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Delegado Geral da Polícia Civil PR pág 37

Entrevistas

Governo amplia investimentos em segurança

Governo amplia investimentosem segurança

158 anosda Polícia Civil

Deputado Federal Francischini pág 35

exclusivas:

pág 20

pág 6

Novo Presidente do SIDEPOL pág 17

2011 - Ano 03 - Foto capa Izidro

“A SEGURANÇA PÚBLICA É UM DEVER DO ESTADO, DIREITO E RESPONSABILIDADE DE TODOS” CONSTITUIÇÃO FEDERAL”

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ÍndiceEditorial.......................................................................................................4B U L L Y I N G ............................................................................................5Polícia Civil: orgulho e esperança marcam os 158 anos de existência...................6BPTran realiza passeio motociclístico ..............................................................7Paraná e governo federal farão ação conjunta para proteger a fronteira...............8Secretaria da Segurança Pública vai ter assessoria especial para municípios.........9Resolução disciplina atividade religiosa em presídios do Estado.........................10Batalhão de Fronteira terá 500 PMs até o fim do ano.......................................11BPTran realiza Estágio em Pilotagem de Motocicleta ........................................12Richa anuncia contratação de policiais e ampliainvestimentos em segurança.......13Instituto de Criminalística recebe prédios reformados e equipamentos ..............15Policias militares e civis discutem ações de segurança com secretário ...............16ADEPOL tem novo Presidente.......................................................................16O SIDEPOL tem novo Presidente..............................................................17Delegacia Eletrônica começa a funcionar no início de setembro.........................19

Novos Policiais Civis Começam a Tomar Posse .........................................19Richa anuncia a maior contratação de policiais já feita no Paraná ...20Secretária da Justiça apresenta medidas para esvaziar delegacias .............21Governador reforça importância da integração das forças de segurança......22Programa Paraná Seguro chegou para reestruturar segurança pública.........23Richa assina mensagens do Paraná Seguro para envio à Assembleia...........24Paraná Seguro vai facilitar a formação de Consegs....................................25Paraná terá mais um helicóptero para ações policiais e de resgate..............25

Polícias Militar e Rodoviária recebem novo mapa do Paraná...............................26Quando a burocracia impede o flagrante.........................................................27Cartão Vermelho para a Impunidade..............................................................30PM discute segurança pública de São José dos Pinhais......................................31Governo elabora programa para reestruturar segurança pública........................32Richa assegura transparência na divulgação de dados sobre criminalidade.........32Comissão de Segurança Pública ouve entidades de classes dos policiais federais 33Confronto de voz – desvendando o trabalho pericial........................................34Entrevista com o Deputado Federal Fernando Francischini................................35Entrevista com Delegado Geral da Polícia Civil Marcus Michelotto...........37

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LuckMax Editora e Marketing LTDA.CNPJ: 11.232.594/0001-82

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JORNALISTA:Ricardo Dias (DRT/5504)

DIAGRAMAÇÃOHenrique Brockelt Giacomitti (41) 9920-7567

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Maria Alice N. Souza (Superintendente PRF-PR)Milton Isack Fadel Jr. (Tenente Coronel PM-PR)Dr. Vilson Alves de Toledo (Delegado de Polícia)

Dr. Wilciomar Voltaire Garcia ( Delegado de Polícia)João Carlos da Costa (Policial Civil)

Lenine Mateus Albernaz (Juíz Instrutor)Valdir de Córdova Bicudo (Policial Civil)

APOIO:PRF (Polícia Rodoviária Federal) PMPR (Polícia Militar do Paraná)

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ASSESSORIA JURÍDICALenine Mateus Albernaz - OAB/PR 23.467 (Advogado)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART.220PARÁGRAFO 1 – NENHUMA LEI CONTERÁ DISPOSITIVO

QUE POSSA CONSTITUIR EMBARAÇO À PLENA LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA EM QUALQUER VEÍCULO DE

COMUNICAÇÃO SOCIAL

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL ART.237A PUBLICAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE VEÍCULO IMPRESSO DE COMUNICAÇÃO INDEPENDE DE LICENÇA DE AUTORIDADE

Observação:Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da

Revista Sociedade Policial.A Revista Sociedade Policial, não possui vinculo oficial com nenhum orgão público, distribuição

gratuita e dirigida para orgãos públicos municipais, estaduais, federais e anunciantes.

Editorial

João Carlos da Costa

A violência, inegavelmente, está nas ruas com assustadores requintes de perversidade. Vidas estão sendo ceifadas em discussões banais e por motivos fúteis;em assaltos, chacinas, acidentes de trânsito, vingança ou queimas-de-arquivos, como se nada significassem. Agressões domésticas, mesmo na vigência de leis específicas que as proíbem; atos de terrorismos que matam pessoas inocentes em diversos países; seqüestros de crianças recém-nascidas em hospitais e maternidades; corrupção nos órgãos públicos , etc.. Estas são algumas das facetas assumidas pelo pior mal do século... a falta de respeito entre os seres humanos. Por conta disso, muitos entendem a violência apenas como ações dos marginais, quando nós mesmos ou pessoa próxima, somos acometidos de roubo, assaltos e agressões físicas ou privados dos principais valores fundamentais, que são a vida e a liberdade. Filosoficamente, isso é conhecido como auto-engano, ou seja, quanto mais próxima uma situação mais fortes são sentidos seus efeitos. A violência atual é a exteriorização da maldade inata de todo do ser humano, cuja agressividade alcança patamares incríveis e inexplicáveis, onde o nível de estresse, principalmente urbano, é demonstrado através de atos irracionais que fazem aumentar o número de pessoas afetadas pela síndrome do pânico, uma das doenças mais em voga.

Sob este ponto de vista, as opiniões sobre segurança pública e violência se confundem. E quando se pergunta sobre o assunto surgem respostas variadas. Algumas sensatas, outras nem tanto. A violência se origina, geralmente, nas situações opressivas diárias em que as pessoas vivem, seja pela influência dos problemas sociais, econômicos, de convivência familiar e principalmente dentro de casa. Embora uma decorra da outra, ambas são resultado do estressado comportamento humano e devem também, serem vistas e tratadas como um mal psicológico, ressaltando porém, que a falta segurança publica está diretamente relacionada à ausência de políticas públicas eficientes e eficazes. A violência é parte de um complexo de valores esquecidos pela sociedade contemporânea e que precisam ser rebuscados através da educação, da cultura, da religião e da valorização das famílias. Estes conceitos, se renascidos, tornarão o mundo melhor para se viver; com paz, respeito e civilidade.

João Carlos da Costa – Bel. Químico, Professor, Bel. em Direito e Policial Civil

Mal psicológico e ausência de valores

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O termo bullying tem origem na língua inglesa e compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por uma ou mais pessoas contra outra(s) no ambiente escolar, causando dor, angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder.

Para que o bullying ocorra há a necessidade da repetição do ato de violência, caracterizando-se como ato repetitivo contra a mesma vitima, pelo menos duas ou mais vezes ao longo de um mesmo ano letivo.

O bullying se caracteriza principalmente por atitudes como dar apelidos pejorativos e muitas vezes pela agressão física. A pessoa é exposta a humilhação ao constrangimento e ao medo de não ser aceito.

Os sintomas das crianças e adolescentes que sofrem o bullying geralmente são: depressão, tristeza, isolamento, não querem ir a escola, perdendo o interesse pelos estudos, podendo trazer consequências gravíssimas as vítimas e que poderão acompanhar as mesmas pelo resto das sua

vidas, com quadros de depressão e em alguns casos o suicídio.

Com o acesso a internet passou a existir o ciberbullying onde a vítima é atacada através de sites de relacionamento, orkut, facebook, e-mails falsos. Nesse caso a vítima não ficará exposta a um grupo limitado, ou seja, dentro do ambiente escolar, mas será exposta e ridicularizada perante centenas e até milhares de pessoas.

DA PRÁTCA DO BULLYING

Quando o agressor da prática do bullying for pessoa incapaz, esse estará impedido de responder diretamente pela reparação do dano que causar, podendo a responsabilidade ser atribuída ao estabelecimento de ensino ou ao responsável pelo menor.

Quando a prática do bullying ocorre em estabelecimentos de ensino onde todas as pessoas são maiores e capazes, e cita-se como exemplo as instituições de ensino superior, o agressor responderá pelos danos causados a vítima.

Em ambas as hipóteses de capacidade ou incapacidade dos agressores, a vítima deverá dar ciência a instituição de ensino para que tome medidas no sentido de cessar a pratica das agressões. Se o posicionamento do estabelecimento for de omissão, esse também será responsável pelos danos causados à vítima.

Nas hipóteses em que o Bullying é praticado pelo professor que por vezes abusa da autoridade que lhe é atribuída como educador e mestre, ameaçando seus alunos, causando constrangimento e ofendendo os mesmos, a responsabilidade pela reparação do dano causado será do próprio educador e solidariamente da instituição de ensino que o contratou.

Existem casos em que o professor é a vítima do bullying deparando-se com alunos violentos, sem as mínimas regras de educação ou até delinquentes. Nesse caso o educador deve dar ciência do fato à instituição de ensino onde leciona, que deverá tomar as medidas imediatas, e em caso de omissão do estabelecimento, poderá o professor buscar a reparação através de medida judicial em face da instituição de ensino, assim como do próprio agressor ou o responsável, em caso de menor.

A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção a Infância e a Adolescência – ABRAPIA realizou uma pesquisa com alunos de escola de Ensino Fundamental no Rio de Janeiro e demonstrou números significativos ao entrevistar crianças e adolescentes que já foram vítimas de alguma modalidade do bullying.

A pesquisa demonstrou que 40,5% dos 5.870 alunos entrevistados estão diretamente envolvidos nesse tipo de violência, como autores ou vítimas dele.

O Brasil não tem em seu ordenamento jurídico uma lei federal específica para o combate ao bullying.

Em vários estados e cidades do nosso território nacional como Santa Catarina, Rio de Janeiro São Paulo, Belo Horizonte dentre outras, foram sancionadas leis de ação e prevenção de combate ao bullying, impedindo trotes violentos e outros, assim como existem projetos de lei em tramitação no Espírito Santo e outros que prevê ações de discussão, prevenção, orientação, inclusão de regras normativas contra o bullying no regimento escolar.

Inúmeras são as condenações impostas pelo nosso judiciário aos agressores ou responsáveis no caso de menores, assim como para as instituições de ensino em relação aqueles que são vítimas do bullying sendo as vítimas indenizados por danos morais, materiais, indenizações propriamente ditas e outras capituladas em nosso ordenamento jurídico.

Victor Feijó Filho & Advogados Associados

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B U L L Y I N G DAS RESPONSABILIDADES - DA LEGISLAÇÃO - DA INDENIZAÇÃO A VITIMA

Artigo

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João Carlos da Costa

Uma pergunta freqüente quando a gente era criança, digamos assim, há não muito tempo atrás, (sic), era a de qual profissão gostaríamos de seguir quando adultos. Muitos respondiam que queriam ser médicos, engenheiros, enfermeiros, psicólogo, advogado, professor, etc... Uns, motivados pelos silvos das sirenes de viaturas policiais pedindo passagem para atender ocorrências , ou inspirados pelos séries televisivas onde apareciam os “mocinhos” e os “bandidos”, queriam ser policiais.

Atualmente, as profissões ligadas à área da segurança e, principalmente a de policial, são ainda das que mais atraem e causam grande fascínio na juventude e por isso são muito procuradas. As causas dessa atração são diversas: Para os aventureiros de plantão, é a conveniência de passar num concurso público para garantir a estabilidade profissional ou apenas para realizar as fantasias de infância de fazer uso de uma identidade funcional para usufruir de privilégios para adentrar ambientes públicos, portar uma arma para mostrar “autoridade” e botar pra fora impulsos e emoções reprimidos. Nesse caso, o resultado pode ser desastroso e ocasionar, futuramente, o cometimento de atos irresponsáveis e comprometedores para a imagem institucional. Para os idealistas, o prazer e a pretensão digna de defender a população contra as maldades e a violência hodiernas.

Assumir com convicção a profissão policial, para muitos, além da concretização de um sonho idealizado, é ter a certeza de comprometimento público com a função, por mais difícil que seja o seu exercício pelos obstáculos e incertezas que se apresentam. Dentre os quais, o ônus que a sociedade lhe imputa de ser o bode expiatório da falta de segurança, quando frequentemente são responsabilizados pelo excessivo número de criminosos nas ruas, ignorando as dificuldades encontradas no cumprimento legal de diversas etapas para manter um marginal preso, processo este que inicia pela comunicação ou conhecimento do delito; passa pela fase de investigação, até chegar ao Judiciário, que decide os destinos do autor e do fato.

Ser policial é, antes de tudo, ser cidadão, com os mesmos direitos e deveres constitucionais das outras pessoas, mas com o diferencial de que no exercício do seu trabalho expõe e coloca em risco a sua vida e a dos seus familiares. No dia a dia, é o psicólogo, que ouve e atende os diversos tipos de ocorrências, aconselhando, investigando e absorvendo, muitas vezes, as piores intimidades e problemas que podem influenciar negativamente a sua vida particular, como normalmente acontece, pelo alto nível de estresse a que se submete dentro e fora do ambiente policial; por pressões naturais das cobranças dos superiores hierárquicos, dos órgãos públicos, da população e da ousadia de marginais quando nas ocasiões de enfrentamento. É incorporar o espírito corporativo tanto na prestação de serviços para a comunidade,, que tanto anseia pelo bom atendimento, quanto na defesa dos direitos coletivos dos companheiros de trabalho e, principalmente, dos deveres perante a própria instituição, cujo nome deve ser enaltecido e carregado com muito orgulho, de maneira harmônica e recíproca contudo, sem a preocupação maior sobre o que a Polícia Civil pode oferecer mas, principalmente, numa via de duas mãos, o que pode ser oferecido também a ela como forma de fortalecê-la. Essa reciprocidade tenderá a um crescimento conjunto e paralelo e não transversal. E, para que isso aconteça, devem prevalecer as fogueiras de vaidades, sempre aquecidas por interesses individuais que, invariavelmente, fortalecem a autofagia institucional, um comportamento totalmente condenável e que só gera descrédito na população, cansada pelo caos estabelecido com o aumento da criminalidade.

No auge dos seus 158 anos de vida, a Polícia Civil do Paraná passa por um momento extremamente importante e bastante decisivo na reformulação da sua estrutura e que carece de muita atenção, não só dos entes governamentais, mas também daqueles que fazem parte do seu quadro de funcionários operacionais e administrativos.

É hora então, de mostrarmos com orgulho, o nosso respeito, carinho e dedicação pelos interesses institucionais e agirmos como verdadeiros policiais. Não aventureiros, mas por vocação e com espírito corporativo, na busca dos interesses comuns. E ter em mente que este momento festivo é também a marca do recomeço de uma caminhada em direção ao futuro. Assim, parabéns à nossa instituição e também a todos aqueles que vestem com amor a camisa da Polícia Civil do Paraná.

João Carlos da Costa – Policial Civil, Bel. em Direito, Bel. Químico, Professor. Contato: Joã[email protected]

Polícia Civil: orgulho e esperança marcam os 158 anos de existência

Opinião

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Fonte: PMPR

Fotos: Cabo Manoel Gomes

O Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) realizou o tradicional passeio motociclístico em comemoração ao 157 anos da corporação. A saída foi de Curitiba, com destino à Lapa, região sul paranaense. Um dos objetivos da ação é provocar a conscientização do condutor sobre os perigos do trânsito e a necessidade da convivência respeitosa nas ruas. Mais de 100 motociclistas participaram.

Após sair da unidade, os motociclistas seguiram pela BR 116 (sentido Foz do Iguaçu) até a Lapa, passando por Araucária, Guajuvira, Contenda, Mariental

e, por fim, o destino. O grupo almoçou nos restaurantes Casarão e Espaço Verde. Outra finalidade da mobilização do BPTran é reduzir o número de acidentes com e sem vítimas em Curitiba, conforme explica o Comandante do BPTran, tenente-coronel Loemir Mattos de Souza.

“O objetivo deste passeio é buscar a conscientização dos nossos m o t o c i c l i s t a s para que pilotem com prudência, com atenção, e busquem cumprir aqueles pré-requisitos de segurança no trânsito”, disse.

“O que nós temos observado no trânsito da Capital é uma falta de responsabilidade dos motociclistas, o que contribui para o maior número de acidentes, principalmente com motos, e isso causa um grande número de feridos, de pessoas mortas”, completa.

BPTran realiza passeio motociclístico em comemoração aos 157 anos da corporação

BPTran

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Fonte: AENotícias

O governador Beto Richa e o ministro da Defesa, Celso Amorim, discutiram em uma reunião, em agosto, o uso de tropas das forças armadas para reforçar as ações de combate ao crime na região de Foz do Iguaçu e Guaíra. A segurança na fronteira deve envolver as policias rodoviária federal e estadual, a Polícia Civil do Paraná, Polícia Federal e grupos do Exército e da Marinha.

Richa relatou ao ministro a decisão do governo estadual de criar um batalhão de fronteira da Polícia Militar, que deverá contar com pelo menos 500 homens e propôs a integração das medidas de segurança para combater o tráfico de drogas e armas e o contrabando de outros

produtos. “A ação integrada é a medida que tem mais chance de dar resultados rapidamente”, destacou o governador.

O ministro Amorim afirmou que conhece bem a situação da fronteira no Paraná e disse que o governo federal tem disposição para enfrentar o problema utilizando as forças nacionais de segurança, e que no curto prazo novas medidas serão adotadas em toda a parte sul do País. “Estamos preparando um amplo plano de proteção e controle das fronteiras. Temos todo o interesse em apoiar as iniciativas do Paraná, principalmente com a mobilização da Marinha”, disse.

O encontro em Brasília foi acompanhado pelo general De Nardi, que integra o gabinete

Paraná e governo federal farão ação conjunta para proteger a fronteira

do ministro, e pelos secretários Reinaldo de Almeida César (Segurança Pública) e Deonilson Roldo (Chefia de Gabinete), além do chefe do escritório de representação do Paraná em Brasília, Alceni Guerra.

O secretário Reinaldo de Almeida César também realizou uma nova reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) em Foz do Iguaçu, criado com o fim específico de ampliar a segurança pública em área de fronteira. O grupo trabalha no planejamento e coordenação das ações policiais de combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas nas divisas do Paraná com a Argentina e o Paraguai. O Paraná foi o primeiro estado a contar com Gabinete, que foi implantado em abril.

Foto: Ricardo Almeida Governador Beto Richa e o secrtetário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, participam de reunião com o ministro da Defesa, Celso Amorim, para tratar da segurança na fronteira

Governo

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A Secretaria da Segurança Pública anunciou a criação de uma estrutura especial para atendimento aos municípios. A assessoria fará a integração entre os gestores municipais de segurança e a secretaria. O anúncio foi feito pelo secretário Reinaldo de Almeida César durante o primeiro encontro entre autoridades estaduais e representantes do Conselho Estadual de Secretários e Gestores Municipais de Segurança, para estabelecer mecanismos de cooperação entre a Polícia Civil, Polícia Militar e as guardas municipais.

Segundo o secretário, a integração com os órgãos municipais de segurança é um dos principais eixos de atuação da secretaria, ao lado da articulação das forças de segurança entre si e com outros órgãos governamentais. “Entre as nossas prioridades, está este trabalho associado. Também asseguramos a presença de representantes das prefeituras

no Conselho Estadual de Segurança”, afirmou.

Para o secretário municipal de segurança de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) e presidente do Conselho Estadual de Secretários e Gestores Municipais, Marcelo Jugend, o encontro foi produtivo. “Duas das nossas principais reivindicações foram atendidas: a criação da assessoria aos municípios na estrutura da Sesp e a participação dos gestores municipais no Conselho Estadual de Segurança”.

Secretaria da Segurança Pública vai ter assessoria especial

para municípios“Estamos vivendo

um novo momento, em que os municípios começam a assumir funções na área de segurança, rompendo o paradigma de que a segurança é apenas função do Estado e tão somente uma questão de polícia. A cooperação entre as instâncias governamentais é necessária e dará bons resultados”, completou Jugend.

P a r t i c i p a r a m do encontro o

delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinicíus Michelotto; o comandante da Polícia Militar, Marcos Teodoro Scheremetta; o delegado Elcio Fuscolin, do departamento de inteligência; delegado Rafael Vianna, do escritório de projetos da Secretaria da Segurança Pública; Letícia Kulaitis e Sandra Ramalho, do comitê de articulação local do Ministério da Justiça, além de representantes do Conselho de Segurança e dos municípios de Araucária, Pinhais, São José dos Pinhais, Paranaguá, Guaratuba, Ponta Grossa, Campo Largo, Umuarama e Arapongas.

Foto: Diego AlvesO anúncio foi feito pelo secretário Reinaldo de Almeida César

Governo

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Fonte: AENotícias

A Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná publicou a resolução que disciplina a assistência religiosa nos estabelecimentos penais do Estado sob sua responsabilidade. O documento assegura a liberdade de crença e de culto e, entre outras normas, estabelece que as entidades religiosas interessadas em prestar assistência a seus fieis internados no sistema penitenciário paranaense deverão encaminhar ao Departamento Penitenciário do Estado (Depen/PR) solicitação formal, acompanhada do planejamento, especificação, calendário e horários das atividades, entre outras informações.

A resolução também proíbe a comercialização de artigos e produtos religiosos, livros e impressos, bem como recebimento de qualquer remuneração ou dízimo por parte das entidades religiosas, sob pena de cancelamento de sua credencial.

De acordo com a secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Maria Tereza Uille Gomes, a assistência religiosa é

um direito do preso e é considerada bem-vinda pelo governo do Estado. Mas há necessidade de disciplinar as atividades no sistema penitenciário e este é o objetivo da resolução nº 103/2011.

A resolução define que os presos recolhidos nas penitenciárias paranaenses têm assegurado o direito à liberdade de crença e de culto, “permitindo-se a manifestação religiosa e o exercício do culto, bem como a participação nos serviços religiosos organizados no estabelecimento penal, sem prejuízo da ordem e da disciplina e sem ônus para os cofres públicos”.

As normas publicadas levam em conta determinações constitucionais, que definem como inviolável a liberdade de consciência e de crença, e resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que garante a assistência religiosa, com liberdade de culto e participação nos serviços organizados pelo estabelecimento penal. O conselho nacional estabelece que o Estado deve assegurar a presença de representantes

rel igiosos,

Resolução disciplina atividade religiosa em presídios do Estado

com autorização para organizar serviços litúrgicos e fazer visita pastoral a adeptos de sua religião.

O assunto também é tratado pela Lei Estadual 16.044, de 2009, que prevê que seja assegurado aos ministros, sacerdotes, diáconos, monges, anciãos, colaboradores ou representantes de igrejas e templos que exerçam papel semelhante, de todas as religiões e culto, o acesso a estabelecimentos prisionais, observadas as normas de segurança e administrativa peculiar”.

A resolução completa está na página www.seju.pr.gov.br

Presídios

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Fonte: AENotícias

A Polícia Militar deverá concluir até o fim do ano os procedimentos para a contratação de 500 policiais para o novo Batalhão da Fronteira. Os novos PMs vão passar por treinamento e serão alocados nos municípios da região Oeste, conforme informou em agosto, o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, durante a reunião do Gabinete de Gestão Integrada da Fronteira (GGI-Fron), em Foz do Iguaçu.

“O Batalhão de Fronteira terá capilaridade por toda a região. Será um efetivo bem formado e treinado, com mobilidade e comunicação eficiente. A região é estratégica e será sempre preocupação permanente formar um cinturão de proteção nos municípios que têm fronteiras com outros países”, explicou o secretário.

A região Oeste também vai sediar uma das cinco bases operacionais que serão criadas no Estado, que terão à disposição um helicóptero para ações de socorro, resgate, emergência e policiamento.

O GGI-Fron, pioneiro no País para a discussão dos problemas de fronteira, integra as forças policiais e também funciona como observatório da segurança. “Temos necessidade de i n t e r v e n ç õ e s pontuais para

reduzir a criminalidade na região e essa integração será fundamental para o sucesso das ações policiais”, informou Almeida Cesar.

Segundo o secretário, o Programa Paraná Seguro, lançado pelo governador Beto Richa, prevê a contratação, num primeiro momento, de 2 mil policiais militares, remanescentes do último concurso, 670 investigadores e 40 delegados. “O plano lançado pelo governador é consistente, ambicioso e ousado e atende às aspirações da sociedade e das instituições policiais. O plano permite que as estruturas policiais façam seu planejamento sem sobressaltos.”

FUNDO – Uma das medidas mais importantes do programa será a estruturação do Fundo Estadual de Segurança Pública, na avaliação do secretário. “O governador mostra que o setor de segurança agora é prioridade do governo. O nosso orçamento será

reforçado com R$ 500 milhões, com a desoneração dos fundos e realocação de recursos. A meta é dobrar o orçamento para a segurança até 2014”, explicou.

Participaram a reunião do GGI-Fron o comandante-geral da Polícia Militar. coronel Marcos Teodoro Scheremeta; o chefe da Casa Militar, coronel Castilho Casitas; o delegado Francisco Batista da Costa, representando o delegado-geral da Policia Civil, Marcus Michelotto; representantes da Polícia Federal, da Receita Federal, da Itaipu Binacional, da Forças Armadas, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Instituto de Criminalística, e do Instituto Médico-Legal. Também estavam presentes representantes da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná e o prefeito de Guairá, Manoel Kuba, representando os municípios lindeiros, além dos deputados estaduais Reni Pereira e Hermas Brandão Jr.

Batalhão de Fronteira

terá 500 PMs até o fim do ano

Fronteira

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Fonte: PMPR

O Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) realizou o Estágio em Pilotagem de Motocicleta. O curso teve duração de 15 dias, era composto de teoria e prática. O objetivo é capacitar o policial militar que trabalha com este tipo de veículo, melhorando consequentemente o policiamento com motocicleta.

O Tenente Reinaldo Friesen Júnior destaca a importância de um curso como este. “Ele melhora a qualidade e a agilidade do motociclista durante atendimento a uma ocorrência”, disse. “O curso também procura oferecer o treinamento adequado ao policial militar da unidade, visto que o BPTran é responsável por diversas escoltas de autoridades e, neste tipo de atendimento o policial deve ser perfeito, já que qualquer erro pode provocar problemas maiores”, afirmou o tenente.

Os policiais que participam do curso tiveram aula em campo, colocando em prática os ensinamentos recebidos na teoria e treinando a habilidade com a moto. Esta prática se deu no pátio da Havan Tecidos, na Linha Verde, em Curitiba. Dentre as disciplinas dadas

em sala de aula estão técnicas de

BPTran realiza Estágio em Pilotagem de Motocicleta

abordagem, direção defensiva, legislação e ética.

É importante ressaltar que os policiais militares devem saber lidar com as pessoas nas ruas, e para isso é exigido deles uma ética profissional, portanto os ressaltou o tenente. Essa foi a 1ª edição do Estágio em Pilotagem de Motocicleta oferecida pelo

BPTran, sendo que além dos policiais do Batalhão, quatro agentes da Diretoria de Trânsito ( D I R E T R A N ) t a m b é m participaram.

Fotos: Cabo Manoel Gomes

BPTran

Auto Posto Guaíra

Controle de Qualidade em Combustí[email protected]

(41) 3049-7201Wenceslau Brás, 1770 - Curitiba / PR

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Foto: Orlando Kissner

Governador Beto Richa lança o Programa Paraná Seguro que amplia investimentos em segurança pública

Fonte: AENotícias

O governador Beto Richa e o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, lançaram no dia 16 de agosto, o Programa Paraná Seguro. Com o plano, o governo estadual vai ampliar os recursos para a segurança pública, aumentar o policiamento nas ruas e melhorar o atendimento à população, que passará a ter meios de colaborar com a segurança.

As primeiras providências são a contratação de 10 mil policiais, sendo 8.000 soldados para a Polícia Militar e 2.200 agentes para a Polícia Civil, reequipamento das polícias Civil e Militar e dos institutos de Criminalística e Médico-Legal e a implantação da delegacia eletrônica, que passará a funcionar já no próximo mês. O Corpo de Bombeiros terá 500 novos integrantes.e assumirá as funções da Defesa Civil no Estado, hoje à cargo da Casa Militar.

De acordo com Richa, o

Paraná ostenta hoje índices de criminalidade que envergonham o Estado e por isso é necessária uma ação firme do governo na área de segurança. “Os paranaenses podem estar certos de que vamos lutar sem tréguas contra a criminalidade”, afirmou. “Vamos fixar metas a serem atingidas pelas forças de segurança, de tal forma que possamos reduzir substancialmente os indicadores da criminalidade em todo o Estado.”

Para dar suporte às medidas anunciadas pelo governador, o orçamento da Secretaria da Segurança Pública, que gira em torno de R$ 1,5 bilhão ao ano, será reforçado em R$ 500 milhões no atual exercício, e poderá dobrar até 2014, quando todas as fases do programa Paraná Seguro devem estar implementadas.

O governo também vai propor a criação do Fundo Estadual de Segurança Pública para financiar as ações de segurança e buscar recursos com outros agentes de fomento no Brasil e exterior. Além disso, o programa Paraná Seguro pode contar com repasses e transferências da União e com eventuais operações de crédito

a serem contratadas junto a organismos como o BNDES e o BID.

De imediato, serão admitidos 2.000 aprovados no concurso da Polícia Militar realizado em 2009. Deste total, 500 irão formar a unidade responsável por fiscalizar a região de fronteira, o chamado Batalhão de Fronteira.

O governo também vai contratar com urgência 670 aprovados para o cargo de investigador no último concurso da Polícia Civil, realizado no ano passado, e abrir concurso para preenchimento de 40 vagas de delegados. Com o reforço, todas as comarcas do Paraná passarão a contar com delegado de polícia.

Até 2014, serão contratados por concurso mais 6.000 PMs, outros 360 delegados, 600 escrivães e 530 investigadores para a Polícia Civil, além de 300 papiloscopistas para o Instituto de Identificação. Também haverá o preenchimento dos cargos vagos no IML e no Instituto de Criminalística.

Beto Richa destacou que as novas contratações não são para fazer a reposição de efetivo, em virtude de aposentadorias, por exemplo. “Estamos falando aqui de efetivo novo. O governo garantirá a reposição automática dos quadros policiais que se afastarem por conta de aposentadorias e outras causas”, ressaltou o governador.

Para o secretário Reinaldo de Almeida César, as medidas que o governo está tomando

Richa anuncia contratação de policiais e amplia investimentos em

segurança

Governo

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representam a retomada do investimento no aparato de segurança pública. Segundo ele, o Paraná é o último estado brasileiro em investimento no setor, na comparação com o PIB estadual. “Ainda temos cidades sem nenhum policial e isso vai deixar de existir com o Paraná Seguro”, afirmou.

Almeida César disse ainda que as forças estaduais de segurança vão trabalhar com metas para a redução da criminalidade, que serão negociadas de acordo com a área de atuação dos comandos. Ele ressaltou que para que haja efetivo resultado é preciso assegurar boas condições de trabalho para os policiais: “Quem dá a missão também tem que dar os meios. No nosso programa os meios estão previstos para que haja eficiência e resultado”.

MÓDULOS, DELEGACIAS e VIATURAS – O programa Paraná Seguro estabelece a criação de 400 módulos policiais móveis, que serão formados por um trailer, duas motos e uma viatura da Polícia Militar.

O plano contempla ainda a construção de 95 novas delegacias em todo o Estado, além da instalação de cinco bases de helicóptero para ações de socorro, resgate, polícia e fiscalização.

O governo também fará a compra de 3.200 viaturas para equipar as policias e o IML.

IML - Serão construídas novas sedes do IML em todo o Paraná, começando por Curitiba, Maringá e Londrina. Na capital, já está sendo feita a licitação para a construção

do prédio, na Vila Isabel. Em Maringá, a licitação também está em estágio avançado. Em Londrina, as obras começarão no início de 2012.

EMENDA 29 - O governador Beto Richa determinou a realização, pelas secretarias

da Administração, do Planejamento, da Fazenda e da Segurança Pública, além da Casa Civil, de um estudo para apontar a forma de implantação dos subsídios indicados na Emenda 29. Também será discutida a elaboração do Estatuto da Polícia Civil e do plano de cargos para os funcionários dos institutos de Criminalística e Médico-Legal.

CADEIAS - Com a implantação do programa Paraná Seguro, a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos assumirá as unidades que atualmente estão sob administração da Secretaria da Segurança Pública e tomará medidas para aumentar o número de vagas nas celas.

As primeiras cadeias públicas a mudarem de coordenação serão a Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu, e a Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. Com a alteração, os policiais civis que tomam conta das unidades poderão ser direcionados para sua atividade de investigação.

Serão contratados ainda 150 advogados pela Defensoria Pública, em caráter provisório. Eles terão a missão de revisar todos os 30 mil processos de presos condenados e provisórios que estão em delegacias e penitenciárias do Estado.

ASSEMBLEIA – O governo encaminhará à Assembleia Legislativa mensagens para a criação do Fundo Estadual de Segurança Pública, para aumentar o número de vagas na Polícia Civil e para permitir que jovens egressos do serviço militar nas Forças Armadas sejam admitidos

para o serviço administrativo da PM, conforme estabelece a Lei 10.029/2000, conhecida como Lei Fraga, que prevê a contratação de jovens de 18 a 23 anos para trabalhos administrativos, liberando mais policiais para as ruas.

CONSEG – O governo vai desburocratizar a criação dos Conselhos Comunitários de Segurança, que serão fortalecidos para que seja ampliada a participação da população nas decisões de segurança, respeitando as características de cada região.

Os Consegs reúnem líderes comunitários do mesmo bairro ou município, para discutir e analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas comunitários de segurança e desenvolver campanhas educativas.

Cada conselho se vincula às diretrizes da Secretaria de Segurança Pública, por intermédio do coordenador estadual para Assuntos dos Conselhos Comunitários de Segurança. A Secretaria de Segurança Pública tem como representantes, em cada Conseg, o comandante da Polícia Militar e o delegado de polícia da área.

O artigo 144 da Constituição Federal de 1988 rege que a “segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.

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O Instituto de Criminalística de Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná, recebe em outubro, uma sede renovada, com nova estrutura e novos equipamentos. A conquista foi possível pela parceria entre o Estado e a prefeitura, que cedeu o espaço físico. O mesmo aconteceu com Foz do Iguaçu, oeste, onde também será entregue o prédio reformado e reequipado do instituto.

Cinquenta maletas com equipamentos para perícia foram entregues ao Instituto de Criminalística pelo Ministério da Justiça. Os kits são compostos por netbook, câmera digital, caixa com luvas, óculos, reagentes para fazer testes no local, trena a laser, GPS, lanternas forenses, óculos especiais e paquímetro. Do total, 27 malas foram distribuídas aos peritos de Curitiba e região metropolitana. As demais foram entregues aos institutos do interior do Estado.

Parte dos itens foi destinada ao Instituto de Identificação, que servirá para papiloscopistas usarem no local das ocorrências. “Tomamos essa medida para atender a um parecer da Procuradoria Geral do Estado, que determina a presença de um papiloscopista na cena do crime. Itens como reagentes e substâncias químicas em pó são mais aproveitados por esses profissionais”, explica o diretor-geral do Instituto de Criminalística (IC), Antônio Edison Vaz de Siqueira.

Outra grande conquista do IC foi a criação de uma seção para atender a cada tipo de ocorrência, como crimes contra pessoa, acidentes de trânsito, crimes contra o patrimônio e na engenharia legal. “Antes, eram apenas duas seções, agora são quatro, o que tem garantido mais agilidade nos laudos e, consequentemente, nos processos”, detalha Siqueira.

Instituto de Criminalística recebe prédios reformados e equipamentos

BALÍSTICA - Uma das principais dificuldades enfrentadas pelo Instituto de Criminalística é análise de exames de balística. Estima-se que há cerca de 4 mil armas para serem periciadas. Siqueira conta que uma força-tarefa foi montada com reformulação da equipe para que pelo menos os laudos deste ano sejam concluídos até dezembro. Enquanto isso, há um grupo específico trabalhando nos casos mais antigos.

O diretor comenta que negocia com pró-reitores de universidades do interior para que peritos possam utilizar laboratórios dessas instituições e fazer análises de materiais anexados a processos criminais. “Com isso, o governo não precisará gastar com compra de equipamentos que são utilizados esporadicamente e não haverá inquéritos parados por falta de laudos”.

Atualmente, o IC conta com cerca de 170 peritos ativos. Segundo Siqueira, o número está bastante defasado e é necessário que sejam abertas novas vagas para contratação urgente. Para isso, há um projeto de lei na Assembleia Legislativa para que essas vagas sejam abertas e o Paraná possa ter mais peritos

criminais.

TECNOLOGIA - De acordo com o perito criminal Hemerson Bertasoni Alves, o Instituto de Criminalística tem equipamentos de alta tecnologia para análise de DNA. Uma novidade é um aparelho Precellys 24, utilizado para analisar DNA em osso. Com o equipamento antigo o trabalho era feito em 24 horas, hoje são 50 segundos. Essa técnica de extração era feita no mundo todo, mas apenas em plantas e tecidos. “Fomos os primeiros no mundo a aproveitar esse aparelho para examinar ossos. Foi feita uma pesquisa científica até chegar aos resultados finais”, disse.

Bertasoni conta que o próximo avanço no Paraná será a possibilidade de fazer exames de DNA apenas pelas células da pele que se desprendem em impressões digitais. “Atualmente, é necessário ter a impressão esteja quase intacta, mas com esses estudos que estão sendo feitos, poderemos traçar um perfil genético com mais agilidade e com precisão”, acrescenta. O perito também é professor universitário e está orientando esse trabalho científico acadêmico

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Equipamento

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Fonte: AENotícias

O secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, debateu com policiais civis e militares os rumos que serão dados ao trabalho de garantir a segurança da população. Os encontros ocorreram em setembro e serviram também para intercâmbio de informações sobre as dificuldades enfrentadas pelos policiais e possíveis soluções que serão adotadas.

Almeida Cesar afirmou que a união das polícias Civil e Militar será fundamental no combate à violência no Paraná. Para isso, ele afirmou que é preciso investir cada vez mais em operações especiais, como a Liberdade, coordenada pela Polícia Civil; e Vida, pela PM. O secretário comentou que pretende estender os trabalhos da Operação Força Total, realizada em Ponta Grossa, a outras cidades do Estado. “Precisamos investir nessas ferramentas de combate ao crime permanente porque têm mostrado eficácia”, enfatizou.

No encontro com delegados,

Policias militares e civis discutem ações de segurança com secretário

no Departamento da Polícia Civil, o delegado-chefe da Polícia Civil, Marcus Vinicius da Costa M i c h e l o t t o , enfatizou a importância da atenção que o secretário tem dado a Polícia Civil desde que assumiu o cargo. “A estrutura da segurança no Estado está muita abalada, ficou esquecida, por isso, nos s e n t i m o s muito felizes ao saber que não estamos sozinhos nessa b a t a l h a ” , declarou.

Na Academia Policial Militar do Guatupê, comandantes de batalhões e unidades especializadas da Polícia Militar trataram com o secretário de

Foto: Giovani Santos

Marcus Vinicius MIchelotto, Reinaldo de Almeida Cesar e Vilson Alves de Toledo

diretrizes de trabalho e futuras ações para a corporação. “O secretário, expondo pessoalmente suas diretrizes e determinações aos grandes comandos, diretores e chefes de seção, é muito facilmente captado, do que quando há retransmissão de ideias”, disse o comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Teodoro Scheremeta.

De imediato, o secretário garantiu o aumento do efetivo das duas polícias, anunciado pelo governador Beto Richa, e a construção das Delegacias Cidadãs, com um novo conceito de atendimento ao público. Outra medida serão as melhorias no atendimento 190 em Curitiba, previstas para os próximos meses.

Debate

ADEPOL tem novo Presidente

As eleições do dia 08 de outubro da ADEPOL definiram o novo presidetne e vice-presidente para Associação dos Delegados de Polícia para os próximos dois anos.

Dr. Kyoshi Hattanda (à esquerda) assumiu como presidente e Dr. Francisco (à direita) na vice-presidência pela Chapa InovAção.

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O SIDEPOL tem novo Presidente

No sábado dia 08 de outubro, os Delegados de Polícia de todo o Paraná elegeram o Presidente e a nova Diretoria do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná para o biênio 2011 – 2013. O Dr.

Jairo Estorilio e a vice Dra. Katia Branco, com a Chapa Resgate e União, foram eleitos com 182 votos de um total de 503, sendo as urnas distribuídas em Curitiba, Cascavel e Londrina.

A votação iniciou as 12:00 horas e encerrou as 17:00 horas, dentro de um clima democrático e participativo. Como de praxe primeiro foi realizada a apuração dos votos da Adepol e posteriormente do SIDEPOL que por volta das 20h00min horas já tinha uma nova Diretoria eleita.

A Chapa Resgate e União lançou sua plataforma em junho de 2011 e Estorilio pretende entre outras ações “concluir a revisão do projeto do Estatuto da Polícia Civil para encaminhamento o mais

rápido possível para análise da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná”.

JAIRO AMODIO ESTORILIO

FORMAÇÃO ACADÊMICA: graduado em direito pela PUC/PR-1990, Mestre em Direito pela UNICURITIBA/2006, Professor na Escola Superior de Polícia Civil, atualmente leciona Direito Penal na FESP (Faculdade de Educação Superior do Paraná).

PROFISSIONAL: Nomeado Escrivão de Polícia em 1987 exercendo funções na Região Metropolitana e Delegacia de Furtos e Roubos na Capital. Nomeado em 1993 Delegado Operacional atuou no COPE, DFRV, 2º e 3º Distritos, Anti-Sequestro (extinta DSI) e SDP de Foz do Iguaçu, Homicídios e DENARC. Delegado adjunto da DFR 2 (cinco anos) e Delegado Chefe em Morretes, DEDC, 10ª DP, DP de Araucária, 12º DP, Almirante Tamandaré, Pinhais, 5ª DP e atualmente Delegado Chefe da DELCON.

DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL: 2ª classe promovido por anti-guidade em dezembro de 2010 (15 anos na 3ª classe sem impedimentos), integrou a Diretoria da Adepol e do Sidepol, tendo participado na primeira jornada de Processo Penal em Brasília – DF no ano 2000 pela Adepol-PR.

Dr Jairo, Dr. Michelotto e Kyoshi Hattanda (Foto Izidro)

Dra. Katia, Dr. Jairo, Gaspar, Suzelly Bras e José CarlosCruz (Foto Izidro)

Eleição

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Os candidatos a ingressar na Polícia Civil, nomeados pelo governador Beto Richa, começam a tomar posse. Nesta terça-feira (10), os primeiro 50 foram chamados para realizar a perícia médica. Até o fim do mês todos os 694 investigadores, escrivães e papiloscopistas estarão aptos a serem empossados para ingresso no quadro da instituição.

As perícias médicas são agendadas exclusivamente por e-mail ([email protected]). O candidato deve encaminhar o pedido de agendamento de seu e-mail pessoal, pelo qual receberá a resposta com a data em que deve se submeter à perícia. Aqueles que necessitarem de prazo maior que um dia para o comparecimento, por morar

Novos policiais civis começam a tomar posseem cidade distante de Curitiba, devem informar o prazo que necessita. Não são aceitos agendamentos de grupos ou feitos por telefone. Informações também são dadas exclusivamente pelo mesmo e-mail.

POSSE – Assim que o candidato seja considerado apto, ele pode tomar posse no Grupo de Recursos Humanos da Secretaria da Segurança Pública (Rua Deputado Mário de Barros, 1.290 - Ed. Caetano Munhoz da Rocha – 5.º andar. Centro Cívico - Curitiba), das 9h às 11h e das 14h às 17h. A partir daí, ele é encaminhado ao Departamento da Polícia Civil, onde saberá em que unidade irá atuar.

A Secretaria da Segurança (Sesp)

mantém em seu site www.seguranca.pr.gov.br um link com todas as informações do processo de ingresso. O candidato deve ficar atento aos documentos necessários para cada uma das etapas, sob pena de retardar o seu ingresso na corporação.

Fonte: AENotícias

Polícia Civil

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Fonte: AENotícias

Começa a funcionar em todas as unidades policiais do Estado do Paraná a partir de setembro o sistema de registros de ocorrências pela internet. O projeto da Delegacia Eletrônica foi anunciado pelo governador Beto Richa, durante o lançamento do programa Paraná Seguro em agosto. A intenção é que a medida dê mais agilidade e profissionalismo ao atendimento policial.

“O uso da tecnologia vai reduzir a burocracia e melhorar o atendimento à população, reduzindo o tempo e aumentando a qualidade. Tenho certeza de que esse processo vai ajudar a fortalecer as polícias do Paraná”, disse Richa. Ele destacou que apenas os estados do Piauí e Paraná ainda não dispõem da

ferramenta.

O serviço estará à disposição pela internet na página www.delegaciaeletronica.pr.gov.br. O cidadão poderá informar perda ou extravio de documentos e objetos, além de apresentar denúncias, sem precisar se deslocar até uma delegacia. O registro será recebido por um agente policial que encaminhará o documento para a delegacia mais próxima da ocorrência ou da residência do notificante. Em caso de dúvidas, o agente entrará em contato por telefone com a pessoa que registrou a ocorrência. O notificante receberá por e-mail um número de protocolo, por meio do qual poderá imprimir o boletim de ocorrência.

O sistema foi desenvolvido pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar), em parceria

Delegacia Eletrônica começa a funcionar no início de setembro

com especialistas da Secretaria de Segurança Pública.

O delegado geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinicius Michelotto, afirma que todas as delegacias estão se adaptando para trabalhar com o novo modelo de ocorrências. Ele destaca que o projeto da Delegacia Eletrônica prevê uma central de atendimento e que os equipamentos já foram adquiridos. “É um processo que vai facilitar o registro de ocorrências pela população”, afirma.

Segundo o coordenador de Informática da Polícia Civil, Eduardo Marcelo Castella, aos poucos a Delegacia Eletrônica vai aumentar o número de crimes que poderão ser denunciados on-line. O próximo incluído no sistema deverá ser o de furtos de documentos e objetos.

Online

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O governador Beto Richa autorizou em setembro a contratação imediata de 2 mil policiais militares e 695 policiais civis aprovados em concursos. É a maior contratação de policiais já realizada no Paraná. Richa determinou também que, a partir das novas contratações, sejam ativados dois novos batalhões da PM, em 180 dias: o Batalhão de Fronteira, com sede em Marechal Cândido Rondon, e o 22º Batalhão da Região Metropolitana de Curitiba, com sede em Colombo. O governador anunciou ainda implantação da primeira base descentralizada do Grupamento de Aviação Operacional, com sede em Foz do Iguaçu, e a implantação do comando regional da PM em Cascavel.

“Este é um primeiro passo para começarmos a blindar a nossa fronteira, que é a principal entrada de armamento pesado e de drogas no País. As medidas permitirão em breve grandes operações conjuntas com todas as forças de segurança do Estado e federais naquela região, onde já funciona o primeiro Gabinete de Gestão Integrada do País”, afirmou Richa.

De acordo com o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, o novo Batalhão de Fronteira será uma unidade de elite, com 500 homens especialmente treinados e divididos em duas companhias, em Guaíra e em Santo Antônio do Sudoeste. O secretário disse que as medidas anunciadas por Richa representam o início das ações concretas previstas no programa Paraná Seguro. “O governador mostra a prioridade do governo e adota medidas fundamentais para a reestruturação das unidades responsáveis pela segurança pública, oferecendo condições de trabalho para a repressão da criminalidade e da violência, que são o maior desejo da população hoje”, acrescentou Almeida Cesar.

As contratações autorizadas para a Polícia Civil representam 20% do efetivo atual. “Neste momento, apesar de todas as dificuldades financeiras que herdamos, conseguimos recompor o quadro da Polícia Civil em 20% e isso é uma grande conquista”, comentou o governador. Richa lembrou que o Programa Paraná Seguro prevê a contratação, até 2014, de 8 mil policiais militares e 2,2 mil policiais civis (400 delegados, 600 escrivães e 1,2 mil investigadores).

POLICIAIS NAS RUAS — A preparação de parte dos policiais aprovados nos concursos já começou, mas no caso da Polícia Civil, a contratação representa a colocação imediata de 695 policiais nas ruas. “Vamos retirar 695 policiais dos serviços administrativos nas delegacias e colocá-los nas ruas, para investigar. Eles serão substituídos pelos novos contratados, que atuarão na área administrativa até que todos possam entrar para o curso de formação da Escola de Polícia, que de imediato deve receber 215 investigadores que estavam no serviço administrativo”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto. O quadro atual da corporação é de 3.563 policiais civis.

Entre os policiais civis a serem convocados, 667 serão investigadores, 25 escrivães e três papiloscopistas. O edital da investigação de conduta dos aprovados está disponível no site da Polícia Civil: www.policiacivil.pr.gov.br.

Ainda conforme Michelotto, todos os policiais formados e que trabalham no setor administrativo poderão atuar nas ruas, enquanto os estagiários fazem função burocrática. O delegado da Divisão de Infraestrutura, Benedito Gonçalves Neto, ressalta que 1,4 mil candidatos aprovados no concurso do ano passado também

serão convocados para fazer o teste de aptidão física e outras fases da seleção. Dessa forma, assim que houver vaga na Escola Superior da Polícia Civil, eles poderão ser chamados a compor o efetivo.

A escola da Polícia Civil tem capacidade para 370 alunos, mas de acordo com o delegado-chefe, estão sendo feitas negociações com faculdades no interior do Estado para parcerias que irão acelerar o processo de formação dos policiais. As primeiras conversas estão ocorrendo com Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu.

MILITAR – Quanto à Polícia Militar, 275 policiais e 51 bombeiros aprovados no concurso em 2009 já passaram pelas quatro fases de avaliação. Eles poderão ingressar na Academia Policial do Guatupê na sequência. O curso demora cerca de um ano. Os outros 1.725 policiais e 449 bombeiros serão convocados e passarão pelas fases de análise no processo. A previsão é de que o próximo grupo comece o treinamento nos primeiros meses de 2012. A capacidade da academia é de 2,5 mil alunos por ano.

A primeira fase do processo seletivo, após a aprovação dos candidatos nos concursos da PM, avalia a aptidão física, a segunda analisa a sanidade física e mental, e a terceira faz investigação documental e social. Depois disso, podem começar o treinamento.

Fonte: AENotícias

Richa anuncia a maior contratação de policiais já feita no Paraná

Governo

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Fonte: AENotícias

Até 2012, os cerca de 3 mil presos condenados mantidos em delegacias serão transferidos para penitenciárias. A garantia foi dada pela secretária da Justiça e Cidadania, Maria Tereza Uille Gome, ao secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, e ao delegado-chefe da Polícia Civil, Marcus Vinicius Costa Michelotto, durante reunião em setembro. De acordo com a secretária, até o final de 2014 os 15 mil presos em delegacias estarão sob a custódia da Secretaria da Justiça.

Durante o encontro, delegados da capital e do interior expuseram para Maria Tereza a realidade das delegacias de suas localidades. Ela informou que, em Foz do Iguaçu, onde não há presos em distrito, está sendo construído um prédio atrás da cadeia pública, em caráter de emergência, com capacidade para mais 256 detentos. A data de entrega está prevista para novembro.

Almeida Cesar disse que há meses vem conversando com Maria Tereza para discutir a situação dos presos nas cadeias públicas do Paraná. “Nosso Estado é o segundo com a maior população carcerária em delegacias no País. Em São Paulo, são 7 mil. No Paraná, são quase 15 mil. Precisamos mudar essa realidade e a secretária tem mostrado que quer nos ajudar”, acrescentou.

INTERIOR – Michelotto entregou uma lista com 26

Secretária da Justiça apresenta medidas para esvaziar delegacias

unidades do interior do Estado que necessitam de transferência de presos. “A superlotação carcerária prejudica não só os detentos, mas também os policiais, que correm riscos graves com as cadeias lotadas e têm que preservar a ordem nas carceragens, em vez de estar nas ruas garantindo segurança à população”, afirmou.

A secretária pediu paciência, porque essa situação foi se desenvolvendo durante muitos anos. De imediato, ela disse que estão previstas 720 vagas em Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Estado; 1.480 em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba; e 330 para regime semiaberto em Maringá, no Noroeste. As três unidades deverão ser entregues no fim deste ano.

Outra medida que aumentará a capacidade de implantação de presos na Secretaria de Justiça será a diminuição de celas individuais nos presídios – o que poderá abrir pelo menos mais mil vagas no Paraná. “Serão instaladas camas com estrutura metálica nesses

novos espaços. O próximo passo é começar o processo de compra das camas”, explicou a secretária.

Mais 150 assessores jurídicos, que deverão ser contratados pela Justiça, em processo seletivo simples, serão responsáveis por analisar os processos de todos os detentos (condenados e que aguardam julgamento nas delegacias). Cada um ficará responsável por 200 presos. A secretaria explicou que o objetivo é rever a progressão das penas ou até livramento.

Outra novidade é a transferência das delegacias construídas em formato de cadeia para a Secretaria da Justiça. As unidades de Andirá e Lapa foram entregues no fim do ano passado e o processo de transferência está em andamento. Os prédios serão aproveitados para presos em regime semiaberto. A Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, terá mais 300 vagas e receberá detentos de Paranaguá e Litoral.

Foto: SESP

Maria Tereza Uille Gome, Reinaldo de Almeida Cesar e Marcus Vinicius Costa Michelotto

Lotação

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Fonte: AENotícias

O governador Beto Richa afirmou, no dia 4 de agosto,durante a solenidade de posse do novo superintendente da Polícia Federal no Paraná, delegado José Alberto de Freitas Iegas, que quer ver uma proximidade cada vez maior entre as forças estaduais de segurança e a PF para reforçar o combate à violência e a criminalidade. “A integração, a parceria e a colaboração entre as forças do estado e federais são imprescindíveis”, disse.

Segundo Richa, já existe uma parceria entre o Paraná e o governo federal. Ele lembrou que a presidente Dilma Roussef manifestou grande boa vontade com a proposta paranaense de integração das ações policiais e enviou a cúpula do Ministério da Justiça ao Paraná para iniciar pelo Estado um projeto nacional de segurança pública para a região de fronteiras.

Richa disse que a segurança é um grande desafio uma das prioridades do governo. Reconheceu a credibilidade que a Polícia Federal tem e agradeceu em nome dos paranaenses pelos serviços prestados pela instituição e seus servidores nos últimos anos, “com ética, dedicação e seriedade, com excelentes resultados, em especial na luta contra a corrupção e contra o narcotráfico”.

O governador destacou ainda que os atributos dos policiais federais estão presentes no governo estadual, lembrando que escolheu pessoalmente um delegado federal — Reinaldo de Almeida César — para dirigir a pasta da Segurança Pública. “É uma pessoa que possui a formação necessária para trazer de volta à população paranaense a sensação de segurança”, afirmou.

PRIORIDADES - O novo superintendente da PF disse que sua gestão dará continuidade ao trabalho que vinha sendo realizado, priorizando uma ação mais próxima da população. “Teremos atenção especial na região de fronteira, que é uma prioridade do governo federal, no porto de Paranaguá e também nas grandes cidades do estado, no sentido de dar uma contribuição à melhoria da segurança pública no Paraná”, afirmou. “Temos uma relação muito boa com o governo do Paraná e a integração é palavra de ordem. Não é possível fazer nada sozinho, sem participação e parceria com outros órgãos”, completou.

Iegas também informou que ainda neste ano a PF colocará em operação no Paraná a primeira unidade do VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), que vai auxiliar o trabalho de patrulhamento na área de fronteira. O superintendente disse ainda que a internet passará a ser mais uma forma de interação com a comunidade, com

a criação de

um endereço eletrônico para receber informações e denúncias, preservando a identidade das pessoas.

O novo superintendente da PF iniciou a carreira na instituição em 1996, como delegado, em Londrina. Depois atuou em Guarapuava (2000 a 2006), Cascavel (2006 a 2008) e em 2008 esteve na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, em São Paulo. Desde 2009 comandava a Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.

Ao entregar o cargo, o delegado Maurício Valeixo disse que as relações da superintendência da PF sempre foram pautadas em valores republicanos e pela união de esforços para melhor cumprir o dever público. “Sem dedicação e comprometimento é impossível atingir as metas”, afirmou o delegado Valeixo, que agora assumirá o setor de gestão de pessoal da Polícia Federal, em Brasília.

Além de agentes da Polícia Federal, a solenidade de posse teve a presença do diretor executivo da instituição, Paulo de Tarso Teixeira, do secretário Reinaldo de Almeida César e dos comandantes da Polícia Militar, coronel Marcos Teodoro Scheremeta, e da Polícia Cilvil, Marcus Vinícius Micheloto, do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci e de representantes do Exército e de todos os órgãos ligados à segurança pública e à Justiça no estado.

Governador reforça importância da integração das forças de segurança

Governo

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Fonte: AENotícias

O governador Beto Richa lançou no começo do mês de agosto, um programa para reestruturar o sistema de segurança pública no Estado. Denominado Paraná Seguro, o projeto prevê, entre outras ações, a contratação de mais policiais e a implantação de novos batalhões e delegacias.

“O Paraná, lamentavelmente, foi um dos estados do Brasil que menos investiu em segurança pública, os efetivos das policias estão defasados. Precisamos de ações que tragam proteção e confiança à população e é nesse sentido que o governador pediu a construção desse programa”, afirma o secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César.

O secretário enumerou algumas das prioridades do setor no Paraná: mais policiamento ostensivo e preventivo, novas viaturas, melhora do atendimento no 190, profissionalizar o atendimento nas delegacias e modernizar o funcionamento do IML. “O Paraná está avançando e muito nesse início de ano. Vamos viver um novo momento na segurança pública do

Programa Paraná Seguro chegou para reestruturar segurança pública no Estado

Estado. É para isso que estamos trabalhando”, afirmou Almeida César.

Ele destacou ainda os resultados e as ações concretas realizadas nesses primeiros meses no combate ao crime. “Com a determinação do governador, a Polícia Civil direcionou as ações de inteligência na repressão ao narcotráfico e a Militar está executando de maneira satisfatória a operação Vida. São esforços que possibilitaram a redução dos índices de criminalidade no semestre”, afirmou Reinaldo.

FRONTEIRA – Um dos principais desafios da segurança pública estadual é a complexidade territorial devido à extensão da fronteira na região Oeste paranaense, que atinge 139 m u n i c í p i o s . O secretário afirmou que ações importantes estão sendo executadas para essas áreas, como a criação de um batalhão de fronteira e a implantação do

Gabinete de Gestão Integrada de fronteira. “Vamos fazer um grande cinturão de proteção. Temos que impedir que o tráfico de drogas, armas e munições atinjam o Estado”, disse.

IML – O Instituto Médico Legal (IML) é outra área que, segundo Reinaldo de Almeida César, o governo estadual está dando toda a atenção. Ele destaca o compromisso de modernizar o instituto, construir novas unidades, recompor o efetivo profissional e agilizar a remoção do cadáver. “O IML tem que ter todas as condições de prestar um relevante serviço para a população. É com esse objetivo que vamos reestruturar e transformar a unidade”, disse

Paraná Seguro

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O governador Beto Richa assinou nesta sexta-feira (19) três mensagens que serão submetidas à Assembleia Legislativa para aperfeiçoar o sistema de segurança pública do Estado. Os textos propõem a criação do Fundo Estadual de Segurança Pública, a abertura de 360 vagas de delegado e 600 de escrivão no quadro da Polícia Civil e a contratação de 1.527 jovens egressos das Forças Armadas para trabalhar na área administrativa da Polícia Militar. As propostas fazem parte do Paraná Seguro, programa lançado esta semana pelo governo.

“O Paraná tem pressa e precisa de uma política pública concreta para reduzir os índices da criminalidade e violência. Essas propostas que estamos enviando para o legislativo vão trazer avanços significativos para a segurança das famílias paranaenses”, disse o governador. Richa afirmou que o governo estadual vai combater a criminalidade e investir na contratação de mais policias, na construção de delegacias e na reestruturação das policiais científicas.

FUNDO ESTADUAL – A criação do Fundo Estadual de Segurança Pública (Funesp-PR) permitirá reforçar o orçamento da Secretaria da Segurança Pública, que gira em torno de R$ 1,5 bilhão ao ano. O governo prevê que a criação do fundo permitirá financiar ações de segurança e buscar recursos com outros agentes de fomento no Brasil e exterior.

Os recursos, originados do Detran e de outras fontes, destinam-se a projetos de prevenção e combate à criminalidade, incêndio e pânico e violência; manutenção das unidades administrativas; implantação de programas motivacionais e de capacitação; programas de esclarecimento e campanhas educativas; participação de servidores civis e

Richa assina mensagens do Paraná Seguro para envio à Assembleia

militares em cursos, congressos, eventos de intercâmbio e especialização; estruturação das polícias técnica e científica, entre outras atividades. É obrigatória a prestação de contas da arrecadação e aplicação dos recursos.

O fundo será administrado por um conselho formado pelo secretário de Estado da Segurança Pública, comandante-Geral da Polícia Militar, delegado-geral da Polícia Civil, comandante do Corpo de Bombeiros; diretor do Instituto de Criminalística, diretor do Instituto de Identificação; diretor do Instituto Médico Legal, procurador-geral do Estado, um representante da Secretaria de Planejamento de Coordenação e um representante da Secretaria de Fazenda.

QUADRO DA POLÍCIA CIVIL – Outro anteprojeto de lei cria mais 960 vagas no quadro funcional da corporação. O quadro de servidores policiais civis no Paraná é reduzido e não atende a necessidade do serviço policial. Com o programa Paraná Seguro, todas as comarcas do Estado passarão a contar com delegado de polícia.

“A aprovação dessas três mensagens dará ferramentas para que a Secretaria da Segurança implante ações do Paraná Seguro. Principalmente a ampliação do número de vagas para delegados. Com essa medida, não haverá comarcas sem delegado de polícia”, comentou o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César. No Paraná, existem 16 comarcas que ainda não contam com delegado.

SERVIÇO AUXILIAR – Baseada na Lei Fraga (n°

10.029/2000), a proposta que institui o Serviço Voluntário na Polícia Militar do Paraná prevê a contratação de 1.527 jovens egressos das Forças Armadas para trabalhar na área administrativa da PM. O objetivo é liberar mais soldados para o policiamento ostensivo e preventivo nas ruas, além de proporcionar qualificação profissional aos jovens. A intenção é que o pessoal assuma funções burocráticas, como de digitador, recepcionista, arquivista, telefonista e responsável por protocolo.

Pelo projeto, os jovens voluntários não terão permissão para utilizar uniforme da corporação, porte de arma de fogo e exercer poder de polícia. Eles serão contratados temporariamente por meio de processo de seleção simplificada e receberão auxílio mensal de R$ 1.090, com carga horária de aproximadamente 40 horas semanais. O investimento é de R$ 1.664.430 mensal, custeado pelo governo estadual.

Para conseguir ingressar na PM o candidato deve apresentar capacidade psicológica, estar classificado dentro do número de vagas oferecidas no edital, não possuir antecedente policial e ter entre 18 e 23 anos, sendo para homens obrigatório terem servido às Forças Armadas. Antes de atuar, eles receberão curso específico de treinamento, a ser ministrado pelas Organizações Policiais Militares do Paraná, com duração de até 90 dias.

Governo

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Fonte:AENotícias

O Paraná passa a ter mais uma aeronave para ajudar no combate à violência e no socorro a vítimas de desastres naturais. A máquina é a primeira no Brasil fabricada e montada especificamente para ações de resgate e missões policiais. De acordo com o secretário estadual da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, o helicóptero será usado em uma das cinco bases operacionais para ações de socorro, resgate, polícia e fiscalização anunciadas pelo governador Beto Richa durante o lançamento do programa Paraná Seguro, que traça diretrizes para melhorar a segurança dos paranaenses.

Segundo Almeida Cesar, a aeronave será utilizada pelo Grupamento Aeropolicial–Resgate Aéreo (Graer), subordinado à Secretaria de Estado da Segurança Pública. Está em estudo a localização das bases operacionais, que serão distribuídas no território paranaense.

Modelo EC130, o helicóptero foi fabricado pela empresa brasileira Helibras e está exposto na 11ª Feira Internacional de Tecnologia e Produtos para Segurança Pública, no Rio de Janeiro, e chegará ao Paraná nos próximos dias. “O ingresso deste novo equipamento na estrutura da nova viação operacional da Secretaria Pública será de grande valia para o trabalho que vamos fazer no Estado, considerando que será utilizado em missões de socorro, resgate, salvamento, fiscalização e policiamento”, diz Almeida Cesar.

PIONEIRISMO – O presidente da Helibras, Eduardo Marson Ferreira, destacou o pioneirismo do Estado ao adquirir uma aeronave específica para os trabalhos policiais e de resgate. Também estavam presentes na apresentação do helicóptero o c o m a n d a n t e - g e r a l da Polícia Militar, coronel Marcos Teodoro Scheremeta;

o subcomandante-geral da PM, coronel Júlio Ozga Nóbrega; e o comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, Hércules William Donadelo.

De acordo com o comandante do Grupamento Aeropolicial–Resgate Aéreo, Orlando Artur da Costa, o processo de compra começou em 2009 e a licitação foi concluída em maio do ano passado, com pregão presencial. O valor pago pela aeronave foi de R$ 6,935 milhões.

Fonte:AENotícias

Dentro das medidas anunciadas no programa Paraná Seguro está a desburocratização para criação e instalação de Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs). Atualmente, esses órgãos funcionam por decreto, mas o objetivo é criar lei para dar mais suporte na parte operacional.

Na mensagem que o governo estadual enviará para a Assembléia Legislativa uma das proposições será a de transformar o fórum em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Ocip). “Ampliaremos a participação

da população nas decisões de segurança, respeitando as características de cada região”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César.

Os Consegs reúnem líderes comunitários do mesmo bairro ou município, para discutir e analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas de segurança, e desenvolver campanhas educativas. “Os conselhos podem funcionar como observatórios das ações de segurança”, defendeu Almeida César.

Cada conselho se vincula às diretrizes da Secretaria de

Paraná terá mais um helicóptero para ações policiais e de resgate

Paraná Seguro vai facilitar a formação de Consegs

Segurança Pública, por intermédio do coordenador estadual para Assuntos dos Conselhos Comunitários de Segurança. A Sesp tem como representantes, em cada Conseg, o comandante da Polícia Militar e o delegado de polícia da área.

Segundo Almeida César, a sociedade deve perseguir o que diz o artigo 144 da Constituição Federal, que diz que a “segurança pública e dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Foto: Portal Piloto Policial - www.pilotopolicial.com.br

Paraná Seguro

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Fonte: AENotícias

O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, entregou os novos mapas político rodoviário e aeroviário do Estado do Paraná (2011) ao comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Teodoro Scheremeta, e ao comandante da Polícia Rodoviária Estadual, tenente-coronel João Vieira.

Para o secretário, os mapas são ferramentas de grande valia para o planejamento e a orientação das atividades dos órgãos estaduais de segurança pública. “A visualização de nossas rodovias e suas interseções com os portos, aeroportos e ferrovias é fundamental para o trabalho desenvolvido pelas nossas polícias”, destacou Richa Filho.

A nova versão do mapa atualiza a malha viária paranaense, incluindo a relocação dos postos

das polícias rodoviárias, estadual e federal. Na edição de 2011 também foram incluídas as novas praças de pedágio das concessionárias que operam na BR-116, nas divisas com os estados de São Paulo e de Santa Catarina, e também na BR-376, entre Curitiba (PR) e Garuva (SC).

DADOS ATUALIZADOS - O mapa foi impresso no Departamento de Imprensa Oficial do Estado (DIOE), obedecendo a uma escala de 1:900.000. As dimensões do impresso são de 594x841mm, no formato A1. O mapa traz a localização das rodovias em relação aos municípios do Paraná, na versão rodoviária, e a localização dos aeroportos oficiais, na versão aeroportuária, além de ter uma tabela com a localização dos municípios.

Para a confecção do mapa, o setor de geoprocessamento do DER adotou vários procedimentos

Polícias Militar e Rodoviária recebem novo mapa do Paraná

a partir da checagem da base cartográfica e de imagens de satélite, confrontando dados das divisas político-rodoviárias municipais.

Também foram atualizados outros modais, como portos e aeroportos. A publicação inclui ainda a localização das 65 balsas em operação no Estado. O trabalho obedeceu normas do Sistema Rodoviário Estadual (Decreto n. 6182 / 2010) e passou por quatro etapas: montagem, revisão, prova e impressão.

A solenidade de entrega do lote de mapas 2011 aos militares aconteceu no Quartel do Comando da Polícia Rodoviária Estadual, em agosto, e contou com as presenças do diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Nelson Farhat, e do diretor geral da SEIL, Aldair Wanderlei Petry.

Melhorias

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A burocracia e a falta de efetivo policial atrasam as prisões e aumentam a impunidade Fotos: Aliocha Mauricio

Há um ditado popular que diz: “Tempo é dinheiro”. Pode até ser, mas não é levado a sério pelo poder público. Na área de segurança pública, em Curitiba principalmente, por conta da falta de efetivo e pela burocracia, policiais militares ficam horas aguardando para entregar um flagrante. Essa morosidade em muitos casos contribui com a impunidade, pois é mais prático e rápido o policial militar liberar o autor de um crime, ou fazer vistas grossas para algum tipo de delito, do que ter que virar a noite aguardando para ser atendido no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), que fica anexo ao 8º distrito policial, no Bairro Portão, e recebe todas as ocorrências policiais que acontecem entre 18h e 7h do dia seguinte, e nos fins de semana e feriados.

O atendimento no Ciac é feito por escrivães, investigadores e delegados dos 13 distritos da cidade, que se revezam. Cada equipe cumpre um plantão de

12 horas. Não existe um tempo determinado para o atendimento de cada flagrante no Ciac, pois cada

caso tem as suas peculiaridades que precisam ser analisadas. Todos os envolvidos precisam ser ouvidos pelo escrivão e em seguida o delegado de plantão decide se o preso será autuado e por qual crime vai responder.

Hora extra

Recentemente três homens e um adolescente invadiram uma casa em Colombo, por volta das 19h. Eles estavam armados e depois de praticarem o assalto, fugiram levando o carro da vítima. Em menos de uma hora, os marginais foram localizados no Bairro Santa Cândida com o carro e todos os pertences roubados da casa. Eles resistiram à prisão, trocaram tiros com os policiais militares, no entanto, ninguém se feriu e todos foram presos e encaminhados para a delegacia do Alto Maracanã, em Colombo. Os policiais que estavam de plantão na delegacia naquela noite não quiseram receber os assaltantes, pois apesar do crime ter sido praticado na área compreendida pela delegacia, os autores foram detidos em Curitiba.

De Colombo, as duas viaturas que levavam os presos tiveram que praticamente atravessar a cidade para ir até o Ciac. Os quatro rapazes foram apresentados para o delegado de plantão, porém, quando estavam sendo identificados, um deles contou que tinha 17 anos de idade, e conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o adolescente em conflito com a lei, que for apreendido em flagrante, tem a prioridade na entrega para a autoridade policial. Os policiais novamente colocaram os presos nas viaturas e seguiram para a Delegacia do Adolescente (DA), no Tarumã.

Depois de entregarem o adolescente e preencherem uma série de documentos, os policiais foram ouvidos e liberados para levar os presos para o Ciac. Já no início da madrugada, quando chegaram com os três presos, pelo menos outros quatro flagrantes estavam aguardando para serem atendidos. Os policiais tiveram que aguardar, e somente por volta de 5h foram informados de que os flagrantes que haviam chegado antes não seriam concluídos antes das 7h, e que deveriam encaminhar os presos diretamente para a delegacia da área. Policiais cansados desse vaivém, e indo de um lugar para o outro, novamente tiveram que atravessar a cidade até o 4º Distrito Policial, no bairro Boa Vista, e pior, o expediente só começou às 9h. Até todos serem ouvidos já era mais de 11h.

Esse caso que passou despercebido, provavelmente por fazer parte da rotina de policiais civis e militares, é a maior prova de que se “tempo é dinheiro”, ninguém se importa.

Além do desgaste dos policiais que ficaram com a ocorrência por mais de 15 horas, é preciso levar em consideração que duas viaturas ficaram paradas, ou seja, deixaram de atender outras ocorrências. Além disso, os policiais que assumiriam o plantão de manhã tiveram que

Quando a burocracia impede o flagrante

Burocracia

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ficar à toa no quartel, esperando os policiais do turno anterior chegarem com as viaturas.

O que parece é que todo esse transtorno foi provocado pela má vontade de policiais civis, que fizeram corpo mole na hora de receber os presos; no entanto, a história é outra. As delegacias estão lotadas e faltam investigadores, escrivães, delegados e policiais civis, tanto para receber os presos, quanto para cuidar deles depois.

Drogas

Em outro caso, um homem foi preso com algumas pedras de crack. Na concepção dos policiais militares, o suspeito deveria ser autuado por tráfico de drogas, no entanto, no entendimento do delegado de plantão, o detido era simplesmente um usuário, e a droga apreendida era para o seu consumo. Os policiais militares entraram na fila do flagrante, e depois de algumas horas conseguiram concluir o procedimento, porém, como o suspeito apenas assinou um termo circunstanciado, por consumo de drogas, ele saiu da delegacia junto com os policiais que o prenderam. Um soldado, que preferiu não se identificar, disse que várias vezes prendeu pessoas com pequena quantidade de drogas, confiscou o entorpecente e mandou o preso embora, sob a ameaça de que se fosse detido novamente, seria levado para a delegacia e autuado por tráfico. “É uma prática ilegal, mas o que é mais importante para a população? A viatura patrulhando e evitando que outros crimes aconteçam, ou ficar horas parado na frente do Ciac e depois ainda ver que o preso é liberado junto, e em alguns casos antes da equipe que o prendeu?”, questionou o policial.

Armas

Quando acontece a apreensão de uma arma de fogo, o policial que registrou o boletim de ocorrência recebe uma gratificação de R$ 300,00, se for um revólver ou pistola, R$ 600,00 se for uma arma de usos restrito das forças armadas, e ainda, se for uma arma longa, como uma metralhadora ou

um fuzil, R$ 900,00. “Já vi colegas guardando a arma na cinta e mandando o preso embora, e tudo fica na informalidade, como se fosse um favor tipo: você perdeu a arma, mas vai embora para não ser preso”, explicou o policial. Segundo ele, apesar da bonificação, muitas das armas apreendidas o policial leva para casa.

Denúncias

Com frequência policiais militares reclamam da forma de atendimento no Ciac. Denúncias graves como a ligação entre delegados e advogados, onde em alguns casos, o preso não teve contato com ninguém, e mesmo assim, logo depois de chegar ao Ciac, aparece um advogado com o nome dele, e em alguns casos, com pedido de liberdade provisória prontinho. O Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Marcos Teodoro Scheremeta, disse que a análise que pode ser feita é de que a Secretaria de Segurança Pública não nega que tenha problemas. Todos sabem que falta efetivo, tanto na Polícia Militar, quanto na Polícia Civil, o que torna praticamente impossível o atendimento 24h em todas as delegacias. “Recebemos a determinação do governador para que a criminalidade diminua. Organizamos diversas operações. Uma delas é a Operação Vida, por exemplo, que está prendendo muita gente, mas falta espaço para esse povo”, comentou o comandante. Por outro lado, ele disse que no ato da prisão é fundamental que todos os documentos estejam bem preenchidos, para que posteriormente, se o caso for a julgamento, dê subsídios para o juiz decidir corretamente. Mas se o flagrante é mal feito, o inquérito segue fraco, e vai ser assim até o julgamento. O comandante salientou que esse é um problema do sistema e não de pessoas. “Faltam políticas públicas, falta investimento, e isso é uma coisa histórica.

É muito difícil dar segurança pública sem investimento”, contou. Com relação às reclamações dos policiais militares, o comandante disse que é preciso entender que eles são parte de uma engrenagem e fazem parte de uma máquina que está com problemas. “Todos os envolvidos precisam discutir uma forma de melhorar isso. A Polícia Militar, a Polícia Civil, o Poder Judiciário, Ministério Público, etc. Além disso, o secretário já conversou com o governador e reafirmou a necessidade de que os gastos com segurança pública não sejam entendidos como despesas, e sim, como investimento”, completou o comandante. “Temos alguns concursos sendo preparados, além disso, estamos verificando a possibilidade da revalidação de concursos passados. Mas antes de tudo isso precisamos de orçamento. Não posso contratar 500 policiais se não tiver orçamento para pagar o salário deles”.

Falta de efetivo

Esse mesmo problema é vivido pelo Delegado Geral da Polícia Civil Marcus Vinicius Michelotto. A primeira frase da entrevista exclusiva que concedeu foi exatamente essa:“Não preciso de projetos, preciso de efetivo”. Ele afirma sem sombra de dúvidas que o aumento da criminalidade está intimamente ligado à falência da Polícia Civil. Para tentar sanar estes problemas ele já conversou com o secretário e acertou o projeto de lei que cria o delegado 5ª classe, além da ampliação do quadro de investigadores e escrivães. “Não quero remendo, não quero ficar criando órgãos sem ter condição de implantá-los. O Ciac é um modelo falido, que funciona mal em todos

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os sentidos. É ruim para os Policiais Militares, para a Polícia Civil e principalmente para a população”. O ideal, segundo o delegado, é todas as delegacias funcionando 24h, atendendo o cidadão perto da casa onde ele mora. “Atualmente, se um comerciante é assaltado e precisa procurar a delegacia, se tiver a sorte de encontrá-la aberta, ainda vai sofrer com a precariedade. O pior é que, na maioria dos casos as vítimas até sabem onde estão os autores dos crimes, mas não há como resolver tudo, e nem é por falta de vontade, e sim, de condições, de estrutura, de efetivo”.

Primo pobre

Como um desabafo, o delegado disse que a Polícia Civil é o primo pobre da segurança pública. Para ele, o trabalho da PM é fundamental na prevenção, mas não é onipresente. Não tem como um policial militar imaginar que um assaltante está com a intenção de invadir uma casa e praticar um roubo, ou que ele está armado e vai cometer um crime qualquer. Essas pessoas, bem como as grandes quadrilhas, só são presas com o trabalho de investigação.

“O que é melhor, prender pequenos traficantes, que fazem a correria, ou fazer um trabalho de investigação e tirar o grande traficante de circulação? As duas situações são importantes, mas o trabalho do flagrante é o mesmo, portanto, o tempo perdido com um traficante que faz a correria, e que minutos depois de ser preso vai ser substituído por outro, é como chover no molhado”, argumentou. Ele disse que toda essa discussão esbarra em um único problema, a superlotação das delegacias. Ele deu como exemplo as cadeias de Curitiba que estão com

aproximadamente 180 presos em espaços destinados para menos de 30. “Precisamos entender porque a Polícia Civil tem que ficar com o ônus do processo. Ficamos com presos amontoados, armas, carros, documentos apreendidos, enquanto tudo isso poderia estar no sistema judiciário. Se isso acontecesse, em vez de carcereiros, teríamos mais investigadores para trabalhar nas ruas, as delegacias poderiam ter plantão 24h e todo mundo seria beneficiado, principalmente o cidadão”, explicou.

Super-herói

Michellotto disse que não entende como nos presídios, que custaram milhões para serem construídos, o número de presos é reduzido e existem centenas de agentes carcerários para cuidar dos detentos, enquanto nas delegacias, frágeis e com estruturas antigas, centenas de presos ficam amontoados e dois ou três carcereiros cuidam de todos eles. “Será que nossos policiais são super-heróis? Será que têm superpoderes? Claro que não. Eles correm risco de vida por conta de uma questão que não se sabe por que não foi resolvida ainda”, desabafou. “Na minha gestão, vou brigar pela melhoria da instituição. Já temos a expectativa de que mais de 600 policiais serão chamados para a escola de Polícia Civil”, completou. Ele disse também que além desse esforço, o poder judiciário precisa perceber que deve agir, que precisa deixar de fazer vistas grossas para os 15 mil presos que estão amontoados nas delegacias. “Parece que existe uma força oculta que não permite que a lei de execuções penais seja aplicada. Se cada cela do sistema presidiário recebesse um preso que está nas delegacias, o problema seria resolvido. Mas não

há boa vontade. Eles ainda não perceberam que a violência das ruas está diretamente ligada a

estas questões”, completou.

O Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Marcos Teodoro Scheremeta,

argumenta que é muito difícil dar segurança pública sem investimento

O Delegado Geral da Polícia Civil Marcus Vinicius Michelotto afirma: “Não preciso de projetos, preciso de efetivo”

Cortesia de Revista Ideias. Texto integral disponível em:

http://revistaideias.com.br/

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Delegacia itinerante da Polícia Civil ajuda a coibir violência em estádios e eventos de grande público

Foi-se o tempo em que havia o medo de ir a jogos de futebol, pela certeza de confusão, brigas e impunidade. A Polícia Civil do Paraná desenvolveu o projeto da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos, a Demafe. A delegacia tem competência na apuração dos delitos previstos no Código Penal Brasileiro e nas Leis Especiais Criminais em eventos de grande público, com jurisdição em todo o estado do Paraná. O delegado titular do 7º Distrito Policial, Clóvis Galvão Gomes, e a superintendente da Demafe, Monica Boechat, coordenam os trabalhos da unidade.

A criação oficial da Delegacia Móvel, atualmente com base no 7º DP, aconteceu em 2010, pelo decreto 8806/10. Porém, o projeto começou a ser desenhado e colocado em prática ainda em 2008. A partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública e os principais clubes de futebol do Paraná, onde ficou acertado entre as partes que haveria uma unidade da polícia civil nos estádios em dias de jogos.

Após o TAC, os responsáveis da polícia participaram de cursos de especialização em Brasília, e daí partiu a iniciativa de criar uma delegacia especializada no atendimento a esses eventos. Surgia aí um projeto que hoje auxilia na redução dos casos de violência nos estádios, e que acabou com a impunidade com as torcidas organizadas, fazendo valer o Estatuto do Torcedor. Com a ação integrada entre o Batalhão de Eventos da Polícia Militar, a Demafe e o poder judiciário, os vândalos que se envolvem em confusões dentro dos estádios de futebol, ou em um raio de cinco quilometro em torno dele, são mais facilmente identificados e capturados, e já saem sentenciados.

Segundo o delegado Clóvis Galvão, a necessidade se intensificou devido às torcidas organizadas dos grandes times de futebol, e suas ações violentas. “Com a moralização do futebol brasileiro, que inclusive hoje é foco da mídia internacional, onde hoje times grandes

Cartão vermelho para a impunidadeDEMAFE

que são rebaixados à segunda divisão não conseguem m a i s permanecer na elite do futebol com viradas de mesa, criou-se uma situação de segurança pública em e s t á d i o s de futebol, com maior risco de confusões”. Apesar de os vândalos não representarem o verdadeiro espírito do esporte, eles estão presentes nos estádios, mas suas ações estão sendo coibidas cada vez mais. “Hoje em dia, quem é julgado por crimes dentro de estádio realmente tem que cumprir suas penas, e são acompanhados de perto pelas autoridades”, explica a investigadora Mônica Boechat.

O projeto da Demafe foi aprovado após a confirmação da vinda da Copa do Mundo de 2014 para Curitiba. Porém, esse projeto não se limita a fazer valer o Estatuto do Torcedor. “Estamos presentes em todos os grandes eventos do Paraná, como feiras, exposições e show. Onde houver eventos com grande público, lá está a Demafe, cuidando da segurança pública e preservando a integridade do cidadão”, salienta o delegado Clóvis Galvão. E os dados comprovam a eficiência da unidade.

Em 2009, primeiro ano de ação integral da Polícia Civil junto aos eventos esportivos, foram r e g i s t r a d o s 26 boletins de o c o r r ê n c i a , 36 termos circunstanciados, três inquéritos p o l i c i a i s , além de cinco

procedimentos especiais com menores infratores. Após a criação da Demafe, em 2010, até junho de 2012, foram 16 boletins, 69 termos circunstanciados, um inquérito e 28 registros com menor de idade. Os números refletem uma ação mais presente dos órgãos de segurança pública. Nos estádios, apenas Atlético Paranaense e Coritiba já cederam um espaço específico para a Demafe. Esses são justamente os clubes onde há maior registro de incidentes. O estádio do Furacão tem 70 registros desde 2009, e a casa do Coxa possuí 97 casos.

“A Demafe está ao lado do público que freqüenta shows e eventos esportivos, para garantir a eles a segurança e a comodidade durante o seu lazer”, conclui o delegado Clóvis Galvão, que futuramente será destacado como delegado divisional da Demafe, que passará a ter sede própria a partir da primeira quinzena de novembro.

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Cerca de 70 pessoas, entre presidentes de conselhos de segurança e policiais militares, participaram sábado (6) de uma reunião na sede do 17° Batalhão da Polícia Militar, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O encontro, promovido pelo comandante da unidade, tenente-coronel Mauricio Tortato, teve como objetivo debater os problemas de segurança pública do município, bem como as possíveis soluções, além de apresentar o trabalho da PM na região. O coronel Sérgio Filardo, comandante do 6° Comando Regional da PM, no qual o 17° Batalhão da PM está inserido, também esteve presente e considerou o encontro importante tanto para a corporação quanto para a comunidade. “Estas reuniões estão acontecendo com frequência na região metropolitana, e esta do 17° BPM aproximou os presidentes de Comunsegs da PM, propondo que eles tragam os anseios da comunidade e levem para ela de que maneira as pessoas devem atuar para que juntos façamos uma melhor segurança pública”, afirmou.

“A finalidade maior é aproximar ainda mais a PM da comunidade de São José dos Pinhais. Procuramos melhorar a parceria com os Comunsegs (Conselhos Comunitários Municipais de Segurança Cidadã), fazendo com que nos auxiliem na apresentação dos problemas e na solução”, disse Tortato. Participaram do encontro 19 presidentes conselheiros, representando a comunidade de diversos bairros. Durante a apresentação, Tortato revelou ações que estão sendo feitas pelo batalhão para melhorar a segurança em toda a região metropolitana. “Estamos otimizando os recursos materiais e humanos da unidade, u t i l i z a n d o e s c a l a s f l e x í v e i s , r e a l i z a n d o o p e r a ç õ e s pontuais e patrulhamento r o t i n e i r o . Além disso, dentro do

PM discute segurança pública de São José dos Pinhais

policiamento comunitário fazemos contraturno escolar com crianças de áreas de risco. Os alunos participam de atividades recreativas e educativas com os policiais”, conta. Tortato também lembrou que o batalhão tem recebido bastante apoio para a realização de atividades policiais. “Quatro vezes por semana recebemos apoio de guarnições da Companhia de Eventos e conjuntos hipomóvel do Regimento de Polícia Montada (RPMont), além Guarda Municipal de São José dos Pinhais”, diz o tenente-coronel. “Estamos reestruturando as atividades de trânsito na cidade, e faremos parcerias com o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) para melhorar o atendimento”, explicou.

SJP

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O governador Beto Richa lançou, no começo do mês de agosto, um programa para reestruturar o sistema de segurança pública no Paraná. Denominado Paraná Seguro, o projeto prevê, entre outras ações, a contratação de mais policiais e a implantação de novos batalhões e delegacias. “O Paraná, lamentavelmente, foi um dos estados do Brasil que menos investiu em segurança pública, os efetivos das policias estão defasados. Precisamos de ações que tragam proteção e confiança à população e é nesse sentido que o governador pediu a construção desse programa”, afirma o secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César. O secretário enumerou algumas das prioridades do setor no Paraná: mais policiamento ostensivo e preventivo, novas viaturas, melhora do atendimento no 190, profissionalizar o atendimento

nas delegacias e modernizar o funcionamento do IML. “O Paraná está avançando e muito nesse início de ano. Vamos viver um novo momento na segurança pública do Estado. É para isso que estamos trabalhando”, afirmou Almeida César. Ele destacou ainda os resultados e as ações concretas realizadas nesses primeiros meses no combate ao crime. “Com a determinação do governador, a Polícia Civil direcionou as ações de inteligência na repressão ao narcotráfico e a Militar está executando de maneira satisfatória a operação Vida. São esforços que possibilitaram a redução dos índices de criminalidade no semestre”, afirmou Reinaldo. FRONTEIRA – Um dos principais desafios da segurança pública estadual é a complexidade territorial devido à extensão da fronteira na região Oeste

Governo elabora programa para reestruturar segurança pública

paranaense, que atinge 139 municípios. O secretário afirmou que ações importantes estão sendo executadas para essas áreas, como a criação de um batalhão de fronteira e a implantação do Gabinete de Gestão Integrada de fronteira. “Vamos fazer um grande cinturão de proteção. Temos que impedir que o tráfico de drogas, armas e munições atinjam o Estado”, disse. IML – O Instituto Médico Legal (IML) é outra área que, segundo Reinaldo de Almeida César, o governo estadual está dando toda a atenção. Ele destaca o compromisso de modernizar o instituto, construir novas unidades, recompor o efetivo profissional e agilizar a remoção do cadáver. “O IML tem que ter todas as condições de prestar um relevante serviço para a população. É com esse objetivo que vamos reestruturar e transformar a unidade”, disse.

Durante o lançamento do programa Paraná Seguro, o governador Beto Richa garantiu que o governo estadual irá divulgar todos os índices da criminalidade e violência no Paraná. Richa afirmou que a população precisa ter conhecimento da realidade da segurança e que tratará o assunto com transparência total. “O Estado assume o compromisso de divulgar todos os dados da violência. O governo não vai mais sonegar informações para o povo paranaense”, afirmou o governador. Os dados da criminalidade do Paraná são divulgados trimestralmente e por região no portal www.sesp.pr.gov.br.

Richa destacou que a população

terá voz nas decisões da segurança. O governo enviará mensagem à Assembleia Legislativa para facilitar a criação dos Conselhos Comunitários de Segurança. Eles serão fortalecidos para que seja ampliada a participação popular e respeitadas as características de cada região. Os conselhos reunirão líderes comunitários do mesmo bairro ou município, para discutir e analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas c o m u n i t á r i o s de segurança e desenvolver c a m p a n h a s educativas.

Richa assegura transparência na divulgação de dados sobre

criminalidade“A segurança é um dever do

Estado e responsabilidade de todos. A participação da população é fundamental para a consolidação de uma segurança pública de qualidade, transparente e ética. Queremos que a Polícia Militar seja amiga e a Polícia Civil cidadã”, disse o governador.

Governo

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Por iniciativa do deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) e do deputado Mendonça Prado (DEM-SE), lideranças representantes dos policiais federais - delegados, agentes, peritos, papiloscopistas e administrativos – participaram hoje (17) da reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO).

Foi unânime o apoio dos parlamentares presentes ao desempenho republicano da Polícia Federal, como desagravo as críticas que a instituição vem recebendo de membros do governo e de sua base política. Uma comissão de parlamentares ficou com a missão de redigir uma carta de apoio público à Polícia Federal e ao prosseguimento das investigações.

A polêmica sobre a investigação da PF ressurgiu durante a ‘Operação Voucher’, deflagrada no início do mês, quando 38 pessoas ligadas ao Ministério do Turismo foram presas acusadas de desvio de verbas públicas ocorrido em 2009.

Para o deputado Francischini as críticas relacionadas ao uso de algemas têm como objetivo desviar o foco das denúncias e desqualificar a atuação da Polícia Federal, assim como em 2008, quando as algemas foram criticadas durante a “Operação Satiagraha”.

“As algemas na maioria das vezes são necessárias e preservam a vida do policial e do preso. Quando a família, os amigos e defensores do acusado não conseguem defendê-lo, citam as algemas para tentar desqualificar o trabalho. Além do que as algemas só foram utilizadas durante o transporte aéreo. A legislação aeronáutica diz que tal medida é obrigatória.

Infelizmente, passou a ser delito maior que desvio de milhões dos cofres públicos”, afirmou.

As entidades classistas denunciaram a situação alarmante que atingiu a Polícia Federal, diante dos cortes no orçamento da União para 2011 e que acabam por reduzir o deslocamento de policiais em operações.

O orçamento do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Fenapol), previsto inicialmente em R$ 479 milhões, foi reduzido em 28%. Gastos com diárias, transporte, hospedagem e alimentação de policiais federais em missão ou operações oficiais, custeados pelo fundo, foram limitados a R$ 58 milhões este ano – uma redução de cerca de 35% em relação aos R$ 89,8 milhões utilizados em 2010.

Comissão de Segurança Pública ouve entidades de classes dos policiais

federais

PF

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É possível, a partir da fala gravada de uma pessoa, verificar se a voz pertence a um determinado suspeito? O tema é recorrente nos seriados de televisão, que exibem peritos criminais chegando à autoria de voz em poucos segundos, utilizando a mais refinada tecnologia.

É óbvio que os recursos do mundo real encontram limites muito mais modestos do que aqueles apresentados na televisão, porém, a ciência não tem deixado sem respostas questionamentos acerca da verificação de locutor no âmbito forense.

Diversas áreas de conhecimentos se unem com o objetivo de realizar exames cada vez mais fidedignos, entre elas a Fonoaudiologia, a Engenharia Elétrica e a Linguística, desenvolvendo conjuntamente metodologias voltadas à análise da fala.

A fala é um evento complexo, que contempla variações até mesmo nas emissões de um único sujeito, influenciadas por fatores físicos ou emocionais. A análise forense baseia-se no levantamento minucioso de aspectos linguísticos e acústicos da fala gravada, buscando traçar um perfil que particularize aquele indivíduo em detrimento de outros.

De posse dos dados e cumpridas as formalidades legais acerca da cessão do padrão, os

peritos coletam a voz do suspeito. Durante a coleta do material vocal, é possível que o sujeito entrevistado esteja tenso ou tente propositalmente modificar sua fala. No entanto, a “alma” da voz (características extraídas por meio da análise de milisegundos da emissão), bem como aspectos linguísticos particularizadores, dificilmente passam despercebidos pelos profissionais treinados.

O confronto entre o material que deu início à investigação e o material coletado pelos peritos é realizado com o auxílio de ferramentas computacionais que extraem medidas físicas e realizam cálculos acerca das características articulatórias e vocais, porém a escolha dos trechos cotejados é dos profissionais, que buscam ambientes prosódicos e fonéticos os mais semelhantes possíveis entre os materiais.

No Brasil têm sido testados softwares de reconhecimento automático de locutor, porém os peritos são unânimes em afirmar que esses surgem como uma ferramenta a mais, e jamais como substitutos do árduo levantamento realizado “artesanalmente”.

Pelas características do exame, os resultados não são expressos em números como ocorre, por exemplo, nos confrontos de material genético. No entanto, o conjunto de convergências (ou divergências)

encontradas constitui uma prova, cujo peso deverá ser atribuído pelo perito que a materializou.

Assim, o Exame de Verificação de Locutor não constitui uma modalidade pericial com a objetividade de um levantamento de impressões papilares, por exemplo, mas, ao serem elencadas características, pode-se obter uma prova robusta de grande valor à aplicação da justiça.

O estado do Paraná realiza a perícia de Verificação de Locutor, de natureza criminal, no Laboratório de Fonética Forense do Instituto de Criminalística, na cidade de Curitiba.

- Denise de Oliveira Carneiro é Perita Criminal Oficial do Estado do Paraná, Fonoaudióloga formada pela Universidade de São Paulo e especializada pela Universidade Federal de São Paulo.

Fonte: Denise de Oliveira Carneiro

Confronto de voz – desvendando o trabalho pericial

Perícia

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O sr. foi eleito com a bandeira da Segurança Pública. Passados cento e oitenta dias como está a segurança em âmbito nacional?

Francischini - O governo da presidenta Dilma Roussef é a continuidade do governo anterior e na nossa opinião deveria haver um projeto diferenciado e eficaz, já que estrutura para isso o governo federal tem. No entanto, de “forma estranha”, observamos a presidenta anunciar a “implementação de gabinete de gestão integrada”, que já existia. O que esta área importantíssima precisa é de dinheiro para cumprir o fundo constitucional da (PEC 300), que normatiza os salários dos policiais civis, militares e corpo de bombeiros e contratar mais efetivo policial. A atual presidente em campanha afirmou que não cortaria recursos da área da segurança, mas assim que tomou posse contigenciou 40% nas verbas da Polícia Federal, que está enfrentando sérias dificuldades.

Aliás, falando na (PEC 300), procede a informação de que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, criou uma Comissão Especial para analisá-la?

Francischini - É verdade. Virou um tema polêmico e eu fui convidado para fazer parte dessa comissão, que vai analisar e emitir um parecer a respeito. Não entendo o porquê dessa comissão, já que ela foi aprovada por unanimidade em primeira votação na Câmara dos Deputados. Vamos analisá-la o mais breve possível e solicitar a presidência da casa que a PEC seja colocada na pauta do dia e votada em segunda votação ,e,

posteriormente, encaminhada ao Senado Federal, e a seguir para sanção presidencial. Prometo disponibilizar todos os esforços possíveis para que isso aconteça este ano.

E qual é a situação da segurança no Paraná?

Francischini - Aqui o governo Beto Richa, ganhou a eleição e é um governo de mudança e dentre elas a segurança. E a maior prova disso tem sido as constantes incursões do governador à Brasília desde que assumiu o estado na busca por recursos financeiros. O problema é que o orçamento estadual deste ano está estrangulado e se não vier recursos federais haverá um retardamento de alguns programas lançados durante a campanha. Mas conhecendo o dinamismo e o empreendedorismo do governador, acredito que em curto espaço de tempo a população verá as mudanças nesta área.

É sabido que qualquer deputado que chega à capital federal tem que passar por um processo de adaptação. O sr. já se adaptou e conseguiu avanços na sua estada em Brasília?

Francischini - Já estou adaptado, estive com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que me deixou as portas abertas no sentido de lutar por recursos para o Paraná. Também estive com a Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki e com a secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, Paulina do Carmo Vieira Arruda e a receptividade foi a melhor possível. Estamos pleiteando verba financeira para a implementação de câmeras

de segurança em várias cidades e estruturar as polícias no estado e as guardas municipais. E, sobretudo viabilizar a (PEC 300), para equacionar de uma vez todas a situação salarial das polícias.

Como um especialista da área de segurança como vê a operação desarmamento?

Francischini - Há um desvirtuamento nesta operação não só no Paraná mas em todo o país. As operações realizadas em nosso estado por exemplo, prenderam menos de trezentas armas. Minha proposta como deputado federal é a de indenizar os policiais que realizarem apreensão de armas como uma política nacional que foi implantada no Paraná e deve ser implementada em todo o país. Lamentavelmente, esta proposta está adormecida numa gaveta em Brasília.

Como o sr. analisa as declarações de vários segmentos de que perdemos a batalha contra as drogas? Os

Entrevista com o Deputado Federal Fernando Francischini

Entrevista

Deputado Federal Francischini

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mecanismos viabilizados foram e são insuficientes?

Francischini - Discordo de que perdemos a guerra contra as drogas. As polícias lutaram e lutam com os mecanismos disponíveis. O que faltou e continua fazendo falta é investimento nas polícias Civil, Federal e Militar por parte dos governantes. Investimento na requalificação do policial, na criação de núcleos de inteligência, na aquisição de armamentos sofisticados, veículos potentes para aparelhar as polícias no combate ao crime organizado. Além do exposto, devem ser colocadas em prática políticas sociais de alto alcance, principalmente para as camadas mais simples da população o principal alvo dos traficantes de drogas.

Como o sr. vê a proposição de limitar as ações da Guarda Municipal de Curitiba?

Francischini - Não acredito que o prefeito Luciano Ducci vá concordar com este retrocesso. Estive com ele e respeitosamente expus minha opinião contrária à esta medida. Sou relator da PEC que dá poder de polícia para as guardas municipais em todo o Brasil. Inclusive nos próximo dias, estarei realizando uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Paraná, onde receberemos guardas municipais de todo o país para discutirmos atribuições, direitos e deveres das guardas objetivando a sua aprovação no Congresso Nacional.

Curitiba é uma das cidades escolhidas como sede para a Copa de 2014. Estamos preparados para esse

desafio de tamanha magnitude?

Francischini - Objetivamente falando, precisamos trabalhar de forma rápida em todas as áreas, já que estamos atrasados na maioria dos projetos de relevância, haja vista que vamos receber

pessoas de diferentes etnias social e cultural e a cidade de Curitiba e, por conseguinte, o Paraná tem que estar devidamente preparados com toda a infraestrutura necessária para darmos o atendimento adequado à essas pessoas.

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Por Luiz Carlos Amado Nunes, da redaçaõ

O novo delegado geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinícius Michelotto, concedeu entrevista no Departamento da Polícia Civil do Paraná. Em sua apresentação, entre outros assuntos, deixou claro, como metas imediatas, que vai priorizar o trabalho investigativo da polícia e a melhoria do atendimento ao cidadão. A retirada dos presos das delegacias, da atenção do novo Governo à questão da segurança pública, a efetivação e valorização dos quadros da Polícia Civil e do sonho de uma Polícia Estadual, única.

Sociedade Policial – Qual a sua avaliação dos primeiros 09 (nove) meses de administração da Polícia Civil do Paraná?

Michelotto - Tudo está sendo extremamente positivo! Nós estamos tendo um governo que prioriza a segurança pública, um secretário que tem gerido a Secretaria de Segurança Pública com respeito a todas as instituições, não favorecendo uma, nem outra e corrigindo as distorções, às quais sofreu a Polícia Civil, que foi aviltada pelas últimas conduções.

Hoje nós temos, com o anúncio do Paraná Seguro, 20% do nosso efetivo sendo recuperado, temos vários investimentos a serem feitos, 95 unidades novas do Estado que vão dar melhores condições de trabalho ao nosso policial, 100 unidades a serem reformadas, a análise do estatuto da Polícia Civil, que o Governo está sensível a receber; também, a autorização do governador para fazer um estudo para a construção da Cidade da Polícia

Entrevista com Delegado Geral

da Polícia Civil Marcus MichelottoCivil, no bairro de Vila Isabel, em Curitiba, dando um prédio próprio a uma instituição que tem 158 anos de vida e vive de aluguel, não tem sede própria! Enfim, é um Governo que nos dá, não mais esperanças, mas sim a certeza de que teremos dias melhores.

Sociedade Policial – Quais as metas da Polícia Civil em relação à melhoria dos serviços policiais prestados a população?

Michelotto – Com a construção dessas 95 Unidades, a nossa ideia é cumprir a

determinação do Dr. Reinaldo de Almeida César, Secretário da Segurança Pública do Paraná de fazer uma Polícia Civil cidadã, com novos ambientes nas delegacias. Devemos fazer um projeto para adequar as demais a um ambiente que dê dignidade ao trabalho do nosso policial e parte disso tem a ver com a retirada de presos das delegacias. Sem a retirada de presos das delegacias não há condições! O governador Beto Richa enfrentou corajosamente isso, determinou a secretária da Justiça, Maria Tereza Uille Gomes que fizesse a retirada dos presos, há a promessa de que até o final

deste mandato todos os presos sejam retirados das delegacias, nós trabalhamos de uma maneira entendendo que não só uma redução sensível vai nos dar uma maior condição de trabalho. Trabalhando dessa forma você vê que o governo tem um respeito a Polícia Civil. Não é possível a gente passar por tudo que passou nos últimos anos, os governos verem o que estávamos passando e nada sendo feito.

Sociedade Policial – E a abertura de novas delegacias para melhorar o atendimento a

população?

Michelotto – O que tenho dito é o seguinte: nós temos p r i m e i r a m e n t e trabalhar com excelência com o que nós temos. A Polícia Civil vem seguindo algumas ações de governos anteriores, onde nós criávamos unidades policiais, mas não tínhamos efetivo para essas unidades. Então, primeiro vamos dar excelência de trabalho a tudo que nós temos hoje na Polícia Civil para depois pensarmos

em expandir as nossas unidades. Mas é claro que novas delegacias fazem parte do projeto.

Sociedade Policial – Aproveitando o comentário, o que o Sr. pode falar sobre o distrito policial presídio, que vem ocorrendo em várias delegacias?

Michelotto – Bom, isso nós não vamos mais fazer! Cada delegacia que for esvaziada nós destruiremos as carceragens! Em algumas delegacias do interior do Estado nós estamos oferecendo a Secretaria de Justiça de forma integral. Que peguem essas delegacias com

Entrevista

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a carceragem, ou nós alugamos outro imóvel ou esperamos a construção dos imóveis novos que deverão acontecer com esses empréstimos, e com esses valores que estão sendo arrecadados pelo Governo. Chega de presos em delegacias!

Sociedade Policial – Há um anseio e um clamor geral da população na redução dos índices de criminalidade, principalmente homicídios. Como a Polícia Civil pode contribuir com essa diminuição?

Michelotto – Agora, quando nós tivermos menos presos nas delegacias, nós obviamente teremos apenas policiais para cuidar e trabalhar nos inquéritos policiais. Nós já temos uma motivação gerada pela redução dos índices em todo o Estado do Paraná, em crimes de homicídio e também ao grande índice de solução. Nós temos um índice de solução de quase 100% nos crimes de homicídio na Região Metropolitana de Curitiba. Isso mostra o trabalho dos nossos policiais civis que, mesmo com todas as dificuldades, materiais e pessoais estão fazendo. Então, o principal de tudo é essa motivação. O Governo está tratando bem da Polícia Civil, tem respeitado a Instituição. Claro que agora, com um efetivo a mais, com a saída dos presos, com certeza a sociedade vai ver um reflexo disso tudo com a solução dos crimes e isso vai se refletir nos índices também.

Sociedade Policial – Voltando à questão do inquérito policial, se ele for bem feito, presidido por delegado de polícia pode ajudar a melhorar nas investigações?

Michelotto – Com certeza! Nós temos que entender que de

um tempo para cá a Polícia Civil tem se preocupado muito com operações policiais, buscando aspectos na mídia. O que não podemos esquecer é que nós existimos por causa do inquérito policial. Hoje nós temos duas questões basilares na nossa administração: que é o bom atendimento a população e o inquérito policial bem feito.

Atender em ambientes que tenham condições de receber a população. Não nesse ambiente escuro, com a polícia de investigação ao lado, presos entrando e saindo, constrangedor! O cidadão tem receio de ir até a delegacia de polícia. Então eu trataria dessa questão. Um bom atendimento à população, com ela saindo satisfeita, num ambiente limpo, arejado, um bom inquérito policial, pois nós somos polícia judiciária. Nosso lema inclusive, também é errado “Servir para prevenir”; nós não prevenimos nada, nós atuamos quando o crime já aconteceu. A partir daí, com certeza nós teremos uma proximidade a mais com a população, com a comunidade, que passará a ver a polícia de outra forma.

Sociedade Policial – Recentemente o Governo do Paraná anunciou a contratação de policiais civis que foram aprovados em concurso. Esse incremento de policiais vai contribuir para o aumento da produtividade das delegacias?

Michelotto – Com certeza! Já nos auxilia, já nos dá um respiro. É claro que nós sabemos que não é um número suficiente; o próprio Governo sabe disso. Estamos chamando 695 policiais nesta semana, que serão distribuídos por critério técnico, com uma

avaliação de todas as chefias.

Critério técnico porque senão você pulveriza demais e acaba não atendendo o que precisa, mais efetivamente as urgências. Nós vamos atender prioritariamente as áreas de maior índice de criminalidade, os grandes centros e unidades que não têm policial civil.

Sociedade Policial – E vai haver novos concursos?

Michelotto – Além dos 695 novos policiais nós teremos mais 1.400 policiais civis que vão entrar neste Governo. Serão 600 escrivães, 400 delegados e o restante em investigadores e papiloscopistas. Então temos a certeza de que neste Governo nós teremos uma boa recuperação do nosso efetivo.

Sociedade Policial – Hoje os meios eletrônicos estão disponíveis à maioria da população. O boletim de ocorrência eletrônico está distante da nossa realidade? O cidadão pode registrar a ocorrência pela Internet?

Michelotto – Não, já está! Nós estamos com quase 300 boletins de ocorrência realizados por dia. O que falta é mais divulgação, maior conhecimento por parte da sociedade. Nós vamos ampliar o trabalho do boletim eletrônico para também serem registrados crimes. Até o momento ele serviu para atitudes atípicas, ou seja, extravio, perda de documentos e objetos. Agora, num segundo momento, vamos fazer que a nossa população registre inclusive crimes e posteriormente ela tenha agendado a sua visita na delegacia para prestar depoimento. É uma ferramenta moderna e é a

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delegacia que mais deve crescer e receber investimento na nossa gestão.

Sociedade Policial – Então, além dele registrar o B.O. pela Internet ele terá que ir até a delegacia?

Michelotto – Quando for crime, por exemplo, ele vai fazer e vai receber o seu boletim de ocorrência, mas vai ter também agendada uma visita por parte dos policiais. Nós pretendemos, inclusive, que esse Boletim eletrônico devidamente instalado, com esses crimes também, agendarmos inclusive audiências com policiais, com escrivães, com as equipes de investigações, com o delegado da região, para que a população não fique na delegacia esperando para ser atendida. É tratar com dignidade a nossa sociedade, que sofreu um crime e nós precisamos do quê? Mais proximidade com a população, para ela acreditar mais ainda na polícia.

Sociedade Policial – Há vezes em que a vítima é atendida por um policial estressado, nervoso, num dia nem tão positivo...

Michelotto – Pois é! Nosso secretário tem viajado por algumas capitais pelo país em que o primeiro atendimento não tem sido feito por policiais. É terceirizado! São psicólogos, pedagogos, assistentes sociais.

Sociedade Policial – Isso é um avanço na polícia?

Michelotto – Sim! É uma avanço nas polícias, pois o policial vive um stress no dia a dia, e ele precisa ter um amparo de alguém que faça uma triagem no atendimento. E pode ser feito

por estagiários e através de terceirização.

Sociedade Policial – Especialistas anunciam que uma grande crise se aproxima. Crise econômica, problema social. Nesses casos – já ocorreram outros -, aumenta o índice de criminalidade?

Michelotto – Tenho um pensamento muito peculiar nesses casos, que contraria muito do que está se fazendo. Acredito que além das questões sociais, obviamente o emprego a oportunidade diminuem a criminalidade. Acredito que o encarceramento digno, com um tempo maior reduz efetivamente a criminalidade. Hoje, a grande maioria das pessoas que cometem crimes, não ficam presas. A preocupação é se aliviar a população carcerária com leis que dão a possibilidade das pessoas responderem em liberdade. Vejo a coisa de outra forma: deveríamos dar melhores condições das pessoas ficarem presas e, ao mesmo tempo, um período maior de encarceramento. Se você analisar o número de índices de ocorrência a maioria é de pessoas com reincidência. Se elas estivessem mais tempo presas, nosso índice de criminalidade seria bem menor. Vejo o caminho inverso. Os Estados Unidos estão vivendo em recessão. Nunca houve um índice de desemprego tão grande. A situação é problemática e, no entanto, o índice de criminalidade caiu. Por que isso? Lá você comete um crime pequeno, fica um, dois, três anos preso! Aqui nem nos crimes mais graves nós ficamos presos. Acredito que a impunidade e as punições leves que temos no país é um grande problema para as polícias porque o índice de

criminalidade volta a acontecer com a reincidência. Precisávamos ter um sistema penitenciário capaz de dar oportunidade ao preso de quando sair de lá; mas quando lá estiver tenha melhores condições humanas de lá permanecer e um tempo maior de encarceramento.

Sociedade Policial – Em caso de crime organizado, por exemplo, a Polícia Civil entra na linha auxiliar com a Polícia federal, ou trabalha apenas no campo da inteligência?

Michelotto – Trabalhamos juntos! Crime organizado pode ser da competência da Polícia Estadual, ou pode ser da Federal. Depende da competência de cada polícia e os tipos de crimes que ocorram. Atuamos em relação ao crime organizado da mesma forma que a Polícia Federal, mas é claro que a PF trabalha com crimes fiscais, com evasão de divisas, lavagem de dinheiro e acaba tendo maior ação contra crimes do colarinho branco. Mas a Polícia Civil tem agido de uma certa forma em relação a esses crimes.

Sociedade Policial – Hoje, um dos crimes mais registrados é o roubo de caixas eletrônicos. Geralmente a Polícia Civil faz papel de Polícia Judiciária e a prevenção cabe à Polícia Militar. Como as duas polícias estão tratando desse problema que é bem atual?

Michelotto – Nós tratamos desse problema com parceria. Temos várias quadrilhas presas pelo trabalho de investigação dos nossos policiais, quadrilhas presas no momento da ação criminosa ao se depararem com policiais militares e é importante dizer que tenho uma grande

3 0 2 3 - 2 0 2 9 w w w. c a s a d o z e . c o m . b r

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relação com o comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Teodoro Scheremeta, amigo pessoal nosso, e a forma como o secretário de Segurança trata hoje a segurança pública, traz respeito às duas Instituições o que com certeza diminui drasticamente a rivalidade entre as mesmas! Traz respeito! Não adianta você falar em integração entre as polícias quando um secretário de segurança dá muito a uma e pretere a outra. Da forma como está sendo conduzida a Secretaria de Segurança o respeito têm acontecido então as ações integradas têm tudo para diminuir essa atividade criminosa, que é recente e está sendo alvo de estudos para analisarmos como diminuí-la.

Sociedade Policial – Na sua opinião, como seria a polícia perfeita?

Michelotto – Polícia perfeita, na Michelotto opinião seria uma Polícia Estadual, única. Seria

mais econômico para o Governo, com um resultado melhor para a população quando nós tivermos uma polícia unificada. Há vezes em que muitas vezes temos as duas polícias fazendo o mesmo serviço. Queira ou não queira, muitas vezes pode haver uma falta de compartilhamento de informações pelo interesse de cada uma de solucionar o caso, duplicamos o trabalho.

Por mais que tudo esteja correndo muito bem entre as polícias ainda sonho em ter uma polícia estadual. Teremos uma polícia extremamente forte, respeitada e muito mais eficiente.

S o c i e d a d e Policial – Por favor, suas cons iderações finais.

Michelotto – Como considerações finais a mensagem de um total otimismo a todos os policiais civis de todo o Estado, pela forma como estamos acompanhando o início do Governo Beto Richa e realmente nós teremos uma nova Polícia Civil e a sociedade vai sentir todos esses investimentos que estão sendo feitos, os índices de solução de crimes acontecerão com maior eficácia, a conclusão dos inquéritos policiais com maior celeridade, dando para a sociedade uma Polícia civil que ela espera e merece.

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Por Marcia Santos - Jornalista PMPR

Aproximadamente mil atletas (profissionais e amadores) participaram da tradicional corrida pedestre “Coronel Sarmento” da Polícia Militar do Paraná, realizada na manhã deste domingo (14), em Curitiba. Além dos corredores, cerca de 500 pessoas se reuniram em frente ao Quartel do Comando Geral para assistir a prova, que faz parte das atividades de comemoração aos 157 anos da PM. Do total de participantes, 580 são da corporação, policiais e bombeiros militares, e o restante, populares e atletas anônimos.

O primeiro lugar geral feminino ficou com Rosângela Gavinski da Silva, da Prefeitura Municipal de Curitiba), que percorreu os 10 km da prova em 36:23.1, seguida por Dione D’Agostini (36:24.5) e por Lídia Karwowski, do Centro de Condicionamento Físico (39:57.5); já o primeiro geral masculino foi conquistado por Alessandro de Souza, do Grupo Pé de Vento (31:50.5), o segundo por Marcos Antônio Capistrano, da Capis Sports (31:55.5), e o terceiro por Marcelo Henrique Rocha, dos correios (32:18.2).

“A corrida foi muito boa tendo em vista que reuniu policiais e bombeiros militares com a comunidade e a sociedade civil organizada, promovendo uma maior integração entre todos, e cumprindo uma das diretrizes da Polícia militar do Paraná: o policiamento comunitário”, ressaltou o Subcomandante da PM, Coronel Júlio Ozga Nóbrega, que também correu a prova. Outro ponto positivo, destacado pelo Coronel, foi o número de participantes que integram a corporação: 580 entre policiais e bombeiros militares.

Corrida “Coronel Sarmento” da Polícia Militar reúne mais de mil pessoas na capital paranaense

A tradicional competição é uma homenagem ao patrono da corporação, coronel Joaquim Antônio de Moraes Sarmento e, por isso, leva este nome. No total se inscreveram 1000 pessoas. A prova, que é aferida pela Federação Paranaense de Atletismo, tem por finalidade difundir a prática do atletismo como atividade de promoção da saúde, condicionamento físico, melhoria da qualidade de vida e oferecer o intercâmbio cultural e

desportivo.

Mais uma vez a Seção de Educação Física e Desportos da PM (Sefid), contou com o apoio de patrocinadores, o que possibilitou aos policiais militares trocar a inscrição na corrida por uma lata de leite em pó, alimento este, que será entregue à instituições de caridade. “Isso também faz parte da estratégia de incentivar o policial militar a praticar esporte, principalmente condicionado físico”, afirma o tenente Carlos Agenor Bueno da Silva, chefe da Seção de Educação Física e Desportos da PM, que organizou a corrida.

“Foi uma prova bastante tranquila tanto para a organização quanto para os atletas, o clima também foi favorável, mas o

mais importante é que estamos conseguindo trazer o nosso policial militar e bombeiro militar para realizar exercícios físicos dentro da corporação”, disse o tenente. “A maioria das inscrições foi preenchida por integrantes da corporação, e este é o objetivo do Sefid, incentivar a prática de exercícios, realizando tanto esta prova quanto outras competições como campeonatos de futebol e de volei”, acrescentou Carlos.

DESTAQUES – Além dos primeiros colocados, outros participantes também se destacaram na prova deste domingo. Uma deles foi a sargento da reserva Malei Ricken, primeira colocada na categoria policial militar feminina, acima dos 40 anos. “É uma vitória muito satisfatória; é a primeira vez que sou a primeira colocada, mas já competi diversas outras vezes nesta prova”, disse.

Também houve a participação de diversas equipes, como a categoria policial militar equipes, da Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), a qual conquistou o segundo lugar na prova. “A Escola de Oficiais da academia tem incentivado muito o esporte, através do comando, e por isso ficamos muito felizes com este segundo lugar, um esforço grande dos policiais que lá trabalham”, disse a tenente Caroline Costa, representante da equipe.

A cadete Débora Fernanda kolossoskei, afirmou que este tipo de atividade é bem importante para os policiais e bombeiros militares. “Nossa profissão exige muito preparo e condicionamento físico, por isso é importante que a corporação realmente incentive esta prática. A maioria dos cadetes

PM

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sempre participa desta prova, mas neste ano tivemos uma novidade, o desafio da APMG era fazer com que tosos os cadetes participassem da corrida da PM”, ressaltou.

O Corpo de Bombeiros também foi representado na prova. E o 1° Grupamento de Ponta Grossa foi vencedor da equipe policial militar. “Montamos equipe, começamos a treinar e viemos aqui competir com outras equipes. Foi muito bom participar assim como chegar em primeiro lugar, mas a classificação é apenas uma consequência do treinamento”, disse o tenente Rafael Comim Busatto. “Nossa profissão possui treinamento diversificados, e a corrida de rua é mais um complemento ao nosso exercício físico”, completou.

O grupo de Ponta Grossa foi organizado pelo soldado Cícero Furquim, do Corpo de Bombeiros. “É bastante importante esta união, neste ano foram 16 atletas, e no ano anterior, 12, compondo a equipe ‘Superando Desafios’. É importante este tipo de ação para manter condicionamento físico e mais harmonia entre os integrantes da corporação, ou seja, entrosamento com a família militar”, aponta Furquim.

A PROVA – A competição premiou os cinco primeiros colocados nas categorias feminino e masculino. Ao primeiro lugar foi oferecido R$ 350,00 e troféu; ao segundo, R$ 250,00 e medalha, ao terceiro R$ 200,00 e medalha, ao quarto R$ 150,00 e medalha, e ao quinto R$ 100,00 e medalha. Também houve dez categorias para masculino e dez para feminino. Estas categorias foram separadas por idade e a premiação para os primeiros lugares foi troféu e para os outros, medalhas.

A competição teve também as categorias Policial Militar masculina (que foi divida em quatro faixas etárias) e três femininas. Também houve premiação de troféu para o primeiro lugar de cada categoria e medalha para os segundo e terceiro lugares. Houve ainda a categoria Equipes Policial Militar, com o recebimento de medalhas.

Foram formadas equipes também por batalhões, Grupamentos de Bombeiros, Casa Militar, Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), entre outras. A prova ofereceu, novamente, um chip que, preso nos cadarços dos calçados, apontou o tempo e posição dos atletas que cruzaram a linha de chegada. Policiais do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) bloquearam o trânsito no trajeto dos corredores, das 8h às 10h30. A atividade é promovida pela Seção de Educação Física e Desportos da Polícia Militar do Paraná. Os p a r t i c i p a n t e s r e c e b e r a m camisetas e bonés e, na chegada, um kit para repor as energias. O resultado total pode ser conferido no site www.eliteeventos.com

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