Rio de Janeiro, 21 a 25 de agosto de 2006
Regulamento Sanitário Internacional (2005):Desafios para sua implementação no Brasil
Eduardo Hage Carmo
Instituto de Saúde Coletiva Universidade Federal da Bahia
Emergências de saúde pública de relevância nacional. Brasil 2004 - 2005
Fonte: MS/SVS
RSI (2005) – Desafios para a implementação
• Desenvolvimento de capacidades para detecção de riscos de saúde
pública
• Modificação do enfoque da vigilância epidemiológica de caso (dano)
• Ampliação para eventos de natureza quimica ou radionuclear
• Resposta em saúde pública a partir da análise do evento
• Detecção e resposta precoce a partir do nível local
• Aperfeiçoamento das estratégias de informação e comunicação
Atividades para implementação do RSI (2005)
Países Formular reservas / adotar o RSI (2005) – novembro de 2006 Aplicar e avaliar o instrumento de decisão – antes da entrada em vigor
Avaliar capacidades básicas – 2 anos após entrada em vigor
Desenvolver capacidades básicas 5 anos após entrada em vigor (inclui 2 anos de avaliação) acréscimo de 2 anos e excepcionalmente mais 2 anos
Adotar disposições jurídicas e administrativas necessárias
Atividades para implementação do RSI (2005)
59ª Assembleia Mundial de Saúde – maio de 2006
PIDE a los Estados Miembros que cumplan inmediatamente, con carácter voluntario, las disposiciones del Reglamento Sanitario Internacional (2005) consideradas pertinentes en relación con el riesgo planteado por la gripe aviar y la gripe pandémica.
1) el anexo 2, en la medida en que requiere la pronta notificación a la OMS de los casos de gripehumana causados por un nuevo subtipo de virus;
2) el artículo 4, que se refiere a la designación o el establecimiento de un Centro Nacional deEnlace para el RSI en los países y la designación de Puntos de Contacto de la OMS para el RSI, asícomo a la definición de sus funciones y responsabilidades;
3) los artículos del título II que se refieren a la vigilancia, la notificación de información, la celebración de consultas, la verificación y la respuesta de salud pública;
4) los artículos 23 y 30-32 del título V, que se refieren a las disposiciones generales para la aplicacióna los viajeros de medidas de salud pública a la llegada o a la salida, y a disposiciones especialespara los viajeros;
5) los artículos 45 y 46 del título VIII, que se refieren al tratamiento de los datos personales y altransporte y manejo de sustancias biológicas, reactivos y materiales para fines de diagnóstico;
•
• Articulação com orgãos do Ministério da Saúde, CONASS e CONASEMS
• Articulação com todos os orgãos do Governo Federal pertinentes
• Participação ativa junto a comunidade científica
• Trabalho integrado com países do MERCOSUL e países associados
• Colaboração com OPAS e OMS
Implementação do RSI (2005) no Brasil
Estratégia de atuação
MERCOSUL – Participação no RSI (2005)
MERCOSUR
Reunión de Ministros de Salud del MERCOSUR y
Estados Asociados(RMSM-EA)
ArgentinaBoliviaBrasilChile
ParaguayPeru
UruguayVenezuela
COMUNIDAD ANDINA
Reunión de Ministros de Salud del Area Andina
(REMSAA)
BoliviaColombia
ChileEcuador
PeruVenezuela
• Designação da Secretaria de Vigilância em Saúde como Ponto Focal para o RSI (2005)
• Constituição de um comitê para implementação e acompanhamento do RSI no âmbito do SUS
• Designação do Instituto de Saúde Coletiva – UFBA como Centro Colaborador da SVS para a implementação do RSI (2005)
• Envio ao Congresso Nacional do RSI (2005) - MRE
• Revisão da Legislação Sanitária – Projeto de Lei do SNVS
Implementação do RSI (2005) no Brasil
Ações desenvolvidas
• Colaboração junto a OMS no aperfeiçoamento e uso do instrumento de decisão, adequando-o para as emergências de relevância nacional
Período previsto: junho/2006 a maio/2007
• Colaboração com a OMS na elaboração de instrumentos para avaliação das capacidades básicas
Período previsto: junho/2006 a maio/2007
• Realização de Oficinas de Trabalho sobre avaliação das capacidades básicas em vigilância epidemiológica (SES, SMS) Validação do instrumento para avaliação
Período previsto: janeiro/2007 a junho/2007
Implementação do RSI (2005) no Brasil – Plano de trabalho
•Aplicar o instrumento para avaliação das capacidades no nível federal e em todos os Estados;Período previsto: junho/2007 a junho/2008 •Consolidar os resultados e elaborar documento de avaliação;Período previsto: junho/2008 a dezembro/2008 •Elaborar e executar plano de ação para fortalecimento das capacidades básicas, incluindo a elaboração de projetos para financiamento, capacitação e colaboração internacional;Período previsto: janeiro/2006 a dezembro/2012
Implementação do RSI (2005) no Brasil – Plano de trabalho
•Desenvolver metodologias para construção de cenários para emergências de saúde pública;Período previsto: janeiro/2006 a dezembro/2009 •Desenvolver expertise na elaboração de Planos de Contingência, bem como na sua aplicação e/ou simulação.Período previsto: janeiro/2006 a dezembro/2009
Implementação do RSI (2005) no Brasil – Plano de trabalho
Instrumento de decisão • Continuidade da avaliação das emergências de saúde pública de relevância nacional, com uso do instrumento de decisão do RSI (2005)
• Revisão dos critérios propostos em Oficina de Trabalho de 2002 (Suécia) e no RSI (2005)
• Elaboração de mecanismos de análise para as categorias de decisão do Anexo 2
Implementação do RSI (2005) no Brasil
Outbreaks Characteristics
Criteria WHO Criteria MOH
Notification to
MERCOSUL1 2 3 4 t
Drug poisoning (Ringer)
10 cases and 3 deaths; 5 hospitals; 1 State
(Pernanbuco)
Y Y N N Y N N
Influenza >100 cases, 0 deaths; 1 State (Santa Catarina); Border with Argentina
Y Y Y N Y Y Y
Diarrhea 28 cases, 0 deaths; National event in a hotel (Fortaleza)
Y N Y Y Y N N
Yellow Fever 62 cases, 22 deaths (Minas Gerais)
Y Y Y Y Y Y Y
Rabies 6 cases in 1 State (Ceará)
Y N N N N N N
Conjunctivitis > 200,000 cases, 0 deaths; 15 States
Y Y Y Y Y Y Y
Drug poisoning(KCl)
7 cases and 4 deaths, children; 1 hospital
(Rio de Janeiro)
Y Y N N Y N N
Diarrhea 30 cases, 1 death; international cruise
Y Y Y Y Y Y Y
SARS 3 cases; 0 deaths; (São Paulo)
Y Y Y Y Y Y Y
1. Severity of public health impact
2. Unexpected or unusual
3. Significant risk of international spread
4. Risk of international restrictions
t. Final classification Y- yes N- no
Events of national relevance assessed with the IHR decision instrumentBrazil, 2003
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública
• Estrutura de vigilância epidemiológica
Recursos humanos Capacidade instalada
Financiamento
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública Estrutura de vigilância epidemiológica
Estruturas de controle Controle de vetores (veículos para UBV, equipamentos para borrifação)Controle de reservatórios (CCZ, canil, etc)Imunobiológicos ToxicológicosÁgua e alimentosIntegração com áreas estratégicas (agricultura, meio ambiente, etc)
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública
• Estrutura de vigilância epidemiológica
Guias e outros materiais institucionais Disponibilidade de guia de VE – MS Periodicidade de atualização de guias nacionais Existência e periodicidade de atualização de guias próprios Outros materiais institucionais – Sistemas de Informação
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública
• Estrutura de vigilância epidemiológica
Legislação existente Legislação específica em vigilância epidemiológica Instrumentos legais para emergência em saúde pública Atualização da legislação e dos instrumentos
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública • Estrutura de vigilância epidemiológica Emergência de saúde pública Unidade de respostas rápidas ou estrutura similar Recursos humanos específicos Programas de capacitação Instalações físicas Meios de transporte disponíveis para deslocamento para a VE Recursos de informática (equipamentos, sistemas) Insumos Recursos de comunicação Plantão/sobre-aviso Fluxos estabelecidos Financiamento específico
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública • Laboratório
Número de unidades/população Realização de exames para diagnóstico de emergência em S.P. Laboratório de referência para diagnóstico de emergência em S.P. Laboratórios de fronteira Recursos humanos específicos Programas de capacitação Instalações físicas Meios de transporte disponíveis para envio de amostras Equipamentos Protocolos de biossegurança Plantão/sobre-aviso Fluxos estabelecidos Protocolos padronizados Controle de qualidade Mecanismos de financiamento
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública • Rede de assistência Número de unidades/população Referências para assistência Unidades de referência hospitalar para emergência em saúde pública Número de profissionais/população Número de leitos/população Número de leitos de UTI/população Cobertura de PACS/PSF Cobertura de resgate Protocolos de biossegurança
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública
• Processos de vigilância epidemiológica
Uso de informações em saúde para detecção de eventosNotificaçãoInvestigação epidemiológicaAnálise de eventosMedidas de controleMecanismos de comunicação de eventos de relevância em S.P. Mecanismos de gestãoCooperação com outras instituições e integração com redes
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública
• Indicadores de vigilância epidemiológica
Indicadores sobre a avaliação da qualidade das fontes de informações em saúde
Indicadores sobre a avaliação da qualidade das notificações em saúde
Indicadores de desempenho de vigilância epidemiológica
Indicadores de impacto de medidas de controle
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública – Plano de trabalho (MERCOSUL)
Apresentação de propostas para avaliação das capacidades Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela Maio a agosto de 2006
Consolidação de uma proposta sul-americana para avaliação de capacidades Reunião do MERCOSUL – outubro de 2006
Colaboração com OPAS e OMS no desenvolvimento dos instrumentos Assembleia Mundial de Saúde – até maio de 2007
Instrumento de avaliação das capacidades para detecção e resposta às emergências de saúde pública – Proposta MERCOSUL
Classificação de perguntas e tópicos do instrumento de avaliação
Marco legal, institucional e administrativo nacional
capacidade de detectar
capacidade de investigar
capacidade de analisar
capacidade de intervir
capacidade de disseminar/intercambiar informação
Implicações do Regulamento Sanitário Internacional (2005)
• Fortalecer capacidades básicas
Participar do desenvolvimento de instrutivos para avaliação Avaliar capacidade atual e identificar necessidades Identificar fontes de financiamento Aperfeiçoar atual capacidade (vigilância, assistência, laboratório) • Readequação de processos de vigilância e controle Identificação e comunicação de emergências Adoção de medidas Elaboração de planos de preparação e resposta • Adequação de normas técnicas e legislação
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