativas são as melhores possíveis. Consi-

dero positiva a preocupação dos governos estadu-

al e federal em contingenciar os custos dos novos

mandatos. Como cidadão me sinto aliviado com

a responsabilidade dos gestores com a saúde eco-

nômica do Estado e do Brasil, porém, me preocupam even-

tuais reduções no ritmo de investimento nos municípios.

Em relação ao governador Geraldo Alckmin, que já gover-

nou São Paulo, estou confi ante de que fará o melhor para

São Paulo. A presidente Dilma Roussef, apesar de iniciante,

vem tomando medidas de austeridade que surpreendem.”

ATIBAIA

CAMPO LIMPO PAULISTA

22 | Revista Prefeitos de São Paulo

“DILMA - ALCKMIN” NA OPINIÃO DE ALGUNS PREFEITOS

Page 23: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de HortolândiaÂngelo Augusto Perugini

Prefeita de Engenheiro CoelhoRosimeire Maria Guidotti School

“Esperamos a continuidade do avanço que São Pau-

lo tem vivido nos últimos 16 anos. Com certeza

a experiência que o governador Geraldo Alckmin

possui será muito útil e acredito que a colocará

em prática em sua gestão. Não podemos esquecer

que principalmente os municípios de pequeno porte, onde

a arrecadação na maioria das vezes é pequena, dependem

muito dos investimentos do governo estadual. Estou con-

fi ante que a cidade vai continuar seguindo o desenvolvi-

mento com o apoio e a participação do governo do Estado.

Já sobre a eleição da presidente Dilma, mostra-se que a

mulher conquistou o seu espaço na política. O sucesso do

seu governo vai depender muito de sua equipe, pois nin-

guém dirige nada sozinho. O Brasil ainda precisa de muitos

avanços. A expectativa maior fi ca por conta de novos in-

vestimentos na saúde, na educação e na economia, prin-

cipalmente no que diz respeito à reforma tributária e fi s-

cal. Vale lembrar que dependerá muito da presidente o

avanço das negociações junto ao Congresso e ao Senado.”

“O governo do presidente Lula ajudou muito no de-

senvolvimento econômico e social de Hortolândia.

Conquistamos uma escola técnica federal, recursos

do PAC para investir em saneamento, em parques, em

obras de combate a enchentes e na construção de

casas populares. Tenho certeza de que a presidenta Dilma con-

tinuará o projeto político de Lula e manterá o apoio fi nanceiro

aos municípios por meio do PAC2. Para Hortolândia já foram li-

berados R$ 34,5 milhões na segunda etapa do programa, recur-

so que permitirá investimentos em saneamento, na construção

de quatro unidades básicas de saúde e em novas áreas de lazer.

Quanto ao governo de São Paulo, esperamos que Geraldo

Alckmin amplie o olhar para os municípios do interior com

ações nas áreas de educação, saneamento, geração de ren-

da e segurança pública. Também esperamos a retomada das

obras do Corredor Metropolitano, paralisadas há dois anos.”

HORTOLÂNDIA

ENG. COELHO

Revista Prefeitos de São Paulo | 23

Page 24: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de IpeúnaMarcos Antônio Bueno

Prefeito de JaboticabalJosé Carlos Hori

“De uma maneira geral, a expectativa com relação ao

governo federal é a manutenção da estratégia adota-

da nos últimos oito anos, ou seja, com o mesmo dese-

nho sociopolítico de benefícios para as camadas mais

necessitadas da população, somada a investimentos

estratégicos em infraestrutura, mas sem grandes guinadas na

política econômica. Quanto ao governo Alckmin, o Estado de

São Paulo tem o desafi o de continuar sendo a vanguarda do

desenvolvimento nacional, por isso espero uma atuação for-

te para destravar obras importantes para a economia paulista,

com investimentos na infraestrutura viária, principalmente nas

vicinais, de forma a viabilizar novos empreendimentos e a gera-

ção de riquezas para nossa região. Além, é claro, de investimen-

tos que garantam melhorias nos setores de educação e saúde.”

“Nestes primeiros dias pudemos sentir o compro-

metimento e a seriedade do governo Alckmin,

que, atento às necessidades, impôs um contro-

le orçamentário ao Estado. Alckmin tem trabalha-

do pelo crescimento de São Paulo há muito tempo.

O governo Dilma também demonstrou que trabalha-

rá com ‘os pés no chão’, já nos primeiros dias fez diver-

sos cortes nos gastos públicos. Ainda assim, Dilma pro-

mete dar continuidade aos projetos sociais e obras do PAC,

consideradas importantes para o crescimento do país.

Tanto Estado como união sempre foram parceiros de Ja-

boticabal, cada um a seu modo, ajudando no desenvolvi-

mento da cidade. O que espero, especialmente do governo

federal, é uma atenção maior aos municípios. Desejo que

Dilma, que já demonstrou ter um olhar mais técnico, use

a sensibilidade da mulher e analise melhor a transferência

de recursos da união aos municípios que tanto precisam.”

“DILMA - ALCKMIN” NA OPINIÃO DE ALGUNS PREFEITOS

IPEÚNA

JABOTICABAL

24 | Revista Prefeitos de São Paulo

Page 25: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de LemeWagner Antunes

Prefeito de MococaToni Naufel

“Sempre é difícil avaliar um governante nos seus 180

primeiros dias. É o período que os americanos cha-

mam de ‘a lua de mel’ entre governantes e governa-

dos, quando os erros são perdoados porque a expec-

tativa supera tudo. No caso do governador Alckmin,

temos como parâmetro sua atuação como ex-governador e ex-

-secretário de Estado, que foi muito boa para Leme. E, no fi nal,

o que interessa aos prefeitos é isso: o que o governador pode

fazer pela sua cidade? Falamos recentemente com o governa-

dor sobre nossos pleitos e sentimos uma disposição sincera

em atender-nos. Conhecemos seus auxiliares mais próximos e

sabemos que temos acesso garantido ao governador Alckmin.

Quanto ao governo federal, a presidente Dilma tem sido uma boa

surpresa. Depois de um presidente ‘pirotécnico’ como Lula, que

falava sobre todos os assuntos e os transformava em manchete,

é bom saber que temos uma pessoa comedida, centrada, aves-

sa a badalações como tem agido nossa presidente Dilma. O es-

tilo na Presidência mudou, mas todos os compromissos de Bra-

sília para com Leme foram mantidos e estão sendo cumpridos.”

“Como é do conhecimento de todos e principal-

mente das administrações municipais, a che-

gada de novos governos sempre cria uma ex-

pectativa, uma esperança de melhores dias e

sempre em relação a investimentos em áreas tão

importantes e necessárias como a educação, a saúde, a se-

gurança e a criação e o aumento do mercado de empregos.

A minha expectativa, a minha esperança, no governo de Dil-

ma Rousseff é na condução de um país mais humano e

mais feliz, e no de Geraldo Alckmin, que volta ao governo

de São Paulo, há expectativa muito grande, especialmen-

te porque conhece os problemas do país e de São Paulo.”

LEME

MOCOCA

Revista Prefeitos de São Paulo | 25

Page 26: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de Mogi MirimCarlos Nelson Bueno

Prefeito de Monte Alegre do SulCarlos Alberto Aparecido de Aguiar

“Espero que ambos sejam capazes de cumprir, ao lon-

go dos próximos quatro anos, a melhoria da efi ciên-

cia das gestões, que consigam redução signifi cativa

da máquina pública, que no Brasil cresce no senti-

do inverso de sua efi ciência, que consigam aten-

der, com investimentos públicos e, ou privados, à expecta-

tiva nacional de manter e ampliar os índices de crescimento

econômico e de competitividade no comércio internacional.”

“É grande minha expectativa em relação à presiden-

te Dilma Rousseff, pois todo município de pequeno

porte necessita do governo federal para complemen-

tar sua receita orçamentária. No ano passado fomos

atendidos de forma satisfatória, tendo em vista mi-

nha incansável busca de recursos e projetos junto aos minis-

térios com apoio dos deputados federais. Em 2011, espero um

aumento no repasse do FPM — Fundo de Participação dos Mu-

nicípios — e também a liberação de mais verbas para a manu-

tenção do atendimento à saúde, educação, esporte e lazer de

qualidade para o povo de minha querida Monte Alegre do Sul.

Já na esfera estadual, tenho certeza que nosso governador Ge-

raldo Alckmin é um grande administrador, como já demonstra-

do anteriormente. Minha expectativa é uma maior proximidade

com o governo estadual, podendo trazer para o município ver-

bas e projetos que venham a solucionar problemas básicos. “

“DILMA - ALCKMIN” NA OPINIÃO DE ALGUNS PREFEITOS

MOGI MIRIM

MONTE ALEGRE DO SUL

26 | Revista Prefeitos de São Paulo

Page 27: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de Monte MorRodrigo Maia Santos

Prefeito de PaulíniaJosé Pavan Junior

“Honestamente espero que nossos novos gestores, fe-

derais e estaduais, continuem abrindo caminhos e não

apenas brechas, para que nós, prefeitos, possamos

enfrentar em paz os problemas de nossos municípios

concretizando suas soluções. A ideia é a gestão próxi-

ma e única, o diálogo, o interesse e, principalmente, a dispo-

nibilidade. Como prefeitos temos esse dever: o de abrir possi-

bilidades entre governo federal, governo estadual e governo

municipal, propondo a busca pela oportunidade a todo cida-

dão. Um bom começo seria a validação da necessidade da re-

forma tributária entre união, Estado e município, ponto crucial

para que os municípios tenham mais autonomia fi nanceira.”

“Tanto o governo de Geraldo Alckmin quanto o da

presidente Dilma Rousseff conseguiram construir

uma equipe, um time de pessoas absolutamente

qualifi cadas, cada uma na sua área, compreenden-

do o caminho que devem tomar para avançar e

cumprir as metas sob as suas responsabilidades, mas saben-

do também ser solidários com as áreas de segurança, saúde

e educação, as áreas mais demandadas pela nossa popula-

ção. Na minha concepção de administrador, o governador e

a presidente farão governos de investimento, de desenvolvi-

mento, de geração do emprego e renda, de diminuição das

ainda aviltantes e vergonhosas diferenças sociais com as quais

convivemos. Espero que Alckmin e Dilma mantenham o pro-

cesso de reorganização da nossa atividade econômica, pois

ela é também um pressuposto fundamental para diminuir-

mos ou minimizarmos os nossos graves problemas sociais. A

partir do Estado e da união organizados, teremos condições

de crescer muito mais e de alcançar todas as nossas metas.”

PAULÍNIA

MONTE MOR

Revista Prefeitos de São Paulo | 27

Page 28: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de RafardMárcio Minamioka

Prefeito de Ribeirão do SulJosé Carlos de Oliveira Martins

“Cada vez mais sentimos necessidade de propagar

a obrigação de que as pessoas devem exercitar o

sentimento de solidariedade, que está presente dos

pequenos gestos às grandes ações benemerentes.

Muitas coisas novas vêm juntas com o ano que

se inicia. A presidente Dilma Rousseff, o governador Geral-

do Alckmin, os senadores e deputados já tomaram as de-

vidas posses dos mandatos que nós concedemos a eles.

O que nós esperamos é que pelo menos esses governan-

tes correspondam às nossas expectativas e transformem

a realidade do país, principalmente porque, pela primei-

ra vez na história, teremos na presidência uma mulher.

A carta constitucional de 1988 transferiu muitos encargos

aos municípios, mas os recursos públicos continuam con-

centrados nas esferas federal e estadual. Por isso, a expec-

tativa de nós, prefeitos, em relação aos novos governan-

tes — presidente da República e governador do Estado

— continua sendo de maior apoio ao desenvolvimento local.”

“Partindo do princípio de que o cidadão vive no mu-

nicípio, os problemas são sentidos diariamente na

pele dentro de nossas comunidades, pois o cidadão

cobra dos governantes respostas aos problemas

que os afl igem, sejam eles relacionados a educação,

saúde, habitação, emprego, desenvolvimento agropecuário,

segurança ou meio ambiente, e as ações não podem ser adia-

das, por isso esperamos que no governo da presidente Dilma

Rousseff e do governador Geraldo Alckmin sejam priorizados

temas como reforma política e principalmente a reforma

tributária, que tanto oneram o contribuinte, e esperamos que

essa arrecadação seja distribuída de forma mais justa entre os

entes da federação, pois os municípios fi cam com o ônus de

uma carga muito pesada e, em contrapartida, com a menor

fatia do bolo tributário”.

“DILMA - ALCKMIN” NA OPINIÃO DE ALGUNS PREFEITOS

RAFARD

RIBEIRÃO DO SUL

28 | Revista Prefeitos de São Paulo

Page 29: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeito de Santo Antônio do JardimLuiz Claudio Trincha

Prefeito de SaltoJosé Geraldo Garcia

“Esperamos que nossos governantes sigam o for-

talecimento municipalista, que vem norteando as

gestões do governo paulista com inegável suces-

so, já que somos uma nação de municípios confe-

derados. Município forte é sinônimo de país forte.

É indispensável que Estado e união continuem promovendo

investimentos em infraestrutura, com liberdade para os gesto-

res municipais realizarem obras que eles conhecem de perto

e sabem como fazer do jeito que o município necessita, ao

mesmo tempo criando mecanismos para atrair investimen-

tos e renda própria, aumentando a arrecadação e diminuin-

do a dependência das transferências estadual e federal, que

vêm tornando, a cada dia, mais difícil a gestão municipal com

crescimento. Os pequenos precisam de meios para obter

renda própria. E contamos com o Estado e a união para isso

acontecer. Não se trata da espera de um milagre: mais inves-

timentos diretos em saúde e educação, por exemplo, já livra-

riam o gestor municipal de uma enorme parcela orçamentária

para investimentos e progresso, benefi ciando a população”.

“Ainda são poucos dias de governo para fazermos uma

análise mais completa, ainda mais que as equipes dos

dois governantes estão se adequando e, agora, pou-

co a pouco iniciando suas atividades, um processo

normal para toda nova administração. O que espera-

mos é que possamos dar continuidade nos trabalhos realizados

nos últimos anos. Em Salto, fi rmamos grandes parcerias tanto

com o governo federal quanto com o estadual, com a ajuda de

deputados, que trouxeram recursos importantes para o mu-

nicípio. Sem tal ajuda, não seriam possíveis algumas obras de

destaque no município, uma vez que o orçamento da Prefei-

tura já tem destinação certa. Portanto, com a eleição dos dois

governantes citados e também dos deputados parceiros de

Salto, pretendemos continuar com os investimentos que tanto

mudaram e melhoraram a cara da cidade nos últimos anos.”

SALTO

SANTO ANTÔNIO DO JARDIM

Revista Prefeitos de São Paulo | 29

Page 30: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeita de Santa Cruz das PalmeirasRita de Cássia Peres Teixeira Zanata

Prefeito de Santa GertrudesJoão Vitte

“Espero que tanto o governo federal como o esta-

dual trabalhem para melhorar as condições so-

ciais do nosso país, distribuindo melhor a renda

em todos os Estados, contribuindo para diminuir

a pobreza, o desemprego e a desigualdade. Que-

ro que esses governantes ajudem os municípios, principal-

mente os menores, a oferecer saúde de qualidade à popu-

lação, melhorar a educação de nossas crianças e reforçar

a segurança pública. Creio que esses são os principais an-

seios de qualquer gestor público e são os meus também.”

“DILMA - ALCKMIN” NA OPINIÃO DE ALGUNS PREFEITOS

“Sabe-se de Geraldo Alckmin, nos dois períodos de

seu governo à frente do Estado de São Paulo, que a

tônica do trabalho era a de ir ao encontro das neces-

sidades da população. Implantando faculdades e es-

colas técnicas, bem como provendo a segurança pú-

blica com recursos humanos e equipamentos, dotando a malha

viária das estradas vicinais de boas condições para o transporte

da safra agrícola, destinando ambulâncias às Prefeituras e equi-

pando os hospitais para um bom atendimento à saúde, fi rman-

do convênios com as administrações municipais para ativida-

des de saneamento básico, de captação de água à estação de

tratamento de esgoto, pavimentação e recapeamento de vias

públicas, bem como aquisição de máquinas, tratores, veículos

diversos. Dilma Rousseff, tendo exercido funções importantes

desde a Prefeitura de Porto Alegre até a Chefi a da Casa Civil

do Governo Lula, o que lhe conferiu habilitação mais do que

sufi ciente para conduzir com representatividade, determinação

e coesão com os postulados democráticos do nosso povo, a

difícil tarefa de administrar este país de dimensão continental.”

SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS

SANTA GERTRUDES

30 | Revista Prefeitos de São Paulo

Page 31: Revista Prefeitos de São Paulo

Prefeita de SocorroMarisa de Souza Pinto Fontana

Prefeito de SumaréJosé Antônio Bacchin

“O prazo das novas administrações, estadual e fe-

deral, ainda é muito pequeno, porém, espero que

as políticas públicas adotadas e que estão dan-

do certo, sejam mantidas. Espero ainda que se-

jam corrigidas as questões do endividamento

público e da concentração das receitas pela união, com

estabelecimento de critérios de distribuição das verbas

públicas de forma mais equânime com os municípios.”

“Um novo governo tomou posse em 1° de janeiro,

tanto na esfera federal quanto na estadual. Eu espe-

ro que a presidente Dilma Rousseff dê continuidade

ao pacto republicano iniciado pelo presidente Lula e,

independente dos partidos políticos, que o governo

federal continue a olhar para os municípios sem distinção e

promova as reformas necessárias para que o Brasil continue

dando saltos de desenvolvimento, tanto na questão da infra-

estrutura e erradicação da pobreza quanto no setor econô-

mico, onde a contratação formal está aquecida, o que deve

proporcionar novos recordes de carteiras assinadas ao lon-

go deste ano. Assim como é feito no governo federal, acre-

dito que o governador Geraldo Alckmin também terá esse

olhar republicano em São Paulo, atuando de forma incisiva

nas grandes demandas do Estado e auxiliando os municípios

em suas necessidades. Desejo sucesso aos novos governan-

tes e êxito em seus projetos, em prol de toda a população”.

SOCORRO

SUMARÉ

Revista Prefeitos de São Paulo | 31

Page 32: Revista Prefeitos de São Paulo

“Geraldo Alckmin já esteve à frente do gover-

no do Estado e demonstrou uma grande ca-

pacidade de trabalho. Homem preparado,

honesto e dinâmico, dele esperamos uma ad-

ministração séria e de grande desenvolvimen-

to. E a certeza de uma atenção especial para nossa região,

no interior paulista, já que a maioria de nossas cidades de-

pende de recursos do governo do Estado para a realização

de obras e serviços à população e nossa cidade tem orça-

mento limitado, que não permite grandes investimentos.

Com relação à presidente Dilma Rousseff, a expectativa é

de que faça o controle da infl ação, melhore e muito o SUS

— Sistema Único de Saúde —, que vem castigando os bra-

sileiros, e invista maciçamente na educação, valorizando os

professores. Independente de questões político-partidárias,

esperamos que atenda às expectativas do povo brasileiro,

pois suas decisões e ações se refl etem em toda a nação”.

“DILMA - ALCKMIN” NA OPINIÃO DE ALGUNS PREFEITOS

“Os municípios possuem, junto aos outros entes da

federação, uma extensa pauta de reivindicações que

precisa ser tratada como prioridade. As pessoas vi-

vem nas cidades e é nelas que os investimentos preci-

sam ser feitos para que o Estado e o país apresentem

resultados efetivos de desenvolvimento social e econômico.

Tenho certeza de que a presidente Dilma Rousseff, a

exemplo do governo Lula, tratará as questões das cida-

des com respeito e de forma republicana, dando continui-

dade à política de apoio e fi nanciamento de projetos lo-

cais e de obtenção de recursos junto à união, essenciais

à melhoria da qualidade de vida de nossas populações.

Quanto ao governador Geraldo Akckmin, espero que

seja capaz de restabelecer o diálogo com os prefei-

tos e tornar a discussão dos problemas locais e regio-

nais parte integrante da política do Estado para en-

frentamento dos desafi os das regiões metropolitanas”.

Prefeito de SuzanoMarcelo de Sousa Cândido

Prefeito de Vargem Grande do SulAmarildo Duzzi Moraes

SUZANO

VARGEM GRANDE DO SUL

32 | Revista Prefeitos de São Paulo

Page 33: Revista Prefeitos de São Paulo

11Prefeitos & Vices nº06 2010

Page 34: Revista Prefeitos de São Paulo
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Page 36: Revista Prefeitos de São Paulo

Aventureiros Especiais

Socorro é eleita pelo Ministério do Turismo como cidade-modelo no país, em acessibilidade para o turista. Projeto “Socorro Acessível” garante

atendimento digno a portadores de necessidadses especiais e por isso já é orgulho para os moradores do município.

Socorro e seus

36 | Revista Prefeitos de São Paulo

INCLUSÃO SOCIAL

Page 37: Revista Prefeitos de São Paulo

Por conta da qualidade das águas minerais existentes no município, Socorro entra no cenário do turismo como estância em 24 de abril de 1945. Já na década de 1990,

o turismo passa a ter um desenvolvimen-to signifi cativo com o aproveitamento da sua exuberante natureza, o que possibili-tou a atuação do município em 8 segmen-tos diferentes de turismo, sendo eles: tu-rismo de saúde, turismo cultural, turismo rural, ecoturismo, turismo de negócios e eventos, turismo de estudos e intercâm-bio, turismo de aventura e turismo social.

Nos dois últimos segmentos citados, So-corro se tornou um dos 10 Destinos Referên-cia em Segmentos Turísticos do Ministério do

Turismo, com alguns programas e projetos já desenvolvidos e outros em desenvolvimento, visando a que todos se sintam bem na cidade.

O Programa Aventura Segura, que está sendo implantado pelo Ministério do Tu-rismo somente em 17 destinos no país, certifi cou e qualifi cou os prestadores de serviços turísticos, fazendo com que as em-presas locais trabalhassem cada vez mais a questão da segurança e aplicação das nor-mas técnicas nas atividades turísticas, que foram desenvolvidas a partir da implan-tação de dois projetos inovadores, o Aven-tureiros Especiais, realizado com exclusi-vidade em Socorro, e o Socorro Acessível.

Em Socorro, todas as atividades de turis-mo são realizadas em 7 parques privados que contam com completa infraestrutura, ofere-

cendo alimentação, vestiários, hospedagem e tudo o que é necessário para o bom atendi-mento dos turistas. No projeto Aventureiros Especiais, realizado em parceria com a ONG Aventura Especial e o Ministério do Turis-mo, 10 atividades de turismo de aventura fo-ram adaptadas para pessoas com defi ciência ou mobilidade reduzida. Na primeira fase do projeto, foram desenvolvidos vários equipa-mentos adaptados e também diversos presta-dores de serviço foram capacitados para aten-der com excelência esse público tão especial. Essa ação possibilitou a prática de diversas atividades de turismo de aventura por pes-soas com defi ciência e mobilidade reduzida, fato que antes era impossível de acontecer. Em Socorro, e só em Socorro, hoje, com a ajuda dos equipamentos aqui desenvolvidos, até cavalgada com tetraplégicos é realizada.

Também voltado às pessoas com defi ci-ência ou mobilidade reduzida, e ainda em parceria com o Ministério do Turismo, o pro-jeto Socorro Acessível levou a acessibilidade para diversos pontos turísticos e logradouros públicos. Foram adaptados o Palácio das Águias, o Mirante do Cristo, o Centro Muni-cipal de Eventos, o Horto Municipal, o Portal Lions, o Portal Colonial e o trecho do centro histórico e comercial da cidade com adapta-ção de calçadas, rebaixamento de guias, piso tátil, semáforo sonoro, entre outros. Socorro é o único município onde 250 pessoas liga-das, direta e indiretamente, ao atendimento turístico foram capacitadas para que esse público-alvo fosse atendido adequadamente.

Por diversos motivos, o município visa a adaptar novos pontos turísticos e logra-douros públicos durante a segunda fase do Projeto Socorro Acessível; um deles é pelo fato de a cidade ter sido eleita pelo Minis-tério do Turismo cidade-modelo do país em acessibilidade para o turista. Outra razão para adaptar e sinalizar outros pontos turís-ticos conforme a norma NBR 9050 é para

Em parceria com a ONG Aventura Especial e o Ministério do Turismo, 10 atividades de turismo de aventura foram adaptadas para

pessoas com defi ciência ou mobilidade reduzida. Na primeira fase do projeto, foram desenvolvi-dos vários equipamentos adaptados e também diversos prestadores de serviço foram capaci-

tados para atender com excelência esse público tão especial.A

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Revista Prefeitos de São Paulo | 37

Page 38: Revista Prefeitos de São Paulo

que turistas com defi ciência ou mobilidade reduzida sejam atendidos com todo o respei-to em Socorro e para que os moradores se dignem de estar e ser cidadãos desta cidade.

Hoje, com o intuito de replicar a experi-ência de Socorro em diversos locais do Bra-sil, a cidade recebe diversas visitas técnicas servindo também de exemplo às capitais dos Estados-sedes da Copa de 2014 e das Olim-píadas e Paraolimpíadas de 2016. Em rela-ção a este último evento, em particular, será lançado um guia em 2011 e 2013 indicando aos turistas estrangeiros a acessibilidade das 12 metrópoles-sedes da Copa de 2014 e da cidade de Socorro, que será o único muni-cípio, além das referidas capitais, a integrar o guia, que será desenvolvido em parceria com a ONG Instituto Muito Especial do Rio de Janeiro e com o Ministério do Turismo.

Analisando o desenvolvimento desse segmento e a importância desse nicho de mercado que envolve 50 milhões de pes-soas, os empreendimentos turísticos parti-culares de Socorro, seguindo o caminho da municipalidade, também têm se adaptado. Hoje, praticamente 100% da rede hoteleira de Socorro está adaptada tanto para cadei-rantes quanto para todas as defi ciências, oferecendo, inclusive, canil no quarto para o cego poder dormir com o seu cão-guia, te-

lefone para defi cientes auditivos no quarto, cardápios em braille, etc. O projeto Socorro Acessível está afi nado com o Pla-

no Nacional de Turismo Uma Viagem de Inclusão, que é fru-to do consenso de todos os segmentos turísticos no objeti-vo comum de transformar a atividade em um mecanismo de melhoria da qualidade de vida no Brasil, gerando emprego, ren-da e fazendo do turismo um importante indutor da inclusão social.

AÇÕES INCLUSIVAS DE SOCORRO TRAZEM TROFÉU PARA A CIDADE

Entre 300 inscritos no observatório da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Defi ciência e 10 fi nalistas, a cidade de Socor-ro, na pessoa da prefeita Marisa, recebeu, na noite de 15 de dezem-bro, o troféu destaque no Prêmio Ações Inclusivas para as Pessoas com Defi ciência, edição 2010, do Governo do Estado de São Paulo.

Com o Projeto Socorro Acessível, que tem por objetivo garan-tir os direitos das pessoas com defi ciência ou com mobilidade re-duzida e trabalhar com a inclusão em todas as atividades turísticas do município promovendo o desenvolvimento local, Socorro foi

A cidade de Socorro, na

pessoa da prefeita Marisa de Souza Fontana, recebeu o troféu destaque no Prêmio Ações

Inclusivas para as Pessoas com Defi ci-

ência, edição 2010, do Governo do Estado

de São Paulo.

38 | Revista Prefeitos de São Paulo

INCLUSÃO SOCIAL

Page 39: Revista Prefeitos de São Paulo

um dos 2 destaques entre os projetos governamentais premiados. O segundo projeto governamental destacado nesse evento, realiza-

do com o apoio da Fundação Prefeito Faria Lima, o Cepam, foi o pro-grama de educação inclusiva, Educando e Aprendendo na Diversida-de, inscrito pelo município de Itatiba. Na categoria não governamental, destacaram-se os municípios de Cubatão, com a Associação Casa da Esperança de Cubatão Dr. Leão de Moura, e a cidade de Lençóis Pau-lista, com a iniciativa da Associação dos Defi cientes de Lençóis Pau-lista (Adefi lp) Transformando Material Reciclável em Moeda Social.

Para a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com De-fi ciência, Dra. Linamara Rizzo Battistella, o evento materializa o desejo de transformar a inclusão social em grande meta do Es-tado de São Paulo. Dra. Linamara declarou também que a co-memoração evidencia um governo extremamente alinhado com as causas da população. “É a contextualização clara de que é pre-ciso governar para todos os cidadãos, com ou sem defi ciência”.

Para o ex-governador Alberto Goldman “A coisa que mais nos traz felicidade é ver que nós podemos ajudar o outro ser humano a ser tão igual como qualquer ser humano e ter os mesmos direitos de todos”.

Ao fi nal da cerimônia de entrega do Prê-mio, os vencedores tiveram suas práticas divulgadas em publicação distribuída entre os presentes e o reconhecimento público nos websites da Secretaria de Estado dos Direi-tos da Pessoa com Defi ciência e do Cepam.

Juntamente com a prefeita Marisa es-tiveram presentes no evento Carlos Al-berto de Tavares Toledo, Michael Golo e Raquel Frias Pares, do Departamento de Turismo; Marcos Lomônico, do Departa-mento de Planejamento; o empresário José Fernandes Franco, do Campo e Parque dos Sonhos; os vereadores Luciano Tani-guchi, Sheila Silvério e Júnior Sartori; o empresário Flávio Meneghelli, do Rancho Pompéia, representando o núcleo do turis-mo rural, entre outros convidados. | RPSP

“Em Socorro, e só em Socorro, hoje, com a ajuda dos equipamentos aqui desenvolvidos, até cavalgada com tetraplégicos é realizada”.

Carlos Alberto Tavares de Toledo Diretor do Departamento de Turismo e Cultura

Agradecimentos:

Márcia Regina MantovaniDepartamento de Comunicação Social

www.socorro.sp.gov.br

Revista Prefeitos de São Paulo | 39

Page 40: Revista Prefeitos de São Paulo

Dr. Eduardo Roberto Lima JuniorApaixonado pela profi ssão e

esporte

40 | Revista Prefeitos de São Paulo

EVENTOS/COPA DO MUNDO NO BRASIL

“Choramos em 2010,para nos alegrarmosem dobro, quando abola rolar aqui em2014”

Page 41: Revista Prefeitos de São Paulo

Revista Prefeitos de São Paulo | 41

Copa do Mundo é assim. No mesmo estádio, as lágrimas da vitória e da derrota caminham juntas. Com uma diferença: as da

vitória não machucam. As duas, porém, nas-cem da mesma ocasião. Copa do Mundo é superação, e a seleção da Espanha superou--se. Não há como sintetizar a Copa tão so-mente aos aspectos técnicos. A técnica individual, a sintonia coletiva, a organização tática. Ainda assim, fi ca evi-dente que a seleção da Espanha se impôs às demais. Poucas vezes se viu uma seleção tão segura de si. Desde o início da Copa da Áfri-ca não quis saber quem vinha pela frente, antes que alguém viesse se antecipava e ia à luta disparando seu golpe, quase sem-pre único, porém fatal. Foi assim, uma equipe jovem, mas jogava com seriedade e sabedoria. Jogava sem medo. Seus jogadores ainda não tinham lugar garantido nos álbuns de fi gurinhas como tantos outros que chegaram à África com os nomes prontos. A equipe não tinha uma, duas, três, quatro nem onze caras. Tinha um só rosto, banhado pelo suor que vinha de uma mesma fonte, a solidariedade. Em todos os jogos, vimos a mesma auto-confi ança. E impressionava como era ina-balável a seleção da Espanha. Talvez fosse assim porque seus jogadores tinham muito a ganhar na vida. Ainda não tinham desistido de sonhar. Se bem reparasse em suas fi sio-nomias percebia-se que os espanhóis eram contidos o tempo todo. Ninguém fazia cara feia, ninguém desdenhava de nada. Mental-mente, o time parecia contaminado pelo de-sejo de vencer. E venceram. Entraram para história pelas portas da frente. Mais que isso, nela permanecerão. Parabéns aos cam-peões do mundo da Copa da África de 2010.

Do nosso Brasil, resumidamente, espe-rava-se uma superação. Infelizmente, não se viu uma equipe incendiada, não se viu

uma equipe organizada. Claro que Dun-ga tinha carta branca para fazer e desfazer o que bem entendesse. Ele sempre recor-ria à ciência da matemática para justifi car suas posições. Mas seu protecionismo em algumas preferências não mereceu aplau-so. Sabemos que todos merecem um lugar ao sol, mas a seleção é lugar de destaque. Dunga não entendeu que no futebol é brin-cando que os homens se entendem. Preferiu o futebol de resultado e nessa escolha não há glória na derrota. Seu protecionismo foi varrido da Copa de 2010 pelo vento de Porto Elizabeth juntamente com seus seguidores.

Dunga durão e teimoso. Não deu ouvidos e não soube conquistar a multidão, nem deu a mínima aos ensinamentos mais antigos. Ora, Dunga! A alegria, diz o Eclesiastes, prolonga a vida! No futebol, os homens passam, a Copa do Mundo não. É eterna.

Enfi m, para nós, da África de 2010 res-tou como última lembrança o jogo frente à seleção holandesa, o gol contra o nosso grande Júlio César: a bola no fundo do cora-ção, cristalizada como uma gota de lágrima.

Bem sabemos que nesta leitura haverá quem levante a mão cobrando críticas obje-tivas sobre a Copa de 2010, cobrando o fi el balanço da Copa; os artilheiros, melhor ata-que, defesa, posse de bola, melhor jogador, etc... Na verdade uma aritmética necessária, mas que retira a alma e a pureza do futebol.

A alegria, diz o Eclesiastes, prolonga a vida !

Desapercebidos, esquecem que o futebol é um jogo de sucessivos acasos, a própria vida passando num campo de imperfeições. Pas-sageira como a bola que, mal passa, já é pas-sado. Portanto, para nós o que vale agora é 2014. Por tudo isso não vamos falar de núme-ros que sintetizam a efi ciência, nem dos fa-tos que condenam ou absolvem o mundo do futebol. Vamos fi car com a doce lembrança de um belo chute na “Jabulani” que fi naliza na rede, depois divide os torcedores. Imagi-namos que parte em alegria e parte em silên-cio. Em nome da “Jabulani” e dos encantos da África, deixamos de lado a matemática. É por isso que não falaremos das táticas nem da matemática que divide os homens.

Então, fi camos assim combinados. Para a Copa no Brasil em 2014, muita ale-

gria. E que nossos campos fi quem repletos com momentos inesquecíveis. É certo que

devemos mudar muitas coisas. Nosso futebol não pode atentar contra sua própria essência, a habilidade dos cra-

ques. Para aqueles que semeiam o antijogo, deixamos nosso mais profundo desprezo. Guardemos para a Copa de 2014 na nossa bolsa de esperança as passadas de Ramirez, que parece ter asas nos pés. Os dribles de Robinho e Neymar, sempre procurando o gol. Os passes precisos de Paulo Henrique Ganso e as arrancadas de Alexandre Pato. Esperemos ainda por muitas outras boas sur-presas que hão de aparecer. Que a próxima Copa, no Brasil, no continente americano banhado pelo Atlântico, para o bem do fute-bol repita a seguinte retórica: aquilo que foi “Cabo das Tormentas” no passado, em 2010, seja alterado para “Cabo da Boa Esperança” até 2014 e que em nossa Copa de 2014 re-pousemos na “Marina da Glória”. | RPSP

Dr. Eduardo Roberto Lima Junior

Advogado, trabalha na área do Direito

Administrativo e Constitucional, atuou como

procurador de atletas de futebol profi ssional e é

diretor jurídico da ONG Bola pra Frente.

[email protected]

ARTIGO

Page 42: Revista Prefeitos de São Paulo

Cristovan Grazina

42 | Revista Prefeitos de São Paulo

OPINIÃO — O CAOS DA AVIAÇÃO COMERCIAL BRASILEIRA

Editor da RPSP

Page 43: Revista Prefeitos de São Paulo

Revista Prefeitos de São Paulo | 43

“TOO LATE”

Cristovan GrazinaPublisher da Revista Prefeitos de São Paulo. Gestor de T.I. no IBAP/SP. Graduando em Gestão de Políticas Públicas na UNICAMP/FCA.

ARTIGO

“Atenção senhoras e senhores, pedimos desculpas pelo atraso quanto ao horário de partida.” Quem utiliza o meio aéreo de trans-porte nos últimos tempos deve estar cansado de ouvir essa frase. Aproveito a citação para discutir, no presente artigo, o “caos aéreo” que vivenciamos no Brasil atualmente. “Atenção tripulação! Portas em automático...”

Não são raros os atrasos, problemas téc-nicos, mais atrasos e problemas técnicos.E muito se comenta quanto à capacidade de o sistema aeroportuário brasileiro es-tar apto a receber os turistas que para cá virão durante a Copa do Mundo de 2014.Porém, não paramos para pensar que nos-so problema não está na Copa. Nós pre-cisamos primeiramente de uma solução para a própria demanda já existente!

Demanda essa crescente, com cada vez mais pessoas utilizando o avião, em detrimento de outros meios de trans-porte, como o automóvel e o freta-do, em viagens de longa distância.

As falhas no serviço são grosseiras, não só a má qualidade do atendimento aos passa-geiros, mas também quanto à infraestrutura precária disponibilizada na maioria dos aero-portos do Brasil. Por exemplo o de Viracopos, na cidade de Campinas, onde os passageiros não encontram vagas sufi cientes nos estacio-namentos e, os que encontram, se deparam com postes com iluminação queimada, vagas no chão de pedrisco, sem contar o “poeirão” que se acumula em cima dos veículos esta-cionados. Tudo isso a um preço muito caro.

As reclamações também são feitas pe-las empresas importadoras e exportadoras que utilizam o aeroporto. Que alertam para a demora na liberação de mercadorias e nos demais processos, sempre muito buro-cráticos, com capacidade de antedimento insufi cientes. O que nos coloca em desvan-tagem, no que se refere ao comércio inter-nacional, frente aos nossos concorrentes.

“Dentro de instantes iniciaremos nosso serviço de bordo, o(a) senhor(a) prefere batata chips ou goiabinha?” No ramo da aviação costuma-se dizer: “Nunca permita que o avião leve você a algum lugar onde sua cabeça não te-nha chegado cinco minutos antes”.E me questiono se nós, gestores públicos — comandantes desse avião do desenvol-vimento, que é o Brasil — sabemos de fato onde queremos chegar? Será que nossas medidas e projetos contemplam alguns “mi-nutos antes” na rota da história da nação? “Informo aos passageiros, estamos passan-do por uma zona de turbulência. Apertem os cintos!”

Decolar é opcional, pousar é obrigação. De fato já tiramos o Brasil do chão, mas agora aparece em nosso radar um novo de-safi o: o de implantarmos políticas públicas que garantam nossa chegada em segurança ao futuro. Assumida a decisão de nos tor-narmos um país desenvolvido, neste mo-mento temos que fazer com que nosso sis-tema aéreo funcione de forma condizente com os níveis de crescimento brasileiros.O alarme já está apitando, uma manobra de emergência precisa ser feita.Caso contrário, só me resta dizer: Too late![1] Câmbio fi nal.

[1] Do inglês Too Late, em português “Tarde de-mais”. Foram as últimas palavras do piloto do Concorde da Air France que acidentou-se no ano de 2000. Mesmo com o controlador de voo tendo comunicado a liberação da pista para uma ater-rissagem de emergência, o comandante sucinta-mente enunciou que já não havia mais o que ser feito para deter a tragédia. Um solução foi apre-sentada, porém tarde demais...

“Decolar é opcional, pousar é obrigação. De fato já tiramos o Brasil do chão, mas agora aparece em nosso radar um novo desafi o: o de implantarmos políticas públicas que garantam nossa chegada em segurança ao futuro.”

A SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS DO SISTEMA AÉREO BRASILEIRO NÃO TÊM QUE SER PARA DAQUI A ALGUNS ANOS. PRECI-SAMOS DE MEDIDAS PRÁTICAS PARA GARANTIR A SEGURANÇA E TRANQUILIDADE DOS PASSAGEIROS, HOJE!

Page 44: Revista Prefeitos de São Paulo

Jovem prefeito do interior de São Paulo, Gustavo Reis é bacharel e pós-graduado em Direito Trabalhista. Empresário, é diretor licenciado do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

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44 | Revista Prefeitos de São Paulo

ENTREVISTA - PREFEITO DE JAGUARIÚNA

Page 45: Revista Prefeitos de São Paulo

Quando o jovem empresário, pós-graduado em Direito do Trabalho e ex-vereador Gustavo Reis assumiu o co-mando da também jovem

cidade de Jaguariúna, em janeiro de 2009, já determinou em sua posse mudanças pro-fundas nos rumos da cidade, uma das mais importantes da RMC (Região Metropolita-na de Campinas), no Estado de São Paulo. Isso porque, com sua eleição e posse, foi quebrada uma antiga tradição de alternância de poder entre grupos políticos tradicionais que desde a emancipação política vinham se revezando no comando do município. A hegemonia quebrada já existia há 26 anos.Gustavo Reis, morando há apenas 10 anos em Jaguariúna, com sua atuação indepen-dente, uma vez vitorioso teve que mostrar serviço e cumprir com urgência metas pro-postas em campanha. O que não se esperava é que as mudanças fossem tão grandes e seus resultados positivos quase que imediatos.Surpreendendo a todos com seu estilo ba-seado na moral, na ética e na efi ciência, o prefeito de Jaguariúna é hoje uma unani-midade regional e nacional em razão das muitas conquistas que obteve para a comu-nidade que dirige. Entre essas realizações estão a tarifa de ônibus (R$ 1,00), o ProU-ni Municipal e a implantação da Farmácia 24 horas. Essas iniciativas, junto com as demais, fazem com que a cidade seja con-siderada Modelo de Administração Pública e destaque nesta edição com uma entrevis-ta exclusiva do prefeito, à Revista Prefei-tos de São Paulo; ele conta em resumo um pouco dos muitos acertos dessa gestão que, para coroar o seu 2º ano de trabalho, foi

consagrada com o Prêmio Americas Award 2010, outorgado pela ONU por meio da UNITAR (United Nations Institute for Training and Research), responsável pelo cumprimento de Metas para o Mi-lênio, que propõe erradicar a miséria, o analfabetismo e diminuir a mortalidade infantil no planeta, entre outras prioridades sociais.Pela importância do fato, acreditamos que essa experiência vitoriosa mostrada aqui poderá iluminar ações semelhantes pelo Brasil afora. Confi ra.

PSP: Prefeito Gustavo Reis, conte-nos um pouco de sua história política e pessoal?Sou formado em Direito com especialização em Direito do Trabalho. Na juventude, fui líder estudantil e presidente estadual da Juventude Popular Socialista. Sou prefeito de Jaguariúna desde 2009 e em 2010 presidi o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Na minha trajetória política, antes de ser prefei-to, fui vereador em Jaguariúna e secretário de Desenvolvimento em Santo Antônio de Posse. Sou empresário e fui diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP). Exerço também o car-go de vice-presidente de relações institucionais do Consórcio PCJ e de vice-presidente do Consórcio do Circuito das Águas Paulista.

PSP: Como foi que chegou ao cargo de prefeito de uma cidade tão importante, ainda muito jovem?Fomos a grande surpresa na Região Metropolitana de Campinas entre os prefeitos eleitos no último pleito. Saí de último lugar para o primeiro conversando com as pessoas e falando da nossa proposta de investir no social. A população acreditou no nosso projeto e temos procurado hon-rar essa confi ança colocando em prática nosso programa de governo.

PSP: Se não tivesse sido eleito, o que estaria fazendo hoje, no âmbito profi ssional?Embora tenha boas experiências e um histórico como empre-sário, com certeza estaria na política, lutando por um mun-do mais justo e igualitário, procurando formas de ajudar as pessoas a se desenvolverem e serem plenamente felizes.

Cidade registrou índice ZERO DE MORTALIDADE INFANTIL em crianças na faixa de 0 a 1 ano e

de 1 a 4 anos, em 2010.

ENTREVISTA“Fomos a grande surpresa na RMC ao vencermos o pleito para a prefeitura de minha cidade”

Revista Prefeitos de São Paulo | 45

Gustavo Reis comanda município premiado pela ONU por causa de ação socialPor Dantas Filho

Page 46: Revista Prefeitos de São Paulo

PSP: Agora, resuma as suas principais ações nestes 2 anos de gestão?Nossos investimentos sempre focaram o ser humano. Neste sentido, considero as principais realizações da minha gestão até aqui as polí-ticas públicas que benefi ciam as pessoas. Um exemplo é a implan-tação da Tarifa Social: as pessoas pagam R$ 1,00 pela passagem de ônibus de segunda a sexta-feira e podem usar o ônibus gratuitamente aos domingos e feriados. O restante do valor da tarifa é subsidiado pela Prefeitura. Adotamos também o Programa Municipal Univer-sidade para Todos, em que são concedidas até 500 bolsas de estu-do de 70% a estudantes carentes da cidade para frequentarem curso superior na Faculdade de Jaguariúna. Outras iniciativas que consi-dero fundamentais foram a implantação da Farmácia 24 horas e da UTI pediátrica no Hospital Municipal. Temos feito muitos investi-mentos também em educação, com a implantação do ensino apos-tilado em toda a rede pública, a adoção de lousas digitais — que muitas escolas particulares não possuem —, a redução da fi la das creches, a construção e a reforma de escolas, entre tantos avanços. Na saúde, acabamos de ganhar um prêmio da Organização das Na-ções Unidas (ONU) por ter zerado a mortalidade infantil em 2009.

PSP: O cenário nacional apresenta uma nova realidade no go-verno do Estado e na união. Como o senhor se situa dentro deste quadro?Temos um excelente relacionamento com os governos do Estado e o federal, pois sabemos que o mais importante é desenvolver bons projetos para a obtenção do maior número possível de recursos para a realização de investimentos nas mais diferentes áreas de Jaguariúna.

PSP: É sabido por todos que o senhor apoiou desde o primeiro momento a candidatura da presidente Dilma à sucessão de Lula e que isso lhe custou o afastamento do PPS, que apoiou José Serra para presidente. Como foi viver essa situação vitoriosa por um lado e de frustação pelo que lhe fez o único partido que tinha tido na vida, desfi liando-o após o pleito? Ao apoiar a presidente Dilma fi z a opção pelo Brasil que estava dan-do certo. Então, sempre tive a consciência tranquila sobre essa op-ção, e não tive receio de expô-la publicamente porque acreditava, e acredito, estar fazendo a melhor escolha no momento para o país.

PSP: A presidente Dilma já soube que o senhor foi “cassado” por tê-la apoiado?Acredito que a presidente Dilma tenha acompanhado as notícias publicadas pelos jornais sobre isso, especialmente pelo fato de o seu partido, o PT, ter se solidarizado publicamente comigo contra essa decisão .

PSP: Bem, agora falemos de sua bri-lhante gestão na saúde, reconhecida pela ONU com o Prêmio Americas Awards de Redução da Mortalidade Infantil no município. Como foi que isso aconteceu?Recebemos o Americas Awards 2010, prê-mio concedido pela Organização das Na-ções Unidas (ONU), na categoria Líder na Saúde Pública — Redução do Índice de Mortalidade Infantil, em evento realizado em novembro do ano passado, na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos. Em 2009, ti-vemos índice zero de mortalidade infantil. Comparado a 2008, quando a cidade apre-sentou 11 mortes em crianças de 0 a 1 ano e 6 mortes em crianças de 0 a 4 anos, foi realmente um resultado excepcional. Como conseguimos isso? Implantando programas de saúde integral às mães e crianças, com o acompanhamento das gestantes duran-te toda a gravidez e no pós-parto. O parto humanizado e natural é incentivado na rede pública, bem como o aleitamento materno.

PSP: Qual foi o seu sentimento ao rece-ber o Prêmio da ONU por ter alcançado e superado uma das Metas do Milênio da instituição?Sentimento de alegria e dever cumpri-do. Ganhar um prêmio, ser reconhe-cido pelos cuidados com a infância, é motivo de orgulho para qualquer adminis-trador público. Por outro lado, amplia nos-so compromisso por manter esse índice e conquistar resultados igualmente impor-tantes em todas as áreas da administração.

PSP: A repercussão dessa marca obtida foi muito grande na mídia. Por causa disso o senhor e a sua administração têm sido procurados para falar e passar essa experiência para outras localidades?Depois do prêmio da ONU, Jaguariúna se tornou referência nacional nos cuidados com os recém-nascidos e gestantes. Fomos pro-curados recentemente pela Telessaúde da Universidade de São Paulo (USP), que irá usar a experiência da nossa cidade como re-ferência para todo o Brasil, desenvolvendo cursos e outros instrumentos para propagar

O apoio à candidatura da

presidente Dilma Rousseff causou

o afastamento de Gustavo Reis

do seu partido (PPS), que faz

oposição ao governo.

“Temos bom

relacionamento

com os

governos

federal e do

estado.

Parceiros

indispensáveis

para as nossas

realizações”

46 | Revista Prefeitos de São Paulo

ENTREVISTA - PREFEITO DE JAGUARIÚNA

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nossos programas. Recebi também muitas manifestações, do Brasil todo, de admi-nistradores públicos, lideranças empresa-riais, todos nos parabenizando pelo prêmio.

PSP: Além de prefeito, o senhor preside o Conselho de Prefeitos da RMC. Isso tem a ver com as conquistas da cidade?Deixei a presidência do Conselho da Re-gião Metropolitana de Campinas no últi-mo dia 26 de janeiro. Foi um ano bastante produtivo, no qual conseguimos avançar em várias questões na RMC, como saúde, educação, defesa civil, segurança e políti-cas sociais. No caso da saúde, por exemplo, concretizamos a primeira obra física em 10 anos de Conselho com a inauguração da re-forma da Unidade Básica de Saúde (UBS) em Sumaré, realizada com recursos do Fun-docamp. Criamos também a Câmara Técni-ca de Defesa Civil e foi possível implantar um plano antienchentes conjunto para toda a região. Trabalhei bastante o conceito de cidadão metropolitano. Nossa região não deve ter mais fronteiras. Como sempre digo, um cidadão pode trabalhar em uma cidade, morar em outra, estudar em uma terceira e namorar num quarto município. Então, é importante que o morador da RMC com-preenda essa realidade e as políticas públi-cas sejam desenvolvidas com esse enfoque.

PSP: É evidente que conquistas são fruto da decisão política do prefeito, porém, com a participação e a ajuda de muitos, no caso do Prêmio da ONU, quem ajudou o senhor e a cidade a conquistá-lo?Recentemente fi zemos um encontro em que fi z questão de homenagear os profi ssionais — médicos, enfermeiros, funcionários públi-cos, secretários municipais — pela conquis-ta do prêmio. É o resultado de um trabalho conjunto, que estamos dando continuidade e esperamos que dê muitos outros frutos.

PSP: Como o senhor avalia o período do presidente Lula, que terminou com mais de 80% de aprovação popular, e a gestão da presidente Dilma, que só está come-çando?O presidente Lula fez um governo exemplar, voltado para os que mais precisam. Prova disso é que saiu do governo com aprovação recorde de 87% da população. Foi o presi-dente de todos os brasileiros. Tenho certe-za que a presidente Dilma também fará um governo em sintonia com os anseios e ne-cessidades de toda a população brasileira.

PSP: O senhor convive muito bem com protagonistas do gover-no federal e com os dirigentes do Estado?Minha relação com os dirigentes dos governos estadual e federal é respeitosa e cordial, sempre em busca de parcerias que propiciem o melhor para a população. Procuro defender os interesses, a necessi-dade de recursos e as demandas de Jaguariúna e região de maneira fi rme e responsável.

PSP: Prefeito, Jaguariúna sofre com os elevados pedágios pau-listas. Muitos planos e promessas têm sido feitos para solucionar a questão, mas, até agora, nada. O que tem a dizer sobre isso?Os pedágios difi cultam o processo de desenvolvimento da região, ele-vam o valor do frete e criam barreiras entre as cidades. As tarifas co-bradas, na maioria das vezes, são desproporcionais ao trecho percor-rido pelos motoristas. Temos o compromisso do governo do Estado em fazer o desmembramento da praça de pedágio localizada em Ja-guariúna. Quando isso ocorrer, o valor da tarifa cairá pelo menos pela metade (hoje é de R$ 8,20 nos dois sentidos). Infelizmente as obras de construção da nova praça que possibilitará esse desmembramento estão paradas, mas quero crer que o governo irá retomar os trabalhos e fazer essa mudança que todos esperamos há muito tempo. | RPSP

Vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzon, cumpri-menta o prefeito de Jaguariúna na ONU e o convida para falar sobre redução de mortalidade infantil em seu país.

Gustavo Reis admite que políti-cas públicas de sucesso no mu-nicípio tiveram apoio direto do ex-presidente Lula.

Em Atlanta, EUA, Gustavo Reis recebe Prêmio da ONU das mãos de José Inácio Gonzales, chairman da Cifal Atlanta — Fórum das Américas.

Revista Prefeitos de São Paulo | 47

Foto: Assessoria de Comunicação/PM Jaguariúna

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José Guilherme WhitakerTrabalhou no desenvolvimento da indústria de defesa do país nos anos 1980.

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GESTÃO PÚBLICAFo

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Page 49: Revista Prefeitos de São Paulo

Gerir bem, dentre outras coi-sas, é algo que está muito ligado à maneira como to-mamos nossas decisões. Existem inúmeras teorias

e processos decisórios descritos em mui-tos artigos e livros, mas, afi nal de contas, como tomamos nossas decisões? Alguns possuem um forte tino administrativo, ou-tros se apoiam em sua experiência, e há quem confi e numa boa equipe de auxiliares.

Hoje, a tecnologia e as ciências mate-máticas oferecem meios mais sólidos para auxiliar o gestor público no seu dia a dia. Defendo que o melhor jeito de tomar deci-sões é por meio da utilização de processos estruturados e algoritmos de interpretação de dados. Dentro de pouco tempo, com essas ferramentas de apoio à decisão, gerir sem o auxílio desse tipo de tecnologia será algo tão ultrapassado como preferir cartas a e-mails.

Com as ferramentas hoje disponíveis é possível uma tomada de decisão baseada em um algoritmo próprio que represente as preferências do gestor e que seja capaz de interpretar as informações e condições de contorno necessárias para responder à maior de todas as perguntas: qual é o melhor cami-nho? Um dos primeiros algoritmos de deci-são que se tem registro foi proposto por Ben-jamin Franklin, sua receita para tomar uma boa decisão, apesar de muito simples, so-brevive até hoje: 1) Defi na o problema. Porexemplo: comprar um carro. 2) Identifi que os critérios importantes para avaliar as alterna-tivas (potência, segurança, custo, acessórios, etc.). 3) Estabeleça pesos para seus critérios, ordenando-os por importância. 4) Busque in-formações que gerem alternativas de solução (nesse caso, procure corretoras, olhe anún-cios, pergunte para vizinhos). 5) Faça uma tabela com todas as alternativas, dando-lhes

notas de acordo com cada critério. 6) Multiplique as notas pelos pesos relativos de cada critério e a opção com maior nota é a melhor para você.

Avanços em teorias matemáticas, como a teoria dos jogos (John von Neumann) ou a teoria das decisões, algoritmos de inteligência ar-tifi cial como as redes neurais artifi ciais ou os algoritmos de inteligên-cia coletiva, e mais inúmeros outros incrementos nas ciências exa-tas, aprimoram imensamente a receita de Benjamin Franklin. Com essas novas técnicas é possível retratar matematicamente o padrão de interpretação necessário para uma compreensão total da situação.

Certamente, para que essas ferramentas estejam ao alcance dos administradores é necessário que elas estejam acopladas a siste-mas de gestão, tal que o processamento de dados fi que “por trás” do programa e que apenas resultados efetivamente relevantes se-jam apresentados aos usuários, para que, assim, da aplicação desses complexos algoritmos resultem as melhores decisões. O sucesso ou fracasso desses sistemas está ligado à simplicidade de apresentação dos resultados; caso o resultado seja demasiado complexo, toda a empreitada perde a utilidade e o gestor fi ca mais perdido que an-tes. É preciso ter muito cuidado com isso, tendo sempre em mente que o objetivo é simplifi car e esclarecer e não complicar e confundir.

Num mundo complexo e mutável como o de hoje, não se pode mais confi ar apenas no instinto ou na sorte para dire-cionamento de políticas públicas. De forma nenhuma ates-to que as decisões devem ser tomadas por um computador sem qualquer intervenção humana, mas com certeza afi rmo que re-sultados e dados interpretados podem clarifi car imensamente os pensamentos daqueles que devem decidir, e isso tende a melho-rar fortemente o poder de decisão dos administradores públicos.

O desenvolvimento desses sistemas de gestão customizados às preferências dos usuários já está em prática no Brasil, algumas empresas de consultoria e tecnologia disponibilizam esse tipo de solução. Aplicações nas áreas de educação, saúde, e transportes já podem ser vistas em casos pontuais, porém com enorme sucesso.E você leitor, como toma suas decisões?

Eng. José Guilherme WhitakerAv. Magalhães de Castro, 286 | ButantãSão Paulo | SP | CEP 05502-000Tel.: (11) 3031 3511www.tevec.com.br

ARTIGO

“Num mundo complexo e mutável como o de hoje, não se pode mais confi ar apenas na sorte ou instinto para o direcionamen-to de políticas públicas”

DICAS VALIOSAS PODERÃO AJUDÁ-LO NA HORA DE ADOTAR PROVIDÊNCIAS PRÁTICAS

Revista Prefeitos de São Paulo | 49

Como você toma suas decisões?

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Dr. Sérgio Redó

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Presidente da API (Associação Paulista de

Imprensa)

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IMPRENSA LIVRE

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ARTIGO

“LIBERDADE, LIBERDADE,

ABRE AS ASAS SOBRE NÓS”

A frase acima encerra uma das mais belas concepções atri-buídas, nas estrofes do hino da Proclamação da República do Brasil, que se tem conheci-

mento, dentro do estatuto léxico da língua por-tuguesa e em outras tantas canções, discursos e até em samba enredo de sucesso das nossas agremiações carnavalescas, cuja origem re-monta à alforria dos pobres, negros e margi-nalizados pelo menos uma vez ao ano para serem livres e sonhar em perfeita liberdade.

Dessa rápida abordagem extrai-se a ne-cessidade secular de o homem defender e lutar por esse pressuposto necessário à sua existência e evolução — a liberdade. Acre-dito não ser necessário tecer neste espaço um tratado erudito sobre essa prerrogativa essencial ao ser humano. Apenas comentar o assunto à luz da realidade presente, dian-te de fatos que ocorrem bem perto de nós, que sentimos no dia a dia, em nossas vidas.

Sendo nesta proximidade que justamen-te se visualiza o grande paradoxo práti-co da garantia à liberdade do indivíduo, o sentido amplo de tratar do direito a liber-dade. Senão, vejamos: hoje o homem, a mulher, jovem e criança, não usufruem no Brasil o direito elementar da liberdade do ir e vir, essa garantia todos os brasileiros conquistaram com a carta cidadã de 1988.

Cercados por grades físicas e invisíveis do medo somos reféns da violência medie-val que dispensa também detalhar. Todos conhecem e sofrem os seus efeitos. Além disso, tolhe-se a liberdade dos mais velhos e mais novos de se relacionarem até com os seus vizinhos, pois ali pode esconder--se um psicopata, estuprador, um pedófi -lo, enfi m aberrações do gênero humano.

Com os jovens, a sociedade tem sido ainda mais cruel; nem beijo na boca po-dem dar nossos meninos e meninas ante a possibilidade de contrair um mal incurável.

Sexo livre, então, nem pensar. Não que eles não estejam praticando, porém a cada romance uma dúvida: será que me conta-minei? Será que contagiei alguém? Tudo isso tem a ver com liberdade ou falta dela, num sentido amplo de nossas consciências.

Bem, caro leitor, escrevo esse artigo de maneira informal para chegar a um ponto crucial de nossa referência, a aplicação das leis no país. Dizer que sou contra o funcio-namento das instituições que fazem justiça no Brasil seria uma insanidade que jamais cometeria. Porém, ver todos os dias a mul-tiplicação de casos de espetacularização dos atos de justiça me causam ânsia, na condição de operador do direito, há quase três déca-das e jornalista que sou com muito orgulho.

A glamurização de megaoperações po-liciais acompanhadas de equipes de TV e sua parafernália diminuem e ridicula-rizam o sentido amplo do cumprimento da lei que tem caráter punitivo e pedagó-gico, para não esquecermos que a justiça tem como dever constitucional promover o indispensável direito do contraditório.

Neste sentido, do que adianta prender hoje alguém com todo esse apelo midiático promo-cional se amanhã aquele atingido será solto sem que depois nada mais lhe aconteça, sen-do inocente, se for culpado já foi condenado.

Pior então para os que nada devem. E é com esses que me preocupo. Apanhados no meio de investigações apaixonadas onde se misturam o ego de alguns e múltiplos in-teresses de outros, pessoas tidas como de bem, até aquele momento, são expostas ao vilipêndio e ao escracho das câmeras de TV junto à sanha de seus desafetos, cau-sando-lhes mal que jamais será recuperado.

Depois de toda essa exposição nefas-ta, patrocinada pelos equipamentos de fa-zer justiça legal, ao não se provar nada do que lhes fora imputado, fi cam esses cida-dãos indefesos à mercê da sorte, do julga-

mento precipitado da mídia, calmantes e nada mais, sem contar que as suas vidas viram de ponta-cabeça, pois até a atenção com respeito de um porteiro lhes é negado.

Sem uma lei clara e efi ciente que lhes restitua a credibilidade atacada, veem-se perdidos no labirinto do esquecimento e do escárnio da primeira versão sobre si expos-ta na mídia à exaustão. Para fi nalizar, volto a repetir o sentimento da frase inicial des-se artigo, ao expressar que em nosso país, cujos hinos e comportamento de seus már-tires e heróis sempre propugnaram pela li-berdade, como é o caso de Tiradentes e sua frase Libertas quae será tamém, não é pos-sível mais de nenhuma forma a sociedade brasileira se ver cerceada desse seu direito inalienável: a liberdade de viver em paz, não ser grampeada pelos aparelhos do Estado e tão pouco ter a sua vida e moral atacadas e destruídas sem direito a mínima defesa, seja por ação dos contra a lei ou dos que se di-zem cumpridores da carta constitucional.

Fundamental lembrarmos do caso emble-mático da Escola de Base do bairro da Aclima-ção, em São Paulo, onde estão os educadores que dirigiam a Escola, que iriam receber vul-tosa indenização que já se passaram mais de 15(quinze anos) e até agora só lembramos do enorme escândalo que o proprietário sofreu injustamente. Portanto, somos favoráveis a plena e ampla investigação, porém, com o inalienável direito do contraditório, nenhum ser humano poderá sofrer injusta acusação sem contar com o direito da ampla defe-sa e do devido processo legal; pense nisso.

* Sérgio de Azevedo Redó — Advogado, jornalista, administrador de empresas, professor universitário, escritor e confe-rencista, é presidente de API — Associa-ção Paulista de Imprensa. www.sredo.com.br - [email protected]

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Prefeitos se mobilizam pela renda do Pré-sal

Encontro de Lideranças reuniu prefeitos, presidentes de Câmaras, vereadores e outras autoridades de 64 municípios da Região Noroeste do Estado de São Paulo.

O jornalista Paulo Henrique Amorim, convidado especial do evento, considerou justa a ini-ciativa do movimento liderado pelo advogado João Carlos Machado, prefeito de Onda Verde,

pequeno município paulista com cerca de 4.000 habitantes.

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LUTA PELA DIVISÃO JUSTA DO PRÉ-SAL

Paulo Henrique Amorim, Drª. Célia

Machado - 1ª Dama, e João Carlos

Machado, satisfeitos com o resultado do

evento.

Page 53: Revista Prefeitos de São Paulo

Sob a liderança do prefeito de Onda Verde, João Carlos Ma-chado, representantes de 91 mu-nicípios da Região Noroeste do Estado de São Paulo se reuniram

em encontro sobre o Pré-sal, que gerou do-cumento encaminhado a Brasília destacando as reivindicações do grupo que se autodeno-minou “Os 100 de Onda Verde pelos 40% do Pré-Sal”, se referindo a uma melhor distribuição dos royalties do petróleo des-coberto, hoje previstos em 22%, alterando para 40%, aos 5.565 municípios brasileiros

O dia 27 de abril de 2011 vai fi car marca-do na história da pacata comunidade de Onda Verde pelo fato de a cidade ter sediado o 1º Encontro de Lideranças para discutir a dis-tribuição da renda do Pré-sal em projeto que está sendo analisado no Congresso Nacional, para ser votado até julho deste ano, segun-do o governo federal, autor da proposta que complementa a Lei 12.357/10, aprovada no ano passado e que sofreu vetos do Executivo.

O tema central do evento foi a dis-cussão em torno dos direitos dos mu-nicípios sobre essa riqueza e sua maior aplicação na área da educação.

Em linhas gerais, o projeto do governo pretende distribuir 22% da renda do Pré--sal para os 5.565 municípios brasileiros, o que os prefeitos acham pouco, já que só os Estados e cidades produtores fi cariam

com mais de 31%. Dessa renda as lideran-ças municipais propuseram então que pelo menos 40% da renda do Pré-sal seja entre-gue diretamente aos municípios, tirando--se conta do projeto em exame percentuais das unidades produtoras, Estados e União.

A justifi cativa dos que defendem a ideia é de que o cidadão não vive no Estado e tam-pouco na união, sendo então necessária uma melhor partilha dessa riqueza entre todas as cidades para que se desenvolvam e possam fi nalmente resgatar enorme dívida social que têm com suas populações, já que a Consti-tuição de 1988 transferiu inúmeras respon-

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Dr. Marcílio Novaes Maxxon - Presidente da CONPETRO - dando totalapoio da entidade ao pleito dos prefeitos.

Prefeitos e vereadores certos de que se não houver luta e mobilização, irão tomar mais um “passa moleque” dos grandes municípios, estados e união.

“Por causa de nossa iniciativa, governadores de estados não produtores e os demais vão conversar sobre o assunto”

Page 54: Revista Prefeitos de São Paulo

sabilidades, antes do Estado e da união, para os municípios, sem, no entanto, determinar de onde viria o dinheiro para pagar a conta.

Prefeitos, presidentes de Câmara, ve-readores e outros convidados assinaram um manifesto que será encaminhado a Brasília para que, pelas mãos dos deputa-dos Sebastião Guimarães (PT-CE) e Al-ceu Moreira (PMDB-RS), apoiadores da causa, chegue ao conhecimento da presi-dente Dilma Rousseff, do presidente do Senado, José Sarney, e do presidente da Câmara dos Deputados, dep. Marco Maia.

Chamado pelo presidente da API (As-sociação Paulista de Imprensa), Dr. Sérgio de Azevedo Redó, convidado do evento, como o novo Monteiro Lobato pela luta em defesa do petróleo e sua justa repartição, o prefeito de Onda Verde, anfi trião do even-to, agradeceu aos demais 40 prefeitos ou vices presentes, das 64 cidades representa-

das, afi rmando que o movimento já obteve sua primeira vitória com a concordância por parte do presidente do Senado, José Sar-ney, de discutir os vetos do presidente ao projeto de lei aprovado em 2010, que abre caminho para uma solução de consenso que atende melhor aos interesses de todos, nesta nova proposta e em suas alterações.

Para o convidado de honra, Paulo Henri-que Amorim, da Rede Record, a reivindica-ção dos prefeitos e vereadores é justa; duran-te sua palestra sobre o que vai acontecer na economia brasileira após o Pré-sal, o apre-sentador do “Domingo Espetacular” sugeriu que o movimento passe a se chamar “Os 100 de Onda Verde” pelos 40% de royalties para todos os municípios. Ao encerrar sua fala, ainda disse que, a partir do evento do Pré-sal, a cidade anfi triã deveria se chamar “Onda Verde, amarela, azul e branca, pela defesa que fez aos municípios do país”. | RPSP

DEP. ALCEU MOREIRAFoi escolhido para encaminhar o protesto dos prefeitos à presidente Dilma e demais autoridades em Brasília, para ajudar na reivindica-ção do Pré-Sal e de outros tema de interesse.

VER. OSCARZINHOPresidente da Câmara de Vereadores de São José do Rio Preto.Durante o evento propôs a criação de Parlamento Regional.

João Carlos MachadoPrefeito de Onda Verde/SP

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LUTA PELA DIVISÃO JUSTA DO PRÉ-SAL

“Os resultados de nossa luta já

começaram aparecer com o recuo de

algumas medidas antes anunciadas, e o

‘chororo’ de estados que queriam tudo para

sí em detrimento da maioria”

Page 55: Revista Prefeitos de São Paulo

MUITAS EMPRESAS OU PESSOAS JÁ POSSUEM SEUS WEBSITES, PORÉM SEM QUE ESSES ATRAIAM VISITAS SUFICIENTES.NÓS DA CONCEITO COMUNICAÇÃO DIGITAL, COLOCAREMOS SEU SITE NO TOPO DAS LISTAS DOS MAIORES BUSCADORES DA WEB, E COM CERTEZA O NÚMERO DE VISITAS À SUA PÁGINA AUMENTARÁ MUITO!FAREMOS COM QUE SEU SITE APAREÇA QUANDO PALAVRAS, QUE VOCÊ ESCOLHER, FOREM PESQUISADAS NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES, PERMITINDO QUE SEU PÚBLICO ALVO SEJA ATINGIDO DE FORMA MUITO EFICIENTE.PODEMOS TAMBÉM INTRODUZIR BANNERS ELETRÔNICOS DE SEU PRODUTO, MARCA OU EMPRESA, EM PORTAIS COMO G1 NOTÍCIAS, TERRA, FACEBOOK, ORKUT E OUTROS.ENTRE EM CONTATO CONOSCO, E SAIBA COMO BOMBAR NO MAIOR VEÍCULO DE MÍ-DIA ATUALMENTE, A INTERNET.

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Page 56: Revista Prefeitos de São Paulo

É com orgulho que apresentamos nas páginas seguintes artigos e maté-rias relacionadas à Confederação Nacional do Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Energias Alternativas – CONPETRO, tendo em vista ser ela a entidade que congrega toda a cadeia produtiva dessas energias no país, principalmente agora, com a descoberta e exploração do Pré-sal. Acompanhe.

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Aqui embaixo está a saida para os problemas que ainda hoje o Brasil enfrenta, com suas carências diversas. A riqueza do Pré-Sal se bem gerenciada e aplicada vai colocar o país em outro patamar de desenvolvimento e justiça social, jamais visto.É o que toda sociedade espera e deve exigir.

* por Marcílio Novaes Maxxon

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CADERNO CONPETRO

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Plansal em fase de revisão

O Conselho de Adminis-tração da Petrobras, em reunião realizada no últi-mo mês, discutiu a revi-são anual do Plano Diretor

de Desenvolvimento Integrado do Polo Pré-sal da Bacia de Santos (Plansal).

A partir de 2008, dois anos após a des-coberta de petróleo na camada Pré-sal e apenas um ano após a descoberta do cam-po gigante de Lula, a Petrobras iniciou os estudos para defi nir as estratégias e proje-

tos a serem implantados que viabilizarão a produção comercial desta nova fronteira petrolífera. Os projetos estão agrupados no Plansal e englobam: delimitação das jazidas, desenvolvimento da produção, in-fraestrutura logística, escoamento do pe-tróleo e gás produzidos e, também, comer-cialização destes produtos junto ao mercado.

As estratégias de contratação de bens e serviços, de desenvolvimento tecnológi-co, de segurança operacional e de capaci-tação de recursos humanos também estão contidas no Plansal. Elas confi guram um

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Ao lado de Michel Temer, vice-presidente da República, Dr. Marcílio Novaes Maxxon - Pre-sidente da Conpetro - interlocução privilegiada e sentimentos nacionalistas afi nados com a cúpula dirigente do país.

Revista Prefeitos de São Paulo | 57

“Novas estratégias para contratação de bens e serviços, de de-senvolvimento tecno-lógico de segurança e capacitação estão con-tidas no novo Plansal”

Page 58: Revista Prefeitos de São Paulo

processo integrado, que busca maximizar o valor do Pré-sal para a Petrobras e seus parceiros não operadores e para o desen-volvimento econômico e social do Brasil. Desta forma, o Plano Diretor é revisado anualmente, incorporando o conhecimento dos novos poços perfurados e da implan-tação das diversas estratégias comerciais.

Desde então, o Polo Pré-sal da Bacia de Santos tem confi rmado elevado índice de su-cesso exploratório e a expectativa de gran-des acumulações com elevada produtivida-de e com petróleo de ótima qualidade para a geração de combustíveis de maior valor agregado. A atual revisão do Plansal conso-lida a tendência de redução de investimentos necessários para o desenvolvimento da área, hoje estimada em 45% com relação ao Plano Diretor original de 2008 e em cerca de 32% com relação ao Plano Diretor do último ano, fruto da otimização alcançada na concepção dos projetos de produção, principalmente pela maior produtividade dos poços (incre-mento médio em torno de 20%) e pelo me-lhor conhecimento das áreas potencialmente

produtoras. Adicionalmente, foi excedida a expectativa de volume recuperável potencial das áreas de Lula e Cernambi, ultrapassando os 8 bilhões de barris. Também houve um signifi cativo acréscimo considerando-se os 5 bilhões de barris de óleo equivalente recu-peráveis (boer) recentemente adquiridos na Cessão Onerosa e que possibilitam o apro-veitamento de grandes sinergias com os pro-jetos das áreas licitadas. Em relação à versão anterior do Plansal, a combinação de um cenário de vultosos volumes potencialmente recuperáveis das áreas licitadas com a redu-ção das necessidades de investimentos resul-tou no aumento da expectativa de agregação de valor do Polo Pré-sal da Bacia de Santos.

A visão atual permite prever que os in-vestimentos totais para o desenvolvimento dos projetos existentes no Polo Pré-sal da Bacia de Santos, até o ano de 2015, atinjam os 73 bilhões de dólares, dos quais 74% se-rão realizados diretamente pela Petrobras. Esses investimentos serão os responsá-veis por permitir expressivo incremento de produção do Pré-sal com relação a hoje, e

A exploração de petróleo em águas profun-das tornou a Petrobras referência mundial.

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58 | Revista Prefeitos de São Paulo

CADERNO CONPETRO

“Até 2015, vão ser investidos no Pólo

Pré-Sal da Bacia de Santos, 73 bilhões de

dólares”

Page 59: Revista Prefeitos de São Paulo

pavimentar o crescimento constante de produção para o período posterior a 2015. Como resultado desse imenso esforço em-presarial espera-se que a contribuição das áreas em termos de produção total chegue em 2015 aos 613 mil barris diários de pe-tróleo, operados pela Petrobras, um acrésci-mo de 108 mil barris diários em relação ao plano anterior. Em 2017, a meta de produ-ção anteriormente divulgada de 1 milhão de barris diários de petróleo será ultrapassada.

Outro destaque do Plansal foi a ele-vada capacidade de realização da Pe-trobras. Várias das iniciativas estabe-lecidas no primeiro Plano Diretor, em 2008, já se tornaram realidade em 2011, com destaque para o início da operação:

a) de dois FPSOs (BW São Vicente e

Dynamic Producer) para a realização dos Testes de Longa Duração (TLDs) progra-mados para a área;

b) de maior número de sondas de per-

furação (atualmente são 8 em operação e mais 5 iniciarão as atividades nos próximos 3 meses);

c) do primeiro sistema defi nitivo de pro-

dução, instalado no campo de Lula (FPSO Cidade Angra dos Reis);

d) do gasoduto entre o Piloto de Lula e

a plataforma de Mexilhão (200 km de dutos submarinos em águas ultraprofundas);

e) do gasoduto entre Caraguatatuba e

Taubaté (Gastau).

Além dos eventos acima, também são representativos o início da construção de 8 FPSOs no estaleiro de Rio Grande, a con-tratação da construção de até 28 sondas de perfuração no Brasil, cujo primeiro lote de 7 sondas já foi defi nido, e o desenvolvimento de estudos para um FSO de gás, cujo objetivo é prover nova alternativa para o escoamento por meio da sua liquefação em alto mar. Em relação ao desenvolvimento das áreas da ces-são onerosa, o estaleiro Inhaúma já está sen-do preparado para a construção das primei-ras 4 unidades, a serem instaladas até 2016.

Foi identifi cada a necessidade de imple-mentação de rotas alternativas não exclu-dentes para escoamento do petróleo e gás do Polo Pré-sal da Bacia de Santos, em função dos grandes volumes de produção previs-tos. Essas alternativas, que se encontram em avançado estágio de maturação, per-mitirão que uma adequada malha logística seja capaz de fazer frente à previsão futura de produção de hidrocarbonetos da região.

A Petrobras reforça que o desenvolvi-mento do Pré-sal está sendo pensado como uma oportunidade para estabelecer um ciclo virtuoso para a companhia e para o Brasil, ou seja, visualiza-se que as reservas poten-ciais da área serão sufi cientes para sustentar o fortalecimento da Petrobras como uma das maiores empresas integradas de energia do mundo. Ao mesmo tempo, proverá o Bra-sil de maior segurança energética para as próximas décadas. Esse desenvolvimento será implementado com crescente partici-pação da indústria nacional, da engenharia e das universidades brasileiras, contribuin-do para alavancar o crescimento econômi-co, o emprego e o conhecimento no País.

Brasil é lider na descoberta de novos poços de petróleo - dos 35 principais no mundo, 11

foram descobertos por brasileiros. Aqui e lá fora também.

“A Petrobrás garante que o desenvolvimento do Pré-Sal está sendo pensado como uma oportunidade para estabelecer um ciclo virtuoso para a empresa e país”

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* Dr. MARCÍLIO NOVAES MAXXONPresidente da CONPETRO (Confedera-ção Nacional do Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Energias Alternativas)[email protected]

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Brasil pode chegar a 2050 com 80% de energia renovável

Potencial brasileiro ultrapassa previsão mais otimista do Painel de Mudanças

Climáticas de que 77% de toda a energia do mundo pode vir de fontes renováveis até

2050. Para chegar lá, o país tem que afi nar sua política energética.

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CADERNO CONPETRO

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Ainda sob o choque da cri-se nuclear de Fukushima, o mundo precisa de um empurrão para continuar a virada energética rumo

às fontes renováveis. O novo estudo pu-blicado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) visa a servir de estímulo para os tomadores de decisão. O Relatório Especial sobre Fontes de Energias Renováveis e Mitigação das Mu-danças Climáticas (SRREN, na sigla em inglês) é categórico: até 2050, 77% de toda a energia produzida no mundo po-deria vir de fontes renováveis “se hou-ver apoio correto de políticas públicas”.

Segundo os pesquisadores, esse pa-norama reduziria em 33% as emissões de gases de efeito estufa e ajudaria a manter

a elevação da temperatura global abai-xo de 2 ºC. Dessa maneira, seriam ali-viados os efeitos catastrófi cos do aqueci-mento global previstos pelos cientistas.

DECISÕES CERTAS Para o relatório, consideraram-se 160 ce-

nários possíveis para a participação das fontes renováveis até 2050, e 4 deles foram analisa-dos com maior profundidade. No mais oti-mista, a geração de energia limpa saltaria dos atuais 12,9 para 77%, até a metade do século.

“O Brasil pode chegar em 2050 com 80% de sua energia a partir de fontes re-nováveis. Hoje temos aproximadamen-te 45 ou 46%”, afi rmou Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministé-rio de Ciência e Tecnologia, em conver-sa com a Deutsche Welle e CONPETRO.

Para chegar lá, no entanto, é preciso pavi-mentar bem o caminho. “Sim, estamos num momento de importantes defi nições de polí-ticas públicas. Finalmente criou-se uma base, quase que um consenso, de que o Brasil tem que acompanhar o desenvolvimento mun-dial na incorporação de novas tecnologias de energias renováveis, principalmente eólica, solar e de biomassa”, acrescentou Nobre.

No mix nacional de geração de energia, as hidrelétricas aparecem em primeiro lu-gar, com 66,28%. Mas a fonte eólica é pro-missora: “O potencial brasileiro é, talvez, o segundo maior do mundo, depois dos Esta-dos Unidos”, comentou o secretário. Essa fonte de energia cresceu 30% em todo o mundo, em 2009, diz o relatório do IPCC, perdendo apenas para a expansão da ener-gia fotovoltaica, que foi de 50%. Os autores acreditam que em 2050 a energia solar será uma das principais fontes de geração limpa.

Fábio Scarano, autor do IPCC e diretor executivo da ONG Conservação Internacio-nal no Brasil, lembra que há armadilhas no ca-minho. “O investimento que o Brasil está fa-zendo na polêmica usina de Belo Monte, por exemplo, poderia ir para a pesquisa de ener-gia renovável. É preciso muito mais pesqui-

sa nessa área, e nós estamos bem atrasados.” Euforia do petróleo brasileiro Com o aumento da exploração petro-

lífera no Brasil e toda a expectativa de ga-nhos que se criou com a descoberta do Pré--Sal, o Brasil foi desafi ado a demonstrar quão comprometido está com a sustenta-bilidade e se existe risco de o país deixar de lado o investimento em energia limpa.

“O risco existe. O Brasil não pode cair no erro histórico em que a Venezuela caiu. Ela poderia ter utilizado com sabedoria sua enorme riqueza petrolífera, poderia ter sido, talvez, o primeiro país desenvolvido da América do Sul”, pontua Carlos Nobre.

A maneira como o governo brasileiro irá empregar essa fonte de bonança temporária mostrará se o Brasil tem condições de fazer parte do time defi nitivo de economias de-senvolvidas e sustentáveis. “O país tem que usar essa riqueza – que hoje vale até muito mais do que no tempo em que a Venezue-la começou a extrair – para dar um salto na educação, na capacidade de inovar, princi-palmente no setor de energia”, ponderou No-bre, que também assina o relatório do IPCC.

JOGO DE INTERESSES Mais de 120 pesquisadores do mun-

do todo, dentre eles 24 brasileiros, assi-naram o estudo. Antes de ser publicado, o conteúdo precisou da aprovação dos 194 países-membros das Nações Unidas.

“O Brasil se mostrou bastante enga-jado no tema e, como outros países, de-fendeu assuntos de seu interesse”, disse à Deutsche Welle o porta-voz do IPCC, Nick Nuttal, depois de o Brasil ter sido acusado de atrasar a votação do relatório.

Segundo Nuttal, a representação bra-sileira quis esclarecer alguns pontos re-ferentes ao uso de biocombustível. Isso porque, como atestado num relatório das Nações Unidas de 2010, nem toda produ-ção de combustível a partir de fonte re-novável é uma arma contra as mudanças climáticas. No caso brasileiro, o modelo adotado com base na cana-de-açúcar é con-siderado, de fato, uma fonte limpa. | RPSP

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José Sergio Gabrielli de AzevedoPresidente da Petrobras.Coordenou a presença da companhia no evento.

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Petrobras tem participação positiva na OTC2011

Foi positiva a participação bra-sileira na Offshore Technolo-gy Conference 2011, o maior evento do mundo dedicado à área de exploração e produ-

ção de petróleo e gás no mar. A Petrobras destacou, em apresentações e no estande instalado na feira de exposição, sua gran-de experiência em operações em águas ul-traprofundas, com destaque para o Pré-sal. Durante o evento o gerente executivo do Pré-sal, José Formigli, apresentou uma atualização sobre a produção e as perspec-tivas para o futuro do Pré-sal nas Bacias de Campos e Santos. Ao longo do even-to, executivos da Petrobras apresentaram trabalhos técnicos sobre diferentes as-suntos relacionados à atividade offshore. No mesmo dia, pela manhã, o geren-te executivo do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Carlos Tadeu Fra-ga, apresentou a empresários a estratégia tecnológica da Petrobras em evento pro-movido pela Câmara de Comércio Brasil--Texas (Brattec). Na ocasião, Carlos Tadeu

foi agraciado com o título de Embaixador da Boa Vontade pela Cidade de Houston. A delegação da Companhia, formada por cerca de 80 profi ssionais da Petrobras e de subsidiárias, foi liderada pelo presidente José Sergio Gabrielli de Azevedo, que con-cedeu entrevista coletiva e participou, como palestrante, de evento promovido pela Brat-tec, em programação paralela à conferência.

FEIRA DE EXPOSIÇÃO O estande da Petrobras foi, mais uma vez, um dos mais visitados da feira da conferên-cia. Mais de 4 mil pessoas circularam pelo espaço, que ocupou uma área de 200 metros quadrados e exibiu uma estrutura vertical de 10 metros de altura, reproduzindo, em esca-la, a profundidade da água do mar e as ca-madas geológicas do pós-sal, sal e pré-sal. Este ano, mais de 2.500 companhias exi-biram em estandes as mais recentes téc-nicas, serviços e equipamentos para a indústria de exploração e produção de petróleo e gás. Essa foi a maior fei-ra dos últimos 29 anos de OTC. | RPSP

Estação de extração de petróleo em alto mar.

“A Petrobras está em segundo lugar no ranking das maiores petrolíferas de capital aberto do mundo. Em valor de merca-do, é a segunda maior empresa do continente americanoe a quarta maior do mundo, no ano de 2010.”

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GALERIA

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01 – Prefeitos, vereadores e outros convidados posam ao lado do jornalista Paulo Henrique Amo-rim da Rede Record.02 – Valentino Grazina, da equipe da RPSP (2º da esquerda para direta) e colegas do curso de Direi-to/UNIP-Campinas, durante visita à Academia de Polícia em São Paulo.03 – Deputado Manoel Junior, Presidente da Co-missão de Desenvolvimento Urbano da Câmara, e a prefeita Luci Teixeira Lopes, de Barra deSão Miguel/PB, clicados pela RPSP em Brasília.04 – Jornalista Dantas Filho com o seu amigo de longa data, deputado Jefferson Campos, em en-contro casual nos corredores do Congresso Na-

cional.05 – Norte-Sul. Mário Heins, prefeito de Santa Barbara d´Oeste/SP, troca experiências com o prefeito Aluísio Vinagre Régis de Conde/PB, uma das cidades que mais se desenvolve no norte do país.06 – Prof. Rui Lucatto, diretor do Centro Educa-cional CEDUVERDE, e o presidente da Câmara de São José do Rio Preto, Oscar Pimentel, durante o Painel Pós Pré-Sal em Onda Verde/SP.07 – Lideradas pela 1ª dama do município de Onda Verde/SP, Dra. Célia Machado, mulheres agentes públicas marcaram presença no encontro pela divisão justa da renda do Pré-Sal.

08 – José Mentor, deputado federal pela região de Campinas, durante um dia de trabalho em seu ga-binete na Câmara em Brasília.09 - Sergio Redó, deputado Major Olímpio e diretoria da API em recente ato de desagravo à revista Caras e, Jornal O Estado de São Paulo.10 – Mário Heins com seu amigo pastor Paulo Freire, deputado federal, durante encontro na Câ-mara em Brasília .11 – Prof. Francisco Amorim, presidente do Con-selho do IBAP (Instituto Brasileiro de Adminis-tração Pública), ao receber em Roma, mais uma vez, o Prêmio IASIA (International Association of Schools and Institutes of Administration) de

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Gestão Pública, dia 15 de junho.12 – Jurista Dr. Fernando Pinheiro Pedro recebe a equipe do IBAP/RPSP/GPD para iniciar elabo-ração de Conferência Preparatória para o Rio +20 na região de Campinas, com apoio de inúmeros organismos como o Banco Mundial e a revista Água & Ambiente de Portugal, uma das mais res-peitadas publicações ambientais da Europa.13 – Protógenes Queiróz, deputado federal, cli-cado por Alex Paniago da RPSP, durante debates sobre o Código Florestal.14 – Deputado Mendonça Prado, presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

15 – Prof. Dalmo Queiroz recebeu o empresário Edson Oliveira/Amapá nas novas instalações da Fundação Universa, onde é diretor de projetos.16 – Jurista Ives Gandra Martins, reserva moral do país, na posse do vice-presidente da Repúbli-ca Michel Temer na Academia Paulista de Letras Jurídicas.17 – Em recente passagem por Brasília, Dan-tas Filho e o terapeuta natural, Francisco Pe-reira de Souza “Testinha”, prefeito de Poá/SP, cuja história de vida, superação e reconheci-mento às suas origens dariam um bom livro. 18 – Cristovan Grazina, editor da RPSP em visita ao Tribunal de Justiça – Seção de Direito Público,

entrega ao desembargador José Geraldo Barreto Fonseca , exemplar da última edição da revista Gestão Pública & Desenvolvimento, nossa pu-blicação mais antiga, com 20 anos de existência. Decano dos magistrados paulistas, Dr. Barreto também escreve e realiza obras relacionadas à fé cristã católica.19 – Deputado Guilherme Campos recebe em seu gabinete em Brasília, o atuante secretário de Edu-cação de São Pedro/SP, prof. José Daniel Batista.20 – Vereador José Police Neto, presidente da Câ-mara Municipal de São Paulo, na posse do vice--presidente da República Michel Temer na Aca-demia Paulista de Letras Jurídicas.

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Médico, cirurgião plástico, Mário Heins, prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, resolveu entrar na política para ajudar a melhorar a trajetória do município.

NO GABINETE DE TRABALHO

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Asaga dos norte-america-nos que desembarcaram no Brasil nos anos de 1860 sobrevive na lem-brança de seus descen-dentes que ainda habitam

a região, no lugar que seus antepassados es-colheram para recomeçar a vida depois de perderem a Guerra da Secessão, que quase dividiu os Estados Unidos em duas nações.

Em Santa Barbara d’Oeste estão bem presentes as marcas dessa página de nos-sa história como nação acolhedora que por meio deste gesto de solidariedade de D. Pedro II, imperador do Brasil à época, pos-sibilitou que tivéssemos a oportunidade de aprender com os novos colonos técnicas agrícolas avançadas para época, metalur-gia e, por incrível que pareça, noções de democracia que acabaram contribuindo

para a proclamação da República em 1889.Havia também entre os novos imigrantes

quem pregava maior liberdade para as mu-lheres e a libertação dos escravos, embora a história diga que os sulistas norte-ameri-canos não tinham esse tipo de preocupação.

Das marcas deixadas, além do traço fí-sico das pessoas, destacam-se o Cemitério do Campo, a Estrada dos Confederados e o nascimento do Movimento Protestante Batista no Brasil, que começou em Santa Barbara d’Oeste e no próximo dia 10 de setembro de 2011 fará 140 anos. Foi nesta data, no ano de 1871, que, sob a coordena-ção do pastor Richard Ratcliff, inaugurou--se no município o primeiro templo ba-tista, denominação cristã hoje com quase 2 milhões de seguidores em todo o país.

Coincidentemente a essas e outras marcas do seu passado glorioso, San-

27ª MELHOR CIDADE DO PAÍS

TEM PASSADO DE GLÓRIA,

FUTURO PROMISSOR E, NO

PRESENTE, É A BOLA DA VEZ!

Cidade traz em seu DNA histórico a presença marcante de italianos e norte-americanos em sua formação original.

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SANTABÁRBARAD’OESTE

*A cidade é a 27ª melhor para se trabalhar e viver no Brasil segun-do o Índice FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) - ano base 2009.

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ta Barbara d’Oeste vive no presente um momento também muito especial de sua existência. E é isso que o atual prefei-to Mário Heins quer juntar para proje-tar ainda mais o desenvolvimento local.

Na progressista cidade com cerca de 200 mil habitantes, passado, presente e futuro se encontram nessa abordagem da Revista Prefeitos de São Paulo evocando princi-palmente a bonita história do início desse lugar, onde se instalaram os pioneiros que no seu país de origem, queriam uma ban-deira salpicada de estrelas em todas as di-reções. Se de lá saíram vencidos, aqui não.

A estrela pessoal da inteligência,

amor, trabalho, tradição e crença des-se povo singular nunca foi esquecida.

Em 2011, quando Santa Barbara d’Oeste completa seus 193 anos de fundação, os 140 anos da Igreja Batista no país e índices de primeiro mundo no que diz respeito à quali-dade de vida de sua gente, é hora de dizer que a estrela de seus imigrantes pioneiros do pas-sado, que proporcionaram à cidade de San-ta Barbara d’Oeste ser o que hoje é, o tem-po, o esquecimento e nem o vento levou...

A ESTRELA SOBEHá algumas semanas, quando o prefei-

to Mário Heins desembarcou em Brasília, a

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A “Pérola Açucareira” de outrora, hoje moderna e diversifi cada, cresce em

ritmo acelerado, sendo uma das cidades que

mais geram empregos na região, segundo o Minis-

tério do Trabalho.

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serviço da cidade, tinha muitas missões a cumprir na capital federal. Uma delas ele dispensou de cara: participar de mais uma Marcha de Prefeitos, pois não traria nenhum resultado prático para o município, já que num universo de 4.000 prefeituras repre-sentadas Santa Barbara d’Oeste seria apenas mais uma no meio de discursos carregados de política e vazios de solução necessárias.

Assim sendo, decidiu aplicar todo o tem-po disponível para percorrer os gabinetes ministeriais e de parlamentares em busca de apoio às reivindicações de sua administra-ção. Entre as mais importantes solicitações estava o pedido de ajuda para o tombamento

federal do Cemitério do Campo, melhorias para a Estrada dos Confederados e partici-pação efetiva do Ministério do Turismo nas festividades dos 140 anos do Movimento Re-ligioso Batista no Brasil, que hoje agrega cer-ca de 2 milhões de seguidores em todo país.

Após entregar ofício especial ao pre-sidente da Comissão Permanente de Tu-rismo da Câmara Federal, deputado Jonas Donizette, e ouvir o compromisso dele em trabalhar fi rme para encaminhamento das questões, o prefeito Mário Heins teve a sensação do dever cumprido com a atual geração dos pioneiros e com a memória de seus antepassados, que começa a ser resga-

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Há 7 anos de seu bicentenário, Santa Bárbara d’Oeste quase dobrou a sua arrecadação nos últimos anos.

Em 1970, a população era de 31.000 habitantes. Hoje são 200.000 moradores

7 VEZES MAIS

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tada de maneira intensa nos meios ofi ciais e artísticos com a chance de que essa linda história, contada a seguir em resumo, pos-sa até servir de enredo para uma telenove-la em uma grande emissora de TV do país.

A HISTÓRIA DA CIDADE QUEO VENTO NÃO LEVOU ...Com o fi nal do confl ito civil norte-ame-

ricano, conhecido como Guerra da Secessão, um de seus capítulos decorrentes se escre-veu bem perto de quem mora na região de Campinas/SP. Por volta de 1861, 13 Estados do Sul, chamados confederados, queriam se separar do Norte, chamado de “União”.

Derrotados, os sulistas diziam “uma vez rebelde, derrotado, duas vezes rebelde” e assim preferiram a distância do autoexílio à vergonha de fi car depois de perdida a guerra.

No Brasil, D. Pedro II precisava e que-ria modernizar o Império e logo se apro-veitou da ocasião, em que havia muita in-satisfação entre os americanos e mandou instalar um escritório do governo do Bra-sil nos Estados Unidos para tratar de fa-cilidades à migração dos sulistas para cá.

Foi em 18 de março de 1866 que então chegou ao Brasil o legendário cel. Norris,

que, além de herói de guerra, tinha sido sena-dor no Texas, para se avistar com D. Pedro II.

A ele, o imperador deu todas as garantias e incentivos possíveis para que se fi xasse em terras brasileiras e ainda trouxesse os seus adeptos.

Começava dessa forma a saga da presença de imigrantes estadunidenses no país. Essa história, como a dos ita-lianos, japoneses e outros povos é re-pleta de dramas, naufrágios e coragem.

Já em solo brasileiro, os colonos chegados da América do Norte, por meio do cel. Norris, puseram seus olhos sobre as terras de Cam-pinas e depois à frente, num lugar chamado Vila Nova da Conceição, hoje Santa Barbara d’Oeste, que na época se ligava a Piracicaba.

Não se sabe ao certo qual infl uência esses novos moradores tiveram no adven-to da República Brasileira, havendo no entanto relatos de seus contatos com Pru-dente de Moraes, um republicano que viria a ser o primeiro presidente civil do Brasil.

Outro fenômeno social registrado foram os casamentos dos americanos com escra-vas brasileiras, contrariando visceralmente a ideia de que eram 100% segregacionistas.

Nas terras de Santa Barbara

Mário Heins em Brasília, pedindo ao presidente da Comissão de Turismo, Jonas

Donizette, apoio para manter tradições dos confederados e para festa dos batistas

de seus 140 anos de Brasil em 2011.

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“Santa Bárbara d’Oeste. Foi o primeiro e único

município até hoje, fundado por uma mulher,

Dona Margarida da Graça Martins”

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d’Oeste, grande foi a infl uência des-ses colonos na otimização do plantio do algodão e outras culturas que impul-sionaram com a riqueza que geraram o de-senvolvimento regional e nacional à época.

Com o dinheiro ganho na lavoura, essa brava gente precisava dar melhores condi-ções educacionais aos seus fi lhos e trouxe-ram professores compatriotas que, com seu trabalho, deram origem à Escola Internacio-nal de Campinas, hoje Universidade Ma-ckenzie, e à Unimep — Universidade Me-todista de Piracicaba, em alusão a um ramo denominacional protestante muito forte e tra-dicional nos Estados Unidos, os metodistas.

Os pioneiros dessa história contribuíram também para a luta pelos direitos femininos no país.

Entre as mulheres da América, havia a professora Martha Watts, que além de fe-minista era por convicção uma abolicionis-ta, justamente no Brasil, que foi o último a extinguir a prática abominável da escra-vidão. Há registros de cartas dessa mulher batalhadora dando conta de seu inconfor-mismo diante da escravatura brasileira.

Afi rmam os historiadores que Martha Watts e outras de sua origem, viviam ensinan-

do as moças brasileiras, estudantes no Colégio Piracicabano, a cantar a famosa canção “La Marselhese” de liberdade, igualdade e frater-nidade pregadas pela Revolução Francesa.

Outras dessas heroínas da história que marca a passagem dos norte-americanos por Santa Barbara d’Oeste foi Pérola Bying-ton, uma mulher educadora e humanista à frente do seu tempo. Sua luta em defesa da

Anualmente é realizada a Festa Confederada, com culinária, danças e músicas típicas, visando a manter viva a cultura da comunidade, passando-a para seus descendentes.A celebração também tem como fi nalidade angariar fundos para a preservação do Cemitério do Campo e suas demais dependências.

Cemitério do Campo. Administrado pela Fraternidade Descendência Americana. Até hoje, aqui são enterrados os descen-dentes dos confederados.

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comunidade está expressa na denominação das entidades fi lantrópicas e hospitalar — Cruzada Pró-Infância e Hospital da Mulher, que levam o seu nome, com muita justiça.

Evidenciando ainda só as mulhe-res pioneiras ou descendentes dos con-federados da região, podemos destacar a cantora de rock Rita Lee, que seria des-cendente do famoso Cel. Norris, fi lha do dentista Charles Jones, descendente de ou-tro famoso colono confederado – Lee Jones.

Há também a ilustre fi gura da ministra Helen Grace Northfeet, bisneta do General Albert Lee.

No correr dos anos, aqui no Brasil, os mais velhos começaram a morrer, ou mes-mo, os mais novos de causas não naturais, e por intolerância religiosa de um padre da

época não se permitia que os norte-america-nos “protestantes” fossem sepultados em um cemitério comum reservado aos católicos.

Assim foi que o cel. Willian Norris ce-deu parte de suas terras para a implantação de um cemitério só para sua gente. Anexa, foi erguida uma capela, que passou a reali-zar serviços religiosos, protestantes, dan-do origem ao Ministério da Igreja Batista, de origem norte-americana, no Brasil há 140 anos. Entre os muitos restos mortais guardados no cemitério registra-se a pre-sença de pelo menos 17 ofi ciais e soldados confederados que lutaram contra a União.

Se o leitor se interessar mais por essa bela história de superação e integração pou-co contada pode entrar em contato com a Fraternidade dos Confederados no Brasil,

Riquezas de Santa Bárbara d’Oeste. Com uma política defi nida para o ensino, a atual gestão já construiu 6 CIEPs (Cen-tro Integrado de Educação Pública). O futuro agradece.

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Foto: Valter Guarnieri

CIEP - Centro integrado de Educação Pública

“IDEB da cidade é o melhor da RMC,

segundo o MEC”

William Hutchinson Norris foi um coronel estadunidense, advogado e senador pelo Alabama. Chegou ao Brasil em 27 de dezembro de 1865, no porto do Rio de Janeiro e foi o primeiro emigrante norte-americano a se instalar em terras que na época pertenciam ao município de Santa Bárbara d’Oeste.

Pérola Byington — Nasceu em dezembro de 1879, em Santa Bárbara, SP, descendente de imigrantes norte-americanos. O Hospital Pérola Byington, criado pela Cruzada Pro-Infância — entidade da qual foi também fundadora —, é hoje adminis-trado pelo Estado e tornou-se referência no atendimento à saúde das mulheres e particularmente das que são vítimas de violência .

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que se ocupa de preservar a memória de seus antepassados e que em 2011 contará com a festa dos 140 anos de sua religiosi-dade primitiva, registrados com uma gran-de festa de louvor a Deus e às suas tradi-ções que o tempo e nem o vento levaram...

DO PASSADO DE GLÓRIA À SANTA BARBARA D´OESTE DE HOJE.O DESENVOLVIMENTO PASSA POR AQUI.

Quando o ator global e circense Marcos Frota aportou em Santa Barbara d’Oeste com seu circo hight-tec, foi surpreendido com o que viu. Sessões lotadas e temporada amplia-da para que todas as crianças da cidade pu-dessem ver o seu espetáculo. A maioria esma-gadora tendo acesso de graça a essa milenar

forma de entretenimento. Em resumo tinha--se nesse fato o retrato da fi losofi a da atual administração municipal com os seus cida-dãos. Fazer o que tem que ser feito, com de-mocracia e participação em todos os sentidos.

Com logística privilegiada, situada no centro de entroncamento de rodovias como a Bandeirantes, Anhanguera, Washington Luiz, Luiz de Queiroz e outras, a cidade vai entrar em 2012 com a marca de ter 100% de água tratada e esgoto com captação primária, situ-ação que nem mesmo alguns lugares em paí-ses do chamado primeiro mundo tem. A água bruta para tratamento é captada em manan-ciais próprios preservados, segundo a Uni-camp, sem contaminantes. Isso é uma con-quista de saúde pública que vale para o futuro das pessoas, 100 anos depois de agora. Sem a

Riquezas de Santa Bárbara d’Oeste. Entroncamentos rodoviários de primeiro mundo para escoar sua produção,e muita terra para produzir o “ouro verde” (cana de açúcar) que faz nossos automóveis andarem com energia mais limpa e renovável por todo país.

Terra de oportunidades. Aqui todos os caminhos levam ao desenvolvimento.

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“O PIB da cidade ocupa a 135ª posição entre os 5565 municípios brasileiros”

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contaminação encontrada na água tratada de outros municípios, como Campinas, dizem os técnicos “a população viverá mais e melhor”.

Na educação os CIEPs (Centros Inte-grados de Educação Pública), inspirados na fi losofi a do gênio social Darcy Ribei-ro, considerado em vida como o mais in-teligente do país, estão revolucionando o jeito de ensinar e aprender nas escolas.

O emprego tem sido pleno no setor têx-til, com recorde na taxa de renda do traba-lhador. No comércio, após o funcionamento de um dos maiores centros de compras do interior, o Tivoli Plaza, vem aí mais um shopping já em construção, que vai gerar pelo menos 2.000 novos bons empregos diretos, sem mencionar a arrecadação de impostos que suas atividades vão agregar.

Duas multinacionais e um novo ho-tel já anunciaram que vão se insta-lar na cidade, o que garante a pleni-tude na oferta de vagas para quem precisa trabalhar em outros setores também.

Ambientalmente Santa Barba-ra d’Oeste tem sido um município ver-de, com a coleta e destinação dos re-síduos sólidos, que passa agora a ser

seletiva ainda no primeiro semestre de 2011.Porém, de todos os avanços veri-

fi cados, há um que se destaca entre os demais. É o cuidado com a infância.

Pai de um casal de gêmeos, ainda muito pequenos, os fi lhos de Mário Heins fi cam com uma babá enquanto ele e sua esposa traba-lham. Consciente de que nem todos têm essa possibilidade, o prefeito vem investindo pe-sado na criação de novas creches municipais.

Nos primeiros 2 anos de mandato, foram oferecidas nada menos que 1.000 novas va-gas para as crianças de pais que trabalham e até o fi nal do mandato não haverá ne-nhuma criança precisando desse benefício na rede pública de assistência à infância..

É por essa e outras tantas razões práti-cas que Santa Barbara d’Oeste, tanto no passado, quanto no presente, desponta para um futuro promissor de igualdade e quali-dade de vida para todos os seus habitantes.

O PRIMEIRO VEÍCULO NACIONAL E A VOCAÇÃO PARA O PROGRESSO

Berço do primeiro automóvel constru-ído no Brasil, a Romi-Isetta, Santa Bár-bara d’Oeste possui uma economia prós-

Riquezas de Santa Bárbara d’Oeste.Este é o Tivoli Shopping Center, o primeiro da cidade. Outro similar está em fase fi nal de construção e trará 2.000 novos empregos para o comércio, além de aumento na arrecadação de impostos e taxas.

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CAPA

“Água tratada em 100% dos domicílios, esgoto em

90%, serviços de saúde efi cientes e boa

educação, garantem novos investimentos”

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pera e desenvolvedora. É a quarta cidade mais rica da RPT (Região do Polo Têxtil).

O município foi o terceiro maior na geração de empregos em 2010 da RPT e fechou o ano com a geração de 3.728 em-pregos com carteira assinada e todos os di-reitos sociais e trabalhistas assegurados. O número faz parte dos dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego, e aponta ainda que a média salarial é de R$ 1.241 por trabalhador.

Hoje, 90% de todas as indústrias de pe-queno, médio e grande portes são formadas por grupos familiares, cidadãos barbarenses que nasceram e cresceram na cidade. Quatro setores foram a base econômica da cidade: indústria, comércio e serviços, administra-ção pública e agropecuária. Somente o se-tor da indústria corresponde a 46% do PIB do município (que em 2010 foi de R$ 343 milhões), sendo o responsável por 82% dos postos de trabalho existentes no município.

Os bons índices de empregabilidade se devem aos vários projetos desenvolvi-dos pela Prefeitura, como o chamado PID (Programa de Incentivo ao Desenvolvi-

mento), que devolve ao empreendedor o investimento feito no município, deduzin-do o valor correspondente de impostos ter-ritoriais e de negócios, IPTU, ICMS e ISS.

EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE

O investimento em educação é uma das principais propostas do atual gover-no. Nos dois primeiros anos de sua admi-nistração, o prefeito Mário Heins tornou realidade a escola integral, por meio da implantação de seis CIEPs (Centros Inte-grados de Educação Pública) entre 2009 e 2011. A estimativa é de que até 2012 sejam investidos R$ 30 milhões para tornar o sis-tema realidade em toda a rede municipal.

Adotado em países europeus, além de Japão e Austrália, o modelo do CIEP conta com as disciplinas curriculares obrigató-rias e aulas de balé clássico, teatro, música (fl auta, percussão e violão), capoeira, kara-tê, informática, inglês e xadrez. As mudan-ças se refl etem diretamente no aprendizado e na formação sociocultural dos alunos.

Para evitar a alta rotatividade de pro-fessores, a Secretaria de Educação trabalha

Museu da Fundação Romi. Aqui estão preservadas, unidades do famoso carrinho que evocam o passado de glória de uma comunidade afi nada com o melhor de seu tempo.

Informação:

CEDOC/Fundação Romiwww.fundaçãoromi.org.br(19) 3499-1553

Aberto à visitação pública de segunda à sexta-feira das 7 às 17 horas.

Preservando o patrimônio em grande estilo.

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“Até o fi nal da atual gestão não haverá uma só criança precisando de creche no município”

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com o aprimoramento contínuo dos educa-dores e reuniões pedagógicas. Por meio da jornada escolar prolongada, os alunos são preparados para o exercício da cidadania e da democracia plena, além de receberem atendimento permanente de saúde bucal. A Secretaria também oferece material es-colar, uniforme e quatro refeições diárias.

Segundo o MEC (Ministério da Educa-ção), Santa Bárbara obteve a melhor nota do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2009, superando os

índices nacional e estadual. A melhor nota foi alcançada na Emefei (Escola Munici-pal de Educação Fundamental e Ensino In-fantil) Professora Purifi cacion Sanches, a Dona Pura, pelos alunos de 1ª a 4ª séries: 7,4. De 5ª a 8ª séries do mesmo ciclo, as escolas estaduais Professora Attilio Dextro e Comendador Emílio Romi também regis-traram os melhores índices: ambas com 5,5.

O município está adiantado no cum-primento à legislação federal, que obriga a existência de bibliotecas nas escolas da rede municipal de ensino. Todas as 24 escolas de ensino fundamental possuem salas de leitu-ra, uma importante alternativa pedagógica.

Sobre os investimentos na mão de obra qualifi cada, em junho de 2010 a Pre-feitura criou a lei complementar que am-pliou o número de cargos de professores da educação básica 1 de 350 para 380.

A melhoria da infraestrutura das unida-des educacionais é também uma das prio-ridades e, somente em 2011, sete escolas passam por obras de ampliação em suas bibliotecas e setores administrativos, pintu-ras, construção de reservatórios de água, ba-nheiros, refeitórios, cozinhas e salas de aula.

NA SAÚDE, AS PESSOAS EM PRIMEIRO LUGAR

Contribuir com a qualidade de vida do cidadão com o oferecimento de um servi-ço público em saúde de qualidade é uma das principais iniciativas da gestão Má-rio Heins, que busca mais que o acesso ao sistema médico-assistencial, mas o trata-mento da saúde em toda a sua amplitude.

A Prefeitura trabalha para que os postos médicos se tornem a porta de entrada da rede municipal de saúde. Tanto é que a administra-ção investe na qualifi cação dos profi ssionais da área e na infraestrutura dos 12 postos mé-dicos da cidade, além da compra de materiais e do aprimoramento dos recursos humanos.

A Prefeitura vai construir ainda no bairro Santa Rita de Cássia a terceira UPA (unidade de pronto-atendimento) do mu-nicípio, para ampliar o atendimento mé-dico. A unidade funcionará 24 horas por dia com cobertura médica disponível aos moradores dos bairros Santa Rita, Parque do Lago, São Francisco 2, Paraíso, San-ta Inês, Vista Alegre e outros da região.

Em 2010, o Hospital Santa Bárbara re-cebeu R$ 63 mil para o berçário e parte do orçamento devolvido pela Câmara Muni-cipal foi utilizada para a compra de berços

Igreja matriz de Santa Bárbara d’Oeste tem sido referência da religiosidade dos barbarenses e de preservação de seu valioso patrimônio histórico e arquite-tônico.

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CAPA

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aquecidos, aparelho de fototerapia, um res-suscitador infantil e incubadoras neonatais.

SANEAMENTO E PROTEÇÃO AMBIENTAL

Santa Bárbara obteve o segundo melhor desempenho ambiental da RMC (Região Metropolitana de Campinas) em 2010, sendo que antes o município ocupava a oitava po-sição no índice, que mede a preservação dos recursos hídricos e áreas verdes, poluição at-mosférica e destinação de resíduos urbanos.

Com a nota 7,63 a cidade subiu do oi-tavo lugar no ano de 2009 para o segundo posto no ano passado. O IDA é responsável por medir o padrão de comportamento dos municípios em relação à preservação dos recursos hídricos e áreas verdes, poluição atmosférica e destinação de resíduos sólidos.

O Plano de Meio Ambiente e Zoneamen-to Ambiental foi pensado para a qualidade de vida do cidadão barbarense. Por isso Santa Bárbara discute, em conjunto com outros seis municípios, a destinação correta dos resídu-os sólidos gerados na cidade, evitando assim a contaminação do solo e dos lençóis freáti-cos. Entre as ações do Plano estão também o descarte correto das lâmpadas fl uorescentes utilizadas pelo poder público, ações voltadas aos estudantes da rede pública municipal, formação de agentes multiplicadores de co-nhecimento com a promoção de palestras e a construção de um aquecedor de garrafa PET.

Bela e cristalina cachoeira de Santo Antônio do Sape-zeiro. Um bom exemplo de cuidados com a natureza do município.

Represa Areia Branca. Respondendo por 50% das reservas de água– em torno de sete bilhões de litros – que dá à população tranquilidade, mesmo quando outras cidades da região enfrentam períodos de racionamento. É uma obra de enorme porte para a cida-de, abrangendo cerca de 100 alqueires (aproximadamente 250 hectares), o equivalente a quase 400 campos de futebol.

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Mário Heins foi recebido pelo Ministro Mercadante para tratarde seus planos para o ensino técnico público e gratuito no município.

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CAPA

EXCLUSIVO

SANTA BÁRBARA PODERÁ RECEBER UNIDADE DE

ENSINO FEDERALPrefeitura ofereceu o prédio da antiga Usina de Açúcar e Álcool Santa Bárbara, hoje

desativada, para sediar escola técnica ou campus avançado de uma universidade federal no município. Entendimentos estão sendo feitos também com o ministro Edson Lo-

bão — de Minas e Energia — para possível aproveitamento das instalações como polo formandor de mão de obra especializada para a produção de cana de açúcar, colheita

mecanizada e pesquisas de biocombustíveis em geral.

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O médico Mário Heins, prefeito de San-ta Barbara d’Oeste, esteve em Brasília em 3 ocasiões distintas para tratar de assuntos relacionados à administração municipal.

O ponto alto dessas conversas aconte-ceu quando o chefe do Executivo local foi recebido pelo ministro da Ciência e Tecno-logia, Aloizio Mercadante, a quem foi pedir apoio à iniciativa de cessão das instalações da Usina Santa Bárbara, hoje desativadas e sob responsabilidade da municipalidade, para o governo federal implantar no local uma escola técnica ou campus avançado de uma das universidades federais no Estado.

Caso isso se efetive, a preferência é por uma unidade da UFSCAR — Universida-de Federal de São Carlos —, que já possui unidades descentralizadas e cursos compatí-veis com a vocação tecnológica da cidade. No gabinete do ministro a receptividade foi positiva e de imediato já foram adotadas providências práticas no que diz respeito à participação do Ministério no âmbito de suas competências. A proposta educacional também já foi encaminhada ao Ministério da Educação, que muitas das vezes atua em par-ceria com outras áreas, no caso específi co, com o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Ao ministro Mercadante, Mário Heins também solicitou atenção especial às leis de incentivo e outras vantagens que Santa Bár-bara oferece para a implantação de indústrias

de alta tecnologia, como, por exemplo, essa dezena de interessados estrangeiros na fabri-cação de tablets no Brasil, em ação de fo-mento ao desenvolvimento patrocinada pelo Ministério que Aloizio Mercadante coman-da no governo Dilma Rousseff. “A cidade está pronta para receber esses empreendi-mentos, como poucas”, disse Mário Heins.

A fi m de angariar o maior número de apoiadores a essas propostas, além de ou-tras que serão oportunamente anunciadas, o prefeito fez uma incansável peregrinação por gabinetes ministeriais e de parlamenta-res entregando cópias dos pleitos feitos para que todas as autoridades parlamentares do Estado visitadas e de outras partes do país possam contribuir no convencimento neces-sário à implementação dessas conquistas.

Com elevados índices de emprego pleno e recebendo a cada dia novos investimen-tos empresariais, Santa Bárbara d’Oeste nos últimos 3 anos passou a ser conside-rada a bola da vez na RMC (Região Me-tropolitana de Campinas), necessitando apenas complementar sua estrutura com novos empreendimentos educacionais pú-blicos em nível superior, elevação de ar-recadação e o recebimento de mais verbas federais e estaduais para que alcance nos próximos anos o progresso tão sonhado pelas antigas e atuais gerações. | RPSP

Amigos de longa data, Carlos Alberto Leal, assessor especial do ministro, e dr. Luiz Roberto, chefe de gabinete de Aloí-zio Mercadante, estão se empenhando na avaliação e viabilização do pedido feito pelo prefeito, para dar um destino nobre à antiga usina.

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“Se nossa proposta evoluir, poderemos ter em breve uma instituição modelo para o ensino técnico no setor alcooleiro”

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Santa Bárbara d’Oeste realizou encontro para discutir

RESÍDUOS SÓLIDOS

Lideranças expressivas ladeando Mário Heins — anfitrião do evento — e o jornalista Paulo Henrique Amorim — convidado de honra, ao final da primeira parte do encontro.

Em comemoração ao Dia e Semana do Meio Ambiente/2011, a cidade promoveu o I Painel/Seminário Sobre Resíduos Sólidos, levando em consideração as mudanças que estão ocorrendo no setor, com a aprovação da

Lei 12.305, no fi m de 2010, criando o PNRS (Plano Nacional de Resíduos Sólidos), para dar destinação correta ao lixo produzido no país e acima de tudo, melhorar o grau de consciência ambiental da população.

Numa realização conjunta que conta com a participação institucional do IBAP – Instituto Brasileiro de Admi-nistração Pública - e outras entida-des, a Prefeitura da cidade de Santa

Bárbara d’Oeste realizou no dia 6 de junho, em seu Teatro Municipal, encontro para debater a aplicação prática da legislação federal recentemente aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente da Repú-blica determinando novo marco para cuidar do maior

problema ambiental do século XXI, que é a geração do lixo, coleta, depósito e reciclagem de resíduos, em quantidade e nocividade cada vez maiores nos grandes e pequenos centros habitacionais do planeta.

A iniciativa teve o comando do prefeito Mário Heins, que realiza no município uma gestão voltada para a sus-tentabilidade, tendo colocado o município como o 27º melhor para se viver no ranking FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), e reuniu prefeitos, vereadores, secretários municipais e outras autorida-

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MEIO AMBIENTE

Foto: Walter Guarnieri

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des de pelo menos 90 cidades próximas, que integram a RAC (Região Administrativa de Campinas/SP).

Foram convidados para falar aos presentes impor-tantes autoridades de Brasília, mestres acadêmicos e também lideranças comunitárias que vêm desenvol-vendo ações reconhecidas na coleta e reciclagem do chamado lixo urbano.

EXPERIÊNCIAS VITORIOSASNo Painel foram apresentadas, experiências vito-

riosas quanto ao envolvimento da sociedade na cole-ta, destinação correta e aproveitamento do lixo que se produz atualmente.

Inicialmente elas trouxeram ao evento Sabetai Calderoni, cientista e professor brasileiro, consultor da ONU para questões ambientais, reciclagem e re-síduos sólidos, que falou a prefeitos, vereadores, de-putados da região e outras autoridades convidadas.

Aos presentes, cerca de 500 participantes, o cien-tista Sabetai Calderoni destacou experiências dele na área, pelo mundo afora e principalmente sobre proje-tos de sua autoria já adotados pela ONU e implantados em algumas cidades brasileiras. O primeiro faz a troca do lixo por desconto na conta de energia em Fortaleza/CE; outro, em vias de implantação em vários municí-pios do país, introduz o Sistema Construtivo de Reci-clados. Uma operação de aproveitamento de rejeitos

diversos e da construção civil, que se transformam em moradias ecologicamente corretas em questão de dias.

Em workshops, a equipe de Sabetai é capaz de erguer em horas essas construções que po-dem ajudar dois dos grandes problemas em atu-ais: a destinação do lixo e a falta de moradias.

Outra apresentação, igualmente esperada com ex-pectativa, evidenciou o trabalho da pioneira na recicla-gem do país, a líder comunitária de um bairro de traba-lhadores na grande Porto Alegre, dona Marli Medeiros, chamada carinhosamente de “Rainha da Sucata”.

Inspirada pelo fi lme “Ilha das Flores”, ela criou uma cooperativa de recicladores na capital do Rio Grande do Sul que hoje é referência internacional de sucesso.

Batalhadora da causa ambientalista desde 1993, ela viu no lixo a possibilidade de agregar valor, disseminar a cultura da reciclagem e levar cidadania à sua comu-nidade.

Com pouco mais de 1,50m de estatura, essa dona de casa de 58 anos, ajudada por vizinhos, voluntários e a mídia, conseguiu transformar para sempre a vida da Vila Pinto, que hoje conta com melhorias inimagináveis para uma localidade humilde, todas extraídas do lixo.

Mário Heins, prefeito de Santa Bárbara d’Oeste que esteve pessoalmente em Brasília e em São Paulo para convidar também todos os parlamen-tares estaduais e federais que trabalham na região,

Lideranças religiosas, deputa-

dos federais e estaduais, prefei-

tos, vice-prefeitos, vereadores

e convidados especiais de apro-

ximadamente 64 municípios

marcaram presença no Painel

de Santa Bárbara d’Oeste.

Revista Prefeitos de São Paulo | 81

“A presença de Dona Marli Medeiros, a ‘rainha da sucata’ serviu de inspiração para todos osparticipantes”

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visto que são eles os viabilizadores diretos dos recur-sos que serão alocados e liberados pelos governos do Estado e federal para que as Prefeituras possam se adequar às novas exigências que a lei impôs, fi cou feliz com a presença signifi cativa dessas lideranças.

Da ALESP — Assembleia Legislativa de São Pau-lo — esteve presente o deputado Antônio Mentor, que considerou o evento de suma importância para a região (RMC) e o país. “ É um tema recorrente no Estado e no Brasil, cuja discussão é fundamental. Faz apenas um ano que foi estabelecida a lei de resíduos sólidos, um marco regulatório. É muito importante discutirmos esse assunto, de maneira organizada, e traçarmos metas para a garantia de bons resultados na nossa região e em todo o país. Precisamos ter uma relação equilibrada com o nosso planeta”, afi rmou.

Esteve presente também o vice-presidente da Co-missão de Desenvolvimento Urbano (CDU), da Câma-ra Federal, o Deputado José de Filippi, que falou sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e considerou po-sitiva a atividade realizada na cidade e expressiva a parti-cipação dos representantes das muitas cidades da região.

Em sua fala, Filippi agradeceu o convite feito pelo prefeito Mário Heins e destacou entre os

avanços do Plano Nacional, aprovado em agosto de 2010, o planejamento da gestão de resíduos sólidos, a responsabilidade compartilhada e o estímulo ao consumo sustentável. “Temos agora defi nições obje-tivas de como os gestores públicos devem atuar para resolver o problema do lixo gerado nas cidades. O importante é destacar que com o Plano a sociedade e os produtores também são envolvidos no proces-so e têm de assumir suas responsabilidades”, disse.

O deputado citou ainda que as cidades devem acabar com os lixões até 2014 e que o governo federal irá re-passar recursos prioritariamente para aquelas que ado-tam a coleta seletiva com a participação de catadores e os consórcios intermunicipais com planos integrados.

Ao fi nal, Filippi citou o exemplo de Diadema, que repassa a uma cooperativa de catadores cadastrados o mesmo valor que seria pago para a empresa de coleta de lixo para cada tonelada de material reciclado recolhido. “Fazemos isso no programa Vida Limpa e estimula-mos a geração de renda e ainda consolidamos a coleta porta a porta em diversos bairros da cidade”, explicou.

Como vice-presidente da Comissão de Desen-volvimento Urbano da Câmara Federal, o petis-ta também convidou os presentes para o seminá-

Marli Medeiros veio de Porto Alegre para provar a todos que se houver força de vontade ninguém segura uma comunidade que deseja melhorar de vida. Dian-te de seu testemunho, muitos presentes foram às lágrimas.

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MEIO AMBIENTE

Mário Heins e Paulo Henrique Amorim recebem homenagens do IBAP e RPSP.

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Prof. Sabetai Calderoni desembarcou de Nova Iorque direto para falar sobre reciclagem em Santa Bárbara d’Oeste. Ao fi nal, foi muito aplaudido. Na noite do mesmo dia recebeu homenagem na Assem-bleia Legislativa de São Paulo, na capital.

O poder legislativo estadual e federal estiveram representados no encontro. Deputado Antônio Mentor (esquerda) trouxe o prestígio da assembleia paulista para o encontro. De Brasília, a Câmara dos Deputados designou o vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano — deputado José de Filippi, para falar em Santa Bárbara d’Oeste.

Prof. Sabetai Calderoni

Revista Prefeitos de São Paulo | 83

“Em meio ambiente, como em tudo, no serviço público as coisas podem custar baratas ou caras. Depen-de de opções e decisão”

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rio regional que irá debater o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, marcado para o dia 7 de julho, na Assembleia Legislativa. O encontro é promo-vido pela CDU e é preparatório para a Conferên-cia Nacional das Cidades, agendada para agosto.

Durante o Painel, que se estendeu por todo dia, fala-ram também juristas e mestres universitários especial-mente chamados para apresentar aos participantes uma visão técnica e acadêmica do que será a realidade do se-tor após a implementação completa dessa nova lei, que mudará para sempre a conceituação do que é lixo ou não.

Para os especialistas “o lixo não é algo impres-tável, mas uma preciosa matéria-prima, que bem aproveitada não exaure os recursos naturais hoje escassos, evitando com o reaproveitamento a de-gradação causada pelo seu destino inadequado até agora, além do que ainda gera renda e emprego.”

Da Universidade Federal do Ceará veio o Professor Ronaldo Stefanutti, do Departamento de Engenharia Hidráuilica e Ambiental, especialista em resíduos sóli-

dos e compostagem.Da Unicamp (Universidade de Campinas), o evento

contou com as participações especiais do Prof. Carlos Raul Etulain, da Faculdade de Ciências Aplicadas, da doutora em Ciências Biológicas, Patricia P. Donaire, que na condição de Diretora de Meio Ambiente da Pre-feitura participou as organização do Seminário/Pai-nél Sobre Resíduos Sólidos de Santa Bárbara d’Oeste.

O jornalista Paulo Henrique Amorim, apresen-tador do Programa “Domingo Espetacular” da Rede Record e convidado de honra do evento, homenageou e parabenizou o prefeito Mário Heins (PDT) pela im-plantação de escolas de período integral no município. Durante sua palestra falou sobre o papel da mídia so-bre o assunto e destacou a importância da conscien-tização do cidadão, sendo muito elogiado pela dose de autoestima lançada aos brasileiros, se tornando um marco do evento, repercutido em seu Blog “Con-versa Afi ada” com excelentes comentários. | RPSP

Durante a primeira parte do encontro veem-se na mesa dos debates, Mário Heins (Prefeito Anfi trião) Padre Roberto Bella-to, Dra. Alexandra Facciolli, Promotora de Justiça/Meio Ambien-te, Profª. Cristina Carrara (Diretora da AGEMCAMP), Paulo Galli (Superitendente da Caixa Econômica Federal), Prof. Carlos Raul Etulain (Pesqui-sador UNICAMP/FCA) e Cristovan Grazina

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MEIO AMBIENTE

Foto: Walter Guarnieri

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MOMENTOS ESPECIAIS DO EVENTO

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01 – Jurista dr. Fernando Pinheiro Pe-dro, especializado em meio ambiente, ao ministrar palestra abordando a neces-sidade de se colocar em prática as boas leis brasileiras sobre o tema.02 – Coordenador da FCA/Unicamp-Li-meira, prof. Carlos Raul Etulain, traçou um panorama de ponto de vista acadê-mico sobre como mudar a realidade do lixo nas cidades do país valorizando a presença dos envolvidos na parte inicial do processo, “os catadores”.03 – Promotora Alexandra Facciolli Martins – curadora do Meio Ambiente na Comarca de Santa Bárbara d’Oeste.04 – O prof. Ronaldo Stefanutti da Universidade Federal do Ceará, o maior especialista em resíduos sólidos do país, foi muito aplaudido e cumprimentado ao fi nal de sua fala.05 – O médico e vereador ambientalista dr. Gilberto Natalin compartilhou com os presentes experiências exitosas dele na capital do Estado onde exerce seu mandato.06 – Ao lado de Sergio Redó, presidente da API (Associação Paulista de Impren-

sa), o jornalista português João Belo, editor da revista Água & Ambiente, que veio de Lisboa para acompanhar o even-to em Santa Bárbara d’Oeste.07 – Pref. Luiz Claudio Trincha , de Santo Antônio do Jardim, presidente do CBH-Mogi (Comitê da Bacia Hidrográ-fi ca do Mogi).08 – Valdemir Ravagnani – secretário de Meio Ambiente de Sumaré/SP. Minis-trou com a ajuda de recursos eletrônicos uma aula inesquecível sobre o que fazer com lixo gerado nas cidades.09 – Sidney Morelli – Empresário li-gado à economia verde representou a Remodela e Acoop (Associação das Co-operativas de Reciclagem de Campinas e Região), duas instituições modelo em reciclagem no Brasil. 10 – Jornalista Dantas Filho, organizador do evento, é cumprimentado pela inicia-tiva e recebe das mãos do dr. Carlos Roberto Vieira da Silva Filho, diretor--executivo da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pú-blica e Resíduos Especiais), publicação ofi cial da entidade sobre o panorama dos

resíduos sólidos no Brasil, atualmente.11 – O belo e confortável auditório do Teatro Municipal de Santa Bárbara d’Oeste esteve o dia todo sempre lotado com a presença de autoridades convida-das de mais de 50 cidades da RAC (Re-gião Administrativa de Campinas)12 – Escritor e cientista brasileiro – prof. Sabetai Calderoni, consultor da ONU ao lado de dr. Paulo Galli - superintenden-te regional da Caixa Econômica Federal, e do eng. José Whitaker Ribeiro.13 – Doutora em Ciências e Biologia pela Unicamp, Patricia Donaire, diretora de Meio Ambiente da Prefeitura anfi triã do encontro, fez um minucioso retrato das ações ambientais do atual governo na cidade. 14 – Prof. Geraldo Garcia, prefeito de Salto, homenageia o colega Mário Heins pelo êxito e importância da realização. 15 – Ex-presidente do Grupo Eternit, prof. Antonio Luiz Aulicino, do IDS (Instituto de Desenvolvimento Susten-tável), voltado às causas ambientais, tendo como meta a construção de uma nova sociedade.

16 – Pastor Francisco Matias de Olivei-ra – 1º Esq - Presidente da COPASBO (Conselho de Pastores de Santa Bárba-ra d’Oeste). Compromisso com a fé de milhares de cristãos evangélicos que representa e sua qualidade de vida na existência terrena. 17 – À frente de uma das mesas de de-bate, uma bicicleta elétrica trazida da China, promete ajudar no combate à po-luição. Foi a sensação do encontro. 18 – Para acompanhar os debates, di-versas delegações de estudantes da rede pública estiveram presentes. A criançada adorou o convívio com tanta novidade na Semana do Meio Ambiente. 19 – Alunos da FCA/Unicamp-Limeira marcaram presença no evento. 20 – Representando a Diocese de Pira-cicaba, Padre Marcelo Roberto Bellato destacou no encontro de Santa Bárbara d’Oeste a campanha da fraternidade 2011, por meio da qual a igreja demons-tra sua preocupação com tudo o que de ruim tem acontecido ao meio ambiente.

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86 | Revista Prefeitos de São Paulo

CIDADES/SP

“ Ar puro, segurança, topografi a plana, trân-sito pequeno e muito sossego. Atrativos espe-ciais para o visitante em nossa cidade.”

Dr. Gutemberg Adrian de OliveiraPrefeito municipal

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AguaíUMA CIDADE PRONTA PARA O DESENVOLVIMENTO

A Prefeitura de Aguaí está tra-balhando em diversas frentes para que se concretize o sonho do crescimento sustentável.Adquiriu recentemente uma

área de 8 alqueires, totalmente plana, às margens da Rodovia Aguaí-Campinas, para instalar o Distrito Industrial II. Nossa cidade está localizada estrategicamente no eixo São Paulo-Minas Gerais e possui rápido acesso à Rodovia D. Pedro, que liga Campinas à via Dutra. Distante 40 minutos de Campinas, a cidade tem saída para todas as regiões de São Paulo com estradas de excelente estado de conservação.

Em 2010, a administração do Dr. Gu-temberg Adrian de Oliveira, correndo con-tra o tempo, conseguiu a instalação de uma ETEC, a volta dos cursos do Senai, uma parceria com o Sebrae e agora a abertura do Posto de Atendimento ao Trabalhador — PAT. Somados a esses novos empreen-dimentos, neste ano ainda serão construídas a agência da Caixa Econômica Federal e a agência do INSS. Nossa cidade compor-ta hoje um polo das indústrias de papelão, com produção de embalagens para uma infi nidade de empresas por todo o Brasil.

As escolas da rede municipal de ensino dispõem de vagas para todas as faixas etá-rias e atualmente utilizam o método COC de ensino. Dispõe de escolas com efi cien-tes métodos de ensino, da Faculdade de Serviço Social e Pedagogia, e estamos dis-tantes apenas 20 minutos de cursos como Direito, Turismo, Engenharia Ambiental, Veterinária e dezenas de outros em cida-des vizinhas, com transporte gratuito dis-ponibilizado pela Prefeitura de Aguaí.

A cidade conta com um dos mais bai-xos índices de violência do Estado de São Paulo, a ocorrência de homicídios e latro-cínios é quase zero. Habitada por um povo acolhedor, a cidade é plana e oferece todos

os serviços necessários para a acomodação das famílias, dos trabalhadores e de novas empresas que resolvam se instalar por aqui.

Há vários incentivos destinados a empre-sas que queiram se instalar na cidade. Aguar-damos uma visita de vocês. Venham respirar o ar puro de Aguaí e gozar de uma quali-dade de vida melhor. Sem trânsito intenso, sem poluição e com potencial para cresci-mento de maneira organizada e sustentável.

A cidade tem topografi a plana. Calculamos que exista uma bicicleta para cada habitante. O veículo mais usado para transporte é a bici-cleta. Não temos poluição de forma alguma.

Temos uma área de lazer chamada Par-que Interlagos, com local para caminhadas, lago para pesca e uma extensa área arbori-zada. Quem bebe da água de nossa cidade, diz a lenda, não vai mais embora. | RPSP

Natureza exuberante, calor humano do povo e manifestações culturais, são algumas das marcas registradas de Aguaí.

Jorge Chadad / PM de Aguaíwww.aguai.sp.gov.br

Revista Prefeitos de São Paulo | 87

Foto: Assessoria de Comunicação/PM Aguaí

Foto: Apresentação do Circo Marcos Frota, no aniversário da Cidade.

Agradecimento:

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CIDADES/SP

“ Garantir melhorar cada vez mais a qualidade de nossos equipamen-tos termais e a vida da população. Essa é minha missão de governo.”

Marinho Antônio MarianoPrefeito municipal

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Águas de LindóiaA CAPITAL TERMAL DO BRASIL

cipes e a turistas diversos banhos e mas-sagens relaxantes, com características de spa. A famosa água do município foi utili-zada inclusive pelos astronautas america-nos que pisaram na Lua pela primeira vez.

Mas não é só a água que atrai os turistas para a cidade. O município, além de apre-sentar o charme europeu de sua arquitetura, ganhou também atrativos para o turismo ru-ral, turismo de aventura, além de apresentar um comércio diversifi cado, como malhas, artefatos de couro, artesanato, souvenires e doces, entre outros produtos de qualidade.

Águas de Lindóia também possui toda a infraestrutura necessária para abrigar e receber eventos e reuniões de negócios. Com mais de 30 hotéis/pousadas e apro-ximadamente 5.500 leitos, a cidade pro-porciona aos visitantes grande lazer e con-templação das belezas cênicas. | RPSP

O município atrai cada vez mais turistas, por conta às suas belezas naturais e arquitetônicas

Águas de Lindóia é um dos 11 municípios paulistas consi-derados estâncias hidromi-nerais pelo Estado de São Paulo. A cidade é considera-

da a Capital Termal do Brasil, sendo interna-cionalmente conhecida como um dos maiores centros hidroclimáticos do mundo. As pro-priedades medicinais de suas águas põem a estância num lugar de destaque no campo da pesquisa e na busca da recuperação da saúde.

O municipio possui 16.341 habitantes e está localizado a 180 km de São Paulo e 8 km antes da divisa com Minas Gerais. Águas de Lindóia é um local aconchegan-te, cercado por montanhas, muito verde e instalado em um dos lençóis de maior abundância de água mineral do mundo.

Conhecido pelo poder de cura de suas águas medicinais, o município abriga um belo balneário, que proporciona a muní-

Agradecimentos:

Samara Bernardi.Assessoria de Comunicação PM Águas de Lindóia.www.aguasdelindoia.sp.gov.br

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CIDADES/SP

“ Festas populares, saneamento básico, além

da busca por novos empreendedores, têm

sido prioridade”.

César Schumaher de Alonso GilPrefeito municipal

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Américo de CamposDESENVOLVIMENTO E MODERNIZAÇÃO EM DIVERSAS ÁREAS

Américo de Campos, possui uma população hospitaleira e bastante animada de apro-ximadamente 5.582 habi-tantes (est. IBGE 2009). É

um município brasileiro do Estado de São Paulo, com área territorial de 253,849 km2. A cidade é famosa por suas festas, sen-do palco de um dos mais animados carna-vais do interior paulista, além de realizar anualmente sua grande Festa do Peão, conhecida em toda a região, e também encontros regionais de Folia de Reis e um grande show do Dia do Evangélico.

À frente da administração pública estão o prefeito Municipal, César Schumaher de Alonso Gil (2005/2012) e o vice-prefeito, Carlos Alberto Achilles (2005/2012). César Gil, como é conhecido pela população ame-ricampense, é prefeito atuante que possui em seus anseios a busca pelo bem-estar da po-pulação, realizando constantes visitas a São Paulo e a Brasília na busca de recursos para a modernização do município.

Desde 2005, quando de seu ingresso na vida pública como prefeito, César Gil tem buscado ações com benefícios aos muníci-pes; podemos citar que o município recebeu do Governo do Estado aproximadamente 5 milhões em recursos, que na sua maioria formam direcionados a urbanização, habita-ção, educação, saúde, área social, segurança, esporte e cultura; algumas obras realizadas com recursos do Estado foram: lagoa de tratamento (benefício reivindicado pela po-pulação e um compromisso cumprido pela atual administração), troca da rede de água, que era de material prejudicial à saúde, can-cerígeno, e hoje os habitantes possuem água de qualidade, livre de doenças e com baixo custo, pois é administrada pela Prefeitura,

recapeamento asfáltico, aquisição de equi-pamentos odontológicos para o centro de saúde e para as escolas do município, cons-trução de pontes de concreto, modernização, construção e iluminação das praças públicas, investimentos em laboratórios para as es-colas do município trazendo benefícios aos alunos, investimentos em segurança pública com a reforma do prédio da delegacia de po-lícia, ampliação e modernização do terminal rodoviário, iluminação do estádio munici-pal e também aquisição de ambulâncias, além do recapeamento asfáltico da vicinal ligando Américo de Campos a Cosmorama e da vicinal ligando Américo de Campos a Álvares Florence com recursos licita-dos pelo Governo do Estado de São Paulo

Não podemos esquecer dos recursos do Governo Federal de aproximadamen-te 3 milhões direcionados a urbanização, habitação, educação, saúde, agricultura, esporte e cultura, com algumas obras e in-vestimentos importantes para o município: aquisição de trator agrícola, construção da creche pró-infância, de praça pública, do centro cultural, do centro de eventos e de

avenida na área de lazer, construção de 24 unidades habitacionais, recursos para a Fes-ta do Peão e para o carnaval, recapeamento asfáltico, galerias de águas pluviais e tam-bém aquisições de ambulância para a saúde.

Existem também os investimentos com recursos próprios da administração pública municipal em obras em diversos pontos da cidade, na aquisição de máquinas, veículos, ônibus e caminhões, compondo a frota mu-nicipal, e de equipamentos importantes uti-lizados por esta municipalidade, com inves-timentos de aproximadamente 1,5 milhão.

O prefeito César Gil agradece o apoio que tem obtido da população americam-pense para continuar na luta pelas melho-rias habitacionais, sociais e na saúde, man-tendo a dignidade humana acima de tudo. Obrigado, Américo de Campos. | RPSP

Agradecimentos:

Rubens Cesar.Assessoria de Imprensa PM Américo de Campos.

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Foto: Rubens César

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“Muito trabalho, seriedade e experiência à serviço da população”.

Claudio GianniniPrefeito Municipal

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CabreúvaA CIDADE DA AMIZADE

Conhecida como “Cidade da Amizade”, Cabreúva foi fun-dada às margens do rio Tietê, entre Itu e Pirapora, no início do século XVIII. Em 9 de de-

zembro de 1830, a região foi elevada a dis-trito. Por meio de Decreto Imperial, em 24 de março de 1859, tornou-se independente. O nome é originário de uma árvore chamada cabreúva, de origem indígena, kaburé-iwa, que signifi ca “árvore da coruja”. Em 2011, a cidade, que está em busca de um maior desenvolvimento e luta pelo crescimento social e econômico, completará 152 anos de emancipação político-administrativa.

Com muito trabalho, experiência e se-riedade, o prefeito de Cabreúva, Cláudio Giannini, tem realizado pagamentos em dia e restringido gastos com o dinheiro público, o que permitiu a pavimentação de mais de setenta ruas da cidade, construção, reforma e ampliação de escolas e prédios públicos. Cuidados com as áreas de saúde, transpor-tes, educação e assistência social também são marcas dessa administração. “Investir em saúde, educação e obras são medidas efe-tivas, que visam a atender as principais ne-cessidades da população”, avalia o prefeito.

A principal atividade econômica do muni-cípio é a industrial, tendo empresas de gran-de porte já instaladas na cidade. O parque in-dustrial está em franca expansão, com várias unidades de médio e pequeno portes conse-guindo destaque no cenário econômico. O município possui ainda inúmeros engenhos de aguardente de cana (famosa no Brasil in-teiro) e dezenas de olarias, que fabricam de ti-jolos comuns a revestimentos de alto padrão.

Mesmo com a industrialização, Cabreúva não deixou as raízes do campo de lado. A base agrícola conta com cana-de-açúcar, mi-lho, tomate, café, alface, cenoura, cogumelo, couve-fl or, milho verde, morango, repolho e uva. No setor pecuário predomina a pecuá-ria de corte, com criação aberta e confi nada, avicultura de corte e para produção de ovos.

Por estar situada em meio a grande exten-

são verde, a cidade oferece várias atrações turísticas voltadas para a ecologia. A Serra do Japi, que foi tombada pelo Condephaat em março de 1983, tem 78 km² de sua área no município de Cabreúva e o restante nos municípios de Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar. O local abriga uma gran-de diversidade de vida animal e vegetal.

Por conta do aspecto religioso e do grande número de imigrantes, o municí-pio está repleto de festas típicas, tais como a festa italiana, a festa em homenagem a Nossa Senhora da Piedade — padroeira da cidade —, festas de São Roque e Jesus de Nazaré, romarias de Cabreúva a Pira-pora, romaria dos bairros, sempre segui-das da farta culinária, com destaque para a grande variedade de doces caseiros, feitos por antigas e tradicionais doceiras. | RPSP

Vista áerea do centro da cidadePerto de Jundiaí, Itu e outros municípios, é uma das cidades que mais cresce na região.

Carnaval de rua de Cabreúva é referência na região.

Agradecimentos:Adriana Gomes.Assessoria de Imprensa PM Cabreúva.www.cabreuva.sp.gov.br

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“Ações sustentá-veis, asfalto, lazer e emprego estão fa-zendo uma cidade melhor para todos”.

Daniel FonsecaPrefeito municipal

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CajamarNOVAS CONQUISTASPARA O MUNICÍPIO

Prefeitura de Cajamar inaugu-ra projeto de reurbanização da Avenida Bento da Silva Bueno, no Parque Paraíso, que recebeu ginásio de espor-

tes, praça, pista de skate, posto da Guar-da Municipal, playground, aparelhos de ginástica, novas baias e pontos de ôni-bus, calçadas com tijolos ecológicos, ro-tatória, sinalização viária e paisagismo.

Um evento para a família cajamarense. Assim foi considerada a inauguração do moderno projeto de reurbanização da Ave-nida Bento da Silva Bueno, no Parque Pa-raíso. Jovens, adultos e crianças tomaram conta da praça construída ao lado do giná-sio de esportes e proporcionaram uma festa

inesquecível para os moradores do bairro.“Vocês, moradores, me homenageiam

com a presença de todos aqui, pois, mais do que construir obras, nós temos que construir felicidade! E hoje, depois de todo este traba-lho, todos podem dizer com muito orgulho que são moradores do Parque Paraíso”, res-saltou Daniel. “Infelizmente ainda tem mui-ta gente em Cajamar que em vez de ajudar a cidade a ir pra frente só puxa a corda pra trás, mas o azar desse pessoal é que eu tenho vocês (moradores) do meu lado puxando a corda pra frente junto comigo”, fi nalizou.

Lazer e diversão para toda a famíliaPrefeitura de Cajamar segue intensifi cando

a construção de novas áreas de lazer na cidade.

Inaugurações ocorreram em todas as áreas nos últimos anos de profunda transformação, para melhor, no cenário local.

“A cidade está entre as 50 que mais investiram em meio ambiente no país”

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Moradores de Cajamar receberam mais uma completa área de lazer e diversão para toda a família. Trata-se da inauguração da praça da Rua Takaharu Urano, que fi ca em frente ao campo de futebol do Polvilho.

A nova área já conta com playground para as crianças, acesso para defi cientes físicos, bancos, lixeiras, entre outros benefícios. “So-mente semeando o que é bom fazemos com que tenhamos grandes frutos para colher no

futuro. A construção deste novo espaço que vocês (moradores) estão vendo faz parte de um projeto de revitalização da cidade e será estendido para todos os bairros assim como foi feito no boulevard de Jordanésia e no do Parque Paraíso”, fi nalizou o prefeito Daniel.

Pavimentações constantes em Cajamar

A população de Cajamar já está desfru-tando de grandes obras e serviços que vão ao encontro de suas necessidades. Neste come-ço de 2011, a Prefeitura deu início às obras da 2ª fase de pavimentação da Avenida Tenen-te Marques e recapeamento da Rua Silvério Augusto Tavares, no Polvilho, e da comple-ta remodelação da Estrada do Guaturinho.

É importante ressaltar que as vias tam-bém receberam reforço especial de base e sub-base com rachão, bica corrida, bin-der e uma potente camada de asfalto para suportar o alto fl uxo de veículos. Cons-trução de calçadas, sinalização viária e instalação de novos pontos e baias de ônibus ainda estão previstos no projeto.

Trabalhando por uma cidade melhorInvestimentos em pavimentação, aces-

sos viários, qualifi cação profi ssional e in-centivos para abertura e administração de micro, pequenas e grandes empresas

Asfaltamento com qualidade eleva a estima da população, trazendo segurança e conforto para o cidadão.

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CIDADES/SP

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fazem de Cajamar o maior polo indus-trial e logístico do Estado de São Paulo.

O município abriga cerca de 600 micro, pe-quenas e grandes empresas, que juntas geram mais de 34 mil empregos formais. Os prin-cipais segmentos são: cosméticos, extrativo mineral, indústria de transformação, servi-ços industriais de utilidade pública, constru-ção civil, comércio, serviços e agropecuária.

A isenção do IPTU por um período de até 5 anos, além das facilidades encontradas para abertura e administração de empresas com o Alvará Provisório e a Nota Fiscal Eletrônica, são algumas das iniciativas de apoio ofereci-das pela cidade que renderam ao prefeito Da-niel Fonseca o conceituado prêmio de Pre-feito Empreendedor do Sebrae 2009/2010.

Cajamar também pertence a um grupo seleto de 50 cidades do país que mais in-

vestiram na preservação do meio ambiente, em projetos de infraestrutura urbana e em bem-estar social. O conceituado prêmio Top Prefeitos 2010, oferecido pelo Instituto Biosfera, no Rio de Janeiro, foi conquista-do pelo prefeito Daniel Fonseca por con-ta dos avanços que a cidade obteve com a realização dos programas Cidade Limpa, Cidade Legal, Sopão Solidário, Campanha do Agasalho, pavimentação das Avenidas Tenente Marques, Bento da Silva Bueno, Luiz Alli Fayrdin, Estrada Francisco Mis-sé, construção das Emebs do Maria Luiza e Marcos Vinicius, Praça do Idoso, adutora de água, além da preservação do Parque Muni-cipal do Ponunduva e do Estadual da Serra do Japi, ampliação do Programa de Jovens, plantio de árvores, entre outros. | RPSP

Cajamar é atualmente o centro logístico das maiores empresas de transportes do Estado.

Foto: André Skamorauskas/Benê Rocha

Agradecimentos:Fábio Mota.Chefe Depto. Comunicação/Prefeitura de Cajamar.www.cajamar.sp.gov.br

“Apesar de tantos avanços, ainda tem gente que rema para trás, sem querer ver o que está acontecendo de bom”

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“Escolas do sec. XXI, novo hospital, ensino profi ssionalizante e telecentros, melhoram a saúde e educação”

Armando HashimotoPrefeito municipal

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Educação e saúde são os pilares da administração do prefeito Armando Hashimoto, que as-sumiu o mandato em 2005. Na área de educação, o programa

e-Tech — a Escola do Século 21, implantado em 2008, é referência nacional em inclusão digital. No lugar do quadro negro, lousas di-gitais e, em vez de cadernos e lápis, laptops. Esses equipamentos fazem parte do mate-rial didático dos alunos de 5ª a 8ª série da rede municipal de Campo Limpo Paulista.

O programa ganhou destaque no ce-nário nacional e internacional. O prefeito Armando Hashimoto foi convidado para apresentar palestras e participar de encon-tros de educação nos Estados Unidos, na Colômbia, em Salvador, em São Paulo e em várias cidades do interior paulista para relatar a experiência campo-limpense.

O sucesso do programa se deve aos re-sultados dentro da sala de aula. Estatísticas realizadas pela Secretaria Municipal de Edu-cação apontam redução de cerca de 70% nas notas vermelhas e 30% no número de faltas. O motivo? Aulas mais atrativas e interativas graças ao uso dessas novas ferramentas. “A tecnologia faz parte do cotidiano das pessoas e a escola tem que estar inserida neste contex-to”, entende o prefeito Armando Hashimoto.

Mas os investimentos em educação vão além das ferramentas tecnológicas. Outro destaque na área educacional é o sistema de apostila, estendido a todos os alunos do ensi-no fundamental. “Os nossos alunos recebem o mesmo conteúdo aplicado nas melhores escolas particulares”, observa o prefeito.

Aos estudantes de baixa renda, a Pre-feitura oferece bolsas universitárias inte-grais, em parceria com a Faccamp (Fa-culdade de Campo Limpo Paulista). Em sua administração, o prefeito já entregou cerca de 60 bolsas aos candidatos que ti-veram maior pontuação no vestibular.

Hashimoto também trouxe a Campo Lim-

Campo Limpo PaulistaPROGRAMA DE EDUCAÇÃO É REFERÊNCIA NACIONAL

po Paulista uma unidade da Escola Técnica do Centro Paula Souza, que oferece ensino técnico gratuito de qualidade para quem está em busca de uma profi ssão. Para completar, a cidade conta com três Centros Municipais de Informática, que disponibilizam à popu-lação cursos gratuitos na área de tecnologia.

Saúde: cidade irá ganhar novo hospitalComo a educação, a saúde também é le-

vada a sério pelo prefeito Armando Hashi-moto. Neste ano, a cidade irá ganhar um novo e moderno hospital, orçado em R$ 17 milhões. “Será o primeiro hospital munici-pal construído na região nos últimos de 30 anos”, assinala o prefeito, que é médico.

Quatro vezes maior que o atual Hospital Nossa Senhora do Rosário, a nova constru-ção conta com 8,6 mil metros quadrados de área construída e é dividido em 3 pavi-mentos. No térreo estão recepção, pronto--socorro, 11 consultórios de especialidades, centro obstétrico, 3 salas no centro cirúrgico e 1 unidade de terapia intensiva (UTI) com 7 leitos — podendo chegar a 9 em situações de emergência. O segundo pavimento conta com área de descanso e lanchonete e o ter-

ceiro com quartos de internação. Ao todo, o hospital contará com 92 leitos, entre inter-nação, UTI, consultórios e centro obstétrico.

Com o novo hospital em funcionamen-to, a expectativa é absorver a demanda do município e diminuir signifi cativamente o tempo de espera dos pacientes. Com o su-porte de uma unidade de terapia intensi-va (UTI), o novo hospital terá condições de realizar pequenas e médias cirurgias.

Prevendo o crescimento da cidade, Hashi-moto projetou um hospital passível de am-pliação. “A estrutura está preparada para ampliação de mais 2 andares se for preciso, chegando a mais de 200 leitos”, comenta. Se-gundo o prefeito, o projeto foi feito exclusi-vamente para atender às necessidades de um hospital do SUS (Sistema Único de Saúde). “Tudo o que há de mais moderno em arquite-tura hospitalar está aqui”, assinala. O projeto também contempla uma cisterna de reúso de água de chuva de 25 mil litros e uma esta-ção de tratamento de esgoto própria. | RPSP

Alunos da rede pública, melhor estruturada do que a particular.

Agradecimentos:Viviane RodriguesAssessoria de Imprensa / PM de Campo Limpo Paulista.www.campolimpopaulista.sp.gov.br

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Luis Donisete CampaciPrefeito municipal

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CapivariCIDADE VAI INTEGRAR REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS Deputado propõe a inclusão de Capivari como 20ª cidade da RMC.

A consolidação do trabalho de integração entre cidades é o foco dessa

iniciativa.

Com a perspectiva de potencia-lizar a integração e o conjun-to de relações que envolvem as cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas),

o deputado estadual do PPS, Roberto Mora-es, cria um projeto de lei que tem por meta fazer com que Capivari seja a 20ª cidade a integrar a RMC. A representação da RMC no polo se concretiza, em grande medida, por cidades pertencentes às bacias hidro-gráfi cas dos Rios Capivari e Piracicaba.

Para o prefeito de Capivari, Luis Donisete Campaci, a integração colabora com a quali-dade de vida como um todo, principalmente porque melhora as possibilidades de aqui-sição de habitação. “A possível inclusão é uma medida que vem para corrigir um grave erro do passado. Capivari, desde a criação da RMC, era para estar incluída, isso porque está integrada aos demais municípios, tanto pela questão física da bacia do Rio Capivari quanto pelos aspectos geográfi cos. Hoje, a cidade perde muito por não pertencer à RMC. Perde no repasse de verbas do governo do Estado e do governo federal. Por exemplo, o limite máximo do valor unitário para as casas populares — dentro do projeto Minha Casa, Minha Vida, que inclui a construção da casa e a infraestrutura — é de 80 mil re-ais para Capivari. É um valor muito abaixo das demais cidades, como Artur Nogueira e Monte Mor. Todas as cidades da RMC têm valores de 130 a 150 mil reais em relação ao projeto Minha Casa, Minha Vida. É um problema para os munícipes de Capivari. O transporte, que era para ser integrado — por exemplo, Campinas a Capivari e vice-ver-sa—, não ocorre. Portanto, há muitas vanta-

gens para Capivari entrar na RMC. Será um salto importante para a cidade. Em relação às desvantagens, nós já temos algumas me-didas de controle, como, por exemplo, sobre a questão da transição de delinquentes, que saem das grandes cidades e vão para Capi-vari, por conta do crescimento econômico local. Por outro lado, precisamos ressaltar que as vantagens precisam ser priorizadas.”

A iniciativa de integração de Capivari, caso seja aprovada, possibilitará a amplia-ção do diálogo entre os gestores públicos, de modo a colaborar com a condição social da população, por meio do fortalecimento de ações em conjunto. A questão abre mar-gem para a inclusão de novas pautas, perten-centes ao cotidiano de cada município. De acordo com o presidente da Câmara Muni-cipal de Capivari, Vitor Hugo Riccomini, “A inclusão é de grande alcance social. Com a participação junto ao governo do Estado, o município consegue ter acesso a recursos de uma forma melhor. É possível, por exem-plo, um aprimoramento do programa Minha Casa, Minha Vida, de modo que existam melhores condições de fi nanciamento, com um custo acessível aos moradores. O fato de pertencer à RMC resolve o problema de moradia do município. Capivari passa a fi -car com um orçamento melhor. Com a in-clusão, a Guarda Civil Municipal vai poder, por exemplo, ter o porte de arma, o que co-labora com as ações de segurança pública. Entre as outras políticas públicas que podem ser benefi ciadas por meio dessa alternativa está a de tratamento de esgoto, por exemplo. Se forem citados cinco macroprojetos para Capivari, precisam aparecer na lista a inclu-são na RMC. Vale ressaltar que esse projeto

“Se a integração com a RMC vier, vai colaborar com a quali-dade de vida de nossa população como um todo”

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CIDADES/SP

já era algo discutido há muito tempo pela Câmara de Vereadores da cidade. A propos-ta de inclusão surgiu a partir de um diálogo com o vereador do PPS, da Câmara de Ca-pivari, Rodrigo Abdala Proença. Apresen-tamos, inclusive, a questão para o deputado Roberto Moraes” — concluiu o presidente.

Hoje, a população do município che-ga a 46 mil habitantes. Capivari se carac-teriza como um município em expansão, o que demonstra que a perspectiva de par-ticipação pode acrescentar novas alterna-tivas para os interlocutores da gestão pú-blica, enquanto dinâmica de viabilização de decisões, que infl uem em toda a RMC.

Atualmente, Capivari está integrada ao Consórcio das Bacias Hidrográfi cas e afl uentes: Ribeirão Água Choca, Forquilha, do Agostinho ou da Samambaia, Palmei-ras (nascente), São Luiz, Santa Cruz (nas-cente), São Roque e Arroio do Ribeirão e os córregos São Francisco, Engenho Velho (nascente), do Mombuca, do Bonfi m, Bair-ro Frio, da Posse, Bate Carga (nascente), do Ticiano (nascente), São Roque, do Car-mo, do Fonseca e Rio Acima (nascente).

De acordo com dados da Prefeitura, Ca-pivari conta atualmente com 247 estabeleci-mentos industriais, 1.087 estabelecimentos comerciais, 7 estabelecimentos bancários e aproximadamente 422 estabelecimentos rurais.

A cana-de-açúcar, assim como outras ati-vidades da agricultura e da indústria local, representa para Capivari um ideal de cres-cimento e de desenvolvimento econômico.

Em relação à representatividade, Capivari conta, por exemplo, com o apoio da Assocap (Associação dos Fornecedores de Cana), que é uma entidade de classe fundada em 1943. A Assocap abrange os municípios de Capi-vari (sede), Rafard, Mombuca, Elias Fausto, Monte Mor, Cerquilho, Tietê, Indaiatuba, Sal-to, Laranjal Paulista, Tatuí e Cesário Lange.

A ALESP —Assembleia Legislativa de São Paulo, atua na elaboração de leis de forma democrática, conforme as regras de-terminadas pelas partes envolvidas. O Legis-lativo Paulista realiza votações, e estabelece a análise de emendas, entre outras ações.

Já a função da RMC é gerar visibi-lidade às decisões sobre as leis antes, durante e depois, no que se refere à re-alização de processos de apreciação, vo-tação e de possíveis aprovações, no que se refere ao Executivo e ao Legislativo.

A construção de novos parâme-tros de fi scalização e de acompa-nhamento dos municípios se consti-tui como uma prioridade para a RMC.

Segundo o prefeito de Pedreira e presi-dente do CD/RMC (Conselho de Desen-volvimento da RMC), Hamilton Bernardes

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Agradecimentos:Sabrina BatistaAssessoria de Imprensa / PM de Capivariwww.capivari.sp.gov.br

“Até a bacia que serve as cidades da RMC tem o nome do

Rio Capivari”

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Junior, “A inclusão de Capivari é positiva. A Região Metropolitana pode fi car melhor com a proposta. No entanto, é importan-te que seja feito um estudo técnico, para verifi car o impacto da mudança. Após a análise técnica, serão compreendidos os potenciais de viabilidade. Com a detecção dos fatores de viabilidade, será possível amparar as condições necessárias para a implementação. Vale lembrar que a deci-são não é do prefeito, mas, sim, da Assem-bleia Legislativa e do governo do Estado”.

A proposta de inclusão efetiva o di-álogo intermunicipal e abre vazão para novas formas de mapeamento de estraté-gias, no que se refere ao poder público.

Para o ex-diretor executivo da Agem-camp (Agência Metropolitana de Campi-nas), Gustavo Zimmermann, “A sugestão de inclusão, por parte da Câmara de Capivari, denota que a organização metropolitana tem avançado e traz vantagens aos municí-pios participantes. Aliás, outros municípios também manifestaram igual interesse. E nós, da Agemcamp, vemos com bons olhos essas iniciativas”. Segundo a atual diretora--executiva da Agem camp, Cristina Carra-ra, “A iniciativa segue uma tendência atual dos municípios se unirem para buscar so-luções comuns para questões que, por sua natureza, devem ser tratadas no âmbito

regional. A proposta se justifi ca pela pro-ximidade e semelhança da cidade de Capi-vari com os demais municípios da RMC”.

Em 2011, com 9 vereadores, a Câmara de Capivari lida com uma gestão ampla, com um conjunto de requerimentos, demandas de substituição e de manutenção dos equi-pamentos em uso, o que envolve uma série de debates, concretizados a partir de uma vi-são ampla das questões postas em pauta que dizem respeito à população como um todo.

A inclusão tem o caráter de gerar visi-bilidade a Capivari, no sentido de fomentar estratégias de participação no fl uxo de pau-tas intermunicipais, dizem os vereadores.

A intenção é promover a cooperação entre os municípios aliados, para permitir uma postura de análise na amplitude dos planejamentos anuais, o que diz respeito à aplicação dos recursos em cada uma das áreas de interesse da administração pública.

Com a participação na RMC, o mu-nicípio pode fazer parte de uma sé-rie de benefícios que hoje perten-cem apenas a 19 cidades integradas.

Se isso vier a acontecer, Capivari pas-sará a contar com um novo patamar no que se refere ao uso de meios legislativos em prol de medidas que favorecem a po-pulação. É o que todos esperam. | RPSP

Prefeito Hamilton Bernardes Junior,presidente do CD/RMC: “ A inclusão de Capi-vari é positiva”.

Ver. Vitor Hugo Riccomini, presidente da Câmara Municipal de Capivari: “O municí-pio conseguirá ter acesso a mais recursos do Governo do Estado”

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“Turistas que nos visitam fi cam contagiados pelas belezas naturais, clima agradável e hospitalidade do povo.”

João FattoriPrefeito municipal

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ItatibaSINÔNIMO DE QUALIDADE DE VIDA

Itatiba é uma cidade de caráter: cres-ce e se desenvolve sem abrir mão de seus princípios e personalidade. O moderno e o histórico se unem nas ruas e prédios dessa cidade com

jeito de interior e ambição de metrópole. A “Princesa da Colina”, como é conheci-da, cresceu e hoje tem porte de “rainha”. Itatiba é a cidade onde todos querem viver.

Situada a 80 km de São Paulo, na Serra da Jurema, Itatiba — que em tupi-guarani signifi ca “muita pedra” — é carinhosamen-te chamada por seus moradores de “Prin-cesa da Colina”, título que conquistou por seu relevo acidentado. Considerada uma das melhores cidades do Estado em infra-estrutura e qualidade de vida, a diversifi ca-ção das atividades econômicas permite que Itatiba não sofra com problemas sazonais e de grande oscilação econômica. Itatiba fi gura também como uma das melhores ci-dades do Estado de São Paulo para viver, segundo pesquisa encomendada pela As-sembleia Legislativa à Fundação Seade.

A economia da cidade é movimentada principalmente pela indústria, com polo em amplo crescimento e expansão. A cidade gera grande interesse em empresas multina-cionais por causa da localização estratégica, próxima à capital e a grandes regiões de de-senvolvimento — RMC (Região Metropoli-tana de Campinas) e Região Administrativa de Jundiaí. Outro segmento de destaque é o setor moveleiro, que é internacionalmente reconhecido, além dos setores têxtil, meta-lúrgico, químico e de tecnologia de ponta.

Agricultura

Nossa agricultura se concentra nos horti-frutigranjeiros, com destaque para a produ-ção de caqui, fruta que levou a cidade a fazer parte do Polo Turístico do Circuito das Fru-tas e que vem se destacando no agronegócio.

O setor de serviços é um dos maiores geradores de emprego. Aproveitando sua

posição geográfi ca e estratégica, o municí-pio está aplicando as diretrizes do projeto de desenvolvimento do turismo de maneira autossustentável, a partir dos focos turístico, de tecnologia e da renovação urbanística.

ProgressoItatiba conta hoje com o Progride,

uma lei de incentivos criada pelo atual prefeito, João Fattori, que visa a propor-cionar às empresas, além das ajudas já existentes, mais incentivos econômicos.

O Progride garante às empresas que vierem a se instalar em Itatiba a possibi-lidade de receber um auxílio fi nanceiro na forma de isenções que pode chegar a ser igual ao valor investido na constru-ção, aquisição ou locação de sua planta.

O que a princípio pareceu apenas uma forma de atrair indústrias para a cidade faz parte de uma bem arquitetada estraté-gia que vai gerar uma nova era, uma nova etapa no desenvolvimento da cidade. Mes-mo com sua localização privilegiada, sua mão de obra e logística, Itatiba vem per-dendo investimentos para cidades vizi-nhas, que têm propostas ou incentivos.

Cuidados especiais foram tomados para que as empresas contempladas venham a in-tegrar a sociedade e não simplesmente fazer dinheiro em cima das isenções. Cuidados como o perfi l não poluente das empresas, a preferência pela mão de obra de Itatiba, o li-cenciamento dos veículos na cidade e outros.

Os benefícios concedidos às empre-sas têm como base o que elas agregam no valor do ICMS repassado à cidade.

TurismoO grande potencial turístico da cidade

tem recebido a cada ano novos admirado-res. Motivos para isso não faltam: Itatiba possui em sua região central edifi cações do século XIX que relatam sua história; o ar é um dos melhores do mundo; as belezas na-turais encantam os turistas e seus morado-res, por ter um clima agradável e por con-tar com um povo acolhedor e hospitaleiro. Os turistas que a visitam são contagiados pela rica beleza natural, cultural e humana.

Itatiba possui em sua região central vá-rios edifícios de valor histórico de magnífi ca beleza arquitetônica. Esses casarões datam, em sua maioria, do século XIX, e têm sido bem preservados até hoje. Uma visita aten-ta por todo o centro da cidade permitirá ao observador descobrir fachadas e detalhes ar-quitetônicos que representam e testemunham um período muito rico de nossa história.

A cidade conta ainda com belas áre-as verdes, com opções de lazer e áreas para prática de esportes e atividades vol-tadas ao bem-estar, como o Parque Luís Latorre e as academias ao ar livre. | RPSP

Parque Ferraz Costa fi ca na região central de Itatiba

Agradecimentos:Silvia GuedesAssessoria de Imprensa / PM de Itatibawww.itatiba.sp.gov.br

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Foto: Rubens Chiri

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CIDADES/SP

“Jundiaí é pujante,na economia do país, preservando a tranquilidade e qualidade de vida da população com conquistas como 100% de água e esgoto tratados.”

Miguel HaddadPrefeito municipal

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Jundiaí é uma das mais pujantes economias industriais do país e uma das melhores cidades para se viver do interior do Estado de São Paulo, segundo pesqui-

sa realizada pela revista Veja (edição de 1º de setembro de 2010). A cidade é referência em diversas áreas, da gestão ao saneamen-to. O seu sistema de saneamento é consi-derado o melhor do Brasil, segundo estudo

do Instituto Trata Brasil/FGV, que avaliou todas as cidades com mais de 300 mil habi-tantes. Localizada a 50 quilômetros de São Paulo, Jundiaí tem 100% dos domicílios da zona urbana atendidos por rede de esgoto e de água tratada e está executando obras de expansão no sistema para atender ao cresci-mento da demanda nos próximos 50 anos.

Os investimentos continuados em setores considerados estratégicos, que servem para

alavancar o crescimento econômico, gerar empregos e melhorar a qualidade de vida das pessoas, são essenciais, segundo a Firjan — Federação das Indústrias do Rio de Janei-ro—, para se alcançar um bom nível de de-senvolvimento. Considerando os municípios com mais de 300 mil habitantes, Jundiaí é a primeira cidade do Estado de São Paulo e do Brasil no ranking do IFDM — Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (www.fi rjan.

Jundiaí“DESENVOLVIMENTO COM QUALIDADE DE VIDA”

Fotos: Fernando Stankus

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org.br) — de 2010. O estudo da Firjan abran-geu todos os 5.564 municípios brasileiros e avaliou as três principais áreas de desenvolvi-mento: emprego & renda, educação e saúde.

Esses resultados positivos, que estão de-monstrados nos indicadores econômicos e sociais da cidade, são fruto do crescimento planejado, da conquista da independência econômica, da capacidade de formar mão de obra qualifi cada e de garantir qualidade de vida para as pessoas. Além desses fatores, a continuidade administrativa na gestão da ci-dade e os investimentos estruturais possibili-

taram um salto de qualidade no desenvolvi-mento. O crescimento urbano ordenado pelo plano diretor do município garante o equilí-brio na distribuição desses benefícios para a população de mais de 370 mil habitantes, dis-tribuída numa área de 342 km². A iniciativa permite boa harmonia entre comércio, indús-tria, serviços, área residencial e rural, além dos mananciais e da Serra do Japi, patrimô-nio ambiental do município, que ocupa 47% da área total da cidade, com 191 km², uma das últimas áreas de mata atlântica do país.

Os números de Jundiaí impressionam. O

Na visão panorâmica de uma área do muni-cípio, vê-se uma das muitas rodovias que cor-tam a cidade e a pista de seu aeroporto, um dos mais movimentados da aviação executiva brasileira.

Agradecimentos:Assessoria de Comunicação / PM de Jundiaíwww.jundiai.sp.gov.br

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CIDADES/SP

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PIB — Produto Interno Bruto — de cerca R$ 15,1 bilhões coloca a cidade na 9ª posição no Estado de São Paulo e na 23ª no Brasil. O PIB per capita é de R$ 43,4 mil. Sem ofe-recer incentivos fi scais, a conjugação de in-fraestrutura e localização privilegiada (pro-ximidade dos maiores mercados produtores e consumidores do país), além das facilida-des logísticas propiciadas por uma malha de transportes abrangente e efi ciente (servida pelas melhores rodovias do país, por ferrovia e pela proximidade de portos e aeroportos), têm sido fatores decisivos para as empresas

que se instalam na cidade vindas dos mais di-ferentes pontos do Brasil e de outros países.

Pode-se concluir que Jundiaí alcançou o que os economistas chamam de “círculo virtuoso do crescimento”. Hoje, a cidade conta com um dos maiores parques indus-triais do Estado e do país: são mais de 30 ramos industriais, como bebidas, alimen-tos, informática, máquinas e equipamentos, embalagens, metal-mecânica, automotivo, entre outros, que garantem cerca de 35% de todo o estoque de empregos formais ge-rados pelo município (150 mil, no total).

Para sustentar esse círculo virtuoso da economia local, a cidade conta com pelo me-nos 10 faculdades e universidades, além das escolas e faculdades técnicas gratuitas, patro-cinadas pelo Estado (ETECs E FATEC), Se-nai, Senac, entre outras que trabalham o ensi-no profi ssionalizante, que são fundamentais para formar mão de obra qualifi cada, que é absorvida pelas empresas locais e regionais.

A cidade vem se destacando na cria-ção de empregos formais no país em razão do volume de investimentos recebidos ao longo dos últimos anos. A iniciativa pri-vada anunciou em 2010 investimentos no município que superaram R$ 900 milhões. Nos próximos dois anos, dois novos shop-ping centers serão instalados no município, além da expansão anunciada pelo centro de compras já existente. São investimen-tos de mais de R$ 500 milhões na eco-nomia da cidade, que irão gerar mais de 5 mil empregos diretos, sem contar aqueles que serão gerados durante a construção.

Importante constatar que, ao contrário das discrepâncias observadas no Brasil, o crescimento sustentado da economia vem alavancando o desenvolvimento local e a arrecadação municipal, que permite à Pre-feitura garantir o fornecimento de serviços de qualidade para a população e a compe-titividade da sua infraestrutura. Em Jundiaí, a regularidade dos serviços públicos mi-nimiza as desigualdades sociais e promo-ve o desenvolvimento humano de maneira equânime. No ranking do IDH — Índice de Desenvolvimento Humano da ONU —, Jun-diaí está classifi cada na 4ª posição no Es-tado de São Paulo e 14ª no Brasil. | RPSP

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JUNDIAÍ/SP

“Indicadores sociais de primeiro mundo e um PIB que impressiona, 9ª maior no estado e 23ª no país. Seu IDH ocupa a 4ª posição no ranking nacional.”

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CIDADES/SP

Heitor Camarim JuniorPrefeito municipal

“Planejamento otimizado dos recursos e trabalho sério deram resultado”.

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Laranjal PaulistaTRABALHO E PLANEJAMENTO

Quando assumiu a adminis-tração municipal em 2009, o prefeito Heitor Camarin Ju-nior e sua equipe de governo encontraram a Prefeitura em

uma situação delicada. O município estava impedido de celebrar convênios, impossi-bilitando a transferência de recursos públi-cos para serem investidos para o bem da comunidade. Isso, por conta do fato de que o município tinha dívidas que não haviam

sido honradas, prejudicava diretamente o desenvolvimento da cidade. 2009 também foi o ano em que a crise econômica mun-dial atingiu seu ápice, reduzindo a arreca-dação e difi cultando ainda mais o cenário.

Um grande trabalho de planejamento foi elaborado, no qual os objetivos princi-pais eram regularizar a situação referente à celebração dos convênios, otimizar a uti-lização do dinheiro público e possibilitar a manutenção de todos os serviços voltados à

população. Com um grande esforço, os obje-tivos foram alcançados. Laranjal Paulista já celebrou mais de 20 convênios que possibi-litaram diversos investimentos, como obras, ampliação da frota municipal, aquisição de materiais para a saúde, entre outros. E, com a otimização administrativa, os serviços públicos foram mantidos, em sua maioria aperfeiçoados. O que melhor simboliza essa mudança foi a “revolução” ocorrida na me-renda escolar. Atualmente os estudantes re-

Dividas antigas pagas trouxeram de volta verbas de convênios que contribuíram para melhorar a educação.

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cebem uma alimentação saudável e balance-ada, formada por 30 pratos diferentes, que incluem saladas, carnes, frutas, sucos e tudo que os jovens precisam para esse período muito importante de desenvolvimento físico e mental. O trabalho nesse setor ainda não parou. Recentemente, por meio do Progra-ma de Aquisição de Alimentos do governo federal, a Prefeitura adquire frutas, verduras e legumes dos produtores rurais locais, numa ação que, além de oferecer alimentos mais frescos, estimula também a permanência de várias famílias em atividades agrícolas, va-lorizando o trabalho do homem do campo.

Outra conquista importante na área da educação foi a troca do material didático. Hoje, os educadores e estudantes laranja-lenses contam com apostilas reconhecidas

nacionalmente pelo alto nível de seu conteú-do. Outra questão importante são as amplia-ções e reformas que estão sendo realizadas em creches e em escolas municipais. “Um município que deseja desenvolver-se de maneira justa precisa estabelecer uma polí-tica séria e comprometida com a educação da comunidade”, declarou o prefeito Heitor.

Outro foco traçado pelo prefeito Heitor foi a qualifi cação profi ssional, que atua como ferramenta essencial que possibilita um de-senvolvimento justo e benefi cia toda a comu-nidade. O aperfeiçoamento da mão de obra local oferece possibilidades reais na busca de melhores empregos e, consequentemente, maiores salários. A Prefeitura fez parcerias inéditas que já mostram seus primeiros re-sultados, como a instalação de 2 classes des-

centralizadas de uma conceituada instituição de ensino técnico gratuito do Centro Paula Souza, em que os estudantes sairão formados como técnicos em Administração de Empre-sas. Outra inovação foi o Centro de Educa-ção Profi ssionalizante, o CEP. Nesse espaço, o trabalho conjunto entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Fun-do Social de Solidariedade de Laranjal Pau-lista oferece gratuitamente cursos voltados à inclusão de pessoas no mercado de trabalho.

A saúde também é alvo de investimen-tos. A população que utiliza os serviços do Sistema Único de Saúde, o SUS, não preci-sa mais chegar no meio da madrugada aos postos de saúde para conseguir senhas e agendar consultas. O problema foi resolvido com a ampliação do quadro de profi ssionais

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CIDADES/SP

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médicos; atualmente, cada unidade de saúde conta com a presença de clínicos gerais, que atendem prontamente a população, encami-nhando os casos necessários para as devidas especialidades médicas. A Prefeitura tam-bém já iniciou todo o processo para a cons-trução de uma nova unidade de saúde, no Bairro da Ponte, e a reforma e ampliação de outras 2 unidades. Outra medida é a informa-tização e integração de todo o sistema, agi-lizando todos os processos relativos à saúde local. É investimento público direto voltado à melhoria da estrutura profi ssional e físi-ca da rede municipal de saúde laranjalense.

Outro aspecto muito importante que deve receber atenção especial das administrações públicas é o saneamento básico. Nesse que-sito, Laranjal Paulista tem muito a comemo-

rar, pois, por conta do trabalho do prefeito e de sua equipe, o município vem passando por uma grande reestruturação. Com uma grande mobilização, que envolveu todos os setores da comunidade laranjalense, a em-presa responsável pela gestão do sistema de água e esgoto está terminando as obras que garantirão o tratamento de 100% do esgoto, que é jogado in natura no Rio Sorocaba.

As obras, que beiram os R$ 11 milhões, estão previstas para serem concluídas ainda neste ano. A distribuição de água potável também é alvo de ações da administração. Com canos antigos e deteriorados, a rede subterrânea de distribuição de água potável apresenta constantemente inúmeros vaza-mentos, causando transtornos e prejuízos a toda a cidade. Diante disso, o prefeito Heitor realizou um intenso trabalho político junto ao governo federal e garantiu a inclusão do mu-nicípio no PAC/FUNASA. Isso signifi ca que será investido mais de R$ 1,5 milhão para a troca parcial da rede de distribuição de água. “O país está crescendo e precisamos apro-veitar o momento. Com capacidade técnica, vontade e esforço político, nosso trabalho é focado na melhoria da qualidade de vida da população”, afi rmou o prefeito Heitor.

Um grande problema que o mundo intei-ro enfrenta é o que fazer com o lixo. Quando assumiu a administração, a equipe de gover-no encontrou uma situação muito complica-da. O local que servia como aterro estava em precárias condições, o que diminuiu a sua vida útil. Agora, com o local inservível, a Prefeitura contratou uma empresa que rea-liza o transbordo do material, como medida paliativa emergencial. A administração mu-nicipal já trabalha num grande projeto para a construção de um novo aterro controlado, onde já foi feita a desapropriação da área. Como os investimentos para a realização desse projeto passam dos R$ 4 milhões, o prefeito já realiza o trabalho para incluir o projeto no PAC 2, assim que for aberto o período de inscrições. Visando também a esse problema, a Prefeitura vem realizando ações para implantar gradualmente a coleta seletiva em toda a cidade, uma ação que re-quer estrutura física e humana, e um amplo trabalho de informação para a conscienti-zação e colaboração de toda a comunidade.

O esporte e o lazer também fazem parte das novidades. A cultura e os artistas locais são continuamente estimulados com eventos e cursos gratuitos. O Festival de Inverno é umas das novidades que já fazem parte do calendário cultural da região. Competições esportivas incentivam a prática de hábitos saudáveis, contribuindo também com a for-mação dos jovens e a saúde dos adultos. A retomada da tradicional Copa Brasil de Fu-tebol Infantil foi muito bem aceita pelos la-ranjalenses, trazendo equipes renomadas de todo o país, em uma competição de alto nível técnico. A reforma e ampliação dos estádios, a construção do Centro do Jovem e do Idoso e a ampliação do centro esportivo da Vila Zalla são alguns exemplos que ilustram a preocu-pação da administração municipal em utili-zar o esporte como objeto de inclusão social.

Outra questão importante a ser desta-cada é o projeto que visa à expansão do setor industrial do município. Com uma política de incentivo, Laranjal Paulista já começa a receber novas empresas e a am-pliar as já existentes. Para os trabalhadores e aposentados, a administração municipal realizou um forte trabalho para a vinda de uma agência do INSS, que entrará em ati-vidade até o próximo mês de outubro. Isso signifi ca que os laranjalenses não preci-sarão mais se deslocar para outras cida-des para ter acesso aos serviços do órgão.

Isso é apenas uma pequena amostra do que uma administração responsável e planejada pode oferecer como resultado, servindo como exemplo de que, quando há vontade, determinação e trabalho em grupo, muito pode ser feito para o bem co-mum da população. “Temos a convicção que estamos no caminho certo. Já come-çamos a colher os frutos das sementes que plantamos. E existe ainda muito a ser co-lhido. Trabalhamos para que no fi nal do nosso mandato possamos nos orgulhar de ter colaborado com a melhoria concreta da qualidade de vida de toda a nossa comuni-dade”, fi nalizou o prefeito Heitor. | RPSP

A cidade tem tradição musical que fi ca mais evidente durante o festival de inver-no, que já se tornou tradição, atraindo todos os anos milhares de turistas.

Agradecimentos:

Junior CoutoRelações Públicaswww.laranjalpaulista.sp.gov.brTwitter: @pmlpnews

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LARANJAL PAULISTA/SP

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CIDADES/SP

“Se você não vem a Leme há muito tempo, vai se espantar com o que vai ver”.

Wagner AntunesPrefeito municipal

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LemeUMA CIDADE EM TRANSFORMAÇÃO

Leme se localiza às margens da Via Anhanguera, a 188 km da capital, no meio do caminho entre Campinas e Ri-beirão Preto. Integra o cinturão de ri-queza que se convencionou chamar “a

Califórnia brasileira”. Mas a riqueza da vizinhança não estava chegando a Leme e este fato motivou um plano de governo audacioso que iria mudar o quadro.

O prefeito Wagão assumiu em fevereiro de 2006, em meio a uma crise institucional, mas conseguiu unir a

população sob o tema “Leme em Novos Tempos”, cujo propósito era adotar os objetivos do milênio da Organi-zação das Nações Unidas como metas governamentais locais. Assim, propostas como combater a mortalida-de infantil, melhorar a saúde materna, atingir o ensino básico universal, garantir a sustentabilidade ambiental, passaram a fazer parte do vocabulário e do dia a dia dos administradores e os resultados foram chegando.

Na educação foi adotado o programa Um Novo Olhar para o Fundamental, com divisão da cidade em

“Objetivos do milênio da ONU foram adotados como metas de governo.”

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16 regiões educacionais, amplo estudo esta-tístico das carências e como supri-las. Como consequência dessa abordagem, o número de creches municipais passou de 5 para 17. To-das as escolas municipais foram ampliadas ou reformadas. Além disso, foram construí-das 2 escolas para o ensino fundamental e 7 novas creches. As 5 creches já existentes na rede municipal foram reformadas e amplia-das. Tudo com recursos municipais. Foi ado-tado o ensino de 9 anos e o ensino em tempo integral se encontra em testes em 2 unidades, uma urbana, outra rural. Foi uma revolução! As iniciativas renderam bons frutos, pois a oferta de vagas igualou a demanda. O obje-tivo agora é melhorar os índices municipais no IDEB, IDESP e no SARESP. 2 iniciativas da saúde foram premiadas em anos recentes pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, o prêmio Cidade

Cidadã. Trata-se dos programas “Madrinhas do Primeiro Mês” e “Linha Saúde”. Ambos obtiveram o primeiro lugar entre cidades de até 100 mil habitantes. O primeiro progra-ma cuida de gestações em situação de risco para o bebê e a mãe e o segundo cuida de transportar pacientes entre as várias unida-des da Secretaria Municipal da Saúde e até transporte para centros especializados fora do município. A mortalidade infantil até 30 dias caiu de 25,4 em 2005 para 13,8 em 2010. Uma Casa da Saúde da Mulher atende a 74% das gestantes com 7 consultas duran-te a gravidez e realiza exames e consultas exclusivas ao universo feminino em Leme.

Na atual administração foi inaugura-da a Policlínica Municipal, completando a estrutura da saúde em Leme, composta por 5 postos de saúde municipais, 8 pos-tos de saúde da família, 1 centro de saúde,

1 centro médico de especialidades (CMI), 1 pronto-atendimento municipal, 1 Casa da Mulher, 1 centro de atenção psicossocial (CAPS), 1 ambulatório da melhor idade, 1 centro de hemodiálise, além de centros de fi sioterapia, centro de atendimento odon-tológico (CEO), 3 farmácias municipais com remédios grátis e a Santa Casa de Mi-sericórdia, uma ONG umbilicalmente li-gada à Prefeitura do Município de Leme.

No quesito sustentabilidade ambiental os resultados obtidos são excelentes. Desde os anos 1950, Leme convive com crises recor-rentes no abastecimento de água potável. Um conjunto de iniciativas resolveu o problema em defi nitivo. Depois de ampliação e moder-nização na captação de água no manancial do Ribeirão do Roque, da construção de uma terceira adutora de 600 mm e 10 km de ex-tensão, da ampliação da estação de tratamen-

Situada dentro da região chamada de Califórnia Brasileira, a cidade não via o progresso chegar até o começo da atual gestão, que está transformando o panorama local com obras em todas as áreas.

116 | Revista Prefeitos de São Paulo

CIDADES/SP

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to de água e da capacidade de reservas de água tratada, não haverá problema de abas-tecimento por quase 2 décadas. Atualmente, no início de 2011, encontra-se em construção o sistema de afastamento de esgoto sanitário e a estação de tratamento, que possibilitará o tratamento de 100% do esgoto urbano até o primeiro semestre de 2012. Esse conjunto de iniciativas permite que a infraestrutura ur-bana adequada e o nível de atendimento em coleta de lixo, água tratada e esgoto sanitário ostentem índices que oscilam entre 98,64, 100 e 99,43%, superiores aos do próprio Estado de São Paulo. A SAECIL, autarquia responsável pela água e esgoto, oferece 34 milhões de litros diários, com capacidade de reserva da ordem de 18 milhões e 400 mil litros. Nos dias atuais, 100% das residências de Leme recebem água tratada. Isso signifi -ca 28.193 residências, além dos estabeleci-

mentos industriais, comerciais e de serviços.A economia dá sinais de aquecimento

em Leme. Isso é fruto da implantação de 3 distritos industriais, de uma forte política de incentivos à abertura e de atração de novas empresas. Evidência desse aquecimento é o registro do CAGED, que aponta a criação de 2.438 novos empregos formais entre janeiro e novembro de 2010. Importante lembrar que, dessas vagas, 1.189 ocorreram na atividade industrial, 649 na atividade de serviços e 418 no comércio, apresentando crescimento res-pectivo de 20,14, 16 e 9,35% sobre a força de trabalho. São índices mais apropriados às economias chinesa e indiana e bem superio-res aos apresentados pelas cidades vizinhas.

Outras evidências do crescimento econô-mico de Leme são o aumento na cota-parte do ICMS, que, em valores, passou de 16 milhões em 2006 para 31 milhões de reais em 2011, e

o próprio aumento dos valores do orçamento municipal consolidado, que saltou de 83 mi-lhões em 2006 para 176 milhões de reais no exercício de 2 011. Para tornar visível esse clima de crescimento, a atual administração cuidou de revitalizar a entrada da cidade, no km 188 da Via Anhanguera, dando tratamen-to paisagístico à nova rotatória que completa o conjunto arquitetônico da nova rodoviária, com certeza o cartão-postal atual da cidade.

É o prefeito Wagner Ricardo Antu-nes Filho — Wagão — quem bem de-fi ne o estágio atual de progresso de sua cidade: “Se você não vem a Leme há al-gum tempo, não a reconhecerá. Nós, os lemenses, temos orgulho em dizer que Leme está em transformação”. | RPSP

Saneamento básico e infraestrutura estão tendo prioridade

Agradecimentos:Dmidia Editorawww.leme.sp.gov.br

“Obras enterradas o povo não vê, mas sente na melhoria da qualidade de vida. Isso é o que interessa” - Prefeito Wagão

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LEME/SP

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CIDADES/SP

“Feira agropecuária, moradas populares, prevenção ao uso dedrogas, verbas do Estado e federais fazem Mococa maishumana e feliz”.

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Toni NaufelPrefeito municipal

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Com os seus 70 mil habitantes, o mu-nicípio, antes de querer ser maior, tem buscado nas ações da atual gestão, ser melhor para todos com obras que atin-gem diversas camadas da população.

Ao nos encontrarmos com o Dr. An-tonio Naufel, para conhecer o que pensa o chefe do executivo municipal, foi possível colher a declaração a seguir, que bem sin-tetiza a opção que Mococa fez ao escolher o seu plano de governo para o atual mandato.

“O projeto de desenvolvimento que es-tamos elaborando para Mococa continua, e não é simples, pois a visão de nossa admi-nistração não vê e não aceita ser um projeto apenas para 4 anos, estamos preocupados com uma cidade que tem, sim, problemas, mas tudo estamos fazendo para deixar para nossas famílias uma cidade melhor do que encontramos, com mais escolas, um cam-po maior na formação de nossos fi lhos.

Com 157 anos e com aproximadamen-te 70 mil habitantes, Mococa tem metas prioritárias para 2011, com implantação de atendimentos na área de Hemodiálise, construção da UPA — Unidade de Pronto Atendimento —, reformas e construção de unidades básicas de saúde e a implantação do programa Saúde da Família, sendo que tudo isso signifi ca uma melhor qualidade de nossa saúde”, afi rmou o dirigente à RPSP.

PLANO DE METAS E REALIZAÇÕES JÁ CONQUISTADAS.

Já está defi nida a edifi cação de 50 casas no distrito de São Benedito das Areias, em ação muito bem recebida pelos moradores.

MococaA MISSÃO DE CONSTRUIRUMA CIDADE MELHOR PARA TODOS

Na cultura, a presença de Mococa vem se intensifi cando, como, por exemplo, no Festival de Dança Passo de Arte São Pau-lo, quando o Grupo Expressão do Teatro Municipal teve participação destacada e aplaudida em apresentações em Vinhedo.

Considerada como boa ou ótima para 67% da população segundo recente pes-quisa, a gestão de Toni Naufel tem se pre-ocupado também com a inserção da cidade nos centros de decisão do Estado e do país.

Assim sendo, o prefeito tem busca-do estar próximo do governador Geraldo Alckmin, fazendo o possível para garan-tir verbas estaduais, programas e convê-nios em benefício do cidadão mocoquense.

No âmbito do governo federal não tem sido diferente.

Disposto a investir forte na promoção so-cial o atual prefeito tem implantado inúmeros

projetos que vêm melhorando, especialmen-te, a vida de crianças, jovens, adultos e idosos.

Uma dessas realizações tem a prevenção ao uso de drogas e álcool como objetivo cen-tral. É o projeto Pedras Vivas, que por meio de encenações teatrais e outras manifesta-ções, visa a conscientizar a juventude quanto aos males de substâncias ilegais. O proje-to ainda denuncia e alerta para as questões relacionadas à violência de maneira geral.

Por conta de todos os acertos administra-tivos o prefeito Toni Naufel foi reconheci-do como destaque em efi ciência ao receber o Prêmio Especial de Gestão Pública no Auditório da Associação Brasileira de Me-talurgia e Mineração, na capital paulista.

Animado com o reconhecimento o pre-feito diz: “ E olha que 2011 está só começan-do”. | RPSP

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Mococa, município paulista localizado na divi-sa com Minas Gerais, tem muitas praças e belas igrejas.

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CIDADES/SP

“Com forte sentimento de amor por nossa ter-ra, projetos pontuais arrojados e participa-ção popular, Salto ca-minha a passos largos na direção do seu desti-no de grandeza.”

Geraldo GarciaPrefeito municipal

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SaltoUMA TERRA PARA SE ORGULHAR!

“Salve, Salto, tão singela, minha ter-ra primorosa, de que posso me or-gulhar!” O próprio hino da cidade já exclama a adoração dos salten-ses pela cidade. Adoração esta que

se enfatizou ainda mais nos últimos 6 anos, quando a atual administração assumiu a Pre-feitura de Salto, a 100 km de São Paulo, e trouxe novamente o orgulho à população.

Inúmeros foram os investimentos no mu-nicípio de 2005 para cá, dando uma nova cara para Salto, que passa de novo a ser destaque na região, com notícias positivas e que atra-em cada vez mais visitantes para a cidade.

Os turistas tornaram-se frequentes e os parques, além de pontos turísticos, também são grandes salas de aula ao ar livre. Salto possui o único Memorial do Rio Tietê, à beira do rio, no Estado de São Paulo. Um lugar belíssimo, localizado no Complexo da Cachoeira, que foi entregue à população em 2008. No mesmo local também exis-te o Pavilhão das Artes, um amplo espaço cultural, apto a receber os maiores e mais diversifi cados eventos artísticos. Possui um arco erguido em alumínio, com vão de 13 metros de altura e largura de 32 metros. Aliás, a quantidade de alumínio utilizada

na estrutura equivale a 530 mil latinhas.Visitantes são o que não falta também

ao Centro de Educação e Cultura Ansel-mo Duarte, ou melhor, visitantes somente não, mas espectadores, já que o pavimento inferior apresenta um moderno espaço, a Sala Palma de Ouro, com capacidade para 500 lugares, que homenageia um dos mais célebres fi lhos saltenses, o cineasta Ansel-mo Duarte. Durante o mês, o local recebe orquestras, grupos de dança e teatro, além de um grande festival teatral promovi-do pela Secretaria de Estado da Cultura.

Mas o ponto forte do CEC, como é co-

Memorial do Rio Tietê: a natureza foi generosa e deu à cidade quedas d’água, de onde vem seu nome.

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nhecido, é mesmo a questão educacional, pois o piso superior abriga diversas salas voltadas à formação continuada de profes-sores e seu aprimoramento profi ssional. As salas abrigam cursos, congressos, seminá-rios, ofi cinas e reuniões, destacando-se o Auditório Paulo Freire, com 80 lugares, também voltado para as atividades destina-das a qualifi car o ensino praticado no mu-nicípio. Por conseguinte, um investimento em favor da melhor formação de milhares de crianças, jovens e adultos do município.

Cuidando da populaçãoA preocupação da atual administração

sempre foi e será a de oferecer alternativas que melhorem e muito a qualidade de vida da população. Um grande passo para isso foi a criação do Atende Fácil, que, como o próprio nome diz, facilita o acesso do cida-dão às informações e aos serviços públicos.

Em um único lugar é possível encontrar vários departamentos e órgão públicos, as-sim como empresas de serviços de nature-za pública, prestando atendimento ao mu-nícipe de forma rápida, prática e simples.

E, se o assunto é qualidade de vida, é preciso destacar a área da saúde na cida-

Pavilhão das Artes - eventos mar-cantes são realizados numa praça que foi reformada com patrocínio da Petrobras.

Guarda Municipal fazendo sua parte. GOC — Grupo de Operações com Cães. Reforço de qualidade na segurança pública para os moradores.

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CIDADES/SP

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de, em que foram criadas as clínicas pú-blicas, em regiões diversas do município, dando um novo modelo para os postos de saúde. Locais modernos, equipados e fun-cionais, que atendem às necessidades da população, oferecendo atendimento em clínica médica, pediatria e ginecologia--obstetrícia, saúde bucal, fonoaudiologia e nutrição. Já foram entregues duas clínicas e mais duas serão inauguradas em breve.

Além da questão da saúde, outro assun-to de grande destaque em Salto é a geração de empregos, que vem aumentando muito nos últimos 6 anos, graças aos investimen-tos do poder público. Para se ter uma ideia, em outubro de 2010 o município supe-rou os últimos 11 anos no índice de novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do CAGED — Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

Ou seja, o município tem se desenvol-vido nos mais diversos setores, sem fa-lar na infraestrutura, que ganhou novas obras viárias, ruas mais iluminadas e ar-borizadas por conta do projeto de arbori-zação, áreas de lazer nos bairros e as en-tradas para a cidade foram reformuladas.

Com todo esse crescimento e atrativos

é certa a vinda de novas pessoas à cidade, o que fez com que a administração cuidas-se também do trânsito e da segurança. Um grande projeto sobre o trânsito do município está em plena fase de implantação e diversas ações são feitas na área da segurança pública.

Salto é pioneira na criação do GOC — Grupo de Operação com Cães da Guarda Civil Municipal —, que auxilia no traba-lho da guarda, principalmente em casos de entorpecentes. São 8 cães e 6 guardas que foram especialmente preparados para esse tipo de trabalho e tornaram-se referência na região, tanto que outras cidades buscam co-nhecer esse novo modelo. Além da repreen-são, há a preocupação também de prevenir o uso as drogas, por isso a GCM desenvol-veu o programa Anjos da Vida, que minis-tra palestras nas escolas sobre o assunto.

Portanto, uma administração que se preocupa com a cidade e que faz com que a população cada vez mais siga o hino e se orgulhe de Salto! | RPSP

Parceria entre os municípios

Com o constante cresci-mento das cidades, nada melhor do que uni-las em prol do desen-volvimento. É exatamente isso que tem acontecido entre os mu-nicípios de Salto, Itu, Indaiatuba e Cabreúva, que criaram o Con-sórcio Intermunicipal do Ribeirão Piraí, que se destaca por duas ações: preservar as águas do Rio Piraí e construir uma represa que garantirá o abastecimento das ci-dades envolvidas por muitos anos. Além dessa questão, Sal-to ainda possui outras parcerias com a cidade vizinha Itu: o projeto da implantação de um trem turís-tico que percorrerá os dois muni-cípios, o Trem Republicano, e a criação de uma grande e bela ave-nida, unindo as duas localidades. É a união dos municí-pios em prol do desenvolvimento!

Melhor que o Poupa Tempo do Estado, o Atende Fácil, como o pró-prio nome garante, aqui o cidadão é atendido bem e prontamente.

Agradecimentos:Iara Bortoluci / Matheus Damatto Jr.Assessoria de Imprensa/ PM de SaltoTwitter: @prefeiturasalto

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“Fizemos o dever decasa, aperfeiçoandoa mão de obra e mantendo a economia aquecida”

João VittePrefeito municipal

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Santa GertrudesRECORDE NA GERAÇÃODE EMPREGOS

Mesmo sem os dados do último mês de de-zembro o município já havia gerado mais de 2.400 empregos.

Com um saldo positivo de 410 empregos até novembro e a geração de 2.440 postos de trabalho, a cidade de Santa Gertrudes bateu mais um recorde no ano de 2010. O resultado é extremamente positivo se comparado aos anos anteriores, quando o município chegou a fi car negativo em quase 400 empregos. A principal locomotiva para essa evolução foi a indústria de transformação, em que se in-cluem as indústrias cerâmicas, responsáveis pela geração de 1.569 empregos no período.

Outras atividades econômicas que tive-ram destaque em Santa Gertrudes foram os setores de serviço e comércio, responsáveis pela criação de mais de 800 vagas de trabalho. A variação de emprego durante o período foi de 7,63%. De acordo com o prefeito de San-ta Gertrudes, João Vitte, “O município fez o dever de casa. Trabalhamos para aperfeiçoar a nossa mão de obra, qualifi camos as pesso-as que buscavam um novo emprego e man-tivemos a economia do município aquecida, fatores que foram de extrema importância para chegarmos a esse resultado”, destacou.

As expectativas para 2011 também se mantêm positivas. Com o aquecimento da construção civil e a ampliação de algu-mas empresas no município, a expectati-va é que o ano termine como 2010, muito positivo. “Estamos trabalhando para que as empresas que estão na cidade tenham condições de melhorar a sua oferta de tra-balho e encontrem atrativos para ampliar suas linhas de produção e sua oferta de produtos e serviços”, lembra o prefeito.

O Ministério do Trabalho divulgou os dados da geração de empregos em 2010 por

meio de uma manobra, isso por que os da-dos do mês de dezembro ainda não foram divulgados ofi cialmente; a expectativa é que eles fi quem à disposição dos municípios no mês de maio. Para se chegar aos mais de 2,5 milhões de empregos gerados durante o ano, o Ministério acrescentou a base de dados à planilha com informações relativas à contra-tação de servidores públicos e informações atrasadas referentes aos celetistas. Sem essa manobra o resultado seria de 2,136 milhões de novas vagas, abaixo da meta prevista.

Santa Gertrudes só teve 2 casos de den-gue em 2010. Município foi referência na região com ações de combate ao mosquito

A cidade de Santa Gertrudes registrou durante o ano de 2010 apenas 2 casos de den-gue. Enquanto alguns municípios vizinhos fecharam o ano com epidemias da doença, as ações de combate ao mosquito tiveram resultado extremamente positivo, deixando a cidade em posição de destaque na região.

Bons resultados na oferta de empregos e só 2 casos de dengue no último ano. Consequ-ências de boas políticas adotadas em ambos os casos.

Ano de 2010 bateu recorde no número de vagas abertas. 2011 promete repetir o feito.

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“Tivemos um 2010 muito positivo e as perspectivas para 2011 são muito mais otimistas”

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Nos últimos anos, Santa Gertrudes tem combatido a dengue de forma muito agres-siva. Em 2009, o município não registrou nenhum caso da doença contraído na cida-de. “Sempre temos aqueles casos importa-dos, de pessoas que acabam contraindo a dengue em outras localidades e que acabam manifestando a doença em nossa cidade. Em 2010, apenas 2 casos foram de pessoas pica-das pelo mosquito dentro de Santa Gertru-des”, destacou o coordenador da Vigilância Epidemiológica da cidade, Paulo Andreato.

A interação de secretarias municipais e um trabalho bastante árduo foram os segre-dos da cidade no combate ao Aedes aegyp-ti. As Secretarias de Educação e de Obras e Saúde se uniram para que a população se conscientizasse do real problema da doença e entendesse as reais formas de combatê-la.

Por meio da Secretaria de Obras, o mu-nicípio fez uma varredura nas ruas e terrenos

da cidade, deixando Santa Gertrudes limpa e sem focos do mosquito. Com o apoio das Se-cretarias de Educação e de Saúde, a população foi informada sobre como combater a doen-ça e uma grande fi scalização nas residências do município foi feita durante todo o ano.

História do MunicípioAs primeiras notícias que se têm sobre

a região onde se desenvolveu a povoação de Santa Gertrudes são do século XVIII, quando ela se constituía num caminho ou passagem para aventureiros e forasteiros que penetravam em direção ao sertão des-conhecido, em busca de pedras preciosas.

O impulso defi nitivo para a ocupação dessa área foi dado com o início das doa-ções de sesmarias, por volta do século XIX, mais especifi camente entre os anos de 1817 e 1821. Elas eram porções de terras con-cedidas pelo vice-rei ou pelo governador a

Devoção religiosa tem marcado as manifes-tações de fé da população por meio de monu-mentos públicos e eventos tradicionais.

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CIDADES/SP

“Cidade só teve 2 casos de dengue registrados

nos últimos meses”

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pessoas politicamente infl uentes ou que pos-suíam condições fi nanceiras e materiais para empreender a colonização e o povoamento dessas grandes porções de terras devolutas.

Surgiram e se organizaram as grandes propriedades, que passaram a determinar o perfi l do seu desenvolvimento. Entre elas destacamos as fazendas Ibicaba, Morro Azul, Paraguassu, Angélica e Santa Gertru-des. Esta última teve como ponto inicial a compra de uma gleba de terras pertencente à sesmaria do Morro Azul, no dia 18 de ju-nho de 1821, pelo brigadeiro Manoel Ro-drigues Jordão e sua esposa, d. Gertrudes Galvão de Moura Lacerda, e ao redor des-sas terras surgiria a povoação de Gramado, mais tarde povoação de Santa Gertrudes.

Em 1845, as terras de propriedade do ba-rão de São João do Rio Claro tornaram-se uma fazenda, a princípio usada para produ-ção de cana-de-açúcar, vindo posteriormente

a se destacar com uma das mais importan-tes fazendas produtoras de café da região. A essa propriedade foi dado o nome Fazenda Santa Gertrudes, em homenagem à mãe do seu proprietário, e se constituiu no marco inicial do desenvolvimento da povoação de Gramado. Sendo assim, inseriu-se no pro-cesso de ocupação e colonização das terras dos Sertões do Morro Azul, sendo conside-rada parte integrante no desenvolvimento da Província de São Paulo, no século XIX.

Nesse momento, década de 1890, o café era o principal produto de nossa pau-ta de exportação, sendo que cerca de 70% do café consumido no mercado externo era produzido pelo Brasil. Com a formação da Fazenda Santa Gertrudes, o café foi intro-duzido na região, trouxe a ferrovia, com a Estação Santa Gertrudes, a povoação, a vila, o distrito e a futura cidade. | RPSP

Sede da Prefeitura evoca a lembrança de seus pioneiros, entre os quais Dona Gertru-des, esposa do brigadeiro Jordão, proprietário das terras onde começou o povoado.

Agradecimentos:

Enderson CarvalhoAssessoria de Imprensa / PM de Santa Gertrudes

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SANTA GERTRUDES/SP

“Por causa da construção civil, cidade bateu recorde na geração de emprego”

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“Educação, gera-ção de emprego e, principalmen-te, cuidados com a saúde de nossa população são metas que perseguimos 24 horas por dia, todos os dias.”

Amarildo Duzi MoraesPrefeito municipal

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Vargem Grande do SulINVESTE EM SAÚDE, EDUCAÇÃO E GERAÇÃO DE EMPREGO

O prefeito de Vargem Grande do Sul, Amarildo Duzi Mo-raes, vem trabalhando inten-samente todas as áreas de atendimento à população do

município, mas dedicou uma atenção especial à saúde, à educação e à geração de empregos na cidade, que tem cerca de 40 mil habitantes.Vargem contra com 3 Equipes de Saúde da Família – ESF — 2 de EACS — Equi-pe de Agentes Comunitários de —, Saú-de, 2 unidades básicas de saúde, um cen-tro odontológico, 1 centro de saúde e um PPA – Posto de Pronto Atendimento.

A entrega do CEO — Centro de Espe-cialidades Odontológicas — Dr. Gláucio Marini de Andrade à população possibili-tou o tratamento também aos trabalhado-res, já que o local fi ca aberto até as 22h.

A cidade possui 60 agentes de saúde, que visitam as casas e acompanham cada morador para a saúde preventiva. E mais 7 PSFs deverão ser instalados, visando à co-bertura de toda a cidade. O aumento nas es-pecialidades e plantões da rede propiciou um maior e melhor atendimento à população.

O transporte de pacientes recebeu um investimento maciço com a aquisição de novos e melhores veículos. Atualmente, a frota é composta por 19 veículos, dos quais 12 foram adquiridos pela atual adminis-tração, e, para poder proporcionar um me-lhor atendimento aos pacientes, o prefeito Amarildo determinou a saída de veículos em 2 períodos para São Paulo e Campi-nas. Aqueles que têm consultas marcadas no período da manhã saem de madrugada e os que têm consulta no período da tarde saem às 10 horas. Dentro do município, fi -

cam ainda ambulâncias que chegam a ro-dar 150 km por dia para os atendimentos.

O Hospital de Caridade também recebe apoio com repasse mensal e auxílio na busca de recursos junto aos governos estadual e federal.

O diagnóstico rápido para o tratamen-to é essencial tanto para o paciente quanto para o município e, com as baixas cotas de exames e especialidades destinadas à popu-lação por meio do SUS, o prefeito investiu grandes recursos na aquisição de exames.

Também a estrutura física da rede de saú-de vem sendo mudada. O Centro de Saúde II Dr. Gabriel Mesquita vem passando por uma reconstrução total e, junto a ele, estão sendo construídos o CAM — Centro de Atendimento da Mulher — e um local para a Vigilância Sanitária e Epidemiológica.

O setor de fi sioterapia do PPA sofreu uma grande remodelação em sua parte estrutural

Novas ambulâncias eram uma necessidade da população, que agora conta com atendimento ágil e efi ciente.

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“Equipes do PSF e 60 agentes de saúde atendem bem os que precisam de cuidados da saúde”

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e todos os equipamentos, móveis e aparelhos foram substituídos por novos.

Também está sendo reconstruído e ampliado o Posto de Saúde Dr. Edward Gabriolli, na Vila Polar, e já está na fase de projeto a reforma dos PSFs I e III.

Segundo o que foi apurado pelo Tri-bunal de Contas do Estado de São Pau-lo, os gastos com a saúde, em 2009, foram de R$ 8.690.262,46, corres-pondentes a 27,61% do orçamento.

Na educação, além de material e unifor-mes completos, as crianças que fazem parte da rede municipal passaram a utilizar o méto-do apostilado como das escolas particulares. Os professores e coordenadores têm cons-tantes capacitações, como o novo sistema de ensino, e as mudanças já vêm sendo senti-das tanto em sala de aula quanto pelos pais.

Também foi entregue a maior escola do município, a EMEB Nair Bolonha, que atende os alunos de diversos bairros, foram aumen-tadas 5 salas na escola Pe. Donizeti na Vila Polar, e iniciada a construção da Creche Pró--infância junto à Cohab V Alceu Morandim.

Amarildo também municipalizou a escola Francisco Ribeiro Carril, que está passando por uma reconstrução completa, destacando que as obras seguem os padrões de qualidade, buscando oferecer o melhor em conforto e segurança. “A educação é a ferramenta trans-formadora da sociedade. O investimento em educação é para formação de cidadãos, para o desenvolvimento”, destacou o prefeito.

A geração de empregos é outra frente intensa de trabalho do prefeito Amarildo, que trouxe para o município o PAT — Pos-to de Atendimento ao Trabalhador —, que

em 5 meses de funcionamento tem cente-nas de pessoas e empresas cadastradas e já empregou 94 pessoas. Uma Comissão de Desenvolvimento e Emprego foi montada para auxiliar no trabalho de busca de em-presas para se instalar no município, com o oferecimento de vários incentivos. Algumas empresas já vieram para o município, trazen-do com elas dezenas de vagas para os tra-balhadores das famílias vargengrandenses.

O Distrito Industrial também passou por melhorias, como um poço artesiano que foi construído, a pavimentação e a rede de esgo-to que será interligada com a estação de trata-mento, que já foram licitadas, devendo todo esse processo estar concluído até o fi nal deste semestre, o que irá possibilitar que, em breve, indústrias e empresas que vêm demonstran-do interesse possam se instalar em Vargem.

Capacitação dos professores, uniformes, material, cursos apostila-dos, construção e reformas de escolas e merenda escolar de qualida-de melhoram o desempenho dos alunos, eliminando a evasão escolar.

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O oferecimento de cursos de capacitação por meio do PAT e de parcerias com os sis-temas Senai, Sesi e Senac está qualifi cando centenas de pessoas, dando-lhes a oportuni-dade de concorrer no mercado de trabalho e melhorar a renda. “A obrigação do admi-nistrador público é trabalhar intensamente para melhorar a qualidade de vida de sua população. É um trabalho grande e árduo, mas que refl etirá positivamente no municí-pio e na vida da família vargengrandense.”

O trabalho intenso nessas áreas não fez com que o prefeito Amarildo fechasse os olhos para as outras áreas da Prefeitura.

Mesmo com as difi culdades de uma ci-dade com o menor orçamento per capita da região, Vargem Grande do Sul mantém grandes investimentos em obras e serviços graças ao trabalho de busca de recursos. A

Guarda Municipal é uma das mais premia-das da região, com excelente trabalho; o esporte oferece atendimento a milhares de crianças, jovens e adultos; a cultura incen-tiva os talentos, resgata as tradições; a ação social atende a milhares com campanhas e projetos; na habitação, 106 casas foram en-tregues e conseguidas mais de 274 com área já desapropriada; educação ambiental nas escolas, aterro sanitário — que se encontra em construção —, estação de tratamento de esgoto, entre outras ações, são voltadas para o meio ambiente. Os servidores recebem os salários em dia rigorosamente, têm auxílio--saúde e auxílio-alimentação e os repasses ao FUPREBEN – Fundo de Previdência e Benefícios dos Servidores – estão em dia.

“Administrar uma cidade com poucos re-cursos é ter criatividade, força de vontade e

dedicação. É trabalhar com a falta de dinhei-ro. É preciso da ajuda de secretarias e minis-térios para ter capacidade de investimento. É preciso ter responsabilidade total com os re-cursos para não onerar o município e garan-tir o pagamento do servidor público, que se dedica na prestação dos serviços e obras para a população. Estamos realizando muito e te-mos a consciência de que muito deve ser feito e, para isso, o trabalho de todos tem que con-tinuar intenso”, fi nalizou o prefeito. | RPSP

PAT - Com ajuda do SESI e SENAI, qualifi cação dotrabalhador está garantida.

Construções de espaços públicos com qua-lidade e transparência nos gastos, outra conquista da atual administração.

Agradecimentos:

Rosangela M. BarionAssessoria de Imprensa / PM de Vargem Grande do Sul

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VARGEM GRANDE DO SUL/SP

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CIDADES/SP

“Com baixos índices de cri-minalidade registrados, estamos obtendo o retorno de tudo o que foi investido, em termos de tranquilidade, patrimônio preservado e muitas vidas salvas.”

Milton Serafi mPrefeito municipal

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VinhedoUMA DAS CIDADES MAIS SEGURAS DA RMC

Vinhedo não está entre as cidades mais violentas do Brasil. É o que aponta o “Mapa da Violência 2011”, publicação do Ministério da Justiça e do Institu-to Sangari, que faz um diagnóstico dos municípios com alto nível de criminalidade. O estudo ainda

mostra como a violência tem levado à morte de vários brasileiros e apresenta o crescimento no número de mortes de jovens por ho-micídio, acidentes de trânsito e suicídio em vários municípios.

Para o prefeito Milton Serafi m, o bom resultado conquistado por

Vinhedo no quesito segurança é refl exo dos constantes investimen-tos realizados pela Prefeitura na área. Além da contratação de novos guardas e da criação de uma base avançada da Guarda Civil Munici-pal de Vinhedo na Capela, o prefeito relatou que a equipe que integra a corporação passa por qualifi cações constantes, sempre com o obje-tivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados aos munícipes.

No último ano, a Prefeitura também investiu na compra de equipa-mentos que colaboram com a segurança, como as novas viaturas utili-zadas pelo patrulhamento preventivo, o novo sistema de segurança e

Integração das forças que atuam na defesada população garantiu os números positivos.

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os jatos líquidos à base de gengibre, arma não letal com ação mais certeira e que atinge ape-nas o agressor. “A segurança é uma de nossas principais preocupações e, por isso, vamos combater com efetividade as atividades que estimulam a criminalidade local. Com a aju-da da Guarda continuaremos a realizar ações diárias e preventivas em todos os pontos do município para reduzir os números de ocor-rências, em cooperação com as equipes das Polícias Militar e Civil”, ressaltou o prefeito.

O secretário de Transportes e Segu-rança, Toninho Falsarella, enfatizou que os trabalhos realizados pela Guarda ini-bem efetivamente as situações que colo-cam em risco o bem-estar dos moradores de Vinhedo, principalmente nos pontos de vulnerabilidade social. “Atualmente, nos-sa equipe é formada por mais de 100 guar-das, efetivo superior a de outros órgãos de segurança da cidade. Aliás, é importante relembrar que nossa corporação acabou de completar 30 anos de trabalho, realizando--o com muita dedicação e qualidade”, disse.

Os bons resultados alcançados pela cida-de na área de segurança não fi cam restritos à pesquisa do Ministério da Justiça. No úl-timo ano, Vinhedo registrou o menor índi-ce de furto desde 2002, de acordo com os dados da Secretaria de Segurança Pública do governo do Estado de São Paulo, apre-sentando signifi cativa diminuição no nú-mero de homicídios, roubos e furtos e rou-bos de veículos nos anos de 2009 e 2010.

Em 2010, por exemplo, foi registrado apenas 1 homicídio na cidade, apresentando redução de 75% em comparação a 2009. Já

o índice de furtos diminuiu 11,4% em 2010, comparado a 2009, e atingiu — segundo dados do ano passado — queda histórica com o re-gistro de 684 ocorrências desse tipo, a menor colocação dos últimos 9 anos. O número de furto de veículos também caiu mais de 14%.

De acordo com o prefeito Milton Serafi m, a queda nas ocorrências de roubo de veículos também foram bastante expressivas, com di-minuição de 54%. Para ele, estas estatísticas comprovam a efi cácia das ações desenvolvi-das pela atual administração na prevenção da criminalidade em Vinhedo. “Não apenas a população tem a sensação de segurança,

A Guarda Civil, bem treinada e legalista, tem apoio e respeito dos moradores.

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CIDADES/SP

“Polícia militar, guarda municipal e polícia civil

trabalham em harmo-nia. Resultado: paz para os moradores”

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mas os números comprovam que a cada dia o município está mais seguro”, comentou. Novo sistema de segurança

A Prefeitura adotará um novo sistema de segurança em toda a cidade com o objetivo de ajudar na prevenção de ocorrências, so-bretudo nas relacionadas ao furto e roubo de veículos. Ao contrário dos sistemas conven-cionais, que são acoplados às câmeras de mo-nitoramento e registram apenas a passagem dos veículos, esse novo software faz pesqui-sas mais aprofundadas e analisa, por exemplo, o cenário criminal no município, permitindo averiguar características comuns registradas

nos dias e nas regiões dos crimes. O equipa-mento também realiza buscas dos veículos pesquisados por cor, adesivo, frase no vidro ou números fi nais de placa em todos os pon-tos nos quais o sistema esteja em operação.

Os veículos pesquisados entram na lista dos suspeitos e sempre que trafegarem nos pontos nos quais haja uma câmera ligada ao software será emitido um som na Cen-tral de Inteligência da Guarda, que poderá acionar também a Polícia Civil e a Militar para averiguação. O novo sistema está ins-talado em toda a cidade desde abril, mês em que Vinhedo completou 62 anos. | RPSP

Vinhedo: uma ilha de paz às margens da Rodovia Anhanguera e dos números assusta-dores da violência em cidades vizinhas.

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“Câmeras de vídeo, central de inteligência e comunicação, armas efi cientes contra a criminalidade”

VINHEDO/SP

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136 | Revista Prefeitos de São Paulo

CIDADES/SP

“Nossos programasde inclusão e de modernização dos serviços prestados ao cidadão são pioneiros e começam a servir de modelo para ou-tras localidades.”

Carlos Augusto PivettaPrefeito municipal

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VotorantimCAPITAL NACIONAL DO CIMENTO E DA MODERNIDADE SOCIAL

Com uma população com pouco mais de 108 mil habitantes, a cidade de Votorantim está às margens da rodovia Raposo Tavares, a 90 quilômetros de

São Paulo. Uma cidade em plena fase de ex-pansão que conta hoje com programas muni-cipais que servem de incentivo à população.O prefeito Carlos Augusto Pivetta está fe-chando seus 2 primeiros anos de gover-no com ações pioneiras que contribuem para o desenvolvimento social do municí-pio. Foi por meio da iniciativa de Pivetta

que foram criados alguns programas que hoje, inclusive, são motivo de procura por gestores de outros municípios interessa-dos em conhecer os resultados alcançados.

O município conta com o Programa IPTU Amigo, que oferece uma importante oportu-nidade para o contribuinte quitar seus débi-tos e com isso ter mais descontos e estimular seu desenvolvimento. Criado por meio de uma lei municipal, o programa oferece bene-fício para quem mantém em dia o pagamen-to do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Esse benefício é

Sede do Grupo Votorantim, um dos maiores conglomerados industriais do país. Na atual gestão, a cidade, que herdou o nome da empresa, adotou também um estilo gerencial na Prefeitura que revolucionou os serviços prestados.

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Foto: SECOM / PM Votorantim

“IPTU amigo tem sido copiado por dezenas de cidades”

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dividido em 2 partes, a primeira garante ao proprietário de um imóvel utilizado como re-sidência ou de um terreno o desconto de 10% para efetuar o pagamento à vista e 8% para aqueles que fi zerem o parcelamento do im-posto do ano seguinte. Já a segunda garante até 10% de desconto a mais para aqueles que fi zerem alguma ação em prol do município.

Mantendo o pagamento do imposto em dia, a pessoa poderá aumentar a porcentagem de acordo com cada ação em prol do muni-cípio, como, por exemplo, estar em situação regular com a Justiça Eleitoral, participar da coleta seletiva de lixo, não ser autuado em fi scalizações de trânsito ou de posturas, ter veículos registrados na cidade e árvores em frente à residência, ter fi lhos regularmente matriculados em escolas, entre outras ações.

Outro programa direcionado à valoriza-ção dos aproximadamente 12 mil alunos da rede municipal de ensino é o Bolsa Material e Uniforme Escolar de Verão, instituído em 2005 pelo então secretário de Educação na época, Carlos Augusto Pivetta. Com isso, no primeiro dia do ano letivo, as mães recebem um cheque referente à compra do material básico e do uniforme de verão. Dessa forma, logo nos primeiros dias de aula, todos fi cam devidamente uniformizados e com o material, oferecendo um maior rendimento pedagógi-co ao aluno. A intenção é favorecer ao mes-mo tempo o aluno, a família, os comercian-tes e, consequentemente, toda a sociedade. Com isso, o objetivo principal da Prefeitura Municipal é atender à necessidade dos pais, de modo que todos tenham a tranquilidade de ver seus fi lhos sendo tratados com respei-to, dignidade, igualdade de condições para aprender e se desenvolver, exercendo um papel ativo na escola pública e na sociedade.

Dando continuidade a essa mesma polí-tica o prefeito Carlos Pivetta implantou, em 2009, o Bolsa Uniforme de Inverno, também para atender aos alunos da rede municipal de ensino.

Com o crescimento gradativo do muni-cípio e com todos os investimentos realiza-dos, a cidade hoje conta com uma educação consolidada, sobretudo com a construção de mais creches. “Até o início do próximo ano, serão 50% a mais de vagas na cidade em

relação à realidade encontrada há 2 anos”, explica o prefeito Carlos Augusto Pivetta, tendo em vista que há 2 unidades em cons-trução, além de outras 4 entregues no ano passado, sendo 1 unidade escolar. Para o ano de 2011 todas as unidades da rede munici-pal de ensino serão dotadas de lousa digital.

O próximo passo será a construção de um Centro de Referência em Educação. Um espa-ço para a formação e interação de professores e alunos, que contarão com salas temáticas e de apoio pedagógico, planetário, biblioteca, auditório e o museu da língua portuguesa.

PIONEIRO

O meio ambiente também tem sido uma das preocupações. Recentemente, de forma pioneira no país, a cidade lançou o Programa Municipal de Reciclagem de Bitucas de Cigarros. Dessa forma, estão sendo espalhadas pela cidade caixas co-letoras de bitucas, que são recolhidas por uma empresa especializada. Numa segun-da etapa, o material é encaminhado para outra empresa, que produz um subproduto com o acetato de celulose, do qual as bitu-cas são feitas. Esse composto será utiliza-do para a recuperação de áreas degradadas.

Nos últimos 2 anos o município tem se destacado justamente pelo fato de criar canais facilitadores para a movimentação econômica, atraindo os investidores. Um dos destaques é o setor imobiliário, com empreendimentos direcionados a todos os públicos. Para tanto, o município tem rece-bido esses empreendimentos e procurado ti-rar os obstáculos urbanísticos ou legais que possam causar alguma insegurança, conven-cendo os empreendedores de que Votorantim é uma realidade com potencial econômico.

Para o prefeito, na medida em que os investidores começam a trazer suas empre-sas, empreendimentos imobiliários e co-merciais para a cidade, aumentam os em-pregos, o que faz com que a cidade cresça ordenadamente. No ano de 2010, Votorantim teve saldo positivo em relação à contra-tação de mão de obra com carteira assina-da, conforme índice do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Para atrair esses investidores o gover-

no municipal tem agido em 2 situações. A primeira é a regional, que vem se desen-volvendo de uma forma forte e a cidade soube se colocar como uma das primeiras opções de crescimento nesta região. E o segundo aspecto foi justamente o redirecio-namento do desenvolvimento econômico.

A vinda dos novos empreendimen-tos na cidade é fruto de uma políti-ca voltada principalmente para recebê--los. Pivetta lembra que, ao analisar o histórico da cidade, se verifi cará que prati-camente até os anos 1990 o município não recebeu nenhum empreendimento particular.

A cachoeira da cidade e a Represa de Itupara-ranga fazem de Votorantim patrimônio hídrico e turístico. As águas da cidade são o principal manancial para abastecimento de milhões de moradores na região de Sorocaba.

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CIDADES/SP

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Já a partir do ano 2000, com o redire-cionamento da cidade, houve uma abertu-ra maior com uma nova legislação, com o plano diretor e o zoneamento, que permi-tiu a chegada de novos empreendimentos. O desenvolvimento industrial é o segundo capítulo desse crescimento que começou a se desenvolver mais fortemente a par-tir de 2008 e agora vem se aprofundan-do, tendo em vista os novos projetos para a cidade, como o novo parque industrial.

Um município em sintonia com o go-verno federal. Dessa forma ocorreu nos 2 primeiros anos de administração do prefei-

to Carlos Pivetta e assim continuará com a nova presidente do Brasil. Para o prefeito prova disso foi a destinação de verbas por meio do edital do PAC II. Votorantim foi contemplado entre municípios selecionados pelo Ministério das Cidades para a realiza-ção de 3 projetos, no valor total de R$ 56,9 milhões: a construção de 900 moradias, que serão destinadas a pessoas que residem em áreas de risco, a construção do piscinão de contenção de águas pluviais e a realização de estudos e concepção do aumento da cap-tação de água para o município. | RPSP

Agradecimentos:

Lourival Cesário da SilvaSec. Comunicação Social / PM Votorantimwww.votorantim.sp.gov.br

Revista Prefeitos de São Paulo | 139

“Em Votorantim a preocupa-ção ambiental é tão intensa que até bitucas de cigarro são recicladas.”

VOTORANTIM/SP

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“Aprovação do plano nacional de resíduos

sólidos (PNRS) foi em grande parte uma

vitória das cooperativas e catadores

do país”

SUSTENTABILIDADE

ARTIGO

Resíduo não é lixo, mas, sim, matéria-prima

A Associação das Cooperati-vas de Reciclagem de Cam-pinas e Região — ACO-OP —, tendo como norte o entendimento de que re-

síduo não é lixo, mas sim matéria prima, apresentou no CIESP—Campinas um projeto de reaproveitamento de resídu-os sólidos por meio de sua transformação.

Principais benefícios: criação de postos de trabalho nos diversos níveis, proporcio-nando maior distribuição de renda; recupera-ção de matéria-prima, redução de necessida-de de energia e de sua produção; circulação do capital e movimentação econômica; apro-veitamento de mão de obra capacitada que esteja fora do mercado de trabalho; capaci-tação de novos profi ssionais; colocação do município em acordo com a Política Na-cional de Resíduos Sólidos (PNRS) quan-to à criação do Plano Municipal de Gestão dos Resíduos, a ser constituído até 2012.

Desafi os: buscar recursos fi nanceiros para a montagem das diversas plantas com

seus equipamentos junto a órgãos fi nancia-dores e incentivados pelo PNRS; constituir parcerias, neste caso, com o CIESP—Cam-pinas que é de fundamental importância junto às empresas da região; conscientizar a população e as empresas da necessidade de melhor segregação dos resíduos; forma-lizar a parceria público-privada neste tripé: polo = Prefeitura + empresas + cooperativas.

Atualmente os empresários discutem os aspectos da PNRS que os afetam com maior intensidade, por exemplo, a ques-tão da logística reversa, fato que, segun-do o CIESP—Campinas, transfere ainda mais importância ao objetivo desse projeto.

Em razão do interesse e da necessidade que essa nova realidade está trazendo, além desse projeto, a ACOOP celebrou com seus inúmeros parceiros e agentes um compro-misso público denominado Carta de Campi-nas, que encerra todas as nossas expectativas e intenções em relação AP tema resíduos sólidos. Veja: a questão dos resíduos é um problema antigo para a população emnível

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Revista Prefeitos de São Paulo | 141

Sidney Roberto Morelli

Secretário da ACOOP - Cooperativa Remodela

Programa pioneiro de reciclagem quer adoção de marco regulatório nos municípios levando em conta as peculiaridades de cada lugar quanto ao tipo e quantidade de resíduos gerados.

“Queremos um plano mu-nicipal para gestão de resíduos funcionan-do na região até o fi m de 2012”

mundial, porém, existem alternativas e soluções que podem,quando tratadas devidamente, não só benefi ciar o meio ambiente como ainda gerar trabalho, renda e dignidade a milhares de pessoas que estavam alijadas do mercado convencional de trabalho. Recentemente, foi aprovada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que traz conquistas importantes para a cooperativa de reciclagem, em especial a exigência de ter suas repre-sentações nos Planos Municipais de Resíduos Sólidos, como também reconhecer seu papel social e econômi-co. A atual legislação normatiza, conceitua e orienta as políticas públicas da união, Estados e munícipios, como também o papel dos setores econômicos na cadeia pro-dutiva da reciclagem, tendo como importante mecanis-mo a corresponsabilidade pelo resíduo, do produtor até o consumidor fi nal e a instituição da logística reversa, exigindo o desenvolvimento de novas tecnologias.

Vale destacar que a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos é fruto da luta dos catadores de materiais recicláveis, que foram os primeiros e verda-deiros agentes ambientais; atualmente, são cerca de 800 mil trabalhadores, os quais são responsáveis por 90% dos produtos que chegam à indústria da reciclagem.

Grande parte desses trabalhadores ainda atua de for-ma desorganizada e sem apoio do poder público para a realização de um serviço que é de interesse de todos. Hoje, apenas 327 dos 5.560 municípios brasileiros adotam sistemas de coleta seletiva. Desse universo, so-mente 142 (equivalentes a 2,5% do total de municípios) mantém relação de parceria com associações e coope-rativas de catadores.

A atual lei reconhece e valoriza o trabalho ambiental e social desenvolvido pelas organizações dos catadores (cooperativas e associações), como também reconhece o seu papel econômico na cadeia produtiva da recicla-gem, abrindo possibilidades concretas de ampliação da estratégia de fi delização na coleta, de pagamento das coletas realizadas e da gestão de centrais de transforma-ção/comercialização e usinas de reciclagem.

A ACOOP, entidade representativa das 16 coope-rativas de recicláveis de Campinas e região, em par-ceria com as entidades de apoio e fomento (EDH/CRCA), a Central de Comercialização Solidária (Re-ciclamp), a UNISOL Brasil e o Movimento Nacio-nal de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), aproveitando o atual momento político de calendário eleitoral e de aprovação da Política Nacional de Re-síduos Sólidos, propôs e defende a adoção de me-didas praticas para fazer valer essa nova realidade. A seguir os sete pontos da iniciativa:

1. Construir um marco legal municipal e regional, para a economia solidária que ga-ranta protagonismo das cooperativas de re-ciclagem na gestão e distribuição dos resídu-os da coleta seletiva pública;

2. Participar do processo de gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU), em particular dos recicláveis, na coleta, triagem, comer-cialização e transformação (planos munici-pais/consórcios intermunicipais);

3. Pagamento pela coleta seletiva solidá-ria realizada pelas cooperativas de recicla-gem, como já é feito com as empresas;

4. Constituir central de transformação e fortalecer a comercialização em rede dirigi-da pelas cooperativas de recicláveis;

5. O poder público municipal deve apoiar e fortalecer iniciativas de organização dos catadores como forma de aprofundar a pre-sença econômica desses atores na cadeia produtiva da reciclagem.

6. Compromisso do poder público munici-pal e regional com concessão de áreas para o desenvolvimento das cooperativas de re-cicláveis;

7. Não à incineração dos resíduos sólidos urbanos.

Page 142: Revista Prefeitos de São Paulo

Governo cria câmara para

aprimorar gestão pública

e dar salto de crescimento sustentável

Foi criada em Brasília, a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, vinculada ao Conselho de Governo da Presidên-cia da República. A câmara é for-mada por empresários e ministros e vai assessorar o governo na ges-

tão pública. O objetivo é reduzir custos, racionalizar processos, aumentar a produtividade, otimizar siste-mas de compras e os serviços prestados à sociedade.

Ao assinar o decreto que criou o novo órgão, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rous-sef lembrou que ele se insere na premissa de que a parceria público-privada é indispensável para o crescimento e desenvolvimento sustentável do Bra-sil. Em seu discurso, ela destacou a importância da gestão compartilhada para a superação de desafi os como a erradicação da extrema pobreza e cresci-mento contínuo do país com controle infl acionário e ampliação da renda, emprego e inclusão social.

A Câmara de Políticas de Gestão, Desem-penho e Competitividade — continuou a presi-dente — é instaurada no momento em que a na-ção se prepara para dar um salto em direção ao crescimento e desenvolvimento sustentáveis.

“Nós temos de garantir que os 190 milhões de brasileiros sejam, de fato, grandes consumidores. Isso signifi ca renda, signifi ca emprego de qualida-

142 | Revista Prefeitos de São Paulo

QUALIDADE EM GESTÃO PÚBLICA

Nova Câmara não terá estrutura física, mas contará com toda a retaguarda da Casa Civil e outros orgãos do Governo Federal, disse

a Presidente.

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de, signifi ca agregação de valor e signifi ca, sobretudo, um país sem miséria, neste pe-ríodo que nós estamos. Mas nós temos de conviver com o desafi o de combater a mi-séria e com o desafi o de nos transformar-mos num país em que a inovação e a edu-cação tenham espaço privilegiado”, afi rmou.

Ela também lembrou que o governo está trabalhando para garantir crescimen-to econômico com controle da infl ação. Segundo a presidente, garantir a continui-dade dos investimentos é essencial para controlar a alta dos preços no longo prazo.

Em entrevista coletiva logo após a ins-talação da Câmara de Gestão, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, informou que a primei-ra tarefa do grupo será estabelecer as me-tas e objetivos para trabalhar internamente.

Estrutura e funcionamento A Câmara terá quatro representantes da

sociedade civil, com reconhecida experiên-cia e liderança nas áreas de gestão e com-petitividade: o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, (presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau) presidirá a entidade. Os outros empresários são Abí-lio Diniz (dono da Companhia Brasileira de

Distribuição — redes Pão de Açúcar, Extra, CompreBem, Sendas e Ponto Frio); Antô-nio Maciel Neto (presidente da Suzano Pa-pel e Celulose); e Henri Philippe Reichstul (ex-presidente da Petrobras – 1999/2001).

Pelo governo federal, participam os titulares da Fazenda (Guido Mantega), do Planejamento (Miriam Belchior), e do Mdic (Fernando Pimentel). A parti-cipação é considerada como serviço pú-blico relevante e não será remunerada.

Caberá à Câmara assessorar a Presidente da República na formulação de mecanismos de controle da qualidade do gasto público e estabelecer diretrizes para a melhoria da ges-tão pública. A nova instância também terá a tarefa de integrar as estratégias federais de de-senvolvimento social com redução das desi-gualdades, de promoção do equilíbrio fi scal e do desenvolvimento econômico sustentável.

A Câmara não terá estrutura nem quadro próprio, mas contará com o apoio técnico e logístico de uma secretaria-executiva na Casa Civil da Presidência da República. As regras para sua organização e funcionamento serão estabelecidas em regimento interno, a ser proposto pelo seu presidente e aprovado pela maioria absoluta de seus membros. | RPSP

“A nova instância também terá a tarefa de integrar as estratégias federais de desenvolvimento social com redução das desi-gualdades, de promo-ção do equilíbrio fi scal e do desenvolvimento econômico sustentável.”

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Dilma Rousseff cumprimenta o empresário Jorge Gerdau, durante sua posse como Presidente da entidade.

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144 | Revista Prefeitos de São Paulo

SEGURANÇA PÚBLICA

José Eduardo CardozoMinistro da Justiça

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, lançou no Rio de Janeiro, a Campanha Nacional do Desarmamento 2011 — Tire uma Arma do

Futuro do Brasil. O objetivo da campanha, que reúne órgãos governamentais e várias entidades da sociedade civil, é recolher o maior número possível de armas e aumen-tar a segurança de todos os brasileiros.

Dados ofi ciais indicam que do total de homicídios registrados por ano no Brasil, 80% são cometidos com armas compra-das legalmente. De acordo com estudos como o Mapa da Violência, a realização de campanhas para o recolhimento ou le-galização de armas tem impacto direto na redução do índices de criminalidade, no-tadamente os índices de homicídios. O Ministério da Justiça realizou campanhas

para entrega voluntária e para a legaliza-ção de armas em 2004/2005 e 2008/2009.

A Campanha Nacional do Desarmamen-to, se estenderá até 31 de dezembro de 2011. Tem como premissa a boa fé do cidadão ou cidadã que vai entregar a arma e está ba-seada no Estatuto de Desarmamento (Lei 10.826/2003). É o Estatuto que regulamenta o registro, a posse, o porte e a comercializa-ção de armas de fogo e de munição no Brasil.

Desta vez, a campanha traz novidades em relação às outras duas já realizadas pelo governo federal: o anonimato para quem entregar a arma; a inutilização da arma no ato da entrega; a indenização mais rápi-da e a ampliação da rede de recolhimento. O propósito é facilitar todos os trâmites para quem quiser participar da campanha, entregar a arma e contribuir para cons-trução de um país com mais segurança.

Ministério da Justiça lança Campanha Nacional de Desarmamento 2011Apesar da destruição de milhares de armas, elas continuam aparecendo nas mãos de pessoas comuns e criminosos, para a infelicidade e dor de muitos cidadãos atingidos pelo seu uso.

“Segundo levantamentos do mapa da violência, campanhas de desarmamento, tem impacto direto na diminuição da criminalidade”

Revista Prefeitos de São Paulo | 145

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MídiaPara sensibilizar e mobilizar a sociedade,

começa também uma campanha no rádio e na TV que conta com a participação do ator Wagner Moura. Protagonista de Tropa de Elite, Moura faz a locução do fi lme (TV) e do spot (rádio), que têm como slogan: “Tire uma Arma do Futuro do Brasil”. O ator abriu mão do cachê para dar voz, literalmente, à cau-sa. Nesta primeira etapa, o fi lme é o mesmo da campanha de 2008, mas com nova trilha sonora, texto e a locução de Wagner Moura.

Confi ra os principais aspectos da Cam-panha Nacional do Desarmamento 2011:

Anonimato A boa fé do cidadão é premissa funda-

mental da campanha e quem entregar a arma não precisará se identifi car. Não serão exigidos dados pessoais no ato da entrega nem para o recebimento da indenização. Quando entregar a arma em uma das uni-dades da Polícia Federal ou postos creden-ciados, a pessoa vai receber um documento com um número por meio do qual sacará a indenização. O objetivo da campanha é in-centivar o desarmamento, portanto quem entregar uma arma não correrá o risco de sofrer qualquer sanção ou penalidade.

Inutilização da arma de fogoPara o cidadão ter certeza de que a arma

não será usada novamente, ela será inutili-zada no ato de entrega a um dos postos de recolhimento credenciados. Posteriormente, elas serão encaminhadas ao setor especiali-zado da Polícia Federal para o descarte to-tal, que poderá ser feito por meio da queima em fornos industriais de alta temperatura.

Indenização mais rápida O pagamento de indenização a quem en-

tregar uma arma de fogo será mais ágil do que nas campanhas anteriores, pois será possível sacar o valor já no dia seguinte à entrega. O prazo para o saque se estende até 30 dias de-pois. É importante que o cidadão esteja com o documento ao ser dirigir a agências ou cai-xas eletrônicos do Banco do Brasil. O valor da indenização varia de R$ 100, R$ 200 e R$ 300, conforme o tipo de arma. Munições também podem ser entregues, mas não serão indenizadas. Ao entregar a arma, o cidadão receberá um documento com um número identifi cador. Por meio deste número, cadas-trará uma senha de quatro dígitos — única e intransferível — que permitirá a retirada da indenização no banco. A senha é pessoal e intransferível e não é possível novo cadastro.

Mais postos de recolhimentoNo primeiro momento funcionarão

como postos de recolhimento de armas as

superintendências e demais unidades da Polícia Federal. A partir do lançamento ofi cial da campanha, outras instituições e entidades da sociedade civil serão cadas-tradas pelo Ministério da Justiça para fun-cionar como postos de coleta. Entre elas, Polícia Rodoviária Federal, Forças Arma-das, polícias civil e militar, bombeiros e organizações não governamentais (ONGs).

Para garantir segurança ao processo, ONGs, igrejas e outros locais que funciona-rem como postos de coleta deverão contar sempre com a presença de um agente público de segurança (policial federal, civil ou mili-tar). Além disso, deverão oferecer condições operacionais para gerar o protocolo de paga-mento e local adequado para recolher armas.

Antes de entregar qualquer arma, o ci-dadão precisa retirar uma guia de trânsito no site da Polícia Federal (www.dpf.gov.br). Com a guia, o transporte da arma de fogo ao posto de recolhimento será feito de forma legal. É importante que a arma esteja descarregada e embalada. Se algu-ma munição também for entregue, deve ser transportada separadamente da arma.

Nas duas campanhas de desarmamento anteriores, foram recolhidas mais de 550 mil armas. Independentemente de campanha, a entrega das armas pode ser feita em qualquer período nas unidades da Polícia Federal de todo o país, mas sem indenização e as condi-

Garantia de anonimato e menos burocracia, são as novidades da atual campanha, segundo Ministro José Eduardo Cardozo.

146 | Revista Prefeitos de São Paulo

SEGURANÇA PÚBLICA

Page 147: Revista Prefeitos de São Paulo

ções oferecidas até 31 de dezembro deste ano. Acesse as informações sobre a nova

Campanha do Desarmamento pelo endere-ço www.entreguesuaarma.gov.br

Ministério da Justiça lança Campanha do Desarmamento em São Paulo

O ministro da Justiça, José Eduardo Car-dozo, e a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, lançaram em São Paulo, a Campanha Nacional do Desarma-mento 2011 – Tire uma Arma do Futuro do Brasil. A cerimônia foi na Superintendên-cia da Polícia Federal da capital paulista.

Durante o lançamento, o Ministério da Justiça assinou acordo de cooperação com a Prefeitura de São Paulo para a Campanha. O objetivo é sensibilizar a população e re-colher o maior número possível de armas de fogo. Estudos como o Mapa da Violên-cia 2011, por exemplo, mostraram redução nos índices de criminalidade, principal-mente no número de homicídios, no perío-do de realização das campanhas anteriores.

A Campanha deste ano traz novidades em comparação às anteriores: o anonimato para quem entregar a arma; a inutilização do ma-terial no ato da entrega; a agilidade no paga-mento da indenização (que pode ser sacada após 24 horas e em até 30 dias); e a ampliação da rede de recolhimento de armas. | RPSP

Não é de hoje que as relações pessoais e políticas do atual ministro da Justiça são ex-cepcionalmente boas com a cidade de Itu.Aos tempos de advogado e depois como Deputado Federal, José Eduardo Cardozo sempre dispensou atenção privilegiada ao atendimento dos pleitos do município, sempre com a intermediação do também advogado Rick Schimidt, estagiário em seu escritório na capital paulista e atu-

almente vereador na cidade e também autor da proposta aprovada no legisla-tivo municipal, dando à ilustre fi gura a condição de Cidadão Emérito de Itu.Na cerimônia de entrega comparece-ram inúmeras personalidades locais, de São Paulo e Brasília, além de vereado-res da atual legislatura, familiares do ministro e outros convidados especiais.

Ministro é homenageado com Título de Cidadão Ituano

Em ato simbólico, a inutilização da primeira arma de fogo na campanha.

Ver. Givanildo Soares - Pre-sidente da Câmara de Itu, Ver. Rick Schmidt - autor da proposta, com José Eduardo Cardozo - o novo cidadão ituano.

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Page 148: Revista Prefeitos de São Paulo

Fernando de Noronha

Sonho de aventura de todos os brasileiros

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TURISMO

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Imagine um lugar isolado no oceano, pontilhado de dezesseis praias des-lumbrantes, de elevações em pedras escuras, de um mar de muito azul, de monumentos singelos do sécu-lo XVIII, de ruínas de um passado

triste, marcado por encarcerados confi nados, pela falta de liberdade, pela difi culdade no dia a dia, pela superação de obstáculos...

Imagine um “paraíso” onde a presen-ça de Deus é clarissimamente percebida e onde os homens praticam diferentes for-mas de culto, nas muitas igrejas cristãs que foram surgindo, ao longo de mais de

2 séculos de presença humana defi nitiva...Pois, em vez de IMAGINAR, saiba que

este lugar existe, está a 375 Km da cos-ta nordestina, possui uma população resi-dente de cerca de 3.000 habitantes e uma outra temporária — prestadora de serviços essenciais — de 700 pessoas, afora os 520 turistas-dia que costuma acolher — de forma pitoresca —, em hospedarias domiciliares.

Este lugar especial é FERNANDO DE NORONHA, o arquipélago vulcâ-nico que é hoje um Distrito Estadual de Pernambuco e que constitui — talvez —, o principal destino turístico do Brasil.

Praia da Conceição

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“Imagine um lugar onde a presença de Deus é sentida de forma clara...”

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Um arquipélago com 26 km² de exten-são, situado a 545 km do Estado ao qual pertence. Com traços marcantes, como o forte apelo turístico, e estilo de vida pe-culiar para as quase 3 mil pessoas que ali residem, Fernando de Noronha é o único distrito estadual do Brasil, desde que foi reintegrado a Pernambuco em 1988, por for-ça da Constituinte — ofi cialmente, Distrito Estadual de Fernando de Noronha (DEFN).

A gestão do arquipélago é subordinada à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnolo-gia. Como não se trata de um município, não existe um prefeito, mas, sim, um administra-dor, indicado pelo governador e referendado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco. Existe também um Conselho Distrital, que atua para Fernando de Noronha como uma Câmara de Vereadores o faz para os muni-

cípios brasileiros. O conselho é formado por moradores da ilha, eleitos a cada 4 anos, no mesmo processo eleitoral de presiden-tes, governadores, senadores e deputados.

O acesso a Noronha só é possível por via aérea ou marítima. Por isso, a ilha exi-ge condições especiais de abastecimento e tem uma grande demanda por produtos e serviços oriundos do continente. O fl u-xo gerado por essa demanda é acrescido ao de turistas, atraídos pelas belezas natu-rais e patrimônio histórico ali existentes.

O crescente número de visitantes gera uma receita ao distrito, por meio da Taxa de Preservação Ambiental (TPA). Ela é uma cobrança obrigatória, proporcional ao tempo de permanência do turista. A taxa foi criada por lei própria e o valor ar-recadado vai direto para a conta única do

150 | Revista Prefeitos de São Paulo

TURISMO

Baía dos Porcos

“Exibindo um conjunto de belezas naturais sem

igual, o arquipélago hoje incorporado e administrado pelo

estado de Pernambuco, começa a se abrir para o

turismo ecológico”

Sem palavras...

Page 151: Revista Prefeitos de São Paulo

Estado. A TPA é revertida em investimen-tos na infraestrutura insular e na manuten-ção do patrimônio histórico e ambiental.

Todas as necessidades ao bem estar da população e o correto atendimento aos vi-sitantes são exercidas pelo administrador--geral, a quem compete manter na ilha os especialistas necessários (médicos, enfer-meiros, professores, arquitetos, engenhei-ros, turismólogos, técnicos de nível médio, entre outros), oferecendo uma diversidade de serviços e garantindo o apoio perma-nente aos moradores fi xos e temporários.

A administração também é responsá-vel pela legalização de iniciativas priva-das, de empresas que se instalam no ar-quipélago para o atendimento ao turista (hotéis, pousadas, restaurantes, empresas de mergulho, lojas de souvenirs e outros).

Existe também um controle migratório, em respeito à Área de Preservação Am-biental e ao Parque Nacional Marinho, que respondem por todo o território da ilha.

Para os serviços de Saúde, há um hospi-tal, um posto de saúde, uma farmácia do LA-FEPE e uma unidade de pronto atendimento.

Na educação existe o atendimento de crianças até 6 anos no Centro Integrado de Educação Infantil Bem-me-quer e Educa-ção Fundamental, Médio e Superior AD, garantindo-se a permanência de todas as crianças e jovens na escola e a oportunida-de de estudos superiores. Os cursos de nível médio só chegaram à ilha com a reintegra-ção a Pernambuco e por iniciativa públi-ca. Os cursos superiores no regime AD (a distância) usam as instalações da Escola Arquipélago e são oferecidos tanto pela

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Capela São Pedro

“Visitar a Ilha deixa, na cabeça do turista, lições de preservação para a vida toda”

Mais perto de Deus.

Page 152: Revista Prefeitos de São Paulo

iniciativa privada quanto pela pública. Há ainda uma Casa do Estudante Noronhense, na capital pernambucana, que abriga alunos aprovados em instituições do continente.

O ecoturismo vem sendo praticado de forma consciente, exercido pela iniciativa privada com o apoio ofi cial, criando condi-ções para a acolhida de, aproximadamente, 5 mil visitantes por mês. Esse apoio se con-solida nas placas de sinalização informati-vas e ilustrativas espalhadas por toda a ilha; nos serviços essenciais oferecidos no porto e no aeroporto; nas capacitações e licencia-mentos oferecidos aos operadores de turis-mo (bugueiros, pousadeiros, condutores de visitantes e demais profi ssionais do ramo); na folheteria e nas sacolas biodegradáveis distribuídas nos postos de informação do Porto de S. Antônio e do Aeroporto Gov. Carlos Wilson; no controle do lazer pelo

mar oferecido em passeios e mergulhos; nas ações emergenciais para manter o Porto de S. Antônio em funcionamento pleno, trans-pondo as difi culdades que surjam; nos en-tendimentos com órgãos ambientais federais para o uso de uma mesma linguagem no tra-tamento com os aspectos da preservação am-biental e do patrimônio cultural noronhense.

Ainda para o desenvolvimento do turis-mo pelo mar estão as providências para a realização anual de cruzeiros marítimos, de outubro/novembro a abril/maio, com o com-promisso de conduzir um número fi xo de passageiros (650 em cada viagem) e normas rígidas de procedimentos de desembarque na ilha e uso das atrações em terra e pelo mar.

Ainda como apoio ao turismo e para per-mitir os deslocamentos para o Distrito, são feitos voos diários, por duas diferentes com-panhias aéreas, vindos do Recife/PE e de

152 | Revista Prefeitos de São Paulo

TURISMO

Morro Dois Irmãos

“Excursões com número limitado de visitantes e

regras rigorosas de comportamento

ambiental no local, garantem que essa

paisagem paradisíaca nunca irá acabar”

Page 153: Revista Prefeitos de São Paulo

Natal/RN, em entendimentos entre a DEFN com as empresas e o apoio do Departamento de Proteção ao Voo, órgão da Aeronáutica, II Comando Aéreo Regional, sediado na ilha.

Para a solução do abastecimento entre o arquipélago e o continente são constan-tes as ações junto aos gestores do porto na ilha, a Marinha do Brasil e às autoridades aduaneiras, para o controle e a fi scalização dos deslocamentos das embarcações, encar-regadas do transporte de carga para Noro-nha, tanto de particulares como do DEFN, bem como do retorno do lixo seletivo da ilha, tratado e acondicionado para esse fi m na usina de compostagem e tratamento, tendo como destino empresas conveniadas.

Ações vêm sendo feitas no setor de trans-portes dentro da ilha e entre a ilha e outros lugares, cuidando-se do controle da che-gada de veículos e manutenção da frota do

DEFN, como também exercendo a necessá-ria fi scalização dos motoristas ilhéus, com a ajuda do posto do Detran/PE instalado,

Como ações em infraestrutura destacam-se a existência de uma usina de dessanilização, minimizando o problema do abastecimento de água, que foi sempre um complicador a mais no atendimento à população em todos os tempos; ainda as constantes intervenções nos açudes que re-colhem água de chuva, antes, o tradicional meio de ter água; ações também nas lagoas de estabilização, mantidas e necessárias para o esgotamento sanitário de dejetos; a cons-trução de casas para moradores, diminuindo o problema social da habitação na ilha; as intervenções no patrimônio edifi cado, com ações reparadoras emergenciais, diante do abandono secular de que a ilha foi vítima.

A área de informática vem sendo moder-nizada nos últimos anos, com a inclusão da in-ternet wireless (internet banda larga e sem fi o) com cobertura em toda a ilha principal, pres-tando serviços aos residentes e aos visitantes.

Para o diálogo com usuários dos servi-ços insulares e apoio ao turismo instalou--se a Ouvidoria do Distrito Estadual, aberta àqueles que queiram estabelecer contatos com os que assim necessitarem, bem como há uma Gestão de Comunicação, pron-ta para intermediar a divulgação das ações defl agradas na ilha, afora a manuten-ção do site institucional (www.noronha.pe.gov.br), com poderoso veículo de mídia.

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Romeu Neves BaptistaAdministrador Geral do Distrito Estadual de Fernando de Noronha Governo de Pernambuco

“Marinha, Força Aérea e outros orgãos públicos contribuem para manuten-ção da infra-estrutura do arquipélago milhas e milhas da costa”

No ano de 1832, o cientista famoso por ter criado a Teoria da Evolução - Char-les Darwin, esteve no arquipélago de Fernando de Noronha, antes de pros-seguir viagem até às Ilhas Galápagos. Estudou a grande variedade de espé-cies de tartaruga existentes, além de ter observado aves aquáticas, animais invertebrados e formações rochosas da região. Conseguindo informações mui-to valiosas para que ele futuramente fundamenta-se seu trabalho científi co.

Curiosidade

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Marieta Borges Lins e SilvaCoordenadora do “Programa de Resgate Documental

sobre Fernando de Noronha”

E-mail: [email protected]

Agradecimentos

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TURISMO

PROGRAMA DE RESGATE DOCUMENTAL SOBRE FERNANDO DE NORONHA

Uma busca do passado noronhenseUm programa iniciado por acaso per-

segue hoje objetivos de grande alcance, na busca e identifi cação de informações sobre Fernando de Noronha, na organização dos dados localizados e na criação de produtos diversifi cados sobre o tema, que consoli-dem e divulguem o novo saber concebido.

Iniciado em 1974, como uma pesquisa independente, na busca informal em ins-tituições de Pernambuco e de outros Es-tados brasileiros e na procura de pessoas--fonte que tivessem alguma ligação com a ilha, esse trabalho cresceu, foi abrigado na UFPE, em 1984, e integrado na Adminis-tração Geral do Distrito Estadual criado a partir de 1988, quando ocorreu a reintegra-ção do arquipélago a Pernambuco, por ra-zões históricas e por força da Constituinte.

Daí em diante, o Programa de Resgate Documental desdobrou-se em produtos di-versos, tanto na identifi cação e retirada de parte da documentação existente no antigo “arquivo histórico” do arquipélago, para in-corporação ao acervo em formação, como no acréscimo de exemplares de todas as obras escritas sobre isso, permitindo a edição de li-vros, textos, artigos de jornais e revistas e até uma disciplina (Cultura Local), para repas-sar o saber às crianças e jovens noronhenses.

Três livros nasceram dessa pesquisa:• Fernando de Noronha – Lendas e Fa-tos Pitorescos, 1ª edição pelo INL/MEC — Comissão Nacional de Folclo-re, Brasília/DF, 1988. Hoje em 4ª edi-ção pela Editora Inojosa, Recife/PE. • Fernando de Noronha — Imagens do Passa-do, 1ª edição, Centro de Estudos de História Municipal de Pernambuco/FIAM (1990). 2ª edição pela Edições Edifi cantes, Recife, 1992.• Fernando de Noronha — Cinco Sécu-los de História, 1ª edição pela Sta. Mar-ta Editora, patrocínio do Grupo Neoe-nergia de Pernambuco – CELPE, 2007. Ainda não editado comercialmente. ObS: esse livro foi destinado a ser o livro-texto dos estudantes noronhen-ses, sendo hoje usado tanto na Esco-la Arquipélago (de ensino fundamen-tal e médio) como na educação infantil.

Um produto cultural importante foi a criação, em 1998, do Memorial Noronhense — Espaço Cultural Américo Vespúcio, que registra a ocupação antrópica e aspectos am-bientais da ilha, a partir das imagens comti-das no Programa de Resgate Documental.

Hoje o Programa de Resgate Documental sobre Fernando de Noronha é uma fonte de consulta para todo e qualquer trabalho de-senvolvido no arquipélago, disponibilizando informações para comunicadores, estudan-tes, turistas e demais interessados, bem como para ações e intervenções no patrimônio edi-fi cado e na elaboração de projetos. | RPSP

Golfi nho rotador Palácio São Miguel

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